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CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL
SEDE: RUA ÁUREA, 219-241, LISBOA
CAPITAL INSTITUCIONAL: €1.245.000.000,00
NÚMERO DE PESSOA COLETIVA E DE MATRÍCULA NA C.R.C. DE LISBOA: 500 792 615
NOTA INFORMATIVA (PARA OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO)
EMISSÃO DE PAPEL COMERCIAL
ATÉ AO MONTANTE DE €100.000.000 (AO ABRIGO DO DECRETO-LEI N.º 69/2004, DE 25 DE MARÇO (CONFORME ALTERADO))
Os potenciais adquirentes de papel comercial deverão consultar a informação detalhada na
Nota Informativa previamente à decisão de aquisição de papel comercial. EM PARTICULAR OS
POTENCIAIS ADQUIRENTES DE PAPEL COMERCIAL DEVERÃO TER EM ATENÇÃO O
EXPOSTO NO CAPÍTULO 2 (FATORES DE RISCO) DESTA NOTA INFORMATIVA
AGENTE PAGADOR E ENTIDADE COLOCADORA
Caixa Económica Montepio Geral
A data desta Nota Informativa é 16 de Agosto de 2012.
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Índice
Capítulo Pág.
1. ADVERTÊNCIA AOS INVESTIDORES 3
2. FATORES DE RISCO 4
3. UTILIZAÇÃO DAS RECEITAS 16
4. INFORMAÇÃO SOBRE A EMISSÃO 17
5. INFORMAÇÕES SOBRE O EMITENTE 20
6. REGIME FISCAL 27
7. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DO EMITENTE 31
8. INFORMAÇÃO GERAL 38
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1. ADVERTÊNCIA AOS INVESTIDORES
A presente nota informativa (doravante abreviadamente designada por “Nota Informativa”) foi
elaborada nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 17.º (Nota informativa) do Decreto-Lei
n.º 69/2004, de 25 de março (conforme alterado pelo Decreto-Lei n.º 52/2006, de 15 de março),
que disciplina o regime jurídico dos valores mobiliários representativos de dívida de curto prazo
– “papel comercial” (doravante abreviadamente designado por “Decreto-Lei”) – dirigida
especificamente a pessoas com residência ou estabelecimento em Portugal.
Nos termos da alínea b), do n.º 1, do artigo 17.º (Nota informativa) do Decreto-Lei, a forma e a
qualidade da informação contida na Nota Informativa são da inteira e exclusiva
responsabilidade da Caixa Económica Montepio Geral (também designado abreviadamente por
“Montepio” ou “Emitente” ou “Banco”).
No Capítulo 3 (Fatores de Risco) da Nota Informativa estão referidos riscos associados à
aquisição de papel comercial, à atividade do Emitente e ao mercado em geral. Os
potenciais adquirentes de papel comercial devem ponderar cuidadosamente os riscos
associados à aquisição de papel comercial, bem como as demais advertências
constantes desta Nota Informativa antes de tomarem qualquer decisão de investimento.
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2. FATORES DE RISCO
O Emitente admite que os fatores abaixo indicados podem afetar a sua capacidade de cumprir
as obrigações resultantes da emissão de papel comercial. A maioria destes fatores são
contingências que podem, ou não, ocorrer e ao Emitente não lhe é possível formular um juízo
quanto ao grau de probabilidade de que tais fatores possam vir a verificar-se.
O Emitente acredita que os fatores que deverão ser objeto de ponderação para avaliação dos
riscos de mercado associados à aquisição e ou detenção de papel comercial objeto da
Emissão estão descritos abaixo, mas o Emitente pode ficar incapacitado de pagar juros, capital
ou outros montantes devidos aos titulares de papel comercial por outras razões e,
consequentemente, o Emitente não garante (nem pode garantir) que os fatores abaixo estão
descriminados exaustivamente.
Os potenciais adquirentes de papel comercial deverão consultar a informação detalhada na
Nota Informativa, ou aqui incluída por remissão, previamente à decisão de aquisição de papel
comercial.
A. Riscos Inerentes ao papel comercial
O papel comercial pode não ser um investimento adequado para todos os investidores
Cada potencial investidor em papel comercial deve determinar a adequação desse
investimento em função das suas circunstâncias próprias. Em particular, cada potencial
investidor em papel comercial deverá:
Ter um conhecimento e experiência suficientes para fazer a avaliação ponderada dos
méritos e os riscos inerentes à aquisição de papel comercial e da informação contida
ou incluída por remissão na Nota Informativa;
Ter acesso e conhecimento de instrumentos de análise apropriados para avaliar, no
contexto da sua situação financeira própria, as consequências da aquisição de papel
comercial e o impacto que tal aquisição terá na globalidade da sua carteira de
investimentos;
Ter recursos financeiros suficientes e liquidez para suportar todos os riscos de um
investimento em papel comercial; e
Ser capaz de avaliar (sozinho ou com ajuda de um consultor financeiro) possíveis
cenários económicos, de taxas de juro e/ou de outros fatores que possam afetar o seu
investimento e/ou a sua capacidade de suportar os riscos, inerentes à aquisição de
papel comercial.
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Papel comercial constitui obrigação apenas do Emitente
A aquisição de papel comercial envolve uma confiança na capacidade de crédito do Emitente.
O papel comercial não é garantido por nenhuma pessoa ou entidade. Além disso, a aquisição
de papel comercial envolve o risco de que mudanças posteriores na capacidade real, ou
percebida pelo mercado, de crédito do Emitente possam afetar negativamente o valor de
mercado do papel comercial.
O papel comercial não representa uma obrigação ou uma responsabilidade de qualquer outra
pessoa ou entidade além do Emitente.
Riscos fiscais
Alteração da legislação fiscal ou da sua interpretação
A legislação fiscal associada ao papel comercial pode ser objeto de futuras alterações cujo
impacto não é possível antecipar, havendo contudo a possibilidade de as eventuais mudanças
terem efeito retrospetivo ou retroativo quanto à sua aplicação e/ou interpretação.
O Mercado secundário em geral
O papel comercial, quando emitido, pode não ter um mercado de negociação estabelecido e
pode nunca vir a desenvolver-se nenhum mercado para esse efeito. Se um mercado se
desenvolver, pode não ser líquido. Portanto, os titulares de papel comercial podem não
conseguir vender o papel comercial facilmente ou a preços que lhes proporcionem um retorno
comparável com investimentos noutros instrumentos financeiros similares que se desenvolvam
ou estejam integrados num tal mercado. A falta de liquidez pode ter um efeito adverso
significativo no valor de mercado de papel comercial.
Alteração de lei ou da sua interpretação
Não pode ser dada qualquer garantia relativamente ao impacto de qualquer possível decisão
judicial ou mudança das leis portuguesas, incluindo o Decreto-Lei ou a prática administrativa
depois da data de emissão do papel comercial.
Risco de taxa de juro
O investimento em papel comercial envolve o risco de que mudanças subsequentes nas taxas
de juro do mercado possam afetar negativamente o valor do papel comercial.
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As notações de risco (ratings) podem não refletir todos os riscos
As notações de risco (ratings) podem não refletir o impacto potencial de todos os riscos
relacionados com a estrutura, o mercado, os fatores adicionais acima referidos e outros fatores
que podem afetar o valor do papel comercial. Uma notação de risco (rating) não é uma
recomendação de compra, venda ou detenção de quaisquer valores mobiliários e pode ser
revista ou retirada pela agência de rating a qualquer momento. Uma agência de rating pode
baixar ou retirar o rating do Emitente e a concretização dessa ação pode reduzir o valor de
mercado do papel comercial.
Uma eventual revisão em baixa do rating da República Portuguesa terá como consequência
provável uma redução do rating de curto prazo do Emitente (cf. B. Riscos Relacionados com o
Montepio e a Respetiva Atividade - Notações de Rating e respetiva revisão infra).
Legislação e regulamentação sobre investimentos permitidos podem restringir investimentos
em papel comercial
As atividades de investimento de certos potenciais investidores estão sujeitas a leis e
regulamentos de investimento e/ou a revisão e/ou regulação por certas autoridades. Cada
potencial investidor deveria informar-se junto dos seus consultores técnicos para determinar se
e em que medida (1) o papel comercial é, para si, um investimento legalmente permitido e (2)
identificar outras restrições para si decorrentes da compra ou promessa de compra de papel
comercial.
Confiança nos procedimentos da Interbolsa e na lei portuguesa
Os investimentos em papel comercial serão sujeitos aos procedimentos da Interbolsa e à lei
portuguesa relativamente ao seguinte:
(a) Forma e transmissão de papel comercial
O papel comercial detido através de contas dos Intermediários Financeiros Filiados na
Interbolsa será representado na forma desmaterializada (“forma escritural”) e será "nominativo".
O papel comercial será registado na conta relevante de emissão aberta pelo Emitente junto da
Interbolsa e depositado em contas controladas pelos Intermediários Financeiros Filiados na
Interbolsa, em nome dos respetivos titulares. Estas contas de controlo refletirão a qualquer
momento o total de papel comercial detido em contas individuais de Valores Mobiliários abertas
pelos clientes dos Intermediários Financeiros Filiados na Interbolsa.
(b) Pagamentos relativos ao papel comercial
Todos os pagamentos relativos ao papel comercial (incluindo sem limitação de pagamento de
juros e capital) serão (i) feitos pelo Emitente ao Agente Pagador, (ii) transferidos, de acordo
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com os procedimentos e regulamentos da Interbolsa, da conta detida pelo Agente Pagador
junto do Banco de Portugal para as contas dos Intermediários Financeiros Filiados na
Interbolsa que detém contas de controlo em nome dos titulares de papel comercial e, depois,
(iii) transferidas pelos Intermediários Financeiros Filiados na Interbolsa das suas contas para as
contas dos seus clientes.
Os registos relativos a pagamentos feitos sobre juros relativos ao papel comercial são mantidos
pelos Intermediários Financeiros Filiados na Interbolsa e o Emitente não aceita
responsabilidade e não será sujeito a responsabilidade pela manutenção desses registos.
Outros Riscos
O rendimento ou as mais-valias do papel comercial podem variar (positiva ou negativamente)
de acordo com as condições de mercado e com a fiscalidade aplicáveis.
B. Riscos Relacionados com o Montepio e a Respetiva Atividade
Atividade económica em Portugal
A atividade bancária do Montepio (incluindo a emissão de papel comercial) está dependente do
nível de procura de produtos e serviços bancários e financeiros em Portugal, que deriva da
evolução da atividade económica, da poupança, do investimento e do emprego. Em particular,
os níveis de concessão de crédito estão fortemente dependentes da capacidade de
financiamento, determinada pelas condições dos mercados financeiros, das taxas de juro e da
economia portuguesa.
Por sua vez, o enquadramento macroeconómico da economia portuguesa está fortemente
condicionado pela conjuntura dos seus principais parceiros comerciais, bem como pelas
medidas de austeridade resultantes do Programa de Estabilização Económica e Financeira (o
“Programa”), estabelecido, em maio de 2011, entre o Governo português,o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e a União Europeia (UE).
O Programa, cobrindo o período de 2011-2014, que contempla um financiamento total de
Euros 78 mil milhões, tem como principal objetivo permitir o retorno da economia portuguesa a
uma trajetória de crescimento sustentado, num quadro de estabilidade financeira e restaurar a
confiança dos participantes nos mercados financeiros internacionais. Para o efeito o Programa
centra a sua intervenção em três grandes áreas: i) um conjunto de significativas reformas
estruturais, de forma a aumentar o crescimento potencial, criar empregos e melhorar a
competitividade da economia; ii) uma estratégia para uma consolidação orçamental credível,
baseada em medidas de caráter estrutural e de maior controlo orçamental sobre o conjunto das
obrigações do Estado; e iii) garantir um processo de desalavancagem ordenada do setor
financeiro, através de mecanismos de mercado e suportado por um fundo de apoio à
recapitalização dos bancos.
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Para corporizar as metas acima indicadas em iii) foi exigida a elaboração de um Funding &
Capital Plan aos 8 maiores grupos bancários, para vigorar até 2015, impondo objetivos de
redução do rácio de crédito sobre os depósitos (rácio de alavancagem) para 120%, de
obtenção de um rácio de fundos estáveis sobre o ativo de 100%, ambos a concretizar até final
de 2014, de redução do recurso ao refinanciamento junto do Banco Central Europeu e de
aumento do rácio de solvabilidade Core Tier1 para um mínimo de 9% até final de 2011, e de
10% para final de 2012 e anos seguintes, conforme disposição publicada no Aviso n.º 3/2011
do Banco de Portugal.
Um eventual incumprimento por parte de Portugal das medidas e objetivos que condicionam a
atribuição da ajuda financeira – ou o insucesso daqueles – poderá ter um impacto na ajuda
concedida ou na exigência, por parte da UE e do FMI, da adoção de medidas adicionais, o que
poderá também causar um efeito adverso na atividade e desempenho do Montepio. Por outro
lado, a aplicação rigorosa de todas as medidas de austeridade necessárias para a continuidade
e cumprimento do plano de ajuda externa na sua plenitude, não determinam, por si só, uma
consequente recuperação imediata nos mercados em particular e/ou na economia em geral.
Efetivamente, o Produto Interno Bruto (PIB) observou uma contração em cadeia de 1,3% no 4.º
trimestre de 2011, representando um intenso agravamento do ritmo de contração, depois da
queda de 0,6% observada no 3.º trimestre de 2011 e implicando a permanência da economia
portuguesa em recessão pelo 5.º trimestre consecutivo. A atividade viu-se penalizada por todas
as componentes da procura interna, designadamente pelo consumo privado, que caiu 3,1%, e
pelo investimento, que contraiu uns impressionantes 13,8%, evidenciando o contributo mais
desfavorável para a evolução trimestral do PIB.
A economia portuguesa permanece, assim, num quadro fortemente recessivo e que se tem
feito, naturalmente, acompanhar por uma intensa degradação do mercado laboral, com as mais
recentes estatísticas de emprego relativas ao 1.º trimestre de 2012, divulgadas pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE), a darem conta de uma taxa de desemprego de 14,9%. São
dados que traduzem um forte agravamento face aos 14,0% observados no trimestre anterior,
representando o nível histórico mais elevado. Estes dados revelam um mercado em crescente
deterioração, constituindo um dos principais constrangimentos para a economia portuguesa.
Os últimos dados das contas nacionais trimestrais por setor institucional, referentes ao 4.º
trimestre de 2011, revelaram um comportamento favorável das necessidades líquidas de
financiamento das administrações públicas (AP), que passaram para 4,2% do PIB em 2011,
menos 5,6 p.p. que o observado em 2010, redução que foi bastante influenciada pelo impacto
da transferência de caráter extraordinário dos fundos de pensões de instituições financeiras
para o setor das AP, na medida em que correspondeu a 3,5% do PIB. De resto, esta operação
foi a principal responsável para que as transferências de capital recebidas tenham contribuído
com 1,7 p.p. para a redução do défice em percentagem do PIB, sendo que o contributo das
transferências de capital pagas foi de 0,8 p.p.. A queda de cerca de 30% no investimento
público contribuiu com 1,2 p.p. para a redução do défice. Mas o maior contributo para a
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redução do défice, em 2,1 p.p., veio da poupança corrente, que se apresentou menos negativa
em cerca de Euros 3,5 mil milhões face à 2010, destacando-se a redução da despesa de
consumo final, onde se evidencia a diminuição da despesa com remunerações, do consumo
intermédio e das transferências sociais em espécie, e o aumento das receitas fiscais em Euros
1,9 mil milhões, concentrado basicamente nos impostos sobre rendimento e património. Estes
dados sobre as contas públicas vieram confirmar as estimativas que o Governo português tinha
vindo a avançar desde o final do ano passado de um défice orçamental na casa dos 4% do
PIB, com os 4,2% observados a mostrarem um resultado bem melhor do que a meta de 5,9%
definida no Programa.
Uma eventual “derrapagem” nas metas estabelecidas no Programa poderá levar a uma sua
renegociação ou à indisponibilização de tranches futuras, o que poderia ter implicações
adversas na evolução da economia portuguesa e consequentemente nos volumes de negócios
e rendibilidade do Banco.
Uma degradação da envolvente externa poderia condicionar o compromisso das autoridades
na prossecução das metas e medidas acordadas a nível orçamental, o que poderá condicionar
a tão desejada recuperação económica. O fim da ajuda externa, na sua dimensão financeira e
de consistência na aplicação de políticas orientadas para a estabilidade económica a prazo
poderia renovar um clima de incerteza e de instabilidade nos mercados financeiros, gerar
dificuldades de financiamento regular da atividade económica e contribuir para o aumento dos
níveis de incumprimento no crédito.
Notações de Rating e respetiva revisão
A atribuição das notações de risco (ratings) ao Montepio foi realizada pelas agências de
notação de risco (rating) Fitch Ratings Limited (“Fitch”), Moody’s Investors Service España S.A.
(“Moody’s”) e DBRS Ratings Limited (“DBRS”), devidamente registadas e certificadas, nos
termos do Regulamento (CE) n.º 1060/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de
setembro de 2009, relativo às agências de notação de risco (conforme alterado), com
publicação realizada pela Comissão Europeia no Jornal Oficial da União Europeia e junto da
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (“ESMA”), nos termos do artigo
18.º, n.º 3, do mesmo Regulamento.
As notações de rating atribuídas pelas agências internacionais Fitch, Moody’s e DBRS são um
fator importante na maior ou menor facilidade de obtenção de financiamento do Montepio.
Estas notações são baseadas, em vários parâmetros, de onde se destacam: a solidez
financeira e a concentração da carteira de crédito do Montepio, a previsibilidade e perspetivas
de evolução dos seus resultados líquidos, a adequação dos seus fundos próprios, a qualidade
da sua gestão, a liquidez do balanço, e a estabilidade e disponibilidade de recursos financeiros.
Em 5 de abril e 22 de dezembro de 2011, como consequência direta da revisão em baixa do
rating da República Portuguesa, a Fitch decidiu rever os seguintes parâmetros do rating do
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Montepio: (i) Long-term Issuer Default Rating (IDR) de “BBB+“ para “BB”; (ii) o rating de dívida
sénior de “BBB+“ para “BB”; (iii) o rating de dívida subordinada de “BB-” para “B-”; (iv). o Short-
term Issuer Default Rating (IDR) de “F2” para “B”. A agência referiu, ainda, que reiterava o
Rating Watch Negative às notações acima referidas, mantendo o Outlook em “Negativo”.
Em 7 de outubro de 2011 e 28 de março de 2012, a agência de rating Moody’s, na sequência
de uma revisão das notações de rating do sistema bancário nacional (em consequência da
revisão em baixa do rating da República Portuguesa), decidiu rever os seguintes parâmetros do
rating do Montepio: (i) Bank Financial Strength Ratings (BFSR), de “D” para “D-“; (ii) o rating de
dívida sénior (incluindo depósitos) manutenção em “NP” (curto prazo) e de “Ba2” para “Ba3”
(médio-longo prazo); (iii) o rating associado a dívida subordinada, de “Ba3” para “B1” (prazo
determinado) e de “B1” para “B2” no caso de prazo indeterminado. A perspetiva de evolução do
rating (“Outlook”) manteve-se “sob revisão para possível baixa”.
A partir de 27 de junho de 2011, a agência internacional DBRS atribuiu, pela primeira vez,
notação de rating ao Montepio, nomeadamente: (i) BBB (low) para a dívida sénior (incluindo
depósitos) a longo prazo; (ii) R-2 (low) para a dívida (incluindo depósitos) a curto prazo; (iii) BB
(high) para a dívida subordinada; (iv) o intrinsic assessment do Montepio foi fixado em BB
(high). A perspetiva de evolução do rating é negativa.
De acordo com a DBRS, a perspetiva negativa de evolução do rating prende-se, entre outros
fatores, com a fragilidade da economia portuguesa, com a dificuldade em manter os resultados
atuais considerando os crescentes custos de funding, bem como com a perspetiva de evolução
negativa do rating da dívida de longo prazo atribuído à República Portuguesa (atualmente BBB
(low), Under Review with Negative Implications).
Em comunicado divulgado no seu sítio na internet em 24 de maio de 2012, e na sequência da
divulgação de idêntica decisão para o rating da República Portuguesa efetuado no dia
imediatamente anterior, a agência canadiana de notação financeira DBRS colocou os ratings
do Montepio sob vigilância, com implicações negativas.
Um rating colocado sob vigilância mantém-se, mas este alerta assinala que a notação pode
não ser a apropriada, pelo que atualmente o Montepio mantém o seu rating Sénior de Longo
Prazo (Senior Long-Term Debt & Deposit rating) em BBB (low), e o de curto prazo (Short-Term
Debt & Deposit rating) em R-2 (low).
Estas alterações, que são uma consequência, segundo as referidas agências, da deterioração
das condições da economia Portuguesa e do seu expectável impacto nas diferentes
instituições financeiras portuguesas, poderão afetar a capacidade do Banco de competir com
sucesso no mercado, no que à captação de recursos financeiros (de retalho e/ou institucionais)
diz respeito, podendo daí resultar um substancial efeito adverso na sua atividade, situação
financeira e resultados.
Deste modo, não é possível antecipar se futuras revisões de rating poderão voltar a suceder e
qual o seu impacto na atividade e desempenho do Montepio.
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Regulação e impacto das mudanças de regulamentação
O Montepio opera num setor (bancário e financeiro) fortemente regulado. As atividades
bancárias do Montepio estão sujeitas a uma regulação exaustiva por parte do Banco Central
Europeu e do Banco de Portugal, sobretudo nos domínios da liquidez, da solvabilidade e da
constituição de provisões.
As reservas monetárias mínimas requeridas aplicáveis aos bancos portugueses estão
atualmente fixadas em 2 (dois) % do montante total dos depósitos. Um aumento no nível
mínimo de reservas monetárias ou uma descida na taxa de juro remuneratória dessas reservas
teria um impacto adverso no rendimento líquido do Montepio.
De acordo com o supra citado Programa de Estabilização Económica e Financeira, o rácio
Core Tier 1 deveria ser de 9%, em 31 de dezembro de 2011 e de 10% em 31 de dezembro de
2012, mantendo-se assim no futuro. Este rácio é definido com base na soma dos elementos de
Fundos Próprios de Base (Core Tier I), admitidos em Basileia III, dividido pelos elementos do
ativo e extra patrimoniais ponderados em função do respetivo risco – o Core Tier 1 do
Montepio, em 31 de dezembro de 2011, situava-se em 10,17%. Os requisitos de adequação de
capital aplicáveis ao Montepio limitam a sua capacidade de conceder empréstimos aos clientes
e pode ser-lhe exigido que aumente o capital institucional, o que só poderá acontecer através
de deliberação da Assembleia Geral, ou que emita dívida subordinada no futuro, que são
fontes dispendiosas de angariação de fundos. Tal poderá condicionar o desenvolvimento futuro
da atividade do Montepio, o nível dos seus resultados, e o custo e capacidade de obtenção dos
necessários elementos constituintes dos fundos próprios, bem como, eventualmente, o
reembolso de dívida subordinada existente.
Além disso, o Banco de Portugal estabeleceu requisitos mínimos de provisionamento
relativamente aos empréstimos em incumprimento, depreciação no valor de ações, outros
valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros, risco soberano e outras contingências.
Qualquer mudança nestes requisitos poderá ter um impacto adverso nos resultados das
operações do Montepio.
O Montepio está sujeito à supervisão e regulação do Banco de Portugal e da CMVM e, ainda,
de outras entidades reguladoras com jurisdição em cada local onde opera. As mudanças na
supervisão e regulação, em particular em Portugal, poderiam afetar materialmente o negócio do
Montepio, os produtos e serviços que oferece ou o valor do seu património. Apesar de o
Montepio trabalhar em estreita colaboração com os reguladores e acompanhar continuamente
a evolução das normas regulamentares a que se encontra sujeito, as mudanças futuras na
regulamentação, políticas fiscais ou outras podem ser imprevisíveis e estão para além do
controlo do Montepio.
12
Risco de Mercado
O conceito de risco de mercado reflete a perda potencial que pode ser registada por uma
determinada carteira de ativos em resultado de alterações de taxas (de juro e de câmbio) e/ou
dos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer as
correlações existentes entre eles, quer as respetivas volatilidades.
Tal como referido na nota 52 “Gestão de Riscos” do Relatório e Contas Anuais de 2011, a
análise e gestão dos riscos do Banco é efetuada de um modo integrado e numa ótica de
Grupo, através da sua Direção de Risco (“DRI”).
No que respeita a informação e análise de risco, é assegurado o reporte regular sobre os riscos
de crédito e de mercado das carteiras de ativos financeiros próprias e das diversas entidades
do Grupo.
Não obstante a existência destes mecanismos de controlo, é difícil prever com exatidão as
mudanças das situações económicas ou de mercado e antecipar os efeitos que tais mudanças
poderiam ter na situação financeira do Montepio e nos resultados das suas operações.
Os riscos de mercado mais significativos que o Montepio tem que enfrentar são os decorrentes
de variações do nível geral de taxas de juro, das taxas de câmbio e de cotação dos valores
mobiliários. As mudanças nos níveis de taxas de juros, nas curvas de rendimento e margens
(spreads) podem afetar a margem financeira do Montepio, medida pela diferença entre o
montante de juros recebidos nas operações ativas e os juros pagos nas operações passivas.
As mudanças nas taxas de câmbio afetam o valor patrimonial dos ativos expressos em moeda
estrangeira. O comportamento (performance) dos mercados financeiros pode causar mudanças
no valor das carteiras de negociação e de investimento do Montepio.
Uma quebra acentuada dos mercados de capitais a nível mundial poderá ter um efeito adverso
na atividade, nos resultados e na valorização dos ativos que compõem a carteira de
investimento do Montepio, bem como daqueles que integram a carteira do seu fundo de
pensões, com repercussão negativa na dotação para reforço deste último e,
consequentemente, na capacidade de afetação dos resultados líquidos do Montepio ao
desenvolvimento da sua atividade de negócio.
A exposição do Banco mais relevante diz respeito à dívida soberana Portuguesa, relativa a
obrigações de dívida pública detidas na carteira de ativos financeiros detidos até à maturidade
(“held-to-maturity”), na carteira de negociação (“trading”) e na carteira de ativos financeiros
disponíveis para venda (“assets available for sale”).
As carteiras de negociação e de ativos financeiros disponíveis para venda são mensuradas ao
seu justo valor, com as respetivas variações a serem registadas por contrapartida de reservas
de justo valor até ao momento em que são vendidos ou quando existem sinais de imparidade.
Na alienação, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos como reservas de justo valor
são reconhecidos em resultados.
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Nestes termos, eventuais depreciações no justo valor da carteira de negociação e disponíveis
para venda de obrigações de dívida soberana em carteira poderão repercutir-se de forma
adversa na situação financeira e resultados do Banco.
Por seu turno, os ativos financeiros detidos até à maturidade são reconhecidos inicialmente ao
seu justo valor e mensurados subsequentemente ao custo amortizado, com as perdas por
imparidade a serem reconhecidas em resultados.
Em 31 de dezembro de 2011, a exposição do Banco a dívida soberana Portuguesa era de
cerca de Euros 1.187,9 milhões, dos quais Euros 1.150,5 milhões estavam na carteira de ativos
financeiros disponíveis para venda e Euros 37,4 milhões na carteira de ativos detidos até à
maturidade.
Risco de Liquidez
O risco de liquidez reflete a possibilidade do Montepio não dispor, tempestivamente, de meios
líquidos que lhe permitam solver as suas obrigações no momento do respetivo vencimento,
sem incorrer em custos significativos decorrentes de uma degradação das condições de
financiamento (risco de financiamento) e/ou em perdas associadas à venda dos seus ativos por
valores inferiores aos valores de mercado (risco de liquidez de mercado).
O Montepio tem procurado preservar os necessários equilíbrios de liquidez dedicando especial
atenção à função básica de intermediação. As práticas seguidas pelo Montepio traduzem-se
quer na utilização de fontes de financiamento diversificadas, privilegiando a estabilidade dos
recursos e o estímulo à poupança, quer na manutenção de ativos de elevada liquidez que
permita recorrer à cedência de fundos junto do Banco Central Europeu (BCE).
Tratando-se de um banco que desenvolve a sua atividade essencialmente no retalho, o
financiamento do Montepio tem vindo a ser, historicamente, assegurado maioritariamente pelos
recursos de clientes.
Deste modo, numa conjuntura altamente competitiva de captação de recursos junto de clientes,
é possível que se verifique uma diminuição desses recursos junto do Montepio, situação que
poderia ter um impacto adverso na liquidez do Banco.
Por forma a conservar uma reserva de liquidez em balanço, o Montepio tem vindo a recorrer à
transformação de elementos menos líquidos do seu ativo em títulos que, sendo elegíveis para
efeitos de operações de refinanciamento junto do Banco Central Europeu (BCE), servem de
fonte adicional de liquidez, a juntar à proporcionada pelos títulos, igualmente elegíveis, da sua
carteira de investimento.
Os critérios que determinam a elegibilidade dos ativos para garantia de operações de
financiamento junto do BCE e a forma como os mesmos são avaliados para esse efeito são
publicados e difundidos pelo Banco Central, e podem vir a ser revistos ou alterados no futuro.
14
Consequentemente, a possibilidade de concretização destas operações de financiamento
poderá ser reduzida.
Risco de Crédito
O risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza dos retornos esperados, por
incapacidade quer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se existir), quer do emitente
de um título ou da contraparte de um contrato em cumprir com as suas obrigações.
Os riscos decorrentes de alterações na qualidade do crédito concedido pelo Montepio aos seus
clientes e contrapartes, bem como nos montantes e prazos de recuperação do mesmo, em
caso de incumprimento, são inerentes à atividade desenvolvida pelo Montepio. Uma
deterioração da carteira de crédito do Montepio, ou da solvência dos seus devedores e
contrapartes, ou uma deterioração geral nas condições da economia portuguesa ou mundial,
ou a materialização dos riscos sistémicos do mercado em que o Montepio atua, são passíveis
de afetar as condições e o valor de recuperação dos ativos, podendo exigir um aumento no
nível de provisões para risco de crédito que possa ter um impacto material negativo na situação
financeira do Montepio e, consequentemente, na sua capacidade de cumprir os seus
compromissos, incluindo os decorrentes da emissão de papel comercial.
A persistência de um crescimento económico lento, um aumento da taxa de desemprego e um
súbito incremento dos prémios de risco exigidos poderão, eventualmente, resultar numa
deterioração da qualidade da carteira de crédito do Montepio. Apesar do nível de provisões já
constituído pelo Banco e das garantias associadas ao crédito vencido, não é possível
assegurar aos potenciais investidores que o referido nível seja adequado para a cobertura de
eventuais perdas futuras decorrentes de créditos vencidos, nem que não haverá necessidade
de constituir provisões adicionais, em montantes significativos.
Risco Operacional
O risco operacional consiste no risco de perdas resultantes de deficiências ou falhas dos
processos internos, recursos humanos, sistemas ou de fatores externos.
Apesar do Montepio possuir um conjunto significativo de controlos, assegurando a afetação
dos recursos necessários para a eficiência dos processos e a formação dos seus
colaboradores como formas de mitigação do risco, o Banco não pode, no entanto, garantir a
eficácia completa de todos os procedimentos associados aos mecanismos de controlo dos
riscos operacionais.
15
Risco de Infraestrutura
O Montepio enfrenta o risco de falha dos seus sistemas informáticos ou de telecomunicações,
apesar dos esforços realizados para manter esses sistemas permanentemente operacionais.
Dado o elevado volume de transações processadas diariamente pelo Montepio, certos erros
podem ser repetidos ou aumentados antes de serem descobertos e retificados com sucesso.
Desvios ou falhas nos processos internos do Montepio, devidos a falha humana ou dos
sistemas, incluindo nos sistemas financeiro, contabilístico ou de dados, poderiam levar a
perdas financeiras e prejuízo para a imagem do Montepio. Além disso, apesar dos planos de
contingência que o Montepio tem disponíveis, a capacidade do Montepio em gerir o seu
negócio pode ser afetada negativamente por uma interrupção na infraestrutura que suporta as
suas operações nos mercados em que atua.
16
3. UTILIZAÇÃO DAS RECEITAS
As receitas líquidas da Emissão serão aplicadas pelo Emitente na satisfação das necessidades
gerais de financiamento da sua atividade, que inclui a realização de lucro.
17
4. INFORMAÇÃO SOBRE A EMISSÃO
EMITENTE: Caixa Económica Montepio Geral
Sede: Rua Áurea, 219-241, em Lisboa
Capital institucional: €1.245.000.000
NIPC e matrícula na C.R.C. de lisboa: 500 792 615
LIDERANÇA E ORGANIZAÇÃO: Caixa Económica Montepio Geral
AGENTE PAGADOR E ENTIDADE
COLOCADORA:
Caixa Económica Montepio Geral
REGISTO DA EMISSÃO: Central de Valores Mobiliários, sistema gerido pela
INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores
Mobiliários, S.A.
DATA DA EMISSÃO: 05 de setembro de 2012
PERÍODO DA EMISSÃO: 180 dias
MONTANTE DA EMISSÃO: Até €100.000.000 (cem milhões de euros)
MOEDA DA EMISSÃO: Euro
MODALIDADE DE COLOCAÇÃO: Oferta pública
DESTINATÁRIOS DA OFERTA: Público em geral
PERÍODO DE SUBSCRIÇÃO: De 20 de agosto até às 15H00 de 31 de agosto de
2012
PERÍODO DE REVOGAÇÃO: As instruções de subscrição poderão ser alteradas
ou anuladas durante o período de subscrição, ou
seja, até às 15h00m do dia 31 de agosto de 2012
MONTANTES MÍNIMO E/OU MÁXIMO
DAS INSTRUÇÕES DE SUBSCRIÇÃO
O montante mínimo de subscrição é de €200.000
(duzentos mil euros), sujeito ao montante
disponível, em múltiplos de €1.000 (mil euros)
LOCAIS DE SUBSCRIÇÃO: Balcões do Montepio
PROCESSO PARA A NOTIFICAÇÃO
DOS SUBSCRITORES DO MONTANTE
O papel comercial é alocado no momento da
subscrição e, dessa forma, o adquirente será
18
ATRIBUÍDO: informado do montante atribuído no momento do
pedido. A alocação de papel comercial respeitará o
princípio da prioridade da ordem de entrada das
instruções de subscrição, cessando quando o limite
da emissão for atingido.
MODO ATRAVÉS DO QUAL E DATA EM
QUE OS RESULTADOS DA OFERTA
SÃO TORNADOS PÚBLICOS:
Após o termo do PERÍODO DE SUBSCRIÇÃO, os
resultados da mesma serão imediatamente
publicados no site da CMVM (www.cmvm.pt)
FORMA E MODALIDADE DO PAPEL
COMERCIAL:
Escritural, nominativo
VALOR NOMINAL: €1.000 (mil euros)
VALOR DE EMISSÃO: Valor nominal
TAXA DE JURO: 4,5%.
PAGAMENTO DE JUROS: Os juros serão pagos pelo EMITENTE,
postecipadamente, na DATA DO REEMBOLSO da
EMISSÃO, de acordo com a seguinte fórmula:
JP = VN * TJ * PE/360 em que,
JP = Juros a pagar;
VN = Valor nominal;
TJ = Taxa de Juro;
PE = PERÍODO DA EMISSÃO (em dias).
REALIZAÇÃO: Integral na DATA DE EMISSÃO
DATA DO REEMBOLSO: 04 de março de 2013
REEMBOLSO ANTECIPADO: N.A.
MONTANTE DO REEMBOLSO: Ao par
GARANTIA DA EMISSÃO: A EMISSÃO não é objeto de qualquer garantia
NOTAÇÃO DE RISCO DE CURTO
PRAZO DO EMITENTE (artigo 4.º, n.º 1,
alínea b), do Decreto-Lei):
Moody’s: “NP”
Fitch: “B”
DBRS: “R2L”
ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO: N.A.
CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO DO PAPEL
COMERCIAL:
N.A.
19
ISIN:
Código CVM:
PTC1MCJM0003
C1MCJM
REGIME FISCAL: Ver Capítulo 6 (Regime Fiscal) da Nota Informativa
LEI APLICÁVEL: Lei Portuguesa, em particular o Decreto-Lei n.º
69/2004, de 25 de março (conforme alterado pelo
Decreto-Lei n.º 52/2006, de 15 de março)
20
5. INFORMAÇÕES SOBRE O EMITENTE
(a) Elementos de identificação
DENOMINAÇÃO: CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL
SEDE: Rua Áurea, 219-241, LISBOA
CAPITAL INSTITUCIONAL: €1.245.000.000
NÚMERO DE PESSOA COLETIVA E DE
MATRÍCULA NA C.R.C. DE LISBOA:
500792615
(b) Breve caracterização do Emitente
A Caixa Económica Montepio Geral (“Montepio”) é uma instituição de crédito, com a natureza
jurídica de uma fundação, criada em 24 março de 1844, cujo capital institucional, no valor de
€1.245.000.000, é detido na totalidade pelo Montepio Geral Associação Mutualista (“MGAM”),
seu fundador. O MGAM é uma instituição particular de solidariedade social que desenvolve
ações de proteção social, nas áreas da segurança social e da saúde, e promove a cultura e a
melhoria da qualidade de vida dos seus associados. De acordo com o Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31
dezembro 1992 (conforme alterado), o Montepio está autorizado a operar como um “banco
universal” (de acordo com o Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 maio 1979, alterado pelo Decreto-Lei
n.º 319/97, de 25 novembro 1997) e ocupava, em 31 de dezembro de 2011, o 6.º (sexto) lugar
no sistema bancário português, no que diz respeito ao total do ativo líquido (Fonte: Boletim
Estatístico da Associação Portuguesa de Bancos).
Integrado no grupo financeiro detido pelo MGAM, o Montepio realiza as operações bancárias
gerais e outras operações financeiras em outros setores/ramos de atividade conexos, tais
como a gestão de fundos de investimento, mobiliários e imobiliários, e fundos de pensões;
seguros (ramos “Vida” e “Não Vida”), disponibilizando, igualmente aos seus clientes, a oferta
mutualista do MGAM. O Montepio desempenha um papel determinante na operacionalização
da estratégia de negócio do Grupo Montepio, uma vez que coloca à disposição do mesmo a
sua rede de retalho bancário. A rede de distribuição do Montepio é ainda complementada por
uma estrutura de distribuição multicanal, suportada por serviços de banca automática e à
distância e pela sua presença no exterior, junto da comunidade portuguesa residente no
estrangeiro.
21
(c) Conselho de administração e outros órgãos associativos e institucionais do
Emitente
Os órgãos associativos e institucionais são eleitos pelos Associados do MGAM em Assembleia
Geral Eleitoral. Para além da Assembleia Geral, são órgãos associativos e institucionais: o
Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Conselho Geral.
Nos termos do artigo 5.º dos Estatutos do Emitente, “A Caixa Económica está anexa ao
Montepio Geral, seu fundador, o que se traduz na afetação de resultados prevista no artigo
anterior e na comunhão, por ambas as instituições, dos titulares dos correspondentes Órgãos
Institucionais”.
Na sequência da eleição dos órgãos associativos e institucionais do MGAM e do Montepio para
o triénio 2010/2012, a 11 de dezembro de 2009, e de conferida a sua tomada de posse a 11 de
janeiro de 2010, a distribuição de responsabilidades e posições do Conselho de Administração
é conforme descrita no quadro seguinte:
Conselho de Administração Outras posições
António Tomás Correia (Presidente) Presidente do Conselho de Administração da
Lusitania, Companhia de Seguros, SA
Presidente do Conselho de Administração da
Lusitania Vida, Companhia de Seguros, SA
Presidente do Conselho de Administração da
Finibanco – Holding, SGPS, SA
Presidente do Conselho de Administração do
Finibanco, SA
Presidente do Conselho de Administração do
Finibanco Angola, SA
Membro da Comissão de Vencimentos da
Futuro – Soc. Gestora de Fundos de Pensões,
SA
Membro da Comissão de Vencimentos da
Finivalor, SA
Membro da Comissão de Vencimentos do
Montepio Gestão de Activos – SGFI, SA
22
José de Almeida Serra Presidente das Residências Montepio,
Serviços de Saúde, SA
Presidente do Conselho de Administração do
Montepio Gestão de Ativos - SGFI,SA
Presidente do Conselho de Administração da
Futuro – Soc. Gestora de Fundos de Pensões,
SA
Presidente do Conselho de Administração do
Banco Montepio Geral – Cabo Verde,
Sociedade Unipessoal, SA (IFI)
Vogal do Conselho de Administração da
Finibanco – Holding, SGPS, SA
Vogal do Conselho de Administração do
Finibanco, SA
Membro da Comissão de Vencimentos
SAGIES – Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho, SA
Rui Manuel Silva Gomes do Amaral Vogal do Conselho de Administração da
SAGIES – Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho, SA
Membro não executivo do Conselho de
Administração da SIBS – Soc. Interbancária
de Serviços, SA
Vogal do Conselho de Administração da
Finibanco – Holding, SGPS, SA
Vogal do Conselho de Administração do
Finibanco, SA
Membro da Comissão de Vencimentos da
Clínica CUF Belém, SA
Eduardo José da Silva Farinha Presidente da Mesa da Assembleia Geral do
Montepio Gestão de Ativos - SGFI,SA
23
Presidente do Conselho de Administração do
MG Investimentos Imobiliários, SA
Presidente do Conselho de Gerência da
Leacock Seguros, Lda.
Presidente da Comissão de Remunerações
da Bolsimo – Gestão de Ativos, SA
Vogal do Conselho de Administração da
Clínica CUF Belém, SA
Vogal do Conselho de Administração da
Germont – Empreendimentos Imobiliários, SA
Vogal do Conselho de Administração da
Finibanco – Holding, SGPS, SA
Vogal do Conselho de Administração do
Finibanco, SA
Membro da Comissão de Vencimentos da
Futuro – Soc. Gestora de Fundos de Pensões,
SA
Álvaro Cordeiro Dâmaso Presidente do Conselho de Administração da
Finimóveis – Sociedade de Serviços
Auxiliares, SA
Presidente do Conselho de Administração da
Lestinvest, SGPS, SA
Vogal do Conselho de Administração da
Finibanco – Holding, SGPS, SA
Vogal do Conselho de Administração do
Finibanco,SA
O Conselho de Administração, composto por membros executivos, é o órgão responsável pela
gestão do MGAM e do Montepio, e funciona colegialmente.
O Conselho Fiscal é o órgão fiscalizador, composto por um Presidente e dois Vogais sendo,
um deles, Revisor Oficial de Contas (ROC) e um outro indigitado pelos trabalhadores.
24
Os elementos abaixo indicados são os membros do Conselho Fiscal do Emitente:
Conselho Fiscal Outras posições
Manuel Jacinto Nunes (Presidente)
Gabriel José dos Santos Fernandes (ROC)
José Moreira Venâncio
Suplentes
José Gomes Honorato Ferreira
Vítor Manuel do Carmo Martins (ROC)
Os elementos abaixo indicados são os membros da Mesa de Assembleia Geral do Emitente:
Mesa de Assembleia Geral Outras posições
Vitor José Melícias Lopes (Presidente)
António Pedro de Sá Alves Sameiro
(1.º Secretário)
António Dias Sequeira (2.º Secretário)
Suplentes
Maria Leonor Loureiro Gonçalves de
Oliveira Guimarães
José Luís Esparteiro da Silva Leitão
O Conselho Geral é composto pelos titulares da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de
Administração e do Conselho Fiscal, bem como por vogais eleitos de entre os membros da
Assembleia Geral, competindo-lhe, designadamente, a orientação estratégica e, sob proposta
do Conselho de Administração, a aprovação das linhas gerais de orientação dos planos
plurianuais de ação e suas atualizações tendo poderes específicos para tomar decisões
estratégicas significativas, incluindo poderes para:
25
Deliberar sobre a aquisição e alienação de participações financeiras em
sociedades, agrupamentos complementares de empresas e outras entidades;
Deliberar sobre relatórios emitidos pelo Conselho de Administração relativamente
a participadas do Montepio;
Deliberar sobre a implementação geográfica do Grupo Montepio;
Pronunciar-se sobre o plano de atividade e orçamento;
Emitir opinião sobre qualquer assunto, a pedido do Conselho de Administração.
Os elementos abaixo indicados são os membros Conselho Geral do Emitente, além dos
membros natos, que são os administradores e membros efetivos do Conselho Fiscal e da Mesa
da Assembleia Geral.
Conselho Geral Outras Posições
Maria Manuela da Silva
Manuel da Costa Braz
António Augusto Almeida
Virgílio Manuel Boavista Lima
Armando Augusto Pinto da Silva
Eugénio Óscar Garcia Rosa
Alberto José dos Santos Ramalheira
José Carlos Correia Mota Andrade
António Fernando Menezes Rodrigues
Manuel Duarte Cardoso Martins
José Joaquim Rosa
Norberto da Cunha Junqueira Fernandes
Félix Pilar
Auditores do Emitente Outras Posições
KPMG & Associados, Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas, S.A,
26
Conselho Geral Outras Posições
representada pela Senhora Dra. Sílvia
Cristina de Sá Velho Corrêa da Silva
Gomes (ROC n.º 1131)
27
6. REGIME FISCAL
O texto que segue pretende expor de forma sumária os aspetos gerais do regime fiscal ao
papel comercial.
Os potenciais adquirentes de papel comercial devem consultar os seus consultores fiscais
relativamente às consequências do seu investimento em papel comercial no seu país de
residência fiscal e na República Portuguesa, no que se refere à aquisição, detenção e
transmissão do papel comercial.
Este sumário, baseado na lei da República Portuguesa em vigor à data da Nota Informativa,
está sujeito a alterações de lei subsequentes, com possibilidade de efeito retrospetivo ou
retroativo quanto à sua interpretação.
O texto seguinte não dispensa a consulta dos diplomas legais e regulamentares aplicáveis.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (“IRS”)
(A) Residentes
Rendimentos de capitais (Categoria E)
Os rendimentos de capitais provenientes de papel comercial obtidos por residentes em território
português estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa liberatória de 25%, sem prejuízo da opção
pelo seu englobamento. Se o titular de papel comercial optar pelo englobamento com os
demais rendimentos por si auferidos, os quais poderão estar sujeitos às taxas gerais de IRS
que poderão atingir os 46,5%, os rendimentos de papel comercial serão sujeitos a retenção na
fonte, à taxa de 25%, a título de pagamento por conta do IRS devido a final.
Aos rendimentos auferidos poderá acrescer, à taxa geral máxima de IRS de 46,5%, a taxa
adicional de 2,5%, caso o rendimento coletável seja superior a €153.300 (cento e cinquenta e
três mil e trezentos euros).
Os rendimentos referidos estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo à taxa liberatória
de 30% sempre que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de
um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, exceto quando seja
identificado o beneficiário efetivo, termos em que se aplicam as regras gerais.
Mais-valias (Categoria G)
O saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias realizadas resultante da
alienação de acções, de obrigações e de outros títulos de dívida (incluindo o papel comercial) é
tributado à taxa especial de 25% (vinte e cinco por cento), sem prejuízo do seu englobamento
por opção dos respetivos titulares residentes em território português. Se o titular de papel
comercial optar pelo englobamento com os demais rendimentos por si auferidos, as taxas
28
gerais de IRS que poderão atingir os 46,5%, acrescendo, no caso de aplicação desta última
taxa, a taxa adicional de 2,5%, caso o rendimento coletável seja superior a €153.300 (cento e
cinquenta e três mil e trezentos euros).
Para apuramento do referido saldo anual, positivo ou negativo, não relevam as perdas
apuradas quando a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região de
domicílio a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela
Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro.
Fica isento de tributação até ao valor anual de €500 (quinhentos euros) o saldo positivo entre
as mais-valias e menos-valias resultante da alienação de ações, de obrigações e de outros
títulos de dívida (incluindo o papel comercial), obtido por pessoas singulares residentes em
Portugal.
(B) Não residentes
Rendimentos de capitais (Categoria E)
Os rendimentos de capitais provenientes de papel comercial obtidos por não residentes em
território português estão, regra geral, sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 25%. Se
existir convenção para eliminar a dupla tributação (“CDT”), celebrado entre a República
Portuguesa e o país da residência fiscal do titular de papel comercial, a taxa de retenção na
fonte pode ser reduzida para a taxa prevista na CDT aplicável. Para este efeito, o titular do
papel comercial deve cumprir, em Portugal, os formalismos e requisitos legais necessários à
comprovação da sua residência fiscal no outro Estado contratante (Mod. 21-RFI), no prazo
legalmente exigível. A falta de entrega no prazo legalmente exigível não impede, novamente
dentro de um prazo fixado na lei, a recuperação do imposto correspondente ao diferencial entre
a taxa de retenção geral (i.e. 25%) e a taxa prevista no CDT aplicável (Mod. 22-RFI).
Mais-valias (Categoria G)
As mais-valias obtidas com a alienação de papel comercial estão isentas de tributação salvo
nos casos em que o alienante seja domiciliado em país, território ou região sujeitas a um
regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004,
de 13 de fevereiro (conforme alterada) ou com o qual não esteja em vigor uma convenção
destinada a evitar a dupla tributação internacional ou um acordo sobre troca de informações em
matéria fiscal.
Se existir convenção CDT, celebrada entre a República Portuguesa e o país da residência
fiscal do titular de papel comercial, poderá ser afastada a tributação em Portugal das mais-
valias obtidas com a alienação de papel comercial.
29
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”)
(A) Residentes
Rendimentos de capitais
Os rendimentos de capitais provenientes de papel comercial obtidos por entidades residentes
em território português concorrem para a formação do respetivo lucro tributável em sede de
IRC, e estão, regra geral, sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 25%, por conta do IRC devido
a final. As instituições financeiras sujeitas a IRC (incluindo instituições financeiras não
residentes com estabelecimento estável em território português ao qual os rendimentos sejam
imputáveis) bem como as entidades isentas de IRC, beneficiam da dispensa de retenção na
fonte nos rendimentos de capitais provenientes de papel comercial.
A taxa de IRC aplicável é de 25% (vinte cinco por cento). Ao IRC pode acrescer a Derrama
Municipal à taxa máxima de 1,5% (um vírgula cinco por cento) do lucro tributável sujeito e não
isento de IRC. Sobre a parte do lucro tributável superior a €1.500.000 (um milhão e quinhentos
mil euros) até €10.000.000 (dez milhões de euros) sujeito e não isento de IRC incide uma taxa
adicional de 3% (três por cento), a título de Derrama Estadual, sendo esta taxa adicional de 5%
(cinco por cento) sobre a parte do lucro tributável superior a €10.000.000 (dez milhões de
euros).
Os rendimentos referidos estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo à taxa liberatória
de 30% sempre que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de
um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, exceto quando seja
identificado o beneficiário efetivo, termos em que se aplicam as regras gerais.
Mais-valias
As mais-valias resultantes da alienação de papel comercial obtidas por entidades residentes
em território português concorrem para a formação do respetivo lucro tributável.
(B) Não residentes
Rendimentos de capitais
Os rendimentos de capitais provenientes de papel comercial obtidos por entidades não
residentes em território português, regra geral, estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa
liberatória de 25%. Se existir CDT celebrada entre Portugal e o país da residência fiscal do
titular de papel comercial, a taxa de retenção na fonte pode ser reduzida para a taxa prevista
na CDT aplicável. Para este efeito, o titular de papel comercial deve cumprir, em Portugal, os
formalismos e requisitos legais necessários à comprovação da sua residência fiscal no outro
Estado contratante (Mod. 21-RFI), no prazo legalmente exigível. A falta de entrega no prazo
legalmente exigível não impede, novamente dentro de um prazo fixado na lei, a recuperação do
imposto correspondente ao diferencial entre a taxa de retenção geral (i.e. 25%) e a taxa
prevista no CDT aplicável (Mod. 22-RFI).
30
Mais-valias
Nos termos do Estatuto dos Benefícios Fiscais, as mais-valias realizadas com a alienação de
papel comercial pelo respetivo titular estão isentas de tributação em Portugal se:
(i) O titular de papel comercial não dispuser, em território português, de estabelecimento
estável ao qual os rendimentos sejam imputáveis;
(ii) O titular de papel comercial não for uma entidade domiciliada numa jurisdição sujeita a um
regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria do Ministro das
Finanças (Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro (conforme alterada));
(iii) O titular de papel comercial não for detido, direta ou indiretamente, em mais de 25% por
entidade residente em território português.
Se esta isenção não se aplicar, as mais-valias apuradas com a alienação de papel comercial
são tributadas em território português, à taxa geral de 25%.
No entanto, se existir CDT celebrada entre Portugal e o país de residência fiscal do titular de
papel comercial, regra geral, a competência para tributar as mais-valias realizadas cabe
exclusivamente ao Estado da residência fiscal do titular de papel comercial. Para este efeito, o
titular de papel comercial deve cumprir, em Portugal, os formalismos necessários para a
aplicação da CDT.
31
7. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DO EMITENTE
Balanço Consolidado
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 1-Jan-10
Ativo Reexpresso Reexpresso
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 461 483 240 024 305 018
Disponibilidades em outras instituições de crédito 223 834 74 353 69 870
Aplicações em instituições de crédito 284 232 338 662 370 938
Crédito a clientes 16 706 626 14 554 133 14 682 382
Ativos financeiros detidos para negociação 180 776 130 865 103 195
Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados 3 606 3 952 4 192
Ativos financeiros disponíveis para venda 2 574 368 2 430 568 1 282 417
Derivados de cobertura 1 311 2 810 5 109
Investimentos detidos até à maturidade 76 994 58 144 33 523
Investimentos em associadas e outras 57 856 37 060 40 775
Ativos não correntes detidos para venda 137 011 162 374 128 599
Outros ativos tangíveis 108 657 89 287 91 275
Ativos intangíveis 90 205 18 254 16 151
Ativos por impostos correntes 2 768 0 0
Ativos por impostos diferidos 80 693 0 0
Outros ativos 504 970 62 498 65 017
TOTAL DO ATIVO 21 495 390 18 202 984 17 198 461
Passivo
Recursos de bancos centrais 2 003 300 1 540 266 502 353
Recursos de outras instituições de crédito 743 797 901 742 637 770
Recursos de clientes 13 701 919 10 007 563 9 180 858
Responsabilidades representadas por títulos 2 473 112 3 836 243 4 914 915
Passivos financeiros associados a ativos transferidos 453 061 387 183 0
Passivos financeiros detidos para negociação 79 121 53 891 41 724
Derivados de cobertura 13 041 1 408 598
Provisões 7 985 1 311 1 490
Passivos por impostos correntes 10 0 0
Passivos por impostos diferidos 36 0 0
Outros passivos subordinados 477 843 380 986 381 043
Outros passivos 282 677 196 942 637 812
TOTAL DO PASSIVO 20 235 902 17 307 535 16 298 563
Capital
Capital 1 245 000 800 000 760 000
Outros instrumentos de capital 15 000 0 0
Reservas de reavaliação -319 551 -85 706 -28 600
Outras reservas e resultados transitados 262 629 128 068 168 498
Resultado do exercício 45 029 53 087 0
Interesses minoritários 11 381 0 0
TOTAL DO CAPITAL 1 259 488 895 449 899 898
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL 21 495 390 18 202 984 17 198 461
32
Demonstração de Resultados Consolidada
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09
Juros e rendimentos similares 1 182 911 761 188 871 401
Juros e encargos similares 864 190 490 240 550 593
Margem Financeira 318 721 270 948 320 808
Rendimentos de instrumentos de capital 921 538 703
Rendimentos de serviços e comissões 115 627 89 175 88 719
Encargos com serviços e comissões -21 613 -15 205 -13 605
Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
62 138 45 857 28 319
Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 3 667 12 692 1 657
Resultados de reavaliação cambial 8 410 2 344 2 070
Resultados de alienação de outros ativos 44 001 -3 363 389
Outros resultados de exploração 26 758 16 950 16 657
Total de proveitos operacionais 558 630 419 936 445 717
Custos com pessoal 225 373 141 777 147 352
Gastos gerais administrativos 115 443 83 495 79 204
Amortizações do exercício 28 270 20 850 20 507
Total de custos operacionais 369 086 246 122 247 063
Imparidade do crédito 143 907 110 599 144 490
Imparidade de outros ativos 9 748 12 166 12 037
Outras provisões 4 282 -84 154
Resultado operacional 31 607 51 133 41 973
Resultados por equivalência patrimonial 999 1 954 2 503
Resultado antes de impostos 32 606 53 087 44 476
Correntes -3 689 0 0
Diferidos 18 381 0 0
Resultado após impostos 47 298 53 087 44 476
Resultado líquido do exercício atribuível ao MGAM 47 298 53 087 44 476
Interesses que não controlam -2 269 0 0
Resultado líquido do exercício 45 029 53 087 44 476
33
Demonstração de fluxos de caixa Consolidados
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09
Juros recebidos 1 111 303 731 013 893 081
Comissões recebidas 108 994 89 255 88 661
Pagamento de juros -737 432 -474 362 -598 748
Pagamento de comissões -27 448 -15 073 -15 050
Despesas com pessoal e fornecedores -345 545 -264 939 -245 084
Recuperação de crédito e juros 6 163 2 376 3 308
Outros pagamentos e recebimentos 171 424 45 436 92 456
Impostos -43 341 0 0
Fluxos de caixa de atividade operacionais 244 118 113 706 218 624
Créditos sobre instituições de crédito e clientes -2 167 480 -25 984 -110 698
Outros ativos -381 917 25 291 -72 683
Aumentos (-)/ Diminuições (+) de ativos operacionais -2 549 397 -693 -183 381
Recursos para com clientes 3 578 617 811 458 880 451
Recursos para com instituições de crédito -600 514 404 346 -953 494
Recursos de Bancos Centrais 900 000 900 000 500 000
Aumentos (-)/ Diminuições (+) de passivos operacionais 3 878 103 2 115 804 426 957
Total dos fluxos de caixa operacionais 1 572 824 2 228 817 462 200
Dividendos recebidos 921 538 703
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros de negociação 5 534 -116 -33 355
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados
346 240 -161
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros disponíveis para venda
-399 530 -1 207 407 -346 526
Compra (-)/Venda (+) de derivados de cobertura 12 196 1 996 2 408
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros detidos até à maturidade
-18 744 -24 037 6 278
Compra (-)/Venda (+) de investimentos em associadas -80 199 931 -11 690
Depósitos detidos com fins de controlo monetário -110 378 61 507 -41 048
Alienação de imobilizações 129 538 3 116 156
Aquisição de imobilizações -231 139 -24 105 -27 350
Fluxos de caixa de atividades de investimento -691 455 -1 187 337 -450 585
Distribuição de resultados -23 085 -20 300 -11 271
Aumento de capital 460 000 40 000 100 000
Emissão de obrigações de caixa e títulos subordinados 291 538 -218 169 1 108 775
Reembolso de obrigações de caixa e títulos subordinados -1 411 249 -860 459 -1 248 555
Aumento (+)/diminuição (-) noutras contas de passivo 17 505 18 444 4 032
Fluxos de caixa de atividades de financiamento -665 291 -1 040 484 -47 019
Variação líquida em caixa e equivalentes 216 078 996 -35 404
Caixa e equivalentes no início do período 169 994 168 998 204 402
Caixa 95 641 99 128 89 900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 74 353 69 870 114 502
Caixa e equivalentes no fim do exercício 386 072 169 994 168 998
34
Balanço Individual
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 1-Jan-10
Ativo Reexpresso Reexpresso
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 381 540 240 024 305 018
Disponibilidades em outras instituições de crédito 102 701 58 405 51 745
Aplicações em instituições de crédito 370 268 338 662 370 884
Crédito a clientes 16 200 240 14 352 766 14 448 162
Ativos financeiros detidos para negociação 145 252 130 865 103 195
Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados 3 606 3 952 4 192
Ativos financeiros disponíveis para venda 5 821 780 5 256 811 3 164 510
Derivados de cobertura 1 184 2 810 5 109
Investimentos detidos até à maturidade 48 416 58 093 33 523
Investimentos em associadas e outras 384 547 43 297 43 297
Ativos não correntes detidos para venda 86 830 162 374 128 599
Outros ativos tangíveis 66 183 89 188 91 173
Ativos intangíveis 110 843 18 254 16 151
Ativos por impostos correntes 10 0 0
Ativos por impostos diferidos 59 221 0 0
Outros ativos 310 278 104 924 106 631
TOTAL DO ATIVO 24 092 899 20 860 425 18 872 189
Passivo
Recursos de bancos centrais 2 003 300 1 540 266 502 353
Recursos de outras instituições de crédito 1 182 068 1 262 546 945 400
Recursos de clientes 13 190 639 9 654 340 8 881 046
Responsabilidades representadas por títulos 2 240 688 3 578 677 4 583 307
Passivos financeiros associados a ativos transferidos 3 289 983 3 182 375 1 450 122
Passivos financeiros detidos para negociação 101 524 53 814 41 345
Derivados de cobertura 2 444 1 408 598
Provisões 120 014 101 499 102 800
Outros passivos subordinados 477 247 380 986 381 043
Outros passivos 243 419 211 696 1 077 474
TOTAL DO PASSIVO 22 851 326 19 967 607 17 965 488
Capital
Capital 1 245 000 800 000 760 000
Outros instrumentos de capital 15 000 0 0
Reservas de justo valor -316 692 -82 973 -28 600
Outras reservas e resultados transitados 265 442 133 254 175 301
Resultado do exercício 32 823 42 537 0
TOTAL DO CAPITAL 1 241 573 892 818 906 701
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL 24 092 899 20 860 425 18 872 189
35
Demonstração de Resultados Individual
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09
Juros e rendimentos similares 1 161 027 750 941 923 858
Juros e encargos similares 857 554 480 519 603 902
Margem Financeira 303 473 270 422 319 956
Rendimentos de instrumentos de capital 2 112 2 175 2 471
Rendimentos de serviços e comissões 108 128 89 175 88 719
Encargos com serviços e comissões -19 199 -15 205 -13 605
Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
68 399 45 555 29 109
Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 3 216 9 959 1 657
Resultados de reavaliação cambial 2 520 2 320 2 052
Resultados de alienação de outros ativos 57 988 -3 363 267
Outros resultados de exploração 29 451 16 976 19 990
Total de proveitos operacionais 556 088 418 014 450 616
Custos com pessoal 217 319 141 777 146 406
Gastos gerais administrativos 105 628 83 442 79 147
Amortizações do exercício 26 854 20 846 20 502
Total de custos operacionais 349 801 246 065 246 055
Imparidade do crédito 171 448 118 452 151 284
Imparidade de outros ativos 16 176 12 166 12 037
Outras provisões -2 792 -1 206 154
Resultado operacional 21 455 42 537 37 778
Impostos diferidos -11 368 0 0
Resultado líquido do exercício 32 823 42 537 37 778
36
Demonstração de fluxos de caixa Individuais
Un: milhares de euros
31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09
Juros recebidos 1 066 203 737 401 943 814
Comissões recebidas 109 898 85 013 87 095
Pagamento de juros -856 237 -465 520 -647 779
Pagamento de comissões -17 945 -5 418 -13 409
Despesas com pessoal e fornecedores -379 632 -249 182 -245 025
Recuperação de crédito e juros 0 2 376 3 308
Outros pagamentos e recebimentos 256 622 41 656 93 685
Fluxos de caixa de atividade operacionais 178 909 146 326 221 689
Créditos sobre instituições de crédito e clientes -1 947 110
882 313 739 899
Outros ativos 3 242 -24 885 -64 174
Aumentos (-)/ Diminuições (+) de ativos operacionais -1 943 868
857 428 675 725
Recursos para com clientes 3 422 117 758 954 898 716
Recursos para com instituições de crédito -1 623 501
-182 479 -974 530
Recursos de Bancos Centrais 2 000 000 1 540 000 500 000
Aumentos (-)/ Diminuições (+) de passivos operacionais 3 798 616 2 116 475 424 186
Total dos fluxos de caixa operacionais 2 033 657 3 120 229 1 321 600
Dividendos recebidos 2 112 2 175 2 471
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros de negociação -20 944 -16 779 -33 355
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados
346 240 -161
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros disponíveis para venda
-836 522 -2 148 825
-1 261 070
Compra (-)/Venda (+) de derivados de cobertura 1 852 1 996 2 408
Compra (-)/Venda (+) de ativos financeiros detidos até à maturidade
9 506 -23 987 6 278
Compra (-)/Venda (+) de investimentos em associadas -429 522 0 -12 671
Depósitos detidos com fins de controlo monetário -104 094 61 507 -41 048
Alienação de imobilizações 60 195 3 135 156
Aquisição de imobilizações -24 101 -24 101 -27 348
Fluxos de caixa de atividades de investimento -1 341 172
-2 144 639
-1 364 340
Distribuição de resultados -23 085 -20 300 -11 271
Aumento de capital 460 000 40 000 100 000
Emissão de obrigações de caixa e títulos subordinados 302 011 -98 078 1 167 712
Reembolso de obrigações de caixa e títulos subordinados -1 390 073
-906 509 -1 248 555
Aumento (+)/diminuição (-) noutras contas de passivo 40 380 12 470 3 702
Fluxos de caixa de atividades de financiamento -610 767 -972 417 11 588
Variação líquida em caixa e equivalentes 81 718 3 173 -31 152
Caixa e equivalentes no início do período 154 046 150 873 182 025
Caixa 95 641 99 128 89 900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 58 405 51 745 92 125
Caixa e equivalentes no fim do exercício 235 764 154 046 150 873
37
Os relatórios e contas consolidadas e auditadas do Emitente relativas aos exercícios
terminados em 31 dezembro de 2009, 31 de dezembro de 2010 e 31 dezembro de 2011,
em cada caso em conjunto com os relatórios dos seus auditores preparados em
conjunto com estes, constam do relatório anual do Emitente sobre o exercício relevante
(disponíveis para consulta nos sítios do Montepio e da CMVM, respetivamente:
www.montepio.pt e www.cmvm.pt).
38
8. INFORMAÇÃO GERAL
(a) Aprovação pelo Conselho de Administração do Montepio
A montagem da emissão de papel comercial e todos os atos materiais conducentes à
aprovação da Nota Informativa foram aprovados por deliberação do Conselho de
Administração do Montepio em 9 de agosto de 2012.
(b) Documentação Disponível e Respetivos Locais de Acesso
- Nota Informativa disponível para consulta nos sítios do Montepio e da CMVM,
respetivamente: www.montepio.pt e www.cmvm.pt;
- Os relatórios e contas consolidadas e auditadas do Emitente relativas aos exercícios
terminados em 31 dezembro de 2009, 31 de dezembro de 2010 e 31 dezembro de 2011, em
cada caso em conjunto com os relatórios dos seus auditores preparados em conjunto com
estes, constam do relatório anual do Emitente sobre o exercício relevante (disponíveis para
consulta nos sítios do Montepio e da CMVM, respetivamente: www.montepio.pt e
www.cmvm.pt);
- Estatutos do Montepio (disponíveis para consulta no sítio do Montepio www.montepio.pt).
Cópias dos documentos acima referidos podem ser obtidas na sede do Emitente e do Agente
Pagador na Rua Áurea, 219-241, 1100-062 Lisboa.
(c) Sistemas de Liquidação
A liquidação física e financeira da Emissão será efetuada pela Interbolsa – Sociedade Gestora
de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., no prazo
de 2 (dois) dias úteis subsequentes ao fim do período de subscrição, observando-se as
seguintes regras:
i) A liquidação física da operação será efetuada mediante débito na conta que a Entidade
Colocadora mantém junto da INTERBOLSA, considerando-se para o efeito a conta "default"
correspondente ao código de entidade liquidadora;
ii) A liquidação financeira será efetuada através de movimentação da conta mantida pela
Entidade Colocadora no Target2, a quem a INTERBOLSA fornecerá para o efeito a informação
necessária.