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1 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ÍNDICE Poder Executivo: Princípios Constitucionais .................................................................................................. 2 Federação ................................................................................................................................................... 2 Tripartição dos poderes .............................................................................................................................. 2

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÍNDICEPoder Executivo: Princípios Constitucionais ..................................................................................................2

Federação ...................................................................................................................................................2Tripartição dos poderes ..............................................................................................................................2

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.

Poder Executivo: Princí-pios Constitucionais

Antes de começarmos a estudar o Poder Executivo, faz-se necessário conhecermos sua origem por meio de alguns princí-pios constitucionais que fundamentam sua existência.

FederaçãoEsta é a Forma de Estado adotada no Brasil. A forma

de Estado reflete o modo de exercício do poder político em função do território. É uma forma composta ou complexa, visto que prevalece a pluralidade de poderes políticos internos. Está baseada na descentralização política do Estado, cuja re-presentação se dá por meio de quatro entes federativos:

→ União → Estados → Distrito Federal → Municípios

Cada ente federativo possui sua própria autonomia política, o que não pode ser confundido com o atributo da so-berania, pois este pertencente ao Estado Federal. A autonomia de cada ente confere-lhe a capacidade política de, inclusive, criar sua própria Constituição. Apesar de cada ente federativo possuir essa independência, não se pode esquecer que a existên-cia do pacto federativo pressupõe a existência de uma Consti-tuição Federal e a impossibilidade de separação.

Não existe hierarquia entre os entes federativos. O que os distinguem uns dos outros é a competência que cada um recebeu da Constituição Federal. Deve-se ressaltar que os Estados e o Distrito Federal possuem direito de participação na formação da vontade nacional ao possuírem representan-tes no Senado Federal. Caracterizam-se, ainda, pela existência de um guardião da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal.

A doutrina tem apontado para algumas características da forma federativa brasileira:

→ Tricotômica – federação constituída em três níveis: federal, estadual e municipal. O Distrito Federal não é considerado nesta classificação, haja vista que possui com-petência hibrida, ou seja, hora age como Estado hora, como município;

→ Centrífuga – esta característica reflete a formação da federação brasileira. É a formação “de dentro para fora”. O movimento é de centrifugadora. A força de criação do Estado Federal brasileiro surgiu a partir de um Estado Unitário para a criação de um Estado Federado, ou seja, o poder centralizado que se torna descentralizado. O poder político era concentrado nas mãos de um só ente e depois passa a fazer parte de vários entes federativos.

→ Por desagregação – ocorre quando um Estado Unitário resolve se descentralizar politicamente, desagregando o poder central em favor de vários entes titulares de poder político.

Como última observação, não menos importante, a Forma Federativa de Estado também é uma cláusula pétrea.

Vencidos estes dois princípios constitucionais fundamen-tais, vamos ver como eles estão estruturados dentro da Repú-blica Federativa do Brasil. Uma informação importante antes de fazermos a junção entre eles: a autonomia política existen-te em cada ente federativo pode ser percebida por meio da

existência dos poderes em cada um.

Tripartição dos poderesEste princípio, também chamado de Princípio da Separa-

ção dos Poderes originou-se, historicamente, numa tentativa de limitar os poderes do Estado. Alguns filósofos perceberam que, se o Poder do Estado estivesse dividido entre três enti-dades diferentes, seria possível que a sociedade exercesse um maior controle de sua utilização.

Foi então que surgiu a ideia de se dividir o Poder do Estado em três poderes, cada qual responsável pelo desenvolvimento de uma função principal do Estado:

→ Poder Executivo – função principal (típica) de adminis-trar o Estado;

→ Poder Legislativo – função principal (típica) de legislar e fiscalizar as contas públicas;

→ Poder Judiciário – função principal (típica) jurisdicional.Além da sua própria função, a Constituição criou uma

sistemática que permite a cada um dos poderes o exercício da função do outro poder. A isso nós chamaremos de função atípica:

→ Poder Executivo – função atípica de legislar e julgar; → Poder Legislativo – função atípica de administrar e

julgar; → Poder Judiciário – função atípica de administrar e

legislar.Dessa forma, pode-se dizer que, além da própria função,

cada poder exercerá de forma acessória a função do outro poder.

Há uma pergunta que poderá aparecer em provas: qual dos três poderes é mais importante?

A única resposta possível é a inexistência de poder mais im-portante. Cada poder possui sua própria função, de forma que não se pode afirmar que exista hierarquia entre os poderes do estado. Como diz a Constituição, no artigo 2º:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Eles são independentes e harmônicos entre si e, para se garantir essa harmonia, a doutrina norte-americana desen-volveu um sistema que garante a igualdade entre os poderes: Sistema de Freios e Contrapesos.

O Sistema de Freios e Contrapesos, também chamado de Checks and Balances System, adotado pela nossa Constitui-ção, revela-se nas inúmeras medidas previstas no texto consti-tucional que condicionam a competência de um poder à apre-ciação de outro poder de forma a garantir o equilíbrio entre os três poderes. Abaixo, há alguns exemplos dessa medida:

→ A necessidade de sanção do Chefe do Poder Executivo para que um Projeto de Lei aprovado pelo Poder Legislati-vo possa entrar em vigor;

→ O processo do Chefe do Poder Executivo por crime de responsabilidade a ser realizado no Senado Federal, cuja sessão de julgamento é presidida pelo Presidente do STF;

→ A necessidade de aprovação pelo Poder Legislativo das Medidas Provisórias editadas pelo Chefe do Poder Exe-cutivo;

→ A escolha dos ministros do STF, que é feita pelo Presiden-te da República depois de aprovado pelo Senado Federal.

Em todas as hipóteses acima apresentadas, faz-se necessária

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a participação de mais de um Poder para a consecução de um ato administrativo. Isso cria uma verdadeira relação de inter-dependência entre os poderes, o que garante o equilíbrio entre eles.

Por último, não esqueça que a separação dos poderes é uma das cláusulas pétreas por força do artigo 60, § 4º, III da Constituição Federal. Significa dizer que a separação dos poderes não pode ser abolida do texto constitucional por meio de emenda:

Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

III - a separação dos Poderes;TÓPICO ESQUEMATIZADO

A partir de agora, vamos analisar outros princípios consti-tucionais que afetam diretamente o desenvolvimento do Poder Executivo no Brasil.

EXERCÍCIOS01. Sendo os poderes da República independentes e harmô-

nicos entre si, as ações praticadas pelo Poder Executivo não se submetem ao crivo do Poder Legislativo, subme-tendo-se apenas excepcionalmente à apreciação do Poder

Judiciário, no caso de os atos exorbitarem a competência constitucionalmente estabelecida.

Certo ( ) Errado ( )02. A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste

na descentralização política e na soberania dos esta-dos-membros, os quais são capazes de se auto organizar mediante a elaboração de constituições estaduais.

Certo ( ) Errado ( )03. A configuração constitucional do princípio da separação

de poderes impede que o presidente da República legisle, ainda que no exercício de função atípica.

Certo ( ) Errado ( )GABARITO

01 - ERRADO02 - ERRADO03 - ERRADO

Anotações:_________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÍNDICEPoder Executivo: Princípios Constitucionais ..................................................................................................2

Democracia.................................................................................................................................................2República ...................................................................................................................................................2Presidencialismo .........................................................................................................................................2

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Poder Executivo: Princí-pios Constitucionais

DemocraciaEste princípio revela o Regime de Governo adotado no

Brasil. Caracteriza-se pela existência do Estado Democrático de Direito e pela preservação da dignidade da pessoa humana.

A democracia significa o governo do povo, pelo povo e para o povo. É a chamada soberania popular.

Esse princípio também é conhecido como princípio sensível e, no Brasil, caracteriza-se por seu exercício se dar de forma direta e indireta. Por esse motivo, a democracia brasi-leira é conhecida como semidireta ou participativa. Mas esse tema será tratado em outro momento: Direitos Políticos.

RepúblicaO primeiro princípio que vamos estudar é o Republica-

no, que representa a Forma de Governo adotada no Brasil. A forma de governo reflete o modo de aquisição e exercício do poder político além de medir a relação existente entre o go-vernante e o governado, diferentemente da Monarquia, em que o poder supremo está nas mãos de uma só pessoa, o Monarca ou Rei.

A melhor forma de entender esse instituto é conhecendo suas características. A primeira característica decorre da análise etimológica da palavra rés pública. Este termo que dá origem ao princípio ora estudado significa coisa pública, ou seja, num Estado republicano, o governante governa a coisa pública, governa para o povo.

Outra característica importante é a temporariedade. Este atributo revela o caráter temporário do exercício do poder político. Por causa desse princípio, em nosso Estado, o gover-nante permanece no poder por tempo certo, ou melhor, per-manece por 4 anos no poder sendo permitida apenas uma ree-leição. Na monarquia, o governante fica no poder até morrer, ou seja, ele é vitalício.

Numa república, o governante é escolhido pelo povo. Esta é a chamada eletividade. O poder político é adquirido pelas eleições, cuja vontade popular se concretiza nas urnas. Já na Monarquia, o governante adquire o poder de forma hereditá-ria, ou seja, a coroa passa de pai para o filho.

Outra característica bem importante é a possibilidade em um Estado Republicano de o governante ser responsabiliza-do por seus atos.

Por último, temos como característica a Igualdade formal. Em uma república, o governante deve tratar todos da mesma forma.

Muito cuidado com esse tema em prova. As bancas costumam dizer que a Constituição Federal considera o prin-cípio republicano uma cláusula pétrea, contudo, esse princípio não se encontra listado no rol das cláusulas pétreas do artigo 60, § 4º da Constituição Federal. Entretanto, para o STF, o principio republicano é uma cláusula pétrea implícita.

Apesar disso, a Constituição o considerou como princípio sensível. Princípios sensíveis são aqueles que, se tocados, en-sejarão a chamada Intervenção Federal, conforme previsto no artigo 34, VII, a da Constituição:

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios

constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime de-mocrático.

PresidencialismoO Presidencialismo é o Sistema de Governo adotado

no Brasil. O sistema de governo rege a relação entre o Poder Executivo e o Legislativo, medindo o grau de dependência entre eles. No Presidencialismo, prevalece a separação entre os Poderes Executivo e Legislativo, os quais são independentes e harmônicos entre si.

A Constituição declara que o Poder Executivo da União é exercido pelo Presidente da República, auxiliado por seus Mi-nistros de Estado:

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da Repú-blica, auxiliado pelos Ministros de Estado.

O Presidencialismo possui uma característica muito im-portante para as provas. O presidente, que é eleito pelo povo, exerce, ao mesmo tempo, três funções: Chefe de Estado, Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública.

A função de Chefe de Estado diz respeito a todas as atribui-ções do Presidente nas relações externas do País. Como Chefe de Governo, o Presidente possui inúmeras atribuições internas, no que tange à governabilidade do País. Já como Chefe da Ad-ministração Pública, o Presidente exercerá as funções relacio-nadas com a chefia da Administração Pública Federal.

TÓPICO ESQUEMATIZADO

EXERCÍCIOS01. AL A igualdade perante a lei, a periodicidade dos

mandatos políticos e a responsabilidade dos mandatá-rios são características do princípio republicano.

Certo ( ) Errado ( )02. A CF institui no Brasil um modelo de Estado democráti-

co, em que o poder emana do povo e é exercido tanto por meio de uma democracia direta, quanto por intermédio de uma democracia representativa.

Certo ( ) Errado ( )Com relação aos princípios fundamentais adotados pela

CF, assinale a opção correta. 03. O sistema de governo da República Federativa do Brasil

é o parlamentarismo.Certo ( ) Errado ( )

04. O art. 1º da Constituição Federal, ao afirmar que “a (I) República (II) Federativa do Brasil (...) constitui-se em (III) Estado Democrático de Direito”, definiu, respecti-vamente, os seguintes aspectos do Estado brasileiro:

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a) Sistema político, forma de Estado e forma de governo.b) Forma de governo, sistema político e sistema jurídico.c) Forma de governo, forma de Estado e regime de

governo.d) Sistema político, forma de Estado e sistema jurídico.e) Forma de governo, sistema jurídico e sistema político.

05. São sistemas de governo: a) Parlamentarismo e presidencialismo.b) Unitarismo e federalismo.c) Monarquia e república.d) Hegemonia e democracia.e) Monocracia e plutocracia.

GABARITO01 - CERTO02 - CERTO03 - ERRADO04 - C05 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÍNDICEPoder Executivo ............................................................................................................................................2

Requisitos para ser presidente ....................................................................................................................2Processo eleitoral ........................................................................................................................................2Ausência do presidente ...............................................................................................................................2Licença para ausentar-se do país.................................................................................................................3

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Poder ExecutivoRequisitos para ser presidente

A Constituição apresenta vários requisitos para que uma pessoa se candidate a Presidente da República. Primeiramente, devem ser preenchidas as condições de elegibilidade que estão previstas no artigo 14, § 3º da Constituição:

Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.

Dentre essas condições, uma se destaca: a exigência de idade mínima. Isso mesmo, para ser Presidente da República, é necessário possuir idade mínima de 35 anos.

Outra característica importantíssima, que se encontra no artigo 12, § 3º da Constituição Federal, é a necessidade de que o candidato seja brasileiro nato:

Art. 12, § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República.

Processo eleitoralO processo de eleição do Presidente da República também

encontra regulação expressa no texto constitucional:Art. 77 A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da Repú-blica realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, regis-trado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Algumas considerações são importantes acerca desse tema. Primeiro, deve-se registrar que a Constituição regulou até o dia em que deve ocorrer a eleição:

→ Primeiro Turno – Primeiro Domingo de Outubro; → Segundo Turno – Último Domingo de Outubro.

Cuidado: o segundo turno é no último domingo e não no segundo domingo de outubro, como já foi cobrado em prova.

Há algo que chama a atenção no caput do artigo 77. A Constituição diz que as eleições ocorrem no ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Será que esta regra é aplicável no direito brasileiro?

Pense bem: no ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente? Como assim? Se você pensar um pouqui-nho, chegará à conclusão de que isto está completamente sem aplicação nos dias de hoje.

Mas esse dispositivo é aplicado nos dias de hoje. A eleição ocorre no ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente, pois o mandato acaba no dia 1º de janeiro, conforme dispõe o artigo 82:

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.

Ora, se o novo mandato tem início em primeiro de janeiro, significa que o mandato antigo acaba no dia primeiro de janeiro. Logo, está corretíssimo afirmar que as eleições ocorrem no ano anterior ao do término do mandato presiden-cial vigente.

Quando votamos em Presidente, só votamos no Presiden-te. O Vice é eleito como consequência da eleição do Presiden-te. Este será eleito se tiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos brancos e nulos, ou seja, será eleito aquele que possuir a maioria absoluta dos votos válidos. Se ninguém obtiver maioria absoluta, deve-se convocar nova eleição – segundo turno. Para o segundo turno, são chamados os dois candidatos mais votados. Se, porventura, ocorrer empate no segundo lugar, a Constituição determina que seja convocado o mais idoso. Mas atenção: o critério de idade é para a situação de desempate. Ocorrendo morte, desistência ou impedimento de algum candidato do segundo turno, deverá ser convocado o próximo mais votado.

Finalizada a eleição, o Presidente e o vice terão prazo de dez dias, a contar da posse, para assumir o cargo. Caso não seja assumido, o cargo será declarado vago. Se o Presidente assume e o Vice não, o cargo do Vice é declarado vago, ficando o Presi-dente sem Vice até o fim do mandato. Caso o Vice assuma e o Presidente não, o cargo de Presidente será declarado vago, assu-mindo o Vice a função de Presidente e permanecendo durante o seu mandato sem Vice.

Art. 78 O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Ausência do presidente O impedimento e a vacância são espécies de ausência do

Presidente da República. São circunstâncias em que o Presi-dente não está no exercício de sua função. A diferença entre os dois institutos está no fato de que, na vacância a ausência é definitiva, enquanto que no impedimento a ausência é temporária. São exemplos de vacância: morte, perda do cargo, renúncia. São exemplos de impedimento: doença, viagem, férias. Tanto no caso de impedimento como no de vacância, a

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Constituição Federal determina que o Vice-Presidente substi-tua o Presidente, pois esta é a sua função precípua:

Art. 79 Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suce-der-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.

O problema maior surge quando o Presidente e o Vice se ausentam ao mesmo tempo. Neste caso, a Constituição de-termina que se convoquem outros sucessores: Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Pre-sidente do Supremo Tribunal Federal. Estes são os legitimados a sucederem o Presidente da República e o Vice-Presidente de forma sucessiva e temporária quando ocorrer a ausência dos dois ao mesmo tempo:

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Pre-sidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Deve-se observar o seguinte: o Vice-Presidente é o único legitimado a suceder o Presidente de forma definitiva. O Presi-dente da Câmara, do Senado e do STF só substituem o Presi-dente em caráter temporário. Isto significa que, se o Presidente morrer, quem assume o cargo é o Vice.

TÓPICO ESQUEMATIZADO

Agora, se ocorrer vacância dos cargos de Presidente e Vice ao mesmo tempo, a Constituição determina que sejam realiza-das novas eleições:

Art. 81 Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Re-pública, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

Caso a vacância se dê nos dois primeiros anos de mandato, a eleição será direta, ou seja, com a participação do povo, e deverá ocorrer no prazo de 90 dias a contar da última vacância. Mas se a vacância se der nos dois últimos anos do mandato, a eleição será indireta (realizada pelo Congresso Nacional) no prazo de 30 dias a contar da última vacância. Quem for eleito, permanecerá no cargo até o fim do mandato de quem ele sucedeu. Não se inicia um novo mandato. Este mandato é chamado pela doutrina de mandato-tampão.

Em qualquer uma das duas situações, enquanto não forem eleitos os novos Presidente e Vice-Presidente, quem permane-ce no cargo é um dos sucessores temporários: Presidente da Câmara, do Senado ou do STF.

Tópico Esquematizado

Licença para Ausentar-se do paísMuito cuidado com este artigo, que prevê a possibilidade

de perda do cargo do Presidente e Vice–Presidente nos casos de ausência do País por período superior a 15 dias, sem licença do Congresso Nacional:

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Veja que a Constituição não proíbe que o Presidente ou o Vice se ausente do país, sem licença do Congresso Nacional. Mas se a ausência se der por mais de 15 dias, será indispensável a autorização da Casa Legislativa.

EXERCÍCIOS01. Para que o vice-presidente da República realize viagem

para o exterior por um período de 23 dias, será necessá-ria licença do Congresso Nacional.

Certo ( ) Errado ( )02. Nas hipóteses de impedimento do presidente e do vice-

presidente da República ou em caso de vacância desses cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do STF. No caso de vacância do cargo de presidente da República, apenas o vice-presidente da República poderá suceder o presidente de forma definitiva.

Certo ( ) Errado ( )GABARITO

01 - CERTO02 - CERTO

Anotações:_________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÍNDICEPoder Executivo ............................................................................................................................................2

Atribuições .................................................................................................................................................2Órgãos auxiliares do Presidente da República ............................................................................................3

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Poder ExecutivoAtribuições

As atribuições do Presidente da República encontram-se arroladas no artigo 84 da Constituição Federal:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previs-tos nesta Constituição;IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;X - decretar e executar a intervenção federal;XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congres-so Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se ne-cessário, dos órgãos instituídos em lei;XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Ae-ronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Minis-tros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da Re-pública, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Consti-tuição, e o Advogado-Geral da União;XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autori-zado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Con-gresso Nacional;XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constitui-ção.

Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repú-blica ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Como já falamos na análise do Presidencialismo, as atri-buições do Presidente são de Chefe de Estado, Chefe de Governo ou Chefe da Administração Pública. Procuramos, a seguir, adequar, conforme a melhor doutrina, as atribuições do artigo 84 às funções desenvolvidas pelo Presidente no exercício de seu mandato:

→ Como Chefe de Estado, o Presidente representa o Estado nas suas relações internacionais. São funções de Chefe de Estado as previstas nos incisos VII, VIII, XIX, XX e XXII do artigo 84;

→ Como Chefe de Governo, o Presidente exerce sua li-derança política, representando e gerindo os negócios internos nacionais. São funções de Chefe de Governo as previstas nos incisos I, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XXI, XXIII, XXIV, XXVI e XXVII;

→ Como Chefe da Administração Pública, o Presidente gerencia os negócios internos administrativos da Admi-nistração Pública federal. São funções de Chefe da Ad-ministração Pública as previstas nos incisos II, VI e XXV.

Uma característica interessante é que esse rol de competên-cias é meramente exemplificativo por força do inciso XXVII, que abre a possibilidade de o Presidente exercer outras atribui-ções além das previstas expressamente no texto constitucional.

Outra questão amplamente trabalhada em prova é a possi-bilidade de delegação de algumas de suas atribuições, conforme prescrição do parágrafo único do artigo 84. Nem todas as atri-buições do Presidente são delegáveis, apenas as previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se ne-cessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei.

São três competências que podem ser delegadas para três pessoas: Ministro de Estado, Procurador-Geral da República e Advogado-Geral da União.

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Órgãos auxiliares do Presidente da República

A Constituição nos apresenta três órgãos auxiliares do Pre-sidente da República: Ministros de Estado, Conselho da Repú-blica e Conselho de Defesa Nacional.

Os Ministros de Estados são os auxiliares diretos do Presi-dente da República. Os artigos 87 e 88 trazem várias regras que podem ser trabalhadas em prova:

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasilei-ros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competên-cia e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e re-gulamentos;III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.

Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

O Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional também são órgãos auxiliares do Presidente da Re-pública, mas que possuem atribuição consultiva. Em situações determinadas pela Constituição, o Presidente, antes de tomar alguma decisão, precisa consultar esses dois órgãos. Abaixo, seguem os artigos 89, 90 91, cujas regras também podem ser cobradas em prova. Destacam-se as composições e as compe-tências desses órgãos:

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:

I - o Vice-Presidente da República;II - o Presidente da Câmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos De-putados;V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;VI - o Ministro da Justiça;VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:

I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

§ 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a

soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele parti-cipam como membros natos:

I - o Vice-Presidente da República;II - o Presidente da Câmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;IV - o Ministro da Justiça;V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores;VII - o Ministro do Planejamento;VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aero-náutica.

§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indis-pensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacio-nadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de ini-ciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

EXERCÍCIOS01. Compete privativamente ao presidente da República

conceder indulto e anistia.Certo ( ) Errado ( )

02. O presidente da República pode delegar a ministro de Estado a competência para aplicar pena de demissão a servidores públicos federais.

Certo ( ) Errado ( )03. No sistema de separação de poderes adotado pelo Brasil,

a regra é a indelegabilidade das atribuições de cada poder. Todavia, há casos em que a Constituição federal atenua essa regra. Assim, o Presidente da República pode delegar a atribuição de

a) Vetar parcialmente projetos de lei.b) Dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções

ou cargos públicos, quando vagos.c) Conferir condecorações e distinções honoríficas.d) Decretar e executar a intervenção federal.e) Promover os oficiais-generais da Marinha, do Exército

e da Aeronáutica.GABARITO

01 - ERRADO02 - CERTO03 - B

Anotações:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÍNDICEPoder Executivo ............................................................................................................................................2

Responsabilidades .....................................................................................................................................2

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Poder ExecutivoResponsabilidades

A forma de governo adotada no País é a Republica e, por esta razão, é possível responsabilizar o Presidente da República por seus atos. A Constituição tratou de regular a responsabili-zação por crime de responsabilidade e por infrações penais comuns.

Antes de trabalhar com cada uma das responsabilidades, é preciso analisar as chamadas imunidades.

Imunidades são prerrogativas inerentes aos cargos mais importantes do Estado. Cargos que são estratégicos e essenciais à manutenção da ordem constitucional. Dentre vários, desta-ca-se o de Presidente da República.

A imunidade pode ser: → Material – é a conhecida irresponsabilidade penal

absoluta. Esta imunidade protege o titular contra a res-ponsabilização penal;

→ Formal – são prerrogativas de cunho processual.Um primeiro ponto essencial que precisa ser estabeleci-

do: o Presidente não possui imunidade material, mas possui imunidades formais. Ao todo, podemos elencar 4 prerrogativas processuais garantidas pela Constituição Federal ao Chefe do Executivo da União:

→ Processo – a Constituição exige juízo de admissibilidade emitido pela Câmara para que o Presidente possa ser pro-cessado durante o seu mandato. Isso significa que o Presi-dente da República só poderá ser processado se a Câmara dos Deputados autorizar pelo voto de 2/3 dos membros.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de res-ponsabilidade.

→ Prerrogativa de foro – o Presidente não pode ser julgado por qualquer juiz, haja vista a importância da função que exerce no Estado. Diante disso, a Constituição estabele-ceu dois foros competentes para julgar o Presidente:

˃ Supremo Tribunal Federal – será julgado pelas infra-ções penais comuns;

˃ Senado Federal – será julgado pelos crimes de respon-sabilidade.

Cabe explicar o que é infração penal comum e o crime de responsabilidade.

→ Infração Penal Comum - é qualquer crime ou contra-venção penal cometida pelo Presidente da República na função ou em razão da sua função de Presidente. Seu pro-cessamento se dará no Supremo Tribunal Federal.

→ Crime de Responsabilidade – a primeira coisa que você precisa saber sobre o crime de responsabilidade é que ele não é um crime. Isso mesmo! O crime de responsabilidade é uma infração de natureza político-administrativa. O nome crime é impróprio para este instituto. O processo que visa a este tipo de responsabilização é o impeach-ment. O Presidente responderá por esse tipo de infração caso sua conduta se amolde ao previsto no artigo 85 da Constituição Federal:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presiden-te da República que atentem contra a Constituição Federal e,

especialmente, contra:I - a existência da União;II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciá-rio, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;IV - a segurança interna do País;V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Considerando que não se trata de um crime, essa infração não pode resultar numa pena privativa de liberdade. Quem pratica crime de responsabilidade não pode ser preso. A conse-quência estabelecida no artigo 52, parágrafo único, é a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de 8 anos.

Art. 52, Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com ina-bilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Quanto à lei que regula o Crime de Responsabilidade, Lei 1.079/50, deve-se destacar sua relevância na fixação dos proce-dimentos adotados neste processo, principalmente na compe-tência exclusiva do cidadão para denunciar o Presidente.

Compreendidos os institutos, não podemos esquecer o previsto no artigo 86, § 1º:

§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

A Constituição determina que, após iniciado o processo, tanto por infração penal comum quanto por crime de res-ponsabilidade, o Presidente fique suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias, tempo necessário para que se finalize o processo. Caso o Presidente não seja julgado nesse período, ele poderá retornar ao exercício de suas funções, sem prejuízo de continuidade do processo. Muito cuidado em prova com o início do prazo de suspensão:

→ Infração Penal Comum – o prazo de suspensão inicia-se a partir do recebimento da denúncia ou queixa.

→ Crime de responsabilidade – o prazo de suspensão ini-cia-se a partir da instauração do processo.

Outra questão interessante. Caso a Câmara autorize o processo do Presidente por crime de responsabilidade, o Senado deverá processá-lo, pois não assiste discricionarieda-de ao Senado em processar ou não. Sua decisão é vinculada à decisão da Câmara, haja vista as duas casas serem políticas. Contudo, nos casos de infração penal comum, o STF não está obrigado a processar o Presidente em respeito à Separação dos Poderes.

→ Prisão – o Presidente só pode ser preso pela prática de

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infração penal comum e, somente, se sobrevier sentença condenatória:

Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenató-ria, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão.

→ Irresponsabilidade Penal Relativa – também conhe-cido na doutrina como Imunidade Formal Temporária, esta prerrogativa afirma que o Presidente não poderá ser responsabilizado por atos alheios aos exercícios de suas funções.

§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Obviamente, ela é temporária porque dura apenas enquanto o presidente estiver no cargo. A partir do momento em que ele sair do cargo, acaba a imunidade, ou seja, o pre-sidente será responsabilizado normalmente na justiça penal comum.

Para melhor compreendermos essas imunidades conferi-das ao Presidente da República, vamos exemplificar a situação:

1º exemplo: Imaginemos que um Presidente, antes de ir para casa encontrar com sua esposa, ligue e informe que irá se atrasar devido a uma reunião muito importante com seus Ministros de Estado. Por um motivo que você saberá daqui a pouco, o Presidente acaba saindo da reunião mais cedo e resolve fazer uma surpresa para sua esposa. Ao chegar de mansinho em casa, enquanto ele sobe as escadas, começa a ouvir ruídos estranhos. Ao abrir a porta de seu quarto, depara-se com a sua esposa e seu melhor amigo fazendo sexo. Enfurecido, o Pre-sidente saca uma arma e atira nos dois, matando sua esposa e o amante. Ao ouvir os sons dos tiros, imediatamente vários seguranças sobem e flagram o Presidente com uma arma na mão e dois corpos ensanguentados no chão. Espero que vocês tenham entendido o exemplo. Tendo como base este exemplo, agora vamos às perguntas:

˃ No momento em que é flagrado, o Presidente pode ser preso pelo crime cometido?

É claro que não... O Presidente só pode ser preso se tiver uma sentença condenatória!

O Presidente pode ser processado por este crime durante o seu mandato?

Também não... O Presidente não pode ser responsabiliza-do por atos alheios aos exercícios de suas funções. Ora, ao matar sua esposa e o amante, ele não comete o crime na condição de Presidente, ele os mata como marido traído. Esse crime não tem nada a ver com sua função de Presidente. Por esse motivo, ele não pode ser processado durante o seu mandato. Não sig-nifica que ficará impune pelo crime cometido, apenas não poderá ser processado enquanto estiver no mandato. Ele será responsabilizado normalmente após o mandato, neste caso, sem nenhuma prerrogativa. Apesar de não haver previsão legal, a jurisprudência entende que o prazo prescricional neste caso ficará suspenso, não prejudicando a responsabilização do Pre-sidente.

2º exemplo: Lembra que o Presidente estava no meio de uma reunião com seus Ministros de Estado, mas precisou sair mais cedo? Isto aconteceu porque, durante a reunião, o Pre-sidente teve um problema. Enquanto conversava com seus Ministros, um deles se levantou exaltado, e começou a dizer que era contra o Presidente, que durante todo o mandato ele mandava informações para os partidos de oposição. Disse

também que todo o dinheiro que tinha em seu Ministério iria ser gasto até os cofres públicos ficarem vazios. Afirmou ser um espião dos partidos de oposição e que faria de tudo para que o Presidente perdesse o controle do Governo. No calor da discus-são, o Presidente dá uma cadeirada na cabeça do Ministro e o mata. Entenderam o exemplo? Vamos às perguntas:

˃ O Presidente poderá ser preso por este crime?É claro que não! O Presidente não pode ser preso enquanto

não sobrevier sentença condenatória. É a imunidade em relação às prisões.

˃ O Presidente poderá ser processado por este crime enquanto estiver no seu mandato?

Neste caso sim. Perceba que o crime cometido foi em razão da função de Presidente, visto que não estaria na reunião com Ministros se não fosse o Presidente da República. O Presidente será processado por essa infração penal comum no Supremo Tribunal Federal caso a Câmara dos Deputados autorize o processo. Havendo sentença condenatória, ele poderá ser preso. A possibilidade de responsabilização do Presidente da Repúbli-ca por infração penal comum só ocorre se o crime cometido estiver ligado a sua função de Presidente.

3º exemplo: Imagine que, no mesmo dia, o Presidente matou a mulher, o amante e o Ministro e, como não pode ser preso, ele pega o seu fusquinha e resolver dar uma volta por Brasília.

Existem uma ponte em Brasília que tem arcos, ponte de JK. O Presidente está olhando aqueles arcos, a paisagem; dis-traído, ele não percebe e acaba batendo na traseira de um carro.

O motorista sai do carro e diz:- Olha aqui seu barbudo! Vou te processar civilmente por

conta dessa batida no meu carro. Pergunto:- O Presidente pode responder esse processo cível enquanto

ele estiver no mandato?4º exemplo: O Presidente matou a mulher, matou o

amante, matou o ministro, bateu o fusquinha dele e está tudo dando errado. Ele resolve adotar aquele remédio que toda mulher faz quando está estressada: compras. Então, ele decide fazer compras no Paraguai.

Ele pega o avião e desce em Foz de Iguaçu, atravessa a ponte, como todo muambeiro deve fazer, e volta com toda aquela muamba debaixo do braço: notebook, Ipad, Ipod, bomba, pneu. Quando chega à fronteira, ele tenta passar sem declarar, e o fiscal da receita o para. Ao verificar que está tentando passar com os produtos sem declarar o imposto de importação, o fiscal resolve instaurar um procedimento admi-nistrativo fiscal.

A pergunta que faço é:- O Presidente pode responder um processo administrati-

vo enquanto ele é Presidente?5º exemplo: Ele matou a mulher, o amante, o ministro,

bateu o carro e, o pior de tudo, perdeu a muamba.O Presidente volta para casa desolado, a empregada do-

méstica que trabalha para ele há 50 anos diz o seguinte:- Não aguento mais trabalhar aqui, porque, depois que

você matou a sua esposa, sobrou tudo pra mim, e está difícil, quero minha demissão.

Com todo respeito à profissão, mas, quando uma em-pregada doméstica pede demissão, a primeira atitude no dia

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.

seguinte é procurar os seus direitos na Justiça do Trabalho. Ela entra com uma ação trabalhista contra o Presidente.

Pergunto:Ele pode responder uma ação trabalhista enquanto é Pre-

sidente?As 3 últimas perguntas feitas no final dos exemplos

expostos são perguntas diferentes, mas, na verdade, são as mesmas perguntas.

A pergunta é: - Ele pode responder algum procedimento envolvendo outra área do direito enquanto ele é Presidente?

Claro que sim!Ele tem prerrogativa?Claro que não!Ele vai responder normalmente como qualquer pessoa.Não existe imunidade na Constituição para esses outros

tipos de processo.Essa é a grande questão, você não pode inventar imunida-

de na hora da sua prova. EXERCÍCIOS

01. Considere que o presidente da República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma ten-tativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo presenciado o delito, os policiais não poderão efetuar a prisão em flagrante do presidente da República.

Certo ( ) Errado ( )02. A Constituição Federal de 1988 (CF) prevê foro por

prerrogativa de função para o presidente da República, de modo que somente o STF poderá processar e julgar ações populares que o tenham como réu.

Certo ( ) Errado ( )03. O Presidente da República será submetido a julgamen-

to perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns e perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. De acordo com a Constituição Federal,

a) Em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por no mínimo um terço da Câmara dos Deputados.

b) Em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por dois terços do Congresso Nacional.

c) No primeiro caso a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por um terço da Câmara dos Deputados e no segundo por um terço do Congresso Nacional.

d) Em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por dois terços da Câmara dos Deputados

e) No primeiro caso a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por um terço da Câmara dos Deputados e no segundo por dois terços do Congresso Nacional.

GABARITO01 - CERTO02 - ERRADO03 - D

Anotações:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________