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NOTAS DA IAEA SOBRE O ACIDENTE NUCLEAR NO JAPÃO
15 de março a 01 de junho de 2011.
A Agência Internacional de Energia Atômica (International Atomic Energy Agency
IAEA) verifica as informações recebidas e as divulga pelo site www.iaea.org e pelo
Facebook. Devido ao tempo necessário para verificação, existe um retardo de
algumas horas, entretanto, são informações validadas e confiáveis.
A IAEA está em contato contínuo com as autoridades japonesas e está monitorando
a situação à medida que ela evolui. Mais detalhes podem ser vistos no site:
http://www.iaea.org/newscenter/news/tsunamiupdate01.html
Atualização IAEA (01 de junho de 2011)
Uma equipe de técnicos internacionais em Segurança Nuclear fez um relatório
prévio sobre a Central Nuclear Fukushima Daiichi. Este trabalho foi desenvolvido
através de um acordo entre a IAEA e o governo do Japão e apresenta situações
aprendidas sobre como melhorar a segurança nuclear no mundo.
As conclusões preliminares da equipe são:
• As providências do Japão em relação ao acidente nuclear têm sido
exemplares, particularmente, pela dedicação, pela determinação e pela
equipe de especialistas que trabalham sob circunstâncias excepcionais;
• A resposta em longo prazo do Japão, incluindo a evacuação da área em
torno dos reatores, tem sido ótima e bem organizada. Deve ser proveitoso e
oportuno fazer um programa para a exposição do público e dos
trabalhadores e para monitoração da saúde;
• O perigo de um tsunami para diversos locais foi subestimado. Projetos de
usina nuclear e de operaçao deveriam ser apropriadamente avaliados e
protegidos contra os riscos de catástrofes naturais. As estimativas deveriam
ser atualizadas periodicamente, bem como, as metodologias de cálculo
dessas catástrofes naturais;
• O sistema regulador nuclear deveria endereçar eventos extremos
adequadamente, fazendo revisões periódicas. Também deveria assegurar a
independência do órgão regulador e assegurar que as regras estabelecidas
sejam preservadas;
• O acidente no Japão demonstra o valor da difícil tarefa dos Centros de
Respostas a Emergência com previsões adequadas para a solução de todos
os tipos de emergência necessários, incluindo a solução de comunicação.
O relatório final será apresentado na Conferência Ministerial em Segurança Nuclear
na sede da IAEA em Viena, de 20 a24 de junho de 2011.
Atualização IAEA (22 de maio de 2011)
Os peritos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) partiram de Viena
em 22 de maio de 2011 a caminho de Tóquio, onde vão realizar uma missão
internacional de estudos no Japão, que incluirá a descrição e eluciação de fatos na
usina nuclear de Fukushima Daiichi e outros locais. A missão que vai realizar suas
atividades de 24 maio a 2 junho de 2011 é liderada pelo Sr. Mike Weightman,
Inspetor Chefe de Instalações Nucleares do Reino Unido, e conta com cerca de 20
especialistas internacionais e da AIEA de uma dezena de países.
No decurso da missão da IAEA, os especialistas internacionais vão se familiarizar
com as lições aprendidas do acidente e irão compartilhar experiências e
conhecimentos em suas áreas de competência com as autoridades japonesas.
Atualização IAEA (20 de maio de 2011)
Monitoração da radiação: ver mapa da depoisção de césio
Mapa da deposição de césio (soma do Cs134 e Cs137) para a área de terra dentro
de 80 km da usina Daiichi Fukushima, conforme relatado pelas autoridades
japonesas (MEXT).
Deposição em 47 prefeituras
O acompanhamento diário da deposição de radionuclídeos césio e iodo para 47
prefeituras continua. Desde 12 de Maio de deposição insignificante ocorreu. I131
foi relatado em apenas uma prefeitura e Cs137 foi relatado em três províncias,
com um valor de 4,8 Bq/m2 para I131 e uma série de 4,710 Bq/m2 de Cs137.
Restrições alimentares:
Até 18 de Maio, as restrições alimentares são na prefeitura de Fukushima e para as
cidades de Kitaibaraki e Takahagi na prefeitura de Ibaraki. Na prefeitura de
Fukushima, há restrições quanto a distribuição eo consumo de alguns peixes. Em
determinadas áreas da província de Fukushima, há também restrições à
distribuição de leite in natura nabos, brotos de bambu, samambaias avestruz e
cogumelos shiitake, e as restrições à distribuição e consumo de tipos de verduras
(por exemplo, espinafre e repolho), couves inflorescência (ex.: couveflor) e
cogumelos shiitake. Na prefeitura de Ibaraki há uma restrição sobre a distribuição
contínua de espinafre produzido nas cidades de Kitaibaraki e Takahagi.
Monitoramento da água do mar
As concentrações de atividade de I131, Cs134 e Cs137 na água do mar foram
medidas a cada dia desde 02 de abril. As concentrações de Cs134 e Cs137
diminuiram a partir dos valores iniciais de mais de 100 MBq / L a menos de 5 kBq /
L em 07 de maio, mas subiu para níveis de cerca de 20 kBq / L em 16 de maio, e
cerca de 10 kBq / L em 17 de maio. Houve um aumento significativo nos níveis de
I131 de cerca de 880 kBq / L 1011 de maio, em paralelo com o aumento para
ambos os isótopos de césio. Isso indica que há ainda alguma produção de produtos
de fissão. O I131 diminuiu para cerca de 20 kBq / L em 17 de maio.
Atualização IAEA (13 de maio de 2011 às 20:00 UTC)
De maneira geral, a situação na central nuclear de Fukushima Daiichi continua
muito grave. O gás nitrogênio continua sendo injetado na contenção da unidade 1
para reduzir as chances de uma explosão por acúmulo de hidrogênio em seu
interior.
A TEPCO elaborou uma maneira de encher o reservatório da contenção da unidade
1 com água até um nível acima das barras de combustível do reator. Com essa
medida esperase estabilizar a refrigeração e a pressão do reator. As etapas
previstas são:
1. Reduzir os níveis de radiação no prédio do reator, instalando um sistema de
circulação de ar com filtro (concluído), remover escombros, descontaminar e
instalar blindagens;
2. Recalibrar e instalar novos intrumentos de pressão e nível da água no vaso de
pressão, para melhorar o acompanhamento das condições no interior do vaso
de pressão do reator;
3. Instalar os sistemas de resfriamento primário e secundário no circuito
fechado;
4. Inundar o confinamento para fornecer um abastecimento de água para o
sistema principal.
Nas unidades 1, 2 e 3, continua a injeção de água, continuamente, no vaso de
pressão do reator. As temperaturas e pressões permanecem estáveis.
Para se proteger contra possíveis danos em consequência de terremotos futuros, a
TEPCO começou a instalar, a partir de 09 de maio de 2011, uma estrutura de
apoio no fundo da piscina de combustível usado na unidade 4.
A água com alto nível de radioatividade nos edifícios das turbinas da unidade 1, 2
e 3, está sendo transferida para a instalação de tratamento dos resíduos
radioativos e para os tanques de armazenamento temporário.
Monitoração da Radiação:
O acompanhamento diário da deposição de césio e iodo nas 47 cidades continua.
No período de 05 a 10 de maio de 2011, foi detectado a deposição de I131 em
três cidades, com valores variando de 1,5 a 4,5 Bq/m 2 . O césio137, no mesmo
período, foi detectado em oito cidades, sendo que os valores relatados variam de
3 a 44 Bq/m 2 . Esses valores mostram que há grande varição, mas com baixo nível
de deposição. As taxas de dose gama são medidas diariamente em 47 cidades. No
dia 10 de maio de 2011 os valores das taxas de dose para a radiação gama para a
cidade de Fukushima foi de 1,7 µSv/h. Em todas as outras cidades as taxas de
dose foram inferiores a 0,1 µSv/h com uma tendência decrescente.
Foram produzidos alguns mapas de taxas de dose para a deposição de Cs134 e
Cs137 dentro do raio de 80 km ao redor da planta Fukushima Daiichi. Os mapas
mostram que os resultados obtidos são compatíveis com todas as medidas
anteriores de deposição no solo e das taxas de dose. As medições na central
nuclear Fukushima Daiichi (raio de 1 km) indicam a presença de I131 e Cs137
no ar. As concentrações relatadas para o dia 10 de maio de 2011 foram de 4
Bq/m 3 para o I131 e 16 Bq/m 3 para o Cs137.
Vigilância Alimentar:
O Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência informou os resultados dos testes
de contaminação de alimentos para 436 amostras coletadas entre os dias 04 e 11
de maio de 2011 em 14 cidades. Em duas cidades (Fukushima e Kanagawa), em
17 das 436 amostras (3,9%), foi encontrada contaminação radioativa acima dos
limites autorizados pelos órgãos japoneses.
Na cidade de Fukushima, os níveis de 212 (93%) das 228 amostras foram
relatados com alguma quantidade de I131 e césio. No entanto, 16 das 228
amostras (7%) excederam os limites fixados pelas autoridades japonesas para Cs
134 ou Cs137.
A partir do dia 11 de maio de 2011, só restaram restrições alimentares nas
cidades de Fukushima, Kitaibaraki, Takahagi e Ibaraki.
Monitoramento Marinho:
As concentrações de atividade de I131, Cs134 e Cs137 na água do mar foram
medidos a cada dia desde o dia 02 de abril de 2011. As concentrações de Cs134
e Cs137 diminuiram dos 100 MBq/L iniciais para menos de 10 kBq/L em 30 de
abril de 2011 e tem permanecido constante até o momento. Os níveis de I131 no
dia 07 de maio de 2011 ficou em cerca de 200 Bq/L.
Os monitoramentos realizados no mar pela MEXT consistem na:
1. Medição da taxa de dose ambiental no ar acima do mar;
2. Análise da poeira ambiente acima do mar;
3. Análise de amostras da superfície da água do mar;
4. Análise de amostras de água do mar coletadas a 10 m acima do fundo do mar.
Monitoramento dos Países membros da AIEA:
Ao longo das últimas dez semanas, os seguintes Países membros apresentaram à
AIEA os dados de monitoração de elementos radioativos: Argélia, Áustria, Bélgica,
Bulgária, Canadá, China, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia,
Alemanha, Grécia, Islândia, República Islâmica do Irão, Irlanda, Itália, República
da Coreia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malásia, México, Filipinas, Polônia,
Portugal, Roménia, Rússia, Cingapura, Eslováquia, Espanha, Sri Lanka, Suécia,
Suíça , Ucrânia e Estados Unidos da América.
Atualização IAEA (20 de abri l de 2011 às 16:00 UTC)
Gestão da água contaminada:
A TEPCO apresentou um plano para a NISA de transferência da água altamente
contaminada do edifício da turbina da unidade 2 para o edifício principal de
tratamento de resíduos radioativos, para reduzir o risco de que essas águas
residuais sejam lançadas no meio ambiente. Medidas para assegurar que a
instalação de tratamento dos resíduos radioativos é segura foram concluídas no dia
18 de Abril 2011 e a transferência da água altamente contaminada foi iniciada no
dia 19 de Abril de 2011. Uma fumaça branca continua sendo emitida das unidades
2, 3 e 4.
Nas unidades 1, 2 e 3 continua sendo injetada água doce no vaso de pressão do
reator através de uma bomba elétrica. Na unidade 4 água continua a pulverização
de água sobre a piscina de combustível usado e o gás nitrogênio está sendo
injetado no vaso de contenção da unidade 1 para reduzir a chance de combustão
pelo hidrogênio.
A pressão no reservatório da contenção se estabilizou e a pressão no vaso do reator
está aumentando.
A temperatura do vaso de pressão das unidades 1 e 2, permanece acima das
condições de desligamento frio.
2. Monitoração das Radiações:
Em 19 de Abril de 2011 foi detectado a deposição de I131 em 13 cidades, essas
contaminações vão de 1,8 a 368 Bq/m 2 . A contaminação por Cs137 foi detectada
em sete cidades com valores que variam entre 2,4 e 160 Bq/m 2 .
As taxas de dose para a radiação gama são medidas diariamente em 47 cidades.
No dia 20 de Abril, em Fukushima, foi relatada uma taxa de dose de 1,9 microSv/h,
e para a cidade de Ibaraki a taxa de dose foi de 0,13 microSv/h. Em todas as
outras cidades, as taxas de dose foram inferiores a 0,1 microSv/h.
Para a água potável foi detectado o I131 e o Cs137, mas em níveis inferiores de 1
Bq/l em poucas cidades.
Foram retiradas 35 amostras de alimentos em oito cidades (Chiba, Fukushima,
Gunma, Ibaraki, Kanagawa, Nagano, Niigata, Saitama). Os resultados analíticos
dessas 35 amostras, de vários produtos, indicaram que o I131, Cs134 e Cs137
não foram detectados ou estavam abaixo dos valores fixados pelas autoridades
japonesas. Uma amostra de frutos do mar, retirada no dia 18 de Abril de 2011, a
partir da região costeira de Fukushima tinham níveis acima dos valores definidos
pelas autoridades japonesas.
3. Monitoramento Marinho:
No dia 20 de Abril de 2011, não há novas informações sobre os pontos TEPCO 1 a
4. Para os pontos TEPCO de 5 a 10, para o dia 20 de abril de 2011, foram
notificados valores abaixo de 0,1 kBq/l para o I131 e o Cs137.
Atualização IAEA (18 de abri l de 2011 às 15:35 UTC)
Atualmente, a situação na usina nuclear de Fukushima Daiichi está muito grave,
mas há indícios de recuperação de algumas funções.
A TEPCO emitiu um roteiro de restauração do acidente ocorrido na central nuclear
de Fukushima Daiichi. O roteiro apresenta 63 medidas a serem tomadas em duas
etapas, ao longo de seis a nove meses. A TEPCO declarou que vai realizar todos os
esforços para permitir que os refugiados voltem às suas casas e para todos os
cidadãos possam ter uma vida segura".
Como medida preventiva contra um novo tsunami, os quadros de distribuição para
as bombas de injeção de água do reator das unidades 1, 2 e 3, foram transferidos
para lugares mais altos. Para minimizar a liberação de material radioativo no
oceano, dois sacos cheios de zeólita foram colocados entre a tela de entrada das
bombas das unidades 1 e 2, além de cinco sacos que foram colocados entre a tela
de das bombas de entrada das unidades 2 e 3. O Zeolite é um material próprio para
a captura específica de elementos radioativos. Devese amostrar e analisar esse
material periodicamente para se determinar a eficácia deste procedimento.
Foram realizados a remoção de oito contêineres de detritos utilizando máquinas
pesadas por controle remoto. O gás nitrogênio está sendo injetado no vaso da
contenção da unidade 1 para reduzir a possibilidade de combustão por hidrogênio
dentro da contenção. A pressão no vaso da contenção esta estável.
Na unidade 1, está sendo injetado continuamente água doce na linha de
alimentação através de uma bomba elétrica. Nas unidades de 2 e 3, a água doce
está sendo injetada através da linha de incêndio, usando bombas elétricas
temporárias. As temperaturas permanecem acima das condições de desligamento à
frio em todas as unidades. Na unidade 1 a temperatura da água de alimentação é
de 180 °C. Na unidade 2, a temperatura da água de alimentação é de 141 °C. Na
unidade 3, a temperatura da água de alimentação é de 91 °C.
A partir do dia 16 de abril de 2011, não houve mais fumaça branca saindo da
unidade 1 embora uma fumaça branca tenha sido observada saindo das unidades
de 2 e 3. No dia 16 de abril de 2011, uma fumaça branca também era visível
saindo da unidade 4.
2. monitoração da radiação:
De 15 a 17 de abril de 2011, o Iodo131 foi detectado em apenas uma cidade, com
um valor de 4,1 Bq/m 2 . Nesse período, a deposição de Césio137 foi detectada em
8 cidades. A deposição de Cs137 nesses três dias variou de 2,3 a 66 Bq/m 2 .
As taxas de dose para a radiação gama estão sendo medidas diariamente em todas
as 47 cidades. Os valores tendem a diminuir ao longo do tempo. Para Fukushima,
no dia 18 de abril, foi relatada uma taxa de dose de 1,9 mSv/h. Na cidade de
Ibaraki, uma taxa de dose para a radiação gama foi de 0,13 mSv/h, e em todas as
outras cidades, as taxas de dose para a radiação gama foram inferiores a 0,1
mSv/h.
Nos dias 15 e 16 de abril, a equipe da AIEA fez medições em 44 diferentes locais a
CentroOeste da usina nuclear de Fukushima, a distâncias variando de 20 a 58 km.
Nestes locais, as taxas de doses variaram de 0,6 a 37 mSv/h. Nos mesmos locais,
os resultados das medições de contaminação por radiação betagama variou 0,03 a
2,8 Megabecquerel/m 2 . Os maiores valores foram observados a distâncias inferiores
a 30 km da usina.
No dia 17 de abril, a equipe da AIEA fez medições em 17 locais diferentes a Norte e
Noroeste da usina nuclear de Fukushima com distâncias variando de 20 a 62 km.
Nestes locais, as doses variaram entre 0,4 e 3,3 mSv/h. Nos mesmos locais, os
resultados das medições para a contaminação de radiação betagama variou entre
03 e 0,27 Megabecquerel/m 2 .
Os resultados relacionados à contaminação de 150 amostras alimentares foram
notificados pelo Ministério japonês da Saúde, Trabalho e Previdência no dia 15 de
abril (34 amostras), 16 de abril (65 amostras) e 17 de abril (51 amostras), esses
resultados mostram que para 146 das 150 amostras de vários vegetais, frutas,
marisco e leite não indústrializado de nove cidades (Chiba, Fukushima, Gunma,
Hyogo, Ibaraki, Kanagawa, Niigata, Saitama e Yamagata), indicaram que a
cooncentração de I131, Cs134 e/ou Cs137 ou não foram detectados ou estavam
abaixo do fixado pelas autoridades japonesas. Na cidade de Fukushima, três
amostras de cogumelos shitake, feitas em 14 de abril, estavam superiores ao valor
fixado pelas autoridades japonesas para o Cs134 e o Cs137.
3. Monitoramento Marinho:
Até o dia 3 de abril de 2011, foi observada uma tendência decrescente na
radioatividade para os pontos de amostragem da TEPCO1 e TEPCO4. Após a
descarga de águas contaminadas no dia 4 de abril, houve um aumento temporário
dessa radioatividade. E, mais uma vez, desde o dia 5 de abril, foi observado que a
concentração de radionuclídeos na água do mar tem decrescido.
Os últimos resultados reportados para 18 de abril de 2011 (data de amostragem:
15 de abril de 2011) revelou que o Cs137 e o I131 foram detectados nos pontos
MEXT 4, 6 e 8. As concentrações mais elevadas foram registradas no ponto MEXT4
(abaixo 200Bq/l para o Cs137 e cerca de 160 Bq/l para o I131). No ponto de
amostragem MEXT 6 e 8 tanto para o Cs137 e para o I131 foram observados
níveis abaixo de 40 Bq/l.
Atualização IAEA (13 de abri l de 2011 às 14:30 UTC)
Resumo da situação dos reatores:
http://www.slideshare.net/iaea/summaryofreactorunitstatus13april2011
1100utc
De um modo geral, a situação permanece séria, mas existem sinais de recuperação
em algumas funções, tais como energia elétrica e instrumentação.
Atualização IAEA (12 de abri l de 2011 às 14:30 UTC)
Classificação nível 7 na escala INES:A IAEA confirma que a NISA submeteu uma
classificaçao provisória nível 7 na escala INES para o acidente na usina nuclear de
Fukushima Daiichi. Esta nova classificação considera os acidentes que ocorreram
nas unidades 1, 2 e 3 como um evento único na INES e usa a liberação total de
material radioativo para a atmosfera como uma justificativa. De acordo como o
Manual da INES, um evento é nível 7 se resultar na liberação de mais do que várias
dezenas de milhares de terabecqueréis de I131. A NISA estima que foram
liberados em Fukushima o correspondente a aproximadamente 10% da quantidade
que foi liberada no acidente de Chernobyl.
Atualização IAEA (11 de abri l de 2011 às 13:00 UTC)
A IAEA confirma que um terremoto ocorreu no Japão às 08:16 UTC do dia 11 de
abril de 2011 e que revisou sua classificação de 7,1 para 6,6 na escala Richter. O
epicentro foi a uma profundidade de 13,1 quilômetros. A IAEA confirmou que
nenhuma alteração foi observada nos postos de vigilância no local de radiação. A
NISA confirmou que a eletricidade foi restaurada e a injeção de água no reator foi
retomada 50 minutos após o terremoto.
A situação na usina nuclear de Fukushima Daiichi continua muito grave, mas há
sinais de recuperação em algumas das funções, tais como a energia elétrica e os
instrumentos.
Sessenta mil toneladas de água contaminada devem ser retiradas dos edifícios das
unidades 1, 2 e 3. Esta água será transferida para os condensadores de cada
unidade e os resíduos radioativos para a estação de tratamento. Além disso, foram
encomendados tanques de armazenamento temporário para fornecer uma
capacidade adicional para a água contaminada. Eles ficarão localizados ao lado da
unidade de Tratamento de Resíduos Radioativos. A transferência da água do
condensador para o tanque de armazenagem nas unidades 1 e 2 foi concluída no
dia 10 de abril de 2011.
A fim de obter mais espaço para a água contaminada das turbinas, 1.343 toneladas
de água de baixo nível de radiação das unidades 5 e 6 foram lançadas no mar entre
os dias 4 e 9 de abril de 2011.
O gás nitrogênio está sendo injetado na contenção da unidade 1 para reduzir a
possibilidade de explosão por causa do hidrogênio dentro da contenção. Desde o
dia 6 de abril, a TEPCO vem transferindo restos das unidades 1 e 4 para uma área
de armazenamento comum, utilizando equipamentos de controle remoto.
No dia 10 abril foi pulverizado um agente antiespalhamento em uma área de cerca
de 550 m 2 na piscina de combustível irradiado para impedir que os materiais
radioativos contaminem o solo.
No dia 10 de abril, foram injetadas 60 toneladas de água doce através do sistema
de resfriamento de combustível irradiado para a piscina de combustível usado na
unidade 2, por uma bomba temporária.
Não houve qualquer mudança na situação das unidades 4, 5 e 6.
Monitoração da radiação:
No dia 10 de abril de 2011, foi detectada a deposição de iodo131 e césio137 em
seis das sete cidades monitoradas. Os valores apresentados para o iodo131
variaram entre 6,3 e 920 Bq/m 2 e entre 7,9 e 800 Bq/m 2 para o césio137. A maior
deposição encontrada para o iodo e o césio, foi na cidade de Ibaraki.
As taxas de dose para a radiação gama são medidas diariamente em 47 cidades e
os valores tendem a diminuir. Em Fukushima, no dia 10 de abril foi medida uma
taxa de dose de 2,2 microSv/h. Na cidade de Ibaraki foi medida uma taxa de dose
de radiação gama de 0,15 microSv/h. As taxas de dose para a radiação gama
foram inferiores a 0,1 microSv/h em todas as outras cidades. Na parte oriental da
província de Fukushima, as doses em distâncias superiores a 30 km de Fukushima
Daiichi variaram entre 0,2 e 25 microSv/h.
A MEXT criou um programa de monitoração em cooperação com as universidades
locais, no qual as medições são feitas em 26 cidades. A partir do dia 10 de abril, as
taxas de dose para radiação gama em 19 cidades foram inferiores a 0,1 microSv/h.
Em seis cidades, as taxas de dose gama variaram entre 0,13 e 0,17 microSv/h. Na
cidade de Fukushima, foi observado um valor de 0,42 mSv/h. Os níveis médios
para essas cidades estão entre 0,05 e 0,10 microSv/h.
A partir do dia 10 de abril de 2011, foi colocada uma restrição de 100 Bq/l para o
iodo131 para as crianças. Esta precaução é apenas para a cidade de Fukushima.
No mesmo dia, a equipe da IAEA fez medições em sete locais diferentes na cidade
de Fukushima, distantes de 23 a 39 km ao Sul e Sudoeste da usina nuclear. Nestes
locais, as doses variaram entre 0,4 e 1,6 microSv/h. Para os mesmos locais, os
resultados das medições de contaminação por radiação beta variaram entre 0,01 e
0,18 MBq/m 2 . As maiores contaminações por radiação beta foram feitas em
distâncias inferiores a 30 km de FukushimaDaiichi.
Os resultados da contaminação dos alimentos, relatados pelo Ministério Japonês da
Saúde, Trabalho e BemEstar, abrangeram um total de 157 amostras colhidas entre
os dias 6 e 10 de abril de 2011. Os resultados de 153 das 157 amostras de vários
vegetais, cogumelos shitake, frutas, carne de porco, marisco e leite não
industrializado, em oito cidades (Chiba, Fukushima, Gunma, Ibaraki, Kanagawa,
Nagano, Niigata e Saitama) indicaram que não foram detectadas as presenças de I
131, Cs134 e/ou Cs137 ou que suas quantidades estavam abaixo das leis
japonesas. Na cidade de Fukushima, uma amostra de frutos do mar feita no dia 7
de abril ficou acima dos valores máximos contidos nas leis japonesas para o I131 e
três amostras de cogumelos shiitake feitas no dia 8 de abril ficaram acima da
desses valores máximos para o I131 e/ou Cs134 e Cs137.
Monitoramento marinho:
Conforme relatado no dia 8 de abril de 2011, a TEPCO está conduzindo um
programa de monitoramento para a água do mar em uma série de locais de coleta.
Até o dia 3 de abril, havia uma tendência geral decrescente na contaminação, o que
também foi observado em dois pontos de amostragem. Após a descarga de águas
contaminadas no dia 04 de abril, foi relatado um aumento temporário dessa
contaminação.
Em 11 de abril de 2011, foram realizadas novas amostras de quatro pontos. No
ponto de amostragem TEPCO1 houve um aumento de 2,2 kBq/l para 19 kBq/l para
o I131, e a contaminação foi de 1,7 kBq/l para 12 kBq/l para o Cs137. Quanto
aos pontos de amostragem TEPCO3 e TEPCO4, houve uma redução dos resultados
da amostragem do dia 7 de abril, na concentração de I131 e de Cs137. No ponto
de amostragem TEPCO2, houve uma diminuição na concentração de I131 para
cerca de 50 kBq/l e para cerca de 34 kBq/l de Cs137.
Atualização IAEA (04 de abri l de 2011 às 12:15 UTC)
A partir do dia 3 de abril, a fonte de alimentação para as bombas elétricas de
abastecimento de água das unidades 1, 2 e 3 mudou para o fornecimento de
energia móvel. A iluminação parcial do prédio da turbina das unidades 1, 2, 3 e 4
foi restaurada no dia 02 de abril. No mesmo dia foi concluída a transferência de
água do tanque de armazenamento do condensador para o tanque da piscina.
Nesse dia, também foi iniciada a transferência de água dos dois condensadores
para o tanque de armazenamento de líquido refrigerante. Uma segunda
embarcação da Marinha dos EUA chegou carregando água doce que está sendo
transferida para o primeiro barco, que é utilizado no bombeamento de água para o
tanque de água filtrada.
A TEPCO identificou um possível caminho do vazamento do edifício da turbina da
unidade 2 até o mar através de uma série de túneis usados no fornecimento de
energia para as bombas de consumo e serviço dos prédios do reator e da turbina.
As tentativas para interromper o vazamento por betonagem não foram bem
sucedidas. No dia 03 de abril, foi derramado polímero na vala, na tentativa de parar
o vazamento, mas a fuga não parou.
A NISA avisou a IAEA que a TEPCO foi autorizada pelo governo japonês a descartar
no mar 10.000 toneladas de água contaminada com baixo nível de radiação, a fim
de ter capacidade para armazenar a água altamente contaminada da unidade 2.
Além disso, TEPCO poderá descarregar 1.500 toneladas de água de baixo nível do
poço de drenagem das unidades 5 e 6, para evitar que a água no poço dos prédios
do reator venham, potencialmente, a danificar os equipamentos de segurança.
A TEPCO estimou que a dose adicional para indivíduos do público, se comessem
algas, mariscos e pescados de perto da central nuclear todos os dias, durante um
ano, seja de aproximadamente 0,6 millisieverts (mSv). Na unidade 1, a água doce
tem sido continuamente injetada no vaso do reator através da linha de
alimentação a um fluxo de 6 m 3 /h. Nas unidades 2 e 3, a água está sendo injetada
continuamente nos vasos de pressão.
Na unidade 1, a temperatura indicada da água de alimentação diminuiu de 253°C
para 243°C. Na unidade 2, a temperatura da água de alimentação diminuiu de 153
°C para 140 °C. Na unidade 3, a temperatura da água de alimentação está estável
a 114 °C.
Foram injetadas 70 toneladas de água através do resfriamento do combustível
irradiado. Não houve mudança no status das unidades 4, 5 e 6.
Monitoramento de Radiação:
As taxas de dose para radiação gama são monitoradas continuamente em todas as
cidades e, desde o dia 23 de março, diminuíram em 45 cidades.
No dia 04 de abril uma equipe de monitoração da IAEA fez medições em sete locais
a distâncias de 30 a 41 km ao Sul e Sudoeste da usina nuclear de Fukushima. As
taxas de dose variaram entre 0,712,5 microsievert por hora. Nos mesmos locais,
os resultados das medições de contaminação por radiação beta variaram 0,12,0
megabecquerel por metro quadrado.
Desde o dia 01 de abril, dados significativos relacionados à contaminação de
alimentos foram relatados pelo Ministério Japonês da Saúde, Trabalho e BemEstar
em 33 amostras para o dia primeiro, no dia 02 de abril foram 64 amostras e no dia
03 de abril foram 37 amostras realizadas. Os resultados analíticos para 133 das
134 amostras de vários vegetais, espinafre, cogumelos, frutas, carnes (bovina e de
porco), peixe e leite em doze cidades (Chiba, Fukushima, Gunma, Ibaraki,
Kanagawa, Kyoto, Niigata, Saitama, Shizuoka, Tchigi, Tochigi e Tóquio) indicaram
que o iodo131 e o césio134 e/ou césio137 não foram detectados ou estavam
abaixo dos valores fixados pelas autoridades japonesas.
A água do mar é monitorada pela TEPCO perto dos pontos de descarga da central
nuclear. Para as unidades 1 e 4, água do mar é monitorada a 330 metros ao sul do
ponto de descarga. Para as unidades 5 e 6, a água do mar é monitorada a 30
metros ao sul do ponto de descarga.
Atualização IAEA (25 de março de 2011 às 05:15 UTC)
Condições da central nuclear de Fukushima Daiichi:
Na unidade 1, os trabalhadores têm avançado no sentido da restauração da
eletricidade local e da iluminação na sala de controle, que foi recuperado no dia 24
de março às 11:30 UTC. Eles estão verificando a situação do sistema de
refrigeração. A pressão no vaso do reator permanece elevada, mas as autoridades
japonesas informam que ele está estável.
Na unidade 2, os engenheiros estão trabalhando para a recuperação da eletricidade
para a iluminação da sala de controle, instrumentação e sistemas de refrigeração.
Na unidade 3, cerca de 120 toneladas de água do mar foram injetadas na piscina
de combustível usado através dos dutos de refrigeração e purificação. Essa
operação foi realizada entre os dias 23 e 24 de março. Houve trabalhos para a
recuperação dos instrumentos e dos sistemas de refrigeração que tiveram de ser
suspensos por causa dos três trabalhadores que foram expostos a altos níveis de
radiação no dia 24 de março.
Na unidade 4, em 24 de março, ocorreu a injeção de 150 toneladas na piscina de
combustível usado, utilizando uma bomba de concreto.
Nas unidades 5 e 6, o reparo da bomba temporária utilizada na remoção de calor
residual do núcleo foi concluído às 7:14 UTC do dia 24 de março e a refrigeração
recomeçou 21 minutos depois.
O fornecimento de energia para a piscina de combustível usado foi restabelecido a
partir das 6:37 UTC do dia 24 de Março e sua refrigeração recomeçou 28 minutos
mais tarde. Os trabalhos para a recuperação da iluminação e da instrumentação
estão em andamento. No dia 24 de março às 09:40 UTC, a temperatura da água na
piscina de combustível usado estava em torno de 73 °C. Desde as 10:30 UTC do
dia 24 de março, os trabalhadores continuam injetando água do mar nos reatores
das unidades 1, 2 e 3 e estão se preparando para a injeção de água pura.
Atualização IAEA (25 de março de 2011 às 02:50 UTC)
Como relatado anteriormente, três trabalhadores da central nuclear de Fukushima
Daiichi foram expostos a níveis elevados de radiação. A IAEA recebeu das
autoridades japonesas informações adicionais sobre o incidente. Os três foram
contratados para trabalhar no edifício da turbina na unidade 3. Em dois deles foi
encontrada radioatividade em seus pés e pernas.
Eles foram lavados na tentativa de serem descontaminados, mas houve a
possibilidade de queimaduras por radiação beta. Então os dois foram levados para
o hospital da Universidade de Fukushima para realização de exame e, em seguida,
foram transferidos para o Instituto Nacional de Ciências Radiológicas, para uma
nova análise. Eles deverão ser monitorados por cerca de quatro dias.
Acreditase que os trabalhadores ignoraram o alarme dos seus dosímetros
"acreditando ser um alarme falso” e continuaram trabalhando com os pés na água
contaminada.
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial (NISA) do Japão, instruiu a TEPCO a
fazer uma revisão do sistema de controle de radiação imediatamente, visando
evitar incidentes similares no futuro.
Desde 24 de março às 19:30, hora local, são 17 os trabalhadores na central nuclear
de Fukushima Daiichi que receberam mais de 100 milisieverts de dose de radiação,
incluindo os três trabalhadores contratados relatados acima. Os catorze restantes
são funcionários da TEPCO.
Atualização IAEA (24 de março de 2011 às 17:30 UTC)
As amostras de água marinha japonesa mostram sinais de materiais radioativos.
Nesta data, as autoridades japonesas enviaram nesta data para a IAEA os dados
das amostras de água do mar coletadas entre 22 e 23 de março, após a detecção
de iodo e césio na água perto da central nuclear de Fukushima Daiichi. Um navio
da Agência Japonesa de MarTerra, Ciência e Tecnologia (JAMSTEC) coletou
amostras de água em vários pontos a 30 km da costa, nas quais foram
encontradas concentrações mensuráveis de iodo131 e de césio137. As
concentrações de iodo foram iguais ou superiores aos limites das leis japonesas e
os níveis de césio estavam bem abaixo desses limites.
O Laboratório Ambiental Marinho da AIEA, em Mônaco, recebeu hoje os dados para
análise.
Atualização IAEA (24 de março de 2011 às 17:25 UTC)
As autoridades japonesas anunciaram hoje que três trabalhadores da central
nuclear de Fukushima Daiichi foram expostos a níveis elevados de radiação. Os
três trabalhavam na construção da turbina da unidade 3 e receberam uma dose de
radiação entre 170 a 180 millisieverts. Dois dos trabalhadores foram internados
para tratamento dos pés que estavam gravemente contaminados e que podem ter
sofrido queimaduras devido à radiação, pois eles trabalharam cerca de três horas
em contato com água contaminada.
Atualização IAEA (24 de março de 2011 às 06:00 UTC)
Resumo da situação dos reatores em Fukushima Daiichi:
http://www.slideshare.net/iaea/tablesummaryofreactorunitstatusatof24
march0600utc
Atualização IAEA (23 de março de 2011 às 15:30 UTC)
Nesta quartafeira, dia 23 de março de 2011, Andrew Graham, assessor do diretor
geral da IAEA em assuntos científicos e técnicos, informou o estado atual da
segurança nuclear no Japão. Suas observações são apresentadas a seguir:
“1 Existem algumas evoluções relacionadas ao fornecimento de energia elétrica
para a central nuclear de Fukushima Daiichi, embora a situação geral permaneça
muito preocupante.
2 A energia elétrica já está disponível nas unidades 1, 2 e 4. Ela foi restaurada em
alguns equipamentos de todas as unidades, exceto na unidade 3. Na sala de
controle principal desta há iluminação, mas nenhum equipamento ou instrumento
está ligado.
3 A pressão dentro do vaso do reator da unidade 3 é estável. Entretanto, a
pressão tem aumentado no vaso de pressão do reator da unidade 1, onde a
injeção de água do mar tem aumentado, até que o calor possa ser removido.
4 As medidas de pressão da unidade 2 parecem ser menos confiáveis devido à
limitação dos dados disponíveis sobre a pressão do reator e de sua integridade. As
leituras de temperatura nos vasos de pressão dos reatores das unidades 1 e 3
estão altas e trazem alguma preocupação. A temperatura da unidade 1 baixou após
o início da injeção de água do mar através dos tubos de alimentação de água. Há
indicações de que a temperatura na unidade 2 está estável.
5 As unidades 5 e 6 permanecerão no desligamento a frio.
6 As taxas de dose na contenção e nas câmaras de supressão das unidades 1, 2 e
3 estão disponíveis e estão sendo estudadas.
7 Continua o lançamento periódico de água nas unidades 2, 3 e 4 e na piscina de
combustível usado.
Monitoração das Radiações:
A equipe de monitoração de radiação ionizante da IAEA tomou medidas adicionais
nas distâncias entre 30 e 73 km da central nuclear de Fukushima. Os resultados
das medidas de taxa de dose de radiação gama no ar variaram entre 0,2 e 6,9
microsievert por hora. As medições de contaminação betagama variaram entre 02
e 0,6 megabecquerel por metro quadrado.
As duas equipes do Japão continuarão a trabalhar estreitamente com as
autoridades japonesas e o acompanhamento será realizado nas áreas de Fukushima
e Tóquio. As medidas serão tomadas para determinar com mais precisão quais
radionuclídeos foram depositados.
As medições indicam que as taxas de dose de radiação no local da central nuclear
de Daiichi estão diminuindo. Em Daiini, são observados pequenos picos nas
medições de taxa de dose de radiação gama, fato provável de ser resultado dos
lançamentos em Daiichi, que foram levados pelo vento para as proximidades.
A deposição de iodo131 e de césio137 foi verificada em dez cidades e a tendência
é que esse número aumente. Em contrapartida, os dados do monitoramento da
radiação ambiental na cidade de Fukushima, fora da zona de evacuação de 20
quilômetros, se mostra decrescente.
O monitoramento ambiental do meio marinho está sendo realizado pelo Ministério
japonês da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (MEXT). Os altos
níveis de iodo131 e césio137 foram medidos próximos aos pontos de descarga
dos efluentes das unidades 1, 2, 3 e 4 da central nuclear de Fukushima Daiichi (ou
seja, antes da diluição no oceano). Um acompanhamento futuro cobrirá oito
localidades a 30 km da costa em intervalos de 10 km. Os resultados para a água do
mar e da radiação local no ar devem estar disponíveis nos próximos dias. Peritos de
meio ambiente do Laboratório Marinho da IAEA vão avaliar essas informações.
Desde ontem, a IAEA recebe informações do Ministério Japonês da Saúde, Trabalho
e Bemestar sobre a presença de radioatividade no leite, água potável e produtos
agrícolas. Os resultados das amostras estavam acima dos limites especificados na
regulamentação japonesa para a ingestão de comida e água.
Seis amostras de leite na cidade de Fukushima e três amostras de espinafre na
cidade de Ibaraki apresentaram concentrações de iodo131 acima dos limites. O
primeiroministro japonês, Sr. Naoto Kan, determinou nessa data um recesso na
distribuição de alimentos e, por enquanto, recomendou que a população não
consuma certos tipos de vegetais (por exemplo, espinafre, komatsuna, couves) e
leite produzido na cidade de Fukushima.
A distribuidora de águas de Tóquio afirmou que os níveis de iodo131 na água da
torneira em uma estação de tratamento foram considerados acima do limite de
água potável para as crianças, mas abaixo do nível para adultos. O Ministério da
Saúde, do Trabalho e da Previdência pediu que a água da torneira em Tóquio não
seja usada como água potável para crianças.
Assim, em resumo, há: algumas notícias positivas na região; precauções em
determinados gêneros alimentícios e o monitoramento do meio ambiente
continuam fora da zona de evacuação e no mar. Não foi identificado risco
significativo para a saúde humana”.
Atualização IAEA (23 de março de 2011 às 1:10 UTC)
Autoridades japonesas têm trabalhado para restabelecer a energia na central
nuclear e seus esforços estão organizados em três grupos.
Unidades 1 e 2:
Os sistemas de refrigeração do reator estão seriamente comprometidos. Em ambas
a unidades, há a suspeita de danos ao combustível nuclear. Os trabalhadores
conectaram com sucesso o abastecimento elétrico externo a um transformador na
unidade 2 em 19 de março e depois para o painel de distribuição de energia elétrica
no interior da planta. Os técnicos estão realizando testes de diagnóstico para
determinar a integridade dos sistemas elétricos do reator.
As autoridades japonesas planejam conectar a unidade 1 e depois a unidade 2, por
causa da degradação do prédio do reator da unidade 1. Este trabalho pode demorar
mais tempo se comparado com a unidade 2, que sofreu menores danos desde o
terremoto.
Unidades 3 e 4:
Os sistemas de refrigeração da unidade 3 estão seriamente comprometidos. Há
suspeita de danos no combustível do reator e a condição da piscina de combustível
usado é incerta. A unidade 4 tinha sido fechada para manutenção de rotina antes
do terremoto e todo o seu combustível foi transferido para a piscina de
combustível usado no prédio do reator. Os funcionários estão trabalhando para
restaurar a eletricidade em ambas as unidades.
Unidades 5 e 6:
Ambas as unidades tinham sido desligadas para manutenção de rotina antes do
terremoto, diminuindo as suas necessidades de refrigeração, mas não totalmente.
No dia 17 de março, os operadores conseguiram iniciar um dos geradores a diesel
da unidade 6. No dia 19, os trabalhadores conectaram um segundo gerador a diesel
nessa unidade 6. Os dois geradores de energia foram usados para os sistemas de
refrigeração em ambos os reatores, que alcançou a configuração de desligamento a
frio. A alimentação elétrica externa foi restaurada para a unidade 5 no dia 21 de
março.
O restabelecimento de eletricidade para a central nuclear não significa que os
reatores retornaram à função normal de segurança. O terremoto e o tsunami
podem ter causado danos consideráveis, além de acabar com o fornecimento de
eletricidade. Desde o reconhecimento dos problemas não foi possível estimar com
precisão um cronograma de reparo. Como a eletricidade foi restaurada, os
trabalhadores irão realizar as verificações necessárias para terem certeza de que as
condições sejam seguras para reiniciar alguns componentes individuais. Eles irão
verificar se existem circuitos que permanecem intactos. Se algum dano for
descoberto, uma decisão terá de ser tomada: realizar o reparo ou passar para o
próximo componente da lista de prioridades. Os reatores nucleares, especialmente
os equipamentos de segurança relacionados, têm várias redundâncias. Assim, um
problema em um componente não significa que uma função de segurança específica
será irrecuperável. Neste caso o operador avançará para o equipamento
redundante em um esforço para determinar qual sistema está intacto e então
concentrar ali os esforços para restaurar o sistema.
Atualização IAEA (22 de março de 2011 às 23:15 UTC)
Atualização sobre a central nuclear de Fukushima Dai ichi:
Unidade 2: Uma fumaça branca foi observada a partir 09:22 UTC do dia 21 de
Março tendo grande diminuição durante o mesmo dia, sendo praticamente
imperceptível as 22:11 UTC. Durante o tempo de emissão da fumaça houve um
aumento nas taxas de dose de radiação. Essa informação foi relatada às 9:30 UTC.
A TEPCO, então, ordenou uma evacuação dos funcionários, mas eles retornaram a
partir das 00:00 UTC do dia 22 de março.
A temperatura do combustível das piscinas de combustível usado mantemse
estável entre 49° C e 53° C. O trabalho para restaurar a eletricidade em todas as
unidades continua, estando a unidade 2 em estágio avançado. A eletricidade
externa foi conectada ao painel de distribuição e os componentes da unidade estão
sendo avaliados antes de serem ligados.
Unidade 3: Uma fumaça acinzentada foi observada no dia 21 de março, às 06:55
UTC. Depois de duas horas esta fumaça tornouse branca e diminuiu
gradativamente. Às 22:11 UTC do dia 21 de março, a fumaça cessou. Conforme
relatado anteriormente, durante o tempo de emissão da fumaça houve um
aumento nas taxas de dose de radiação, então, a TEPCO evacuou a central nuclear.
Unidade 4: A partir das 8:17 UTC do dia 22 de março, uma bomba utilizada para
concreto passou a bombear água para a piscina de combustível usado, a uma vazão
de 50 toneladas por hora. A intenção é bombear água a essa vazão por 3 horas.
Atualização IAEA (22 de março de 2011 às 18:00 UTC)
Atualização das informações sobre as piscinas de combustível usado:
Unidade 2:
Temperaturas a partir de 20 de março de 2011:
20 de março, 23:00 UTC: 49 ° C
21 de março, 05:25 UTC: 50 ° C
21 de março, 21:20 UTC: 51 ° C
22 de março, 02:20 UTC: 53 ° C
22 de março, 06:30 UTC: 50 ° C
Unidade 3:
Os trabalhadores lançaram, de caminhões, cerca de 3700 toneladas de água na
contenção e na piscina de combustível usado.
Unidade 5 e 6:
As temperaturas nas piscinas de combustível usado das unidades 5 e 6 estão
retornando gradualmente a baixas temperaturas.
Atualização IAEA (22 de março de 2011 às 16:45 UTC)
As autoridades japonesas informaram que a TEPCO detectou materiais radioativos
na água do mar em um local perto do canal de descarga ao Sul da central nuclear
de Fukushima Daiichi. Nas amostras foram encontrados o iodo131, o césio134 e
o césio137. Para estudar uma maior área do ambiente marinho, a JAMSTEC tem
planos de medir a radioatividade ao redor da central nuclear entre 22 e 23 de
março. A água do mar será recolhida em oito pontos ao redor da central nuclear e
seus resultados devem ser liberados no dia 24 de março. A análise incluirá as
concentrações de radionuclídeos encontrados na água do mar e a taxa de dose no
ar.
Atualização IAEA (22 de março de 2011 às 4:15 UTC)
As autoridades japonesas informaram que irão medir a radioatividade no mar nas
redondezas da usina nuclear de Fukushima Daiichi. Esta monitoração será
realizada entre 22 e 23 março pela JAMSTEC. Serão coletadas oito amostras da
água do mar, que serão analisadas pela Agência Japonesa de Energia Atômica
(JAEA) e seus resultados serão fornecidos no dia 24 de março. Esta análise incluirá
concentrações de radionuclídeos encontrados na água do mar e sua taxa de dose.
Atualização IAEA (21 de março de 2011 às 23:10 UTC)
As autoridades japonesas comunicaram à IAEA que os esforços para restabelecer a
energia da central nuclear de Fukushima Daiichi continuam em curso. No dia 19 de
março às 21:46 UTC, o centro de controle da unidade 2 voltou a receber
eletricidade e continuam os trabalhos para restaurar a eletricidade nas unidades 3 e
4.
Houve relatos de uma fumaça branca na unidade 2 no dia 21 de março às 09:22
UTC. Também houve relatos de uma fumaça acinzentada na unidade 3 às 6:55 do
dia 21 de março, que cessou duas horas depois. Todos os trabalhadores das
unidades 1 a 4 evacuaram o local após ser vista a fumaça na unidade 3. A IAEA
está buscando mais informações sobre a situação atual dos trabalhadores do local.
As autoridades japonesas também disseram que no dia 21 de março às 01:37 UTC
voltouse a lançar água na piscina de combustível usado. A IAEA está buscando
mais informações sobre este assunto e espera um relatório com atualizações da
situação no Japão.
Atualização IAEA (21 de março de 2011 às 15:30 UTC)
Neste sábado dia 21 de março de 2011, Andrew Graham, assessor do diretorgeral
da IAEA em assuntos científicos e técnicos, informou aos meios de comunicação o
estado atual da segurança nuclear no Japão:
"1. Situação Atual:
Nós estamos observando algumas melhoras constantes, mas a situação geral da
usina nuclear de Fukushima Daíichi continua muito grave. Altos níveis de
contaminação foram observados na central nuclear.
Uma boa notícia foi o restabelecimento da energia elétrica na unidade 2. A fonte de
energia que alimenta as bombas de refrigeração esta sendo restabelecida. Também
está em andamento a restauração da energia elétrica nas unidades 3 e 4.
A água do mar ainda está sendo injetada nos reatores das unidades 1, 2 e 3.
A pressão no vaso do reator e na contenção da unidade 3, que havia subido ontem,
voltou a diminuir.
Nas unidades 2, 3 e 4, a água está sendo injetada periodicamente nas piscinas de
combustível usado. A IAEA ainda não têm dados sobre os níveis de água e sobre as
temperaturas nos tanques de combustível usado nas unidades 1, 2, 3 e 4.
Depois de restaurar a refrigeração nas unidades 5 e 6, as temperaturas nas
piscinas de combustível usado continuaram a cair.
2. Monitoração das Radiações:
Como informado ontem, a equipe de monitoração das radiações da IAEA realizou
medidas entre distâncias de 56 a 200 km da usina nuclear de Fukushima. Em dois
locais na cidade de Fukushima foi observada uma alta taxa de dose para a radiação
beta e gama. As medidas mostraram altos índices de contaminação por elementos
emissores de radiação beta e gama. Foram retiradas amostras ao mesmo tempo
nos mesmos locais pela IAEA e pelas autoridades japonesas e seus resultados
foram similares.
A medida da taxa de dose gama e a contaminação beta e gama foram realizadas no
dia 20 de março, em vários locais. A taxa de dose variou entre 2 e 160
microsieverts por hora, o que é comparado com a radiação natural típica do local,
que é cerca de 0,1 microsieverts por hora. Os altos níveis de contaminação para
radiação beta e gama foram medidos entre 16 e 58 km da usina. Os resultados
disponíveis mostram uma contaminação variando entre 0,2 e 0,9 MBq por metro
quadrado.
São necessárias medidas adicionais para avaliar a eventual contaminação fora da
área monitorada tanto perto quanto longe da instalação nuclear. Não temos
medições que mostrem a contaminação em níveis elevados a distâncias superiores
a 58 km da usina, mas essa hipótese não pode ser excluída.
Nós não temos mais informações disponíveis sobre as medidas da radiação alfa. A
partir das medidas realizadas na zona de evacuação (20 km), não foi detectada a
radiação alfa.
Nos próximos dias, a equipe de monitoração da IAEA continuará fazendo medições
na cidade de Fukushima. Estamos buscando as informações junto ao Japão sobre
as medições de contaminação radioativa no resto do país.
Alguns resultados sobre o controle dos alimentos foram disponibilizados pelo Japão
para a IAEA e a FAO. Os resultados fornecidos recentemente pelas autoridades
japonesas mostram contaminações de até 55.000 Bq por kg de I131 em amostras
de espinafre retiradas na cidade de Ibaraki. Esses valores são significativamente
superiores aos recomendados pelo Japão para o consumo de alimentos (ou seja,
2.000 Bq por kg). O governo japonês está considerando tomar medidas cautelares
e instruiu quatro cidades (Ibaraki, Totigi, Gunma, Fukushima) a não distribuir, por
hora, dois tipos de vegetais (espinafre e kakina) e Fukshima a não distribuir leite.
3. Atividades da Agência:
O diretorgeral informou ao conselho de governadores o resultado da sua visita a
Tóquio. "
Atualização IAEA (20 de março de 2011 às 21:00 UTC)
Abaixo apresentase o estado atual dos seis reatores, com base em documentos e
confirmado por autoridades japonesas.
Unidade 1: Em 19 de março de 2011 foi restaurada a pressão interna do vaso de
pressão.
Unidade 2: Em 20 de março de 2011 os trabalhadores começaram a bombear cerca
de 40 toneladas de água do mar para a piscina d combustível usado.
Unidade 3: Uma fumaça branca menos intensa foi vista saindo da contenção do
reator no dia 19 de março. O lançamento de água através de caminhões continuou
no dia 20 de março de 2011 e não há dados sobre a temperatura da água nas
piscina de combustível usado.
Unidade 4: As autoridades japonesas continuam preocupadas com a condição da
piscina de combustível irradiado e as Forças de Defesa japonesas começaram o
lançamento de água para dentro do prédio da unidade 4 no dia 20 de março de
2011.
Unidades 5 e 6: Desligados para manutenção de rotina antes do terremoto, os dois
reatores alcançaram desligamento a frio no dia 20 de março. Os reatores estão,
agora, em modo de segurança, com os sistemas de refrigeração estáveis e sob
controle, com baixas temperatura e pressão no reator.
A partir de 20 de março, as temperaturas em ambas as piscinas de combustível
usado diminuíram significativamente.
Os trabalhadores abriram partes dos telhados dos dois prédios para evitar o
possível acúmulo de hidrogênio, o qual é suspeito de causar explosões em outras
unidades.
Restauração da rede de energia: A rede externa foi ligada a um transformador
auxiliar e a painéis de distribuição na unidade 2. O trabalho continua para ligar
alguns equipamentos específicos da unidade 2.
Radio
nuclí
deos
em
alimentos e na água: A IAEA recebeu informações do Ministério da Saúde,
Trabalho e Bemestar japonês sobre a presença de iodo131 em três amostras de
leite testadas na cidade de Kawamata. Há relatos de que a concentração está acima
dos níveis permitidos. O césio137 foi detectado em uma amostra, porém em uma
concentração abaixo dos níveis permitidos.
Na cidade de Ibaraki, o iodo131 e o césio137 foram detectados em folhas de
vegetais como a cebolinha e o espinafre. Algumas amostras estavam acima dos
níveis estabelecidos pela lei japonesa utilizando os critérios de monitoração de
emergência.
De acordo com a Divisão de Segurança Nuclear, Ministério da Educação, Cultura,
Desporto, Ciência e Tecnologia (MEXT) não foram encontrados iodo131 e Césio
137 na análise da água da maioria das 46 localidades. Apenas seis das 46
amostragens apresentaram alguma quantidade de iodo131, embora a
concentração encontrada estivesse abaixo dos níveis estabelecidos pela lei japonesa
para situações de urgência no monitoramento da água potável.
Atualização IAEA (19 de março de 2011 às 14:00 UTC)
No sábado dia 19 de março de 2011, Andrew Graham informou aos meios de
comunicação o estado atual da segurança nuclear no Japão:
“1. Situação Atual:
A situação nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi é semelhante a de ontem.
Os esforços para restaurar a energia elétrica no local continuam. Esperase que a
energia seja restaurada na unidade 2 hoje, passando a atuar como um hub para
restaurar a energia da unidade 1. No entanto, não sabemos se as bombas de água
foram danificadas e se vão funcionar quando a energia for restabelecida.
A água do mar foi lançada no vaso do reator das unidades 1 e 2 e chegaram
caminhões adicionais dos bombeiros para reforçar a operação de lançamento da
água para o prédio do reator da unidade 3.
Ainda faltam dados confiáveis e validados acerca das temperaturas nas piscinas de
combustível usados das unidades 3 e 4.
As temperaturas nas piscinas das unidades 5 e 6 têm subido nos últimos dias, mas
isso não gera preocupação imediata. Em ambas as unidades a água continua a ser
distribuída no interior dos vasos dos reatores e dos tanques de combustíveis
usados.
2. Monitoração das Radiações:
Os níveis da radiação não mudaram significativamente desde ontem nas principais
cidades japonesas. A equipe de monitoramento da IAEA realizou medidas em sete
locais diferentes incluindo Tóquio e as cidades de Kanagawa e Chiba. As taxas de
dose foram bem inferiores às que são perigosas para a saúde humana.
A equipe foi para a cidade de Aizu Wakamatsu, que está a 97 km a oeste da usina
nuclear de Fukushima. Nas medições realizadas pelo Japão em uma série de locais
temse observado a presença de radionuclídeos no chão, como isótopos do iodo
131 e do césio137.
Isso tem implicações na alimentação e na agricultura das áreas afetadas. A IAEA e
as Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estão conversando com as
autoridades japonesas sobre as medidas tomadas nessas áreas em relação a
alimentação e a agricultura.
O Ministério japonês da Saúde, Trabalho e Previdência Social anunciou que o leite
encontrado com alto nível de radiação foi produzido na região de Fukushima.
Também foram encontrados altos níveis de radiação em alguns produtos agricolas
de Ibaraki. O ministério solicitou que o Departamento de Saneamento da Prefeitura
de Fukishima, após realizar uma investigação de todas as informações pertinentes,
tomasse as medidas necessárias, tais como a identificação do fornecedor e dos
locais onde os mesmos lotes foram distribuídos, além de proibir a venda de
alimentos com base na lei de higiene.
Quanto à central nuclear de Fukushima Daini, não há registos de quaisquer
incidentes ou liberação de radiação no local. Os elevados níveis atuais de radiação
são atribuídos pelo Japão a eventos na usina nuclear Daiichi”.
Atualização IAEA (19 de março de 2011 às 12:00 UTC)
Contaminação de alimentos em Fukushima:
O Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência Social japonês confirmou a presença
de contaminação com iodo radioativo em alimentos na cidade de Fukushima, na
área ao redor da usina nuclear de Fukushima Daiichi. Os produtos alimentícios
foram medidos de 16 a 18 de março e indicaram a presença de iodo radioativo,
mas até agora, nenhum outro isótopo radioativo foi encontrado.
Apesar do iodo radioativo ter uma meiavida curta, aproximadamente 8 dias, e
decair naturalmente dentro de algumas semanas, há um risco, de curto prazo, para
a saúde humana se o iodo radioativo estiver em alimentos e for absorvido pelo
corpo humano. Se ingerido, ele pode se acumular e causar danos à tireóide,
particularmente em crianças e jovens. As autoridades japonesas têm
implementado duas medidas importantes para combater tal contaminação. Em 16
de março, a Comissão de Segurança Nuclear japonesa recomendou às autoridades
locais indicarem à população em um raio de 20 quilômetros a ingerir iodo estável
(não radioativo) como um método estabelecido de prevenção para evitar a
acumulação de iodo radioativo na tireóide. Pílulas de iodo estável e xarope (para
crianças) foram disponibilizados em centros de evacuação. Em segundo lugar, o
Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência solicitou uma investigação sobre a
possível interrupção nas vendas de produtos alimentares pela cidade de Fukushima.
A IAEA já enviou essa informação para a Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), além da Organização Mundial da Saúde (OMS) e
continuará a acompanhar seu desenvolvimento. De acordo com o material em seu
site, a FAO está preparada para responder, a pedido do Governo do Japonês, nas
seguintes áreas:
1 Medir a contaminação radioativa do meio ambiente agrícola, especialmente
em alimentos;
2 Prestar aconselhamento técnico e determinar as medidas a médio e longo
prazo a serem tomadas para a agricultura incluindo o solo, a terra, as
florestas, lavouras, pescas, saúde e bem estar animal e segurança
alimentar;
3 Facilitar o comércio internacional de alimentos, incluindo produtos agrícolas.
Atualização IAEA (18 de março de 2011 às 14:00 UTC)
Em 18 de março de 2011, Andrew Graham, informou aos meios de comunicação
sobre o estado atual da segurança nuclear no Japão:
1. Situação Atual:
Como já informado, a situação nas usinas nucleares continua muito grave, mas não
houve piora desde a última reunião. A situação dos reatores das unidades 1, 2 e 3
parece estável. Na unidade 3, a água do mar foi injetada por helicóptero no vaso do
reator e canhões de água foram usados na piscina de elementos combustíveis
irradiados.
Um problema de segurança importante continua sendo as piscinas de combustíveis
usados das unidades 3 e 4. Há falta de informação sobre os níveis de água e
temperaturas nas piscinas de combustível irradiado.
Esforços estão sendo feitos para restaurar a energia elétrica para toda a central
nuclear. Outro ponto positivo foi que os geradores a diesel estão fornecendo
energia para a refrigeração das unidades 5 e 6.
Não foram relatados problemas na piscina de combustível usado, que está
totalmente coberto pela água.
As autoridades japonesas emitiram hoje uma nova classificação para o acidente.
Eles avaliam os danos causados pela perda de todas as funções de resfriamento na
central nuclear de Fukushima Daiichi, unidades 1, 2 e 3 , como sendo nível 5 na
escala INES. As autoridades japonesas também classificaram a situação na unidade
4, onde o resfriamento e abastecimento da água na piscina de combustível
irradiado foi perdida, como sendo nível 3. Na usina nuclear de Fukushima Daini,
unidades 1, 2 e 4, a perda das funções de refrigeração também foi classificada
como nível 3.
2. Monitoramento de Radiação:
A informação sobre a taxa de dose está regularmente sendo recebida de 47 cidades
japonesas. As taxas de dose em Tóquio e em outras cidades continuam muito
aquém dos níveis que exigem ação. Em outras palavras, elas não são perigosas
para a saúde humana.
As primeiras medições recémchegadas de Tóquio a IAEA mostraram que não há
indicação de iodo131 ou césio137 no ar.
3. Atividades da Agência:
O diretorgeral da IAEA se encontrou com o primeiroministro, com outros
ministros do governo e com o vicepresidente da Tepco. Ele ressaltou a
importância do envio de informação de forma mais rápida e mais detalhada sobre a
situação nas usinas nucleares. Enfatizou, também, a importância de um estreito
trabalho em colaboração com a comunidade internacional para resolver o acidente.
Houve um acordo entre a IAEA e os japoneses definindo que a Agência iria ajudar
nas medições de radiação e na identificação das necessidades japonesas em um
programa de monitoramento ambiental no futuro.
A Agência iniciou as medições de radiação em Tóquio e vamos avançar para a
região de Fukushima o mais rápido possível.
A Organização Internacional de Aviação Civil, em colaboração com a IAEA e com
uma série de outras organizações internacionais, disse hoje que voos internacionais
e operações marítimas podem continuar normalmente dentro e fora dos principais
aeroportos e portos do Japão, e não há qualquer entendimento médico para a
imposição de medidas adicionais para proteger os passageiros. Essa decisão será
mantida sob revisão.
Atualização IAEA (18 de março de 2011 às 12:25 UTC)
As autoridades japonesas informaram a IAEA que, antes do terremoto do dia 11 de
março de 2011, o núcleo do reator da unidade 4 da central nuclear de Fukushima
Daiichi havia sido totalmente descarregado e que seus elementos combústíveis
foram colocados na piscina de combustíveis irradiados localizada no prédio da
contenção.
Esclarecimentos:Ao contrário de várias notícias, a IAEA ainda não recebeu qualquer
notificação das autoridades japonesas informando a quantidade de pessoas
expostas à radiação.
No relatório de 17 de Março de 2011 às 1:15 UTC, os casos notificados são de
pessoas nas quais foram detectadas contaminação radioativa quando foram
monitoradas.
Atualização IAEA (18 de março de 2011 às 10:15 UTC)
As autoridades japonesas informaram a IAEA que as novas classificações INES já
foram emitidas para alguns dos eventos relacionados à emergência nuclear na
central nuclear de Fukushima Daiichi.
Elas têm avaliado como 5 os danos nos núcleos dos reatores das usinas 2 e 3,
causados pela perda de todos os sistemas de resfriamento.
As autoridades japonesas continuam avaliando a perda da água de resfriamento na
piscina de combustível irradiado da unidade 4, que foi classificada como nível 3 na
escala INES.
As autoridades japonesas têm avaliado se as perdas de funções nas unidades de
resfriamento do reator 1, 2 e 4 de Fukushima Daiini também foram classificadas
como 3. Todas as unidades do reator na usina nuclear de Fukushima Daiini estão,
agora, em condição de desligamento a frio.
Atualização IAEA (18 de março de 2011 às 6:10 UTC)
Atualização da temperatura do combustível irradiado nas piscinas da central nuclear
em Fukushima Daiichi:
A preocupação com as condições de armazenamento do combustível gasto levou as
autoridades japonesas a lançar jatos de água a partir de helicópteros e caminhões
na unidade 3 da central nuclear Fukushima Daiichi (Ver atualização anterior).
A agência de segurança nuclear e industrial japonesa informou um aumento da
temperatura nos tanques de combustível das unidades 5 e 6 desde 14 de março.
Um gerador a diesel de emergência da unidade 6 agora injeta água para alimentar
os tanques nessas duas unidades, de acordo com NISA.
A AIEA têm as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de
combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:
Unidade 4
13 de Março, 19:08 UTC: 84 ° C
Unidade 5
17 de Março, 03:00 UTC: 64,2 ° C
17 de Março, 18:00 UTC: 65,5 ° C
Unidade 6
17 de Março, 03:00 UTC: 62,5 ° C
17 de Março, 18:00 UTC: 62,0 ° C
Atualização IAEA (17 de março de 2011 às 17:55 UTC)
As autoridades japonesas informaram a IAEA que os engenheiros iniciaram o
estabelecimento de conexão de uma linha externa de energia na unidade 2. A
operação continuava até às 20:30 UTC, conforme informação da TEPCO para o
órgão regulador NISA. Eles planejam reconectar a energia da unidade 2 assim que
o lançamento de água na unidade 3 for concluído. O lançamento de água sobre a
contenção da unidade 3 foi temporariamente interrompida às 11:09 UTC (20:09
hora local) do dia 17 de março de 2011.
Atualização IAEA (17 de março de 2011 às 14:00 UTC)
Na sede da IAEA em Viena, Andrew Graham informou aos EstadosMembros e aos
meios de comunicação o estado atual da segurança das usinas nucleares do Japão.
Situação Atual:
A situação nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi continua muito grave, mas
não houve piora significativa desde ontem.
A situação atual nas unidades 1, 2 e 3, cujos núcleos sofreram danos, parece ser
estável. A água do mar está sendo injetada em todas as três unidades por
mangueiras de incêndio. As pressões internas na contenção são variáveis.
Helicópteros militares realizaram quatro derramamentos de água sobre a unidade
3.
A unidade 4 continua sendo uma preocupação em segurança radiológica e não há
informações disponíveis sobre o nível de água na piscina de combustível da mesma.
Não há indicação da temperatura da água da piscina de combustível irradiado da
unidade 4 desde o dia 14 de março, quando a temperatura estava em 84 ºC e o
prédio da contenção estava sem sua parte superior.
Os níveis de água nos vasos de pressão do reator das unidades 5 e 6 estão
diminuindo.
Monitoramento de Radiação:
Estamos recebendo regularmente a informação da taxa de dose de 47 cidades
japonesas, demonstrando uma boa evolução. Em Tóquio, não houve alteração
significativa nos níveis de radiação desde ontem, que Eles permanecem bem abaixo
dos níveis que são perigosos para a saúde humana.
A radiação na central nuclear de Fukushima Daiichi e Daini está em níveis
preocupantes e não temos recebido informações novas desde o último relatório.
Em alguns lugares, a cerca de 30 quilômetros da usina de Fukushima, as doses
aumentaram significativamente nas últimas 24 horas (em um local de 80 a 170
microsievert por hora e em outro local, de 26 a 95 microsievert por hora). Mas este
não foi o caso em todos os locais a mesma distância das plantas.
Para o noroeste das usinas nucleares foram observadas taxas de dose com
intervalos entre 3 e 170 microsievert por hora, com os níveis mais elevados
observados em torno de 30 km da usina.
As taxas de dose em outras direções estão entre 1 e 5 microsievert por hora.
Atividades da agência:
O diretorgeral, que está a caminho do Japão, conversou com o secretáriogeral
Ban KiMoon, que prometeu todo o apoio necessário aos esforços da IAEA.
O diretorgeral também se reuniu com o secretário executivo da Nuclear TestBan
Treaty Organization, Tibor Toth, para discutir a possibilidade de a Agência ter
acesso aos dados coletados por estações de monitoração de radionuclídeos da
CTBTO (Preparatory Commission for the Comprehensive Nucleartestban Treaty
Organization). Foi feito um pedido por escrito a CTBTO e acreditamos que os dados
e as informações adicionais podem ajudar a IAEA na nossa avaliação da evolução
da situação no Japão.
Um especialista da Organização Meteorológica Mundial se juntou à nossa equipe no
centro de emergência no início desta semana, oferecendo conselhos de
especialistas sobre as trajetórias possíveis dos ventos da área das usinas.
Atualização IAEA (17 de março de 2011 às 11:05 UTC)
Com base em um comunicado para a imprensa do secretário de gabinete japonês,
de 17 de março de 2011, 04:00 UTC, a IAEA pode confirmar que os militares
japoneses estão jogando água de quatro helicópteros sobre o reator Fukushima
Daiichi unidade 3. Esta operação aconteceu entre 00:48 UTC e 01:00 UTC.
Atualização IAEA (17 de março de 2011, 1:15 UTC)
Lesões ou contaminações nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi:
Baseado em um comunicado de imprensa do secretáriochefe do gabinete japonês
em 16 de março de 2011, a IAEA confirma as informações a seguir sobre os
ferimentos ou contaminações humanas na usina nuclear de Fukushima Daiichi,
porém, dada a situação atual, estão sujeitas a alterações.
Lesões:
2 funcionários da TEPCO tem ferimentos leves;
2 empregados subcontratados estão feridos, um deles fraturou as pernas e o
segundo foi transportado para o hospital e seu estado de saúde é desconhecido;
2 pessoas estão desaparecidas;
2 pessoas ficaram "subitamente doentes"(“suddenly taken ill”);
2 funcionários da TEPCO foram transportados para o hospital durante o
procedimento de colocação de uma proteção respiratória no centro de controle;
4 pessoas (2 funcionários da TEPCO e 2 trabalhadores subcontratados) sofreram
ferimentos leves devido à explosão em uma unidade no dia 11 de março de 2011 e
foram transportados para o hospital;
11 pessoas (4 funcionários da TEPCO, 3 empregados subcontratados e 4
funcionários da defesa civil japonesa) ficaram feridas devido a uma explosão
ocorrida na unidade 3 no dia 14 de março de 2011.
Contaminação e exposição radiológica:
17 pessoas (9 funcionários da TEPCO e 8 trabalhadores subcontratados) tiveram
suas faces contaminadas com material radioativo, mas não foram levadas ao
hospital por causa dos baixos níveis de contaminação;
1 trabalhador que sofreu uma exposição significativa durante a remoção de ar foi
levado para um centro externo;
2 policiais foram descontaminados;
Bombeiros que foram expostos à radiação estão sob investigação.
Atualização IAEA (16 de março de 2011 às 22:00 UTC)
A temperatura do combustível das piscinas na usina nuclear em Fukushima Daiichi:
O combustível usado de um reator, quando removido, se mantêm gerando calor
intenso e é normalmente armazenado em uma piscina cheia de água a fim de
resfriálo e conter a sua radiação. A água destas piscinas é constantemente
resfriada para remover o calor produzido pelos conjuntos de combustível irradiado.
Segundo os especialistas da IAEA, a temperatura da piscina de combustível deve
ser mantida abaixo de 25 ˚C, em condições normais de funcionamento. A
temperatura da piscina de combustível irradiado é mantida por uma refrigeração
constante, necessitando continuamente de energia.
Dado o intenso calor e radiação que os elementos combustíveis podem gerar, as
piscinas de combustível devem ser verificadas constantemente, além dos níveis de
umidade e temperatura. Se o combustível não está coberto por água, ou se as
temperaturas chegam a um ponto de ebulição, o combustível pode ficar exposto
gerando o risco de libertação de substâncias radioativas. A preocupação com as
piscinas de combustível em Fukushima Daiichi é porque as fontes de energia
utilizadas para resfriarlas podem ter sido comprometidas.
A IAEA tem as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de
combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:
Unidade 4
14 de março, 10:08 UTC: 84 ˚ C
15 de março, 10:00 UTC: 84 ˚ C
16 de março, 05:00 UTC: sem dados
Unidade 5
14 de março, 10:08 UTC: 59,7 ˚ C
15 de março, 10:00 UTC: 60,4 ˚ C
16 de março, 05:00 UTC: 62,7 ˚ C
Unidade 6
14 de março, 10:08 UTC: 58,0 ˚ C
15 de março, 10:00 UTC: 58,5 ˚ C
16 de março, 05:00 UTC: 60,0 ˚ C
Atualização IAEA (16 de março de 2011, 18:50 UTC)
O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica viajará para o Japão.
Ele anunciou:
"Eu pretendo voar para o Japão o mais cedo possível, espero que amanhã, para ver
a situação e para aprender com os nossos aliados japoneses qual a melhor maneira
da IAEA ajudar. Vou solicitar que o Conselho de Governadores se reúna comigo
para discutir a situação. Minha intenção é fazer com que os primeiros peritos da
IAEA vão ao Japão o mais cedo possível."
Em 15 de Março, o Japão pediu assistência à IAEA para as áreas de monitoramento
ambiental e para os efeitos da radiação à saúde humana, solicitando o envio de
especialistas da IAEA ao Japão para ajudar os especialistas locais.
Atualização IAEA (16 de março de 2011, 14:55 UTC)
As autoridades japonesas demonstraram preocupação sobre a condição das piscinas
de combustível nuclear irradiado em Fukushima Daiichi unidade 3 e 4. O ministro
da Defesa japonês, Toshimi Kitazawa, anunciou quartafeira que os helicópteros
especiais das Forças de Defesa planejavam jogar água na unidade 3 e que os
operadores também estão se preparando para injetar água na Unidade 4 de
posições no solo e, possivelmente, mais tarde na Unidade 3. Alguns detritos no
solo, devido à explosão de 14 de março na unidade 3, talvez precisem ser
removidos antes de a pulverização começar.
Atualização IAEA (16 de Março de 2011, 03:55 UTC)
As autoridades japonesas informaram à IAEA que um incêndio no prédio do reator
da unidade 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi foi observado, às 20:45 UTC
do dia 15 de março. A partir de 21:15 UTC do mesmo dia, o fogo não era mais
observado.
Fogo do dia 14 de março: Como relatado anteriormente, às 23:54 UTC do dia 14 de
março houve um incêndio na unidade 4. O fogo durou cerca de duas horas e foi
extinto as 02:00 UTC do dia 15 de março.
Nível de água na unidade 5: As autoridades japonesas também informaram a IAEA
que às 12:00 UTC do dia 15 de março o nível de água na unidade 5 tinha
diminuído para 2,01 m acima do topo do combustível. Esta foi uma diminuição de
40 cm desde 7:00 UTC do dia 15 de março. Os operadores planejam usar um
gerador a diesel da unidade 6 para abastecimento de água na unidade 5.
Atualização IAEA (15 de março de 2011, 22:30 UTC)
As autoridades japonesas informaram à IAEA que a evacuação da população da
zona de 20 quilômetros em redor de Fukushima Daiichi foi concluída com êxito.
As autoridades japonesas também aconselharam as pessoas num raio de 30 km a
se abrigarem dentro de casa. Os comprimidos de iodo têm sido distribuídos para os
centros de evacuação, mas nenhuma decisão foi tomada ainda sobre sua
administração.
Atualização IAEA (15 de março de 2011, 20:35 UTC)
O governo japonês pediu assistência da IAEA em monitoração ambiental e em
efeitos da radiação na saúde humana. Os preparativos para estas missões estão em
curso.
Esta publicação foi elaborada por Abner Duarte Soares, Diretoria de Radioproteção
e Segurança Nuclear, CNEN.