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Superintendência de Vigilância em Saúde Coordenadoria de Vigilância Sanitária Serviço de Controle de Infecção [email protected] NOTA TÉCNICA SECIH/COVSAN/SVS/SES- MT nº 01/2017 Orientações para notificação dos Indicadores Epidemiológicos de IH (IRAS) pelo Sistema Estadual de MT – revisão para o exercício 2017 Elaboração: Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Prevenção e Controle de Infecção/SES-MT

NOTA TÉCNICA SECIH/COVSAN/SVS/SES- MT nº 01/2017 · Serviço de Controle de Infecção ... Planilha II Planilha III Sugestão de Planilha para monitoramento e cálculo para pacientes-dia

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Superintendência de Vigilância em Saúde

Coordenadoria de Vigilância Sanitária Serviço de Controle de Infecção

[email protected]

NOTA TÉCNICA SECIH/COVSAN/SVS/SES-

MT nº 01/2017

Orientações para notificação dos Indicadores

Epidemiológicos de IH (IRAS) pelo Sistema

Estadual de MT – revisão para o exercício

2017

Elaboração: Enfª Ms. Rosangela de Oliveira

Serviço Estadual de Prevenção e Controle de Infecção/SES-MT

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I - Introdução

II - Definições

III - Critérios para o diagnóstico das Infecções Hospitalares

IV - Relatórios de acordo com característica/perfil de atendimento do hospital

V - Indicadores (fórmulas para cálculo)

VI - Procedimentos para o preenchimento e envio dos relatórios

VII – Como proceder ao cálculo de pacientes-dia ou procedimento dia

VIII - Referências

ANEXOS Planilha I Planilha II Planilha III Sugestão de Planilha para monitoramento e cálculo para pacientes-dia e procedimentos-dia

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1. Introdução:

Por meio da vigilância epidemiológica ativa, podem-se levantar os indicadores de

infecção hospitalar, permitindo ao serviço de saúde a determinação do seu perfil endêmico, a

identificação de surtos, bem como direcionar as estratégias para prevenção e controle das

infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).

Devido às especificidades das Unidades Hospitalares do Estado de Mato Grosso, como

porte, perfil e complexidade de atendimento, o Serviço Estadual de Controle de Infecção

(SECIH) tem instituído desde 2010 um Sistema de Notificação de Indicadores de Infecção

Hospitalar (IH) ou IRAS a partir da utilização de arquivos ou planilhas em Excel. Esses

relatórios são padronizados e diferenciados, são revisados anualmente ou sempre que

necessário, para que os serviços hospitalares procedam às suas notificações, conforme

determina a ANVISA, permitindo conhecer o panorama das IRAS notificadas tanto no nível

estadual quanto federal e possibilitar comparações.

Para tanto, as características dos serviços de saúde são consideradas, sendo que o

monitoramento está direcionado às áreas ou procedimentos que mais expõe os pacientes a

infecções.

As informações a serem notificadas pelos estabelecimentos hospitalares estão descritas

no item IV. Outros indicadores de IRAS não contemplados nesta Nota Técnica podem ser

trabalhados internamente pelos hospitais, a critério do Serviço de Controle de Infecção

Hospitalar (SCIH) do serviço de saúde.

Além de notificar pelo Sistema Estadual de Notificação das IRAS, os hospitais devem

notificar também ao Sistema Formsus1 (nível federal), que, conforme especificado no escopo da

Nota Técnica ANVISA/GVIMS/GGTES nº 01/2017, destinam-se a serviços de saúde de todo

país que dispõe de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica ou neonatal,

Centro-Obstétrico (mesmo que não possuam leitos de UTI) e que realizam parto cirúrgico

cesariana, Centro Cirúrgico (mesmo que não possuam leitos de UTI) e realizam algumas das

seguintes cirurgias: mamoplastias com implante de próteses mamárias, artroplastias de joelho

primária (primeiro procedimento cirúrgico desse tipo realizado no paciente) ou artroplastias

total de quadril primária.

A obrigatoriedade da notificação ao Sistema Estadual é para TODOS os serviços de

saúde hospitalares do estado, independente se possuem ou não unidades de terapia intensiva.

1 Informações sobre o Sistema Formsus estão disponíveis no site da ANVISA

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II - Definições:

Infecção hospitalar: é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste

durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou

procedimentos hospitalares” (Port. GM/MS nº 2.616/1998). Sua aquisição está relacionada a

um procedimento assistencial ou a um internamento, por isso, pode ocorrer em qualquer

estabelecimento assistencial de saúde e não somente em hospitais. Atualmente, denominadas

Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).

Para ser considerada como hospitalar, ou seja, quando ocorre no hospital, a infecção:

• Não deve estar presente ou em incubação por ocasião da admissão;

• Se estiver em incubação à admissão, mas relacionar-se a prévia hospitalização na

mesma instituição ou identificada à readmissão em paciente submetido a procedimento

em prévia admissão;

• Estar temporalmente associada à admissão ou a um procedimento realizado em

instituição de saúde.

Os critérios de infecção utilizados para a notificação são os estabelecidos pela ANVISA,

referenciados mais adiante.

Internação Hospitalar: pacientes que são admitidos para ocupar um leito hospitalar por um

período igual ou maior a 24 horas.

Hospital de longa permanência: hospitais que possuem leitos de longa permanência como

característica principal.

Unidade de Tratamento Intensivo (UTI): unidades destinadas ao tratamento de pacientes

graves e de risco que exigem assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de

equipamentos e recursos humanos especializados (BRASIL, 2002).

Cirurgia limpa (ferida limpa): eletiva, fechamento por primeira intenção, sem qualquer sinal

ou sintoma de inflamação, sem penetração nos tratos respiratório, gastrointestinal,

genitourinário ou orofaringe, sem qualquer falha na técnica asséptica e sem drenos. Ex:

herniorrafia, safenectomia (FERNANDES, 2000).

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Cateteres centrais: inclui cateteres inseridos no sistema vascular com acesso ao sistema

circulatório central, incluindo os seguintes vasos: artérias pulmonares, aorta ascendente,

artérias coronárias, artéria carótida primitiva, artéria carótida interna, artéria carótida externa,

artérias cerebrais, tronco braquiocefálico, veias cardíacas, veias pulmonares, veia cava superior

e veia cava inferior.

Paciente-dia: unidade de medida que representa a assistência prestada a um paciente internado

durante um dia hospitalar. O número de pacientes-dia de um serviço em um determinado

período de tempo é definido pela soma do total de pacientes a cada dia. Orientação para esse

cálculo no final deste documento.

Pacientes em ventilação mecânica-dia: unidade de medida que representa a intensidade da

exposição dos pacientes aos ventiladores mecânicos. Este número é obtido através da soma de

pacientes em uso de ventilador mecânica, a cada dia, em um determinado período de tempo.

Pacientes com cateter central-dia: unidade de medida que representa a intensidade da

exposição dos pacientes aos cateteres centrais. Este número é obtido através da soma de

pacientes em uso de cateteres centrais, a cada dia, em um determinado período de tempo. No

caso de berçário de alto-risco, inclui-se na soma os pacientes em uso de cateteres umbilicais.

Pacientes com cateter vesical-dia: unidade de medida que representa a intensidade da

exposição dos pacientes a sondagem vesical. Este número é obtido através da soma de

pacientes em uso de sondas vesicais de demora, a cada dia, em um determinado período de

tempo.

Densidade de Incidência: é a frequência com que um evento ocorre em relação à quantidade

de indivíduos-tempo sob risco (RN-dia, adulto-dia, etc.). Ex: densidade de incidência de

infecções urinárias em relação ao número de crianças-dia sob cateter vesical.

Flebite: consiste em um processo inflamatório na parede da veia, associado ao eritema, com ou

sem dor, edema, endurecimento do vaso ou cordão fibroso palpável, com ou sem drenagem

purulenta.

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III - Critérios diagnósticos das infecções hospitalares:

Visando uniformizar as informações com referência aos indicadores epidemiológicos de

infecção hospitalar entre os serviços do país, a ANVISA estabeleceu os critérios diagnósticos

nacionais para as infecções as infecções de corrente sanguínea, de trato urinário, de trato

respiratório, sítio cirúrgico e em neonatologia.

Os critérios diagnósticos nacionais estabelecidos pela ANVISA devem ser utilizados

para o levantamento das informações a serem notificadas pelos estabelecimentos hospitalares e

estão disponibilizados no site da ANVISA (www.anvisa.gov.br) ou no site da Secretaria de

Estado de Saúde de Mato Grosso (www.saude.mt.gov.br/controle-de-infeccao), que são:

• Definição dos Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC)

• Definição dos Critérios Nacionais de Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) Relacionadas à Assistência à Saúde

• Definição dos Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - Infecção do Trato Respiratório

• Definição dos Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – Infecção do Trato Urinário (ITU)

• Critérios diagnósticos para Outras infecções relacionadas à assistência à saúde

Para o diagnóstico de infecções hospitalares em hospitais de longa permanência e

psiquiátricos, três importantes situações devem ser consideradas: 1. Todos os sintomas devem ser novos ou com piora aguda. Muitos pacientes dessas

instituições têm sintomas crônicos não associados a quadros infecciosos. A mudança na condição clínica do paciente é um importante indicador de que uma infecção pode estar presente.

2. Causas não infecciosas de sinais e sintomas devem ser sempre consideradas antes do diagnóstico de infecção ser determinado.

3. A identificação de uma infecção não deve ser baseada em uma única evidência. Achados

microbiológicos e radiológicos devem apenas ser usados para confirmação de suspeitas clínicas de infecção. O diagnóstico médico deve ser sempre acompanhado de sinais e sintomas de infecção.

Critérios diagnósticos para pneumonia em hospitais de longa permanência e psiquiátricos:

Critérios RX de tórax compatível com E pelo menos • Surgimento ou piora da tosse

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pneumonia, pneumonia provável ou presença de infiltrado. Se houver RX anterior o achado radiológico deve ser novo.

dois dos seguintes:

• Aumento ou surgimento de escarro produtivo

• Febre (temperatura maior ou igual a 38ºC)

• Dor pleurítica • Surgimento ou piora dos achados no

exame físico do tórax (estertores, sibilos, roncos, sopro brônquico).

• Um dos seguintes indicadores de mudança do padrão respiratório: surgimento ou aumento de respiração superficial ou freqüência respiratória maior que 25, piora do estado mental ou funcional.

Obs.: Causas não infecciosas para os achados radiológicos devem ser descartadas como insuficiência cardíaca congestiva. Se não houver RX de tórax ou este não for compatível com pneumonia, o diagnóstico de bronquite e traqueobronquite deve ser realizado se o paciente apresentar três ou mais dos sinais e sintomas acima. Critérios para o diagnóstico de escabiose em hospitais de longa permanência e psiquiátricos:

Critérios lesão maculopapular e/ou escoriações pruriginosas

e Diagnóstico do médico: • Escoriações pruriginosas e lesões

pleomórficas – em diferentes estágios de evolução e diferentes tipos de lesão de início lento com prurido e erupções cutâneas

• Lesões que evoluem de erupções lineares e pequenas vesículas para pápulas, bolhas ou nódulos.

• Acometimento principalmente de áreas de dobras como dedos das mãos, punhos, fossa cubital, axila, umbigo, mamas femininas e genitais.

• Lesões simétricas Ou confirmação laboratorial:

• pesquisa de raspado de pele de lesões sem escoriação positiva para ovos, larvas ou restos fecais de Sarcoptes

scabiei.

Critérios para o diagnóstico de Gastroenterite para hospitais de longa permanência e psiquiátricos:

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Gastroenterites o paciente deve preencher pelo menos um dos critérios abaixo:

1. Duas ou mais perdas de fezes ou fezes aquosas alem do normal para o paciente em um período de 24 horas

2. Dois ou mais episódios de vomito em um período de 24 horas 3. Os dois seguintes: cultura positiva para patógeno (Salmonela, Shigella, E.coli 0157:

H7, Campylobacter) ou teste positivo para toxina C.dificille e (b) pelo menos um sinal ou sintoma compatível com infecção do trato gastrointestinal (náusea, vômito, dor abdominal, diarréia).

Obs.: Descartar causas não infecciosas como novas medicações e, vômitos, podem estar associados a colecistopatias.

IV - Relatórios de acordo com característica/perfil de atendimento do hospital: Planilha 1: Para hospitais que atendem as clínicas básicas (clínica médica, cirúrgica, pediatria e maternidade) ou de especialidades, sem Unidades de Terapia Intensiva – UTI ou Semi-intensivo, que possuem Centro Cirúrgico e ou Centro Obstétrico, realizam partos cesáreos, implantes de próteses mamárias, artroplastias de joelho primárias e artroplastias total de quadril, também primárias e outras cirurgias limpas.

Informações a serem notificadas:

• Tx Global de IH ou Tx IH

• Tx de Flebite

• Tx de ISC em Partos Cesáreos

• Tx de ISC (Cirurgias Limpas): de implantes de próteses mamárias, artroplastias de joelho primárias e artroplastias total de quadril primárias e outras cirurgias limpas

• Tx de ITU relacionada a Sondagem Vesical de Demora (ou associada a cateter - AC)

• Informações de pacientes admitidos com infecção procedentes de outras instituições

Planilha 2: Para hospitais que, além das clínicas básicas ou de especialidades, possuem também Unidades de Terapia Intensiva (adulto, pediátrica e neonatal) e que possuem Centro Cirúrgico e ou Centro Obstétrico, realizam partos cesáreos, implantes de próteses mamárias, artroplastias de joelho primárias e artroplastias total de quadril, também primárias e outras cirurgias limpas.

Informações a serem notificadas:

• Tx de ISC em Partos Cesáreos

• Tx de ISC (Cirurgias Limpas): de implantes de próteses mamárias, artroplastias de joelho primárias e artroplastias total de quadril primárias e outras cirurgias limpas

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• Indicadores em UTI Adulto e Pediátrica relacionados a procedimentos invasivos: � Densidade de Incidência de Pneumonia associada a Ventilação Mecânica � Densidade de Incidência de IPCSL (Infecção Primária da Corrente Sanguínea

Laboratorial) associada a CVC (Cateter Venoso Central) � Densidade de Incidência de ITU associada a SVD (Sonda Vesical de Demora ou

Associada a Cateter - AC) � Taxa de Utilização de Ventilador Mecânico � Taxa de Utilização de Cateter Venoso Central � Taxa de Utilização de Sonda Vesical de Demora

• Indicadores em UTI Neonatal relacionados a procedimentos invasivos, estratificados por kg de peso ao nascer:

� Densidade de Incidência de Pnm associada a Ventilação Mecânica � Densidade de Incidência de IPCSC associada a CVC � Densidade de Incidência de IPCSL associada a CVC � Taxa de Utilização de Ventilador Mecânico � Taxa de Utilização de Cateter Venoso Central

• Perfil de Sensibilidade Microbiana em hemoculturas, uroculturas e em culturas de secreção traqueal nas UTI Adulto, Pediátrica e Neonatal (esta somente hemoculturas)

• Informações sobre pacientes admitidos com infecção procedentes de outras instituições

Planilha 3: Hospitais de Longa Permanência e Hospitais Psiquiátricos.

Informações a serem notificadas:

• DI de Pnm • DI de Escabioses • DI de GE

V – Indicadores (fórmulas para cálculo): OBS:

� Para a notificação por meio das planilhas em excel, os cálculos são automáticos ao inserir os numeradores e denominadores das fórmulas. Para tanto, devem obrigatoriamente ser preenchidos todos os campos de numeradores e denominadores.

� Algumas fórmulas não mais utilizadas para notificação foram mantidas neste documento apenas para conhecimento.

1. Taxa de Infecção Hospitalar ou Tx IH

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nº. IH Tx IH = ________________________________________ x 100 nº. saídas (altas, óbitos e transferências)

2. Taxa de Letalidade associada a IH (apenas para conhecimento)

nº. óbitos de pacientes com IH no período Tx letal. assoc. a IH = _____________________________________ x 100 nº. de pacientes com IH no período

3. Taxa de Infecção no Sítio Cirúrgico (ISC) em Partos Cesáreos

4. Taxa de Infecção no Sítio Cirúrgico (ISC) em Cirurgias Limpas – CL (implantes de próteses mamárias ou artroplastias de joelho ou artroplastias total de quadril)

5. Densidade de Incidência de Pneumonias associadas à Ventilação Mecânica (VM)

nº. pnm em pacientes sob VM no período DI Pnm - VM = __________________________________________ x 1000 nº. pacientes em VM-dia no período

6. Densidade de Incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Clínica (IPCSC)

nº. casos novos de IPCSC no período DI IPCSC = _______________________________________________ x 1000 nº. pacientes com cateter central-dia no período

nº. ISC (partos cesáreos) Tx ISC (partos cesáreos) = ____________________________________ x 100 nº. total ( partos cesáreos ) realizados

nº. ISC (em CL) Tx ISC (em CL) = ______________________________ x 100 nº. total (CL) realizadas

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7. Densidade de Incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Laboratorial (IPCSL)

nº. casos novos de IPCSL no período DI IPCSL = ____________________________________________ x 1000 nº. pacientes com cateter central-dia no período

8. Densidade de Incidência de Infecções do Trato Urinário (ITU) associadas à Sondagem Vesical de Demora (SVD) ou associadas a cateter (AC)

9. Taxa de Utilização de VM:

nº pctes em VM-dia Tx U VM = __________________________ pacientes-dia

10. Taxa de Utilização de CVC:

nº pctes com CVC-dia Tx U CVC = ____________________________ pacientes -dia

10. Taxa de Utilização de cateter vesical:

nº pctes com CV-dia Tx U CV = __________________________ pacientes -dia

11. Taxa de Flebite:

nº casos de flebite Tx Flebite = ___________________________________________ nº pacientes –dia com acesso venoso periférico

12. Indicadores utilizados para hospitais de longa permanência e psiquiátricos:

nº. ITU em pacientes com cateter no período DI ITU - AC = ________________________________________ x 1000 nº. pacientes com cateter-dia no período

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nº. pnm DI Pneumonias = _________________ x 1000

pacientes -dia

nº. esc DI Escabioses = _________________ x 1000

pacientes -dia

nº. GE DI Gastroenterites = ________________ x 1000

pacientes -dia

VI – Procedimentos para o preenchimento e envio dos relatórios:

• Os arquivos para envio dos Indicadores Epidemiológicos de IH dos hospitais (Planilhas

1, 2 ou 3) encontram-se disponíveis no site da SES-MT

(http://www.saude.mt.gov.br/controle-de-infeccao).

• Para o envio dos indicadores epidemiológicos de infecção hospitalar, deve-se

inicialmente baixar no seu computador o arquivo em excel referente ao seu

estabelecimento (Planilha 1, 2 ou 3) na versão do ano vigente.

• Definindo-se em qual dos relatórios acima o estabelecimento se enquadra, baixar o

arquivo, renomeando-o dessa forma:

Relatórios_IH_Hospital X_Município_2017

• Esse arquivo deve ser salvo no computador e será utilizado todos os meses, quando o

controlador de infecção for preencher os dados levantados. Basta cada mês inserir as

informações do mês trabalhado em todas as abas (serviços que não tem deixar em

branco), salvar e enviar o arquivo alimentado com as informações do mês, indicando no

email que está enviando os indicadores do Hospital “X” referente ao mês “x” ou

acrescentar a competência trabalhada, assim:

Relatórios_IH_Hospital Tal_Município_2017_jan Relatórios_IH_Hospital Tal_Município_2017_jan a fev Relatórios_IH_Hospital Tal_Município_2017_jan a mar (e assim, sucessivamente, até dezembro)

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• Ao preencher as informações do mês, salvar o arquivo (lembrar-se de salvar como

documento “Pasta de Trabalho do Excel 97-2003”.

• Os relatórios são trabalhados no período de 01 a 30 do mês, sendo que o

estabelecimento tem até o dia 15 do mês subsequente para enviar as informações.

• Para enviar os indicadores, utilizar o email [email protected] se o hospital for

de Cuiabá com cópia para o email [email protected] e somente para o email

[email protected] se o hospital for de outros municípios do estado.

• Não preencher os espaços em branco das planilhas com zeros ou traços. Onde não

houver informações a serem preenchidas ou não houver o serviço funcionando no

estabelecimento, não preencher.

• Nas abas onde houver fórmulas, deve ser preenchido o numerador e o denominador

para tornar a equação possível.

• Nas abas de Perfil de Resistência Microbiana (PRM), não preencher com “zeros”,

deixar em branco onde não tiver informação.

• Não é permitido fazer qualquer alteração nos relatórios. O instrumento é padronizado e

bloqueado para alterações. Nem mesmo deletar abas. Caso ocorra, o Relatório não será

recebido.

• É muito importante que o controlador de infecção utilize os critérios diagnósticos

nacionais definidos pela ANVISA.

• A taxa de letalidade associada a IH deverá ser notificada sempre que houver óbito de

pacientes que, além da gravidade da enfermidade, possui uma IH comprovada mediante

exames laboratoriais.

Obs 1:

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Informações ou sugestões que visem melhorar nossos instrumentos de notificação podem ser

enviados ao Serviço Estadual de Controle de Infecção (SECIH/SES-MT) por meio do email

[email protected]

Obs 2:

A notificação no Sistema Estadual NÃO exime o hospital da responsabilidade na notificação

no Sistema FORMSUS (nível federal).

VII – Como proceder ao cálculo de pacientes-dia ou procedimento dia (exemplo: cateter

vesical-dia):

O paciente-dia ou procedimento-dia é a somatória de dias de internação dos pacientes em determinado mês e a somatória de dias que o paciente esteve sob determinado risco. Planilha exemplo:

Nesta planilha, no dia 1 está representado quantos pacientes haviam internado naquela unidade (13), no dia 2 haviam internados naquela unidade 12 pacientes e assim por diante. Ou seja, quantos pacientes haviam no dia 1, quantos pacientes no dia 2, quantos pacientes no dia 3 e assim até o dia 30. A somatória do número de pacientes até o último dia do mês é o total de pacientes-dia. Com relação ao cálculo de procedimentos-dia (ventilador mecânico-dia, cateter venoso central-dia, paciente-dia com acesso venoso periférico), segue-se também o mesmo raciocínio. Para isso, sugerimos que o controlador de infecção crie planilhas mensais para monitoramento diário de pacientes-dia e procedimentos-dia (sugestão em anexo).

VIII – Referências:

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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos nacionais para Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/controle-de-infeccao?topico=5 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES nº 01/2017. Orientações para notificação nacional das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e Resistência Microbiana. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.616 de 12 de maio de 1998. Dispõe sobre a regulamentação das ações de controle de infecção hospitalar no país. 1998. FERNANDES, A.T. Infecção Hospitalar e suas Interfaces na área de saúde. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2000. GARNER, J.S. et al. CDC definitions for nosocomial infections. Am J Infect Control, v. 16, n. 3, 1988. RAMOS, S.R.T.S. Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares. In: APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Diagnóstico e Prevenção de Infecção Hospitalar em Neonatologia, p. 6-19, 2002. SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac. Divisão de Infecção Hospitalar. Instrumento de Coleta de Dados de Infecção Hospitalar. 2005.

ANEXOS Planilha I Planilha II Planilha III

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PLANILHA I Aba 1: Taxa de Infecção Hospitalar: onde o número de IH representa o numerador e número de saídas o denominador da fórmula x 100. Os dois devem ser preenchidos

Aba 2: Taxa de Flebite: onde o numerador representa o número de casos de flebite e denominador o número de pacientes-dia com acesso venoso periférico x 100

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Aba 3: Taxa de ISC (partos cesareana): onde o numerador é o número de ISC em partos cesareanas e denominador o número total de partos cesareanas realizados x 100

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Aba 4: Taxa de ISC em cirurgias limpas: onde os numeradores representam o número de infecções (nas cirurgias especificadas) e denominadores o número total de cirurgias (especificadas) x 100

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Aba 5: Taxa de ITU associada a Cateter Vesical (CV): onde o numerador é o número de ITU sintomática associada a CV e denominadores o número total de CV realizados x 100

Aba 6: Pacientes admitidos com quadro infeccioso: preencher como exemplo da faixa em amarelo

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PLANILHA II

Aba 1: Taxa de ISC (cesareana): onde o numerador é o número de ISC em partos cesáreos e o denominador é o número total de cesáreas realizadas x 100

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Aba 2: Taxa de ISC em cirurgias limpas: onde os numeradores representam o número de infecções (nas cirurgias especificadas) e denominadores o número total de cirurgias (especificadas) x 100

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Aba 3: Indicadores de UTIs Geral: Densidades de Incidência de Pnm/VM, IPCSL/CVC e ITU/SVD e Taxas de Utilização de dispositivos invasivos OBS: caso o hospital tenha mais de uma UTI Geral, registrar os dados juntos nesta mesma aba (somar tudo)

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Aba 4: Indicadores de UTIs Cardíacas: Densidades de Incidência de Pnm/VM, IPCSL/CVC e ITU/SVD e Taxas de Utilização de dispositivos invasivos

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Aba 5: Indicadores de UTI Neonatal: Densidades de Incidência de Pnm/VM, IPCSC e IPCSL/CVC e Taxas de Utilização de dispositivos invasivos

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Aba 6: Indicadores de UTIs Pediátricas: Densidades de Incidência de Pnm/VM, IPCSL/CVC e ITU/SVD e Taxas de Utilização de dispositivos invasivos

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Abas 7, 8, 9 e 10: Perfil de Sensibilidade Microbiana na (s) UTI (s) em hemoculturas, uroculturas e secreções traqueais, sendo que na UTI Neonatal apenas em hemoculturas

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Aba 11: Pacientes admitidos com quadro infeccioso: preencher como exemplo da faixa em amarelo

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PLANILHA III Aba 1: Densidade de Incidência de Pneumonias, onde o numerador é o número de pneumonias e o denominador é o número de pacientes-dia x 1000

Aba 2: Densidade de Incidência de Escabioses, onde o numerador é o número de escabioses e o denominador é o número de pacientes-dia x 1000

Aba 3: Densidade de Incidência de Gastroenterites, onde o numerador é o número de gastroenterites e o denominador é o número de pacientes-dia x 1000

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SUGESTÃO: Planilha para monitoramento e cálculo para pacientes-dia e procedimentos-dia

Unidade: _____________________________ Mês/Ano: _____________________________

Dia Número de

Pacientes-dia

Procedimentos-dia

Ventilador

Mecânico-dia

Cateter Venoso

Central-dia

Cateter

Vesical-dia

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

TOTAL