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NT.S-0033-2017
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Nota Técnica Estudo de Aplicação Geral (Estudos Gerais)
Desenvolvimento de metodologia para regulação e fiscalização do desempenho de sistemas de produção de água
Processo ARSESP.ADM-0298-2017
14 de Agosto de 2017
NT.S-0033-2017
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ATENDIMENTO AOS QUESITOS DA PORTARIA N° 2914/11
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..........................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................3
2. PROTOCOLOS DE CONTROLE ................................................................................................................4
2.A. REQUISITOS OPERACIONAIS ..............................................................................................................5
2.A.1. OUTORGA DOS MANANCIAIS UTILIZADOS .....................................................................................6
2.A.1.1. OUTORGA DE MANANCIAIS DE COMPETENCIA ESTADUAL ......................................................7
2.A.1.2. OUTORGA DE MANANCIAIS SUPERFICIAIS DE COMPETENCIA FEDERAL ........................... 10
2.A.1.3. O MONITORAMENTO DAS OUTORGAS NA ARSESP ................................................................ 10
2.A.2. LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO - DAS ETA’s ................................................................................... 11
2.A.2.1. O MONITORAMENTO DE LO’s NA ARSESP ................................................................................ 14
2.A.3. ACREDITAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE ................................... 15
2.A.3.1. O MONITORAMENTO DOS LABORATÓRIOS DOS OPERADORES NA ARSESP .................... 18
2.A.4. PLANOS DE AMOSTRAGEM – CVS ................................................................................................ 18
2.A.4.1. O MONITORAMENTO DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM NA ARSESP .................................... 21
2.A.5. NORMA ABNT NBR 15784 – PRODUTOS QUÍMICOS .................................................................... 22
2.A.5.1. O MONITORAMENTO DA NBR 15784 NA ARSESP .................................................................... 28
2.A.6. MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA ............................................................................................ 28
2.A.6.1. O MONITORAMENTO DA ÁGUA BRUTA NA ARSESP ................................................................ 30
2.A.7. DECRETO 5440/05............................................................................................................................ 31
2.A.7.1. O MONITORAMENTO DO DECRETO 5440/05 NA ARSESP ....................................................... 36
2.A.8. CAPACITAÇÃO DE OPERADORES ................................................................................................. 36
2.A.8.1. O MONITORAMENTO DA CAPACITAÇÃO DOS OPERADORES NA ARSESP .......................... 38
2.A.9. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA ARSESP ........... 38
2.A.10. FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM ........................................................................................... 42
2.A.11. RESUMO DO MONITORAMENTO ANUAL DE “REQUISITOS OPERACIONAIS” ........................ 43
2.B. CONTROLE DO PROCESSO DE TRATAMENTO .............................................................................. 45
2.B.1. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DO PROCESSO DE TRATAMENTO NA ARSESP ............ 50
2.B.2. RELATÓRIO MENSAL DE ANOMALIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO .............................. 55
2.B.3. FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM ............................................................................................. 56
2.C. PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS ............................................................................................................. 57
2.C.1. RECLAMAÇÕES NOS SAU’s DOS OPERADORES ........................................................................ 57
2.C.2. RECLAMAÇÕES NO SAU DA ARSESP ........................................................................................... 58
3. CONSTRUÇÃO DA VISÃO GLOBAL ...................................................................................................... 59
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 61
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Em atendimento ao Despacho SR-0134-2017, da Sra. Superintendente de Regulação
Técnica, encaminho nota técnica com conclusões do estudo solicitado.
1. INTRODUÇÃO
Como mencionado no Parecer n° 61/2016 da PGE, fls. 4 a 14, ficou inabilitado o Índice da
Qualidade da Água Distribuída (“IDQAd”) como um bom indicador que comprovasse a
qualidade da água, de modo que esta Diretoria necessita estudar a criação de
metodologia para o monitoramento dos quesitos da Portaria n° 2914/11, do Ministério da
Saúde, e de monitoramento sobre o processo de produção da água a ser distribuída.
A Nota Técnica que dispõe sobre limites da regulação dos serviços públicos de
saneamento ambiental, de fls. 15 a 26, elaborado pela Assessoria Jurídica da Diretoria de
Saneamento da ARSESP resumiu:
A competência em vigilância de saúde ambiental deve-se ao Ministério da
Saúde.
O CVS é autoridade estadual de saúde pública competente para a vigilância da
qualidade da água distribuída, em articulação com os Municípios e com os
responsáveis pelo controle da qualidade da água.
O controle de qualidade da água distribuída (atividade contínua e sistemática)
deve ser exercido pelo operador do sistema.
ARSESP deve exercer suas ações e atividades dentro dos limites
estabelecidos na legislação.
A ARSESP, em sua atuação fiscalizatória, não pode extrapolar competências
legais outorgadas a outras entidades.
É evidente que o processo de tratamento de água tem interfaces institucionais que
estabelecem competências regulatórias, fiscalizatórias e sancionatórias tais como:
Qualidade da água – Centro de Vigilância Sanitária.
Recursos Hídricos - DAEE.
Licenças de Operação - CETESB.
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A figura seguinte mostra que há interfaces da ARSESP com estes órgãos, que em ações
conjuntas, devem promover a fiscalização das obrigações dos operadores perante as
legislações vigentes.
Esta proposta tem como objetivo criar uma “visão global” dos sistemas de produção, além
de uma linha de diálogo entre ARSESP e CVS, DAEE, CETESB, no sentido de apontar
possíveis irregularidades dos operadores.
2. PROTOCOLOS DE CONTROLE
A Portaria n° 2914/11 define obrigações e deveres dos operadores de serviços de
abastecimento de água e de outros órgãos ambientais e sanitários.
Além das frequências e quantidades das análises de qualidade da água, nela estão
estabelecidos outros itens obrigatórios.
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O monitoramento da eficiência do processo de produção de água esta baseado em 3
grupos de itens de verificação:
A) Requisitos Legais e Operacionais.
B) Controle/Eficiência do processo de tratamento.
C) Percepção dos usuários.
A seguir descreve-se cada um dos itens propostos, suas frequências e formas de
verificação/fiscalização.
2.A. REQUISITOS OPERACIONAIS
Os Requisitos Legais e Operacionais são itens escolhidos entre os deveres do
operador/prestador, descritos na Portaria n° 2914/11. São, portanto, passíveis de
verificação de seus cumprimentos.
Além destes a ARSESP, incorporou a este protocolo, outros dois itens, que apesar de não
estarem explicitados na Portaria n° 2914/11, fazem menção aos órgãos ambientais e suas
exigências quanto á utilização de mananciais, mas também de atividade poluidoras. São
eles:
OUTORGA
LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO
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ACREDITAÇÃO INMETRO DOS LABORATÓRIOS ANALÍTICOS
PLANO DE AMOSTRAGEM SUBMETIDO AO CVS
ATENDIMENTO À ABNT NBR 15784 – C.Q. PRODUTOS QUÍMICOS
MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA
ATENDIMENTO AO DECRETO FEDERAL 5440/05
CAPACITAÇÃO/TREINAMENTO DE OPERADORES
Estes itens, bem como suas características e itens de verificação estão descritos
individualmente a seguir.
2.A.1. OUTORGA DOS MANANCIAIS UTILIZADOS
É de responsabilidade do poder público assegurar o acesso à água, mediante o uso
racional e eficiente das águas, compatibilizando as demandas às disponibilidades
hídricas, nas respectivas bacias hidrográficas, para os diversos usos a que se destinam.
A correta aplicação do instrumento da outorga, mais do que um ato de regularização
ambiental, se destina a disciplinar a demanda crescente das águas superficiais e
subterrâneas entre os diversos usos concorrentes e ainda a indicar aos usuários de
recursos hídricos, a necessidade da adoção de práticas modernas e conservacionistas.
Embora a Outorga não seja um item explicitado na Portaria n° 2914/11, entendemos que
sua exigência traduz a preocupação do Órgão de Recursos Hídricos de conhecer os
volumes retirados dos mananciais superficiais e subterrâneos pelo empreendimento e
desta maneira contribuindo para a proteção dos mananciais e consequentemente da
bacia hidrográfica.
Na Portaria n° 2914/11:
“Art. 13. Compete ao responsável pelo sistema de abastecimento de água para consumo humano:
VIII - comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao órgão de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer alteração da qualidade da água no ponto de captação que comprometa a tratabilidade da água para consumo humano;
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IX - contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por meio de ações cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e das bacia(s) hidrográfica(s);”
Podemos considerar que a captação estando outorgada, cumpre com os dispostos acima
e desta maneira estará fazendo parte deste protocolo de fiscalização.
A outorga é o direito de uso dos recursos hídricos. Trata-se de um ato administrativo do
Poder Público que administra, controla e harmoniza o uso desses recursos.
A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos seis instrumentos da Política
Nacional de Recursos Hídricos, estabelecidos no inciso III, do Art. 5º da Lei Federal n°
9433/97. Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e
qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos
hídricos. Ainda nesta lei:
“Art. 14. A outorga efetivar-se-á por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal, dos Estados ou do Distrito Federal.
§1º O Poder Executivo Federal poderá delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para conceder outorga de direito de uso de recurso hídrico de domínio da União.”
Segundo a lei 9984/00, para os rios de domínio da União, a competência para conferir outorga é prerrogativa da ANA. Em corpos d’água de domínios dos estados e do DF, a solicitação de outorga deve ser feita ao órgão gestor estadual de recursos hídricos.
De maneira resumida, estão sujeitos à outorga os seguintes usos de recursos hídricos:
Usos que alteram a quantidade da água em corpo hídrico
Usos que alteram a qualidade de água em corpo hídrico
Usos que alteram o regime das águas em corpo hídrico
As águas subterrâneas são de domínio dos Estados, segundo o Art. 26 da Constituição
Federal de 1988, devendo a outorga para utilização desses recursos ser emitida pelas
autoridades competentes de cada Estado.
2.A.1.1. OUTORGA DE MANANCIAIS DE COMPETENCIA ESTADUAL
No Estado de São Paulo, o órgão gestor dos recursos hídricos é o DAEE (Departamento
de Água e Energia Elétrica). As legislações que concedem o poder outorgante ao DAEE
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no Estado de São Paulo são o Decreto 41258/96 e o Art. 7º das disposições transitórias
da Lei 7663/91.
Toda pessoa física ou jurídica que pretende usar ou interferir nos recursos hídricos deve
solicitar a outorga. Alguns poucos casos de uso dos recursos hídricos são considerados
isentos de outorga, bastando apenas o cadastratmento no DAEE. Para a liberação da
outorga, o DAEE leva em consideração a disponibilidade hídrica e a qualidade da água do
manancial.
Há obrigatoriedade de outorga qualquer implantação de empreendimento que utilize
recursos hídricos superficiais e subterrâneos, como por exemplo as captações e
lançamentos de efluentes líquidos (entre eles os efluentes de estações de tratamento de
esgoto), extração de minérios, obras hidráulicas e serviços. As captações de água
incluem os usos em abastecimento público, industrial, para irrigação e gerações de
energia, entre outros.
As outorgas dos recursos hídricos são válidas por prazos determinados e subdividem-se
em três modalidades:
Autorização (para implantação de empreendimento ou direitos de uso
privados),
Concessão (para direitos de uso para usuário público)
Licenças (para execução de poços profundos).
A atuação do DAEE é descentralizada e, ao coordenar o Sistema Integrado de Gestão de
Recursos Hídricos nos termos da Lei 7663/91, define como unidades físicas de
planejamento e gerenciamento as bacias hidrográficas.
Em função da interdependência das atividades, as resoluções: Resolução Conjunta
SMA/SERHS/ 05 e Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES/06 são fruto do trabalho
desenvolvido com outras secretarias estaduais.
A partir de 2005, empreendimentos a serem instalados ficaram sujeitos à Resolução
Conjunta 1/05 entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SMA) e a Secretaria de
Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento (SERHS), atual Secretaria de
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Saneamento e Recursos Hídricos (SRH). Desse modo, para os empreendimentos que
têm interface com recursos hídricos e que necessitam de licença ambiental, valem os
seguintes dispositivos:
A emissão da Licença Prévia (LP) pela CETESB exige a Outorga de Direito de
Uso emitida pelo DAEE como pré-requisito. Nesse caso, a LI (Licença de
Instalação) é entregue juntamente com a autorização para supressão da
vegetação e para interferência em áreas de preservação permanente;
O DAEE exige, para fornecimento da Outorga de Direito de Uso, a LI emitida
pela CETESB;
A emissão da Licença de Operação (LO) pela CETESB exige a Outorga de
Direito de Uso emitida pelo DAEE como pré-requisito. Nos casos em que a
outorga original tenha vencido e o interessado precise renovar a LO, a situação
junto ao DAEE precisa ser regularizada;
Se ocorrerem alterações nos projetos originais dos empreendimentos
legalmente implantados, elas deverão ser novamente submetidas à CETESB e
ao DAEE.
Empreendimentos já implantados ficam sujeitos à regularização. Caso tenham a LI,
recebem o Direito de Uso do DAEE. Se não tiverem a LI, precisarão obter a LO da
CETESB para só depois obterem a outorga do Direito de Uso do DAEE.
A Portaria DAEE 01/98 apresenta normas para atuação da fiscalização, constatação de
infrações e aplicação de penalidades que abrangem as obras hidráulicas e serviços
diversos que interfiram com os recursos hídricos superficiais. As obras hidráulicas listadas
são:
Barramentos (destinados a controle de cheias, regularização de vazões,
recreação, paisagismo, piscicultura, ranicultura e outros);
Poços Profundos (tubular, escavado, ponteira e outros);
Canalização, Retificação e Proteção de Leitos (com o objetivo de combate a
inundações, adequação urbanística, construção de obras de saneamento e de
sistemas viários e outros);
Travessias Aéreas Sobre Corpos d’Água (pontes, linhas, dutos e outros);
Travessias Subterrâneas Sobre Corpos d’Água (túneis, linhas, dutos e outros);
Intermediárias (demais formas de travessia não classificadas nos itens
anteriores).
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2.A.1.2. OUTORGA DE MANANCIAIS SUPERFICIAIS DE COMPETENCIA FEDERAL
No âmbito federal, até o ano de 2000, as outorgas eram emitidas através de atos do
Secretário de Recursos Hídricos, segundo o disposto na Instrução Normativa 4/00.
Com a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, pela Lei 9984/00, a partir do ano de
2001, os atos de outorga passaram a ser por ela expedidos.
A atuação da ANA obedece aos fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da
Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH, em articulação com órgãos e entidades
públicas e privadas integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos
Hídricos - SINGREH.
Também compete à ANA a emissão de outorgas preventivas de uso de recursos hídricos,
com o intuito de declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos. Esta
autorização preventiva não confere direito de uso dos recursos. Destina-se a reservar a
vazão passível de outorga, possibilitando, aos investidores, o planejamento de
empreendimentos que necessitem desses recursos. A ANA não está obrigada a outorgar
o uso requerido só pelo fato de ter concedido a outorga preventiva; ela deve seguir as
diretrizes do Plano de Recursos Hídricos. A vantagem da outorga preventiva é quanto ao
estabelecimento de uma lista de preferência para o uso do recurso.
2.A.1.3. O MONITORAMENTO DAS OUTORGAS NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do
operador.
Os subitens de controle serão:
Existência de Outorga
Prazo de validade
Vazão outorgada
Nos dois primeiros itens, não serão verificadas as exigências contidas no documento de
Outorga, somente será avaliada a Existência da Outorga e se está dentro do Prazo de
Validade, conforme um controle binário: sim ou não (atende/não atende).
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Para o subitem vazão outorgada deverá ser informada a vazão constante no documento
da LO em m³/hora.
Na ARSESP, os documentos de outorga atualmente vêm sendo solicitados ao Prestador
de Serviço com os seguintes objetivos:
a) Verificar se a vazão outorgada é suficiente para garantir o abastecimento de
água da população e, se for suficiente, qual o prazo de validade desta garantia.
A validade da outorga deve ser verificada para garantir a regularidade e a
continuidade do serviço de abastecimento de água;
b) Analisar a quantidade que está sendo explorada (m3/h) e o período (h/dia).
A conferência de vazão outorgada x volume tratado, será função de fiscalização
específica.
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “Esta avaliação
fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais, juntamente com
outros quesitos de verificação, descrito a seguir.
2.A.9. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
2.A.2. LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO - DAS ETA’s
O Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo realizado pelo órgão
ambiental competente, federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação,
ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam
recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar
degradação ambiental, que visa evitar ou mitigar os danos provocados por obras ou
atividades efetiva ou potencialmente degradadoras do meio ambiente.
O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal
6938/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.
A Resolução 237/97 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as
competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento seja
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sempre feito em um único nível de competência. Em seu Art. 2º define que: estão sujeitas
a licenciamento os empreendimentos e as atividades utilizadoras de recursos ambientais
que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes de causar
degradação ambiental.
No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais
como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e
efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como
por exemplo, explosões e incêndios. As licenças ambientais estabelecem as condições
para que a atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio
ambiente.
Etapas do Licenciamento Ambiental
Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento
da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a
viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras.
Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que
autoriza o início da obra/empreendimento e é concedida depois de atendidas
as condições da Licença Prévia.
Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do
empreendimento/obra, e é concedida depois de atendidas às condições da
Licença de Instalação. Certifica que o empreendimento foi construído de
acordo com o previsto no projeto, sob o ponto de vista ambiental. Autoriza que
a atividade se inicie.
No Estado de São Paulo, a Lei Estadual 997/76 – Dispõe sobre o Controle da Poluição do
Meio Ambiente:
“Art. 5º - A instalação, a construção ou a ampliação, bem como a operação ou funcionamento das fontes de poluição que forem enumeradas no Regulamento desta Lei, ficam sujeitas à prévia autorização do órgão estadual de controle da poluição do meio-ambiente, mediante expedição, quando for o caso, de Licença Ambiental Prévia (LAP), de Licença Ambiental de Instalação (LAI) e/ou de Licença Ambiental de Operação (LAO).
§ 1º - Para os fins do disposto neste artigo, considera-se “fonte de poluição” qualquer atividade, sistema, processo, operação,
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maquinaria, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, previsto no Regulamento desta lei, que cause ou possa causar poluição ambiental através da emissão de poluentes.”
O Decreto Estadual 8468/76, aprova o Regulamento da Lei 997/76, que dispõe sobre a
Prevenção e o Controle da Poluição do Meio Ambiente, em seu Art. 57 - prevê o
licenciamento das fontes de poluição:
Sistemas públicos de tratamento ou de disposição final de resíduos ou
materiais sólidos, líquidos ou gasosos.
Serviços de coleta, transporte e disposição final de lodos ou materiais retidos
em unidades de tratamento de água, esgotos ou de resíduos líquido industrial.
O Decreto Estadual 47397/02 dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta os
Anexos 9 e 10, ao Regulamento da Lei 997/76, aprovado pelo Decreto 8.468/76, que
dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente:
“Art. 57 - Fontes de poluição no sistema de saneamento: EE – ETE – emissários submarinos e subfluviais – disposição final – ETA”.
Ou seja, estações de tratamento de água e estações elevatórias de esgoto passam a ser
consideradas como fontes de poluição necessitando de Licenciamento Ambiental.
“Art. 71-A – As fontes de poluição que já obtiveram a Licença de Funcionamento até a data de vigência deste decreto, serão convocadas pela CETESB no prazo máximo de 5 (cinco) anos, para renovação da respectiva licença.
§ 1º - As fontes instaladas antes de 8 de setembro de 1976, que não possuam Licença de Operação, serão convocadas a obter a respectiva licença.”
Por este Decreto, a Licença de Operação tem prazo de validade, de acordo com a
atividade do empreendimento. Uma vez expirado o prazo de validade, o empreendedor
deve solicitar nova Licença de Operação. Além do prazo de validade para as Licenças de
Operação, está prevista a obrigatoriedade de renovação das Licenças de
Funcionamento/Operação já emitidas.
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Define também que, a operação do empreendimento antes do cumprimento de cada uma
das fases do Licenciamento constitui-se em crime ambiental, e estará sujeita às
penalidades previstas na legislação.
Os empreendimentos licenciados terão um prazo máximo de dois anos. Decorrido o prazo
mencionado as Licenças de Operação não renovadas perderão sua validade.
Tal como citado no item “Outorga”, a licença ambiental também não está explicitamente
exigida pela Portaria n° 2914/11. Porém, entendemos que sua exigência às Estações de
Tratamento de Água, traduz a preocupação do Órgão Ambiental, para a condição do
empreendimento de regularizar potenciais pontos de poluição ao meio ambiente,
particularmente neste caso, aos mananciais.
Na Portaria n° 2914/11, se descreve:
“Art. 13º. Compete ao responsável pelo sistema de abastecimento de água para consumo humano:
VIII - comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao órgão de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer alteração da qualidade da água no ponto de captação que comprometa a tratabilidade da água para consumo humano;
IX - contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por meio de ações cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e das bacia(s) hidrográfica(s);”
Podemos considerar que, a ETA estando licenciada, cumpre com o disposto acima e
desta maneira é admissível que o licenciamento seja incluído neste protocolo de
fiscalização.
2.A.2.1. O MONITORAMENTO DE LO’s NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do operador
do seguinte quesito:
A Licença de operação obrigatória está dentro do prazo de validade.
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Não serão verificadas as exigências contidas na LO, somente será avaliada se a LO
existe e se está dentro do prazo de validade, ou seja, um controle binário: sim ou não
(atende/não atende).
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “2.A.9.
DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
2.A.3. ACREDITAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE
A importância de mostrar a qualidade em análises químicas, através de sua
comparabilidade, rastreabilidade e confiabilidade, está sendo cada vez mais reconhecida
e exigida. Dados analíticos não confiáveis podem conduzir a indecisões e prejuízos
financeiros irreparáveis. Para garantir que um novo método analítico apresente resultados
confiáveis e interpretáveis sobre a amostra, ele deve sofrer uma avaliação denominada
validação. Para análises químicas, todos os órgãos reguladores do Brasil e de outros
países exigem a validação de metodologia analítica e, para isso, a maioria deles tem
estabelecido documentos oficiais que são diretrizes a serem adotadas no processo de
validação.
Validar um processo, equipamento, sistema ou metodologia é tornar legítimo, através do
estabelecimento de documentações, tudo que envolve o processo de produção e controle
de qualidade, desde as condições do ambiente, até os insumos e matérias-primas que
entram em sua composição. Em outras palavras, validar significa garantir que o produto
seja sempre fabricado da mesma forma, com a mesma qualidade e dentro dos limites de
tolerância.
A ISO/IEC 17025 é um padrão internacional que especifica requisitos gerais para a
competência de laboratórios em realizar ensaios, calibrações e amostragem, dentro do
seu escopo de atuação, incluindo o desenvolvimento do seu sistema de gestão da
qualidade, operações técnicas e administrativas.
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Laboratórios que atendem a tal norma, consequentemente atendem aos princípios da
ISO/IEC 9001, somando-se diversos requisitos de competência técnica.
A ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 estabelece, que o “laboratório deve ter procedimentos
de controle da qualidade para monitorar a validade dos ensaios e calibrações realizados”,
incluindo a participação em programas de comparação interlaboratorial ou de ensaios de
proficiência.
A norma estabelece requisitos que validam a capacidade de laboratórios de ensaio e
calibração em nível internacional.
Entre os principais benefícios que a Acreditação ISO 17025 traz:
Maior confiança nos resultados e aceitação mundial;
Maior credibilidade junto aos órgãos ambientais e vigilância sanitária.
A Portaria n° 2914/11 descreve em seu Art. 21:
“As análises laboratoriais para controle e vigilância da qualidade podem ser realizadas em laboratório próprio, ou não, mas que comprove a existência de sistema de gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025:2005”.
Pelo entendimento do texto, ficam dúvidas das exigências específicas da NBR ISO/IEC
17025 ou de um plano de gestão da qualidade, que faz parte da norma em questão.
No documento intitulado “PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PORTARIA MS N°
2.914/11” publicado em outubro de 2012 pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde
Ambiental do Ministério da Saúde, elucidou:
“A Portaria não exige que os laboratórios sejam acreditados, contudo pede que seja comprovada a existência de um sistema de gestão da qualidade com base na NBR ISO/IEC 17025/2005. Uma vez comprovado, por meio de supervisões do LACEN e da vigilância, que o laboratório segue os padrões de qualidade estabelecidos na norma (calibração e manutenção de equipamentos, capacitação dos profissionais, materiais de referência, protocolo de procedimentos padronizados - inclusive ensaios laboratoriais, rastreabilidade, entre outros itens), pode-se confirmar a confiabilidade dos resultados.
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Em outras palavras, os laboratórios podem comprovar a implantação de sistema de gestão de qualidade através de manual de gestão, explicitando todos os procedimentos que desenvolvem na rotina de trabalho e comprovando o cumprimento de alguns critérios, descritos na NBR ISO/IEC 17025/2005, tais como:
Possuir amostras de referência;
Realizar calibração periódica e manutenção de equipamentos;
Registrar todas as etapas de procedimentos desenvolvidos durante as
análises;”
Em paralelo, as RDC 11 e 12 de 2012 (ANVISA) exigem habilitação REBLAS (Rede
Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde) para os laboratórios que realizam
análises para produtos sujeitos à vigilância sanitária.
Água para consumo humano é um dos produtos abrangidos pela REBLAS e, portanto,
com exigência para que os laboratórios que executam suas análises de verificação de
qualidade necessitem da ISO 17025.
No Brasil, a Coordenação Geral de Acreditação de Laboratórios (CGCRE), da Divisão de
Credenciamento de Laboratórios (DICLA), pertencente ao Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
O INMETRO é o órgão acreditador da norma ISO (International Organization for
Standardization) e responsável pela implantação do sistema de acreditação de
laboratórios de ensaios e de calibração no Brasil e segue diretrizes que o colocam em
equivalência com o de outros organismos internacionais congêneres.
Portanto, a acreditação pelo INMETRO se faz necessária para os laboratórios próprios ou
terceirizados pelo operador do sistema de abastecimento de água, que executem as
análises das amostras de água dos pontos dos sistemas, conforme definidos no plano de
amostragem aprovado pelo CVS.
Ao laboratório acreditado, o INMETRO fornece um CRL (Credenciamento de Laboratório).
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- 18 -
2.A.3.1. O MONITORAMENTO DOS LABORATÓRIOS DOS OPERADORES NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do
operador:
As análises de todos os parâmetros da Portaria n° 2914/11 para rede e
reservatórios (Anexos XII e XIII), são executadas por laboratório
acreditado.
Ressalta-se que o laboratório pode ser próprio ou não.
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Ainda irão constar os CRL’s (CRedenciamento de Laboratório) dos laboratórios que
executam estas análises.
Com o número de CRL, no site do INMETRO, será possível conferir quais os parâmetros
estão acreditados.
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “2.A.9.
DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
2.A.4. PLANOS DE AMOSTRAGEM – CVS
Um plano de amostragem deve assegurar a representatividade temporal e geográfica
para a coleta das amostras e contemplar a distribuição uniforme ao longo do período,
conciliado com os critérios de abrangência espacial e pontos estratégicos, como locais
com alta densidade populacional, locais com grande afluência de público (terminais
rodoviários e aeroportuários).
Além disso, devem-se contemplar também locais com população vulnerável (hospitais,
asilos, creches e escolas), locais com populações expostas à área contaminada, zonas de
intermitência de abastecimento ou de baixa pressão no sistema de distribuição da água,
distribuição espacial das doenças de transmissão hídrica, entre outras.
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A Portaria n° 2914/11 em seu Art. 41 descreve: “Os responsáveis pelo controle da
qualidade da água de sistema de abastecimento de água para consumo humano devem
elaborar e submeter para análise da autoridade de saúde pública, o plano de amostragem
de cada sistema, respeitando os planos mínimos de amostragem expressos em seus
Anexos”.
A avaliação e a aprovação do plano de amostragem pelo setor saúde estarão
condicionadas ao atendimento das tabelas dos anexos da Portaria n° 2914/11 (número
mínimo de análises para cada parâmetro e frequência mínima) e também considerando a
perspectiva de risco a saúde.
Cabe, ainda, atenção ao fato de que os planos apresentados nas Tabelas 1, 2 e 3
referem-se aos requerimentos mínimos de amostragem, podendo ser flexibilizados ou
ampliados em situações específicas. Por exemplo, considerando as especificidades que
determinam a presença das substâncias na água, como a proximidade do ponto de
captação da água aos lixões ou às áreas contaminadas por alguma substância química.
Nesse caso, pode ser solicitada a alteração nos planos de amostragem do controle,
conforme a disposição dos artigos da Portaria n° 2914/11.
Portanto, é facultado ao responsável pelo sistema de abastecimento de água solicitar à
autoridade de saúde pública a alteração na frequência mínima de amostragem de
parâmetros estabelecidos nesta Portaria, mediante justificativa fundamentada, e depois
de formulada a solicitação, a autoridade de saúde pública decidirá no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, com base em análise fundamentada no histórico mínimo de dois anos do
controle da qualidade da água considerando os respectivos planos de amostragens e de
avaliação de riscos à saúde, da zona de captação e do sistema de distribuição.
Por sua vez a Resolução Estadual SS-65/05 da Secretaria da Saúde estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativas ao Controle e Vigilância da Qualidade da
Água para consumo humano no Estado de São Paulo.
Determina que:
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Todo e qualquer sistema de abastecimento de água, seja público ou privado,
individual ou coletivo, está sujeito à fiscalização da autoridade sanitária
competente em todos os aspectos que possam afetar a saúde pública
conforme disposto no Art. 18 da Lei Estadual 10083/98.
É dever e obrigação da Secretaria de Estado da Saúde promover e
acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo humano em sua
área de competência, em articulação com o nível municipal e os responsáveis
pelo controle de qualidade da água, nos termos da legislação que regulamenta
o SUS e Portaria de potabilidade.
A autoridade sanitária municipal a seu critério e a qualquer tempo realizará
inspeção nos sistemas e nas soluções alternativas de abastecimento de água
de modo a avaliar o potencial de risco para a saúde pública, notificando os
responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas a sanar a(s)
irregularidade(s) detectada(s).
Em seu Art. 6º, descreve: “Cabe ao(s) responsável(is) pela operação de sistema de
abastecimento de água apresentar a autoridade sanitária municipal de sua localidade, os
seguintes documentos:
Anualmente, até o dia 20 de janeiro, o plano de amostragem do ano corrente,
da saída do tratamento e da rede de distribuição/ pontos de consumo.
Mensalmente, até o dia 20 de cada mês, o relatório mensal referente ao mês
anterior do controle da qualidade da água da saída do tratamento e da rede de
distribuição/pontos de consumo.
Em anexo estão fixados modelos dos relatórios para avaliação da qualidade da água
distribuída pelos Sistemas de Abastecimentos Públicos de Água, referentes aos dois itens
anteriores.
Anexo I - Cadastro do sistema
Anexo II - Plano de amostragem
Anexo III – Relatório Mensal de qualidade
O relatório mensal de qualidade alimenta base de dados – SISAGUA que está descrito
adiante.
VIGIAGUA E SISAGUA
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A Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo
Humano - VIGIAGUA - consiste no desenvolvimento de ações contínuas para garantir à
população o acesso à água de qualidade compatível com o padrão de potabilidade
estabelecido na legislação vigente, para a promoção da saúde.
Para operacionalizar as ações da VIGIAGUA, foi elaborado um Programa Nacional,
coordenado no âmbito federal, pela Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em
Saúde (CGVAM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
O VIGIAGUA foi concebido tomando por base os princípios e diretrizes do Sistema Único
de saúde (SUS), com indicadores de qualidade da água para consumo humano definidos,
por meio de metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que
subsidiaram o desenvolvimento do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da
Água para Consumo Humano (SISAGUA). Portanto, um dos objetivos do VIGIAGUA é
coordenar o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA).
O SISAGUA está estruturado em três módulos de entrada de dados, sendo:
Cadastro: Objetiva registrar as informações referentes aos sistemas e
soluções alternativas de abastecimento.
Controle: Finalidade de alimentar o sistema com as informações
encaminhadas pelos prestadores de serviços, responsáveis pelos sistemas de
abastecimento e soluções alternativas coletivas.
Vigilância: Visa alimentar o SISAGUA com as informações dos resultados das
análises físico-químicas, bacteriológicas, entre outras, incluindo informações
referentes à inspeção sanitária realizadas nas diversas formas de
abastecimento pelo setor saúde.
2.A.4.1. O MONITORAMENTO DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do operador
com os seguintes tópicos:
Foi apresentado e aprovado pela CVS o plano de amostragem?
Todas as análises determinadas no plano de amostragem estão sendo
cumpridas e os resultados constantes do SISAGUA?
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Dos itens apresentados no plano de amostragem há parâmetros acima do
VMP permitido pela Portaria 2914?
Entende-se por plano de amostragem tanto as análises mensais quanto as trimestrais, e
semestrais.
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “2.A.9.
DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
2.A.5. NORMA ABNT NBR 15784 – PRODUTOS QUÍMICOS
Em qualquer sistema de tratamento e distribuição de água potável, vários produtos podem
ser adicionados ou entrar em contato com a água tratada antes de sua ingestão. Estes
produtos são considerados insumos estratégicos do setor de saneamento, ou seja,
produtos químicos utilizados nos processos de tratamento de água para o consumo
humano.
A Portaria n° 2914/11 estabelece em seu Art. 13, inciso III, alínea b: “manter e controlar a
qualidade da água produzida e distribuída, nos termos desta Portaria, por meio de
exigência, junto aos fornecedores, do laudo de atendimento dos requisitos de saúde
estabelecidos em norma técnica da ABNT para o controle de qualidade dos produtos
químicos utilizados no tratamento de água”.
A mesma Portaria, em seu Art. 39, parágrafo 5º estabelece que: “O responsável pelo
sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água deve encaminhar à
autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
informações sobre os produtos químicos utilizados e a comprovação de baixo risco à
saúde, conforme preconizado no Art. 13 e nas normas da ABNT”.
A norma da ABNT NBR 15784 estabelece os requisitos para os produtos químicos
utilizados em sistemas de tratamento de água para consumo humano e os limites das
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- 23 -
impurezas nas dosagens máximas de uso indicadas pelo fornecedor do produto, de forma
a não causar prejuízo a saúde humana.
Desta forma, a norma ABNT NBR 15784 aplica-se ao disposto na Portaria n° 2914/11, ao
que se refere à regulamentação sobre o uso de produtos químicos usados no tratamento
de água com perspectiva de prevenção de riscos á saúde humana.
A Nota Informativa NI 157/DSAST/SVS/11/14 reconhece oficialmente a ABNT NBR
15784, como o padrão nacional a ser adotado para controle de qualidade dos produtos
químicos utilizados em tratamento de água para consumo humano.
A Nota Informativa também cita 3 formulários, cada qual com seus objetivos (em anexo):
1) Laudo de atendimento aos Requisitos de Saúde – LARS – visa atender ao
disposto no Art. 13 da Portaria n° 2914/11. Tal laudo, entre outras
informações, apresenta a Dosagem Máxima de Uso (DMU).
2) Comprovação de baixo risco à saúde pelo uso do P.Q. no tratamento de
água para consumo Humano – CBRS – visa atender o Art. 39 da Portaria n°
2914/11. Formulário assinado pelo responsável técnico do
fornecedor/fabricante e tem como objetivo que o P.Q. não oferece riscos à
saúde humana. Deve ser elaborado individualmente para cada produto
químico.
3) Documento de Encaminhamento do LARS e CBRS à Autoridade de Saúde
Pública – DECLAS – também elaborado para atender ao Art. 39 da Portaria
n° 2914/11. Deve ser assinado pelo responsável pelo Sistema de
tratamento, demonstrando seu compromisso em, no tratamento da água de
consumo humano, respeitar a dosagem máxima permitida e informada pelo
fornecedor de cada produto químico.
O limite da concentração de impurezas nestes produtos destina-se a assegurar que a
contribuição total de uma única impureza, de todas as fontes potenciais no sistema de
tratamento e distribuição de água potável, esteja dentro dos limites de concentração
aceitáveis. De acordo com a norma ABNT NBR 15784, um produto não pode introduzir na
água nenhuma impureza que exceda 10% do valor máximo permitido em relação à
concentração na água de consumo humano. Esta concentração é estabelecida pela
Portaria n° 2914/11 do Ministério da Saúde.
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Desta forma, para atender minimamente o que a Portaria de potabilidade exige, as
empresas de saneamento devem exigir, junto aos fornecedores, o laudo de atendimento
dos requisitos de saúde (LARS) estabelecido na norma técnica da ABNT NBR 15784,
para o controle de qualidade dos produtos químicos utilizados no tratamento de água.
Para isso, o fornecedor do produto químico deve apresentar um plano de estudo para
cada produto, nele contendo os analitos químicos específicos, bem como qualquer outro
analito1 dependente da formulação do produto, do processo de fabricação e das matérias-
primas empregadas.
Com isto, fica estabelecida a dosagem máxima de uso (DMU) de cada produto. Além
deste relatório detalhado de possíveis contaminantes, as empresas de saneamento
devem realizar o monitoramento de seus fornecedores, criando laboratórios próprios para
a avaliação de cumprimento às exigências contratuais, estabelecendo sanções para
casos não conformidades.
É importante também realizar auditorias periódicas para a avaliação do desempenho do
fornecedor.
Para garantir o controle da qualidade, os fornecedores destes produtos devem seguir
normas elaboradas por entidades de reconhecida competência técnica. Portanto, é de
suma importância conhecer todo o processo produtivo, desde seus principais e mais
importantes insumos, controles de qualidade, assim como todos os equipamentos
utilizados para sua fabricação. É necessário ter garantias de que o produto químico
fornecido atende às especificações técnicas e não produzirão nenhum dano à saúde da
população atendida, quando aplicado no tratamento de água, o que nos é permitido
acertada e oportunamente pelo inciso II do Art. 30 da Lei 8666/93 e inciso VII do Art. 4 da
Lei 10520/02.
1 analito é uma substância ou componente químico, em uma amostra, que é alvo de análise em um ensaio.
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2.A.5.1. O MONITORAMENTO DA NBR 15784 NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do
operador:
Todos os produtos químicos utilizados no tratamento da água são
controlados conforme a NBR 15784?
São enviados à CVS anualmente o DECLAS conforme determina a NI 157?
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “2.A.9.
DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
2.A.6. MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA
Do ponto de vista da qualidade, a água pode ser analisada sob duas perspectivas: a água
bruta que compõe os corpos d’água, como rios e lagos; e a distribuída às populações
após tratamento.
Qualidade da água é um atributo dinâmico no tempo e no espaço. Assim, sob a ótica da
avaliação de riscos, a vigilância da qualidade da água para consumo humano requer uma
visão sistêmica, que perceba a dinâmica da qualidade da água desde o manancial até aos
pontos de consumo.
A qualidade da água bruta varia de forma sazonal, de acordo com as estações do ano;
além disso, é fortemente influenciada pela dinâmica de uso e ocupação do solo na
respectiva bacia.
É fundamental que se identifiquem e monitorem fatores potenciais de risco, os quais
podem comprometer a potabilidade da água.
A Portaria n° 2914/11 determina em seu Art. 40,
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“os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas ou
soluções alternativas coletivas de abastecimento de água para
consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo,
devem coletar amostras semestrais da água bruta, no ponto de
captação, para análise de acordo com os parâmetros exigidos nas
legislações específicas, com a finalidade de avaliação de risco à
saúde humana”.
As legislações específicas mencionadas são a Resolução Conama 396/08, no caso da
captação de água de manancial subterrâneo e a Resolução Conama 357/05, no caso da
captação de água de manancial superficial. As análises são exigidas para avaliar a
compatibilidade da técnica de tratamento com a qualidade da água a ser utilizada e
avaliar os riscos à saúde associados ao uso dessa água para consumo humano.
No Art. 13 descreve que ao operador do sistema compete
“garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao
abastecimento de água potável em conformidade com as normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das
demais normas pertinentes”.
Os critérios de avaliação da qualidade da água bruta e sua tratabilidade ou adequação
para abastecimento para consumo humano são encontrados na norma NBR 12216 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (Projeto de Estação de Tratamento para
Abastecimento Público).
No mesmo Art. 13 da Portaria n° 2914/11 está descrito que cabe ao operador do sistema
de abastecimento de água “manter e controlar a qualidade da água produzida e
distribuída, por meio de controle operacional do(s) ponto(s) de captação, adução,
tratamento, reservação e distribuição, quando aplicável”.
A Portaria n° 2914/11, também determina ainda monitoramentos específicos na água
bruta de mananciais superficiais, sob certos critérios, entre outros;
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Clorofila-a, como indicador de potencial aumento da densidade de
cianobactérias;
Gêneros de cianobactérias, geradoras potenciais de toxinas na água bruta;
Escherichia coli e monitoramento de protozoários.
Ainda no Art. 13, a Portaria define que o plano de amostragem para agrotóxicos deverá
considerar a avaliação dos usos da bacia hidrográfica do manancial de contribuição, bem
como a sazonalidade das culturas.
A Portaria n° 2914/11 dispensa as análises na rede de distribuição quando o parâmetro
não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias
que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição.
Observação: apesar de existir legislação definida para a qualidade de água bruta de
manancial subterrâneo, a instrução técnica DPO 006/12 do DAEE tem como referência
para obtenção de outorga somente os parâmetros da Portaria n° 2914/11.
2.A.6.1. O MONITORAMENTO DA ÁGUA BRUTA NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do
operador:
São atendidos os itens de monitoramento de água bruta conforme os Art.
31 §1 e §2, Art. 33 §2, Art. 40 e Art. 37 §3 e §4 da Portaria n° 2914/11.
Há alterações de qualidade da água no ponto de captação que
comprometa a tratabilidade, passíveis de que sejam comunicados aos
órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao órgão de
saúde pública, conforme determina o Art.13, VIII, da Portaria n° 2914/11.
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido no item “2.A.9.
DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA
ARSESP”.
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- 31 -
2.A.7. DECRETO 5440/05
O Decreto n.º 5440/05 é o resultado de processo iniciado no ano 2000, quando a nova
Portaria MS 518/04 trouxe como avanços, entre outros, a definição clara de deveres e
responsabilidades de cada esfera de governo e dos responsáveis pela produção e
distribuição de água e, principalmente, a garantia ao consumidor do direito à informação
sobre a qualidade da água a ele fornecida, seja pelos sistemas e soluções alternativas de
abastecimento de água, seja pelo setor saúde.
Entidades de consumidores, entre elas o IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor passaram a reivindicar informações claras sobre a qualidade da água.
Também havia falta de entendimento por parte do próprio setor saúde, na aplicação da
legislação, no que se relacionava à informação ao consumidor.
O Decreto regulamenta, especificamente, a informação relativa à qualidade da água ao
consumidor. Mas também, aproximam consumidores, setor saúde e responsáveis por
sistemas, estabelecendo definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da
água de sistemas de abastecimento e instituindo mecanismos e instrumentos para
divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo
humano. Além disto, cria mecanismos de educação para o consumo e contribui para o
consumo responsável, pressupostos estabelecidos ainda na gestação do processo.
Os princípios norteadores do Decreto são a transparência e a garantia do controle social.
Portanto, é necessário que a informação seja efetiva, isto é, o consumidor deve ser capaz
de entender, apropriar-se da mesma e tornar-se um agente de transformação, seja em
relação aos seus próprios hábitos, nos cuidados com a saúde e com o meio ambiente,
seja interferindo nas políticas públicas. Com base nestes princípios, a informação
prestada ao consumidor deve ser:
Verdadeira e comprovável – deve ser resultado de processos sistematizados
de registro de dados fáticos, técnicos e científicos, que dão sustentação à essa
informação e permitem a sua verificação.
Ser precisa, clara, correta, de fácil percepção e de fácil compreensão,
especialmente quanto aos aspectos que impliquem situações de não
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potabilidade da água, de risco à saúde ou uso condicional da água – ou seja,
deve ser prestada da forma mais completa possível, principalmente em
situações que envolvam risco. Deve ficar muito claro para o consumidor quais
procedimentos adotar, com orientações para o uso condicional da água ou, se
for o caso, para a utilização de outras fontes seguras de água, até que o
problema seja solucionado.
Ter caráter educativo - promover o uso racional da água e proporcionar o
entendimento da relação entre a sua qualidade e a saúde da população, na
medida em que o consumidor também tem responsabilidades em relação à
qualidade da água recebida. As informações que lhe são prestadas objetivam
promover um processo de mudança de conceitos e práticas, que resulte na
adoção de um modelo de consumo sustentável.
Também determina que “Os órgãos e as entidades dos Estados, Municípios, Distrito
Federal e Territórios e demais pessoas jurídicas, às quais este Decreto se aplica, deverão
enviar as informações aos consumidores sobre a qualidade da água:
I - informações mensais na conta de água:
Divulgação dos locais, formas de acesso e contatos por meio dos quais as
informações estarão disponíveis;
Orientação sobre os cuidados necessários em situações de risco à saúde;
Resumo mensal dos resultados das análises referentes aos parâmetros
básicos de qualidade da água;
Características e problemas do manancial que causem riscos à saúde e alerta
sobre os possíveis danos a que estão sujeitos os consumidores, especialmente
crianças, idosos e pacientes de hemodiálise, orientando sobre as precauções e
medidas corretivas necessárias.
Parâmetros Básicos: O resumo mensal apresentado na conta de água, embora não seja
suficiente para atestar a potabilidade da água - pois para tanto seria necessário a análise
de todos os parâmetros exigidos pela Portaria- deve mostrar ao consumidor um panorama
sobre a qualidade da água que lhe é fornecida. Entende-se por parâmetros básicos,
aqueles que são realizados na rotina operacional do tratamento e distribuição de água,
que são: bacteriologia (Coliformes totais e termotolerantes), turbidez, cor aparente, cloro
residual livre e flúor. Recomenda-se informar, ainda, resultados das análises de odor e
sabor, que são os parâmetros mais sensíveis ao consumidor. O anexo A, ao final deste
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- 33 -
capítulo, mostra um quadro que representa uma forma apropriada de atendimento ao
exposto.
II - relatório anual (até quinze de março de cada ano), com, no mínimo, as seguintes
informações:
Transcrição dos Art. 6º, inciso III, e Art.31 do Código de Defesa do
Consumidor, e referência às obrigações dos responsáveis pela operação do
sistema de abastecimento de água, estabelecidas em norma do Ministério da
Saúde e demais legislações aplicáveis;
Razão social ou denominação da empresa ou entidade responsável pelo
abastecimento de água, endereço e telefone;
Nome do responsável legal pela empresa ou entidade;
Indicação do setor de atendimento ao consumidor;
Órgão responsável pela vigilância da qualidade da água para consumo
humano, endereço e telefone;
Locais de divulgação dos dados e informações complementares sobre
qualidade da água;
Identificação dos mananciais de abastecimento, descrição das suas
condições, informações dos mecanismos e níveis de proteção existentes,
qualidade dos mananciais, fontes de contaminação, órgão responsável pelo
seu monitoramento e, quando couber, identificação da sua respectiva bacia
hidrográfica;
Descrição simplificada dos processos de tratamento e distribuição da água e
dos sistemas isolados e integrados, indicando o município e a unidade de
informação abastecida;
Resumo dos resultados das análises da qualidade da água distribuída para
cada unidade de informação, discriminados mês a mês, mencionando por
parâmetro analisado o valor máximo permitido, o número de amostras
realizadas, o número de amostras anômalas detectadas, o número de
amostras em conformidade com o plano de amostragem estabelecido em
norma do Ministério da Saúde e as medidas adotadas face às anomalias
verificadas; e
Particularidades próprias da água do manancial ou do sistema de
abastecimento, como presença de algas com potencial tóxico, ocorrência de
flúor natural no aquífero subterrâneo, ocorrência sistemática de agrotóxicos no
manancial, intermitência, dentre outras, e as ações corretivas e preventivas que
estão sendo adotadas para a sua regularização”.
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O relatório anual deverá contemplar todos os parâmetros analisados com frequência
trimestral e semestral que estejam em desacordo com os padrões estabelecidos pelo
Ministério da Saúde, seguido da expressão: "FORA DOS PADRÕES DE
POTABILIDADE".
O consumidor também deverá ser informado caso não sejam realizadas as análises dos
parâmetros referidos.
A conta mensal e o relatório anual deverão trazer esclarecimentos quanto ao significado
dos parâmetros neles mencionados, em linguagem acessível ao consumidor, e devem ser
encaminhados a cada ligação predial.
O Decreto 5440/05 introduz o conceito de Unidade de Informação como “Área de
abrangência do fornecimento de água pelo sistema de abastecimento”, ou seja, que
delimita a área para qual a informação deve ser prestada da forma mais próxima da
realidade possível. Sempre que houver um sistema isolado, a informação fornecida ao
consumidor deverá referir-se somente aos dados daquele sistema.
Para um sistema integrado, a delimitação das unidades de informação está vinculada a
áreas ou setores de abastecimento. Sendo assim, dentro de um sistema integrado podem
existir diversas unidades de informação, desde que a origem da água possa ser
identificada. Caso uma determinada área seja abastecida por mais de um sistema, que se
misturam e que, por sua natureza, seja impossível diferenciar os setores de
abastecimento em função da origem da água, haverá apenas uma unidade de informação
(Sistema integrado do Município B). Neste caso, o consumidor deverá receber
informações referentes às diferentes origens da água que chega à sua casa.
A Portaria n° 2914/11 explicita, em seu Parágrafo 12, inciso V, que compete às
Secretarias de Saúde dos Municípios garantir informações à população sobre a qualidade
da água para consumo humano e os riscos à saúde associados, de acordo com
mecanismos e os instrumentos disciplinados no Decreto 5440/05;
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Anexo A
2914
2914
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2.A.7.1. O MONITORAMENTO DO DECRETO 5440/05 NA ARSESP
A fiscalização será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do operador
de que atende aos itens mensais e anuais descritos no Decreto 5440/05.
As informações mensais e anuais de qualidade estão sendo repassadas
ao consumidor
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, que será definido em “2.A.9. DESCRIÇÃO
DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA ARSESP”.
2.A.8. CAPACITAÇÃO DE OPERADORES
Capacitação e Atualização técnica de Operadores
Locais como, “Estação de Tratamento de Água”, são fundamentais para a saúde pública
das grandes cidades. Um operador de estação de tratamento de água é responsável por
todas as funções operacionais das ETA’s, garantindo que a água que passar por ali
chegará potável nas casas dos consumidores. E que a operação não causará maiores
danos ao meio ambiente.
Entre as diversas atribuições do operador de estação de tratamento de água estão o
controle das operações unitárias inerentes ao processo de tratamento, que envolve o
manuseio do maquinário específico das estações, além do controle de qualidade do
processo que envolvem análises físico químicas, etc.
É imprescindível conhecimentos dos produtos utilizados para tratamento objetivando
preparo de soluções e dos reagentes utilizados. Conhecimentos básicos para preparação
de soluções químicas em geral. Fases de tratamento de água. Análise de controle: pH,
sólidos residuais, oxigênio dissolvido (OD). Fluoretos, cloro residual livre e combinado,
íons metálicos, etc.
A Portaria n° 2914/11, em seu Art. 13, determina:
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“Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa
coletiva de abastecimento de água para consumo humano:
d) capacitação e atualização técnica de todos os profissionais que
atuam de forma direta no fornecimento e controle da qualidade da
água para consumo humano”.
A capacitação consiste na preparação do funcionário para realização das tarefas
inerentes ao cargo, na atualização, complementação e/ou ampliação das competências
necessárias à atuação no contexto dos processos ao qual a pessoa se vincula. É tornar
as pessoas habilitadas e qualificadas para determinado trabalho.
O treinamento de capacitação é orientado para o presente com foco no cargo atual e
busca melhorar aquelas habilidades e capacidades com o desempenho imediato do
cargo.
O treinamento tem como finalidade melhorar o desenvolvimento profissional do ser
humano na sua organização e no desempenho das suas funções, além de ser o processo
que visa à preparação e ao aperfeiçoamento das habilidades e dos conhecimentos dos
funcionários de uma organização.
O treinamento torna-se algo maior que apenas cursos, seminários e outras atividades
desenvolvidas externas ao negócio. É um projeto de renovação permanente da empresa,
pois nenhuma organização consegue manter um excelente nível de produção e interação
com o cliente, sem que haja em seu quadro, profissionais preparados e qualificados.
Basicamente a implantação de um programa de treinamento busca ao aumento da
capacitação técnica dos operadores de ETA’s, de forma a aperfeiçoar a atuação de forma
eficaz e segura e a padronização das operações, independentemente do turno de
trabalho.
Nos últimos anos, em seus concursos públicos, os grandes operadores de sistemas de
abastecimento de água vêm exigindo dos candidatos a operadores de ETA’s a
NT.S-0033-2017
- 38 -
escolaridade mínima definida como nível médio. Mais especificamente o nível Técnico
Químico, ou seja, possuidor de CRQ.
Por sua vez, o CRQ vem exigindo mais recentemente que os operadores de ETA’s
tenham como escolaridade mínima, o nível técnico químico.
2.A.8.1. O MONITORAMENTO DA CAPACITAÇÃO DOS OPERADORES NA ARSESP
Devido ao disposto nos dois parágrafos anteriores definiu-se que a fiscalização deste item
será feita anualmente por formulário contendo uma declaração do operador de que todos
os operadores de ETA’s e/ou poços estão capacitados para a função e para isto
receberam treinamento específico:
Todos os operadores de ETA’s e poços possuem CRQ.
Todos os operadores de ETA’s e poços possuem certificado de
treinamento para atividade.
O tipo de controle será binário: sim ou não (atende/não atende).
Deseja-se que existam tantos certificados quanto os operadores atuantes nos sistemas.
Poderá ser agregada ainda, posteriormente, a reciclagem - definida na Portaria como
atualização técnica.
Esta avaliação fará parte de um controle anual, chamado de Requisitos Operacionais,
juntamente com outros quesitos de verificação, descrito a seguir.
2.A.9. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS NA ARSESP
É preciso ressaltar que a ARSESP tem contrato com perto de 300 municípios, alguns com
muitos sistemas produtores.
Isto posto, pode-se antever um elevado número de informações recebidas e que deverão
ser tratadas e compiladas em uma forma simples de apontar as anomalias encontradas.
NT.S-0033-2017
- 39 -
Por esta razão, devemos considerar que este tratamento de dados seja executado por um
software que receberá os inputs, armazenaria as informações e emitiria um extrato
resumido contendo o município, o sistema e as anomalias encontradas.
O monitoramento será efetuado anualmente e por cada sistema através de formulário
definido pela ARSESP e enviado a cada ano pelo operador em data a ser estipulada.
Neste formulário, haverá a identificação do sistema e do responsável pelas informações,
além, é claro, das informações pertinentes a cada item.
O desejável é que para cada sistema todos os itens sejam atendidos. Cada item não
entregue ou desconforme gera uma anomalia.
Não haverá, portanto o cálculo de um indicador que resuma tudo em um único numeral.
Seguem a sugestão de formulário de controle dos “Requisitos Operacionais” na ARSESP.
As figuras que seguem mostram o formulário hipotético para um Sistema SEM
ANOMALIAS
NT.S-0033-2017
- 40 -
Resumo extraído pelo software
Nº SNIS
353475
SISTEMA MANANCIAL FUNCION. MD (h/dia)
Alfa SUPERFICIAL 18
CPF
000.000.000-XX
SIM
2018
999
998
SIM
2020
SIM
217
278
333
AS ANÁLISES DE TODOS OS PARÂMETROS DO ANEXO
XII E XIII (RESERVATÓRIO E REDES) DA 2914 SÃO
EXECUTADAS POR LABORATÓRIO ACREDITADO PELO
INMETRO
CRL DO LABORATÓRIO
CRL DO LABORATÓRIO
CRL DO LABORATÓRIO
MUNICÍPIO
Ouroeste
LICENÇA DE OPERAÇÃO
OUTORGA
ACREDITAÇÃO INMETRO LABORATÓRIOS
LO DO SISTEMA FOI EXPEDIDA PELA CETESB E ESTÁ
DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE
EXISTÊNCIA DA OUTORGA DA CAPTAÇÃO EXPEDIDA
PELO DAEE
ANO DE VALIDADE DA LO
ANO DE VALIDADE DA OUTORGA
VAZÃO OUTORGADA (m³/h)
VAZÃO MÉDIA CAPTADA (m³/h)
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES
NOME
JOSÉ SANTOS DA SILVA
MUNICÍPIO OUROESTE 353475
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES JOSÉ SANTOS DA SILVA 000.000.000-XX
CARGO Gerente UN sul
ANO BASE 2017
SISTEMA ALFA 0000001
VAZÃO OUTORGADA 999
VAZÃO DE TRATAMENTO 998
VALIDADE DAOUTORGA 2018
VALIDADE DA LO 2020
HORAS FUNCIONAMENTO MÉDIA 18
CRL LABORATÓRIOS 217; 278 ;333
PARAMETRO > VMP A.T SIM
REQUISISTOS OPERACIONAIS
ITENS COM ANOMALIAS
NENHUM
OUTRAS INFORMAÇÕES
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
ABNT 15784
PLANO DE AMOSTRAGEM
O PLANO DE AMOSTRAGEM FOI APRESENTADO E
APROVADO PELA VISA.
TODAS AS ANÁLISES DETERMINADAS NO PLANO DE
AMOSTRAGEM ESTÃO SENDO CUMPRIDAS E
RESULTADOS ENVIADOS À VISA.
ENTRE OS ITENS APRESENTADOS NO PLANO DE
AMOSTRAGEM NENHUM SE ENCONTRA ACIMA DO
VMP PELA PORTARIA 2914
TREINAMENTO DE OPERADORES
TODOS OS OPERADORES DE ETAs E POÇOS POSSUEM
CERTIFICADO DE TREINAMENTO
TODOS OS OPERADORES DE ETAs E POÇOS POSSUEM
CRQ
A QUALIDADE NA CAPTAÇÃO NÃO APRESENTA
ALTERAÇÕES QUE COMPROMETAM A TRATABILIDADE
WUE NECESSITEM DE SEJAM COMUNICADOS AOS
ÓRGÃOS AMBIENTAIS, DE RECURSOS HÍDRICOS E DE
SAÚDE PÚBLICA, CONFORME ART.13, VIII, DA
PORTARIA 2914/MS
UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
CONTROLADOS SEGUNDO OS QUESITOS DA NBR
15784
INFORMAÇÕES PERTINENTES SÃO ENVIADAS À VISA
SEGUNDO NI 157
MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA
CUMPRIMENTO DO MONITORAMENTO DE ÁGUA
BRUTA DETERMINADO PELA PORTARIA 2914/MS: Art.
31 §1 e §2 , Art. 33 §2, Art. 40 e Art 37 §3 e §4.
DECRETO 5440
CUMPRIMENTO COM AS EXIGENCIAS DO DECRETO
5440
NT.S-0033-2017
- 41 -
As figuras seguintes mostram o formulário hipotético para um Sistema COM
ANOMALIAS no Plano de Amostragem (entregue e cumprido) à CVS.
Resumo do sistema emitido pelo software apontando a anomalia
Nº SNIS
353475
SISTEMA MANANCIAL FUNCION. MD (h/dia)
Alfa SUPERFICIAL 18
CPF
000.000.000-XX
SIM
2018
999
998
SIM
2020
SIM
217
278
333
AS ANÁLISES DE TODOS OS PARÂMETROS DO ANEXO
XII E XIII (RESERVATÓRIO E REDES) DA 2914 SÃO
EXECUTADAS POR LABORATÓRIO ACREDITADO PELO
INMETRO
CRL DO LABORATÓRIO
CRL DO LABORATÓRIO
CRL DO LABORATÓRIO
MUNICÍPIO
Ouroeste
LICENÇA DE OPERAÇÃO
OUTORGA
ACREDITAÇÃO INMETRO LABORATÓRIOS
LO DO SISTEMA FOI EXPEDIDA PELA CETESB E ESTÁ
DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE
EXISTÊNCIA DA OUTORGA DA CAPTAÇÃO EXPEDIDA
PELO DAEE
ANO DE VALIDADE DA LO
ANO DE VALIDADE DA OUTORGA
VAZÃO OUTORGADA (m³/h)
VAZÃO MÉDIA CAPTADA (m³/h)
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES
NOME
JOSÉ SANTOS DA SILVA
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
ABNT 15784
PLANO DE AMOSTRAGEM
O PLANO DE AMOSTRAGEM FOI APRESENTADO E
APROVADO PELA VISA.
TODAS AS ANÁLISES DETERMINADAS NO PLANO DE
AMOSTRAGEM ESTÃO SENDO CUMPRIDAS E
RESULTADOS ENVIADOS À VISA.
ENTRE OS ITENS APRESENTADOS NO PLANO DE
AMOSTRAGEM NENHUM SE ENCONTRA ACIMA DO
VMP PELA PORTARIA 2914
TREINAMENTO DE OPERADORES
TODOS OS OPERADORES DE ETAs E POÇOS POSSUEM
CERTIFICADO DE TREINAMENTO
TODOS OS OPERADORES DE ETAs E POÇOS POSSUEM
CRQ
A QUALIDADE NA CAPTAÇÃO NÃO APRESENTA
ALTERAÇÕES QUE COMPROMETAM A TRATABILIDADE
WUE NECESSITEM DE SEJAM COMUNICADOS AOS
ÓRGÃOS AMBIENTAIS, DE RECURSOS HÍDRICOS E DE
SAÚDE PÚBLICA, CONFORME ART.13, VIII, DA
PORTARIA 2914/MS
UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
CONTROLADOS SEGUNDO OS QUESITOS DA NBR
15784
INFORMAÇÕES PERTINENTES SÃO ENVIADAS À VISA
SEGUNDO NI 157
MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA
CUMPRIMENTO DO MONITORAMENTO DE ÁGUA
BRUTA DETERMINADO PELA PORTARIA 2914/MS: Art.
31 §1 e §2 , Art. 33 §2, Art. 40 e Art 37 §3 e §4.
DECRETO 5440
CUMPRIMENTO COM AS EXIGENCIAS DO DECRETO
5440
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Os resumos das informações dispostas no formulário serão extraídos anualmente, tão
logo nos sejam repassadas pelo operador (mês de março do ano subsequente, por
exemplo).
Haverá também a possiblidade de extração, por meio do software, de um relatório
gerencial, com uma listagem somente dos municípios/sistemas que declararem
irregularidades.
Para estes municípios haverá uma ação da ARSESP junto ao operador, em busca das
justificativas e cobranças para o enquadramento, além de comunicação ao(s) órgãos
competentes quando cabíveis.
Por outro lado, para os sistemas que não apresentaram anomalias, ou seja, todos os itens
atendem às solicitações, haverá uma fiscalização da ARSESP, por amostragem, descrito
a seguir.
2.A.10. FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
Uma verificação por amostragem será feita para comprovar a veracidade das informações
prestadas pelo operador.
Serão pedidos documentos físicos, com data de apresentação estipulada, que
comprovem a veracidade das informações prestadas.
VAZÃO OUTORGADA (m³/h) 999
VAZÃO DE TRATAMENTO (m³/h) 998
VALIDADE DA OUTORGA 2018
VALIDADE DA LO 2020
HORAS FUNCIONAMENTO MÉDIA 18
CRL LABORATÓRIOS 217; 278 ;333
PARAMETRO > VMP A.T. SIM
REQUISISTOS OPERACIONAIS
ANOMALIAS ENCONTRADAS
AMOSTRAGEM;
OUTRAS INFORMAÇÕES
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A amostragem será efetuada em 30% (a definir), dos sistemas que não declararam
anomalias, e deverá ser distribuída uniformemente entre regiões, unidades de negócios,
etc. Eventualmente, a fiscalização da ARSESP poderá direcionar esta amostragem para
sistemas/municípios, onde se detectou algum indício de anomalia no momento da vistoria
física periódica.
2.A.11. RESUMO DO MONITORAMENTO ANUAL DE “REQUISITOS OPERACIONAIS”
Os oito itens escolhidos, bem como seus tipos de controle, unidade de monitoramento
como também a forma de verificação, estão resumidos no quadro a seguir:
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Nº ITEM FREQUENCIA TIPO DE CONTROLEUNIDADE DE
MONITORAMENTOFORMA DE VERIFICAÇÃO
1 OUTORGA ANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR CONFIRMANDO A EXISTENCIA DA
OUTORGA, CONTENDO O PRAZO DE
VALIDADE, VAZÃO OUTORGADA E VAZÃO
MÉDIA CAPTADA
SISTEMA
# SE OPERADOR DECLARA IRREGULARIDADE
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO
# SE OPERADOR ATESTA REGULARIDADE
ARSESP FAZ FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
2 LO ANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR CONFIRMANDO A EXISTENCIA DE
LO, CONTENDO O PRAZO DE VALIDADE ETA
# SE OPERADOR DECLARA IRREGULARIDADE
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO
# SE OPERADOR ATESTA REGULARIDADE
ARSESP FAZ FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
3
ACREDITAÇÃO
INMETRO
LABORATÓRIOS
ANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE AS ANÁLISES DE
TODOS OS PARÂMETROS DO ANEXO XII E XIII
(RESERVATÓRIO E REDES) DA 2914 SÃO
EXECUTADAS POR LABORATÓRIO
ACREDITADO PELO INMETRO INFORMANDO
O CRL DO(S) LABORATÓRIOS
SISTEMA
COM O NÚMERO DO CRL DO LABORATÓRIO É
POSSÍVEL CONSTATAR OS PARÂMETROS
ACREDITADOS NO SITE DO INMETRO.
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE O PLANO DE
AMOSTRAGEM FOI APRESENTADO E
APROVADO PELO CVS E TODAS AS ANÁLISES
DETERMINADAS NO PLANO ESTÃO SENDO
CUMPRIDAS E INSERIDAS NO SISAGUA.
# VERIFICAÇÃO POR AMOSTRAGEM NO SITE
DO SISÁGUA DA VERACIDADE.
DECLARAÇÃO SOBRE A EXISTENCIA DE
ALGUM ITEM EM QUE O VMP NÃO ATENDE À
2914
# EM CASO DE DECLARAÇÃO DE ITEM EM
DESCONFORMIDADE ARSESP INFORMA AO
CVS. CONFORME O CONTRATO DE
COOPERAÇÃO O CVS PODE PEDIR À ARSESP
UMA VERIFICAÇÃO DO PROCESSO
5 ABNT 15784 ANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE UTILIZA
PRODUTOS QUÍMICOS CONTROLADOS
SEGUNDO OS QUESITOS DA NBR 15784 E (NI
157), ENVIANDO AS INFORMAÇÕES
PERTINENTES AO CVS.
SISTEMA
# SE OPERADOR DECLARA IRREGULARIDADE
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO
# SE OPERADOR ATESTA REGULARIDADE
ARSESP FAZ FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
PEDINDO A "DECLAS"
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE CUMPRE COM
O MONITORAMENTO DE ÁGUA BRUTA
DETERMINADO PELA PORTARIA EM SEUS
ITENS E ARTIGOS: Art. 31 §1 e §2 , Art. 33 §2,
Art. 40 e Art. 37 §3 e §4.
SISTEMA
# SE OPERADOR DECLARA DESCUMPRIMENTO
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO E COMUNICA
AO CVS.
FORMULARIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR SE HÁ ALTERAÇÕES DE
QUALIDADE DA ÁGUA NO PONTO DE
CAPTAÇÃO QUE COMPROMETA A
TRATABILIDADE, PASSÍVEIS DE QUE SEJAM
COMUNICADOS AOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS,
AOS GESTORES DE RECURSOS HÍDRICOS E AO
ÓRGÃO DE SAÚDE PÚBLICA, CONFORME
DETERMINA O ART.13, VIII , DA PORTARIA
2914/MS
SISTEMA
# SE OPERADOR DECLARA DESCUMPRIMENTO
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO E COMUNICA
AO CVS.
7 DECRETO 5440 *2 ANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE CUMPRE COM
AS EXIGÊNCIAS DO DECRETO 5440, EM SUAS
EXIGÊNCIA MENSAI E ANUAIS
SISTEMA/
UNIDADE DE
INFORMAÇÃO
# SE OPERADOR DECLARA IRREGULARIDADE
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO
# SE OPERADOR ATESTA REGULARIDADE
ARSESP FAZ FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
NO SITE DO OPERADOR
8TREINAMENTO DE
OPERADORESANUAL
FORMULÁRIO COM DECLARAÇÃO DO
OPERADOR ATESTANDO QUE TODOS OS
OPERADORES DE ETA OU DE POÇO POSSUEM
TREINAMENTO ESPECIFICO ESTANDO
CAPACITADOS PARA A FUNÇÃO E
REGISTRADOS NO CRQ
SISTEMA
# SE OPERADOR DECLARA IRREGULARIDADE
ARSESP PEDE A REGULARIZAÇÃO
# SE OPERADOR ATESTA REGULARIDADE
ARSESP FAZ FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
PEDINDO O CERTIFICADO DE TREINAMENTO E
O Nº DE REGISTRO CRQ
*1 ENTREGUE, APROVADO E CUMPRIDO
*2 AS EXIG. MENSAIS SERÁO COMPROVADAS ANUALMENTE
SISTEMA/ UNIDADE
DE INFORMAÇÃO
6MONITORAMENTO
DE ÁGUA BRUTAANUAL
PLANO DE
AMOSTRAGEM *1 ANUAL4
NT.S-0033-2017
- 45 -
2.B. CONTROLE DO PROCESSO DE TRATAMENTO
A Portaria n° 2914/11, em seus anexos XII e XIII, define os parâmetros, bem como
quantidade de amostras e frequências, a serem controlados na saída do processo de
tratamento para cada tipo de manancial: superficial e subterrâneo.
Considerando que este pilar da metodologia proposta, terá monitoramento mensal, entre
os parâmetros constantes nos anexos citados, elencaram-se aqueles em que a Portaria
n° 2914/11 requisita frequência maior que UMA análise mensal.
Parâmetros Básicos:
Turbidez (NTU)
Cor (UC)
Fluoretos (F-)
Cloro Residual Livre (CRL)
Bacteriológico (Coliformes)
Além disso, em “Comentários sobre o Decreto Presidencial 5440/05 - Subsídios para
implementação”, publicação conjunta dos Ministérios da Saúde, Justiça, Cidades e Meio
Ambiente, de novembro de 2006, consta:
O resumo mensal apresentado na conta de água, embora não seja suficiente
para atestar a potabilidade da água Portaria n° 2914/11- deve mostrar ao
consumidor um panorama sobre a qualidade da água que lhe é fornecida.
O Decreto determina que o consumidor receba informações sobre parâmetros
básicos. Entende-se por parâmetros básicos, aqueles que são realizados na
rotina operacional do tratamento e distribuição de água, que são:
bacteriologia (Coliformes totais e termotolerantes), turbidez, cor aparente,
cloro residual livre e flúor.
É fato também que na rotina operacional diária das ETAS, estes sejam os parâmetros
controlados para garantir a eficiência do processo de clarificação e desinfecção.
Complementado e embasando a escolha destes Parâmetros básicos, poderiam ser
também denominados de “Parâmetros Operacionais”, pois são aqueles que normalmente
podem e devem ser controlados de forma contínua e sistematicamente durante o
NT.S-0033-2017
- 46 -
processo de tratamento da água para fins de consumo humano e, são normalmente
objetáveis na rede de distribuição.
A Turbidez, medida como Unidade Nefelométrica de Turbidez – NTU – Apesar de
representar um requisito estético na qualidade da água por ser visualmente perceptível,
também há de se considerar o aspecto sanitário da turbidez (associado à presença de
microrganismos), pois poderá interferir no processo de desinfecção da água pela proteção
física dos microrganismos do contato direto com os desinfetantes.
A Cor (aparente) é medida por Unidade de Cor – U.C. - A cor é um dado que indica a
presença de substâncias dissolvidas na água. A cor é um parâmetro de aspecto estético
de aceitação ou rejeição do produto. Pode ainda estar relacionada com a presença de
turbidez elevada.
O íon fluoreto (F-), medido em mg/L, pode estar presente de forma natural nas águas
superficiais e subterrâneas, embora mais incidente nesta última. A legislação estadual
exige um residual desejável no range de concentração 0,6 a 0,8 mg/l. Em águas brutas
com concentrações abaixo do limite mínimo deste range, haverá a necessidade de
fluoretação. Por outro lado, não se tolera concentrações além dos 0,8 mg/l, sob risco de
fluorose. Portanto é um item que deve ser rigorosamente controlado, mesmo porque é um
produto que na maioria das vezes está se inserindo ao tratamento, através da fluoretação.
A Portaria n° 2914/11 somente determina o controle de fluoretos na saída do tratamento,
dispensando amostragens na rede de distribuição.
O Cloro Residual Livre - CRL, medido em mg/L, é a quantidade de cloro disponível para
se manter um residual deste desinfetante em toda a extensão da rede, garantindo sua
proteção contra proliferação de microrganismos. O residual de cloro livre, CRL, é
resultante da quantidade de cloro dosado, subtraído da demanda consumida por
componentes da água bruta. Esta função deve ser constantemente controlada pelo
operador, garantindo na água tratada o range exigido pela 2914/11. A Portaria n° 2914/11
cita um residual mínimo a ser encontrado no ponto mais remoto da rede, para garantir a
inocuidade da rede e também um residual máximo, este último que pode resultar em
NT.S-0033-2017
- 47 -
sabor e odor repugnante (será constatado pelo consumidor e se persistente, vai gerar
reclamação).
O ensaio de COLIMETRIA (BAC) descrito em seguida, atesta a inocuidade da rede.
Porém o controle de residual de cloro - CRL - (juntamente com a baixa turbidez) é uma
verificação mais rápida e sua manutenção nos residuais definidos asseguram a ausência
de uma contaminação na saída do tratamento ou posteriormente na rede. Além disto, na
Portaria n° 2914/11, a frequência do controle do CRL na saída do tratamento é a cada 2
horas, enquanto que para as análises BAC, a frequência é de duas semanais. Desta
forma, o controle do residual de cloro é bem efetivo no sentido de controlar os riscos de
contaminação já durante o processo de tratamento.
BAC – O controle bacteriológico (BAC) de água de abastecimento está resumidamente
identificado pela Colimetria, que é a verificação de presença de coliformes. O grupo
coliforme é dividido em coliformes totais e coliformes termotolerantes ou fecais. Os
coliformes totais (CT) e termotolerantes (CTo) são os indicadores de contaminação mais
usados para monitorar a qualidade sanitária da água.
A presença de bactérias do grupo coliforme em água potável tem sido vista como um
indicador de contaminação fecal relacionado ao tratamento inadequado ou inabilidade de
manter o desinfetante residual na água distribuída.
A detecção de coliformes totais em amostras de águas não é necessariamente um
indicativo de contaminação fecal ou ocorrência de enteropatógenos.
A presença de coliformes totais em recursos hídricos deve ser interpretada de acordo com
o tipo de água. Naquela que sofreu desinfecção, os coliformes totais devem estar
ausentes.
A presença de coliformes termotolerantes em água e alimentos é menos representativa,
como indicação de contaminação fecal, do que a enumeração direta de E. coli, porém,
muito mais significativa do que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de
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E. coli dentro do grupo fecal. A ocorrência de E. coli é considerada um indicador
específico de contaminação fecal e a possível presença de patógenos entéricos.
A presença de coliformes termotolerantes em água potável é o melhor indicador de que
existe risco a saúde do consumidor.
De acordo com a Portaria n° 2914/11, Coliformes fecais como indicador de eficiência de
tratamento e E. Coli como indicador de contaminação fecal. Para ambos, o Valor Máximo
Permitido – VMP, pela referida Portaria é de ausência em alíquotas de 100 ml.
Desta forma, por ter sido considerado também um parâmetro básico pelo decreto 5440, e
com sua frequência requerida como mais do que uma análise mensal, será também um
dos itens de verificação de processo.
Então, entre os parâmetros que poderíamos considerar como operacionais foram
resumidos para apenas cinco como mais significativos: NTU, UC, F-, CRL e BAC para
medir o controle do processo de tratamento, respaldados pela exigência da própria
Portaria 2914/MS sobre a frequência mínima de várias análises mensais para seus
controles.
Outros parâmetros poderão ainda ser inseridos neste monitoramento, desde que seja
demonstrada nas fiscalizações periódicas in loco a sua real necessidade. Desta forma,
será necessário definir com o operador responsável a nova frequência de análises.
Entre eles podemos citar:
Concentrações de Ferro e Manganês - Fe e Mn, são medidos em mg/L - costumam estar
presentes nas águas brutas, tanto de mananciais subterrâneos quanto nos superficiais.
Seus efeitos na água de abastecimento são organolépticos, causando coloração elevada.
Podem ser removidos pelo tratamento convencional, ou, podem ser complexados de
modo que seus efeitos organolépticos não se tornem objetáveis. Para ambos, quando
complexados, a Portaria n° 2914/11 permite um acréscimo (limitado) do VMP.
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Além disto, o Fe assim com o alumínio – Al estão presentes nos coagulantes
normalmente utilizados no tratamento de águas superficiais. Por serem inseridos ao
tratamento, é obvio que devam ser controlados pelo operador. Invariavelmente são
observados residuais destes metais nas águas distribuídas, algumas vezes acima do
VMP. O Al pode ocasionar a re-floculação na rede e aumento da turbidez, entre outros.
A Portaria n° 2914/11 define como semestral a frequência para Fe, Mn e Al e ainda cita
“Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na
saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que
potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da
distribuição/tratamento”.
Porém, não há regra para o monitoramento destes metais em caso de suas presenças em
coagulantes.
Normalmente estes três parâmetros, Fe, Mn e Al, quando encontrados em concentrações
acima do VMP, são percebidos pela alteração de parâmetros organolépticos, na
aparência da água distribuída, causando Turbidez (NTU), Coloração (UC) e
eventualmente sabor. Entendemos que alterações na aparência, se persistentes, resultará
na imediata repulsa do consumidor, culminando em reclamações no SAU (Operador.
ARSESP, CVS).
Ou seja, estes parâmetros podem ser considerados como razoavelmente controlados
pelos consumidores. Mais controlados inclusive que se recebermos um laudo de um
ponto da rede com dois meses de atraso.
Os trihalometanos - THM são subprodutos resultantes do processo de cloração
(normalmente pré cloração), como resultante da ação de cloro com matéria orgânica
(ácidos húmicos e fúlvicos). Também é resultante de um processo controlável pelo
operador, havendo técnicas para isto. A Portaria n° 2914/11 determina a frequência
trimestral para manancial superficial e semestral/anual para mananciais subterrâneos
dependendo da população abastecida. Como sugestão para o controle deste parâmetro,
durante a fiscalização, poderia ser observada a prática de pré oxidação com cloro, e, se
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utilizada, poderia resultar no pedido de informações sobre sua presença na água
distribuída. A unidade de medição é µ/L.
2.B.1. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DO PROCESSO DE TRATAMENTO NA ARSESP
A ideia de criar um indicador que resumisse todos estes índices e parâmetros foi
descartada quando foi detectada a necessidade de saber o número de análises realizadas
para cada parâmetro. Além disso, percebeu-se que é necessário conhecer cada índice
individualmente, para não haver o risco de que um parâmetro muito bem controlado possa
“mascarar” um parâmetro muito fora de controle.
Desta forma, as informações solicitadas ao operador mensalmente, serão semelhantes
àquelas que o operador repassa anualmente ao SNIS.
A ARSESP receberia as informações mensais (dia 15 do mês seguinte, por exemplo),
através de formulário preenchido por representante identificado do operador.
Relação das informações a serem requeridas:
Quantidade de amostras para turbidez (analisadas) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para turbidez fora do padrão (Amostras/mês)
Quantidade mínima de amostras para turbidez (obrigatórias) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para cor (analisadas) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para cor fora do padrão (Amostras/mês)
Quantidade mínima de amostras para cor (obrigatórias) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para fluoretos (analisadas) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para fluoretos fora do padrão (Amostras/mês)
Quantidade mínima de amostras para fluoretos (obrigatórias) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para cloro residual livre (analisadas)
(Amostras/mês)
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Quantidade de amostras para cloro residual livre com resultados fora do
padrão (Amostras/mês)
Quantidade mínima de amostras para cloro residual livre (obrigatórias)
(Amostras/mês)
Quantidade de amostras para BAC (analisadas) (Amostras/mês)
Quantidade de amostras para BAC com resultados fora do padrão
(Amostras/mês)
Quantidade mínima de amostras para BAC (obrigatórias) (Amostras/mês)
Segue um exemplo do formulário proposto.
Nº SNIS
353475
Janeiro 2017
SISTEMA MANANCIAL FUNCION. MD ( h/dia)
ALFA SUPERFICIAL 24
CPF
000.000.000-XX
previstas analisadas conformes
360 300 300
previstas analisadas conformes
360 360 280
previstas analisadas conformes
360 340 330
previstas analisadas conformes
360 360 300
previstas analisadas conformes
24 20 20
previstas analisadas conformes
360 360 350
Reclam. Recebidas qul agua Reclamações efetivas maior incIdencia
250 5 Aspecto
MUNICÍPIO
Ouroeste
TURBIDEZ (Qtde de amostras na saída do tratamento)
COR (Qtde de amostras na saída do tratamento)
F- (Qtde de amostras na saída do tratamento)
RECLAMAÇÕES DE USUÁRIOS SOBRE QUALIDADE DE ÁGUA
BAC (Qtde de amostras na saída do tratamento)
XXX (Qtde de amostras na saída do tratamento)
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES
NOME
JOSÉ SANTOS DA SILVA
CRL (Qtde de amostras na saída do tratamento)
NT.S-0033-2017
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Com estas informações mensais, por cada sistema, serão extraídos para cada parâmetro
considerado, dois índices individuais e independentes:
Índice de atendimento à quantidade de amostras realizadas
De equação:
Índice de atendimento à qualidade sobre as amostras realizadas
De equação:
Será admitido um percentual de 5% de anomalias ao atendimento, para cada um dos
índices citados.
Este percentual é bastante utilizado na Portaria n° 2914/11 conforme mostram as figuras
seguintes:
qtde amostras analisadas
qtde de amostras previstas
Índice de
quantidade=
qtde amostras conformes ao VMP
qtde amostras analisadas
Índice de
qualidade=
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Ou ainda:
“§ 1º Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez
superiores ao VMP estabelecido no Anexo II a esta Portaria (...)”
“§ 2º Quando a média aritmética da concentração de oocistos de
Cryptosporidium spp (...) filtração rápida com valor de turbidez menor ou igual a
0,3 UT em 95% (...)”
Desta forma, as equações ficariam assim:
Então seriam criados: um índice de qualidade e outro de quantidade para cada um dos 5
parâmetros básicos eleitos.
Sempre que cada um destes índices não atingisse os 95% desejáveis seria contabilizado
uma anomalia. Ou seja, também seria um controle binário: “atende” ou “não atende” para
cada um dos 10 índices, que seriam medidos individualmente para cada sistema de
produção de água.
A figura seguinte mostra um exemplo de um resumo extraído (via software a ser
implantado), com as informações imputadas conforme formulário anterior.
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Com os valores imputados hipoteticamente, o software emitiria no relatório que o Sistema
ALFA, no Município Ouroeste, mostrando os parâmetros NTU; F-; e BAC não conformes
com relação à quantidade mínima de amostras, ou seja, o operador não realizou o
mínimo de amostras previstas pela Portaria 2914.
Semelhantemente, os parâmetros UC e CRL foram apontados como não conformes, pois
as amostras não cumpriram com o VMP determinado na Portaria n° 2914/11, ou seja, não
atendendo a qualidade da água produzida.
Lembrando que o formulário apresentado contempla um manancial superficial e que as
frequências e números de análises definidos pela Portaria n° 2914/11 são diferentes para
um manancial subterrâneo. Entretanto, a apresentação para manancial subterrâneo será
semelhante, ainda que devam atender as menores frequências e números de amostras
requisitados pela Portaria de Potabilidade.
Atentamos ainda que no cabeçalho do formulário, está inserida a informação sobre a
média de horas de funcionamento do sistema, conforme a figura.
SISTEMA ALFA ZERO
MUNICÍPIO Ouroeste 353475
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES JOSÉ SANTOS DA SILVA 000.000.000-XX
CARGO Gerente UN sul
DATA BASE Janeiro 2017
QUANTIDADE QUALIDADE OBS
NTU; F-; BAC; UC; CRL; QTDE COMPATÍVEL
CONTROLE DE PROCESSO
ANOMALIAS ENCONTRADAS
Nº SNIS
353475
Janeiro 2017
SISTEMA MANANCIAL FUNCION. MD ( h/dia)
ALFA SUPERFICIAL 24
CPF
000.000.000-XX
MUNICÍPIO
Ouroeste
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES
NOME
JOSÉ SANTOS DA SILVA
NT.S-0033-2017
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Esta informação é necessária para calcular a quantidade de amostras necessárias para
atender à Portaria n° 2914/11, para os sistemas providos de mananciais superficiais.
Para mananciais superficiais, a Portaria determina coletas de amostras a cada duas
horas para análises físico químicas dos parâmetros Cor, Turbidez, Fluoretos e Cloro
Residual Livre.
Para um sistema que funciona 24 horas/dia, para estes parâmetros, seriam necessárias
360 amostras (12/dia x 30dias).
Para sistemas que funcionam menos que 24 horas por dia, o número de amostras será
definido pela expressão: nº horas/2amostras X 30 dias. Por exemplo, para um sistema
que teve média de funcionamento de 18 horas por dia: 18/2X30 = 270 amostras.
Para os casos de manancial subterrâneo, esta regra não se aplica, porque a frequência
determinada pela Portaria n° 2914/11 é definida por número de amostras por semana, e é
pouco provável que algum sistema fique não operacional por este período.
Complementando este monitoramento, as Reclamações de Usuários, descrito mais
explicitamente adiante no item “2.C. PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS”, também auxiliará
sob a forma de traduzir a percepção do consumidor nas possíveis alterações
organolépticas de UC e NTU (além de gosto e odor) ocasionadas também pelos Fe, Al,
Mn, mas na rede de distribuição.
2.B.2. RELATÓRIO MENSAL DE ANOMALIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO
Tal qual relatado anteriormente, o grande número de informações geradas por este
processo de monitoramento deverá ser tratada por ferramenta que possibilitem sua boa
gestão e resultem em relatórios gerenciais conclusivos e que embasem uma atuação da
ARSESP.
Para o monitoramento do processo de tratamento em cada sistema, haveria ao menos
três informações para cada parâmetro a ser considerado no sistema de controle.
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Pode-se antever um elevado número de informações recebidas e que devem ser tratadas
e compiladas em uma forma simples de apontar as anomalias.
Por esta razão, devemos considerar que este tratamento de dados seja executado por um
software que iria armazenar as informações e emitiria um extrato contendo o Município,
sistema e as anomalias devidas as quantidades de amostras e as devidas àquelas que
suplantaram o VMP pela Portaria n° 2914/11.
Com esta ferramenta, haverá a possibilidade de Relatório Gerencias Mensais:
Por sistema.
Por município, englobando todos os sistemas de produção.
Por região ou unidade de negócio.
Por operador.
Por anomalias.
Merece destaque este último item, não mais importante que os demais, mas que
possibilitaria a visualização de uma listagem, com todos os sistemas com anomalias,
possibilitando uma ação de fiscalização mais efetiva e rápida da ARSESP, nestes casos e
locais.
2.B.3. FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM
Semelhantemente ao item “2.A.10. FISCALIZAÇÃO POR AMOSTRAGEM“, uma
verificação por amostragem será feita para comprovar a veracidade das informações
prestadas pelo operador.
A amostragem será efetuada em parte dos sistemas que não declararam anomalias
(30%por exemplo), e deverá ser distribuída uniformemente entre regiões, unidades de
negócios, etc. Eventualmente, a fiscalização da ARSESP poderá direcionar esta
amostragem para sistemas/municípios, onde se detectou algum indício de anomalia no
momento da vistoria física periódica.
Os dados apresentados também poderão ser comparados com aqueles informados ao
SISAGUA.
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Informações diferentes irá disparar ação da ARSESP, de pedido de justificativas pelo
operador e/ou ação conjunta com o órgão competente.
2.C. PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS
Entendemos que as reclamações de qualidade da água pelo consumidor serão sempre
originárias de fatores organolépticos: Cor, Turbidez, Aspecto, Gosto, Odor.
Elas também são um retrato fiel e em tempo real da água entregue ao consumidor e por
esta razão, complementa o protocolo usado em “Controle de Processo de Tratamento”.
Algumas das reclamações, como por exemplo, “água branca”, são improcedentes por se
tratar de ar dissolvido na água que se libera por pressão menor que aquela no interior das
tubulações.
2.C.1. RECLAMAÇÕES NOS SAU’s DOS OPERADORES
A ideia inicial é receber a informações do operador sobre todas as reclamações de
qualidade de água pelo consumidor, das reclamações verificadas por técnico e tidas como
procedentes e também conhecer qual reclamação tem maior procedência.
As informações recolhidas mensalmente do operador são:
Reclamações totais recebidas de qualidade de água
Reclamações efetivas de qualidade de água
Estas informações estão incorporadas ao formulário conforme demonstrado no item
“2.B.1. DESCRIÇÃO DO MONITORAMENTO DO PROCESSO DE TRATAMENTO NA
ARSESP.”
É provável que, verificando estes dados por poucos meses, não seja possível de traçar
uma linha de conduta. Porém, com alguns meses de histórico comparativo será possível
de verificar a evolução destas reclamações, tendências e suas persistências.
Se existir tendência de aumento ou persistência, o sistema será alvo de fiscalização
extraordinária da ARSESP.
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Da mesma forma, número de reclamações de qualidade da água, no mês de referência
superior a percentual a ser definido (20 % por exemplo) em relação a media do histórico,
geraria uma arguição ao operador.
2.C.2. RECLAMAÇÕES NO SAU DA ARSESP
Para as reclamações que chegam ao SAU da ARSESP, as ações devem seguir o
fluxograma seguinte:
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3. CONSTRUÇÃO DA VISÃO GLOBAL
Conforme já descrito, a base com os dados recebidos e armazenados por sistema de
cada município irá proporcionar:
Confecção de um relatório gerencial global do município.
Confecção de um relatório gerencial comparativo com outros municípios, outros
sistemas e entre regiões.
Gerar comunicados sobre esse acompanhamento para os órgãos competentes,
para o Poder Concedente e para o usuário.
Dar mais subsídios para a fiscalização periódica no município (operacional e de
investimentos).
Agilidade de se buscar informações agrupadas de cada sistema /município.
A visão global do sistema ou do município será gerada a partir do banco de dados que foi
alimentado pelos formulários apresentados nos itens anteriores.
Este relatório gerencial mostrará, para cada município, um resumo dos dados anuais,
definidos em “Requisitos Operacionais”, por cada sistema. Também um resumo dos
dados mensais, definidos em “Controle/Eficiência do Tratamento”, estes compilados em
gráficos com dados (atende ou não atende) de 12 meses.
A figura seguinte mostra um modelo de relatório gerencial gerado pelo software.
Á esquerda estão resumidas as informações anuais, ou seja, o pilar que agrupa os
“Requisitos Operacionais”.
À direita os gráficos traduzem as informações mensais, ou seja, o resumo dos pilares
“Percepção dos Usuários” e “Controle/Eficiência do Tratamento”. Lembrando que, para
estes gráficos, o controle é “atende” ou “não atende”, cada vez que ocorre uma coluna
colorida, significa que aquele parâmetro não foi atendido.
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DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1) Nota informativa 157/DSAST/SVS/MS/2014 sobre a Norma ABNT NBR 15784
http://abes-dn.org.br/ctqpq/documentos.html
2) Comentários sobre o Decreto Presidencial nº 5440/05
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/junho/08/Comentarios-sobre-o-
Decreto-n-5.440_2005.pdf
3) Perguntas e Respostas sobre a Portaria nº 2914/11
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/24/PERGUNTAS-E-
RESPOSTAS-SOBRE-A-PORTARIA-MS-N-2-914.pdf
4) RDC 11/2012 ANVISA
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/rdc0011_16_02_2012.pdf/f9eda
4c4-6731-442a-a685-b5ef64eb2168
5) RDC 12/2012 ANVISA
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33860/266843/RDC12%2Bde%2B2012.pdf/0859
29c5-1f6b-4daf-bf65-703b40de2f46
São Paulo, 14 de Agosto de 2017
Atenciosamente,
Vladimir Tomiate
Assessor
${att_assinatura2}
${att_cargo2}
Código para simples verificação: 4d02923f800e36ad. Havendo assinatura digital, esse código confirmará a sua autenticidade. Verifique em http://certifica.arsesp.sp.gov.br