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7/22/2019 NORMAS DE DESENHOS TCNICOS
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. NORMAS DE DESENHOS TCNICOS
As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho tcnico de modo a
facilitar a execuo (uso), a consulta (leitura) e a classificao. A Norma Brasileira de
Desenho Tcnico a NB 8 R, que trata de assuntos que sero estudadas adiantecomo: Legendas, convenes de traos, sistema de representao, cotas, escalas.
1.1. LINHA - ESPESSURA
1.2. TIPOS DE LINHA
2. FORMATO
a dimenso do papel. Os formatos de papel para execuo de desenhos tcnicos
so padronizados. A srie mais usada de formatos originria da Alemanha e
conhecida como: srie DIN - A (Deutsch Industrien Normen - A), cuja base o formato
A0 (A zero), constitudo por um retngulo de 841 m x 1189 m = 1 m,
aproximadamente.
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Mediante uma sucesso de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a
partir do A0 obtm-se os tamanhos menores da srie. Veja pelas figuras abaixo, que a
maior dimenso de um formato obtido corresponde menor do formato anterior.
O espao de utilizao do papel fica compreendido por margens, que variam dedimenses, dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, sempre
25 m a fim de facilitar o arquivamento em pastas prprias.
3. LEGENDAS
A legenda ou identificao na gria profissional chama-se Carimbo, que tem a
finalidade de uniformizar as informaes que devem acompanhar os desenhos. Os
tamanhos e formatos dos carimbos obedecem tabela dos formatos A. Recomenda-
se que o carimbo seja usado junto margem, no canto inferior direito. Esta colocao
necessria para que haja boa visibilidade quando os desenhos so arquivados. O
carimbo deve possuir as seguintes informaes principais, ficando, no entanto, a
critrio do escritrio, o acrscimo ou a supresso de outros dados: a - Nome do
escritrio, Companhia etc; b - Ttulo do projeto; c - Nome do arquiteto ou engenheiro; d
- Nome do desenhista e data; e - Escalas; f - Nmero de folhas e nmero da folha; g -
Assinatura do responsvel tcnico pelo projeto e execuo da obra; h - Nome e
assinatura do cliente; i - Local para nomenclatura necessria ao arquivamento do
desenho;
j - Contedo da prancha.
4. REPRESENTAO EM CORES - CONVENO
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Na representao de uma reforma indispensvel diferenciar muito bem o que existe
e o que ser demolido ou acrescentado. Estas indicaes podem ser feitas usando as
seguintes convenes (Obs. Essa pintura deve ser feita, na cpia heliogrfica,
contnua e em tom suave; ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD):
5. ETAPAS DE UM PROJETO
5.1. Estudo Preliminar
Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construo, fornecer
um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastar para construir e o
custo mximo para a obra. No dilogo cliente - engenheiro vo surgindo problemas e
solues. Ao mesmo tempo o arquiteto estar fazendo suas pesquisas e anotaes de
modo a orientar suas primeiras idias (croquis).
aproveitamentoLogo depois o projeto vai tomando forma em esboos.
A partir da localizao do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prvia na
prefeitura, que um documento obrigatrio para aprovao de projetos. Este
documento fornece os parmetros mnimos recomendados pela prefeitura, como:
recuos, altura mxima da edificao, taxa de ocupao, coeficiente de
5. 2. O Anteprojeto
Do esboo passado a limpo surge o anteprojeto, feito geralmente no papel sulfuriz a
mo livre ou com instrumentos, em cores, perspectivas internas e externas,localizao de moblias etc.
5. 3. O Projeto
Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feitas as modificaes necessrias,
parte-se para o desenho definitivo - o projeto-, o qual desenhado com instrumentos e
deve ser apresentado s reparties pblicas e servir de orientao para a
construo.
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5.4. Os detalhes e os projetos complementares
O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas,
balces, armrios, e outros) e de especificaes de materiais (piso, parede, forros,
peas sanitrias, coberturas, ferragens, etc.). Com estes dados preparam-se ooramento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural,
eltrico, telefnico, hidro-sanitrio, preveno contra incndio e outros.
Todos estes projetos, chamados de originais, chegam construo sob forma de
cpias, em geral feitas em papel heliogrfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel
heliogrfico (tipo azul ou preto) o resultado da ao qumica do amonaco em
presena da luz ou vice-versa.
5.5. Tipos de papel
Atualmente o papel mais utilizado para anteprojetos o papel sulfuriz, que so
transparentes apesar de opacos, recomendados para desenhos coloridos e desenhos
a lpis. So vendidos em rolo ou em folha padronizada. Para os desenhos feitos a
tinta (nanquim), so utilizados o papel vegetal, semitransparente e seu peso varia de
50 a 120 g por m. No pode ser dobrado. o mais indicado para o desenho de
projetos por ser resistente ao tempo e por permitir correes e raspagens. vendido
em rolo de 20 m nas larguras de 1.10m ou 1.57m e tambm nos formatosrecomendados pela ABNT, tendo as margens j impressas.
O Papel heliogrfico encontra-se nas cores azul marrom ou preto. Uma de suas faces
tratada por processo qumico e reage em presena do amonaco. Existem diversos
tipos de papel heliogrfico, do mais fino ao mais resistente.
Os projetos realizados atravs de recursos computacionais, so plotados em folhas
sulfite e cortados nos tamanhos adequados. Neste caso, as cpias podem sercoloridas ou no, sendo as originais, os arquivos salvos em disquetes, no padro PLT.
5.6. Aprovao de Projetos
Para aprovao do projeto na prefeitura, so necessrios: a) 3 cpias do projeto
arquitetnico; b) Consulta Prvia c) Matrcula do terreno d) Requerimento para pedido
de aprovao e) Guia de ART paga (rgos pblicos)
6. ESPECIFICAES DE MEDIDAS
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Representam sempre dimenses reais do objeto e no dependem, portanto, da escala
em que o desenho est executado. So os nmeros que correspondem s medidas.
Obs. As cotas devem ser escritas na posio horizontal, de modo que sejam lidas com
o desenho em posio normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Paralocalizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela
se refere necessrio recorrer a dois tipos de linhas que so: a) linhas de chamada
(ou de extenso ou, ainda linha de referencia). b) linhas de cota (ou de medida). As
setas podem ser substitudas por:
6.2. Princpios Gerais 1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se
desenham com trao contnuo fino. As linhas de chamada devem, em princpio, ser
perpendiculares ao elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver
convenincia em que sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos
inclinaes de 60 ou 75; 2. As linhas de cota no devem ser escritas muito prximo
das linhas de contorno, dependendo a distancia a que se colocam as dimenses do
desenho e do tamanho do algarismo das cotas; 3. Os ngulos sero medidos em
graus, exceto em coberturas e rampas que se indicam em porcentagem (%). 4. As
linhas de cota paralelas devem ser espaadas igualmente. 5. Colocar as linhas de
referencia de preferencia fora da figura. 6. Evitar repeties de cota. 7. Todas as cotas
necessrias sero indicadas. 8. No traar linha de cota como continuao de linha da
figura. 9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho. 10. As cotasde um desenho devem ser expressas na mesma unidade. 1. A altura dos algarismos
uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se 2.5 a 3mm. 12. No caso de
divergncia entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do desenho feito na
escala maior. 13. As linhas de cota so desenhadas paralelas direo de medida.
7. SISTEMAS DE REPRESENTAO GRFICA
As projees ortogonais da geometria descritiva so usadas no desenho arquitetnico
apenas mudando os termos tcnicos.
Um objeto pode ficar claramente representado por uma s vista ou projeo (ex.
lmpada incandescente). Outros ficaro bem mais representados por meio de 3
projees ou vistas.
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Haver casas ou objetos que somente sero definidos com o uso de maior numero de
vistas, como mostra a figura abaixo:
As Normas Brasileiras NB-8R estabelecem a conveno usada tambm pelas normasitalianas, alems, russas e outras, em que se considera o objeto a representar
envolvido por um cubo. O objeto projetado em cada uma das seis faces do cubo e,
em seguida, o cubo aberto ou planificado, obtendo-se as seis vistas.
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A vista de frente tambm chamada de elevao, a qual deve ser a vista principal.
Por esta razo, quando se pensa obter as vistas ortogrficas de um objeto,
conveniente que se faa uma analise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a
melhor posio para a vista de frente.
Para essa escolha, esta vista deve ser: a. Aquela que mostre a forma mais
caracterstica do objeto; b. A que indique a posio de trabalho do objeto, ou seja,
como ele encontrado, isoladamente ou num conjunto; c. Se os critrios acimacontinuarem insuficientes, escolhe -se a posio que mostre a maior dimenso do
objeto e possibilite o menor numero de linhas invisveis nas outras vistas.
Na obteno das vistas, os contornos e arestas visveis so desenhados com linha
grossa continua. As arestas e contornos que no podem ser vistos da posio
ocupada pelo observador, por estarem ocultos pelas partes que lhe ficam frente, so
representados por linha mdia tracejada (linha invisvel).
8. SMBOLOS GRFICOS
paredes, portas, janelas, louas sanitrias, telhas, concreto
O desenho arquitetnico, por ser feito em escala reduzida e por abranger reas
relativamente grandes, obrigado a recorrer a smbolos grficos. Assim utilizaremos
as simbologias para definir, como por exemplo, as
Normalmente as paredes internas so representadas com espessura de 15 cm,
mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou at menos. Nas paredes externas o
uso de paredes de 20 cm de espessura o recomendado, mas no obrigatrio. no
entanto obrigatrio o uso de paredes de 20cm de espessura quando esta se situa
entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...).
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Convenciona-se para paredes altas (que vo do piso ao teto) trao grosso contnuo, e
para paredes a meia altura, com trao mdio contnuo, indicando a altura
correspondente.
I. PORTAS 1. Porta interna - Geralmente a comunicao entre dois ambientes no hdiferena de nvel, ou seja, esto no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.
2. Porta externa - A comunicao entre os dois ambientes (externo e interno) possuem
cotas diferentes, ou seja, o piso externo mais baixo. Nos banheiros a gua alcana a
parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes so
evitados quando h uma diferena de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta
razo as portas de sanitrios desenham se como as externas.
3. Outros tipos de porta: - De correr ou corredia
- Porta pantogrfica
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- Porta pivotante
- Porta basculante - Porta de enrolar
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril at 1.50m, sendo
estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira
dimenso a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas
em que o plano horizontal no o corta, a representao feita com linhas invisveis.
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9 V. MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA
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10 VI. NA REA DE SERVIO
As sees das lajes de piso ou cobertura, assim como sees de vigas, sapatas das
fundaes etc., de concreto, devero ser pintadas de verde ou recorrer aos smbolos
grficos.
9. ILUMINAO E VENTILAO
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Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o
exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que
permitam a renovao do ar. Nos compartimentos destinados a dormitrios no ser
permitido o uso de material translcido, pois necessrio assegurar sombra e
ventilao simultaneamente.
As reas destas aberturas sero proporcionais s reas dos compartimentos a
iluminar e ventilar, e variveis conforme o destino destes compartimentos.
As fraes que representam as relaes entre reas de piso e de esquadrias que
apresentaremos, so as mnimas. Por isso sempre que houver disponibilidade
econmica, os vos devem ter as maiores reas possveis.
I. DORMITRIOS (local de permanncia prolongada, noturna). A rea das aberturas
no dever ser inferior a 1/6 da rea do piso.
I. SALAS DE ESTAR, REFEITRIOS, COPA, COZINHA, BANHEIRO, WC etc. (local
de permanncia diurna).
A rea das aberturas no dever ser inferior a 1/8 da rea do piso. Essas relaes
sero de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vos abrirem para reas cobertas ou
varandas e no houver parede oposta a esses vos a menos de 1.50 m do limite da
cobertura dessas reas.
Estas relaes s se aplicam s varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas
excedam a 1.0 m e desde que no exista parede nas condies indicadas: a. A
relao passar para e 1/5 respectivamente, quando houver a referida parede a
menos de 1.50 m do limite da cobertura. b. As aberturas nos dormitrios que derem
para reas cobertas so consideradas de valor nulo para efeito de iluminao e
ventilao. c. Em hiptese alguma sero permitidas aberturas destinadas a ventilar eiluminar compartimentos com menos de 0.60m2. d. Tambm no sero considerados
como iluminados e ventilados os pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do p
direito, quando o vo abrir para rea fechada, e 2 vezes e meia para os demais casos.
A iluminao e ventilao por meio de clarabias sero toleradas em compartimentos
destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazm para depsito, desde que
a rea de iluminao e ventilao efetiva seja igual metade da rea total do
compartimento.
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Quando a iluminao do compartimento se verificar por uma s de suas faces, no
dever existir nessa face pano de parede que tenha largura maior que 2 vezes e meia
a largura da abertura ou a soma das aberturas.
As escadas sero iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de vitrais omais alto possvel e que podem ser parcialmente fixos.
As janelas devem, se possvel, ficar situadas no centro das paredes, por questo de
equilbrio na composio do interior.
Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distancia recomendvel
entre elas deve ser menor ou igual a da largura da janela, a fim de que a iluminao
se torne uniforme.
Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadas das janelas.
As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas, de pequena altura de
verga e de grande altura de peitoril.
1. Um quarto tem (3.0 x 4.0) m, possui p direito de 2.80 m. Calcular a rea de
iluminao e ventilao mnima, sabendo - se que a altura mxima da janela dever
ser a mesma da altura da porta (0.80 x 2.10)m.
2. Qual o coeficiente de iluminao e ventilao de uma sala com (4.20 x 5. 30) m e 2
janelas de (1.0 x 1.80) m cada uma?
3. Calcular uma janela com formato circular para um banheiro de (2.50 x 1.20)m,
sabendo se que o coeficiente de iluminao e ventilao de 1/8.
CAPTULO 2
a. Planta baixa1:50
b. Cortes 1:50
c. Fachadas 1:50
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d. Situao 1:200 / 1: 500
e. Localizao 1:1000 / 1:2000
f. Cobertura 1:100
O projeto relativo a qualquer obra de construo, reconstruo, acrscimo e
modificao de edificao, constar, conforme a prpria natureza da obra que se vaiexecutar, de uma srie de desenhos: 1. Plantas cotadas de cada pavimento, do
telhado e das dependncias a construir, modificar ou sofrer acrscimo. Nessas plantas
devem ser indicados os destinos e reas de cada compartimento e suas dimenses. 2.
Desenho da elevao ou fachada ou fachadas voltadas para vias pblicas. Num lote
de meio de quadra obrigatria a representao de apenas uma fachada. No caso de
lote de esquina obrigatria a representao de pelo menos duas fachadas. 3. A
planta de situao em que seja indicado: a. Posio do edifcio em relao s linhas
limites do lote b. Orientao em relao ao norte magntico c. Indicao da largura do
logradouro e do passeio, localizando as rvores existentes no lote e no trecho dologradouro, poste e outros dispositivos de servios de instalaes de utilidade publica.
4. Cortes longitudinal e transversal do edifcio projetado. No mnimo representam-se 2
cortes, passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da
obra ou dos projetos complementares. 5. Escalas mais utilizadas: Obs: A escala no
dispensar a indicao de cotas.
a seo que se obtm fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso
a uma altura tal que o mesmo venha cortar as portas, janelas, paredes etc.
Para representao da planta devemos observar os seguintes itens a seguir: a.
Representao das paredes (altas com trao grosso contnuo, e paredes baixas com
trao mdio continuo com a altura correspondente); b. Colocar todas as cotas
necessrias; c. Indicar as reas correspondentes de cada compartimento, em m2. d.
Colocar o tipo de piso de cada compartimento; e. Indicar as portas e janelas com suas
medidas correspondentes (base x altura) de acordo com a simbologia adotada; f.
Representar piso cermico ou similar com quadrculas (linha fina); g. Indicar desnveis
se houver; h. Representar todas as peas sanitrias, tanque, pia de cozinha(obrigatrio). i. Com linha pontilhada, indicar o beiral (linha invisvel); j. Indicar onde
passam os cortes longitudinal e transversal (trao e ponto com linha grossa) e o
sentido de observao, colocando letras ou nmeros que correspondem aos cortes;
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As sees ou cortes so obtidas por planos verticais que interceptam as paredes,
janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham
facilitar a execuo da obra.
Devemos passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados e cujas
paredes sejam revestidas por azulejos (mnimo 1,50 m).
Na maioria dos casos somos obrigados a mudar a direo do plano da seo a fim de
mostrar um maior numero de detalhes, evitando assim novas sees.
d. Indicao somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas,
p direito, forro
Para a representao do corte necessrio observar os seguintes itens: a.Representao das paredes em que o plano vertical est cortando com trao grosso;
b. Representao das paredes em que o plano vertical no corta, com trao fino; c.
Representao de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas
medidas (altura). e. Representao da cobertura (esquemtica) f. Representao e
indicao do forro. Se for laje a espessura de 10 cm. g. Representao esquemtica
da fundao com o lastro de 10 cm h. Indicao de desnveis se houver (verificar
simbologia) i. Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente j. Indicar os
compartimentos que o plano vertical est cortando (geralmente indica-se um pouco
acima do piso) k. Indicar o desvio do corte, quando houver, atravs de trao e ponto
com linha mdia. l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver
necessidade. m. Indicar o tipo de telha e a inclinao correspondente O corte obtido
atravs da passagem do plano vertical pela edificao, dividindo-o em duas partes.
Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o corte, eliminando a outra parte. O corte
vertical corta a edificao desde a sua fundao at a sua cobertura, como mostra a
figura:
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b. Indicar atravs de setas o tipo de material a ser empregado no
revestimento, pintura
(se
quiser)
Fachada ou elevao considerada uma vista frontal da obra; ou seja, como se
passasse um plano vertical rente obra e se observasse do infinito, assim o desenho
no seria tridimensional e sim bidimensional (planificado). Para a representao da
fachada necessrio observar: a. A fachada no deve constar cotas como no corte,
somente em alguns casos excepcionais. c. Desenhar as paredes mais prximas ao
observador com trao grosso contnuo d. Desenhar as paredes ou partes mais
distantes ao observador com trao mdio e fino e. Ao contrrio do corte, na fachada
representada detalhes das portas e janelas com trao fino.
A planta de cobertura uma vista superior da obra necessitando assim a
representao de todos os detalhes relativos coberta, como: - tipo de telha;
- inclinao correspondente ao tipo de telha,
- se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises
- Determinar as cotas parciais e totais da edificao.
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V- SITUAO a - Para locar uma obra necessrio representar o local exato onde ela
ocupar no lote. Para isso necessita - se da obteno de dados na prefeitura como os
recuos frontal, lateral e fundos. b - Representa-se a projeo da obra sem contar com
os beirais; c - Representar todas as cotas necessrias. d - necessria a
representao da calada (tipo de material); e- O nome da rua que passa na frente daobra; f- Indicao do norte magntico; g- locao de fossas, caixas de gordura, caixas
de inspeo, ou sada para o esgoto publico, rvores (se houver); h- localizao da
entrada de energia eltrica e gua. i- Cotas de nvel (meio fio, calada, obra...). j-
Indicao da localizao do lixo
VI - LOCALIZAO a- a representao do lote dentro da quadra. b- necessrio
indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questo, assim
como o seu numero e o numero da quadra. c- Colocar os nomes de todas as ruas que
circundam a quadra, d- Indicar tambm o norte magntico. Obs. cotado somente o
lote em questo.
O titulo do projeto geralmente a finalidade da obra, ou seja, se a construo para
fins residenciais, comerciais, assistncias, religiosos...,seguido da localizao da obra
(lote / quadra / bairro / cidade /estado)
Ex: Projeto destinado construo de uma residncia em alvenaria, situado sobre o
lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado.
A estatstica do projeto geralmente colocado pouco acima da legenda, se possvel.
Nela colocamos: a. rea do lote em m; b. rea da construo (trreo, superiores...,
todos em separado) em m; c. rea total da construo em m; d. coeficiente de
aproveitamento = rea da construo total: rea do lote e. Taxa de ocupao = (rea
da construo trrea: rea do lote) x 100 % Obs: Caso haja construes existentes,
indicar tambm a rea correspondente com o respectivo nmero do protocolo de
aprovao.
1. Normas a consultar
NBR 10068/87FOLHAS DE DESENHO LEIAUTE E DIMENSES NBR 10582
CONTEDO DA FOLHA PARA DESENHO TCNICO NBR 13142DOBRAMENTO
DE CPIA
2. Dimenses
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As normas em vigor, editadas pela ABNT adotam a seqncia A de folhas, partindo
da folha A0 com rea de aproximadamente 1,0m2. Cada folha na seqncia possui
dimenso igual a metade da folha anteriorpor exemplo, a folha A1 possui a metade
do tamanho da folha A0, a folha A2 possui a metade do tamanho da folha A1 e assim
por diante. A seguir so apresentadas as dimenses de cada uma destas folhas ealguns desenhos explicativos. Dimenses das folhas:
3. Margens
Segundo as normas em vigor, cada tamanho de folha possui determinadas dimenses
para suas margens, conforme tabela a seguir.
Obs.: A margem esquerda sempre maior que as demais pois nesta margem que as
folhas so furadas para fixao nas pastas ou arquivos.
4. Configurao da folha
A seguir so apresentadas as diversas regies da folha de desenho e a posio de
cada um dos elementos nas mesmas. Usualmente a regio acima da legenda
reservada para marcas de reviso (vide item 8, abaixo), para observaes,
convenes e carimbos de aprovao de rgos pblicos.
5. Posio de leitura
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Como regra geral na representao e leitura de desenhos deve se observar que os
mesmos possam ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita. As posies
inversas a estas (leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita) so
consideradas de cabea para baixo. Vide desenho a seguir.
6. Dobragem
A norma da ABNT (NBR 13142DOBRAMENTO DE CPIA) recomenda
procedimentos para que as cpias sejam dobradas de forma que estas fiquem com
dimenses, aps dobradas, similares as dimenses de folhas tamanho A4. Esta
padronizao se faz necessria para arquivamento e armazenamento destas cpias,
pois os arquivos e as pastas possuem dimenses padronizadas.
A seguir so reproduzidos os desenhos constantes na referida Norma indicando a
forma que as folhas de diferentes dimenses devem ser dobradas.
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7. Selo ou legenda
A legenda de um desenho tcnico deve conter, no mnimo, as seguintes informaes:
Designao e emblema da empresa que est elaborando o projeto ou a obra;
Nome do responsvel tcnico pelo contedo do desenho, com sua identificao(inscrio no rgo de classe) e local para assinatura; Local e data;
Nome ou contedo do projeto;
Contedo da prancha (quais desenhos esto presentes na prancha)
Escala(s) adotada(s) no desenho e unidade;
Nmero da prancha; O local em que cada uma destas informaes deve ser
posicionada dentro da legenda pode ser escolhido pelo projetista, devendo sempre
procurar destacar mais as informaes de maior relevncia.
O nmero da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da
legenda (vide item 7.1, a seguir).
O nome da empresa ou seu emblema usualmente so localizados na regio superioresquerda da legenda.
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7.1. Numerao das pranchas
Junto com o nmero da prancha usualmente se informa o total de pranchas do projeto
ex.: 2/9 significa: prancha 2 de um total de 9 pranchas.
Usualmente inicia-se a numerao pela prancha que contm a planta de situao e a
de localizao.
Esta seria a prancha 1/x (onde x o nmero total de pranchas do projeto em
questo). A(s) prancha(s) seguinte(s) ser(ao) a(s) que contm a(s) planta(s) baixa(s).
Se houver mais de uma planta baixa, a numerao mais baixa corresponder a
prancha que contm as plantas dos pavimentos mais baixos. Aps as plantas baixas
so numeradas as pranchas que contm o(s) corte(s) e, por ltimo, a(s) fachada(s).
8. Marcas de reviso (ou tbua de reviso)
Conforme a NBR 10582, a tbua de reviso utilizada para registrar correes,
alteraes e/ou acrscimos feitos no desenho. Busca registrar com clareza as
informaes referentes ao que foi alterado de uma verso do desenho para outra.
Deve conter, segundo a referida norma: Designao da reviso;
Nmero do lugar onde a correo foi feita;
Informao do assunto da reviso;
Assinatura do responsvel pela reviso; Data da reviso.
A Tbua de reviso posicionada sobre a legenda, possuindo o formato a seguirrepresentado. preenchida de baixo para cima, ou seja, a primeira reviso
registrada na linha inferior da tbua, a segunda na linha acima desta e assim por
diante.
9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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- ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6492: representao de
projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994. - ASSOCIAO BRASILEIRA DE
NORMAS TCNICAS. NBR 10068/87: folha de desenholeiaute e dimenses. Rio de
Janeiro, 1987. - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13142/9:
dobramento e cpia. Rio de Janeiro, 1999. - MONTENEGRO, GILDO. DesenhoArquitetnico. So Paulo: Edgard Blcher, 1978.
- SILVA, Gilberto Soares da. Curso de Desenho Tcnico: para desenhistas,
acadmicos de engenharia, acadmicos de arquitetura. Porto Alegre: Sagra: DC
Luzzatto, 1993.
O arquivo *.plt gerado pelo software Auto Desk AutoCAD. um arquivo que possui
todas as configuraes para plotagem, no pode mais ser editado, apenas enviado
para a impressora. Para gerar um*.plt a partir de um *.dwg siga estes passos: 1)
Instalao da Plotter 2) Criao das folhas 3) Criao das viewports 4) Escolha da
impressora 5) Definio das penas e gerao do arquivo PLT
1) Instalao da Plotter
Antes de qualquer coisa, voc deve ter o arquivo da impressora que ser utilizada
para plotagem instalado em seu computador. As impressoras mais utilizadas (AlexPlot
e CopyFlo) encontram-se disponveis para download na pgina do PET.(http://pet.ecv.ufsc.br).
Para instalar as impressoras: - Abra o AutoCAD;
- Entre no menu , . Abrir a seguinte janela:
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- Clique em "Add or Configure Plotters". Abrir uma pasta, onde voc deve "colar" o
arquivo (descompactado - extenso .pc3) da impressora.
2) Criao das folhas
- A segunda etapa passar o seu desenho para o "Layout", onde voc desenhar as
margens, o selo e colocar o seu desenho na disposio que desejar.
Clicando no modo "Layout1" aparecer uma janela de plotagem, cancele-a, pois voc
ainda no montou a sua prancha. Uma folha j desenhada, com fundo branco,
tambm aparecer, ignore-a, apenas uma folha padro do programa.
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Desenhe um retngulo com as dimenses da sua prancha (em m). Em seguida
desenhe as margens. Voc pode desenhar um selo (parte onde contero as
informaes sobre a prancha, nome, etc...) ou utilizar um selo pronto (bloco).
Dimenses do selo:
As dimenses do selo podem ser de tal forma que quando a folha estiver dobrada, no
tamanho de uma A4, ele aparece de margem a margem.
A largura depender das dimenses da sua margem. Por exemplo: Para pranchas A2,A1 e A0, utiliza-se margens de 25mm onde ser encadernado (margem esquerda,
geralmente) e de 15mm nas demais. Sendo assim, o selo deve ter a largura de uma
A4 subtraindose as margens, neste caso, 210 - 25 - 15 = 170mm.
Para pranchas A3 e A4, a margem esquerda deve ter 25mm e as demais 7mm, sendo
assim, o selo deve ter 178mm.
A altura do selo varivel de acordo com a quantidade de informaes que devem
conter na prancha.
As larguras descritas acima so as larguras mximas que o selo pode ter, o que no
impede que ele seja um pouco menor. Exemplo de como pode ser uma prancha A3:
3) Criao das viewports
Com a folha j montada, deve-se criar viewports, ou seja, janelas de onde possvel
trabalhar com o desenho feito no "Model".
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- Entre em "View", "Viewports" e escolha a quantidade de viewports, conforme figura
abaixo ( prefervel inserir uma de cada vez):
A Viewprot ser inserida da mesma maneira que se desenha um retngulo. D a
forma e tamanho desejados viewport. Nela aparecer o desenho do "Model":
- Com um duplo clique dentro do retngulo da viewport, pode-se interagir com o
desenho, fazendo modificaes, mudando sua posio (dentro da viewport, mudando
sua escala, etc..). Todas as modificaes feitas no "layout" se refletiro no "model" e
vice-versa. - Com um duplo clique fora da viewport, voc volta a trabalhar na prancha
como um todo.
- Voc pode mover a viewport como se tivesse movendo um retngulo.
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- Coloque a viewport numa layer no-plotvel, para que ela no aparea no desenho.
- Voc pode inserir quantas viewports desejar, e trabalhar em cada um delas de forma
independente.
DEFINIO DAS ESCALAS - Entre na viewport, dando duplo clique;
- Digite "z" de "zoom", , "sc" de "scale", . Sempre leia o rodap, nele o
programa pede as entradas necessrias;
- Se voc desenhou no Model em metros, digite a escala desejada da seguinte
forma:1000/50xp, se a escala for 1:50. O n 1000 referente a diferena de unidades
entre o model, em metros, e o layout, em milmetros.
- Assim, se o desenho do model for em centmetros, a escala ser 10/50xp. O termo
"xp" significa "por pixel"; - Ajuste o desenho na folha, como preferir, sem mudar o
zoom;
- D duplo clique fora da viewport para sair. Desta forma, voc pode ter vrios
desenhos em escalas diferentes (um em cada viewport), mesmo se voc desenhou
tudo na mesma escala.
4) Escolha da Impressora
- Ainda no Layout, entre em , (ou Ctrl+P), ou escreva "plot"; - Em "Plot
Device" escolha a impressora a ser utilizada, conforme a figura:
- Aps escolher a impressora, voc deve escolher o tamanho da folha. As folhas
padres j vm com margens, o que pode deslocar o seu desenho. Voc deve
proceder da seguinte maneira: Ainda no "Plot Device" clique em "Properties" ->
"Device and Documents Setings" -> "Custon paper sizes" -> "Add".
- L voc vai criar uma folha com as dimenses desejadas, com todas as margens
igual a zero.
Seguindo os seguintes passos: - "Star from scratch"
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- "Units = milimeters" - "Height = altura da folha (ex: para A3 = 297)" - "Width = largura
(ex: para
A3 = 420)" - Margens: preencha todas as 4 lacunas com zero "0"
- D um nome para a folha. ex: A3 sem margem
- Clique em
Em "Plot Settings", selecione a folha que voc acabou de criar (paper size).
- Para definir a rea do layout que ser plotada clique em "Window". A janela "Plot"
desaparecer temporariamente, voltando ao layout, onde voc deve selecionar toda a
sua prancha, clicando no canto superior esquerdo e no canto inferior direito. A rea a
ser plotada a que se encontra dentro do retngulo formado.
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- Devolta janela "Plot", centralize a rea plotada na folha clicando em "Center the
plot" e certifique-se de que a escala est 1:1, no "Plot scale".
- Confira tambm se a folha est no tamanho e na posio correta (Portrait ou
Landscape), para isto voc pode clicar em
5) Definio das penas e gerao do arquivo plt
Esta etapa consiste em definir cor e espessura de cada linha plotada. Aqui ser
explicado como fazer esta definio atravs das cores das linhas desenhadas no
Model. Por exemplo: Tudo que estiver desenhado em azul ser impresso na cor preto,
com uma espessura de 0,2 m.
- Na janela de plotagem, em "Plot Device", "Plot style table (pen assignments)" escolha
o estilo de plotagem.
- Se no houver um estilo de sua preferncia, crie um novo, clicando em "New" ->
"Star from scratch" "Nomear o estilo" clique em . -
Depois de definido o nome do estilo de plotagem, deve-se edit-lo clicando em "Edit..."
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- Seguindo a janela abaixo, a coluna da esquerda contem as cores nas quais as linhas
esto desenhadas. - Na coluna da direira esto as caractersticas de plotagem de
cada linha.
- Na primeira propriedade "Color" escolha a cor em que deseja plotar as linhas
desenhadas na cor selecionada na coluna da esquerda.
Todas as linhas que estiverem desenhadas nesta cor sero plotadas com as
caractersticas escolhidas
- Se quiser plotar em preto e branco selecione todas as cores da coluna da esquerda e
escolha a cor "black" na item "Color".
- Na propriedade "Linetype" escolha o tipo da linha (slido, tracejado, trao-ponto, etc).
- No item "Lineweight" escolha a espessura em que a linha ser plotada.
- Repita o procedimento para cada cor existente no desenho.
- No exemplo da janela abaixo todas as linhas desenhadas em vermelho sero
plotadas na cor vemelha, com o tipo de linha na qual foi desenhado (slido) e com
espessura de 0,2mm.
- Ao final do procedimento clique em "Save & Close".
- Assim voc voltar a janela anterior, onde poder visualizar a plotagem clicando em
"Full Preview".
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- Se a visualizao estiver de acordo com o resultado esperado, basta gerar o arquivo
.plt. Para Isto, no "Plot Device" selecione a opo "plot to file", e abaixo escolha o
destino e o nome do arquivo. Clicando em Ok, o arquivo ser gerado, e basta lev-lo
na empresa de plotagem.
Leitura e Interpretao de Projetos | 2
Leitura e Interpretao de projetos
Leitura e Interpretao de Projetos | 9
Prancheta Rgua t
Rgua paralela Esquadros Compasso
Escalmetro Gabaritos ESCALA NUMRICA
Planta de situao Planta de locao Planta de cobertura Planta baixa Cortes
Fachadas Detalhes tcnicos Perspectiva UNIDADE I NOES SOBRE PROJETO
HIDRULICO OBJETIVOS DA INSTALAO PREDIAL DE GUA FRIA ETAPAS DO
PROJETO
SISTEMA DE ABASTECIMENTO SISTEMA DE DISTRIBUIO Sistema de
distribuio direta
Sistema indireto de distribuio Sistema de distribuio mista TERMINOLOGIA
gua fria gua quente
Sistema unitrio Sistema separador absoluto Sistema misto TERMINOLOGIA
OBJETIVOS DE UMA INSTALAO PREDIAL DE ESGOTO SANITRIO ESTAPAS
DO PROJETO SISTEMA DE ESGOTO PRIMRIO, SECUNDRIO E VENTILAO
DEFINIES SMBOLOS E ABREVIATURAS PARA PROJETO SANITRIO
REFERNCIAS
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Leitura e Interpretao de Projetos |
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A capacidade de elaborar projetos pode estar relacionada facilidade que algumas
pessoas apresentam em demonstrar algo que queira executar. Capacidade essa, que
para muitos chamada de dom. Independente dessa afinidade, os p rojetistas, em
sua atividade, procuram fazer de seus projetos algo legvel a todos que neles se
debrucem para estud-los. O estudo de projetos na Construo Civil fundamentalpara a realizao de qualquer atividade da rea, pois nele est representado
graficamente todo dimensionamento das diversas fases de uma obra, alm de
representar o objetivo almejado pelo cliente. A fidelidade ao projeto o que se espera
como resultado final das atividades realizadas para sua construo.
fundamental nesse processo de construo do conhecimento descobrir que muitos
elementos so representados de forma padronizada para cada tipo de projeto, o que
chamamos de simbologia grfica. Seu prvio conhecimento tornar possvel a
completa compreenso do projeto, facilitando sua leitura.
Como se pode perceber, para ler e interpretar projetos e dele extrair as aes
necessrias ao desenvolvimento das fases da construo de uma obra no
necessrio saber desenhar, mas sim ter prvio conhecimento da simbologia especifica
do respectivo projeto e a finalidade para qual ele foi elaborado. Conhecimento esse
acessvel a todos que almejam trabalhar na rea da Construo Civil.
Leitura e Interpretao de Projetos | 12
Leitura e Interpretao de Projetos |
Para se qualificar em leitura e interpretao de projetos, necessrio percorrer um
processo de aprendizado, que deve iniciar com o conhecimento dos instrumentos
utilizados para o desenho, indo at as noes bsicas necessrias a correta leitura e
interpretao dos principais projetos relacionados construo civilarquitetnico
hidrulico e sanitrio. Nesse caminho se adquire vrios tipos de informao, as quais
enriquecem o universo daqueles que o percorrem, contribuindo de maneira positiva
para a sua formao e qualificao, especialmente se atrelada rea dos profissionais
desse campo de conhecimento.
A representao grfica uma parte importante no que diz respeito aos projetos
relacionados construo civil. Pois proporciona meios para que o projetista possa
materializar suas idias e desejos. Para obter uma correta representao necessria
a utilizao adequada de certos instrumentos, tais como: prancheta, papel, rgua t,
rgua paralela, esquadros, compasso, transferidor, gabaritos, rguas flexveis,escalmetro, dentre outros.
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Atualmente, com a evoluo tecnolgica, o computador configura-se como uma
ferramenta completa e indispensvel para o desempenho da atividade de
representao grfica de projetos, atravs da utilizao de programas especficos,
como o AutoCAD. No entanto, seu uso no invalida os anteriores citados, pois estes
fazem parte de um aprendizado inicial, importante, inclusive, para o seu manuseio.
Imagem 01: Representao de uma maquete eletrnica da fachada frontal de uma
residncia. (fonte: desconhecido)
Leitura e Interpretao de Projetos |
A seguir, ilustraram-se alguns dos instrumentos que auxiliam na prtica do desenhotcnico e que so necessrios ao conhecimento de qualquer iniciante no estudo para
elaborao grfica de projetos.
Prancheta
Tipo de mesa, geralmente de madeira e formato retangular, que serve como
instrumento de apoio a fixao dos papis e a conseqente atividade de desenho.
Sobre ela tambm se utilizam as rguas t e paralelas.
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Imagem 02: Imagem de uma prancheta. (fonte: w.trident.com.br)
Rgua t uma rgua composta de duas outras, fixadas uma na outra. Uma delas
pequena e de madeira grossa, que desliza pela lateral da prancheta, esta partedenomina-se haste. A outra normalmente em acrlico e desliza sobre a superfcie da
prancheta. Estas rguas formam um ngulo de 90. A rgua t um instrumento
mvel que serve para traar linhas horizontais paralelas no sentido do comprimento
da prancheta. Tambm serve de apoio aos esquadros para traar paralelas verticais
ou com determinadas inclinaes. O comprimento da rgua deve ser um pouco menor
que a prancheta.
Leitura e Interpretao de Projetos |
Imagem 03: Ilustrao de uma rgua t. (fonte: MONTENEGRO, 1978, P. 04)
Rgua paralela
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Tem a mesma funo da rgua t, porm instalada com cordas fixadas nas
extremidades da prancheta, permitindo seu deslizamento sobre a superfcie.
Imagem 04: Imagem de uma rgua paralela. (fonte: w.trident.com.br)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Imagem 05: Ilustrao de uma rgua paralela fixada na prancheta. (fonte:
MONTENEGRO, _, P. _)
Esquadros
So instrumentos, em sua grande maioria de plstico ou acrlico, utilizado para traar
retas, que podem ser perpendiculares s horizontais traadas com a rgua t ou
paralela. Podendo tambm ser, perpendiculares s retas inclinadas, neste caso sem a
utilizao de rgua.
Existem dois tipos de esquadros, um menor em forma de um tringulo de 45. E outromaior, em forma de tringulo retngulo, cujos ngulos so de 30 e 60.
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Imagem 06: Imagem de um par de esquadros tcnicos. (fonte: w.trident.com.br)
_ 2 Retas perpendiculares, so linhas que se cruzam em um nico ponto em comum,
formando ngulos de 90. Essas retas so fceis de observar no assentamento de
pisos cermicos, cujos trinchos desses pisos formam esses ngulos em suasextremidades. 3 Triangulo cujo um de seus vrtices forma um ngulo de 90.
Leitura e Interpretao de Projetos |
Compasso
o instrumento que serve para traar circunferncias ou arcos de circunferncias.
utilizado da seguinte maneira: aberto, com o raio desejado, fixa-se a ponta seca nocentro da circunferncia a traar e segurando-se o compasso pela parte superior com
os dedos indicador e polegar, imprimi-se ao mesmo, um movimento de rotao at
completar a circunferncia.
Imagem 07: Imagem de um compasso tcnico de preciso. (fonte: BEZERRA, 2010)
Escalmetro
uma espcie de rgua graduada em formato triangular bastante utilizada, que traz
consigo seis escalas de medio diferentes. No mercado existem vrios padres de
escalmetro, variando de acordo com o tipo de escala. O mais usual o que traz as
escalas de 1:20 (l-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 1:75; 1:100 e 1:125 (tambm pode
ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100 e 1/125).
Imagem 08: Imagem de escalmetros de padres diferentes. (fonte: w.trident.com.br)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Gabaritos So instrumentos que servem como base para a representao precisa de
determinados objetos e/ou equipamentos bastante utilizados no desenho tcnico.Auxiliando o projetista na elaborao de desenhos j universalmente reconhecidos e
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padronizados, no havendo, portanto, a necessidade de construir novos desenhos que
o representam.
Existe uma diversidade de modelos, tais como: gabarito de crculos; formas
geomtricas; loua sanitria; instalaes eltricas; instalaes hidrulicas; mobilirio;dentre outros.
Imagem 09: Imagem de gabarito de instalaes sanitria. (fonte: w.trident.com.br)
ESCALA NUMRICA
Antes de iniciar a atividade de leitura e interpretao de projetos, h a necessidade de
conhecer alguns preceitos fundamentais que tornam essa prtica mais fcil ao
observador. Tais como, o prvio conhecimento de escalas numricas, cotas eprojees ortogonais.
O termo escala pode ser entendido como sendo a relao entre cada medida do
desenho e a sua dimenso real no objeto. Ou seja, uma relao de
proporcionalidade encontrada entre ambos, podendo ser de reduo ou ampliao. Na
construo civil as escalas sempre sero de reduo, pois se constri prdios
enormes que esto
Leitura e Interpretao de Projetos | desenhados numa simples folha de papel. Quanto escala de ampliao, mais comum nas reas da mecnica e microeletrnica, onde
algumas peas so minsculas e preciso ser desenhadas de maneira ampliada para
facilitar a compreenso de seus detalhes.
Alguns exemplos so o microchip e a ponta de uma caneta esferogrfica.
As escalas podem ser classificadas como numrica ou grfica. A primeira
representada por nmeros. J a grfica a representao da numrica por meio degrfico.
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Imagem 10: Ilustrao dos tipos de representaes de escalas. Acima uma grfica, e
abaixo, uma numrica. (fonte: Desconhecido)
Como j foi visto, a escala numrica pode ser de ampliao e de reduo. A primeira
utilizada quando se deseja obter representaes grficas maiores que o tamanho
natural do objeto. As escalas de ampliao recomendadas so 2/1; 5/1; 5/1;
10/1; 20/1; 100/1; etc. No entanto, quando se tem objetos cujas grandes dimenses
impossibilitam sua representao, emprega-se a escala de reduo. As mais usadas
so 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/100; 1/200; 1/500; 1/1000 etc. Para a escolha entreuma ou outra, deve-se levar em considerao o tamanho do objeto a ser
representado; as dimenses do papel e a clareza que se d ao desenho.
Vejamos a seguir, alguns exemplos de como representar algumas medidas em escala
utilizando uma rgua comum e tendo conhecimento da seguinte frmula matemtica:
Onde;
1/Mmdulo da escala Dcomprimento de linha no desenho Rcomprimento de
linha no terreno (real)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Exemplo 01:
Uma porta tem 80 cm de largura, como posso representar essa medida na escala de1/5 no papel, utilizando uma rgua?
Escala 1/5 - cada 1 cm do desenho representa 5cm na largura da porta. Para
desenhar nesta escala, divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas. Ento
podemos estabelecer a seguinte relao: 1/5 = D/R.
Onde; D= uma medida no desenho a ser calculada.
R= a mesma medida feita no objeto (a medida real) = 80 cm.
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Vamos l;
D = 16 cm
Concluso: A porta de 80 cm de largura vai ser representada com 16 cm na escala de
1/5, no papel.
EXEMPLO 02:
Um terreno tem 10 m de frente, qual medida pode representar essa dimenso no
papel, na escala de 1/50?
Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1/50, desenhar essa
medida cinqenta vezes menor do que sua medida real. Vamos estabelecer a seguinte
relao: 1/50 = D/R.
Onde; D= uma medida no desenho a ser calculada. R= a mesma medida feita no
terreno (a medida real) = 10 m.
A frmula nada mais do que uma regra de trs simples, que se aprende no ensino
fundamental.
Leitura e Interpretao de Projetos |
S para lembrar: 1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm.
Concluso: Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1/50 no
papel, com 20 cm.
A escala vai representar a relao de verdadeira grandeza das dimenses, seja de
peas mecnicas ou de medidas de terreno, prdio ou ambiente na construo civil.
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Imagem 1: Ilustrao da reduo em escala de uma casa. (fonte: FEDERAO DAS
INDSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, _, p. 06)
Foi visto nos exemplos anteriores, a maneira de se calcular a representao de umamedida no desenho utilizando-se para tanto de uma escala previamente estabelecida
e rgua. Porm, possvel com a mesma frmula estudada, calcular medidas reais,
tendo suas medidas desenhadas em escala num papel.
Ou seja, o processo inverso dos clculos realizados acima. Sugeri-se que o aluno
calcule a medidas reais de um terreno, desenhado na escala de 1/50, que mediu na
rgua 15 cm de largura, por 30 cm de comprimento?
Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta do
problema, em metros (m). Sendo necessrio, para a utilizao da rgua, transformar
essa unidade em centmetros (cm).
Leitura e Interpretao de Projetos | COTAS
So os nmeros que representam s dimenses do que est sendo representado pelo
desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas significam a verdadeira
grandeza das dimenses.
Regras bsicas:
As cotas devem ser escritas na posio horizontal, de modo que permita a leitura com
o desenho na posio normal e o observador a sua direita;
Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando esta for contnua;
Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de medida;
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Uma cota na deve ser cruzada por uma linha do desenho;
As linhas de cota so desenhadas paralelas direo da medida;
Passar as linhas de cota de preferncia fora da rea do desenho;
Evitar a repetio de cotas;
O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas tendo como base o
desenho.
Imagem 12: Ilustrao que exemplifica algumas formas corretas de cotar. (fonte:
MONTENEGRO, 1978, p. 37)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Imagem 13: Ilustrao que mostra os tipos de cotas utilizadas em projetos da rea de
construo civil. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 37)
A projeo ortogonal o meio ou tcnica, que possibilita a representao grfica (ou
desenho) dos vrios lados de uma pea, no caso de desenho mecnico, ou das
fachadas externas de uma casa em projetos arquitetnicos.
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Imagem 14: Ilustrao das representaes grficas de uma pea, nas faces de um
cubo. (fonte: ARRUDA, 2004, p. 2)
Imagem 15: Ilustrao do rebatimento das representaes grficas de uma pea, nas
faces de um cubo. (fonte: ARRUDA, 2004, p. 2)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Imagem 16: Ilustrao das vistas da pea que foi projetada nas faces do cubo. (fonte:
ARRUDA, 2004, p. 21)
O mesmo conceito ilustrado nas figuras apresentadas anteriormente utilizado na
arquitetura. Onde as vrias faces de um prdio so representadas (ou desenhadas)conforme seja necessrio a sua completa compreenso.
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Imagem 17: Ilustrao das representaes grficas de uma casa num cubo. (fonte:
MONTENEGRO, 1978, p. 42)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Imagem 18: Ilustrao do rebatimento das vistas de uma casa num plano. (fonte:
MONTENEGRO, 1978, p. 43)
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Imagem 19: Ilustrao das vistas de uma casa. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 40)
O conhecimento das projees ortogonais auxilia a compreenso do projetista na
elaborao de desenhos, auxiliando-o na construo mental do projeto e o
materializando num papel.
Leitura e Interpretao de Projetos | TIPOLOGIA DE TRAOS
A compreenso de um projeto (ou desenho), esta relacionada intimamente aos traos
que o compem. Cada tipo de linha vai passar uma informao ao leitor que oauxiliar na correta interpretao do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo
de linha uma atividade indispensvel ao profissional da construo civil, pois ela
trar informaes importantes para execuo de um projeto.
Existe um padro utilizado pelo desenho tcnico em relao s espessuras e os tipos
de traos. Estes devem ser:
Linha contnua e trao grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas pelos
planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas partes que se
encontram mais prxima do observador.
Linha contnua e trao mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro plano.
Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si.
Linha tracejada e trao suave: Nas projees das coberturas, no contorno das paredes
quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado est acima ou abaixo
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do plano de corte que deu origem a planta baixa. Linha trao e ponto e trao suave:
Na projeo da caixa dgua, quando representada na planta baixa e nas linhas
utilizadas como eixos.
Linha de ruptura ou zig-zag e trao suave: Secciona parte de um projeto, limitando suarea de representao. Seja para mostrar detalhadamente ou restringir uma rea pr-
determinada.
Imagem 20: Ilustrao dos tipos de linhas utilizados na arquitetura. (fonte: ARRUDA,
2004, p. 09)
Leitura e Interpretao de Projetos | O PROJETO ARQUITETNICO
O projeto arquitetnico pode ser entendido como sendo o elemento de registro grfico
e comunicao das caractersticas da obra pretendida, contribuindo para a sua real
materializao. Para melhor compreender o assunto, convm estudarmos inicialmente
a definio do que seja Arquitetura, projeto esse que tanto se falou at agora.
Segundo o Dicionrio Aurlio, Arquitetura "arte de edificar. A arquitetura esta
relacionada arte de projetar e edificar ambientes habitados pelo ser humano
http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura Normalmente a arquitetura estarelacionada arte, porm esta intimamente ligada tcnica, uma vez que, utiliza-se
de meios padronizados e regulamentados na construo de desenhos a serem
interpretados por terceiros. Dessa forma, arquitetura pode ser encarada como arte ou
cincia que tem por finalidade a criao de espaos para uso como residncia,
comrcio, artes etc. (http://pt.wiktionary.org/wiki/arquitetura), levando-se em conta
critrios como funcionalidade, conforto e esttica. Respeitando normas, materiais e
tcnicas utilizados para criar o espao.
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O projeto arquitetnico deve ser constitudo por algumas representaes grficas, tais
como: planta de situao, planta de locao, planta de cobertura, planta baixa, cortes
(transversal e longitudinal), fachadas, detalhes tcnicos e perspectivas.
Planta de situao a representao grfica do projeto arquitetnico que indica asdimenses do terreno (lote), a quadra, lotes vizinhos, orientao magntica (norte
geogrfico), ruas de acesso e opcionalmente pontos de referncia. Essa
representao vai localizar o terreno dentro de um permetro urbano ou at mesmo
rural, facilitando sua identificao junto aos rgos pblicos competentes na
regularizao e fiscalizao da obra. Os dados fornecidos numa planta de situao
devem necessariamente esta em
de propriedade daquela rea
acordo com a escritura pblica do terreno, oficializando junto aos rgos pblicos o
ttulo
A Planta de Situao abrange uma rea relativamente grande, por isso, normalmente
desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, 1/2000 etc.
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Imagem 21: Ilustrao de uma planta de situao, com todos os dados necessrios a
perfeita identificao do terreno. (fonte: BEZERRA, 2010)
Planta de locao
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a representao grfica do projeto arquitetnico que indica a posio da construo
no terreno. Podendo ser indicado tambm muros, portes, vegetao existente,
orientao magntica (norte geogrfico), passeio pblico e opcionalmente construes
vizinhas.
Nesse tipo de representao, por se tratar de um tipo de vista superior, o observador
identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representao das paredes externas
da construo, abaixo da cobertura desenhada com linha tracejada e trao suave
(MONTENEGRO, 1978, p. 47).
A Planta de Locao o ponto de partida para o inicio de uma obra. Pois representa
graficamente a sua marcao no terreno. Normalmente desenhado em escalas
mdias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500.
Na planta de locao identificamos as dimenses do terreno conforme o registro de
imveis, os afastamentos da construo em relao aos limites laterais, frontal e de
fundos, a presena de caladas, piscinas etc.
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Imagem 2: Ilustrao de uma planta de locao. (fonte: MONTENEGRO, 2010, p. 47)
Planta de cobertura
a representao grfica do projeto arquitetnico que indica os detalhes da cobertura
de uma construo, popularmente chamada de gua. Nesse tipo de desenho, por se
tratar de uma vista superior, estaro representados as inclinaes da cobertura,
quantidade de guas, material empregado, localizao da caixa d'gua, calha etc.
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Tambm aceitvel em algumas situaes a representao da locao nesse tipo de
desenho, classificando-o como planta de locao e cobertura. As escalas mais usuais
so: 1/50, 1/75, 1/100 e 1/200.
4 Superfcie, em geral plana e inclinada, constituda pela cobertura do telhado, sobre a
qual escoam as guas pluviais direcionadas numa nica direo (ALBERNAZ, 2000,
p.20).
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Planta baixa
Desenho que representa graficamente a projeo horizontal de uma edificao ou
partes dela. Pode-se entender como sendo a seo horizontal resultante da
interseco de um plano de nvel acima e paralelo do piso (normalmente a 1,50 m) em
uma edificao, representando consigo portas, janelas, peas sanitrias, chuveiro e
opcionalmente mobilirio de ambientao interna. As escalas mais usuais so: 1/50 e
1/75.
Para que fique bem claro, basta imaginar uma superfcie plana, cortando uma casa ao
meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o contorno das
paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa dessa casa.
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Imagem 24: Imagem que ilustra o plano cortando uma casa ao meio. (fonte:
MONTENEGRO, 1978, p. 48)
Imagem 25: Imagem que ilustra a retirada da parte superior da casa, destacando as
sees das paredes, postas e janelas. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 48)
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Imagem 26: Imagem que ilustra a representao em planta baixa da casa, destacando
as sees das paredes, postas e janelas. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 49)
Cortes Desenho que representa graficamente a projeo de uma seo vertical (ou
plano) em uma edificao. Utilizado para representar detalhes que no aparece em
planta baixa; indica seu p-direito, altura de elementos construtivos, vistas de
elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc.
Seu objetivo esclarecer o observador do projeto atravs de planos de interseo
longitudinal e transversal, dando uma terceira dimenso a leitura e interpretao do
projeto.
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Sua indicao vem representada em planta baixa por uma linha do tipo; trao e ponto
ou tracejada. As escalas mais usuais so: 1/50 e 1/75.
Gildo A. Montenegro, recomenda que a identificao dos cortes numa planta, seja feita
por letras consecutivas. Evitando assim, equvocos que poderiam acontecer emindicaes do tipo A e B (MONTENEGRO, 1978, p. 50).
A escolha da seo de corte numa planta baixa pode ser influenciada por uma srie de
fatores, dependendo do grau de detalhes que o arquiteto pretenda demonstrar. Porm,
recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro, visualizando o
sanitrio, lavatrio e chuveiro. Existindo pavimento superior, a posio do corte deve
passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as alturas de seus espelhos.
5 Diz-se espelho a seo vertical de um degrau, sua altura. Piso, a seo horizontal do
degrau onde apoiamos o p.
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Imagem 27: Imagem que ilustra a representao de uma interseo, cortando uma
casa no sentido transversal, destacando as sees das paredes, postas e janelas.
(fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 50)
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Imagem 28: Ilustrao de corte longitudinal que passa pela escada e banheiro. (fonte:
BEZERRA, 2010)
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Imagem 29: Ilustrao de corte longitudinal que passa pela rea de servio e
banheiros. (fonte: BEZERRA, 2010) Imagem 30: Ilustrao de corte transversal que
passa pelo estar/jantar, sutes e banheiro. (fonte: BEZERRA, 2010)
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Fachadas
Desenho que representa graficamente as faces externas do edifcio (frontal e lateral).
As fachadas podem ser interpretadas como a representao daquilo que se almeja
construir. Em geral, nas fachadas especificam os materiais de revestimentos externos,
funcionamento de esquadrias, paginao de cores, indicao de detalhes tcnicos etc.
As escalas mais usuais so: 1/50 e 1/75.
Imagem 31: Ilustrao de uma fachada frontal. (fonte: BEZERRA, 2010) Imagem 32:
Ilustrao de uma fachada lateral. (fonte: BEZERRA, 2010)
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Detalhes tcnicos
Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um ambiente
especfico ou de algum elemento estrutural do edifcio que por qualquer motivo que
seja no seria possvel represent-la com preciso nas plantas e cortes. Pode ser
detalhe interno ou externo ao prdio.
Imagem 3: Ilustrao de detalhe tcnico de montagem de laje. (fonte: BEZERRA,
2010)
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Imagem 34: Ilustrao de detalhe tcnico de banco de rea de lazer. (fonte:
BEZERRA, 2010)
Imagem 35: Ilustrao de detalhe tcnico da instalao de um aparelho sanitrio
adaptado a portadores de necessidades especiais. (fonte: BEZERRA, 2010)
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Imagem 36: Ilustrao de detalhe tcnico do cornijamento das torres de prtico de
entrada. (fonte: BEZERRA, 2010)
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Perspectiva
Desenho que possibilita graficamente a representao tridimensional de um edifcio ou
de ambientes internos a ele. Auxilia o observador na correta interpretao do projeto
de arquitetura. Seu uso, apesar de facultativo, de extrema importncia na hora de sevender o projeto.
A principal funo da perspectiva quebrar a expectativa em relao obra finalizada.
Representando sua ilustrao grfica antes mesmo de iniciar os trabalhos para sua
execuo. No h uma definio a respeito da escala utilizada, pois, sua indicao vai
depender de inmeros fatores que possibilitam uma viso ampliada do prdio, casa
etc.
Atualmente, nas grandes construtoras, procuram-se a elaborao de maquetes fsicas
ou eletrnicas, em substituio as perspectivas ilustradas em um plano (papel), cujo
objetivo atrair a ateno pblica ao lanamento de um empreendimento. Esse
recurso possibilita dar aos clientes uma maior interao em relao ao projeto,
tornando possvel uma viso panormica do empreendimento. Modernamente as
maquetes so produzidas com tecnologias s vistas em filme de fico cientifica, as
chamadas maquetes hologrficas, construdas a partir de feixes de luzes sobre uma
fina placa metlica, dando uma maior interatividade com o observador que a manipula
conforme sua necessidade. Em termos didticos representa o futuro da atividade derepresentao e de leitura e interpretao de projetos.
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Imagem 37: Ilustrao de maquete eletrnica de uma residncia. (fonte:
Desconhecido) Imagem 38: Imagem da manipulao de uma maquete hologrfica.
(fonte: w.blonews.com.br)
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Imagem 39: Imagem que demonstra a facilidade de se manipular de uma maquetehologrfica. (fonte: http://arkitetura.blogspot.com/2010/1/maquete-holografica.html)
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Para concluir o estudo de projetos arquitetnicos importante frisar que as vistas em
planta, elevao e cortes formam os desenhos (projees) fundamentais em
arquitetura para a definio do projeto. Por essa razo, eles tm que ser vistos, lidos e
entendidos como vistas correlacionadas ao que se queira representar (FEDERAO
DAS INDSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, _, p. 08).
Imagem 40: Ilustrao que demonstra as representaes grficas, ou vistas, de um
projeto arquitetnico. (fonte: FIEMG, _, p. 08)
Leitura e Interpretao de Projetos | 40
Leitura e Interpretao de Projetos |
Foram apresentadas as noes bsicas para interpretar o projeto arquitetnico, as
informaes trazidas por ele e os elementos grficos que o compem para sua total
compreenso. A partir desta unidade estudaremos dois dos principais projetos
complementares ao arquitetnico, a saber; hidrulico e sanitrio.
As prescries relativas de guas frias seguem fundamentalmente a Norma
Brasileira NBR 5626 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e oconhecimento dessa terminologia e das especificaes desta norma constituem-se o
objetivo deste curso.
A utilizao de gua fria potvel constitui fator indispensvel para o atendimento das
mais elementares condies de habitabilidade, higiene e conforto na ocupao de
prdios. Toda habitao, por mais simples que seja, deve possuir um sistema de
abastecimento de gua. Na cidade espanhola de Segvia, por exemplo, h ainda em
funcionamento um aqueduto de mais de 13 km de extenso, atravessando um rio a 32
m de altura, construdo na poca de Cristo, durante os sculos I e I, no reinado dosimperadores romanos Vespasiano e Trajano, com 167 arcos (79 singelos e 8
dobrados) sendo utilizados aproximadamente 35.0 blocos de granito para sua
construo.
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Imagem 41: Viso panormica do Aqueduto de Segvia na Espanha. (fonte:
http://oglobo.globo.com)
Instalaes de gua fria so o conjunto de tubulao, reservatrio e dispositivos,
existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de
utilizao
Leitura e Interpretao de Projetos | de gua do prdio com quantidade suficiente,
mantendo a qualidade da gua fornecida pelo sistema (CABRAL, 1999, p. 02). Projeto
de instalaes de gua fria o conjunto de plantas destinado a orientar as instalaes
das tubulaes garantindo a qualidade, quantidade, conforto e a higiene dasinstalaes.
A norma NBR 5626 prescreve os requisitos tcnicos mnimos para a instalao predial
de guas frias, sendo projetada e construda de modo a garantir o fornecimento da
gua de forma contnua, em quantidade suficiente, presso e velocidade adequada ao
bom funcionamento das peas de utilizao do sistema de tubulao de guas frias.
A norma objetiva tambm, preservar ao mximo o conforto dos usurios, assegurandoo bom funcionamento das instalaes, evitando vazamentos e rudos nas
canalizaes, preservando a qualidade da gua fornecida pelas concessionrias
locais.
Consideram-se trs etapas bsicas na realizao de um projeto de instalaes
prediais de gua fria: Concepo do projeto (representao grfica), determinao de
vazo e dimensionamento.
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A concepo a etapa mais importante do projeto e nesta fase que se definem; o
tipo de prdio e sua utilizao, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de
abastecimento, os pontos de utilizao, o sistema de distribuio, a localizao dos
reservatrios, canalizaes e aparelhos (MATOS, 2002, p 02).
Na elaborao de projetos de instalaes prediais de gua fria (suas representaes
grficas), o projetista deve ter o cuidado de estudar as interdependncias das diversas
partes do sistema visando proporcionar um melhor abastecimento aos pontos de
consumo, dentro da melhor tcnica e economia possvel. Sucintamente, um projeto
completo de hidrulica deve constar:
Representaes grficas; plantas baixas, cortes, detalhes tcnicos e perspectivas,
com dimensionamento e traados dos condutores (tubulao) a cada trecho do prdio.
Leitura e Interpretao de Projetos |
Especificaes tcnicas e normas para a sua aplicao.
Oramento, compreendendo o quantitativo (levantamento de quantidades) e os preos
unitrio e global da obra a ser executada.
Imagem 42: Detalhamento de uma perspectiva isomtrica. (fonte:
http://www.equipedeobra.com.br/construcaoreforma/17/imagens/i40618.jpg
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Na elaborao do projeto de instalaes hidrulicas de fundamental importncia o
projeto de arquitetura do prdio definido bem como, sua concepo estrutural, a fim de
se conseguir solues tcnicas mais viveis, no alterando esteticamente o partido
arquitetnico do prdio.
Deve-se verificar com antecedncia para a elaborao do projeto hidrulico a
localizao proposta para a caixa dgua e a entrada da rede pblica de
abastecimento do prdio, das bombas dguas caso existam e dos diversos pontos de
consumo. As escalas mais usuais utilizadas na representao grfica de um projeto
hidrulico 1/50 nas plantas e cortes em geral e 1/120 ou 1/25, nos detalhes tcnicos
e perspectivas.
Leitura e Interpretao de Projetos | SISTEMA DE ABASTECIMENTO
As guas que utilizamos, percorre um longo caminho at chegar a nossa residncia.
Inicialmente so captados na superfcie em barragens, rios ou lagos, passando por
uma srie de tratamento, com o objetivo de purific-las para o consumo humano. As
etapas bsicas no tratamento da gua so:
Floculao; a etapa do processo de tratamento de gua em que, aps adicionar os
coagulantes Al2(SO4)3 (sulfato de alumnio) ou FeCl3 (cloreto frrico), as partculas
em suspenso se tornam pequenos flocos (flculos), decantando em seguida (fonte:
http://pt.wikipedia.org).
Decantao; processo de separao do material slido presente em um lquido pela
gravidade, com a deposio do material slido no fundo de um recipiente (fonte:
http://portal.smsbvc.pt).
Filtrao; a separao de um slido, de um lquido ou fluido que est suspenso, pelapassagem do lquido ou fluido atravs de um meio poroso capaz de reter as partculas
slidas (fonte: http://pt.wikipedia.org). Desinfeco; destruio de micro-organismos
patognicos capazes de causar doenas ou de outros compostos indesejados (fonte:
http://portal.smsbvc.pt).
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Imagem 43: Ilustrao das etapas que compreendem o sistema de tratamento de gua
(fonte: http://www.cdcc.usp.br
Leitura e Interpretao de Projetos |
As guas so tratadas nas Estaes de Tratamento de gua (ETAs) de onde so
direcionadas as redes de abastecimento de gua que compreendem as adutoras, as
linhas alimentadoras e as linhas distribuidoras. Cabe as adutoras conduzir a gua dos
mananciais s estaes de tratamento e dessas aos reservatrios principais,
estabelecendo a intercomunicao entre eles. Nas linhas alimentadoras vai ocorrer o
abastecimento dos reservatrios secundrios e das linhas de distribuio, cuja funo
fornecer gua as derivaes para o abastecimento de cada prdio.
Normalmente encontramos nas cidades a alimentao das redes de distribuio
predial sendo alimentadas por redes pblicas de fornecimento de gua. Porm,
podemos encontrar a alimentao predial realizada por sistemas particulares como,
por exemplo, nascentes e poos. Sendo, no entanto, garantida sua potabilidade por
exames realizados em laboratrio. De acordo, com a existncia ou no de separao
entre a rede pblica e a rede interna, podemos classificar os sistemas de
abastecimento em:
Sistema de distribuio direta
A alimentao da rede interna de distribuio ocorre diretamente pelo alimentador ou
ramal predial. Requerendo um sistema de distribuio pblica de gua muito eficiente,
pois exige continuidade e abundncia no abastecimento, mas comum nos pases mais
desenvolvido (ex.: Canad, EUA, parte da Europa etc.).
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Imagem 4: Ilustrao que exemplifica um sistema de distribuio direta de gua.
(fonte: w.fag.edu.br)
Leitura e Interpretao de Projetos | Sistema indireto de distribuio
A alimentao nesse sistema exige o uso de reservatrios de acumulao de gua,
para ate atender s eventuais falhas (interrupes) no fornecimento ou quando no h
presso adequada na rede pblica para abastecer os pontos de utilizao. Esse
sistema sub-classificado em sistema indireto de distribuio sem recalque, com
recalque e hidropneumtica.
Imagem 45: Ilustrao que exemplifica um sistema indireto de distribuio de gua.
(fonte: w.fag.edu.br) Sistema de distribuio mista
a associao do sistema direto e indireto de distribuio, onde parte dos pontos de
utilizao alimentada diretamente pela rede pblica de distribuio de gua e parte
alimentada por um reservatrio superior.
Imagem 46: Ilustrao que exemplifica um sistema de distribuio mista. (fonte:w.fag.edu.br)
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Leitura e Interpretao de Projetos | TERMINOLOGIA
Alimentador predialtubulao compreendida entre o ramal predial e a primeira
derivao ou vlvula de flutuador do reservatrio.
Barrileteconjunto de tubulaes que se origina no reservatrio e do qual se derivam
as colunas de distribuio.
Coluna de distribuiotubulao derivada do barrilete e destinada a alimentar os
ramais. Pea de utilizaodispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a
utilizao da gua.
Ponto de utilizaoextremidade de jusante do sub-ramal. Ramaltubulaoderivada da coluna de distribuio e destinada a alimentar os sub- ramais. Ramal
predialtubulao compreendida entre a rede pblica de abastecimento e a
instalao predial. O limite entre no ramal predial e o alimentador predial deve ser
definido pelo regulamento das concessionrias locais de distribuio de gua (ex.:
CAERN). Rede predial de distribuioconjunto de tubulaes constitudo de
barriletes, colunas de distribuio, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes
elementos. Registro de gavetaregistro instalado em uma tubulao para permitir a
interrupo de passagem de gua. Registro de pressoregistro instalado no sub-
ramal, ou no ponto de utilizao, destinado ao fechamento ou regulagem da vazo degua a ser utilizada. Regulador de vazoaparelho intercalado numa tubulao para
manter constante sua vazo, qualquer que seja a presso a montante. Reservatrio
inferiorreservatrio intercalado entre o alimentador predial e a instalao elevatria,
destinado a reservar gua e a funcionar como poo de suco da instalao elevatria
Reservatrio superiorreservatrio ligado ao alimentador predial ou a tubulao de
recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuio. Sistema de
abastecimentorede pblica ou qualquer sistema particular de gua que abastea a
instalao predial. Sub-ramaltubulao que liga o ramal pea de utilizao ou
ligao do aparelho sanitrio.
Leitura e Interpretao de Projetos |
Torneira de biavlvula com bia destinada a interromper a entrada de gua nos
reservatrios e caixas de descarga quando se atinge o nvel operacional mximo
previsto. Trechocomprimento de tubulao entre duas derivaes ou entre uma
derivao e a ltima conexo da coluna de distribuio. Vlvula de descargavlvula
de acionamento manual ou automtico, instalada no subramal de alimentao de
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bacias sanitrias ou de mictrios, destinada a permitir a utilizao da gua para sua
limpeza.
SMBOLOS E ABREVIATURAS PARA PROJETOS HIDRULICOS gua fria
Imagem 47: Ilustrao da simbologia de gua fria (fonte: JNIOR, 2008, p. 147) gua
quente
Imagem 48: Ilustrao da simbologia de gua quente (fonte: JNIOR, 2008, p. 147)
Leitura e Interpretao de Projetos | 49
Leitura e Interpretao de Projetos |
As prescries relativas s instalaes prediais de esgotos sanitrios vo variar em
nosso pas conforme as municipalidades, seguindo a realidade regionalizada em cada
canto do Brasil. Porm, essas esto em consonncia com a Norma Brasileira NB
19/83, registrada no INMETRO sob o n NBR8160/1983. Essa norma vai fixar as
condies tcnicas mnimas exigveis para o projeto e a execuo das referidas
instalaes. Existem alguns regulamentos que acrescentam subsdios importantes,
referindo-se a casos e situaes no previstas pela norma. Contribuindo de maneirasubstancial no campo das definies e especificaes de materiais, orientando a
respeito da execuo de servios e ensaios para o recebimento das instalaes.
Os esgotos prediais so, ou deveriam ser lanados na rede de esgotos da cidade.
Esta rede, que toda cidade possui ou almejar possuir, pode ser realizada segundo um
dos seguintes sistemas (MACINTYRE, 1996, p. 136); sistema unitrio, sistema
separador absoluto e o sistema misto ou separador combinado. Faamos uma breve
explanao a respeito de cada sistema:
Sistema unitrio
Nesse sistema as guas residurias e as guas de infiltrao so conduzidas numa
mesma canalizao ou galeria, tambm conhecido sob a denominao francesa tout-
- legout. Comum em pases mais desenvolvido como Estados Unidos e boa parte da
Europa.
Sistema separador absoluto
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Existem duas redes pblicas, inteiramente independentes, uma para guas pluviais e
outra somente para guas residurias e de infiltrao. o sistema adotado no Brasil,
pois apresenta vantagens em relao ao sistema unitrio, como menor dimetro das
canalizaes e menor custo com elevatrias e estaes tratamento.
Leitura e Interpretao de Projetos | Sistema misto
A gua de esgotos tem canalizao prpria, mas essas esto instaladas dentro das
galerias de guas pluviais. Esse sistema era conhecido como sistema parcial ou
ingls, comum tambm em vrias cidades dos estados Unidos.
Imagem 49: Ilustrao que mostra a toca das tartarugas ninjas. Elas s sobrevivem no
sistema de esgoto das ruas porque o sistema de coleta pblica do tipo misto. (fonte:http://jogosonline.clickgratis.com.br)
A terminologia aqui adotada segue a NBR8160/83. Vejamos algumas delas.
Altura e fecho hdrico (H): a profundidade da camada lquida, medida entre o nvel
de sada do desconector e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior que separa
os compartimentos ou ramos de entrada e sada do aparelho.
Imagem 50: Ilustrao de um tipo de fecho hdrico. (fonte: MACINTYRE, 1996, p. 137)
Leitura e Interpretao de Projetos |
guas residurias: So lquidos residuais ou efluentes de esgotos, que compreendem
as guas residurias domsticas, a guas residurias industriais e as guas de
infiltrao.
guas residurias domsticas: Compreendem os despejos lquidos das habitaes
(residncias), prdios ou estabelecimentos comerciais etc.
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guas servidas: So as resultantes de operaes de lavagem e limpeza de cozinhas,
banheiros e tanques.
guas de infiltrao: representado pela parcela das guas do subsolo que penetra
nas canalizaes de esgotos na falta de estanqueidade das mesmas.
As instalaes prediais de esgoto sanitrio tm, por objetivo principal, a coleta e o
afastamento das guas servidas, cuja origem os aparelhos sanitrios e os pisos
internos das edificaes, bem como o seu encaminhamento ao destino indicado pelo
poder pblico competente (MATOS, 2002, p. 56).
Podem-se dar duas destinaes aos esgotos sanitrios, encaminha-o a rede coletora
pblica ou a um sistema particular de recebimento e pr-tratamento. O primeirodestino uma situao ideal nos centros urbanos e a segunda a soluo encontrada
nas regies que no dispem de saneamento bsico.
Resumidamente, as instalaes prediais de esgotos sanitrios devem ser projetadas e
executadas de modo a:
Promover o esgotamento eficiente dos aparelhos sanitrios e pisos. Promover o
afastamento rpido e seguro das guas servidas.
Impedir o acesso de odores, insetos e animais das canalizaes para o interior dos
edifcios.
Permitir a ventilao continua da rede pblica coletora de esgotos, ou do sistema
particular que os recebe.
Permitir a inspeo e desobstruo da rede. Impedir a contaminao da gua de
consumo humano e gneros alimentcios.
Leitura e Interpretao de Projetos | ETAPAS DO PROJETO
Assim, como vimos em projeto de instalaes de gua fria, o projeto de instalaes de
esgotos prediais, podem-se considerar algumas etapas bsicas na realizao do
projeto: Concepo (representao grfica), determinao das unidades Hunter de
contribuio e dimensionamento.
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A concepo a etapa mais importante do projeto e nesta fase que se definem; o
tipo de prdio e sua utilizao, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de
coleta de esgoto e sua destinao. Na elaborao do projeto das instalaes prediais
de esgotos sanitrios so necessrios:
Definio completa dos elementos do projeto arquitetnico do prdio.
Definio completa dos projetos de estrutura e de fundaes. Definio sobre a
possibilidade de ligao da instalao com um coletor pblico.
Definio dos demais projetos de instalao do prdio (gua fria, quente, pluviais, gs,
combate a incndio etc.).
Imagem 51: Representao em planta baixa de um projeto sanitrio. (fonte:
desconhecido)
Leitura e Interpretao de Projetos |
Durante a instalao das tubulaes de esgoto, o instalador deve previamenteconhecer a localizao dos diversos aparelhos sanitrios, observando
funcionalidade, esttica e economia. Porm, vale observar os seguintes critrios;
1) Agrupar sempre que possvel as instalaes sanitrias. 2) Os vasos sanitrios
preferencialmente ficar prximo a janelas ou basculantes. 3) Os ralos ou caixas
sifonadas devem preferencialmente ficar central as demais peas. 4) Evitar a
instalao de chuveiro sobre banheiras, evitando provveis acidentes.
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Imagem 52: Imagem da distribuio das peas sanitrias em um banheiro. (fonte:
http://www.carroexclusivo.com.br/
Todas as peas e dispositivos devem satisfazer as exigncias da ABNT.
Analogamente, como vimos em projeto de instalaes hidrulicas, um projeto
completo de instalaes sanitrias deve constar:
Representaes grficas; plantas baixas, cortes, detalhes tcnicos e perspectivas,
com dimensionamento e traados dos condutores (tubulao) a cada trecho do prdio.
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Especificaes tcnicas e normas para a sua aplicao.
Oramento, compreendendo o quantitativo (levantamento de quantidades) e os preos
unitrios e globais da obra a ser executada.
7/22/2019 NORMAS DE DESENHOS TCNICOS
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Imagem 53: Detalhe de vistas da instalao de um vaso sanitrio. (fonte:
desconhecido) SISTEMA DE ESGOTO PRIMRIO, SECUNDRIO E VENTILAO
As instalaes prediais de esgotos sanitrios podem ser divididas em duas sees,
caracterizadas da seguinte forma:
Instalao de esgoto primrio seo conectada ao coletor pblico, compreendendo
as tubulaes, dispositivos e aparelhos sanitrios que contm gases provenientes
desse coletor (ou de uma fossa sptica), tais como coletor predial, subcoletores,
ramais de esgotos, ramais de descarga, tubos de queda, tubos ventiladores primrios,coluna de ventilao e tubos ventiladores, caixas de inspeo, caixas retentoras de
gorduras, caixas sifonadas, sifes, vasos sanitrios e demais conectores
(MACINTYRE, 1996, p. 189).
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A instalao de esgoto secundrio o trecho de seo desconectado do coletor
pblico (ou de uma fossa sptica), compreendendo as canalizaes, dispositivos eaparelhos sanitrios que no tem gases provenientes desse coletor. Ou seja, a parte
do esgoto que no esta em contato com os gases originados do coletor pblico ou de
uma fossa sptica.
A NBR 8160/83 estabelece: as instalaes primrias de esgoto devem ser dotadas de
ventil