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 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO  CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTA IS  CAMPUS IV CHAPA DINHA MA  Notas de aulas de  Adubação e Nutrição de Plantas  Prof. José Maria do Amaral Resende

Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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Apostila da disciplina Adubação e nutrição de plantas

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  UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

  CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

  CAMPUS IV – CHAPADINHA – MA

 

Notas deaulas de  Adubaçãoe Nutrição de

Plantas 

Prof. José Maria do Amaral Resende

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  CHAPADINHA –MA

Março 2009

CAPÍTULO I

CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS FETILI!ANTES

As palavras “adubo” e “fertilizante” são palavras sinônimas,podendo ser usadas indistintamente. Os conceitos seguintes sãodados pela legislação vigente:

Fertili"ante# Substncia mineral ou orgnica, natural ou sint!tica,fornecedora de um ou mais nutrientes para as plantas"

Correti$o# #odo material capaz de, $uando aplicado ao solo, corrigir%l&e uma ou mais caracter'sticas desfavor(veis )s plantas"

Condi%ionador# *roduto $ue promove a mel&oria das propriedadesf'sicas +porosidades, aeração, capacidade de retenção de (gua... ouf'sico%$u'micas +-#- do solo. /emplo: 0ermiculita, serragem e etc.

CLASSIFICAÇÃO DOS FETILI!ANTES1e acordo com a legislação vigente, os fertilizantes são assim

classi2cados:

I & Classi'%ação dos (ertili"antes do )onto de $ista *u+,i%o3. Fertili"antes ,inerais# São fertilizantes constitu'dos de

compostos inorgnicos. São tamb!m considerados fertilizantesminerais a$ueles constitu'dos por compostos orgnicos, obtidosarti2cialmente ou sinteticamente. /emplos: 4r!ia,-aciocianamida e os fertilizantes $uelatizados.

Os fertilizantes minerais se subdividem em tr5s classes:

3.3. Fertili"antes si,)les# São fertilizantes formados por um

6nico composto $u'mico, contendo um ou mais nutrientesvegetais.

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/emplos: 8 -ont!m um 6nico nutriente  9-l 8 -ont!m dois nutrientes

3.7. Fertili"antes ,istos ou ,isturas# São fertilizantesresultantes da mistura f'sica de dois ou mais fertilizantessimples, comple/os ou ambos. São tamb!m con&ecidos como

frmulas ou formulaç;es./emplos: <=%3=%<>" <=%7<%7<" 7<%<<%7<3.?. Fertili"antes %o,)le-os# São misturas de fertilizantes

resultantes de processos tecnolgicos em $ue se formam doisou mais compostos $u'micos. São misturas produzidas com aparticipação de mat!rias%primas +amônia %@?, (cido sulf6ricoB 7SO=, (cido fosfrico B ?*O=, as $uais dão origem acompostos $u'micos./emplos: Sulfato de amônio: @=SO="

  Cosfato monoamônico B DA*: @=7*O="

  Cosfato diamônico B 1A*: +@=7*O=

7. Fertili"antes or./ni%os: São constitu'dos de compostosorgnicos de origem natural, vegetal ou animal, contendo um oumais nutrientes para as plantas./emplo: Carin&a +de ossos, de sangue" #ortas +de mamona dealgodão etc." stercos, *al&as e etc. Euando se mistura dois oumais fertilizantes orgnicos, obt5m%se um fertilizante orgnicomisto.

012 Fertili"ante or./ni%o %o,)osto#  *roduto obtido porprocesso f'sico, $u'mico, 2sco%$u'mico ou bio$u'mico, natural ou

controlado, a partir de mat!ria prima de origem industrial, urbanaou rural, animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo serenri$uecido de nutrientes minerais, princ'pios ativos ou agentecapaz de mel&orar suas caracter'sticas f'sicas, $u'micas oubiolgicas, sendo inclu'dos o lodo de esgoto, vermicomposto ecompostos de li/o.

010 Fertili"ante or.ano&,inerais: São resultantes da mistura defertilizantes orgnicos e minerais. O obFetivo dessas misturas !enri$uecer os materiais orgnicos com nutrientes.

II 3 Classi'%ação dos (ertili"antes do )onto de $ista (+si%o

21 Fertili"antes s4lidos# *roduto constitu'do de part'culas oufraç;es slidasstão subdivididos em:

3.3. P4 ou (arelado# Euando as part'culas são de pe$uenasdimens;esP4# 3<<G das part'culas devem passar em peneira de 7mmde abertura +AH@# 3<<" I<G em peneira de <,>=mm deabertura +AH@# 7< e J<G em peneira com abertura de<,?mm de abertura +AH@# J<"

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Farelado# KJG deve passar em peneira AH@# L +?,?Lmm"7JG em peneira AH@# ?J +<,Jmm"Farelado .rosso# 3<<G em peneira AH@# = +=,>mm" 7<Gem peneira AH@# 3> +3mm

  2101 5ranulado# Euando as part'culas são de dimens;es $uepermitem caracteri%  zar um grnulo. Apresenta as seguintes dimens;es:  6i%ro.ranulado# K<G deve passar em peneira AH@# I+7,>mm" 3<G em pe%  neira AH@# 3> +3mm.  5ranulado# KJG passa em peneira AH@# J +=mm e JGem peneira AH@# 3>

+3mm.  Os fertilizantes granulados podem se apresentar em duasformas:a 6istura de .r/nulos ou ,istura de .ranulados#  São

obtidas pela mistura de dois ou mais fertilizantes simples,comple/os ou ambos previamente granulados. São misturasf'sicas e caracterizam%se por apresentar os nutrientescontidos em grnulos distintos"

b 6isturas .ranuladas# São obtidas pela mistura de dois oumais fertilizantes simples, comple/os ou ambos em p ousua posterior granulação, ou são obtidos de uma misturacomple/a e posterior granulação. @o primeiro caso sãotamb!m misturas f'sicas e, no segundo, misturas $u'micas"

mas ambas caracterizam%se por conter em cada grnulo,todos os nutrientes garantidos na mistura.

01 Fertili"antes 7u+dos# São fertilizantes $ue se apresentam noestado l'$uido. *odem se apresentar como:

7.3. Soluç8es $erdadeiras# São soluç;es com aus5ncia deslidos suspensos.

7.7. Sus)ens8es#  São fertilizantes l'$uidos $ue apresentamuma fase slida dispersa em meio l'$uido.

As suspens;es podem ser de duas formas:a Sus)ensão 9o,o.:nea#  São dispers;es compostas de

uma fase l'$uida e outra fase de slidos em suspensão,mas $ue 2ca &omogeneamente dispersa na fase l'$uida.*ode apresentar separação de fases aps longo per'odo dedecantação, mas a &omogeneidade da suspensão deve serrecomposta facilmente por agitação.

b Sus)ensão 9etero.:nea# São dispers;es compostas depelo menos uma fase l'$uida e uma ou mais fases deslidos em suspensão $ue s 2cam &omogeneamentedispersos sob vigorosa agitação. -essando agitação podeocorrer a r(pida separação de fases.

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;1 Fertili"ante .asoso#  Se apresenta no estado gasoso nascondiç;es normais de temperatura e pressão. O 6nicofertilizante $ue se apresenta nesta forma ! a amônia anidra.

 

E<ECÍCIO 2  Os fertilizantes minerais possuem suas de2niç;es, normasespeci2caç;es garantias, tolerncias e etc., regidas pela Mnstrução@ormativa do DA*A de nN J de 7?<77<<I, ane/os de M a 0MM, comalteraç;es feitas pela Mnstrução @ormativa do DA*A de nN 73 de3L<=7<<>.

Os corretivos e condicionadores do solo, são regidos pelaMnstrução @ormativa DA*A de nN ?J de <=<I7<<L.  *ara a edição de uma Mnstrução @ormativa $ue estabeleça asde2niç;es, normas, especi2caç;es, garantias e etc, o DA*A publicou a

*ortaria de nN =7, de <J<J7<<>, $ue submete a consulta p6blica+pede sugest;es aos rgãos, industrias e outras organizaç;es umproFeto de Mnstrução @ormativa.  0oc5 deve ter con&ecimento desta legislação. -onsulte%a noportal do Dinist!rio da Agricultura, *ecu(ria e Abastecimento, noSislegis.

3 B 15 os conceitos de fertilizante, corretivo e condicionador do solo"7 B *or $ue na grande maioria das vezes são recomendados adubosmistos e não

adubos simples"; 15 e/emplos de adubos simples e de adubos mistos"= Eual a diferença entre um adubo misto e um adubo comple/oP

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> -onceitue fertilizante orgnico.? -onceitue fertilizante orgnico%composto@ 15 a de2nição de fertilizante organo%mineral. Eual a diferença entre um fertilizante orgnico%composto e um

fertilizante organo %mineralP

B m $uais condiç;es voc5 recomendaria um adubo em p, fareladoou granuladoP2Eual a diferença entre mistura de grnulos e mistura granuladaP22 #ecnicamente, $ual das duas seria mais recomend(velP Qusti2$ue.20Eual a diferença entre soluç;es verdadeiras e suspens;esP2;Eual a diferença entre suspens;es &omog5neas e suspens;es

&eterog5neasP

%

CAPÍTULO II

CAACTEÍTICAS DE UALIDADE DOS FETILI!ANTES

São condiç;es naturais ou arti2ciais com $ue esses produtospodem se apresentar, e tem relaç;es diretas com sua e2ci5ncia.

stas caracter'sticas podem ser de natureza, f'sica, $u'mica ef'sico%$u'mica.

21 CAACTEÍSTICAS DE NATUE!A FÍSICAAs caracter'sticas de natureza f'sica são:

2121 Estado (+si%o# Os fertilizantes slidos ainda são os maisconsumidos no Hrasil, entretanto o uso de fertilizantes l'$uidosou Ruidos tem aumentado nos 6ltimos anos, sendo a culturada cana%de%aç6car a respons(vel pelo consumo de K<G dos

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fertilizantes Ruidos produzidos no Hrasil, al!m de fazerem usoda vin&aça, um fertilizante Ruido orgnico.  O aumento do uso de fertilizantes Ruidos est(relacionado com os seguintes fatores:a Denor custo de produção: Duitos fertilizantes são

produzidos na forma l'$uida, sofrendo depois processo desolidi2cação. Os fertilizantes Ruidos, dispensam asolidi2cação, diminuindo este custo"

b Denor custo de transporte e armazenamento: Osfertilizantes Ruidos são concentrados, diminu'do custos detransporte e armazenamento"

c *roporcionam maior uniformidade de aplicação, o $uereRete em maiores produç;es"

d Daior rapidez na absorção: Os fertilizantes slidosnecessitam solubilizar para serem absorvidos pelaplantas. Os fertilizantes l'$uidos são prontamentedispon'veis para os vegetais.

e *odem ser aplicados em fertirrigação, diminuindo custosde aplicação.

2101 5ranulo,etria# A granulometria se relaciona com otaman&o e forma das part'culas dos fertilizantes.  O ta,an9o da )art+%ula  vai determinar a suasuperf'cie espec'2ca. Euanto menor o taman&o da part'cula,maior a sua superf'cie espec'2ca, e tamb!m maior a suavelocidade de dissolução e de absorção de umidade

atmosf!rica B &igroscopicidade.  Certilizantes muito sol6veis em (gua e muito&igroscpicos, como a ur!ia, o nitrato de amônio, onitroc(lcio, devem ser usados com granulometria maisgrosseira, ou seFa, na forma de grnulos.  Certilizantes pouco sol6veis em (gua, como os fosfatosnaturais e termofosfatos devem ser usados comgranulometria 2na, em p, a2m de facilitar a solubilização doproduto.

 A (or,a das )art+%ulas encontra%se relacionada

com a sua Ruidez, isto !,o livre escoamento do produto dos recipientes das

adubadeiras. A forma de grnulo facilita o escoamento.  A uni(or,idade do ta,an9o das )art+%ulas

tamb!m ! importante, pois a desuniformidade leva )segregação, isto !, a separação e acomodação das part'culaspor ordem de taman&o com a trepidação. Msso podecomprometer a &omogeneidade de aplicação, principalmenteno caso da mistura de grnulos, $ue pode levar ) separaçãodos nutrientes.

 21;1 Consist:n%ia#  a resist5ncia $ue os grnulos

apresentam ) $uebra ou ) abrasão. O esfarelamento dos

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grnulos no transporte, armazenamento e aplicação, provocaa desuniformidade das part'culas, $ue gera a segregaçãoal!m de aumentar a umidade. A consist5ncia pode sermel&orada com o usode aglutinantes.

  21=1 Fluide"# a capacidade de livre escoamento dosfertilizantes dos recipientes $ue os cont5m. st( relacionadacom a &omogeneidade de distribuição dos fertilizantes. ARuidez ! inRuenciada diretamente pela &igroscopicidade,uniformidade e forma das part'culas.

21>1 Densidade#  a relação entre a massa e volume dapart'cula. @o caso da mistura de grnulos, part'culas dediferentes densidades, com a trepidação, tendem asegregarem, podendo levar a separação dos nutrientes,comprometendo a &omogeneidade de aplicação.

01 CAACTEÍSTICAS DE NATUE!A UÍ6ICAAs caracter'sticas de natureza $u'mica são:

0121 N,ero de nutrientes#  As plantas necessitam de$uatorze nutrientes essenciais, entre macro emicronutrientes. Assim, $uanto mais completo for ofertilizante, maior ser( sua e2ci5ncia. 1esde $ue necess(rios,deve%se dar prefer5ncia a fertilizantes mais completos.

Certilizantes contendo apenas um ou dois nutrientes sãoimportantes para o preparo de misturas espec'2cas e para oparcelamento de nutrientes.

0101 For,a *u+,i%a dos nutrientes# Os nutrientes sãousados nos fertilizantes sob v(rias formas $u'micas e emv(rios compostos $u'micos. As diferentes formas oucompostos $u'micos podem comportar%se tamb!mdiferentemente como fertilizantes, pois apresentam diferentesreaç;es no solo, podem inRuenciar certas propriedades dosolo, como p e salinidade, podem apresentar

incompatibilidade com outros fertilizantes em uma mistura, epossuem diferentes caracter'sticas f'sicas e f'sico%$u'micas./emplos: O nitrog5nio pode ser utilizado nas formas de @O?

%

e @=T. A forma n'trica ! facilmente li/iviada e a amoniacal !

acidi2cante do solo. O fsforo pode ser fornecido na formamonoc(lcica -a+7*O=7, sol6vel em (gua, ou na forma deapatita, -a3<+*O=LC7 insol6vel.

01;1 Con%entração dos nutrientes# Certilizantes $ueapresentam altas concentraç;es de nutrientes, são maiseconômicos $uanto ao transporte, armazenamento eaplicação, apesar de e/igirem tecnologias so2sticadas eonerosas para sua produção e não apresentarem em sua

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composição, macronutrientes secund(rios e micronutrientes.Certilizantes com bai/as concentraç;es de nutrientes, comoos fertilizantes naturais, apresentam tecnologias de produçãode bai/o custo, e mais de um nutriente na sua composição,sendo recomendado o seu uso nas regi;es pr/imas das

fontes de produção.

01=1 Co,)ostos no%i$os aos $e.etais#  Os fertilizantespodem conter, em esp!cie ou em $uantidade, compostosnocivos aos vegetais.

São nocivos aos vegetais os seguintes compostos:GiuretoH $ue pode ser formado na fabricação da ur!ia.Tio%ianatoH $ue pode estar presente no sulfato de amônio.Per%loratoH $ue pode acompan&ar o salitre do -&ile.Di%ianodia,ida $ue pode se formar pela polimerização dacianamida, da calciocianamida.

  Dicronutrientes, são elementos essenciais as plantas empe$uenas $uantidades. m $uantidades elevadas, tornam%set/icos. O intervalo entre as concentraç;es tima e t/ica nosolo dos micronutrientes ! bastante estreita.

;1 CAACTEÍSTICAS DE NATUE!A FÍSICO&UÍ6ICAAs caracter'sticas de natureza f'sico%$u'mica são:

;121 Solubilidade# *ara $ue ocorra a absorção dos nutrientespelas plantas a reação inicial no solo envolve a dissolução ou

&idrlise na solução do solo. A solubilidade em (gua dofertilizante tamb!m ! importante na adubação foliar e nafertirrigação.

Os adubos slidos, $uando aplicados ao soloapresentam duas situaç;es: a Adubos muito sol6veis em(gua apresentam perdas consider(veis devido a li/iviação,lavagem, insolubilização ou volatilização" b Certilizantes debai/a solubilidade possuem bai/a velocidade de dissolução, o$ue ocasiona uma bai/a velocidade de absorção. A velocidadede dissolução destes materiais pode ser aumentada,diminuindo sua granulometria.

 ;101 i.ros%o)i%idade#  a tend5ncia $ue os fertilizantes

apresentam de absorver umidade do ar atmosf!rico.  -ada fertilizante apresenta uma u,idade relati$a%r+ti%a, $ue ! o m(/imo de umidade relativa do ambiente a$ue o produto pode ser e/posto sem absorver umidade.Euando se mistura dois fertilizantes, a umidade relativa cr'ticada mistura ! menor $ue a dos fertilizantes individualmente,ou seFa, a mistura ! sempre mais &igroscpica $ue cada umde seus componentes.  *rodutos &igroscpicos apresentam $ueda no teor denutrientes, di2culdades de manuseio, devido a ader5ncia noscondicionadores" di2culdade de distribuição, preFudicando a

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&omogeneidade de aplicação, al!m de causar oempedramento do fertilizante.

 ;1;1 E,)edra,ento# a cimentação das part'culas dos

fertilizantes, formando uma massa de dimens;es muitomaiores $ue as das part'culas originais. Uesulta da

recristalização do material dissolvido na superf'cie daspart'culas umedecidas, o $ue ocorre atrav!s da perda daumidade absorvida, $uando diminui a umidade relativa do arou a temperatura se eleva.  O empedramento di2culta o manuseio e distribuição dofertilizante, preFudicando a &omogeneidade de distribuição.  Os fatores $ue afetam o empedramento são:&igroscopicidade, pressão devido ao empil&amento, tempo dearmazenamento, taman&o e forma das part'culas.

;1=1 Índi%e salino# o aumento da pressão osmtica dasolução do solo provocado pela salinidade do adubo. Osmose! o camin&amento da (gua atrav!s de membranas semi%perme(veis, no sentido da solução de menor pressãoosmtica para a de maior pressão osmtica.  Assim, se a pressão osmtica da solução do solotornar%se superior ) da solução celular das ra'zes, tem%se ocamin&amento da (gua das c!lulas para o solo, com oconse$Vente murc&amento e morte da planta.

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E<ECÍCIO 0

 3 B O $ue são as caracter'sticas de $ualidade dos fertilizantes e comose classi2camP 7 B *or $ue o uso de fertilizantes l'$uidos vem aumentando no HrasilP  ? B /pli$ue como o taman&o, a forma e a uniformidade daspart'culas inRuenciam na

e2ci5ncia dos adubos. = B O $ue ! consist5ncia dos grnulos e como afeta a e2ci5nciaP

  J B O $ue ! Ruidez dos adubos e como se relaciona com a&igroscopicidadeP L B /pli$ue detal&adamente como a forma $u'mica dos nutrientesinRuenciam a

e2ci5ncia dos adubos. I B m $uais condiç;es não se deve usar adubos nitrogenados naforma n'trica e na

forma amoniacalP > B -omo se deve proceder para aumentar a e2ci5ncia dos adubosfosfatados

insol6veis em (guaP

 K B m condiç;es de solos arenosos e de alta pluviosidade o $ue sepode recomendar

para aumentar a e2ci5ncia dos adubosP3< B Eual a vantagem e a desvantagem de se usar adubos com altasconcentraç;es de

nutrientesP33 B 15 e/emplos de compostos nocivos presentes nos adubos.37 B O $ue ! umidade relativa cr'ticaP2=B Euais desvantagens apresentamos adubos &igroscpicosP2>B /pli$ue como 'ndice salino dos adubos pode afetar as plantas.-A*W#4XO MMM

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ADUGOS NITO5ENADOS

  Os adubos nitrogenados sint!ticos utilizam a amônia +@?como mat!ria%prima b(sica. A amônia ! obtida atrav!s dacombinação do nitrog5nio do ar atmosf!rico com o &idrog5nio. -omoa mol!cula de @7 ! muito est(vel, são necess(rias condiç;es de altatemperatura e alta pressão, com presença de catalisadores, para $uea reação se processe. O processo industrial utilizado para 2/ar o @7 doar na s'ntese da amônia ! denominado processo aber%Hosc&.  O g(s &idrog5nio, outra mat!ria%prima para a s'ntese daamônia, pode%se ser obtido das seguintes fontes:

a Y(s natural: *ossui de L< a K<G de metano, e de = a =<G deetano e outros &idrocarbonetos de peso molecular mais

elevado"b @afta: Obtida na re2nação do petrleo. -ont!m ?G de butano e

KIG de &idrocarbonetos superiores"c -arburantes de leos pesados: Os leos tipo HunZer - e @av[

special possuem 33G de e >JG de -"d ul&a e lignito: São carv;es minerais $ue possuem em torno de

JG de "e Y(s li$uefeito de petrleo: -onstitu'do basicamente de propano

e butano, podendo conter pentano e &idrocarbonetos de maiorpeso molecular"

f idrog5nio eletrol'tico: O &idrog5nio tamb!m pode ser obtidopor eletrlise da (gua.  As fontes mais utilizadas são o g(s natural, a nafta e os leospesados.

  Obtida a amônia, ela poder( ser convertida em fertilizantes,como mostra o diagrama abai/o:

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  m função da forma do composto nitrogenado presente nofertilizante, este poder( ser assim classi2cado:

a Certilizante n'trico: Euando a forma presente ! o nitrato +@O?"b Certilizante amoniacal: Euando a forma presente ! o amônio

+@="c Certilizante nitro%amoniacal: Euando as duas formas, nitrato e

amônio se encontram presentes.

Adubos N+tri%os  Os adubos n'tricos mais importantes, podem ser naturaisou sint!ticos. Euando sint!ticos, são obtidos a partir do (cido n'trico,$ue ! produzido por o/idação da amônia.

Os mais importantes fertilizantes n'tricos são:

Nitrato de S4dio  O nitrato de sdio natural ! denominado de Salitre do -&ile,por proceder deste pa's andino, onde e/iste e/tenso 2lão do“calic&e”, de onde ! e/tra'do, $ue possui uma composição muito

vari(vel, como se pode ver na tabela abai/o, adaptada deDAXA0OX#A, 3K>3  -onstituintes G  @itrato de sdio I,<< B ?<,<<  -loreto de sdio =,J< B K,J<  Sulfato de sdio 3<,<< B ?<,<<  Sais magnesianos +e/pressos em Dg <,7< % 3,?<  Sais c(lcicos +e/pressos em -a 3,<< % 7,I<  Sais pot(ssicos +e/pressos em 9 <,J< % 3,L<  #etraborato de sdio <,J< % <,><  -ompostos iodados +e/pressos em M7 <,<? % <,<J  \gua 3,<< % 7,<<

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  -omo se v5, o produto natural, apresenta como impurezas-a, Dg, S, 9, H e em menores $uantidades Dn, -u e ]n.  O produto sint!tico pode ser obtido atrav!s da reação:

@a7-O?  T 7@O?  ^ 7@a@O?  T -O7  T 7O

  O salitre do -&ile, natural ou sint!tico, ! comercializado com3JG de @, na forma n'trica. O salitre do -&ile ! um sal neutro, mas2siologicamente comporta%se como alcalino, podendo por isso,diminuir em parte a acidez do solo. um produto muito sol6vel em(gua. Apresenta como desvantagens: Hai/a concentração de @, alto'ndice salino, alta &igroscopicidade.  1eve%se salientar a presença de sdio, $ue ! dispersante deargilas e, portanto, pode provocar desestruturação do solo. O usocont'nuo de Salitre do -&ile, em grandes $uantidades,particularmente na$ueles ricos em mat!ria orgnica, devido a suao/idação, pode resultar no aparecimento de m(s condiç;es f'sicas.  O Salitre do -&ile pode apresentar perclorato, substnciat/ica )s plantas.  Segundo DAXA0OX#A, 3K>3, a madeira pode se inRamarrapidamente $uando em contato com o @a@O?  em temperaturasmuito elevadas.

Nitrato de )otJssio

  O nitrato de pot(ssio ! e/plorado em pe$uenas minas naWndia, gito e -&ina, podendo tamb!m ser sintetizado atrav!s dareação:

@O? T 9-l ^ -l T 9@O?

  O nitrato de pot(ssio ! comercializado com 3?G denitrog5nio na forma n'trica e ==G de 9 7O. 1evido a sua solubilidade epresença de dois nutrientes muito e/igidos pelas plantas, ! muitoutilizado em pulverização foliar e em fertirrigação. um fertilizantemuito utilizado em &orticultura, fruticultura, Roricultura e na culturado fumo de alta $ualidade, por não apresentar cloreto. um produto

de bai/a &igroscopicidade, apresentando por isso, menor tend5nciaao empedramento.

Nitrato de %Jl%io  O nitrato de c(lcio, cont!m 3=G de nitrog5nio na forman'trica e at! 3,JG na forma amoniacal, al!m de 3> a 3KG de -a e de<,J a 3,JG de Dg. obtido atrav!s da reação:

7@O?  T -a-O?  ^ -a+@O?7  T -O7  T 33.=3< cal  1evido a sua solubilidade e alta concentração de c(lcio, !mais usado em adubação foliar ou fertirrigação de esp!cies e/igentesem c(lcio e de alto valor comercial, como tomate e maçã.

3=

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  um produto altamente &igroscpico, apresentando umidaderelativa cr'tica de =L,I, o $ue obriga a us(%lo logo depois de aberta aembalagem.  1eve%se evitar a sua impregnação com substncias orgnicaspara evitar o perigo de deRagração $uando submetido ao calor

+DAXA0OX#A, 3K>3.

Uso de adubos n+tri%os  Os adubos n'tricos possuem boa solubilidade, sendoprontamente dispon'veis aos vegetais. ntretanto, deve%se lembrar$ue o @O?

% não ! retido pelos colides do solo sendo suFeito a perdaspor li/iviação. #ais perdas serão maiores nos solos arenosos e emregi;es com maior pluviosidade. @esta situação, recomenda%se oparcelamento da adubação.  m função desta li/iviação, não se recomenda a aplicação deadubos n'tricos no plantio. stes adubos são recomendados paraaplicação em cobertura, $uando a planta F( apresenta um sistemaradicular desenvolvido, pronto para absorver o nitrato.  #amb!m apresentam 'ndice salino elevado. 4ma concentraçãoe/cessivamente alta na solução do solo pode provocar uma pressãoosmtica maior $ue a do suco celular, causando desidratação dasra'zes e at! a morte da planta, sendo este, um motivo adicional paraparcelar a adubação. #amb!m não se recomenda sua aplicação emsolos com de2ci5ncia &'drica.  m condiç;es anaerbicas, ocorre a denitri2cação, devido aredução bacteriana do @O?  em @O7, não sendo indicados portanto,

para culturas inundadas.  Os adubos n'tricos estudados possuem reação alcalina no solo,isto !, elevam o p do solo.

Adubos A,onia%ais  São considerados adubos amoniacais a$ueles fertilizantes$ue cont!m o amônio em sua constituição, ou $ue, durante suatransformação no solo, produza @=T, como a ur!ia e acalciocianamida.

A,KniaA amônia, cuFo processo de obtenção F( foi descrito

anteriormente, apresenta >7G de @, ! um g(s t/ico, $ue volatiliza atemperaturas acima de 3<N-, sendo muito irritante para os ol&os epara o sistema respiratrio, podendo ser fatal em curto tempo dee/posição, necessitando portanto, de cuidados e/tremos nomanuseio, armazenagem, transporte e aplicação no solo.

A amônia anidra pode ser usada diretamente como adubo,com inFeção no solo a J B 3< cm de profundidade, para evitar avolatilização, como ! comumente aplicada nos stados 4nidos

3J

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  @o Hrasil, utiliza%se a amônia &idratada, denominada deA*ua,Knia1 A a$uamônia ! a amônia anidra dissolvida emrecipiente fec&ado, contendo (gua, de acordo com a reação:

@? T 7O ^ @=O  A a$uamônia apresenta uma concentração de de 3L a 7<G

de @, sendo o fertilizante l'$uido mais usado no Hrasil, principalmentena cultura da cana de aç6car.

Uria  A ur!ia ! um composto orgnico, tamb!m c&amada decarbamida $ue possui nitrog5nio na forma am'dica, tendo sido oprimeiro composto orgnico sintetizado a partir de compostosinorgnicos, por _o&ler, em 3>7>. Atualmente ! obtida por reação daamônia e g(s carbônico sob alta pressão, na presença de catalisador,de acordo com a reação:

7@?  T -O7  ^ @7-O@7  T 7O@o solo, bact!rias, fungos e actinomicetos, pela ação da

urease, uma enzima presente nos microrganismos citados, emres'duos vegetais e no prprio solo, transformam rapidamente aur!ia, conforme as reaç;es:

-O+@77  T 77O →  +@=7-O?

  +@=7-O?  T 77O →  7@=O T 7-O?

  7@=O →  7@=T  T 7O%

  O @=T produzido, poder( ser absorvido pelas plantas ou

microrganismos do solo, ou adsorvido aos colides do solo, resistindoa li/iviação. ntretanto, outra parte do @=

T ! convertido rapidamente

a @O?

%

, conforme as reaç;es:

  7@=T  T ?O7  Nitrosomonas 7@O7

%  T 77OT =T

 7@O7

T  T ?O7  Nitrobacter   7@O?

% Tenergia

  1e acordo com DAXA0OX#A, 3K>3, em cinco semanas, deL< a I<G do @ am'dico da ur!ia foi convertido em nitrog5nio na forman'trica. O processo de nitri2cação conduz a acidi2cação do solo.

A reação de &idrlise da ur!ia consome prtons +T eprovoca a elevação do p ao redor das part'culas, e mesmo em solos(cidos, a ur!ia est( suFeita a perdas de nitrog5nio por volatilização de@?. sta volatilização pode ser mel&or visualizada, na reação:  -O+@77  T 7O urease  7@?  T -O7 

Assim, a ur!ia não deve ser aplicada na superf'cie do solo,notadamente da$ueles ricos em mat!ria orgnica. A literatura relataperdas de nitrog5nio por volatilização de @?, variando de 7< a I>G.A &idrlise da ur!ia aumenta com a umidade, com a temperatura,com o p e como F( foi dito, com o teor de mat!ria orgnica do solo.

A incorporação da ur!ia a uma profundidade de J a 3< cm ouuma pe$uena li/iviação da mesma pela irrigação, reduz as perdas de

3L

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@?, por aumentar o camin&o de difusão, aumentando as c&ances desua retenção na forma de @=

T

@?  T T  →  @=T

  #amb!m o uso de ur!ia granulada, reduz seu contato com osolo +com a urease promovendo menor ta/a de &idrlise,

conse$Ventemente, menores perdas por volatilização.  O uso de altas doses de ur!ia no plantio, pode levar a2toto/idez para sementes e plntulas pela formação de amônia, emcondiç;es favor(veis a uma alta ta/a de &idrlise  m certas fases da fabricação da ur!ia, por a$uecimento, &(a formação de biureto +alofanamida: @7%-O%@%-O%@7, produtot/ico para as plantas. A legislação brasileira admite at! 3,JG debiureto para a aplicação no solo e <,?G para a aplicação foliar.  Outros inconvenientes da ur!ia são sua &igroscopicidade,seu alto 'ndice salino e a presença apenas do nitrog5nio na suacomposição.  -omo vantagens, apresenta um alto teor de nitrog5nio, =JG,o $ue pode reduzir seu preço efetivo +preço por unidade de peso donutriente, a alta solubilidade e o bai/o poder de corrosão, o $ue atorna ideal para uso em fertirrigação.

Sul(ato de A,Knio  A produção de sulfato de amônio ! obtida atrav!s dareação da amônia com o (cido sulf6rico.

7@?  T 7SO= →  +@=7SO=

  ntretanto, ! mais comum sua obtenção como subproduto

de ind6strias $u'micas e de processamento de carvão mineral parafabricação de co$ue. @o sulfato de amônio obtido como subprodutode co$ueria, pode estar presente o tiocianato, @=-@S, t/ico asplantas, não sendo tolerado em concentraç;es superiores a 3G deacordo com a legislação brasileira. Sua presença ! facilmenterecon&ecida usando algumas gotas de cloreto f!rrico no adubo dilu'doem (gua, $ue produz uma coloração vermel&o%sangue, devido aspresença do tiocianato f!rrico.

?@=-@S T Ce-l ^ ?@=-l T Ce+-@S?

  Apresenta bai/a &igroscopicidade e e/celentes propriedadesf'sicas. mbora apresente um bai/o teor de nitrog5nio, 7< a 73G, $ue

aumenta o custo de transporte, elevando seu custo efetivo, apresentade 77 a 7=G de S.

O amônio +@=T presente no fertilizante, ! rapidamente

nitri2cado. Segundo DAXA0OX#A,. 3K>3, >IG do amônio do adubo !nitri2cado em duas semanas e em tr5s semanas a nitri2cação ! total.  A nitri2cação conduz a acidi2cação do solo, sendo o sulfatode amônio o mais acidi2cante de todos os fertilizantes, sendonecess(rios 33<9g de -a-O? para neutralizar a acidez causada por3<<9g do produto.

3I

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Adubos n+tri%o&a,onia%ais  São fertilizantes $ue apresentam o nitrog5nio nas duasformas: n'trica e amoniacal.

Nitrato de a,Knio

  @o processo de fabricação inicialmente a amônia !o/idada e convertida em (cido n'trico. ste por sua vez, em reaçãocom a amônia, produz o nitrato de amônio.

@O?  T @=T  →  @=@O?  T 7L.<<< cal

  Apresenta ?7G de nitrog5nio, sendo metade na formaamoniacal e metade na forma n'trica. sta condição, em solos combai/a ta/a de nitri2cação Bsolos com p menor $ue L,<, arenosos ecom bai/o teor de mat!ria orgnica, pode proporcionar gan&os de at!7JG na produção +C4U#M@M @#O et al, 7<<3.  O fertilizante apresenta elevado 'ndice salino, alta&igroscopicidade e em presença de produtos orgnicos facilmenteo/id(veis, pode ser e/plosivo.  m virtude de sua &igroscopicidade, sua mistura com outrosadubos deve ser cuidadosa, para evitar $ue a &iogroscopicidadeaumente ainda mais.  *ara reduzir a &iogroscopicidade e o perigo de e/plosão, !feita uma mistura do produto com roc&a calc(ria, resultando noproduto comercial denominado nitro%Jl%io, $ue apresenta 7<G denitrog5nio, sendo 3<G na forma amoniacal e 3<G na forma n'trica,al!m de LG de -aO e =G de DgO. ste fertilizante apresenta reaçãoneutra no solo, isto !, não alcaliniza nem acidi2ca o solo, mantendo

seu p.

 Uran  uma solução nitrogenada obtida pela dissolução em (guade ur!ia e nitrato de amônio, resultando em um fertilizante com ?7Gde nitrog5nio, sendo 3=G de nitrog5nio na forma am'dica +@7, KGde nitrog5nio na forma amoniacal e KG de nitrog5nio na forma n'trica  *ode ser utilizado em fertirrigação ou em adubação foliar,podendo ser misturado com pesticidas, ou com outros adubos l'$uidospara obtenção de formulados @*9 Ruidos.

6aneMo E'%iente da adubação nitro.enada

*ara se obter uma maior e2ci5ncia dos adubos nitrogenados,deve%se observar:

Par%ela,ento e )o%a de a)li%ação1

  m solos arenosos ou argilosos com bai/a -#-, durante oper'odo de maior pluviosidade, o nitrog5nio do solo, inclusive o

3>

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nitrog5nio na forma amoniacal, pode ser perdido por li/iviação, ou porlavagem super2cial, fazendo%se então necess(rio o parcelamento daadubação nitrogenada, em duas ou mais vezes, de forma a diminuiras perdas do fertilizante. 

O parcelamento tamb!m ! importante, para evitar

preFu'zos ) germinação e mesmo as plantas, em função da 2toto/idezcausada por determinadas formas do elemento, e do 'ndice desalinidade do fertilizante, evitando o aumento do potencial osmticodo solo.  A absorção dos nutrientes não se d( de modo constantedurante todo o ciclo de vida da cultura. 1e uma forma geral, aabsorção e acumulação de nutrientes e mat!ria seca dos vegetais,são descritos por uma curva sigmide. @o inicio da vida da planta, ase/ig5ncias de @ são pe$uenas, crescendo depois de forma $uaselinear, e no 2m do ciclo, de novo se tornam pe$uenas.  1eve%se con&ecer a cronologia das e/ig5ncias minerais dacultura, para fazer o parcelamento do nitrog5nio, de forma $ue noper'odo de maior e/ig5ncia o nitrog5nio esteFa presente na solução dosolo em $uantidades su2cientes.

Lo%ali"ação  O contado do @O?

%, forma de nitrog5nio absorvidapredominantemente nas condiç;es de solo, se faz por Ru/o de massa,en$uanto $ue o do @=

T se d( por difusão. Assim, se faz necess(rioaplicar o adubo nitrogenado, de forma $ue ele possa atingir o sistemaradicular. *ara tal, deve%se con&ecer a distribuição lateral e em

profundidade do sistema radicular da planta a ser adubada, para sedeterminar o local de aplicação do fertilizante.

Uso de adubos de dis)onibilidade %ontrolada  Sendo os adubos nitrogenados convencionais altamentesol6veis, as perdas de nitrog5nio por li/iviação, mesmo com oparcelamento das adubaç;es, são muito grandes. 4ma forma dediminuir estas perdas, aumentando a e2ci5ncia das adubaç;esnitrogenadas, ! o uso de fertilizantes de liberação lenta oucontrolada.

( dois grupos de fertilizantes classi2cados como de

liberação lenta: 4m ! formado por compostos de condensação deur!ia e ur!ia formalde'dos +de bai/a solubilidade e portanto deliberação lenta de @. @este grupo a ur!ia formalde'do +4C ! a maisimportante, possuindo ?>G de @.

Outro grupo ! formado por fertilizantes encapsulados ourecobertos. @este grupo o fertilizante mais importante ! a ur!iarecoberta com en/ofre +4-S. Yrnulos de ur!ia são revestidos com Selementar fundido a 3JLN-, em seguida, com uma cera, a $ual servede selante para recobrir fendas no revestimento de S e, por 2m, umacamada de condicionador, geralmente atapulgita. O produto 2nalpossui de ?7 a =7G de @ e de L a ?<G de S.

Controle da erosão

3K

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  Yrandes $uantidades de solo e de nutrientes nelecontido, são arrastados pela erosão. #rabal&o de YUODA@@ `-A#A@M, determinou a perda de =L,J 9g de nitrog5nio por &ectare epor ano, em um argissolo do estado de São *aulo. #rabal&o de-AS#AY@OXXM, 3KLL aponta uma perda de J7.I3K toneladas de

nitrog5nio por ano, na$uele estado.  As $uantidades de @ $ue um solo perde por erosãodependem de v(rios fatores, como intensidade de precipitaçãopluviom!trica, declive, permeabilidade do solo, cobertura vegetal eetc.

A adoção de pr(ticas conservacionistas do solo,controlam a erosão, minorando o arrastamento de part'culas do solo,aumentando a e2ci5ncia das adubaç;es.

Correção do Solo  A maior absorção de nutrientes ocorre na fai/a de pentre L,< e L,J. Hact!rias decompositoras da mat!ria orgnica ebact!rias nitri2cantes, tamb!m e/igem o p nesta fai/a.

A calagem eleva a -#- do solo, diminuindo a li/iviação.*roporciona um maior desenvolvimento do sistema radicular dasplantas, $ue reRete em uma maior absorção de nutrientes.

7<

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E<ECÍCIO ;

  3 B Eual a mat!ria prima b(sica para a fabricação de adubosnitrogenados e como !

obtidaP 7 B Euais são as fontes de onde se e/trai o &idrog5nio, e $uais são asmais utilizadas

atualmenteP ? B Euais são os produtos obtidos a partir da amôniaP = B Euais são os adubos obtidos a partir do (cido n'tricoP J B Euais são as formas de nitrog5nio absorvidas pelas plantasP Eualdelas ! a mais

li/iviadaP /pli$ue. L B -ite adubos nitrogenados $ue apresentem o nitrog5nio na forman'trica, na forma

amoniacal e em ambas as formas. I B Eual a diferença entre o nitrato de sdio natural e sint!ticoP > B -omo se obt!m o nitrato de sdio sint!ticoP K B 15 as principais caracter'sticas agronômicas do salitre do -&ile.3< B -omo ! obtido o nitrato de pot(ssioP33 B 15 as caracter'sticas agronômicas do nitrato de pot(ssio.

37 B -omo ! obtido o nitrato de c(lcioP3? B 15 as caracter'sticas agronômicas do nitrato de c(lcio.3= B /pli$ue por $ue os adubos n'tricos não são recomendados no plantio.3JB *or $ue os adubos n'tricos não são recomendados em solos comde2ci5ncia

&'dricaP3L B Euais adubos nitrogenados não são recomendados na cultura doarroz inundadoP

*or $ueP3I B -ite dois adubos amoniacais l'$uidos.3> B m $ual forma se encontra o nitrog5nio presente na ur!iaP

3K B Euais são as transformaç;es $ue a ur!ia sofre no soloP Eualenzima est(

envolvidaP7< B Euais microrganismos estão envolvidos na nitri2caçãoP73 B Eual a conse$V5ncia pr(tica da nitri2caçãoP77 B Cale sobre a ação fertilizante e emprego da ur!ia.7? B *or $ue o uso incorporado da ur!ia diminui sua volatilizaçãoP7= B -omo ! obtido o sulfato de amônioP7J B Cale sobre a ação fertilizante e o uso do sulfato de amônio.7L B -omo ! obtido o nitrato de amônioP7I B Cale sobre a ação fertilizante e uso do nitrato de amônio7> B Eual a vantagem do uso de nitrato de amônio e c(lcio+@itroc(lcioP

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7K B -omo ! obtido o uranP?< B O $ue deve ser observado para uma maior e2ci5ncia daadubação nitrogenadaP?3 B /pli$ue por $ue a dubação nitrogenada sempre dever( serparcelada.

?7 B Euais condiç;es podem de2nir o uso de um maior n6mero deparcelamento daadubação nitrogenadaP

?? B Euais condiç;es de2nem o uso de adubos nitrogenadosaplicados de forma

localizada, ou aplicados a lançoP?= B Euais as vantagens de usar adubos de disponibilidadecontroladaP?J B Euais são os grupos de adubos de fertilidade controladadispon'veis no mercadoP

-A*W#4XO M0

ADUGOS FOSFATADOS

21 6atria Pri,a  A ind6stria de fertilizantes utiliza como mat!ria prima para a

fabricação de adubos fosfatados, depsitos de fosfatos minerais,constitu'dos de fosfatos de c(lcio, pertencentes a fam'lia mineralgica

77

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das apatitas, de origem 'gnea, metamr2ca ou sedimentar. @o Hrasil,os fosfatos de origem 'gnea recebem a denominação de “apatitas”,en$uanto os de origem sedimentar a denominação de “fosforitas”+Dalavolta, 3K>3.

As apatitas, apresentam como frmula geral: -a3<+*O=L7,

onde , pode ser C, -l, O, ou -a-O? apresentando, os seguintestipos: -a3<+*O=LC7  8 Cluorapatita" -a3<+*O=LO7 8 &idro/iapatita"-a3<+*O=L-l 8 -loroapatita, -a3<+*O=L-a-O? 8 -arbo/iapatita. A maiscomum ! a Ruorapaita. A Ruorapatita com substituição parcial doR6or por carbonato, gera a carbonato%Ruorapatita ou francolita, ummineral com maior solubilidade, podendo ser utilizado diretamentecomo fertilizante. 01 Solubilidade dos (ertili"antes (os(atados  Os fertilizantes fosfatados se classi2cam em tr5s grupos:

a Fosfatos solúveis em água.  *ertencem a este grupo, osprodutos de maior solubilidade e $ue, em geral, tem efeitosmais r(pidos no crescimento das plantas" os principaiscomponentes são os superfosfatos, os fosfatos de amônio e osnitrofosfatos.

b Fosfatos assimiláveis pouco solúveis em água. @estegrupo entram os fosfatos sol6veis em citrato neutro de amônio+-@A, como a farin&a de ossos desengorduradas, as escriasb(sicas, o fosfato bic(lcico e o termofosfato +fosfato demagn!sio fundido.

c Fosfatos quase insolúveis em água e de assimilação

lenta.  ssa categoria ! formada pelos fosfatos orgnicosnaturais como os ossos mo'dos, e os fosfatos naturais, isto ! asapatitas e fosforitas. Apresentam solubilidade em (cido c'trico.+A- ou -i. +DAXA0OX#A, 3K>3.

ADUGOS FOSFATADOS

21 FOSFATOS NATUAIS1  Os fosfatos naturais são concentrados apat'ticos obtidos apartir de min!rios fosf(ticos $ue ocorrem em Fazidas localizadas, $uepodem ou não passar por processos f'sicos de concentração, comolavagem e, ou, Rotação, para separ(%los dos outros minerais com os$uais estão misturados na Fazida.  Os depsitos de roc&as podem ser classi2cadas em tr5s gruposde acordo com a composição mineral: a fosfatos de ferro%alum'nio,onde os minerais mais comuns são a variscita Al+O77*O=,estrengita Ce+O77*O= e avelita Al7+*O=7+O, C.J7O" b fosfatosde c(lcio%ferro%alum'nio, sendo os minerais mais comuns a crandalitae milisita , e c fosfatos de c(lcio, representado pelas apatitas.

7?

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  stas tr5s classes constituem uma se$V5ncia natural deintemperização das roc&as fosfatadas, na $ual os fosfatos de ferro%alum'nio representam o est(gio mais avançado de intemperismo e osfosfatos de c(lcio, a roc&a matriz  Os fosfatos de c(lcio constituem o grupo mais importante,

devido a sua larga utilização industrial, especialmente na ind6stria defertilizantes, en$uanto os demais grupos apresentam poucaspossibilidades de utilização.  Os fosfatos de c(lcio, de acordo com a sua g5nese, podem ser'gneos, metamr2cos ou sedimentares.

Os fosfatos naturais de origem 'gnea, apresentam apatitas comestrutura cristalogr(2ca r'gida de cristais grandes, sendo suacomposição $u'mica: -a3<+*O=L7, onde o pode ser R6or +C, cloro+-l, o/idrila +O ou carbonato +-O?, sendo designadasrespectivamente de Rouorapatita, -loroapatita, idro/iapatita ecarbonatoapatita., sendo a Rourapatita a mais comum.  Os fosfatos de origem sedimentar podem ser detr'ticos ouprecipitados $u'micos, apresentando cristais pe$uenos, menorrigidez, alta porosidade, com alto grau de substituição isomr2ca defosfato por carbonato. A reatividade e a cristalinidade das roc&assedimentares est( relacionada com o grau de substituiç;esisomr2cas, principalmente de *O=

%? por -O?%7 T CT3 e de -aT7 por DgT7

e @aT3. stas substituiç;es ocorrem no momento da formação daroc&a e altera o seu produto de solubilidade. Assim, a reatividade dofosfato sedimentar ser( proporcional ao seu grau de substituiçãoisomr2ca.

  As roc&as fosfatadas de origem metamr2ca representam umacategoria intermedi(ria entre as roc&as sedimentares e 'gneas, massão roc&as duras e apresentam outros minerais misturados maisintimamente entre si, conservando a estrutura b(sica dossedimentos. São classi2cadas como roc&as metassedimentares.  Assim, os fosfatos naturais podem ser classi2cados comofosfatos naturais de bai/a reatividade e fosfatos naturais reativos.  Os fosfatos naturais de bai/a reatividade ou “duros”, sãoa$ueles $ue a apatita não tem ou tem muito poucas substituiç;esisomr2cas, como no caso da maioria dos fosfatos naturaisbrasileiros. @o Hrasil encontram%se fosfatos sedimentares nos

 Fazimentos de *aulista B *, Olinda B * e *atos de Dinas B DY. Qazimentos de roc&as 'gneas em Qacupiranga B S*, Mpanema B S*,Mtatiaia B UQ, e Daicuru. Os Fazimentos mais importantes são deocorr5ncia 'gnea secund(ria, de mineralogia e/tremamentecomple/a, localizados em Ara/( B DY, #apira B DY, -atalão BYO eAnit(polis B S-.  Os fosfatos naturais reativos ou “moles” são a$ueles de origemsedimentar, com alto grau de substituiç;es isomr2cas de fosfato porcarbonato na apatita, sendo tamb!m c&amados de francolitas oufosforitas, sendo os Fazimentos encontrados em (reas des!rticas oude clima seco. *odem ser utilizados diretamente na agricultura, comoos fosfatos naturais reativos de -arolina do @orte, 4A" Yafsa, #un'sia"Sec&ura, *eru e Arad, Msrael.

7=

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  O fosfato natural se torna dispon'vel para as plantasprovavelmente atrav!s de reação com os (cidos carbônico, n'trico esulf6rico formados no solo, como na reação abai/o, tomando%se comoe/emplo o (cido carbônico:

-a3<+*O=LC7 T I7-O?  ^ ?-a+7*O=7  T I-a-O?  T 7C

  /sudados das ra'zes cont!m (cidos orgnicos $ue liberam(cido m(lico no meio, $ue pode solubilizar o fosfato natural.  Dicrorganismos presentes na rizosfera tamb!m são capazes desolubilizar fosfatos, como as bact!rias dos g5neros: Pseudomonas,Mycobacterium, Micrococus, Bacillus, Flavobacterium e fungos dosg5neros Penicillium, Sclerotium, Fusarium, Aspergillus, Rhizopus,Candida, Oidiodendron e Pseudo gymnosascus +DAXA0OX#A, 3K>3.

  1e acordo com XO*S +3KKK, Os fosfatos naturais brasileirosde bai/a reatividade +Ara/(, *atos, -atalão, Abaet! e etc apresentambai/a e2ci5ncia agronômica para culturas de ciclo curto e anuais,mesmo $uando 2namente mo'dos. A e2ci5ncia tende a aumentar como passar dos anos, $uando o solo ! submetido )s pr(ticas normais depreparo +aração e gradagem, no sistema convencional de produção$ue levam a uma mistura do mesmo na camada ar(vel. stes fosfatospodem ser usados para a formação de pastagens tolerantes a acidez,com aplicação a lanço e incorporados, de prefer5ncia, em solos com op at! J,J ou no preparo de covas ou sulcos para a formação deculturas perenes +cafeeiro, fruticultura e etc e reRorestamento.@estes casos as doses de fosfatos de bai/a reatividade não devemultrapassar de a 7? das necessidades, completando%se o restante

com fosfatos sol6veis.*ara o mesmo autor, os fosfatos reativos +-arolina do @orte,Yafsa, Sec&ura, Arad entre outros, são fontes compar(veis aosfosfatos sol6veis, $uando 2namente mo'dos e aplicados em (rea totale incorporados, em solos com o p at! J,J. ssa e2ci5ncia tende aaumentar com as operaç;es de aração e gradagem nos anossubse$Ventes e at! superando os fosfatos acidulados, em sistemasde cultivo convencional.

01 FAINA DE OSSOS  O osso ! constitu'do por uma matriz orgnica, contendo fosfato

tric(lcico ou composto &idratado semel&ante, o $ual possui ainda @a,Dg e um grupo carbonato. As farin&as de ossos podem ter de 3I B7?G de *7OJ sol6vel em (cido c'trico a 7G +relação 3:3<< e de 3= a3KG sol6vel em citrato neutro de amônio.  1evido ao alto valor da farin&a de ossos, seu uso como adubo !muito restrito.

;1 ESCIA DE TO6AS  @o processo usado para produzir aço a partir de min!rio deferro rico em fsforo, o ferro fundido ! colocado em conversores cuFasparedes são revestidas por dolomita +-a-O?.Dg-O?. O fsforo !o/idado devido ao ar insuRado e em temperaturas entre 3.7<< a3.?<<N- se combina com a cal adicionada +3JG do peso da carga e

7J

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com a s'lica, para produzir s'lico%fosfatos $ue escorrem e, depois deresfriados s; mo'dos.

As escrias são muito densas e tem cor negra ou negroacinzentado. O produto apresenta uma garantia m'nima de 37G de*7OJ sol6vel em (cido c'trico na relação 3:3<<, al!m de 7< a 7KG de

-a e de <,= a ?G de Dg. A solubilidade aumenta com adição de turfaao produto. *ossui reação alcalina no solo e ! caustica.

=1 TE6OFOSFATO  O tratamento t!rmico de fosfatos naturais procura desfazer arigidez estrutural da apatita, tornando mais sol6vel o seu fsforo, pelodesaloFamento do R6or. A presença de serpentina, fornece Si e Dg,$ue aceitam o *7OJ  dando origem a fosfatos mais facilmenteassimil(veis. /istem v(rios processo de fabricação do produto, sendo$ue no Hrasil ! produzido o termofosfato denominado magnesiano, oufosfato de magn!sio fundido.

@a fabricação, uma mistura de fosfato natural e serpentina+silicato de magn!sio ! levada para fornos el!tricos, comtemperatura entre 3.=<< e 3.J<<-. O produto fundido ! resfriadorapidamente, formando pe$uenas part'culas enegrecidas de aspectov'treo, $ue são 2namente mo'das.

O produto possui reação alcalina e apresenta garantia m'nimade 3IG de *7OJ total, sendo 3=G de *7OJ sol6vel em (cido c'trico narelação 3:3<< e IG de Dg. Apresenta ainda de 3> a 7<G de -a e 7JGde SiO7.

@o mercado, o produto com nome comercial de urim,

fabricado pela ind6stria nipo%brasileira Ditsui, em suas diversasformulaç;es, apresenta ainda $uantidades vari(veis de H, ]n, -u, Dne em alguns casos, S.

>1 FOSFATOS ACIDULADOS  Os fosfatos naturais possuem $uantidade limitada de fsforodispon'vel para as plantas. A produção de fosfatos totalmenteacidulados visa aumentar a concentração e a disponibilidade defsforo nos fertilizantes utilizados como fonte deste nutriente para asplantas.  Os fertilizantes fosfatados acidulados, são os superfosfatos e os

fosfatos de amônio, cuFa forma de obtenção encontra%se simpli2cadano es$uema abai/o:

7L

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>121 Su)er(os(atos  Superfosfato ! $ual$uer fertilizante obtido pelo tratamento dofosfato natural mo'do com (cido sulf6rico, (cido fosfrico ou misturade ambos.

>12121 Su)er(os(ato si,)les

 #amb!m denominado de superfosfato normal ou ordin(rio, ! oproduto obtido pelo tratamento do fosfato natural apenas com (cidosulf6rico, , conforme a reação:-a3<+*O=LC7 T I7SO=  T L,J7O →  ?-a+7*O=7.7O T I-aSO=.37

7O T 7C  O superfosfato simples ! constitu'do principalmente de fosfatomonoc(lcico e sulfato de c(lcio +gesso. Apresenta como garantiam'nima 3>G de *7OJ sol6vel em -@A T 7O e 3LG sol6vel em 7O,al!m de 3> a 7<G de -a e de 3< a 37G de S.  As principais vantagens deste produto são: a Cornece -a e Dgpara o solo, al!m do *" b *ossui gesso como res'duo, $ue contribuipara a correção de (reas sdicas e promove a neutralização doalum'nio sub%super2cial, mel&orando o ambiente radicular" cApresenta alta e r(pida solubilidade.  O superfosfato simples possui reação (cida devido ao fosfatomonoc(lcico em si e a pe$uenas $uantidades de (cido sulf6rico livre,devido a acidi2cação do produto.

>12101 Su)er(os(ato tri)lo

7I

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  #amb!m c&amado de superfosfato concentrado ou duplo. Adesignação “duplo” ! usada para indicar o emprego de duasacidulaç;es, na primeira o fosfato natural mo'do reage com 7SO=

mais concentrado do $ue o utilizado na fabricação de superfosfato

simples, para produzir ?*O= de acordo com a reação:-a3<+*O=LC7 T 3< 7SO= T 7< 7< →  3< -aSO=.77O T L ?*O=  T>C

  @a segunda acidulação, o fosfato natural mo'do apenas com(cido fosfrico, de acordo com a reação:-a3<+*O=LC7  T 3= 7*O=  T 3< 7O →  3< -a+7*O=7.7O T > C

  *ara $ue o (cido fosfrico seFa produzido, &( tamb!m aprodução de gesso, na relação de =,J toneladas de -aSO=.77O paracada tonelada de *7OJ produzida na forma de superfosfato triplo.

O superfosfato triplo ! constitu'do principalmente de fosfatomonoc(lcico. Apresenta como garantia m'nima =3G de *7OJ  sol6velem -@A T 7O e ?IG de *7OJ sol6vel em 7O, e de 37 a 3=G de -a.  As principais vantagens deste produto são: a Apresenta bai/a&igroscopicidade" b Alta concentração de *7OJ" c Apresenta -a emsua composição e d Apresenta alta solubilidade.  O superfosfato triplo possui reação (cida devido ao fosfatomonoc(lcico em si e a a pe$uenas $uantidades de (cido fosfricolivre, devido a acidi2cação do produto.

>121;1 Fos(ato )ar%ial,ente a%idulado

  #amb!m c&amado de superfosfato modi2cado. o produtoobtido pela acidulação parcial do fosfato natural mo'do com (cidosulf6rico, conforme a reação:

-a3<+*O=LC7  T 7SO=  →  -a+7*O=7  T -a3<+*O=LC7  T -aSO=

  Apresenta garantia m'nima de 33G de *7OJ sol6vel em (cidoc'trico na relação 3:3<<, KG de *7OJ sol6vel em -@A T 7O e JG de*7OJ sol6vel em 7O, al!m de 7J a 7IG de -a, e at! LG de S.

>121=1 Su)er(os(ato enri*ue%ido  *roduto obtido pela substituição parcial do (cido sulf6rico pelo(cido fosfrico.

>121>1 Su)er(os(ato a,onia%al  *roduto obtido pelo tratamento do superfosfato simples ou dosuperfosfato triplo com amônia +@?.

>121?1 Su)er(os(ato de ser)entina  *roduto obtido pela mistura de tr5s partes de superfosfatosimples com uma parte de serpentina.

>H0H Fos(atos de a,Knio

 São fabricados mediante a reação do (cido fosfrico,

?*O

=,

com a amônia, @?. poss'vel a obtenção de dois produtos, mediante

7>

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a utilização de uma ou duas mol!culas de @?, de acordo com asreaç;es:?*O=  T @?  →  @=7*O= % DA* 8 Donoamôniofosfato?*O=  T 7@?  →  +@=7*O= % 1A* 8 1iamôniofosfato  O ,onoa,Knio(os(atoH 6APH apresenta garantia m'nima de

=>G de *7OJ sol6vel em -@A T 7O, ==G de *7OJ sol6vel em 7O eKG de @itrog5nio.  O dia,Knio(os(atoH 1A*, apresenta garantia m'nima de =JGde *7OJ sol6vel em -@A T 7O, ?>G de *7OJ sol6vel em 7O e 3LG denitrog5nio.  Os fosfatos de amônio apresentam, do ponto de vistatecnolgico e agr'cola, vantagens e desvantagens.0antagens: % Alta concentração de @ e *7OJ"  % *ropriedades f'sicas e $u'micas +&igroscopicidade esolubilidade

satisfatrias"  % Hoas possibilidades para misturas com outros adubos"  % Uelação @*7OJ favor(vel para culturas anuais em soloscom alto poder

de 2/ação de fsforo.1esvantagens: % @ecessitam de en/ofre para a sua fabricação"  % @ão possuem -aO e S na sua composição"  % Uelação @*7OJ desfavor(vel para culturas perenes ecana soca e

ressoca"  % *ossibilidade de aumentar muito a pressão osmtica

da solução do solo $uando empregados em doses pesadas, devido) sua alta

solubilidade.

EAÇÃO NO SOLO DOS FOSFATOS ACIDULADOS

  Euando o fertilizante ! adicionado ao solo, a (gua penetrarapidamente em cada part'cula ou grnulo do fertilizante, formandouma solução saturada em fosfatos monoc(lcico e bic(lcico. O fosfatobic(lcico permanece como res'duo no local. A solução saturada com

alta concentração de -aTT  e 7*O=% e p em torno de 7,< dei/a apart'cula de fertilizante e se move em direção )s part'culas do solo. Asolução $ue se difunde, por sua acidez, solubiliza o Ce e Al dos /idos,$ue reagem com o fosfato, formando precipitados. m uma segundaetapa, mais lenta, o fsforo penetra na estrutura cristalina do /idosde Ce e Al, formando o *%ocluso.  @o caso dos fosfatos de amônio, o 7*O=

% se move da part'culado fertilizante de modo semel&ante ao descrito no caso do fosfatomonoc(lcico, entretanto, o p da solução saturada de DA* ! cerca de= e o da solução de 1A* ! pr/imo de >. m solos com p alto, commuito c(lcio +ou calc(rio presente, a alcalinidade da solução de 1A*,leva a formação de fosfatos de c(lcio insol6veis em (gua com maiorrapidez do $ue a veri2cada $uando se aplica DA* +DAXA0OX#A, 3K>3.

7K

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  Apenas uma pe$uena parte, em torno de J a 3JG do fsforopresente no fertilizante, ser( absorvido pela planta. O restante ser(2/ado pelo solo.

ADUGAÇ FOSFATADA

  A adubação produz aumentos na produção $uando se usa oadubo certo, na $uantidade ade$uada, no momento e de maneiraindicada, sempre $ue não &ouver outro fator limitante +falta oue/cesso de (gua, m(s condiç;es de temperatura, pr(ticas culturaisdefeituosas, incid5ncia de pragas e mol!stias, variedades nãoprodutivas, entre outros.  A adubação fosfata pode ser feita de duas maneiras: Aadubação corretiva e a adubação de manutenção, como se ver(adiante

21 ADUGAÇÃO COETIA  A adubação fosfatada corretiva, tamb!m denominada“fosfatagem” ou “fosfatização”, tem por 2nalidade elevar afertilidade do solo at! o n'vel timo. Assim, a correção dever( sere/ecutada novamente $uando a an(lise do solo mostrar teores defsforo abai/o do deseFado.

A adubação fosfatada corretiva pode ser feita de uma 6nica vez,

ou gradativamente, durante um per'odo de cinco anos.  @o caso da adubação fosfata corretiva feita em 6nica aplicação,recomenda%se aplicar a $uantidade de fertilizante fosfatadorecomendada, a lanço, incorporando%o ) camada ar(vel +7<cm deprofundidade, para proporcionar maior volume de solo corrigido, a2mde $ue mais ra'zes ten&am condiç;es de absorver o fsforo.  Euando a $uantidade recomendada de fertilizante for inferior a3<<9g&a de *7OJ, a aplicação deve ser feita no sulco de plantio.  Sugere%se $ue antes da implementação de sistemas irrigados edo sistema de plantio direto, seFa feita a adubação corretiva.  *ara se de2nir as $uantidades de * a serem utilizadas na

adubação corretiva feita em 6nica aplicação, pode%se utilizar os dadosde uma das tabelas seguintes, propostas pela DHUA*A, 7<<=. Asrecomendaç;es das tabelas apresentadas são semel&antes.

?<

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O uso da adubação corretiva não dispensa o uso da adubaçãode manutenção.  A adubação corretiva gradual pode ser utilizada $uando as

doses re$ueridas para a correção são elevadas. ssa pr(tica, consisteem aplicar no sulco de plantio, Funtamente com a adubação demanutenção, parte da adubação corretiva. A adubação corretiva ser(parcelada de acordo com a disponibilidade de recursos do produtor.Euanto menor o parcelamento, maior ser( o retorno econômico.Assim, para uma correção gradual a ser feita em cinco anos, ser(colocado no sulco de plantio a $uantidade re$uerida para amanutenção, mais 3J da adubação de correção.

A tabela seguinte, apresenta as $uantidades de fsforo $ueserão usadas, de acordo com a disponibilidade de * e o teor de argilado solo para uma correção a ser feita em cinco anos. Os valoresapresentados correspondem a necessidade de * para a manutenção F( somados a 3J da necessidade de * para a correção.

?3

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Segundo DAXA0OX#A, o obFetivo perseguido pela adubaçãocorretiva ! a satisfação do poder de 2/ação de fsforo do solo.ntretanto, as $uantidades necess(rias para alcançar o obFetivo sãoproibitivas, por isso, na pr(tica, o $ue se faz, ! aplicar apenas$uantidades $ue são o dobro ou o triplo ou menos do $ue isso, dasdosagens recomendadas para a adubação de manutenção.  A adubação fosfatada corretiva tamb!m pode ser feitautilizando fosfatos naturais, reativos ou de bai/a reatividade. @estecaso, os fosfatos são aplicados a lanço e incorporados ao solo, a uma

profundidade de 7< cm, antes da calagem. sta deve ser feita de L< aK< dias aps a fosfatagem. @o caso de se utilizar adubos sol6veis, acalagem deve preceder a fosfatagem.  @O0AMS, 3KKK, em função da inviabilidade econômica, nãorecomenda a pr(tica da adubação corretiva.

01 ADUGAÇÃO DE 6ANUTENÇÃO  A adubação de manutenção refere%se a $uantidade defertilizante $ue visa manter o n'vel da fertilidade do solo. Sendo feitatodos os anos, confunde%se com a adubação anual no caso dasplantas perenes.

  n$uanto a adubação corretiva tenta satisfazer o poder de2/ação de fsforo do solo, saturando%o parcialmente, a adubação demanutenção procura apenas fornecer o fsforo e/igido pela planta.  Ao contrario da adubação corretiva, na maioria dos casos,recomenda%se $ue seFa aplica no sulco de plantio, de formalocalizada.  As $uantidades são de2nidas em função da necessidade decada planta, levando%se em consideração ainda, a $uantidade defsforo e/istente no solo e a te/tura do solo, ou então em função do*%rem, atributos $ue reRetem o fator capacidade de fsforo do solo.

;1 EFICIQNCIA DA ADUGAÇÃO FOSFATADA

?7

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  As plantas utilizam uma fração muito pe$uena, entre J e 3JGdo fsforo $ue l&es ! fornecido na forma de adubos. A maior parte dofsforo do fertilizante ! 2/ado pelo solo. *or isto, o principio $uegoverna a adubação fosfatada ! o de se procurar reduzir ao m(/imo a2/ação de fsforo pelo solo, atrav!s das seguintes medidas:

aR Lo%ali"ação do adubo  Euanto maior o contato do fertilizante com solo, maior ser( areação deste com os com os /idos de ferro e alum'nio do solo, econse$Ventemente, maior 2/ação. A aplicação do fertilizantelocalizado, em fai/as, reduz o contato com os componentes do solorespons(veis pela 2/ação.

bR Uso de adubos .ranulados  Euanto maior as part'culas do fertilizante, menor a superf'cie decontato com o solo, reduzindo tamb!m o contato com oscomponentes do solo respons(veis pela 2/ação.

%R Cala.e,  Euando o p do solo se encontra abai/o de L,J, aumenta asolubilidade dos &idr/idos livres de Ce e de Al $ue precipitam o7*O=

%. Assim, em valores de p acima de L,J, estes /idos seencontram insol6veis, não precipitando o fosfato.  Os ses$ui/idos contendo O7  e O%  na superf'cie, tema2nidade pelo 7*O=

%, ocorrendo a seguinte reação:CeO T 7*O=

%  ^  Ce7*O=  T O%

  Aumentando o p cresce a concentração de o/idrilas no solo"com isso a reação se desloca para a es$uerda, aumentando então oteor de 7*O=

% no solo.  A calagem tamb!m converte fosfatos de ferro e alum'nio poucodispon'veis em fosfatos de c(lcio mais aproveit(veis.

  O O  7Ce T -a+O7  ^ 7Ce T-a+7*O=7  T 77O

7*O= O

dR 6atria Or./ni%a  A mat!ria orgnica do solo apresenta predominantementecarga el!trica negativa, podendo por isso ser considerada como umanion orgnico. -ombina%se com o Ce+O7

T  e com o Al+O7T,

imobilizando%os, de forma a não precipitar o 7*O=%. 1essa maneira a

adição de mat!ria orgnica pode aumentar a disponibilidade defsforo.

eR Fos(ata.e,  O uso de adubação fosfatada corretiva satura a parte dacapacidade 2/adora do solo, fazendo com $ue a adubação demanutenção seFam mais aproveitados pelas plantas.

??

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(R Sais a%o,)an9antes  O magn!sio tem sido descrito na literatura como sendo o“carregador” do fsforo. Aumentos no teor de magn!sio do solopromove aumento na absorção de fsforo pelas plantas. DA1UM1 etal, citados por DAXA0OX#A, 3K>3, demonstraram $ue o sulfato de

magn!sio, $uando aplicado Funtamente com a adubação fosfatada,aFuda a manter uma alta concentração de fsforo em solução,evitando a 2/ação do fsforo.

=1 EFEITO ESIDUAL DOADUGOS FOSFATADOS  Os adubos fosfatados apresentam efeito residual nas culturassubse$Ventes $ue decresce com o tempo, em função e v(riosfatores, como, tipo de solo, fonte do adubo utilizada, dose aplicada,m!todo de aplicação do fertilizante, sistema de preparo de solo ese$V5ncia de cultivos.  1e acordo com SO4]A et al. 3K>I, o efeito residual dosfertilizantes fosfatados sol6veis e (gua ! de L<G, =JG, ?JG, 3JG eJG , respectivamente aps um, dois, tr5s, $uatro e cinco anos daaplicação do fertilizante ao solo  @o caso dos fosfatos naturais reativos, sua e2ci5ncia ! de L< aLJG, $uando comparados com o superfosfato triplo, no primeiro ano,sendo esta e2ci5ncia aumentada nos anos subse$Ventes.

m (reas cultivadas com preparo convencional do solo, o

efeito residual de fontes de fsforo $ue apresentam bai/asolubilidade, como os fosfatos naturais brasileiros, mel&ora at! oterceiro ano de sua aplicação no solo decrescendo a partir desteper'odo.

?=

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E<ECÍCIO =

 3 B Euais são as mat!rias primas utilizadas na fabricação de adubosfosfatados 7 B -omo se classi2cam os adubos fosfatados de acordo com suasolubilidadeP ? B Eue são fosfatos naturaisP = B Eual a diferença entre apatitas e fosforitasP J B Euais as caracter'sticas cristalogr(2cas das apatitas e fosforitasP L B O $ue são fosfatos naturais reativos e fosfatos naturais de bai/areatividadeP I B 0oc5 recomendaria o uso de fosfatos naturais em solos com ppr/imos da

neutralidadeP *or $ueP > B m $uais condiç;es voc5 recomendaria o uso de fosfatos naturaisreativos e de

  bai/a reatividadeP K B -omo ! obtida a escria de #&omas e $ual a vantagem de seuusoP

3< B -omo são obtidos os termofosfatosP33 B Caça um es$uema mostrando como são obtidos os fosfatosacidulados.37B Eual a diferença e/istente entre os processos de obtenção dosuperfosfato

simples e do superfosfato triploP3? B Euais vantagens e desvantagens o superfosfato simples apresentaP3= B Euais vantagens e desvantagens o superfosfato triplo apresentaP

3J B -omo são obtidos os fosfatos parcialmente acidulados+superfosfato enri$uecido,

amoniacal e de serpentinaP2?B -omo são obtidos os fosfatos de amônioP2@Euais vantagens e desvantagens os fosfatos de amônio

apresentamP2/pli$ue como os fosfatos acidulados reagem no solo2B*or $ue os fosfatos acidulados 2/am menores $uantidades de

fsforoP0O $ue ! fosfatagem. O $ue se visa $uando se faz uma adubação

fosfatada corretivaP

?J

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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02-omo a fosfatagem deve ser aplicada ao solo, usando diferentesfosfatosP

00O $ue ! e $ual o obFetivo da adubação fosfatada de manutençãoP0;-omente sobre as medidas $ue devem ser tomadas para $ue &aFa

uma maior e2ci5ncia da adubação fosfatada.

0=Cale sobre o efeito residual dos adubos fosfatados.

-A*W#4XO 0

ADUGOS POTSSICOS

2 3 6ATIA PI6A

@as Fazidas de sais pot(ssicos, são encontrados mais de trintaminerais, estando eles contidos nos seguintes min!rios:Sil$inita# Cormada essencialmente de &alita +@a-l e silvita +9-l

artsal"# +sal duro -onstituido de silvita, &alita e $uieserita+DgSO=.7O ou anidrita +-aSO=.Lan.beinita# -omposto de 9 7SO=.7DgSO=  T @a-l, podendo contersilvita, leonita +9 7SO=.DgSO=.=7O, cainita +=9-l.=DgSO=.337O [email protected]# formado por carnalita +9-l.Dg-l7.L7O e &alita

0 & ADUGOS POTSSICOS

0121 Cloreto de PotJssio

  O cloreto de pot(ssio +9-l ! o fertilizante pot(ssico maisproduzido, cerca de KJG do total. produzidoa partir da carnalita, da

?L

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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silvita e do &artsalz. um fertilizante muito sol6vel em (gua, sendocomercializado em duas formas, uma contendo de => a J<G de 9 7O eoutra com L< a L7G de 9 7O, sendo este 6ltimo o de maiorcomercialização. Apresenta%se com coloração branca, cinza ou rsea,densidade de 3,KKgcm?, possui ponto de fusão a I77N-, solubilidade

a 7<N- de ?=g3<<g de 7O, umidade relativa cr'tica+&igroscopicidade a ?<N- de >?. Wndice salino de 33L +#omando%se o@a@O? como padrão 8 3<<.  O produto $ue apresenta L<G de 9 7O,apresenta tamb!m cerca de =IG de -l.

0101 Sul(ato de PotJssio

obtido a partir da $uieserita, silvinita ou langbeinita.Apresenta%se como cristais brancos ou levemente rseos, mais 2nos$ue os de cloreto de pot(ssio, apresenta =>G de 9 7O, 3J a 3IG de Se de 3 a 7G de -l e at! 7G de Dg. *ossui ponto de fusão a 3<LIN-,densidade de 7,LLgcm?, solubilidade a ?<N - de 33,3g3<<g de 7Oe umidade relativa cr'tica a ?<N- de KI. Wndice salino de =L.

01;1 Sul(ato de )otJssio e ,a.nsio obtido a partir da $uieserita. Apresenta%se como cristais

brancos, com densidade de 7,>?gcm?, ponto de fusão a K<7N-, 'ndicesalino de =?, de 3> a 7JG de 9 7O, 77 a 7= G de S, =,JG de Dg e de 3a 7,JG de-l. Apresenta bai/o teor de pot(ssio, $ue ! compensado

pela presença de mais dois macronutrientes, o magn!sio e o en/ofre,e um micronutriente, o cloro. +Atualmente no mercado, o produtocomercial 9%Dag, apresenta 73G de S, 3<G de Dg e 73G de 9 7O.

; 3 ADUGAÇÃO POTSSICA ;121 Adubação )otJssi%a e, )lantas anuais

( tr5s tipos de adubação nas plantas anuais: a Adubação decorreção" b Adubação de manutenção e c Adubação de cobertura.

aR Adubação de %orreção  #amb!m c&amada de potassagem, visa aumentar o conte6dode pot(ssio do solo at! o seu n'vel timo.  A $uantidade de fertilizante a ser aplicado na adubação decorreção ! determinada atrav!s da an(lise de solo. Euanto menor oteor do nutriente presente no solo, maior a $uantidade de fertilizantea ser aplicada. #amb!m leva%se em consideração, a capacidade de2/ação de pot(ssio de pot(ssio e as perdas por li/iviação do solo.  O fertilizante fosfatado deve ser aplicado a lanço sobre o soloarado e gradeado, recobrindo toda a superf'cie, e incorporado pormeio de grade a uma profundidade de 7< a ?<cm. 1evido ao efeitosalino dos sais sol6veis de pot(ssio, esta pr(tica ! particularmente

?I

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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importante no caso de solos pobres em pot(ssio, onde as dosesrecomendadas são altas.

bR Adubação de ,anutenção  A adubação de manutenção visa manter o n'vel de fertilidade

do solo, ou seFa, visa compensar a $uantidade de nutrienteremovida pela col&eita e mais o $ue se perde por erosão eli/iviação.  A adubação de manutenção pode ser feita das seguintesmaneiras: a na fai/a, Funto ou perto da semente, no plantio" b alanço, na superf'cie" c no fundo do sulco de plantio" d a lanço eincorporada. m geral a aplicação na fai/a, Funto ou perto dasemente no plantio, e a aplicação no fundo do sulco de plantio sãomais e2cientes $uando se utiliza pe$uenas doses. -om doses altasas diferenças tendem a desaparecer.  A m( localização do adubo em relação ) semente ou aosistema radicular ! uma das raz;es para atraso na germinação eemerg5ncia, redução na população, atraso na maturação ediminuição na col&eita. Os sais de pot(ssio por sua solubilidade,podem preFudicar as sementes em germinação pois, $uandousados em grandes doses aumentam demasiadamente a pressãoosmtica da solução do solo nas pro/imidades do local deaplicação.  1e uma forma geral, pode%se recomendar a adubaçãopot(ssica da seguinte forma:

a m culturas plantadas em lin&a com espaçamento em torno

de 3m ou mais e com doses bai/a de pot(ssio: Aplicação nosulco abai/o e ao lado das sementes ou no fundo do sulco deplantio. 1oses altas: 1istribuição a lanço com incorporaçãoantes do plantio., ou então, aplicar metade da dose no sulcoe a outra metade em cobertura, Funto com a adubaçãonitrogenada. -onsidera%se como alta, dose superior a >< 9gde 9 7O&a.*ara solos com -#- a p I,< menor do $ue = cmolcdm?, opotencial de perdas de pot(ssio por li/iviação ! grande.@esse caso, recomenda%se o parcelamento de doses acimade =< 9g&a de 9 7O ou a sua aplicação a lanço.

b -ulturas em lin&a com espaçamento apertado, <,Jm oumenor, fazer aplicação a lanço com incorporação super2cialcom grade, antes do plantio, independente da dose utilizada.

%R Adubação e, %obertura  a aplicação de fertilizantes não acompan&ada deincorporação,em culturas F( instaladas, em fai/as ao lado da lin&a deplantio, ou em pastagens. A adubação em cobertura ! utilizada nasseguintes condiç;es:

a Adubação com doses pesadas, sendo parte aplicada no plantioe parte em cobertura"

b -ulturas de ciclo longo, como a cana de aç6car"

?>

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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c -ulturas intensivas em $ue se faz necess(rio repetir aadubação completa, como no caso das &ortaliças.

d Adubação de pastagens estabelecidas

;101 Adubação )otJssi%a e, %ulturas )erenes

aR Adubação de )lantio  A adubação pot(ssica de plantio nas culturas perenes ! feita nossulcos ou nas covas, acompan&ando o fsforo e a mat!ria orgnica.Os adubos são colocados na cova ou no sulco e bem misturados coma terra. Euando as doses a aplicar são pe$uenas, a adubaçãopot(ssica ! feita em ps%plantio, em cobertura.

bR Adubação de %obertura@as culturas perenesH a adubação pot(ssica ! feita anualmente,

 Funto com a adubação fosfatada e a nitrogenada, ou apenas com anitrogenada, sendo a dose total a aplicar dividida em duas ou maisparcelas, sendo no m(/imo de $uatro, durante o per'odo c&uvoso. Oparcelamento evita perdas por li/iviação e por erosão, permitindouma maior e2ci5ncia da adubação.  O adubo deve ser aplicado ao redor da planta, na proFeção dacopa, ou então, em semi%c'rculo, do lado de cima do declive, $uandoa cultura for plantada em espaçamento. @o caso de plantio emren$ue, a aplicação deve ser feita ao longo das lin&as, dos dois lados,ou apenas do lado de cima do declive.  As adubaç;es devem ser feitas sempre com o solo 6mido.

=1 EFEITO ESIDUAL  O efeito res'dua da adubação pot(ssica, ou seFa, o seuaproveitamento pelas culturas seguintes, depende das seguintesvari(veis"

a 1ose aplicada: Euanto maior a dose aplicada, maior o efeitoresidual"

b -ultura: As culturas apresentam diferentes capacidades dee/tração de nutrientes. 1e forma geral, as gram'neasapresentam maior capacidade de e/tração $ue as leguminosas"

c #ipo de solo: Solos $ue possuem argilas 2/adoras +de grade7:3 possuem menor efeito residual"

d -&uvas: Solos arenosos localizados em regi;es de altapluviosidade sofrem maior li/iviação, e conse$Ventemente,menor efeito residual.

E<ECÍCIO >

 3 B Euais são as mat!rias primas utilizadas na fabricação de adubospot(ssicosP7 B 15 as principais caracter'sticas do cloreto de pot(ssio  ? B m $uais condiç;es não se recomenda o uso de cloreto depot(ssioP

  = B 15 as principais caracter'sticas do sulfato de pot(ssio emagn!sio.

?K

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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 J B Eual o obFetivo da potassagem e como deve ser aplicada ao soloP L B Eual o obFetivo da adubação de manutenção de pot(ssioP I B -omo se recomenda aplicar adubação pot(ssicaP > B O $ue se entende por adubação de cobertura e $uando ! usadaP K B -omo ! feita a adubação pot(ssica de plantio e cobertura nas

culturas perenesP3< B Euais são os fatores $ue inRuenciam o efeito residual daadubação pot(ssicaP

-A*W#4XO 0M

ADUGOS CO6 6ICONUTIENTES

=<

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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2 3 FILOSOFIAS DE APLICAÇÃODE 6ICONUTIENTES  1e acordo com XO*S, 3KKK, e/istem tr5s 2loso2as b(sicaspara a aplicação de micronutrientes: a 2loso2a de segurança, b

2loso2a de prescrição e c Ciloso2a de restituição.

a 3 Filoso'a de se.urança# *or principio, esta 2loso2a não utilizadados de an(lises de solos ou plantas. -onsiste na aplicação depe$uenas $uantidades de todos os micronutrientes, ou da$ueles composs'veis problemas de de2ci5ncia em uma determinada região.

sta 2loso2a não considera necessidades espec'2cas, ou seFa,as doses recomendadas são as mesmas para $uais$uer condiç;es dosolo, da planta ou do clima. A aplicação destas doses pode nãoatender as necessidades das plantas, ou então, &aver desperd'cio e

at! mesmo to/idez. *ode ser econômica para culturas de alto valorcomo &ortaliças, caf! e frut'feras, mas pode aumentar muito o custode produção de outras culturas.  sta 2loso2a foi muito empregada no passado, $uando aindanão se dispun&a de facilidades para a an(lise de solos e plantas.

b 3 Filoso'a de )res%rição# -onsiste na utilização de an(lises desolos eou de tecidos de plantas, devidamente calibrados atrav!s deensaios de campo, para de2nir a disponibilidade e de2nir as doses demicronutrientes $ue proporcionam o m(/imo retorno econômico aoprodutor.

  sta 2loso2a, recomenda os micronutrientes necess(rios, emn'veis ade$uados e e$uilibrados, $ue protegem contra antagonismos$ue possam vir a ocorrer. *ara atender estas recomendaç;es, esta2loso2a re$uer diferentes formulaç;es de fertilizantes para cada casoem particular.

% 3 Filoso'a de restituição# sta 2loso2a consiste em recomendarmicronutrientes com base em estimativas das $uantidadese/portadas dos micronutrientes, por tonelada produzida.  sta 2loso2a vem sendo cada vez mais utilizada,principalmente nas (reas $ue tem atingido altos tetos deprodutividade e intensi2cação de problemas de de2ci5ncia demicronutrientes

  A combinação ideal para se atingir bases slidas de diagnose erecomendação de micronutrientes seria a integração da 2loso2a deprescrição com a 2loso2a de restituição, ou seFa, utilizar dados dee/perimentos de calibração de m!todos de an(lises de solos eplantas e a variação das doses a serem aplicadas em função dos tetosde produtividade e e/portação para as mais diversas culturas.

0 3 FONTES DE 6ICONUTIENTES

=3

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  Os produtos contendo micronutrientes, podem ser assimagrupados: a fontes inorgnicas" b $uelatos sint!ticos" c silicatoscomple/os +fritas e d comple/os orgnicos.a 3 Fontes inor./ni%as# Mncluem sais met(licos com sulfatos,cloretos e nitratos, $ue são sol6veis em (gua. /idos, carbonatos e

fosfatos, $ue são insol6veis em (gua e os o/i%sulfatos, $ue seconstituem em subprodutos com maior ou menor grau de solubilidadeem (gua, dependendo das $uantidades de (cido sulf6rico utilizada nasolubilização dos /idos. Al!m destes, tamb!m o (cido brico !utilizado como fonte de micronutrientes.  A solubilidade em (gua ! um fator determinante da e2ci5nciaagronômica no curto prazo, para aplicaç;es localizadas em sulcos eprodutos granulados.

b 3 uelatos sintti%os# São formados pela combinação de umagente $uelatizante com um metal, $ue no caso poder( ser o -u, Ce,Dn ou ]n, atrav!s de ligaç;es coordenadas. *ossuem con2guraçãoem anel, resultante da combinação do metal com dois ou mais gruposdoadores de el!trons e/istes em uma 6nica mol!cula do $uelatizante.Os metais presos nos an!is do $uelato perdem suas caracter'sticascatiônicas, 2cando menos suFeitos a reaç;es de precipitação ouinsolubilização, mantendo a disponibilidade do elemento.  4m $uelato e2ciente ! a$uele no $ual a ta/a de substituição domicronutriente $uelatizado por c(tions do solo ! bai/a, mantendo onutriente aplicado nessa forma de $uelato por tempo su2ciente paraser absorvido pelas ra'zes das plantas +XO*S, 3KK3.

  Os principais agentes $uelatizantes de fontes demicronutrientes são: (cido etilenodiaminotetrac!tico +1#A, (cido@+&idro/ietiletilenodiaminotetrac!tico +1#A, (cidodietilenotriaminopentac!tico +1#*A, (cido etilenodiamino+o%&idro/ifenil ac!tico +11A, (cido nitrilo ac!tico +@#A, (cidogluco&eptônico e (cido c'trico, sendo o 1#A o mais comum.

=7

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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 % 3 Sili%atos %o,)le-os (ritasR# #amb!m con&ecidos como C#, doingl5s, “frited traces elements”. São produtos v'treos, obtidos pelafusão de silicatos ou fosfatos com uma ou mais fontes demicronutrientes, a apro/imadamente 3<<<N-, seguido deresfriamento r(pido com (gua, secagem e moagem.  São produtos insol6veis em (gua, sendo a solubilidadecontrolada pelo taman&o da part'cula. São mais e2cientes seaplicados na forma de p 2no, a lanço, com incorporação, em solosmais arenosos e suFeitos a altos 'ndices pluviom!tricos.

d 3 Co,)le-os or./ni%os# São produzidos pela reação de saismet(licos com subprodutos orgnicos da industria de polpa demadeira e outros. A estrutura $u'mica desses agentes comple/antesassim como o tipo de ligação $u'mica dos metais com os compostosorgnicos, ainda não são bem caracterizados.

; 3 6TODOS DE APLICAÇÃO  Os micronutrientes podem ser fornecidos as plantas das

seguintes formas: a Aplicação via solo utilizando adubos slidos" bAplicação via solo utilizando adubos Ruidos e fertirrigação" cAdubação foliar" d #ratamento de sementes e e Mmersão de ra'zes.

a 3 A)li%ação $ia solo utili"ando adubos s4lidos

A aplicação de micronutrientes no solo visa aumentar suaconcentração na solução do solo, de onde ser( absorvido pelas ra'zesdas plantas. Os micronutrientes poderão ser aplicados das seguintesformas:

=?

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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& A lanço in%or)orado. Os micronutrientes são distribu'dosuniformemente na superf'cie do solo, isoladamente ou em misturas@*9, e a seguir incorporado por aração ou gradagem"& A lanço se, in%or)oração1 Os micronutrientes são distribu'dosuniformemente na superf'cie do solo, isoladamente ou em misturas

@*9, mas não são incorporados"& No sul%o de )lantio1 Os micronutrientes são distribu'dos porsemeadeiras%adubadeiras na lin&a de plantio, Funtamente com aadubação @*9, ao lado e abai/o das sementes ou no fundo do sulco,misturado ao solo"& E, %o$as ou sul%os de )lantio de %ulturas )erenes1  Osmicronutrientes são aplicados nas covas ou sulcos de plantio dasculturas perenes, misturado ao solo, Funtamente com outros adubos emat!ria orgnica.& E, (ai-as ao lado das )lantas1 Os micronutrientes são aplicadosem fai/as, ao longo das lin&as de plantio, ou na proFeção da copa dasplantas, em adubação de cobertura, Funtamente com adubação @*9 ou isoladamente.

  1evido )s pe$uenas $uantidades empregadas demicronutrientes, o seu uso isoladamente, acarreta problemas de&omogeneidade de distribuição, sendo recomendado a sua aplicação Funtamente com adubação @*9, na forma de mistura de grnulos oumistura granulada.

b 3 A)li%ação $ia solo utili"ando adubos 7uidos ou

(ertirri.ação1 Os micronutrientes podem tamb!m ser aplicados viaadubação Ruida, ou dilu'dos na (gua de irrigação. stas pr(ticaspossibilitam uma maior &omogeneidade de aplicação, aumentando ae2ci5ncia da adubação com micronutrientes.

% 3 Adubação (oliar1 Assim como as ra'zes, as fol&as das plantast5m capacidade de absorver nutrientes depositados na forma desolução em sua superf'cie. ssa capacidade originou a pr(tica daadubação foliar, em $ue soluç;es de um ou mais nutrientes sãoaspergidas sobre a parte a!rea das plantas, atingindo principalmenteas fol&as +0OX9_MSS, 3KK.

  A adubação foliar com micronutrientes ! um recurso efetivo eeconômico no controle de de2ci5ncias no cafeeiro, citros e outrasplantas frut'feras perenes, podendo ser recomendada em programasde adubação, desde $ue &aFa controle das necessidades das plantas ese utilizem produtos espec'2cos. *ara alguns casos de culturas anuaise &ort'colas, a adubação foliar corretiva ou complementar apresentabons resultados, podendo ser inclu'da nos programas de adubação+HOAU#O ` UOSOXD, 3K>K.  1e acordo com XO*S, 3KKK, em comparação com a aplicaçãode adubos slidos via solo, a adubação foliar apresenta as seguintesvantagens e desvantagens:

==

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  anta.ens# a alto 'ndice de utilização pelas plantas, dosnutrientes aplicados nas fol&as em relação a aplicação via solo" b Asdoses totais de micronutrientes são em geral, menores $ue asaplicadas via solo" c A aplicação apresenta maior &omogeneidade" dAs respostas das plantas são r(pidas, sendo poss'vel corrigir

de2ci5ncias aps o seu aparecimento, durante a fase de crescimentodas plantas +adubação de salvação, embora, em alguns casos orendimento das culturas F( podem estar comprometidos +0OX9_MSS,3KK3, citado por XO*S, 3KKK.  Des$anta.ens# a A demanda de nutrientes ! geralmentemuito alta $uando as plantas são pe$uenas e a superf'cie foliar !insu2ciente para a absorção" b Altas concentraç;es de sais $ueimamas plantas" c *ode ser muito tarde para corrigir de2ci5ncias e aindaobter produç;es m(/imas" d A menos $ue possam ser combinadascom tratamentos 2tossanit(rios, em função da bai/a mobilidade damaioria dos micronutrientes, os custos e/tras de m6ltiplas aplicaç;esfoliares podem ser altos" e O efeito residual ! muito menor $ue nasaplicaç;es via solo" f Al!m de problemas estritamente decompatibilidade, a presença de nutrientes na solução pode afetarnegativamente a absorção de outro, principalmente em soluç;esmultinutrientes.

d 3 Trata,ento de se,entes1 4ma das grandes vantagens destem!todo de aplicação de micronutrientes ! a uniformidade dedistribuição de pe$uenas doses, $ue podem ser aplicadas comprecisão. uma tecnologia de comprovada e2ci5ncia na aplicação de

molibd5nio e cobalto em leguminosas./istem tr5s m!todos de aplicação de micronutrientes viasementes:% 4medecimento de sementes com solução contendo a $uantidadedeseFada de micronutriente"% 1ei/ar as sementes de mol&o durante algumas &oras em solução demicronutrientes a 3 B 7G% *eletização de sementes com carbonato de c(lcio, fosfato, gomaar(bica e micronutrientes.

e 3 I,ersão de ra+"es1 -onsiste em fazer a imersão de ra'zes de

mudas a serem transplantadas em solução ou suspensão contendoum ou mais micronutrientes. A imersão de mudas de arroz emsolução de ]nO a 3G, tem mostrado e2ci5ncia igual ou superior aaplicação de fontes sol6veis via solo.

E<ECÍCIO ?

 3 B /pli$ue as “2loso2as” de aplicação dos micronutrientes. 7 B m $uais condiç;es se adota a “2loso2a” de segurançaP ? B Eual ! a mel&or “2loso2a”. Eual deve ser a adotadaP = B Euais são as fontes inorgnicas de micronutrientesP

=J

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7/17/2019 Notas de Aulas de Adubação e Nutrição de Plantas - 1ª Parte

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 J B Eual a desvantagem em se utilizar fontes inorgnicasP L B O $ue ! um $uelatoP I B Eual a vantagem em se usar um adubo $uelatizadoP > B Eual o conceito de $uelato e2cienteP K B Uelacione os principais agentes $uelatizantes.

3< B -omo são obtidas as fritasP33 B m $uais condiç;es se recomenda o uso de C#P37 B Euais são as formas de se aplicar micronutrientes no solo,utilizando adubos  slidosP3? B Euais as vantagens da aplicação de micronutrientes viafertirrigaçãoP3= B 15 as vantagens e desvantagens do fornecimento demicronutrientes via foliar.3J B -omo se aplica micronutrientes atrav!s do tratamento desementes e $ual sua

vantagemP3L B -omo se aplica micronutrientes via imersão de ra'zes e $ual suavantagemP

-A*W#4XO 0MM

ADUGOS 6ISTOS

  As plantas necessitam de $uatorze nutrientes minerais para o

seu crescimento e desenvolvimento. Os adubos simples e os aduboscomple/os, apresentam um, dois ou no m(/imo tr5s nutrientes. Surge

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assim, a necessidade de se misturar um ou mais adubos simples eoucomple/os, visando obter um fertilizante com o maior n6meroposs'vel de nutrientes, a2m de se atender as necessidadesnutricionais das plantas cultivadas.  A composição dos adubos mistos, tamb!m c&amados de

misturas, !rmulas ou ormulados ,  ! dada por uma s!rie de tr5sn6meros inteiros, separados por traço. O primeiro n6mero e/pressa oteor de @ total. O segundo, o teor de *7OJ e o terceiro, o teor de 9 7O.stes teores são tamb!m denominados de garantia do fertilizante.  O teor de *7OJ e/presso na frmula, refere%se a percentagemsol6vel em citrato de amônio mais (gua, ou ao teor sol6vel em (cidoc'trico a 7G na relação 3:3<<, conforme a solubilidade do fertilizantesimples ou comple/o usado na formulação do adubo misto.  Assim, a mistura 7< B <J B 7<, apresenta 7<G de @, JG de *7OJ

e 7<G de 9 7O. *ara serem comercializadas, as formulaç;es @%*%9,c&amadas de tern(rias, slidas, deverão apresentar no m'nimo 73Gde nutrientes e as formulaç;es Ruidas, 3>G. Disturas bin(rias, @*,@9,*9, deverão apresentar no m'nimo 3>G $uando slidas ou 3JG$uando Ruidas.  Os adubos mistos poderão ainda apresentar macronutrientessecund(rios e micronutrientes, e/pressos na forma elementar, cuFasgarantias deverão estar especi2cadas no rtulo do produto.

2 3 Ti)os de ,isturas  Os adubos mistos poderão se apresentar nas seguintes formas:

a 3 E, )4# Uesultante da mistura de dois ou mais adubos simpleseou adubos comple/os na forma de p"b 3 Farelada# Uesultante da mistura de dois ou mais adubos simpleseou adubos comple/os na forma de farelo"% 3 6istura de .r/nulos# Obtida pela simples mistura de dois oumais fertilizantes simples eou comple/os, previamente granulados.São misturas f'sicas e caracterizam%se por apresentar os nutrientes,contidos em grnulos distintos"d 3 6istura .ranulada# Obtida pela mistura de dois ou maisfertilizantes simples eou comple/os em p e posterior granulação.-aracteriza%se por conter em cada grnulo, todos os nutrientes

garantidos na mistura.  A prefer5ncia pelo uso de mistura de grnulos ou misturagranulada deve%se aos seguintes fatores:a 3 6enor 9i.ros%o)i%idade# A granulação diminui a superf'cie decontato das part'culas, reduzindo a absorção de (gua do aratmosf!rico"b 3 6enor e,)edra,ento# -om a redução da superf'cie de contatoe da &igroscopicidade diminui a possibilidade de empastamento eempedramento do produto"% 3 Fa%ilidade de a)li%ação#  *rodutos com forma esf!rica, nãoempastados, não empedrados, apresentam maior Ruidez +capacidadede escoamento do reservatrio de adubos e conse$Ventemente,maior &omogeneidade de aplicação"

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d 3 6enores )erdas# -om a granulação, dei/a de e/istir perdas porderiva +pelo vento. #amb!m a liberação do nutriente no solo ! maislenta, o $ue evita perdas por li/iviação, e d( mais tempo para $ue asra'zes os absorvam, evitando perdas por 2/ação de fsforo e depot(ssio.

0 3 Produção dos adubos ,istos  Os adubos mistos podem ser produzidos nas industrias oupreparados nas propriedades rurais, a e/ceção das misturasgranuladas, a partir de adubos simples ou comple/os, em p ougranulados.  O uso de adubos mistos produzidos industrialmente, apresentaa seguintes vantagens:a B Daior &omogeneidade das misturas"b B *ossibilidade de misturar pe$uenas $uantidades de adubos commicronutrientes"c B *ossuem maior concentração de nutrientes, diminuindo o custo detransporte"d B 1ispensa o uso de mão de obra, nem sempre dispon'vel, paraproceder a mistura"e B *odem ser armazenados por longos per'odos"f B Apresentam boas caracter'sticas f'sicas e 2sico%$u'micas.  *ara o armazenamento dos adubos, deve%se tomar os seguintescuidados:% Os sacos de fertilizantes devem ser guardados em compartimentossecos e acima do n'vel do c&ão, sobre estrados de madeira"

% As pil&as devem ser muito pr/imas umas das outras para diminuira circulação de ar e o umedecimento da mistura"% A pil&a não dever( ter mais $ue oito sacos para evitar $ue osinferiores 2$uem empedrados pela pressão e/ercida pelos de cima"% Os sacos arrebentados devem ser separados dos outros por$ue omaterial e/posto dos primeiros absorvem muita umidade"% m dias secos e ensolarados conv!m areFar o depsito.  *or sua vez, o preparo dos adubos mistos nas propriedadesapresenta as seguintes vantagens:a B As misturas são espec'2cas para o solo e cultura"b B *odem ser feitas misturas com bai/a concentração de nutrientes"

c B O custo pode ser menor"d B *ermite o con&ecimento e controle de cada elemento $ue est(sendo adicionado

no solo.  @o preparo dos adubos mistos na propriedade rural, devem serobservados os seguintes passos:a 3 Es%ol9a ade*uada da ,atria )ri,a# 1eve ser escol&idosfertilizantes simples, $ue al!m de atender as necessidadesnutricionais das plantas, apresentem propriedades f'sico%$u'micassatisfatrias.b 3 Co,)atibilidade# A $uestão da compatibilidade eincompatibilidade dos adubos ! de m(/ima importncia, devendo ser

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e/aminada com cuidado antes de se começar a fazer a mistura./istem dois tipos de incompatibilidade:& In%o,)atibilidade (+si%a# a $ue resulta na degradação dascaracter'sticas de natureza f'sico%$u'micas dos fertilizantes,principalmente no $ue se refere a &igroscopicidade. Adubos

&igroscpicos, transmitem umidade aos demais, formando umamassa pastosa ou dura +empedrada, de dif'cil destruição.Yeralmente este inconveniente aparece de um a dois dias depois defeita a mistura. @este caso, diz%se $ue os fertilizantes apresentamcompatibilidade limitada, ou seFa, podem ser misturados, desde $ue amistura seFa aplicada em seguida.& In%o,)atibilidade *u+,i%a#  a respons(vel pela perda denutrientes por volatilização ou pela conversão da forma sol6vel emoutro insol6vel, ou de assimilação mais dif'cil.  /emplo do primeiro caso, ! a mistura de adubos amoniacaiscom adubos $ue cont5m -aO livre, ou c(lcio combin(vel, resultandoem formas vol(teis de nitrog5nio.

+@=7SO=  T -aO ^ -aSO=  T 7@?  T 7O  A retrogradação ocorre no caso de se misturar formas sol6veisde fosfatos com adubos ou corretivos contendo -aO livre ou c(lciocombin(vel, produzindo formas de fsforo pouco sol6veis e deassimilação lenta:

-a+7*O=7  T -aO ^ -a7+*O=7  T 7O-a7+*O=7  T 7-aO ^ -a?+*O=7  T 77O

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% 3 Pre)aro da ,istura# A mistura deve ser feita em um local depiso limpo e plano. O material usado em maior proporção !

primeiramente distribu'do em uma camada uniforme sobre o piso.Sobre esta camada, distribui%se os demais adubos, tamb!m emcamadas uniformes. As camadas são misturadas, com o uso de p( ouen/ada, at! $ue a mistura ad$uira uma coloração uniforme. 1epoisser( peneirada, desfazendo%se poss'veis empedramentos.  @ão ! indicado armazenar a mistura por muito tempo.*referencialmente, deve ser acondicionada em sacos pl(sticos e serutilizada dentro de um curto espaço de tempo

E<ECÍCIO @

  3 B 15 o conceito de adubos mistos  7 B Eual a Fusti2cativa do uso de adubos mistosP  ? B Eual o signi2cado dos tr5s grupos de algarismos $ue identi2cama frmulaP  = B poss'vel misturar adubos com diferentes granulometrias, ouseFa, p com farelo,

ou farelo com grnulo e etc. P Qusti2$ue.  J B *or $ue normalmente se d( prefer5ncia ao uso de adubos

granuladosP  L B Euais as vantagens de se preparar adubos mistos napropriedadeP  I B Euais as vantagens de se ad$uirir adubos mistos preparados nasind6striasP  > B Euais cuidados devem ser tomados ao se preparar adubosmistosP  K B Euais cuidados devem ser tomados no armazenamento dosadubosP3< B O $u5 se entende por incompatibilidade f'sicaP33 B O $u5 se entende por incompatibilidade $u'micaP

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