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NOS PORTO PICOS DO ENTRAR

NOS PORTO PICOS DO ENTRAR. INFORMAÇÕES COMEÇAR O ROTEIRO Bem vindo ao roteiro NOS PICOS DO PORTO. Com este roteiro poderás conhecer os locais onde se

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NOS

PORTOPICOS

DOENTRAR

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INFORMAÇÕES

COMEÇAR O ROTEIRO

Bem vindo ao roteiro NOS PICOS DO PORTO. Com este roteiro poderás conhecer os locais onde se pode desfrutar das melhores perspectivas da cidade do Porto. Paralelamente estão aqui sintetizadas as principais informações dos monumentos e ruas de maior destaque da cidade. Deste modo, enquanto desfrutas de determinado ponto de vista podes seleccionar o monumento que gostavas de conhecer encontrando informações desse mesmo ponto de interesse e a sua relação com a cidade.

Assim, desenhámos um roteiro para que possas ir de “pico em pico” e tentar perceber esta cidade numa perspectiva mais global, o que só poderia ser possível dirigindo-nos aos picos mais altos do Porto. Evidentemente que este tipo de roteiro faz mais sentido nesta cidade em particular, uma vez que possui uma malha urbana de raiz medieval que acompanha a topografia irregular do terreno, formando os PICOS DO PORTO.

Modo de deslocação: a pé | Distância: 3,9km | Duração: 03h00

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MENU | Picos do Porto

g Sé do Porto

a Hotel D. Henrique

f Estação de São Bento

b Rua do Almada

h Ponte Luís I

e Rua das Flores

d Miradouro da Vitória

c Torre dos Clérigos

TERMINAR ROTEIRO

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PERCURSO

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• Inicia o percurso no primeiro pico do Porto, o Hotel D. Henrique, situado na Rua de Guedes de Azevedo. Sai do hotel e vira à direita, entrando na Rua das Carvalheiras, a qual vai finalizar na Rua de Gonçalo Cristóvão.

• Vira à esquerda e segue em frente até encontrares a terceira rua à esquerda. Entras assim na Rua do Almada. Percorre esta até ao fim e depois curva à direita entrando na Rua dos Clérigos.

• Sobe a rua e vai até à Torre dos Clérigos, o segundo pico a visitar. Depois de saíres da torre segue em frente pela Rua da Assunção até chegar ao Campo dos Mártires da Pátria. Vira à esquerda e dirige-te até à Rua de São Bento da Vitória.

• No fim da rua está o Miradouro da Vitória, o terceiro pico do percurso. Entra e desfruta da vista sobre o Porto. Saindo do miradouro vira imediatamente à direita entrando na Rua da Bateria da Vitória, desce a rua e vira novamente à direita entrando na Rua da Vitória. Segue até às Escadas da Vitória. Chegando ao fim da longa e ziguezagueante escadaria curva à esquerda entrando na Rua de Belmonte.

• Contorna novamente à esquerda e entra no Largo de São Domingos, seguindo em frente encontras a Rua das Flores, artéria histórica da cidade.

• Segue até ao fim da rua onde vais encontrar a Estação de São Bento localizada na Praça de Almeida Garrett. Depois de a visitares vira à esquerda entrando na Avenida D. Afonso Henriques.

• Sobe um pouco e começarás a ver a Catedral do Porto. Saindo do quarto pico, dirige-te para o último, voltando à avenida e virando à direita.

• Seguindo em frente irás ter à Ponte Luís I, o derradeiro local deste percurso, a partir do qual poderás desfrutar de uma deslumbrante vista sobre a Cidade Invicta.

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HOTEL D. HENRIQUE

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Em plena década de 50 do século XX assiste-se ao surgimento de um novo paradigma para a ideia de cidade. Robert Auzelle (1913-1983), arquitecto e urbanista francês, propõe através da realização do Plano Director Municipal, a construção de edifícios que se assumam em altura na paisagem urbana do Porto, criando uma rotura na escala da urbe.

Nos anos 60 e 70, essas idealizações são postas em prática na cidade do Porto, com a construção de vários edifícios, nomeadamente o Hotel D. Henrique, que se junta à verticalidade de históricas construções como a Catedral do Porto e a Torre dos Clérigos. SEGUINT

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O Hotel D. Henrique é um edifício localizado em pleno centro tradicional do Porto, na aresta formada pela Rua de Guedes de Azevedo e a Rua do Bolhão. Teve origem no projecto do grupo de notabilizados arquitectos Carlos de Almeida (1920-2009), José Carlos Loureiro (1925) e Luís Pádua Ramos (1931-2005), no ano de 1965. Todavia a construção do hotel somente ficou concluída em 1973.

O edifício caracteriza-se por ter uma planta orgânica e irregular. Tem uma estrutura planimétrica que relembra e associa o organicismo nórdico ao neo-realismo italiano. Estabelece uma relação de 180º com a cidade e rejeita o conceito tradicional de fachada, possuindo vãos em todas os alçados. Nos dois últimos pisos os vãos são adornados por um sistema de brise-soleil, rematando o edifício com grande requinte. No piso térreo encontra-se uma galeria comercial que compõe o envasamento do edifício.

O hotel possui 154 metros de altura e assume uma impactante presença no perfil urbano da cidade, destacando-se os últimos dois pisos onde se encontra um restaurante/bar (17º Restaurante & Bar), que oferece vistas extraordinárias e exclusivas sobre a cidade, tornando-se assim um privilegiado Pico do Porto.

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RUA DO ALMADA

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Ainda hoje uma das mais longas da cidade, a Rua do Almada conta a história do Porto, neste caso, como um dos principais eixos de expansão da cidade na época dos Almadas, na segunda metade do século XVIII.

Foi projectada por Francisco Xavier do Rego (1692-1786) como via de ligação entre a Porta do Almada, na zona baixa do Porto, e a estrada que ligava a Braga e Guimarães.

A Rua do Almada, aberta entre 1761 e 1786, foi o primeiro grande arruamento a ser rasgado fora das Muralhas Fernandinas, de modo a criar um fácil acesso ao Campo de Santo Ovídio, actual Praça da República, pois já na época era uma importante cidade mercantil, onde crescia cada vez mais o comércio internacional.

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Neste sentido, tornava-se imperativo criar um eixo de ligação desde a zona de entrada e saída de produtos, até aos respectivos compradores, e vice-versa.

Paralelamente, convém reter que se trata de uma rua recta perfeitamente regular, inserida numa malha urbana marcadamente irregular de traçado medieval, o que obviamente se faz destacar quando analisamos mapas desta zona. Tal aspecto justifica-se tendo em conta toda a reforma almadina, com o desejo de criar uma cidade mais moderna que respondesse às novas necessidades de circulação e organização.

É ainda de destacar a harmonia das fachadas das casas de traça tradicional. Muitas das habitações estão revestidas com azulejos oriundos de fabricas de cerâmica portuenses, sendo que as varandas são constituídas por singulares resguardos em ferro forjado.

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TORRE DOS CLÉRIGOS

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Antes de subir a um dos mais altos Picos do Porto para uma visão em 360º da cidade, convém reter umas noções base da sua história. Trata-se de um projecto de Nicolau Nasoni (1691-1773), um arquitecto e cenógrafo italiano que veio para Portugal na segunda década do século XVIII, expandindo a linguagem barroca na arquitectura e consequentemente na própria imagem da cidade do Porto.

O terreno para a construção da igreja apresentava uma série de características que exigiram um projecto diferente do habitual. A dificuldade maior prendia-se com o formato do terreno, longo mas estreito. Para tirar pleno partido desta situação, Nasoni rejeitou a fórmula tradicionalmente usada em Portugal de colocar as torres na fachada e remeteu-as para as traseiras, libertando assim espaço na frente da igreja - o projecto original incluía duas torres, solução depois substituída por uma só torre.

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Paralelamente, a inclinação da Rua dos Clérigos, como hoje é denominada, é bastante acentuada, o que acabou por conferir uma grande verticalidade à fachada. Assim, a leitura que fazemos deve ter em conta todo o conjunto, igreja e torre, ambas decoradas com formas e linhas côncavas e convexas que formam toda a decoração e dinamismo evidentes em toda a arquitectura barroca.

A capela-mor é rectangular e liga o corpo da igreja à Casa dos Clérigos, que por sua vez está ligada à torre, último elemento desta progressão de volumes cada vez mais estreitos, que acompanham a definição do terreno. No interior da igreja, a decoração é rica e abundante em efeitos policromos, conjugando-se a pedra com a talha dourada e a pintura.

Na cabeceira da igreja, voltada para o Jardim da Cordoaria, deparamo-nos com a maior Torre de Portugal, que possui 75 metros de altura. Esta é então a Torre dos Clérigos, marcante pela sua elegância e harmonia de formas, tendo sido erguida entre 1748 e 1763 e totalmente construída em granito lavrado, um material muito comum no Porto. Aqui podemos fazer uma leitura em níveis, uma vez que está dividida por andares de linhas suaves e discretas.

No seu interior existe uma escadaria de acesso à plataforma superior com 240 degraus. Como é visível, é rematada por um campanário com um registo tipicamente barroco, de onde se pode observar o Porto e arredores, de uma forma verdadeiramente indescritível.

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MIRADOURO DA VITÓRIA

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Encontramo-nos agora naquele que terá sido o primeiro jardim público, bem como o primeiro miradouro desta cidade, sabendo que sempre foi, e continuará a ser, um dos importantes Picos do Porto. Aqui podemos desfrutar de uma das melhores vistas e perspectivas sobre a cidade, não só dos seus monumentos, como da própria malha urbana.

De facto, com o que conseguimos ver, torna-se inquestionável ou, pelo menos, bastante mais claro, como durante séculos a Baixa e a Catedral formaram o núcleo gerador de toda a cidade.

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Na verdade, de um só ponto de vista conseguimos identificar importantes arquitecturas no quadro da história do Porto: a Sé, a Igreja dos Grilos, a Ponte Luís I, etc.

Ao mesmo tempo conseguimos ter uma perspectiva global da zona ribeirinha, pertencente ao centro histórico da cidade e considerado Património Mundial.

Este miradouro foi mandado construir por João de Almada e Melo (1703-1786) em 1770, tendo ficado concluído em 1772 e recebeu os canhões das tropas afectas a D. Pedro, entre 1832 e 1833, aquando das lutas liberais.

Actualmente é um espaço privado mas aberto ao público, precisamente por ser um dos lugares no Porto onde melhor o podemos contemplar, onde podemos realmente entender a organização e origem medieval da cidade, com uma orientação irregular de ruas estreitas e tortuosas.

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RUA DAS FLORES

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A Rua das Flores é uma das ruas do Porto que ainda mantém o perfil urbanístico original quase intacto. Estabelece a ligação entre o Largo de São Domingos e a Praça de Almeida Garrett, junto à Estação de São Bento.

Esta rua foi mandada abrir por D. Manuel I em 1518, com o objectivo de criar uma via entre o Largo de São Domingos e a Porta de Carros, uma porta da Muralha Fernandina que ficava no topo da actual Praça de Almeida Garrett, respondendo assim às necessidades do crescimento populacional e desenvolvimento económico que se dava no Porto.

A rua foi rasgada em terrenos pertencentes ao clero, ficando o bispo da época, D. Pedro Alvares da Costa, senhorio das casas aí construídas.

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O nome da rua provém das viçosas hortas que existiam nestes terrenos, as “hortas do bispo” e do símbolo religioso de D. Pedro, que era a roda de navalhas com que foi supliciada Santa Catarina, completando assim o primeiro nome da rua: Santa Catarina das Flores.

Calcetada em 1542, tem desempenhado desde sempre um papel primordial como eixo de ligação entre a baixa portuense e a parte alta da cidade, função que manteve quando se operaram as grandes transformações urbanísticas no tempo dos Almadas.

Esta artéria foi construída segundo um desenho original, com a regularização das duas margens da rua. Era a primeira vez na história da urbanização do Porto que se implementava uma regulamentação sobre o tipo de habitação permitida construir.

Alguns dos mais emblemáticos edifícios lá construídos são: o antigo Hospital de D. Lopo; a Casa dos Maias; a Casa da Companhia, onde funcionou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criada pelo Marquês de Pombal; a Casa dos Sousas; a Casa dos Constantinos; a Casa dos Cunhas Pimentéis; e a Igreja da Misericórdia do Porto, que possui uma fachada construída por Nicolau Nasoni em estilo Barroco, considerada uma das mais belas da cidade.

A abertura desta nova rua coincidiu com o fim de proibição de estadia dos nobres na cidade e com uma cada vez maior afirmação da burguesia mercantil. Sendo assim, o estrato social que predominava nesta rua era a aristocracia urbana, ou seja, cidadãos que desempenhavam altos cargos na administração do município e da Coroa, abastados mercadores possuidores de títulos nobres, e alguns cristãos-novos. Este tipo de população habitante e a tipologia de edifícios construídos conferiam à rua um carácter fortemente elitista em toda a sua extensão.

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Estação de São Bento

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A Estação de São Bento é um edifício projectado pelo arquitecto José Marques da Silva (1869-1947), que alberga a estação de caminho de ferro que serve principalmente a linha ferroviária do Douro. Apresenta uma estrutura em forma de U, com as laterais de acesso às ruas da Madeira e do Loureiro e a fachada principal voltada para a Praça Almeida Garrett. No seu interior, integra uma gare com 8 linhas e 5 cais, encontrando-se coberta por uma enorme estrutura metálica.

A construção de uma estação no centro da cidade impunha-se. Para que tal fosse possível, foi necessário demolir o Mosteiro de São Bento de Avé Maria, que estava em degradação, explicando-se assim a origem do nome do novo edifício. O início das obras que lhe deram origem deu-se em 1900, tendo sido inaugurada oficialmente em 1916.

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Este edifício, em estilo neoclássico tardio, tornou-se célebre principalmente pelo seu sólido e amplo vestíbulo granítico revestido por painéis de azulejos com cerca de 20mil ladrilhos que preenchem um total de 550 metros quadrados de superfície, sendo considerados os mais belos painéis do género existentes em Portugal. São da autoria de Jorge Colaço (1868-1942), celebre azulejador português.

Cada painel, pintado em tons de azul e branco, representa uma cena da história nacional, como por exemplo, o Torneio de Arcos de Valdevez, em 1140; a entrada triunfal de D. João I no Porto para celebrar o seu casamento com D. Filipa da Lencastre, em 1386; e a conquista de Ceuta pelo Infante D. Henrique, em 1415. Também se pode contemplar cenas mais campestres e de carácter religioso como a procissão da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego ou a romaria de S. Torcato, em Guimarães. Na parte superior e terminal das paredes podemos ainda observar um friso multicolor que evoca a história da viação nacional, desde os primórdios até à chegada do primeiro comboio a Braga.

A gare de São Bento torna-se assim um dos ex-libris da cidade do Porto, estando já classificada como Património da Humanidade e sendo considerada uma das mais belas estações de caminhos-de-ferro a nível mundial.

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SÉ DO PORTO

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A Sé do Porto é uma síntese de uma grande variedade de linguagens arquitectónicas que passaram ao longo da história por esta cidade e por isso não é possível descrevê-la segundo uma tendência artística, ou de uma forma perfeitamente objectiva, pelas várias intervenções que foi sofrendo ao longo do tempo, com objectivos plásticos por vezes muito distintos. Simultaneamente, é testemunho da evolução da cidade, pelo que podemos até dizer que a viu crescer, desde a Baixa até aquilo que hoje é chamado o “Grande Porto”. Podemos saber com certeza que a sua construção previa uma catedral românica, e de facto assim foi, a construção teve inícios ainda na primeira metade do século XII.

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No entanto, as obras prolongaram-se de tal modo que a rosácea que ostenta já demonstra as práticas comuns da arquitectura gótica ou pelo menos de um românico final. Mas para que não restem dúvidas, o seu famoso claustro é claramente gótico pelos arcos em ogiva, pelo tipo de decoração e pela própria concepção do espaço, construído durante o reinado de D. João I, entre os séculos XIV e XV. De qualquer modo, no interior da igreja, a organização e orientação das naves é românica, com apontamentos artísticos de épocas mais recentes, como no caso da pia baptismal, renascentista, ou os dois púlpitos de mármore do século XVII.

A imponente fachada, que mantém ainda as torres românicas, foi remodelada em 1772, numa intervenção rococó que substituiu o primitivo portal românico e conferiu ao alçado poente o aspecto cenográfico que hoje possui. O portal é ladeado por duas colunas geminadas que suportam um frontão que termina em nicho, onde se conserva a imagem da padroeira da Sé do Porto, Nossa Senhora da Assunção. Deste modo, o que hoje vemos não é exactamente a sua imagem inicial, mas sim a sua evolução no tempo.

Independentemente da época há um aspecto que não pode ser esquecido, a sua posição na malha urbana. Durante séculos o Porto foi uma cidade episcopal e nesse sentido percebemos o porquê da Sé e do respectivo Palácio Episcopal estar num dos Picos do Porto. Na verdade, este foi o núcleo urbano para o crescimento da cidade, ou seja, colocada estrategicamente no cimo da colina, a cidade foi crescendo em seu redor, e apesar de actualmente vermos uma praça no prolongamento da Catedral, durante séculos ela era totalmente rodeada de casas residenciais e da mais variada espécie de estabelecimentos civis.

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PONTE LUÍS I

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Prestes a terminar o roteiro, vamos agora passar para o último Pico do Porto, A Ponte Luís I. A sua construção teve início em 1881, sendo inaugurada em 1886. Porém, só é completamente concluída dois anos mais tarde, quando o tabuleiro inferior é finalizado.

A ponte atravessa o rio Douro para ligar as margens das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia em duas cotas diferentes. Foi construída com o intuito de substituir a antiga Ponte Pênsil, finalizada em 1843, que somente ligava a zona inferior da cidade e da qual actualmente subsistem apenas os pilares da entrada norte, situados ao lado da Ponte Luís I.ANTERIOR SEGUINTE

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Esta estrutura foi projectada pelo engenheiro francês Théophile Seyrig (1844-1923), que trabalhava na empresa belga Sociedade Anónima de Construção e Oficinas de Willebroeck. Este engenheiro tinha já anteriormente trabalhado no projecto da Ponte D. Maria, que liga as mesmas cidades, em colaboração com o ilustre engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).

Reflexo do desenvolvimento científico-tecnológico que se verificou especialmente no século XIX, esta ponte foi construída em ferro, o que permitiu ultrapassar muitos dos inconvenientes impostos pela topografia do terreno em que se situa. Em ambas as margens existe um acentuado desnivelamento do solo, que cria duas zonas distintas, uma inferior e outra superior. Consequentemente a proposta que serviu de base aquando da abertura do concurso para a construção da nova ponte estipulava a obrigatoriedade de esta possuir dois tabuleiros sobrepostos que ligariam as zonas ribeirinha e superior do Porto e de Vila Nova de Gaia.

O tabuleiro inferior tem o comprimento de 174 metros, possuindo o tabuleiro superior uma extensão consideravelmente maior, 391 metros. Ambos os tabuleiros, que possuem 8 metros de largura, encontram-se sustentados por um grande arco central de rótula, biarticulado, com um vão de 180 metros e 5 pilares que sustentam toda a estrutura, totalizando o conjunto 3mil toneladas de peso.

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ESPERAMOS QUE TENHAS GOSTADO DE DESFRUTAR DAS MELHORES VISTAS DA

SEMPRE INVICTA E MUI NOBRE CIDADE DO PORTO

NOS PICOS DO PORTO | DE: ANTÓNIO DAMÁSIO E GUSTAVO VASCONCELOS