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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 11/18 SEMANA: 26/03/18 a 30/03/18 ASSUNTOS: O OUTRO LADO DA MOEDA: PESSOAS QUE MENTEM PARA O FACEBOOK WhatsApp ENTRA NA “BERLINDA” VOCÊ SABE O QUANTO DE INFORMAÇÃO PRIVADA OFERECE DE GRAÇA TODOS OS DIAS? SEM MEDO DA IRRADIAÇÃO NÃO IONIZANTE REGRAS CONTRA A HUAWEI...NOS EUA PREVISÕES DA DELOITTE PARA 2018 NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Notas & Observações Bloqueadores em Presídios Oi adia divulgação das Demonstrações Financeiras de 2017 Separação Estrutural de Redes… na Itália Estatísticas sobre as Redes de Telecomunicações no Brasil – fevereiro 2018 Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ... · O assunto tem evidentes vinculações indiretas com o Setor ... público o “escândalo” da divulgação de informações

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BS N° 11/18

SEMANA: 26/03/18 a 30/03/18

ASSUNTOS:

O OUTRO LADO DA MOEDA: PESSOAS QUE MENTEM PARA O FACEBOOK WhatsApp ENTRA NA “BERLINDA”

VOCÊ SABE O QUANTO DE INFORMAÇÃO PRIVADA OFERECE DE GRAÇA TODOS OS DIAS? SEM MEDO DA IRRADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

REGRAS CONTRA A HUAWEI...NOS EUA PREVISÕES DA DELOITTE PARA 2018

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Notas & Observações Bloqueadores em Presídios

Oi adia divulgação das Demonstrações Financeiras de 2017 Separação Estrutural de Redes… na Itália

Estatísticas sobre as Redes de Telecomunicações no Brasil – fevereiro 2018

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Notas & Observações

Huawei e ZTE não vendem equipamentos nos EUA

A FCC, seguirá política promovida pelo Governo Trump e com apoio de fortes segmentos políticos do Congresso Americano, de não permitir a utilização de equipamentos fornecidos pela Huawei e pela ZTE em Projetos de Redes de Telecomunicações fomentados por Recursos de Fundos Públicos; basicamente, os relacionados com a Universalização dos Serviços de Telecomunicação nos EUA. O montante dispendido nestes Programas, é da ordem de $8 bilhões, por ano.

O BS tem apontado em edições anteriores que há fortes restrições do Governo dos Estados Unidos em relação à instalação de equipamentos e venda de smartphones destes fabricantes, principalmente da Huawei, alegando razões de segurança nacional.

O teor das medidas a serem adotadas pela FCC será votado em reunião da Comissão do dia 17/04 próximo.

PLC 79/2018 tramita em Comissões do Senado

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o Presidente do Senado Eunício Oliveira encaminhará o PLC 79/2016 para tramitação nas Comissões da Casa, em lugar de discuti-lo diretamente no Plenário. Com isto, as chances de sua aprovação em curto prazo são remotas.

Não pode passar desapercebido que o Deputado Daniel Vilela, autor do PLC, ganhou uma maior notoriedade ao ser indicado para a Presidência da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça - a mais importante da Câmara dos Deputados, no período 2018 - 2019. Também se apresenta como pré-candidato ao Governo de Goiás.

Ministro Kassab não anunciou formalmente sua saída do Ministério

O Ministro Gilberto Kassab quase certamente deixará o MCTIC nos próximos dias, para se desincompatibilizar da função com vistas à disputa de algum Cargo eletivo nas próximas eleições. Mas, até ao fechamento do presente BS, não havia feito nenhuma declaração formal neste sentido. É possível que isto aconteça posteriormente, em função dos acordos políticos que estão sendo “costurados”.

Facebook

Nos EUA estão em andamento processos nos quais se pretende verificar, entre outros pontos, se o Facebook efetivamente divulga a seus usuários que tipo de dados ele coleta. E, ainda, como usa e como compartilha esta informação com outras Partes.

Este tipo de “pressão” sobre o Facebook também se manifesta em outros países, inclusive no Brasil.

A Administração procura respostas convincentes que, até o momento, não foram dadas. Mark Zuckerberg, o até aqui intocável Presidente do Conselho de Administração, já começa a ter sua saída pedida por alguns investidores proeminentes da Companhia mais conservadores.

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Legislação contra Fake News...na Malásia

A Reuters divulga uma notícia de que a Malásia aprovou uma Lei contra “fake News”. Tal Lei permite a prisão por até seis anos para os infratores. Como está para ocorrer uma eleição geral no país, os críticos do governo alegam que se trata de uma medida para calar os dissidentes e reduzindo a liberdade de expressão. Ver item sobre este tema nesta edição do BS (WhatsApp ENTRA NA “BERLINDA”).

Como proteger sua privacidade no Facebook

Caso algum leitor do BS esteja incomodado com a possibilidade de ter sua privacidade quebrada pelo Facebook o jornal O Estado de S. Paulo publica um texto com o título: “Como proteger sua privacidade no Facebook” que pode ser de utilidade neste sentido. O material pode ser lido clicando aqui.

O assunto também é abordado no item “VOCÊ SABE O QUANTO DE INFORMAÇÃO PRIVADA OFERECE DE GRAÇA TODOS OS DIAS?”.

Acordo Telebras – Viasat

Uma Juíza do TRF 1ª Região confirmou a Liminar que suspendeu o Acordo entre a Telebras e a Viasat. Também impôs condicionantes severos contra o eventual descumprimento da Decisão, inclusive com “a suspensão do desembaraço aduaneiro ou a lacração de todo equipamento importado pela Viasat” aplicável à operação do SGDC – Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas.

Sobre este tema também houve uma manifestação pública de Fábio Andrade, Diretor de Relações Institucionais da Claro, Membro do CCS – Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional – colocando suas preocupações quanto à possibilidade de tal Acordo ser prejudicial à competição na prestação dos Serviços Via Satélite no País.

Briga na “Arena Tecnológica”

Nos Estados Unidos Tim Cook, CEO da Apple, criticou o Facebook pela atitude da Companhia em utilizar informações pessoais de seus usuários. Mark Zuckerberg respondeu dizendo que tais declarações “não estão alinhadas com a verdade”.

As declarações de Cook não são gratuitas. Ele teme que os efeitos da onda anti Facebook possam atingir a Apple. Historicamente esta Empresa projeta a ideia junto a seus usuários de que seus produtos são seguros e não podem ter seu sigilo quebrado.

Vale lembrar a celeuma da “briga” da Companhia com autoridades policiais e de segurança dos EUA para a “quebra do sigilo” do aparelho do terrorista morto em um atentado ocorrido em San Bernardino há pouco mais de um ano atrás. Trata-se, portanto, de um assunto caro para ela.

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Ainda que se tratem de circunstâncias diferentes, aparentemente a posição da Apple é preventiva de modo a evitar ser “contaminada” pela forte celeuma aberta com a divulgação pública da quebra de privacidade dos usuários pelo Facebook.

Gratuidade de uso de orelhões

A Anatel determinou que as chamadas originadas em TUP de 12 Estados do Norte e Nordeste do Brasil, para telefones fixos ou móveis, sejam gratuitas, pelos próximos 6 (seis) meses. A medida decorre da verificação de indisponibilidade desse tipo de aparelhos nos Estados envolvidos e em localidades sem telefone fixo, abaixo de determinados percentuais (90% e 95% respectivamente).

Seria interessante avaliar o nível de utilização dos aparelhos nesta condição de gratuidade com vistas à verificação da real necessidade deste tipo de aparelhos nos dias atuais.

Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação – CT&I – Seminário

Segue, abaixo, um link para acesso a informações sobre a Lei nº 13.243/2016; o Decreto nº 9.283/2018; e o acesso às apresentações de recente Seminário de Implementação do Marco Legal de CT&I - março 2018. O assunto tem evidentes vinculações indiretas com o Setor de Telecomunicações e diretas com a Indústria de Bens e Serviços do País, além de importante para as atividades de P&D, envolvendo Centros de Pesquisas e Universidades, de modo geral.

www.mctic.gov.br/mctic/opencms/inovacao/marco_legal_da_inovacao/marco_legal_ct_e_i.htm

Ações do Facebook

As ações do Facebook no final da semana (30/03) haviam caído de $195 para $160. Isto significa uma perda da ordem de $100 bilhões do valor da Empresa na Bolsa, em 14 dias, desde que foi tornado público o “escândalo” da divulgação de informações sensíveis de 50 milhões de seus usuários.

Vivo é objeto de inquérito do MP do DF – suspeita de uso de dados pessoais

O Ministério Público do Distrito Federal abriu um inquérito contra a Vivo por suposta utilização de dados pessoais dos seus usuários para fins de publicidade sem o seu consentimento. O foco do processo é o serviço denominado Vivo Ads.

De acordo com as suspeitas do MP a Companhia estaria tratando ilegalmente tais dados pessoais com a finalidade de utiliza-los em publicidade.

A Companhia, em Comunicado formal, negou que utilize as informações de seus clientes para fins publicitários ou os compartilhe com outras Partes. Textualmente informou: “A Vivo cumpre rigorosamente a legislação vigente e não promove qualquer uso ilegal de dados pessoais de seus clientes.”

O assunto ganha relevância tendo em vista o “trauma” causado pelo “escândalo” do Facebook, ainda que não haja qualquer conexão entre os dois casos.

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Bloqueadores em Presídios

O assunto é sensível e de extrema relevância nas medidas em andamento tentando melhorar as condições de Segurança Pública proporcionadas à sociedade brasileira.

O BS já escreveu sobre este assunto em edição anterior. Há indicações de ameaças sendo feitas com o objetivo de o assunto não prosperar em termos legislativos. O Sindicato das Operadoras (Sinditelebrasil) já se posicionou, colocando preocupações que merecem a devida reflexão.

Agora, também as Associações de empregados se manifestam contra as condições previstas no Projeto de Lei aprovado no Senado Federal. Querem que a Câmara dos Deputados introduza modificações. Alegam razões de segurança para si e suas famílias na efetivação das medidas previstas envolvendo o previsto repasse às Operadoras da instalação e operação dos Bloqueadores de Sinal.

A FEBRATEL, Federação que congrega Operadoras de Serviços de Telecomunicações e Empresas de outros Segmentos do Setor, sugere a utilização de recursos do FISTEL.

O BS reproduz reportagem de O Estado de S. Paulo, de autoria de Leonencio Nossa, com detalhes adicionais sobre o tema.

Na verdade, o assunto é mais complexo do que simplesmente instalar os equipamentos. Uma medida que, idealmente, não pode causar prejuízos às pessoas que vivam ou transitem nas imediações dos Presídios, Delegacias, ou outras Instituições nas quais, por uma razão ou outra, se faça necessário impor a restrição.

Na visão do BS – ainda que ele não seja expert no assunto - para alcançar este objetivo, os “sistemas de bloqueio” devem estar integrados às instalações prediais. Na verdade, os recursos tecnológicos atualmente disponíveis e outros que certamente aparecerão no futuro exigirão um constante “acompanhamento e monitoramento” do tema.

Telefonia quer que Câmara rejeite projeto que repassa custo de bloqueadores

Proposta prevê que os aparelhos sejam instalados em presídios com uma verba de R$ 1,5 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional

Leonencio Nossa, O Estado de S.Paulo

26 Março 2018 | 19h44

BRASÍLIA - As empresas de telefonia tentam convencer líderes da Câmara a rejeitar proposta que repassa às operadoras o funcionamento de bloqueadores de sinal de celular nos presídios. Nos últimos dias, representantes das companhias estiveram no gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para reclamar do projeto aprovado pelo Senado.

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Projeto prevê bloqueadores de sinal de telefones celulares em presídios de todo o País Foto: Rafael Arbex/Estadão

A proposta, que terá seu caráter de urgência na tramitação votado em breve pelos deputados, prevê que os aparelhos serão instalados com uma verba de R$ 1,5 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). As empresas devem arcar, em uma segunda fase, com a manutenção do sistema.

O projeto está em discussão pelos parlamentares, mas teria provocado a reação do crime. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, do Ceará, investiga se a proposta motivou facções a danificar duas torres de telefonia, incendiar ônibus e jogar bombas em órgãos públicos, no último fim de semana, em Fortaleza e cidades do interior do Estado.

Ainda em 2016, o SindiTelebrasil, entidade que representa as companhias, identificou reações de facções à instalação de bloqueadores. Naquele ano, um prédio de uma operadora e duas torres de celular foram atacados em Fortaleza por um grupo em represália à perda de sinal em um dos presídios da cidade. A pedido do então ministro das Comunicações, André Figueiredo, a empresa criou uma "área de sombra", desligando alguns equipamentos na área da unidade prisional que bloqueou tanto o sinal dentro da prisão quando nas casas e comércio no entorno.

"É um absurdo colocar em risco nosso patrimônio e a vida de nossos funcionários", afirma o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy. "A proposta é uma gravidade para as empresas no Brasil inteiro."

Levy diz que o projeto é "equivocado" porque repassa para as empresas a obrigação do Estado em garantir a segurança pública. Também reclama que as companhias dispõem de tecnologia para impedir os sinais. "Não temos que arcar com os custos da segurança pública", afirma.

Levy argumenta que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, em setembro de 2002, a resolução 308 que define a figura do usuário de Bloqueadores de Sinais de Radiocomunicações (BSR), empresa cadastrada no Ministério da Justiça para atuar na interrupção das linhas nos presídios. Pela norma da Anatel, as operadoras devem manter sigilo sobre a instalação dos bloqueadores e repassar ao

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usuário e ao governo informações sobre mudanças de potência de transmissão. "A resolução diferenciou o usuário de BSR das operadoras."

O presidente da SindiTelebrasil reclama da "pressa" da tramitação do projeto do senador Eunício Oliveira (MDB-CE). "Na prática, não temos condições de resolver o problema", afirma Levy. Ele ressalta que uma boa parte dos bloqueadores instalados em presídios está desligada por falta de recursos das unidades. "Nós não temos tecnologia de bloqueio de sinais", ressalta. "Já existem empresas capacitadas para fazer esse trabalho."

Quando o projeto chegou à Câmara no começo deste mês, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse que a tendência era a Casa apoiar o texto do Senado. Ele prometeu, no entanto, defender na tribuna que as operadoras pagassem até a instalação dos bloqueadores. O argumento do deputado é que as empresas têm lucros "exorbitantes".

Em novembro passado, Rossi conseguiu aprovar um projeto que obrigava as operadoras a arcar com todas as despesas de interrupção dos sinais. A proposta, porém, não chegou ao plenário do Senado.

Oi adia divulgação das Demonstrações Financeiras de 2017

A Oi divulgou um FATO RELEVANTE informando aos seus acionistas e ao mercado em geral que “em razão da complexidade dos impactos do processo de recuperação judicial e da aprovação e homologação do seu Plano de Recuperação Judicial [...] a Companhia informa o adiamento da divulgação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2017, do dia 28 de março de 2018 para o dia 12 de abril de 2018”.

O documento faz referência a que “Os efeitos contábeis acumulados a serem registrados no Patrimônio Líquido da Companhia de 2017 serão de aproximadamente R$ 21 bilhões. Deste valor, os principais itens a serem reconhecidos contabilmente são:

(i) ajuste no valor da provisão de Imposto de Renda Diferido registrado em face da projeção de lucros futuros esperados;

(ii) baixa de ativos relativos a depósitos judiciais; (iii) baixa da mais valia registrada por ocasião da incorporação da Telemar Participações

S.A. ("TmarPart") pela Companhia; e, (iv) revisão dos critérios de cálculo para provisão relativa aos passivos regulatórios.”

E, “Os referidos efeitos contábeis resultarão em um patrimônio líquido negativo em dezembro de 2017.” O valor deste patrimônio liquído negativo é de R$ 21 bilhões.

Porém, “...a partir do Plano aprovado e homologado, o valor do patrimônio líquido voltará a ser positivo em 2018”.

É importante ressaltar o posicionamento da Companhia em relação à “Provisão de Passivos Regulatórios”.

Diz a Companhia no FATO RELEVANTE:

“Provisão de Passivos Regulatórios

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[...]

Neste sentido, o Plano, como também fez para outras naturezas de credores, segregou o pagamento dos créditos líquidos, posto que inscritos em Dívida Ativa, e ilíquidos, como sendo aqueles ainda não inscritos e discutidos na esfera administrativa da Anatel.

Vale realçar que estas multas ainda estão, na sua absoluta maioria, em discussão administrativa e judicial, não havendo jurisprudência consistente sobre o seu mérito. A Companhia entende que os créditos da Anatel, oriundos de multas, utilizam-se de critérios desproporcionais e não razoáveis.

Neste contexto, a Companhia acresceu em R$ 1,7 bilhão o seu saldo de provisão para passivos regulatórios, para refletir os termos de pagamento aprovados no Plano.”

[...]

Pode-se observar do texto que a Oi não considera o pagamento integral das multas para com a União e, tão somente, “acresceu” R$ 1,7 bilhão à provisão. Este valor, obviamente, é bastante inferior àquele que a Agência divulgou que anda na casa dos R$ 12 bilhões, mesmo considerando que possa haver alguma outra quantia provisionada.

O entendimento de que “os créditos da Anatel, oriundos de multas, utilizam-se de critérios desproporcionais e não razoáveis” é um julgamento da Companhia que não encontrou eco nos processos administrativos já vencidos, tanto que não há mais como recorrer administrativamente neste plano

Fica de pé o ponto que gerou controvérsias por ocasião da realização da AGE no qual a Anatel votou contra o Plano, exatamente para não reconhecer que os seus créditos estariam sujeitos ao que fosse aprovado na Assembleia.

O BS reproduz o texto completo do FATO RELEVANTE conforme publicado no Site da Companhia, com algumas pequenas alterações de formatação para uma melhor visualização.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

FATO RELEVANTE

Adiamento da divulgação das Demonstrações Financeiras

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em atendimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e nos termos da Instrução CVM nº 358/02, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral o que segue:

Em razão da complexidade dos impactos do processo de recuperação judicial e da aprovação e homologação do seu Plano de Recuperação Judicial ("Plano") nos trabalhos de elaboração das demonstrações financeiras da Companhia e do parecer dos auditores independentes, relativos ao exercício social de 2017, e com foco na qualidade e adequação do tratamento de suas informações

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contábeis, a Companhia informa o adiamento da divulgação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2017, do dia 28 de março de 2018 para o dia 12 de abril de 2018.

A Assembleia Geral Ordinária ("AGO") da Companhia será convocada no dia 29 de março para ser realizada no dia 30 de abril de 2018, conforme Calendário Anual de Eventos Corporativos divulgado pela Companhia, tendo como ordem do dia a tomada de contas dos administradores relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, a eleição de membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes e a fixação da verba global anual da remuneração dos administradores e dos membros do Conselho Fiscal. O exame, discussão e votação das demonstrações financeiras serão deliberados em Assembleia Geral Extraordinária ("AGE") a ser convocada imediatamente após a divulgação das demonstrações financeiras auditadas.

Antecipação de informações relativas a efeitos contábeis

O processo de recuperação judicial, com a aprovação e homologação do seu Plano, e o compromisso com a adequação do tratamento de suas informações contábeis e com a qualidade de sua divulgação ao mercado levaram a Companhia a discutir com a auditoria externa detalhes acerca do reconhecimento contábil de determinadas premissas do Plano e suas consequências sobre o saldo de abertura de 2016 e sobre as demonstrações financeiras da Companhia relativas aos exercícios sociais de 2016 e 2017.

Os efeitos contábeis acumulados a serem registrados no Patrimônio Líquido da Companhia de 2017 serão de aproximadamente R$ 21 bilhões. Deste valor, os principais itens a serem reconhecidos contabilmente são:

(i) ajuste no valor da provisão de Imposto de Renda Diferido registrado em face da projeção de lucros futuros esperados; (ii) baixa de ativos relativos a depósitos judiciais; (iii) baixa da mais valia registrada por ocasião da incorporação da Telemar Participações S.A. ("TmarPart") pela Companhia; e (iv) revisão dos critérios de cálculo para provisão relativa aos passivos regulatórios.

Os demais efeitos contábeis não apontados neste Fato Relevante serão oportunamente detalhados quando da divulgação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2017.

O quadro abaixo contém um resumo dos principais impactos dos ajustes realizados relativos ao período em questão.

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Os referidos efeitos contábeis resultarão em um patrimônio líquido negativo em dezembro de 2017. Em função dos ajustes previstos para o exercício de 2018 em razão do reconhecimento contábil do valor justo da nova dívida da Companhia a partir do Plano aprovado e homologado, o valor do patrimônio líquido voltará a ser positivo em 2018.

A Companhia esclarece que tais efeitos contábeis não terão impacto em seu caixa ou EBITDA de rotina em 31 de dezembro de 2016 e 2017. Cabe ressaltar que esses efeitos não afetam o Plano e nem os fluxos financeiros utilizados para a avaliação da Companhia e suas subsidiárias em recuperação judicial ("Recuperandas") que demonstram a viabilidade das Recuperandas, na linha do laudo econômico-financeiro apresentado em conjunto com o Plano.

Dado o adiamento da divulgação das demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2017 e para garantir a estabilidade das expectativas do mercado, a Companhia optou por antecipar os indicadores financeiros chave de seu resultado de 2017 ainda não auditado e utilizados no Plano:

O detalhamento dos ajustes está descrito a seguir:

• Ajuste no valor da provisão de Imposto de Renda Diferido

Trata-se de impairment e de ajustes em contas patrimoniais relativos ao imposto de renda e contribuição social diferidos calculados a partir da previsão de lucros a serem apurados pela Companhia.

A Instrução Normativa CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, dispõe sobre o registro contábil do ativo fiscal diferido decorrente de diferenças temporárias e de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, e permite que tais créditos sejam reconhecidos ou mantidos contabilmente, após cumpridas as seguintes exigências:

• Apresentar histórico de rentabilidade;

• Apresentar expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico de viabilidade, que permita a realização dos créditos fiscais diferidos.

A partir do estudo de viabilidade anexo ao Plano, a Companhia pôde apurar a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros e, desta forma, demonstrar na sua contabilidade apenas o valor do crédito de imposto de renda e contribuição social que reflete adequadamente esta previsão.

• Baixa de ativos relativos a depósitos judiciais

O processo de recuperação judicial permitiu que a Companhia realizasse o escrutínio e conciliação dos saldos contábeis e valores depositados judicialmente, além da contingência daí refletida. Basicamente, os seguintes fatores favoreceram este cenário:

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- a possibilidade de discussão com os importantes bancos credores que são detentores dos depósitos, com a cobrança mais efetiva dos fornecimentos de extratos financeiros e informações para conciliação;

- a digitalização de processos e consequente melhoria no acesso e uso da ferramenta de pesquisa junto aos sites dos Tribunais de Justiça, para conciliação dos movimentos processuais;

- a suspensão da execução dos créditos judiciais (stay period) restringiu a realização de depósitos e bloqueios; e

- a redução do número de entradas de processos judiciais.

Em consequência, em 2017 a Companhia criou grupos internos interdisciplinares e iniciou a organização das bases de sistemas e pesquisas para o trabalho. Além disso, foram contratadas consultorias externas independentes para buscar o diagnóstico, conciliação e identificação de gaps, ajustes e oportunidades de melhorias nos seus controles e processos.

Em fevereiro de 2018, a Companhia, em conjunto com os seus consultores, produziu relatórios com informações estruturadas e em nível executivo para adequação das contas contábeis da Companhia, identificando o efeito acima descrito de R$ 6,3 bilhões no patrimônio líquido, referentes à baixa do ativo de depósitos judiciais. A Oi informa que identificou a necessidade de melhorias nos seus controles e processos internos e vem adotando uma série de iniciativas para corrigir procedimentos, bem como está implementando novos controles e definindo seu acompanhamento periódico.

• Baixa da mais valia líquida de impostos

Após a incorporação da TmarPart pela Oi, ocorrida em 1º de setembro de 2015, a Companhia procedeu ao registro no seu balanço da totalidade do acervo líquido da incorporada, incluindo a mais valia de seus ativos.

Com a aprovação do Plano em Assembleia Geral de Credores em 20 de dezembro de 2017 e a sua homologação pelo Juízo da Recuperação Judicial em 05 de fevereiro de 2018, a Companhia entendeu estarem reunidas as condições necessárias à definição das premissas a usar no teste anual de análise de recuperabilidade dos ativos de vida útil definida e de longa duração para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 nos termos do CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. O ajuste dessa reavaliação se reflete numa baixa parcial da mais valia do ativo, líquido de imposto, no valor de R$ 2,2 bilhões, no patrimônio líquido da Companhia, em 2017.

• Provisão de Passivos Regulatórios

A Cláusula 4.3.4 do Plano prevê claramente os critérios e condições para pagamento dos créditos das agências reguladoras, aí incluídos os da Anatel.

Neste sentido, o Plano, como também fez para outras naturezas de credores, segregou o pagamento dos créditos líquidos, posto que inscritos em Dívida Ativa, e ilíquidos, como sendo aqueles ainda não inscritos e discutidos na esfera administrativa da Anatel.

Vale realçar que estas multas ainda estão, na sua absoluta maioria, em discussão administrativa e judicial, não havendo jurisprudência consistente sobre o seu mérito. A Companhia entende que os créditos da Anatel, oriundos de multas, utilizam-se de critérios desproporcionais e não razoáveis.

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Neste contexto, a Companhia acresceu em R$ 1,7 bilhão o seu saldo de provisão para passivos regulatórios, para refletir os termos de pagamento aprovados no Plano.

A Oi ressalta que tais informações são preliminares e ainda não foram concluídas as análises pelos auditores independentes da Companhia.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Fato Relevante.

Rio de Janeiro, 28 de março de 2018.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Carlos Augusto Machado Pereira de Almeida Brandão

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores e Diretor

Separação Estrutural de Redes… na Itália

A Telecom Italia notificou o Regulador das Telecomunicações na Itália – Autoritá per le Garanzie nelle Comunicacioni (AGCom) – que iniciou o processo de separação de sua Rede de Acesso física para incorporá-la em uma nova “Entidade Legal”, o que pressupõe a criação de uma nova Empresa para a prestação de serviços neste segmento.

É algo parecido como se no Brasil a Oi e a Telefônica Brasil propusessem o desmembramento da sua Rede de Fios de Cobre (certamente Bem Reversível) e, cada uma delas, a incorporassem em uma outra Empresa que seria a Concessionária. Então, somente esta parte da Rede seria objeto de Regulação nos termos da Concessão. O demais, entraria em Regime de Competição Plena sob a égide da exploração dos Serviços no Regime Privado1.

As circunstâncias no Brasil são diferentes daquelas vigentes na Itália, do ponto de vista legal e regulatório, ainda que se verifique a similaridade apontada. Mas, não há dúvida que alguma medida deve ser tomada nos próximos anos: aliás, uma previsão estabelecida na própria legislação. O fato de ser um Bem Reversível e a Concessão terminar em 2025 configura um cenário real de tal Rede vir a ser “revertida” para o Estado Brasileiro.

Provavelmente, não ocorrerão interessados em manter a exploração do Serviço (STFC) nas condições atuais. Incluindo, a obsolescência operacional das Redes e do próprio Serviço para o qual os usuários já encontraram substitutos mais vantajosos, onde existe disponibilidade para tal.

O BS reproduz uma matéria de um Site Internacional, assinada por Alan Burkitt-Gray, contendo algumas informações adicionais sobre o processo em andamento na Itália.

1 Isto não é uma proposta do BS, ainda que não tenha nada contra a possibilidade. É, apenas, uma comparação do caso brasileiro com o da Itália. Que, por sua vez, é muito similar ao que foi feito há muito tempo atrás no Reino Unido com a criação da Openreach. Provavelmente, este modelo do UK seja a referência para o que está sendo proposto na Itália.

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TIM tells Italian regulator it’s started work on network separation 28 March 2018 | Alan Burkitt-Gray

The former Telecom Italia has officially started work on separating out its wholesale access network into a new legal entity.

The company – now called TIM – has officially notified the Italian telecoms regulator, Autorità per le Garanzie nelle Comunicazioni (AGCom), that the process has begun.

The notification is "the official start of the formal procedure, pursuant to Article 50-ter of the Electronic Communications Code, which will see TIM voluntarily separate its access network through the creation of a separate legal entity", said TIM.

The new company – which it is calling NetCo – will own the access network infrastructure, from the exchange to customers’ homes, as well as buildings, electronic equipment and IT systems, and it will employ the people necessary to provide wholesale services independently.

Meanwhile TIM appears to have made a miscalculation over the NetCom name. There is already an Italian company called Netco – based in Milan, an hour’s drive from TIM’s main office in the city. It specialises in dust extraction systems for factories.

TIM says its new NetCo company "will guarantee full equality of treatment , thanks to a single access point". There will be a one-stop shop for regulated and unregulated wholesale services for all operators, including TIM, it added.

However the new company, modelled in some ways on the UK’s Openreach, will be 100% owned by TIM – just as Openreach is 100% owned by BT. That will almost certainly cause concern to TIM’s rivals in the Italian market – just as Openreach’s ownership has given concern to BT’s rivals in the UK, in particular Sky, TalkTalk and Vodafone.

Meanwhile TIM’s statutory auditors say they have accepted the motion put forward by activist investor Elliott International. That means the shareholders’ meeting on 4 May will consider Elliott’s slate of proposed new directors, with whom it wants to replace the directors backed by Vivendi, the biggest shareholder in TIM.

Estatísticas sobre as Redes de Telecomunicações no Brasil – fevereiro 2018

A Anatel publicou os dados referentes a fevereiro de 2018, das Redes de BANDA LARGA FIXA, TELEFONIA FIXA E TELEFONIA MÓVEL.

Em números redondos, naquele mês o Brasil dispunha de 30 milhões de Acessos de Banda Larga Fixa; 40 milhões de Telefones Fixos; 235,6 milhões de Telefones Móveis; e, 18 milhões de acessos do SeAC (TV por Assinatura), em serviço.

Portanto, no conjunto, cerca de 320 milhões de Acessos aos diversos tipos de Redes. Isto coloca o País entre os 5 maiores detentores de acessos de telecomunicações do mundo.

De notar a acentuada queda no número de acessos móveis em relação ao mesmo mês de 2017. Conforme foi comentado em edição anterior do BS tal fato, muito provavelmente, se deve a ajustes que as Operadoras fizeram em suas bases de assinantes com vistas à redução do pagamento da taxa do FISTEL. Também devem pesar ações de usuários que cancelaram chips que tinham de cada Companhia para falarem intra-rede, pois,no passado as ligações entre diferentes Operadoras eram caras.

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Segue, na sequência, uma síntese dos Comunicados da Anatel em que os números foram divulgados. Para os leitores que se interessem por detalhes ao final de cada um dos tópicos é dado o link para acessar a Tabelas que contém dados completos.

BANDA LARGA FIXA

Brasil tem 29,33 milhões de contratos de banda larga fixa ativos em fevereiro de 2018

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informam que o Brasil tem 29,33 milhões de contratos de banda larga fixa ativos em fevereiro de 2018, aumento de 2,33 milhões (+8,64%) em doze meses. Na comparação com janeiro deste ano, o crescimento foi de 41,62 mil contratos (+ 0,14%).

Em doze meses, os provedores regionais foram responsáveis por mais de dois terços do aumento da banda larga fixa no país, saíram de 3,05 milhões de contratos para 4,67 milhões (+53,19%). Além deles, a Sercomtel teve o maior crescimento percentual, mais 78,44 mil contratos (+46,74%), e a TIM, mais 87,13 mil (+25,97%). A Oi apresentou queda de 176,52 mil contratos (-2,75%).

A Sercomtel, com mais 30,51 mil contratos ativos (+14,14%), foi o grupo com o maior crescimento percentual em fevereiro de 2018 comparado a janeiro, seguida da TIM, mais 4,95 mil (+ 1,19%), e da Algar Telecom, mais 3,61 mil (+0,66%). Nesse período, os provedores regionais tiveram redução de 32,56 mil contratos (-0,69%).

[...]

Os dados de banda larga fixa de fevereiro de 2018 estão nas tabelas.

TELEFONIA FIXA

Brasil tem 40,55 milhões linhas fixas em operação no mês de fevereiro

De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês de fevereiro de 2018, a telefonia fixa registrou 40.550.669 linhas em serviço. Na comparação com o mês anterior, a redução de 144.900 linhas representou menos que um centésimo na variação percentual. Da mesma forma, nos últimos 12 meses a telefonia fixa apresentou redução de 1.146.444 (0,03%).

Em comparação com janeiro de 2018, o total de 17.112.795 linhas fixas registradas pelas autorizadas do serviço em fevereiro representaram uma queda de 36.534 linhas (-0,21%), e as concessionárias com 23.437.874 linhas, redução de 108.366 linhas (-0,46%). Nos últimos 12 meses, as empresas autorizadas apresentaram menos 67.500 linhas (-0,39%). Ao mesmo tempo as concessionárias perderam 1.078.944 linhas (-4,40%).

Nas autorizadas da telefonia fixa, a Vivo, em números absolutos, apresentou o maior aumento, mais 15.603 linhas fixas (+0,33%) em fevereiro de 2018 com relação à janeiro. A maior redução ocorreu na Claro, menos 19.484 linhas (-0,18%). Nos últimos doze meses, a Algar Telecom liderou o crescimento, mais 85.183 linhas fixas (+33,17%), e a maior redução ocorreu na Claro, menos 200.156 linhas fixas (-1,82%).

Entre as concessionarias a Oi apresentou a maior redução, menos 93.942 linhas fixas (-0,71%), no mês de fevereiro de 2018 comparado à janeiro. Na comparação com fevereiro de 2017, a Algar Telecom registrou o maior crescimento, mais 20.133 linhas (+2,73%), e, novamente, a maior redução ocorreu na Oi, menos 901.677 linhas (-6,41%).

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A Anatel também disponibilizou a variação dos números da telefonia fixa por Unidades da Federação. Os dados estão no Portal da agência reguladora.

Brasil tem redução de 574,38 mil linhas de Telefonia Móvel em fevereiro

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou um total de 235.655.505 linhas móveis em fevereiro de 2018. Em relação ao mês anterior, janeiro de 2018, o serviço móvel pessoal apresentou uma queda de linhas 574.379 (-0,24%). Em comparação ao ano passado, fevereiro de 2017, houve uma redução de -7.263.466 linhas de telefonia móvel (-2,99 %).

Do total de linhas móveis do país, 146.041.021 são pré-pagas e 89.614.484 são pós-pagas. No mês de fevereiro de 2018, quando comparado ao mês anterior, as linhas móveis pré-pagas apresentaram queda de 1.402.445 unidades (-0,95 %) e as pós-pagas crescimento de 828.066 (+0,93%). Em 12 meses, o pré-pago registrou diminuição de -16.767.728 linhas (-10,30%) e o pós-pago aumento de 9.504.262 linhas (+11,86%).

Empresas

Em fevereiro de 2018, as empresas com maiores quantitativos de linhas móveis foram: Vivo (74.896.701), Claro (58.726.546), Tim (58.006.380) e Oi (38.900.114).

Na comparação de fevereiro de 2018 com o mês anterior, as prestadoras Algar, Oi, Sercomtel, Claro e TIM apresentaram redução. Já as empresas Datora, Nextel, Porto Seguro e Vivo registraram crescimento.

Nos últimos 12 meses, entre os grupos, em termos percentuais, apresentaram redução: Oi com -3.127.726 (-7,44%), TIM com -4.125.852 (-6,64%), Sercomtel com -4.223 (-5,89%), Algar 37.625 (-2,80%) e Claro com -1.489.872 (-2,47%). E apresentaram aumento: a Datora com +115.230 linhas móveis (+111,28 %), a Porto Seguro com +139.539 linhas (+ 29,30 %), a Nextel com +248.009 (+9,44%) e a Telefônica (Vivo) com mais 984.130 linhas (+1,33%).

Tecnologias

Na comparação com janeiro de 2018, foi registrado crescimento das linhas 4G de 2.072.500 unidades (+ 1,96 %), em fevereiro, e também houve aumento da tecnologia utilizada em aplicações Machine to Machine (M2M), como telealarmes, automação residencial e rastreamento de automóveis, com mais 277.233 linhas. As outras tecnologias: CDMA (2G), GSM (2G), Dados banda larga (3G) e WCDMA (3G) apresentaram redução.

Na comparação de 12 meses, as linhas 4G (LTE) apresentaram crescimento de 40.963.592 unidades (+61,50%) e, também houve ampliação da tecnologia M2M, com aumento de 2.685.632 linhas.

[...] Mais dados referentes ao mês de fevereiro podem ser encontrados nas tabelas.

TV por assinatura apresenta queda de 120 mil contratos em fevereiro

De acordo com dados encaminhados pelas empresas de TV por Assinatura à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês de fevereiro de 2018 foram registrados 17.864.159 assinantes do serviço. Em relação ao mês de janeiro de 2018, esse dado representa uma perda de 120.004 contratos ativos (-0,67%). Em comparação a fevereiro de 2017, a redução foi de 761.726 contratos (-4,09%).

Dos grupos acompanhados pela agência reguladora, em fevereiro de 2018 em relação a janeiro de 2018, a Oi registrou um aumento de 4.920 novos usuários (+0,32%) e a empresa Cabo obteve acréscimo de 131 usuários (+0,25%). A Sky registrou a maior redução em número de contratos ativos, a empresa teve perda de 71.204 contratos (-1,33%) e em segundo lugar ficou a Claro (NET) com menos 44.904 contratos (-0,50%).

[...] Os números da TV por Assinatura estão disponíveis nas tabelas.

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02. O OUTRO LADO DA MOEDA: PESSOAS QUE MENTEM PARA O FACEBOOK

A reportagem pode ser simplesmente para chamar a atenção. Pode ser, também, para desviar a atenção. Quem sabe, é para aproveitar “a onda” do momento. Mas, seja lá qual for a razão, o WSJ publica uma matéria com o título: “Você não nasceu em 1905? Por que as Pessoas Mentem para o Facebook”.

Como pano de fundo está o fato de que pessoas incomodadas com a “obrigação” de dar determinadas informações para o Facebook para disporem de “facilidades” de seu interesse, deliberadamente fornecem dados inverídicos, falsos ou inexistentes.

Resta saber, se, isto é, ou pode se transformar em uma prática mais generalizada do que se pode imaginar por parte dos usuários, e quais seriam as consequências de atos desta natureza em relação a determinadas ações promovidas pela Companhia.

Imagine-se, a título de simples hipótese, que todos os usuários forneçam dados falsos para o Facebook, naquilo que seja possível. Quais seriam as consequências nas eventuais análises feitas pelos “algoritmos” tendo como base esses dados?

Naturalmente, em muitos deles isto não é possível. Por exemplo: a localização física do usuário. Ou, uma compra efetivamente feita, paga e recebida. Ou, casos de relacionamento em que a mentira não seja possível ou desejável.

De qualquer forma, o WSJ ao levantar a questão fornece elementos de avaliação que devem ser juntados a diversos outros na formulação de possíveis ações a serem adotadas com vistas ao equacionamento de uma situação que está criando comoção e, até conturbação social.

Por outro lado, considerando-se a possibilidade de se criar uma legislação no sentido de garantir a privacidade das pessoas, como se trataria a questão de elas, deliberadamente, fornecerem dados falsos nas Redes Sociais. Isto se constituiria em um delito?

O BS reproduz a matéria do WSJ no idioma original.

You Weren’t Born in 1905? Why People Lie to Facebook Users build false online identities—with social media, retailers and other data collectors—to throw off advertisers and muddle databases

By Heidi Vogt

The Wall Street Journal

Updated April 2, 2018 12:09 p.m. ET

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PHOTO: GETTY IMAGES/ISTOCK

WASHINGTON—When news of an enormous Facebook breach broke last month, Chris Wellens couldn’t help feeling a little smug. After all, nearly all the information the technology executive had given the social media giant was false.

Consumers, wary of how their information is being used, lie about everything from names to birth dates to professions when companies ask for personal details online. Some are worried about identity theft, some just want to protect their privacy and some hope to fool advertisers by intentionally mucking up the databases used to target ads.

While Ms. Wellens does use her real name on Facebook, she lies about nearly everything else: “It says that I graduated from Trinity College in Dublin. I’ve never been to Ireland. It says my undergraduate degree is in gymnastics. Anyone who knows me knows that is laughable, because I’m not very physically flexible.”

‘If my data has been breached, I’ve now polluted another database,’ says Chris Wellens. PHOTO: IWL

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Ms. Wellens, who is 65, put 1910 as her birth year with the idea that advertisers don’t tend to bother with people more than 90 years old. The result? She sees a lot of ads for slippers.

“They won’t find out anything very useful about me,” says Ms. Wellens, the co-founder and chief executive of California-based computer networking company IWL. After news of the Facebook incident, “that was my first thought. If my data has been breached, I’ve now polluted another database.”

Facebook says “authenticity” is key to the social network and rigorously policed, and that false information violates the terms of service agreement. “Each day, we block millions of fake accounts at registration,” says a Facebook Inc. spokeswoman—who declined to be named. “Our systems examine thousands of account attributes and focus on detecting behaviors that are very difficult for bad actors to fake, including their connections to others on our platform.”

The online fibs can create awkward moments. Ms. Wellens remembers the time a somewhat distant relative reached out to share reminiscences about her supposed hometown of Naples, Fla. She had to admit that she had never actually been there.

Mike Denison, a British security analyst, once received a wedding invitation addressed to “Mike Denisaurus”—a Facebook pseudonym he chose years ago when he was a university teaching assistant trying to avoid friend requests from students.

Pernille Tranberg, a journalist and digital privacy consultant in Denmark, says a friend of hers once mistakenly called her by her Facebook pseudonym, Pia, in person. They laughed it off, but Ms. Tranberg says it was clear the friend had completely forgotten the moniker wasn’t her real name.

Pernille Tranberg says a friend of hers once called her by her Facebook pseudonym, Pia, in person. PHOTO: DANIEL AASDAL CLARK

Many also intentionally provide false information to other companies that keep personal data, from the cable company to their grocery delivery service to ticket vendors.

Computer engineer Ryan Barrett fills in online forms with 0000s whenever a number is required and uses dashes for words. He says it is mostly out of principle: he wants to be in control of his information. Also, it’s fun to try to fool the marketers. He has used a dozen different spellings for John Doe rather than entering his name. He even misspells his name when reserving airplane tickets and says it has never created a problem going through security.

As technology has advanced he has had to up his game. “Before, more often you’d be able to type in nonsense,” he says. Now online systems have more sophisticated checks.

He says he has friends who work at companies that look at multiple services to link up and cross-reference data on individuals—data gleaned from mobile phones, social media, grocery store loyalty cards and more. When

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those friends searched for him in their systems, they found little to no information. “There’s a small feeling of satisfaction,” he says.

Dan Hastings was locked out of the Sony PlayStation Network after forgetting his fake birth date. PHOTO: DAN HASTINGS

A recent survey of U.S., French, German, Italian and British consumers found that 41% had intentionally falsified personal information when signing up for products and services online. Most common was providing a fake phone number, according to the survey conducted over December and January by RSA Security LLC, a maker of digital security products. Respondents also said they have provided a false birth date, made up a postal address, lied about a name or selected the wrong gender.

Dating sites including Tinder and Hinge import data from Facebook to fill in profiles, and false information could lead to mismatches. Mark “Jaymo” James, a television security consultant, says he gives a fake birth date to Facebook, which then means dating apps show him as 10 years younger. That may put him on dates with younger women—but he says he doesn’t mind.

Websites often use personal details to verify identity when a user forgets a password. If you can’t remember the false phone number you gave or the mother’s maiden name you made up, you could be out of luck.

Dan Hastings, a software engineer in Ireland, says he almost lost a decade of gaming history and thousands of euros of purchases when he was locked out of the Sony PlayStation Network after forgetting his fake birth date. Mr. Hastings first called customer service, to no avail.

“Ten years of my business to them and they weren’t even willing to listen to my complaints,” he says. Then Mr. Hastings discovered a loophole—tweaking the recovery website address to leapfrog the birthday question. His post explaining the process is one of the most popular on his gaming site. Sony PlayStation didn’t respond to a request for comment.

All the lying does seem to foil advertisers. It is “a much bigger problem than people are aware of,” says Nick Baker, director of research and consulting of U.K. market research company Verve, which conducted a 2015 survey showing a large amount of fake information on website registrations and the like. Incorrect birth years, he says, are particularly nefarious because advertisers are often trying to match up habits or buying patterns with a specific age group.

But some companies that provide data to marketers say they are depending less and less on biographical information. Preethy Vaidyanathan, the chief product officer of New York-based marketing technology company Tapad, says they track much more valuable information from phone and web browser use.

Still, Ms. Vaidyanathan sees the value in hiding identity online. She says she uses a second email address with a fake name that she gives out to companies she doesn’t want to bombard her inbox.

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03. WhatsApp ENTRA NA “BERLINDA”

O Facebook está no “olho do furacão” em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, e, aparentemente, em outras partes do mundo, as reações ainda são “relativas”. É como se por aqui não existissem (ainda) problemas efetivos do tipo verificado em outros lugares. Isto seria mais coisa dos “Americanos”. Vale lembrar que o Brasil é um dos maiores ocupadores do Facebook em todo mundo: são cerca de 120 milhões de usuários no País, que utilizam o Aplicativo de forma intensa!

As preocupações fazem-se presentes na medida em que está praticamente em seu início o processo formal de eleições nacionais no País, que ocorrerão em outubro próximo. No “Notas & Observações” desta Edição do BS é feita referência a uma notícia vinda da Malásia, indicando que lá foi aprovada uma Lei que pretende penalizar as Fake News.

Mas, obviamente, o Facebook não é a única “Rede Social” suscetível à divulgação de Fake News. O WhatsApp, por exemplo, também é muito utilizado no Brasil e não foge à regra. O jornal O Estado de S. Paulo traz um interessante artigo de Pedro Doria com o título: “O berço das “fake news”, que trata deste assunto.

De cara, uma informação que chega a ser surpreendente: “O aplicativo mais usado para contato pessoal no Brasil não tem um único funcionário no país”. Incrível, como a “mundialização” destes sistemas proporcional situações como esta. Caso haja alguma medida a tomar a favor ou contra o Aplicativo não há a quem recorrer em termos de uma identidade pessoal.

No artigo, Pedro Doria faz considerações sobre o potencial de o WhatsApp poder ter influência no processo.

Considerando que o assunto está na “berlinda” e, certamente, continuará sendo objeto de tratamento e de especulações na imprensa, o BS reproduz o texto citado.

O berço das ‘fake news’ No Brasil, o WhatsApp, a rede social mais opaca de todas, é o caldo de cultura da notícia falsa 30/03/2018 | 05h00

Por Pedro Doria - O Estado de S.Paulo

Se existe uma caixa preta nas eleições de 2018 é o WhatsApp. O aplicativo mais usado para contato pessoal no Brasil não tem um único funcionário no país. É, na verdade, uma empresa pequena: pouco mais de 200 funcionários. Ficam nos EUA. Talvez não houvesse mesmo motivo para ter escritórios em países nos quais o app domina a comunicação, como aqui. Mas fato é que convém. É uma blindagem jurídica: dificulta intimar.

Ao que tudo indica, as fake news (notícias falsas) referentes à vereadora assassinada Marielle Franco nasceram no WhatsApp. Mas é impossível traçá-las. É impossível até mesmo ter um cheiro do que se passa lá dentro. Não há nenhum ranking de temas mais discutidos – nem aberto, como os trending topics

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do Twitter, tampouco fechado para profissionais. Qualquer boato que lá surja só é percebido quando já ganhou tração.

Os partidos políticos sabem disso. As agências de marketing eleitoral, idem. Muitos têm grupos de militantes ou profissionais contratados cuja função é organizar o discurso. Se uma notícia grande sai, é pelo WhatsApp que as instruções a respeito de como lidar com os novos fatos chega.

Basta prestar atenção. Há dois tipos de partido político. Em um, perante um fato novo, do senador ao blogueiro, todo mundo imediatamente tem a mesma opinião. Mais: todos têm os mesmos argumentos. No outro tipo, há debate interno. Invariavelmente, a ferramenta para organizar o discurso e falar em uníssono é o WhatsApp e seus grupos, que reúnem políticos, militantes e profissionais cujo trabalho é manter a uniformidade.

Esse é o uso legítimo. Mas os mesmos grupos podem ser usados para distribuir notícias falsas. Em alguns casos, são.

Veja-se a pesquisa da Edelman, a consultoria que mede anualmente a confiança em instituições num grupo de 28 países. Entre 2016 e 17, algumas coisas mudaram. O brasileiro, por exemplo, passou a confiar bem mais no que dizem jornalistas. Num tempo em que fake news dão forma ao maior perigo de manipulação eleitoral, a notícia é boa. Jornalistas, afinal, têm nome e sobrenome, o endereço de seus veículos é conhecido. Dá para saber quem assinou uma informação e de quem cobrar. Ainda assim, o número não é estupendo. 47% consideram jornalistas bastante confiáveis. É 12 pontos mais do que no ano anterior, só que ainda é menos da metade.

Para o brasileiro, ninguém é mais confiável do que uma pessoa como ele próprio: o amigo, o parente, o colega. 70% acham a pessoa comum bastante confiável. É aí que está o problema. Essa pessoa imaginária é, provavelmente, bastante confiável para muita coisa.

Vai estender o ombro amigo no momento de dificuldade, não vai passar a perna, é companhia para o chope do fim de tarde. Mas é, também, quase sempre, péssimo avaliador da informação que repassa. Em geral, nem lê. Se enche de indignação e toca adiante. Nesta esteira de pessoas confiáveis, até desembargadora confia no que lê via WhatsApp.

No Brasil, a rede social mais opaca dentre todas é, justamente, o caldo de cultura da notícia falsa, do boato infame, da informação que desperta os medos mais primitivos e nos move à ação política.

Durante as últimas duas semanas, o Facebook entrou numa operação de gerenciamento de crise. Mark Zuckerberg deu entrevistas, deve depor perante os parlamentos de EUA e Reino Unido. Mudanças de políticas internas foram anunciadas, as ferramentas para controle dos dados de cada um se tornarão mais fáceis e poderosas.

Pois é. Ninguém cobrou nada do WhatsApp. E é lá o berço das fake news. São 120 milhões de contas brasileiras na plataforma.

04. VOCÊ SABE O QUANTO DE INFORMAÇÃO PRIVADA OFERECE DE GRAÇA TODOS OS DIAS? Na linha de fornecer elementos para que seus leitores possam fazer juízo em relação à forma como usam seus Smartphones e utilizam as Redes Sociais, o BS transcreve um Artigo interessante da jornalista e escritora Manoush Zomorodi, publicado pela Time: “Do You Know How Much Private Information You Give Away Every Day?”.

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O Artigo trata da questão da privacidade, das circunstâncias em que ela é tratada pelas “Empresas da Internet” e seus maravilhosos Aplicativos, e os cuidados que podem ser adotados para mitigar situações potencialmente inconvenientes para os usuários.

Além do texto reproduzido, os leitores que tiverem algum tempo disponível e apreciarem o “estilo” de Manoush podem acessar uma palestra dela, com a duração de 16 minutos através do link manoush_zomorodi_how_boredom_can_lead_to_your_most_brilliant_ideas.

Do You Know How Much Private Information You Give Away Every Day?

An X-ray image of a smartphone. Nick Veasey—Getty Images

By Manoush Zomorodi

Times - March 29, 2017

You’ve probably heard the warnings. Yet there you are: Scrolling frantically through an app’s Terms of Service‘s pages for a glaring reason to not share your email or birth date — or, perhaps more likely, skipping right past it all and clicking “Agree.” The app makers know better than to bold anything or make anything clear — especially about how your actions will morph into marketing metadata,

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sprinkling a trail of “cookies” behind you. They don’t want anything to stand between you and your download — or them and your personal information. Besides, they know you probably won’t get in their way.

And so your Google searches return, zombie-like, as ads. Your emails are mined for money-making chits. Elsewhere, your background, politics and even”ethnic affinity” are tracked. Meanwhile, retailers are notified, via Bluetooth and GPS, when you enter their store what your income is and how much time you’ll probably spend shopping.

Security technologist and cryptographer Bruce Schneier compares walking around with a smartphone to carrying a tracking device 24/7. “If we were told we had to inform the police when we made a new friend, we would never do that,” he says. “Instead, we inform Facebook.” He goes on, “Or [if we were told to] mail the police a copy of every bit of our correspondence? Just in case? We don’t, but Google stores it for us.”

The irony is that Americans say they care deeply about protecting their data. Pew Research found that being in control of who can get information about us is “very important” to 74% of Americans.

But if we care so much, why do we keep giving our information away? Researchers call this the “privacy paradox”: We do it because we reason that our future self will probably suffer no consequences. We figure that the worst that will likely happen is we feel kind of violated by all the corporate algorithms (and maybe the government) tracking us along with everyone else.

Tech companies find their opening in our short-term reasoning. They compile all of that data, somewhere, to boost their bottom line — now, or some time well in the future. And whenever that happens, it will be too late. Our future self will have no say.

So, what can we do?

Well, reading the Terms of Service isn’t going to help much. First of all, researchers estimate would take 76 hours a year to read all the user agreements we meet. And second, clicking “No” often means not using a tool that you may actually need — to navigate, communicate or work.

But there are some practical steps you can take.

Use unique passwords on all your accounts. No pet’s names, no birthdays. Long passwords — and a different one on everything. With two-factor authentication (meaning the website or tool will send you a text to double-check that it’s really you logging on). Download a password manager if you need; it takes some setting up, but pays off in peace-of-mind.

Consider some encrypted tools, which make it almost impossible for unauthorized people to read your communications. The text messaging app Signal limits the data it collects, and encrypts your messages. It’s easy to use and free.

Yes, the recent Wikileaks documents suggest the government has ways to access messages before they’re encrypted, but unless the CIA has compromised your device, the tools are still solid. You can also find encrypted backup services and encrypted file-sharing sites.

And you can change the way you behave online, too. Post less.

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Go through the apps on your phone, and see if they really need access to your microphone, contacts, or location data. My friend Anil Dash recommend heterogeneity: Spread your data around so your search, email, documents and photos aren’t all under one corporate umbrella. That makes it a little harder for marketers to pin you down. And shop small and local. Non-chain stores have less incentive — and capacity — to parse and sell your records.

But maybe most importantly, rethink the basic pact we’ve made — that digital connection is the only way to sustain a livelihood or connect with others and, therefore, disempowered, we must keep giving ourselves away.

“We need to return to the basic insight of the founding generation, which is that when people are under surveillance, their behavior changes,” says Georgetown Law professor Laura Donohue, evoking the Fourth Amendment. “Their intimate relationships are affected. Their ability to question the world and their role in it is harmed.” You might feel like you have nothing to hide. And maybe you don’t. (Although who among us wants their bank details, medical records and snarky emails published online?) But the more people who use these tools, the more normal they become. And that helps protect people who really do need security online – human rights campaigners working under repressive regimes, or corporate whistleblowers looking to expose corruption. As Bruce Schneier told me, “If everybody uses a postcard, the envelope is suspicious. But if everyone uses an envelope, then it’s just an envelope.” These problems are not ones we can solve as individuals. They’re too big to fix download by download, user by user.

So start talking about them. Ask your elected officials where they stand on privacy. Ask your employer how your office protects employee data. Ask your relatives to check before tagging your kids in photos. Ask companies what their privacy policy is. And if they don’t have one, let them know you’ll be looking for a service that does.

This is not how it was supposed to be. Not with the Internet, which was originally envisioned to help equal access. As its inventor, Sir Tim Berners-Lee told me, what we have now is “a huge, massive invasion of privacy.” And not with the United States in particular. The Constitution’s framers knew nothing of WikiLeaks or Instagram, but the Fourth Amendment stipulates: “The right of the people to be secure in their persons, houses, papers, and effects, against unreasonable searches and seizures, shall not be violated.” Terms written more than 225 years ago, to which I would reply: Agree.

Manoush Zomorodi is the host of WNYC’s Note to Self, which recently launched The Privacy Paradox, a project that tracks where people’s information goes and weighs the tradeoffs.

05. SEM MEDO DA IRRADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

Ainda há segmentos da sociedade que seja por total desconhecimento ou por simples “fixação”, mantém restrições quanto à instalação de “Antenas de Celular” nas proximidades de determinadas edificações. Os Hospitais são uma delas. Em inúmeros casos, são as residências das pessoas que ficam ao lado de locais onde está instalado uma ERB – Estação Rádio Base.

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Não há comprovação científica no sentido de que a irradiação cause problemas à saúde das pessoas desde que as instalações sigam normas padrão de instalação e operação. Isto é confirmado pela própria OMS – Organização Mundial da Saúde. A regulamentação da Anatel, elaborada com base na Lei das Antenas, também é uma referência neste sentido.

Apesar de todas as garantias ainda há Municipalidades espalhadas por todo País que impõem legislações restritivas à instalação de torres para suporte das antenas dos Sistemas Celulares com base neste conceito distorcido. Naturalmente, com este procedimento acaba-se por realimentar o receio nos cidadãos que não tem maiores condições para discernir sobre o tema com seus próprios recursos.

Então, o processo de “educação” com exemplos didaticamente colocados parece ser um caminho para esclarecer a opinião pública. Nada como algo que possa ser visto de forma clara e objetiva.

Numa andança do BS em Brasília, no Setor Hospital Sul da cidade, um caso desta natureza se mostrou presente. Um Site instalado sobre o Edíficio Medical Center. Um prédio onde funcionam inúmeros Consultório Médicos e Unidades de Exames Radiológicos.

Portanto, sem qualquer preocupação em relação ao funcionamento do Site. Aliás, o lugar onde é menos provável a existência de radiação é na base da Torre (no caso o Edifício), se este fosse, realmente, um problema.

Mas, vale registrar que nas redondezas do Site existem outros “Centros Médicos” e Hospitais de renome na Cidade. Certamente, com seus pacientes, atendentes, acompanhantes, corpos clínicos, técnicos, e demais pessoas que circulam pelo local satisfeitas por poderem contar com sinal de boa qualidade nos seus Smartphones. E, nem um pouco preocupados com a irradiação da “torre do celular” visível a algumas dezenas de metros de distância, em alguns casos.

Seria de extrema relevância para a necessária ampliação das Redes Celulares das Prestadoras que atuam em todo o País, que exemplos desta natureza frutificassem longe dos “preconceirtos” e das exigências, por vezes sem nenhum sentido concreto, impostas pelas Municipalidades, em função de legislação inadequada, ultrapassada ou desnecessariamente conservadora.

Na sequência segue uma foto do mencionado Site. Que pode servir de exemplo para outros tantos que é necessário instalar pelo Brasil afora. Também são inseridas duas outras fotos, da mesma forma tiradas em Brasília, com torres instaladas em pequenos prédios de áreas comerciais onde, de modo idêntico, há grande número de pessoas circulando, sem qualquer preocupação com as questões da irradiação.

Neste caso, no entanto, superada a questão dos “danos à saúde”, há uma certa “resistência” dos Órgãos Responsáveis pelas “Posturas Urbanas” em dar aquiescência à instalação por razões de ordem “visual”. Alegam algum nível de “degradação” da paisagem urbana. O caso é particularmente notável em regiões com poucos prédios, mas, onde circula grande quantidade de pessoas. Exemplos típicos são: praças, grandes avenidas, orlas marítimas ou lacustres, grandes condomínios horizontais, reservas ecológicas, campus de universidades, áreas tombadas, etc.

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A tendência à exigência de “Sites Harmonizados” como condicionante para a emissão das Licenças de instalação é grande. Este é um passo importante quando comparado à negativa pura e simples de conceder tais Licenças. Mas, sempre haverá condicionantes de ordem técnica que impõem algum tipo de restrição ou impossibilidade de forma que o “bom senso” se torna imperativo. Em muitos casos, tamém de custos que inviabilizam os Projetos, dependendo das exigências impostas.

É importante, que as Municipalidades tenham isto em vista e os casos de “impossibilidade” sejam, realmente, exceções por razões imperiosas. No fundo está em jogo a prestação de um Serviço de inegável “Interesse Público”.

O BS coloca este assunto simplesmente como referência para se tentar encontrar soluções que contornem questões desta natureza que com o “adensamento” dos Sites podem vir a se transformar em um problema crítico. E, é disto que se trata quando se tem a expectativa de implantação das Redes 5G do futuro além, naturalmente, das atuais Redes 4G LTE.

FOTO: BS

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FOTOS: BS

06. REGRAS CONTRA A HUAWEI...NOS EUA

Sem maiores comentários pois a matéria é autoexplicativa e o assunto já foi introduzido no “Notas & Observações” desta Edição do BS, é reproduzida na sequência uma matéria do Wall Street Journal com o título: “New FCC Rule Would Step Up U.S. Fight Against China´s Huawei”.

New FCC Rule Would Step Up U.S. Fight Against China’s Huawei Small and rural carriers would have harder time buying from Chinese telecom-equipment makers

The Federal Communications Commission is considering a new rule to further curb the U.S. business of Huawei. PHOTO: MARK SCHIEFELBEIN/ASSOCIATED PRESS

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By Stu Woo The Wall Street Journal March 23, 2018 1:26 p.m. ET

The Federal Communications Commission is considering a new rule to further curb the U.S. business of Huawei Technologies Co., making it harder for small and rural carriers to purchase gear from Chinese telecom-equipment makers, according to people familiar with the matter.

Such a move would escalate the government’s campaign against the cellular-technology giant and its Chinese peers over what the Trump administration says are national-security concerns.

AT&T Inc. and other big carriers have long avoided Huawei, the world’s biggest wireless-equipment manufacturer by sales. A 2012 congressional report labeled the company a national-security threat, warning that Beijing could use its equipment for state-sponsored spying or cyberattacks.

A Huawei spokesman declined to comment on the FCC proposal. The company says it is employee-owned, has never been complicit in government-sponsored spying or sabotage, and is no greater threat than Western rivals because they all share a global supply chain.

The U.S. government doesn’t outright ban equipment by Huawei, which has targeted small and rural U.S. providers of wireless and broadband services. Many of these customers echo what big European carriers say about the Chinese manufacturer: Huawei’s equipment is often cheaper and better than that of its competitors. Some have said Huawei provides better customer service—worrying more about fixing the problem than getting paid.

Huawei gear makes up less than 1% of the wireless equipment in U.S. networks, said analyst Stefan Pongratz of Dell’Oro Group. Sweden’s Ericsson AB and Finland’s Nokia Corp. each account for 48%, while South Korea’s Samsung Electronics Co. has 3% of the $30 billion-a-year U.S. market for cellular equipment, he said.

People familiar with the matter said the FCC proposal would limit subsidies for carriers that use Huawei gear—blocking them from drawing from the Universal Service Fund, an $8-billion-a-year government program supported by fees, amounting to a few dollars each, that are tacked onto individual phone bills. The fund subsidizes companies that offer broadband service in rural America and provides affordable wireless plans to low-income cellphone users, among other programs.

The FCC proposal is aimed at barring all Chinese telecom-equipment manufacturers, including Huawei and smaller rival ZTE Corp., from benefiting from Universal Service Fund subsidies, people familiar with the matter said. ZTE representatives didn’t immediately return requests for comment Friday.

The FCC could unveil the proposal as early as Monday, the people said, though it could also decide to delay or shelve the plan.

In a letter to lawmakers this week, FCC Chairman Ajit Pai, a Republican, said, “I can report that I intend to take proactive steps to help ensure the integrity of the communications supply chain in the United States in the near future.” Mr. Pai was responding to lawmakers’ concerns that Huawei would seek a bigger foothold in the U.S. Lawmakers have long been concerned about Chinese espionage, and Huawei’s potential role in it.

The FCC idea marks the latest development in what the U.S. government has framed as a race with China to control an increasingly digital world. Washington is trying to prevent a future where most telecommunications electronics are made by Huawei and other Chinese-based manufacturers. Some

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officials fear Beijing could order such companies to exploit knowledge of how the equipment is designed to spy, disable communications or launch cyberattacks.

Washington has focused on Huawei as it has emerged as a top manufacturer of cellular-tower electronics, internet routers and other products that wireless and broadband providers need. Huawei is also the world’s No. 3 smartphone brand.

The FCC proposal took shape after lawmakers sent Mr. Pai a letter in December, asking that he and his fellow commissioners start receiving intelligence-agency briefings about the threat Huawei and other Chinese telecom-equipment companies pose, according to a person familiar with the matter.

The December letter also asked the FCC to scrutinize a pending deal by AT&T to sell Huawei smartphones. AT&T dropped that deal in January, without explaining why. Separately, Best Buy Co. recently decided to stop selling Huawei phones in the U.S.

In December, President Donald Trump signed a bill to ban Huawei and ZTE equipment from Defense Department nuclear-weapons systems. Earlier this month, Mr. Trump blocked Singapore-based Broadcom Ltd.’s $117 billion hostile bid for Qualcomm Inc., over worries that Broadcom could reduce the San Diego-based chip maker’s research-and-development budget. Security advisers worried that weakening Qualcomm, which competes against Huawei for wireless-technology patents, would further strengthen Huawei.

Meanwhile, a bipartisan group of House members have co-sponsored a bill that would bar the U.S. government—and its contractors—from using electronics from Huawei or ZTE. —Drew FitzGerald and John McKinnon contributed to this article

07. PREVISÕES DA DELOITTE PARA 2018

A Deloitte divulgou um documento com as previsões da Companhia para 2018, nos segmentos de Tecnologia da Informação, Mídia e Telecomunicações.

A integra de tal Documento pode ser baixada através do link deloitte-tmt-2018-predictions-full-report.

Em relação especificamente a Telecomunicações é interessante ver um vídeo com palavras de Craig Wigginton, um analista Global da Companhia. De modo bem didático e sintético ele dá uma ideia abrangente sobre o desenvolvimento das Telecomunicações, com foco nos EUA, mas facilmente transportável para outros mercados.

Clicar em https://youtu.be/oTMnvygIWk8.

NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.