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EMPRESA DE ELECTRICIDADE DA MADEIRA NORMA PARA A EXECUÇÃO DE RAMAIS OU ENTRADAS, DERIVADOS DA REDE, DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA, EM BAIXA TENSÃO, DA EEM. 1. DEFINIÇÕES 1.1 Ramal Para efeitos da presente norma, entende-se por ramal toda a canalização eléctrica sem qualquer derivação, com origem no quadro de um posto de transformação da EEM ou numa canalização principal e termina numa portinhola, quadro de colunas ou aparelho de corte da entrada de uma instalação de utilização. Observações: 1 - A origem de um ramal, quando derivado de uma canalização principal é: a). Em redes aéreas estabelecidas em apoios, em regra o apoio mais próximo da instalação de utilização a alimentar; b). Em redes aéreas isoladas estabelecidas em fachadas de edifícios, o aparelho de ligação (ligador ou caixa) onde é feita a derivação; c). Em redes subterrâneas, o quadro (armário) ou aparelho de ligação onde é feita a derivação. 2 - O ramal aéreo é também designado por baixada. 1.2 Portinhola Quadro onde finda o ramal, de que faz parte, e que, em regra, contém os aparelhos de protecção geral contra sobreintensidades (quando a instalação a juzante é colectiva), ou os ligadores com a função de seccionamento da instalação a juzante (quando esta é unifamiliar).

NORMA PARA A EXECUÇÃO DE RAMAIS OU ENTRADAS, … · entrada de uma instalação de utilização. Observações: ... Canalização eléctrica da instalação colectiva que tem início

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EMPRESA DE ELECTRICIDADE DA MADEIRA

NORMA PARA A EXECUÇÃO DE RAMAIS OU ENTRADAS, DERIVADOS DA REDE,

DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA, EM BAIXA TENSÃO, DA EEM.

1. DEFINIÇÕES

1.1 RamalPara efeitos da presente norma, entende-se por ramal toda a canalização eléctrica

sem qualquer derivação, com origem no quadro de um posto de transformação da EEM ou numacanalização principal e termina numa portinhola, quadro de colunas ou aparelho de corte daentrada de uma instalação de utilização.

Observações:

1 - A origem de um ramal, quando derivado de uma canalização principal é:

a). Em redes aéreas estabelecidas em apoios, em regra o apoio mais próximo dainstalação de utilização a alimentar;

b). Em redes aéreas isoladas estabelecidas em fachadas de edifícios, o aparelho deligação (ligador ou caixa) onde é feita a derivação;

c). Em redes subterrâneas, o quadro (armário) ou aparelho de ligação onde é feita aderivação.

2 - O ramal aéreo é também designado por baixada.

1.2 Portinhola

Quadro onde finda o ramal, de que faz parte, e que, em regra, contém os aparelhos deprotecção geral contra sobreintensidades (quando a instalação a juzante é colectiva), ou os ligadorescom a função de seccionamento da instalação a juzante (quando esta é unifamiliar).

1.3 Entrada

Para efeitos da presente norma, entende-se por entrada toda a canalização eléctricacompreendida entre:

a) Uma caixa de coluna e a origem da instalação de utilização (ligadores de saída doaparelho de corte da entrada);

b) Uma portinhola e a origem da instalação de utilização.

1.4 Quadro de colunas

Quadro alimentado directamente por um ramal ou por um troço comum e destinado aalimentar colunas e entradas com características especiais.

1.5 Coluna

Canalização eléctrica da instalação colectiva que tem início num quadro de colunasou numa caixa de colunas e que termina numa caixa de colunas.

1.6 Caixa de colunas

Quadro existente numa coluna para ligação de entradas ou de outras colunas econtendo, ou não, os respectivos dispositivos de protecção contra as sobreintensidades.

1.7 Aparelho de corte da entrada

Dispositivo de corte colocado no fim da entrada, ou do ramal, e destinado a limitar apotência contratada para a instalação de utilização.

2. ESCOLHA DA CANALIZAÇÃO

2.1 Introdução

A escolha da canalização do ramal é feita com base na potência a requisitar, quenunca poderá ser superior à potência a instalar, ou já instalada, nem inferior à potência a contratar.Assim, conforme a potência a requisitar se determinará o tipo e as características da canalização doramal.

2.2 Comprimentos máximos dos ramais ou entradas

Os comprimentos máximos admissíveis nos ramais ou entradas, serão determinados apartir dos valores apresentados nas alíneas seguintes, que foram calculados para um factor depotência de 0.8, uma queda de tensão de 1% e uma corrente de carga de 1 A. Para quedas de tensãodiferentes, os comprimentos serão directamente proporcionais, enquanto que para cargas diferentes,serão inversamente proporcionais.

2.2.1 Canalizações aéreas no sistema monofásico(cabos em torçada-técnica escandinava)

TIPO DE CABO SECÇÃO (mm2) IMáx. (A) InF (A) MI (m.A/%)

XS 2x6 55 40 344 LXS 2x16 85 63 537 XS 4x6(2x6+2x6) 110 80 688 LXS 4x16(2x16+2x16) 170 125 1074

Exemplo: comprimento máximo para uma queda de tensão no ramal de 2% e umapotência de utilização de 6,9 kVA - 30 A - num cabo 2x16 mm2

L = 537 x 2 = 35m 30

2.2.2 Canalizações aéreas no sistema trifásico com fases equilibradas(cabos em torçada-técnica escandinava)

TIPO DE CABO SECÇÃO (mm2) IMáx. (A) InF (A) MI (m.A/%)

XS 4x6 50 40 689LXS 4x16 75 63 1075LXS 4x35 120 100 2325LXS 4x70 190 160 4347

Exemplo: comprimento máximo para uma queda de tensão no ramal de 1% e umapotência de utilização de 41,4 kVA - 60A - num cabo 4x35 mm2

L = 2325 x 1 = 38m 60

2.2.3 Canalizações subterrâneas no sistema monofásico

TIPO DE CABO SECÇÃO (mm2) IMáx. (A) InF (A) MI (m.A/%)

XV 2x6 50 40 365XV 2x10 70 63 623XV 4x6(2x6+2x6) 100 80 730XV 4x10(2x10+2x10) 140 125 1246

2.2.4 Canalizações subterrâneas no sistema trifásico com fases equilibradas

TIPO DE CABO SECÇÃO (mm2) IMáx. (A) InF (A) MI (m.A/%)

XV 4x6 50 40 731XV 4x10 65 50 1247XV 3x16+10 85 63 1876LXV 3x50+25 125 100 3261LXV 3x95+50 185 160 6057LXV 3x185+95 265 200 10600

Observações

1. As fórmulas utilizadas para os cálculos do momento eléctrico foram:

1.1 Corrente alternada monofásica

Z = ∆ U/2.I.L —› MI = 1/Z = 2.I.L/ ∆ U [m.A/%]

1.2 Corrente alternada trifásica

Z = ∆ U/I.L —› MI = 1/Z = I.L/ ∆ U [m.A/%]

sendo:

∆U - queda de tensão simples, em percentagem (%);I - intensidade de corrente que percorre o condutor, em Ampères (A);

L- comprimento do ramal ou entrada (desde o ponto de ligação à canalização principal até aolocal previsto para o disjuntor da EEM,ou transformadores de intensidade de medida no caso depotências a contratar superiores a 62,1 kVA), em metros (m).Z - impedância do condutor (R.cos ϕ + X sen ϕ), em ohms por metro (Ω/m);MI - momento de intensidade de corrente, em m.A/%.

2. O momento eléctrico para as canalizações subterrâneas foi calculado a partir dosvalores obtidos para as canalizações aéreas afectadas do factor 1.06 (também poderia ter sidocalculado a partir dos valores obtidos para a impedância (Z), afectados do factor 1/1.06 = 0,943).

3. Nos quadros apresentados, IMax (A) representa a intensidade de corrente máximaadmissível num condutor (em Ampères); e InF (A) representa a intensidade de corrente nominal dosfusíveis a utilizar (em Ampères).

4. Nenhuma canalização pode ser utilizada para além da sua intensidade máximaadmissível.

5. As quedas de tensão máximas admissíveis a considerar nos ramais são de 2%.

6. No caso de canalizações (monofásicas) com cabos em paralelo, os condutores 1 e2 ou preto-preto são utilizados para a fase, enquanto que os 3 e N ou castanho-azul, são-no para oneutro.

7. Em casos devidamente justificados e aceites pelos serviços competentes da EEM(SIAM), podem ser utilizados cabos do tipo VV ou LVV (de cor preta) para as canalizaçõessubterrâneas; o dimensionamento será determinado, caso a caso, com o acordo prévio dos serviçoscompetentes da EEM (SIAM).

2.3 Características físicas

2.3.1 Traçado aéreo

Os vãos, flechas, tensão mecânica e temperaturas, podem ser determinados de acordocom as tabelas do Anexo D do "Guia Técnico de Redes Aéreas de Baixa Tensão em CondutoresIsolados Agrupados em Feixe (torçada)" da Direcção Geral de Energia, que se anexa. Não obstante,os vãos máximos admissíveis terão o valor de 40 metros, enquanto que o último vão (que terminano gancho ou nopostelete) terá o valor máximo de 25 metros, salvo acordo prévio com a EEM, através dos seusServiços de Transporte e Distribuição (DSTD).

2.3.2 Traçado subterrâneo

As ligações subterrâneas serão efectuadas através de canalização constituída porcabos protegidos por tubos, tendo estes um diâmetro interior mínimo de 32mm, no caso dos ramaismonofásicos, e de 50mm, no caso dos ramais trifásicos.

3. EXECUÇÃO DE RAMAIS OU DE ENTRADAS

A execução de ramais ou de entradas, derivados da rede de distribuição de energiaeléctrica em baixa tensão da EEM, reger-se-á pelas regras do Guia Técnico de Redes Aéreas deBaixa Tensão em Condutores Isolados Agrupados em Feixe (Torçada), da Direcção Geral deEnergia (em anexo a parte aplicável), sem prejuízo do cumprimento do Regulamento de Redes deDistribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão, bem como dos elementos definidos na presentenorma.

3.1 Ponto de alimentação

O ponto de alimentação é definido pelos serviços competentes da EEM (DSTD), noprazo de quinze dias, contado da data de entrega na EEM do requerimento para Informação sobre aRede de Distribuição. Este requerimento deve ser entregue em qualquer altura, sempre que hajanecessidade de executar um novo ramal.

3.1.1 Ponto de alimentação definido numa rede tensa em apoios

3.1.1.1 Ligador de aperto

Os ligadores de aperto são fornecidos pela EEM e montados pelos seus serviços competentes(SIAM), na altura da execução do contrato (montagem do sistema de contagem e do limitador depotência, e ligação do ramal à canalização principal).

3.1.1.2 Amarração ao apoio da canalização principal

a) No caso da canalização principal ser em condutores isolados;a1) as ferragens de fixação do ramal serão colocadas imediatamente abaixo dos

daquela canalização, em acordo com a disponibilidade da furação, nos apoios;a2) quando não houver furações disponíveis, serão utilizadas braçadeiras em vez das

ferragens de fixação;

b) No caso da canalização principal ser em condutores nús, a pinça de amarraçãoserá ligada em ferragem própria, de acordo com o atrás descrito.

3.1.1.3 Comprimento de cabo disponível, no ramal

Deverá ser deixado, a montante da amarração, o comprimento de cabo igual àdistância aos condutores da canalização principal, no caso destes serem isolados, ou à distância docontador activo, da canalização principal, mais afastado, no caso desta ser em condutores nús,acrescido de um metro, para possibilitar a ligação à rede da EEM, pelos seus serviços competentes(SIAM).

Observações

Estes trabalhos são executados, obrigatoriamente, sem tensão pelo que osexecutantes devem guardar as distâncias de segurança regulamentares relativamente às partesactivas da canalização principal, que, para este efeito, deverá ser considerada permanentemente emtensão.

3.1.2 Ponto de alimentação definido numa rede em fachada (tensa ou pousada),ou subterrânea.

3.1.2.1 Fusíveis

Os fusíveis são fornecidos pela EEM, excepto no caso de portinholas em que sãofornecidos pelo instalador, e ligados pelos seus serviços competentes (SIAM), na altura da execuçãodo contrato.

3.1.2.2 Comprimento de cabo disponível, no ramal

Deve ser deixado um comprimento de cabo no ramal igual a duas vezes a maiordimensão da caixa (ou armário) de distribuição e no seu exterior, a fim de possibilitar a ligação àsbases de fusíveis correspondentes, pelos serviços competentes da EEM (DSTD), acompanhadospelo instalador conforme acordo prévio.

3.1.2.3 Execução de caixas (ou armários) de distribuição ou de portinholas

No caso de necessidade de colocação de caixa (ou armário) de distribuição, ou deportinhola, as condições de execução e prazos serão definidos pelos serviços competentes da EEM

(DSTD), na oportunidade (na Informação sobre a Rede de Distribuição), devendo os trabalhosserem realizados, obrigatoriamente, sem tensão.

3.2 Canalizações aéreas

3.2.1 Apoios

Sempre que o comprimento do ramal seja superior ao vão máximo admissível, énecessária a utilização de apoios.

Observações:

Os apoios devem ser de madeira (pinho tratado ou castanho, devendo possuir asseguintes características mínimas: altura - 8 m; peso - 120 kg; diâmetro à cabeça - 12 cm; diâmetroa 1 metro da base - 17 cm; esforço à cabeça - 174 kg), metálicos (constituídos por tubos em açogalvanizado, com diâmetro interior mínimo de 2,5 pol desde que o seu comprimento não exceda 6m) ou de outros materiais que mereçam o acordo prévio dos serviços competentes da EEM (DSTD).

3.2.2 Última amarração

A última amarração da canalização deve efectuar-se num gancho, localizado nafachada do edifício, no ponto mais favorável à amarração, atendendo ao percurso mais curto.

Observações:

1. Os posteletes só podem ser usados:

a) Como recurso, para garantir a distância regulamentar da canalização ao solo. Estadistância não deve ser inferior a 5 metros, excepto quando: o cabo estiver situado, no todo ou emparte, por cima do terreno do prédio a abastecer, cuja distância poderá reduzir-se a 3 metros; ou nastravessias aéreas de estradas, ruas ou caminhos, públicos ou particulares, com trânsito de veículos,em que a distância não será inferior a 6 metros;

b) Quando localizados no muro de vedação da propriedade, caso em que ficarão,tanto quanto possível, no alinhamento da entrada normal do recinto servido pela instalação deutilização.

c) Em casos devidamente justificados e com o acordo prévio dos SIAM.

2. Os posteletes serão de aço, sob a forma de tubos galvanizados e pintados de corverde-garrafa, com diâmetro interior mínimo de 2,5 pol, não devendo o seu comprimentto exceder 6metros.

3.2.3 Canalização a juzante da última amarração

a) Quando a última amarração é feita num gancho (na fachada do edifício), acanalização deve tomar o traçado mais curto, na forma tensa ou pousada em fachada (excepto navertical à caixa do contador em que pode ser embebido), até passar ao interior do edifício para ligarao aparelho de corte de entrada;

b) Quando a última amarração é feita no apoio localizado no muro de vedação dapropriedade, a canalização deve ser protegida mecânicamente e o traçado, até à origem dainstalação de utilização, deve ser subterrâneo ou embebido.

3.3 Canalizações subterrâneas

As canalizações subterrâneas são sempre entubadas, com origem numa portinhola,numa caixa (ou armário) de distribuição ou num posto de transformação da EEM. Assim, há que terem conta as regras aplicáveis a este tipo de canalização, nomeadamente:

a) A profundidade mínima de enterramento será de 0,70 metros, excepto: nastravessias de estradas, ruas ou caminhos, em que não será inferior a 1 metro; ou nos casosespeciais, quando a dificuldade de execução o justifique, com o devido acordo prévio dos SIAM,em que poderá ser reduzida.

b) As travessias deverão ser realizadas, tanto quanto possível, perpendicularmente aoeixo das vias e a secção recta interior dos tubos não deverá ser inferior a 3 vezes a soma dassecções rectas dos cabos;

c) Sempre que o traçado o justifique, deverão ser previstas câmaras de visitaconvenientemente localizadas e distanciadas, por forma a garantir o fácil enfiamento edesenfiamento dos cabos. O enfiamento dos cabos apenas deverá ser feito depois de concluídos ostrabalhos de construção civil relativos ao estabelecimento das câmaras de visita, que deverão ficarlocalizadas, tanto quanto possível, nas mudanças bruscas de direcção. As regras para a execução dascaixas de visita estão definidas na Norma para a Execução de Infra-estruturas Eléctricas.

3.4 Canalizações aero-subterrâneas

a) As canalizações aero-subterrâneas reduzem-se a simples traçados aéreos esubterrâneos, por meio de uma portinhola, excepto em casos de maior dificuldade que mereçam oacordo prévio da DSTD (fig. 1 e 2);

b) As portinholas devem ser instaladas na zona de transição, sempre que possível,junto à via pública, no muro de vedação do recinto ou na fachada do edifício;

c) Na transição do cabo aéreo para o subterrâneo, os condutores deverão ser dotadosde uma protecção mecânica adequada até uma altura de 2 metros acima do solo e 0,5 metros deprofundidade (tubo PVC, tubo PEAD-Polietileno de Alta Densidade, ou tubo de aço galvanizado).

4. CONTADORES

4.1 Características do local de instalação

4.1.1 Condições gerais

a) Os contadores deverão ser instalados próximo da origem da instalação deutilização ou da origem da entrada e em local adequado;

b) Como locais adequados para a instalação de contadores podem considerar-se osisentos de trepidações anormais e ao abrigo de choques, humidade, vapores corrosivos, poeiras,temperaturas elevadas, etc.;

c) Os contadores deverão ser instalados de modo que o visor não fique a menos de1,0 metro nem a mais de 1,70 metros acima do pavimento, excepto nos casos especiais, quando adificuldade de execução o justifique e com o devido acordo prévio dos SIAM, em que poderá serreduzido;

d) As bases de fixação dos contadores são fixadas por dispositivos de aperto(parafusos) previstos para selagem.

4.1.2 Caso de fornecimentos trifásicos de simples tarifa e monofásicos

4.1.2.1 Instalações de utilização de uso privado, em edifícios colectivos

a) Os contadores deverão ser instalados fora do recinto ocupado pela instalação, depreferência, em conjunto com os contadores relativos às restantes instalações do mesmo andar, ouno vestíbulo de entrada do prédio ou em local próximo, desde que aí se concentrem todos oscontadores das instalações do referido prédio;

b) Os contadores ficarão concentrados, de preferência, em caixa única, dimensionadaem acordo com o número de contadores a instalar prevendo-se uma área de 19 x 27 (comprimento xaltura) cm2 por cada contador monofásico, com uma distância de 14 cm da base de fixação à tampae de 5 cm daquela ao fundo; e de 27 x 38 (comprimento x altura) cm2 por cada contador trifásico,com uma distância de 16 cm da base de fixação à tampa e de 5 cm daquela ao fundo.

4.1.2.2 Instalações de utilização de uso privado, em edifícios unifamiliares

a) Os contadores deverão ser instalados no exterior do prédio, no muro de vedaçãodo recinto ou, na falta deste, na fachada do edifício;

b) Os contadores ficarão em caixa própria, dimensionada para uma área de 19 x 27(comprimento x altura) cm2 para contadores monofásicos e de 27 x 38 (comprimento x altura) cm2para contadores trifásicos.

4.1.2.3 Instalações de utilização recebendo público

a) Os contadores poderão ser instalados no interior do recinto ocupado pelainstalação de utilização, imediatamente a montante do aparelho de corte da entrada;

b) Os contadores ficarão em caixa própria, ou não (neste caso, ficam salientes sobrebase em material isolante, de área igual a 15 x 25 (comprimento x altura) cm2 para os monofásicose 20 x 35 (comprimento x altura) cm2 para os trifásicos, em ambos os casos, as bases distam 5 cmda parede sendo, elas, vedadas lateralmente).

Observações

a) As caixas para os contadores serão embebidas, constituídas por material durável,isolante e, no caso das colocadas em locais expostos, a parte exposta deverá ser resistente à corrosãopelos agentes atmosféricos (C2 e H4) e ter protecção contra as acções mecânicas de médiaintensidade (M4);

b) Para além destas características, as tampas devem possuir visor transparente, quepossibilite a leitura de todos os contadores nelas contidos;

c) A fixação destas tampas é feita por dispositivos de aperto (parafusos), previstospara selagem;

d) Por questões de ordem estética e, no caso das caixas em locais expostos, tambémpara protecção dos contadores à acção dos raios solares, as mesmas devem ser dotadas detampasuplementar, sobreposta e opaca, que abra sem recurso a meios especiais e que possua umdispositivo elástico que a mantenha fechada, quando em repouso;

e) Tratando-se de caixas individuais,

e1) A entrada e saída dos condutores, na caixa, é feita pela parte posterior da faceinferior;

e2) A distância da base de fixação à tampa é de 12,5 cm nas monofásicas e de 14 cmnas trifásicas.

4.1.3 Caso de fornecimentos trifásicos de dupla e tripla tarifas, para potênciascontratadas não superiores a 62,1 kVA (U=230V)

a) Os contadores são instalados no interior do recinto ocupado pela instalação deutilização, imediatamente a montante do aparelho de corte da entrada;

b) Os contadores ficam em caixa própria, ou não,

b1) No primeiro caso,

b11) A caixa é de embeber, constituída por material durável e isolante, dotada de umaúnica tampa opaca que abra sem recurso a meios especiais e que possua um dispositivo elástico quea mantenha fechada, quando em repouso;

b12) A entrada e a saída dos condutores, na caixa, é feita pela parte posterior da faceinferior;

b13) A área é de 45 x 40 (comprimento x altura) cm2 por contador (esta área prevê,também, a colocação do aparelho de corte da entrada), com uma distância de 15 cm da base defixação à tampa e de 12 cm daquela ao fundo.

b2) No segundo caso, ficam salientes sobre base em material isolante, de área igual àdefinida em b13), bem como a sua distância à parede, sendo vedada lateralmente.

4.1.4 Caso de potências contratadas superiores a 50,0 kW (U=230V)

4.1.4.1 Instalação de utilização alimentada em BT

a) Os contadores são instalados no interior do recinto ocupado pela instalação deutilização, a montante do Quadro Geral;

b) Os contadores ficam em caixa própria, juntamente com os transformadores deintensidade de medida (Tis) ou não, e

b1) No primeiro caso,

b11) A caixa respeita as características descritas em b11) de 4.1.3, excepto que pode,também, ser saliente;

b12) Os Tis situam-se na rectaguarda da base de fixação dos contadores;

b13) A área da caixa é de 45 x 40 (comprimento x altura) cm2, com uma distância de16 cm do fundo à base de fixação (este espaço é destinado aos Tis) e de 16 cm desta à tampa.

b2) No segundo caso,

b21) A caixa é de embeber ou saliente, constituída por material durável e isolante,dotada de duas tampas opacas: uma fixa por dispositivos de aperto (parafusos) seláveis(compartimento a ocupar pelos Tis) e outra que abra sem recurso a meios especiais e que possua umdispositivo elástico que a mantenha fechada, quando em repouso (compartimento a ocupar peloscontadores);

b22) Os Tis situam-se em compartimento distinto do dos contadores, mas contíguo aodestes, com uma área de 45 x 40 (comprimento x altura) cm2 e uma distância do fundo à tampa de16 cm;

b23) Os contadores situam-se em compartimento de 45 x 40 (comprimento x altura)cm2, com uma distância de 16 cm da base de fixação à tampa e de 5 cm daquela ao fundo;

c) Os Tis são do tipo de enfiar, pelos que os condutores devem ser interrompidos eligados, por dispositivos de aperto, a barras devidamente dimensionadas, para que seja possível oseu enfiamento.

4.1.4.2 Instalações de utilização alimentadas em MT ou AT

a) Os contadores são instalados em caixa própria, ou não, no interior do recintoocupado pela instalação de utilização, mas no exterior do local, vedado, do transformador depotência, das celas de barramentos, de protecção, e de chegada;

b) Quando os contadores são instalados em caixa própria, esta deve possuir ascaracterísticas descritas em b23) de 4.1.4.1 e quando o não são, obedecem ao descrito em b2) de4.1.3. c) Os Tis são enfiados nos ligadores de saída do (s) transformador (es) de potência,ou então devem ficar conforme descrito em 4.1.4.1.

4.2 Comprimento de cabo, do ramal interrompido, disponível para a ligação doscontadores

4.2.1 Caso de potências contratadas não superiores a 20,7 kVA (U = 230 V)

O ramal penetrará na caixa dos contadores e terá um comprimento livre, nesta, de 30cm, contado acima da base de fixação respectiva, tanto no que respeita à chegada como à saída.

4.2.2 Caso de potências contratadas superiores a 20,7 kVA e não superiores a62,1 kVA (U = 230 V)

O ramal satisfaz ao definido em 4.2.1 e, quando não haja caixa, as pontas do ramalficarão sob a base de fixação.

4.2.3 Caso de potências contratadas superiores a 50,0 kW (U = 230V)

Os cabos de ligação dos Tis aos contadores são fornecidos pelos serviçoscompetentes da EEM (SIAM).

5. APARELHOS DE CORTE DA ENTRADA

5.1 Condições Gerais

5.1.1 Origem de uma instalação de utilização

A origem de uma instalação de utilização corresponde aos ligadores de saída, doaparelho de corte da entrada (ap.c.e.) respectivo ou das barras dos Tis.

5.1.2 Casos em que o ap.c.e. é obrigatório

As entradas são dotadas de um aparelho de corte, instalado no interior do recintoservido pela instalação de utilização pelos serviços competentes da EEM (SIAM), sempre que aspotências contratadas sejam escalonadas.

5.1.3 Constituição do ap.c.e.

O ap.c.e. é constituído por um disjuntor, em geral, não dotado de protecçãodiferencial.

5.2 Localização

5.2.1 Generalidades

Os ap.c.e. são colocados, sempre que possível, junto ao acesso normal do recinto, namesma depêndencia do quadro da entrada e na sua proximidade, em local adequado e de fácilacesso.

5.2.2 Casos de potências contratadas não superiores a 20,7 kVA (U=230 V)

5.2.2.1 Ap.c.e. colocado num compartimento do quadro da entrada

a) Os ap.c.e. podem ser instalados em compartimento próprio, no quadro da entrada,que para o efeito deverá possuir uma área de 10 x 25 (comprimento x altura) cm2 para osmonofásicos e 15 x 25 (comprimento x altura) cm2 para os trifásicos, devendo, em ambos os casos,existir uma distância de 10 cm da base de fixação à tampa e de 5 cm daquela ao fundo;

b) A tampa do compartimento é a mesma do quadro da entrada, devendo abrir semrecurso a meios especiais.

5.2.2.2 Ap.c.e. colocado, isoladamente, em posição saliente

Os ap.c.e. podem ser instalados, isoladamente, em posição saliente sobre uma basede fixação, de área e de distância à parede conforme definidos na alínea a) de 5.2.2.1.

5.2.2.3 Ap.c.e. colocado juntamente com o contador

Quando se tratar de instalações recebendo público, o ap. c. e. pode ficar juntamentecom o contador, a juzante deste, em posição saliente, ou em caixa cuja tampa abra sem recurso ameios especiais, devendo a base de fixação possuir uma área de 22 x 22 cm2 para os monofásicos ede 35 x 35 cm2 para os trifásicos.

5.2.3 Casos de potências contratadas superiores a 20,7 kVA (U = 230 V)

Os ap.c.e. devem ser colocados juntamente com o contador, a juzante deste, emposição saliente ou em caixa de acordo com o referido em 4.1.3.

5.3 Comprimento de cabo, no fim do ramal, disponível para ligação do ap.c.e.

O ramal, assim como o cabo de ligação ao Quadro Geral da instalação (quadro daentrada) terá um comprimento livre, para possibilitar a ligação do ap.c.e, de 30 cm contado acimada base de fixação respectiva. Os condutores emergirão da base de fixação, pela parte inferior.

6. QUADRO DA ENTRADA

6.1 Definição

Entende-se por quadro da entrada o conjunto de equipamentos, convenientementeagrupados, incluindo as suas ligações, estruturas de suporte e invólucro, destinado a proteger(contra as sobreintensidades, as variações de tensão e os contactos indirectos), todos os circuitoseléctricos de uma instalação de utilização.

6.2 Localização

O quadro da entrada é estabelecido dentro do recinto servido pela instalação deutilização, junto ao acesso normal do recinto e o mais próximo possível do local do contador.

6.3 Canalização de alimentação do quadro da entrada

A canalização destinada a alimentar o quadro da entrada deve possuir característicase secção idênticas às do ramal.

7. PROPRIEDADE DOS RAMAIS

Os ramais e seus acessórios fazem parte integrante da rede de distribuição de baixatensão da EEM, enquanto estiverem a ela ligados; mas a partir do momento em que sejamdesligados da rede, passarão a pertencer à instalação de utilização, exceptuando os ligadores,sistema de contagem e limitador de potência.

8. INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

8.1 Condições gerais

8.1.1 Regras para a execução

As instalações provisórias devem obedecer às partes anteriores, em tudo aquilo quenão seja contrariado pelas disposições deste capítulo.

8.1.2 Definição

Entende-se por instalação provisória toda a instalação de utilização de energiaeléctrica destinada a ser utilizada por tempo limitado (a duração deste tipo de instalações devereduzir-se ao estritamento necessário), no fim do qual é desmontada, deslocada ou substituída poroutra definitiva.

8.1.3 Quadro da instalação

As instalações provisórias são alimentadas a partir de um quadro, em materialisolante, de características conformes ao tipo de local em que fica instalado, o qual deve:

a) Estar localizado dentro do recinto servido pela instalação de utilização;

b) Conter as tomadas para alimentação dos diversos aparelhos de utilização erespectivos aparelhos de protecção contra as sobreintensidades, as variações de tensão e oscontactos indirectos (de alta sensibilidade);

c) Conter um ligador de terra, devidamente identificado, ao qual serão ligados oscondutores de protecção da instalação (na impossibilidade, a protecção contra os contactosindirectos será de muito alta sensibilidade).

8.2 Instalações com potências contratadas não superiores a 20,7 kVA (U=230 V)

8.2.1 Instalações de estaleiros de obras

8.2.1.1 Contadores

Os contadores, juntamente com os limitadores de potência, ficam em caixa própriada EEM colocada junto ao ponto de alimentação.

8.2.1.2 Cabo de alimentação

a) O cabo de alimentação terá um comprimento disponível, a montante daamarração, tal que possibilite a ligação à caixa do contador, colocada a uma altura de 2.0 metros dosolo;

b) O cabo de alimentação deve satisfazer os capítulos 2. e 3. da presente norma,excepto a queda de tensão, cujo máximo admissível é de 5%.

8.2.1.3 Ligação do cabo de alimentação à caixa do contador

A ligação do cabo de alimentação à caixa do contador é feita por ficha do tipo CEEde 2 x 32 A caso o fornecimento seja monofásico, ou 4 x 32 A se for trifásico.

8.2.2 Instalações de arraiais

As instalações de arraiais são conforme 8.2.1, excepto a colocação da caixa docontador que ficará a uma altura de 3,0 metros do solo.

8.3 Instalações com potências contratadas superiores a 20,7 kVA e nãosuperiores a 62,1 kVA (U = 230 V)

8.3.1 Instalações de estaleiros de obras

8.3.1.1 Contadores

a) O contador, juntamente com o limitador de potência, fica em local apropriado,dentro do recinto servido pela instalação de utilização, a montante do quadro desta;

b) Por local apropriado entende-se:

b1) Ou uma caixa dotada de uma única tampa opaca, que abra sem recurso a meiosespeciais, constituída por material isolante, de características conformes ao tipo de local em que vaiser instalada (nomeadamente, protecção contra a penetração de líquidos, acções mecânicas epenetração de poeiras), de dimensões 55 x 74 (comprimento x altura) cm2, com uma distância de 18cm da base de fixação à tampa e de 3 cm daquela ao fundo;

b2) Ou uma base de fixação saliente, quando o local for de interior, em materialisolante de 50 x 50 cm2, com uma distância à parede de 12 cm, vedada lateralmente.

8.3.1.2 Cabo de alimentação

O cabo de alimentação deve satisfazer os capítulos 2 e 3 da presente norma, exceptoquanto à queda de tensão, cujo máximo admissível é de 5%.

8.3.2 Instalações de arraiais

As instalações de arraiais são conformes 8.2.2, excepto a ligação do cabo dealimentação á caixa do contador, que é feita por ligadores apropriados, no caso de potênciascontratadas superiores a 41,4 kVA.

8.4 Instalações com potências contratadas superiores a 50,0 kW ( U=230 V)

8.4.1 Instalações de estaleiros de obras

8.4.1.1 Contadores

a) Os contadores (de activa e reactiva), juntamente com os Tis, ficam em localapropriado, dentro do recinto servido pela instalação de utilização, a montante do quadro desta;

b) Por local apropriado, entende-se:

b1) Ou o local definido em b1 de 8.3.1.1, excepto a entrada e a saída dos condutoresna caixa, que é feita na mediana das faces laterais, a 15 cm da base inferior;

b2) Ou o local definido em 4.1.4.2, quando se tratar de instalações alimentadas emMT e AT.

8.4.1.2 Cabo de alimentação

O cabo de alimentação é conforme 8.3.1.2

8.4.2 Instalações de arraiais

8.4.2.1 Contadores

O contador (juntamente com os Tis, ou não), fica em caixa própria da EEM colocadana proximidade do ponto de alimentação (em geral, no interior do P.T.).

8.4.2.2 Cabo de alimentação

O cabo de alimentação deve ser conforme 8.3.1.2.

Exemplos de transição de ramais aéreos para subterrâneos

PCanalização entubada

PCanalização entubada

Portinhola

Caixa de

Visita

Tubo 2m

Canalização entubada

Portinhola

Caixa de

Visita

Canalização entubada

OUTRAS SITUAÇÕES ( EM PLANTA)

MURO

PASSEIO

P CX

P - Portinhola CX - Caixa de visita

MURO

PASSEIO

CX

P

Encastrada no muro