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Rev. IG, São Paulo, 7(1/2):35-38, jan.ldez. 1986 NOTA PRÉVIA/PREVIOUS NOTE PRIMEIROS RESULTADOS DA PALINOLOGIA DOS SEDIMENTOS TURFOSOS DA VÁRZEA DO RIBEIRÃO DAS FLORES - ITATIAIÁ. - RIO DE JANEIRO May Christine MODENESI* Therezinha S. MELHEM** Parte da Mantiqueira Oriental, o ma- ciço do Itatiaia constitui um enclave de altitude no "domínio morfoclimático" dos mares de morros (AB'SÃBER, 1966). Grande ressalto altitudinal, con- dições climáticas marcantes e quadro fi- togeográfico original - comportando elementos florísticos de várias origens (BRADE, 1956): subtropical das matas higrófilas, xerófilo do Brasil Central, antártico, austral-andino e andino - elegem o "planalto" do Itatiaia corno um dos sítios preferenciais para o desen- volvimento de pesquisas palinogeomor- fológicas. Nas fases mais frias dos períodos gla- ciais quaternários, esta cimeira teria es- tado sob temperaturas mais baixas que as atuais, podendo-se admitir, durante a última glaciação (18.000BP), um resfria- mento de aproximadamente 4 a 6°C pa- ra esta área da América do Sul (MOO- RE, 1976 e GATES, 1976) e urna tempe- ratura média anual entre 7 e 5°C em Ita- tiaia (no presente, 11°C). Apesar de con- testadas (DOMINGUES, 1952; OD- MAN, 1955; BIROT, 1957; DRESCH, 1957; TEIXEIRA, 1961 e PENALVA, 1967 e 1974), as hipóteses de ocorrência de fenômenos periglaciais quaternários nas áreas mais elevadas da Mantiqueira (MARTONNE, 1940; SILVEIRA, 1942; RUELLAN, 1943; VAL VERDE, 1952; RICH, 1953; RAYNAL, 1957 a, b; BROCHU, 1957; MACAR, 1957; LE- FEVRE, 1957; HAMELIN & CAIL- LEUX, 1957; AB'SÃBER & BERNAR- DES 1958; LEHMANN, 1960 e EBERT, 1960), levantadas pela presença de depó- sitos com possível significado paleocli- mático, não foram ainda totalmente afastadas. Conclusões de trabalho recen- te (MODENESI, 1988) permitiram reco- nhecer a tendência destas flutuações em área de cimeira próxima, nos altos cam- pos do plan,alto de Campos do Jordão. Verificou-se que o planalto teria acom- panhado, ainda que parcialmente e com menor intensidade, o ritmo da evolução morfogenética regional, comandado pe- la alternância de sistemas morfoclimáti- cos ligados a condições ambientais sub- tropicais de altitude, ora úmidas e quen- tes, ora relativamente mais secas e frias. A palinologia de depósitos turfosos mos- trou pequenas variações da cobertura ve- getal que parecem evidenciar o impacto de flutuações climáticas intra- holocênicas nesta área de cimeira do Brasil de Sudeste (MODENESI, 1988 e MODENESI & MELHEM, 1984). A análise paleopalinológica dos depósitos da várzea do ribeirão das Flores tem por finalidade verificar a ocorrência destas variações no planalto do Itatiaia, para confirmar as hipóteses levantadas em Campos do Jordão. A área denomínada localmente' 'pla- nalto" do Itatiaia çorresponde à parte superior do maciço (2.300 a 2.500m), de relevo pouco movimentado, onde se er- guem as principais elevações (Agulhas Negras 2.787m, Pedra do Couto 2.682m, Pedra do Altar 2.661m e Prate- leiras 2.515m). Depósitos turfosos com grãos de pó- len fósseis são comuns na porção central do "planalto", em áreas alagadiças de * Instituto Geológico - SMA - Caixa Postal 8.772 - 01051 - São Paulo, SP - Brasil. •• Instituto de Botânica - Caixa Postal 4.005 - 01051 - São Paulo, SP - Brasil. 35

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Rev. IG, São Paulo, 7(1/2):35-38, jan.ldez. 1986

NOTA PRÉVIA/PREVIOUS NOTE

PRIMEIROS RESULTADOS DA PALINOLOGIA DOSSEDIMENTOS TURFOSOS DA VÁRZEA DO RIBEIRÃO

DAS FLORES - ITATIAIÁ. - RIO DE JANEIRO

May Christine MODENESI*Therezinha S. MELHEM**

Parte da Mantiqueira Oriental, o ma­ciço do Itatiaia constitui um enclave dealtitude no "domínio morfoclimático"dos mares de morros (AB'SÃBER,1966). Grande ressalto altitudinal, con­dições climáticas marcantes e quadro fi­togeográfico original - comportandoelementos florísticos de várias origens(BRADE, 1956): subtropical das matashigrófilas, xerófilo do Brasil Central,antártico, austral-andino e andino ­elegem o "planalto" do Itatiaia cornoum dos sítios preferenciais para o desen­volvimento de pesquisas palinogeomor­fológicas.

Nas fases mais frias dos períodos gla­ciais quaternários, esta cimeira teria es­tado sob temperaturas mais baixas queas atuais, podendo-se admitir, durante aúltima glaciação (18.000BP), um resfria­mento de aproximadamente 4 a 6°C pa­ra esta área da América do Sul (MOO­RE, 1976 e GATES, 1976) e urna tempe­ratura média anual entre 7 e 5°C em Ita­tiaia (no presente, 11°C). Apesar de con­testadas (DOMINGUES, 1952; OD­MAN, 1955; BIROT, 1957; DRESCH,1957; TEIXEIRA, 1961 e PENALVA,1967 e 1974), as hipóteses de ocorrênciade fenômenos periglaciais quaternáriosnas áreas mais elevadas da Mantiqueira(MARTONNE, 1940; SILVEIRA, 1942;RUELLAN, 1943; VAL VERDE, 1952;RICH, 1953; RAYNAL, 1957 a, b;BROCHU, 1957; MACAR, 1957; LE­FEVRE, 1957; HAMELIN & CAIL­LEUX, 1957; AB'SÃBER & BERNAR­DES 1958; LEHMANN, 1960 e EBERT,1960), levantadas pela presença de depó-

sitos com possível significado paleocli­mático, não foram ainda totalmenteafastadas. Conclusões de trabalho recen­te (MODENESI, 1988) permitiram reco­nhecer a tendência destas flutuações emárea de cimeira próxima, nos altos cam­pos do plan,alto de Campos do Jordão.Verificou-se que o planalto teria acom­panhado, ainda que parcialmente e commenor intensidade, o ritmo da evoluçãomorfogenética regional, comandado pe­la alternância de sistemas morfoclimáti­cos ligados a condições ambientais sub­tropicais de altitude, ora úmidas e quen­tes, ora relativamente mais secas e frias.A palinologia de depósitos turfosos mos­trou pequenas variações da cobertura ve­getal que parecem evidenciar o impactode flutuações climáticas intra­holocênicas nesta área de cimeira doBrasil de Sudeste (MODENESI, 1988 eMODENESI & MELHEM, 1984). Aanálise paleopalinológica dos depósitosda várzea do ribeirão das Flores tem porfinalidade verificar a ocorrência destasvariações no planalto do Itatiaia, paraconfirmar as hipóteses levantadas emCampos do Jordão.

A área denomínada localmente' 'pla­nalto" do Itatiaia çorresponde à partesuperior do maciço (2.300 a 2.500m), derelevo pouco movimentado, onde se er­guem as principais elevações (AgulhasNegras 2.787m, Pedra do Couto2.682m, Pedra do Altar 2.661m e Prate­leiras 2.515m).

Depósitos turfosos com grãos de pó­len fósseis são comuns na porção centraldo "planalto", em áreas alagadiças de

* Instituto Geológico - SMA - Caixa Postal 8.772 - 01051 - São Paulo, SP - Brasil.•• Instituto de Botânica - Caixa Postal 4.005 - 01051 - São Paulo, SP - Brasil.

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planícies de nível de base local (TEIXEI- nicas descritas em trabalho anteriorRA, 1961) condicionadas por soleiras. (MODENESI, 1988) e a extração e con­Várzeas, charcos e drenagem desorgani- centração dos palinomorfos, conseguidazada constituem uma bacia interna já pelos procedimentos mecânicos e quími­identificada como "circo glacial" cos clássicos, após uma série de ensaios(MARTONNE, 1940) mas, provavel- para determinar os processos mais ade-

mente, rel~ciona~a ao_ a!?,'\tttp~?~'?:Vq'~1;9]~PP,~\ ~,p,~~Ji~eiP?~i!,1~teriais em ques­parte supenor da mtrusao que onginou a tao. O tratamento das amostras obede-

grande muralh~ e7t~rH~,.}o. ,rP;~tt~~tO;.;seY!<j0f~~guip.te;;~o!:ct~P.1~ri_9E.~~,!-Ç~0,pe­(pENAL V.A:.l~·97).~,§J~Il:r~:n9P~!ij8:rsa.s·;.' ~et~a;T~~~Q;~g7~rr);.l~:~PXr~~9 ~~4~nocu­de deposlçao·1 de~ 'tn.~t~tla!s-:~W~XQ~gs· laça.,=á?Ifg.f9sfaw ..•.~~'s'd~19),' !~!Jloçao delocalizam-se nas vâiZefk~dds ~ri0S·-NiF·· ádidos':húmÍCos ê litfmàtóS fllidFóxido deruoca e Preto, as mais extensas, e nas potássio), remoção da sílica (ácidodos'Tt€s Bagdsie;db:fíbêirãÓ"~das Flores, fluorídrico), peneiramento (10 IAm) e 50­em'c""â15êceiraS"de' dfenâI~"iiti geralmente lubilização da celulose, pelo método desituadas acima de 2.400m de altitude. acetólise (ERDTMAN, 1960). com o-ri·.'( !yárzea,dó~ ribeir'ãoi das.:;F1ores":.es~ resJdJ;loJmªHhQ1óglcQ ,J(Qr~m ;prepªr~dasçQ.~Q.~t1a.,par<!::J.9..e~.~1:t~~np-ãlinoJpgiçQ, lâ:mil'l~s.n::pª:Hl .r)!~ªroç,,,:tniÇf0S:Çppjl>.Qapf~§~nJa seq.iwe!1to,s:Ç9J:t1rIlJ:$.or:J;iql!ç~a (lOI'Gamá.dq);I..:::em ;,g~lªÜRa" g1j():eflína'lliá.;;ap.Melil;t~..ç!l1::-Il:l<tler:iªt:.9:çgârn0º~Ggqiiêut cQID)',ed:~ictãQ po!"rparMin(j:b !:';i"Em (.0~.'~~a.s;JP.y:j"~L~spes§~s·:e" ªº,·;ro~~rnÜf:t~Wpq. :.,iC i-,,:nU.;L':.d·,~2ülz2,::~'n~~bniiD .(Y~l J

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)fr~ª*QJ,~~,p.a t~.staçª~us~ça 2Jagosto), ,H:ydE(.}:qQtyfl>'.ê:tUmb~Hfe.t"!-); M31:vtJc~~_'(e:.encw~tg·§,eL!1a:j~~ .dg tJ.Irf~im: ~r(~55çw -ªlg!lmft.§ ;~~gJ!rrtinQ~i\§~~~@lp~t;a.~~i~Or.~t;i-de profundidade e, na estação chuvosa, culadas; ocorrem também raros gr'ãos deafIora. .';iU>< --.. '-;.c: "j I;: " "',.' , -- : é :;i(;-- :~.:~PQ~e-!1~.-:::s.ul~ados~i?---C'.;! ,i,;,. :,,' cL';ilwI "

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Rev. IG, São Paulo, 7(112):35··38, jan.ldez. 1986

poros e tornam a prea6fuinar.O'sgtã'ós dep:~Jen,õ;pp::;tipp~:plqiJjàgo;' .Qrªini.Ji.~âS·eUinbelífe'tas"(tipd"ef it'luíhfLaléií:l deéômpostas tipo:'Bdccn~t,S: e' ;i!sur~dos;.cpln. m~l}of:)jfreqii~~çj~.~(PGo"rÍ'ern';'grãQsde~pólen do tipo Weinmannia;oNacama­da"'VG:l7)1-:à 'quadro' ,dedistribUíçãá dosgrãos'dêpólefl'pratká:m~nfe' ij:ão~s~àlte­.ra,.~9.11tVI}l}:1~\'t.p'r~~9~iilaf6~g~â.:o~dep'ol~Ií,.~~·~Oratili)l"e.as,.,~ípb...Pkl.fztqgo ,.e.iJiitçliâH$;3;js'g~~S~'~~·,pÇ;Íen 'S~9.~'úme-rosos e os esporos, raros;.as ..algasdesa­parecem"Ã:: variábilidade 'mórfõlógicaé·gr~n.cl~"ç6rrí~tgrãos::'dé·:pól.~rtdôs séguin­{éHípds polirií6bs:)Ui15i'â.dá"Hydd!(;oty­l~, J{apan~a( N1y~sináçe,ü;.C;1i:qt ~Ilâ'( Di-

J~ghlfe~),'I>,ºIYialáce~;·;:Ou?t(ardq.jRü­biácea), 2"-sukados.:·esculturaçlos·e;. em-tnerior.;quantidade; ·grãoscde.p6Ien do--ti~'ffo"Weininafznlà{ .;,~ . o',;;; .. :' :.'

., Nà1camádáYG-1,3,:ap'eisârdipiedo­.'quparem',olg:tã:p.sdê :iJ6leÍJ.;,'parece oc&­rêt\íP1.,'.mafor:;número.d,e~~trileteS.·( tipopolipôdiu.iri;·e.:~IJJ. não: iÔeiitifí~do. comperine) e monoletes (lisos). Reaparecem'osesporos'deifungós éoiri duas' perftitã­i ções'.''' Re~~fêIÍl~sêêL,QS:'."mêsm:os\'·:Jipospoli11Íç6s "cil é<!Iriáâa"in,fedó:r"e"st:irgelJl

. gt'ãdS dê p.ól(md~Etióc~ulaçéa&.·:·":."~'",.,;~,~ó\1.0r.fÚ)Í1tç' s.llperfiçiij. da tl,lIifeira(VG-7.2 e VG-7.1) há grande Nariaçãopolínica; Surgem grãos' de pólen:··d6!dí-

.pos P-o.docaipus e:Crjp'jolrleriq, :há umaumentc{do tipb"Weininaniziii e parece

:~aveLuma ,~erta. r~d"\lçãoAQs::;ÍipQs,P/(l(?({lg():e :Grarn;íI1.e~.R~ai>~iécemas al­gasi.'PseudQsçhizaea;e~· Spyrogira,' Au­menta a variábilidadé. dós tipos;de) mo-

n9~ete~.:ettile't~s}~ieâpar~~~d:t;:~t{~t~n~q~'i~qH~nt4qflq#~;';;~~p'qrq§"q~;~tH:9gq~'tipoGelamsporà, reglstrados at1teI1l~rmente

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;".,A pres;19@J;lâpf.ia IiíÚq~":dps,;j8fãó'sdepólen, sotifeesRoros, observadanó·s.:secIi=niiiiios do:,rib'eirão!das Flores-,l.parece re­fletir a própria composiçãofl6rísticà daturfeirá'. Pobre·em:· Pteriâófi'tas"eyBF-ió fi­tas~ ;e:' éonstitüídàprinCipalment((lporGiiiirifneâs ':''(Cortadeí'ia, ....:çhii~~Yea),,Ç~p~ráçeas ,;~,(ÇJadium),')Çjiidác~a.1i.fXXi;is);i,'J?:rjg~ªl1Jªceâs (Piiepà:lq;lÍJji,is) eo.utIii:lsAngiQs.permas, as associações das.várzeasi!ürfosas,do Itatiaia difereni:mui­to dé'assôtÍa-çõessemelhantes dó 'planal­tb:d'e,:Cafu$ç,s dç> Jordão (Mc)p:g~pSI;~98~r<.;.~;,.'o" " . . "".'~'.

.:.:,A 'distribuição de certas"espéciescoÍ1stituiuin proolemaque éettamenteirá 'difIcultar: as ..' iriterpietà~~eS., ACortaderia n:zodé$ta,' por. . exempló; ca7ractúíStica dãs'âssQciações de' tudéira ecértamente Q':prin~ipai eleinentó'cte;for­mação dos sedimentos, ocorre ,tambémnas yet.t-efíte:S;:,..",.':' . " ,,: ,I .•'

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