Nota sobre património de Almeirim

Desde a passada 6ª feira, dia 18 de maio, e até 30 de setembro de 2012, está

presente no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, uma

exposição sobre o escultor Machado de Castro intitulada: “Virtuoso Criador.

Joaquim Machado de Castro (1731-1822)”.

Nela se expõe e teoriza um ponto de vista novo sobre o autor da estátua

equestre de D. José I, obra-prima do autor e obra central da glorificação régia promovida pelo

Marquês de Pombal na Iluminista Praça do Comércio de Lisboa do pós terramoto de 1755.

Machado de Castro, escultor de formação em Mafra, habitualmente associado aos presépios, via,

segundo especialistas e dados académicos recentes, a atividade de presepista como atividade

acessória. Ele próprio o expressou, aspirava a muito mais.

Fundador de escola de prática e de ensino de escultura (Laboratorio ou Oficina) e autor de

escultura e estatuária diversa em pedra, barro e madeira e bronze como, entre outras:

Neptuno, presente no repuxo da atual Praça da Estefânia, em Lisboa;

Estátua de D. Maria I, de grande porte, presente na Biblioteca Nacional, em Lisboa;

Composições presentes nos Jardins do Palácio Real de Caxias (em recuperação);

Composições presentes nos Jardins do Palácio do Conde de Oeiras (Marquês de Pombal);

Das figuras frontais da Basílica da Estrela, em Lisboa;

De algumas presentes nos jardins e frontaria do Palácio de Belém, residência oficial da

presidência da república.

De entre as obras em exposição, uma, a n.º 106, me merece esta referência particular porque é

oriunda de Almeirim.

Trata-se de uma escultura de S. João Batista, de 1800, de madeira dourada, estofada, policromada

e encarnada (190 x 75 cm). De conceção de Machado de Castro e de produção no seu Laboratorio,

pertence à Igreja Matriz de Almeirim.

Também presente está uma outra, Virgem da Piedade, oriunda da Capela Palatina de Salvaterra de

Magos.

Mais informações podem ser consultadas em:

http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/pt-PT/destaques/ContentDetail.aspx?id=552

Esta exposição é mais uma boa razão para visitar aquele que é considerado o mais relevante museu

nacional, o Museu Nacional de Arte Antiga, ele possui no seu acervo obras de relevância mundial,

como por exemplo:

http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/pt-PT/exposicao%20permanente/obras%20referencia/ContentList.aspx

Pessoal, fica mesmo junto à 24 de Julho! Mesmo próximo das Docas! (Hip! Tás a ver!?)

Carlos Valverde (professor)