Hoje, noite de Abril, sem Lua, A minha rua outra rua.
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Talvez por ser mais que nenhuma escura E bailar o vento leste A
noite de hoje veste As coisas conhecidas de aventura.
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Uma rua nova destruiu a rua do costume. Como se sempre nela
houvesse este perfume De vento leste a Primavera, A sombra dos
muros espera Alguem que ela conhece.
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E s vezes, o silncio estremce Como se fosse a hora de passar
algum Que s hoje no vem.
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Quem s tu que assim vens pela noite adiante, Pisando o luar
branco dos caminhos, Sob o rumor das folhas inspiradas.
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A perfeio nasce do eco dos teus passos, E a tua presena acorda
a plenitude A que as coisas tinham sido destinadas.
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A historia da noite o gesto dos teus braos, O ardor do vento a
tua juventude, E o teu andar a beleza das estradas.
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Aquelas que exaltas e secretas janela espreitaram inquietas O
rumor do poente nas estradas, Julgaram vir de ti essa passagem
Contida na beleza da paisagem, Solitrias mordendo a sua fome
Percorrem o silncio dos jardins E vo gritando s sombras o teu
nome.