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SENAI-RJ • Mecânica NOÇÕES DE TORNEARIA

Noções de Tornearia

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SENAI-RJ • Mecânica

NOÇÕES DETORNEARIA

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NOÇÕES DETORNEARIA

Page 4: Noções de Tornearia

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Presidente

Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN

Augusto Cesar Franco de Alencar

Diretor

Diretoria Regional do SENAI-RJ

Roterdam Pinto Salomão

Diretor

Diretoria de Educação

Andréa Marinho de Souza Franco

Diretora

Page 5: Noções de Tornearia

SENAI-RJMecânica

2007

NOÇÕES DETORNEARIA

Page 6: Noções de Tornearia

Noções de Tornearia

© 2007

SENAI- Rio de Janeiro

Diretoria de Educação

Gerência da Educação Profissional Regina Helena Malta do Nascimento

Material para fins didáticos em atendimento

ao Curso Operador de Usinagem de Motores – Peugeot.

EQUIPE TÉCNICA

Coordenação Angela Elizabeth Denecke

Vera Regina Costa Abreu

Seleção de Conteúdo Edson de Melo

Revisão Pedagógica Carmen Irene C. de Oliveira

Colaboração Gisele Rodrigues Martins (estagiária)

Alexandre Tavares Alves dos Santos (estagiário)

Projeto gráfico Artae Design & Criação

Editoração Paralaxe Ltda.

Material para fins didáticos

Propriedade do SENAI-RJ.

Reprodução, total e parcial, sob expressa autorização.

Este material foi construído mediante a compilação de diversas apostilas publicadas pela

Instituição, sendo elas: Ajustagem Básica, Tecnologia de Máquinas e Ferramentas e Torneiro

Mecânico - SMO do SENAI-RJ; Tecnologia e Ensaios dos Materiais do SENAI-SP.

SENAI - Rio de JaneiroGEP - Gerência de Educação ProfissionalRua Mariz e Barros, 678 - Tijuca20270-903 - Rio de Janeiro - RJTel: (021) 2587-1323Fax: (021) [email protected]

Page 7: Noções de Tornearia

Prezado aluno,

Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse

momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país:

o SENAI. Há mais de 65 anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o

desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissional de jovens e

adultos.

Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar

com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio

do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam tomar decisões com

autonomia, proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados

e propostas de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício

de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em

equipe e o comprometimento com os resultados.

É também importante considerar que a produção constante de novos conhecimentos e

tecnologias exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais,

evidenciando a necessidade de uma formação consistente, que lhe proporcione maior

adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-aprendizagem.

Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação

se organizem de forma ágil, motivo esse que levou o SENAI a criar uma estrutura educacional

com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma formação

flexível e modularizada.

Essa formação tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade à sua

educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária a seu

desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação

dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.

Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.

Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco

Diretora de Educação

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Page 9: Noções de Tornearia

Sumário

1

2

APRESENTAÇÃO .................................................................... 11

UMA PALAVRA INICIAL......................................................... 13

O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: torrneamento ........ 17

A importância do torneamento no contexto dos processosmecânicos de usinagem............................................................ 19

Movimentos principais .............................................................. 21

Tipos de tornos ....................................................................... 25

Equipamentos e acessórios ....................................................... 38

Tipos de ferramentas para tornear ............................................. 42

Materiais das ferramentas ......................................................... 44

Geometria de corte da ferramenta ............................................. 48

AÇÃO DE LUBRIFICAÇÃO E REFRIGERAÇÃO NA USINAGEM . 55

A importância da refrigeração no processo de usinagem ............... 57

PARÂMETROS DE CORTE ....................................................... 63

Principais parâmetros de corte para o processo de torneamento ... 65

Tempo de fabricação. ............................................................... 80

DELINEAMENTO E APLICAÇÃO PRÁTICA............................... 85

Caso prático............................................................................ 87

Seqüência lógica para usinagem do eixo ..................................... 91

Seqüência lógica para usinagem da luva ...................................... 123

3

4

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SENAI-RJ 11

Apresentação

SENAI-RJ 11

Noções de Tornearia - Apresentação

A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.

Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo

desafios renovados a cada dia e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de

encontrar novas e rápidas respostas.

Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem

atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-

se nessas novas demandas sociais.

É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação

profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e

aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre

outros aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.

A unidade curricular Noções de Tornearia objetiva levá-lo a usinar peças de baixa

complexidade em tornos mecânicos convencionais, utilizando acessórios, ferramentas e

instrumentos adequados.

A unidade foi estruturada de forma a conduzi-lo ao entendimento do processo de

torneamento, dos tipos e ângulos das ferramentas, principais parâmetros de corte e

principalmente, o delineamento e a prática na oficina.

Então vamos em frente!!!

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SENAI-RJ 13

Uma palavra inicial

SENAI-RJ 13

Noções de Tornearia - Uma palavra inicial

Meio ambiente...

Saúde e segurança no trabalho...

O que é que nós temos a ver com isso?

Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a

relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no

trabalho.

As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços

necessários e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam

usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente

decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como

produz.

É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos

sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de

volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir

bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos

naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade

da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de

curto e longo prazo para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza.

Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em

mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao redor delas.

Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o

problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é

bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande

região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando

difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é importante repetir que,

quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento

em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.

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14 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Uma palavra inicial

14 SENAI-RJ

O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a

falha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas

através de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos.

Fabricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos

aterros. Produzir, consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.

Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)

são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias

não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser

fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma

forma que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua

capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente

não existe.

Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que

considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se

devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o

uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.

Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de

recursos é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade,

possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam não só continuar

reduzindo a poluição como também buscar novas formas de economizar energia, melhorar os

efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e conservar energia são

atitudes essenciais no mundo contemporâneo.

É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios

diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o

público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais

desejáveis e trabalhar com elas.

Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão as suas práticas quando

acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam estes financeiros, para

sua reputação ou para sua segurança.

Devemos ainda observar que a mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta.

Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A

tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem

de bens e serviços de forma sustentável.

Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana

provocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos

produtivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho

é uma questão que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências

acabam afetando a todos.

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SENAI-RJ 15

Noções de Tornearia - Uma palavra inicial

SENAI-RJ 15

De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no

trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva; de outro, cabe aos

empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar

as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção. A redução do

número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador, patrão e governo –

assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurança de

todos.

Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e,

portanto, é necessário analisá-lo em sua especificidade para determinar seu impacto sobre o

meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores,

propondo alternativas que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.

Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países,

empresas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm

desenvolvendo ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde.

Mas isso ainda não é suficiente... faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso

recurso que pode e deve ser usado em tal direção. Assim, iniciamos este material conversando

com você sobre meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que, no seu exercício

profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela

segurança e saúde de todos no trabalho.

Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no

trabalho – o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é

responsável. Vamos fazer a nossa parte?

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O processo mecânico deusinagem: torneamento

1

Nesta seção...

A importância do torneamento no contextodos processos mecânicos de usinagem

Movimentos principais

Tipos de tornos

Equipamentos e acessórios

Tipos de ferramentas para tornear

Materiais das ferramentas

Geometria de corte da ferramenta

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Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

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SENAI-RJ 19

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Quando estudamos a história do homem, percebemos que os princípios de todos os

processos de fabricação são muito antigos. Eles são aplicados desde que o homem começou a

fabricar suas ferramentas e utensílios, por mais rudimentares que eles fossem.

Um bom exemplo é o processo mecânico de usinagem de torneamento. Ele se baseia em

um dos princípios de fabricação dos mais antigos, usado pelo homem desde a mais remota

antiguidade, quando servia para a fabricação de vasilhas de cerâmicas. Esse princípio baseia-se

na rotação da peça sobre seu próprio eixo para a produção de superfícies cilíndricas ou cônicas.

Apesar de muito antigo, pode-se dizer que este princípio só foi efetivamente usado para o

trabalho de metais no começo do século passado. A partir de então, tornou-se um dos processos

mais completos de fabricação mecânica, uma vez que permite conseguir a maioria dos perfis

cilíndricos e cônicos necessários aos produtos da indústria mecânica.

A importância do torneamentono contexto dos processosmecânicos de Usinagem

A NBR 6175:1971 classifica torneamento como o processo mecânico de usinagem

destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais

ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal

de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma

trajetória coplanar com o referido eixo.

Então, vamos em frente.

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20 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com máquinas-ferramentas,

acontece mediante a retirada progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada. O cavaco é cortado

por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve ter uma dureza superior à do material a

ser cortado.

Cavaco. Material que é removido da peça pela ferramenta, quando ela está em

ação. Tem formatos e tamanhos diferentes, conforme o trabalho e o material

utilizado.

Máquina-ferramenta é uma máquina que utiliza ferramentas para realizar o

corte. É comumente conhecida como máquina operatriz.

Observe a figura 1: a ferramenta penetra na peça que

possui somente um tipo de movimento: o rotativo, ou de giro

uniforme ao redor do eixo A que permite o corte contínuo e

regular do material. A força necessária para retirar o cavaco é

feita sobre a peça, enquanto a ferramenta, firmemente presa

ao porta-ferramenta, contrabalança à reação dessa força.Fig. 1 – Movimentos

do torneamento

Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos

(Figura 2) entre a peça e a ferramenta. São eles:

1. Movimento de corte: é o movimento principal que permite cortar o

material. O movimento é rotativo e realizado pela peça.

2. Movimento de avanço: é o movimento que desloca a ferramenta ao longo da

superfície da peça.

Fig. 2 – Movimentos empregadosno torneamento

Vamos, então, estudar melhor tais movimentos.

3. Movimento de penetração: é o movimento

que determina a profundidade de corte ao se

empurrar a ferramenta em direção ao interior

da peça e assim regular a profundidade do passe

e a espessura do cavaco.

A

32

1

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SENAI-RJ 21

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

São vários os fatores que influem na velocidade do corte:

1. Material da peça

• material duro – baixa Vc

• material mole – alta Vc

2. Material da ferramenta

• muito resistente – alta Vc

• pouco resistente – baixa Vc

3. Acabamento superficial desejado

4. Tempo de vida da ferramenta

5. Refrigeração

6. Condições da máquina e de fixação

Movimentos principais

As formas que a peça recebe são provenientes dos movimentos coordenados e relativos

entre peças e ferramenta.

Como dissemos antes, em toda máquina-ferramenta há três movimentos distintos:

• Movimento de corte (ou principal).

• Movimento de avanço.

• Movimento de aproximação e penetração.

Movimento de corte (ou principal)

O movimento de corte ou principal é realizado pela própria peça no processo de

torneamento, através de seu movimento giratório.

A velocidade do movimento de corte ou principal chama-se velocidade de corte (Vc) e ela

é dada ou medida normalmente em m/min.

Page 22: Noções de Tornearia

22 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Movimento de avanço

No processo de torneamento, esse tipo de movimento é contínuo, mas também pode ser

intermitente em seqüência de cortes, como na operação de aplainar.

A espessura do cavaco depende do movimento de avanço e a grandeza, basicamente, das

características da ferramenta, e, principalmente, da qualidade exigida da superfície usinada.

O movimento de avanço é feito pelo operador, mas pode ser automática também.

Movimento de aproximação epenetração

O movimento de aproximação e penetração serve para ajustar a profundidade (P) de corte,

e, juntamente com o movimento de avanço (A), para determinar a secção do cavaco a ser

retirado, como, no exemplo da figura 3. Esse movimento pode ser realizado manual ou

automaticamente e depende da potência da máquina, assim como da qualidade exigida da

superfície a ser usinada.

Veja, na figura 3, uma representação desses três movimentos, acompanhando o sentido

das setas Vc (para indicar o movimento de corte), a (para indicar o movimento de avanço) e p

(para indicar o movimento de penetração).

Fig. 3 – Representação dos movimentos principais

O ajuste da profundidade de corte (P) normalmente é medido por meio

de uma escala graduada conectada ao fuso (anel graduado).

a - avanço em [mm/rat.]

p - profundidade em [mm]

Vc - velocidade de corte em [m/min]

Page 23: Noções de Tornearia

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Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Em máquinas modernas, esses movimentos são hidráulicos e/ou eletro-hidráulicos. Em

máquinas com comando numérico, todos esses movimentos são comandados por elementos

eletrônicos.

Agora que você conheceu os principais movimentos no processo de torneamento, vamos

melhor exemplificar as forças neles envolvidas.

Secção do cavaco

Fig. 4 – Secção de cavaco

A secção (área) do cavaco (S) no processo de

usinagem é calculada em função da profundidade

(P) e do avanço (A) (Figura 4).

S = A . P em mm²

S = secção (área) do cavaco (mm²)

Composição das forças de corte

Durante a formação de cavacos, forças geradas pelo corte atuam tanto na ferramenta quanto

na peça.

Tais forças devem ser equilibradas, em direção e sentido, pela peça e pelos dispositivos de

fixação da máquina. A figura 5 ilustra a representação espacial dessas forças que podem ser

aplicadas a outros processos de usinagem.

Fig. 5 – Composição das forças

Fc = Força de corte – depende do material

e dos ângulos da ferramenta.

Fa = Força de avanço.

Fp = Força causada pela penetração.

Fr = Força resultante de Fp + Fa

F = Força total para cortar – é a resultante

de Fc + Fr. Ela influi na fixação da peça

e da ferramenta.

a

p

Fp

FA

FC

FR

F

FR = FP + FA

F = FC + FR

Page 24: Noções de Tornearia

24 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

A força de corte Fc é básica para cálculos de potência e é calculada em função da secção do

cavaco e do material a ser utilizado, aplicando Ks, força específica, à fórmula. Os valores de Ks

de cada material são determinados e tabelados.

Fc = S . Ks

Fc = força de corte [N]

S = área da secção do cavaco [mm²]

Ks = força específica de corte do material [N/mm²]

Como vimos até então, o processo de usinagem exige um circuito fechado de força entre peça e

ferramenta. Por isso, para obter boas superfícies é preciso que este circuito seja o mais rígido possível.

A necessidade de movimentos relativos ferramenta-peça (velocidade de corte, avanço e

penetração) preconiza necessidade de máquinas-ferramenta de guiamento robustas que

garantam a trajetória desejada e dispositivos de regulagem de folga dos deslocamentos durante

a usinagem, entre outros.

São vários os fatores que influem no acabamento superficial da peça.

Veja alguns.

1. Processo de usinagem

2. Aspecto construtivo da máquina

3. Velocidade de corte

4. Ferramenta (material, ângulos, afiação, etc.)

5. Refrigeração e suas propriedades (resfriar, lubrificar, transportar cavacos etc.)

Mais a frente, estudaremos os principais parâmetros de corte. Nesse momento, será

detalhado o cálculo da secção de corte e as forças envolvidas no processo.

A máquina-ferrramenta que estamos discutindo neste material denomina-se torno. Daí

falamos em processo de torneamento

A origem da palavra torno é latina: tornus. Este termo designava a máquina para

tornear marfim, madeira etc., originando o sentido de “forma arredondodada”,

“movimento circular”. É esta a idéia presente em expressões como: em torno de (ao

redor de) e letra bem torneada (= bem feita).

Vejamos, então, os tipos de torno e suas aplicações.

Page 25: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 25

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Tipos de torno

Dependendo da peça a ser usinada, das operações requeridas nesse processo e do tipo de

peça, se específica ou seriada, escolhe-se o torno mais adequado. Apresentamos, a seguir, os

principais tipos de tornos e os princípios a eles relacionados. Mostraremos, primeiramente, o

torno universal, suas partes e seu funcionamento, que são básicos para a compreensâo dos

demais tipos de tornos.

Torno mecânico universal

Embora possua grande versatilidade, este tipo de torno não oferece grandes possibilidades

de fabricação em série, devido à dificuldade que apresenta com as mudanças ou troca de

ferramentas. Ele pode executar operações que normalmente são feitas por outras máquinas

como a furadeira, a fresadora e a retificadora, com adaptações relativamente simples.

Torno é uma máquina-ferramenta no qual geralmente são usadas

ferramentas monocortantes.

O torno universal (Figura 6) é o tipo mais simples que existe. Estudando seu funcionamento,

é possível entender o funcionamento de todos os outros, por mais sofisticados que sejam. Esse

torno possui eixo e barramento horizontal e tem capacidade de realizar todas as operações:

faceamento; torneamento externo e interno; broqueamento; furação; corte.

Fig. 6

Page 26: Noções de Tornearia

26 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Fig. 9

• Sistema de transmissão de movimento do eixo:

motor, polia, engrenagens, redutores.

• Sistema de deslocamento da ferramenta e de

movimentação da peça em diferentes velocidades:

engrenagens, caixa de câmbio, inversores de

marcha, fusos, vara etc.

• Sistema de fixação da ferramenta (Figura 9): torre,

carro porta-ferramenta, carro transversal, carro

principal ou longitudinal.

• Sistema de fixação da peça: placas e cabeçote

móvel.

• Sistema de comandos dos movimentos e das

velocidades: manivelas e alavancas.

• Sistema de frenagem (Figura 10)

Assim, basicamente, todos os tornos, respeitadas suas variações de dispositivos ou

dimensões exigidas em cada caso, apresentam as seguintes partes principais; no que se deno-

mina corpo de máquina: barramento (Figura 7), cabeçote fixo ou árvore (Figura 8) e móvel,

caixas de mudança de velocidade.

Fig.7

Fig.8

Fig. 10

As partes que compõem o corpo da máquina e as demais que fazem parte do torno são as

responsáveis pelo desenvolvimento dos seguintes sistemas:

Page 27: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 27

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Placa universal

Serve para fixar as peças cilíndricas ou com número de lados múltiplo de três.

O ajuste ou perfeito encaixe da peça na placa universal é feito com uma chave encaixada

no parafuso de aperto da placa (Figura 12).

Detalhando algumas partes do torno

Fig. 11 – Torno horizontal

Fig. 12

A figura 11 detalha as principais partes de um torno mecânico horizontal.

Placa universalPorta ferramenta

Carro transversalEspera

Cabeçote móvel

Barramento

Carrolongitudinal

Pé de torno(traseiro)

Pé de torno(dianteiro)

Cabeçotefixo

Bandeja

Castanhas

Chave

Page 28: Noções de Tornearia

28 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Porta-ferramenta

É a parte na qual onde se

fixa a ferramenta de corte

(Figura 15).

Castanha. É a

parte da placa

usada para fixar a peça

a ser trabalhada.

As castanhas são numeradas e devem ser montadas na placa pela ordem de numeração

correspondente (Figura 14).

Fig. 14

Fig. 15

Cabeçote Móvel

Esta parte serve para prender a contraponta, a broca de haste cônica, os mandris etc. O

cabeçote móvel deve trabalhar alinhado com a placa. O alinhamento é feito com um parafuso

em sua base. Veja estes itens nas figuras 16 e 17.

As placas universais possuem dois tipos de castanhas. Veja-as na figura 13.

Fig. 13 – Tipos de castanhas

Castanha invertida(para prender peçasde grande diâmetro)

Castanha comum(para prender peçasde diâmetro menor)

Page 29: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 29

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Barramento

Suporta as partes principais do torno e está situado sobre os pés da máquina-ferramenta.

O carro longitudinal e o cabeçote móvel se deslocam sobre ele. O barramento serve de referência

para indicar os movimentos longitudinal e transversal (Figura 18).

Fig. 16

Fig. 17

Fig. 18

Transversal

Longitudinal

Mangote

Alavanca de fixaçãodo mangote

Contraponte

Volante de avanço erecuo do Mangote

Parafuso de fixaçãodo cabeçote

Barramento

BarramentoParafuso de regulagem

Page 30: Noções de Tornearia

30 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Cabeçote fixo

Esta parte possui, no seu interior, conjuntos de engrenagens que servem para a mudança

de velocidade e o avanço automático do carro longitudinal.

A mudança da velocidade é feita pelas alavancas externas. O cabeçote fixo recebe

movimento de um motor elétrico, através da transmissão do movimento, feito por polias e

correias.

Fig. 19

Carro longitudinal

Esta parte trabalha ao longo do barramento (Figura 20). Seu movimento pode ser feito

manualmente, por meio do volante, ou automaticamente.

Fig. 20

Movimentode espera

Movimento docarro transversal

Espera

Carro transversal

Manivela B

Carro longitudinal

Para baixo engate ocarro transversal

Alavanca 1 deengate da vara

Para cima engata ocarro longitudinal

Alavanca 2 deengate de fuso(para abrir rosca)

Volante do carrolongitudinal

Movimento docarro longitudinal

Fuso

Vara

Manivela A

A mudança de

velocidade varia

de acordo com o

modelo da máquina.

Page 31: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 31

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Fuso

Tem por função controlar o movimento do carro longitudinal. É usado para abertura de rosca.

Vara

Esta parte movimenta o carro longitudinal e transversal para desbastar a peça.

Carro transversal

Trabalha transversalmente ao barramento, sobre o carro longitudinal. Seu movimento

pode ser manual, por meio de manivela “A”, ou automático, engatando-se a alavanca 1 (para

baixo). Estas partes são visíveis na figura 20. É usado para dar profundidade de corte no

torneamento longitudinal ou para facear.

Espera

Trabalha sobre o carro transversal. Sobre ela está o porta-ferramenta. Seu movimento é

feito por meio da manivela “B” (ver Figura 20). É usada para dar profundidade de corte,

manualmente, principalmente no faceamento de peças, ou para o torneamento cônico de

peças pequenas, através da inclinação da espera.

A espera não deverá ser recuada além do seu barramento (Figura 21).

Fig. 21

Barramento

Recuo

Errado

CertoCerto

Page 32: Noções de Tornearia

32 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Anel graduado

Esta parte tem como função controlar o movimento dos carros. Para remover certa espessura

de material, ou seja, “dar um passe”, o torneiro necessita fazer avançar a ferramenta contra a

peça, na medida determinada. A fim de que o trabalho se execute de modo preciso, a medida da

espessura a ser removida deve ser fixada e garantida por um mecanismo que, além de produzir

o avanço, permita o exato e cuidadoso controle desse avanço.

O torno mecânico possui, em dois lugares diferentes, mecanismos que atendem a tais

condições:

1º) No carro transversal, cujo deslocamento é sempre perpendicular ao eixo da peça ou à

linha de centros do torno (Figura 23);

2º) Na espera, onde se situa o porta-ferramenta; ela pode ser inclinada a qualquer ângulo,

pois sua base é rotativa e dispõe de graduação angular.

Suporte de ferramenta

Esta parte é destinada a prender ferramentas de corte (Figura 22).

Fig. 22

Fig. 23

Espera

Carrotransversal

Anel graduadodo carro transversal

Anel graduadoda espera

Page 33: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 33

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Agora que você conhece as principais partes do torno mecânico universal, que são comuns

a todos os tornos, passaremos a novos tipos de tornos mecânicos, nos quais o diferencial é a

capacidade de produção (se é automático ou não); o tipo de comando (manual, hidráulico,

eletrônico, por computador etc.).

Nesse grupo se enquadram os tornos revólver, copiadores, automáticos ou por comando

numérico computadorizado.

Torno revólver

A característica fundamental do torno revólver é o emprego de várias ferramentas,

convenientemente dispostas e preparadas, para executar as operações de forma ordenada e

sucessiva. (Figura 24)

Os dois mecanismos possibilitam o avanço de ferramenta por meio de um sistema

parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas fixas, pela rotação de um volante ou de uma

manivela. Com o giro do parafuso, a porca (que é presa à base do carro) desloca-se e arrasta o

carro, fanzendo-o avançar ou recuar, conforme o sentido do parafuso.

O controle dos avanços, em ambos os carros, se faz por meio de graduações circulares

existentes em torno de buchas ou anéis cilíndricos, solidários com os eixos dos parafusos de

movimento, e junto aos volantes ou às manivelas.

Os anéis graduados, também chamados “colares micrométricos”, são os dispositivos

circulares que determinam e controlam as medidas em que se devem avançar os carros, mesmo

que os avanços tenham de ser muitos pequenos.

Alguns tornos mecânicos possuem colares micrométricos no volante do carro

longitudinal, facilitando o controle de deslocamento longitudinal.

Fig. 24 – Torno revólver

a - torre anteriorb - carro revólverc - torre revólver

a b c

Page 34: Noções de Tornearia

34 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

A torre normalmente é hexagonal, podendo receber até seis ferramentas; porém, se for

necessário uma variedade maior, a troca de equipamentos se processa de forma rápida.

Torno de placa ou platô

O torno de placa ou platô é amplamente utilizado nas empresas que executam trabalhos

de mecânica e caldeiraria pesada. É adotada para torneamento de peças de grande diâmetro,

como polias, volantes, flanges etc. (Figura 26).

As ferramentas adicionais são fixadas em um dispositivo chamado torre revólver (Figura

25). Essas ferramentas devem ser montadas da forma seqüencial e racionalizada para que se

alcance o objetivo visado.

Fig. 25 – Torre revólver

Fig. 26 – Torno de placa ou platô

10 3 9 8 2 5 7

6

4

1

1

2

9

10

4 5

6

3

8

7

facear

tornear

formarcortar

furar

chanfrar

tornear interno

tornear externo

torn

ear ro

sca

form

ar

a

b

d

e

a - cabeçoteb - placac - selad - porta-ferramentae - carros

Page 35: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 35

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Torno vertical

Esse tipo de torno possui o eixo de rotação vertical e é empregado no torneamento de

peças de grandes dimensões, como volantes, polias, rodas dentadas etc. que, devido ao peso,

podem ser montadas mais facilmente sobre uma plataforma horizontal do que sobre uma

plataforma vertical (Figura 27).

Fig. 27 – Torno vertical

Torno copiador

Neste torno, os movimentos que definem a geometria da peça são comandados por

mecanismos que copiam o contorno de um modelo ou chapelona.

e

a - porta-ferramentas verticalb - porta-ferramentas horizontalc - placad - travessãoe - montantef - guia

c

b

a

d

f

Page 36: Noções de Tornearia

36 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

O torno copiador tem grande aplicabilidade e não deve ser utilizado em produções de

peças pequenas, por ser antieconômico.

Torno CNC

Os tornos automáticos, muito utilizados na fabricação de grandes séries de peças, são coman-

dados por meio de cames, excêntricos e fim de curso. O seu alto tempo de preparação e ajuste, para

início de nova série de peças, faz com que ele não seja viável para médios e pequenos lotes, daí o

surgimento das máquinas CNC (comando numérico computadorizado) (Figuras 29 e 30).

No copiador hidráulico, um apalpador, em contato com o modelo, transmite o movimento

através de um amplificador hidráulico que movimenta o carro porta-ferramentas (Figura 28).

Fig. 28 – Detalhe do torno copiador

Cames, excêntricos e fim de curso, são peças que fazem parte do sistema

de controle dos movimentos rotativos e retilíneos da máquina.

válvula direcional 4/2

bomba apalpadorchapelona

carro porta-ferramenta

avanço

60o

Page 37: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 37

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Há uma série de equipamentos que são adotados para uso com o torno. Vejamos alguns

deles.

Fig. 29 – Torno CNC

Fig. 30

A tecnologia avança a passos largos. Hoje, já são comercializados tornos CNC

com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos

convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 31).

Fig. 30

a - placa

b - cabeçote principal

c - vídeo display

d - programação

e - painel de operação

f - barramento

g - cabeçote móvel

h - torre porta-ferramenta

abcd

ghfe

Fig. 31

Page 38: Noções de Tornearia

38 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Equipamentos e acessórios

Apresentaremos o detalhamento dos equipamentos e acessórios que são considerados os

principais.

Contraponto (fixo) e ponto rotativo

Utilizados nas operações de torneamento que requerem fixação entre pontos de torno

(Figura 32). O ponto rotativo é fixado no cabeçote móvel, assim como o contraponto. A diferença

é que o contraponto fixo é usado para torneamento em baixas rotações e com lubrificantes.

Atualmente nos trabalhos de usinagem é mais usado o ponto rotativo.

Fig. 32 – Ponto rotativo

Placa universal

Apesar de ser uma parte do torno, a placa

universal é um equipamento muito comum e

importante nos trabalhos de torneamento,

sendo a mais utilizada das placas. Daí, a

elencarmos aqui entre os equipamentos. Possui

três castanhas que efetuam o aperto da peça

simultaneamente e sua conseqüente centra-

lização. Pode efetuar fixação em diâmetros

internos e externos (Figura 33).Fig. 33 – Placa universal

Page 39: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 39

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Placa de quatro castanhas

Placa de arraste

Este equipamento é usado no torneamento de peças fixadas entre pontas, em que se

pretende manter a maior concentricidade no comprimento total torneado (Figura 34).

Fig. 34 – Placa de arraste

Fig. 35 – Placa de quatro castanhas

Utilizada na fixação de peças de perfis

irregulares, pois suas castanhas de aperto

podem ser acionadas separadamente,

oferecendo condições de centragem da região

que se pretende usinar (Figura 35).

Placa plana

Utilizada na fixação de peças irregulares

com auxílio de alguns dispositivos. Como

vemos na figura 36, a placa plana amplia as

possibilidades de fixação de peças de formato

irregular que necessitam ser torneadas.

Fig. 36 – Placa plana

contra-peso

placa

Page 40: Noções de Tornearia

40 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Luneta móvel

A luneta móvel é utilizada em eixos de pequenos diâmetros, os quais são sujeitos a flexões

e vibrações na usinagem (Figura 38). Ela também funciona como mancal e deve ser montada

sempre junto da ferramenta, para evitar vibrações e flexões, pois tais movimentos anulam as

forças de penetração da ferramenta.

Luneta fixa

Este acessório tem grande utilidade quando pretendemos tornear eixos longos de pequenos

diâmetros, pois atua como mancal, evitando que a peça saia de centro ou vibre com a ação da

ferramenta (Figura 37).

Fig. 37 – Luneta fixa

parafuso deajuste

Fig. 38 – Luneta móvel

força

Page 41: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 41

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Mandril expansivo

É utilizado na fixação de peças que terão seu

diâmetro externo totalmente torneado, visando

manter uniformidade na superfície (Figura 40).

Mandril pinça

Este acessório de fixação é amplamente utilizado quando se pretende tornear eixos de

diâmetros pequenos, por oferecer grande precisão na concentricidade. Ele permite rápidas

trocas de peças e é comumente encontrado em tornos automáticos (Figura 39).

Fig. 39 – Mandril pinça

Fig. 41

Mandril paralelo de aperto com porca

É utilizado na fixação de uma ou várias peças por vez (Figura 41).

Fig. 40 - Mandril expansivo

Arruelas ajustáveis

Page 42: Noções de Tornearia

42 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Mandril porta-broca

É utilizado para fixar brocas no trabalho de furação. Ele é fixado, geralmente, no cabeçote móvel.

Até este ponto, você teve contato com os diferentes tipos de torno e as suas partes e

acessórios principais.

Passaremos a outro tópico importante: as ferramentas utilizadas no torno para se efetuar o

torneamento.

Tipos de ferramentas paratornear

As ferramentas utilizadas no processo de torneamento podem ser classificadas em dois

grandes grupos: usadas no torneamento externo e no torneamento interno.

Torneamento externo

Há diversos tipos de ferramentas para tornear externamente. As suas formas, os ângulos, os tipos de

operações que executam e o sentido de corte são os fatores que as caracterizam e as diferenciam entre si.

Fig. 42 – Mandril paralelo de aperto com porca

Peças

MandrilArruela

Calça

Page 43: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 43

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

A figura 44 ilustra algumas ferramentas para torneamento externo, com setas indicando o

sentido do movimento.

É considerado sentido à direita quando a ferramenta se deslocar em direção

à árvore (cabeçote fixo) (Figura 43).

Fig. 43 – Sentido de corte

à direita

Fig. 44 – Peças para torneamento externo

1. Cortar2. Cilindrar à direita3. Sangrar4. Alisar5. Facear à direita

6. Sangrar à direita7. Desbastar à direita8. Cilindrar e facear à esquerda9. Formar10. roscar

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Page 44: Noções de Tornearia

44 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Materiais das ferramentas

Os materiais dos quais as ferramentas de corte são feitas são os responsáveis pelo seu

desempenho e conferem-lhes características físicas e propriedades mecânicas.

Os materiais mais comuns são: aço-carbono, aço rápido, metal duro, cerâmica.

Torneamento interno

As ferramentas utilizadas para tornear internamente podem ser de corpo único, com pontas

montadas ou com insertos. Podemos adotá-las nas operações de desbaste ou de acabamento,

variando os ângulos de corte e a forma da ponta (Figura 45). Elas recebem o nome de bedame.

Fig. 45 – Ângulos do bedame

12 3

4 56

1. Desbastar 2. Alisar 3. Sangrar

4. Formar 5. Roscar 6. Tornear com haste

Page 45: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 45

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Aço-carbono

O aço-carbono possui teores que variam de 0,7 a 1,5% de carbono e é usado em ferramentas

para usinagens manuais ou em máquinas-ferramenta.

Trata-se de um material utilizado para pequenas quantidades de peças, não sendo adequado

para altas produções. É pouco resistente a temperaturas de corte superiores à 250ºC, daí a

desvantagem de usarmos baixas velocidades de corte.

Aço rápido

O aço rápido possui, além do carbono, outros elementos de liga, tais como: tungstênio,

cobalto, cromo, vanádio, molibdênio, boro etc., que são os responsáveis pela excelente

propriedade de resistência ao desgaste.

Os elementos desta liga, além de conferirem maior resistência ao desgaste, aumentam a

resistência de corte a quente (550ºC) e possibilitam maior velocidade de corte.

Tipos de aço rápido:

Comum: 3%W, 1%Va

Superior: 6%W, 5%Mo, 2%Va

Extra-superior: 12%W, 4%Mo, 3%Va e Co até 10%

Extra-rápido: 18W2Cr, 2Va e 5%Co

Como exemplo de ferramentas feitas em aço rápido, podemos destacar brocas,

alargadores, ferramenta de torno, fresas de topo, fresas circulares etc.

Metal duro

O metal duro é comumente chamado carboneto metálico e compõe as ferramentas de

corte mais utilizadas na usinagem dos materiais na mecânica (Figura 46).

Page 46: Noções de Tornearia

46 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

• • • • • Maior vida útil para a ferramenta,

exigindo, porém, máquinas e

suportes mais robustos para evitar

vibrações, que são criticas para os

metais duros.

• • • • • As pastilhas de metal duro podem

ser de dois tipos: aquelas fixadas

com solda (Figura 47) e aquelas que

são intercambiáveis.

Fig. 46 – Pastilhas de metal duro

Os elementos mais importantes de sua composição são o tungstênio, o tântalo, o titânio e

o molibdênio, além do cobalto e do níquel como aglutinantes. O carboneto metálico possui

grande resistência ao desgaste, e apresenta as seguintes vantagens:

• • • • • Alta resistência ao corte a quente, mantendo uma dureza de 70HRC até 800ºC.

• • • • • Alta velocidade de corte (±50 a 300m/min), isto é, até 10 vezes mais que a velocidade do

aço rápido. Isso favorece um maior volume de cavaco por usinagem.

Fig. 47 – Fixação de pastilhas

suporte

pastilha

Suportes compastilhas intercambiáveis

Aglutinante – material

ou elemento que dá

liga em uma mistura.

Page 47: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 47

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Cerâmica

As ferramentas de cerâmica são constituídas de

pastilhas sinterizadas com aproximadamente 98%

a 100% de óxido de alumínio.

Possuem dureza maior que a de metal duro, e

possuem uma velocidade de corte de 5 a 10 vezes

maior (Figura 49).

O seu gume de corte pode resistir ao desgaste

em uma temperatura de até 1.200oC, o que favorece

a aplicação na usinagem de materiais como ferro

fundido, ligas de aço etc.

A intercambialidade elimina os tempos de parada da máquina para afiação.

Há muitos tipos de modelos de suportes existentes no mercado; também são vários os

sistemas de fixação da pastilha no suporte. A escolha está vinculada à operação e aos ângulos de

corte desejados, pois estes são resultantes da combinação entre os ângulos da pastilha e a

inclinação de seu assento no suporte (Figura 48).

Fig. 48 – Definição de ângulos de corte

pastilha parafuso de aperto

placa de aperto

ferramenta negativa

pastilha parafuso de apertoplaca de aperto

ferramenta positiva

(< γ negativa) (< γ positiva)

A escolha da pastilha em função da aplicação é feita através de consulta a

tabelas específicas.

Fig. 49 – Escala de dureza

diamante

cerâmica

carboneto

aço rápido

HRC

100

8280

6258

Page 48: Noções de Tornearia

48 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Nos próximos tópicos vamos avançar na questão do corte e dos ângulos das ferramentas.

Geometria de corte daferramenta

O estudo das condições de formação de calor e sua transmissão, em função de diferentes

fatores de corte, permite que se determinem as dimensões e as formas mais convenientes das

ferramentas, além de um melhor regime de trabalho e durabilidade da aresta de corte da

ferramenta.

As pastilhas de cerâmica também podem ser intercambiáveis, porém, em função da sua

alta dureza, possuem pouca tenacidade e necessitam de suportes robustos que evitem vibrações

(Figura 50) e máquinas operatrizes que ofereçam boas condições de rigidez.

O volume de cavaco por tempo é muito superior ao do metal duro, em função de suas altas

velocidades de corte.

Tenacidade é a qualidade do material que é tenaz, ou seja, resiste à ruptura,

apresentando deformação permanente, em virtude da consistência do

material que compõe o seu interior.

Fig. 50 – Suportes

Page 49: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 49

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

A geometria de corte da ferramenta é influenciada, na usinagem, pelas variáveis a seguir:

- ângulo de corte

- forma da ferramenta

A segunda variável já foi vista ao longo do material até aqui. Passemos, então, à primeira.

Ângulo da ferramenta de tornear

Os ângulos e superfícies da geometria de corte das ferramentas são de grande importância

e constituem elementos fundamentais no rendimento e durabilidade dos equipamentos.

A figura 52 apresenta os ângulos representados espacialmente e a figura 53 apresenta os

ângulos no plano.

No que se refere à geometria de corte da ferramenta, a definição depende de onde se

encontra a aresta de corte principal: se está à esquerda ou à direita, conforme figura 51.

Fig. 51 – Ferramenta esquerda e direita

Fig. 52 – Ângulos no espaço Fig. 53 – Ângulos no plano

Ferramenta à direta

Aresta de corteprincipal

Ferramenta à esquerda

Aresta de corteprincipal

Page 50: Noções de Tornearia

50 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Os ângulos da ferramenta de tornear são os seguintes:

- Ângulo de incidência (α), compreendido entre a peça e a ferramenta. Varia de 5 a 12º.

- Ângulo de cunha (β) formado pelas faces de incidência e de saída, deve ser determinado

em função do material.

Materiais moles β=40 a 50º (alumínio)

Materiais tenazes β=55 a 75º (aço)

Materiais duros β=75 a 85º

- Ângulo de saída (γ) formado pelas faces de ataque e pelo plano da superfície de saída, é

determinado em função do material.

Materiais moles γ=15 a 40º

Materiais tenazes γ=14º

Materiais duros γ=0 a 8º

- Ângulo de corte (δ), que varia em função do material da peça, resultando: δ = α + β

- Ângulo de ponta (ε) formado pelas arestas cortantes. Conforme o avanço, temos:

Avanço até 1mm/volta ângulo de ε = 90º

Avanço maior que 1mm/volta ângulo ε > 90º

- Ângulo de rendimento (χ) é formado pela aresta cortante e a superfície da peça

trabalhada. Ao se determinar o ângulo χ de uma ferramenta de corte para tornear, deve-

se levar em consideração as forças de corte que dele dependem. Vejamos como.

Ângulo χχχχχ >45º

Pequena parte da aresta cortante tem contato com o material, resultando no seu rápido

desgaste (Figura 54).

Fig. 54 - Ângulo χ >45º

Esse ângulo é usado no torneamento de

peças compridas e de diâmetros pequenos,

porque proporciona pouco esforço radial (Fp).

Page 51: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 51

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

- ângulo de inclinação de aresta constante (λ) tem por finalidade controlar a direção de

escoamento do cavaco e o consumo de potência, além de proteger a ponta das

ferramentas de corte e aumentar seu tempo de vida útil (Figura 57). O ângulo de

inclinação pode variar de λ = -10º a λ = +10º.

Ângulo χ χ χ χ χ = 45º

A fixação ideal da ferramenta para cilindrar

uma peça é posicionar o corpo da ferramenta a

90º em relação ao eixo de simetria da peça e

com ângulo de rendimento χ = 45º, salvo em

casos especiais (Figura 55).

Fig. 55 - Ângulo χ = 45º

Ângulo χχχχχ < 45º

Neste caso, a aresta de corte tem bastante

contato com o material (Figura 56). Por isso, o

seu desgaste é menor, mas ocasiona grande

esforço radial (Fp).

Fig. 56 - Ângulo χ < 45º

Fig. 57 - Ângulo de inclinação

Page 52: Noções de Tornearia

52 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

O ângulo de inclinação pode ser negativo, positivo e neutro.

Fig. 58 - Ângulo de negativo

Ângulo negativo

Quando a ponta de ferramenta for a parte mais

baixa em relação à aresta de corte. É usado nos

trabalhos de desbaste e em cortes interrompidos

(peças quadradas, com rasgos ou com ressaltos) em

materiais duros (Figura 58).

Ângulo positivo

Dizemos que λ é positivo quando a ponta da

ferramenta em relação à aresta de corte for a parte

mais alta. É usada na usinagem de materiais macios,

de baixa dureza (Figura 59).

Ângulo neutro

Dizemos que λ é neutro quando a ponta da

ferramenta está na mesma altura da aresta de corte. É

usado na usinagem de matérias duros e exige menor

potencia do que λ positivo ou negativo (Figura 60).

Fig. 59 - Ângulo positivo

Fig. 60 - Ângulo neutro

Ângulo em função do material

O fenômeno de corte é realizado pelo ataque da cunha da ferramenta. Nele o rendimento

depende dos valores dos ângulos da cunha, pois é esta que corrompe as forças de coesão do

material da peça. Experimentalmente, determinaram-se os valores desses ângulos para cada

tipo de material da peça.

A tabela 1 nos fornece os valores para os materiais mais comuns.

Page 53: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 53

Noções de Tornearia - O processo mecânico de usinagem: torneamento

Tabela 1 - Ângulos recomendados em função do material

Terminada esta unidade, você já tem condições de conceber o tipo de trabalho realizado

na usinagem de torneamento e os equipamentos envolvidos.

Vamos, a seguir, a outro ponto importante: a questão da geração de calor no processo de

usinagem e como resolvê-la.

Aço 1020 até 45N/mm2

Aço 1045 até 70N/mm2

Aço 1060 acima de 70N/mm2

Aço ferramenta 0,9%C

Aço inox

FoFo brinell até 250HB

FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB

FoFo maleável perlítico brinell 160HB a até240HB

Cobre, latão, bronze (macio)

Latão e bronze (quebradiço)

Bronze para bucha

Alumínio

Duralumínio

Celeron, baquelite

Ebonite

Fibra

PVC

Acrílico

Teflon

Nylon

α

8

8

8

6 a 8

8 a 10

8

8

8

8

8

8

10 a 12

8 a 10

10

15

10

10

10

8

12

β

55

62

68

72 a 78

62 a 68

76 a 82

64 a 68

72

55

79 a 82

75

30 a 35

35 a 45

80 a 90

75

55

75

80 a 90

82

75

γ

27

20

14

14 a 18

14 a 18

0 a 6

14 a 18

10

27

0 a 3

7

45 a 48

37 a 45

5

0

25

5

0

0

3

MaterialÂngulos

Duraplástico

χ

0 a -4

0 a -4

-4

-4

-4

0 a -4

0 a -4

0 a -4

+4

+4

0 a +4

+4

0 a +4

+4

+4

+4

+4

0

+4

+4

Termoplásticos

Para saber mais sobre ferramentas de corte para usinagem, consulte a ABNT

TB-388:1990

Page 54: Noções de Tornearia
Page 55: Noções de Tornearia

Ação de lubrificaçãoe refrigeração na

usinagem

2

Nesta seção...

A importância da refrigeração no processo de usinagem

Page 56: Noções de Tornearia

56 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

Page 57: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 57

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

A importância da refrigeraçãono processo de usinagem

A usinagem de um metal produz sempre calor, que resulta do atrito entre ferramenta,

cavaco e peça.

As principais fontes de calor no processo de formação de cavaco são decorrentes

(Figura 1):

a) da formação plástica do cavaco na região de cisalhamento;

b) do atrito do cavaco com a superfície de saída da ferramenta;

c) do atrito da peça com a superfície de incidência da ferramenta.

Fig. 1 – Fontes de calor na formação do cavaco

Page 58: Noções de Tornearia

58 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

A quantidade de calor produzida por essas fontes energéticas é dissipada através do cavaco,

da peça, da ferramenta e do ambiente.

O calor assim produzido apresenta dois inconvenientes:

• aumenta a temperatura da parte da ferramenta, o que pode alterar suas propriedades;

• aumenta a temperatura da peça, provocando dilatação, erros de medida, deformações etc.

Para evitar esses inconvenientes, utilizam-se, nas oficinas mecânicas, os fluidos de corte.

Fluido de corte

Fluido de corte é um líquido composto por várias substâncias que têm a função de introduzir

uma melhoria no processo de usinagem dos metais.

A melhoria poderá ser de caráter funcional ou de caráter econômico.

Melhorias de caráter funcional são aquelas que facilitam o processo de usinagem,

conferindo-lhe melhor desempenho. São elas:

Como as deformações e as forças de atrito se distribuem irregularmente, o calor produzido

também se distribui de forma irregular, como representado na figura 2.

Fig. 2 – Representação da distribuição do calor

Page 59: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 59

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

• redução do coeficiente de atrito entre a ferramenta e o cavaco;

• refrigeração da ferramenta;

• refrigeração da peça em usinagem;

• melhor acabamento superficial da peça em usinagem;

• refrigeração da máquina-ferramenta.

Melhorias de caráter econômico são aquelas que levam a um processo de usinagem mais

econômico:

• redução do consumo de energia de corte;

• redução do custo da ferramenta na operação (maior vida útil);

• proteção contra a corrosão da peça em usinagem.

O uso dos fluidos de corte na usinagem dos metais concorre para maior produção, melhor

acabamento e maior conservação da ferramenta e da máquina.

Funções dos fluidos de corte

Os fluidos de corte têm três funções essenciais num processo de usinagem. Lubrificante,

refrigerante e anti-soldante.

Fig. 3 – Ação lubrificante

Função lubrificante – durante o corte, o

óleo forma uma película entre a ferramenta e

o material, impedindo quase que totalmente

o contato direto entre eles (Figura 3).

Função refrigerante – como o calor

passa de uma substância mais quente para

outra mais fria, ele é absorvido pelo fluido. Por

essa razão, o óleo deve fluir constantemente

sobre o corte (Figura 4).

Se o fluido for usado na quantidade e

velocidade adequadas, o calor será eliminado

quase que imediatamente e as temperaturas

da ferramenta e da peça serão mantidas em

níveis razoáveis.

Fig. 4 – Ação refrigerante

fluido de corte

peça

ferramenta

fluido de corte

peça

ferramenta

Page 60: Noções de Tornearia

60 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

Tipos de fluidos de corte

As denominações dadas às funções de fluido de corte designam, também, os tipos de

fluido. Daí eles serem classificados em fluidos refrigerantes, fluido lubrificante e fluidos

refrigerantes lubrificantes.

Como fluidos refrigerantes usam-se, de preferência:

• ar insuflado ou ar comprimido, mais usado nos trabalhos de rebolos;

• água pura ou misturada com sabão comum, mais usada na afiação de ferramentas, nas

esmerilhadoras.

Função anti-soldante – algum contato, de metal com metal, sempre existe em áreas

reduzidas. Em vista da alta temperatura nestas áreas, as partículas de metal podem soldar-se

à peça ou ferramenta, prejudicando o seu corte.

Para evitar a solda, enxofre, cloro ou outros produtos químicos podem ser

adicionados ao fluido.

Não é recomendável o uso de água na função de refrigerante nas máquinas-

ferramentas por causa da oxidação das peças.

Rebolo é uma ferramenta usada no processo de retificação

Page 61: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 61

Noções de Tornearia - Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem

Como fluidos lubrificantes, os mais usados são os óleos. São aplicados, geralmente, quando se

deseja dar passes pesados e profundos, em que a ação da ferramenta contra a peça produz calor.

Como fluido refrigerante lubrificante, o mais utilizado é uma mistura de aspecto leitoso

contendo água (como refrigerante) e de 5 a 10% de óleo solúvel (como lubrificante). Esses

fluidos são, ao mesmo tempo, lubrificantes e refrigerantes, agindo, porém, muito mais como

refrigerantes, em vista de conterem grande proporção de água. São usados de preferência em

trabalhos leves.

A tabela 1 contém os fluidos de corte recomendados de acordo com o trabalho a ser executado.

Vamos, na próxima unidade, aprofundar questões relacionadas ao trabalho com a peça, ou

seja, ao processo de torneamento, envolvendo diferentes cálculos relacionados ao corte.

Tabela 1 – Fluidos de corte

AÇOS

Aço para cementação

Aço para construção sem liga

Aço para construção com liga

Aço fundido

Aço para ferramenta sem liga

Aço para ferramenta com liga

Aço para máquinas automáticas

Aço para mola

Aço inoxidável

Ferro fundido

Ferro nodular

Cobre com 1% de chumbo

Liga: cobre 70% + níquel 30%

Latão para máquinas automáticas

Latão comum

Bronze ao chumbo

Bronze fosforoso

Bronze comum

Alumínio puro

Silumino (alumínio duro)

Duralumínio

Outras ligas de alumínio

Magnésio e ligas

100-140

100-225

220-265

250

180-210

220-240

140-180

290

150-200

125-290

100-125

Óleo de corte

Óleo de corte sulfurado

A seco ou óleo solúvel 2,5%

Óleo de corte ou solúvel 5%

A seco ou óleo solúvel 2,5%

Óleo de corte com 50% dequerosene

A seco

FUNDIDOS

NÃO-FERROSOS

MATERIAIS DUREZA BRINELL FLUIDOS

Óleo solúvel 5% ouóleo de corte

Page 62: Noções de Tornearia
Page 63: Noções de Tornearia

Parâmetros de corte

3

Nesta seção...

Principais parâmetros de corte parao processo de torneamento

Tempo de fabricação

Page 64: Noções de Tornearia

64 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Page 65: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 65

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Principais parâmetros decorte para o processo detorneamento

Parâmetros de corte são grandezas numéricas que definem, na usinagem, os diferentes

esforços, velocidades, etc. a serem empregados. Eles nos auxiliam na obtenção de uma perfeita

usinabilidade dos materiais, com a utilização racional dos recursos oferecidos por uma

determinada máquina-ferramenta.

No quadro 1 estão os parâmetros de corte utilizados para as operações de torneamento.

Quadro 1 – Parâmetros de corte

Na maioria dos livros que tratam do assunto “usinagem”, o símbolo para a força de corte é Pc

e para a potência de corte é Nc. Adotamos, porém, a simbologia acima para efeito didático.

Avanço

Profundidade de corte

Área de corte

Tensão de ruptura

Pressão específica de corte

Força de corte

Velocidade de corte

Potência de corte

A

P

S

Tr

Ks

Fc

Vc

Pc

Parâmetro Símbolo

Observação

Vejamos, então, cada parâmetro de corte separadamente e sua respectiva utilização nas

operações de torneamento.

Page 66: Noções de Tornearia

66 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

A escolha do avanço adequado deve ser feita levando-se em consideração o material, a

ferramenta e a operação que será executada na usinagem. Os fabricantes de ferramentas trazem

em seus catálogos os avanços adequados, já levando em consideração as variáveis acima citadas,

testadas em laboratório.

Quando tem-se a unidade de avanço em mm/rot. e se deseja passar para mm/min. (ou

vice e versa), utiliza-se a seguinte relação:

Avanço (mm/min.) = Rotação por minutos x Avanço (mm/rot.)

Ilustrativamente, apresentaremos alguns valores na tabela 1, que foi confeccionada em

laboratório, após vários testes realizados, e leva em consideração o grau de rugosidade em relação

ao avanço e raio da ponta da ferramenta, facilitando o estabelecimento do avanço adequado

nas operações de torneamento.

Avanço (A)

O avanço, por definição, é a velocidade de deslocamento de uma ferramenta em cada volta

de 360° de uma peça (avanço em mm/rotação), conforme figura 01, ou por unidade de tempo

(avanço em mm/minuto), conforme figura 02.

Fig. 2 - Avanço em mm/minA = 10mm/min. (A cada minuto deusinagem, a ferramenta se desloca 10mm)

Fig. 1 - Avanço em mm/rotaçãoA = 3mm/rot. (A cada volta de 360° dapeça, a ferramenta se desloca 3mm)

3 1 0

Ferramenta Ferramenta

Page 67: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 67

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Tabela 1- Grau de rugosidade x avanço x raio da ponta da ferramentaA

cabam

ento

fin

oC

LASSES D

E O

PERAÇ

ÕES

SIS

TEM

A D

E L

EIT

URA

Apare

lho d

o S

enai

Ra (

CLA

)

MICRONSmm

RM

ULA

S

Rugosi

dade e

m µ

m(H

-R-R

t)

AVA

OS

EM

mm

/ R

OTA

ÇÃ

O

Rt

Rt

MICRONS-INCHES

R =

S2

4 .

r

Avanço

em

mm

S =

4R .

r

r =

Raio

da f

err

am

enta

em

mm

RAIO DA CURVATURADA PONTA DA FERRAMENTA

(mm)

Page 68: Noções de Tornearia

68 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Área de corte (S)

Constitui a área calculada da secção do cavaco que será retirada, definida como o produto

da profundidade de corte (P) com o avanço (A) (Figura 4).

Profundidade de corte (P)

Trata-se da grandeza numérica que define a penetração da ferramenta para a realização de

uma determinada operação, possibilitando a remoção de certa quantidade de cavaco (Figura 3).

Fig. 3 - Profundidade de corte (P)

Page 69: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 69

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Onde:

P = mm

A = mm/rot.

Então:

S = P x A

Tabela de tensão de ruptura (Tr)

É a máxima tensão (força) aplicada em um determinado material, antes do seu completo

rompimento, tensão esta que é medida em laboratório, com aparelhos especiais. A unidade de

tensão de ruptura é o kg/mm².

Apresentamos, a seguir, a tabela 2 com os principais materiais comumente utilizados em

usinagem e suas respectivas tensões de ruptura. Ela serve para consultas constantes em nosso

estudo.

Fig. 4 – Área de corte (S)

Page 70: Noções de Tornearia

70 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Tabela 2- Tabela de tensão de ruptura (Tr)

Material que será usinadoAlumínio-bronze (fundido)

Alumínio

Bronze-manganês

Bronze-fósforo

Inconel

Metal (Monel) (Fundido)

Nicrome

Ferro Fundido Especial

Ferro Maleável (Fundido)

Aço sem liga

Aço-liga fundido

Aço-carbono:SAE 1010 (laminado ou forjado)SAE 1020 (laminado ou forjado)SAE 1030 (laminado ou forjado)SAE 1040 (laminado ou forjado)SAE 1060 (laminado ou forjado)SAE 1095 (laminado ou forjado)

Aço-carbono de corte fácil:SAE 1112 (laminado ou forjado)SAE 1120 (laminado ou forjado)

Aço-manganês:SAE 1315 (laminado ou forjado)SAE 1340 (laminado ou forjado)SAE 1350 (laminado ou forjado)

Aço-níquel:SAE 2315 (laminado ou forjado)SAE 2330 (laminado ou forjado)SAE 2340 (laminado ou forjado)SAE 2350 (laminado ou forjado)

Aço-cromo-níquel:SAE 3115 (laminado ou forjado)SAE 3135 (laminado ou forjado)SAE 3145 (laminado ou forjado)SAE 3240 (laminado ou forjado)

Aço-molibdênio:SAE (laminado ou forjado)SAE 4140 (laminado ou forjado)SAE 4340 (laminado ou forjado)SAE 4615 (laminado ou forjado)SAE 4640 (laminado ou forjado)

Aço-cromo:SAE 5120 (laminado ou forjado)SAE 5140 (laminado ou forjado)SAE 52100 (laminado ou forjado)

Aço-cromo-vanádio:SAE 6115 (laminado ou forjado)SAE 6140 (laminado ou forjado)

Aço-silício-manganês:SAE 9255 (laminado ou forjado)

Aço inoxidável

Tensão de Ruptura (kg/mm²)46 a 56

42

42-49

35

42

53

46

28 a 46

39

49

63-41

4046536074

102

5049

517784

60677792

537481

102

5492

1945884

7081

106

5893

94

84-159

Page 71: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 71

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Pressão específica de corte (Ks)

É, por definição, a força de corte para a unidade de área da seção de corte (S). Também é uma variável

medida em laboratório, obtida mediante várias experiências, onde se verificou que a pressão específica de

corte depende dos seguintes fatores: material empregado (resistência); secção de corte; geometria da

ferramenta; afiação da ferramenta; velocidade de corte; fluido de corte e rigidez da ferramenta.

Na prática, utilizam-se tabelas e diagramas que simplificam o cálculo desse parâmetro de corte.

Apresentamos, a seguir, uma tabela, na figura 5, para a obtenção direta da pressão específica de corte (Ks),

em função da resistência (tensão de ruptura) dos principais materiais e dos avanços empregados

comumente nas operações de torneamento, bem como para ângulo de posição da ferramenta de 90°. Para

diferentes ângulos de posição da ferramenta, não há necessidade de correção do valor de Ks, pois as

diferenças não são significativas.

Fig. 5 - Diagrama de obtenção pressão específica de corte (Ks)

MATERIAL(TENSÃO DE RUPTURA EM Kg/mm2 OU DUREZA)

1 - AÇO DURO MANGANÊS2 - AÇO LIGA 140-180 Kg/mm2

AÇO FERRAM. 150-180 Kg/mm2

3 - AÇO LIGA 100-140 Kg/mm2

4 - AÇO INOXIDÁVEL 60-70 Kg/mm2

5 - AÇO Cr Mg 85-100 Kg/mm2

6 - AÇO Mn Cr Ni 70-85 Kg/mm2

7 - AÇO 85-100 Kg/mm2

8 - AÇO 70-85 Kg/mm2

9 - AÇO 60-70 Kg/mm2

10 - AÇO 50-60 Kg/mm2

11 - AÇO FUNDIDO ACIMA DE TO Kg/mm2

12 - AÇO ATÉ 50 Kg/mm2

AÇO FUNDIDO 50-70 Kg/mm2

FUNDIÇÃO DE CONCHA 65-90 SHORE

13 - AÇO FUNDIDO 30-50 Kg/mm2

FERRO FUNDIDO DE LIGA 250-400 BRINELL

14 - FERRO FUNDIDO 200-250 BRINELL15 - FERRO FUNDIDO MALEÁVEL

16 - FERRO FUNDIDO ATÉ 200 BRINELL

Page 72: Noções de Tornearia

72 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Como utilizar a tabela

a) Definir o material que se quer usinar.

b) Definir o avanço em mm/rot para a usinagem.

c) Definir tensão de ruptura (Tr) do material a ser usinado, utilizando tabela específica.

(Tabela 2)

d) Aplicar o valor da tensão de ruptura achado, na relação de material na tabela da pressão

especifica de corte (Ks) (Figura 5), determinado-se assim uma das 16 retas do gráfico.

e) Procurar o avanço empregado em mm/rot. no eixo das abscissas.

f) Traçar uma linha até interceptar a reta determinada no item (d) e passar uma

perpendicular até o eixo das ordenadas, determinado-se assim o Ks em Kg/mm².

Exemplo:

Usinar uma peça cujo material é aço SAE 1020, forjado, com um avanço de 0,2 mm/rot.

Vamos até à tabela da tensão de ruptura e localizamos o material e sua respectiva Tr.

Aço-carbono:

SAE 1010 (laminado ou forjado) 40

SAE 1020 (laminado ou forjado) 46

SAE 1030 (laminado ou forjado) 53

SAE 1040 (laminado ou forjado) 60

SAE 1060 (laminado ou forjado) 74

SAE 1095 (laminado ou forjado) 102

Para aços SAE 1020, forjado →→→→→ Tr = 46 kg/mm²

Com o valor de Tr = 46 kg/mm² (resistência), vamos até a tabela de Ks e determinamos a

reta do material empregado.

Para isso, devemos verificar na legenda o número da reta indicada para o material com

Tr = 46Kg/mm2.

Material

(Tensão de ruptura em Kg/mm² ou dureza)

1 – AÇO DURO-MANGANÊS

2 – AÇO-LIGA 140-180 kg/mm²

AÇO-FERRAM. 150-180 kg/mm²

3 – AÇO-LIGA 100-140 kg/mm²

Page 73: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 73

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

4 – AÇO-INOXIDÁVEL 60-70 kg/mm²

5 – AÇO-Cr. –Mo. 95-100 kg/mm²

6 – AÇO-Mn. – Cr. 70-85 kg/mm²

7 – AÇO 85-100 kg/mm²

8 – AÇO 70-85 kg/mm²

9 – AÇO 60-70 kg/mm²

10 – AÇO 50-60 kg/mm²

11 – AÇO FUNDIDO ACIMA DE 70 kg/mm²

12 – AÇO ATÉ 50 kg/mm²

AÇO FUNDIDO 50-70 kg/mm²

FUNDIDO DE CONCHA 65-90 SHORE

13 – AÇO FUNDIDO 30-50 kg/mm²

FERRO FUNDIDO DE LIGA 250-400 BRINELL

14 – FERRO FUNDIDO 200-250 BRINELL

15 – FERRO FUNDIDO MALEÁVEL

16 – FERRO FUNDIDO ATÉ 200 BRINELL

Então, para aços até 50 kg/mm², temos a reta número 12. O avanço já foi dado = 0,2mm/rot.

Finalmente entramos com esses valores no gráfico de Ks. A partir da abscissa (eixo

denominado Avanço – mm/rotação) traçamos uma reta vertical até atingirmos a reta diagonal

com número 12 (obtido anteriormente). Nesse ponto de intersecção, seguir com uma reta

horizontal e paralela ao eixo das abscissas até tocar um ponto no eixo das coordenadas (Pressão

específica de corte). A reta tocou no valor 250, o que significa que temos um Ks = 250 Kg/mm².

Força de corte (Fc)

A força de corte Fc (também conhecida por

força principal de corte) é, por definição, a

projeção da força de usinagem sobre a direção de

corte, conforme a figura 6.

Fig. 6 – Força de corte

FORÇA DEUSINAGEM

Page 74: Noções de Tornearia

74 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Esse parâmetro resulta do produto da pressão especifica de corte (Ks) com a área de corte

(S). A unidade é dada em kgf. Então:

Fc = Ks x S ou

Fc = Ks x P x A (pois S = P x A)

Lembrando:

P = profundidade de corte (mm)

A = avanço (mm/rot.)

Velocidade de corte (Vc)

Por definição, a velocidade de corte (Vc) é a velocidade circunferencial ou de rotação da

peça. Dizemos, então, que em cada rotação da peça a ser torneada, o seu perímetro passa uma

vez pela aresta cortante da ferramenta, conforme a figura 7.

A velocidade de corte é importantíssima no estabelecimento de uma boa usinabilidade do

material (quebra de cavaco, grau de rugosidade e vida útil da ferramenta) e varia conforme o tipo

de material; classe do inserto; a ferramenta e a operação de usinagem. É uma grandeza numérica

diretamente proporcional ao diâmetro da peça e à rotação do eixo-árvore, dada pela fórmula:

Vc = π . D . N

1000

Fig. 7 – Representação do movimento circunferencial

Page 75: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 75

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Onde:

Vc = velocidade de corte (metros/minuto)

π = constante = 3,1416

D = diâmetro (mm)

N = rotação do eixo-árvore (rpm)

A maioria dos fabricantes de ferramenta informa, em tabela, a Vc em função do material e

da classe do inserto utilizado. Nesse caso, calcula-se a rotação do eixo-árvore pela fórmula:

N = Vc . 1000

π . D

Exemplo:

Utilizando-se uma Vc = 160m/min, qual é a rotação do eixo-árvore para a usinagem de uma

peça de 60mm de diâmetro?

N = 160 . 1000 N ≅ 849 rpmπ . 60

Tabelas de velocidades de corte destinadas à usinagem seriada de grandes lotes são tabelas

completas que levam em conta todos os fatores que permitem trabalhar com parâmetros muito

perto dos valores ideais. Podemos contar também com tabelas que levam em conta apenas o

fator mais representativo, ou o mais crítico, possibilitando a determinação dos valores de

usinagem de maneira mais simples e rápida (Tabela 3).

Tabela 3 - Velocidades de corte (Vc) para torno (em metros por minuto)

Materiais Ferramentas de aço rápido Ferramentas decarboneto-metálico

Desbaste

25

15

12

20

15

10

30

40

60

25

Acabamento

30

20

16

25

20

15

40

50

90

40

RoscarRecartilhar

10

8

6

8

8

6

10-25

10-25

15-35

10-20

Desbaste

200

120

40

70

65

30

300

350

500

120

Acabamento

300

160

60

85

95

50

380

400

700

150

Aço 0,35%C

Aço 0,45%C

Aço extraduro

Ferro fundido maleável

Ferro fundido gris

Ferro fundido duro

Bronze

Latão e cobre

Alumínio

Fibra e ebonite

Page 76: Noções de Tornearia

76 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Visando facilitar o trabalho, costuma-se utilizar tabelas relacionando velocidade de corte e

diâmetro de material, para a determinação da rotação ideal. Vejamos um tipo na tabela 4.

Vamos a um exemplo prático, considerando desbaste e acabamento, tomando as tabelas 3

e 4 e as fórmulas já apresentadas.

Para determinar a N (rpm) necessária para usinar um cilindro de aço 1020, com uma

ferramenta de aço rápido, conforme desenho da figura 8, onde o valor de Ø100, “maior”, é para

desbaste, enquanto o de Ø95, “menor”, é para acabamento.

Tabela 4 – Rotações por minuto (rpm)

Vm/min

6

9

12

15

19

21

24

28

30

36

40

45

50

54

60

65

72

85

120

243

Diâmetro do material em milímetros

6

318

477

636

794

1 108

1 114

1 272

1 483

1 588

1 908

2 120

2 382

2 650

2 860

3 176

3 440

4 600

4 475

6 352

12 900

10

191

287

382

477

605

669

764

892

954

1 146

1 272

1 431

1 590

1 720

1 908

1 070

2 292

2 710

3 816

7 750

20

96

144

191

238

303

335

382

446

477

573

636

716

795

860

954

1 035

1 146

1 355

1 908

3 875

30

64

96

127

159

202

223

255

297

318

382

424

477

530

573

636

690

764

903

1 272

2 583

40

48

72

96

119

152

168

191

223

238

286

318

358

398

430

477

518

573

679

945

1 938

50

38

57

76

96

121

134

152

178

190

230

254

286

318

344

382

414

458

542

764

1 550

60

32

48

64

80

101

112

128

149

159

191

212

239

265

287

318

345

382

452

636

1 292

70

27

41

54

68

86

95

109

127

136

164

182

205

227

245

272

296

327

386

544

1 105

80

24

36

48

60

76

84

96

112

119

143

159

179

199

215

239

259

287

339

477

969

90

21

32

42

53

67

74

85

99

106

127

141

159

177

191

212

230

255

301

424

861

10

19

29

38

48

60

67

76

89

95

115

127

143

159

172

191

207

229

271

382

775

120

16

24

32

40

50

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106

120

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173

191

226

318

646

Page 77: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 77

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Reúnem-se todos os dados necessários:

Ø de desbaste

• Para desbaste

Vc de desbaste

Ø de acabamento

• Para acabamento

Vc de acabamento

• A velocidade de corte obtém-se pela tabela.

• Monta-se a fórmula e substituem-se os valores.

Solução para desbaste

D = 100 mm (Valor obtido na figura 8)

Vc = 25 m

min

N = Vc .1000 = 25 .1000 mm = 80 1

π . D π mm . min . 100 min

n ≅≅≅≅≅ 80 rpm

Fig. 8 – Desbaste e acabamento

Ø9

5

Ø1

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(Valor obtido na tabela 3 onde para materiais de aço 0,35%C o desbaste

com ferramentas de aço rápido indica Vc = 25)

Page 78: Noções de Tornearia

78 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Soluções para acabamento

D = 95 mm (Valor obtido na figura 8)

Vc = 30 m (Valor obtido na tabela 3)

min

N = Vc . 1000

π . D

N = 30 . 1000 mm = 100 1

95 . π mm . min min

n = 100 rpm

Potência de corte (Pc)

Potência de corte é a grandeza despendida no eixo-árvore para a realização de uma

determinada usinagem. É um parâmetro de corte que nos auxilia a estabelecer o quanto podemos

exigir de uma máquina-ferramenta para um máximo rendimento, sem prejuízo dos

componentes dessa máquina, obtendo-se assim uma perfeita usinabilidade.

É diretamente proporcional à velocidade de corte (Vc) e à força de corte (Fc).

Pc = Fc . Vc onde: Fc = Ks x P x A

η . 60 . 75

Pc = Ks . P . A . VC

η . 4500 onde: Ks = pressão específica de corte (kg/mm²)

P = profundidade de corte (mm)

A = avanço (mm/rot.)

Vc = velocidade de corte (m/min)η = rendimento da máquina (%)

Pc = potência de corte (CV)

Page 79: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 79

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Quando se deseja obter a potência de corte (Pc) em kw (quilowatt), basta transformar a

unidade (da Pc que é CV) pela relação:

1 CV = 0,736 kw

O HP é também uma unidade de potência, e podemos considerar que 1 HP = 1 CV.

Na prática, também é fornecida a potência do motor principal da máquina-ferramenta.

Então, no lugar de calcularmos a Pc (potência de corte) e compararmos o resultado com a

potência do motor, aplicamos a fórmula para o cálculo da profundidade de corte (P) permitida

de acordo com a potência fornecida pela máquina.

P = Pc . η . 4500

KS . A . VC

Visando consolidar o entendimento, vamos a um exemplo para cálculo da profundidade

de corte (P).

Dados:

- potência da máquina: 35kw

- Ks = 230 kg/mm²

- A = 0,3 mm/rot.

- Vc = 180 m/min.

- η = 0,8 (máquina nova)

Observe que não é dado o valor da potência de corte (Pc), mas já foi indicado que Pc pode

ser dada em cavalo-vapor (CV) que, por sua vez, pode ser transformada em kw e vice-versa.

Então, primeiramente, vamos obter Pc a partir de kw.

Note que a Pc (potência de corte) é dada em CV (cavalo-vapor), utilizando-se corretamente

os outros parâmetros em suas unidades mencionadas acima.

O rendimento (ηηηηη)

Geralmente, em máquinas novas, tem-se um rendimento entre 70% e 80%

(0,7 a 0,8). Em máquinas usadas, um rendimento entre 50% e 60% (0,5 a 0,6).

O rendimento é uma grandeza que leva em consideração as perdas de potência da

máquina por atrito, transmissão, etc.

Page 80: Noções de Tornearia

80 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

1 CV _______________ 0,736 kw

X _______________ 35 kw

X = _ _ 35 ___ → → → → → X = 47,55 CV

0,736

Agora, aplicamos todos os valores à fórmula.

P = 47,55 x 0,8 x 4500 P = 13,78

230 x 0,3 x 180

P = 13 mm

Logo, a máxima profundidade de corte (P) permitida nas condições acima, para uma

potência do motor principal da máquina de 35 kw (47,55 CV), é de 13mm.

Tempo de fabricação

O tempo de fabricação abarca desde o começo até a entrega do produto de uma tarefa que

não tenha sofrido interrupção anormal em nenhuma de suas etapas.

O tempo de fabricação engloba tempos de características diferentes, dentre os quais consta

o tempo de usinagem propriamente dito, tecnicamente chamado tempo de corte (Tc).

Senão, vejamos: preparar e desmontar a máquina se faz uma única vez por tarefa; já o corte

se repete tantas vezes quantas forem as peças.

Fixar, medir, posicionar resultam em tempo de manobra, operações necessárias, mas sem

dar progresso na conformação da peça. Também podemos ter desperdícios de tempo

ocasionados por quebra de ferramentas, falta de energia etc.

Vamos então, ao estudo de uma variável importante para a determinação do tempo de

fabricação: o tempo de corte (Tc).

A fórmula apresentada, na prática, é a mais utilizada, pois sempre é fornecida a potência

nominal da máquina.

Observação

Page 81: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 81

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Tempo de corte (Tc)

Também chamado tempo principal, é aquele em que a peça se transforma tanto por

conformação (tirar material) como por deformação.

Nesta unidade só trataremos do cálculo do tempo de corte (Tc) em que a unidade usual e

adequada é o segundo ou o minuto.

Tc = [s; min]

Cálculo do tempo de corte (Tc)

Inicialmente, antes de vermos o tempo de corte propriamente dito, vamos recordar como

se processa o cálculo do tempo em física.

O tempo (t) necessário para que um objeto realize um movimento é o quociente de uma

distância S (comprimento) por uma velocidade V.

Se pensarmos no nosso trabalho, especificamente, o tempo para que a ferramenta execute

um movimento é S (comprimento do corte) .

V (avanço)

Exemplo

Um comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma ferramenta com a velocidade

(avanço) de 20mm/min.

Qual o tempo necessário para percorrer essa distância?

Solução

Fórmula geral t = S

V

t = 60mm . min = 3 min

20mm

Vejamos agora, a fórmula do Tc, considerando tais relações entre comprimento e velocidade.

Page 82: Noções de Tornearia

82 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Normalmente, o avanço (a) é caracterizado por milímetros de deslocamento por volta.

Através da fórmula do tempo, vemos que velocidade de avanço (Va) pode ser determinada pelo

produto do avanço (mm) e da rotação (rpm).

Va = a . n mm . _ 1 _

min

Portanto, a fórmula para o cálculo do tempo de corte pode ser:

Tc = ___ S___ _ mina . n

Conforme o desenho e a notação da figura 9, e levando em conta o número de passes (i),

podemos ter a fórmula completa:

Tc = _ L . i _ mina . N

Vejamos um exemplo de aplicação desta fórmula em um processo de torneamento

longitudinal.

Torneamento longitudinal

Onde: L = eixo de comprimento

i = nº de passes (movimentos)

a = avanço

N = rotação por minuto

Fig. 9 – Torneamento longitudinal

L

a

n

Page 83: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 83

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Exemplo

Um eixo de comprimento L = 1 350 mm; Vc = 14 m/min; diâmetro Ø = 95 mm; avanço a =

2 mm, deve ser torneado longitudinalmente com 3 passes.

Rotações da máquina:

24 – 33,5 – 48 – 67 – 96 – 132/min

Calcule

a) rpm

b) Tempo de corte Tc

Solução

1ºpasso: calcular N = rpm

a) N = Vc . 1000

d. π

N = 14 . 1000 = 46,93/min

95mm . πmin

N = 48

2º passo: calcular o Tempo de corte

b) Tc = L . i

a . n

Tc = 1350 mm . 3 = 42 mm

2mm . 48_

min

Torneamento transversal

O cálculo de Tc neste tipo de torneamento é o mesmo que para o torneamento longitudinal,

sendo que o comprimento L é calculado em função do diâmetro da peça (Figura 10).

Page 84: Noções de Tornearia

84 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

Agora que terminamos a apresentação dos diversos elementos e procedimentos envolvidos

no torneamento, vamos à prática.

L = d

2L = D - d

2

d d

D

Fig. 10 – Torneamento transversal

Page 85: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 85

Noções de Tornearia - Parâmetros de corte

4

Nesta seção...

Caso prático

Seqüência lógica para usinagem do eixo

Seqüência lógica para usinagem da luva

Delineamento eaplicação prática

Page 86: Noções de Tornearia

86 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Page 87: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 87

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Chegou a hora de colocar a “mão na massa”, com a prática em oficina. Para tanto, vamos ao

desafio: tornear o conjunto apresentado na figura 1, o desenho de conjunto 197-operador, que

se apresenta de forma mais detalhada na figura 2.

O conjunto é formado por duas peças: eixo e luva.

A prática envolverá diversas operações de torneamento, destacando:

Fixação de peça na placa Universal

Faceamento

Furo de centro

Fixação de peça entre placa e ponta

Fixação de peça entre pontas

Torneamento de canal

Tornear superficie cônica externa

Abrir rosca externa

Furação

Broqueamento

Calibrar furo com alargador

Tornear peça presa em mandril

As operações estão desenvolvidas em seqüências lógicas: 15 seqüências lógicas para o

torneamento do eixo e 9 para o da luva.

Tais seqüências são um delineamento detalhado, desenvolvido para cada peça do conjunto

(eixo e luva).

Interprete os desenhos técnicos mecânicos nas figuras 1 e 2 e vamos em frente.

Caso prático

Analisando as peças, conclui-se que elas serão montadas com ajustes

determinados. Assim sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nO 01 eixo,

visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 no momento de sua usinagem.

Logo, poderemos testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.

Page 88: Noções de Tornearia

88 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fig. 1 - Desenho de conjunto (Prática de oficina – Tornearia)

Page 89: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 89

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fig. 2 - Desenho de detalhamento (Prática de oficina – Tornearia)

Page 90: Noções de Tornearia

90 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Entendendo o esquema deseqüência lógica

O que denominamos seqüência lógica constitui a representação das informações, sob

forma de esquemas e figuras, referentes a um momento preciso do processo de torneamento de

uma peça. Assim, nesse esquema, cada etapa de trabalho leva esse nome – seqüência lógica –

por entendermos que essa ordem é a mais adequada e gera um trabalho produtivo. Logo, cada

seqüência lógica é a descrição de uma etapa do processo de usinagem e seu ordenamento

obedece a uma “lógica”.

Nesse sentido, você vai perceber que, ao lado do termo seqüência lógica, vem um número,

que indica a ordenação no encadeamento das seqüências, e, logo depois, um texto explicando

a ação que será realizada naquela seqüência que está sendo apresentada.

Em seguida, há um outro campo, denominado Representação esquemática da seqüência,

onde teremos a representação do status da peça naquele momento de trabalho descrito na

seqüência lógica.

Em Ferramentas e instrumentos, elencamos os equipamentos que você vai utilizar naquele

momento. Em algumas etapas, também estarão aí relacionados alguns acessórios do torno.

No campo Parâmetros de corte, nós indicamos a velocidade de corte, a rotação por minuto

e o avanço necessários ao trabalho com a peça. Quando não houver essa indicação, haverá

um (–). Tais valores aparecerão somente quando houver trabalho de torneamento em si, sendo

que o parâmetro de avanço é característico de torneamento em automático.

O Tempo de execução estimado funciona para indicar o tempo que se tem como base para

o desenvolvimento da ação indicada na etapa descrita. Ele será importante para se calcular o

tempo de fabricação e para avaliação do tempo de trabalho.

Finalmente, no campo Pontos Críticos (chave), nós descrevemos alguns procedimentos

considerados importantes para aquela etapa em foco. Não se trata de um passo a passo, mas de

uma indicação do que você deve observar com atenção e, na maioria das vezes, vem

acompanhada de figuras esquemáticas.

Agora, já tendo interpretado os desenhos e se familiarizado com os itens da seqüência

lógica dê início à parte prática.

Page 91: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 91

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Seqüência lógica parausinagem do eixo

Page 92: Noções de Tornearia
Page 93: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 93

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

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Page 94: Noções de Tornearia
Page 95: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 95

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

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Page 96: Noções de Tornearia
Page 97: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 97

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

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Page 98: Noções de Tornearia
Page 99: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 99

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

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o c

oin

cid

ir a

po

nta

da

ferr

amen

ta c

om

a p

on

ta d

o c

on

trap

on

to.

(Fig

ura

12)

.

• • • • • P

osi

cio

ne

a ar

esta

de

cort

e d

a fe

rram

enta

,fo

rman

do

o m

eno

r ân

gulo

po

ssív

el c

om

afa

ce d

o m

ater

ial e

pre

nd

a o

po

rta-

ferr

amen

ta.(

Fig

ura

13)

.

• • • • • C

erti

fiq

ue-

se d

e q

ue

a ch

ave

da

pla

ca n

ãoes

teja

na

pla

ca, a

ferr

amen

ta e

seu

su

po

rte

este

jam

bem

pre

sos,

as

alav

anca

s d

oau

tom

átic

o d

o to

rno

est

ejam

em

po

siçã

on

eutr

a.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

am

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

.

• • • • • A

pro

xim

e a

ferr

amen

ta d

a fa

ce a

té t

oca

r e

fixe

o c

arro

lon

gitu

din

al.

Fig.

10

Chave d

e a

pert

oPart

eesm

eri

lhada

Fig.

11

Porc

a

Lâm

ina d

e a

ço

Fig.

12

Page 100: Noções de Tornearia

100 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 4

Fa

cear

um

a das

ext

rem

idad

es -

continuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

10 m

in

Afa

ste

a fe

rram

enta

par

a fo

ra d

ap

eça,

pro

fun

did

ade

com

a a

jud

ad

o a

nel

gra

du

ado

do

car

ro p

ort

a-fe

rram

enta

e a

van

ce m

anu

alm

ente

até

ao c

entr

o d

o m

ater

ial.

Não

ult

rap

asse

o c

entr

o d

om

ater

ial,

po

is c

erta

men

te d

anif

icar

áa

ferr

amen

ta.

pro

fun

did

ade

e fa

ceie

até

are

gula

riza

ção

co

mp

leta

da

face

da

peç

a. (F

igu

ra 1

4).

Ago

ra q

ue

você

já t

em a

sen

sib

ilid

ade

da

ação

de

cort

e em

um

face

amen

to, d

ê u

m ú

ltim

op

asso

uti

liza

nd

o o

mo

vim

ento

auto

mát

ico

tran

sver

sal.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

em

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Fig.

13

Ava

nço

de 0

,5m

m

Fig.

14

Cort

e

25

210

0,1

0

Page 101: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 101

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 5

E

fetu

ar furo

de

centr

o

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

and

ril p

ort

a-b

roca

s

• • • • • B

roca

de

cen

trar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

man

dri

l po

rta-

bro

ca

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

cab

eço

te m

óve

l

• • • • • P

ren

da

o m

and

ril p

ort

a-b

roca

s n

om

ago

te d

o c

abeç

ote

vel,

com

auxí

lio

da

bu

cha

de

red

uçã

o.

(Fig

ura

15)

.

• • • • • P

ren

da

a b

roca

de

cen

trar

no

man

dri

lco

m a

uxí

lio

da

chav

e d

e ap

erto

do

man

dri

l.

• • • • • A

pro

xim

e a

bro

ca d

a fa

ce d

a p

eça

ase

r fu

rad

a, p

or

mei

o d

od

eslo

cam

ento

do

cab

eço

te m

óve

l efi

xe-o

qu

and

o a

bro

ca e

stiv

erap

roxi

mad

amen

te à

10

mm

da

face

.(F

igu

ra 1

6).

Ob

s.: O

cab

eço

te d

ever

á es

tar

alin

had

oco

mo

eix

o d

o m

ater

ial,

se n

eces

sári

o,

efet

uar

regu

lage

m. (

Fig

ura

17)

.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

qu

e o

torn

o p

erm

ita.

• • • • • A

trav

és d

o v

ola

nte

do

cab

eço

tem

óve

l, ap

roxi

me

a b

roca

e e

fetu

e o

furo

de

cen

tro

. (F

igu

ra 1

8).

Ob

s.: U

tili

ze re

frig

eraç

ão.

• • • • • A

fast

e a

bro

ca p

ara

fora

da

peç

ap

erm

itin

do

a li

mp

eza

do

s ca

vaco

s.O

bs.

: Uti

lize

pin

cel.

Fig.

15

Fig.

16

Desl

oca

dor

Vola

nte B

Para

fuso

de

regula

gem

Porc

ada b

ase

Fig.

17

25

995

-10 m

in

Page 102: Noções de Tornearia

102 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 5

Efe

tuar

furo

de

centr

o -

continuaç

ão PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

Fig.

19

• • • • • D

esli

gue

o t

orn

o e

qu

and

o o

eix

op

arar

to

talm

ente

, efe

tue

a m

ediç

ão.

• • • • • A

trav

és d

a re

pet

ição

do

s ú

ltim

os

4(q

uat

ro) p

asso

s ef

etu

e a

fura

ção

ob

ten

do

a m

edid

a d

esej

ada.

(Fig

ura

19)

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r fe

ita

com

o u

so d

e re

frig

eraç

ão e

uso

de

EP

I (eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

em

áqu

inas

-fer

ram

enta

s

Fig.

18

25

995

-10 m

in

Page 103: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 103

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 6

To

rnea

r su

per

fíci

e ci

líndrica

(32)

com

peç

a pre

sa e

ntr

e pla

ca e

ponta

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

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çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

248

0,1

015 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

su

po

rte

de

ferr

amen

ta

• • • • • C

on

trap

on

ta

• • • • • B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

• • • • • G

ram

inh

o

• • • • • P

ren

da

a co

ntr

apo

nta

no

cab

eço

te m

óve

l, co

m a

uxí

lio

da

bu

cha

de

red

uçã

o.

• • • • • P

ren

da

a p

eça.

Nes

se c

aso

, vo

cê ir

á tr

azer

a p

eça

mai

s p

ara

fora

da

pla

ca, d

eixa

nd

o-a

apro

xim

adam

ente

à 1

00m

m p

ara

fora

da

pla

ca.

• • • • • A

pro

xim

e a

con

trap

on

ta, a

trav

és d

o c

abeç

ote

vel,

e fi

xe-o

no

bar

ram

ento

.

Ob

s.: O

cab

eço

te d

ever

á es

tar

alin

had

o c

om

o e

ixo

do

mat

eria

l e o

man

gote

dev

erá

fica

rp

ara

fora

do

cab

eço

te n

o m

áxim

o d

uas

vez

es o

seu

diâ

met

ro.

• • • • • A

trav

és d

o v

ola

nte

do

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eço

te m

óve

l, ap

roxi

me

a co

ntr

apo

nta

do

furo

de

cen

tro

e a

just

e-o

. (F

igu

ra 2

0).

Ob

s.: U

tili

ze lu

bri

fica

nte

no

furo

, cas

o a

co

ntr

apo

nta

sej

a fi

xa.

• • • • • Ve

rifi

qu

e a

cen

tric

idad

e d

o m

ater

ial (

o m

ais

pró

xim

o p

oss

ível

da

pla

ca) c

om

o a

uxí

lio

do

gram

inh

o.

Fig.

20

Page 104: Noções de Tornearia

104 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 6

Torn

ear

super

fíci

e ci

líndrica

(32)

com

peç

a pre

sa e

ntr

e pla

ca e

ponta

- c

ontinuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

15 m

in2

5248

0,1

0

• • • • • P

ren

da

a fe

rram

enta

de

des

bas

tar

à d

irei

ta n

o s

up

ort

e, d

eixa

nd

o p

ara

fora

o m

ínim

o p

oss

ível

.

• • • • • P

ren

da

o s

up

ort

e n

o p

ort

a-fe

rram

enta

do

torn

o, c

on

sid

eran

do

um

a p

osi

ção

de

mai

or

apo

iop

ossí

vel.

• • • • • A

lin

he

a p

on

ta d

a fe

rram

enta

na

altu

ra d

o e

ixo

do

torn

o, f

azen

do

co

inci

dir

a p

on

ta d

afe

rram

enta

co

m a

po

nta

da

con

trap

on

ta.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

e ve

rifi

qu

e o

par

alel

ism

o. (

Fig

ura

21)

.

Ob

s.: E

fetu

e u

m p

equ

eno

reb

aixo

na

extr

emid

ade

da

peç

a, to

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do

co

mo

ref

erên

cia

ap

rofu

nd

idad

e m

arca

da

no

an

el; r

ecu

e a

ferr

amen

ta e

efe

tue

um

seg

un

do

reb

aixo

o m

ais

pró

xim

o p

oss

ível

da

pla

ca; e

fetu

e m

ediç

ão d

os

reb

aixo

s. C

aso

os

diâ

met

ros

não

sej

am ig

uai

s,d

eslo

qu

e o

cab

eço

te m

óve

l.

• • • • • To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 32

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Fig.

21

Page 105: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 105

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 7

F

ixar

peç

a na

pla

ca u

niv

ersa

l, f

acea

r e

efet

uar

furo

de

centr

o

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

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çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

995/248

0,1

015 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

and

ril p

ort

a-b

roca

s

• • • • • B

roca

de

cen

trar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

man

dri

l po

rta-

bro

ca

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

cab

eço

te m

óve

l

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e fa

cear

à d

irei

ta

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • C

on

trap

on

ta

• • • • • B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

Fix

ar p

eça

• • • • • P

ren

da

a p

eça

na

pla

ca u

niv

ersa

l pel

a p

arte

torn

ead

a, d

eixa

nd

o p

ara

fora

a p

arte

ain

da

não

torn

ead

a.

Face

ar n

a m

edid

a d

e 12

0mm

• • • • • P

ren

da

a co

ntr

apo

nta

no

cab

eço

te m

óve

l, co

mau

xíli

o d

a b

uch

a d

e re

du

ção

.

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

efa

cear

à d

irei

ta.

• • • • • C

erti

fiq

ue-

se d

e q

ue

a ch

ave

da

pla

ca n

ão e

stej

an

a p

laca

, a fe

rram

enta

e s

eu s

up

ort

e es

teja

mb

em p

reso

s, a

s al

avan

cas

do

au

tom

átic

o d

oto

rno

est

ejam

em

po

siçã

o n

eutr

a.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

oto

rno

.

• • • • • A

pro

xim

e a

ferr

amen

ta d

a fa

ce a

té t

ocá

-la

e fi

xeo

car

ro lo

ngi

tud

inal

.

• • • • • A

fast

e a

ferr

amen

ta p

ara

fora

da

peç

a, d

êp

rofu

nd

idad

e co

m a

aju

da

do

an

el g

rad

uad

o d

oca

rro

po

rta-

ferr

amen

ta e

ava

nce

man

ual

men

teat

é ao

cen

tro

do

mat

eria

l.

• • • • • Fa

ceie

até

ob

ter

a m

edid

a d

e 12

0mm

.

Fu

ro d

e ce

ntr

ar

• • • • • P

ren

da

o m

and

ril p

ort

a-b

roca

s n

o m

ango

te d

oca

beç

ote

vel,

com

au

xíli

o d

a b

uch

a d

ere

du

ção

.

• • • • • P

ren

da

a b

roca

de

cen

trar

no

man

dri

l co

mau

xíli

o d

a ch

ave

de

aper

to d

o m

and

ril.

• • • • • A

pro

xim

e a

bro

ca d

a fa

ce d

a p

eça

a se

rfu

rad

a, p

or

mei

o d

o d

eslo

cam

ento

do

cab

eço

te m

óve

l e fi

xe-o

qu

and

o a

bro

caes

tive

r ap

roxi

mad

amen

te à

10

mm

da

face

.

Ob

s.: O

cab

eço

te d

ever

á es

tar

alin

had

oco

mo

eix

o d

o m

ater

ial.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a, n

a R

PM

cal

cula

da

ou

am

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da,

per

mit

ida

pel

o to

rno

.

• • • • • A

trav

és d

o v

ola

nte

do

cab

eço

te m

óve

l,ap

roxi

me

a b

roca

e e

fetu

e o

furo

de

cen

tro

.

Ob

s.: U

tili

ze re

frig

eraç

ão.

• • • • • A

fast

e a

bro

ca p

ara

fora

da

peç

ap

erm

itin

do

a li

mp

eza

do

s ca

vaco

s.

• • • • • D

esli

gue

o t

orn

o e

qu

and

o o

eix

o p

arar

tota

lmen

te, e

fetu

e a

med

ição

.

• • • • • A

trav

és d

a re

pet

ição

do

s ú

ltim

os

4 (q

uat

ro)

pas

sos

efet

ue

a fu

raçã

o a

té o

bte

r a

med

ida

des

ejad

a.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

eu

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

oin

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-f

erra

men

tas.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 106: Noções de Tornearia
Page 107: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 107

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 8

P

render

peç

a en

tre

ponta

s e

torn

ear

diâ

met

ro d

e 30 -

0,0

5

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

265

0,1

030 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

icrô

met

ro e

xter

no

co

m c

apac

idad

e d

e 25

mm

a50

mm

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • F

erra

men

ta d

e al

isar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • C

on

trap

on

ta

• • • • • B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

• • • • • P

laca

arr

asta

do

ra

• • • • • A

rras

tad

or

+

Fig.

22

Fig.

23

Com

pri

mento

da p

eça

Fix

ar p

eça

entr

e p

on

tas

• • • • • M

on

te a

pla

ca a

rras

tad

ora

do

to

rno

.

Ob

s.: L

imp

e b

em o

s co

nes

e a

ro

sca,

afi

m d

eev

itar

aci

den

tes

e fi

xaçã

o d

esce

ntr

aliz

ada.

• • • • • Ve

rifi

qu

e a

cen

trag

em e

o a

lin

ham

ento

das

po

nta

s, c

orr

igin

do

se

nec

essá

rio

. (F

igu

ra 2

2).

• • • • • P

ren

da

o c

abeç

ote

vel n

o b

arra

men

to, d

eta

l fo

rma

qu

e a

dis

tân

cia

entr

e p

on

tas

seja

oco

mp

rim

ento

da

peç

a. (F

igu

ra 2

3).

• • • • • M

on

te o

arr

asta

do

r n

a p

eça

sem

fixá

-lo

.C

olo

qu

e a

peç

a en

tre

po

nta

s e

fixe

o m

ango

te,

po

sici

on

e e

fixe

o a

rras

tad

or.

(Fig

ura

24)

.

Ob

s.: V

erif

iqu

e se

a p

on

ta d

o a

rras

tad

or

está

po

sici

on

ada

de

tal f

orm

a q

ue

ao li

gar

o to

rno

,o

mes

mo

arr

aste

a p

eça.

Page 108: Noções de Tornearia

108 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 8

P

render

peç

a en

tre

ponta

s e

torn

ear

diâ

met

ro d

e 30 -

0,0

5 -

continuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

30 m

in2

5265

0,1

0

+

Torn

ear

med

ida

fin

al d

e 30

± 0

,05

• • • • • P

ren

da

a fe

rram

enta

de

des

bas

tar

à d

irei

ta, n

o s

up

ort

e,d

eixa

nd

o p

ara

fora

o m

ínim

o p

oss

ível

.

• • • • • P

ren

da

o s

up

ort

e n

o p

ort

a-fe

rram

enta

do

to

rno

,co

nsi

der

and

o u

ma

po

siçã

o d

e m

aio

r ap

oio

po

ssív

el.

• • • • • A

lin

he

a p

on

ta d

a fe

rram

enta

na

altu

ra d

o e

ixo

do

torn

o, f

azen

do

co

inci

dir

a p

on

ta d

a fe

rram

enta

co

m a

po

nta

da

con

trap

on

ta.

Ob

s.: P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

e v

erif

iqu

e se

a m

esm

ap

od

erá

per

corr

er t

od

o p

ercu

rso

sem

bat

er n

aco

ntr

apo

nta

, pla

ca e

arr

asta

do

r.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

aab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o tr

on

o e

ver

ifiq

ue

op

aral

elis

mo

, co

rrig

ind

o s

e n

eces

sári

o.

• • • • • To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 30

, co

nsi

der

and

o a

tole

rân

cia

e o

acab

amen

to s

up

erfi

cial

ind

icad

os

no

des

enh

om

ecân

ico

. Par

a ta

nto

, po

der

á se

r u

tili

zad

a a

ferr

amen

ta d

e al

isar

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

o in

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas

Fig.

24

Page 109: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 109

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 9

T

orn

ear

canal

de

med

ida

∅∅∅∅ ∅20x1

5

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

150

-20 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

bed

ame

• • • • • F

erra

men

ta p

ara

aber

tura

do

can

al (b

edam

e)

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

Fig.

25

Fig.

26

Fig.

27

• • • • • P

ren

da

a fe

rram

enta

par

a ab

ertu

ra d

o c

anal

em s

eu s

up

ort

e, q

ue

po

der

á se

r fl

exív

el,

dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

po

ssív

el,

sufi

cien

te p

ara

atin

gir a

dim

ensã

o d

e 20

,se

m a

peç

a to

car

no

su

po

rte.

(Fig

ura

25)

.

• • • • • P

ren

da

o s

up

ort

e n

o p

ort

a-fe

rram

enta

do

torn

o, c

on

sid

eran

do

um

a p

osi

ção

de

mai

or

apo

io p

oss

ível

e q

ue

a fe

rram

enta

se

po

sici

on

e a

90º

do

eix

o d

a p

eça.

(Fig

ura

26)

.

• • • • • M

arq

ue

o lo

cal d

o c

anal

, po

den

do

am

arca

ção

ser

feit

a d

iret

amen

te c

om

afe

rram

enta

. Par

a ta

nto

, lig

ue

a ro

taçã

o d

oto

rno

e e

fetu

e d

uas

mar

cas

limit

and

o o

can

al (F

igu

ra 2

7).

• • • • • Lo

caliz

e a

ferr

amen

ta e

ntr

e as

mar

cas;

trav

eo

car

ro lo

ngi

tud

inal

; ava

nce

até

toca

r de

leve

no

mat

eria

l, to

me

refe

rên

cia

no

an

elgr

adu

ado

do

car

ro tr

ansv

ersa

l par

aco

ntr

ola

r a p

rofu

nd

idad

e.(F

igu

ra 2

8).

• • • • • Av

ance

a fe

rram

enta

até

pró

xim

o d

ap

rofu

nd

idad

e, d

eixa

nd

o m

ater

ial p

ara

oac

abam

ento

.

• • • • • C

om

o c

arro

tran

sver

sal,

afas

te a

ferr

amen

ta d

a p

eça.

Page 110: Noções de Tornearia

110 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 9

T

orn

ear

canal

de

med

ida

∅∅∅∅ ∅20x1

5 -

continuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

20 m

in2

5150

-

• • • • • U

tiliz

and

o o

car

ro s

up

erio

r, d

eslo

qu

e p

ara

o la

do

de

refe

rên

cia,

isto

é, o

ris

co m

ais

pró

xim

o d

aex

trem

idad

e d

o c

abeç

ote

vel.

Cu

idad

o: N

ão u

sin

ar s

ob

re o

risc

o, p

ois

exi

ste

med

ida

a se

r co

nfe

rid

a.(F

igu

ra 2

9).

• • • • • P

enet

re tr

ansv

ersa

lmen

te e

co

nfi

ra a

med

ida

de

50(3

0 +2

0). C

aso

est

eja

mai

or,

dev

e-se

des

loca

r o fa

ltan

teco

m a

jud

a d

o a

nel

gra

du

ado

do

car

ro s

up

erio

r e

pen

etra

r no

vam

ente

até

o in

dic

ado

no

an

el g

rad

uad

od

o c

arro

tran

sver

sal.

• • • • • C

om

a m

edid

a d

e 50

gar

anti

da,

efe

tue

o m

esm

op

roce

sso

par

a o

ou

tro

lad

o e

gar

anta

a m

edid

a d

e 15

.(F

igu

ra 3

0).

• • • • • R

esta

gar

anti

r a

med

ida

de

∅20

, qu

e p

od

erá

ser

ob

tid

aco

m m

ovi

men

to d

e p

rofu

nd

idad

e e

des

loca

men

top

ara

amb

os

os

lad

os

con

form

e F

igu

ra 3

1.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

mo

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

o in

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas.

Fig.

28

Refe

rênci

a f

ixa

Anel g

raduado

Porc

a d

e a

pert

o

Fig.

29

Fig.

30

Fig.

31

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Page 111: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 111

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

0 T

orn

ear

∅∅∅∅ ∅20g6 n

o c

om

prim

ento

de

30

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

400

0,1

020 m

in

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

ed

esb

asta

r à

dir

eita

, dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

pos

síve

l.

Ob

s.: P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

e v

erif

iqu

e se

am

esm

a p

od

erá

per

corr

er t

od

o p

ercu

rso

sem

bat

er n

a co

ntr

apo

nta

, pla

ca e

arr

asta

do

r.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

oto

rno

.

• • • • • E

fetu

e o

ris

co, l

imit

and

o o

co

mp

rim

ento

de

30m

m p

ara

o ∅

20g6

. (F

igu

ra 3

2).

• • • • • To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 21

, sem

ati

ngi

r o

ris

coq

ue

lim

ita

o c

om

pri

men

to d

a ár

ea a

ser

torn

ead

a, s

end

o im

po

rtan

te a

usi

nag

em d

eu

m p

equ

eno

reb

aixo

no

iníc

io d

oto

rnea

men

to (F

igu

ra 3

3) e

seu

co

ntr

ole

pel

oan

el g

rad

uad

o (F

igu

ra 3

4).

• • • • • Su

bst

itu

a a

ferr

amen

ta e

po

sici

on

e-a

de

tal

form

a q

ue

per

mit

a ef

etu

ar o

can

to r

eto

(fac

eam

ento

) no

fin

al d

o c

orp

o d

e 20

g6,

lim

itan

do

à m

edid

a d

e 30

.

• • • • • To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 20

g6 e

30

con

sid

eran

do

a to

lerâ

nci

a e

o a

cab

amen

tosu

per

fici

al in

dic

ado

s n

o d

esen

ho

mec

ânic

o.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

eu

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

oin

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas.

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

icrô

met

ro e

xter

no

co

m c

apac

idad

e d

e 0

a25

mm

Sup

ort

e p

ara

ferr

amen

ta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • F

erra

men

ta d

e al

isar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

Fig.

32

Fig.

34

Fig.

33

Avança

r pelo

vola

nte

de c

arr

o lo

ngitudin

al

- 0,10

0-0

,1

0-0

,1

Page 112: Noções de Tornearia
Page 113: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 113

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 1

1

Torn

ear

chan

fros

no ∅∅∅∅ ∅

20 e

nas

2 (

duas

) ar

esta

s do ∅∅∅∅ ∅

30

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

400

-10 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Tr

ansf

erid

or

sim

ple

s

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

ed

esb

asta

r à

dir

eita

, dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

pos

síve

l.

• • • • • So

lte

os

par

afu

sos

da

bas

e d

o c

arro

su

per

ior

e gi

re o

car

ro n

o â

ngu

lo d

e 45

º (F

igu

ra 3

5).

• • • • • A

per

te o

s p

araf

uso

s.

• • • • • P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

em

áre

a d

e co

rte

efi

xe o

car

ro p

rin

cip

al.(

Fig

ura

36)

.

• • • • • L

igu

e o

torn

o e

inic

ie o

torn

eam

ento

pel

oex

trem

o m

ais

per

to d

o e

ixo

e, c

om

pas

sos

fin

os,

gir

e a

man

ivel

a d

e ca

rro

su

per

ior

toca

nd

o d

e m

ão, d

e m

od

o q

ue

não

inte

rro

mp

a o

co

rte.

(Fig

ura

37)

.

• • • • • Ve

rifi

qu

e o

ân

gulo

do

ch

anfr

o e

a m

edid

a e

com

ple

te a

usi

nag

em d

o c

han

fro

.

• • • • • R

epit

a a

usi

nag

em n

os

dem

ais

chan

fro

s,o

bse

rvan

do

qu

e a

med

ida

é d

e 1,

5 em

três

chan

fro

s e

de

1 n

o c

han

fro

po

ster

ior

aoca

nal

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

eu

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

oin

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas.

Fig.

35

Fig.

37

Fig.

36

Page 114: Noções de Tornearia
Page 115: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 115

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

2

Torn

ear

rosc

a M

30 x

1,5

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

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(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

10

106

-30 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta p

ara

aber

tura

de

rosc

a tr

ian

gula

rex

tern

a p

or p

enet

raçã

o p

erp

end

icu

lar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • C

alib

rad

or

de

rosc

a ex

tern

a M

30 x

1,5

• • • • • E

scan

tilh

ão

• • • • • Ve

rifi

cad

or

de

pas

so d

e ro

sca

Fig.

38

Fig.

39

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

eab

ertu

ra d

e ro

sca

tria

ngu

lar

exte

rna,

dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

po

ssív

el (F

igu

ra 3

8).

• • • • • P

rep

are

o to

rno

. Dis

po

nd

o d

a ca

ixa

de

avan

çoco

loq

ue

em p

osi

ção

qu

e co

rres

po

nd

a ao

pas

so d

e1,

5.

• • • • • R

etir

e fo

lga

do

car

ro s

up

erio

r, is

to é

, gir

e n

ose

nti

do

de

avan

ço e

zer

e-o

.

• • • • • Se

leci

on

e ro

taçã

o p

ara

rosc

ar e

ligu

e o

to

rno

.

• • • • • D

eslo

qu

e a

ferr

amen

ta p

elo

car

ro t

ran

sver

sal a

téq

ue

ela

toq

ue

na

sup

erfí

cie

da

peç

a a

ser

usi

nad

ae

zere

o a

nel

gra

du

ado

do

car

ro t

ran

sver

sal.

• • • • • A

fast

e a

ferr

amen

ta a

té a

po

siçã

o in

icia

l de

aber

tura

da

rosc

a, d

ê u

ma

pro

fun

did

ade

de

0,2

een

gate

o c

arro

pri

nci

pal

.

• • • • • Q

uan

do

a fe

rram

enta

co

ncl

uir

o p

ercu

rso

a se

r ro

scad

o, d

eve-

se d

esli

gar

a ro

taçã

od

o t

orn

o e

afa

star

a fe

rram

enta

tran

sver

sam

ente

.

• • • • • C

om

o p

ente

de

rosc

a, v

erif

iqu

e o

pas

so d

aro

sca.

(Fig

ura

39)

.

• • • • • L

igar

ro

taçã

o n

o s

enti

do

inve

rtid

o e

reto

rnar

ao

po

nto

de

entr

ada

da

rosc

a.

Ate

nçã

o: P

ara

não

per

der

a p

osi

ção

da

ferr

amen

ta e

m r

elaç

ão a

o p

asso

da

rosc

a,d

eve-

se u

tili

zar

apen

as a

ala

van

ca d

a va

rad

o to

rno

, ist

o é

, ap

enas

o a

cio

nad

or

de

liga

r e

des

liga

r a

rota

ção

.

Page 116: Noções de Tornearia

116 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

2 T

orn

ear

rosc

a M

30 x

1,5

- c

ontinuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

30 m

in1

0106

-

• • • • • D

ê a

pro

fun

did

ade

de

cort

e re

com

end

ada

e li

gue

oto

rno

. Ch

egan

do

ao

fin

al d

o p

asse

des

ligu

e a

rota

ção

, afa

ste

a fe

rram

enta

e r

eto

rne

ao p

on

to d

ep

arti

da

atra

vés

da

inve

rsão

do

sen

tid

o d

e ro

taçã

o.

• • • • • A

nte

s d

e ca

da

pas

se, s

uge

re-s

e d

eslo

car

lon

gitu

din

alm

ente

a fe

rram

enta

, co

nfo

rme

Fig

ura

40, e

fetu

and

o e

m c

ada

pas

se a

inve

rsão

do

sen

tid

od

o d

eslo

cam

ento

lon

gitu

din

al (F

igu

ra 4

1).

• • • • • D

eve-

se e

fetu

ar o

s ú

ltim

os

do

is p

roce

dim

ento

s at

éch

egar

pró

xim

o d

a p

rofu

nd

idad

e fi

nal

da

rosc

a.

• • • • • Te

rmin

e a

rosc

a, v

erif

ican

do

co

m c

alib

rad

or

apro

pri

ado

, dev

end

o o

cal

ibra

do

r en

trar

just

o,

po

rém

não

forç

ado

(Fig

ura

42)

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

aco

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.Fi

g.

41

Fig.

40

Fig.

42

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Page 117: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 117

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

3 T

orn

ear

∅∅∅∅ ∅24 n

o c

om

prim

ento

de

35

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

332

0,1

015 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • F

erra

men

ta d

e al

isar

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

Fix

ar p

eça

entr

e p

on

tas

pel

a ex

trem

idad

e u

sin

ada.

• • • • • U

tili

ze p

rote

ção

so

bre

o ∅

20 g

6 d

a p

eça

qu

e es

tá s

end

o tr

abal

had

a; m

on

te o

arr

asta

do

r n

ap

eça

sem

fixá

-lo

; co

loq

ue

a p

eça

entr

e p

on

tas

e fi

xe o

man

gote

, po

sici

on

e e

fixe

oar

rast

ado

r.

Ob

s.: V

erif

iqu

e se

a p

on

ta d

o a

rras

tad

or

está

po

sici

on

ada

de

tal f

orm

a q

ue

ao li

gar

o to

rno,

o m

esm

o a

rras

te a

peç

a.

Torn

ear

∅∅∅∅ ∅24

no

co

mp

rim

ento

de

25

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

, dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

pos

síve

l.

Ob

s.: P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

e v

erif

iqu

e se

a m

esm

a p

od

erá

per

corr

er to

do

per

curs

o s

emb

ater

na

con

trap

on

ta, p

laca

e a

rras

tad

or.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

oto

rno

.

• • • • • E

fetu

e o

ris

co, l

imit

and

o o

co

mp

rim

ento

de

25m

m p

ara

o ∅

24.

• • • • • To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 25

, sem

ati

ngi

r o

ris

co q

ue

lim

ita

o c

om

pri

men

to d

a ár

ea a

ser

torn

ead

a.

• • • • • Su

bst

itu

a a

ferr

amen

ta e

po

sici

on

e-a

de

tal f

orm

a q

ue

per

mit

a ef

etu

ar o

can

to r

eto

(fac

eam

ento

) no

fin

al d

o c

orp

o d

e 24

, lim

itan

do

à m

edid

a d

e 25

.

• • • • • To

rnei

e o

∅24

e o

co

mp

rim

ento

de

25 c

on

sid

eran

do

a to

lerâ

nci

a e

o a

cab

amen

tosu

per

fici

al in

dic

ada

no

des

enh

o m

ecân

ico

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Page 118: Noções de Tornearia
Page 119: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 119

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

4 T

orn

ear

super

fíci

e cô

nic

a e

chan

fro n

o ∅

30 e

rosc

a

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

265

-20 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Tr

ansf

erid

or

sim

ple

s

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e d

esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

Fig.

43

Fig.

44

Torn

ear

sup

erfí

cie

ângu

lar

de

10º

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

ed

esb

asta

r à

dir

eita

, dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

pos

síve

l.

• • • • • So

lte

os

par

afu

sos

da

bas

e d

o c

arro

su

per

ior

e gi

re o

car

ro n

o â

ngu

lo d

e 10

º (F

igu

ra 4

3).

• • • • • A

per

te o

s p

araf

uso

s.

• • • • • P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

na

área

de

cort

e e

fixe

o c

arro

pri

nci

pal

.

• • • • • L

igu

e o

torn

o e

inic

ie o

torn

eam

ento

pel

oex

trem

o m

ais

per

to d

o e

ixo

, e c

om

pas

sos

fin

os,

gir

e a

man

ivel

a d

e ca

rro

su

per

ior

toca

nd

o d

e m

ão, d

e m

od

o q

ue

não

inte

rro

mp

a o

co

rte

(Fig

ura

44)

.

• • • • • Ve

rifi

qu

e o

ân

gulo

do

ch

anfr

o e

a m

edid

a e

com

ple

te a

usi

nag

em d

o c

han

fro

.

Torn

ear

chan

fro

1 x

45º

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

ed

esb

asta

r à

dir

eita

, dei

xan

do

par

a fo

ra o

mín

imo

pos

síve

l.

• • • • • So

lte

os

par

afu

sos

da

bas

e d

o c

arro

su

per

ior

e gi

re o

car

ro n

o â

ngu

lo d

e 45

º.

• • • • • A

per

te o

s p

araf

uso

s.

• • • • • P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

na

área

de

cort

e e

fixe

o c

arro

pri

nci

pal

.

Page 120: Noções de Tornearia

120 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 1

4 T

orn

ear

super

fíci

e cô

nic

a e

chan

fro n

o ∅

30 e

rosc

a -

continuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

20 m

in2

5265

-

• • • • • L

igu

e o

torn

o e

inic

ie o

torn

eam

ento

pel

o e

xtre

mo

mai

s p

erto

do

eix

o, e

co

m p

asso

s fi

no

s,gi

re a

man

ivel

a d

e ca

rro

su

per

ior

toca

nd

o d

e m

ão, d

e m

od

o q

ue

não

inte

rro

mp

a o

co

rte.

• • • • • Ve

rifi

qu

e o

ân

gulo

do

ch

anfr

o e

a m

edid

a e

com

ple

te a

usi

nag

em d

o c

han

fro.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Page 121: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 121

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 1

5

Elim

inar

reb

arba

s e

real

izar

con

ferê

ncia

fin

al d

as d

imen

sões

line

ares

, an

gula

res

e ge

omét

ricas

.

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

--

-5 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

icrô

met

ro

• • • • • Tr

ansf

erid

or

sim

ple

s

• • • • • L

ima

mu

rsa

• • • • • C

alib

re d

e ro

sca

Eli

min

ar r

ebar

bas

• • • • • R

etir

ar r

ebar

bas

co

m a

peç

a ai

nd

a p

resa

no

torn

o, p

ara

qu

e a

ação

sej

a re

aliz

ada

com

mai

sfi

rmez

a e

men

or

risc

o d

e p

anca

das

e q

ued

a d

a p

eça.

• • • • • C

uid

ado

co

m a

s re

bar

bas

par

a n

ão s

e m

ach

uca

r.

Co

nfe

rên

cia

fin

al d

as d

imen

sões

lin

eare

s, a

ngu

lare

s e

geo

mét

rica

s.

• • • • • E

xecu

te c

on

ferê

nci

a d

e to

das

as

med

idas

ind

icad

as n

o d

esen

ho

mec

ânic

o, c

aso

alg

um

a n

ãoat

end

a ao

ind

icad

o n

o d

esen

ho

, dev

e-se

efe

tuar

a c

orr

eção

.

• • • • • E

fetu

e a

com

ple

ta li

mp

eza

da

peç

a e

efet

ue

a en

treg

a.

Page 122: Noções de Tornearia
Page 123: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 123

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Seqüência lógica parausinagem da luva

Page 124: Noções de Tornearia
Page 125: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 125

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

• • • • • R

égu

a gr

adu

ada

• • • • • P

aqu

ímet

ro q

uad

rim

ensi

on

al

Seq

uên

cia l

óg

ica 1

R

ealiz

ar c

onfe

rênci

a das

dim

ensõ

es d

os

mat

eria

is

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

--

-2 m

in

• • • • • P

elo

fato

de

o m

ater

ial e

star

bru

to,

aco

nse

lha-

se u

tili

zar a

régu

a gr

adu

ada

par

a a

veri

fica

ção

das

med

idas

de

com

pri

men

to e

de

diâ

met

ro, e

vita

nd

o o

uso

de

inst

rum

ento

de

mai

or

pre

cisã

o s

emn

eces

sid

ade.

• • • • • R

eali

ze c

on

ferê

nci

a d

as m

edid

as d

os

mat

eria

is, b

asea

nd

o-s

e n

as d

imen

sões

ind

icad

as n

a le

gen

da

do

des

enh

o té

cnic

o(F

igu

ras

1 e

2).

Ob

s.: O

mat

rial

dev

e te

r d

imen

sões

sufi

cien

tes

par

a se

r u

sin

ado

, ist

o é

, ob

ter

as d

imen

sões

de

∅40

x 3

0mm

Fig.

46 –

Uso

da r

égua g

raduada

Fig.

45 –

Uso

do p

aquím

etr

o

1 3/

4’’35

Page 126: Noções de Tornearia
Page 127: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 127

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 2

Elim

inar

reb

arbas

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

--

-5 m

in

• • • • • L

ima

par

alel

a b

asta

rda

pic

ado

cru

zad

o (F

ig.4

7)

• • • • • Im

po

rtan

te fi

xar

peç

a em

um

a m

ors

a, p

ara

qu

e a

ação

de

lim

ar s

eja

real

izad

a co

m m

ais

firm

eza.

• • • • • C

uid

ado

co

m a

s re

bar

bas

par

a n

ão s

e m

ach

uca

r.

• • • • • A

eli

min

ação

das

reb

arb

as, a

lém

de

evit

arco

nd

ição

inse

gura

de

cort

e, p

od

erá

evit

arac

iden

tes

com

o d

esp

ren

dim

ento

da

peç

a d

ap

laca

e fa

cili

tará

a a

ção

de

torn

eam

ento

,p

rin

cip

alm

ente

no

mo

men

to d

o in

ício

do

co

rte.

Ob

s.: P

rova

velm

ente

vo

cê s

ó e

nco

ntr

ará

reb

arb

asn

as a

rest

as d

os

cort

es d

a se

cção

do

mat

eria

l,p

rove

nie

nte

do

co

rte

po

r se

rra.

Cas

o o

co

rte

ten

ha

oco

rrid

o p

or

mét

od

o c

om

elev

ada

gera

ção

de

calo

r, s

uge

re-s

e o

uso

do

equ

ipam

ento

mo

to-e

smer

il.

Fig.

47 –

Lim

a

Page 128: Noções de Tornearia
Page 129: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 129

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia l

óg

ica 3

P

render

a p

eça

na

pla

ca u

niv

ersa

l e

face

ar e

torn

ear

exte

rnam

ente

no ∅

42

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

177

0,1

015 m

in

• Paq

uím

etro

• C

hav

e d

e ap

erto

da

pla

ca u

niv

ersa

l

• Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• F

erra

men

ta d

e fa

cear

à d

irei

ta

• C

hav

e d

e ap

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do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• Co

ntr

apo

nta

• B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

• G

ram

inh

o

Pre

nd

er p

eça

na

pla

ca u

niv

ersa

l

• D

eixa

r p

ara

fora

da

pla

ca o

co

mp

rim

ento

de

20m

m, s

ufi

cien

te p

ara

real

izar

a s

eqü

ênci

ad

e fa

ceam

ento

.

• O

mat

eria

l dev

erá

esta

r ce

ntr

ado

, ist

o é

, ao

gira

r n

ão d

eve

osc

ilar

. Cas

o n

ão fi

qu

ece

ntr

ado

, mu

de

de

po

siçã

o, g

iran

do

so

bre

si,

até

fica

r ce

ntr

ado

e b

em a

po

iad

o n

a p

ega

das

três

cas

tan

has

da

pla

ca.

• Ve

rifi

qu

e a

cen

tric

idad

e d

o m

ater

ial c

om

oau

xíli

o d

o g

ram

inh

o.

Face

ar

• P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

efa

cear

à d

irei

ta.

• L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

oto

rno

.

• A

pro

xim

e a

ferr

amen

ta d

a fa

ce a

té to

cá-l

a e

fixe

o c

arro

lon

gitu

din

al.

• A

fast

e a

ferr

amen

ta p

ara

fora

da

peç

a, d

êp

rofu

nd

idad

e co

m a

aju

da

do

an

el g

rad

uad

od

o c

arro

po

rta-

ferr

amen

ta e

ava

nce

man

ual

men

te a

té o

cen

tro

do

mat

eria

l.

• N

ão u

ltra

pas

se o

cen

tro

do

mat

eria

l, p

ois

cert

amen

te d

anif

icar

á a

ferr

amen

ta.

• D

ê p

rofu

nd

idad

e e

face

ie a

té a

reg

ula

riza

ção

com

ple

ta d

a fa

ce d

a p

eça.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

• A

gora

qu

e vo

cê já

tem

a s

ensi

bil

idad

e d

a aç

ãod

e co

rte

em u

m fa

ceam

ento

, dê

um

últ

imo

pas

so u

tili

zan

do

o m

ovi

men

to a

uto

mát

ico

tran

sver

sal.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

eu

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

oin

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas.

To

rnea

r ∅∅∅∅ ∅

42

• P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

ed

esb

asta

r à d

irei

ta.

• D

eslo

qu

e a

ferr

amen

ta a

o m

áxim

o n

a d

ireç

ãod

a p

laca

un

iver

sal,

ligu

e o

torn

o e

efe

tue

um

risc

o c

om

a p

on

ta d

a fe

rram

enta

, lim

itan

do

assi

m o

po

nto

de

cheg

ada

do

co

rte.

• To

rnei

e n

a m

edid

a d

e 42

.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

rac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

eu

so d

e E

PI (

equ

ipam

ento

de

pro

teçã

oin

div

idu

al) e

xigi

do

par

a o

uso

de

máq

uin

as-

ferr

amen

tas.

Page 130: Noções de Tornearia
Page 131: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 131

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 4

E

fetu

ar furo

de

¾”

pas

sante

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

995/420

-20 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

and

ril p

ort

a-b

roca

s

• • • • • B

roca

de

cen

trar

• • • • • B

roca

hel

ico

idal

de

5/16

" e

¾”

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

man

dri

l po

rta-

bro

ca

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

cab

eço

te m

óve

l

Fig.

48

Fig.

49

Fu

ro d

e ce

ntr

ar

• • • • • M

on

tar

bro

ca d

e ce

ntr

ar e

pre

nd

erb

roca

e c

abeç

ote

vel.

Ob

s.: O

cab

eço

te d

ever

á es

tar

alin

had

oco

m o

eix

o d

o m

ater

ial.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

am

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

e e

fetu

e a

fura

ção

ob

ten

do

a m

edid

a d

esej

ada.

Fu

rar

pas

san

te e

m ¾

• • • • • Ve

rifi

qu

e o

diâ

met

ro d

a b

roca

co

m o

paq

uím

etro

, med

ido

so

bre

as

guia

s,se

m g

irá-

la (F

igu

ra 4

8).

• • • • • E

m r

azão

de

o f

uro

ser

mai

or

qu

e ½

”m

m, s

e fa

z n

eces

sári

o u

ma

fura

ção

inic

ial:

op

tam

os

po

r el

a se

r d

e 5/

16".

• • • • • P

ren

da

o m

and

ril p

ort

a-b

roca

s n

om

ango

te d

o c

abeç

ote

vel,

com

auxí

lio

da

bu

cha

de

red

uçã

o.

• • • • • P

ren

da

a b

roca

hel

ico

idal

de

5/16

" n

om

and

ril c

om

au

xíli

o d

a ch

ave

de

aper

tod

o m

and

ril.

• • • • • A

pro

xim

e a

bro

ca d

a fa

ce d

a p

eça

a se

rfu

rad

a, p

or

mei

o d

o d

eslo

cam

ento

do

cab

eço

te m

óve

l e fi

xe-o

qu

and

o a

bro

ca e

stiv

er à

ap

roxi

mad

amen

te 1

0m

m d

a fa

ce (F

igu

ra 4

9).

Page 132: Noções de Tornearia

132 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Seq

uên

cia ló

gic

a 4

E

fetu

ar furo

de

¾”

pas

sante

- c

ontinuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

20 m

in2

5995/420

-

Fig.

50

Ob

s.: O

cab

eço

te d

ever

á es

tar

alin

had

o c

om

o e

ixo

do

mat

eria

l.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

.

• • • • • A

trav

és d

o v

ola

nte

do

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eço

te m

óve

l, ap

roxi

me

a b

roca

e e

fetu

e o

furo

pas

san

te(F

igu

ra 5

0).

Ob

s.: U

tili

ze re

frig

eraç

ão.

• • • • • E

ven

tual

men

te a

fast

e a

bro

ca p

ara

fora

da

peç

a p

erm

itin

do

a li

mp

eza

do

s ca

vaco

s.

• • • • • D

esli

gue

o to

rno

e q

uan

do

o e

ixo

par

ar to

talm

ente

, efe

tue

a m

ediç

ão.

• • • • • Su

bst

itu

a a

bro

ca h

elic

oid

al d

e 5/

16"

pel

a b

roca

hel

ico

idal

de

¾”

, reg

ule

a r

ota

ção

do

torn

oe

efet

ue

fura

ção

fin

al.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Page 133: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 133

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 5

B

roquea

r fu

ro p

ara

19,8

0m

m e

cal

ibra

r fu

ro c

om

ala

rgad

or

∅20H

7

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

400/120

0,1

030 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

icrô

met

ro in

tern

o c

om

cap

acid

ade

par

a 20

mm

• • • • • C

alib

rad

or

pas

sa n

ão p

assa

de

20H

7

• • • • • A

larg

ado

r p

ara

máq

uin

a 20

H7

• • • • • F

erra

men

ta d

e b

roq

uea

r ∅

19

• • • • • P

ort

a al

arga

do

r au

to c

entr

ante

.

• • • • • B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

Fig.

51

Fig.

52

Fig.

53

Bro

qu

ear

furo

par

a 19

,80m

m

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

tad

e b

roq

uea

r(F

igu

ra 5

1).

• • • • • Te

ste

o p

ercu

rso

da

ferr

amen

ta,

gara

nti

nd

o q

ue

a p

assa

gem

pel

o fu

roes

teja

livr

e d

e ch

oq

ue.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

am

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

.

• • • • • A

pro

xim

e a

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ta d

a fa

ce a

této

ca-l

a e

fixe

o c

arro

lon

gitu

din

al.

• • • • • A

fast

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ferr

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ta p

ara

fora

da

peç

a,d

ê p

rofu

nd

idad

e co

m a

aju

da

do

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elgr

adu

ado

do

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ro tr

ansv

ersa

l.

Ob

s.: A

pen

etra

ção

da

pro

fun

did

ade

é o

inve

rso

do

torn

eam

ento

inte

rno

.

• • • • • M

anu

alm

ente

efe

tue

peq

uen

o r

ebai

xon

a en

trad

a d

o fu

ro.

• • • • • D

esli

gue

o to

rno

, afa

ste

a fe

rram

enta

par

a fo

ra, e

fetu

e m

ediç

ão, c

orr

ija

ap

rofu

nd

idad

e d

o p

asse

e li

gue

o to

rno

.

• • • • • A

gora

qu

e vo

cê já

tem

a s

ensi

bil

idad

ed

a aç

ão d

e co

rte

em u

mb

roq

uea

men

to, d

ê u

m ú

ltim

o p

asso

uti

liza

nd

o o

mo

vim

ento

au

tom

átic

olo

ngi

tud

inal

.

Page 134: Noções de Tornearia

134 SENAI-RJ

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Seq

uên

cia ló

gic

a 5

B

roquea

r fu

ro p

ara

19,8

0m

m e

cal

ibra

r fu

ro c

om

ala

rgad

or

∅20H

7 -

continuaç

ão

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

30 m

in2

5400/120

0,1

0

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

aco

m o

uso

de

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iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

op

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Cal

ibra

r fu

ro c

om

ala

rgad

or

∅∅∅∅ ∅20

H7

• • • • • M

on

te e

po

sici

on

e o

po

rta-

alar

gad

or

auto

cen

tran

te (F

igu

ra 5

2). N

a su

a au

sên

cia

pre

nd

a o

ala

rgad

or

dir

etam

ente

no

cab

eço

teo

u c

om

au

xíli

o d

a b

uch

a cô

nic

a (F

igu

ra 5

3).

• • • • • L

igu

e o

to

rno

e in

tro

du

za o

ala

rgad

or

com

giro

un

ifo

rme

do

vo

lan

te d

o c

abeç

ote

vel.

• • • • • A

s p

assa

r to

do

ala

rgad

or

pel

o fu

ro, r

ecu

e o

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gad

or

gira

nd

o o

mat

eria

l par

a o

mes

mo

sen

tid

o d

a u

sin

agem

.

• • • • • D

esli

gue

o t

orn

o e

fetu

e li

mp

eza

do

furo

eve

rifi

qu

e a

med

ida,

co

m m

icrô

met

ro in

tern

o(F

igu

ra 5

4) o

u c

alib

rad

or

do

tip

o p

assa

não

pas

sa (F

igu

ra 5

5).

Fig.

54

Fig.

55

Page 135: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 135

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 6

To

rnea

r ch

anfr

os

∅20

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

400

-10 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Tr

ansf

erid

or

sim

ple

s

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e b

roq

uea

r

• • • • • C

hav

e d

e ap

erto

do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

e b

roq

uea

r, d

eixa

nd

o p

ara

fora

o m

ínim

o p

oss

ível

.

• • • • • So

lte

os

par

afu

sos

da

bas

e d

o c

arro

su

per

ior

e gi

re o

car

ro n

o â

ngu

lo d

e 45

º.

• • • • • A

per

te o

s p

araf

uso

s.

• • • • • P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

em

áre

a d

e co

rte

e fi

xe o

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ro p

rin

cip

al.

• • • • • L

igu

e o

torn

o e

inic

ie o

torn

eam

ento

pel

o e

xtre

mo

mai

s p

erto

do

eix

o, e

, co

m p

asso

s fi

no

s, g

ire

a m

aniv

ela

de

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o s

up

erio

r to

can

do

de

mão

, de

mo

do

qu

e n

ão in

terr

om

pa

o c

ort

e.

• • • • • V

erif

iqu

e o

ân

gulo

do

ch

anfr

o e

a m

edid

a, e

m s

egu

ida,

co

mp

lete

a u

sin

agem

do

ch

anfr

o.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

Page 136: Noções de Tornearia
Page 137: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 137

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Seq

uên

cia ló

gic

a 7

V

irar

a p

eça

pren

dend

o-a

pelo

∅42

usi

nado

, fa

cear

no

com

prim

ento

fin

al e

tor

near

cha

nfro

s no

∅20

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

av

e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

177/400

0,1

020 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • M

and

ril p

ort

a-b

roca

s

• • • • • B

roca

de

cen

trar

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

man

dri

l po

rta-

bro

ca

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

cab

eço

te m

óve

l

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

e fa

cear

à d

irei

ta

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

su

po

rte

e fe

rram

enta

• • • • • C

on

trap

on

ta

• • • • • B

uch

a cô

nic

a d

e re

du

ção

• • • • • G

ram

inh

o

Vir

ar a

peç

a p

ren

den

do

-a p

elo

∅∅∅∅ ∅42

usi

nad

o

• • • • • P

ren

da

a p

eça

na

pla

ca u

niv

ersa

l pel

a p

arte

torn

ead

a, d

eixa

nd

o p

ara

fora

a p

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ain

da

não

torn

ead

a.

• • • • • V

erif

iqu

e a

cen

tric

idad

e d

o m

ater

ial c

om

o a

uxí

lio

do

gra

min

ho.

Face

ar n

a m

edid

a d

e 30

mm

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

e fa

cear

à d

irei

ta.

• • • • • C

erti

fiq

ue-

se d

e q

ue

chav

e d

a p

laca

não

est

eja

na

pla

ca, a

ferr

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ta e

seu

su

po

rte

este

jam

bem

pre

sos,

as

alav

anca

s d

o a

uto

mát

ico

do

torn

o e

stej

am e

m p

osi

ção

neu

tra.

• • • • • L

igu

e a

máq

uin

a n

a R

PM

cal

cula

da

ou

a m

ais

pró

xim

a ab

aixo

da

calc

ula

da

per

mit

ida

pel

o to

rno

.

• • • • • A

pro

xim

e a

ferr

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ta d

a fa

ce a

té t

oca

r e

fixe

o c

arro

lon

gitu

din

al.

• • • • • A

fast

e a

ferr

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ta p

ara

fora

da

peç

a, d

ê p

rofu

nd

idad

e co

m a

aju

da

do

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el g

rad

uad

o d

o c

arro

po

rta-

ferr

amen

ta e

ava

nce

man

ual

men

te a

té a

o c

entr

o d

o m

ater

ial.

• • • • • Fa

ceie

até

ob

ter

a m

edid

a d

e 30

mm

.

Torn

ear

chan

fro

s n

o ∅∅∅∅ ∅

20

• • • • • P

ren

da,

ali

nh

e e

po

sici

on

e a

ferr

amen

ta d

e b

roq

uea

r, d

eixa

nd

o p

ara

fora

o m

ínim

o p

oss

ível

.

• • • • • So

lte

os

par

afu

sos

da

bas

e d

o c

arro

su

per

ior

e gi

re o

car

ro n

o â

ngu

lo d

e 45

º.

• • • • • A

per

te o

s p

araf

uso

s.

• • • • • P

osi

cio

ne

a fe

rram

enta

em

áre

a d

e co

rte

e fi

xe o

car

ro p

rin

cip

al.

• • • • • L

igu

e o

torn

o e

inic

ie o

torn

eam

ento

pel

o e

xtre

mo

mai

s p

erto

do

eix

o, e

co

m p

asso

s fi

no

s, g

ire

am

aniv

ela

de

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o s

up

erio

r to

can

do

de

mão

, de

mo

do

qu

e n

ão in

terr

om

pa

o c

ort

e.

• • • • • Ve

rifi

qu

e o

ân

gulo

do

ch

anfr

o e

a m

edid

a e

com

ple

te a

usi

nag

em d

o c

han

fro.

Ob

s.: T

od

a aç

ão d

e co

rte

dev

e se

r ac

om

pan

had

a co

m o

uso

de

refr

iger

ação

e u

so d

e E

PI

(eq

uip

amen

to d

e p

rote

ção

ind

ivid

ual

) exi

gid

o p

ara

o u

so d

e m

áqu

inas

-fer

ram

enta

s.

+0,1

00

+0,1

00

Page 138: Noções de Tornearia
Page 139: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 139

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

Re

pre

se

nta

çã

o e

sq

ue

tica

da

se

ên

cia

Fe

rra

me

nta

s e

in

str

um

en

tos

Seq

uên

cia ló

gic

a 8

T

orn

ear

∅40 u

tiliz

ando m

andril

PA

ME

TR

OS

DE

CO

RT

E

Po

nto

s c

ríti

co

s (

ch

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e)

Tem

po

de

ex

ecu

çã

oesti

mad

o (

min

)V

elo

cidade d

e c

ort

e -

(m

/m

in)

Avan

ço (

mm

/m

in)

Rota

ção p

or

min

uto

s (R

PM

)

25

200

0,1

030 m

in

• • • • • P

aqu

ímet

ro

• • • • • Su

po

rte

par

a fe

rram

enta

• • • • • F

erra

men

ta d

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esb

asta

r à

dir

eita

• • • • • F

erra

men

ta d

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isar

• • • • • C

hav

e d

e ap

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do

su

po

rte

e fe

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enta

• • • • • M

and

ril e

ch

ave

de

aper

to

Fix

ar p

eça

em m

and

ril

• • • • • M

on

te a

peç

a n

o m

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na

med

ida

just

a, is

to é

, sem

folg

a ex

cess

iva.

• • • • • M

on

te a

pla

ca a

rras

tad

ora

do

to

rno

.

Ob

s.: L

imp

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Page 141: Noções de Tornearia

SENAI-RJ 141

Noções de Tornearia - Delineamento e aplicação prática

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SENAI-RJ 143

Noções de Tornearia - Referências

Referências

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