2015 | SET - OUT | EDIÇÃO 161

Santo Eugênio e a Palavra

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Pés missionários em terras de Mauá

PÁGINA 08

Missão no Piauí

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Oblatos no Centro-Oeste do Brasil

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Nossos Jubilares por Pe. Francisco Rubeaux

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Concurso do Hino JOMI

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RETIRO E ASSEMBLÉIA - PROVÍNCIA DO BRASILPor Pe. Cleber Lopes, OMI

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Com os meses de setembro e outubro somos convidados a nos aprofundar nas Escrituras (Bíblia) e na nossa Missão, são os dois grandes temas que se destacam nestes meses. Existe uma relação indissociável entre a Palavra e a Missão: A Palavra de Deus é a Missão e a Missão é a Palavra de Deus.

“Aquele que toda eternidade é a Palavra do Pai saiu do seio do Pai para vir habitar entre nós, homens e mulheres.” (João 1, 1.14.18). E “Ele percorria todas as cidades e aldeias, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Notícia do Reino e curando todo tipo de enfermidades e doenças.” (Mateus 9, 35). E Jesus afirmava: “Vamos às aldeias vizinhas, para pregar também ai , pois vim para isto” (Marcos 1, 38).

Jesus, Palavra de Deus, recebeu do Pai a missão de proclamar a Palavra de Boa Nova por toda parte. Ele é a Palavra e a Missão (Enviado).

Pela sua Palavra se realiza a Missão: é o sentido de sua pregação na sinagoga de Nazaré: “Hoje está se realizando para vocês a Palavra que acabastes de ouvir.” (Lucas 4, 21). A vida de Jesus é a Palavra viva, ou melhor dizendo, a Palavra em vida. O que Ele diz se realiza. O profeta Ezequiel já o dizia do Deus de Israel: “Eu o Senhor digo e faço” (Ezequiel 37, 14). Talvez assim entendemos melhor o que o Documento de Aparecida quis nos dizer quando escreve e convida todos os cristãos a serem “discípulos(as) e missionários(as)”.

A nossa vivência com a Palavra (ser discípulo) nos capacita a sermos missionários e só seremos missionários se formos discípulos.

Como discípulos aprendemos de Jesus a Palavra, como Maria aos pés de Jesus escutava o Mestre (Lucas 10, 39). Como o Filho que está no seio do Pai, o discípulo precisa repousar no peito de Jesus (João na última Ceia, João 13, 25) para deixar a Palavra o invadir: “nosso coração ardia quando Ele nos explicava as Escrituras pelo caminho” (Lucas 24, 32). Deste ardor da Palavra que abrasou os corações dos discípulos, nasceu a sua missão: “Eles imediatamente retornaram para Jerusalém para anunciar

a Boa Nova da Ressurreição” (Lucas 24, 33).

Poderíamos aproveitar estes dois meses para retomar, nas Sagradas Escrituras a história de algumas vocações, e notar o que caracteriza a vocação para a missão.

Em setembro o mês da Bíblia é dedicado ao estudo do Evangelho segundo São João. Nestas páginas evangélicas encontramos muitas vocações para a missão, a começar pelo Filho Único do Pai que deixa o seio do Pai para vir junto a Humanidade. Têm também os dois discípulos de João Batista que seguem Jesus e vão ver onde ele mora e ficam com Ele naquele dia. A Samaritana que se torna missionária dos seus irmãos samaritanos e os discípulos de Emaús.

Ao ficar na intimidade com Jesus, nos tornaremos seus missionários, embaixadores de sua Palavra como São Paulo costumava dizer.

“Não anunciamos a nós próprios, mas a Cristo Jesus como Senhor. Não agimos com astúcia, falsificando a Palavra de Deus” (2ª carta aos Coríntios 4, 1-6).

Pe. Francisco Rubeaux OMI | Provincial.PA

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“Saiu o semeador a semear a semente”

(Lucas 8, 5).

Mês da Bíblia e Missão:

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“VEM E SEGUE-ME.”SAV . Serviço de Animação Vocacional

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O Jornal Nossas Notícias - OMI é uma publicação dos Oblatos de Maria Imaculada - Província Brasil dirigida aos seus membros e leigos. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal, de seus membros ou da Congregação. É permitida a reprodução das matérias e artigos, desde que previamente autorizada por escrito pela supervisão e com crédito em fonte.

EXPEDIENTENOSSAS NOTÍCIAS

Missão dos Oblatos no Centro-oeste do Brasil (Antiga Delegação Brasil-

Central).Percebendo a realidade difícil da América Latina, principalmente no que se refere a questão de evangelização pela escassez de sacerdotes e religiosos, o Papa João XXIII lançou um apelo aos bispos e superiores de Congregações Religiosas para enviar missionários para esta região, de forma específica para o Brasil.

Atento ao convite do Papa, o superior da província Anglo-Irlandesa, vendo a possibilidade de enviar missionários, fez uma visita ao Brasil em Janeiro de 1961. Ao visitar os frades Franciscanos em Anápolis-GO, ele encontrou com o Bispo de Jataí, Dom Benedito Coscia, OFM, este o levou para conhecer as cidades de Mateira e São Simão, extremo sul daquela Diocese.

No dia 08 de Dezembro de 1962, Dom Benedito confiou a Paróquia de Mateira-GO, (Atual Paranaiguara-GO) ao superior daquela missão, o padre Pedro Moriarty, OMI. A nova Paróquia receberá o nome de Paróquia da Imaculada Conceição. Em Março de 1963 outros três missionários vindos da Irlanda se juntaram ao padre Pedro. São eles: Jeremias Donovan, Eduardo Barret e João Cribbin.

Sem dúvida os primeiros anos foram marcados por grandes desafios missionários: Aprendizado do idioma, adaptação a realidade cultural, costumes e principalmente a realidade eclesial, que naquela época estava em pleno vapor as provocações feitas a partir do início do concílio Vaticano II. Isto fez com que estes primeiros missionários estivessem atentos a estas questões para uma melhor aplicação das reflexões do Concílio, vislumbrando uma Igreja mais aberta e próxima do povo.

O trabalho missionário nessa região foi tão fecundo, que despertou outros oblatos irlandeses a vir para o Brasil, o número foi aumentando e assim puderam atender essa região e assumiram outras áreas missionárias; Rio de Janeiro, Uberlândia-MG, Caçu-GO, Utaguaçu-GO, Cachoeira Alta-GO, Ituiutaba-MG, Ceres-GO, Itacoatiara-AM, Goiânia-GO, Aparecida de Goiânia-GO, Aragoiânia-GO, Cassilândia-MT, Duque de Caxias-RJ. A atuação pastoral nessas regiões despertou em alguns jovens o interesse pela vida missionária oblata. Entre outros que fizeram experiências junto ao grupo oblato desta região, atualmente quatro padres brasileiros pertencem a este grupo.

No dia 07 de Dezembro de 2012 reunimos em Paranaiguara-GO para uma bonita celebração lembrando os 50 anos de missão oblata naquela região e 50 anos de fundação da Paróquia da Imaculada Conceição daquela mesma cidade. Pe. Jeremias Donovan, OMI que

fez parte do grupo que iniciou a missão em 1962, depois de passar por outras paróquias em 2012 era o pároco da mesma.

Depois de mais de 50 anos de missão, os desafios já não são os mesmos de antes. Assim como em outras unidades oblatas, fez-se necessário o processo de unificação. O período de discernimento durou alguns anos e foi marcado por momentos de reflexões profundas acerca da missão na região do centro-oeste e como poderíamos manter esse bonito trabalha de evangelização que foi marcado por muitas vidas doadas a serviço dos menos favorecidos daquela região.

Depois deste período de reflexão o grupo da Delegação Brasil-Central decide se incorporar à Província do Brasil no mês de Julho de 2015. No dia 01 de Julho de 2015, o Superior Geral Padre Louis Lougen, OMI concedeu aos dez membros da antiga delegação, obediência a província do Brasil. Este fato foi celebrado no Retiro e Assembléia anual da província no dia 02 de Agosto do mesmo ano.

Agradecemos a todos os missionários que de alguma forma foram verdadeiros discípulos de Jesus Cristo nessa região de missão. Que Santo Eugênio e Maria Imaculada continue sendo nossa proteção.(Parte do texto foi retiro do livro de comemoração dos 50 anos de presença oblata no centro-oeste, 2012).

Por Pe. Lindomar Felix, OMI.

Concurso do Hino da JOMI

Por Ir. Sérgio Santana, OMI.

No dia 26 de Julho ocorreu na Comunidade Verbo Divino da Paróquia Santo Eugênio de Mazenod, em Campo Limpo - SP, o concurso para escolha do Hino da JOMI. Cinco Bandas de distintas Paróquias concorreram: Banda Lírio do Vale, Banda Milagre da Vida, Banda Aurora, Banda Identidade, e a Banda Frutos do Espírito, tendo saído vencedora a Banda Lírio do Vale da Paróquia São Pe. Pio da Diocese de Santo Amaro. O concurso serviu também como meio de reunir a juventude dessas diversas Paróquias, buscando assim valorizar de maneira criativa, alegre e dinâmica, seus talentos musicais, unindo a isso todos os preparativos que vem acontecendo por parte da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada no Brasil projeto conhecido como triênio, que prepara toda a Congregação para a marcante celebração de 200 anos de fundação. Todos os jovens que participaram do concurso, tinham alguma forma de ligação com os Oblatos, conheciam o carisma da Congregação, e por isso foram convidados para criarem um hino.

O Juri foi formado por Irmãos Oblatos e leigos de nossas Paróquias, todos formados na área de música, para que pudessem fazer um juízo de valor de acordo com aquilo que de fato cada banda trazia, e que o resultado pudesse ser o mais fidedigno possível à realidade.

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Retiro e Assembléia Provincia do Brasil

Estimados irmãos, entre os dias 29 de julho a 6 de agosto, estivemos todos reunidos em São Paulo, na casa de retiro das irmãs Cabrinis em Santo Amaro, para nosso retiro e assembléia. A maior riqueza deste ano foi que, definitivamente, agora somos uma única Província e estamos todos unidos. Nossos irmãos da antiga delegação Brasil Central agora formam conosco a nossa Província. Era já um desejo antigo, mas que agora tornou-se realidade.

Nos primeiros dias nos dedicamos ao recolhimento e à oração, como pedem nossas constituições e regras. Ao menos uma vez ao ano, os Oblatos são convidados a este momento de retiro. Fomos orientados por nosso vigário geral Pe. Paolo Archiatti. Foi um tempo de revigorar a nossa paixão por Cristo e a Igreja missionária entre os pobres, desfrutando do convite feito a mergulharmos no nosso chamado: o primeiro, quando ainda jovens, respondemos aos apelos e atualmente, o segundo chamado, como vamos dando resposta ao Senhor que, cotidianamente, chama-nos para o novo, e entrar na escola de Jesus, escutar e viver da sua Palavra e da Eucaristia, estar constantemente em processo de formação, deixar-nos ser modelados pelo Espírito Santo segundo o Carisma OMI.

O segundo momento foi a assémbleia. Momento de avaliar, recolher e celebrar os frutos. Agradecer a Deus, porque dentro de nossas dificuldades e limitações, nós continuamos inseridos no mundo dos mais pobres e abandonados; audaciosos e humildes, os Missionários Oblatos continuam sendo presença viva na Igreja do Brasil. Celebramos com entusiasmo o desejo dos Leigos Oblatos quererem cada dia mais estar próximos da Província. O crescimento e inserção nos meios populares da JOMI - Juventude Oblata, espalhadas nos quatro cantos do país. E sonhamos como continuar nossa missão no nosso amado país, celebrar 70 anos de presença missionária, celebrar a vida, o dom do chamado e a perseverança dos nossos jubilares.

O terceiro momento foi dedicado à eleição do provincial e seu conselho. Num clima de oração, alimentados pelas Constituições e Regras: “Jesus é a fonte e modelo de autoridade na Igreja”.

Ao exemplo do Senhor que lava os pés dos seus discípulos (cf. Jo 13, 1-13). O provincial e seu conselho devem servir aos irmãos da província, coordenar os esforços em vista da evangelização dos mais abandonados, cuidar dos irmãos, apoiá-los, para que tenham perseverança e dinamismo. De maneira serena e orante, Pe. Francisco Rubeaux foi reeleito como provincial e os padres Lindomar Felix, Pedro Curran e Cleber Lopes foram eleitos conselheiros provinciais por um período de três anos.

Terminamos estes dias pedindo ao Espírito Santo que ilumine a nova coordenação, para que conduza com sabedoria a vida da Província do Brasil.

Agradecemos a todos que nos enviaram mensagens e que nos acompanharam com suas orações e preces; de maneira especial os Leigos (as) associados e à Juventude Oblata. Continuem rezando por nós e pelas vocações OMI´s a serviço da Igreja.

Somos uma só família!

por Pe. Cleber Lopes, OMI.

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por Pe.Francisco Rubeaux, OMI | Provincial.

“Felizes os que temem ao Senhor e andam em seus caminhos...” (Salmo 128,1). Eles caminharam na fidelidade e no amor do seu Senhor. “Júbilo” é alegria. E alegria tivemos muita nesta nossa última assembleia provincial. Nove jubilares foram homenageados:

Nossos Jubilares

Infelizmente a alegria não foi total, pois faltava entre nós o querido Pe. Thomas Brown, hospitalizado na UTI do Hospital São Camilo de Ipiranga-São Paulo.

Pe. Thomas Brown

Pe. Eduardo Figueroa

Pe. Henrique Lecomte

Pe. Thomas O’Brien

Pe. Roberto Mayer

Pe. Pedro Curran

Pe. Guilherme Reinhard

Pe. Thomas Delaney

Pe. José Valter Ferreira da Luz

Cada jubilar recebeu das mãos do Pe. Paolo Archiati OMI, vigário geral da Congregação, uma bênção especial do Papa Francisco e uma medalha comemorativa oferecida pela Província.

Houve também a celebração de um outro evento importante e que enche da alegria os nossos corações: os 70 anos de chegada dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada no Brasil. Foi no dia 15 de setembro de 1945 que chegaram os primeiros Oblatos em São Paulo, vindos dos Estados Unidos. A partir daí eles vão começar a se espalhar por muitos lugares deste imenso Brasil. Vão chegar mais Oblatos dos Estados Unidos para Recife, irlandeses para o Goiás, canadenses para Salvador, franceses e belgas para Belém. É esta expansão que o encarte desta edição de “Nossas Notícias” quer representar. São apresentados os principais acontecimentos que marcaram este avanço da Congregação no país.

Também lembramos de vários Oblatos que aqui ou fora do país morreram depois de doar a sua vida a favor da missão do Brasil: foram sementes do Reino nesta terra de Santa Cruz. Sementes que deram e dão frutos, pois atualmente mais da metade dos Oblatos da Província Oblata do Brasil são brasileiros, outro motivo de júbilo.

E a missão continua certos que “os que semeiam com lágrimas, ceifarão em meio a canções”. (Salmo 126, 5).

A caminhada continua. Não vem mais Oblatos de fora mas surgiram as vocações brasileiras e atualmente mais da metade dos Oblatos da Província Oblata do Brasil são brasileiros, outro motivo de júbilo.

Por 65 anos de vida religiosa e 60 de vida sacerdotal.

Por 65 anos de vida religiosa e 60 de vida sacerdotal.

Por 60 anos de vida religiosa e 55 de vida sacerdotal.

Por 60 anos de vida religiosa.

Por 55 anos de vida religiosa.

Por 55 anos de vida sacerdotal.

Por 55 anos de vida sacerdotal.

Por 50 anos de vida religiosa.

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“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres. Enviou me para anunciar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, para dar liberdade aos oprimidos, e para anunciar o ano da graça do Senhor”. (Lc 4,18-19)

Com esta passagem da Palavra de Deus, Jesus inaugura a sua vida pública. Com este trecho das escrituras, Jesus deixe claro a sua opção para os pobres, os menos prezados, os descartáveis da sociedade.

O PROFETA TERCEIRO ISAÍAS

Jesus faz uma leitura nova do trecho de profeta Isaías 61, 1-2 que fala do tempo do pós-Exílio, também chamado tempo da Reconstrução. O Terceiro Isaías (Is 56-66) é o profeta da Esperança. Depois do Exílio os exilados podem voltar a sua terra. O trecho define qual vai ser a missão: anunciar a boa notícia aqueles que sofreram nas mãos dos invasores do Império de Babilônia, as humilhações e privações de todo tipo. Sua mensagem de Esperança é justamente para estes pobres, desanimados, cativos e prisioneiros (v.1). É preciso instalar O Ano de Graça do Senhor, O Ano Jubilar(Lv 25,10), isto é reconstruir a sociedade na base da Justiça Social, onde todos tem terra e condições dignas de vida. Como diz o próprio profeta, é preciso “criar um novo céu e uma nova terra”...onde constrói casas para nelas habitar e não para outros habitar e plantar vinhas para poder comer o fruto delas e não para outros comer os seus frutos (Is 65,17.21-22). Nesta nova sociedade, “nunca mais se ouvirá choro ou clamor.” (Is 65,19).

JESUS

Jesus faz a releitura especificamente deste trecho porque também no tempo de dele, o povo sofria debaixo das botas dos invasores, os Romanos. O povo sofria duplamente das taxas excessivas e tributos dos Romanos e do Templo. Qualquer oposição resultava em prisões, torturas e mortes das mais cruéis, ou de ser crucificado ou de ser jogado às feras no Coliseu. Foram justamente os Cristãos que mais sofreram perseguições. As estimativas são que nos primeiros trezentos anos da Igreja entre cem e duzentos mil Cristãos foram mártires.

Jesus e os discípulos sofreram o martírio porque, como o profeta Isaías, Jesus pregava novos céus e nova terra , isto é, O Reino de Deus. As primeiras comunidades disseram que a Boa Nova não vem do Imperador e sim de Jesus. Disseram que Ungido não é o Imperador e sim Jesus e que o Filho de Deus não é o Imperador e sim Jesus. No primeiro versículo, do primeiro capítulo do primeiro Evangelho a ser escrito – a Comunidade Cristã repudia o projeto e as pretensões do todo poderoso Império Romano (Mc 1,1). Assim era a fé dos primeiros Cristãos dispostos a dar a vida, a serem testemunhas = mártires.

O Reino de Deus que Jesus pregava ao longo de todo o seu ministério é o mundo onde o mais importante não é o lucro, o poder e a fama (Mt 4,1-11) o mais importante é amar a Deus em primeiro lugar e os outros como a si mesmo (Mt 22,34-40). O Reino de Deus é onde a

Justiça é valorizada acima de tudo (Mt 6,33), onde há vida não uma vida qualquer mas vida em abundancia para todos (Jo 10,10). No Reino há misericórdia para a mulher adultera (Jo 8,1-11), compaixão para aquele caído a beira da estrada (Lc 10,29-37), cura para o leproso (Mt 8,2) e reintegração na comunidade para aquele possuído pelo espírito mal (Mc 1,23-26). No banquete messiânico do Reino todos estão convidados à mesa, ninguém é excluído (Lc 14,16-24).

EUGÊNIO DE MAZENOD

O Fundador, em escolher esta passagem, olhou para a realidade de seu povo e resgatou a ótica de Esperança do profeta Isaías e a proposta de Jesus do Reino de Deus onde os pobres e perseguidos são os bem aventurados de Deus. É evidente a familiaridade que o Fundador tinha com a Palavra de Deus quando ele escolheu esta passagem do Evangelho como lema da Congregação. Dom Eugênio fez uma releitura deste texto para o seu tempo e contexto como Jesus fez no tempo e contexto dele. Ele sentiu na pele o que era ser um exilado. Ele que vivia no tempo da Revolução Francesa, foi forçado a viver no exílio por vários anos.

O povo vivia um tipo de exílio na sua própria terra, tempos difíceis, de privações e perseguições. O clero em geral atendia somente as classes mais abastadas. O Fundador escolheu um outro caminho, o caminho do Galileu, de caminhar com os pobres e excluídos, de falar a linguagem do povo e de doar a sua vida a este povo, como disse Dom Eugênio, “ que tem sido cruelmente devastado em nossos dias” (Prefácio). Como os primeiros Cristãos que deram as suas vidas para testemunhar a fé em Jesus, também Dom Eugênio convida os Oblatos a serem homens, “que estão prontos a darem, se preciso for, suas próprias vidas” (Prefácio). Como Jesus que falou, “ se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Assim também Dom Eugenio disse que o nosso único distintivo seria a Cruz do Senhor . Do mesmo jeito que o profeta Isaías proclama a Esperança de um novo céu e uma nova terra e Jesus proclama a transformação de uma sociedade de morte para uma sociedade de Vida, assim também o Dom Eugênio convoca os Oblatos a, “conduzir os homens a agirem como seres humanos antes de tudo, e depois, como Cristãos; finalmente, precisamos ajudá-los a se tornarem santos.” (Prefácio).

“ O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres.” (Lc 4,18) Foi na Palavra de Deus que Eugenio buscou a definição do Oblato. Foi na Palavra de Deus que ele alimentou a sua vida missionária e é na Palavra de Deus que ele incentivou os seus membros a alimentar a vida missionária deles. “Como o Apóstolo, ‘pregar Jesus Cristo e Ele crucificado...não na sublimidade do discurso, mas na manifestação do Espírito’ ou seja, tornar claro que temos ponderado em nossos corações as palavras que proclamamos, e que comecemos a praticá-las antes de partimos para ensinar”.

¹ Ivo Lesbaupin, Blessed are the Persecuted, New York: Orbis Books, 1987, p. 14. ² Carta ao bispo de Sri Lanka cerca 1845. ³ Escritos do Fundador, 1826.

Santo Eugênio e a Palavra

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CELEBRATIVASDATAS

03 Pe. Ricardo de Almeida Ordenação (2011)05 Pe. Columbano O’Flanagan Falecimento05 Pe. Daniel Meehan Falecimento (2008)06 Pe. Edicarlos Alves da Conceição Aniversário (1980)06 Ir. José Luis Felipe Marco Aniversário (1990)08 Pe. Antônio L. Rendon Ordenação (1967)09 Ir. Antonio Kleber Aniversário (1980)09 Sem. José de Paulo Lima da Silva Aniversário (1990)09 João Cribbin - Cahermoyle, Irlanda Falecimento15 Pe. Eduardo de Assis - Japão Ordenação (2007)17 Pe. Sérgio Cordeiro Nunes Ordenação (2005)20 Pe. Jeremiah Donovan Ordenação (1959)21 Pe. Josenildo T. Ferreira Aniversário (1962)21 Pe. Thomas Brown Aniversário (1926)22 Pe. Sérgio Cordeiro Nunes Aniversário (1965)22 Pe. Pedro Moriarty Falecimento (2004)23 Pe. Paulo Medeiros Aniversário (1936)25 Sem. Paulo Vitor Carvalho Pantoja Aniversário (1992)26 Sem. Sérgio de Santana Aniversário (1984)28 Ir. Geraldo Groenen Votos Perpétuos (2003)30 Pe. David O’Brien Aniversário (1932)

01 Pe. Miguel Pipolo Aniversário (1940)03 Ir.Lindomar de Abreu Dantas Aniversário (1974)03 Pe. Henrique Leconte Votos (1969)10 Pe. Rubens Pedro Cabral Ordenação (1982)11-18 Pe. Lindomar Felix da Silva Ordenação (2009)13 Adriano MC Garrigle (Goiânia) Falecimento18 Ir. João Pereira de Brito Aniversário (1961)29 Pe. Geraldo Levron Ordenação (1967)

01 Pe. Francisco Rubeaux Votos (1963)11 Pe. Marcos José de Lima Aniversário (1962) 18 Pe. Francisco Reardon Falecimento (1999)25 Pe. Arlindo Silva Moura Ordenação (2000)26 Pe. Francisco Rubeaux Ordenação (1999)27 Pe. Macário Francisco de Souza A niversário (1972)

SET

OUT

NOV

07. SET | Independência do Brasil 15. SET | Chegada dos Oblatos ao Brasil (1945)23. SET | Início da Primavera

14. OUT | Sagração Episcopal de Sto. Eugênio de Mazenod (1832)19. OUT | Beatificação de Sto. Eugênio (1975)

20. NOV | Ascensão do Senhor21. NOV | Dia de Sto. Eugênio de Mazenod (1861) 21. A 29 NOV | Semana Oblata de Oração pelas Vocações27. NOV | Pentecostes30. NOV | Corpus Christ

“O Sertanejo é antes de tudo um forte.” (Euclides da Cunha).

A princípio, louvo e agradeço a Deus por dirigir meus passos até este lugar, o qual tem sido uma bonita experiência de Deus e de vida. Aqui, percebe com mais profundidade o quanto é de suma importância estar aberto ao serviço e ao doar-se sem medida.

A simplicidade, humildade e alegria de viver, mesmo sendo sofrida, é enriquecedora. A seca é grande e castiga as famílias. Impressiona-me o quanto cada família luta pelos seus ideais de vida e pela sua sobrevivência. Cada visita, encontro e fato de vida tornam-se uma experiência rica e profundamente eficaz para a vida de todo aquele que deseja seguir os passos do mestre Jesus.

Estou aprendendo dia-a-dia o quanto o ardor de ser servo de Deus e a audácia devem andar juntos, isto é, chamados a sermos homens de Deus audaciosos. Fico impactado pela lealdade e confiança que o povo tem, em tudo que a gente faz; o falar, o explicar, o dar a mão e, acima de tudo, o acolher.

Onde estou, o povo está sedento da Palavra. A palavra de Deus serve como luz, alimento... Ajudo na formação bíblica nas comunidades, faço visitas nas famílias, ajudando na formação dos jovens para receberem o sacramento do crisma. Além da Palavra de Deus, ajudamos a perceber o rosto de Deus também nas pessoas que sofrem. Fui as casas dos doentes, dos jovens e dos idosos e rezei com eles...

Conhecer o rosto de Deus é trilhar os caminhos, os passos do nosso mestre Jesus Cristo. É servir na gratuidade e com alegria. É tornar-se um consagrado que ame, zele pela harmonia entre todos e, nesse ínterim, pela salvação das almas. Assim, nossa humilde ajuda esta fazendo acontecer o Reino de Deus.

No primeiro semestre, estive visitando todas as comunidades da paróquia Nossa Senhora de Fátima, a qual fica no território da cidade Capitão Gervásio Oliveira-PI , sendo a mesma administrada pelo Pe. Cardoso OMI. Já no segundo semestre farei missão na paróquia do Sagrado Coração de Maria, a mesma no território da cidade Campo Alegre do Fidalgo-PI administrada por Pe. Macário, OMI.

Santo Eugenio de Mazenod, fundador de nossa congregação, a exemplo de Jesus, frisava com insistência aos Oblatos de Maria Imaculada que “jamais percam a alegria de estarem juntos aos mais abandonados”. Eu me alegro muito em estar aqui, morando e vivendo no meio do povo, como também em comunhão com os meus dois irmãos de comunidade, Padre Macário OMI e Padre Cardoso OMI. Os dois estão me ajudando a cada dia no meu caminho de formação oblata.

Rezo e peço a Deus que continue nos abençoando, fortalecendo nossa missão e nos mantenha assíduos e fervorosos na vocação. Servir com gratidão e amor, eis meu programa de vida. Seguir Jesus com coragem e fidelidade, uma vez que, Ele não nos escolheu ocasionalmente, mas para tornarmo-nos discípulos autênticos da sua Palavra, sendo assim, propagadores da Boa Nova.

“Vou mostrar a vocês com quem se parece todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática.” (Lc 6, 47).

Missão Piauí: “Alegrai-vos sempre no Senhor!”

Sivanildo Silva.

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PB

Também estivemos presentes nas atividades que aconteciam nos templos das comunidades, como formações, grupos de oração, missas e celebrações, catequese, além das comunidades terem preparado algumas rodas de conversa com os missionários que lá estavam.

Foram pensados ainda alguns momentos em que foi possível nos reunirmos, se não todos, a maioria de nós, como a visita ao acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, confraternização na comunidade Santa Vicenta Maria, confraternização na comunidade Sagrado Coração de Jesus, jantar na comunidade São Francisco e Santa Clara (em que recebemos a visita dos padres Lindomar Félix da Silva, OMI e Patrick Oliveira Urias, OMI) e confraternização na comunidade Santa Luzia.

Ao longo da “caminhada missionária” usamos os outros sábados pela manhã para avaliar a semana que passou e ajustar quaisquer necessidades que viesse, e o último como forma de avaliação da missão como um todo. Neste mesmo dia, pudemos contar com a presença do Conselheiro Geral para a América Latina, Pe. Miguel Fritz, OMI, que participou desta avaliação bem como das demais atividades propostas para a tarde e a noite de sábado, finalizando com sua presença na missa da comunidade Nossa Senhora Aparecida.

Encerramos a missão no domingo 26 nas próprias comunidades em que estivemos, participando da celebração nas mesmas e partilhando o alimento que nos nutriu para regressar à casa.

Indubitavelmente esta missão nos trouxe novidades, como por exemplo, estar inseridos no dia-a-dia de uma comunidade paroquial pertencente a uma megalópole, com seus desafios e clamores específicos. Trazendo conosco cada situação vivida, cada experiência partilhada, todo pão que conosco fora repartido, cada sorriso e abraço que revigoram nossa fé e desejo de missão

Aldo Moura

Por ocasião do recesso acadêmico do ano de 2015, nós, da casa do pré-noviciado de Sumaré, juntamo-nos ao Pe. Paulo Cordeiro, OMI (do pós-noviciado) para duas semanas, mais precisamente dezessete dias, de missão na cidade de Mauá, no território da recém assumida paróquia de São Luiz Gonzaga pelos Missionários Oblatos de Maria Imaculada: Padres Antônio Borges Mesquita, OMI e Sérgio Cordeiro Nunes, OMI.

Chegando na sexta-feira (10 de julho) fomos recebidos pelas lideranças das comunidades pelas quais iamos nos dividir estas, preparam de acordo com suas necessidades e costumes, nossa recepção. Imediatamente no sábado seguinte, voltamos a nos reunir na matriz para combinarmos de forma global um plano de ação que seria complementado pelos planejamentos locais das comunidades.

Ainda neste mesmo sábado nos dividimos em dois mutirões: um de limpeza do espaço da matriz que se encontra em reforma e o outro grupo para o trabalho na casa do Pe. Zé Maria (padre do clero de Santo André, colaborador e residente na área paroquial, mais precisamente na comunidade São José Operário). Depois do almoço partilhado, nos respectivos mutirões, nos encaminhamos às comunidades que prepararam diversas atividades.

A partir do domingo, nossa presença nas comunidades tornou-se mais efetiva, como de costume em nossas missões o ponto forte e central residiu nas visitas, em que acompanhados dos membros das comunidades, fizemos presentes no meio do povo, conhecendo sua realidade, ouvindo-o e aprendendo com seus valiosíssimos testemunhos de vida.

Além das visitas, estivemos no dia-a-dia das comunidades e pudemos conhecer trabalhos fundamentais como a Pastoral da Criança, Grupos de Rua (como que círculos bíblicos e ou reza do terço nas casas), horti-fruti (distribuição de legumes e verduras às famílias necessitadas), Pastoral da Solidariedade (distribuição de cestas básicas para famílias necessitadas).

Com os pés missionários sobre as terras de Mauá