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Braslia, 10 de dezembro de 2010 - Ano XLIII - N 29
NORMAS DE AUDITORIA
DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
PORTARIA-TCU N 280, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2010
SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO Boletim do Tribunal de Contas da Unio
http://www.tcu.gov.br [email protected]
SAFS Lote 1 Anexo I sala 422 - CEP:70042-900 - Braslia - DF
Fones: 3316-7650/3316-7079/3316-7870/3316-7869
Presidente UBIRATAN DINIZ DE AGUIAR
Vice-Presidente BENJAMIN ZYMLER
Ministros
ANTONIO VALMIR CAMPELO BEZERRA
WALTON ALENCAR RODRIGUES
JOO AUGUSTO RIBEIRO NARDES
AROLDO CEDRAZ DE OLIVEIRA
RAIMUNDO CARREIRO SILVA
JOS JORGE DE VASCONCELOS LIMA
JOS MCIO MONTEIRO FILHO
Auditores
AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI
MARCOS BEMQUERER COSTA
ANDR LUS DE CARVALHO
WEDER DE OLIVEIRA
Ministrio Pblico junto ao TCU
Procurador-Geral
LUCAS ROCHA FURTADO
Subprocuradores-Gerais
PAULO SOARES BUGARIN CRISTINA MACHADO DA COSTA E SILVA
Procuradores MARINUS EDUARDO DE VRIES MARSICO
JLIO MARCELO DE OLIVEIRA SERGIO RICARDO COSTA CARIB
SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAO Secretrio-Geral
Fernando Luiz Souza da Eira [email protected]
Boletim do Tribunal de Contas da Unio Especial v. 1, n. 1 (1982) . Braslia : TCU, 1982- .
v.
Irregular. A numerao recomea a cada ano. Continuao de: Boletim Interno [do] Tribunal de Contas da Unio. Edio Especial.
Contedo: Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da Unio
1. Ato administrativo peridico Brasil. I. Brasil. Tribunal de Contas da Unio (TCU).
RESOLUO-TCU N 168, DE 9 DE JANEIRO DE 2004
D nova redao aos arts. 1 e 3
da Resoluo -TCU n 146, de 28
de dezembro de 2001.
PORTARIA - TCU N 1, DE 9 DE JANEIRO DE 2004
Define a lotao das unidades da
Secretaria do Tribunal
PORTARIA - TCU N 2, DE 9 de JANEIRO DE 2004
Dispe sobre a denominao e a
distribuio de funes de
confiana
RESOLUO-TCU N 168, DE 9 DE JANEIRO DE 2004 D nova redao aos arts. 1 e 3 da
Resoluo -TCU n 146, de 28 de
dezembro de 2001.
PORTARIA - TCU N 1, DE 9 DE JANEIRO DE 2004
Define a lotao das unidades da
Secretaria do Tribunal
PORTARIA - TCU N 2, DE 9 de JANEIRO DE 2004
distribuio de funes de
confiana.
ANO XXVII N 01
Braslia, 12 de janeiro de 2004
RESOLUO-TCU N 168, DE 9 DE JANEIRO DE 2004
D nova redao aos arts. 1 e 3
da Resoluo -TCU n 146, de 28
de dezembro de 2001.
PORTARIA - TCU N 1, DE 9 DE JANEIRO DE 2004
Define a lotao das unidades da
Secretaria do Tribunal
PORTARIA - TCU N 2, DE 9 de JANEIRO DE 2004
Dispe sobre a denominao e a
distribuio de funes de
confiana.
Ano XXXVII N 01 Braslia, 12 de janeiro de 2004
http://www.tcu.gov.br/mailto:[email protected]:[email protected]
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
Segedam Secretaria-Geral de Administrao BTCU ESPECIAL Braslia Ano xlii n. 29 10/dez. 2010
\\tcu\_sarq_prod\Sistemas\Btcu (Sede) - \\tcu\_sarq_an\Sistemas\Btcu (Asa Norte) - \\tcu\_tcu_UF\Sistemas\Btcu (Estaduais)
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PORTARIA-TCU N 280, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2010
Aprova as Normas de Auditoria do Tribunal de
Contas da Unio.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO, no uso de suas atribuies
legais e regimentais,
considerando que o Plano Estratgico do Tribunal definiu como objetivos estratgicos
Aperfeioar a estrutura legal e normativa de suporte ao controle externo e Aperfeioar instrumentos de
controle e processos de trabalho;
considerando que a auditoria governamental realizada pelo TCU um elemento primordial
para assegurar e promover o cumprimento do dever de accountability que os administradores pblicos
tm para com a sociedade e o Congresso Nacional;
considerando que a sociedade e os diferentes pblicos com os quais o Tribunal interage
devem ter uma viso clara dos princpios e das normas que formam a base para o desenvolvimento das
atividades de auditoria do TCU; e
considerando a necessidade de estabelecer padres tcnicos e de comportamento desejveis ao
bom exerccio do controle externo da administrao pblica de forma a que os trabalhos sejam realizados
com segurana, qualidade e tecnicamente consistentes, resolve:
Art. 1 Ficam aprovadas, na forma do Anexo desta Portaria, as Normas de Auditoria do
Tribunal de Contas da Unio (NAT), a serem observadas na conduo das fiscalizaes dessa
modalidade.
Pargrafo nico. As normas a que se refere o caput tero aplicao subsidiria nas demais
aes de controle realizadas pelo Tribunal.
Art. 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 3 Fica revogada a Portaria-TCU n 63, 27 de fevereiro de 1996.
UBIRATAN AGUIAR
(Publicada no DOU de 10/12/2010, Seo 1, p. 127)
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
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NORMAS DE AUDITORIA
DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
ANEXO
DA PORTARIA-TCU N 280, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2010
SEGECEX / ADPLAN / DIPRO
DEZEMBRO / 2010
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
Segedam Secretaria-Geral de Administrao BTCU ESPECIAL Braslia Ano xlii n. 29 10/dez. 2010
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PREFCIO
O Tribunal de Contas da Unio (TCU) foi criado em sete de novembro de 1890, norteado pelos
princpios da autonomia, fiscalizao, julgamento e vigilncia, por meio do Decreto 966-A, de iniciativa
do ento ministro da fazenda, Rui Barbosa. A Constituio de 1891, a primeira republicana, ainda por
influncia de Rui Barbosa, institucionalizou definitivamente o TCU como rgo de estatura
constitucional, inscrevendo-o no seu art. 89.
A Constituio de 1988 ampliou substancialmente a jurisdio e a competncia do TCU para, em
auxlio ao Congresso Nacional, exercer a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e
patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade,
legitimidade e economicidade e a fiscalizao da aplicao das subvenes e da renncia de receitas,
estabelecendo, ainda, que qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria tem o dever de prestar contas ao TCU.
Esse mandato constitucional atribui ao TCU a delicada, porm honrosa misso de monitorar as
relaes de accountability que se estabelecem entre os administradores pblicos e o Congresso Nacional
e, em ltima instncia, os cidados que delegam os recursos e poderes para que o Estado execute as aes
que atendam vontade geral de realizao do bem comum. Cabe, pois, ao TCU assegurar que o dinheiro
e os demais recursos pblicos colocados disposio dos gestores sejam usados de maneira adequada e
com bons resultados. Os administradores pblicos, por sua vez, tm a responsabilidade de responder
sociedade e ao Parlamento sobre como os recursos e poderes que lhes foram confiados esto se
traduzindo em aes para concretizar as polticas pblicas aprovadas.
A auditoria governamental realizada pelo TCU um elemento primordial para assegurar e
promover o cumprimento do dever de accountability que os administradores pblicos tm para com a
sociedade e o Parlamento, dado que a Constituio lhe atribuiu a misso explcita de examinar, como
instituio independente de controle, as aes governamentais, cobrar explicaes, impor penalidades e
limites aos agentes estatais quando exercerem atividades imprprias ou em desacordo com as leis e os
princpios de administrao pblica.
nesse contexto que as normas de auditoria do TCU se revelam de fundamental importncia. Elas
constituem-se balizamento para que os auditores federais de controle externo, como profissionais de
avaliao do desempenho e da accountability pblica, orientem sua atuao com vistas ao
aperfeioamento da administrao pblica e conduzam seus trabalhos consubstanciados em padres
tcnicos e de comportamento irrepreensveis, numa perspectiva de melhorar decises e minimizar
possibilidades de eventos que impactem adversamente os interesses da sociedade.
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A atividade de auditoria governamental exercida pelo Tribunal de Contas da Unio se reveste de
um acentuado carter social, portanto, as normas que a regulam tm uma importncia inegvel e a sua
observao interessa no s ao TCU, mas aos auditores e a todos aqueles que so destinatrios dos
resultados de seus trabalhos. Elas representam os requisitos bsicos para assegurar que os auditores sejam
independentes, ntegros, imparciais, objetivos e competentes no desenvolvimento dos trabalhos de
auditoria, de modo que esses alcancem a qualidade mnima necessria para que sejam considerados
irretocveis, no suscitem quaisquer suspeitas e sejam dignos de respeito e confiana.
O Poder Legislativo, as entidades auditadas, a sociedade e os diferentes pblicos que utilizam
informaes e resultados dos trabalhos produzidos no TCU tm necessidade de que eles tenham
credibilidade e devero ter plena garantia da justia e imparcialidade com que foram produzidos. Assim,
estas normas trazem exigncias mnimas para prevenir deficincias na conduta profissional ou tica dos
auditores, que possam prejudicar a reputao de qualidade e de validade de seu trabalho de auditoria, a
imagem de integridade dos auditores e da prpria entidade que eles representam, o TCU.
O TCU cr, firmemente, no empenho de seu corpo tcnico a no se limitar ao cumprimento das
exigncias mnimas requeridas por estas normas, as quais representam apenas a base de uma postura
profissional aceitvel, mas que, imbudos de seu caracterstico desejo de melhor servir ao interesse
pblico, os auditores federais de controle externo envidaro esforos para fazer a coisa certa segundo as
circunstncias de cada fato ou situao, buscando oportunidades de trabalhar mais intensamente, quando e
onde apropriado, para obter competncia, manter sua independncia, avaliar objetivamente os fatos para
conduzir a julgamentos precisos e imparciais.
Braslia-DF, Dezembro de 2010.
UBIRATAN AGUIAR
Presidente do Tribunal de Contas da Unio
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SUMRIO
INTRODUO ............................................................................................................................................ 9
BASES CONCEITUAIS .............................................................................................................................. 11
ACCOUNTABILITY ................................................................................................................................ 11
AUDITORIA GOVERNAMENTAL ............................................................................................................ 12
CLASSIFICAO DAS AUDITORIAS .................................................................................................. 14
OBJETIVO ................................................................................................................................................ 16
REFERNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................................. 16
APLICABILIDADE .................................................................................................................................... 17
APLICAO CONJUNTA COM OUTRAS NORMAS PROFISSIONAIS ............................................................ 17
ARTICULAO E COOPERAO COM OUTRAS INSTITUIES ................................................................ 18
ESTRUTURA DAS NORMAS DE AUDITORIA ............................................................................................ 19
CAPTULO 1 - PRECEITOS BSICOS DO CONTROLE EXTERNO .............................................................. 20
PODERES DO CONTROLE EXTERNO .................................................................................................... 20
PODER DE FISCALIZAO ............................................................................................................... 20
PODER JUDICANTE .......................................................................................................................... 20
PODER NORMATIVO ........................................................................................................................ 21
INDEPENDNCIA E AUTONOMIA ......................................................................................................... 22
INDEPENDNCIA DOS MEMBROS ........................................................................................................ 23
RELAES COM O PARLAMENTO, COM A ADMINISTRAO E COM O CONTROLE INTERNO ............. 23
NATUREZA DO CONTROLE E SEUS REQUISITOS BSICOS .................................................................. 23
CAPTULO 2 - NORMAS GERAIS ............................................................................................................. 26
PRINCPIOS TICOS ............................................................................................................................. 26
INTERESSE PBLICO, PRESERVAO E DEFESA DO PATRIMNIO PBLICO .................................. 26
INTEGRIDADE .................................................................................................................................. 27
INDEPENDNCIA, OBJETIVIDADE E IMPARCIALIDADE ................................................................... 27
USO DO CARGO, DE INFORMAES E DE RECURSOS PBLICOS ...................................................... 28
NORMAS GERAIS RELATIVAS AO TRIBUNAL ...................................................................................... 28
MANUTENO DE INDEPENDNCIA, OBJETIVIDADE E IMPARCIALIDADE ...................................... 28
COMPROMISSO COM A COMPETNCIA............................................................................................. 28
UTILIZAO DE JULGAMENTO PROFISSIONAL ................................................................................ 29
CONTROLE E GARANTIA DE QUALIDADE ........................................................................................ 29
NORMAS GERAIS RELATIVAS PESSOA DO AUDITOR ....................................................................... 29
CAUTELA, ZELO E JULGAMENTO PROFISSIONAL............................................................................. 29
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COMPETNCIA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL .................................................................... 29
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL E CORTESIA .............................................................................. 30
CONFLITOS DE INTERESSES ............................................................................................................. 30
SIGILO PROFISSIONAL ..................................................................................................................... 31
CAPTULO 3 - NORMAS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO E EXECUO ............................................. 32
PLANEJAMENTO GERAL DAS AUDITORIAS DO TCU ........................................................................... 32
PROPOSIO DE AUDITORIAS ............................................................................................................. 33
OBJETIVOS DA AUDITORIA .............................................................................................................. 33
ALOCAO DE RECURSOS AO TRABALHO DE AUDITORIA .............................................................. 33
IDENTIFICAO E AVALIAO DE OBJETIVOS, RISCOS E CONTROLES ........................................... 33
SUPERVISO, REVISO E COMUNICAO ........................................................................................... 34
SUPERVISO .................................................................................................................................... 34
REVISO .......................................................................................................................................... 35
COMUNICAO ENTRE EQUIPE DE AUDITORIA E SUPERVISOR ....................................................... 35
COMUNICAO COM O AUDITADO E REQUISIES DE DOCUMENTOS E INFORMAES ................ 36
PLANEJAMENTO E EXECUO DE AUDITORIAS .................................................................................. 37
CREDENCIAMENTO E PRERROGATIVAS DO AUDITOR EM AUDITORIAS ........................................... 37
CONSTRUO DA VISO GERAL DO OBJETO ................................................................................... 37
ESCOPO DA AUDITORIA ................................................................................................................... 38
PROGRAMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ............................................................................ 39
DESENVOLVIMENTO DOS ACHADOS ................................................................................................ 40
EVIDNCIAS ..................................................................................................................................... 42
PAPIS DE TRABALHO ..................................................................................................................... 43
UTILIZAO DO TRABALHO DE TERCEIROS .................................................................................... 45
CAPTULO 4 - NORMAS RELATIVAS COMUNICAO DE RESULTADOS .............................................. 46
RELATRIO DE AUDITORIA ................................................................................................................ 46
ESTRUTURA E CONTEDO DOS RELATRIOS .................................................................................. 46
REQUISITOS DE QUALIDADE DOS RELATRIOS ............................................................................... 47
DECLARAO DE CONFORMIDADE COM AS NAT .......................................................................... 49
OBJETIVOS DA AUDITORIA, ESCOPO, METODOLOGIA E LIMITAES ............................................. 49
DESCRIO DA VISO GERAL DO OBJETO ...................................................................................... 50
APRESENTAO DOS ACHADOS ...................................................................................................... 50
ESCLARECIMENTOS DE RESPONSVEIS ........................................................................................... 52
COMENTRIOS DOS GESTORES ........................................................................................................ 52
RELATO DE INFORMAES CONFIDENCIAIS OU SENSVEIS ............................................................ 53
CRITRIOS PARA TRATAMENTO DE CONTEDOS EM ANEXOS ........................................................ 53
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BENEFCIOS ESTIMADOS OU ESPERADOS E VOLUME DE RECURSOS FISCALIZADOS ....................... 53
CONCLUSES ................................................................................................................................... 54
PROPOSTAS DE ENCAMINHAMENTO ................................................................................................ 55
MONITORAMENTO DE DELIBERAES ............................................................................................ 56
DISTRIBUIO DE RELATRIOS ...................................................................................................... 56
CRITRIOS PARA DIVULGAO DE RESULTADOS DE AUDITORIAS ................................................. 56
GLOSSRIO ............................................................................................................................................. 57
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LISTAS DE SIGLAS
ANAO Australian National Audit Office
Bacen Banco Central do Brasil
CESTCU Cdigo de tica dos Servidores do Tribunal de Contas da Unio
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CGU Controladoria-Geral da Unio
CVM Comisso de Valores Mobilirios
EFS Entidade de Fiscalizao Superior
GAO Government Accountability Office
Ibracon Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
IFAC International Federation of Accountants
IIA Institute of Internal Auditors
IIA/Audibra Instituto dos Auditores Internos do Brasil
Intosai Organizao Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores
ISSAI Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalizao Superior
NAT Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da Unio
OAG Escritrio do Auditor-Geral do Canad
Segecex Secretria-Geral de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio
Susep Superintendncia de Seguros Privados
TCU Tribunal de Contas da Unio
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INTRODUO
A administrao pblica est vinculada ao cumprimento da lei e ao atendimento do interesse
pblico, objetivos maiores do Estado de direito. Para que isso acontea, necessrio que o prprio Estado
estabelea mecanismos para impor e verificar o cumprimento de seus objetivos. Surge da a noo de
controle da administrao pblica. Uma funo prpria e uma prerrogativa dos Estados de direito, cuja
finalidade assegurar que a estrutura formal criada para concretizar os objetivos do Estado, no interesse
do bem comum, atue de acordo com o conjunto de princpios e normas que compem o ordenamento
jurdico.
O controle da administrao pblica um poder-dever dos rgos aos quais a Constituio e as
leis atribuem essa funo, tendo o Tribunal de Contas da Unio recebido uma parcela significativa dessa
responsabilidade diretamente da Constituio, que prescreve a fiscalizao como o instrumento para
efetiv-lo.
Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da
Unio e das entidades da administrao direta e indireta ser exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
O controle externo exercido mediante a fiscalizao do TCU realiza-se, predominantemente, por
meio de auditorias e inspees de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial,
conforme prev o inciso IV do art. 71 da Constituio, impondo-se a necessidade de realiz-las segundo
normas tcnicas apropriadas, desenvolvidas de acordo com padres reconhecidos internacionalmente, a
exemplo das Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalizao Superior (ISSAI), da
Organizao Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai), e com as melhores prticas
desenvolvidas por outras instituies superiores de controle de reconhecida experincia.
As normas de auditoria do Tribunal de Contas da Unio (NAT) foram desenvolvidas tendo por
base o arcabouo normativo da instituio (Constituio, Lei Orgnica, Regimento Interno, Cdigo de
tica dos Servidores do TCU, resolues e instrues normativas do TCU), a experincia acumulada, as
normas de auditoria de fontes internacionais, especialmente as ISSAI, da Intosai, bem como as normas
das entidades de auditoria e controle governamental visitadas no mbito do programa de benchmarking
realizado pelo TCU, em 2004, dentre as quais o IFAC, o IIA, o GAO, o ANAO e as entidades de
fiscalizao superior da Alemanha, Itlia, Frana, Espanha, Blgica e Holanda.
Estas normas justificam-se como instrumento para:
dar credibilidade e assegurar qualidade s auditorias, segundo normas geralmente aceitas;
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salvaguardar a responsabilidade dos auditores quando executarem seus trabalhos de acordo
com elas.
Nestas normas, os termos auditor, auditores e equipe de auditoria so utilizados tanto para declarar
um atributo profissional individualmente esperado, como para tratar de responsabilidades coletivas no
mbito de um trabalho. As referncias devem ser interpretadas no contexto aplicvel, de modo a no
excluir deveres e responsabilidades, atitudes e comportamentos pessoais esperados dos auditores.
Embora os termos rgo e entidade sejam tradicionalmente utilizados no setor pblico brasileiro
para diferenciar organizaes pertencentes administrao direta e indireta, respectivamente; nestas
normas, em muitos casos, utiliza-se apenas o termo entidade para se referir organizao auditada, seja
ela um programa, uma ao ou atividade governamental da administrao direta ou indireta.
Estas normas empregam termos aos quais foram atribudos significados especficos, esses termos
esto definidos no Glossrio de Termos do Controle Externo, que embora componha anexo delas e deva
ser utilizado em conjunto, constitui documento autnomo, atualizvel separadamente.
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BASES CONCEITUAIS
ACCOUNTABILITY
As normas de auditoria da Intosai conceituam a accountability1 pblica como a obrigao que tm
as pessoas ou entidades s quais se tenham confiado recursos, includas as empresas e corporaes
pblicas, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programtica que lhes foram
conferidas, e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, como obrigao imposta,
a uma pessoa ou entidade auditada, de demonstrar que administrou ou controlou os recursos que lhe
foram confiados em conformidade com os termos segundo os quais lhe foram entregues.
Esse conceito de accountability fundamental para a compreenso da prtica da boa governana e
da auditoria governamental. Ele envolve, no contexto das relaes que se estabelecem entre os
administradores pblicos, o Parlamento e a sociedade, pelo menos trs dimenses informao,
justificao e sano como formas bsicas pelas quais se pode prevenir o abuso de poder.
A sociedade, que delega os recursos e poderes para que o Estado execute as aes de realizao do
bem comum, o Parlamento, que a representa, e outros agentes pblicos e privados no podem prescindir
de informao, necessria para aferir se tais recursos e poderes esto sendo usados em conformidade com
os princpios de administrao pblica, as leis e os regulamentos aplicveis, exigindo-se, pois, que a
utilizao desses recursos e o exerccio desses poderes ocorram de forma transparente.
A delegao de recursos e poderes recebida da sociedade, por intermdio do Parlamento, implica,
por parte do gestor pblico, a obrigao constante de prestao de contas quanto ao alinhamento de suas
aes s diretrizes fixadas pelo poder pblico e, portanto, a obrigao de informar deve estar associada
obrigao de que os atos sejam devidamente justificados.
Alm de informar e justificar, a relao de accountability envolve ainda a dimenso relativa aos
elementos que obrigam ao cumprimento da lei, sujeitando o abuso de poder e a negligncia no uso dos
recursos pblicos ao exerccio das sanes legais.
A misso institucional do TCU, de assegurar a efetiva e regular gesto dos recursos pblicos em
benefcio da sociedade, o coloca na posio de rgo de controle externo das relaes de accountability
que se estabelecem entre os administradores pblicos, o Parlamento e a sociedade, e, para bem
desincumbir-se dessa misso, o Tribunal propugna que todos os agentes de rgos, entidades, programas
1 O termo accountability, que no possui traduo precisa para o nosso idioma, representa, segundo definio extrada do
Manual de Auditoria Integrada do Escritrio do Auditor-Geral do Canad (OAG), a obrigao de responder por uma responsabilidade outorgada. Pressupe a existncia de pelo menos duas partes: uma que delega a responsabilidade e outra que a aceita, mediante o compromisso de prestar contas sobre como essa responsabilidade foi cumprida. O termo sintetiza a preservao dos interesses dos cidados por meio da transparncia, responsabilizao e prestao de contas pela administrao pblica.
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e fundos pblicos devem contribuir para aumentar a confiana sobre a forma como so geridos os
recursos colocados sua disposio, reduzindo a incerteza dos membros da sociedade sobre o que
acontece no interior da administrao pblica.
A auditoria, no contexto da accountability, conforme o conceito desenvolvido pelo Escritrio do
Auditor-Geral do Canad (OAG) a ao independente de um terceiro sobre uma relao de
accountability, objetivando expressar uma opinio ou emitir comentrios e sugestes sobre como essa
relao est sendo obedecida.
A ao independente exercida pelo TCU, por meio de auditorias, de estmulo transparncia da
gesto e de outras aes de controle externo, incluindo a aplicao de sanes, constitui-se instrumento da
governana pblica cujo objetivo, ao final, assegurar a accountability pblica, contribuindo para reduzir
as incertezas sobre o que ocorre no interior da administrao pblica, fornecendo sociedade e ao
Congresso Nacional uma razovel segurana de que os recursos e poderes delegados aos administradores
pblicos esto sendo geridos mediante aes e estratgias adequadas para alcanar os objetivos
estabelecidos pelo poder pblico, de modo transparente, em conformidade com os princpios de
administrao pblica, as leis e os regulamentos aplicveis.
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
O conceito de auditoria no tem sido unnime ou esttico no decorrer do tempo, embora algumas
definies conhecidas tenham uma aceitao relativamente generalizada. Esse conceito tem evoludo,
refletindo no s as mutaes ocorridas no desenvolvimento das organizaes e na ponderao dos
interesses de partes envolvidas, mas tambm nos objetivos cada vez mais amplos que tm sido
estabelecidos para os trabalhos de auditoria.
Se inicialmente era voltada para a descoberta de erros e fraudes, a auditoria evoluiu para outros
domnios, assumindo formas especficas e especializadas, passando no s a focar sobre os fatos j
passados, mas tambm a ter uma funo preventiva e orientadora, mais consentnea com uma viso
prospectiva de contribuir para o alcance de objetivos e para a melhoria do desempenho da administrao
pblica.
legtima a preocupao de dar auditoria um conceito que tenha aceitao generalizada, e isso
especialmente relevante num documento de normas de auditoria, ainda que esse conceito esteja sujeito a
mutaes, e consequentemente, a revises com o passar do tempo. Ele serve de base no apenas para
expressar a natureza do trabalho desenvolvido pelos auditores, mas tambm para, em conjunto com o
conceito de accountability pblica e com os preceitos bsicos do controle externo, estabelecer o contexto,
as condies e a amplitude de seu campo de atuao.
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Um conceito de auditoria geralmente aceito, devido sua amplitude, o que a define como o
exame independente e objetivo de uma situao ou condio, em confronto com um critrio ou padro
preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito para um destinatrio predeterminado.
Todavia, existem diversos conceitos formulados sob a diversidade de perspectivas da atividade de
auditoria que, dada a sua importncia histrica e legitimidade nos contextos em que foram formulados,
devem ser registrados, antes de se sintetizar um conceito geral.
Menciona-se, primeiramente, o conceito da Intosai, inserido no seu glossrio:
Auditoria o exame das operaes, atividades e sistemas de determinada entidade, com vista a
verificar se so executados ou funcionam em conformidade com determinados objetivos, oramentos,
regras e normas.
A IFAC conceituou auditoria da seguinte maneira:
Auditoria uma verificao ou exame feito por um auditor dos documentos de prestao de contas
com o objetivo de habilit-lo a expressar uma opinio sobre os referidos documentos de modo a dar
aos mesmos a maior credibilidade.
Considerando a natureza geral destas normas e sem abandonar, mas considerando incorporados os
conceitos antes expostos, sintetiza-se o seguinte conceito geral de auditoria:
Auditoria o processo sistemtico, documentado e independente de se avaliar objetivamente
uma situao ou condio para determinar a extenso na qual critrios so atendidos, obter
evidncias quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliao a um destinatrio
predeterminado.
Esse conceito traz explcita a noo de que a auditoria um processo e, como tal, um conjunto
de atividades, funes e tarefas identificadas, que ocorrem em um perodo de tempo e produzem
determinado resultado. Adicionalmente, por meio das principais caractersticas gerais, descreve o cerne
da atividade de auditoria, permitindo que suas partes possam ser exploradas para uma melhor
compreenso do conceito geral, como abordado nos subitens seguintes.
Processo sistemtico: a auditoria um processo de trabalho planejado e metdico, pautado em
avaliaes e finalizado com a comunicao de seus resultados.
Processo documentado: o processo de auditoria deve ser fundado em documentos e padronizado
por meio de procedimentos especficos, de modo a assegurar a sua reviso e a manuteno das evidncias
obtidas. Isso implica que a entidade de auditoria deve formalizar um mtodo para executar suas
auditorias, estabelecendo os padres que elas devero observar, incluindo regras claras quanto
documentao.
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Processo independente: a auditoria deve ser realizada por pessoas com independncia em relao
s organizaes, aos programas, aos processos, s atividades, aos sistemas e aos objetos examinados para
assegurar a objetividade e a imparcialidade dos julgamentos.
Avaliao objetiva: os fatos devem ser avaliados com a mente livre de vieses. A avaliao objetiva
leva a julgamentos imparciais, estritamente adequados s circunstncias, precisos e refletem na confiana
no trabalho do auditor.
Situao ou condio: o estado ou a situao existente do objeto da auditoria, encontrado pelo
auditor durante a execuo do trabalho de auditoria.
Critrio: referencial a partir do qual o auditor faz seus julgamentos em relao situao ou
condio existente. Reflete com deveria ser a gesto. A eventual discrepncia entre a situao existente e
o critrio originar o achado de auditoria.
Evidncias: elementos de comprovao da discrepncia (ou no) entre a situao ou condio
encontrada e o critrio de auditoria.
Relato de resultados: os resultados de uma avaliao de auditoria so relatados a um destinatrio
predeterminado, que normalmente no seja a parte responsvel, por meio de um relatrio, instrumento
formal e tcnico no qual o auditor comunica o objetivo, o escopo, a extenso e as limitaes do trabalho,
os achados de auditoria, as avaliaes, opinies e concluses, conforme o caso, e encaminha suas
propostas.
CLASSIFICAO DAS AUDITORIAS
Quanto natureza, as auditorias classificam-se em:
Auditorias de regularidade que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de
gesto dos responsveis sujeitos jurisdio do Tribunal, quanto aos aspectos contbil,
financeiro, oramentrio e patrimonial. Compem as auditorias de regularidade as auditorias
de conformidade e as auditorias contbeis.
Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficincia, eficcia e
efetividade de organizaes, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeioamento da gesto pblica.
O sistema de contabilidade pblica brasileiro incorpora, alm do prprio sistema contbil, os
sistemas oramentrio, financeiro e patrimonial, desse modo, considera-se tambm auditoria contbil a
realizada sobre as demonstraes contbeis, oramentrias, financeiras e patrimoniais produzidas pela
administrao de entidades pblicas, a partir desses sistemas e dos respectivos lanamentos neles
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realizados, mediante tcnica contbil, bem como sobre a documentao e os registros que lhes do
suporte.
A classificao das auditorias como de regularidade ou operacional depender do objetivo
prevalecente em cada trabalho de auditoria, j que elas constituem parte de um mesmo todo da auditoria
governamental e s vezes integram o escopo de um mesmo trabalho de auditoria.
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OBJETIVO
1. As Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da Unio (NAT) tm por objetivo a obteno de
qualidade e a garantia de atuao suficiente e tecnicamente consistente do auditor na conduo dos
trabalhos de auditoria. As NAT tm por finalidades:
1.1. estabelecer padres tcnicos e de comportamento para o alcance e a manuteno de uma
situao individual e coletivamente desejvel ao bom exerccio do controle externo da
administrao pblica, executado por meio de auditorias, de modo a oferecer uma razovel
segurana quanto obteno de qualidade na conduo dos trabalhos e de atuao suficiente e
tecnicamente consistente do auditor no desenvolvimento de achados, avaliaes e opinies
destinadas aos seus usurios, bem como das correspondentes concluses e propostas de
encaminhamento;
1.2. manter consistncia metodolgica no exerccio da atividade, incluindo o fornecimento de bases
para o estabelecimento de padres, procedimentos e prticas a serem seguidos na realizao de
auditorias e a padronizao de termos tcnicos empregados, de modo a assegurar qualidade e
servir de base para a avaliao dos trabalhos;
1.3. promover o aprimoramento profissional e auxiliar os auditores no que diz respeito qualidade
dos exames, formao de sua opinio e elaborao de seus relatrios, especialmente nos
casos em que no existam normas especficas aplicveis, possibilitando a realizao de
trabalhos com segurana e qualidade, dignos de respeito e credibilidade;
1.4. fornecer sociedade e aos diferentes pblicos com os quais o Tribunal interage uma viso clara
dos princpios e das normas que formam a base para o desenvolvimento das atividades de
auditoria do TCU.
REFERNCIAS NORMATIVAS
2. As normas relacionadas a seguir contm disposies que, mesmo no citadas neste texto, constituem
prescries para estas normas:
Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988.
Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio Lei 8.443, de 1992.
Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio Resoluo TCU 155, de 2002.
Cdigo de tica dos Servidores do Tribunal de Contas da Unio Resoluo TCU 226, de
2009.
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APLICABILIDADE
3. As NAT so endereadas aos Auditores Federais de Controle Externo do Tribunal de Contas da
Unio, para assegurar que esses sejam independentes, ntegros, imparciais, objetivos e competentes
no desenvolvimento dos seus trabalhos de auditoria. Quando estas normas enderearem o Tribunal de
Contas da Unio, deve-se entender que esto se referindo, tambm, s unidades de sua secretaria que,
direta ou indiretamente, tenham a responsabilidade de contribuir, assegurar ou criar as condies para
a sua aplicao, de modo que os trabalhos desenvolvidos alcancem a qualidade necessria a fim de
que sejam considerados irretocveis e dignos de respeito e confiana pblica.
4. As NAT tm natureza tcnica, e no jurdica, geral, e no especfica, e so aplicveis a todos os
aspectos da funo auditoria e abrangem todos os tipos de trabalho dessa funo. Apesar de sua
natureza tcnica, estas normas se harmonizam com as normas jurdicas mencionadas nas referncias
normativas deste documento, que lhes constituem prescries, formando um sistema coerente,
objetivo e legtimo, livre de conflitos de competncia.
5. Normas de natureza especfica, relativas a determinados tipos de trabalho ou a aspectos particulares
da organizao e conduo dos servios de auditoria, complementam estas normas e so tratadas em
manuais, padres, diretrizes e orientaes aprovadas pela Presidncia ou pela Secretaria-Geral de
Controle Externo do TCU.
6. Por ser o TCU uma EFS com funes mais abrangentes do que o mandato relativo s auditorias, as
NAT no abrangem todas as normas relativas ao controle externo que o Tribunal executa em auxlio
ao Congresso Nacional. Assim, em relao s demais aes de controle elas tm aplicao
subsidiria, devendo os auditores observar as normas de controle externo dispostas na Constituio,
na Lei Orgnica, no Regimento Interno e nas resolues, portarias, instrues e decises normativas
do prprio TCU, expedidas ao amparo do poder regulamentar que o assiste para expedir atos e
instrues normativas sobre matria de suas atribuies e sobre a organizao de processos que lhe
devam ser submetidos.
APLICAO CONJUNTA COM OUTRAS NORMAS PROFISSIONAIS
7. As Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalizao Superior (ISSAI), da
Organizao Internacional de entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai), so aplicveis em
complemento s NAT, ou s suas normas complementares, especialmente nas situaes em que o
assunto no for explicitamente tratado nas NAT, e desde que compatveis com as atribuies
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constitucionais e legais do TCU, com o ordenamento jurdico ptrio e com as disposies e a lgica
destas normas.
8. As normas de auditoria emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pela Comisso de
Valores Mobilirios (CVM), pelo Banco Central do Brasil (Bacen), pela Superintendncia de
Seguros Privados (Susep) e os pronunciamentos tcnicos do Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (Ibracon) so aplicveis em conjunto com as NAT, nas auditorias de demonstraes contbeis
ou em outros trabalhos regulados por essas fontes normativas, no que couber.
9. Outras normas profissionais, como as emitidas pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil
(IIA/Audibra) ou de outras organizaes tcnico-profissionais voltadas para auditorias, percias e
outros trabalhos em reas ou objetos especficos, podem ser aplicadas conjuntamente com as NAT (e
suas normas complementares), prevalecendo essas ltimas quando houver algum grau de
incompatibilidade.
ARTICULAO E COOPERAO COM OUTRAS INSTITUIES
10. A articulao de esforos mediante o estabelecimento de compromissos e de aes conjuntas com
outros rgos de fiscalizao e controle, com o objetivo de viabilizar o apoio s fiscalizaes das
instituies envolvidas, se nortear pela confiana, bem como pelo respeito independncia de cada
uma, sem, contudo, excluir a aplicao destas normas.
11. Na realizao de auditorias conjuntas ou simultneas acerca de um objeto comum, executadas no
mbito de acordos de cooperao ou instrumentos congneres com outros rgos de fiscalizao e
controle, o intercmbio de informaes ou de documentos objetivar a supresso de lacunas e a
eliminao de duplicao de esforos; limitar-se- pela competncia das entidades participantes e
observar o disposto em normativos especficos do TCU que tratam da matria.
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ESTRUTURA DAS NORMAS DE AUDITORIA
12. As NAT apresentam-se estruturadas em quatro grupos, descritos nos itens seguintes.
I. Preceitos Bsicos do Controle Externo
12.1. Constituem os pressupostos fundamentais, princpios e requisitos lgicos que formam a base
para o desenvolvimento das NAT; descrevem o contexto e as condies de atuao do TCU,
ajudando o auditor a tambm determinar o escopo e a amplitude de sua atuao. A explicitao
desses preceitos visa ainda a demonstrar a aderncia do modelo de controle externo exercido
pelo Tribunal s Diretrizes para Preceitos de Auditoria da Intosai.
II. Normas Gerais
12.2. Estabelecem os princpios e regras fundamentais para que o auditor e o Tribunal possam
desempenhar sua misso com tica e competncia. O enfoque dessas normas dirigido tanto
para determinados requisitos que devem ser assegurados pela instituio, como para a atitude e
os aspectos comportamentais do auditor.
III. Normas relativas ao Planejamento e Execuo
12.3. Estabelecem os critrios gerais e procedimentos bsicos que o auditor deve seguir para que sua
atuao seja objetiva, sistemtica e equilibrada, na obteno das informaes e evidncias que
sustentaro suas avaliaes, opinies e concluses, e que fundamentaro suas propostas de
encaminhamento. O enfoque dessas normas o planejamento e a execuo das atividades que
visam a alcanar um determinado resultado do trabalho de auditoria, bem como o
gerenciamento dessas atividades.
12.4. Esse grupo de normas relaciona-se com os preceitos bsicos do controle externo e com as
normas gerais, que lhes fornecem os princpios e requisitos e tambm com as normas relativas
comunicao de resultados, uma vez que os produtos dessas fases constituem a principal fonte
para o contedo dos relatrios e para fundamentao das propostas.
IV. Normas relativas Comunicao de Resultados
12.5. Tratam da forma, do contedo, dos atributos e dos requisitos dos relatrios de auditoria, ou
seja, das formas como o auditor deve expressar e comunicar as opinies e concluses dos
trabalhos de auditoria e encaminhar suas propostas.
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CAPTULO 1 - PRECEITOS BSICOS DO CONTROLE EXTERNO
13. Os preceitos bsicos do controle externo contidos neste captulo constituem os pressupostos
fundamentais, princpios e requisitos lgicos que formam a base para o desenvolvimento das Normas
de Auditoria do TCU. Descrevem o contexto e as condies de atuao do TCU, ajudando o auditor a
tambm determinar o escopo e a amplitude de seu campo de atuao, de modo aderente a esse
contexto e a essas condies.
PODERES DO CONTROLE EXTERNO
14. As regras constitucionais sobre controle externo no Brasil esto disciplinadas nos artigos 70 a 75 da
CF/88, no captulo do Poder Legislativo, dentro do ttulo Da Organizao dos Poderes. Esse
posicionamento indica que o controle externo da administrao pblica uma funo precpua do
Poder Legislativo que, no nvel federal, exercido pelo Congresso Nacional, com o auxlio do TCU,
que, para isso, conta com poder de fiscalizao amplo e judicante sobre as contas dos administradores
e responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos.
PODER DE FISCALIZAO
14.1. Constituio Federal:
Art. 71.[...]
II Realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, de
comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira,
oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judicirio e demais entidades referidas no inciso II.
PODER JUDICANTE
14.2. Constituio Federal:
Art. 71.[...]
II Julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e
valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades
institudas e mantidas pelo poder pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico.
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14.3. Em decorrncia do Poder Judicante, o TCU tem jurisdio prpria e privativa, em todo o
territrio nacional, sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia, abrangendo (art. 73,
da CF/88 e art. 4 e 5 da Lei Orgnica do TCU):
I - qualquer pessoa fsica, rgo ou entidade a que se refere o inciso I do art. 1 desta Lei,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou
pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta assuma obrigaes de natureza
pecuniria;
II - aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano
ao Errio;
III - os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob interveno ou que de
qualquer modo venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patrimnio da Unio
ou de outra entidade pblica federal;
IV - os responsveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
V - os responsveis por entidades dotadas de personalidade jurdica de direito privado que
recebam contribuies parafiscais e prestem servio de interesse pblico ou social;
VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua
fiscalizao por expressa disposio de Lei;
VII - os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante
convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal
ou a Municpio;
VIII - os sucessores dos administradores e responsveis a que se refere este artigo, at o
limite do valor do patrimnio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5 da
Constituio Federal;
IX - os representantes da Unio ou do Poder Pblico na assembleia geral das empresas
estatais e sociedades annimas de cujo capital a Unio ou o Poder Pblico participem,
solidariamente, com os membros dos conselhos fiscal e de administrao, pela prtica de
atos de gesto ruinosa ou liberalidade custa das respectivas sociedades.
PODER NORMATIVO
14.4. Lei Orgnica do TCU:
Art. 3 Ao Tribunal de Contas da Unio, no mbito de sua competncia e jurisdio, assiste
o poder regulamentar, podendo, em consequncia, expedir atos e instrues normativas
sobre matria de suas atribuies e sobre a organizao dos processos que lhe devam ser
submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade.
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INDEPENDNCIA E AUTONOMIA
15. O termo auxlio, disposto no caput do artigo 71 da Constituio, no representa subordinao
hierrquica do Tribunal em relao ao Congresso Nacional. A funo de controle atribuda
diretamente pela Constituio, cujas disposies deixam inequvoco que se trata de um controle
externo e independente. O TCU exerce competncias prprias, independentes das funes do
Congresso Nacional, e de suas decises no cabem recursos ao Congresso Nacional ou a outros
Poderes, se no no seu prprio mbito.
16. A independncia e autonomia do TCU tambm esto implcitas nas disposies constitucionais que
lhe asseguram a iniciativa exclusiva de projetos de lei para propor alteraes e revogaes de
dispositivos da sua Lei Orgnica, bem como para dispor sobre o seu quadro de pessoal e a
remunerao de seus membros. No cabe, pois ao Legislativo ou ao Executivo a iniciativa de
propostas tendentes a alterar a Lei Orgnica do TCU, sob pena de vcio de iniciativa. Uma slida
garantia constitucional de independncia e autonomia.
17. A independncia do TCU se completa pela capacidade de que lhe dotou a Constituio de se
autogovernar, de estabelecer, segundo seus prprios desgnios, seu regimento e sua organizao
internos, a competncia e o funcionamento de suas unidades, prover e gerir seu quadro de servidores,
observadas apenas as diretrizes genricas previstas na legislao.
18. A autonomia administrativa do TCU decorre do art. 73, da CF/88, que faz remisso, no que couber,
autonomia administrativa do Poder Judicirio, conforme estipulado no art. 96, segundo a qual, as
competncias que compem essa autonomia so de natureza privativa do Tribunal.
19. Complemento importante independncia do TCU a disposio dos recursos financeiros e
oramentrios necessrios ao desempenho de suas atribuies, caracterizada pela existncia de
dotaes prprias na lei oramentria anual, pela elaborao de seu prprio oramento, dentro dos
limites da lei de diretrizes oramentrias, sem a interferncia de terceiros, execuo oramentria e
financeira por unidade de sua prpria estrutura administrativa, pelo recebimento de recursos do
tesouro segundo parmetros no discricionrios e pela no sujeio a limitaes de empenho e
movimentao financeira por outro rgo ou Poder. Segundo a Lei Orgnica do TCU:
Art. 70. Compete ao Presidente do Tribunal de Contas da Unio:
IV diretamente ou por delegao, movimentar as dotaes e os crditos oramentrios
prprios e praticar os atos de administrao financeira, oramentria e patrimonial
necessrios ao funcionamento do Tribunal.
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INDEPENDNCIA DOS MEMBROS
20. Para assegurar a independncia no desenvolvimento de suas funes, os ministros e auditores
substitutos de ministros gozam de garantias previstas na Constituio Federal, de vitaliciedade,
inamovibilidade e irredutibilidade de subsdio, conforme 3 e 4 do art. 73, da CF/88. Alm disso,
a composio colegiada do Tribunal garante a independncia de suas decises.
RELAES COM O PARLAMENTO, COM A ADMINISTRAO E COM O CONTROLE
INTERNO
21. A Constituio garante um elevado grau de independncia e autonomia do TCU ao prever, no art. 71,
IV, a realizao, por iniciativa prpria, de inspees e auditorias de natureza contbil, financeira,
oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judicirio e demais entidades referidas no inciso II do artigo 71. Mesmo quando agindo
como um agente do Parlamento e realizando fiscalizaes para atender as suas solicitaes, o
Tribunal atua resguardando a sua independncia e autonomia.
22. A jurisdio prpria e privativa sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia, conforme
mencionado anteriormente, no significa que tais pessoas, entidades do governo, ou no, tenham
relao de subordinao ao TCU. Particularmente, o governo, os administradores e demais
responsveis so plena e exclusivamente responsveis por suas aes e omisses e no podero
alegar absolvio com base em verificaes realizadas pelo TCU ou em opinies de seu corpo
tcnico, a menos que sobre tais verificaes ou opinies tenham sido emitidos julgamentos
legalmente vlidos e aplicveis nos termos da lei.
23. A Constituio estabelece dois sistemas de controle no mbito da gesto contbil, financeira,
oramentria, operacional e patrimonial da Unio, o externo, exercido pelo Congresso Nacional com
o auxlio do TCU e o interno, no mbito de cada Poder. Embora o controle interno tenha o dever
estabelecido constitucionalmente de apoiar o controle externo, no h relao de hierarquia entre
eles, h complementaridade.
NATUREZA DO CONTROLE E SEUS REQUISITOS BSICOS
24. Por ser uma EFS com mandato constitucional e legal mais abrangente do que a competncia para
realizar auditorias, no possvel classificar o TCU exclusivamente como rgo de auditoria externa
governamental, sendo essa, porm, uma das funes contidas no seu escopo de atuao.
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25. Como rgo de auxlio ao Congresso Nacional no exerccio do controle externo, o TCU norteia sua
atuao pela conformao das aes dos gestores ao interesse pblico, cuja expresso maior
encontra-se nos objetivos fundamentais estabelecidos constitucionalmente (art. 3, CF/88) e pela
verificao de que aqueles que recebem uma delegao de recursos e poderes pblicos para dar
concretude a esses objetivos o fazem pautando-se nos princpios de administrao pblica e mediante
critrios legais e operacionais que assegurem a efetiva e regular aplicao dos recursos em benefcio
da sociedade.
26. Nos termos fixados no art. 70, da Constituio Federal, a fiscalizao exercida mediante controle
externo quanto legalidade, legitimidade, economicidade e aplicao das subvenes e renncia de
receitas. A eficincia, a eficcia e a efetividade somam-se a esses critrios, dada a competncia
atribuda ao TCU para realizao de auditorias operacionais (art. 71, IV, CF/88), destacando-se a
eficincia como princpio erigido categoria de constitucional da administrao pblica pela EC
19/98, ao lado dos princpios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade.
27. O controle externo constitui o monitoramento das relaes de accountability que se estabelecem entre
o Congresso Nacional, como representante da sociedade, e os gestores que recebem uma delegao
de recursos pblicos para, em nome dessa ltima, realizar o bem comum, isso inclui qualquer pessoa
fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes
de natureza pecuniria.
28. Os poderes conferidos ao TCU pela Constituio Federal, juntamente com a autonomia e
independncia para o exerccio de suas atribuies, se por um lado o caracterizam como um rgo de
soberania, por outro demandam enormes responsabilidades de todos aqueles que compem o seu
corpo tcnico, j que o pblico em geral, o Congresso Nacional e as entidades fiscalizadas tm a
expectativa de que a conduta e o enfoque dos trabalhos realizados no TCU sejam irretocveis, no
suscitem suspeitas e sejam dignos de confiana e respeito.
29. Por consequncia, o TCU e seu corpo tcnico devem alcanar e manter junto sociedade, aos demais
Poderes do Estado e s entidades fiscalizadas, um elevado nvel de credibilidade, confiana e respeito
pblicos, transmitindo segurana por meio de uma atuao caracterizada pela objetividade,
neutralidade, independncia e imparcialidade.
30. Para corresponder a tais expectativas, a conduta dos auditores deve ser irretocvel em todos os
momentos e em todas as circunstncias. Qualquer deficincia em sua conduta profissional ou conduta
inadequada grave em sua vida pessoal prejudica a imagem de integridade dos auditores, do TCU, da
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qualidade e da validade de seu trabalho de auditoria, e pode ocasionar dvidas acerca da
confiabilidade e da competncia profissional do prprio TCU.
31. Consequentemente, elevados padres de conduta e comportamento tico, de profissionalismo e
competncia tcnica so exigidos de todos aqueles que prestam servios no TCU, e mais ainda,
daqueles que desempenham suas atribuies nas atividades de controle externo.
32. Nesse contexto, estas normas de auditoria so de fundamental importncia e a sua observncia pelo
corpo tcnico do TCU uma questo de responsabilidade no s para com a instituio, mas tambm
para com a sociedade, os Poderes por ela constitudos e as entidades que so objeto da fiscalizao do
Tribunal.
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CAPTULO 2 - NORMAS GERAIS
33. Este captulo estabelece os princpios e fornece orientaes fundamentais para que o Tribunal e o
auditor possam desempenhar sua misso com tica e competncia. O enfoque dessas normas
dirigido tanto para determinados requisitos que devem ser assegurados pelo Tribunal, como para a
atitude e os aspectos comportamentais do auditor.
PRINCPIOS TICOS
34. Os princpios ticos apresentados neste captulo formam a base, a disciplina e a estrutura, bem como
proveem o clima, que influenciam a aplicao das NAT, incluindo as normas gerais, as relativas ao
planejamento e execuo e as de comunicao de resultados.
35. Os princpios ticos veiculados neste captulo integram o Cdigo de tica dos Servidores do Tribunal
de Contas da Unio (CESTCU), ao qual o auditor, enquanto servidor do TCU, deve rigorosamente
observar em conjunto e em complemento a estas normas.
36. Os princpios ticos que orientam o trabalho dos auditores de acordo com estas NAT so:
interesse pblico, preservao e defesa do patrimnio pblico;
integridade;
independncia, objetividade e imparcialidade;
uso do cargo, de informaes e de recursos pblicos.
INTERESSE PBLICO, PRESERVAO E DEFESA DO PATRIMNIO PBLICO
37. Uma marca distintiva de um auditor governamental a aceitao da responsabilidade de servir ao
interesse pblico, definido como o bem estar coletivo da comunidade, de pessoas e de entidades, a
qual os auditores servem. O auditor deve honrar a confiana pblica, procedendo com honestidade,
probidade e tempestividade, e escolhendo sempre, quando estiver diante de mais de uma opo legal,
a que melhor se coadunar com a tica e com o interesse pblico.
38. A preservao e a defesa do patrimnio pblico complementam o princpio do interesse pblico e so
inerentes misso institucional do Tribunal, logo atribuio elementar de seus auditores, cabendo-
lhes representar imediatamente chefia competente sobre todo e qualquer ato ou fato que seja
contrrio ao interesse pblico, prejudicial ao Tribunal ou sua misso institucional, de que tenha
tomado conhecimento em razo do cargo ou funo. Ademais, lhes vedado praticar ou compactuar,
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por ao ou omisso, direta ou indiretamente, ato contrrio tica e ao interesse pblico, mesmo que
tal ato observe as formalidades legais e no cometa violao expressa de lei.
INTEGRIDADE
39. A integridade dos auditores estabelece confiana e representa a base para a confiabilidade em seu
julgamento. Para sustentar a confiana pblica, a conduta dos auditores deve ser irrepreensvel e estar
acima de qualquer suspeita, o que exige a conduo dos trabalhos com uma atitude objetiva, baseada
em fatos, no partidria, e no ideolgica em relao s entidades auditadas e aos usurios de seus
relatrios. As partes interessadas, de maneira geral, esperam dos auditores uma atitude honesta,
sincera e construtiva.
40. No cumprimento de suas responsabilidades profissionais, os auditores podem se deparar com
interesses conflitantes de gestores de entidades, de autoridades governamentais e de outros possveis
interessados e, em virtude disso, sofrer presses para violar princpios ticos e, de forma inadequada,
conseguir ganho pessoal ou organizacional. Agindo com integridade, os auditores conseguiro lidar
com as presses, priorizando suas responsabilidades para com o interesse pblico. Tomar decises
consistentes com o interesse pblico da entidade, do programa ou da atividade auditada uma parte
importante do princpio da integridade.
41. Auditores devem resguardar, em sua conduta pessoal, a integridade, a honra e a dignidade de sua
funo pblica, agindo em harmonia com princpios ticos e valores pblicos.
INDEPENDNCIA, OBJETIVIDADE E IMPARCIALIDADE
42. A credibilidade da auditoria no setor pblico baseia-se na objetividade dos auditores no cumprimento
de suas responsabilidades profissionais. A objetividade inclui ser independente, de fato e na
aparncia, manter uma atitude de imparcialidade, ter honestidade intelectual e estar livre de conflitos
de interesse.
43. O auditor deve manter-se afastado de quaisquer atividades que reduzam ou denotem reduzir sua
autonomia e independncia profissional, que no deve ser confundida com independncia e
autonomia funcional, bem como manter atitude de independncia em relao ao fiscalizado, evitando
postura de superioridade, inferioridade ou preconceito relativo a indivduos, entidades, projetos e
programas; deve ainda adotar atitudes e procedimentos objetivos e imparciais, em particular, nos seus
relatrios, que devero ser tecnicamente fundamentados, baseados exclusivamente nas evidncias
obtidas e organizados de acordo com as normas de auditoria, evitando que interesses pessoais e
interpretaes tendenciosas interfiram na apresentao e tratamento dos fatos levantados, bem como
abster-se de emitir opinio preconcebida ou induzida por convices poltico-partidria, religiosa ou
ideolgica.
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44. O auditor dever declarar impedimento ou suspeio nas situaes que possam afetar, ou parecer
afetar, o desempenho de suas funes com independncia e imparcialidade.
USO DO CARGO, DE INFORMAES E DE RECURSOS PBLICOS
45. A posio de auditor, informaes e recursos pblicos s devem ser utilizados para fins oficiais, e
no inadequadamente para ganho pessoal ou de uma forma contrria lei ou que prejudique os
legtimos interesses da entidade auditada ou do Tribunal. Abusar da posio de auditor para obter
ganho pessoal viola responsabilidades fundamentais do profissional de auditoria.
46. A proteo e a conservao de recursos e informaes pblicos e o seu adequado uso apenas em
atividades autorizadas um elemento importante nas expectativas do pblico para com os auditores.
O direito do pblico transparncia das informaes de governo tem que ser equilibrado com o uso
adequado de informaes classificadas como sensveis. Para conseguir esse equilbrio, o uso
criterioso das informaes adquiridas no exerccio das funes dos auditores uma parte crucial.
Alm disso, o auditor deve ter em mente que muitas informaes de governo esto sujeitas a leis e
regulamentos que restringem a sua divulgao.
47. A credibilidade de uma auditoria pode ser prejudicada pela utilizao inadequada de informaes
relevantes, obtidas no exerccio profissional, em benefcio de interesses financeiros pessoais, de
parentes ou de organizaes em que o auditor tenha qualquer tipo de interesse.
NORMAS GERAIS RELATIVAS AO TRIBUNAL
48. O Tribunal e as unidades tcnicas de sua secretaria tm a responsabilidade de assegurar que estas
normas sejam observadas em todas as fases de todos os trabalhos de auditoria realizados no seu
mbito e ainda que:
MANUTENO DE INDEPENDNCIA, OBJETIVIDADE E IMPARCIALIDADE
48.1. a independncia, a objetividade e a imparcialidade sejam mantidas em todas as fases dos
trabalhos;
COMPROMISSO COM A COMPETNCIA
48.2. o trabalho seja realizado por pessoal profissionalmente competente, que coletivamente tenha a
qualificao e os conhecimentos necessrios, velando para que os auditores que integram o seu
quadro obtenham o necessrio desenvolvimento profissional;
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UTILIZAO DE JULGAMENTO PROFISSIONAL
48.3. o julgamento profissional seja utilizado ao se planejar e realizar o trabalho e ao apresentar os
seus resultados;
CONTROLE E GARANTIA DE QUALIDADE
48.4. a busca da qualidade, como elemento essencial para obter e manter credibilidade, confiana e
respeito pblico dos trabalhos de controle externo realizados pelo Tribunal, permeie todo o
processo de realizao das aes de controle, comeando pela elaborao de manuais, padres,
orientaes e procedimentos com vistas obteno da qualidade, passando pela superviso
direta e concomitante e finalizando com a reviso interna independente dos trabalhos
realizados, inclusive por unidade especializada.
NORMAS GERAIS RELATIVAS PESSOA DO AUDITOR
49. A atividade de controle de carter multidisciplinar e realizada em equipe, devendo o esprito de
cooperao prevalecer sobre posicionamentos pessoais. Os auditores envidaro todos os esforos
para que o seu talento e profissionalismo contribuam de modo efetivo para a consecuo da misso
institucional do Tribunal, observando, individualmente e em equipe, os princpios e regras
estabelecidos nestas normas.
CAUTELA, ZELO E JULGAMENTO PROFISSIONAL
50. Os auditores devem ter cuidados e habilidades esperados de um profissional prudente e competente,
devendo usar julgamento profissional no planejamento, na execuo e comunicao dos resultados de
auditoria, agindo com ateno, habilidade e observncia das normas profissionais, de modo a reduzir
ao mnimo a possibilidade de erros.
51. Em todos os setores da sociedade existe a necessidade de confiana e credibilidade, portanto,
essencial que os relatrios e pareceres dos auditores sejam considerados precisos e confiveis por
terceiros especialistas na matria, cabendo-lhes emitir opinies somente sobre documentos ou
situaes examinadas apoiando-se em fatos e evidncias.
COMPETNCIA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
52. A equipe designada para realizar uma auditoria especfica deve ter, em conjunto, treinamento tcnico,
capacidade e experincia suficientes para conduzir adequadamente o trabalho e formular concluses
e propostas de encaminhamento pertinentes. Assim, os auditores devem buscar permanentemente seu
aprimoramento profissional, mantendo-se atualizados quanto a novas tcnicas e instrumentos de
trabalho relativos sua rea de atuao.
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53. Os auditores tm a obrigao de atuar sempre de maneira profissional e de manter altos nveis de
profissionalismo na realizao de seu trabalho. No devem realizar trabalhos para os quais no
possuam a competncia profissional necessria e devem conhecer e cumprir as normas, as diretrizes,
os procedimentos e as prticas aplicveis de auditoria, bem como entender os princpios e as normas
constitucionais, legais e institucionais que regem as atividades de controle externo exercidas pelo
Tribunal e, ainda, o funcionamento da entidade auditada.
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL E CORTESIA
54. Esses dois princpios tm uma relao intrnseca entre si e com as expectativas em relao ao papel
do auditor e aos resultados de seus trabalhos. A aderncia ao interesse pblico, a conformidade com
as normas e regulamentos aplicveis e o cuidado na preveno de qualquer conduta que possa trazer
descrdito ao trabalho devem nortear o comportamento profissional e a sua atitude perante o
auditado.
55. O auditor deve manter atitude de serenidade e comportar-se de maneira compatvel com a exigida
pelo cargo, de modo a demonstrar servir ao interesse comum e a prestigiar o servio pblico, ser
corts no trato verbal e escrito com pessoas e instituies auditadas, sem, contudo, abrir mo das
prerrogativas de seu cargo.
CONFLITOS DE INTERESSES
56. Auditores devem evitar que interesses pessoais ou quaisquer situaes afetem a sua objetividade,
tanto a real como a percebida conservando sua independncia em relao a quaisquer influncias
que possam afetar ou parecer afetar a sua capacidade de desempenhar suas responsabilidades
profissionais com imparcialidade.
57. Ao auditor vedado usar do cargo ou de informao privilegiada em situaes que configurem abuso
de poder, prticas autoritrias ou que visem a quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas
para si, para outros indivduos, grupos de interesses ou entidades pblicas ou privadas, bem como
solicitar, sugerir, provocar ou receber, para si ou para outrem, mesmo em ocasies de festividade,
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificao, comisso, doao, presentes ou vantagens de qualquer
natureza, de pessoa fsica ou jurdica interessada na sua atividade, conforme previsto no Cdigo de
tica dos Servidores do Tribunal de Contas da Unio.
58. O auditor dever declarar impedimento ou suspeio nas situaes que possam afetar, ou parecer
afetar, o desempenho de suas atribuies com independncia e imparcialidade, especialmente
participar de auditorias nas situaes em que o responsvel auditado seja cnjuge, parente
consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, ou pessoa com quem mantenha
ou manteve lao afetivo ou inimigo ou que envolva entidade com o qual tenha mantido vnculo
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profissional nos ltimos dois anos, ressalvada, neste ltimo caso, a atuao consultiva, ou ainda
quando estiver presente qualquer conflito de interesses, declarando o impedimento ou a suspeio por
meio de justificativa reduzida a termo, que ser avaliada e decidida pelo dirigente da unidade tcnica.
SIGILO PROFISSIONAL
59. O auditor deve guardar sigilo sobre dados e informaes obtidos em decorrncia do exerccio de suas
funes, utilizando-os, exclusivamente, para a elaborao de pareceres e relatrios.
60. Auditores no devem revelar a terceiros dados e informaes obtidos no processo de auditoria, seja
oralmente ou por escrito, exceto para cumprir as responsabilidades legais ou de outra natureza que
correspondam a atribuies legais do Tribunal.
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CAPTULO 3 - NORMAS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO E EXECUO
61. Este captulo estabelece os critrios gerais e procedimentos bsicos que o auditor deve seguir para
que sua atuao seja objetiva, sistemtica e equilibrada na obteno das informaes e evidncias que
sustentaro suas avaliaes, opinies e concluses, e que fundamentaro suas propostas de
encaminhamento. O enfoque das normas relativas ao planejamento e execuo o planejamento e a
execuo das atividades que visam a alcanar um determinado resultado do trabalho de auditoria,
bem como o gerenciamento dessas atividades.
62. As normas relativas ao planejamento e execuo de auditorias relacionam-se com os preceitos do
controle externo e com as normas gerais, que lhes fornecem os princpios e requisitos bsicos, e
tambm com as normas relativas comunicao de resultados, uma vez que os produtos dessas fases
do processo de auditoria constituem a principal fonte para o contedo dos relatrios e para a
fundamentao das propostas.
PLANEJAMENTO GERAL DAS AUDITORIAS DO TCU
63. O planejamento geral de curto prazo, de at um ano, e de longo prazo, mais de um ano, levar em
conta a alocao da capacidade operacional, considerando todas as aes de controle externo, de
maneira integrada, e as aes de capacitao necessrias para lhes dar suporte.
64. O planejamento geral deve alinhar suas atividades s expectativas do Congresso Nacional, s
medidas, aos gastos e objetivos do plano plurianual e de outros planos especficos de ao
governamental, observando-se, na sua elaborao, o disposto em normas e diretrizes especficas e a
compatibilidade com os planos estratgico e de diretrizes do TCU, bem como com as diretrizes
aprovadas para subsidiar o exame das contas governamentais e para o julgamento das contas de
unidades jurisdicionadas.
65. O planejamento geral deve documentar e justificar as selees realizadas, calcando-se em modelos
que incluam mtodos de seleo, hierarquizao e priorizao fundamentados em critrios de
relevncia, materialidade, risco e oportunidade, dentre outras tcnicas de alocao da capacidade
operacional, levando-se tambm em conta a demanda potencial por aes de controle originadas de
iniciativas externas.
66. Informaes sobre o planejamento geral somente podero ser divulgadas para dar publicidade ao
fiscalizatria do Tribunal, se no comprometerem o sigilo dos trabalhos a serem realizados.
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PROPOSIO DE AUDITORIAS
67. A unidade tcnica ao propor auditorias deve definir o objetivo e o escopo preliminar, bem como
prever uma estimativa de alocao de recursos e dos prazos de suas fases.
OBJETIVOS DA AUDITORIA
68. Devem ser estabelecidos objetivos para cada trabalho de auditoria. Para tanto, deve-se realizar uma
avaliao preliminar de objetivos e riscos relevantes relacionados atividade objeto da auditoria,
cujos resultados devero estar refletidos nos objetivos estabelecidos.
69. No desenvolvimento dos objetivos o auditor deve considerar, alm das exposies significativas a
riscos, a probabilidade de erros, irregularidades e descumprimentos a princpios, normas legais e
regulamentaes aplicveis.
ALOCAO DE RECURSOS AO TRABALHO DE AUDITORIA
70. Deve-se determinar os meios apropriados para alcanar os objetivos de auditoria, levando em conta
limitaes de tempo e de recursos disponveis e, especialmente, a competncia necessria dos
membros da equipe, que deve ser baseada na avaliao da natureza e complexidade de cada trabalho.
IDENTIFICAO E AVALIAO DE OBJETIVOS, RISCOS E CONTROLES
71. Para determinar a extenso e o alcance da auditoria que ser proposta, a unidade tcnica deve dispor
de informaes relativas aos objetivos relacionados ao objeto que ser auditado e aos riscos
relevantes associados a esses objetivos, bem como confiabilidade dos controles adotados para tratar
esses riscos. Tais informaes so obtidas, tipicamente, na realizao de outras aes de controle cuja
principal finalidade o conhecimento da unidade jurisdicionada e devem ser levadas em conta no
planejamento e na aplicao dos procedimentos de auditoria.
71.1. Alternativamente, caso a auditoria seja proposta sem que as informaes relativas aos
objetivos, riscos e controles do objeto auditado estejam disponveis, tais informaes devero
ser obtidas na fase de planejamento do trabalho. A necessidade e a profundidade dos
procedimentos para a obteno destas informaes variar de acordo com os objetivos e o
escopo da auditoria em questo.
72. A avaliao de riscos e de controle interno visa a avaliar o grau em que o controle interno de
organizaes, programas e atividades governamentais assegura, de forma razovel, que na
consecuo de suas misses, objetivos e metas, os princpios constitucionais da administrao
pblica sero obedecidos e os seguintes objetivos de controle sero atendidos:
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I. eficincia, eficcia e efetividade operacional, mediante execuo ordenada, tica e econmica
das operaes;
II. integridade e confiabilidade da informao produzida e sua disponibilidade para a tomada de
decises e para o cumprimento de obrigaes accountability;
III. conformidade com as leis e regulamentos aplicveis, incluindo normas, polticas, programas,
planos e procedimentos de governo e da prpria instituio;
IV. adequada salvaguarda e proteo de bens, ativos e recursos pblicos contra desperdcio, perda,
mau uso, dano, utilizao no autorizada ou apropriao indevida.
SUPERVISO, REVISO E COMUNICAO
SUPERVISO
73. Todo o trabalho realizado pela equipe de auditoria, em todas as suas fases e em todos os nveis, deve
ser adequadamente supervisionado, independentemente da competncia individual dos auditores,
para assegurar que os objetivos sejam atingidos, a qualidade seja asse