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ABNT NBR 15483 Aparas de papel e papelão ondulado – Classificação ABNT NBR 15484 Aparas de papel e papelão ondulado – Determinação do teor de umidade – Método de secagem em estufa Panorama da Reciclagem de Papel no Brasil

Normas Técnicas - Reciclagem

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Manual de Normas

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ABNT NBR 15483Aparas de papel e papelão ondulado – Classificação

ABNT NBR 15484Aparas de papel e papelão ondulado – Determinação do teorde umidade – Método de secagem em estufa

Panorama da Reciclagem de Papel no Brasil

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Introdução

Elaborada em 1977 pelo IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, em trabalhocontratado pela Associação Brasileira de Celulose e Papel - Bracelpa e ANAP - Associação Nacional dosAparistas de Papel, a classificação de aparas de papel vinha apresentando lacunas que começavam ainviabilizar seu uso nas relações comerciais entre aparistas e fabricantes recicladores de papel, obrigando asempresas a criarem variações das definições de acordo com suas necessidades e características de seusprocessos produtivos.As mudanças ocorridas em todas as áreas, nestes 30 anos, já obrigavam sua revisão e adequação à novarealidade. Podemos citar, como exemplo, que ainda tínhamos a classificação para papel “hollerith”, muitousado quando do início da implantação de computadores e que, atualmente, poucas pessoas sabem do quese trata.É bem verdade que recentemente a classificação foi revisada, mas buscou-se apenas a introdução doscritérios de aparas pré e pós-consumo, mantendo-se as definições originais.Assim, o mercado cada vez mais exigente vinha pedindo uma revisão da classificação. Mais importante ainda,com a maioria das empresas certificadas ISO 9001, torna-se importante que o fornecimento de aparas passea atender critérios mais rígidos que permitam às empresas estabelecerem padrões de qualidade para seusprodutos.Nesta condição, nada mais natural que a nova classificação de aparas fosse elaborada no âmbito da ABNT -Associação Brasileira de Normas Técnicas, tornando-se uma norma nacional. O trabalho foi realizado pelaComissão de Estudos de Aparas de Papel do CB29 - Comitê Brasileiro de Celulose e Papel.A Comissão de Estudo de Aparas de Papel foi instalada em março de 2005 e possui 53 empresas inscritas,contemplando 92 profissionais. Participam fabricantes de papel, aparistas, associações, institutos depesquisas e fabricantes de equipamentos. A coordenação da Comissão foi de Manoel Pedro Gianotto, daKlabin.Para o desenvolvimento da proposta do trabalho, foram formados dois Grupos de Trabalho - Aparas de PapelMarrom e Aparas de Papel Branco, para subsidiar a Comissão de Estudo. Os grupos foram coordenados porNewton Machado, da Trombini, e Alberto de Carvalho Elsner, da CRR, tendo o trabalho sido concluído após 22reuniões.As normas publicadas são:- ABNT NBR 15483:2007 - Aparas de papel e papelão ondulado - Classificação,- ABNT NBR 15484:2007 - Aparas de papel e papelão ondulado - Determinação do teor de umidade - Métodopor secagem em estufa.A secretaria técnica do CB29 - Comitê Brasileiro de Celulose e Papel é de responsabilidade da ABTCP e contacom o apoio financeiro da Bracelpa.

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A indústria de papel teve sua origem na reciclagem de trapos e restos de tecidos e com o crescimento de seuconsumo tornou-se necessária uma matéria-prima que pudesse ser produzida em larga escala o quematerializou-se com o desenvolvimento da celulose inicialmente a partir de restos de produtos agrícolas comopalha de arroz e, posteriormente, de madeiras específicas.Em nosso país a indústria teve seu início reciclando papéis importados e, só em um segundo momento, temoso uso de celulose importada. A produção de celulose no Brasil, começa a ser implantada de forma mais efetivaa partir da Segunda Guerra Mundial, mas é só na década de 60 que atinge maior escala.Desta forma podemos dizer que a reciclagem de papel no Brasil é uma atividade bastante tradicional e estárevestida de grande importância. Atualmente reciclamos perto de 3,5 milhões de toneladas de papel por ano, oque envolve valores próximos de 1,5 bilhão de reais.Segundo a ANAP - Associação Nacional dos Aparistas de Papel, a reciclagem gera 100 mil empregos diretose, considerando catadores e seus agregados estima-se que 200 mil pessoas vivem da coleta de aparas.

Histórico

Tipos de Aparas

A nova classificação da ABNT contemplada na ABNT NBR 15483 divide as aparas em 29 tipos que podem seragrupados em cinco categorias, de acordo com o papel que lhes dá origem. É importante registrar que algunstipos de papéis não são passíveis de reciclagem em função dos tratamentos que recebem, como por exemplo,os papéis betumados, ou em função do destino para o qual são produzidos, como os papéis de fins sanitários.As cinco grandes categorias são:

Papelão microondulado I, Papelão microondulado II, Papelão ondulado I,Papelão ondulado II, Papelão ondulado III, Refile de papelão ondulado.

Papel branco I, Papel branco II, Papel branco III, Papelbranco IV, Papel branco V, Papel branco revestido, e Papel colorido.

Papel kraft I, Papel kraft II, Papel kraft III, Refile de papel kraft, Tubetes e barricas eCartão para alimentos - Tipo longa vida (L.P.B liquid package board).

Cartão fibra curta não revestido, Cartão fibra curta revestido, Cartão fibra longa nãorevestido, Cartão fibra longa revestido.

Lista telefônica, Papel jornal I, Papel jornal II, Papel jornal III, RevistaI, Revista II.

Cada tipo de papel a ser produzido exige determinadas características nas aparas. Por isso a importância daclassificação e, mais importante ainda, que não haja contaminação com impurezas ou materiais proibitivosalém dos percentuais estipulados na norma. Em geral podemos dizer que impurezas são substânciaspresentes no fardo de aparas que não prejudicam a produção, podendo ser retiradas ou mesmo absorvidas noprocesso. Já a presença de materiais proibitivos impede a utilização do fardo, pois caso entrem no ciclo deprodução trarão grande prejuízo à empresa devido à contaminação do sistema.

Aparas de Papelão Ondulado:

Aparas de Papel de Imprimir/Escrever sem P.A.R¹:

Aparas de Papel Kraft:

Aparas de Cartão:

Aparas de Papel de Imprimir com P.A.R:

-

¹ P.A.R = Pastas de Alto Rendimento incluindo: pastas mecânica, termomecânica, quimimecânica e quimitermomecânica.

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Várias são as fontes geradoras de aparas entre as quais podemos citar: grandes indústrias, grandes gráficas,convertedores de papel, grandes lojas e supermercados, pequenos convertedores, pequenos comércios,escritórios e residências, sendo que cada uma delas concentra determinados tipos como podemos verabaixo:

Aparas de papelão ondulado, microondulado, cartões e papel kraft, etc.

Aparas de papel branco, jornais, revistas, cartões, microondulados, etc.

Aparas de papelão ondulado, papelão microondulado, cartões, papelkraft, Tipo longa vida (L.P.B - ), etc.

Aparas de papelão ondulado, papelão microondulado, cartões, etc.

Aparas de papel branco, papel jornal, etc.

Papel jornal, revistas, papelão ondulado, Tipo longa vida (L.P.B - ).

Grandes indústrias:

Gráficas (grandes e pequenas):

Convertedores (grandes e pequenos):

Lojas e supermercados:

Escritórios:

Residências:

liquid package board

liquid package board

Fontes de Aparas

Por outro lado, para chegar ao destino as aparas seguem um caminho constituído por: catadores,cooperativas, sucateiros, aparistas e fábricas de papel reciclado.

Caminho das Aparas

As cooperativas aparecem mais recentemente como uma ação do poder público de melhorar a categoriacomposta pelos catadores. Normalmente conta com apoio dos governos com relação à estrutura física (locale equipamentos) e com a coleta, pois todo o material originado dos sistemas de coleta seletiva é destinado àscooperativas. Recentemente, ainda em favor das cooperativas, o governo federal promulgou uma lei queobriga os órgãos públicos federais a destinar-lhes todo material passível de ser reciclado.

Grandes gráficas egrandes convertedores

Grandes lojas esupermercados

Pequenosconvertedores

Pequenos comércios

Fábricas

Residências

Aparistas

Sucateiros

Cooperativas

Catadores

Fonte: Bracelpa

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O Brasil é um grande reciclador. Considerando o consumo aparente de papéis de todos os tipos, jáconseguimos recuperar e destinar para reciclagem quase metade do total. Se desse total retirarmos os papéisque como já vimos, não são passíveis de reciclagem, recuperamos aproximadamente 53% de todo o papelque pode ser reciclado.

Estatísticas

Esse volume alcança significado ainda maior quando temos em mente a complexidade logística de serecuperar e transportar papéis em um país de dimensões continentais como o nosso e também seconsiderarmos que somos grandes produtores de papéis a partir de celulose. Neste contexto é preciso deixarclaro que a reciclagem é uma atividade complementar e não substituta da produção de matérias-primasfibrosas virgens, que são a porta de entrada para o processo de reciclagem.O papel não pode ser reciclado indefinidamente, pois a fibra nele contida vai se degradando na medida em queé novamente refinada. Desta forma, torna-se importante a entrada no mercado de papéis feitos a partir defibras virgens, pois a sua mistura com papéis reciclados permite um aumento no ciclo da reciclagem.Da mesma forma, a impossibilidade de reciclagem de papéis para fins sanitários também é útil, pois assim,temos uma retirada do sistema de fibras já degradadas que, mesmo quando descartadas no esgotocontinuam úteis nas estações de tratamento onde permitem mais eficiência na filtragem.Embora várias empresas reciclem papéis, a Bracelpa considera como recicladora aquela que apresenta emseu mix de produção mais de 50% de produtos originados na reciclagem de papéis. Neste conceito, o país tem132 fábricas recicladoras, de um total de 175 indústrias produtoras de papel. Portanto, 75% das fábricas depapel do Brasil reciclam mais de 50% de sua produção.Além disto, em 10 dos 16 estados, com produção de papel, todas as fábricas são recicladoras, sendo que amenor participação fica com o Paraná, onde 63% das empresas têm as aparas de papel como sua principalmatéria-prima.

Taxa de Recuperação de Papéis Recicláveis

Países Selecionados*

2005

Coréia do Sul 78,1%

Alemanha 73,7%

Japão 66,4%

Reino Unido 51,6%

Espanha 50,5%

Estados Unidos 49,4%

Itália 47,0%

Argentina 46,7%

Brasil** 45,4%

México 43,2%

Malásia 40,8%

China 31,4%

Polônia 31,4%

*Fonte: PPI**Fonte: Bracelpa (dados relativos a 2006)

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As aparas de papelão ondulado predominam no mercado como sendo responsáveis por, aproximadamente,61% da reciclagem no Brasil. Somada às demais aparas oriundas de papel para embalagens, temos que estacategoria responde por 71% de todo papel reciclado em nosso país.Recentemente, o lançamento de papéis de imprimir reciclado está gerando pressão pela demanda de aparasbranca o que deverá elevar o nível de reciclagem desse tipo de aparas nos próximos anos, demandando muitoesforço dos recicladores, pois esse papel apresenta um ciclo de vida maior, demorando a ser descartado. Esteé o caso, por exemplo, de livros que são guardados indefinidamente pelos usuários. Quando utilizado paraimpressos fiscais sua guarda obrigatória varia de 5 a 20 anos, o que poderia ser abreviado gerando maismaterial para reciclagem.Em 2006, a atividade de reciclagem consumiu 3,5 milhões de toneladas de papéis recicláveis,correspondentes a uma taxa de recuperação média equivalente a 45,4% do consumo aparente de papel,podendo a média nacional alcançar até 52,7%, se excluirmos da relação os papéis sanitários e os especiaisque, devido à sua natureza, não são passíveis de reciclagem.

Quantidade de Empresas com mais de 50% de Reciclagem

Amazonas 100%02

Bahia 80%14

Ceará 100%02

Goiás 100%01

Maranhão 100%01

Minas Gerais 100%014

Pará 100%01

Paraíba 100%02

Paraná 63%1220

Pernambuco 100%03

Rio de Janeiro 78%27

Rio Grande do Norte 100%01

Rio Grande do Sul 69%49

Santa Catarina 77%724

São Paulo 70%1740

Sergipe 100%01

Total Brasil 75%43132

Fonte: Bracelpa

EmpresasEstado

Recicladora Não Recicladora Part.%

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Consumo Aparente de Aparas e de Papéis de Origem por Grandes

Grupos de Aparas. Em 2006.

Ondulados + Kraft 3.595,02.556,9

Imprimir / Escrever Sem Pasta 1.801,5515,6

Imprimir / Escrever Com Pasta 790,5271,5

Aparas de Cartão 452,0152,5

Sanitários 764,0-

Outros 299,0-

Total 7.702,03.496,5

Total Sem Papéis Não Recicláveis 6.639,0-

Fonte: Bracelpa

Consumo em Toneladas

Família de

AparasAparas

Aparente de Papéis

de Origem

Toneladas

Taxa de

Recuperação

-

-

33,7%

71,1%

28,6%

34,4%

45,4%

52,7%

06

O aumento da reciclagem em nosso país fica evidente quando analisamos os últimos 10 anos, ondeobservamos que enquanto o consumo aparente de papéis de todos os tipos aumentou 25%, o volume de papeldestinado para reciclagem evoluiu 56% caracterizando que a recuperação de papel cresce a uma taxa anualduas vezes maior que a oferta de papel.

Evolução do Consumo Aparente de Papéis de Todos os Tipos e o

Consumo de Aparas.

1997 36,32.2396.167

1998 36,62.2956.276

1999 37,92.4166.373

2000 38,32.6126.814

2001 41,42.7776.702

2002 43,93.0176.879

2003 44,73.0056.716

2004 45,83.3607.333

2005 47,03.4387.328

2006 45,43.4967.702

06/97 56,0%24,9%

Fonte: Bracelpa

PeríodoConsumo aparente

de papéis (1000 t)

Consumo de aparas

(1000 t)

Taxa de

recuperação %

Média 5,1%2,5%

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A distribuição do consumo de aparas por regiões, como era de se esperar segue, aproximadamente, adistribuição das empresas recicladoras. O estado que apresenta o maior consumo é São Paulo onde foramconsumidas em 2006, 1,3 milhão de toneladas de aparas de todos os tipos. Santa Catarina com 24 empresasconsumiu 705,9 mil toneladas; já o Paraná, com 20 empresas, apresenta o mesmo consumo que MinasGerais onde detectamos 14 empresas recicladoras no conceito Bracelpa, respectivamente, 452,3 e 429,6 miltoneladas.Normalmente as aparas são compradas num raio de 100 km da fábrica, mas as empresas usam seuscaminhões de entrega para trazerem a mercadoria de volta, aproveitando a condição de frete de retorno etambém de acordos com clientes que devolvem as perdas de transformação para o fornecedor de papel. Nestacondição não existe limite para a distância de transporte, sendo comum que se busque a matéria-prima adistâncias superiores a 1000 km.Esta possibilidade dá ao mercado de reciclagem uma dimensão territorial que atinge todo o país, sendocomum as empresas de São Paulo buscarem matéria-prima no Nordeste, enquanto as empresas do Sulmuitas vezes carreguem seus caminhões no Rio de Janeiro. O resultado final é uma grande eficiência do setorde papel na coleta de papéis usados que só não é maior pela falta de oferta da matéria-prima.

Volume de Reciclagem e Quantidade de Empresas por

Regiões - 2006

Sudeste 61 46,2%53,4%1.867,8

Sul 53 40,2%36,6%1.279,1

Nordeste 14 10,6%8,0%280,6

Norte 3 2,3%1,7%60,5

Centro Oeste 1 0,8%0,2%8,5

Brasil 132 100,0%100,0%3.496,5

Fonte: Bracelpa

t. % EmpresasRegião %

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Evoluçao dos Preços de Aparas de Papelão Ondulado

$0,00

$50,00

$100,00

$150,00

$200,00

$250,00

$300,00

$350,00

$400,00

$450,00

Jan./9

5

Jan./9

6

Jan./9

7

Jan./9

8

Jan./9

9

Jan./0

0

Jan./0

1

Jan./0

2

Jan./0

3

Jan./0

4

Jan./0

5

Jan./0

6

Jan./0

7

Po

rt.

FO

B

Reais US$

Retomada

Desestímulo

Evolução de Preços de Aparas de Papelão Ondulado

A grande característica do setor é o fato de sua principal matéria-prima ser também seu principal produto. Estacondição gera uma grande dificuldade que, de tempos em tempos, atinge o setor.O papel produzido demora, em média, de três a quatro meses para voltar à fábrica. Em período de fracodesempenho da economia, as vendas diminutas resultam em um consumo pequeno de aparas, preços emqueda, e o conseqüente desestímulo da coleta que se mantém suficiente para abastecer a pouca demandapelo produto.Se ocorre uma rápida recuperação nas vendas, os fabricantes não encontram a matéria-prima, pois ela sóestará disponível após a produção e, em alguns casos, após o restabelecimento da cadeia de coleta. Nessemomento, os preços disparam desestruturando o mercado até o restabelecimento do ciclo de produção,geração de aparas, coleta e retorno para produção. O gráfico a seguir mostra a conseqüência dessesmomentos nos preços das aparas.No caso das aparas brancas os saltos são atenuados, pois existe um limite superior que é o preço da celulosefibra curta branqueada.

Abastecimento

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Pelos volumes envolvidos, número de pessoas empregadas, além de outros fatores, pode-se concluir que o segmento de reciclagem de papel já constitui um importante segmentoda economia brasileira. Eventuais interferências no setor precisam ser analisadas comseriedade para não desestruturar o que já está funcionando e garantindo o abastecimentodas fábricas de papel com o volume de 3,6 milhões de toneladas anuais.Contudo, de forma organizada muito se pode e se deve fazer para incentivar esse mercado.Até porque as empresas de papel sentem constantemente falta da matéria-prima aparas,havendo períodos em que o setor papeleiro efetua importações do produto para regularizaro abastecimento.Apesar de consumirmos milhões de toneladas de materiais que de outra forma iriam paraos lixões municipais, ou para os já saturados aterros sanitários, a confusa regulamentaçãofiscal age como um desincentivo à reciclagem sobrecarregando a fábrica ao não permitir,por exemplo, que os recicladores se creditem de impostos que tenham incidido sobre ospapéis em seu ciclo anterior de vida.Após consumirem toneladas e mais toneladas de papel que, de outra forma,sobrecarregariam os sistemas de coleta públicos, somos obrigados a pagar taxasaltíssimas para descarregar resíduos inservíveis em aterros municipais.Estes fatos tornam-se fundamentais para que haja uma consolidação da regulamentaçãofederal, estadual e municipal que dê às aparas um tratamento eqüânime e que incentive areciclagem em todos os seus níveis. No entanto, o anteprojeto de lei que institui a políticanacional de resíduos sólidos está parado no Congresso Federal há anos.Importante também é a diminuição dos gargalos de fornecimento que ocorrem no início decada fase de crescimento ou queda da atividade econômica. Isto poderia ser feito com acriação de linhas de crédito de médio e longo prazo, para financiar a estocagem doproduto, evitando-se sua falta ou sobra nesses períodos.O aparelhamento adequado de todos os “players” do sistema, desde cooperativas atéfábricas de papel, passando pelos aparistas, também precisa ser objeto de linhas definanciamento adequadas à realidade do segmento, o que poderia ser objeto de análisepelo BNDES.As campanhas de incentivo à reciclagem, que estão na moda e que são sempre bem-vindas, precisam manter em foco que o objetivo não é o de criar um segmento novo, massim de melhorar a eficiência do que já existe hoje, evitando-se a implantação de esquemasque trazem como resultado final o encarecimento do produto.Importante também é melhorar a classificação do produto aparas, criando tipos de fácilcoleta, separação e enfardamento e que possam ser utilizadas para cada tipo de produtofinal, diminuindo-se as perdas.Neste sentido, as recentes Normas Brasileiras ABNT NBR 15483 - Aparas de papel epapelão ondulado - Classificação, e ABNT NBR 15484 - Aparas de papel e papelãoondulado - Determinação do teor de umidade - Método por secagem em estufa,elaboradas pelo CB29 - Comitê Brasileiro de Celulose e Papel, vêm colaborar com isto.A implantação efetiva dessa classificação ajudará a melhoria da relação entrefornecedores e consumidores e incentivará ainda mais a reciclagem de papel no Brasil.

Conclusão

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Realização:

Bracelpa - Associação Brasileira de Celulose e Papel e da ABTCP

ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

Presidente:

Presidente:Diretora de Normalização:

Horacio Lafer Piva

Alberto MoriMaria Eduarda Dvorak

Presidente Executivo: Elizabeth de Carvalhaes

Capa:Miolo:

Eco Millennium 150 g/m²Eco Millennium 90 g/m²

Planejamento:

Grupo de Trabalho sobre Reciclagem – GTR (Bracelpa)

ABNT/CB29 – Comitê Brasileiro de Celulose e Papel

Coordenador:

Superintendente:Chefe de secretaria:

Loreto Bove Neto

Maria Eduarda DvorakCristina A. Doria

Execução:

BracelpaABNT/CB29 Cristina A. Doria

Pedro Vilas Boas

Edição:

ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

Revisão de Texto:

Aparecida de Fatima Mendes Verrastro - Bracelpa

Impresso em Papel Reciclado:

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Rua Zequinha de Abreu, 27 - São Paulo, SPTelefone: 55 11 3874-2729

www.abtcp.org.br | www.abnt.org.br/cb29

Rua Afonso de Freitas, 499 - São Paulo, SPTelefone: 55 11 3885-1845

www.bracelpa.org.br

Realização

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