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CONTROLE DE QUALIDADE

Normas Tecnicas Gerais

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CONTROLE DE QUALIDADE

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Procedimento para Pavimentação Asfáltica

PAVIMENTAÇÃO – REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

RESUMO Este documento define a sistemática a ser empregada na realização da regularização do subleito. Neste documento encontram-se os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da regularização do subleito de rodovias a pavimentar, com a terraplenagem já concluída.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço; b) DNER-ES 281/97 - Empréstimos;c) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo “in

situ”, com emprego do balão de borracha;d) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte califórnia utilizando

amostras não trabalhadas;

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e) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do "Speedy" ;

f) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento; g) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;h) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do

álcool;i) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in

situ", com o emprego do frasco de areia; j) DNER-ME 122/94 -Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia

e método expedito;l) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas;m) DNER-PRO 277/97- Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;n) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;o) Manual de Pavimentação - DNER, 1996.

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Regularização - operação destinada a conformar o leito estradal, quando necessário, transversal e longitudinalmente, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de espessura e de acordo com os perfis transversais e longitudinais indicados no projeto.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. A regularização será executada prévia e isoladamente da construção de outra camada do pavimento.4.2. Os cortes e aterros, além de 20cm máximos serão executados de acordo com as especificações de terraplenagem.4.3. Não será permitida a execução dos serviços destas Especificações em dias de chuva.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. MaterialOs materiais empregados na regularização do subleito serão os do próprio. Em caso de substituição ou adição de material, estes, deverão ser provenientes de ocorrências de materiais indicadas no projeto e apresentar as seguintes características:

5.1.1. Não possuir partículas com diâmetro máximo acima de 76mm (3 polegadas);5.1.2. Índice Suporte Califórnia - ISC - conforme indicações do projeto e Expansão 2% quando determinados através dos ensaios:a) Ensaio de Compactação DNER-ME 129 (Método A); b) Ensaio de Índice Suporte Califórnia DNER-ME 049 com a energia do ensaio de

compactação.

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5.2. Equipamento São indicados os seguintes tipos de equipamento para a execução de regularização:

5.2.1. Motoniveladora pesada com escarificador.5.2.2. Carro tanque distribuidor de água.5.2.3. Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático.5.2.4. Grade de discos.5.2.5. Pulvi-misturador.Os equipamentos de compactação e mistura são escolhidos de acordo com o tipo de material empregado.

5.3. Execução5.3.1. Toda a vegetação e material orgânico porventura existentes no leito da rodovia serão removidos.5.3.2. Após a execução de cortes, aterros e adição do material necessário para atingir o greide de projeto, procede-se escarificação geral na profundidade de 20cm, seguida de pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento.5.3.3. No caso de cortes em rocha a requalificação deverá ser executada de acordo com o projeto específico de cada caso.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da regularização do subleito são:

6.1. Na exploração das Ocorrências de Materiais6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na Especificação DNER-ES 281 e DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental.6.1.2 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da Especificação DNER-ES 279.

6.2. Na Execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental se referem a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO7.1. Controle do materialDeverão ser adotados os seguintes procedimentos:

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7.1.1. Realizar ensaios de caracterização do material espalhado na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletados uma amostra para cada 3000m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência destes ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.2. Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129 (método A) com material coletado na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletados uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência destes ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.3. Ensaios de índice suporte Califórnia - ISC e Expansão, pelo método DNER-ME 049 com energia de compactação do item 7.1.2 para o material coletado na pista, em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletadas uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por camada por jornada diária de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.4. O número de ensaios ou determinações, será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade ser assumido pelo executante, conforme a tabela seguinte:

Tabela - Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios ou determinações por segmento e por camada (área inferior a 4000m²) é de 5.

7.2. Controle da Execução7.2.1. Ensaio de umidade higroscópica do material, imediatamente antes da compactação, para cada 100m de pista a ser compactada em locais escolhidos aleatoriamente. (método DNER-ME 052 ou DNER-ME 088). As tolerâncias admitidas para a umidade higroscópica serão de ± 2% em torno da umidade ótima. 7.2.2. Ensaio de massa específica aparente seca "in situ" em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, distribuídas regularmente ao longo do segmento, pelo método DNER-ME 092, DNER-ME 036. Para pistas de extensão limitada, com volumes de no máximo 1250m³ de material, deverão ser feitas pelo menos 5 determinações para o cálculo do grau de compactação - GC.

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7.2.3. Os cálculos de grau de compactação GC 100% serão realizados utilizando-se os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica aparente seca "in situ" obtidas na pista.7.2.4. O número de ensaios para verificação do Grau de Compactação - GC 100%, será definido em função do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade, a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.1.4.

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle GeométricoApós a execução da regularização do subleito, proceder-se-á a relocação e nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:a)± 10cm, quanto a largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c)± 3cm em relação as cotas do greide do projeto.

7.4. Aceitação e Rejeição 7.4.1. O valor do IG, calculado a partir dos ensaios de caracterização do material, de acordo com 5.1.2 e 7.1.1, deverá sempre apresentar o resultado IG IG do subleito do projeto.7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado inferior a 1%.7.4.3. Será controlado o valor mínimo para os valores de ISC e grau de compactação - GC 100%, adotando-se o seguinte procedimento:

- Ks < valor mínimo de projeto rejeita-se o serviço.

- Ks > valor mínimo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde: Xi - valores individuais.

- média da amostra.s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.4. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.7.4.5. Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

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8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOA medição dos serviços de regularização do subleito será feita por metro quadrado de plataforma concluída, com os dados fornecidos pelo projeto.

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PAVIMENTAÇÃO – REFORÇO DO SUBLEITO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da camada de reforço do subleito utilizando solo estabilizado granulometricamente. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e pagamento dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. APRESENTAÇÃOEsta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de reforço do subleito.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço; b) DNER-ES 281/97 - Empréstimos;c) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo “in

situ”, com emprego do balão de borracha;d) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte califórnia utilizando

amostras não trabalhadas; e) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com

emprego do "Speedy" ;f) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento; g) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;

Page 9: Normas Tecnicas Gerais

h) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool;

i) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com o emprego do frasco de areia;

j) DNER-ME 122/94 -Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia e método expedito;

l) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas;m) DNER-PRO 277/97- Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;n) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;o) Manual de Pavimentação - DNER, 1996.

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Reforço do subleito - camada granular de pavimentação executada sobre o subleito devidamente compactado e regularizado.

4. CONDIÇÕES GERAISNão será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS5.1. Material

5.1.1. Os materiais constituintes são solos ou mistura de solos existentes, de qualidade superior a do subleito.5.1.2. Os materiais destinados à confecção de reforço de subleito quando submetidos aos ensaios de caracterização de:- DNER-ME 080 - DNER-ME 082 - DNER-ME 122 a) deverão apresentar Índice do Grupo, IG, igual ou menor que o IG do material do subleito. b) o índice de suporte Califórnia ISC deverá ser superior ao ISC do subleito, de acordo com indicações do projeto e Expansão < 1,0% quando determinada através dos seguintes ensaios:- compactação DNER-ME 129 (método A). - índice suporte califórnia - ISC, método DNER-ME 049 com a energia de

compactação do método indicado.

5.2. EquipamentoSão indicados os seguintes tipos de equipamentos para a execução do reforço do subleito: motoniveladora pesada com escarificador; carro tanque distribuidor de água; rolos compactadores, tipo pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático; grade de discos; pulvimisturador.

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5.3. Execução5.3.1. A execução do reforço do subleito compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais na pista, seguida de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada e nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.5.3.2. Quando houver necessidade de executar camada de reforço com espessura final superior a 20cm, estas serão subdivididas em camadas parciais. A espessura mínima de qualquer camada de reforço será de 10cm, após a compactação.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da camada de reforço do subleito são:

6.1. Na exploração das Ocorrências de Materiais6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281 e DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental.6.1.2. As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279.

6.2. Na Execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental se referem à disciplina do tráfego e estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma a evitar que, resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis, sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do materialDeverão ser adotados os seguintes procedimentos:

7.1.1. Ensaios de caracterização do material espalhado na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverá ser coletada uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência dos ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.2. Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129/94 (método A) com material coletado na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverá ser coletada uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência destes ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.

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7.1.3. Ensaios de índice suporte Califórnia - ISC e expansão pelo método DNER-ME 049/94, na energia de compactação indicada no item 7.1.2 para o material coletado na pista, em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletadas uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.4. O número de ensaios ou determinações, será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo executante, conforme a tabela seguinte:

Tabela - Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios ou determinações por camada e por segmento (área inferior a 4000m²) é de 5.

7.2. Controle da execução7.2.1. Ensaio de umidade higroscópia do material, imediatamente antes da compactação, por camada para cada 100m de pista a ser compactada em locais escolhidos aleatoriamente, (método DNER-ME 052 ou DNER-ME 088). As tolerâncias admitidas para a umidade higroscópica serão de ± 2% em torno da umidade ótima. 7.2.2. Ensaio de massa específica aparente seca "in situ" para cada 100m de pista em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, pelo método DNER-ME 092 ou DNER-ME 036. Para pistas de extensão limitada, com áreas de no máximo 4000m², deverão ser feitas pelo menos 5 determinações por camada para o cálculo do grau de compactação - GC.7.2.3. Os cálculos de grau de compactação GC 100% serão realizados utilizando-se os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica aparente seca "in situ" obtida na pista.7.2.4. O número de ensaios para verificação do Grau de Compactação - GC 100% será definido em função do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo executante, conforme tabela do item 7.1.4.

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle GeométricoApós a execução do reforço do subleito proceder a relocação e nivelamento do eixo e bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:a) ± 10cm, quanto a largura da plataforma;

b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto à espessura do projeto na camada projetada.

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7.4. Aceitação e Rejeição7.4.1. O valor do IG calculado a partir dos ensaios de caracterização do material, de acordo com 5.1.2 e 7.1.1, deverá sempre apresentar o resultado IG IG do subleito existente.7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado inferior a 1%.7.4.3. Será controlado o valor mínimo para os valores de ISC de projeto e grau de compactação - GC 100%, adotando-se o seguinte procedimento:

- Ks < valor mínimo de projeto rejeita-se o serviço.

- Ks > valor mínimo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde: Xi - valores individuais.

- média da amostra.s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.4. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.7.4.5. Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os seguintes critérios:

8.1. O reforço do subleito será medido em metros cúbicos de material compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto.

8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras médias obtidas no controle geométrico.

8.3. Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados projeto.

8.4. A reforço será medido em metros cúbicos de material espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto, incluindo mão de obra, materiais, equipamentos e encargos, além das operações de limpeza e expurgo de ocorrência de

Page 13: Normas Tecnicas Gerais

materiais, escavação, transporte, espalhamento, mistura e pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento na pista.

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PAVIMENTAÇÃO – SUB-BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da camada de sub-base do pavimento utilizando solo estabilizado granulometricamente. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e pagamento dos serviços.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada da sub-base estabilizada granulometricamente.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço;b) DNER-ES 281/97- Empréstimos;c) DNER-ME 029/94 - Solo - determinação de expansibilidade;d) DNER-ME 030/94 - Solos - determinação das relações sílica-alumina e sílica-

sesquióxidos; e) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in

situ", com o emprego do balão de borracha;f) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do índice de Suporte califórnia utilizando

amostras não trabalhadas;

Page 15: Normas Tecnicas Gerais

g) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do "Speedy";

h) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento;i) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;j) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool;l) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in

situ", com o emprego do frasco de areia;m) DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia

e método expedito;n) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas;o) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;p) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental; q) DNER - Manual de Pavimentação, 1996.

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Sub-Base estabilizada granulometricamente - camada granular de pavimentação executada sobre o subleito ou reforço do subleito devidamente compactado e regularizado.

4. CONDIÇÕES GERAISNão será permitida a execução dos serviços, objeto desta forma, em dias de chuva.5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. material5.1.1. Os materiais constituintes são solos, mistura de solos, mistura de solos e materiais britados, escória ou produtos totais de britagem.5.1.2. Os materiais destinados à confecção da sub-base devem apresentar as características seguintes:a) índice de grupo - IG igual a zero quando submetido aos ensaios de caracterização

seguintes:- DNER-ME 080 - DNER-ME 122 - DNER-ME 082

b) a fração retida na peneira n° 10 no ensaio de granulometria deve ser constituída de partículas duras, isentas de fragmentos moles, material orgânico ou outras substâncias prejudiciais.

c) índice de suporte Califórnia ISC 20 ou de acordo com indicações do projeto, e expansão = 1,0% determinada através dos ensaios seguintes:- Compactação DNER-ME 129 (método B ou C), conforme indicação do projeto; - Índice Suporte Califórnia DNER-ME 049 com a energia de compactação definida no

projeto.

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5.1.3. No caso de solos lateríticos caracterizados no projeto, pela relação molecular sílica/sesquióxido R 2, os materiais submetidos aos ensaios acima poderão apresentar índice de grupo IG diferente de zero e expansão 0,5%, desde que o ensaio da expansibilidade (DNER-ME 029) apresente um valor inferior a 10%.

5.2. Equipamento5.2.1. São indicados os seguintes para a execução de sub-base granular: motoniveladora pesada com escarificador: carro tanque distribuidor de água, rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático, grade de discos, pulvimisturador e central de mistura.

5.3. Execução5.3.1. A execução da sub-base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais, em usina ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.5.3.2. Quando houver necessidade de se executar camada de sub-base com espessura final superior a 20cm, estas serão subdivididas em camadas parciais. A espessura mínima de qualquer camada de sub-base será 10cm, após a compactação.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da camada de sub-base estabilizada granulometricamente, são:

6.1. Na exploração das ocorrências de materiais6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281 e DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental.6.1.2. Caso seja utilizado material pétreo, os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais:

6.1.2.1. O material somente será aceito após a Executante apresentar a licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da obra. 6.1.2.2. Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.6.1.2.3. Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.6.1.2.4. Não provocar queimadas como forma de desmatamento.6.1.2.5. As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279.

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6.1.2.6. Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.6.1.2.7. Caso a brita seja fornecida por terceiros exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua operação junto ao órgão ambiental competente.

6.2. Na Execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental referem-se à disciplina do tráfego e estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou, combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO7.1. Controle do materialDeverão ser adotados os procedimentos seguintes:

7.1.1. Ensaios de caracterização do material espalhado na pista em locais determinados aleatoriamente. Coletada uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência destes ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.7.1.2. Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129 (método B ou C) com material coletado na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverá ser coletada uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de trabalho. A freqüência destes ensaios poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos. 7.1.3. No caso da utilização de material britado ou mistura de solo e material britado, a energia de compactação de projeto poderá ser modificada quanto ao número de golpes, de modo a se atingir o máximo da densificação, determinada em trechos experimentais, em condições reais de trabalho no campo.7.1.4. Ensaios de Índice Suporte California - ISC e expansão pelo método DNER-ME 049, na energia de compactação indicada no projeto para o material coletado na pista, em locais determinados aleatoriamente. Deverá ser coletada uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por camada por jornada diária de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por segmento de 1.000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos.

Page 18: Normas Tecnicas Gerais

7.1.5. O número de ensaios ou determinações será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade ser assumido pelo executante, conforme a tabela seguinte:

Tabela - Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

K 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios ou determinações por camada de segmento (área inferior a 4000m²) é de 5.

7.2. Controle da Execução7.2.1. Ensaio de umidade higroscópica do material, imediatamente antes da compactação por camada, para cada 100m de pista a ser compactada em locais escolhidos aleatoriamente. (método DNER-ME 052 ou DNER-ME 088). A tolerância admitida para a umidade higroscópica será de ± 2% da umidade ótima. 7.2.2. Ensaios de massa específica aparente seca "in situ" para cada 100m de pista em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, determinada pelos métodos DNER-ME 092, DNER-ME 036. Para pistas de extensão limitada, com áreas de no máximo 4.000m2, deverão ser feitas pelo menos 5 determinações por camada. para o cálculo do grau de compactação - GC.7.2.3. Os cálculos do grau de compactação, GC 100% serão realizados utilizando-se os valores da massa específica aparente seca obtida no laboratório e da massa específica aparente "in situ" obtida no campo.7.2.4. O número de ensaios para verificação do Grau de Compactação GC 100% será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante conforme tabela do item 7.1.5.

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle GeométricoApós a execução da sub-base proceder a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto a espessura do projeto na camada projetada.

7.4. Aceitação e Rejeição

Page 19: Normas Tecnicas Gerais

7.4.1. O valor do IG calculado a partir dos ensaios de caracterização do material, de acordo com 5.1.2 e 7.1.1, deverá sempre apresentar o resultado IG = 0, exceto no caso de solos lateríticos.

7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado inferior a 1%, e para os solos lateríticos inferior a 0,5%.

7.4.3. Será controlado o valor mínimo para os valores de ISC do projeto e Grau de Compactação, GC 100%, adotando-se o seguinte procedimento:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde: Xi - valores individuais.

- média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.4. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.7.4.5. Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A sub-base será medida em metros cúbicos de material compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto.8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras médias obtidas no controle geométrico.8.3. Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados projeto.

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PAVIMENTAÇÃO – SUB-BASE DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO

RESUMO

Esta Norma define a sistemática empregada na execução da camada de sub-base do pavimento utilizando uma mistura íntima de solo e cimento. Neste documento encontram-se definidos os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação e rejeição e de medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de sub-base de solo melhorado com cimento.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-EM 036/95 – Cimento Portland – recebimento e aceitação;b) DNER-ES-279/97 - Caminhos de serviço;c) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in

situ", com o emprego do balão de borracha;d) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando

amostras não trabalhadas;e) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com

emprego do "Speedy";f) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento;

Page 22: Normas Tecnicas Gerais

g) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;h) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool;

i) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com o emprego do frasco de areia;

j) DNER-ME 122/94 - Solos – determinação do limite de liquidez – método de referência e método expedito;

l) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas;m) DNER-ME 201/94 - Solo - cimento - compressão axial de corpos de prova cilíndricos; n) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;o) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;p) ABNT EB- 1, NBR 5732/91 - Cimento Portland comum; q) ABNT-EB 208, NBR 5735/91 - Cimento Portland de alto forno; r) ABNT-MB 348, NBR 7224/96 - Blaine - Cimento Portland – finura.

3. DEFINIÇÃOPara efeito desta Norma é adotada a definição seguinte:Sub-Base de solo melhorado com cimento - camada proveniente de uma mistura íntima e compactada de solo, cimento e água, em proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem em laboratório. 4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.4.2. Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado de certificado de fabricação com informações sobre a data de fabricação, origem e mais o necessário para sua caracterização, para o fim a que se destina.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. Material5.1.1. Cimento PortlandDeverá obedecer às exigências da DNER-EM 036/95 juntamente com as da ABNT NBR 5732.5.1.2. Água

Deverá ser isenta de teores nocivos como sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

5.1.3. SoloOs solos empregados na execução de sub-base de solo-cimento serão os provenientes de ocorrências de materiais, devendo apresentar as seguintes características, quando submetidos aos ensaios DNER-ME 080, DNER-ME 082 e DNER-ME 122:Porcentagem passando na peneira n° 200, máximo....................... 50%Índice de Plasticidade, máximo...................................................... 18%Limite de Liquidez, máximo........................................................... 40%

Page 23: Normas Tecnicas Gerais

5.1.4. A mistura projetada de solo cimento e água é deixada solta para curar, por um período mínimo de 72 horas, deverá satisfazer as seguintes características: a) Índice de Grupo IG = 0, quando submetida aos ensaios de cacterização do item 5.1.3;b) Índice de Suporte Califórnia ISC 30% e expansão máxima de 1% pelo método

DNER-ME 049 é obtido de acordo com a energia de compactação do DNER-ME 129 (Método B). O ensaio do Índice de Suporte Califórnia deverá ser realizado até a penetração de 12,7mm (0,5 polegada), de modo a ser possível o traçado com precisão da curva pressão - penetração. Na impossibilidade de atingir a penetração, o corpo-de-prova deverá ser destorroado, recomeçando o processo através da da moldagem de novos corpos-de-prova.

5.2. Equipamento5.2.1. Para execução de sub-base solo-cimento são indicados os equipamentos seguintes:

a) Motoniveladora com escarificador; b) Pulvimisturador;

c) Trator de esteiras ou pneumático; d) Carro-tanque distribuidor de água;

e) Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso, liso-vibratório e pneumático; f) central de mistura de capacidade adequada à obra.

5.2.2. As centrais de mistura deverão ser constituídas essencialmente de:5.2.2.1. Silos - geralmente para cimento e solo, providos de bocas de descarga e equipados com dispositivos que permitam graduar o escoamento.5.2.2.2.Transportadores de esteiras - que transportam o solo e o cimento na proporção conveniente, até o equipamento misturador.5.2.2.3. Equipamento misturador "Pug-Mill" constituído, normalmente, de uma caixa metálica contendo em seu interior como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido contrário, providos de chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em hastes que devido ao seu movimento forçam a mistura íntima dos materiais, ao mesmo tempo que os faz avançar até a saída do equipamento.5.2.2.4. Reservatório de água e canalizações que permitam depositar e espargir a água sobre o solo, no processo de mistura.5.2.2.5. Equipamento de carga de caminhões - constituído de um silo com transportadores de correias ou elevadores de canecas, colocados de modo que o caminhão transportador possa receber, por gravidade, a mistura.

5.3. Execução5.3.1. Mistura em Centrala) a mistura de solo selecionado, cimento e água deverá ser preparada em centrais de mistura, empregando materiais de ocorrências, objetivando as vantagens técnicas e econômicas na dosagem e homogeneização da mistura solo, cimento e água;

Page 24: Normas Tecnicas Gerais

b) o solo empregado na mistura, na central, deverá sofrer um processo de pulverização, exigindo-se que, excluído o material graúdo, no mínimo 60% em peso do material miúdo esteja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm (peneira n° 4);c) todas as operações necessárias ao preparo da mistura final serão realizadas na central, restando apenas o transporte da mistura, já pronta, para a rodovia, onde será enleirada, deixada curar por 72 horas, espalhada, umedecida e homogeneizada com as devidas precauções e de modo que, após a compactação apresentem espessura, greide longitudinal e seção transversal indicados no projeto;d) a faixa para receber a mistura de solo melhorado com cimento deverá estar preparada no que se refere à drenagem, nivelamento e seção transversal conforme fixados no projeto;e) a compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser feita, de preferência, com o emprego de rolos pneumáticos, que assegurem a obtenção da massa específica aparente indicada, em toda a espessura da camada compactada;f) a compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser iniciada com o emprego de rolos pé-de-carneiro e terminada com rolos lisos ou, de preferência, com rolos pneumáticos;g) quando houver necessidade de executar camada de sub-base com espessura final superior a 20cm, estas serão subdivididas em camadas parciais. A espessura mínima será 10cm, após a compactação. 5.3.2. Mistura na PistaNo caso de utilização do solo do próprio subleito ou solos selecionados com mistura na pista, deverão ser obedecidas as seguintes fases de execução:a) preparo da faixa; b) pulverização e homogeneização do solo local ou de empréstimo; c) distribuição de cimento; d) preparo da mistura de solo e cimento utilizando o equipamento de pulverização e

homogeneização; e) umedecimento, enleiramento e cura por 72 horas; f) espalhamento, umedecimento e homogeneização da cura da mistura; g) compactação e acabamento.

Todas estas fases de execução são similares às referidas para o caso de mistura utilizando central de mistura.

6. MANEJO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da camada de sub-base de solo melhorado com cimento, são:

6.1. Na Exploração das Ocorrências de Materiais

Page 25: Normas Tecnicas Gerais

6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281 e DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental.6.1.2. Caso utilizado material pétreo, os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais:

6.1.2.1. O material somente será aceito após a executante apresentar licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da obra.6.1.2.2. Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação.6.1.2.3. Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.6.1.2.4. Não provocar queimadas como forma de desmatamento.6.1.2.5. As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da especificação DNER-ES-279.6.1.2.6. Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando carreamento para cursos d’água.6.1.2.7. Caso a brita seja fornecida por terceiros, exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua operação junto ao órgão ambiental competente.

6.2. Na execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental se referem a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma a evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis, sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO7.1. Controle do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo à metodologia indicada pelo DNER e satisfazendo às especificações em vigor.

7.1.1. Cimento7.1.1.1. Todo cimento empregado na obra deverá estar de acordo com a DNER-EM 036 certificada pelo fabricante.7.1.1.2. Antes de usado, tanto na central da mistura quanto no espalhamento na pista, deverão ser executados na obra ensaios de determinação da finura (ABNT NBR 7224 Blaine, peneiramento) a fim de verificar se o cimento não está

Page 26: Normas Tecnicas Gerais

empedrado. A freqüência destes ensaios é de um ensaio por dia de trabalho ou sempre que houver dúvidas sobre a sanidade do cimento.7.1.1.3. O resíduo retido na peneira n° 200 (malha de 0,075mm) não deverá exceder a:a) cimento Portland de alto forno.....................10%;b) cimento comum............................................15%.

7.1.2. SolosOs solos a serem empregados no preparo da mistura, solo-cimento, tanto na mistura em usina quanto na pista, deverão ser examinados através dos ensaios de caracterização (DNER-ME 080, DNER-ME 082 e DNER-ME 122), a fim de verificar se estão de acordo com o projeto de mistura e as tolerâncias especificadas quanto à granulometria, e ao limite de liquidez e ao índice de plasticidade.

7.2. Controle da Execução7.2.1. Preparo da Mistura Solo Melhorado com Cimento

7.2.1.1.Tanto na mistura em usina quanto na mistura na pista deverão ser verificadas aleatoriamente:a) Antes da Aplicação do Cimento:

- Determinação do grau de pulverização do solo através de peneiramento na peneira n° 4 com exclusão do material graúdo (acima da peneira 3/8");

b) Depois da Adição do Cimento:- Verificação da quantidade do cimento incorporada (por peso ou volume);- Ensaio de compactação após 72 horas de cura da mistura para determinação da massa específica aparente máxima (DNER-ME 129 - Método B);- Determinação do teor de umidade higroscópica depois da adição da água e homogeneização da mistura curada (DNER-ME 052 e DNER-ME 088).

7.2.2. Compactação da Mistura de Solo Melhorado com Cimento na Pista

7.2.2.1. Tanto para a mistura fabricada transportada da usina, enleirada e espalhada na pista após cura de 72 horas, umedecida e homogeneizada, quanto a mistura fabricada na pista e manipulada nas mesmas condições deverão ser verificadas de maneira aleatória:

a) Imediatamente Antes da Compactação:- Determinações adicionais da umidade higroscópica (DNER-ME 052, DNER-ME 088);

- Ensaios de compactação e moldagem de corpos de provas (DNER-ME 129 - método B) para determinação do Índice de Suporte Califórnia após 4 dias de embebição (DNER-ME 049).

b) Após a Compactação:

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-Determinação da massa específica aparente "in situ" na pista compactada para o cálculo do GC - Grau de Compactação (DNER-ME 092 ou DNER-ME 036).

7.2.3. O número de ensaios e determinação do grau de pulverização, moldagem de corpos de prova para o ensaio de Índice de Suporte Califórnia de massa específica aparente "in situ" e GC - Grau de Compactação - para o controle da execução, será definido pelo Executante em função do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

Tabela - Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle GeométricoApós a execução da sub-base, proceder a relocação e o nivelamento do eixo dos bordos, permitindo-se as tolerâncias seguintes:a) 10cm, quanto a largura da plataforma;b) até 20%, em excesso, para flecha de abaulamento, não se tolerando falta;c) 10%, quanto a espessura do projeto.

7.4. Aceitação e Rejeição7.4.1. Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 e 7.2 deverão estar de acordo com o especificado em 5.1.7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado superior a 1,0%.7.4.3. O índice de Grupo da mistura solo cimento quando analisada através dos ensaios de caracterização deverá ser IG = 0.7.4.4. A análise dos resultados de controle do material de execução deverá atender o seguinte:a) para os ensaios de Grau de Compactação e ISC, em que são especificados um valor mínimo a atingir deve-se verificar o seguinte:

- ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço.

- ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

Sendo:

Page 28: Normas Tecnicas Gerais

Onde:Xi - valores individuais.

- média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.5. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.7.4.6. Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A sub-base será medida em metros cúbicos de material espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto.8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras médias obtidas no controle geométrico.8.3. Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.8.4. Na medição dos serviços estão incluídas as operações de limpeza e expurgo de ocorrência de materiais, escavação, transportes, operações referentes à central de mistura, à mistura na pista, quando especificadas, compactação, acabamento, proteção da base e o fornecimento do cimento.8.5. A sub-base será medida em metros cúbicos de material espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto, incluindo mão de obra, materiais, equipamentos e encargos, além das operações de limpeza e expurgo de ocorrências de materiais, escavação, transporte, espalhamento, mistura e pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento na pista.

PAVIMENTAÇÃO – BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE

Page 29: Normas Tecnicas Gerais

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da camada de base do pavimento utilizando solo estabilizado granulometricamente e estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação e rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de base de solo melhorado com cimento.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 036/95 – Cimento Portland – recebimento e aceitação; m) DNER-ES 279/97 – Caminhos de serviço; b) DNER-ES 281/97 – Empréstimos;c) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do balão de borracha;d) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando

amostras não trabalhadas;e) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do

"Speedy";f) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento;g) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;h) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool;i) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do frasco de areia;

Page 30: Normas Tecnicas Gerais

j) DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liquidez - método de referência e método expedito;

l) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas;m) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços; n) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;o) DNER - Manual de Pavimentação, 1996.

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Base estabilizada granulometricamente - camada granular de pavimentação executada sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente regularizado e compactado.

4. CONDIÇÕES GERAISNão permitir a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. material5.1.1. Os materiais constituintes são solos, mistura de solos, escória, mistura de solos e materiais britados ou produtos provenientes de britagem.5.1.2. Os materiais destinados a confecção da base devem apresentar as seguintes características:a) Quando submetidos aos ensaios : - DNER-ME 054/94- DNER-ME 080/94- DNER-ME 082/94- DNER-ME 122/94

Deverão possuir composição granulométrica satisfazendo uma das faixas do quadro abaixo de acordo com o n° N de tráfego do DNER.

Tipos Para N > 5 X 106 Para N < 5 X 106 Tolerâncias

Peneiras A B C D E F da faixa

% EM PESO PASSANDO de projeto

2" 100 100 - - - - ± 7

1" - 75-90 100 100 100 100 ± 7

3/8" 30-65 40-75 50-85 60-100 - - ± 7

N° 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 10-100 ± 5

N° 10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100 ± 5

N° 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70 ± 2

N° 200 2-8 5-15 5-15 10-25 6-20 8-25 ± 2

Page 31: Normas Tecnicas Gerais

- A fração que passa na peneira n° 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando esses limites forem ultrapassados, o equivalente de areia deverá ser maior que 30%. - A porcentagem do material que passa na peneira n° 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira n° 40.

b) Quando submetido aos ensaios:DNER-ME 129 (Método B ou C)DNER-ME 049

- O Índice de Suporte Califórnia, deverá ser superior a 60% e a expansão máxima será de 0,5%, com energia de compactação do Método B. Para rodovias em que o tráfego previsto para o período do projeto ultrapassar o valor de N = 5 X 106, o Índice Suporte Califórnia do material da camada de base deverá ser superior a 80%; neste caso, a energia de compactação será a do Método C. - O agregado retido na peneira n° 10 deverá ser constituído de partículas duras e resistentes, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, estes isentos de matéria vegetal ou outra substância prejudicial. Quando submetidos ao ensaio de Los Angeles (DNER-ME 035), não deverão apresentar desgaste superior a 55% admitindo-se valores maiores no caso de em utilização anterior terem apresentado desempenho satisfatório.

5.2. Equipamento5.2.1. São indicados os seguintes tipos de equipamentos para a execução de Base granular: Motoniveladora pesada com escarificador; carro tanque distribuidor de água; rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático; grade de discos; pulvimisturador e central de mistura.

5.3. Execução5.3.1. A execução da base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais realizados na pista ou em central de mistura, bem como o espalhamento, compactação e acabamento na pista devidamente preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.5.3.2. Quando houver necessidade de se executar camada de base com espessura final superior a 20cm, estas serão subdivididas em camadas parciais. A espessura mínima de qualquer camada de base será 10cm, após a compactação.

6. MANEJO AMBIENTALObservar os seguintes cuidados visando a preservação do meio ambiente no decorrer das operações destinadas à execução da camada de base estabilizada granulometricamente:

Page 32: Normas Tecnicas Gerais

6.1. Na Exploração das Ocorrências de Materiais6.1.1. Atender às recomendações preconizadas na DNER-ES 281/97 e DNER-ISA 07

- Instrução de Serviço Ambiental.6.1.2. Adotar os seguintes cuidados na exploração das ocorrências de materiais:6.1.2.1. Apresentar a licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento

da cópia da licença junto ao Livro de Ocorrências da obra.6.1.2.2. Evitar a localização de pedreira e instalações de britagem em área de

preservação ambiental.6.1.2.3. Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os

danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.2.4. Impedir queimadas como forma de desmatamento.6.1.2.5. Seguir as recomendações da DNER-ES 279/97, na implantação das estradas

de acesso.6.1.2.6. Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para

retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.

6.1.2.7. Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua operação, junto ao órgão ambiental competente, caso a brita seja fornecida por terceiros.

6.2. Na Execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e

do estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Proibir o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para

evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos

equipamentos, devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do materialDeverão ser adotados os seguintes procedimentos:

7.1.1. Ensaios de caracterização e de equivalente de areia do material espalhado na pista pelos métodos DNER-ME 054, DNER-ME 080, DNER-ME 082, DNER-ME 122, em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletados uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por jornada diária de 8 horas de horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos. No caso do emprego de usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

Page 33: Normas Tecnicas Gerais

7.1.2. Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129 (método B ou C) com materiais coletados na pista em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletados uma amostra por camada para cada 300m de extensão, ou por jornada diária de 8 horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos. No caso do emprego em usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

7.1.3. No caso da utilização de material britado ou mistura de solo e material britado, a energia de compactação de projeto deverá ser modificada quanto ao número de golpes, de modo a se atingir o máximo da densificação, determinada em trechos experimentais em condições reais de trabalho no campo.

7.1.4. Ensaios de Índice Suporte Califórnia - ISC e expansão pelo método DNER-ME 049, na energia de compactação indicada no projeto para o material coletado na pista, em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletadas uma amostra por camada para cada 300m de pista, ou por camada por jornada diária de 8 horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 1000m de extensão, no caso de emprego de materiais homogêneos. No caso do emprego em usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

7.1.5. O número de ensaios e determinações de controle do material, será definido pelo Executante em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

Tabela - Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

K 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios e determinações por segmento e por camada (área inferior a 4000m²) é de 5.

7.2. Controle da Execução7.2.1. Ensaio de umidade higroscópica do material, imediatamente antes da

compactação por camada, para cada 100m de pista a ser compactado em locais escolhidos aleatoriamente. (método DNER-ME 052 ou DNER-ME 088). As tolerâncias admitidas para a umidade higroscópica serão de ± 2% em torno da umidade ótima.

7.2.2. Ensaio de massa específica aparente seca "in situ" em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, para cada 100m de extensão, pelo método DNER-ME 092, DNER-ME 036. Para pistas de extensão limitada, com no máximo 4000m² de material, deverão ser feitas pelo menos 5 determinações para o cálculo do grau de compactação - GC.

Page 34: Normas Tecnicas Gerais

7.2.3. Os cálculos do grau de compactação, GC>100%, serão realizadas utilizando-se os valores da massa específica aparente seca obtidas no laboratório e da massa específica aparente "in situ" obtida no campo.

7.2.4. O número de determinações do Grau de Compactação - GC - será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante conforme Tabela do item 7.1.5.

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle Geométrico

Após a execução da base, proceder a relocação e ao nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

c) ± 10%, quanto a espessura do projeto da camada.

7.4. Aceitação e Rejeição7.4.1. Os valores dos ensaios de limite de liquidez, limite de plasticidade e de

equivalente de areia dos itens 5.1.2 e 7.1.1 deverão estar de acordo com esta Especificação.7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar

resultado inferior a 0,5%.7.4.3. Serão controlados estatisticamente os valores máximos e mínimos da

granulometria da mistura, adotando-se o seguinte procedimento:

- ks < valor mínimo admitido ou + ks > valor máximo admitido rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo admitido e + ks valor máximo admitido aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

- média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.4. Será controlado estatisticamente o valor mínimo do ISC e do Grau de Compactação - GC - adotando-se o seguinte procedimento:

Se - ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço;

Se - ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

7.4.5. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

Page 35: Normas Tecnicas Gerais

7.4.6. Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A base será medida em metros cúbicos de material espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto, incluindo mão de obra, materiais, equipamentos e encargos, além das operações de limpeza e expurgo de ocorrência de materiais, escavação, transporte, espalhamento, mistura e pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento na pista.

8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras médias obtidas no controle geométrico.

8.3. Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.

Page 36: Normas Tecnicas Gerais

PAVIMENTAÇÃO – BASE DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da camada de base do pavimento utilizando uma mistura íntima de solo selecionado e cimento. Neste documento encontram-se definidos os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de base de solo melhorado com cimento.

2. REFERÊNCIAS

Page 37: Normas Tecnicas Gerais

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 036/95- Cimento Portland - recebimento e aceitação;b) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço;c) DNER-ES 281/97 – Empréstimos;d) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do balão de borracha;e) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do índice de suporte califórnia utilizando amostras

não trabalhadas;f) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do

"Speedy";g) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento; h) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;i) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool;j) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do frasco de areia;l) DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia e

método expedito; m) DNER-ME 129/94 - Solos - compactação utilizando amostras não trabalhadas; n) DNER-ME 201/94 - Solo - cimento - compressão axial de corpos de prova cilíndricos; o) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;p) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;q) ABNT NBR 5732/91 - Cimento Portland comum;r) ABNT NBR 5735/91 - Cimento Portland de alto forno;s) ABNT NBR 7224/96 - Cimento Portland e outros materiais em pó – determinação da área

específica;

3. DEFINIÇÃOPara efeito desta Norma, é adotada a definição seguinte:Base de solo melhorado com cimento - camada proveniente de uma mistura íntima e compactada de solo selecionado, cimento e água em proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem em laboratório.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.4.2. Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado de

certificado de fabricação, com informações sobre a data de fabricação, origem, etc.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Page 38: Normas Tecnicas Gerais

5.1. Material5.1.1. Cimento Portland

Deverá obedecer às exigências da Norma DNER-EM 036, juntamente com as especificações da ABNT NBR-6118/80.

5.1.2. ÁguaDeverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

5.1.3. SoloOs solos empregados na execução de base de solo-cimento serão os provenientes de ocorrências de materiais, devendo apresentar as seguintes características quando submetidos aos ensaios de:

Granulometria de Solos (DNER-ME 080) Limite de Plasticidade (DNER-ME 082) Limite de Liquidez (DNER-ME 122)

a) deverão apresentar composição granulométrica enquadrada em uma das faixas abaixo:

PENEIRAS FAIXAS

pol. mm. A B C D

2" 50,8 100 100 - -

1" 25,4 - 75 - 90 100 100

3/8" 9,5 30 - 65 40 - 75 50 - 85 60 - 100

N°4 4,8 25 - 55 50 - 60 35 - 65 50 - 85

N°10 2,0 15 - 40 20 - 45 25 - 50 40 -70

N°40 0,42 8 - 20 15 - 30 15 - 30 25 - 45

N°200 0,074 2 - 8 5 -15 5 - 15 5 - 20

b) a fração que passa na peneira n° 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 40% e índice de plasticidade inferior ou igual a 18%.

c) o agregado retido na peneira n° 10 deve ser constituído de partículas duras e duráveis, isento de fragmentos moles, alongados ou achatados, de matéria vegetal ou outra substância prejudicial.

5.1.4. Mistura Solo Selecionado, Cimento e ÁguaA mistura do solo-cimento e água projetada depois de deixada solta para curar por um período mínimo de 72 horas, deverá apresentar às seguintes características quando submetidas aos ensaios de:

Limite de Liquidez (DNER-ME 122) Limite de Plasticidade (DNER-ME 082) Compactação (DNER-ME 129 - Método B)

Page 39: Normas Tecnicas Gerais

ISC - Índice Suporte Califórnia (DNER-ME 049)

a) Limite de Liquidez igual ou inferior a LL 25%;b) Índice de Plasticidade igual ou inferior a IP 6%;c) Índice de Suporte Califórnia ISC 80% e expansão máxima de 0,5% obtida de

acordo com a energia de compactação do (DNER-ME 129 - Método B). O ensaio do Índice de Suporte Califórnia deverá ser realizado até a penetração de 12,7mm (0,5 polegada), de modo a atingir o traçado da curva pressão-penetração com precisão. Na impossibilidade de atingir esta penetração, o corpo-de-prova deverá ser destorroado, recomeçando o processo da determinação do ISC através da moldagem de novos corpos-de-prova.

5.2. Equipamento5.2.1. Para execução de base de solo melhorado com cimento são indicados os

equipamentos seguintes:a) Motoniveladora com escarificador; b) Pulvimisturador; c) Trator de esteiras ou pneumático; d) Carro-tanque distribuidor de água; e) Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso, liso-vibratório e pneumático; f) Central de mistura de capacidade adequada a obra. 5.2.2. A central de mistura deverão ser constituídas essencialmente de:

5.2.2.1. Silos - geralmente para cimento e solo, providos de bocas de descarga e equipados com dispositivos que permitam graduar o escoamento;

5.2.2.2. Transportadores de esteiras - transportam solo e cimento na proporção conveniente, até o equipamento misturador;

5.2.2.3. Equipamento misturador ("Pug-Mill") constituído, normalmente, de uma caixa metálica contendo em seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido contrário, são providos chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em hastes, e, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima dos materiais, ao mesmo tempo que os faz avançar até a saída do equipamento;

5.2.2.4. Reservatório de água e canalizações - para depositar e espargir a água sobre o solo, no processo de mistura;

5.2.2.5. Equipamento de carga de caminhões - constituído de um silo, abastecido por transportadores de correias ou elevadores de canecas e colocados de modo que o caminhão transportador possa receber, por gravidade, a mistura.

5.3. Execução5.3.1. Mistura em Central

Page 40: Normas Tecnicas Gerais

a) a mistura do solo selecionado, cimento e água deverá ser preparada em centrais de mistura, empregando-se materiais de ocorrências, objetivando as vantagens técnicas e econômicas da dosagem e da homogeneização da mistura solo, cimento e água;

b) o solo empregado na mistura, em central, deverá sofrer um processo de pulverização, exigindo-se que, excluído o material graúdo, no mínimo 60% em peso do material miúdo esteja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm (peneira n°4);

c) todas as operações necessárias ao preparo da mistura final serão realizadas em central, restando apenas o transporte da mistura já pronta para a rodovia onde será enleirada, deixada curar por 72 horas, espalhada umedecida e homogeneizada com as devidas precauções de modo que, após a compactação apresente a espessura, o greide longitudinal e a seção transversal referida no projeto;

d) a faixa para receber a mistura de solo melhorado com cimento deverá estar preparada quanto à drenagem, nivelamento e seção transversal, fixados no projeto;

e) a compactação da mistura depois de curada, umedecida e homogeneizada deverá ser com o emprego de equipamentos que assegurem a obtenção da massa específica aparente fixada, em toda a espessura da camada compactada;

f) o grau de compactação mínimo será de 100% em relação à massa específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio (DNER-ME 129 - Método B);

g) se necessário, executar camada de base com espessura final superior a 20cm, subdividí-las em camadas parciais. A espessura mínima será de 10cm, após a compactação.

5.3.2. Mistura na PistaNo caso de utilização do solo do próprio subleito ou solos selecionados com mistura na pista, deverão ser obedecidas as seguintes fases de execução:

a) preparo da faixa; b) pulverização e homogeneização do solo local ou importado; c) distribuição de cimento; d) preparo da mistura de solo e cimento utilizando o equipamento de pulverização e

homogeneização; e) umedecimento, enleiramento e cura por 72 horas; f) espalhamento, umedecimento e homogeneização da cura da mistura; g) compactação e acabamento.

5.3.2.2. Todas estas fases de execução são similares as referidas para o caso de mistura utilizando-se central de mistura.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da camada de base de solo melhorado com cimento são:

6.1. Na Exploração das Ocorrências de Materiais

Page 41: Normas Tecnicas Gerais

6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281/97 e DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental.

6.1.2. Caso seja utilizado material pétreo, os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais:

6.1.2.1. O material somente será aceito após a executante apresentar a licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2.2. Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação.

6.1.2.3. Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração, e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.2.4. Não provocar queimadas como forma de desmatamento.6.1.2.5. As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES

279/97.6.1.2.6. Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de

sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando carreamento para cursos d’água.

6.1.2.7. Caso a brita seja fornecida por terceiros, exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua operação junto ao órgão ambiental competente.

6.2. Na Execução6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental se referem à disciplina do tráfego e

estacionamento dos equipamentos.6.2.2. Proibir o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal para evitar

danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos

equipamentos, devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo a metodologia indicada pelo DNER e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1. Cimento

Page 42: Normas Tecnicas Gerais

Todo cimento a ser empregado na obra deverá estar de acordo com a DNER-EM 036, certificada pelo fabricante.Antes de usado, tanto na central da mistura quanto no espalhamento da pista, deverão ser executados na obra ensaios de determinação da finura (ABNT MB-348 Blaine, peneiramento) a fim de verificar se o cimento não está empedrado. A freqüência dos ensaios é de um ensaio por dia de trabalho ou sempre que houver dúvidas sobre a sanidade do cimento.O resíduo retido na peneira n° 200 (malha de 0,075mm) não deverá exceder:

- Cimento Portland de Alto forno................10%- Cimento Comum........................................15%

7.1.2. SolosOs solos empregados na confecção da mistura solo-cimento, tanto na mistura em usina quanto na pista, deverão ser examinados através dos ensaios de caracterização (DNER-ME 080, DNER-ME 082 e DNER-ME 122) a fim de verificar se estão de acordo com o projeto de mistura e as tolerâncias especificadas quanto a granulometria, limite de liquidez e índice de plasticidade.

7.2. Controle da Execução7.2.1. Confecção da Mistura Solo Melhorado com Cimento

Tanto na mistura em usina quanto na pista verificar de maneira aleatória:

a) Antes da Aplicação do Cimento- Determinação do grau de pulverização do solo através de peneiramento na peneira n° 4

com exclusão do material graúdo (acima da peneira 3/8").

b) Depois da Adição do Cimento- Verificação da quantidade do cimento incorporado (por peso ou volume).

- Ensaio de compactação após 72 horas de cura da mistura, para determinação da massa específica aparente máxima (DNER-ME 129 - método B).

- Determinação do teor de umidade higroscópica depois da adição da água e homogeneização da mistura curada (DNER-ME 052, DNER-ME 088).

7.2.2. Compactação da Mistura de Solo Melhorado com Cimento na PistaTanto para a mistura fabricada transportada da usina enleirada e espalhada na pista após cura de 72 horas, umedecida e homogeneizada, quanto para a mistura fabricada na pista e manipulada nas mesmas condições, verificar de maneira aleatória:

a) Imediatamente Antes da Compactação- Determinações adicionais da umidade higroscópica (DNER-ME 052, DNER-ME 088).

- Ensaios de compactação e moldagem de corpos de prova (DNER-ME 129 - Método B) para determinação do Índice de Suporte Califórnia após 4 dias de embebição (DNER-ME 049).

b) Após a Compactação

Page 43: Normas Tecnicas Gerais

- Determinação da massa específica aparente "in situ" na pista compactada para o cálculo do GC - Grau de Compactação (DNER-ME 092 ou DNER-ME 036).

7.2.3. O número de ensaios e determinação do grau de pulverização, moldagem de corpos-de-prova para o ensaio de Índice Suporte Califórnia de massa específica aparente "in situ" e GC - Grau de Compactação - para o controle da execução, serão definidos pelo Executante em função do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

N 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

K 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.3. Verificação Final da Qualidade7.3.1. Controle Geométrico

Após a execução da base, proceder a relocação e nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto a espessura do projeto da camada.

7.4. Aceitação e Rejeição7.4.1. Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 e 7.2 deverão estar de acordo

com o especificado em 5.1.7.4.2. A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado

inferior a 0,5%.7.4.3. A análise dos resultados de controle do material de execução deverá atender ao

seguinte:a) para os ensaios de Granulometria, em que é especificada uma faixa de valores

mínimos e máximos com as respectivas tolerâncias deve-se verificar o seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo admitido rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo admitido aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.

Page 44: Normas Tecnicas Gerais

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

b) para as determinações do grau de compactação - GC e ensaio ISC de solo melhorado com cimento, em que é especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

Se EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.

c) para os ensaios de Limite de Liquidez e Índice de Plasticidade da mistura solo melhorado com cimento em que é especificado um valor máximo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

Se EMBED Equation.3 X - ks < valor máximo especificado rejeita-se o serviço;

Se EMBED Equation.3 X - ks valor máximo especificado aceita-se o serviço.

7.4.4. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.7.4.5. Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de

acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A base de solo melhorado com cimento será medida em metros cúbicos de material espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto. Não serão motivo de medição a mistura em usina ou na pista, o transporte da usina para a pista, umidificação, homogeneização, compactação e cura.

8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras médias obtidas no controle geométrico.

8.3. Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.8.4. Na medição dos serviços estão incluídas as operações de limpeza e expurgo de

ocorrência de materiais, escavação, transportes, operações referentes à central de mistura, operações referentes à mistura na pista, quando especificadas, compactação, acabamento, proteção da base e o fornecimento do cimento.

PAVIMENTAÇÃO – BASE DE SOLO-CIMENTADO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da camada de base do pavimento utilizando uma mistura de solo e cimento. Neste documento encontram-se definidos

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os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação e rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEste documento estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de base de solo-cimento.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 036/95-Recebimento e aceitação de cimento "Portland" comum e Portland de

alto forno;b) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço;c) DNER-ES 281/97 – Empréstimos; d) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do balão de borracha;e) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do

"Speedy";f) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento;g) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade;h) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool; i) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com

o emprego do frasco de areia;j) DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia e

método expedito;k) DNER-ME 201/94 - Solo - cimento - compressão axial de corpos de prova cilíndricos;l) DNER-ME 202/94 - Solo - cimento - moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos;

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m) DNER-ME 216/94 - Solo - cimento - determinação da relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente;

n) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;o) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental;p) ABNT NBR 5732/91 - Cimento Portland comum;q) ABNT NBR 5735/91 - Cimento Portland de alto forno;r) ABNT NBR 7224/91 - Cimento Portland e outros materiais em pó – determinação da área

específica;

3. DEFINIÇÃOPara efeito desta Norma, é adotada a definição seguinte:Base de solo-cimento - camada proveniente de uma mistura e compactada de solo, cimento e água em proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem em laboratório.

4. CONDIÇÕES GERAIS4.1. Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.4.2. Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado de

certificado de fabricação com informações sobre a data de fabricação, origem, etc.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS5.1. Material

5.1.1. Cimento PortlandDeverá obedecer às exigências da DNER-EM 036 juntamente com as da ABNT NBR-6118 nela contidas.

5.1.2. ÁguaDeverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

5.1.3. SoloOs solos empregados na execução de base de solo-cimento serão os provenientes de ocorrências de materiais, devendo apresentar as seguintes características quando submetidos aos ensaios DNER-ME 080, DNER-ME 122 e DNER-ME 082:Passando na peneira de 6,5cm (2"1/2)....................................100%Passando na peneira n° 4........................................................50 a 100%.............. 5,0%Passando na peneira n° 40.......................................................15 a 100%............. 2%Passando na peneira n° 200.....................................................5 a 35%................. 2%Limite de liquidez, máximo.....................................................40%Índice de plasticidade, máximo...............................................18%

5.2. EquipamentoPara execução de base solo-cimento, são indicados os equipamentos seguintes:

5.2.1. Motoniveladora com escarificador;

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5.2.2. Pulvimisturador; 5.2.3. Trator de esteiras ou pneumático; 5.2.4. Carro-tanque distribuidor de água; 5.2.5. Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso, liso-vibratório e pneumático; 5.2.6. Central de mistura de capacidade adequada a obra que deverá ser constituída

conforme 5.2.6.1 a 5.2.6.5.

5.2.6.1. Silos - geralmente para cimento e solo, providos de bocas de descarga e equipados com dispositivos que permitam graduar o escoamento;

5.2.6.2.Transportadores de esteiras - que transportam o solo e o cimento, na proporção conveniente, até o equipamento misturador;

5.2.6.3. Equipamento misturador ("Pug-Mill") constituído, normalmente, de uma caixa metálica tendo no seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido contrário, providos de chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em hastes, que, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima dos materiais, ao mesmo tempo que os faz avançar até a saída do equipamento;

5.2.6.4.Reservatório de água e canalizações - que permitam depositar e espargir a água sobre o solo, no processo de mistura;

5.2.6.5.Equipamento de carga de caminhões - constituído de um silo, abastecido por transportadores de correias ou elevadores de canecas e colocados de modo que o caminhão transportador possa receber, por gravidade, a mistura.

5.3. Execução5.3.1. Mistura em Central

a) a mistura de solo-cimento deverá ser preparada em centrais de mistura, empregando-se materiais de ocorrências, objetivando as vantagens técnicas e econômicas na dosagem e a homogeneização da mistura solo, cimento e água;

b) todas as operações necessárias ao preparo da mistura final serão realizadas na central, restando apenas o transporte da mistura, já pronta, para a rodovia, onde será espalhada com as devidas precauções e de modo que, após a compactação, apresente espessura, greide longitudinal e seção transversal do projeto. O solo empregado na mistura, na central, deverá sofrer um processo de pulverização, exigindo-se que, excluído o material graúdo, no mínimo, 80% em peso do material miúdo estejam reduzidos a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm (peneira n°4);

c) o transporte da mistura pronta deve ser feito em caminhões basculantes ou outro veículo apropriado, tomando-se precaução para que não perca umidade;

d) o tempo decorrido entre a mistura pronta na central e o início da compactação não deve ser superior a 1 hora, a menos que, a critério do projeto, comprovado por ensaios, seja verificada a inexistência de inconveniente na adoção de tempo maior;

e) a faixa, para receber a mistura de solo-cimento, deverá estar preparada no que se refere a drenagem, nivelamento e seção transversal fixados no projeto;

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f) o equipamento de compactação deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de modo a se obter a massa específica aparente máxima prevista para a mistura. O andamento das operações deverá ser estabelecido, de modo que a faixa em execução seja uniformemente compactada em toda a largura;

g) a compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser feita, de preferência, com o emprego de rolos pneumáticos que assegurem a obtenção da massa específica aparente indicada, em toda a espessura da camada compactada;

h) a compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser iniciada com o emprego de rolos pé-de-carneiro e terminada com rolos lisos ou, de preferência, com rolos pneumáticos;

i) a operação de compactação deve ser conduzida de modo que a espessura a ser compactada na fase final, pelos rolos pneumáticos ou lisos, seja a maior possível, nunca menor que 5cm, após compactação;

j) durante as operações finais de compactação deverão ser tomadas as medidas necessárias para que a camada superficial seja mantida na umidade ótima, ou ligeiramente acima, recorrendo-se a pequenas adições de água, se preciso for, e procedendo nova homogeneização com equipamento adequado;

k) antes da fase final de compactação, caracterizada pela existência de certa quantidade de material solto superficial, deverá ser feita a conformação do trecho ao greide e abaulamento desejados, com o emprego de equipamento adequado;

l) após a conclusão da compactação, será feito o acerto final da superfície, de modo a satisfazer o projeto, pela eliminação de saliências, com o emprego da motoniveladora. Não será permitida a correção de depressões pela adição de material. A superfície da base será comprimida até que se apresente lisa e isenta de partes soltas ou sulcadas;

m) o grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio DNER-ME 216;

n) a mistura de solo-cimento deverá apresentar o valor mínimo de 21 kg/cm², para a resistência à compressão aos 7 (sete) dias (DNER-ME 201), em corpos-de-prova moldados segundo o prescrito no método DNER-ME 202. O valor da resistência à compressão referido é um valor mínimo, devendo-se obter na dosagem um valor médio que conduza àquele resultado durante a fase de execução, tendo em vista a dispersão encontrada;

o) todo trecho, logo após a sua execução, de acordo com esta Especificação, será submetido a um processo de cura, devendo para este fim ser protegido contra a perda rápida de umidade durante período de, pelo menos, sete dias, pela aplicação da camada de solo, de capim, ou de outro material, conforme indicado no projeto;

p) a cobertura deverá ser aplicada o mais cedo possível, após a conclusão da base. A base deverá ser mantida úmida até a colocação da cobertura. O solo e o capim mantidos constantemente molhados;

q) Todo trecho acabado, que venha ser transitado por equipamento destinado à construção de trechos adjacentes, será continuamente recoberto com, pelo menos, quinze centímetros de solo, de modo a impedir qualquer estrago na superfície concluída;

r) no caso de proteção à cura com o emprego de material betuminoso, este deverá ser usado de acordo com a DNER-ES 306/97 ou DNER-ES 307/97, conforme o tipo do material;

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s) a pintura de proteção só poderá ser usada como pintura de ligação (tack-coat) se, por ocasião da aplicação do revestimento asfáltica, se encontrar em condições de cumprir os requisitos necessários e livre de pó ou material estranho;

t) não será permitido o trânsito de maquinaria pesada sobre os trechos recém-terminados excluem-se os veículos de rodas pneumáticas para transporte de água ou cimento, etc., cujo trânsito será permitido desde que a superfície tenha endurecido suficientemente, de modo a evitar estragos, e nela tenha sido feita a proteção a que se refere o item 5.3.1 (r).

u) Os trechos terminados serão abertos ao tráfego, transcorrido o período de sete dias de cura, e desde que a superfície tenha endurecido suficientemente.

5.3.2. Mistura na PistaQuando excepcionalmente for utilizado o material do próprio subleito ou material importado espalhado no subleito, com mistura na pista, deverão ser obedecidas as fases de execução seguintes:

5.3.2.1. Preparo da Faixaa) antes de iniciar o preparo da faixa, a drenagem deverá estar concluída;b) a faixa deverá estar nivelada e preparada de modo a atender ao projeto;c) todo material impróprio deverá ser removido ou substituído de acordo com o

projeto.

5.3.2.2. Pulverização e Homogeneização do SoloNo processo de pulverização e homogeneização exigi-se que, no mínimo, 80% em peso do material miúdo seja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm (peneira n° 4).

5.3.2.3. Distribuição de CimentoRegularizado o solo pulverizado, de modo a apresentar aproximadamente a seção transversal projetada, o cimento Portland, nas quantidades especificadas, será distribuído uniformemente na superfície. Operação realizada distribuindo-se os sacos transversal e longitudinalmente, assegurando posterior espalhamento uniforme do cimento na superfície do solo, na área correspondente a cada sub-trecho, ou a granel, por processo mecânico.Nenhum equipamento, exceto o usado para o espalhamento e mistura, poderá transitar sobre o cimento espalhado antes misturado ao solo.Imediatamente após a distribuição, o cimento será misturado com o solo pulverizado, em toda a espessura da camada. A mistura será repetida continuamente pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e íntima mistura do solo com o cimento, até ser conseguida tonalidade uniforme em toda a espessura.Em seguida, a mistura será nivelada obedecendo aproximadamente ao greide e à seção transversal do projeto.

5.3.2.4. Umedecimento

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a) a adição de água deverá ser feita progressivamente, não sendo aconselhável que em cada passada do carro-tanque o teor de umidade do solo aumente mais de 2%. A cada aplicação de água, deve-se proceder a operação de revolvimento para evitar acúmulo na superfície;b) esta operação deverá ser feita sem interrupção e a incorporação completa da quantidade total de água deverá estar terminada, no máximo, dentro de três horas;c) terminada a incorporação de água, será tolerada na mistura a umidade compreendida entre 0,9 a 1,1 vezes a determinada para o trecho, no ensaio de compactação.

5.3.2.5. Compactação, Proteção e CuraApós a compactação executar a proteção e cura de maneira idêntica ao item 5.3.1 ("n", "p" e "g").

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da camada de base de solo-cimento são:

6.1. Na Exploração das Ocorrências de Materiais

6.1.1. Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281/97 e na DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental.

6.1.2. Caso seja utilizado material pétreo, os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais:

6.1.2.1. O material somente será aceito após a executante apresentar a licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2.2. Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação.

6.1.2.3. Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.2.4. Não provocar queimadas como forma de desmatamento.

6.1.2.5. As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279/97.

6.1.2.6. Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando carreamento para cursos d’água.

Page 51: Normas Tecnicas Gerais

6.1.2.7. Caso a brita seja fornecida por terceiros, exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

6.2. Na Execução

6.2.1. Os cuidados para a preservação ambiental, se referem a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.

6.2.2. Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

6.2.3. As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo à metodologia indicada pelo DNER e satisfazer às especificações em vigor.

7.1.1. CimentoTodo cimento a ser empregado na obra deverá estar de acordo com a DNER-EM 036 certificada pelo fabricante.Antes de ser usado, tanto na central da mistura quanto no espalhamento da pista, deverão ser executados na obra ensaios de determinação da finura (ABNT MB-348 Blaine, peneiramento) a fim de verificar se o cimento não está empedrado. A freqüência destes ensaios é de um ensaio por dia de trabalho ou sempre que houver dúvidas sobre a sanidade do cimento.O resíduo retido na peneira n° 200 (malha de 0,075mm) não deverá exceder:- Cimento Portland de Alto forno................10%- Cimento Comum ......................................15%

7.1.2. SolosOs solos a serem empregados na confecção da mistura solo-cimento, tanto na mistura em usina quanto na pista, deverão ser examinados através dos ensaios de caracterização (DNER-ME 080, DNER-ME 082 e DNER-ME 122) a fim de verificar se estão de acordo com o projeto de mistura e as tolerâncias especificadas quanto a granulometria, limite de liquidez e índice de plasticidade.

7.2. Controle da Execução

7.2.1. Confecção da Mistura Solo-Cimento

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Tanto na mistura em usina quanto na pista deverão ser verificadas de uma maneira aleatória:

a) Antes da Aplicação do Cimento- Determinação do grau de pulverização do solo através de peneiramento na peneira n° 4

com exclusão do material graúdo (acima da peneira 3/8").

b) Depois da Adição do Cimento- Verificação da quantidade do cimento incorporada (por peso ou volume).

- Ensaio de compactação para cada determinação da massa específica aparente máxima (DNER-ME 216).

- Determinação do teor de umidade higroscópica depois da adição da água e homogeneização da mistura (DNER-ME 052, DNER-ME 088).

7.2.2. Compactação da Mistura de Solo-Cimento na PistaTanto para a mistura fabricada transportada da usina e espalhada na pista quanto para a mistura executada na pista são verificadas aleatoriamente:

a) Imediatamente Antes da Compactação- Determinações adicionais da umidade higroscópica (DNER-ME 052, DNER-ME 088)

quando necessários. - Ensaios de compactação e moldagem de corpos de prova cilíndricos para determinação

da resistência a compressão simples, após 7 dias de cura (DNER-ME 201 e DNER-ME 202) com material coletado na pista.b) Após a Compactação

- Determinação da massa específica aparente "in situ" na pista compactada para o cálculo do GC - Grau de Compactação (DNER-ME 092 ou DNER-ME 036).

7.2.3. O número de ensaios e determinação do grau de pulverização, moldagem de corpos de prova cilíndricos para o ensaio de compressão simples e de massa específica aparente "in situ" e GC - Grau de Compactação - para o controle da execução, será definido pelo Executante em função do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.3. Verificação Final da Qualidade

7.3.1. Controle Geométrico

Page 53: Normas Tecnicas Gerais

Após a execução da base, proceder a relocação e ao nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as tolerâncias seguintes:

a) 10cm, quanto a largura da plataforma;b) até 20%, em excesso, para flecha de abaulamento, não se tolerando falta;c) 10%, quanto a espessura do projeto.

7.4. Aceitação e Rejeição

7.4.1. Os valores dos ensaios de caracterização dos solos e de recebimento do cimento empregado, bem como a quantidade de água do item 5.1 deverão estar de acordo com esta Especificação e com o projeto.

7.4.2. A análise dos resultados de controle do material de execução da base de solo cimento deverá atingir ao seguinte: (DNER-PRO 277/97).

a) para os ensaios de granulometria do solo antes da adição do cimento na qual são especificadas faixas de valores mínimos e máximos, com as respectivas tolerâncias, deve-se verificar o seguinte:

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido ou +

ks > valor máximo admitido rejeita-se o serviço

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido e +

ks valor máximo admitido aceita-se o serviço

Sendo:

Onde:Xi- valores individuais.

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.b) para os ensaios e determinações de grau de compactação - GC, e de resistência a compressão simples de corpos de prova moldados na pista e curados após 7 dias da mistura solo-cimento, em que é especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço

Se INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço

Page 54: Normas Tecnicas Gerais

c) para os ensaios de Limite de Liquidez, Índice de Plasticidade do solo antes da adição do cimento em que é especificado um valor máximo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X + ks > valor mínimo

especificado rejeita-se o serviço

Se INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X + ks valor mínimo

especificado aceita-se o serviço

7.4.3. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4. Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A base será medida em metros cúbicos de material compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto.

8.2. No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e as espessuras médias obtidas no controle geométrico.

8.3. Não serão considerados quantitativos de serviços superiores aos indicados no projeto.

8.4. Na medição dos serviços estão incluídas as operações de limpeza e expurgo de ocorrência de materiais, escavação, transportes, operações referentes à central de mistura, operações referentes à mistura na pista, quando especificadas, compactação, acabamento, proteção da base e o fornecimento do cimento.

PAVIMENTAÇÃO - IMPRIMAÇÃO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução de imprimação sobre a superfície de uma base granular concluída e estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e inspeção, incluindo os critérios de aceitação e rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio

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1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIO Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática empregada na aplicação uniforme de material betuminoso sobre base granular concluída, a fim de conferir coesão superficial, impermeabilizar e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 363/97 - Asfalto diluído tipo cura média b) DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação c) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura d) DNER-ME 012/94 - Asfalto diluído - destilação e) DNER-ME 148/9 - Mistura betuminosa - determinação dos pontos de fulgor e de

combustão (vaso aberto Cleveland) f) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;g) DNER - Manual de Pavimentação, 1996;h) ABNT P-MB- 826 - Determinação da viscosidade cinemática;i) ASTM 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Imprimação - consiste na aplicação de camada de material betuminoso sobre a superfície de base granular concluída, antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando conferir coesão superficial, impermeabilizar e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior a 10 ºC, nem em dias de chuva.

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4.2. Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar a obra deverá ter certificado de análise além de apresentar indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu conteúdo e da distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. Material

5.1.1. Os ligantes betuminosos empregados na imprimação poderão ser dos tipos seguintes:

a) asfaltos diluídos CM-30 e CM-70;b) alcatrões AP-2 a AP-6.

5.1.2. A escolha do ligante betuminoso adequado será feita em função da textura do material da base.

5.1.3. A taxa de aplicação "T" é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas, devendo ser determinada experimentalmente, no canteiro da obra. As taxas de aplicação usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m², conforme o tipo e textura da base e do ligante betuminoso escolhido.

5.2. Equipamento

5.2.1. Para a varredura da superfície da base, usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo entretanto a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido poderá, também, ser usado.

5.2.2. A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante betuminoso em quantidade uniforme.

5.2.3. Os carros distribuidores do ligante betuminoso, especialmente construídos para este fim, devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil observação e, ainda, possuir aspergidor manual para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.

5.2.4. O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

5 3. Execução

Page 57: Normas Tecnicas Gerais

5.3.1. Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder a varredura da superfície, de modo a eliminar todo e qualquer material solto.

5.3.2. Antes da aplicação do ligante betuminoso a pista poderá ser levemente umedecida.

5.3.3. Aplica-se, a seguir, o ligante betuminoso adequado, na temperatura compatível com o seu tipo, na quantidade certa e da maneira mais uniforme. A temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas para espalhamento são:

a) para asfaltos diluídos 20 a 60 segundos "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);b) para alcatrões de 6 a 20 graus "Engler" (ASTM 1665).

5.3.4. A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante betuminoso definida pelo projeto e ajustada experimentalmente no campo é de 0,2 l/m2.

5.3.5. Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la, sempre que possível, fechada ao tráfego. Quando isto não for possível, trabalha-se em meia pista, executando a imprimação da adjacente, assim que a primeira for permitida ao tráfego. O tempo de exposição da base imprimada ao tráfego é condicionado ao comportamento da mesma, não devendo ultrapassar 30 dias.

5.3.6. A fim de evitar a superposição ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-se faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o término da aplicação do ligante betuminoso situe-se sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante betuminoso deve ser, imediatamente, corrigida.

6. MANEJO AMBIENTALA preservação do meio ambiente nos serviços de execução da imprimação envolvem o estoque e aplicação de ligante betuminoso. Deve-se adotar os cuidados seguintes:

6.1. Evitar a instalação de depósitos de ligante betuminoso próxima a cursos d’água.6.2. Impedir o refugo de materiais já utilizados na faixa de domínio e áreas lindeiras

adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

6.3. Na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e efetuar a limpeza do canteiro de obras, recompondo a área afetada pelas atividades da construção.

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7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do Material

7.1.1. O ligante betuminoso deverá ser examinado em laboratório, obedecendo a metodologia indicada pelo DNER, e satisfazer às especificações em vigor. Para todo o carregamento que chegar a obra, deverão ser executados os ensaios seguintes:

a) asfaltos diluídos:- ensaio de Viscosidade Cinemática a 60 °C (P-MB 826);- ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para

o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura para cada 100t;- ensaio do ponto de fulgor (DNER-ME 148).

b) para alcatrões:- ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM - 1665) para o estabelecimento da relação

viscosidade x temperatura.

7.1.2. Deverão ser executados ensaios de destilação para os asfaltos diluídos e alcatrões (DNER-ME 012), para verificação da quantidade de solvente para cada 100t que chegar à obra.

7.2. Controle da Execução

7.2.1. TemperaturaA temperatura do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo de temperatura definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.2. Taxa de Aplicação (T)

7.2.2.1. O controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual, será feito aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de peso e área conhecidos na pista onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de ligante betuminoso utilizado no cálculo da taxa de aplicação (T).

7.2.2.2. Para trechos de imprimação de extensão limitada ou com necessidade de liberação imediata, com área de no máximo 4000m2, deverão ser feitas 5 determinações no mínimo para controle.

7.2.2.3. Nos demais casos, para segmentos com área superior a 4000m² e inferior a 20000m², será definido pelo Executante o número de determinações em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

Page 59: Normas Tecnicas Gerais

TABELA DA AMOSTRAGEM VARIÁVEL

N 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

K 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.3. Aceitação e Rejeição

7.3.1. MaterialOs resultados de todos os ensaios deverão atender às especificações, de acordo com a seção 5.1 e as Especificações de materiais aplicáveis.

7.3.2. TemperaturaOs resultados de todas as medições deverão situar-se no intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura, de acordo com as especificações de materiais aplicáveis.

7.3.3. Taxa de Aplicação (T)

7.3.3.1. Os resultados da taxa de aplicação (T) serão analisados estatisticamente e aceitos nas condições seguintes:

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido ou +

ks > valor máximo admitido rejeita-se o serviço

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido e +

ks valor máximo admitido aceita-se o serviçoSendo:

Onde:Xi - valores individuais.

INCLUDEPICTURE \d "Image178.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.3.3.2. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

Page 60: Normas Tecnicas Gerais

7.3.3.3. Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A imprimação será medida através da área efetivamente executada em metros quadrados, incluídas todas as operações e encargos necessários a execução da imprimação abrangendo armazenamento, perdas e transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista.

8.2. A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtido através da média aritmética dos valores medidos na pista.

8.3. Deverá ser medido, também, o transporte da quantidade de ligante betuminoso, efetivamente aplicado, entre a refinaria ou fábrica, até o canteiro de obras.

PAVIMENTAÇÃO – PINTURA DE LIGAÇÃO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução de pintura de ligação sobre a superfície de uma base ou entre camadas de pavimento e estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados e de execução, além dos critérios de aceitação ou rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO

0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

Page 61: Normas Tecnicas Gerais

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática adotada na execução da aplicação de película do ligante betuminoso sobre uma superfície subjacente, base ou pavimento, antes da execução de um novo revestimento betuminoso.

2. REFERÊNCIASO entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas;b) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula; c) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura d) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração e) DNER-ME 006/94 - Emulsão asfáltica - determinação da sedimentação f) DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental g) ABNT NBR-6568/71 - Emulsões asfálticas - resíduo por evaporação h) DNER - Manual de Pavimentação, 1996 i) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Pintura de ligação - consiste na aplicação de ligante betuminoso sobre a superfície de base coesiva ou pavimento betuminoso anterior à execução de uma camada betuminosa qualquer, objetivando promover condições de aderência entre as camadas.

4. CONDIÇÕES GERAIS4.1. O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver

abaixo de 10 ºC, ou em dias de chuva.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. Material

5.1.1. Os ligantes betuminosos empregados na pintura de ligação poderão ser dos tipos seguintes:

a) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C;b) emulsões asfálticas modificadas, quando indicadas no projeto.

5.1.2. A taxa recomendada de ligante betuminoso residual é de 0,3 l/m2 a 0,4 l/m2. Antes da aplicação, a emulsão deverá ser diluída na proporção de 1:1 com água a fim de garantir uniformidade na distribuição desta taxa residual. A taxa de aplicação de emulsão diluída é da ordem de 0,8l/m² a 1,0l/m².

5.2. Equipamento

Page 62: Normas Tecnicas Gerais

5.2.1. Para a varredura da superfície da base, usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo entretanto a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido poderá, também, ser usado.

5.2.2. A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante betuminoso em quantidade uniforme.

5.2.3. Os carros distribuidores do ligante betuminoso, especialmente construídos para este fim, devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, estar em locais de fácil observação e, ainda, possuir aspergidor manual para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.

5.2.4. O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

5.3. Execução

5.3.1. A superfície a ser pintada deverá ser varrida, a fim de ser eliminado o pó e todo e qualquer material solto.

5.3.2. Antes da aplicação do ligante betuminoso, no caso de bases de solo-cimento ou concreto magro, a superfície da base deve ser umedecida.

5.3.3. Aplica-se, a seguir, o ligante betuminoso adequado na temperatura compatível com o seu tipo, na quantidade recomendada. A temperatura da aplicação do ligante betuminoso deve ser fixada para cada tipo de ligante em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione melhor viscosidade para espalhamento. A viscosidade recomendada para o espalhamento da emulsão deverá estar entre 20 a 100 segundos "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004).

5.3.4. A tolerância admitida para a taxa de aplicação "T" do ligante betuminoso diluído com água é de 0,2 l/m2.

5.3.5. A pintura de ligação é executada na pista inteira, em um mesmo turno de trabalho, deixando-a fechada ao trânsito, sempre que possível. Quando não, trabalha-se em meia pista, fazendo-se a pintura de ligação da adjacente, logo que a pintura permita sua abertura ao trânsito.

Page 63: Normas Tecnicas Gerais

5.3.6. A fim de evitar a superposição ou excesso de material nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-se faixas de papel, transversalmente na pista, de modo que o material betuminoso comece e termine de sair da barra de distribuição sobre essas faixas, as quais, a seguir, serão retiradas; e qualquer falha na aplicação, imediatamente corrigida.

6. MANEJO AMBIENTALA preservação do meio ambiente nos serviços de execução da pintura de ligação, especialmente em relação ao estoque e aplicação do ligante betuminoso, adota os cuidados seguintes:

6.1. Evitar a instalação de depósitos de ligante betuminoso próxima a cursos d’água.

6.2. Impedir o refugo, de materiais já usados, na faixa de domínio e áreas lindeiras, evitando prejuízo ambiental.

6.3. A desmobilização desta atividade inclui remover os depósitos de ligante e a limpeza do canteiro de obras, e, conseqüente recomposição da área afetada pelas atividades de construção.

7. INSPEÇÃO

7.1. Controle do Material

7.1.1. O ligante betuminoso deverá ser examinado em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNER e satisfazer as Especificações em vigor. Para todo carregamento que chegar a obra deverão ser executados os seguintes ensaios da emulsão asfáltica:

- ensaio de Viscosidade "Saybolt-Furol" a 50 °C (DNER-ME 004) - ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para o

estabelecimento de relação viscosidade x temperatura para cada 100t- ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568)- ensaio de peneiramento (DNER-ME 005)- ensaio da carga da partícula (DNER-ME 002)

7.1.2. Deverá ser executada ensaio de sedimentação para emulsões para cada 100t (DNER-ME 006).

7.2. Controle da Execução

7.2.1. Temperatura

Page 64: Normas Tecnicas Gerais

A temperatura do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo de temperatura definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.2. Taxa de Aplicação (T)

7.2.2.1. O controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual, será feito aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de ligante utilizado no cálculo da taxa de aplicação (T).

7.2.2.2. Para trechos de pintura de ligação de extensão limitada ou com necessidade de liberação imediata, com área de no máximo 4000m2, deverão ser feitas 5 determinações para o controle.

7.2.2.3. Nos demais casos, para segmentos com áreas superior a 4.000m² e inferior a 20.000m², o número de determinações serão definidos em função do risco a ser assumido pelo Executante, de rejeição de um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = Coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.3. Aceitação e Rejeição

7.3.1. MaterialOs resultados de todos os ensaios deverão atender as especificações, de acordo com a seção 5.1 e as especificações de materiais aplicáveis.

7.3.2. TemperaturaOs resultados de todas as medições deverão situar-se no intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura, de acordo com as especificações de materiais aplicáveis.

7.3.3. Taxa de Aplicação (T)

7.3.3.1. Os resultados da taxa de aplicação (T) serão analisados estatisticamente e aceitos nas seguintes condições:

- ks < valor mínimo admitido ou + ks > valor máximo admitido rejeita-se o serviço

Page 65: Normas Tecnicas Gerais

- ks valor mínimo admitido e + ks valor máximo admitido aceita-se o serviçoSendo:

Onde:i - valores individuais.- média da amostra.s - desvio padrão da amostra. k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.3.3.2. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.3.3.3. Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. A pintura de ligação será medida através da área executada em metros quadrados. Nesta estando incluídas todas as operações de encargos necessários a execução da pintura de ligação abrangendo armazenamento, perdas e transportes de ligante betuminoso dos tanques de estocagem à pista.

8.2. A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtido através da média aritmética dos valores medidos na pista em tonelada.

8.3. Deverá ser descontada a água adicionada à emulsão na medição de ligante.

8.4. O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – TRATAMENTO SUPERFICIAL SIMPLES

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução do revestimento de pavimento empregando aplicações sucessivas de ligante betuminoso e de agregado mineral e estabelece também os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

Page 66: Normas Tecnicas Gerais

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução de revestimentos betuminosos, do tipo tratamento superficial simples, sobre uma superfície imprimada ou pintada, de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura; DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração; DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles"; DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas -percentagem de betume; DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da desemulsibilidade; DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso; DNER-ME 083/94 - Agregados - análise granulométrica; DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma; DNER-ME 089/94 - Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio; DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão

(vaso aberto de Cleveland ); DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços; DNER - Manual de Pavimentação, 1996; ABNT NBR- 5847/84 – Material betuminoso – determinação de viscosidade absoluta;

Page 67: Normas Tecnicas Gerais

ABNT NBR- 6560/85 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento; ABNT NBR- 6568/84 - Emulsões asfálticas - ensaio de resíduo por evaporação; ASTM-D 20/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação; ASTM-D 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"; ASTM-D 139/77 - Alcatrão de pavimentação - ensaio de flutuação.

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Tratamento superficial simples - TSS, camada de revestimento do pavimento constituída pela aplicação de ligante betuminoso coberta por camada de agregado mineral.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. Não permitir a execução dos serviços, objeto desta especificação, em dias de chuva.

4.2. O ligante betuminoso somente deverá ser aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 100 C.

4.3. Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. MaterialOs materiais constituintes do tratamento superficial simples são o ligante betuminoso e o agregado mineral, os quais devem satisfazer estas especificações, item 2 - Referências e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1. Ligante BetuminosoPodem ser empregados:

a) cimentos asfálticos CAP-7 ou CAP-150/200;b) alcatrões, tipos AP-11 e AP-12;c) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C.

Podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados, quando indicados no projeto.

5.1.2. Melhorador de AdesividadeNão havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante betuminoso, deverá ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto.

5.1.3. Agregados

Page 68: Normas Tecnicas Gerais

Os agregados podem ser pedra, escória, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, duras, resistentes, livres de torrões de argila e substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:

1. desgaste "Los Angeles" igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035); admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de utilização anterior terem apresentado desempenho satisfatório;

2. índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086); 3. durabilidade, perda inferior a 12% ( DNER-ME 089). 4. granulometria do agregado (DNER-ME 083), obedecendo uma das faixas seguintes:

GRANULOMETRIA DOS AGREGADOS

PENEIRAS FAIXAS Tolerâncias da

pol. mm. A B Faixa de Projeto

1" 25,4 - - 7

3/4" 19,1 - - 7

1/2" 12,7 100 - 7

3/8" 9,5 85-100 100 7

Nº 4 4,8 10-30 85-100 5

Nº 10 2,0 0-10 10-40 5

Nº 200 0,074 0-2 0-2 2

5.1.4. Taxas de Aplicação e de Espalhamento

5.1.4.1. As quantidades, ou taxas de aplicação de ligante betuminoso e de espalhamento de agregados, serão fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos serviços.

5.1.4.2. Quando for empregado agregado poroso deverá ser considerada a sua porosidade na fixação da taxa de aplicação do ligante betuminoso.

5.1.4.3. Recomenda-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de agregados de ligante betuminoso:

TAXAS

Ligante Betuminoso Agregado Pétreo

0,8 l/m2 a 1,2 l/m2 8 kg/m2 a 12 kg/m2

5.2. Equipamento

Page 69: Normas Tecnicas Gerais

Todo equipamento, antes do início da execução do serviço, deverá atender ao recomendado nesta Especificação, fator que condicionará a emissão da ordem de serviço. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

a) carros distribuidores de material betuminoso, providos de dispositivos de aquecimento, tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil acesso, e, ainda, de espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante e que permitam uma aplicação homogênea;

b) distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados, fixada no projeto;

c) rolos compressores do tipo "Tandem" ou de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos compressores tipo "Tandem" devem ter uma carga superior a 25kg e inferior a 45kg por centímetro de largura de roda. Seu peso total não deverá ser superior a 10 toneladas. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 2,46 a 8,44 kgf/cm2 e 35 a 120 psi.

5.3. ExecuçãoAs operações para as execuções das camadas do TSS são descriminadas a seguir:

5.3.1. Inicialmente, proceder uma varredura da pista imprimada, ou pintada, para eliminar todas as partículas de pó.

5.3.2. A temperatura para aplicação do ligante betuminoso será determinada em função da relação temperatura-viscosidade. São recomendadas as seguintes faixas de viscosidades:

a) cimento asfáltico, 20 a 60 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004). b) alcatrão, 6 a 20 graus, "Engler" (ASTM-D 1665). c) emulsões asfálticas, 20 a 100 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004).

5.3.3. No caso de utilização de melhorador de adesividade, exigir que o aditivo seja adicionado ao ligante betuminoso, no canteiro de obra, obrigando-se sempre à recirculação da mistura ligante betuminoso-aditivo.

5.3.4. O ligante betuminoso deverá ser aplicado de uma só vez, em toda a largura da faixa a ser tratada. Excedentes de ligante betuminoso na pista devem ser prontamente eliminados.

5.3.5. Imediatamente após, proceder o espalhamento da camada do agregado, na quantidade indicada no projeto.

5.3.6. Iniciar a compressão do agregado, imediatamente, após o seu lançamento na pista. A compressão deve começar pelos bordos e progredir para o eixo, nos trechos em tangente e, nas curvas, deverá progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto,

Page 70: Normas Tecnicas Gerais

sendo cada passagem do rolo recoberta, na vez subseqüente, de, pelo menos, metade da largura deste.

5.3.7. Após a compressão da camada, obtida a fixação do agregado, faz-se uma varredura leve do material solto.

5.3.8. Não será permitido o tráfego quando da aplicação do ligante betuminoso ou do agregado. Liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira controlada.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados com a preservação do meio ambiente nos serviços de execução de revestimentos do tipo tratamento superficial simples envolvem a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o estoque e aplicação de ligante betuminoso.

6.1. Agregados

6.1.1. Quando for obtido mediante exploração de ocorrência indicada no projeto, deverão ser considerados os aspectos seguintes:

6.1.1.2. Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença ambiental para a exploração da pedreira.

6.1.1.3. Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.1.4. Planejar adequadamente a exploração da pedreira para minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.1.5. Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.1.6. Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para a retenção do pó de pedra, eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d'água.

6.1.1.7. Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações, bem como, sua operação junto a órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for fornecido por terceiros.

6.2. Ligante Betuminoso

6.2.1. Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água.

Page 71: Normas Tecnicas Gerais

6.2.2. Vedar o refugo de materiais usados na faixa de domínio e nas áreas lindeiras, onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3. Recuperar área afetada pelas operações de construção/execução mediante a remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle de Material

7.1.1. Ligante BetuminosoTodo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá ser submetido aos seguintes tipos de ensaios:

7.1.1.1. Cimentos Asfálticosa) 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for

classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25 °C quando o asfalto for classificado por penetração;

b) 01 ensaio de viscosidade a 135 °C "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);c) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes

temperaturas para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura, para cada 100t;

d) 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148); e) 01 ensaio de espuma;f) 01 índice de susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração

(DNER-EM 003), ensaio de ponto de amolecimento (ABNT NBR-6568).g) 01 ensaio de determinação do resíduo de destilação de emulsões asfálticas.

(ABNT NBR-6568)

7.1.1.2. Alcatrões- ensaio de flutuação (ASTM-D 139);01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da relação

temperatura x viscosidade para cada 100t;- ensaio de destilação (ASTM-D 20) para cada 100t.

7.1.1.3. Emulsões Asfálticas- ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 148);- ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568);- ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);- ensaio de desemusibilidade (DNER-ME 063) para cada 100t;- ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002).

7.1.2. Agregado

Page 72: Normas Tecnicas Gerais

Análises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083) com amostras coletadas de uma maneira aleatória;

- ensaio de índice de forma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);- ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à

obra e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 078).

7.1.3. Melhorador de Adesividade- ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante betuminoso

(DNER-ME 078);- ensaio de adesividade, para todo o asfalto aditivado antes de sua aplicação (DNER-ME

079).

7.2. Controle da Execução

7.2.1. TemperaturaA temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.2. Taxas de Aplicação e Espalhamento

7.2.2.1. Ligante BetuminosoO controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual, será feito, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de material betuminoso aplicada. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m2

7.2.2.2. AgregadosO controle de quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente será feita, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de peso e área conhecidos, na pista onde estiver sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo espalhador, tem-se a quantidade de agregados espalhada. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 1,5Kg/m2.

7.2.3 O número de determinações utilizadas nos ensaios de controle de granulometria dos agregados e das taxas será definido pelo Executante em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

Page 73: Normas Tecnicas Gerais

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios e determinações por segmento (área inferior a 3.000m2) é de 5.

7.3. Verificação Final da Qualidade

7.3.1. Acabamento da SuperfícieO acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas réguas, uma de 1,20m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.

7.3.2. AlinhamentosA verificação do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação é feita à trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.4. Aceitação e Rejeição

7.4.1. Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2. Para o controle estatístico da granulometria dos agregados das taxas de aplicação do ligante betuminoso e de espalhamento do agregado em que são especificados intervalos de valores máximos e mínimos deve-se verificar a condição seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:i - valores individuais.

- média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.3. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

Page 74: Normas Tecnicas Gerais

7.4.4. Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1. O tratamento superficial simples será medido através da área executada, em metros quadrados incluindo todas as operações e encargos para a execução deste tratamento, o armazenamento e transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista, bem como, a produção e o transporte de agregados.

8.2. A quantidade de ligante betuminoso efetivamente aplicado é obtido através da média aritmética dos valores medidos na pista, em toneladas.

8.3. O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço .

PAVIMENTAÇÃO – TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução do revestimento de pavimento empregando aplicações sucessivas de ligante betuminoso e de agregado mineral e estabelece também os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVO

Page 75: Normas Tecnicas Gerais

Estabelecer a sistemática a ser empregada na execução de revestimentos betuminosos, do tipo tratamento superficial duplo, sobre uma superfície imprimada ou pintada, de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo b) DNER EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação c) DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas d) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula e) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração f) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura g) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração h) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume j) DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da desemulsibilidade k) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso l) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso m) DNER-ME 083/94 - Agregados - análise granulométrica n) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma o) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio p) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão

(vaso aberto de Cleveland ) q) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços r) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental s) DNER - Manual de Pavimentação, 1996 t) ABNT NBR- 5847/84 – Material betuminoso – determinação de viscosidade absolutau) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento v) ABNT NBR-6568 - Emulsões asfálticas - ensaio de resíduo por evaporação w) ASTM-D 20/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação x) ASTM-D 139-77 - Alcatrão de pavimentação - ensaio de flutuação y) ASTM-D 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Tratamento superficial duplo - TSD, camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas de ligante betuminoso cobertas cada uma por camada de agregado mineral.

4. CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Não permitir a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

Page 76: Normas Tecnicas Gerais

4.2 O ligante betuminoso somente deverá ser aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 100 C.

4.3 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá ter certificado de análise, além de apresentar indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu conteúdo e da distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constituintes do tratamento superficial duplo são o ligante betuminoso e o agregado mineral, os quais devem satisfazer estas especificações, item 2 - Referências e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregados:

a) cimentos asfálticos CAP-7 ou CAP-150/200;b) alcatrões, tipos AP-11 e AP-12;c) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C.

O uso de alcatrão ou da emulsão asfáltica somente será permitido quando forem empregados em todas as camadas do revestimento.Podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados quando indicados no projeto.

5.1.2 Melhoradores de AdesividadeNão havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante betuminoso, deverá ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto.

5.1.3 AgregadosOs agregados podem ser pedra, escória, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, duras, resistentes, isentas de cobertura e torrões de argila e apresentar as características seguintes:

1. desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035) admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de em utilização anterior terem apresentado desempenho satisfatório;

2. índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086); 3. durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89); 4. granulometria do agregado (DNER-ME 083), obedecendo uma das faixas seguintes:

GRANULOMETRIA DOS AGREGADOS

PENEIRAS % PASSANDO, EM PESO Tolerânciasda faixa

pol. mm. A1ª Camada

B1ª ou 2ª Camada

C2ª Camada

de Projeto

1" 25,4 100 - - 7

Page 77: Normas Tecnicas Gerais

3/4" 19,1 90-100 - - 7

1/2" 12,7 20-55 100 - 7

3/8" 9,5 0-15 85-100 100 7

Nº 4 4,8 0-5 10-30 85-100 5

Nº 10 2,0 - 0-10 10-40 5

Nº 200 0,074 0-2 0-2 0-2 2

Nota: A faixa B pode ser empregada como 1ª e 2ª camada.

5.1.4 Quantidades

5.1.4.1 As quantidades, ou taxas de aplicação de ligante betuminoso e de espalhamento de agregados, serão fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos serviços.

5.1.4.2 As quantidades do ligante betuminoso a serem empregados na 1ª e 2ª aplicação, serão definidos também no projeto em suas funções do tipo utilizado (ligante puro por penetração invertida e ligante emulsionado por penetração direta).

5.1.4.3 Quando for empregado agregado poroso deverá ser considerada a sua porosidade na fixação da taxa de aplicação do ligante betuminoso.

5.1.4.4 Recomenda-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de agregados

convencionais e de ligantes betuminosos:

Camada Ligante Betuminoso Agregado

1ª - 20 a 25 kg/m²

2ª - 10 a 12 kg/m²

1ª e 2ª Aplicações 2 a 3 l/m² -

5.2 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução do serviço, deverá atender ao recomendado nesta Especificação, fator que condicionará a emissão da ordem de serviço. Os equipamentos requeridos são os seguintes:a) carros distribuidores de ligante betuminoso, providos de dispositivos de aquecimento,

tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil acesso, e, ainda, de espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante e que permitam uma aplicação homogênea;

Page 78: Normas Tecnicas Gerais

b) distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados, fixada no projeto;

c) rolos compressores do tipo "Tandem" ou de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos compressores tipo Tandem devem ter uma carga superior a 25kg e inferior a 45kg por centímetro de largura de roda. Seu peso total não deverá ser superior a 10 toneladas. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 2,46 a 8,44 kgf/cm2 (35 a 120 psi).

5.3 ExecuçãoAs operações para execuções das camadas do TSD são descriminadas a seguir:

5.3.1 Inicialmente, proceder uma varredura da pista imprimada, ou pintada, para eliminar todas as partículas de pó.

5.3.2 A temperatura de aplicação do ligante betuminoso será determinada em função da relação temperatura-viscosidade.Será escolhida a que proporcionar a melhor viscosidade para o espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas são:

a) cimento asfáltico, 20 a 60 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004). b) alcatrão, 6 a 20 graus, "Engler" (ASTM-D 1665). c) emulsão asfáltica, 20 a 100 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004).

5.3.3 No caso de utilização de melhorador de adesividade, exigir que o aditivo seja adicionado ao ligante betuminoso, no canteiro de obra, obrigando-se sempre à recirculação da mistura ligante betuminoso-aditivo.

5.3.4 O material betuminoso deverá ser aplicado de uma só vez, em toda a largura da faixa a ser tratada. Excedentes de material betuminoso na pista devem ser prontamente eliminados.

5.3.5 Imediatamente após, proceder o espalhamento da 1ª camada do agregado, na quantidade indicada no projeto. Excesso ou faltas devem ser corrigidas antes do início da compressão.

5.3.6 Iniciar a compressão do agregado, imediatamente, após o seu lançamento na pista. A compressão deve começar pelos bordos e progredir para o eixo, nos trechos em tangente e, nas curvas, deverá progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto, sendo cada passagem do rolo recoberta, na vez subseqüente, de, pelo menos, metade da largura deste.

5.3.7 Após a compressão da camada, obtida a fixação do agregado, faz-se uma varredura leve do material solto.

5.3.8 Executar a segunda camada de modo idêntico a primeira.

Page 79: Normas Tecnicas Gerais

5.3.9 Não será permitido o tráfego quando da aplicação do ligante betuminoso ou do agregado. Liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira controlada.

6 MANEJO AMBIENTALOs cuidados com a preservação do meio ambiente nos serviços de execução de revestimentos do tipo tratamento superficial simples envolvem a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o estoque e aplicação de ligante betuminoso.

6.1 AgregadosQuando for obtido mediante exploração de ocorrência indicada no projeto, deverão ser considerados os aspectos seguintes:

6.1.1 Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença ambiental para a exploração da pedreira.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira para minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para a retenção do pó de pedra, eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d'água.

6.1.6 Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações, bem como sua operação junto a órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for fornecido por terceiros.

6.2 Ligante Betuminoso

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água.

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados na faixa de domínio e nas áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução mediante a remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras.

7. INSPEÇÃO

Page 80: Normas Tecnicas Gerais

7.1 Controle de Material

7.1.1 Ligante BetuminosoTodo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra, deverá ser submetido aos seguintes tipos de ensaios:

7.1.1.1 Cimentos Asfálticosa) 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT NBR 5847) quando o asfalto for

classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25 °C quando o asfalto for classificado por penetração;

b) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" a 135°C (DNER-ME 004);c) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para o

estabelecimento da relação viscosidade x temperatura;d) 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148); e) 01 ensaio de espuma;f) 01 índice de susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração (DNER-ME

003), g) 01 ensaio de ponto de amolecimento (ABNT NBR- 6560).

7.1.1.2 Alcatrõesa) 01 ensaio de flutuação (ASTM-D 139);b) 01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da curva

temperatura x viscosidade para cada 100t;c) 01 ensaio de destilação (ASTM-D 20) para cada 100t.

7.1.1.3 Emulsões Asfálticasa) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);b) 01 ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568);c) 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);d) 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002);e) 01 ensaio de desemulsibilidade (DNER-ME 063) para cada 100t.

7.1.2 Agregado

7.1.2.1 Realizar o seguinte:a) análises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083) com amostras

coletadas de uma maneira aleatória;b) 01 ensaio de índice de forma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);c) 01 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra

e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 078).

7.1.3 Melhorador de Adesividade

Page 81: Normas Tecnicas Gerais

7.1.3.1 Realizar o seguinte:a) 01 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante betuminoso

(DNER-ME 078);b) 01 ensaio de adesividade, para todo o asfalto aditivado antes de sua aplicação (DNER-ME

079).

7.2 Controle da Execução

7.2.1 TemperaturaA temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.3 Taxas de Aplicação e Espalhamento

7.2.3.1 Ligante BetuminosoO controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual, será feito, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de ligante betuminoso utilizado no cálculo da taxa de aplicação. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m2.

7.2.3.2 AgregadosO controle de quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente será feito, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de peso e área conhecidos, na pista onde estiver sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo espalhador, tem-se a quantidade de agregados espalhada. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 1,5Kg/m2.

7.2.4 O número de ensaios e determinações utilizadas no controle de granulometria dos agregados e das taxas será definido pelo Executante em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios e determinações por segmento (área inferior a 3.000m2) é de 5.

Page 82: Normas Tecnicas Gerais

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Acabamento da SuperfícieO acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas réguas, uma de 1,20m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação é feita a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle estatístico da granulometria dos agregados das taxas de aplicação do ligante betuminoso e de espalhamento do agregado em que são especificados intervalos de valores máximos e mínimos deve-se verificar a condição seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

- média da amostra.

S - desvio padrão da amostra.K - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Page 83: Normas Tecnicas Gerais

Os serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O tratamento superficial duplo será medido através da área executada, em metros quadrados incluindo todas as operações e encargos para a execução deste tratamento, o armazenamento e transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista, bem como, a produção e o transporte de agregados.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso efetivamente aplicado obtido através da média aritmética dos valores é medidos na pista em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – TRATAMENTO SUPERFICIAL TRIPLO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução do revestimento de pavimento empregando aplicações sucessivas de ligante betuminoso e de agregado mineral e estabelece também os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais e da execução, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução de revestimentos betuminosos, do tipo tratamento superficial duplo, sobre uma superfície imprimada ou pintada, de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

Page 84: Normas Tecnicas Gerais

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo b) DNER EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação c) DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas d) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula e) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração f) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura g) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração h) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume j) DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da desemulsibilidade k) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso l) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso m) DNER-ME 083/94 - Agregados - análise granulométrica n) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma o) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio p) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão

(vaso aberto de Cleveland ) q) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços r) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental s) Manual de Pavimentação - DNER, 1996 t) ABNT NBR-5847 – Material betuminoso – determinação da viscosidade absolutau) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento v) ABNT NBR-6568 - Emulsões asfálticas - ensaio de resíduo por evaporação w) ASTM-D 20/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação x) ASTM-D 139-77 - Alcatrão de pavimentação - ensaio de flutuação y) ASTM-D 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Tratamento superficial duplo - TSD, camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas de ligante betuminoso cobertas cada uma por camada de agregado mineral.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Não permitir a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

Page 85: Normas Tecnicas Gerais

4.2 O ligante betuminoso somente deverá ser aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 100 C.

4.3 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá ter certificado de análise, além de apresentar indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu conteúdo e da distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constituintes do tratamento superficial duplo são o ligante betuminoso e o agregado mineral, os quais devem satisfazer estas especificações, item 2 - Referências e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregados:

a) cimentos asfálticos CAP-7 ou CAP-150/200;b) alcatrões, tipos AP-11 e AP-12;c) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C.

O uso de alcatrão ou da emulsão asfáltica somente será permitido quando forem empregados em todas as camadas do revestimento.Podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados quando indicados no projeto.

5.1.2 Melhoradores de AdesividadeNão havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante betuminoso, deverá ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto.

5.1.3 AgregadosOs agregados podem ser pedra, escória, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, duras, resistentes, isentas de cobertura e torrões de argila e apresentar as características seguintes:a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035) admitindo-se agregados com

valores maiores, no caso de em utilização anterior terem apresentado desempenho satisfatório;

b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086); c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89); d) granulometria do agregado (DNER-ME 083), obedecendo uma das faixas seguintes:

GRANULOMETRIA DOS AGREGADOS

PENEIRAS % PASSANDO, EM PESO Tolerânciasda faixa

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pol. mm. A1ª Camada

B1ª ou 2ª Camada

C2ª Camada

de Projeto

1" 25,4 100 - - 7

3/4" 19,1 90-100 - - 7

1/2" 12,7 20-55 100 - 7

3/8" 9,5 0-15 85-100 100 7

Nº 4 4,8 0-5 10-30 85-100 5

Nº 10 2,0 - 0-10 10-40 5

Nº 200 0,074 0-2 0-2 0-2 2

Nota: A faixa B pode ser empregada como 1ª e 2ª camada.

5.1.4 Quantidades

5.1.4.1 As quantidades, ou taxas de aplicação de ligante betuminoso e de espalhamento de agregados, serão fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos serviços.

5.1.4.2 As quantidades do ligante betuminoso a serem empregados na 1ª e 2ª aplicação, serão definidos também no projeto em suas funções do tipo utilizado (ligante puro por penetração invertida e ligante emulsionado por penetração direta).

5.1.4.3 Quando for empregado agregado poroso deverá ser considerada a sua porosidade na fixação da taxa de aplicação do ligante betuminoso.

5.1.4.4 Recomenda-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de agregados convencionais e de ligantes betuminosos:

Camada Ligante Betuminoso Agregado

1ª - 20 a 25 kg/m²

2ª - 10 a 12 kg/m²

1ª e 2ª Aplicações 2 a 3 l/m² -

5.2 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução do serviço, deverá atender ao recomendado nesta Especificação, fator que condicionará a emissão da ordem de serviço. Os equipamentos requeridos são os seguintes:a) carros distribuidores de ligante betuminoso, providos de dispositivos de aquecimento,

tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil acesso, e, ainda, de espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo

Page 87: Normas Tecnicas Gerais

que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante e que permitam uma aplicação homogênea;

b) distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados, fixada no projeto;

c) rolos compressores do tipo "Tandem" ou de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos compressores tipo Tandem devem ter uma carga superior a 25kg e inferior a 45kg por centímetro de largura de roda. Seu peso total não deverá ser superior a 10 toneladas. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 2,46 a 8,44 kgf/cm2 (35 a 120 psi).

5.3 ExecuçãoAs operações para execuções das camadas do TSD são descriminadas a seguir:

5.3.1 Inicialmente, proceder uma varredura da pista imprimada, ou pintada, para eliminar todas as partículas de pó.

5.3.2 A temperatura de aplicação do ligante betuminoso será determinada em função da relação temperatura-viscosidade.Será escolhida a que proporcionar a melhor viscosidade para o espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas são:

a) cimento asfáltico, 20 a 60 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004). b) alcatrão, 6 a 20 graus, "Engler" (ASTM-D 1665). c) emulsão asfáltica, 20 a 100 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004).

5.3.3 No caso de utilização de melhorador de adesividade, exigir que o aditivo seja adicionado ao ligante betuminoso, no canteiro de obra, obrigando-se sempre à recirculação da mistura ligante betuminoso-aditivo.

5.3.4 O material betuminoso deverá ser aplicado de uma só vez, em toda a largura da faixa a ser tratada. Excedentes de material betuminoso na pista devem ser prontamente eliminados.

5.3.5 Imediatamente após, proceder o espalhamento da 1ª camada do agregado, na quantidade indicada no projeto. Excesso ou faltas devem ser corrigidas antes do início da compressão.

5.3.6 Iniciar a compressão do agregado, imediatamente, após o seu lançamento na pista. A compressão deve começar pelos bordos e progredir para o eixo, nos trechos em tangente e, nas curvas, deverá progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto, sendo cada passagem do rolo recoberta, na vez subseqüente, de, pelo menos, metade da largura deste.

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5.3.7 Após a compressão da camada, obtida a fixação do agregado, faz-se uma varredura leve do material solto.

5.3.8 Executar a segunda camada de modo idêntico a primeira.

5.3.9 Não será permitido o tráfego quando da aplicação do ligante betuminoso ou do agregado. Liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira controlada.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados com a preservação do meio ambiente nos serviços de execução de revestimentos do tipo tratamento superficial simples envolvem a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o estoque e aplicação de ligante betuminoso.

6.1 AgregadosQuando for obtido mediante exploração de ocorrência indicada no projeto, deverão ser considerados os aspectos seguintes:

6.1.1 Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença ambiental para a exploração da pedreira.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira para minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para a retenção do pó de pedra, eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d'água.

6.1.6 Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações, bem como sua operação junto a órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for fornecido por terceiros.

6.2 Ligante Betuminoso

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água.

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados na faixa de domínio e nas áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

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6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução mediante a remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle de Material

7.1.1 Ligante BetuminosoTodo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra, deverá ser submetido aos seguintes tipos de ensaios:

7.1.1.2 Cimentos Asfálticosa) 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for

classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25 °C quando o asfalto for classificado por penetração;

b) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);c) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas

para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura, para cada 100t;d) 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148); e) 01 ensaio de espuma;f) 01 índice de susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração (DNER-

ME 003), ensaio de ponto de amolecimento (ABNT NBR- 6568).

7.1.1.3 Alcatrõesa) 01 ensaio de flutuação (ASTM-D 139);b) 01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da curva

temperatura x viscosidade para cada 100t;c) 01 ensaio de destilação (ASTM-D 20) para cada 100t.

7.1.1.4 Emulsões Asfálticasa) 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);b) 01 ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568);c) 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);d) 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002);e) 01 ensaio de desemulsibilidade (DNER-ME 063) para cada 100t.

7.1.2 AgregadoAnálises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083) com amostras coletadas de uma maneira aleatória;

a) 01 ensaio de índice de forma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);b) 01 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à

obra e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 078).

Page 90: Normas Tecnicas Gerais

7.1.3 Melhorador de Adesividadea) 01 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante betuminoso

(DNER-ME 078);b) 01 ensaio de adesividade, para todo o asfalto aditivado antes de sua aplicação (DNER-

ME 079).

7.2 Controle da Execução

7.2.1 TemperaturaA temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.3 Taxas de Aplicação e Espalhamento

7.2.3.1 Ligante BetuminosoO controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual, será feito, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de ligante betuminoso utilizado no cálculo da taxa de aplicação. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m2.

7.2.3.2 AgregadosO controle de quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente será feito, aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de peso e área conhecidos, na pista onde estiver sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo espalhador, tem-se a quantidade de agregados espalhada. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 1,5Kg/m2.

7.2.4 O número de ensaios e determinações utilizadas no controle de granulometria dos agregados e das taxas será definido pelo Executante em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de ensaios e determinações por segmento (área inferior a 3.000m2) é de 5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

Page 91: Normas Tecnicas Gerais

7.3.1 Acabamento da SuperfícieO acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas réguas, uma de 1,20m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação é feita a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle estatístico da granulometria dos agregados das taxas de aplicação do ligante betuminoso e de espalhamento do agregado em que são especificados intervalos de valores máximos e mínimos deve-se verificar a condição seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:i - valores individuais.

EMBED Equation.3 X - média da amostra.

S - desvio padrão da amostra.K - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O tratamento superficial duplo será medido através da área executada, em metros quadrados incluindo todas as operações e encargos para a execução deste tratamento, o

Page 92: Normas Tecnicas Gerais

armazenamento e transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista, bem como, a produção e o transporte de agregados.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso efetivamente aplicado obtido através da média aritmética dos valores é medidos na pista em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – MACADAME BETUMINOSO POR PENETRAÇÃO

RESUMOEsta Norma define a sistemática empregada na execução da base ou revestimento do pavimento utilizando camadas de ligante betuminoso e de material pétreo do tipo macadame de penetração superior. Neste documento encontram-se definidos os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e inspeção dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação e rejeição dos serviços de medição.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução de bases ou revestimentos de pavimentação do tipo macadame betuminoso, aplicados sobre uma superfície imprimada ou pintada, utilizando-se agregados mineral e ligante betuminoso, de acordo com os alinhamentos, greide e seções transversais de projeto.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo

Page 93: Normas Tecnicas Gerais

b) DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação c) DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas d) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula e) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração f) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura g) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração h) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume j) DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas cationicas - determinação da desemulsibilidade k) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso l) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso m) DNER-ME 083/94 - Agregados - análise granulométrica n) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma o) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio p) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão

(vaso aberto de Cleveland ) q) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental r) ABNT MB-827-73 - Determinação da viscosidade absoluta s) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento t) ABNT NBR-6568 - Emulsões asfálticas - ensaio de resíduo por evaporação u) ASTM-D 20-77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação v) ASTM-D 139-77 - Alcatrão de pavimentação - ensaio de flutuação w) ASTM-D 1665-73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler" x) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviço

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Macadame betuminoso - consiste em duas aplicações alternadas de ligante betuminoso sobre agregados de tamanho e quantidades especificadas, espalhadas, niveladas e comprimidas.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O macadame betuminoso poderá ser empregado como base, reforço ou camada de revestimento, quando executado selamento.

4.2 Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, nos dias de chuva.

4.3 O ligante betuminoso somente deverá ser aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 100C.

Page 94: Normas Tecnicas Gerais

4.4 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara de procedência, tipo e quantidade do conteúdo, e distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs constituintes das camadas do macadame betuminoso são o ligante betuminoso e o agregado mineral, os quais devem satisfazer estas Especificações item 2 - Referências, e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregados os seguintes ligante betuminosos:

a) cimentos asfálticos CAP 30-45, CAP 50-60, CAP 85-100, CAP 150-200 (classificação por penetração) ou CAP-7, CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);b) alcatrões, tipo AP-11 e AP-12;c) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C;d) podem ser usados ligantes betuminosos modificados, quando indicados no projeto.

5.1.2 Melhoradores de AdesividadeNão havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante betuminoso (asfalto) deverá ser empregado melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto.

5.1.3 AgregadoOs agregados podem ser pedra, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, duras, duráveis, isentas de cobertura e torrões de argila e apresentar as características seguintes:a. desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035), admitindo-se agregados com

valores maiores no caso de desempenho satisfatório em utilização anterior; b. índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086); c. durabilidade, perda inferior a 12% ( DNER-ME 089); d. granulometria dos agregados (DNER-ME 083), obedecendo às faixas dos quadros

seguintes com as respectivas tolerâncias e de acordo com o tipo de ligante betuminoso a ser usado, isto é, ligante betuminoso (asfalto ou alcatrão) ou emulsão asfáltica:

Ligante Betuminoso (Asfalto ou Alcatrão)

Peneira, ASTM % em peso passando Tolerância da

Faixas A B A B C D E F Faixa de Projeto %

3" 100 100 100 100 7

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2 1/2"2"

1 1/2"1"

3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40

90-10035-700-15100

0-5 90-100-

20-550-100-5

90-10035-700-15100

- 90-100-

20-550-100-5

95-10035-70

0-15 100- 90-100

0-5 -20-550-100-5

90-10020-55

0-15 100- 90-100

0-5 40-755-250-100-5

7 7 7 7 7 7 7 5 5 5

Espessura, cm 9 - 10 6,5 - 7,5 5 - 6,5 4 - 5 -

Aplicação 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª -

Agregado, Kg/m² 190-217 19-27

136-163 14-22

109-136 11-19

81-109 8-14 -

Ligante, Kg/m² 7,9 - 10,0 5,6 - 7,9 4,5 - 6,8 3,4 - 5,4 -

Emulsão Asfáltica

A emulsão asfáltica refere-se a 65% de asfalto residual. Para teores diferentes a 65%, deve ser feita a necessária correção:

Peneiras, Faixas Granulométricas, % em Peso Passando Tolerância

ASTM I - 1ª Camada II - 2ª Camada

da Faixa deProjeto

pol. A B C D E A %

3"2 1/2"

2"1 2/2"

1"3/4"1/2"3/8’N° 4

N° 10N° 40

10075-9560-8040-6520-4010-300-15

-0-5

--

10070-9050-7025-4515-350-15

-0-5

10065-8535-5515-350-15

-0-5

10055-7535-5510-300-150-5

10060-8020-40

-0-10

-0-5

10090-10040-750-100-5

-

7 7 7 7 7 7 7 5 5 5 5

Espessura, cm

10 9 7,5 6,5 5 - -

Agregado, Kg/m²

1ª Camada 195 171 146 123 98 -

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2ª Camada - - - - - 16

Emulsão, l/m²

1ª Aplicação 6,8 - 8,1

4,5 - 6,8

4,5 - 5,4 4,1 - 5,0 3,2 - 4,1 - -

2ª Aplicação 5,4 - 6,8

5,4 - 6,8

5,4 - 6,8 3,2 - 4,5 3,6 - 4,5 - -

Total de Emulsão

12,2 - 14,9

9,9 - 13,2

9,9 - 12,2

7,3 - 9,5 6,8 - 8,6 - -

5.1.3.1 A faixa granulométrica empregada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada do macadame betuminoso.

5.1.4 Quantidades

5.1.4.1 As quantidades ou taxas de aplicação de agregado e de ligante betuminoso serão fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos serviços em trechos experimentais.

5.1.4.2 Quando for empregado agregado poroso deverá ser considerada a sua porosidade na fixação da taxa de aplicação do ligante betuminoso.

5.1.4.3 Recomenda-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de agregados convencionais e de ligantes betuminosos indicados nos quadros do item 5.1.3.

5.2 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução do serviço, deverá atender as recomendações desta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:a) carros distribuidores de ligante betuminoso, providos de dispositivos de aquecimento,

tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de 1°C, em locais de fácil acesso para verificação, e, ainda, de espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de aplicação do ligante e permitam uma aplicação homogênea;

b) distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes possuindo dispositivos que permitam uma distribuição homogênea da quantidade dos agregados, fixada no projeto;

c) rolos compressores do tipo de três rodas, tandem, liso vibratório ou rolos pneumáticos, autopropulsores. Os rolos compressores dos tipos tandem ou de três rodas devem ter uma carga de 10 toneladas. Os rolos pneumáticos, autopropulsores deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 2,5 kgf/cm² (30 psi) a 8,4 kgf/cm² (120 psi).

Page 97: Normas Tecnicas Gerais

5.3 Execução

5.3.1 Ligante Betuminoso (Asfalto ou Alcatrão)

5.3.1.1 Inicialmente, proceder varredura da pista imprimada ou pintada para eliminar todo e qualquer material solto.

5.3.1.2 O agregado especificado para a 1ª camada do macadame betuminoso com ligante (asfalto ou alcatrão) deve ser uniformemente espalhado na quantidade indicada no projeto. Quando necessário para garantir cobertura uniforme, a distribuição poderá ser complementada por processo manual adequado. Excesso de agregado deve ser removido antes da compressão.

5.3.1.3 A compressão do agregado espalhado será no sentido longitudinal, começando pelos bordos e progredindo para o eixo, nos trechos em tangente e nas curvas, a compressão progredirá sempre de bordo mais baixo para o bordo mais alto. Cada passada será recoberta, na vez subsequente de, pelo menos, a metade da largura da área anteriormente compactada. A compressão deve ser interrompida quando aparecerem sinais de esmagamento do agregado ou quando atingido o mínimo de passadas do equipamento determinado em trechos experimentais.

5.3.1.4 A primeira aplicação do ligante betuminoso deverá ser feita em seguida, de modo uniforme, pelo carro distribuidor, na quantidade e temperatura determinada.

5.3.1.5 O ligante betuminoso (asfalto ou alcatrão), não deve ser aplicado em superfícies molhadas.

5.3.1.6 A temperatura de aplicação do ligante betuminoso deverá ser determinada para cada tipo de ligante. Esta determinação é feita em função da relação temperatura-viscosidade. Será escolhida a que proporcionar a melhor viscosidade para o espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas são as seguintes:

a) cimento asfáltico, 20 a 60 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004); b) alcatrão, 6 a 20 graus, "Engler" (ASTM-D 1665).

5.3.1.7 Nas juntas transversais deverá ser empregada uma faixa de papel, para evitar a superposição de banhos adjacentes. As áreas não alcançadas pelo ligante deverão ser completadas com espalhamento manual.

5.3.1.8 Imediatamente após a 1ª aplicação do ligante betuminoso dá-se início ao espalhamento e compressão da 2ª camada de agregado de modo exatamente igual a 1ª camada.

Page 98: Normas Tecnicas Gerais

5.3.1.9 O tráfego não será permitido quando aplicado o ligante betuminoso ou agregado. Só será liberado após terminada a compressão. Entretanto, em caso de necessidade de abertura do tráfego antes de completar a compressão deverá ser feito controle para que os veículos não ultrapassem a velocidade de 10km/hora. Decorridas 24 horas do término da compressão o trânsito ainda deve ser controlado, com velocidade máxima de 40km/hora. De 5 a 10 dias, após a abertura ao tráfego será feita varredura dos agregados não fixados pelo ligante.

5.3.2 Emulsão Asfáltica

5.3.2.1 Inicialmente, deve-se proceder a uma varredura da pista imprimada ou pintada para eliminar todo e qualquer material solto.

5.3.2.2 O agregado especificado para a 1ª camada do macadame betuminoso com emulsão asfáltica, deve ser uniformemente espalhado na quantidade indicada no projeto. Quando necessário, para garantir uma cobertura uniforme, a distribuição poderá ser complementada por processo manual adequado. Excesso de agregado deve ser removido antes da compressão.

5.3.2.3 A compressão do agregado espalhado será no sentido longitudinal, começando pelos bordos e progredindo para o eixo, nos trechos em tangente e, nas curvas, a compressão progredirá sempre de bordo mais baixo para o bordo mais alto. Cada passada será recoberta, na vez subsequente de, pelo menos, a metade da largura da área anteriormente compactada. A compressão deve ser interrompida quando do aparecimento de sinais de esmagamento do agregado, ou quando estiver sido atingido o mínimo de passadas do equipamento determinado em trechos experimentais.

5.3.2.4 A primeira aplicação de emulsão asfáltica deverá ser feita em seguida, de modo uniforme com o carro distribuidor de ligante, empregando-se aproximadamente a metade da quantidade de emulsão determinada no projeto. (O restante da emulsão, deverá ser aplicada após o espalhamento e compressão da segunda camada do agregado - camada de bloqueio, definido no projeto).

5.3.2.5 A temperatura para a aplicação da emulsão deverá ser determinado para cada tipo de emulsão. Esta determinação é feita em função da relação viscosidade-temperatura recomendando-se a faixa de 20-100 SSF.

5.3.2.6 Nas juntas transversais deverá ser empregada uma faixa de papel, para evitar a superposição de banhos adjacentes. As áreas que não forem alcançadas pelo ligante deverão ser completadas com espalhamento manual.

5.3.2.7 Após o término da construção do macadame betuminoso e antes da abertura ao tráfego, deverá ser realizada uma camada de selamento tipo tratamento superficial (DNER-ES

Page 99: Normas Tecnicas Gerais

308/97, ES 309/97 e ES 310/97), pré-misturado a frio (DNER-ES 317/97), concreto betuminoso (DNER-ES 313/97) ou outro revestimento indicado no projeto.

6. MANEJO AMBIENTALOs cuidados com a preservação do meio ambiente, nos serviços de execução de base ou revestimentos de macadame por penetração superior, envolvem a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o estoque e aplicação de ligante betuminoso.

6.1 AgregadosQuando for obtido mediante exploração de ocorrência indicada no projeto considerar os aspectos seguintes:

6.1.1 Autorizar a aceitação dos agregados somente após aprovação da licença ambiental para a exploração da pedreira.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira para minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para a retenção do pó de pedra, eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d'água.

6.1.6 Quanto ao agregado pétreo fornecido por terceiros, exigir documentação atestando regularidade das instalações, bem como, sua operação junto ao órgão ambiental competente.

6.2 Ligante Betuminoso

6.2.1 Instalar depósitos em locais afastados dos cursos d'água.

6.2.2 Vedar o lançamento de refugo de materiais usados na faixa de domínio e áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3 Ao desmobilizar o canteiro proceder à remoção de tanques, limpeza e recuperação da área afetada pela operação de construção/execução.

7. INSPEÇÃO

Page 100: Normas Tecnicas Gerais

7.1 Controle de Material

7.1.1 Ligante BetuminosoTodo carregamento de ligante betuminoso deverá ser submetido aos seguintes tipos de ensaios:

7.1.1.2 Cimentos Asfálticosa) para todo carregamento que chegar à obra:

- 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25 °C quando o asfalto for classificado por penetração;

- 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" a 135 °C (DNER-ME 004);- 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148);- 01 ensaio de espuma;- 01 índice susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração (DNER-EM

003), ensaio de ponto de amolecimento (ABNT NBR-6568).

b) para cada 100t:- 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) para o estabelecimento

da relação viscosidade x temperatura.

7.1.1.3 Alcatrõesa) para todo carregamento que chegar à obra:- 01 ensaio de flutuação (ASTM-D 139);- 01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da curva temperatura x viscosidade.

b) para cada 100t:- 01 ensaio de destilação (ASTM-D 20) para cada 100t.

7.1.1.4 Emulsões Asfálticasa) para todo carregamento que chegar à obra;

- 01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004); - 01 ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568);- 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002).

b) para cada 100t:- 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);- 01 ensaio de desemulsibilidade (DNER-ME 063).

7.1.2 Agregadoa) Análises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083);

Page 101: Normas Tecnicas Gerais

b) 01 ensaio de índice de forma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);c) 01 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante betuminoso que

chegar à obra e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 079).

7.1.3 Melhorador de Adesividade para o Ligante Anidro Asfaltoa) 01 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante betuminoso

(DNER-ME 078);b) 01 ensaio de adesividade, para todo asfalto aditivado antes de sua aplicação (DNER-ME

078).c)

7.2 Controle da Execução

7.2.1 Taxa de Espalhamento dos AgregadosO controle da quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente (Taxa de Espalhamento) será aleatório, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos na pista onde estiver sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo espalhador tem-se a quantidade de agregados espalhada.A tolerância admitida para as taxas de espalhamento dos agregados é a constante dos quadros do item 5.1.3.

7.2.2 Temperatura de Aplicação do Ligante BetuminosoA temperatura do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura.

7.2.3 Taxa de Aplicação do Ligante BetuminosoO controle da quantidade do ligante betuminoso aplicado, obtido através do ligante residual será aleatório, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista onde está sendo feita a aplicação do mesmo. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de material betuminoso utilizado no cálculo da taxa de aplicação (T).A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante betuminosos é a constante dos quadros do item 5.1.3.

7.2.4 O número de determinações utilizadas nos ensaios controle das taxas será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

Page 102: Normas Tecnicas Gerais

n = n° de amostras k = Coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de determinações das taxas por segmentos (área inferior a 3.000m2) é de 5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Acabamento da SuperfícieO acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas réguas, uma de 1,20m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.

7.3.2 AlinhamentosOs alinhamentos do eixo e bordo são verificados através da relocação da camada. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 EspessurasAs espessuras do eixo e bordos da camada executada são verificados mediante nivelamento geométrico da locação. Os desvios verificados não deverão exceder à ± 10% da espessura do projeto.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle estatístico da granulometria dos agregados das taxas de aplicação do ligante betuminoso e de espalhamento do agregado em que são especificados intervalos de valores máximos e mínimos deve-se verificar a condição seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:i - valores individuais.

EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.

Page 103: Normas Tecnicas Gerais

K - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico da execução serão registrados nos relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O macadame betuminoso será medido através do volume de material compactado na pista, em metros cúbicos, atendendo à seção transversal constante no projeto. Neste estão incluídos todas as operações e encargos necessários à execução do macadame betuminoso, abrangendo a produção e transporte dos agregados, armazenamento, perdas e transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista.

8.2 Nos cálculos dos volumes, obedecidas às tolerâncias especificadas, serão consideradas as médias das espessuras medidas por diferença de nivelamento. No caso de espessura maior do que a do projeto considerar apenas a constante do projeto.

8.3 A quantidade de ligante betuminoso aplicada é obtida através da média aritmética dos valores medidos no canteiro de serviço.

8.4 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente, aplicado terá sua distância medida entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – AREIA-ASFALTO A QUENTE

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução da base ou revestimento do pavimento utilizando camadas de ligante betuminoso e de material pétreo do tipo macadame de penetração superior. Neste documento encontram-se definidos os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e inspeção dos materiais empregados e da execução, além dos critérios para aceitação e rejeição dos serviços de medição.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais

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5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na execução de bases ou revestimentos de pavimentação do tipo macadame betuminoso, aplicados sobre uma superfície imprimada ou pintada, utilizando-se agregados mineral e ligante betuminoso, de acordo com os alinhamentos, greide e seções transversais de projeto.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo b) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração c) DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentaçãod) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura e) DNER-ME 043/95 – Misturas betuminosas a quente – ensaio Marshall;f) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume g) DNER-ME 054/94 – Equivalente de areia;h) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso i) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso j) DNER-ME 083/94 - Agregados - análise granulométrica k) DNER-ME 151/94 - Asfaltos - determinação da viscosidade cinemática l) DNER-PRO 13/94 – coleta de amostra de misturas betuminosas para pavimentação;m) DNER-PRO 164/94 - Calibração Controle de Sistemas de Irregularidade de Superfície do

Pavimento (Sistema Integradores IPR/USP - Maysmeter) n) DNER/PRO 182/94 - Medição da irregularidade de superfície do pavimento com (Sistema

Integradores - IPR/USP - Maysmeter) o) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços p) DNER-Manual de Pavimentação –1996q) ABNT NBR-5847 – Material betuminoso – determinação da viscosidade absoluta;r) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento s) ASTM-1138 – Misturas betuminosas – ensaio “Hubbard-Field”;t) “British Standard” - Métodos HD 15/87 e HD 36/87 - determinação da VDR - resistência á

derrapagem pelo pêndulo britânico

3. DEFINIÇÃO

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Para os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Areia-asfalto a quente – mistura executada a quente, em usina apropriada de agregado miúdo, material de enchimento (filer) e cimento asfáltico espalhada e comprimida a quente.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Areia-asfalto pode ser empregado como revestimento de pavimento.

4.2 Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta especificação, nos dias de chuva.

4.3 Areia-asfalto é fabricado, transportado e aplicado somente quando a temperatura for superior a 10°C.

4.4 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara de procedência, tipo e quantidade do conteúdo, e distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais da mistura areia-asfalto constituídos por agregado miúdo, material de enchimento (filer) e ligante betuminoso devem satisfazer essa especificação, seção 2- referências, e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregados os seguintes ligantes betuminosos:a) cimento asfáltico de petróleo, CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100, CAP-150/200 (classificação por penetração), CAP-7, CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade); b) podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados quando indicados no projeto.c) não havendo boa adesividade entre o ligante betuminoso e o agregado (DNER-ME 079), poderá ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada em projeto.

5.1.2 Agregado MiúdoPode ser constituído de areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55%. (DNER-ME 054).

5.1.3 Material de enchimento filer

5.1.3.1

Page 106: Normas Tecnicas Gerais

Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós

calcários, cinza volante, etc., e que atendam a seguinte granulometria (DNER-ME 083):

Peneira % mínima,passando

N° 40N° 80

N° 200

1009565

5.1.3.2 Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

5.1.3.3 Como materiais de enchimento podem ser utilizados:cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinzas volantes e outros

5.1.4 Conposição da misturaA composição de concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito a granulometria e aos percentuais do ligante betuminoso.

Peneira de Malha Quadrada % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS

Discriminação Aberturamm

A B C TOLERÂNCIASFIXAS DEPROJETO

2"1 1/2"

1"3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40N° 80

N° 200

50,838,125,419,112,79,54,82,0

0,420,18

0,074

10095-10075-10060-90

-35-6525-5020-4010-305-201-8

-100

95-10080-100

-45-8028-6020-4510-328-203-8

---

10085-10075-10050-8530-7515-408-305-10

- 7% 7% 7% 7% 7% 5% 5% 5% 2% 2%

Betume Solúvel noCS2 (+) %

4, 0-7, 0Camada de

Ligação (Binder)

4, 5-7, 5 Camada de Ligação e Rolamento

4, 5-9, 0 Camadas

de Rolamento

0,3%

A fração retida entre duas peneiras consectivas não deverá ser inferior a 4% do total.

5.1.5 As porcentagens de betume se referem a mistura de agregados, considerada como 100%.

Page 107: Normas Tecnicas Gerais

a) deverá ser adotado o Ensaio Marshall (DNER-ME 043) para verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores seguintes:

Discriminação Camada deRolamento

CAMADA DE LIGAÇÃO(BINDER)

Porcentagem de vaziosRelação betume/vaziosEstabilidade, mínimaFluência, mm.

3 a 575/82350 kgf (75 golpes)250 kgf (50 golpes)2,0 - 4,5

4 a 665-72350 kgf (75 golpes)250 kgf (50 golpes)2,0 - 4,5

b) as Especificações Complementares fixarão a energia de compactação;as misturas devem atender as especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela linha inclinada do seguinte ábaco:5.2 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado, devendo estar de acordo com esta especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

5.2.1 Depósito para Ligante BetuminosoOs depósitos para o ligante betuminoso deverão possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos também deverão evitar qualquer superaquecimento localizado. Deverá ser instalado um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

5.2.2 Depósito para AgregadosOs silos deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do

misturador e serão divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o filer, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

5.2.3 Usina para Misturas Betuminosas

5.2.3.1 A usina deverá estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, dispor de misturador capaz de produzir uma mistura uniforme. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210 °C (precisão ± 1 °C), deverá ser fixado no dosador de ligante ou na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo a descarga do misturador. A usina deverá ser equipada além disto, com pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C.

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5.2.3.2 Poderá, também, ser utilizada uma usina do tipo tambor/secador/misturador, provida de coletor de pó, alimentador de filer sistema de descarga da mistura betuminosa com comporta, ou alternativamente, em silos de estocagem. A usina deverá possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem dinâmica (precisão de ± 5%) e assegurar a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

5.2.4 Caminhões para Transporte da MisturaOs caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter

caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc) não serão permitidos.

5.2.5 Equipamento para EspalhamentoO equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de

pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a colocação da mistura sem irregularidade.

5.2.6 Equipamento para a Compressão

5.2.6.1 O equipamento para a compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5kgf/cm² a 8,4kgf/cm² (35 a 120 psi).

5.2.6.2 O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de operacionalidade.

5.3 Execução

5.3.1 sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.

5.3.2 A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de

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85 a 95 segundos. Entretanto, a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107 °C e nem exceder a 177 °C.

5.3.3 Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10 °C a 15 °C, acima da temperatura do ligante betuminoso.

5.3.4 Produção da misturaA produção da mistura é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente

especificado.5.3.5 Transporte da mistura

5.3.5.1 A mistura produzida deverá ser transportada da usina ao ponto de aplicação em veículos especificados em 5.2.4.

5.3.5.2 O carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material aceitável, com o tamanho suficiente para proteger a mistura, do esfriamento.

5.3.6 Distribuição e Compressão da Mistura

5.3.6.1 A distribuição da areia-asfalto deve ser feita por máquina acabadora, conforme especificado no item 5.2.5.

5.3.6.2 Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de areia-asfalto, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

5.3.6.3 Após a distribuição da mistura, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

5.3.6.4 Caso empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura vai sendo compactada, e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

5.3.6.5 A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

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5.3.6.6 Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4 Abertura ao TráfegoOs revestimentos recém-acabados deverão ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

6. MANEJO AMBIENTALPara execução de revestimento betumino do tipo areia-asfalto usinado a quente, são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.Dessa forma, os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

6.1 AgregadoNo decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

6.1.1 A areia somente será aceita após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2 Evitar a exploração de areal em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração do areal de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os Caminhos de Serviço.

6.1.6 Exigir a documentação atestando a regularidade da exploração do areal, junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

6.2 Ligantes Betuminosos

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Page 111: Normas Tecnicas Gerais

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada e em outros locais onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, mediante a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza de canteiro de obras.

6.2.3.1 As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios; transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes; transporte e estocagem de filer; transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS

I. Emissão de Partículas A principal fonte é o secador rotativo.Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS.: Emissões Fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

6.3 Quanto à Instalação

6.3.1 Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais, clínicas,

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centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

6.3.2 Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

6.3.3 Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

6.4.1 Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na lesgilações vigentes.

6.4.2 Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

6.4.3 Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

6.4.4 Enclausurar a correia transportadora de agregados frios.

6.4.5 Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

6.4.6 Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

6.4.7 Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

6.4.8 Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

6.4.9 Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

6.4.10 Adotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco.

6.4.11 Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

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6.4.12 Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

6.4.13 Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

6.4.14 Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

6.4.15 Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e os estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle de Qualidade dos MateriaisTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNER, e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante Betuminosoo controle de qualidade do ligante betuminoso constará do seguinte:a) um ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25° (DNER-ME 003) quando o asfalto for especificado por penetração para todo carregamento que chegar a obra;b) um ensaio de viscosidade a 135°C "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);c) um ensaio de ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar a obra (DNER-ME 148);d) um ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;e) um índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e ABNT NBR 6576;f) um ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura.

7.1.2 AgregadosO controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:a) dois ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);b) um ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);c) um ensaio de granulometria do material de enchimento filer, por jornada de trabalho (DNER-ME 083).

7.2 Controle da Execução

7.2.1 Controle da Usinagem da areia-asfalto

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7.2.1.1 Controle da Quantidade de Ligante na MisturaDevem ser efetuadas extrações de asfalto (betume) de amostras coletadas na saída do misturador (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, ± 0,3%, da fixada no projeto.

7.2.1.2 Controle da Graduação da Mistura de AgregadosSerá procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.

7.2.1.3 Controle de TemperaturaSerão efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:a) do agregado, no silo quente;b) do ligante, no tanque de estocagem;c) da mistura, após a confecção.As temperaturas devem apresentar valores de 5 °C das temperaturas especificadas.

7.2.1.4 Características da MisturaSerão realizados ensaios Marshall ou Hubbard-Field, com três corpos-de-prova de cada mistura, por cada jornada de trabalho (DNER-ME 043). Os valores de estabilidade e da fluência deverão satisfazer ao especificado no item proposto. As amostras devem ser retiradas na saída do misturador.

7.2.1.5 O número das determinações ou ensaios de controle da usinagem da areia-asfalto por jornada de trabalho será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de determinações por jornada de 8 horas de trabalho é de cinco.

7.2.2 Espalhamento e Compressão na Pista

7.2.2.1 Temperatura de CompressãoDeverão ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente, antes de iniciada a compressão.Estas temperaturas deverão ser as indicadas para compressão, com uma tolerância de 5 °C.

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7.2.2.2 Controle do Grau de Compressão

7.2.2.2.1 O controle do grau de compressão - GC da mistura betuminosa é obtido, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e comprimida na pista, utilizando brocas rotativas, e comparando-as com a densidade de laboratório.

7.2.2.2.2 Poderão ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista, desde que indicada no projeto.

7.2.2.2.3 Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% em relação a massa específica aparente do projeto.

7.2.2.2.4 O controle do grau de compressão poderá, também, ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-provas extraídos da pista e comparando-se com as desindades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para a moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde serão realizados os furos e antes da sua compactação.

7.2.2.3 O número de determinações das temperaturas de compressão do grau de compactação - GC é definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.2.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Espessura da CamadaSerá medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em relação as espessuras de projeto.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 Acabamento da Superfície

7.3.3.1 Durante a execução deverá ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.

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7.3.3 O acabamento longitudinal da superfície deverá, ser verificado por "aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou por dispositivos equivalentes para esta finalidade. Neste caso o acabamento ao Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

7.3.4 Condições de Segurança

7.3.4.1 O revestimento acabado deverá apresentar VRD, Valor de Resistência a Derrapagem, superior a 55, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard), ou outros similares.

7.3.4.2 O projeto da mistura deverá ser verificado experimentalmente através de trecho experimental como extensão da ordem de 100m.

7.3.4.3 Poderá, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução serão realizados para cada 200m de pista, em locais escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle da usinagem da areia-asfalto, espalhamento e compressão na pista, deve-se verificar as condições prescritas na DNER-PRO 277/97; como a seguir:a) Na UsinaPara a quantidade de ligante na mistura, graduação da areia, temperatura na saída do misturador e da fluência no ensaio Marshall em que é especificada uma faixa de valores mínimos e máximos deve ser verificado a condição seguinte:

- ks < valor mínimo de projeto ou + ks > valor máximo de projeto rejeita-se o serviço;

- ks valor mínimo de projeto e + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

- média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

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n - número de determinações.Para os resultados do ensaio de estabilidade Marshal em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se - ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço;

Se - ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

b) Na PistaPara o Grau de Compactação - GC - em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se - ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço;

Se EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 A areia-asfalto será medida, através da mistura efetivamente aplicada, em toneladas.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtida através da média aritmética dos valores medidos na usina, em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – CONCRETO BETUMINOSO

RESUMOEsta Norma define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento através da confecção de mistura betuminosa a quente em usina apropriada utilizando ligante betuminoso, agregados minerais e material de enchimento (filer). Estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação e rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências

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3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na fabricação de misturas betuminosas para a construção de camadas do pavimento de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-EM 141/84 - Cimentos asfálticos de petróleo b) DNER-ME 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo c) DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação d) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração e) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura f) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" g) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume h) DNER-ME 043/64 - Ensaio Marshall para misturas betuminosas i) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia j) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso k) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso l) DNER-ME 083/94 - Agregados -análise granulométrica m) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma n) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio o) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão p) DNER-ME 151/94 - Asfaltos - determinação da viscosidade cinemática q) DNER-PRO 164/94 - Calibração Controle de Sistemas de Irregularidade de Superfície do

Pavimento (Sistema Integradores IPR/USP - Maysmeter) r) DNER/PRO 182/94 - Medição da irregularidade de superfície do pavimento com (Sistema

Integradores - IPR/USP - Maysmeter) s) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços t) ABNT MB-827/73 - Determinação da viscosidade absoluta

Page 119: Normas Tecnicas Gerais

u) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento v) ASTM-D 139/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de flutuação w) ASTM-D 20/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação x) ASTM-D 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler" y) MET. HD 15/87 e HD 36/87 - British Standard - determinação da VDR - resistência á

derrapagem pelo pêndulo britânico z) MET. LCPC-RG-2-1971 - Determinação da rugosidade superficial pela altura da areia

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Concreto betuminoso - mistura executada em usina apropriada, com características específicas composta de agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e ligante betuminoso espalhada e comprimida à quente.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O concreto betuminoso pode ser empregado como revestimento, base, regularização ou reforço do pavimento.

4.2 Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

4.3 O concreto betuminoso somente deverá ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10 °C.

4.4 Todo o carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constituintes de concreto betuminoso são agregados graúdo, agregado miúdo, material de enchimento filer e ligante betuminoso, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 - Referências, e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregados os seguintes ligantes betuminosos:a) cimento asfáltico de petróleo, CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100, CAP-150/200 (classificação por penetração), CAP-7, CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);b) alcatrões tipos AP-12;c) podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados quando indicados no projeto.

5.1.2 Agregados

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5.1.2.1 Agregado GraúdoO agregado graúdo pode ser pedra, escória, seixo rolado, ou outro material indicado nas Especificações Complementares. O agregado graúdo deve se constituir de fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila, e substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035); admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89);5.1.2.2 Agregado MiúdoO agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55%. (DNER-ME 054).

5.1.2.3 Material de Enchimento (filer)Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinza volante, etc., e que atendam a seguinte granulometria (DNER-ME 083):

Peneira % mínima,passando

N° 40N° 80

N° 200

1009565

Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

5.1.2.4 Melhorador de AdesividadeNão havendo boa adesividade entre o ligante betuminoso e os agregados (DNER-ME 078, DNER-ME 079), poderá ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

5.2 Composição da Mistura

5.2.1 A composição de concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte com as respectivas

tolerâncias no que diz respeito a granulometria e aos percentuais do ligante betuminoso.

Peneira de Malha Quadrada % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS

Discriminação Aberturamm

A B C TOLERÂNCIASFIXAS DE

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PROJETO

2"1 1/2"

1"3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40N° 80

N° 200

50,838,125,419,112,79,54,82,0

0,420,18

0,074

10095-10075-10060-90

-35-6525-5020-4010-305-201-8

-100

95-10080-100

-45-8028-6020-4510-328-203-8

---

10085-10075-10050-8530-7515-408-305-10

- 7% 7% 7% 7% 7% 5% 5% 5% 2% 2%

Betume Solúvel noCS2 (+) %

4, 0-7, 0Camada de

Ligação (Binder)

4, 5-7, 5 Camada de Ligação e Rolamento

4, 5-9, 0 Camadas

de Rolamento

0,3%

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada de revestimento.

5.2.2 Na escolha da curva granulométrica, para camada de rolamento, deverá ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3.4 - Condições de Segurança.

5.2.3 As porcentagens de betume se referem a mistura de agregados, considerada como 100%. Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total.

a) deverá ser adotado o Ensaio Marshall (DNER-ME 043) para verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores seguintes:

Discriminação Camada deRolamento

CAMADA DE LIGAÇÃO(BINDER)

Porcentagem de vaziosRelação betume/vazios

Estabilidade, mínimaFluência, mm.

3 a 575/82

350 kgf (75 golpes)250 kgf (50 golpes)

2,0 - 4,5

4 a 665-72

350 kgf (75 golpes)250 kgf (50 golpes)

2,0 - 4,5

b) as Especificações Complementares fixarão a energia de compactação;c) as misturas devem atender as especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela linha inclinada do seguinte ábaco: OBS.: arquivo não enviado.

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5.3 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado, devendo estar de acordo com esta especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

5.3.1 Depósito para Ligante BetuminosoOs depósitos para o ligante betuminoso deverão possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos também deverão evitar qualquer superaquecimento localizado. Deverá ser instalado um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

5.3.2 Depósito para AgregadosOs silos deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serão divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o filer, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

5.3.3 Usina para Misturas Betuminosas

5.3.3.1 A usina deverá estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, dispor de misturador capaz de produzir uma mistura uniforme. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210 °C (precisão ± 1 °C), deverá ser fixado no dosador de ligante ou na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo a descarga do misturador. A usina deverá ser equipada além disto, com pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C.

5.3.3.2 Poderá, também, ser utilizada uma usina do tipo tambor/secador/misturador, provida de coletor de pó, alimentador de filer sistema de descarga da mistura betuminosa com comporta, ou alternativamente, em silos de estocagem. A usina deverá possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem dinâmica (precisão de ± 5%) e assegurar a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

5.3.4 Caminhões para Transporte da MisturaOs caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc) não serão permitidos.

5.3.5 Equipamento para Espalhamento

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O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a colocação da mistura sem irregularidade.

5.3.6 Equipamento para a CompressãoO equipamento para a compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5kgf/cm² a 8,4kgf/cm² (35 a 120 psi).O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de operacionalidade.

5.4 Execução

5.4.1 sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.

5.4.2 A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos. Entretanto, a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107 °C e nem exceder a 177 °C.

5.4.3 A temperatura de aplicação do alcatrão será aquela na qual a viscosidade "Engler" (ASTM D 1665) situa-se em uma faixa de 25 3. A mistura, neste caso, não deve deixar a usina com temperatura superior a 106 °C.

5.4.4 Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10 °C a 15 °C, acima da temperatura do ligante betuminoso.

5.4.5 Produção do Concreto BetuminosoA produção do concreto betuminoso é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

5.4.6 Transporte do Concreto Betuminoso

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5.4.6.1 O concreto betuminoso produzido deverá ser transportado, da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes especificados no item 5.3.4.

5.4.6.2 Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

5.4.7 Distribuição e Compressão da Mistura

5.4.7.1 A distribuição do concreto betuminoso deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme especificado no item 5.3.6.

5.4.7.2 Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto betuminoso, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

5.4.7.3 Após a distribuição do concreto betuminoso, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

5.4.7.4 A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela na qual o ligante apresenta uma viscosidade, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004), de 140 ± 15 segundos, para o cimento asfáltico ou uma viscosidade específica, "Engler" (ASTM-D 1665), de 40 ± 5, para o alcatrão.

5.4.7.5 Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura vai sendo compactada, e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

5.4.7.6 A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

5.4.7.7 Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.8 Abertura ao TráfegoOs revestimentos recém-acabados deverão ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

Page 125: Normas Tecnicas Gerais

6. MANEJO AMBIENTALPara execução de revestimento betuminso do tipo concreto betuminoso usinado a quente são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

6.1 AgregadosNo decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

6.1.1 A brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os Caminhos de Serviço.

6.1.6 Construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.

6.1.7 Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

6.2 Ligantes Betuminosos

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada e em outros locais onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, mediante a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza de canteiro de obras.

Page 126: Normas Tecnicas Gerais

As operações em usinas asfálticas a quente englobam: estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios; transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes; transporte e estocagem de filer; transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS

I. Emissão de Partículas A principal fonte é o secador rotativo.Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS.: Emissões Fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

6.3 Quanto à Instalação

6.3.1 Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

6.3.2 Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Page 127: Normas Tecnicas Gerais

6.3.3 Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

6.4.1 Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na lesgilações vigentes.

6.4.2 Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

6.4.3 Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

6.4.4 Enclausurar a correia transportadora de agregados frios.

6.4.5 Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

6.4.6 Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

6.4.7 Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

6.4.8 Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

6.4.9 Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

6.4.10 Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco.

6.4.11 Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

6.4.12 Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

6.4.13 Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

Page 128: Normas Tecnicas Gerais

6.4.14 Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

6.4.15 Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e os estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle de Qualidade do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNER, e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante Betuminosoo controle de qualidade do ligante betuminoso constará do seguinte:

a) para cimento asfálticos:01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25° (DNER-ME 003) quando o asfalto for especificado por penetração para todo carregamento que chegar a obra;01 ensaio de ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar a obra (DNER-ME 148);01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e ABNT NBR 6560;01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) para todo carregamento que chegar à obra01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.

b) Para alcatrão: 01 ensaio de flutuação, para todo carregamento que chegar à obra (ASTM D 139);01 ensaio de destilação, para cada 500t (ASTM-D 139);01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da curva temperatura viscosidade, para cada 100t.

7.1.2 AgregadosO controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);01 ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da natureza do material (DNER-ME 035);01 ensaio de índice de fôrma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);

Page 129: Normas Tecnicas Gerais

01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

7.2 Controle da ExecuçãoO controle da execução será exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória.

7.2.1 Controle da Usinagem do Concreto Betuminoso

7.2.1.1 Controle da Quantidade de Ligante na MisturaDevem ser efetuadas extrações de betume, de amostras coletadas na saída do misturador (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, ± 0,3%, da fixada no projeto.

7.2.1.2 Controle da Graduação da Mistura de AgregadosSerá procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.

7.2.1.3 Controle de TemperaturaSerão efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:a) do agregado, no silo quente da usina;b) do ligante, na usina;c) da mistura, no momento, da saída do misturador.As temperaturas devem apresentar valores de 5 °C das temperaturas especificadas.

7.2.1.4 Controle das Características da MisturaDeverão ser realizados ensaios Marshall com três corpos-de-prova de cada mistura, por cada jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 043).Os valores de estabilidade e da fluência deverão satisfazer ao especificado no item proposto. As amostras devem ser retiradas na saída do misturador.

7.2.1.5 O número das determinações ou ensaios de controle da usinagem do concreto betuminoso por jornada de trabalho será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

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O número mínimo de determinações por jornada de 8 horas de trabalho é de 5 (cinco).

7.2.2 Espalhamento e Compressão na Pista

7.2.2.1 Temperatura de CompressãoDeverão ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente, antes de iniciada a compressão.Estas temperaturas deverão ser as indicadas para compressão, com uma tolerância de 5 °C.

7.2.2.2 Controle do Grau de CompressãoO controle do grau de compressão - GC da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e comprimida na pista, por meio de brocas rotativas.Poderão ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista, desde que indicada no projeto.Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97%.O controle do grau de compressão poderá, também, ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-provas extraídos da pista e comparando-se com as desindades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para a moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde serão realizados os furos e antes da sua compactação.

7.2.2.3 O número de determinações das temperaturas de compressão do grau de compactação - GC é definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.2.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Espessura da CamadaSerá medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admiti-se a variação de ± 5% em relação as espessuras de projeto.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 Acabamento da SuperfícieDurante a execução deverá ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m,

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colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.O acabamento da superfície deverá, ser verificado por "aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182). Neste caso o acabamento ao Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

7.3.4 Condições de SegurançaO revestimento acabado deverá apresentar VRD, Valor de Resistência a Derrapagem, superior a 55, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard), ou outros similares.O projeto da mistura deverá ser verificado experimentalmente através de trecho experimental como extensão da ordem de 100m.Poderá, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução serão realizados para cada 200m de pista, em locais escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle da usinagem do concreto betuminoso, espalhamento e compressão na pista, deve-se analisar estatisticamente os resultados abaixo e verificar a condição seguinte (DNER-PRO 277/97):a) Na UsinaPara a quantidade de ligante na mistura, graduação da mistura de agregado, temperatura na saída do misturador e da fluência no ensaio Marshall em que é especificada uma faixa de valores mínimos e máximos deve ser verificado a condição seguinte:

EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo de projeto ou EMBED Equation.3 X + ks > valor

máximo de projeto rejeita-se o serviço;

EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo de projeto e EMBED Equation.3 X + ks valor

máximo de projeto aceita-se o serviço.Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.

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k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.Para os resultados do ensaio de estabilidade Marshal em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.b) Na PistaPara o Grau de Compactação - GC - em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O concreto betuminoso será medido, em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivo de medição: mão-de-obra, materiais, (exceto ligante betuminoso), transporte da mistura da usina à pista e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtida através da média aritmética dos valores medidos na usina, em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – LAMA ASFÁLTICA

RESUMOEste documento define a sistemática a ser empregada fabricação e aplicação de lama asfáltica, para selagem, impermeabilização, rejuvenescimento e conservação dos pavimentos e

Page 133: Normas Tecnicas Gerais

estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade, além dos critérios para a aceitação, rejeição e medição do serviço.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada na confecção e aplicação de lama asfática com o objetivo de selar, impermeabilizar ou rejuvenecer revestimentos betuminosos e nos serviços de conservação de pavimentos.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-ME 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo b) DNER-EM 369/97 – Emulsões asfáticas catiônicas;c) DNER-ME 002/94 – Emulsão asfática-carga da partícula;d) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura e) DNER-ME 005/94 – Emulsão asfáltica-determinação da peneiração;f) DNER-ME 006/94 – Emulsão asfáltica-determinação da sedimentação;g) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" h) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia i) DNER-ME 059/94 - Emulsões asfálticas catiônicas – determinação da desemulsibilidade;j) DNER-ME 083/94 - Agregados -análise granulométrica k) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma l) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio m) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços n) ABNT NBR-6568 – Determinação do resíduo de destilação de emulsões asfálticas;o) ABNT NBR-6300 – Emulsões asfálticas – determinação da resistência a água (adesividade);

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p) ASTM-D 2172 – Misturas betuminosas – extração de betuno;q) ISSA-A 105/91 – Lama asfáltica (Slurry Seal);r) ISSA-TB nº 100/90 – Wet Track Abrasion Test – WTAT;s) ISSA-TB nº 109/90 - Loaded Whell Tester – LWT;t) ISSA-TB nº 114/90 – Wet Stripping Test – WST;u) British Standard – Método HD 15/87 e HD 36/87 – determinação da VDR – resistência e

derrapagem pelo pêndulo britânico;v) DNER - Manual de Pavimentação, 1996.

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:Lama asfáltica – consiste na associação de agregado mineral, material de enchimento (filer), emulsão asfáltica e água, com consistência fluida, uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 A lama asfáltica pode ser empregada como camada de selamento, impermeabilização e rejuvenescimento de pavimentos.

4.2 Não permitir a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

4.3 Todo o carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICASOs constituintes de lama asfáltica que são emulsão asfáltica, agregado miúdo, material de enchimento (filer) e água, devem satisfazer a estas Especificações, item 2 - Referências, e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1 Material

5.1.1 Ligante BetuminosoPodem ser empregadas emulsões asfálticas aniônicas de ruptura lenta, tipos LA-1 e LA-2, emulsões asfálticas catiônicas de ruptura lenta, tipos LA-1C, LA-2C e RL-1C e LA-1C e emulsão asfáltica especial LA-E, além dos asfaltos modificados emulsionados, quando indicados no projeto.

5.1.2 AditivosPodem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da emulsão na lama asfáltica.

Page 135: Normas Tecnicas Gerais

5.1.3 ÁguaDeverá ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais a ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na quantidade necessária a promover a consistência adequada.

5.1.4. Agregado

5.1.4.1. Serão constituídos de areia, agregado miúdo, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes e apresentar moderada angulosidade, livre de torrões de argila e substâncias nocivas, com as características seguintes:

a) o material que deu origem ao agregado miúdo e pó-de-pedra deve apresentar desgaste “Los Angeles” igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035). Entretanto, poderão ser admitidos valores de desgastes maiores no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;b) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89);c) equivalência de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054);d) resistência a água – adesividade superior a 90% (DNER-ME 059) e ABNT NBR-6300(MB-721).

5.1.4.2. Material de Enchimento (filer)Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós

calcários, cinza volante, etc., e que atendam a granulometria seguinte:

Peneira % em peso, passando

N° 40N° 80

N° 200

10095 –10065 – 100

Quando aplicado deverá estar seco e isento de grumos.

5.1.5. Composição da Mistura

5.1.6. A dosagem adequada da lama asfáltica será realizada com base nos ensaios recomendados pela ISSA-International Slurry Surfacing Association:

ISSA-TB 100 – Wet Track Abrasion – perda máxima para uma hora – 800g/m2

ISSA-TB 109 – Loaded Wheel Tester e Sand Adhesion – máximo – 538g/m2

ISSA-TB 114 – Wet Stripping Test, mínimo – 90%

5.1.7 Um ajuste de dosagem dos componentes da lama asfáltica deverá ser feito nas condições de campo, antes do início do serviço.

5.1.8. A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte, com

as respectivas tolerâncias quando ensaiadas pelo método DNER-ME 83.

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Peneira de Malha Quadrada % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS

Discriminação Aberturamm

A B C TOLERÂNCIASFIXAS DEPROJETO

2"1 1/2"

1"3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40N° 80

N° 200

50,838,125,419,112,79,54,82,0

0,420,18

0,074

10095-10075-10060-90

-35-6525-5020-4010-305-201-8

-100

95-10080-100

-45-8028-6020-4510-328-203-8

---

10085-10075-10050-8530-7515-408-305-10

- 7% 7% 7% 7% 7% 5% 5% 5% 2% 2%

Betume Solúvel noCS2 (+) %

4, 0-7, 0Camada de

Ligação (Binder)

4, 5-7, 5 Camada de Ligação e Rolamento

4, 5-9, 0 Camadas

de Rolamento

0,3%

5.1.9. Quando a camada de lama asfáltica for empregada como camada final de rolamento, a curva granulométrica deverá ser escolhida em função das condições do item 7.3.3 e item 5.1.7.

5.2. Equipamento

5.2.1. Equipamento de limpezaPara limpeza da superfície utilizam-se vassouras mecânicas, jatos de ar comprimido e outros.

5.2.2. Equipamento de mistura e de espalhamentoA lama asfáltica deve ser executada em equipamento apropriado que apresente as seguintes características mínimas:

a) silo para agregado úmidob) depósito separado para água e emulsão asfálticac) depósito para material de enchimento (filer), com alimentador automáticod) sistema de circulação e alimentação do ligante betuminoso, acoplado como sistema

de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar perfeito controle de traço;e) sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a massa

diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de segregação;f) chassi – todo o cojunto descrito nos ítens anteriores é montado sobre um chassi móvel

autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus;

Page 137: Normas Tecnicas Gerais

g) caixa distribuidora – esta peça se apoia diretamente sobre o pavimento e é atrelada ao chassi. Deverá ser montada sobre borracha, ter largura regulável para 3,50m (meia pista) e ser suficientemente pesada para garantir uniformidade de distribuição e bom acabamento.

Em casos especiais de obras de pequeno vulto, a mistura poderá ser executada, na pista, manualmente. No processo manual a mistura será realizada em betoneiras, derramada diretamente sobre a pista e espalhada uniformemente por operários munidos de rodos e vassourões apropriados. Falho e moroso é adotado, apenas, em obras de pequeno vulto.

5.3 Execução

5.3.1 Espalhamento da lama asfáltica A lama asfáltica deve ser espalhada com velocidade uniforme, a mais reduzida possível. Em condições normais, a operação se processa com bastante simplicidade. A maior preocupação será a de observar a consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação d’água, de modo a obter uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora uniformemente carregada de massa.

5.3.2Correção de FalhasAs possívies falhas de execução tais como escasses ou excesso de massa, irregularidade na emenda de faixas , etc, deverão ser corrigidas imediatamente após a execução.A escassez é corrigida com adição de massa, e os excessos com a retirada por meio de rodos de madeira, ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada será lisada com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa ou emulsão. Os sacos de aniagem são muito adequados para o acabamento final destas correções.

5.3.3 Compactação pelo tráfegoDuas a três horas após o espalhamento da lama asfáltica, com emulsão catiônicas, a superfície tradada deverá ser liberada ao tráfego. Com emulsões aniônicas, esse prazo poderá ser bastante prolongado, dependendo das condições de ruptura da emulsão.É importante que a faixa trabalhada seja reaberta ao tráfego após a lama asfáltica ter adquirido consistência suficiente para ressitir ao tráfego sem desagregar. Em segmentos sem tráfego, recomenda-se o emprego de rolos pneumáticos para melhorar a coesão da lama asfáltica.

6. MANEJO AMBIENTAL

6.1 A preservação do meio ambiente no serviço de lama asfáltica envolve a obtenção e aplicação de agregado pétreo miúdo, areia, estoque e aplicação de material betuminoso. Deve-se adotar os cuidados seguintes:

6.1.1 Vedada a instalação de depósitos de material betuminoso próximos a cursos d’água

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6.1.2 Vedado, também , o refugo de materiais já utilizados ma faixa de domínio e áreas lindeiras adjacentes, ou qualquer outro lugar que possa caudar prejuízo ambiental.6.1.3 Na desmobilização desta atividade, removidos os depósitos de ligante e efetuada a limpeza do canteiro de obras, recompõem-se a área afetada pelas atividades da construção.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle de Qualidade do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNER, e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante Betuminosoo controle de qualidade do ligante betuminoso constará do seguinte:a) para cimento asfálticos:01 ensaio de viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827) quando o asfalto for classificado por viscosidade ou 01 ensaio de penetração a 25° (DNER-ME 003) quando o asfalto for especificado por penetração para todo carregamento que chegar a obra;01 ensaio de ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar a obra (DNER-ME 148);01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e ABNT NBR 6560;01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) para todo carregamento que chegar à obra01 ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.c) Para alcatrão: 01 ensaio de flutuação, para todo carregamento que chegar à obra (ASTM D 139);01 ensaio de destilação, para cada 500t (ASTM-D 139);01 ensaio de viscosidade "Engler" (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da curva temperatura viscosidade, para cada 100t.

7.1.2 AgregadosO controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);01 ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da natureza do material (DNER-ME 035);01 ensaio de índice de fôrma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

Page 139: Normas Tecnicas Gerais

7.2 Controle da ExecuçãoO controle da execução será exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória.

7.2.1 Controle da Usinagem do Concreto Betuminoso

7.2.1.1 Controle da Quantidade de Ligante na MisturaDevem ser efetuadas extrações de betume, de amostras coletadas na saída do misturador (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, ± 0,3%, da fixada no projeto.

7.2.1.2 Controle da Graduação da Mistura de AgregadosSerá procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.

7.2.1.3 Controle de TemperaturaSerão efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:a) do agregado, no silo quente da usina;b) do ligante, na usina;c) da mistura, no momento, da saída do misturador.As temperaturas devem apresentar valores de 5 °C das temperaturas especificadas.

7.2.1.4 Controle das Características da MisturaDeverão ser realizados ensaios Marshall com três corpos-de-prova de cada mistura, por cada jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 043).Os valores de estabilidade e da fluência deverão satisfazer ao especificado no item proposto. As amostras devem ser retiradas na saída do misturador.

7.2.1.5 O número das determinações ou ensaios de controle da usinagem do concreto betuminoso por jornada de trabalho será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

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O número mínimo de determinações por jornada de 8 horas de trabalho é de 5 (cinco).

7.2.2 Espalhamento e Compressão na Pista

7.2.2.1 Temperatura de CompressãoDeverão ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente, antes de iniciada a compressão.Estas temperaturas deverão ser as indicadas para compressão, com uma tolerância de 5 °C.

7.2.2.2 Controle do Grau de CompressãoO controle do grau de compressão - GC da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e comprimida na pista, por meio de brocas rotativas.Poderão ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista, desde que indicada no projeto.Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97%.O controle do grau de compressão poderá, também, ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-provas extraídos da pista e comparando-se com as desindades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para a moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde serão realizados os furos e antes da sua compactação.

7.2.2.3 O número de determinações das temperaturas de compressão do grau de compactação - GC é definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.2.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Espessura da CamadaSerá medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admiti-se a variação de ± 5% em relação as espessuras de projeto.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 Acabamento da SuperfícieDurante a execução deverá ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da

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superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.O acabamento da superfície deverá, ser verificado por "aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182). Neste caso o acabamento ao Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

7.3.4 Condições de SegurançaO revestimento acabado deverá apresentar VRD, Valor de Resistência a Derrapagem, superior a 55, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard), ou outros similares.O projeto da mistura deverá ser verificado experimentalmente através de trecho experimental como extensão da ordem de 100m.Poderá, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução serão realizados para cada 200m de pista, em locais escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Para o controle da usinagem do concreto betuminoso, espalhamento e compressão na pista, deve-se analisar estatisticamente os resultados abaixo e verificar a condição seguinte (DNER-PRO 277/97):a) Na UsinaPara a quantidade de ligante na mistura, graduação da mistura de agregado, temperatura na saída do misturador e da fluência no ensaio Marshall em que é especificada uma faixa de valores mínimos e máximos deve ser verificado a condição seguinte:

EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo de projeto ou EMBED Equation.3 X + ks > valor

máximo de projeto rejeita-se o serviço;

EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo de projeto e EMBED Equation.3 X + ks valor

máximo de projeto aceita-se o serviço.Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

Page 142: Normas Tecnicas Gerais

n - número de determinações.Para os resultados do ensaio de estabilidade Marshal em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif"INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED

Equation.3 X - ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

b) Na PistaPara o Grau de Compactação - GC - em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif"INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED

Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif"INCLUDEPICTURE \d "Image60.gif" EMBED

Equation.3 X - ks valor mínimo admitido aceita-se o serviço.

7.4.3 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.4 Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O concreto betuminoso será medido, em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivo de medição: mão-de-obra, materiais, (exceto ligante betuminoso), transporte da mistura da usina à pista e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtida através da média aritmética dos valores medidos na usina, em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – ACOSTAMENTO

RESUMOEste documento define a sistemática a ser empregada na execução de acostamento das rodovias. Apresenta os requisitos concernentes a materiais, equipamento, execução. preservação ambiental, assim como critérios para aceitação e rejeição dos serviços.

SUMÁRIO

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0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser seguida na construção de acostamento das rodovias pavimentadas ou não.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente "in situ" com

emprego do balão de borracha b) DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do índice suporte califórnia utilizando amostras

não trabalhadas c) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia d) DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento e) DNER-ME 082/94 - Solos - determinação de limite de plasticidade f) DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool g) DNER-ME 092/94 - Solo - determinação de massa específica aparente do solo "in situ",

com o emprego do frasco de areia h) DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liqüidez - método de referencia e

método expedito i) Manual de Pavimentação - DNER, 1996 j) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços k) Especificações de Serviço correlatas ao tipo de acostamento que se pretende executar.

3. DEFINIÇÃOOs acostamentos das rodovias são as faixas laterais construídas em ambos os lados ou de um só lado das faixas de tráfego destinadas a:

1. Aumentar a segurança da rodovia;

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2. Propiciar um local de parada para os veículos defeituosos, fora das faixas de tráfego;

3. Aumentar a capacidade da rodovia.

4. CONDIÇÕES GERAISDeverão ser obedecidas as condições gerais das Especificações de Serviço do DNER relativas aos trabalhos de execução das camadas do acostamento, particular a cada rodovia e de acordo com cada projeto.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 Acostamentos PavimentadosAs camadas de regularização, reforço, sub-base e base do pavimento dos acostamentos serão construídas pelos mesmos materiais empregados na pavimentação da pista da rodovia.A camada de revestimento, por motivos técnicos, funcionais ou econômicos, poderá ser diferente do revestimento da pista pavimentada, definidas obrigatoriamente nas Especificações Complementares do Projeto.Quando por motivos técnicos, funcionais ou econômicos for conveniente o emprego de materiais diferentes na camada de sub-base e base dos acostamentos, deverá ser assegurado a estas camadas, depois de concluídas, condições de permeabilidade maiores ou no mínimo, aproximadamente, iguais as camadas correspondentes da pista pavimentada. Caso contrário, construir um sistema de drenagem específico para o conjunto pista e acostamentos pavimentados, de acordo com as Especificações Complementares do Projeto.Na constituição dos materiais das camadas dos acostamentos pavimentados são adotadas as mesmas Especificações de Serviços correspondentes do DNER.

5.1.2 Acostamentos não Pavimentados Os materiais empregados na construção dos acostamentos não pavimentados deverão ser aqueles capazes de assegurar suporte aos veículos que venham a utilizá-los.Todos os materiais usados, regionalmente, como revestimento primário de rodovias não pavimentadas que tenham apresentado bom desempenho para este fim estão aptos para emprego.Neste caso estão incluídos os solos granulares areno-argilosos e pouco expansivos, e de uma maneira generalizada, todos os solos com características semelhantes a no mínimo as dos materiais da camada de reforço do pavimento, constante da especificação correspondente do DNER.Quando os acostamentos forem implantados ao lado de pistas pavimentadas, com camadas com permeabilidade sensivelmente maior que a dos materiais constituintes dos mesmos, construir um sistema de drenagem adequado para o conjunto pista pavimentada e acostamento, de acordo com as Especificações Complementares do Projeto.

Page 145: Normas Tecnicas Gerais

5.2 EquipamentoPara a execução de acostamentos são indicados, de uma maneira geral, os mesmos tipos de equipamentos utilizados na execução da regularização , reforço, sub-base, base e revestimento, conforme as Especificações Correspondentes do DNER.Além destes equipamentos poderão ser empregados outros específicos, para cada caso, como previstos no Projeto.

5.3 Execução

5.3.1 Acostamentos PavimentadosAs camadas de regularização, reforço, sub-base, base e revestimento dos acostamentos pavimentados deverão ser executadas simultaneamente com as similares do pavimento das faixas de tráfego da rodovia, devendo ser observadas as mesmas especificações de serviços correspondentes do DNER, respeitadas as espessuras, inclinações e detalhes do Projeto.Quando por qualquer motivo este fato não ocorrer, também, deverão ser observadas na construção das diversas camadas do pavimento dos acostamentos as mesmas especificações de serviços correspondentes do DNER, respeitadas as espessuras, inclinações e detalhes do Projeto.

5.3.2 Acostamentos não PavimentadosNa execução dos acostamentos não pavimentados deverão ser observadas, no mínimo, as mesmas especificações da camada de reforço do DNER, respeitadas as espessuras, inclinações e detalhes do Projeto.

6. MANEJO AMBIENTALNa execução dos acostamentos deverão ser obedecidas as mesmas recomendações previstas nas Especificações de Serviços correspondentes do DNER.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle do materialDeverão ser adotados os seguintes procedimentos:

7.1.1 Ensaios de caracterização e equivalente de areia do material espalhado na pista pelos Métodos DNER-ME 054, DNER-ME 080, DNER-ME 082, DNER-ME 122, em locais determinados aleatoriamente. Deverão ser coletadas uma amostra por camada para cada 750m³ de material, ou por jornada diária de 8 horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 2.250m³ de material, no caso de emprego de materiais homogêneos, no caso do emprego em usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

7.1.2 Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129 (Método B ou C) com materiais coletados na pista em locais determinados aleatoriamente. Coletar uma amostra por camada

Page 146: Normas Tecnicas Gerais

para cada 250m³ de material, ou por jornada diária de 8 horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 2.250m³ de material, no caso de emprego de materiais homogêneos, no caso do emprego em usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

7.1.3 No caso da utilização de material britado ou mistura de solo e material britado, a energia de compactação de projeto poderá ser modificada quanto ao número de golpes, de modo a se atingir o máximo da densificação, determinada em trechos experimentais em condições reais de trabalho no campo.

7.1.4 Ensaios de Índice Suporte Califórnia - ISC e expansão pelo Método DNER-ME 049, na energia de compactação indicada no projeto para o material coletado na pista, em locais determinados aleatoriamente. Coletar uma amostra por camada para cada 250m³ de material, ou por jornada diária de 8 horas de trabalho. A freqüência poderá ser reduzida para uma amostra por camada e por segmento de 2.250m³ de material, no caso de emprego de materiais homogêneos, no caso do emprego em usina de solos as amostras correspondentes serão coletadas na saída do misturador.

7.1.5 O número de ensaios de controle do material, será definido pelo Executante em função do risco a ser assumido

de se rejeitar um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante

7.2 Controle da Execução

7.2.1 Ensaio de umidade higroscópica do material, imediatamente, antes da compactação por camada, para cada 250m³ de material a ser compactado, em locais escolhidos aleatoriamente. (Método DNER-ME 052 ou DNER-ME 088). As tolerâncias admitidas para a umidade higroscópica serão de ± 2% em torno da umidade ótima.

7.2.2 Ensaio de massa específica aparente seca "in situ" em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, para cada 250m³ de material, pelo método DNER-ME 092, DNER-ME 036. Para pistas de extensão limitada, com no máximo 1.200m³ de material, deverão ser feitas pelo menos 5 determinações para o cálculo do grau de compactação - GC.

7.2.3 As determinações do grau de compactação, GC>100% serão realizadas utilizando-se os valores da massa específica aparente seca obtidas no laboratório e da massa específica aparente "in situ" obtida no campo.

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7.2.4 O número de determinações do Grau de Compactação - GC - será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme Tabela do item 7.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Controle GeométricoApós a execução da base, proceder a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto a espessura do projeto da camada.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Os valores dos ensaios de limite de liquidez, limite de plasticidade e equivalente de areia dos itens 5.1.2 e 7.1.1 deverão estar de acordo com esta Especificação.

7.4.2 A expansão determinada no ensaio de ISC deverá sempre apresentar resultado inferior a 0,5%.

7.4.3 Serão controlados estatisticamente os valores máximos e mínimos da granulometria da mistura, adotando-se o seguinte procedimento:

EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido ou EMBED Equation.3 X + ks > valor

máximo admitido rejeita-se o serviço;

EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido e EMBED Equation.3 X + ks valor

máximo admitido aceita-se o serviço.Sendo:

Onde:Xi - valores individuais.

INCLUDEPICTURE \d "Image35.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra.

s - desvio padrão da amostra.k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.n - número de determinações.

7.4.4 Será controlado estatisticamente o valor mínimo do ISC e do Grau de Compactação - GC - adotando-se o seguinte procedimento:

Page 148: Normas Tecnicas Gerais

Se INCLUDEPICTURE \d "Image35.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image35.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.

7.4.5 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7.4.6 Os resultados do controle estatístico serão registrados nos relatórios periódicos de acompanhamento.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O concreto betuminoso será medido, em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivo de medição: mão-de-obra, materiais, (exceto ligante betuminoso), transporte da mistura da usina à pista e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

8.2 A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtida através da média aritmética dos valores medidos na usina, em toneladas.

8.3 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

PAVIMENTAÇÃO – CONCRETO BETUMINOSO RECICLADO A QUENTE NA USINA RESUMOEsta Norma define a sistemática a ser empregada na execução de camadas betuminosas, pelo processo de confecção de concreto betuminoso reciclado a quente em usina, utilizando o material betuminoso removido de pavimento, agregado mineral, cimento asfáltico de petróleo e, se necessário agente de reciclagem. Neste documento encontram-se os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas

Page 149: Normas Tecnicas Gerais

6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada no processo da reciclagem a quente em usina de pavimentos degradados, sua reutilização objetivando reconstituir as características mecânicas originais ou melhoradas, atendendo os alinhamentos, greide e seção transversal do projeto.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma consultar os documentos seguintes:a) DNER-ES-279/97 - Caminhos de serviço b) DNER-ES-307/97 - Pintura de ligação c) DNER-ES-313/97 - Concreto betuminoso d) DNER-EM 141/84 - Cimentos asfálticos de petróleo e) DNER-EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo f) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração g) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura h) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume j) DNER-ME 043/64 - Ensaio Marshall para misturas betuminosas k) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia l) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso m) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso n) DNER-ME 083/94 - Agregados -análise granulométrica o) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma p) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio q) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão r) DNER PRO 164/94 - Calibração controle de sistemas de irregularidade de superfície do

pavimento (Sistema Integradores IPR/USP - Maysmeter) s) DNER PRO 182/94 - Medição da irregularidade de superfície do pavimento com (Sistema

Integrador - IPR/USP - Maysmester) t) ABNT MB- 827/73 - Determinação da viscosidade absoluta u) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento v) ABNT MB- 425/70 - Agente de reciclagem - efeito do calor e do ar w) ASMT-D 2007 - Agente de reciclagem - determinação da porcentagem de asfaltenos e

saturados

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x) ASTM-D 1856 - Misturas betuminosas - recuperação porcentagem de betume - método de "Abson"

y) MET. HD 15/87 e HD 36/87 - British Standard - determinação da VDR - resistência a derrapagem pelo pêndulo britânico

z) MET. LCPC-RG-2/1971 - Determinação da regularidade superficial pela altura da areia aa) Manual de Pavimentação - DNER, 1966 bb) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

Concreto betuminoso reciclado a quente na usina - mistura realizada em usina utilizando-se como agregado o material asfáltico, removido do pavimento existente, ligante betuminoso e agregados adicionais e, se necessário, material de enchimento (filler) e agente de reciclagem misturado, espalhado e comprimido a quente.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O concreto betuminoso reciclado pode ser empregado como revestimento, base, regularização e reforço de pavimento.

4.2 Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

4.3 O concreto betuminoso reciclado somente deverá ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10 °C.

4.4 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara da procedência, tipo, quantidade do conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constituintes do concreto betuminoso reciclado a quente em usina são a mistura asfáltica a reciclar, agregado mineral adicional, ligante betuminoso adicional, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem quando necessário, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 - Referências e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante Betuminoso AdicionalO ligante betuminoso adicional poderá ser cimento asfáltico puro ou misturado com agente de reciclagem, satisfazendo as especificações do projeto.

5.1.2 Agente de Reciclagem

Page 151: Normas Tecnicas Gerais

Podem ser empregados hidrocarbonetos puros ou misturados com cimento asfáltico de petróleo capazes de regenerar o ligante da antiga mistura asfáltica a reciclar, restaurando suas características físicas e químicas iguais ou próximas do ligante original, ou outro tipo de ligante definido no projeto, satisfazendo as Especificações para cimento asfáltico de petróleo do DNER. A quantidade adicionada à mistura asfáltica a reciclar será definida no projeto.

5.1.3 Agregados

5.1.3.1 Agregado Graúdo AdicionalO agregado graúdo pode ser pedra, seixo rolado, britado ou outro material indicado nas especificações complementares. O agregado graúdo deve ser constituído por fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035), admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89);d) granulometria dos agregados (DNER-ME 083), obedecendo às faixas especificadas no quadro do item 5.2.4 - Composição da Mistura.

5.1.3.2 Agregado Miúdo AdicionalO agregado miúdo pode ser areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes e, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar:a) equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 54).

5.1.3.3 Melhorador de AdesividadeOs agregados graúdo e miúdo adicionais devem apresentar boa adesividade ao ligante betuminoso quando submetidos aos ensaios (DNER-ME 078 e DNER-ME 079).

5.1.3.4 Material de Enchimento (filer)Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como, cimento "Portland", cal extinta, pós calcários, etc., que atendam a seguinte granulometria (DNER-ME 083):

PENEIRA % mínima, passando

N° 40N° 80

N° 200

1009565

Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

5.1.4 Mistura Asfáltica a Reciclar

Page 152: Normas Tecnicas Gerais

A mistura asfáltica a reciclar é obtida na remoção a quente ou a frio da camada asfáltica do pavimento.

5.2 Composição da Mistura Reciclada

5.2.1 A composição do concreto betuminoso reciclada deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias:

Peneira de Malha Quadrada % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS

Discriminação Aberturamm

A B C Tolerâncias das Faixas de

Projeto

2"1 1/2"

1"3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40N° 80

N° 200

50,838,125,419,112,79,54,82,0

0,420,18

0,074

10095-10075-10060-90

-35-6525-5020-4010-305-201-8

-100

95-10080-100

-45-8028-6020-4510-328-203-8

---

10085-10075-10050-8530-7515-408-305-10

- 7% 7% 7% 7% 7% 5% 5% 5% 2% 2%

Betume Solúvel noCS2 (+) %

4, 0-7, 0Camada de

Ligação (Binder)

4, 5-7, 5 Camada de Ligação e Rolamento

4, 5-9, 0 Camadas

de Rolamento

0,3%

5.2.2 Na escolha da curva granulométrica, com as respectivas tolerâncias para a camada de rolamento, deverá ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3.4 - Condições de Segurança.

5.2.3 As porcentagens de betume se referem a mistura de agregados, considerada como 100%. Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total.a) deverá ser adotado o Método Marshall DNER-ME 043 para verificação das condições de

vazios, estabilidade e fluência da mistura reciclada segundo os valores seguintes:

Discriminação Camada de Rolamento Camada de Ligação (binder)

Porcentagem de vaziosRelação betume/vazios

3 a 575 a 82

4 a 665 a 72

Page 153: Normas Tecnicas Gerais

Estabilidade mínimaFluência, mm

350 Kgf (75 golpes)250 Kgf (50 golpes)

2,0 a 4,5

350 Kgf (75 golpes)250 Kgf (50 golpes)

2,0 a 4,5

b) as Especificações Complementares fixarão a energia de compactação;b) as misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de

vazios do agregado mineral, dados pela linha inclinada do seguinte ábaco: OBS: arquivo não enviado

5.3 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução da obra deverá ser examinado, devendo estar de acordo com esta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

5.3.1 Equipamento para Remoção do PavimentoO pavimento asfáltico antes da reciclagem deverá ser removido:a) por escarificação ou fresagem do pavimento asfáltico, previamente aquecido a temperatura suficiente e necessária para sua remoção, com o emprego de dispositivo que não provoque degradação ou oxidação do ligante residual;b) por fresagem mecânica do pavimento a frio.

5.3.1.1 A fresagem mecânica ou a escarificação do pavimento deverá modificar o mínimo possível as características granulométricas do material asfáltico a reciclar.

5.3.1.2 O equipamento para remoção do pavimento deverá ter dispositivo de regulagem de espessura da camada do pavimento que será removida.

5.3.2 Usina para ReciclagemA reciclagem de material asfáltico poderá ser realizada no local com equipamento apropriado para esta finalidade ou, preferencialmente, em usina tipo rolo-secador-misturador.Na usina o material asfáltico removido do pavimento será misturado com agregado mineral adicional, ligante betuminoso adicional e, se necessário agente de reciclagem de acordo com o projeto.

5.3.3 Depósito para Ligante BetuminosoOs depósitos para o ligante betuminoso deverão possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante, nas temperaturas fixadas nesta Especificação. O aquecimento deverá ser feito através de dispositivo que evite qualquer superaquecimento localizado. Será instalado um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação desembaraçada e contínua do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

5.3.4 Equipamento para Espalhamento

Page 154: Normas Tecnicas Gerais

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadora automotriz capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cota e abaulamentos requeridos. Os equipamentos para espalhamento deverão ser equipados com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento a temperatura necessária para a colocação da mistura sem irregularidade.

5.3.5 Equipamento para CompressãoO equipamento para a compressão será constituído por rolos, pneumático, metálico liso tipo "tandem" ou vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsores devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm² (35 a 120 psi).O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura a densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de operacionalidade.

5.4 Execução

5.4.1 Deverá ser realizada pintura de ligação (DNER-ES 307/97) antes da aplicação da mistura reciclada quando, no processo da reciclagem, não tenha sido previamente aquecida para sua remoção.

5.4.2 A temperatura de aplicação do ligante betuminoso contendo ou não agente para reciclagem deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos "Saybolt-Furol", (DNER-ME 004) indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos "Saybolt-Furol". Entretanto a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107 °C ou exceder a 177 °C.

5.4.3 Concreto Asfalto Adicionalconcreto asfáltico adicional quando empregado no processo da reciclagem para recompor a curva granulométrica da mistura betuminosa e, ou, melhorar as suas características mecânicas deverá ser usinado de acordo com as especificações para concreto betuminoso DNER-ES 313/97. A quantidade de agregado adicional será definida no projeto.

5.4.4 Agregado AdicionalO agregado mineral adicional empregado no processo da reciclagem, para reconstituir ou modificar a curva granulométrica definida no projeto, deverá satisfazer as características para agregados constantes das especificações para concreto betuminoso DNER-ES 313/97.A quantidade de agregado adicional será definida no projeto.

5.4.5 Ligante Betuminoso Adicional

Page 155: Normas Tecnicas Gerais

O ligante betuminoso adicional empregado no processo da reciclagem deverá apresentar as características definidas no projeto.

5.4.6 Agente de ReciclagemO agente de reciclagem, quando empregado no processo da reciclagem, deverá estar de acordo com as especificações estabelecidas no projeto.A quantidade de agente de reciclagem será definida no projeto.

5.4.7 Produção do Concreto Betuminoso RecicladoA produção do concreto betuminoso reciclado é efetuada conforme anteriormente especificado.

5.4.8 Distribuição e Compressão da Mistura

5.4.8.1 A distribuição do concreto betuminoso reciclado deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme especificado no item 5.3.5.

5.4.8.2 Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, deverão ser sanadas pela adição manual de concreto betuminoso reciclado, e o espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

5.4.8.3 Após a distribuição do concreto betuminoso reciclado tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, a temperatura é fixada, experimentalmente, para cada caso.

5.4.8.4 A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela na qual o ligante apresenta uma viscosidade "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004) de 140 ± 15 segundos para o cimento asfáltico empregado.

5.4.8.5 No caso de empregar rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, e aumenta-se a medida que a mistura vai sendo compactada e consequentemente suportando pressões mais elevadas.

5.4.8.6 A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão começará sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até atingir a compactação especificada.

5.4.8.7 Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, ou estacionamento do equipamento sobre revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas, adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.9 Abertura ao Trânsito

Page 156: Normas Tecnicas Gerais

Os revestimentos recém acabados serão mantidos sem trânsito até o seu completo resfriamento.

6. MANEJO AMBIENTALPara execução do concreto betuminoso reciclado na usina são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

6.1 AgregadosNo decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

6.1.1 A brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal, cuja cópia deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os Caminhos de Serviço.

6.1.6 Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra, eventualmente, produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.

6.1.7 Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como, operação junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

6.2 Ligantes Betuminosos

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados à margem da estrada ou locais onde possam causar prejuízos ambientais.

Page 157: Normas Tecnicas Gerais

6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução mediante a remoção da usina e depósitos e a limpeza de canteiro de obras.As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios; transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes; transporte e estocagem de filer; transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS

I. Emissão de Partículas A principal fonte é o secador rotativo.Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de Gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS.: Emissões Fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

6.3 Quanto a Instalação

6.3.1 Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

6.3.2 Definir no projeto executivo áreas para as instalações industriais, de maneira a alcançar o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Page 158: Normas Tecnicas Gerais

6.3.3 Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

6.4.1 Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

6.4.2 Apresentar com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

6.4.3 Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

6.4.4 Enclausurar a correia transportadora de agregados frios.

6.4.5 Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

6.4.6 Manter pressão negativa no secador rotativo enquanto a usina estiver em operação, para evitar emissões de partículas na entrada e saída.

6.4.7 Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão, de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

6.4.8 Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

6.4.9 Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

6.4.10 Dotar os silos de estocagem de "filer" de sistema próprio de filtragem a seco.

6.4.11 Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza nos filtros de mangas e reciclagem do pó retido nas mangas.

6.4.12 Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

Page 159: Normas Tecnicas Gerais

6.4.13 Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

6.4.14 Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

6.4.15 Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo à metodologia indicada pelo DNER e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante Betuminoso AdicionalO ligante betuminoso adicional e o agente de reciclagem quando necessário deverão atender as especificações indicadas no projeto.

7.1.2 AgregadosO controle de qualidade do agregado adicional para compor a mistura asfáltica reciclada constará do seguinte:

a) 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente por jornada de trabalho (DNER-ME 083);

b) 01 ensaio de desgaste "Los Angeles" do agregado graúdo adicional, por mês ou quando houver variação da natureza do material (DNER-ME 035);

c) 01 ensaio de índice de fôrma de agregado graúdo adicional, para cada 900m³ (DNER-ME 086);

d) 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo adicional, por jornada de trabalho (DNER-ME 054);

e) 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer) por jornada de trabalho (DNER-ME 083);

f) 01 ensaio de adesividade do agregado graúdo e miúdo para cada 900m³ (DNER-ME 078 e DNER-ME 079).

7.1.3 Material a Reciclar (Agregado e Ligante Recuperados)Para cada 1750m2 de material da camada betuminosa deverá ser retirada amostra de maneira aleatória antes da fresagem ou escarificação, em quantidade suficiente para:01 ensaio de extração e recuperação do ligante e mistura de agregado pelo método "Abson" (ASTM-D 1856), para realização dos seguintes ensaios:

a) agregado recuperado- 01 ensaio de granulometria (DNER-ME 083).

Page 160: Normas Tecnicas Gerais

b) ensaios do asfalto residual recuperado- 01 viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827);- 01 determinação da susceptibilidade térmica pelo (DNER-ME 003 e ABNT NBR-6560);- 01 ponto de fulgor (DNER-ME 148);- 01 porcentagem de asfaltenos e saturados (ASTM-D 2007).

7.2 Controle da Usinagem do Concreto Asfáltico Reciclado

7.2.1 Quantidade do Ligante da Mistura RecicladaDevem ser efetuadas extrações de ligante betuminoso (DNER-ME 053) de amostras coletadas na pista para cada jornada de trabalho. A porcentagem de ligante poderá variar no máximo 0,3% da fixada no projeto.

7.2.1.2 Qualidade do Ligante da Mistura RecicladaDevem ser realizadas extrações e recuperações do ligante pelo método "Abson" (ASTM-D 1856) para realização dos seguintes ensaios:

a) 01 viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT ME-827);b) 01 determinação da susceptibilidade térmica pelos ensaios (DNER-ME 003 e ABNT

NBR-6560);c) 01 ponto de fulgor (DNER-ME 148);d) 01 porcentagem de asfaltenos e saturados (ASTM-D 2007).

7.2.1.3 Graduação da Mistura de AgregadosSerá realizado ensaio de granulometria DNER-ME 083 da mistura de agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se continua, respeitando as tolerâncias especificadas no projeto.

7.2.1.4 Controle da TemperaturaSerão efetuadas medidas de temperatura durante a jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo descriminados:a) temperatura dos agregados adicionais;b) temperatura do ligante adicional;c) temperatura da mistura asfáltica reciclada na saída do misturador.As temperaturas devem apresentar valores com tolerâncias de 5 °C.

7.2.1.5 Controle das Características da Mistura RecicladaDeverão ser realizados ensaios Marshall com corpos-de-prova por cada jornada de trabalho, (DNER-ME 043), moldados de amostras coletadas na saída do misturador. Os valores de estabilidade e da fluência deverão satisfazer ao especificado no projeto.

7.2.1.6 O número das determinações utilizadas nos ensaios de controle da usinagem do concreto betuminoso reciclado será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

Page 161: Normas Tecnicas Gerais

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = Coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de determinações por jornada de 8 horas de trabalho é de 5.

7.2.2 Compressão na Pista

7.2.2.1 Temperatura de CompressãoDeverão ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente antes de iniciada a compressão.Estas temperaturas deverão ser as indicadas para compressão com uma tolerância de 5 °C.

7.2.2.2 Controle do Grau de CompressãoO controle do grau de compressão - GC da mistura betuminosa reciclada deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura comprimida na pista, por meio de brocas rotativas. Poderão ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista, desde que indicados no projeto.Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97%.O controle do grau de compressão poderá, também, ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-provas extraídos da pista e comparando-se as densidades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para a moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximas ao local onde serão realizados os furos e antes da sua compactação.

7.2.2.3 O número de determinações do grau de compactação é definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.2.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Espessura da CamadaSerá medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista ou pelo nivelamento do eixo e dos bordos, antes e depois, do espalhamento e compressão da mistura. Admite-se variação de ± 5% em relação as espessuras de projeto.

7.3.2 Alinhamentos

Page 162: Normas Tecnicas Gerais

A verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 Acabamento da SuperfícieDurante a execução deverá ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.O acabamento da superfície deverá, ser verificado por "aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182). Neste caso o acabamento ao Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

7.3.4 Condições de SegurançaO revestimento acabado deverá apresentar VRD, Valor de Resistência a Derrapagem, superior a 55, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard), ou outros similares.O projeto da mistura deverá ser verificado experimentalmente através de trecho experimental com extensão da ordem de 100m.Poderá, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução serão realizados para cada 200m de pista, em locais escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Quanto ao controle da usinagem do concreto betuminoso, espalhamento e compressão na pista, verificar a condição seguinte (DNER-PRO 277/97):a) Do processo de usinagemPara a quantidade de ligante da mistura reciclada, graduação da mistura de agregado, temperatura na saída do misturador, fluência no ensaio Marshall em que é especificada uma faixa de valores mínimos e máximos, deve-se verificar a condição seguinte:

EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo de projeto ou EMBED Equation.3 X + ks > valor

máximo de projeto rejeita-se o serviço;

INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo de projeto e

EMBED Equation.3 X + ks valor máximo de projeto aceita-se o serviço.

Sendo:

Page 163: Normas Tecnicas Gerais

Onde: X i - valores individuais

INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra

s - desvio padrão da amostrak - coeficiente tabelado em função do número de determinaçõesn - número de determinaçõesPara os resultados do ensaio de estabilidade Marshal em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.b) Na pistaPara o Grau de Compressão - GC em que é especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image214.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.

7.4.3 Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

7.4.4 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

8.1 O material betuminoso a reciclar removido do pavimento existente será medido em m³.

8.2 O concreto betuminoso reciclado será medido em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivo de medição a mão de obra, materiais, exceto, ligante betuminoso, transporte da mistura da usina à pista e encargos, por estarem incluídos na composição do preço unitário.

8.3 A quantidade de ligante betuminoso é medida no equipamento, em toneladas.

8.4 O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

Page 164: Normas Tecnicas Gerais

PAVIMENTAÇÃO – CONCRETO BETUMINOSO RECICLADO A QUENTE NO LOCAL

RESUMOEste documento define a sistemática a ser empregada na execução de camadas betuminosas pelo processo de confecção de concreto betuminoso reciclado a quente no local, utilizando-se material betuminoso removido de pavimento, agregado mineral, cimento asfáltico de petróleo e se necessário agente de reciclagem. Neste documento encontram-se os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 Prefácio1 Objetivo2 Referências3 Definição4 Condições gerais5 Condições específicas6 Manejo ambiental7 Inspeção8 Critérios de medição

0. PREFÁCIOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer a sistemática a ser empregada no processo da reciclagem a quente em usina de pavimentos degradados com sua reutilização, objetivando reconstituir suas características mecânicas originais ou melhoradas e atender os alinhamentos, greide e seção transversal do projeto.

2. REFERÊNCIASPara entendimento desta Norma consultar os documentos seguintes:a) DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviços b) DNER-ES 307/97 - Pintura de ligação c) DNER-ES 313/97 - Concreto betuminoso d) DNER-EM 141/94 - Cimentos asfálticos de petróleo e) DNER EM 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo f) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração g) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a

alta temperatura

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h) DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles" i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume j) DNER-ME 043/64 - Ensaio Marshall para misturas betuminosas k) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia l) DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso m) DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso n) DNER-ME 083/94 - Agregados -análise granulométrica o) DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma p) DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de

sulfato de sódio ou magnésio q) DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão r) DNER PRO 164/94 - Calibração controle de sistemas de irregularidade de superfície do

pavimento (Sistema Integradores IPR/USP - Maysmeter) s) DNER PRO 182/94 - Medição da irregularidade de superfície do pavimento com (Sistema

Integradores - IPR/USP - Maysmester) t) DNER PRO 277/96 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços u) ABNT MB-827/73 - Determinação da viscosidade absoluta v) ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento w) ABNT MB-425/70 - Agente de reciclagem - efeito de calor e do ar x) ASMT-D 2007 - Agente de reciclagem - determinação da porcentagem de asfaltenos e

saturados y) ASTM-D 1856 - Misturas betuminosas - recuperação porcentagem de betume - método de

Abson z) MET. HD 15/87 e HD 36/87 - British Standard - determinação da VDR - resistência a

derrapagem pelo pêndulo britânico aa) MET. LCPC-RG-2/1971 - Determinação da Regularidade Superficial pela Altura da Areia bb) Manual de Pavimentação - DNER, 1966 cc) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:Concreto betuminoso reciclado a quente no local - mistura realizada no local com o emprego de equipamentos próprios para esta finalidade, utilizando-se agregados e material asfáltico removidos do pavimento existentes, ligante betuminoso e agregados adicionais e se necessário material de enchimento (filer), agente de reciclagem, misturado, espalhado e comprimido a quente.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O concreto betuminoso reciclado pode ser empregado como revestimento, base, regularização, reforço na restauração de pavimentos.

4.2 Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, nos dias de chuva.

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4.3 O concreto betuminoso reciclado somente deverá ser executado quando a temperatura ambiente for superior a 10 °C.

4.4 Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além de trazer indicação clara da procedência, tipo e quantidade do conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constituintes do concreto betuminoso reciclado a quente no local são a mistura asfáltica a reciclar, agregado mineral adicional, ligante betuminoso adicional, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem quando necessário, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 - Referências e as especificações aprovadas pelo DNER.

5.1.1 Ligante Betuminoso AdicionalO ligante betuminoso adicional poderá ser cimento de petróleo puro ou misturado com agente de reciclagem satisfazendo as especificações do projeto.

5.1.2 Agente de ReciclagemPodem ser empregados hidrocarbonetos puros ou misturados com cimento asfáltico de petróleo, capazes de regenerar o ligante da antiga mistura asfáltica a reciclar, restabelecendo suas características físicas e químicas iguais ou próximas do ligante original ou outro tipo de ligante, definido no projeto, satisfazendo as Especificações para cimento asfáltico de petróleo do DNER. A quantidade adicionada na mistura asfáltica a reciclar será definida no projeto.

5.1.3 Agregados

5.1.3.1 Agregado Graúdo AdicionalO agregado graúdo pode ser pedra, seixo rolado, britados ou outro material indicado nas especificações complementares. O agregado graúdo deve ser constituído por fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila, substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035) admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de desempenho satisfatório em utilização anterior;b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89);d) granulometria dos agregados (DNER-ME 083) obedecendo às faixas especificadas no quadro do item 5.2.1 - Composição da Mistura.

5.1.3.2 Agregado Miúdo Adicional

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O agregado miúdo pode ser areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar:a) equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 54).

5.1.3.3 Melhorador de AdesividadeOs agregados graúdo e miúdo adicionais devem apresentar boa adesividade ao ligante betuminoso quando submetido aos ensaios (DNER-ME 078 e DNER-ME 079).

5.1.3.4 Material de Enchimento (filer)Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como, cimento Portland, cal extinta, pó calcário, etc., que atendam a seguinte granulometria (DNER-ME 083):

PENEIRA % mínima, passando

N° 40N° 80

N° 200

1009565

Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

5.1.4 Mistura Asfáltica a ReciclarA mistura asfáltica a reciclar é obtida da remoção a quente ou a frio da camada asfáltica existente do pavimento.

5.2 Composição da Mistura Reciclada

5.2.1 A composição do concreto betuminoso reciclada deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias:

PENEIRA % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS

Pol. mm A B C Tolerâncias da Faixa de Projeto

2"1 1/2"

1"3/4"1/2"3/8"N° 4

N° 10N° 40N° 80

N° 200

50,838,125,419,112,79,54,82,0

0,420,18

0,074

10095-10075-10060-90

-35-6525-5020-4010-305-201-8

-100

95-10080-100

-45-8028-6020-4510-328-203-8

---

10085-10075-10050-8530-7515-408-305-10

- 7% 7% 7% 7% 7% 5% 5% 5% 2% 2%

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Betume Solúvel noCS2 (+)%

4, 0-7, 0Camada de

Ligação (Binder)

4, 5-7, 5 Camada de Ligação e Rolamento

4, 5-9, 0 Camadas de Rolamento

03%

5.2.2 Na escolha da curva granulométrica com as respectivas tolerâncias para a camada de rolamento deverá ser considerada a segurança ao usuário especificada no item 7.3.4 - Condições de Segurança.

5.2.3 As porcentagens de betume se referem a mistura de agregados considerada como 100%. Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total.a) deverá ser adotado o Método Marshall DNER-ME 043 para verificação das condições de

vazios, estabilidade e fluência da mistura reciclada segundo os valores seguintes:

Discriminação Camada de Rolamento Camada de Ligação (binder)

Porcentagem de vaziosRelação betume/vazios

Estabilidade mínimaFluência, mm

3 a 575 a 82

350 Kgf (75 golpes)250 Kgf (50 golpes)

2,0 a 4,5

4 a 665 a 72

350 Kgf (75 golpes)250 Kgf (50 golpes)

2,0 a 4,5

b) as Especificações Complementares fixarão a energia de compactação;b) as misturas devem atender as especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de

vazios do agregado mineral, dados pela linha inclinada do seguinte ábaco: OBS: arquivo não enviado.

5.3 EquipamentoTodo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e de acordo com esta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

5.3.1 Equipamento para Remoção do PavimentoO pavimento asfáltico antes da reciclagem deverá ser removido:a) por escarificação ou fresagem do pavimento asfáltico previamente aquecido a temperatura suficiente e necessária para remoção com o emprego de dispositivo que não provoque degradação ou oxidação do ligante residual;b) por fresagem mecânica do pavimento a frio

5.3.1.1 A fresagem mecânica ou a escarificação do pavimento deverá modificar o mínimo possível as características granulométricas da mistura asfáltica a reciclar

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5.3.1.2 O equipamento para remoção do pavimento deverá ter dispositivo de regulagem de espessura da camada do pavimento que será removida.

5.3.2 Equipamento para ReciclagemA reciclagem da mistura asfáltica poderá ser realizada no local com equipamento apropriado para esta finalidade ou em usina móvel tipo rolo-secador-misturador.No equipamento para reciclagem ou na usina tipo rolo-secador-misturador autopropelida, o material removido do pavimento será misturado com agregado mineral ou concreto asfáltico adicional, ligante betuminoso adicional e se necessário agente de reciclagem de acordo com o projeto.

5.3.3 Depósito para Ligante BetuminosoOs depósitos para o ligante betuminoso deverão possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. O aquecimento deverá ser feito através de dispositivo que evite qualquer superaquecimento localizado. Deverá ser instalado sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

5.3.4 Equipamento para EspalhamentoO equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadora automotriz acoplada ao conjunto para reciclagem da mistura capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cota e abaulamentos requeridos. Os equipamentos para espalhamento deverão ser equipados com parafusos sem fim para colocar a mistura exatamente nas faixas. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento à temperatura necessária para a colocação da mistura sem irregularidade.

5.3.5 Equipamento para CompressãoO equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsores devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm² (35 a 120 psi).O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

5.4 Execução

5.4.1 Deverá ser realizada pintura de ligação (DNER-ES 307/97) antes da aplicação da mistura reciclada, quando no processo da reciclagem a superfície do pavimento não foi previamente aquecida para sua remoção.

5.4.2 A temperatura de aplicação do ligante betuminoso, contendo ou não agente para reciclagem, deve ser determinada para cada tipo de ligante em função da relação temperatura-

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viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos "Saybolt-Furol", (DNER-ME 004) indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos "Saybolt-Furol". Entretanto a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107 °C ou exceder a 177 °C.

5.4.3 Concreto Betuminoso AdicionalO concreto betuminoso adicional, quando empregado no processo da reciclagem para recompor a curva granulométrica da mistura betuminosa e, ou melhorar as suas características mecânicas deverá ser usinado, de acordo com as especificações para concreto betuminoso DNER-ES 313/97.A quantidade e qualidade de concreto betuminoso adicional será definido no projeto.

5.4.4 Agregado AdicionalO agregado mineral adicional, quando empregado no processo da reciclagem para reconstituir ou modificar a curva granulométrica definida no projeto, deverá satisfazer as características para agregados constantes das especificações para concreto betuminoso DNER-ES 313/97.A quantidade de agregado adicional será definidos no projeto.

5.4.5 Ligante Betuminoso AdicionalO ligante betuminoso adicional de reciclagem empregado deverá apresentar características definidas no projeto.

5.4.6 Agente de ReciclagemO agente de reciclagem quando empregado no processo da reciclagem deverá estar de acordo com as especificações estabelecidas no projeto.A quantidade de agente de reciclagem será definido no projeto.

5.4.7 Produção do Concreto Betuminoso RecicladoA produção do concreto betuminoso reciclado é efetuada conforme anteriormente especificado.

5.4.8 Distribuição e Compressão da Mistura

5.4.8.1 A distribuição do concreto betuminoso reciclado deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme especificado no item 5.3.4.

5.4.8.2 Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto betuminoso reciclado, e o espalhamento efetuado por ancinhos e rodos metálicos.

5.4.8.3 Após a distribuição do concreto betuminoso reciclado tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

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5.4.8.4 A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela na qual o ligante apresenta uma viscosidade, "Saybolt-Furol", (DNER-ME 004) de 140 ± 15 segundos, para o cimento asfáltico empregado.

5.4.8.5 No caso de empregar rolos de pneus, de pressão variável, iniciar a rolagem com baixa pressão, e aumentar à medida que a mistura vai sendo compactada, e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

5.4.8.6 A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta pela seguinte, de pelo menos a metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

5.4.8.7 Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.9 Abertura ao TrânsitoOs revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem trânsito até o completo resfriamento.

6. MANEJO AMBIENTALPara execução de concreto betuminoso reciclado a quente no local são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

6.1 AgregadosNo decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

6.1.1 A brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

6.1.2 Evitar a localização da pedreira a das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

6.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

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6.1.4 Impedir queimadas como forma de desmatamento.

6.1.5 Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os Caminhos de Serviços.

6.1.6 Construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra, eventualmente, produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.

6.1.7 Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como, sua operação junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

6.2 Ligantes Betuminosos

6.2.1 Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

6.2.2 Vedar o refugo de materiais usados à margem da estrada ou outros locais onde possam causar prejuízos ambientais.

6.2.3 Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução mediante a remoção da usina e depósitos e limpeza do canteiro de obras.As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios; transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes; transporte e estocagem de filer; transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS

I. Emissão de Partículas A principal fonte é o secador rotativo.Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.Tanques de estocagem de óleo combustível e de

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cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS.: Emissões Fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

6.3 Quanto a Instalação6.3.1 Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

6.3.2 Definir no projeto executivo áreas para as instalações industriais, de maneira a alcançar o mínimo de agressão ao meio ambiente.

6.3.3 Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

6.4.1 Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

6.4.2 Apresentar com o projeto para obtenção de licença resultados de medições, em chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

6.4.3 Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

6.4.4 Enclausurar a correia transportadora de agregados frios.

6.4.5 Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

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6.4.6 Manter pressão negativa no secador rotativo enquanto a usina estiver em operação, para evitar emissões de partículas na entrada e saída.

6.4.7 Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

6.4.8 Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

6.4.9 Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

6.4.10 Dotar os silos de estocagem de "filer" de sistema próprio de filtragem a seco.

6.4.11 Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

6.4.12 Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

6.4.13 Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

6.4.14 Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

6.4.15 Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle do MaterialTodos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo a metodologia indicada pelo DNER e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante Betuminoso e Agente de ReciclagemO ligante betuminoso adicional e o agente de reciclagem, quando necessário, deverão atender às especificações indicadas no projeto.

7.1.2 AgregadosO controle de qualidade do agregado adicional para compor a mistura reciclada ou para fabricação do concreto betuminoso adicional constará do seguinte:

a) 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente por jornada de trabalho (DNER-ME 083);

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b) 01 ensaio de desgaste Los Angeles de agregado graúdo adicional, por mês ou quando houver variação da natureza do material (DNER-ME 035);

c) 01 ensaio de índice de forma de agregado graúdo adicional, para cada 900m³ (DNER-ME 086);

d) 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo adicional, por jornada de trabalho (DNER-ME 054);

e) 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer) por jornada de trabalho (DNER-ME 083);

f) 01 ensaio de adesividade do agregado graúdo e miúdo para cada 900m³ (DNER-ME 078 e DNER-ME 079).

7.1.3 Material a Reciclar (Agregado e Ligante Recuperados)Para cada 1.750m2 de material da camada betuminosa será retirada, amostras de maneira aleatória, antes da fresagem ou escarificação, na quantidade suficiente para:01 ensaio de extração e recuperação do ligante, mistura de agregado pelo método "Abson" (ASTM-D 1856) para realização dos seguintes ensaios:

a) agregado recuperado- 01 ensaio de granulometria (DNER-ME 083).

b) ensaios do asfalto residual recuperado- 01 determinação da susceptibilidade térmica pelo DNER-ME 003 e ABNT NBR-6560- 01 ponto de fulgor (DNER-ME 148)- 01 porcentagem de 01 viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT MB-827)- asfaltenos e saturadas (ASTM-D 2007)

7.2 Controle da Usinagem no Local do Concreto Asfáltico Reciclado

7.2.1 Controle no Processo de Reciclagem

7.2.1.1 Quantidade do Ligante da Mistura RecicladaDevem ser efetuadas extrações de ligante betuminoso (DNER-ME 053) de amostras coletadas na pista para cada jornada de trabalho. A porcentagem de ligante poderá variar no máximo 0,3% da fixada no projeto.

7.2.1.2 Qualidade do Ligante RecicladoDevem ser realizadas extrações e recuperações do ligante pelo método Abson (ASTM-D 1856) para realização dos seguintes ensaios:01 viscosidade absoluta a 60 °C (ABNT ME-827)01 determinação da susceptibilidade térmica01 ponto de fulgor01 porcentagem de asfaltenos e saturadas (ASTM-D 2007)

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7.2.1.3 Graduação da Mistura de AgregadosSerá procedido o ensaio de granulometria DNER-ME 083 da mistura de agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no projeto.

7.2.1.4 Controle de TemperaturaSerão efetuadas medidas de temperatura durante a jornada de 8 horas de trabalho em cada um dos itens abaixo discriminados:a) temperatura do concreto asfáltico adicional;b) temperatura do ligante adicional;c) temperatura da mistura asfáltica reciclada no equipamento de espalhamento.Estas temperaturas deverão ser as indicadas no projeto com uma tolerância de 5 °C.

7.2.1.5 Controle das Características da Mistura RecicladaDeverão ser realizados ensaios Marshall com três corpos-de-prova por cada jornada de trabalho (DNER-ME 043), com amostras coletadas na saída do equipamento de maneira aleatória.Os valores de estabilidade e da fluência deverão satisfazer ao especificado no projeto.

7.2.1.6 O número das determinações utilizadas nos ensaios de controle da usinagem do concreto betuminoso reciclado no local será definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras k = Coeficiente multiplicador = risco do Executante

O número mínimo de determinações por jornada de 8 horas trabalho é de 5.

7.2.2 Compressão na Pista

7.2.2.1 Temperatura da CompressãoDeverão ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente antes de iniciada a compressão.Estas temperaturas deverão ser as indicadas para compressão com uma tolerância de 5 °C.

7.2.2.2 Controle do Grau de CompressãoO controle do grau de compressão - GC da mistura betuminosa reciclada no local deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura comprimida na pista, por brocas rotativas.

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Poderão ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista, desde que indicados no projeto.Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada de trabalho, não permitidos - GC inferiores a 97%.O controle do grau de compressão poderá, também, ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-provas extraídos da pista e comparando-se com as densidades aparentes de corpos-de-prova moldados no local com a energia de compactação indicada no projeto. As amostras para a moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximos ao local onde serão realizados os furos e antes da sua compactação.

7.2.2.3 O número de determinações do grau de compactação é definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme tabela do item 7.2.1.5.

7.3 Verificação Final da Qualidade

7.3.1 Espessura da CamadaSerá medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admite-se variação de ± 5% em relação as espessuras de projeto.

7.3.2 AlinhamentosA verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

7.3.3 Acabamento da SuperfícieDurante a execução deverá ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.O acabamento da superfície deverá ser verificado por "aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182). Neste caso o acabamento ao Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

7.3.4 Condições de SegurançaO revestimento acabado deverá apresentar VRD, Valor de Resistência a Derrapagem, superior a 55, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard), ou outros similares.

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O projeto da mistura deverá ser verificado experimentalmente através de trecho experimental como extensão da ordem de 100m.Poderá, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução serão realizados para cada 200m de pista, em locais escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Aceitação e Rejeição

7.4.1 Todos os ensaios dos materiais indicados em 7.1 deverão atender aos requisitos especificados em 5.1.

7.4.2 Quanto ao controle da usinagem do concreto betuminoso, espalhamento e compressão na pista, deve-se verificar a condição seguinte (DNER-PRO 277/97):a) Do processo de usinagem no localPara a quantidade de ligante da mistura reciclada, graduação da mistura de agregado, temperatura na saída do misturador e da fluência no ensaio Marshall em que são especificados uma faixa de valores mínimos e máximos deve-se verificar a condição seguinte:

EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo de projeto ou EMBED Equation.3 X + ks > valor

máximo de projeto rejeita-se o serviço;

EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo de projeto e EMBED Equation.3 X + ks < valor

máximo de projeto aceita-se o serviço.Sendo:

Onde: X i - valores individuais

INCLUDEPICTURE \d "Image45.gif" EMBED Equation.3 X - média da amostra

s - desvio padrão da amostrak - coeficiente tabelado em função do número de determinaçõesn - número de determinações

Para os resultados do ensaio de estabilidade Marshal em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

Se INCLUDEPICTURE \d "Image45.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image45.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.b) Na pistaPara o Grau de Compactação - CG - em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a condição seguinte:

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Se INCLUDEPICTURE \d "Image45.gif" EMBED Equation.3 X - ks < valor mínimo admitido

rejeita-se o serviço;

Se INCLUDEPICTURE \d "Image45.gif" EMBED Equation.3 X - ks valor mínimo admitido

aceita-se o serviço.

7.4.3 Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento.

7.4.4 Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 O material betuminoso à reciclar removido do pavimento existente será medido em m³.

8.2 O concreto betuminoso reciclado será medido em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivo de medição a mão de obra, materiais, exceto ligante betuminoso, transporte da mistura da usina a pista e encargos, por estarem incluídos na composição do preço unitário.

8.3 A quantidade de ligante betuminoso é medida no equipamento em toneladas.

8.4 O transporte do ligante betuminoso efetivamente aplicado é obtido da média aritmética dos volumes, será medido com base na distância entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – SERVIÇOS PRELIMINARES

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução de serviços preliminares. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a preparo do terreno, instalações, levantamentos topográficos para locação da obra e preservação ambiental, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 MANEJO AMBIENTAL7 INSPEÇÃO

Page 180: Normas Tecnicas Gerais

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a viabilização do início da execução de uma obra-de-arte especial.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:a) ABNT NBR - 06947/83 - Levantamento geotécnico b) ABNT NBR- 12284/91 - Áreas de vivência dos canteiros de obras - procedimento c) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental d) Manual de Construção de Obras de Arte Especiais - DNER,1995

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:

Serviços preliminares - atividades necessárias ao início da construção de uma obra compreendendo, entre outros, o preparo do terreno, a execução do projeto do canteiro de obra, a discriminação dos equipamentos utilizados e a locação da obra.

4. CONDIÇÕES GERAIS4.1 Informações LocaisAntes do início da construção será feita no local, a comprovação dos dados já obtidos, antecipadamente, sobre recursos da região, tais como: clima, enchentes, salubridade, qualidade e quantidade de mão de obra, serviços de tráfego e de sondagem geotécnica, períodos prováveis de trabalho, contínuo ou não, incluindo paralisações prolongadas e facilidades de acesso.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Preparo do TerrenoApós estudo dos locais mais adequados, incluindo a análise da capacidade de suporte do solo para estocagem de materiais e trânsito de equipamento pesado, o Executante deverá proceder a limpeza do terreno em toda a área a ser ocupada pela obra e instalações necessárias à execução, com eliminação de mato e poças d’água, causas possíveis de proliferação de mosquitos.

5.2 InstalaçõesAo Executante cabe providenciar instalações adequadas para escritório, almoxarifado, alojamento e alimentação de funcionários, oficinas, depósito de materiais e combustíveis,

Page 181: Normas Tecnicas Gerais

preparo de fôrmas e armações, produções de concreto e fabricação de pré-moldados, se houver; bem como operações de equipamentos necessários ao controle de obra. As instalações deverão ser executadas em compartimentos independentes.

5.3 Remoção de Obras-de-Arte ou ObstáculosAs obras-de-arte ou obstáculos que impeçam a boa execução dos serviços deverão ser removidos pelo Executante e o material resultante transportado para locais previamente determinados, a fim de minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental.

5.4 Locação da ObraA locação geral da obra será indicada no projeto compreendendo o eixo longitudinal e as referências de nível. Ao Executante cabe verificar e complementar a locação da obra.

6. MANEJO AMBIENTALConsiderar como condição básica para a instalação do canteiro, a disponibilidade de água potável, a disposição de esgotos em fossas sépticas instaladas a distâncias seguras de poços de abastecimento d’água e de talvegues naturais. As áreas utilizadas como canteiro de serviço deverão ter os efluentes, como graxas e óleos utilizados na limpeza e manutenção de equipamentos das oficinas de campo, controlados através de dispositivos de filtragem e contenção.Adotar cuidados para evitar represamento e empoçamento d’água que produzam áreas insalubres proliferadoras de mosquitos e outros vetores. Os solos vegetais da área destinada à instalação do canteiro de obra serão estocados em local não sujeito à erosão e reincorporados à origem após a desmobilização, abrangendo recuperação de uso da área de origem após conclusão da obra.

7. INSPEÇÃO

7.1 ControleRealizar o controle dos serviços preliminares executados com base, principalmente, em dados constantes do Manual de Obras-de-Arte Especiais do DNER, estabelecendo as tolerâncias admitidas.

7.2 Aceitação e RejeiçãoOs serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços preliminares serão medidos de acordo com as condições estabelecidas no contrato.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – CONCRETOS E ARGAMASSAS

RESUMO

Page 182: Normas Tecnicas Gerais

Este documento define a sistemática empregada na execução de concretos, argamassas e caldas de cimento. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a material, equipamento, execução, verificação final de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÕES4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 INSPEÇÃO7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a execução e recebimento de concretos, argamassas e caldas de cimento.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-EM 034/97 - Água para concreto DNER-EM 036/95 - Recebimento e aceitação de cimento Portland comum e Portland de alto

forno DNER-EM 037/97 - Agregado graúdo para concreto de cimento DNER-EM 038/97 - Agregado miúdo para concreto de cimento ABNT NBR-5738/94 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de

Concreto ABNT NBR-5746 - Análise química de cimento Portland - determinação do enxofre na forma

de sulfeto ABNT NBR- 5739 - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ABNT NBR- 5750/92 - Amostragem de concreto fresco ABNT NBR- 6118/78 - Projeto e execução de obras de concreto armado ABNT NBR- 7187/87 - Projeto e execução de pontes de concreto armado e protendido ABNT NBR- 7212/84 - Execução de concreto dosado em central ABNT NBR- 7223/92 - Concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco

de cone ABNT NBR- 7681/83 - Calda de cimento para injeção ABNT NBR- 7682/82 - Calda de cimento - determinação do indice de fluidez

Page 183: Normas Tecnicas Gerais

ABNT NBR- 7683/82 - Calda de cimento - determinação dos indices de exsudação e expansão

ABNT NBR- 7684/82 - Calda de cimento - determinação da resistência à compressão ABNT NBR- 7685/82 - Calda de cimento - determinação de vida útil ABNT NBR- 8953/92 - Concreto para fins estruturais - classificação por grupos de

resistência ABNT NBR- 9062/85 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR- 9606/92 - Determinação da consistência pelo espalhamento do tronco de cone ABNT NBR- 10839/89 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e

protendido ABNT NBR- 12655/96 - Preparo, controle e recebimento do concreto Manual de Construção de Obras de Arte Especiais - DNER, l995

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes:

Concreto - mistura de agregado com ligante (água e cimento) que endurece adquirindo características semelhantes a rocha.

Elemento estrutural - parte da estrutura que apresenta uma configuração geométrica claramente definida, fck igual e mesmo tipo de solicitação (p.e. fundações, blocos de apoios, pilares, encontros, paredes, vigas, transversinas, lajes e sobre laje).

4. CONDIÇÕES GERAISDeverão ser executados de acordo com as fôrmas e resistências características indicadas no projeto.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 CimentoOs cimentos devem satisfazer às Especificações brasileiras, podendo ser de qualquer tipo e classe, desde que o projeto não prefira ou faça restrição a este ou aquele. Nos concretos, argamassas e caldas em contato com armaduras de protensão, o cimento empregado não poderá apresentar teor de enxofre sob a forma de sulfeto superior a 0,2%.Nos cimentos empregados exigir a apresentação do certificado de qualidade. Todo cimento deverá ser guardado em local seco e abrigado de agentes nocivos e, não deverá ser transportado em dias úmidos.O cimento poderá ser armazenado nos sacos de 50Kg ou em silos, quando entregue a granel e para cimento de uma única procedência. O período de armazenamento não poderá comprometer a sua qualidade. Exceto em clima muito seco, deverá ser verificado, antes da utilização se o cimento ainda atende às Especificações.Deverá ainda atender à Especificação DNER-EM 036/95.

Page 184: Normas Tecnicas Gerais

5.1.2 AgregadosOs agregados deverão constituir-se de materiais granulosos e inertes, substâncias minerais naturais ou artificiais, britados ou não, duráveis e resistentes, com dimensões máximas características e formas adequadas ao concreto a produzir. Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural, em assoalho de madeira ou camada de concreto de forma a permitir o escoamento d’água. Não conter substâncias nocivas que prejudiquem a pega e/ou o endurecimento do concreto, ou minerais deletérios que provoquem expansões em contato com a umidade e com determinados elementos químicos.Deverão atender à Especificação DNER-EM 037/97 e DNER-EM 038/97.

5.1.2.1 Agregados MiúdosSão normalmente constituídos por areia natural quartzoza, de dimensão máxima característica igual ou inferior a 4.8mm. Deverão ser bem graduados, são recomendadas as areias grossas que não apresentem substâncias nocivas, como torrões de argila, materiais orgânicos, etc.Somente será admitido, após estudos em laboratórios, o emprego de agregados miúdos provenientes de rocha sadia.

5.1.2.2 Agregados GraúdosDeverão apresentar dimensão máxima característica entre 4.8mm e 50mm e ser naturais (cascalhos ou seixos rolados, britados ou não) ou artificiais (pedras britadas, britas, argilas expandidas, etc). Não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica, etc.O agregado graúdo será constituído pelas partículas de diversas graduações nas proporções indicadas nos traços do concreto e armazenado separadamente, em função destas graduações.

5.1.2.3 Pedra de MãoA pedra de mão para concreto ciclópico, de granito ou outra rocha estável, deverá ter qualidade idêntica a exigida para a pedra britada a empregar na confecção do concreto.Deverá ser limpa e isenta de incrustações nocivas e sua máxima dimensão não inferior a 30cm, nem superior à 1/4 da mínima do elemento a ser construído.

5.1.2.4 ÁguaA água para a preparação do concreto não deverá conter ingredientes nocivos em quantidades que afetem o concreto fresco ou endurecido ou reduzir a proteção das armaduras contra a corrosão. Deverá ser razoavelmente clara e isenta de óleo, ácidos, álcalis, matéria orgânica, etc., e obedecer à exigência do item 6.1.3 desta Norma. Guardá-las em caixas estanques e tampadas de modo a evitar contaminação por substâncias estranhas.

5.1.2.5 AditivosA utilização de aditivos deve implicar no perfeito conhecimento de sua composição e propriedades, efeitos no concreto e armaduras, sua dosagem típica, possíveis efeitos de dosagens diferentes, conteúdo de cloretos, prazo de validade e condições de armazenamento.

Page 185: Normas Tecnicas Gerais

Somente usar aditivos expressamente previstos no projeto, ou nos estudos de dosagem de concreto empregados na obra, realizados em laboratório e aprovados pela autoridade competente.Para o concreto protendido os aditivos que contenham cloreto de cálcio ou quaisquer outros halogenetos serão rigorosamente proibidos. Não deverão conter ainda ingredientes que possam provocar a corrosão do aço, as mesmas recomendações para a calda de injeção.

5.1.2.6 AdiçõesAs adições não poderão ser nocivas ao concreto e deverão ser compatíveis com os demais componentes da mistura.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependerão do tipo e dimensões do serviço a executar. Para os concretos preparados na obra poderá ser utilizada betoneira estacionária de no mínimo 320l , com dosador de água, central de concreto ou caminhão betoneira. Para o lançamento poderão ser utilizados carrinhos-caçambas, caçambas, bombas, etc.

5.3 Execução

5.3.1 Concreto O concreto pode se apresentar quanto a sua densidade como concreto normal, com massa específica entre 2000 e 2800 kg/m3, como concreto leve, cuja massa específica não ultrapassa 2000 kg/m3 e como concreto pesado com massa específica maior que 2800kg/m3. O concreto deve apresentar uma massa fresca trabalhável com os equipamentos disponíveis na obra, para que depois de endurecido se torne um material homogêneo e compacto.

5.3.1.1 DosagemOs concretos para fins estruturais deverão ser dosados, racional e experimentalmente, a partir da resistência característica à compressão estabelecida no projeto, do tipo de controle do concreto, trabalhabilidade adequada ao processo de lançamento empregado e das características físicas e químicas dos materiais componentes. O cálculo da dosagem deverá ser refeito cada vez que prevista uma mudança de marca, tipo ou classe de cimento, na procedência e qualidade dos agregados e demais materiais e quando não obtida a resistência desejada.Os concretos são classificados conforme a resistência característica à compressão (fck) em grupos I e II e, dentro dos grupos, em classes, sendo o grupo I, subdividido em nove classes, do C10 ao C50 e o grupo II em quatro classes (C55, C60, C70 e C80).Somente o traço do concreto da classe C10, com consumo mínimo de 300kg de cimento por metro cúbico, poderá ser estabelecido empiricamente.Serão consideradas também para a dosagem dos concretos, condições peculiares como: impermeabilização, resistência ao desgaste, ação de águas agressivas, aspecto das superfícies, condições de colocação, etc.

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A resistência de dosagem do concreto será função dos critérios utilizados para a definição da sua resistência característica, através do desvio padrão das amostras, dependendo do controle tecnológico dos materiais na obra, e classificada de acordo com as condições apresentadas na tabela seguinte:

Condições Classe de Resistência

Cimento Água Agregados

C C10 a C15 Massa Volume (1) Volume

B C10 a C20 Massa Volume, com dispositivo dosador (1)

Volume (2)

C10 a C25 Massa Volume, com dispositivo dosador (1)

Massa combinada com volume (3)

A C10 a C80 Massa Massa (1) Massa

(1) corrigido pela estimativa ou determinação da umidade dos agregados.(2) volume do agregado miúdo corrigido através da curva de inchamento e umidade, determinada em pelo menos três vezes no mesmo turno de serviço.(3) umidade da areia medida no canteiro, em balanças aferidas para permitir a rápida conversão de massa para volume de agregados.

5.3.1.2 PreparoPara os concretos executados no canteiro, antes do início da concretagem, deverá ser preparada uma amassada de concreto, para comprovação e eventual ajuste do traço definido no estudo de dosagem.O preparo do concreto destinado às estruturas deverá ser mecânico, em pequenos volumes nas obras de pequena importância, não podendo ser aumentada, em hipótese alguma, a quantidade de água prevista para o traço.Os sacos de cimento rasgados, parcialmente usados, ou com cimento endurecido, serão rejeitados.Os componentes do concreto medidos de acordo com o item anterior devem ser misturados até formar uma massa homogênea. O tempo mínimo de mistura em betoneira estacionária é de 60 segundos, aumentado em 15 segundos para cada metro cúbico de capacidade nominal da betoneira, ou conforme especificação do fabricante. Para central de concreto e caminhão betoneira deverá ser atendida a ABNT NBR-7212. Após a descarga não poderão ficar retidos nas paredes do misturador volumes superiores a 5% do volume nominal.Quando o concreto for preparado por empresa de serviços de concretagem, a central deverá assumir a responsabilidade por este serviço e cumprir as prescrições relativas às etapas de execução do concreto (ABNT NBR-12655), bem como, as disposições da ABNT NBR-7212.O concreto deverá ser preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. Não será permitida a remistura do concreto parcialmente endurecido.

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5.3.1.3 TransporteQuando a mistura for preparada fora do local da obra, o concreto deverá ser transportado em caminhões betoneiras, não podendo segregar durante o transporte, nem apresentar temperaturas fora das faixas de 5 °C a 30 °C. Em geral, descarregados em menos de 90 minutos após a adição de água. A velocidade do tambor giratório não deverá ser menor que duas nem maior que seis rotações por minuto. Qualquer motivo provável da aceleração da pega, deverá acelerar o período completo de descarregamento, ou serão empregados aditivos retardadores da pega. O intervalo entre as entregas deverá ser tal que não permita o endurecimento parcial do concreto já colocado, não excedendo a 30 minutos.O intervalo entre a colocação de água no tambor e a descarga final do concreto da betoneira nas formas não deverá exceder 60 minutos, devendo a mistura ser revolvida de modo contínuo para que o concreto não fique em repouso antes do seu lançamento por tempo superior a 30 minutos. No transporte horizontal deverão ser empregados carros especiais providos de rodas de pneus, e evitado o uso de carros com rodas maciças, de ferro ou carrinhos comuns.

5.3.1.4 LançamentoO lançamento do concreto só pode ser iniciado após o conhecimento dos resultados dos ensaios da dosagem, verificação da posição exata da armadura, limpeza das fôrmas, que quando de madeira devem estar suficientemente molhadas, e do interior removidos os cavacos de madeira, serragem e demais resíduos de operações de carpintaria. Serão tomadas precauções para não haver excesso de água no local de lançamento o que pode ocasionar a possibilidade do concreto fresco vir a ser lavado.Não serão permitidos lançamento do concreto de uma altura superior a 2m, ou acúmulo de grande quantidade em um ponto qualquer e posterior deslocamento ao longo das fôrmas. Na concretagem de colunas ou peças altas o concreto deverá ser introduzido por janelas abertas nas fôrmas, fechadas a medida que a concretagem avançar.Calhas, tubos ou canaletas poderão ser usados como auxiliares no lançamento do concreto, dispostos de modo a não provocar segregação. Deverão ser mantidos limpos e isentos de camada de concreto endurecido, preferencialmente, executado ou revestidos com chapas metálicas.O concreto somente poderá ser colocado sob água quando sua mistura possuir excesso de cimento de 20% em peso. Em hipótese alguma será empregado concreto submerso com consumo de cimento inferior a 350kg/m³. Para evitar segregação o concreto deverá ser cuidadosamente colocado na posição final em uma massa compacta, por meio de funil ou de caçamba fechada, de fundo móvel, e não perturbado depois de ser depositado. Cuidados especiais serão tomados para manter a água parada no local de depósito. O concreto não deverá ser colocado diretamente em contato com a água corrente.Quando usado funil, este deverá consistir de um tubo de mais de 25cm de diâmetro, construído em seções acopladas umas às outras, por flanges providas de gachetas. O modo de operar deverá permitir movimento livre da extremidade de descarga e seu abaixamento rápido, quando necessário, para estrangular ou retardar o fluxo. O enchimento deverá processar-se por método que evite a lavagem do concreto. O terminal deverá estar sempre dentro da massa do concreto

Page 188: Normas Tecnicas Gerais

e o tubo conter suficiente quantidade de concreto para não haver penetração de água. O fluxo do concreto deverá ser contínuo e regulado de modo a obter camadas aproximadamente horizontais, até o término da concretagem.Quando o concreto for colocado com caçamba de fundo móvel, esta deverá ter capacidade superior a meio metro cúbico (0,50m³). Abaixar a caçamba, gradual e cuidadosamente, até apoiá-la na fundação preparada ou no concreto já colocado, elevá-la muito vagarosamente durante o percurso de descarga. Pretende-se, com isto, manter a água tão parada quanto possível no ponto de descarga e evitar agitação da mistura.

5.3.1.5 Adensamento do ConcretoO concreto deverá ser bem adensado dentro das fôrmas, mecanicamente, usar vibradores, que poderão ser, internos, externos ou superficiais, com freqüência mínima de 3.000 impulsos por minuto. O número de vibradores deverá permitir adensar completamente, no tempo adequado, todo o volume de concreto a ser colocado. Somente será permitido o adensamento manual em caso de interrupção no fornecimento de força motriz e pelo mínimo período indispensável ao término da moldagem da peça em execução, com acréscimo de 10% de cimento, sem aumento da água de amassamento.Normalmente serão utilizados vibradores de imersão internos, os externos apenas quando as dimensões das peças não permitirem inserção do vibrador, ou junto com os internos quando se desejar uma superfície de boa aparência, e os vibradores superficiais em lajes e pavimentos.O vibrador de imersão deverá ser empregado na posição vertical evitando-se o contato demorado com as paredes das formas ou com a armação, bem como, a permanência demasiada em um mesmo ponto. Não será permitido o uso do vibrador para provocar o deslocamento horizontal do concreto nas fôrmas. O afastamento de dois pontos contíguos de imersão do vibrador deverá ser de, no mínimo, 30cm.

5.3.1.6 Cura do ConcretoPara atingir sua resistência total, o concreto deverá ser curado e protegido eficientemente contra o sol, vento e chuva. A cura deve continuar durante um período mínimo de 7 dias, após o lançamento, caso não existam indicações em contrário. Para o concreto protendido, a cura deverá prosseguir até que todos os cabos estejam protendidos. Sendo usado cimento de alta resistência inicial, esse período poderá ser reduzido.A água para a cura deverá ser da mesma qualidade usada para a mistura do concreto. Poderão ser utilizados, principalmente, os métodos de manutenção das fôrmas, cobertura com filmes plásticos, colocação de coberturas úmidas, aspersão de água ou aplicação de produtos especiais que formem membranas protetoras.

5.3.1.7 Juntas de ConcretagemAs juntas de concretagem deverão obedecer, rigorosamente, ao disposto no Plano de Concretagem, integrante do projeto. O número de juntas de concretagem deverá ser o menor possível.

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5.3.2 Concreto CiclópicoOnde for necessário o emprego de concreto ciclópico adicionar concreto, preparado como mencionado no subitem anterior, com volume de até 30% de pedras de mão, lavadas, saturadas com água e envolvidas com 5cm, no mínimo, de concreto.Nenhum concreto a ser empregado em concreto ciclópico deverá ter resistência característica à compressão (fck) inferior a 12 MPa (120kgf/cm²).

5.3.3 ArgamassaAs argamassas serão preparadas em betoneiras. Sendo permitida a mistura manual, a areia e o cimento deverão ser misturados a seco até obter-se coloração uniforme, quando, então, será adicionada a água necessária para a obtenção da argamassa de boa consistência, para manuseio e espalhamento fáceis com a colher de pedreiro. A argamassa não empregada em 45 minutos, após a preparação, será rejeitada e não será permitido seu aproveitamento, mesmo com adição de mais cimento.As argamassas destinadas ao nivelamento das faces superiores dos pilares e preparo do berço dos aparelhos de apoio deverão ter resistência característica à compressão de 25 MPa (250 kgf/cm²).5.3.4 Calda de Cimento para InjeçãoProduto da mistura conveniente de cimento, água e, eventualmente, de aditivos, para preenchimento de bainhas ou dutos de armadura de protensão de peças de concreto protendido, a fim de proteger a armadura contra a corrosão e garantir a aderência posterior ao concreto da peça.Recomenda-se a injeção até, no máximo 8 dias após a protensão dos cabos.O cimento utilizado deve ser o cimento Portland comum, ou outro tipo de cimento que satisfaça as seguintes exigências:a) teor de cloro proveniente de cloreto: máximo igual a 0,10%;b) teor de enxofre proveniente de sulfetos (ABNT NBR-5746): máximo igual a 0,20%.A água será considerada satisfatória se atender ao constante do item 6.1.3 desta Especificação.Não serão permitidas aditivos que contenham halogenetos ou reatores ao material de calda, deteriorem ou ataquem o aço.O fator água/cimento não deverá ser superior a 0,45 em massa.

6. INSPEÇÃO

6.1 Controle do MaterialA ABNT NBR-12654 fixa as condições exigíveis para realização do controle tecnológico dos materiais componentes do concreto.

6.1.1 CimentosOs ensaios de cimento deverão ser feitos em laboratório, de acordo com as normas ABNT NBR- 05740 (quando necessário) e as ABNT NBR-07215, ABNT NBR-7224, ABNT NBR-11580, ABNT NBR-11581 e ABNT NBR-11582, desnecessária a realização freqüente de ensaios se existir garantia de homogeneidade de produção para determinada marca de cimento.

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O peso do saco de cimento deverá ser verificado para cada 50 sacos fornecidos, com tolerância de 2%.

6.1.2 Agregados Miúdo e GraúdoDeverão obedecer à ABNT NBR-7211.

6.1.3 ÁguaControle da água desde que apresente aspecto ou procedência duvidosa. Para utilização em concreto armado ou protendido será considerada satisfatória se apresentar PH entre 5.8 e 8.0 e respeitar os seguintes limites máximos:a) matéria orgânica: 3mg/l (oxigênio consumido);b) resíduo sólido: 5000mg/l;c) sulfatos: 300mg/l (ions SO4);d) cloretos: 500mg/l (ions Cl)e) açúcar: 500mg/l.Para casos especiais considerar outras substâncias prejudiciais.O gelo a ser utilizado, quando necessário para resfriamento, da mistura (concreto ou calda de cimento) deverá obedecer os requisitos acima.

6.2 Controle da Execução

6.2.1 Concreto De acordo com a ABNT NBR-12655 para a garantia da qualidade do concreto a empregar na obra, para cada tipo e classe de concreto, serão realizados os ensaios de controle, adiante relacionados, além de outros recomendados em projetos específicos:a) ensaios de consistência, de acordo com a ABNT NBR-7223 e, ou ABNT NBR-9606 (para concreto anti-adensável), sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados, na primeira amassada do dia, após o reinicio, seguido de interrupção igual ou superior a 2 horas, na troca de operadores e cada vez que forem moldados corpos de prova. Para concreto fornecido por terceiros deverão ser realizados ensaios a cada betonada;b) ensaios de resistência à compressão de acordo com a ABNT NBR-5739, para aceitação ou rejeição dos lotes.A consistência do concreto deverá atender aos valores estipulados nos métodos de ensaio. Acaso não os atenda na primeira amostra, repetir nova amostragem; se persistir, provavelmente não apresenta a necessária plasticidade e coesão. Verificar a causa e corrigir antes da utilização, com exceção para os concretos cuja plasticidade excedam os limites dos métodos de ensaio, como o concreto bombeado.A amostragem mínima do concreto para ensaios de resistência à compressão deverá ser feita dividindo-se a estrutura em lotes. Cada lote corresponderá a um elemento estrutural, limitado pelos critérios da tabela adaptada da ABNT NBR-12655 apresentada a seguir:

Limites superiores Solicitação principal dos elementos da estrutura

Page 191: Normas Tecnicas Gerais

Compressão ou Compressão e Flexão Flexão Simples

Volume de concreto 50m³ 100m³

Tempo de concretagem 3 dias de concretagem (1)

(1) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias, inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas.

De cada lote retirar uma amostra, de no mínimo seis exemplares, para os concretos até a classe C50 e doze exemplares para as classes superiores a C50.Cada exemplar é constituído por dois corpos de prova da mesma amassada para cada idade do rompimento, moldados no mesmo ato. A resistência do exemplar de cada idade é considerada a maior dos dois valores obtidos no ensaio. O volume de concreto para a moldagem de cada exemplar e determinação da consistência deverá ser de 1,5 vezes o volume necessário para estes ensaios e nunca menor que 30 litros.A coleta deste concreto em betoneiras estacionárias deve ocorrer enquanto o concreto está sendo descarregado, representando o terço médio da mistura. Caso contrário, deve ser tomada imediatamente após a descarga, retirada de três locais diferentes, evitando-se os bordos. Homogeneizar o concreto sobre o recipiente com o auxílio de colher de pedreiro, concha metálica ou pá.A coleta deste concreto em caminhão betoneira, deverá ocorrer enquanto o concreto está sendo descarregado e obtida em duas ou mais porções, do terço médio da mistura.Para o concreto bombeado, a coleta deve ser feita em uma só porção, colocando-se o recipiente sob o fluxo de concreto na saída da tubulação, evitando o início e o fim do bombeamento.

6.2.2 Concreto CiclópicoO concreto empregado em concreto ciclópico deverá ser submetido ao controle especificado nos itens 6.1 e 6.2.1.

6.2.3 ArgamassaAs argamassas serão controladas através dos ensaios de qualidade de água e de areia.

6.2.4 Calda de Cimento para InjeçãoOs materiais serão medidos com precisão de 2%, sendo o cimento medido em massa. Além do controle estabelecido com antecedência e em separado para a água e o cimento, devem ser realizados os seguintes ensaios para a calda, de acordo com a ABNT NBR-7681:

Ensaio Método Freqüência e local da amostragem

Limites admitidos

Fluidez NBR 7682 Em cada cabo, uma vez na entrada e quantas forem

Imediatamente antes da injeção: máximo de 18 segundos.Na saída da bainha: mínimo de 8

Page 192: Normas Tecnicas Gerais

necessárias na saída da bainha.

segundos.

VidaÚtil

NBR 7685 Uma vez para mesma composição e condição de mistura, no recipiente da estocagem.

Índice de fluidez maior que 18 segundos, durante o período de 30 minutos, após a conclusão da mistura.

Exsudação NBR 7683 Uma vez no início do primeiro dia de trabalho, repetindo no máximo a cada 100 sacos de cimento consumidos por frente de trabalho e/ou a cada duas semanas; e a cada vez que mudar a composição e/ou condição de mistura e/ou materiais

3 horas após a mistura, a água exsudada máxima de 2% do volume inicial da calda.

Expansão NBR 7683 Quando empregado aditivos expansores, 3 horas após a mistura, expansão total livre máxima 7% do volume inicial da calda. A calda deve ser injetada em um tempo tal que no mínimo 70% da expansão total livre ocorra dentro da bainha.

Resistênciaà compressão

NBR 7684/82 fck28 maior ou igual a 25 MPa.

6.3 Controle Estatístico

6.3.1 ConcretoO controle poderá ser feito por amostragem parcial, quando são retirados exemplares de algumas betonadas de concreto atendidas às limitações já constantes do item 6.2.1, ou por amostragem total, quando são retirados exemplares de todas as amassadas de concreto e o valor estimado da resistência característica à compressão (fck est), na idade específica obtido conforme tabela seguinte:

Resistência Característica Estimada fck est

Amostragem parcial Amostragem total

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6 n < 20 n 20 n 20 n > 20

Se maior que 6 f1

fcm - 1,65 S f 1 f i

Sendo: n = número de exemplaresm = n/2, desprezando-se o valor mais alto de n, se n for imparf1, f2, ....fm = valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente6 = valores constantes da tabela valores de 6

fcm = resistência média dos exemplares do lote, em MPaS = desvio padrão do lote para n - 1 resultados, em MPai = 0,05n, adotando-se a parte inteira imediatamente superior, para o valor de i fracionário.No início da obra ou quando não se conhecer o valor do desvio padrão S, considerar os seguintes valores para Sd, de acordo com a condição de preparo:Condição A: Sd = 4,0 MPaCondição B: Sd = 5,5 MPaCondição C: Sd = 7,0 Mpa

VALORES DE 6

Condição de Preparo

Número de Exemplares (n)

2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16

A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02

B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02

Em casos excepcionais, em lotes correspondentes a no máximo 10m³, com número de exemplares entre 2 e 5: fck est = INCLUDEPICTURE \d "Image406.gif"6 f1.

6.3.2 Calda de CimentoO controle da calda de cimento deve ser realizado antes da injeção, inclusive o referente à resistência à compressão.

6.4 Aceitação e RejeiçãoRealizar inspeção visual após a retirada das fôrmas e escoramento quanto a existência de brocas, falhas no posicionamento das armaduras, etc.Os lotes de concreto serão aceitos automaticamente quando atingirem a idade de controle:fck est fck

Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

7.1 Concreto

Page 194: Normas Tecnicas Gerais

O concreto, simples, armado, protendido ou ciclópico, será medido por metro cúbico de concreto lançado no local, volume calculado em função das dimensões indicadas no projeto ou, quando não houver indicação no projeto, pelo volume medido no local de lançamento. Inclui o fornecimento dos materiais, preparo, mão de obra, utilização de equipamento, ferramentas, transportes, lançamento, adensamento, cura, controle e qualquer outro serviço necessário a concretagem.

7.2 ArgamassaA argamassa será medida por metro cúbico aplicado, em função das dimensões indicadas no projeto. Não caberá a medição em separado quando se tratar de alvenaria de pedra argamassada.

7.3 Calda de CimentoSerá medida em conjunto com a protensão.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO

RESUMOEste documento fixa as condições exigíveis para o recebimento, corte, dobramento e colocação nas fôrmas de barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, verificação final de qualidade, além dos critérios de aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÕES4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 INSPEÇÃO7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOEstabelecer as condições exigíveis para recebimento, corte, dobramento e colocação nas fôrmas de barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado.

Page 195: Normas Tecnicas Gerais

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-EM 376/97 - Cordoalhas de aço para concreto protendido DNER-EM 374/97 - Fios e barras de aço para concreto armado ABNT NBR - 5916/89 - Junta de tela soldada para armadura de concreto - ensaio de

resistência ao cizalhamento - método de ensaio ABNT NBR - 6118/78 - Projeto e execução de obras de concreto armado - procedimento ABNT NBR - 6152/92 - Materiais metálicos - determinações das propriedades mecânicas à

tração - método de ensaio ABNT NBR - 6153/88 - Produtos metálicos - determinação da capacidade de dobramento -

método de ensaio ABNT NBR - 6207/82 - Arame de aço - ensaio de tração - método de ensaio ABNT NBR -7477/79 - Barras e fios de aço destinados à armadura de concreto armado -

determinação do coeficiente de conformação superficial - método de ensaio ABNT NBR - 7478/77 - Barras de aço para concreto armado - ensaio de fadiga - método de

ensaio ABNT NBR -7480/85 - Barras e fios de aço destinados à armadura para concreto armado -

especificação ABNT NBR - 7481/89 - Tela de aço soldada para armadura de concreto - especificação ABNT NBR - 8548/84 - Barras de aço destinadas à armadura para concreto armado com

emenda mecânica ou por solda - determinação da resistência à tração - método de ensaio ABNT NBR - 10839/89 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e

concreto protendido - procedimento Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, l995

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes:

Armadura - conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto armado ou protendido.

Partida - conjunto de lotes apresentados para inspeção de uma só vez. Fornecimento - conjunto de partidas que perfaz a quantidade total da encomenda. Lote - grupo de barras ou fios de procedência identificada, de mesma categoria, classe,

bitola e configuração geométrica superficial apresentado `a inspeção como um conjunto unitário, cuja massa não supera o valor indicado na tabela a seguir:

Bitola Categoria do aço

mm CA-25 CA-40 CA-50 CA-60

3,245

6,38

--

6,38

10

--45

6,3

--

3,245

1,62

2,53,24

Page 196: Normas Tecnicas Gerais

1012,51620253240

12,5162025

31,54050

810

12,5162025

31,5

6,38

1012,5162025

56,3-----

4. CONDIÇÕES GERAISSomente poderão ser usados em obras de arte especiais as barras, fios e telas de aço que atendam às condições estabelecidas nas ABNT NBR-7480 e ABNT NBR-7481. Outros aços somente utilizados em casos especiais, após análise em laboratório nacional idôneo e aprovação do projetista.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS:

5.1 Material

5.1.1 Barras e FiosPelo valor característico da resistência de escoamento, as barras e os fios de aço são classificados nas categorias CA 25- CA 40 e CA 50, além de CA 60 para os fios. Pelo processo de fabricação são classificados em barras de aço classe A e barras e fios de aço classe B. O fornecedor deverá discriminar a categoria, seguida da letra maiúscula, da classe do aço fornecido.As barras de bitola igual ou superior a 10 deverão apresentar marcas de laminação identificando o produto e a categoria do material. As de categoria inferior a 10 e os fios serão identificados por cores, (pintura do topo).

5.1.2 Solda para EmendaO eletrodo será constituído de metal de características idênticas às do metal de base e deverá apresentar revestimento básico que dificulte a fissuração a quente, pela absorção de hidrogênio, baixo teor de hidrogênio para aço CA 50 e possuir tensões de escoamento iguais ou superiores ao material das barras a serem soldadas. Mantidas em lugar seco, de preferência em estufas, será vedado o uso de eletrodos e umedecidos ou úmidos no momento da soldagem.

5.1.3 Telas de AçoAs telas de aço são fabricadas com fios de categoria CA 50 B ou CA 60. As tabelas dos fabricantes deverão conter, no mínimo, o nome do fabricante, o tipo de aço, a designação da tela, a área de seção dos fios longitudinais e transversais, em cm², o diâmetro dos fios longitudinais, em mm, o espaçamento entre fios longitudinais e transversais ou entre feixes longitudinais, em cm, e a massa por unidade de área, em kg/m².

Page 197: Normas Tecnicas Gerais

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependerá do tipo e dimensão de cada serviço a executar. Deverão constar na relação a ser apresentada pelo Executante: máquina de corte e de dobragem de aço, máquinas soldadoras com potência igual ou superior a 0,025KVA/mm² e regulagem automática.

5.3 Execução

5.3.1 Transporte e ArmazenamentoCuidados especiais serão tomados no transporte, principalmente observando a ação de impurezas, corrosões, etc., prejudiciais à aderência, à perda de identificação e à ruptura de soldas em elementos pré-fabricados e em telas soldadas.O armazenamento em período superior a 30 dias deverá ser feito sem contato com o solo, ao abrigo da chuva em ambiente ventilado.

5.3.2 Corte e DobramentoOs cortes e dobras obedecerão às dimensões e formas indicadas no projeto. Processos mecânicos não deverão permitir raios menores aos especificados em nenhum de seus pontos. As barras de aço classe B sempre dobradas a frio. As barras não podem ser dobradas junto às emendas com solda.

5.3.3 EmendasAs emendas, de acordo com os itens 6.3.5 e 10.4 da ABNT NBR-6118, poderão ser por transpasse, com luvas rosqueadas, com solda e outros dispositivos, como luvas com preenchimento metálico.Cada barra tracionada não poderá ter emendas afastadas de menos de 4 metros. Não será permitida emenda por transpasse, para barras de bitola menor que 25, nem para tirantes e pendurais, bem como, rosquear barras de aço de classe B.As emendas com solda poderão ser: de topo, por caldeamento, para bitola não menor que 10mm, de topo, com eletrodo, para bitola não menor que 20mm; por transpasse, com pelo menos dois cordões de solda longitudinais ou outras barras justapostas, com cordões de solda longitudinais. As barras de aço classe B só poderão ser soldadas com eletrodo, executando-se a solda, por etapas e aquecimento controlado. As soldas de barras de aço classe A deverão ser feitas com eletrodos adequados, pré-aquecimento e resfriamento gradual.5.3.4 Montagem As barras de aço deverão ser limpas, sendo removidas ferrugens, argamassas, manchas de óleo e graxa, etc., antes de introduzidas em fôrmas para montagem. Devem ser verificadas as dimensões, as posições indicadas no projeto, os espaçamentos, os transpasses e os cobrimentos de todas as barras.Para manter as barras na posição desejada e garantir o cobrimento mínimo, permite-se o uso de arame e de tarugos de aço ou tacos de concreto ou argamassa. O tarugo de aço só será aceito se o cobrimento de concreto no local tiver a espessura mínima recomendada no projeto.

Page 198: Normas Tecnicas Gerais

5.3.5 Cobrimento e Proteção da ArmaduraComo indicado no projeto, sendo no mínimo de 2,5cm para peças ao ar livre, 3,0cm para concreto em contato com o solo, e 4,0cm para meio fortemente agressivo.Se o solo sob a estrutura não for rochoso, será executada uma camada de concreto simples, com o consumo mínimo de, 250kg de cimento por metro cúbico e espessura mínima de 5cm.

6. INSPEÇÃO

6.1 Controle do Material

6.1.1 No RecebimentoAs barras recebidas não deverão apresentar defeitos prejudiciais, tais como fissuras, bolhas e corrosão excessiva.Deverão ser verificadas as características geométricas das barras e fios. A massa real das barras de bitola igual, ou superior a 10mm, e dos fios, deverá ser igual a sua massa nominal, com tolerância de ± 6%. A tolerância de barras de bitola inferior a 10mm é de ± 10%. A massa nominal é obtida pela multiplicação do comprimento pela área da seção nominal e por 7,85 kg/dm³. A tolerância de comprimento é de 9%, e o comprimento normal é de 11m.Ainda poderão ser verificadas, preliminarmente, as condições seguintes:a) se os eixos das nervuras transversais formam com o eixo da barra, ângulo igual ou superior a 45°;b) possuem pelo menos duas nervuras longitudinais contínuas e diametralmente opostas;c) a altura média das nervuras ou profundidade das mossas é igual ou superior a 0,04 do diâmetro nominal;d) o espaçamento médio das nervuras transversais está entre 0,5 e 0,8 do diâmetro nominal;e) saliências abrangem pelo menos 85% do perímetro nominal da seção transversal.

6.1.2 Formação de AmostrasPara verificação das propriedades mecânicas e conformação superficial das barras e fios será feita uma amostragem, haverá clara distinção para partidas cujos lotes forem perfeitamente identificáveis e para os misturados ou não identificáveis.Em cada partida, as barras ou fios serão repartidos em lotes em função da categoria e da bitola, cujas massas máximas estão indicadas na tabela do item 3. Quando o fornecimento for em rolo considerar o dobro dos volumes indicados para a massa máxima. Quando houver mistura ou não forem identificáveis, cabe ao inspetor orientar a formação de outros lotes para inspeção.As amostras serão extraídas aleatoriamente de cada lote e compostas de tantos exemplares quanto indicados nos planos de amostragem, resumidos na tabela a seguir. Não será permitida a retirada de mais de um exemplar de uma mesma barra ou fio reto. Em rolos, só será permitida se o número de rolos for inferior ao número de exemplares, neste caso, retiram-se os exemplares das extremidades do mesmo rolo. O comprimento de cada exemplar é de 2,20m, desprezando-se a ponta de 20cm da barra ou do fio.

Page 199: Normas Tecnicas Gerais

N° de Exemplares da Amostra de Cada Lote

Plano Amostragem Corridas identificadas Corridas não identificadas

1 inicial 1 2

contraprova 2 3

2 inicial 2 3

contraprova 2 3

3 inicial 3 4

contraprova 3 4

A contraprova será feita quando qualquer corpo de prova da amostra inicial do Plano em questão não satisfazer às exigências da ABNT NBR-7480.Para lotes de rolos o número de exemplares da amostra deve ser o dobro do inicial da tabela.As amostras referentes às telas de aço devem considerar:a) Fios - deve ser retirada aleatoriamente uma amostra, antes da fabricação da tela, para o ensaio de tração e dobramento de cada lote de fios, serão apresentados os resultados pelo produtor, quando solicitados;b) Telas - após a retirada aleatória de um painel ou rolo, extrair como amostra uma faixa transversal, contendo todos os fios longitudinais e apresentando as dimensões adequadas para a execução dos ensaios previstos.

6.1.3 Critérios para os Planos de AmostragemPara os cinco primeiros lotes de fornecimento, é adotado o Plano 2, se aprovados é adotado o Plano 1, para os lotes seguintes. Se, entretanto, houver rejeição de um ou mais lotes será adotado o Plano 3, para os cinco lotes seguintes. Para os demais lotes de fornecimento a amostragem será em função do plano adotado para os cinco lotes anteriores e os resultados dos ensaios correspondentes, de acordo com a tabela abaixo:

Inspeção dos lotes anteriores aqueles a serem inspecionados

Lotes da partida a ser inspecionada

Plano adotado Resultados obtidos Plano a ser adotado

123

Todos aprovados 112

123

Houve lote rejeitado 233

123

Houve mais de um lote rejeitado

333

Page 200: Normas Tecnicas Gerais

Obs.: Para um mesmo fornecimento os resultados obtidos na inspeção dos cinco últimos lotes da partida anterior, definem o plano de amostragem da partida subsequente.

6.1.4 EnsaiosCabe ao laboratório receber a amostra representativa do lote e verificar a sua autenticidade. Realizar ensaios de tração e de dobramento obedecendo, respectivamente, as ABNT NBR-6152 e ABNT NBR- 6153. Será determinada a massa real nestes corpos de prova, mesmo que já feita em canteiro. O laboratório fornecerá ao comprador o resultado desses ensaios. O ensaio de dobramento não se aplica a barras e fios emendados. As telas soldadas são ensaiadas conforme a ABNT NBR-6153 para dobramento e ABNT NBR-5916 para cizalhamento.

6.2 Controle da ExecuçãoA amostragem de barras emendadas deverá ser feita por tipo de emenda. Para cada conjunto de 50 ou menos emendas será retirado um exemplar. Se qualquer corpo-de-prova não satisfazer às exigências da ABNT NBR-7480, serão retiradas duas contraprovas do conjunto correspondente. O ensaio será realizado de acordo com a ABNT NBR-8548. As emendas de barras mecânicas ou soldadas devem satisfazer o limite de resistência convencional a ruptura das barras não emendadas. No ensaio de qualificação o alongamento das barra emendada

deverá atender a seguinte inequação:A = 0,1 + 10-4

Sendo: = bitola em mmA = alargamento de 10 diâmetros, em mms max = tensão calculada pela carga máxima atuante na barra emendada durante o ensaio, em MPa.

6.3 Aceitação e Rejeição

6.3.1 Aceitação

6.3.1.1 MaterialO lote é aprovado ao apresentar barras, fios e telas de aço sem defeitos prejudiciais, se a massa real estiver dentro das tolerâncias constantes do item 6.1.1 desta Especificação e se satisfatórios os resultados dos ensaios de tração e dobramento de todos os exemplares retirados.. Caso, um ou mais destes resultados não atendam ao especificado, será realizada uma contraprova única, sendo a amostra formada conforme o item 6.1.2 desta Especificação. Caso todos os resultados da contraprova sejam satisfatórios, o lote é aceito.

6.3.1.2 EmendasPara barras emendadas o conjunto especificado no item 6.2 é aceito, caso os resultados da prova ou das duas contraprovas forem satisfatórios.

Page 201: Normas Tecnicas Gerais

6.3.1.3 Telas de AçoO lote de tela de aço será aceito se os ensaios de tração e dobramento ou cisalhamento da prova ou das duas contraprovas sejam satisfatórios.Admitem-se as quebras de juntas soldadas, desde que, não excedam a 1% do número total por painel ou de 1% do número total de 15m² de tela (caso de rolos) e que 50% ou mais do total de juntas quebradas não se encontrem localizadas em um único fio.

6.3.2 RejeiçãoO lote é rejeitado se não atender ao item 6.3.1 ou se no ensaio de contraprova houver pelo menos um resultado que não satisfaça às exigências da ABNT NBR-7480.

7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOAs armaduras para concreto armado incluindo todos os serviços necessários à execução, serão medidas por quilograma de aço colocado nas fôrmas, de acordo com as listas de ferro do projeto.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO

RESUMOEste documento define a sistemática adotada no recebimento, corte e aplicação de fios, barras e cordoalhas destinados a armaduras para concreto protendido. Para tanto são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, verificação da qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 INSPEÇÃO7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para recebimento, corte e aplicação de fios, barras e cordoalhas destinados a armaduras para concreto protendido.

Page 202: Normas Tecnicas Gerais

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

dner-ES 331/97 - Armaduras para concreto armado DNER-EM 375/97- Fios de aço para concreto protendido DNER-EM 376/97- Cordoalhas de aço para concreto protendido ABNT NBR - 6004/84 - Arames de aço - ensaio de dobramento alternado - método de

ensaio ABNT NBR - 6349/91 - Fios, barras e cordoalhas de aço para armaduras de protensão -

ensaio de tração - método de ensaio ABNT NBR - 7482/91 - Fios de aço para concreto protendido - especificação ABNT NBR - 7483/91 - Cordoalhas de aço para concreto protendido - especificação ABNT NBR - 7484/91 - Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de

protensão - ensaio de relaxação isotérmica - método de ensaio ABNT NBR - 10839/89 - Execução de obras-de-arte especiais em concreto armado e

concreto protendido - procedimento Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, 1995

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

Cordoalha de sete fios - constituída de seis fios de mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em forma helicoidal, com um passo uniforme em torno de um fio central.

Cordoalha de dois e três fios - constituída de dois ou três fios do mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em forma helicoidal com um passo uniforme.

Lance - comprimento contínuo de cordoalha. Rolo - comprimento de cordoalha apresentado em espiras concêntricas, formando um

volume compacto. Carretel - núcleo de madeira ou de outro material, no qual é enrolado certo comprimento de

cordoalha.

4. CONDIÇÕES GERAISSomente fios, barras e cordoalhas que atendam as condições estabelecidas pela ABNT poderão ser usados em obras-de-arte especial. Deverão ser do tipo e qualidade indicados no projeto, apresentar homogeneidade quanto às suas características geométricas e mecânicas e ser isentos de defeitos prejudiciais. Não permitir soldas ou quaisquer emendas nos fios ou cordoalhas fornecidos.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 FiosConforme a ABNT NBR-7482, os fios apresentam-se com diâmetros variando de 4mm a 8mm, fornecidos em rolos com diâmetros internos de 1,2m a 2,2m. Classificam-se em duas categorias

Page 203: Normas Tecnicas Gerais

para cada diâmetro nominal, conforme a resistência a tração. Conforme o comportamento, classificam-se em relaxação normal (RN) e relaxação baixa (RB).Deve ser verificada a identificação de cada rolo, que deverá indicar: o nome ou símbolo do produto; número da ABNT NBR-7482; designação do produto (categoria: 150, 160 ou 170 e relaxação: RN ou RB); diâmetro nominal do fio, em mm e o número do rolo.

5.1.2 CordoalhasDe acordo com a ABNT NBR-7483, as cordoalhas são constituídas de 2, 3 e 7 fios. Quanto a resistência à tração as de sete fios, classificam-se em categoria CP-175 e CP-190 e conforme o comportamento na relaxação em normal (RN) e baixa (RB). Para as cordoalhas de dois e três fios é prevista somente a categoria CP-180 e relaxação normal (RN). O número correspondente a classificação à tração corresponde ao limite de resistência à tração mínima na antiga unidade kgf/cm². O diâmetro nominal da cordoalha de 7 fios varia de 6,4mm a 15,2mm. O da cordoalha de 2 fios de 2x2,0mm a 2x3,5mm e da de três fios de 3x2,0mm a 3x3,0mm.Deverão ser entregues acondicionadas em rolo, com diâmetro interno não inferior a 600mm ou em carretel, com diâmetro do núcleo, também, não inferior a 600mm.A identificação de cada rolo ou carretel deverá indicar: o nome ou símbolo do produto; número da ABNT NBR-7483; designação do produto (número de fios da cordoalha; categoria: 175, 180 ou 190, e relaxação: RN ou RB); diâmetro nominal da cordoalha, em mm; número do rolo ou carretel; massa líquida, em kg, comprimento nominal, em mm e quantidade em comprimento dos lances.

5.1.3 Barras de Alta ResistênciaAs barras de aço de alta resistência são fornecidas em peças retilíneas, de comprimento limitado. Apresentam diâmetro de 32mm, fabricadas em aço 85/105, 42/50 ou 50/55, o primeiro número representando o limite de escoamento e o segundo, o limite de ruptura, em KN/cm².

5.1.4 BainhasAs bainhas servem para isolar os cabos do concreto. Em cabos de aderência posterior serão metálicas, flexíveis, corrugadas e rígidas em cabos retilíneos. O fornecimento será em rolos ou varas retilíneas ou serão fabricadas no próprio canteiro.

5.1.5 Armaduras PassivasDeverão atender ao prescrito na Especificação DNER-ES 331/97.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade do equipamento dependerá do processo adotado e da execução do serviço a realizar; o tipo e número dos macacos de protensão e bombas de alta pressão deverão constar da relação.

5.3 Execução

5.3.1 Armazenagem

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Os fios, barras, cordoalhas, bainhas e cabos já confeccionados deverão ser armazenados com cuidados especiais, em local abrigado e colocados sobre estrados de madeira, no mínimo 20 cm acima do solo. A estocagem deve ser pelo menor tempo possível, evitando a mistura de aços de diferentes procedências, partidas ou características.

5.3.2 EmendasOs fios e cordoalhas não serão emendados. As barras de aço duplo filetado poderão ser emendadas através de luvas. As bainhas devem ser emendadas por meio de luvas apropriadas que garantam a impermeabilidade.

5.3.3 Preparação e Montagem dos Cabos nas FôrmasOs fios e cordoalhas deverão ser cortados de acordo com o projeto e apresentar-se isentos de sujeira, óleo ou outras substâncias estranhas, tolerada uma leve oxidação, desde que superficial, leve e uniforme, sem pontos de corrosão na superfície.O diâmetro mínimo da bainha dependerá do tipo de cabo utilizado e do processo de enfiação. Se for posterior à concretagem do elemento estrutural como é geralmente exigido, serão previstos diâmetros maiores e paredes mais espessas.Cada cabo será constituído por fios ou cordoalhas de uma mesma partida de aço.As bainhas serão cuidadosamente posicionadas de acordo com o projeto, apoiadas a espaços regulares, inferiores a 1m, aí mantidas rigorosamente, até o final da concretagem.Todas as bainhas terão purgadores nos locais indicados no projeto, suas extremidades protegidas contra a entrada de água e detritos, e não estar amassadas, com corrosão ou com estrangulamentos localizados.5.3.4 AncoragensEmpregar as ancoragens isentas de sujeiras, óleos, graxas, etc, e colocá-las nas posições previstas no projeto. Nas ancoragens mortas em que a armadura se apoia em chapas metálicas, serão eliminadas as folgas nas partes apoiadas.Deverão ser adotados cuidados com as armaduras especiais de fretagem.

6. INSPEÇÃO

6.1 Controle do MaterialExigir certificados de ensaios do material fornecido pelo fabricante, contendo data de realização dos ensaios, identificação do lote, com a quantidade e numeração respectiva dos rolos ou carretéis e as características dimensionais, mecânicas e químicas do lote.O Executante deverá adotar ainda os procedimentos seguintes:a) verificar a integridade física das armaduras;b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;c) analisar as características do material utilizado pelo comprador;d) realizar ou contratar firmas especializadas para o controle de qualidade do material.As amostras deverão ser retiradas da extremidade de cada rolo ou carretel, com comprimento suficiente para três corpos de prova e não deverão ser submetidas a nenhuma forma de tensionamento ou de aquecimento após a fabricação. Para o comprimento mínimo de cada

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corpo de prova é recomendado: L = Lo + 45 , sendo Lo = 40d para barras e fios e 4 vezes o passo para cordoalhas e Sn a área nominal da seção reta do corpo de prova.Os ensaios a realizar e o número de amostras constam da tabela a seguir:

Ensaios Norma Número de Amostras/Frequência de Ensaios

Tração: determina a tensão a 1% de alongamento, o limite de resistência à tração e o alongamento após a ruptura.

NBR 6349 1 amostra de qualquer das extremidades de um rolo, de cada lote de 5 unidades ou fração.

Fios Dobramento alternado. NBR 6004

Determinação dos valores de relaxação para tensão inicial equivalente a 70% ou 80% do limite de resistência mínima estabelecido

NBR 7484

Tração: determinação do diagrama de tensão - deformação.

NBR 6349 Cada corrida ou fração.

Tração: determinação do gráfico carga - deformação.

NBR 6349 1 traçado de gráfico para cada 5 corpos de prova ou fração.

Tração: carga a 1% de alongamento, a carga de ruptura e o alongamento sob carga de ruptura.

NBR 6349 1 amostra da extremidade de cada rolo ou carretel.

Cordoalhas

Tração: determinação do valor de estricção em todos os fios constituintes da cordoalha, adotando-se 25% de estricção do valor mínimo.

NBR 6349 1 determinação de cada dez unidades ou fração.

Determinação dos valores da relaxação para uma carga inicial equivalente a 70% ou 80% da carga de ruptura mínima especificada.

NBR 7484 1 amostra da extremidade de cada rolo de carretel

As Normas ABNT NBR-6369 e ABNT NBR-7484 abrangem também métodos de ensaios para barras.As tolerâncias nos diâmetros dos fios são de 0,05mm, nas cordoalhas de sete fios variam de +0,3 a -0,2mm para CP-175 RN 6,4 a CP 175 RN 9,5, de 0,3 para CP 175 RN 11 a CP 175 RN 15 e de +0,4 a - 0,2 para todas da categoria RN 190. A mesma tolerância para os fios de relaxação baixa (RB). Nas cordoalhas de 2 e 3 fios, a tolerância no diâmetro é de 0,3mm.A tolerância na área, tanto para fios como cordoalhas, é de 8% acima do mínimo tabelado.

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6.2 Controle da Execuçãoverificar a posição das bainhas, de acordo com o projeto, admitida uma tolerância de 5mm. A posição das ancoragens deve também ser verificada, admitindo-se tolerância de 1mm.

6.3 Aceitação e Rejeição

6.3.1 AceitaçãoO lote é aprovado se não apresentar fios, barras, cordoalhas, bainhas, ancoragens com defeitos prejudiciais e se satisfatórios os resultados dos ensaios relacionados no item 6.1 e atendendo aos valores mínimos constantes das normas ABNT NBR-7482 e ABNT NBR-7483. Se qualquer corpo de prova não atender aos valores mencionados, serão retiradas e submetidas a reensaios duas amostras adicionais da mesma extremidade do rolo ou carretel. Se os resultados dos ensaios destes dois corpos de prova atenderem aos valores mínimos especificados, o rolo ou carretel correspondente será aceito.

6.3.2 RejeiçãoO valor de estricção nos fios de cordoalhas não atendendo ao especificado a determinação será feita em todos os rolos ou carretéis remanescentes.Qualquer dos resultados de reensaios falhar, o rolo ou carretel correspondente será rejeitado.A liberação e o emprego do produto não serão condicionados ao ensaio de relaxação, podendo basear-se em resultados recentes ou regularmente obtidos com material da mesma categoria.

7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOAs armaduras, para concreto protendido, serão medidas de acordo com as indicações do projeto como segue:a) aço doce - em quilograma de aço colocado nas fôrmas;b) aço duro - em quilograma de aço empregado;c) preparo e montagem dos cabos - por metro linear de cabo empregado;d) bainhas - por metro linear empregado;e) ancoragens - por unidade empregada, separando as ancoragens ativas e passivas ou mortas.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – FÔRMAS

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução de fôrmas. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, preservação ambiental, verificação final de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

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SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 MANEJO AMBIENTAL7 INSPEÇÃO8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a execução e controle de fôrmas, molde do concreto plástico, de acordo com os elementos constantes no projeto estrutural.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

ABNT NBR - 06118/78 - Projeto e execução de obras de concreto armado ABNT NBR - 10839/88 - Execução de obras-de-arte especiais de concreto armado e

protendido Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER - l995

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

Fôrmas - moldes provisórios destinados a receber concreto.

4. CONDIÇÕES GERAISAs fôrmas deverão ser dimensionadas para suportar o peso e a pressão do concreto plástico, considerando o processo e a velocidade de concretagem, rigidamente contraventadas, robustas, sem deformações, defeitos, irregularidades ou pontos frágeis para evitar qualquer alteração de forma e dimensão durante a concretagem.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais utilizados para a confecção das fôrmas são madeira maciça ou compensada e aço. A escolha dependerá do vulto da obra, das condições locais e das recomendações do projetista.

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5.1.1 Madeira Corrida ou MaciçaTábuas corridas empenam facilmente e provocam um acabamento do concreto, inferior ao obtido com outros tipos de fôrmas. Só poderão ser usadas para superfícies acabadas não aparentes.

5.1.2 Madeira CompensadaComercialmente apresentada em peças de área relativamente grande, espessuras variando de 6mm a 25cm possibilitam acabamento muito bom do concreto, principalmente se revestidas internamente com folhas metálicas ou tratadas superficialmente com líquidos especiais.

5.1.3 Chapas Finas de AçoFace ao seu alto custo, somente utilizadas em peças que permitam grande reaproveitamento, tais como, pilares padronizados de seção circular e vigas pré-moldadas.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade dos equipamentos a utilizar dependerão do tipo e dimensão de cada serviço a executar. O Executante deverá apresentar a relação detalhada do equipamento a ser utilizado em cada obra.

5.3 ExecuçãoAs fôrmas deverão ser executadas com uma contra flecha, tal que, após a retirada do escoramento a estrutura adquira a forma prevista no projeto.Deverão ser evitadas as exposições demoradas das fôrmas às intempéries, ser vedadas todas as juntas e feita limpeza cuidadosa, especialmente em peças estreitas e profundas, bem como, molhadas abundantemente , antes do lançamento do concreto. Em pilares, deixar aberturas provisórias para facilitar a limpeza.Deverão ainda ser construídas de maneira a permitir fácil remoção sem danificar o concreto, evitar os cantos vivos com a utilização de chanfros triangulares.Os tirantes ou outros dispositivos metálicos que atravessam o concreto, usados para manter a fôrma no lugar, deverão ser removidos até uma profundidade, no mínimo, igual a do cobrimento das armaduras. Tratar os furos resultantes com argamassa idêntica a do concreto a ser reparado.

6. MANEJO AMBIENTALSomente utilizar madeiras com a aprovação para exploração. O material resultante da desfôrma será removido do local e não deve ser lançado nos cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle do MaterialAs tábuas corridas não deverão apresentar nós em tamanhos prejudiciais e a madeira compensada deve ter comprovada resistência à água e à pressão do concreto.

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7.2 Controle da ExecuçãoVerificar cuidadosamente as dimensões, nivelamento, alinhamento e verticalidade das fôrmas, antes, durante e após a concretagem, não será permitido ultrapassar a tolerância mencionado no item 11 da ABNT NBR-6118.O prazo para a desmoldagem será o previsto na ABNT NBR-6118.

7.3 Aceitação e Rejeição

7.3.1 Aceitação Serão aceitas as fôrmas que atendam às recomendações dos ítens 5.1, 5.3, 7.1 e 7.3.

7.3.2 RejeiçãoSerão rejeitadas as fôrmas que apresentarem defeitos que coloquem em risco a obra e não atendam as recomendações acima, as frágeis, as não estanques, etc.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOAs fôrmas serão medidas por metro quadrado de superfície colocada, não cabendo medição em separado para escoras laterais, tirantes, travejamento e quaisquer outros serviços necessários ao seu posicionamento.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – FUNDAÇÕES

RESUMOEste documento define a sistemática adotada na execução dos diversos tipos de fundações. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, preservação ambiental, verificação final de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

ABSTRACTThis document presents procedures for the execution of several types of foundation works.It presents requeriments concerning materials, equipment, execution, ambiental preserving, quality control and the criteria for acceptance and rejection of the services.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÕES4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 MANEJO AMBIENTAL

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7 INSPEÇÃO8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a preparação, execução e aceitação das fundações de obras-de-arte especiais.

2. REFERÊNCIAS Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-ES 330/97 - Concretos e argamassas DNER-ES 331/97 - Armaduras para concreto armado DNER-ES 335/97 - Estruturas de concreto armado DNER-ES 336/97 - Estruturas de concreto protendido DNER-EM 034/97 - Água para concreto DNER-EM 036/95 - Recebimento e aceitação de cimento Portland comum e Portland de alto

forno DNER-EM 037/97 - Agregado graúdo para concreto de cimento DNER-EM 038/97 - Agregado miúdo par concreto de cimento DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental ABNT NBR - 06118/80 - Projeto e execução de obras de concreto armado ABNT NBR - 06122/86 - Projeto e execução de fundações ABNT NBR - 06502/69 - Rochas e solos ABNT NBR - 07187/86 - Projeto e execução de pontes de concreto armado e protendido ABNT NBR - 09061/85 - Segurança de escavação a céu aberto ABNT NBR- 10839/88 - Execução de obras-de-arte especiais em concreto armado e

protendido ABNT NBR - 12131/91 - Estacas - prova de carga estática - método de ensaio Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais, DNER, 1995

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

Fundações - parte da obra de arte especial destinada a transmitir ao solo os esforços provenientes do peso próprio e das cargas atuantes. São executadas em concreto, aço ou madeira e classificadas conforme a profundidade de assentamento em fundações superficiais ou profundas.

Fundações superficiais - ou fundações diretas, assentes em profundidades inferiores a 1,50m e maiores duas vezes que a menor dimensão de sua base, exceto as fundações apoiadas diretamente na rocha que podem ter profundidade menor que 1,50m. São os blocos, as sapatas e os "radiers".

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Fundações profundas - utilizadas quando os solos resistentes estão a profundidades difíceis de atingir por escavações convencionais. São as fundações em estacas, tubulões e caixões.

Estacas - elementos estruturais longos e esbeltos, executados mediante cravação sob a ação de repetidas pancadas produzidas através da queda de um peso ou por escavação ou ainda moldadas no local.

Tubulões - peças cilíndricas, que podem ser executadas a céu aberto ou sob ar comprimido e ter ou não a base alargada. Podem ser executadas sem ou com revestimento, de concreto ou aço, neste caso a camisa pode ser perdida ou recuperada.

Caixão - elemento de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna, usa-se ou não ar comprimido, podendo ter ou não a base alargada.

4. CONDIÇÕES GERAISPreliminarmente à execução das fundações, prever alguns serviços complementares, tais como: escavações, escoramentos, drenagem de cavas e rebaixamento de lençol d’água.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 ConcretoDeverá satisfazer a especificação DNER-ES 330/97 e apresentar qualidades outras, tais como: permeabilidade, estanqueidade, compatibilidade com a agressividade do meio ambiente, exposição ou confinamento, presença de água, etc.

5.1.2 AçoO aço empregado nas armaduras deverá estar de acordo com a especificação DNER-ES 331/97. Também, poderão ser empregados perfis e chapas de aço na confecção de estacas e tubulões. Qualquer material escolhido deverá sempre atender às indicações do projeto.

5.1.3 MadeiraA madeira quando considerada material integrante das fundações será sempre a madeira-de-lei, de primeira qualidade, e será protegida contra o ataque de organismos. Usar outro tipo de madeira somente em serviços provisórios, tais como: escoramento de cava e estacas de escoramento.

5.1.4 Pedra para AlvenariaA pedra para alvenaria empregada nas fundações deverá ser resistente e durável, oriunda de granito ou outra rocha sadia e aceitável. Poderá ter acabamento grosseiro e forma variada, porém possuir faces razoavelmente planas. Cada bloco de pedra deverá ter no mínimo espessura de 20cm, largura de 30cm e comprimento de 60cm, e ser livre de depressões ou saliências que dificultem assentamento adequado ou provoquem enfraquecimento da alvenaria.

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5.1.5 ArgamassaA argamassa será de cimento e areia e deverá resistir às tensões indicadas no projeto. Para as alvenarias de pedra indica-se o traço em volume de cimento e areia de 1:3. Em caso especiais, tais como recebimento de armadura a relação em peso água/cimento não deve exceder 0,50.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade do equipamento utilizado dependerão do tipo do serviço a executar. O Executante apresentará a relação detalhada do equipamento empregado em cada obra. Serão de uso obrigatório, dependendo do serviço, os seguintes equipamentos: bate estacas, martelo de gravidade, automáticos ou vibradores, perfuratriz, gerador e equipamentos para escavação de estacas e injeção de argamassa, campânulas, compressores, guinchos, betoneira de no mínimo 320 litros ou central de concreto.

5.3 Execução

5.3.1 LocaçãoA escavação para fundação será feita em conformidade com o alinhamento, cotas e profundidades indicadas no projeto. Sempre que necessário, serão feitas sondagens complementares de reconhecimento do subsolo.Não será permitido reaterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas além do limite da fundação. Caso ocorra, a regularização do excesso será realizada com concreto, de resistência compatível com a fundação, após verificar a estabilidade para novas condições. Nas escavações a céu aberto será vedada a escavação além de um metro das faces externas da fundação, a menos que expressa no projeto.No nível definitivo de implantação da fundação, a rocha ou o material firme encontrado deverá ficar isento de todo o material solto. Nas fundações em areia e/ou pedregulho, ou moledo (solo concrecionado), o terreno deve ser cortado segundo uma superfície horizontal, plana e firme. No caso de rocha, esta deve ser cortada conforme indicação do projeto, devendo ser todas as fendas limpas e preenchidas com material apropriado.

5.3.2 Escoramento de Cavas de Fundação (ensecadeiras)As ensecadeiras poderão ser de madeira ou metálicas, face a profundidade da escavação, suas dimensões em planta e natureza do solo deverão possuir medidas internas suficientes para a manipulação das fôrmas e o eventual bombeamento d’água do interior.Deverão ser detalhadas previamente, para permitir a retirada do contraventamento durante o processamento da concretagem das fundações. Em caso contrário, os contraventamentos que ficarem incorporados à massa do concreto deverão ser de aço. Depois de completada a estrutura, os contraventamentos expostos serão cortados em pelo menos 5cm para dentro da face externa e as cavidades resultantes serão preenchidas com argamassa de cimento e areia de traço 1:3, em volume.

5.3.3 Blocos, Sapatas e "Radiers".

Page 213: Normas Tecnicas Gerais

Os blocos, sapatas e "radiers" deverão ser concretados, sempre que possível, a seco. Quando a concretagem for sob água, seguir os critérios estabelecidos no ítem 5.3.1.4 da DNER-ES 330/97.De modo geral, os blocos e sapatas deverão ser executados sobre um leito para regularização do terreno, de concreto simples (C 10), com pelo menos 5cm de espessura.Todos os espaços escavados e não ocupados pela estrutura (protegida com pintura apropriada) deverão ser preenchidos por solos isento de materiais orgânicos e o reaterro executado em camadas compactadas com equipamento de pequeno porte ou manualmente, colocadas uniformemente em torno dos elementos estruturais.

5.3.4 Estacas

5.3.4.1 Estacas de MadeiraÉ desaconselhável o emprego de estacas de madeira em fundações de obras-de-arte especiais, ficando as mesmas limitadas às fundações de escoramentos e de pontes de serviços. Poderão ser empregadas nas fundações das obras-de-arte especiais somente quando indicado no projeto e forem encontradas condições satisfatórias sobre a conveniência de tal medida. Neste caso, em fundações definitivas, deverão ter seus topos e cota de arrasamento abaixo do nível d’água permanente, sendo a exigência dispensada em obras provisórias.As emendas deverão ser evitadas, bem como, a sua cravação em terrenos com matacões.

5.3.4.2 Estacas de AçoPodem ser constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapas dobradas, tubos sem costura e trilhos.As emendas deverão oferecer a maior resistência possível e neste caso executadas de acordo com os detalhamentos do projeto executivo. Deverão ser praticamente retilíneas e resistir à corrosão, pela natureza do aço ou por tratamento adequado relacionado com o solo a atravessar. Havendo segmento exposto ou cravado em aterro com materiais capazes de atacar o aço, proteger com um encamisamento de concreto, pintura, proteção catódica, etc.As estacas tubulares de aço, geralmente constituídas de chapas calandradas e soldadas, segundo a geratriz do cilindro, deverão apresentar de preferência extremidade inferior fechada. O concreto utilizado deverá apresentar resistência característica mínima de 12MPa (120kgf/cm²), armado ou não, conforme indicado no Projeto.As estacas metálicas constituídas por trilhos deverão ter seu emprego evitado. No caso de utilizadas somente serão recomendáveis as compostas por três trilhos soldados pelos patins. A carga admissível deverá ser considerada com uma redução de 25% em relação às estacas de seção equivalente, compostas de perfis metálicos. A seção da estaca de trilho considerada deverá ser a menor existente ao longo da mesma.

5.3.4.3 Estacas Pré-Moldadas de ConcretoAs estacas pré-moldadas, executadas em concreto armado vibrado, concreto armado centrifugado e concreto protendido terão suas formas e dimensões indicadas no projeto.

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As de concreto vibrado, poderão ser executadas no próprio canteiro de serviço e sua fabricação será feita por lotes, em áreas protegidas das intempéries. Para fins do controle de qualidade, cada estaca deverá ser identificada pelo número do lote e data de concretagem. Todas as estacas de um lote deverão ser de um mesmo tipo.O concreto de cada estaca deverá ser lançado na fôrma de madeira contínua revestida com folha metálica ou de perfil metálico, convenientemente vibrado. Cuidados especiais deverão ser tomados para não deslocar a armadura, mantendo o cobrimento igual ou superior a 3cm, para obter o acabamento da face superior tão perfeito quanto o das demais. As fôrmas deverão estar em posição horizontal e sobre plataforma indeformável, nivelada e drenada.As fôrmas laterais poderão ser retiradas 24h após a concretagem, as estacas apoiadas em todo o comprimento, no mínimo pelos primeiros sete dias. As estacas deverão ser empilhadas separadas, uma das outras, por calços de madeira, continuando o período da cura, O sistema adotado para transporte, armazenamento e colocação na posição de cravação, nas guias dos bate-estacas deverão impedir qualquer fratura ou estilhaçamento do concreto.A suspensão das estacas, o apoio quando colocadas horizontalmente e o transporte para o bate-estacas merecem cuidados especiais do Executante, como providenciar a substituição das estacas eventualmente danificadas por outras em perfeitas condições de utilização, sem ônus adicional para o Contratante.

5.3.4.4 Estacas de Concreto Moldadas no LocalA execução de estacas moldadas no local deverá ser cuidadosamente acompanhada pelo Executante e pela Fiscalização, impondo-se a realização de provas de carga sob orientação do projetista, para confirmação dos elementos do projeto.As estacas de concreto moldadas no local serão executadas nas posições previstas no projeto, com o auxílio de um tubo cravado até a cota exigida e que será retirado gradualmente à medida que se procede o enchimento com concreto apiloado ou comprimido. A ponta do tubo deverá ser mergulhada no concreto em no mínimo 30cm. Incluem-se ainda, as estacas com fuste pré-moldado, cravadas nos bulbos com o concreto ainda fresco, antes da retirada do tubo, e as estacas tubadas cravadas nas suas posições definitivas, com o auxílio de um tubo metálico, não recuperáveis, preenchidos com concreto.A recuperação das camisas metálicas só poderá ser realizada quando a natureza do solo permitir e contar com auxílio de mão de obra especializada. Caso contrário, o revestimento deverá permanecer definitivamente no solo, incorporado à estaca, que passará a estaca tubada.Caso prevista a execução de uma base alargada (bulbo) de concreto, deverá ser executada antes do início da retirada do tubo.Sendo o tubo recuperável ou não, a extremidade inferior da estaca será aberta e a descida conseguida por:a) fechamento da ponta por meio de uma rolha e descida do tubo por cravação;b) ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu interior por meio de equipamento especial e descida do tubo pelo próprio peso ou por ação de uma pequena força externa.

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Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair a rolha e o tubo ser invadido por água, lodo ou outro material, deverão os mesmos ser expulsos por meio de uma nova rolha mais compactada, ou então o tubo será arrancado e cravado novamente no mesmo local, enchendo-se o furo com areia. Antes do lançamento do concreto, feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, a fiscalização deve comprovar o interior do tubo seco e limpo, fácil examinado o estado do martelo de cravação do tubo.No caso de estacas tubadas, o lançamento de concreto em qualquer delas somente poderá ser feito depois de cravados todos os tubos até a sua posição definitiva, num raio de 1,50m a partir da estaca considerada.Quando concretada uma estaca tubada, nenhuma outra poderá ser cravada a menos de 4,50m de distância, em qualquer direção, salvo se já tiver sido lançado o concreto há mais de 7 dias. O lançamento do concreto dentro do tubo deverá ser feito em camadas de, no máximo, 50cm de espessura, e somente após a colocação da armadura da estaca. Cada camada deverá ser vibrada ou fortemente compactada, antes da concretagem da camada seguinte, procedendo-se lançamento ininterrupto, desde a ponta até a cabeça da estaca, sem segregação dos materiais.O concreto empregado nas estacas moldadas no local deverá ter resistência característica mínima de 16MPa (160kgf/cm²);Os tubos poderão ser soldados, caso necessário executar acréscimos, preservando a estanqueidade do tubo para não haver penetração de água ou outro material. Os tubos deverão ser soldados de topo, em toda seção transversal com emprego de solda elétrica.

5.3.4.5 Estacas Injetadas de Pequeno DiâmetroAs estacas injetadas de pequeno diâmetro, até 20cm, conhecidas como "estacas-raíz", "microestacas", e "presso estacas", são escavadas e concretadas no local, utilizadas em obras-de-arte especiais, principalmente, para reforço de fundação.A escavação será feita através de perfuração com equipamento mecânico, até a cota indicada no projeto, com uso ou não, de lama bentonítica e revestimento total ou parcial.Seguir a limpeza do furo e injeção de produtos aglutinantes sob pressão, em uma ou mais etapas, com introdução de armadura adicional. O consumo de cimento de calda ou argamassa deve ser no mínimo de 350kg/m³ de material injetado.

5.3.4.6 Estacas MistasSão constituídas pela associação de dois tipos de estacas, já considerados, não será permitida a associação de mais de dois tipos. Destinam-se a aterros particularmente difíceis ou fundações com problemas especiais.

5.3.4.7 Disposições ConstrutivasA execução de estacas poderá ser feita por cravação, percussão, prensagem ou perfuração. A escolha do equipamento será de acordo com o tipo e dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança e peculiaridades do local.

5.3.4.7.1 CravaçãoAntes do início da cravação, deverão ser definidos os elementos seguintes:

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a) capacidade de carga da estaca;b) comprimento aproximado;c) seção transversal;d) peso do martelo do bate estaca;e) altura de queda do martelo;f) nega nos dez últimos golpes.Não será aceita, em qualquer caso, penetração superior a 3cm (três centímetros) nos dez últimos golpes.A cravação de estacas através de terrenos resistentes à sua penetração, poderá ser auxiliada com jato d’água ou ar, lançagem ou perfuração. Para estacas trabalhando à compressão, a cravação final deverá ser feita sem estes recursos, cujo emprego será levado em consideração no cálculo da capacidade de carga de estaca e análise do resultado da cravação.Toda estaca danificada nas operações de cravação devido a defeitos internos, ou de cravação, deslocamento de posição, ou topo abaixo da cota de arrasamento fixada no projeto, será corrigida às expensas do Executante, que adotará um dos procedimentos seguintes:a) a estaca será arrancada e cravada outra no mesmo local;b) uma segunda estaca será cravada em posição adjacente a da estaca defeituosa;c) a estaca será emendada com uma extensão suficiente para atender o objetivo.O furo deixado por uma estaca ao ser arrancada deverá ser preenchido com areia, mesmo que uma nova estaca seja cravada no mesmo local.Uma estaca será considerada defeituosa quando tiver fissura ou várias fissuras visíveis que se estendam por todo o perímetro da sessão transversal, ou quando acusar qualquer defeito que afete sua resistência ou vida útil.Nos casos de estacas de madeira, aço e pré-moldadas de concreto, para carga admissível até 1MN (100 tf) quando empregado um martelo de queda livre, a relação entre os pesos do pilão e da estaca deve ser igual ou superior a 0,5 para estacas pré-moldadas de concreto e 1,0 para as estacas de aço ou de madeira.No caso de uso de martelo automático ou vibratório deverão ser seguidas as recomendações do fabricante. O equipamento de cravação deverá ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua capacidade de carga, sem danificá-la.Para estaca pré-moldada de concreto ou estaca metálica com carga admissível superior a 1MN, a escolha do equipamento de cravação deve ser analisada em cada caso e os resultados controlados através de provas de carga.O Executante ao submeter à Fiscalização o tipo do equipamento de cravação que pretende adotar, deverá fornecer as seguintes informações: altura da queda do martelo, peso do martelo, trabalho a simples ou duplo efeito, número de golpes por minuto, marca de fabricação e especificações do equipamento.Para que uma estaca possa ser considerada como de base alargada, tipo Franki, é necessário que os últimos 150 litros de concreto dessa base sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45cm, e 5MNm, para estacas de diâmetro superior a 45cm. No caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume.

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As cabeças de todas as estacas deverão ser protegidas com capacetes de tipo aprovado, de preferência provido de coxim, de corda ou outro material adequado que se adapte ao capacete e se apoie, por sua vez, em um bloco de madeira,Na cravação de todas as estacas , verticais ou inclinadas, serão sempre empregadas guias ou uma estrutura adequada para suporte e colocação do martelo, salvo indicação no projeto permitindo o emprego de outro procedimento.Todas as estacas que sofrerem deslocamentos devidos à cravação de estacas adjacentes, ou outras causas, deverão ser recravadas.O Executante deverá tomar precauções no sentido de evitar ruptura da estaca ao atingir o horizonte rochoso ou outro qualquer material e obstáculo que torne difícil sua penetração. Os obstáculos que impeçam a penetração das estacas até a profundidade requerida deverão ser removidos.Quando a cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação da estaca e as características da camada de apoio permitirem uma previsão, poderá ser utilizado um elemento suplementar, desligado da estaca propriamente dita, arrancado após a cravação. O emprego deste suplemento deverá ser levado em consideração no cálculo da capacidade de carga e análise dos resultados da cravação, seu uso ser restrito a comprimentos máximos de 2,5m, caso não previstos recursos especiais.

5.3.4.7.2 Emenda e ArrasamentoA emenda nas estacas pré-moldadas de concreto deverá ser evitada, sempre que possível; no entanto, poderá ser executada, desde que respeitados os seguintes preceitos:a) o concreto da extremidade da estaca deverá ser cortado no comprimento necessário à emenda das barras longitudinais da armadura, por justaposição;b) as superfícies de contato do concreto e a emenda da armação deverão ser tratadas como uma emenda de concreto armado, com o emprego de "epoxy" e os demais cuidados necessários;c) deverá ser assegurado o alinhamento entre as faces da estaca e da parte prolongada;d) a armadura da parte prolongada será idêntica à da estaca, assim como o concreto a empregar;e) a concretagem, adensamento do concreto, remoção das fôrmas, cura e acabamento serão como especificado no item 5.3.4.3;f) as exigências do sub item 5.3.4.7.1 desta Especificação, relativas à cravação de estacas monolíticas aplicam-se também as estacas emendadas.As estacas de fundação, logo que concluídas sua cravação, serão arrasadas nas cotas indicadas no projeto, de maneira que fiquem embutidas 20cm, pelo menos, no bloco de coroamento e sua armação seja mergulhada na massa do concreto num comprimento igual ou superior ao comprimento da ancoragem dos vergalhões. O controle da estaca deverá ser sempre normal ao seu eixo.

5.3.5 Tubulões e Caixões

5.3.5.1 Tubulões Cravados sem Revestimento

Page 218: Normas Tecnicas Gerais

Poderão ser executados com escavação manual ou mecânica.Quando escavados manualmente só poderão ser executados acima do nível d’água, naturais ou rebaixados ou quando for possível bombear a água sem risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação, abaixo deste nível. Poderão ou não ser dotados de base alargada tronco-cônica. Quando escavados mecanicamente com equipamento adequado, a base alargada poderá ser aberta quando em seco, manual, ou mecanicamente.Poderá ser utilizado total ou parcialmente para evitar risco de desmoronamento, escoramento de madeira, aço ou concreto.A concretagem quando a escavação for seca é feita com concreto lançado da superfície, através de tromba (funil), de comprimento igual ou superior a cinco vezes o seu diâmetro. Sob água, o concreto deverá ser lançado através de tremonha ou outro processo equivalente.Será desaconselhável o uso de vibrador quando o concreto apresentar plasticidade adequada.

5.3.5.2 Tubulões Cravados com Revestimento em Concreto ArmadoA camisa de concreto armado (cilíndro) do tubulão é concretada em partes, com comprimento dimensionado em função do projeto. Poderá ser concretada sobre a superfície aplainada do terreno e introduzida depois de estar o concreto com resistência adequada à operação, por escavação interna. Após um elemento ser arriado verticalmente é concretado sobre ele o elemento seguinte, até atingir-se o comprimento final de projeto. Previsto o alargamento da base será feita escavação sob a camisa devidamente escorada, de modo a evitar a sua descida.Caso atingido o lençol d’água deverá ser adaptado o equipamento pneumático a camisa já cravada, de forma a permitir a execução dos trabalhos a seco sob pressão conveniente de ar comprimido. Durante a descida a distribuição das cargas deverá ser regulada de maneira a não comprometer a estabilidade da obra.Em obra dentro d’água, a camisa deverá ser concretada quando possível no próprio local, sobre estrutura provisória e descida até o terreno com auxílio de equipamento, ou concretada em terra e transportada para local definitivo.Em casos especiais as camisas poderão ser executadas com alargamento, de modo a facilitar o preparo da base alargada.No assentamento do tubulão sobre uma superfície de rocha devem ser previstos recursos para evitar fuga, lavagem do concreto ou desaprumo do tubulão.Após a abertura do alargamento de base será executada a concretagem, conduzida de maneira a obter um maciço compacto e estanque. O período máximo entre o término da execução do alargamento de base e sua concretagem deverá ser de vinte e quatro horas. Caso este período seja ultrapassado, será feita nova inspeção, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida.O concreto empregado no fuste deverá ter resistência característica mínima de 16MPa (160kgf/cm2 ) e no núcleo de 12MPa (120kgf/cm2).

5.3.5.3 Tubulões com Camisa de Aço

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A camisa de aço, com a mesma finalidade da de concreto armado, poderá ser introduzida por cravação com bate-estacas, vibração ou equipamento com movimento de vai e vem simultâneo, com força de cima para baixo.A escavação interna poderá ser manual ou mecânica, feita à medida da penetração do tubo ou de uma só vez, após a cravação total do mesmo.Caso previsto poderá ser executado um alargamento de base, com escavação manual sob ar comprimido ou não.A camisa de aço deverá ser ancorada ou receber contrapeso para evitar sua subida quando utilizado ar comprimido. Poderá ser recuperada a medida que for sendo concretado o seu núcleo ou posteriormente, se não considerado no dimensionamento.

6. MANEJO AMBIENTALObservar os cuidados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução da fundação das obras-de-arte especiais, relacionados a seguir:a) não provocar queimadas como forma de desmatamento;b) as estradas de acesso deverão seguir as recomendações da Especificação DNER-ES 279/97 e DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental;c) não realizar barragens ou desvios de curso d’água que alterem em definitivo o leito dos rios;d) evitar a realização de serviços em área de preservação permanente.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle do Material Deverá atender ao constante nas especificações DNER-EM 34; EM 36, EM 37 e EM 38.

7.2 Controle da Execução

7.2.1 EstacasDurante a concretagem das estacas pré-moldadas deverão ser colhidas amostras para a moldagem, de uma série de quatro corpos de prova cilíndricos para cada 25 estacas concretadas, ou para cada dia de concretagem. As ruturas serão feitas a 7 e/ou a 28 dias, sempre com o rompimento de dois corpos de prova para cada idade do rompimento, moldados no mesmo ato.Para sua própria orientação o Executante poderá cravar às suas expensas, tantas, estacas de prova, quantas, considere necessárias.O Executante cravará estacas de prova e realizará provas de carga nas estacas indicadas no projeto ou nas que forem consideradas necessárias, nas obras normais, para as estacas cravadas, além destas, deverá ser feita uma prova de carga para cada 500 estacas, e nas especiais, uma para cada 200 estacas. Nas estacas escavadas deverá ser feita uma prova de carga para obras de mais de 100 estacas. Sempre que possível, as estacas de prova serão

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localizadas de modo a ser aproveitadas como estacas de fundação, caso resultado satisfatório da prova. Sempre que houver dúvida sobre uma estaca, deverá ser comprovado o seu comportamento satisfatório. Se não for suficiente será realizada uma prova de carga.O Executante deverá manter um registro completo em duas vias, uma destinada à Fiscalização da cravação de cada estaca, inclusive as de prova. Anotar para todas as estacas: o número e a localização; dimensões; cota do terreno no local da estaca; nível da água (se houver); característica do equipamento de cravação ou escavação; desaprumo e desvio de locação; qualidade de materiais utilizados e consumo por estaca; comprimento real da estaca abaixo do arrasamento; volume da base; anormalidade de execução e anotação rigorosa de horários de início e fim de cravação ou escavação. Ainda registrar para as estacas cravadas: suplemento de estaca utilizado (tipo e comprimento); profundidade de penetração da estaca com peso próprio e com peso do martelo; número de golpes necessários para a cravação de um metro de estaca; número efetivo de golpes por minuto, durante a cravação; duração de qualquer interrupção na cravação e hora de ocorrência; cota final do ponto da estaca cravada; cota da cabeça da estaca antes do arrasamento (pré-moldada); data de concretagem da estaca pré-moldada; data da cravação; negas no final de cravação e na recravação quando houver deslocamento de estacas por efeito de cravação de estacas vizinhas e negas no final de cravação e na recravação, quando houver. Em caso de estacas escavadas, mencionar os horários de início e fim da escavação e de cada etapa de concretagem, a comparação do consumo real de materiais em relação ao teórico e o comportamento da armadura durante a concretagem.O diagrama de cravação deverá ser tirado em 10% das estacas, no mínimo, com prioridade para as mais próximas aos furos de sondagem.Será permitido entre eixos de estacas isoladas e o ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, um desvio de 10% do diâmetro da estaca. Desvios superiores no caso de estacas não travadas obrigará verificação estrutural quanto à flambagem do pilar e da estaca. Para estacas travadas as vigas de travamento deverão ser redimensionadas para a excentricidade real e verificada a flambagem do pilar.Para conjunto de estacas alinhadas, admite-se um acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível na estaca de excentricidade, na direção do plano das estacas. Acréscimos superiores deverão ser corrigidos com acréscimo de estacas ou recurso estrutural. Para excentricidade na direção normal ao plano das estacas, vide parágrafo anterior.Para conjunto de estacas não alinhadas, deverá ser verificada a solicitação em todas as estacas, admitindo-se o acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de projeto.Quanto ao desvio de inclinação é tolerado, sem correção, um desvio angular em relação à posição projetada de 1:100.

7.2.2 Tubulões e CaixõesDeverão ser anotados na execução da fundação em tubulão os seguintes elementos, conforme o tipo: cota de arrasamento; dimensões reais da base alargada; material de apoio; equipamento de cada etapa; deslocamento e desaprumo; comparação do consumo de material durante a concretagem com o previsto; qualidade dos materiais; anormalidades de execução, e providências tomadas, inspeção do terreno ao longo do fuste e assentamento da fundação.

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É tolerado um desvio entre eixos do tubulão e ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro do fuste do tubulão.Ultrapassados os limites quanto à excentricidade e, ou ao desaprumo, será feita verificação estrutural com os redimensionamentos necessários.

7.3 Aceitação e Rejeição

7.3.1 AceitaçãoSerão aceitas as fundações que atendam às recomendações dos ítens 5.1, 5.3, 7.1 e 7.2.

7.3.2 RejeiçãoOs serviços que não atenderem ao item 7.3.1, deverão ser corrigidos, complementados, ou refeitos, incluindo provas de carga.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

8.1 Escoramento de Cavas de Fundações (ensecadeiras)Serão medidos por metro quadrado de pranchas verticais (ensecadeiras), com altura determinada pela diferença entre a cota de implantação da ensecadeira e a cota necessária à contenção. Não será medido em separado o escoramento e contraventamento das pranchas verticais, bem como, o enchimento e apiloamento do material de enchimento, no caso de ensecadeira dupla.

8.2 Escavação e AterrosA medição dos volumes será feita em metros cúbicos, através das seções transversais determinadas antes e depois da execução do serviços.

8.3 Blocos e SapatasSerão medidos separadamente por metro quadrado de fôrmas colocadas, por metro cúbico de concreto, por quilograma de aço dobrado e colocado nas fôrmas.

8.4 EstacasSerão medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do arrasamento, para as estacas moldadas no local o comprimento medido será entre as cotas do topo do bulbo e do arrasamento da estaca concluída. A base da estaca (bulbo), se houver, será considerada para efeito de medição como um metro de estaca cravada e concretada. Não deverá ser incluída na medição o corte das estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o caso.

8.5 Tubulões e CaixõesOs tubulões serão medidos por metro de camisa implantada e cheia de concreto e por metro cúbico de concreto da base alargada. Os caixões serão medidos por metro de camisa implantada e por metro cúbico de material de enchimento e de alargamento de base, se houver.

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OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução e controle de estruturas de concreto armado. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, verificação de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 INSPEÇÃO7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis na execução e no controle de estruturas em concreto armado.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-ES 325/97 - Concreto de cimento Portland com equipamento de pequeno porte ABNT NBR- 07584/82 - Concreto endurecido - avaliação da dureza superficial pelo

esclerômetro de reflexão ABNT NBR- 09783/86 - Aparelhos de apoio de elastômero fretado - especificação ABNT NBR- 12624/92 - Perfil de elastômero vulcanizado, extrudado para vedação de juntas

de dilatação de estruturas de concreto ou aço - especificação ABNT NBR- 05675/80 - Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, 1995

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

Aparelhos de Apoio - dispositivos que tem por finalidade transferir cargas, acomodar deformações, diminuir vibrações e definir componentes das estruturas.

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4. CONDIÇÕES GERAISFazem parte integrante das estruturas de concreto armado a execução dos seguintes serviços já prescritos em especificações anteriores:a) DNER-ES 333/97 - Formas b) DNER-ES 337/97 - Escoramentos c) DNER-ES 331/97 - Armaduras para concreto armado d) DNER-ES 330/97 - Concretos e argamassas Integram, ainda, os aparelhos de apoio, juntas estruturais, dispositivos protetores, sobre-laje ou pavimento e serviços de acabamento.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 Aparelhos de ApoioOs materiais a serem empregados deverão atender às indicações do projeto. Os mais usuais são o concreto, o elastômero (neoprene), o teflon e os metálicos, geralmente de aço.

5.1.2 Juntas EstruturaisOs materiais a serem empregados deverão atender às indicações do projeto. Para permitir a vedação das juntas são geralmente utilizados perfis extrudados de um elastômero vulcanizado. Perfis metálicos geralmente de 3"/3" (cantoneiras) fixados nas lajes estruturais são colocados como proteção nas juntas e extremidades da pista de rolamento.

5.1.3 Dispositivos Protetores

5.1.3.1 Guarda-CorposSão executados em peças pré-moldadas de concreto armado ou metálicas com menor emprego.

5.1.3.2 Guarda Rodas e BarreirasDevem ser executados em concreto armado, com fôrmas metálicas.

5.1.4 Sobre-LajeO cimento Portland, agregados, aditivos, água de amassamento, tela de aço soldada, selante de junta e materiais para a cura deverão atender os requisitos da DNER-ES 325/97.

5.1.4.1 ConcretoO concreto da sub-base deverá atender os seguintes requisitos:

a. resistência característica à compressão (fck) na idade de 28 dias, determinada em corpos de prova cilíndricos, moldados e rompidos conforme as normas ABNT NBR-5738 e ABNT NBR-5739: (Fck = 30 MPa)

b. consumo mínimo de cimento: Cmin = 320 kg/m3

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c. abatimento, determinado conforme a norma ABNT NBR- 7223: (50 10)mm d. a dimensão máxima característica do agregado no concreto não deverá exceder 1/3 da

espessura da sobre-laje ou 19mm, obedecido o valor menor. e. Teor de ar, determinado conforme a norma ABNT NBR-11686: 5% f. relação água-cimento: 0,55

5.1.5 Acabamentos

5.1.5.1 DrenosConstituídos por tubos de PVC de 10cm de diâmetro com ponto em bisel.

5.1.5.2 PingadeirasExecutadas em concreto armado, já integrantes do projeto.

5.1.5.3 Sinalização BalizadoraSão utilizados catadióptricos nas extremidades das pontes e nas faces dos guarda-corpos e barreiras, contendo faixa pintada com inclinações de 45 graus.

5.1.5.4 Arremates e Pintura da EstruturaPara pequenas correções são utilizadas argamassa e pintura, com aguada de cimento, cal ou tintas encontradas no comércio. Para obras construídas em meios agressivos deverão ser utilizadas tintas protetoras especiais.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependerão do tipo e dimensão do serviço a executar, devendo o Executante apresentar a sua relação detalhada.Para a execução da sobre-laje deverão ser empregados; régua vibratória, vibradores de imersão, régua acabadora, máquina de serrar juntas e as ferramentas para o acabamento superficial do concreto indicados na DNER-ES 325/97.

5.3 Execução

5.3.1 Aparelhos de ApoioOs aparelhos de apoio, depois de colocados, deverão estar perfeitamente livres, para que possam funcionar como previsto no projeto. São classificados quanto ao funcionamento estrutural em articulações fixas, elásticas e móveis e quanto ao material utilizado em articulações de concreto, de elastômero, com teflon, metálicos e articulações especiais.Entre as articulações de concreto a mais usual é a Freyssinet, que apresenta uma seção estrangulada na junção da cabeça do pilar com a viga, variando de no mínimo 5cm a no máximo 1/3 da dimensão correspondente do pilar, com afastamento mínimo das bordas do pilar de 5cm.Os aparelhos de apoio de elastômero são mais conhecidos como de neoprene fretados e constituídos por chapas finas de aço, associadas a placas de borracha sintética à base de

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policloropleno. Especial cuidado deve ser dado ao assentamento da placa, devendo o contato com o concreto se fazer através de superfícies horizontais de esmerado acabamento.Os aparelhos de apoio com teflon são principalmente usados em duas combinações: para permitir apenas movimentos de translação, com o teflon entre placas de aço ou para permitir movimentos de translação e rotação com uma associação de placas de aço, de neoprene e de teflon. Os cuidados no assentamento deverão ser os mesmos.Aparelhos de apoio de aço deverão atender às especificações em vigor, ser protegidos da oxidação por pintura e/ou camada de óleo inerte.Os Aparelhos de Apoio Especiais deverão ser usados em obras de maior vulto onde as solicitações fogem aos valores convencionais.

5.3.2 Juntas EstruturaisA fixação das cantoneiras metálicas, ao longo da largura da pista, nas juntas estruturais e nas extremidades das pistas, é feita por meio de barras soldadas. Antes da concretagem do pavimento e obedecendo o nivelamento do pavimento acabado.Para pequenas e grandes movimentações em perfil de elastômero vulcanizado serão utilizadas juntas de vedação. Neste caso, cuidado especial na fixação e nas características do material e perfil utilizado, face ao tráfego e a movimentação da estrutura. O perfil deverá obedecer a ABNT NBR-12624.

5.3.3 Dispositivos ProtetoresOs guarda-corpos de concreto armado são constituídos de elementos muito esbeltos devendo ser tomados cuidados na fabricação com a qualidade do concreto e cobrimento das armaduras, nivelamento e alinhamento na colocação.Os guarda rodas e barreiras serão executados com a estrutura já pronta devendo apresentar acabamento esmerado e excelente aspecto estético. Deverão ser executados de forma padronizada, com painéis metálicos de cerca de 3m e não serão permitidos arremates e revestimentos de argamassa que denotem má qualidade na construção.

5.3.4 Sobre-LajeA sobre laje deverá ter espessura uniforme de no mínimo 80mm. Para tanto, a superfície da laje do tabuleiro terá as inclinações transversais consideradas no projeto para a drenagem superficial da sobre-laje.A superfície da laje do tabuleiro deverá ser preparada mediante o apicoamento ou aplicação de jato de areia, para eliminação da nata do cimento, grãos soltos ou outros detritos.Imediatamente antes do lançamento do concreto a superfície deverá ser saturada, eliminadas as poças d’água decorrentes desta saturação.A mistura, transporte, lançamento, espalhamento, adensamento, acabamento e cura do concreto serão feitos como indicado na DNER-ES 325/97.A tela de armação deverá ser do tipo T-283, salvo indicação contrária no projeto, colocada à meia altura da espessura da placa e distando 5cm de qualquer bordo. A armação será contínua em toda a sobre-laje, interrompida apenas nas juntas de contração e dilatação do tabuleiro.

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As juntas de contração da sobre-laje coincidirão com as de contração do tabuleiro e terão a mesma abertura. A selagem deverá atender à DNER-ES 325/97.O trecho da sobre-laje compreendido entre as juntas de contração do tabuleiro, quando executada por faixa de tráfego e não concretada de uma só vez, deverá ter juntas de construção transversal do tipo "junta seca", com espaçamento uniforme e igual para todo a sobre-laje. Este tipo de junta também será adotado para as longitudinais, entre faixas de tráfego. No momento adequado será feito o corte do concreto ao longo destas juntas por meio de serra de disco, o corte terá abertura de 3mm a 5mm e profundidade de 20mm.Quando a concretagem do trecho for contínua deverão ser serradas juntas transversais com espaçamento regular em torno de 6,0m e juntas longitudinais delimitando as faixas de tráfego. O procedimento para o corte das juntas deverá atender à DNER-ES 325/97.

5.3.5 Acabamentos

5.3.5.1 DrenosOs drenos, posicionados conforme o projeto, devem captar as águas em ligeiros rebaixos na pavimentação e escoa-las através de tubos com pontas em bisel e comprimento de 10cm a 15cm, salientes da estrutura. Em obras urbanas ou sobre saias de aterros não será permitido o escoamento direto, será necessário projeto específico de drenagem.

5.3.5.2 PingadeirasDeverão consistir de ressaltos ou rebaixos com dimensões superiores a 5cm na altura e na largura, detalhados corretamente, para tornarem-se eficazes.

6. INSPEÇÃO

6.1 Controle do MaterialO recebimento dos materiais deverá obedecer aos controles já estabelecidos. Os aparelhos de apoio de elastômero fretado atenderão ao estabelecido na ABNT NBR-9783, os perfis de elastômero vulcanizado para juntas de dilatação a ABNT NBR-12624. Verificar a existência de defeitos de fabricação nos aparelhos de apoio e juntas a serem aplicadas.

6.2 Controle da Execução

6.2.1 Aparelhos de ApoioNa colocação e assentamento de aparelhos de apoio verificar, no mínimo:a) o atendimento aos desenhos e especificações contidos no projeto; se adquiridos de terceiros o acompanhamento de certificado de qualidade, por órgão idôneo;b) áreas de assentamento suficientes para acomodação, com folgas mínimas de 5 a 10cm;c) a indicação das resistências para o concreto em contato com aparelhos de apoio e previsão das armaduras de fretagem;d) condições de assentamento em berços de argamassa ou concreto, com acabamentos lisos horizontais, de 5cm de altura aproximada;

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e) facilidade de acesso para vistorias periódicas e trabalhos de limpeza e manutenção;f) previsão no projeto estrutural da possibilidade de substituição dos aparelhos de apoio;g) verificação ao término da obra se os aparelhos de apoio apresentam-se em perfeitas condições e livres para permitir todos os movimentos, deslocamentos e rotações para os quais foram projetados.

6.2.2 Juntas, Dispositivos protetores e AcabamentosPara estes serviços verificar possíveis defeitos de execução.

6.2.3 Sobre-LajeO controle da resistência do concreto da sobre-laje deverá ser feito conforme o procedimento indicado, para o controle da resistência à compressão na DNER-ES 325/97.

6.3 Aceitação e RejeiçãoOs serviços que não atenderem as condições estabelecidas nos ítens anteriores serão rejeitados, devendo ser corrigidos, complementados ou refeitos.Em relação a sobre-laje quando não houver a aceitação automática dos serviços deverão ser adotados os procedimentos indicados para o recebimento de acordo com a DNER-ES 325/97.

7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

7.1 As medições das fôrmas, escoramento, concreto e armaduras serão processadas de acordo com o determinado nas especificações dos respectivos serviços.Os demais serviços serão medidos:a) aparelhos de apoio em peso ou em volume do material empregado;b) juntas estruturais, em metro de junta colocada;c) juntas de pavimentação, em metro;d) guarda-corpos, em metro colocado;e) guarda rodas e barreiras, em metro executado;f) sobre laje, em metro cúbico lançado conforme a seção transversal do projeto;g) drenos, em unidade colocada;h) sinalização balizadora por verba única para as duas extremidades da obra;i) arremates e pintura, por metro quadrado de área pintada.7.2 A mão-de-obra, material, equipamento e o transporte utilizados não serão objeto de medição, serão considerados por ocasião das composições de preço dos serviços.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – ESTRUTURAS DE CONCRETO PROTENDIDO

RESUMOEste documento define a sistemática empregada na execução e controle de estruturas de concreto protendido. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais,

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equipamentos, execução, verificação de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 INSPEÇÃO7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃOEsta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a execução e controle de estruturas de concreto protendido.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-EM 375/97 - Fios de aço para concreto protendido DNER-EM 376/97 - Cordoalhas de aço para concreto protendido ABNT NBR- 10788/89 - Execução da injeção em concreto protendido com aderência

posterior - procedimento ABNT NBR- 10789/89 - Execução de protensão em concreto protendido com aderência

posterior - procedimento ABNT NBR- 10839/89 - Execução de obras-de-arte especiais em concreto armado e

concreto protendido - procedimento Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, 1995

3. DEFINIÇÕESPara os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

injeção primária - injeção inicial, com a qual pretende-se preencher a bainha. injeção complementar - injeção destinada a compensar os vazios deixados pela

exsudação da calda da injeção primária.

4. CONDIÇÕES GERAISFazem parte integrante das estruturas de concreto protendido com aderência posterior a execução dos seguintes serviços, já prescritos nas especificações seguintes:a) DNER-ES 333/97 - Formas b) DNER-ES 337/97 - Escoramentos

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c) DNER-ES 331/97 - Armaduras para concreto armadod) DNER-ES 332/97 - Armaduras para concreto protendidoe) DNER-ES 330/97 - Concretos e argamassasf) DNER-ES 335/97 - Estruturas de concreto armadoIntegram ainda a protensão e injeção e injeção da calda de cimento, a seguir prescritas.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais constam das especificações relacionadas no capítulo anterior.

5.2 EquipamentoAlém dos considerados nas especificações acima, deverão ser relacionados os macacos hidráulicos de protensão, face ao sistema adotado e as bombas de alta pressão para injeção.

5.3 Execução

5.3.1 ConcretoAlém das prescrições da especificação DNER-ES 330/97 recomendado o emprego de concreto de alta resistência, principalmente, nos locais de concentração de ancoragens e nas extremidades das vigas. Face a maior densidade de armação, o concreto deverá apresentar maior trabalhabilidade.Somente será permitido o adensamento mecânico por vibração, cuidadosamente, para envolver completamente a armadura e atingir todos os recantos das fôrmas, sem danificar ou desalinhar as bainhas protetoras dos cabos de protensão. Recomendável em peças delgadas ou com armadura muito compacta a utilizar vibradores com agulhas de pequeno diâmetro e vibradores de placa.Deve-se adotar cuidados especiais no adensamento, cura e posição dos cones de ancoragem por ocasião da confecção das placas de ancoragem.

5.3.2 ProtensãoA protensão só poderá ser iniciada com o Plano de Protensão, integrante do Projeto Executivo, onde deverão constar:a) fases de protensão;b) ordem de protensão dos cabos;c) processo de protensão, simultâneo nas duas extremidades ou separadamente em cada extremidade;d) resistência mínima do concreto, necessária para atender aos esforços, em cada fase de protensão;e) valor mínimo recomendável para o módulo de elasticidade do concreto, se a protensão for efetuada em concreto de pouca idade;f) características do cabo, a área da seção transversal e o módulo de elasticidade;g) alongamentos previstos para as extremidades de cada cabo;

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h) tensões iniciais de protensão, para cada fase de protensão e para cada cabo;i) condições especiais de descimbramento, correspondentes às fases de protensão;j) condições especiais de movimentação, transporte e colocação de pré-moldados.Deverá ainda ser verificado o estado da estrutura com a retirada das fôrmas laterais, se o concreto atingiu a resistência exigida pelo projeto, bem como, as condições de acesso às extremidades dos cabos de colocação, apoio e movimentação dos macacos de protensão e do estado e adequação do equipamento de protensão.

5.3.3 InjeçãoA calda de cimento deverá ser previamente ensaiada, de acordo com o estabelecido na DNER-ES 330/97. Verificar se os respiros estão desobstruídos e em bom estado. Os cabos lavados e água expulsa com ar comprimido.A injeção deverá ser realizada com bombas elétricas, do tipo pistão ou parafuso, não será permitido o uso de ar comprimido. A pressão deve variar de 1,5MPa a 2,0MPa, podendo ser necessárias pressões maiores em cabos verticais ou com grande desnível. A velocidade de injeção do cabo deve variar de 6m a 12m por segundo, controlada por um dispositivo de regulagem de vazão. As bombas possuir manômetros aferidos, com precisão de 0,1MPa e permitir que as pressões altas sejam obtidas progressivamente e mantidas no fim da injeção. A injeção deverá obedecer a ordem definida para as bainhas e às seqüências operacionais.Não será permitida a entrada de óleo, ar, água ou quaisquer outras substâncias durante a injeção.As extremidades dos fios ou cordoalhas só poderão ser cortadas após o enchimento da bainha.

6. INSPEÇÃO

6.1 Controle do MaterialDeverão atender às especificações já relacionadas.

6.2 Controle da Execução

6.2.1 ProtensãoDeverá ser efetuado de acordo com o programa indicado no Projeto Executivo, constando de tabelas de protensão dos cabos, gráfico de pressão-alongamento e tabelas de protensão das peças.

6.2.2 InjeçãoPara cada cabo, ou família de cabos injetados simultaneamente, devem ser efetuados os seguintes registros, durante a injeção:a) data e hora de início término da injeção;b) composição, dos materiais e da calda;c) temperatura, dos materiais e da calda;d) pressões manométricas da bomba durante a injeção;e) volume injetado, a ser comparado com o volume teórico de vazios do cabo;

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f) índices de fluidez na entrada e na saída das bainhas;g) características dos equipamentos;h) registro de qualquer anomalia.

6.3 Aceitação e Rejeição

6.3.1 AceitaçãoA aceitação da protensão das peças dependerá dos critérios definidos, nos quais deverão constar as discrepâncias limites tabeladas individualmente e para a média de cada grupo de cabos de uma mesma fase, tanto antes como após a protensão. Ultrapassado estes limites deve ser consultado o projetista.

6.3.2 RejeiçãoOs serviços rejeitados deverão ser corrigidos, após consulta ao projetista, complementados ou refeitos.

7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOA medição dos serviços relativos à execução de estruturas de concreto protendido obedecerá aos critérios já estabelecidos nas especificações anteriores, acrescentando-se a protensão com a injeção de calda de cimento medida por metro de cabo protendido e injetado.

OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS – ESCORAMENTOS

RESUMOEste documento define a sistemática adotada na execução do escoramento de obras-de-arte especiais. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, preservação ambiental, verificação final de qualidade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

SUMÁRIO0 APRESENTAÇÃO1 OBJETIVO2 REFERÊNCIAS3 DEFINIÇÃO4 CONDIÇÕES GERAIS5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS6 MANEJO AMBIENTAL7 INSPEÇÃO8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

0. APRESENTAÇÃO

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Esta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1. OBJETIVOFixar as condições exigíveis para a execução de escoramentos a fim de suportar a estrutura definitiva na fase de construção.

2. REFERÊNCIASPara o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

ABNT NBR - 06118/78 - Projeto e execução de obras de concreto armado ABNT NBR - 06494/90 - Segurança nos andaimes ABNT NBR - 07190/51 - Cálculo e execução de estruturas de madeira ABNT NBR - 10839/88 - Execução de obras especiais de concreto armado e protendido DNER-PRO 207/94 - Projeto, execução e retirada de cimbramentos de pontes de concreto

armado e protendido Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, 1995

3. DEFINIÇÃOPara os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

Escoramento - conjunto de escoras e elementos de ligação, projetado para resistir ao peso próprio da estrutura, evitando deformações prejudiciais à forma da estrutura e esforços no concreto na fase de endurecimento.

4. CONDIÇÕES GERAISO escoramento será projetado e construído sob a responsabilidade do Executante. Deverá suportar com a rigidez necessária todas as cargas e ações possíveis de ocorrer durante a fase construtiva e também garantir na obra acabada a geometria, os alinhamentos e os greides do projeto executivo.Deverá suportar o peso das estruturas de concreto armado, até adquirir resistência e módulo de elasticidade necessários à sua auto-sustentação, para as obras em concreto protendido, até concluir as operações de protensão.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 MaterialOs materiais usados são: madeira roliça ou serrada, aço em perfis metálicos ou peças tubulares e, excepcionalmente, concreto.

5.1.1 Madeira RoliçaPeça vertical ou diagonal de contraventamento utilizada em escoramentos convencionais de diâmetro compatível com as cargas a suportar. Não deverá apresentar falhas que reduzam a seção transversal, bem como rachaduras, ainda usada como estaca, em caso de solo de baixa resistência.

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5.1.2 Madeira SerradaA seção transversal deverá ser compatível com as cargas, preferencialmente utilizada no contraventamento.

5.1.3 AçoGeralmente utilizados em perfis metálicos ou treliças executadas com peças tubulares não poderão suportar cargas superiores às recomendações dos fabricantes. A capacidade suporte deverá ser reduzida no caso de reutilização, em função da sua manutenção.

5.1.4 ConcretoDeverá obedecer ao recomendado na DNER-ES 330/97.

5.2 EquipamentoA natureza, capacidade e quantidade dos equipamentos utilizados dependerão do tipo e dimensão de cada serviço a executar. O Executante deverá apresentar a relação detalhada do equipamento a ser empregado em cada obra.

5.3 ExecuçãoO escoramento deverá ser executado de acordo com o projeto previamente apresentado, compatível com a obra a executar.Especial atenção deverá ser dada à fundação, emendas, nós e apoios, principalmente nos escoramentos convencionais.Deverá ser evitado o escoramento convencional, com pequenos vãos, em leito de rios de rocha lisa aparente, sujeitos a enchentes com impacto de materiais carregados pela correnteza. Se utilizado, deverá executar fixação eficaz na rocha, com o maior espaçamento possível entre os apoios.Quando o terreno natural for rochoso ou de boa consistência, sem ser suscetível à erosão ou ao desmoronamento , o escoramento poderá apoiar-se diretamente sobre o terreno, no caso de rocha, ou sobre pranchões horizontais, no caso de solos. Deverão ser cravadas estacas quando o terreno não tiver a capacidade de suporte necessário.Os escoramentos deverão ser construídos de modo a permitir a retirada de trechos, separadamente, em obras de concreto protendido, onde a protensão descarrega trechos inteiros de escoramento, podendo até passar a exercer uma pressão de baixo para cima na estrutura já concluída e autoportante de concreto.Escoramentos adjacentes ou sobre rodovias, com exigência de aberturas para manutenção do tráfego, serão projetados e construídos de maneira a continuar estáveis se atingidos por veículos. Ao Executante cabe a colocação de dispositivos adicionais e especiais de proteção para garantir a estabilidade do escoramento contra este tipo de impacto.Para colocar as fôrmas no greide desejado e eliminar qualquer recalque excessivo nos escoramentos, antes ou durante a concretagem, serão usados calços, aos pares, para assegurar assentamento uniforme, e macacos hidráulicos ou tóricos.

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6. MANEJO AMBIENTALSomente deverá ser autorizada a utilização de madeiras, roliça ou serrada com a licença ambiental para exploração. O material resultante do descimbramento será removido do local, não podendo ser lançado nos cursos d’água.

7. INSPEÇÃO

7.1 Controle da ExecuçãoOs escoramentos deverão permanecer íntegros e sem modificações até que o concreto adquira resistência suficiente para suportar as tensões e deformações a que sujeito com aceitável margem de segurança.O controle das deformações verticais dos escoramentos, no decorrer da concretagem, deverá ser feito com a instalação de defletômetros, ou com nível de precisão para que se possa reforçá-lo em tempo hábil, em caso imprevisto.Os períodos mínimos para retirada de escoramentos dependerão de fatores tais como: a velocidade do aumento da resistência do concreto, processos de cura adotados e comportamento das deformações. Assim, só será feito quando o concreto se achar suficientemente endurecido para resistir as ações que sobre ele atuem e não conduzir a deformações inaceitáveis.Caso não demonstrado o atendimento às condições já mencionadas e não tendo sido utilizado cimento de alta resistência inicial, ou qualquer processo que acelere o endurecimento, a retirada das fôrmas e do escoramento não se dará antes dos seguintes prazos:a) faces laterais: 3 dias;b) faces inferiores, deixando pontaletes, bem cunhados, e convenientemente espaçados: 14 dias;c) faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias.A retirada do escoramento e da fôrma deverá ser efetuada sem choques e obedecendo programa elaborado de acordo com o tipo de estrutura.Quando o escoramento não for mais necessário será inteiramente removido, incluindo os que utilizam trechos de concreto ou mesmo apenas dentes engastados nas estruturas definidas. Estacas utilizadas para apoio de escoramento serão extraídas ou cortadas até, pelo menos, 50cm abaixo do nível acabado do terreno. Todos os remanescentes dos trabalhos de escoramento devem ser removidos, de maneira a deixar o local limpo e em condições apresentáveis.Efetuar controle do nivelamento do concreto após a retirada do escoramento, com levantamento detalhado, em seções transversais e longitudinais, nas bordas e no centro, para futuras conferências.

7.2 Aceitação e Rejeição

7.2.1 AceitaçãoSerão aceitos os escoramentos que atendam às recomendações dos ítens 5.1, 5.3 e 7.1.

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7.2.2 RejeiçãoOs serviços que não atenderem ao ítem 7.2.1, deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs escoramentos serão medidos pelo volume determinado pela projeção do tabuleiro e altura compreendida entre o fundo da laje e o terreno, em metros cúbicos, ou em área de tabuleiro nos casos específicos de escoramentos superiores. Não será medido em separado, o estaqueamento provisório (se houver), o descimbramento, o levantamento topográfico da estrutura ou quaisquer outros serviços necessários à execução do escoramento.