normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas

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    Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos LEI COMPLEMENTAR N 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999

    Dispe sobre as normas gerais para aorganizao, o preparo e o emprego daForas Armadas.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei Complementar:

    CAPTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Seo IDa Destinao e Atribuies

    Art. 1o As Foras Armadas, constitudas pela Marinha, pelo Exrcito e pela Aeronutica,so instituies nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e nadisciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da Repblica e destinam-se defesa daPtria, garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e daordem.

    Pargrafo nico. Sem comprometimento de sua destinao constitucional, cabe tambms Foras Armadas o cumprimento das atribuies subsidirias explicitadas nesta LeiComplementar.

    Seo IIDo Assessoramento ao Comandante Supremo

    Art. 2o O Presidente da Repblica, na condio de Comandante Supremo das ForasArmadas, assessorado:

    I - no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa; eII - no que concerne aos demais assuntos pertinentes rea militar, pelo Ministro de

    Estado da Defesa. 1o O Conselho Militar de Defesa composto pelos Comandantes da Marinha, do

    Exrcito e da Aeronutica e pelo Chefe do Estado-Maior de Defesa. 1o O Conselho Militar de Defesa composto pelos Comandantes da Marinha, do

    Exrcito e da Aeronutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Foras Armadas.(Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    2o Na situao prevista no inciso I deste artigo, o Ministro de Estado da Defesa integraro Conselho Militar de Defesa na condio de seu Presidente.

    CAPTULO IIDA ORGANIZAO

    Seo IDas Foras Armadas

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    Art. 3o As Foras Armadas so subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondode estruturas prprias.

    Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Foras Armadas, rgo de assessoramentopermanente do Ministro de Estado da Defesa, tem como chefe um oficial-general do ltimoposto, da ativa ou da reserva, indicado pelo Ministro de Estado da Defesa e nomeado peloPresidente da Repblica, e dispor de um comit, integrado pelos chefes de Estados-Maiores

    das 3 (trs) Foras, sob a coordenao do Chefe do Estado-Maior Conjunto das ForasArmadas. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010). 1o Se o oficial-general indicado para o cargo de Chefe do Estado-Maior Conjunto das

    Foras Armadas estiver na ativa, ser transferido para a reserva remunerada quandoempossado no cargo. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    2o assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Foras Armadas o mesmograu de precedncia hierrquica dos Comandantes e precedncia hierrquica sobre os demaisoficiais-generais das 3 (trs) Foras Armadas. (Includo pela Lei Complementar n 136, de2010).

    3o assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Foras Armadas todas asprerrogativas, direitos e deveres do Servio Ativo, inclusive com a contagem de tempo deservio, enquanto estiver em exerccio. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    Art. 4o A Marinha, o Exrcito e a Aeronutica dispem, singularmente, de umComandante, nomeado pelo Presidente da Repblica, ouvido o Ministro de Estado da Defesa,o qual, no mbito de suas atribuies, exercer a direo e a gesto da respectiva Fora.

    Art. 4o A Marinha, o Exrcito e a Aeronutica dispem, singularmente, de 1 (um)Comandante, indicado pelo Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente daRepblica, o qual, no mbito de suas atribuies, exercer a direo e a gesto da respectivaFora. (Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    Art. 5o Os cargos de Comandante da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica so privativosde oficiais-generais do ltimo posto da respectiva Fora.

    1o assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronuticaprecedncia hierrquica sobre os demais oficiais-generais das trs Foras Armadas.

    2o Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Foraestiver na ativa, ser transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo.

    3o So asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronuticatodasas prerrogativas, direitos e deveres do Servio Ativo, inclusive com a contagem de tempo deservio, enquanto estiverem em exerccio.

    Art. 6o O Poder Executivo definir a competncia dos Comandantes da Marinha, doExrcito e da Aeronutica para a criao, a denominao, a localizao e a definio das

    atribuies das organizaes integrantes das estruturas das Foras Armadas.Art. 7o Compete aos Comandantes das Foras apresentar ao Ministro de Estado da

    Defesa a Lista de Escolha, elaborada na forma da lei, para a promoo aos postos de oficiais-generais e indicar os oficiais-generais para a nomeao aos cargos que lhes so privativos.

    Art. 7o Compete aos Comandantes das Foras apresentar ao Ministro de Estado daDefesa a Lista de Escolha, elaborada na forma da lei, para a promoo aos postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para a nomeao aos cargos que lhes so privativos.(Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

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    Pargrafo nico. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de cadaFora, apresentar os nomes ao Presidente da Repblica, a quem compete promover osoficiais-generais e nome-los para os cargos que lhes so privativos.

    Art. 8o A Marinha, o Exrcito e a Aeronutica dispem de efetivos de pessoal militar e civil,fixados em lei, e dos meios orgnicos necessrios ao cumprimento de sua destinaoconstitucional e atribuies subsidirias.

    Pargrafo nico. Constituem reserva das Foras Armadas o pessoal sujeito aincorporao, mediante mobilizao ou convocao, pelo Ministrio da Defesa, por intermdioda Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, bem como as organizaes assim definidas em lei.

    Seo IIDa Direo Superior das Foras Armadas

    Art. 9o O Ministro de Estado da Defesa exerce a direo superior das Foras Armadas,assessorado pelo Conselho Militar de Defesa, rgo permanente de assessoramento, peloEstado-Maior de Defesa, pelas Secretarias e demais rgos, conforme definido em lei.

    Art. 9o O Ministro de Estado da Defesa exerce a direo superior das Foras Armadas,

    assessorado pelo Conselho Militar de Defesa, rgo permanente de assessoramento, peloEstado-Maior Conjunto das Foras Armadas e pelos demais rgos, conforme definido emlei. (Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    1o Ao Ministro de Estado da Defesa compete a implantao do Livro Branco de DefesaNacional, documento de carter pblico, por meio do qual se permitir o acesso ao amplocontexto da Estratgia de Defesa Nacional, em perspectiva de mdio e longo prazos, queviabilize o acompanhamento do oramento e do planejamento plurianual relativos aosetor. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    2o O Livro Branco de Defesa Nacional dever conter dados estratgicos, oramentrios,institucionais e materiais detalhados sobre as Foras Armadas, abordando os seguintestpicos: (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    I - cenrio estratgico para o sculo XXI; (Includo pela Lei Complementar n 136, de2010).

    II - poltica nacional de defesa; (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).III - estratgia nacional de defesa; (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).IV - modernizao das Foras Armadas; (Includo pela Lei Complementar n 136, de

    2010).V - racionalizao e adaptao das estruturas de defesa; (Includo pela Lei Complementar

    n 136, de 2010).VI - suporte econmico da defesa nacional; (Includo pela Lei Complementar n 136, de

    2010).VII - as Foras Armadas: Marinha, Exrcito e Aeronutica; (Includo pela Lei

    Complementar n 136, de 2010).VIII - operaes de paz e ajuda humanitria. (Includo pela Lei Complementar n 136, de

    2010).

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    3o O Poder Executivo encaminhar apreciao do Congresso Nacional, na primeirametade da sesso legislativa ordinria, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir do ano de2012, com as devidas atualizaes: (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    I - a Poltica de Defesa Nacional; (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).II - a Estratgia Nacional de Defesa; (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).III - o Livro Branco de Defesa Nacional. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).Art. 10. O Estado-Maior de Defesa, rgo de assessoramento do Ministro de Estado da

    Defesa, ter como Chefe um oficial-general do ltimo posto, da ativa, em sistema de rodzioentre as trs Foras, nomeado pelo Presidente da Repblica, ouvido o Ministro de Estado daDefesa.(Revogado pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    Art. 11. Compete ao Estado-Maior de Defesa elaborar o planejamento do empregocombinado das Foras Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na conduodos exerccios combinados e quanto atuao de foras brasileiras em operaes depaz,alm de outras atribuies que lhe forem estabelecidas pelo Ministro de Estado da Defesa.

    Art. 11. Compete ao Estado-Maior Conjunto das Foras Armadas elaborar oplanejamento do emprego conjunto das Foras Armadas e assessorar o Ministro de Estado daDefesa na conduo dos exerccios conjuntos e quanto atuao de foras brasileiras emoperaes de paz, alm de outras atribuies que lhe forem estabelecidas pelo Ministro deEstado da Defesa. (Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    Art. 11-A. Compete ao Ministrio da Defesa, alm das demais competncias previstas emlei, formular a poltica e as diretrizes referentes aos produtos de defesa empregados nasatividades operacionais, inclusive armamentos, munies, meios de transporte e decomunicaes, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, admitido delegaes sForas. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    CAPTULO IIIDO ORAMENTO

    Art. 12. O oramento do Ministrio da Defesa contemplar as prioridades da poltica dedefesa nacional, explicitadas na Lei de Diretrizes Oramentrias.

    Art. 12. O oramento do Ministrio da Defesa contemplar as prioridades definidas pelaEstratgia Nacional de Defesa, explicitadas na lei de diretrizes oramentrias. (Redao dadapela Lei Complementar n 136, de 2010).

    1o O oramento do Ministrio da Defesa identificar as dotaes prprias da Marinha, doExrcito e da Aeronutica.

    2o A consolidao das propostas oramentrias das Foras ser feita pelo Ministrio daDefesa, obedecendo-se as prioridades estabelecidas na poltica de defesa nacional,

    explicitadas na Lei de Diretrizes Oramentrias. 2o A proposta oramentria das Foras ser elaborada em conjunto com o Ministrio da

    Defesa, que a consolidar, obedecendo s prioridades estabelecidas na Estratgia Nacional deDefesa, explicitadas na lei de diretrizes oramentrias. (Redao dada pela Lei Complementarn 136, de 2010).

    3o A Marinha, o Exrcito e a Aeronutica faro a gesto, de forma individualizada, dosrecursos oramentrios que lhes forem destinados no oramento do Ministrio da Defesa.

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    CAPTULO IVDO PREPARO

    Art. 13. Para o cumprimento da destinao constitucional das Foras Armadas, cabe aosComandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica o preparo de seus rgos operativos ede apoio, obedecidas as polticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa.

    1o

    O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento,organizao e articulao, instruo e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisasespecficas, inteligncia e estruturao das Foras Armadas, de sua logstica e mobilizao.(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    2o No preparo das Foras Armadas para o cumprimento de sua destinaoconstitucional, podero ser planejados e executados exerccios operacionais em reaspblicas, adequadas natureza das operaes, ou em reas privadas cedidas para esse fim.(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    3o O planejamento e a execuo dos exerccios operacionais podero ser realizadoscom a cooperao dos rgos de segurana pblica e de rgos pblicos com interesses afins.(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    Art. 14. O preparo das Foras Armadas orientado pelos seguintes parmetros bsicos:I - permanente eficincia operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego

    interdependentes;II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contnua nacionalizao de seus

    meios, nela includas pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indstria nacional;III - correta utilizao do potencial nacional, mediante mobilizao criteriosamente

    planejada.CAPTULO V

    DO EMPREGOArt. 15. O emprego das Foras Armadas na defesa da Ptria e na garantia dos poderes

    constitucionais, da lei e da ordem, e na participao em operaes de paz, deresponsabilidade do Presidente da Repblica, que determinar ao Ministro de Estado daDefesa a ativao de rgos operacionais, observada a seguinte forma de subordinao:

    I - diretamente ao Comandante Supremo, no caso de Comandos Combinados, compostospor meios adjudicados pelas Foras Armadas e, quando necessrio, por outros rgos;

    II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, emoperaes combinadas, ou quando da participao brasileira em operaes de paz;

    I - ao Comandante Supremo, por intermdio do Ministro de Estado da Defesa, no caso deComandos conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Foras Armadas e, quando

    necessrio, por outros rgos; (Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em

    operaes conjuntas, ou por ocasio da participao brasileira em operaes de paz;(Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    III - diretamente ao respectivo Comandante da Fora, respeitada a direo superior doMinistro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma nica Fora.

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    1o Compete ao Presidente da Repblica a deciso do emprego das Foras Armadas,por iniciativa prpria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderesconstitucionais, por intermdio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do SenadoFederal ou da Cmara dos Deputados.

    2o A atuao das Foras Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa dequaisquer dos poderes constitucionais, ocorrer de acordo com as diretrizes baixadas em ato

    do Presidente da Repblica, aps esgotados os instrumentos destinados preservao daordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, relacionados no art. 144 daConstituio Federal.

    3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da ConstituioFederal quando, em determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelorespectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual como indisponveis, inexistentes ouinsuficientes ao desempenho regular de sua misso constitucional. (Includo pela LeiComplementar n 117, de 2004)

    4o Na hiptese de emprego nas condies previstas no 3o deste artigo, apsmensagem do Presidente da Repblica, sero ativados os rgos operacionais das ForasArmadas, que desenvolvero, de forma episdica, em rea previamente estabelecida e portempo limitado, as aes de carter preventivo e repressivo necessrias para assegurar o

    resultado das operaes na garantia da lei e da ordem. (Includo pela Lei Complementar n117, de 2004)

    5o Determinado o emprego das Foras Armadas na garantia da lei e da ordem, caber autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos rgos desegurana pblica necessrios ao desenvolvimento das aes para a autoridade encarregadadas operaes, a qual dever constituir um centro de coordenao de operaes, compostopor representantes dos rgos pblicos sob seu controle operacional ou com interessesafins.(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicao desta Lei Complementar, opoder conferido autoridade encarregada das operaes, para atribuir e coordenar misses outarefas especficas a serem desempenhadas por efetivos dos rgos de segurana pblica,obedecidas as suas competncias constitucionais ou legais. (Includo pela Lei Complementarn 117, de 2004)

    7o O emprego e o preparo das Foras Armadas na garantia da lei e da ordem soconsiderados atividade militar para fins de aplicao do art. 9o, inciso II, alnea c, do Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Cdigo Penal Militar. (Includo pela Lei Complementarn 117, de 2004)

    7o A atuao do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e Vdo art. 17, no inciso III do art. 17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civila que se refere o art. 16 desta Lei Complementar e no inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de15 de julho de 1965 (Cdigo Eleitoral), considerada atividade militar para os fins do art. 124da Constituio Federal. (Redao dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    CAPTULO VIDAS DISPOSIES COMPLEMENTARES Art. 16. Cabe s Foras Armadas, como atribuio subsidiria geral, cooperar com o

    desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da Repblica.Pargrafo nico. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas aes de carter geral a

    participao em campanhas institucionais de utilidade pblica ou de interesse social. (Includopela Lei Complementar n 117, de 2004)

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    Art. 16-A. Cabe s Foras Armadas, alm de outras aes pertinentes, tambm comoatribuies subsidirias, preservadas as competncias exclusivas das polcias judicirias,atuar, por meio de aes preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nasguas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquergravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteirios e ambientais, isoladamente ouem coordenao com outros rgos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as aesde: (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    I - patrulhamento; (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).II - revista de pessoas, de veculos terrestres, de embarcaes e de aeronaves; e(Includo

    pela Lei Complementar n 136, de 2010).III - prises em flagrante delito. (Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).Pargrafo nico. As Foras Armadas, ao zelar pela segurana pessoal das autoridades

    nacionais e estrangeiras em misses oficiais, isoladamente ou em coordenao com outrosrgos do Poder Executivo, podero exercer as aes previstas nos incisos II e III deste artigo.(Includo pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    Art. 17. Cabe Marinha, como atribuies subsidirias particulares:

    I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa defesa nacional;

    II - prover a segurana da navegao aquaviria;III - contribuir para a formulao e conduo de polticas nacionais que digam respeito ao

    mar;IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas guas

    interiores, em coordenao com outros rgos do Poder Executivo, federal ou estadual,quando se fizer necessria, em razo de competncias especficas.

    V cooperar com os rgos federais, quando se fizer necessrio, na represso aosdelitos de repercusso nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, guas interiores e dereas porturias, na forma de apoio logstico, de inteligncia, de comunicaes e de instruo.(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    Pargrafo nico. Pela especificidade dessas atribuies, da competncia doComandante da Marinha o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como"Autoridade Martima", para esse fim.

    Art. 17A. Cabe ao Exrcito, alm de outras aes pertinentes, como atribuiessubsidirias particulares: (Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    I contribuir para a formulao e conduo de polticas nacionais que digam respeito ao

    Poder Militar Terrestre; (Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)II cooperar com rgos pblicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente,

    com empresas privadas, na execuo de obras e servios de engenharia, sendo os recursosadvindos do rgo solicitante; (Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    III cooperar com rgos federais, quando se fizer necessrio, na represso aos delitosde repercusso nacional e internacional, no territrio nacional, na forma de apoio logstico, deinteligncia, de comunicaes e de instruo; (Includo pela Lei Complementar n 117, de2004)

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    IV atuar, por meio de aes preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre,contra delitos transfronteirios e ambientais, isoladamente ou em coordenao com outrosrgos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as aes de: (Includo pela LeiComplementar n 117, de 2004)(Revogado pela Lei Complementar n 136, de 2010).

    a) patrulhamento; (Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)b) revista de pessoas, de veculos terrestres, de embarcaes e de aeronaves;e (Includo

    pela Lei Complementar n 117, de 2004)c) prises em flagrante delito. (Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)Art. 18. Cabe Aeronutica, como atribuies subsidirias particulares:I - orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviao Civil;II - prover a segurana da navegao area;III - contribuir para a formulao e conduo da Poltica Aeroespacial Nacional;IV - estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concesso, a inf ra-estrutura

    aeroespacial, aeronutica e aeroporturia;V - operar o Correio Areo Nacional.VI cooperar com os rgos federais, quando se fizer necessrio, na represso aos

    delitos de repercusso nacional e internacional, quanto ao uso do espao areo e de reasaeroporturias, na forma de apoio logstico, de inteligncia, de comunicaes e de instruo;(Includo pela Lei Complementar n 117, de 2004)

    VII atuar, de maneira contnua e permanente, por meio das aes de controle do espaoareo brasileiro, contra todos os tipos de trfego areo ilcito, com nfase nos envolvidos notrfico de drogas, armas, munies e passageiros ilegais, agindo em operao combinada com

    organismos de fiscalizao competentes, aos quais caber a tarefa de agir aps a aterragemdas aeronaves envolvidas em trfego areo ilcito. (Includo pela Lei Complementar n 117, de2004)

    Pargrafo nico. Pela especificidade dessas atribuies, da competncia doComandante da Aeronutica o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designadocomo "Autoridade Aeronutica", para esse fim.

    VII - preservadas as competncias exclusivas das polcias judicirias, atuar, de maneiracontnua e permanente, por meio das aes de controle do espao areo brasileiro, contratodos os tipos de trfego areo ilcito, com nfase nos envolvidos no trfico de drogas, armas,munies e passageiros ilegais, agindo em operao combinada com organismos defiscalizao competentes, aos quais caber a tarefa de agir aps a aterragem das aeronavesenvolvidas em trfego areo ilcito, podendo, na ausncia destes, revistar pessoas, veculosterrestres, embarcaes e aeronaves, bem como efetuar prises em flagrante delito.(Redao

    dada pela Lei Complementar n 136, de 2010).Pargrafo nico. Pela especificidade dessas atribuies, da competncia do

    Comandante da Aeronutica o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designadocomo Autoridade Aeronutica Militar, para esse fim. (Redao dada pela Lei Complementar n136, de 2010).

    CAPTULO VIIDAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS

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    Art. 19. At que se proceda reviso dos atos normativos pertinentes, as refernciaslegais a Ministrio ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica passam aser entendidas como a Comando ou a Comandante dessas Foras, respectivamente, desdeque no colidam com atribuies do Ministrio ou Ministro de Estado da Defesa.

    Art. 20. Os Ministrios da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica sero transformados emComandos, por ocasio da criao do Ministrio da Defesa.

    Art. 21. Lei criar a Agncia Nacional de Aviao Civil, vinculada ao Ministrio da Defesa,rgo regulador e fiscalizador da Aviao Civil e da infra-estrutura aeronutica e aeroporturia,estabelecendo, entre outras matrias institucionais, quais, dentre as atividades eprocedimentos referidos nos incisos I e IV do art. 18, sero de sua responsabilidade.

    Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicao.Art. 23. Revoga-se a Lei Complementar no 69, de 23 de julho de 1991.Braslia, 9 de junho de 1999; 178o da Independncia e 111o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

    lcio lvaresEste texto no substitui o publicado no DOU de 10.6.1999