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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras 1 Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado) 1. Informações Gerais A Groupama Seguros de Vida, S.A. (adiante designada por Groupama Vida ou Companhia) foi constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver a atividade do ramo Vida em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa. A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para o ramo Vida para o qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). A sua atividade é exercida em Portugal. Situação económica internacional O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de 2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4% (dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível de crescimento. Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8% (com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%). Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%. Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria. Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à acentuada queda dos preços do petróleo. No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos sendo ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego -,

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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado)

1. Informações Gerais

A Groupama Seguros de Vida, S.A. (adiante designada por Groupama Vida ou Companhia) foi

constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver

a atividade do ramo Vida em Portugal.

A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na

Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para o ramo Vida para o qual

obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões

(ASF). A sua atividade é exercida em Portugal.

Situação económica internacional

O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas

criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de

2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4%

(dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia

global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível

de crescimento.

Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos

foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto

que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8%

(com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de

cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%).

Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os

crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no

grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%.

Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes

estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as

economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e

sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas

dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria.

Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a

retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas

orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à

acentuada queda dos preços do petróleo.

No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos – sendo

ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego -,

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os fatores de natureza política podem condicionar a confiança dos agentes económicos. Atos

terroristas em território europeu, as tensões entre a Rússia e o Ocidente, bem como a situação

política e económica da Grécia, podem condicionar e restringir todas as medidas que, do lado

monetário, possam ser colocadas em prática.

Situação económica nacional

A economia portuguesa registou em 2014 um crescimento de 0,9%, em torno do que era

expectável. No entanto, este crescimento teve bases diferentes das expectadas, na medida em

que a procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual,

com a procura externa líquida a contribuir negativamente para este indicador. O contributo das

exportações líquidas desiludiu no ano de 2014

Vários fatores contribuíram para este comportamento. Do lado das exportações, o

encerramento da unidade de refinação de petróleo, embora que temporário, contribuiu para um

comportamento pior do que o esperado, pois as exportações de combustíveis refinados para o

exterior têm um peso muito significativo nas exportações. Pelo lado das importações, verificou-

se um aumento acima do esperado, refletindo a retoma e o aumento da procura interna,

sobretudo de bens duradouros.

De qualquer forma, a tendência de crescimento da economia, já verificada a partir de meados

de 2013, confirmou-se neste ano de 2014. De muito positivo nota-se a geração de riqueza,

cujos contributos são agora mais equilibrados. Assim, depois de três anos de retração, a

procura interna voltou a aumentar; as importações deixaram de contribuir positivamente para a

expansão, sinalizando o padrão de crescimento mais equilibrado, apoiado pelas componentes

domésticas da procura agregada; e as exportações contribuíram positivamente (embora com

efeito minorado pela interrupção da atividade de refinação).

Para 2015 espera-se um ano de consolidação de tendências, com a expansão da atividade

económica para níveis que deverão atingir cerca de 1,5%. Para este desempenho contribuirá

certamente o contributo positivo da procura interna e o regresso dos contributos favoráveis da

procura externa líquida. O rendimento das famílias deverá aumentar, por via da redução da

carga fiscal e dos aumentos de rendimentos dos funcionários públicos e pensionistas,

derivados das decisões do Tribunal Constitucional. Do lado do Investimento, esperam-se

igualmente notícias positivas, não só ao nível da Construção, mas também em Máquinas e

Equipamentos. Por fim, uma nota para o Turismo, cujo contributo para evolução da economia

nacional continuará a ter um papel fundamental na recuperação esperada.

2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas

contabilísticas adotadas

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de

Dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas

de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de

Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º

22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização

das operações das empresas de seguros estabelecidas pela ASF.

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Este plano de contas, atualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de

Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adotados na União

Europeia, exceto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adotados

os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As

IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting

Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos respetivos órgãos antecessores.

Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adotou na preparação destas

demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações

do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2014. Esta adoção teve impacto em

termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no

entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afetando a posição financeira da

Companhia.

As demonstrações financeiras estão expressas em euros (exceto, quando indicado) e estão

preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos registados ao

justo valor, nomeadamente ativos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes ativos e

passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.

A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efetue julgamentos e

estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os

montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou

diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e

julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde

são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações

financeiras encontram-se analisadas na nota 3.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 13 de

Março de 2015.

2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação

obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2014.

Normas

• IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz

parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o

conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas

de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser

equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta norma não teve impacto

nas demonstrações financeiras da companhia.

• IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta

alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade,

quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender.

A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de

cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de

cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento

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de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como

consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção desta norma não teve

impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define

uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da

consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de

investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor

através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas

pela IFRS 12. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da

companhia.

• IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos

os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na

IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o

controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe

e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. Esta norma não tem

impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos

acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser

operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos

(direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A

consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. Esta norma

não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma

estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras

entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de

forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses

da Entidade. Esta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que,

quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da

adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico

imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período

comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação

de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da

consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12.

Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na

sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para

os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a

Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta alteração não tem impacto nas

demonstrações financeiras da companhia.

• IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A

IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico

para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos

de aplicação do método de equivalência patrimonial. Esta alteração não tem impacto nas

demonstrações financeiras da companhia.

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2.3. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e

cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho

de 2016, ou em data posterior, e que a Companhia decidiu não adotar antecipadamente:

• IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da

União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a

apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das

políticas contabilísticas. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual em

que esta se tornar efectiva. A mesma terá impacto ao nível das divulgações a efectuar nas

demonstrações financeiras.

• IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação

permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta

alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração

clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com

base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do

padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação

prospectiva. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a

contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e

pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do

número de anos de serviço. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual

em que esta se tornar efectiva.

• IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras

separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta

alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração

permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos

investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações

financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva. Esta alteração não terá

impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e

uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela

União Europeia. Esta alteração clarifica que na venda ou contribuição de ativos entre um

investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, o ganho/perda apurado é

reconhecido na totalidade quando os ativos transferidos constituem um negócio, e apenas

parcialmente (na quota-parte detida por terceiros) quando os ativos transferidos não constituem

um negócio. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção

à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding

intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a

opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a

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uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa

associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Esta alteração

não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

• IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação

conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta

alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração

introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação

conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 –

concentrações de atividades empresariais. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações

financeiras da companhia.

Melhorias às normas 2010 – 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS

8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas melhorias terão impacto nas demonstrações

financeiras da companhia, ao nível da IFRS 8 e IAS 24.

Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS

1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Apenas a melhoria na IAS poderá vir a ter impacto nas contas da

companhia.

Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19

e IAS 34. Apenas as melhorias na IFRS 7 terão impacto expectável nas divulgações futuras da

companhia.

IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e

mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre

créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o

reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma terá

impacto nas demonstrações financeiras da companhia.

Interpretações

IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 17 de junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao

reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta

numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o

rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga

ao pagamento.

2.4. Principais políticas contabilísticas adotadas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados

nas demonstrações financeiras.

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2.4.1. Reporte por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de ativos e operações que estão sujeitos a riscos e

proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de ativos e operações localizados num ambiente

económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros

segmentos que operam em outros ambientes económicos.

2.4.2. Especialização de exercícios

Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,

independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas

demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.

2.4.3. Transações em moeda estrangeira

As conversões para euros das transações em moeda estrangeira são efetuadas ao câmbio em

vigor na data em que ocorrem.

Os valores dos ativos expressos em moeda de países não participantes na União Económica

Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado

pelo Banco de Portugal.

As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data

de balanço, relativas aos ativos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e

perdas do exercício.

Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda

estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transação. Ativos e passivos não

monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa

de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais

resultantes são reconhecidas em resultados, exceto no que diz respeito às diferenças

relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, as quais

são registadas em reservas.

2.4.4. Ativos tangíveis

Estes bens estão contabilizados ao respetivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação

e testes de imparidade.

Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes ativos tangíveis foram

calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base

nas seguintes taxas anuais, as quais refletem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens:

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No reconhecimento inicial dos valores dos outros ativos tangíveis, a Companhia capitaliza o

valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento

correto de um dado ativo, de acordo com o disposto na IAS 16 ‘Ativos Fixos Tangíveis’. Ao

nível da mensuração subsequente, a Companhia ota pelo estabelecimento de uma vida útil que

seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando

o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.

Os gastos subsequentes com os ativos tangíveis são capitalizados no ativo apenas se for

provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as

despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é

estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de

um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em

resultados para os ativos registados ao custo.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o

seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados

futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua

vida útil.

2.4.5. Propriedades de investimento

A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por

via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de

mensuração da IAS 40.

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição,

incluindo os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo

valor. Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em

resultados. As propriedades de investimento não são depreciadas.

Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a

Companhia venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho

inicialmente estimado.

O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efetuada por

um avaliador independente.

Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional

reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das

quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de

empreendimentos, o ensino e a investigação.

A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,

é baseada nos seguintes métodos:

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Método de substituição:

Consiste na determinação do valor do edifício através da soma do valor de mercado do terreno

e de todos os custos necessários à construção de um edifício de iguais características físicas e

funcionais. Na determinação do valor final do edifício deve ser considerada a taxa de

depreciação em função da sua antiguidade, estado de conservação e estimativa de vida útil,

bem como as margens de lucro requeridas.

Método comparativo:

Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de

transações e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que

possuam idênticas características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma

área do mercado imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra

representativa e credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que

não se apresentem desfasadas relativamente ao momento de avaliação.

Método dos múltiplos do Rendimento:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda

anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção,

e uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do

investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.

Método de atualização de rendas futuras:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos

financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de

investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações

com perfil de risco semelhante.

Ver adicionalmente a Nota 26.

2.4.6. Ativos intangíveis

Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como ativos intangíveis,

assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua

implementação.

Os gastos diretamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,

relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como ativos

intangíveis, de acordo com a IAS 38 ’Ativos Intangíveis’:

a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível

para utilização;

b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;

c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;

d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;

e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para

concluir o desenvolvimento e usar o software, e

f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu

desenvolvimento podem ser mensuradas.

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Os ativos intangíveis estão mensurados ao respetivo custo histórico de aquisição, sendo

sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através

de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3

anos, período que reflete de forma razoável a vida útil estimada dos ativos intangíveis.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a

manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.

2.4.7. Ativos financeiros

i) Classificação

A Companhia classifica os seus ativos financeiros no momento da sua aquisição

considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Ativos financeiros detidos para negociação

Adquiridos com o principal objetivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui

também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.

Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de

ganhos e perdas

Esta categoria inclui os ativos com derivados embutidos, designados no momento do

seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo

valor reconhecidas em resultados.

Ativos financeiros a deter até à maturidade

Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma

maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e

capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes ativos financeiros encontram-se

registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento

financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de

reembolsos de capital efetuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização

com base no método da taxa efetiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o

valor de reembolso.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o

custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva

é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados

associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor atual ao valor do

instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Taxa anual

Aplicações informáticas 33,33%

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11

Empréstimos concedidos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber incluem os ativos financeiros não derivados com

pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado ativo. São

registados neste elemento do ativo os depósitos a prazo em instituições de crédito.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que (i) a

Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados

como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que

não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.

ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)

ativos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são

reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se

compromete a adquirir ou alienar o ativo. Os ativos financeiros referidos acima são

inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transação, exceto

nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes

custos de transação são diretamente registados em resultados.

Os ativos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da

Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido

substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não

obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados

à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os ativos.

iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros detidos para negociação e os ativos

financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo

valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.

Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no

entanto, as respetivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao

acionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda

por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais

registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com

participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em

Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos

resultados a atribuir’, na quota-parte pertencente ao beneficiário.

Ainda relativamente aos ativos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor

de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efetiva, (ii)

as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por

contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (exceto risco cambial),

conforme descrito acima.

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12

Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo

amortizado, de acordo com o método da taxa efetiva, com as amortizações (juros, valores

incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.

O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).

Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de

avaliação, tais como, a utilização de preços de transações recentes, semelhantes e

realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos

de avaliação de opções parametrizados de modo a refletir as particularidades e

circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações

de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo

valor, bem como as ações não cotadas, são registados ao custo de aquisição.

iv) Transferências entre categorias de ativos financeiros

Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de

instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and

Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir

que uma entidade transfira ativos financeiros detidos para negociação para as carteiras de

ativos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou

para ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses ativos financeiros

obedeçam às caraterísticas de cada categoria.

As transferências de ativos financeiros disponíveis para venda para as categorias de

empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade, são

também permitidas.

v) Imparidade

Imparidade de títulos

A Companhia avalia regularmente, por carteira de títulos, se existe evidência objetiva de

que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresentem sinais de imparidade.

Para os ativos financeiros que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respetivo

valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de

ganhos e perdas.

Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que

exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram

após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital cotados,

uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de

divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de

caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado

com razoabilidade.

A Companhia considera que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, se encontra

em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pela

ASF.

Assim, o ativo financeiro é objeto de imparidade, se:

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13

a) Já tiver sido objeto de imparidade em exercícios anteriores; ou

b) A cotação de bolsa esteja em permanência inferior ao valor de custo (declinio

prolongado) nos últimos 24 meses, ou

c) A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta

percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio

significativo de 50%).

O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o

valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de

imparidade, no ativo, anteriormente reconhecida em resultados.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a

perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de

aquisição e o justo valor atual, deduzida de qualquer perda de imparidade no ativo

anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período

subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade

anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à

reposição do custo de aquisição, Esta situação acontece se o aumento for objetivamente

relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade,

exceto no caso da ações ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível

reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de ações e

outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade

correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de

juro efetiva original do ativo financeiro. Estes ativos são apresentados no ativo, líquidos de

imparidade. Caso estejamos perante um ativo com taxa de juro variável, a taxa de juro a

utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual,

determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos

até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade

diminui, e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu

após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do

exercício.

Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa

Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objetivo reduzir o montante dos prémios em

cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final

do exercício são refletidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro direto’.

O cálculo destes ajustamentos é efetuado com base nos valores dos prémios por cobrar,

aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

Pensões, de base económica.

Retomando a situação dos produtos financeiros, importa referir que, excecionalmente, e

devido a limitações dos circuitos administrativos e informáticos, podem ocorrer situações em

que estando as apólices financeiras já anuladas, existam recibos que a elas respeitam, se

encontrem por regularizar (i.e. em cobrança). Os recibos que se encontrem nesta situação

deverão ser analisados caso a caso e constituído o respetivo ajustamento para recibos por

cobrar. No final de 2014 não existiam recibos nestas circunstâncias, pelo que não houve

necessidade de constituir nenhum ajustamento a eles referente.

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14

Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos

saldos a receber resultantes de operações de seguro direto, de resseguro ou outras, à

exceção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em

função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.

A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através

da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.

2.4.8. Outros ativos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros

derivados

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade

date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros

derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa

reavaliação registados diretamente em resultados do período.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.

Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo

valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado

numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados

diretamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente

relacionado com o ativo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.

O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência

de cotação (inexistência de mercado ativo) é determinado com base na utilização de preços de

transações recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em

metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em

técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o

efeito do tempo, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade.

2.4.9. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual

da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal.

A Companhia tem registados como passivos financeiros os passivos resultantes de contratos

de investimento (operações de capitalização com taxa garantida e sem participação nos

resultados).

Os passivos financeiros incluem passivos de contrato de investimento e são registados (i)

inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação incorridos e (ii)

subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva.

2.4.10. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes

englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da

data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de

valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.

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15

2.4.11. Capital social

As ações são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro

ou outros ativos. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de

capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de

imposto.

2.4.12. Contratos de seguro e contratos de investimento

Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro

significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro

incerto especificado o afetar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4

(seguros de vida puros);

Os Contratos de investimento são contratos que envolvem exclusivamente risco financeiro.

Estes contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente financeiros e

aqueles que possuem uma caraterística de participação discricionária. Se os contratos de

investimento forem puros cairão no âmbito da IAS 39 (é o caso dos produtos de taxa garantida

e sem participação nos resultados), enquanto os contratos com a caraterística de participação

discricionária se inserem na IFRS 4 (Produtos de capitalização com taxa garantida e com

participação nos resultados), tal como os Unit Linked com componente de risco.

A. Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados,

são reconhecidos e mensurados como segue:

i) Prémios

Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,

independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,

da mesma forma que os prémios brutos emitidos.

ii) Custos de aquisição

Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração

contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de

investimento.

As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos

respetivos prémios ou renovação das respetivas apólices.

iii) Provisões matemáticas/Outras provisões técnicas

Provisões Matemáticas Aniversárias

As Provisões Matemáticas Aniversárias são calculadas contrato a contrato, de acordo com o

método atuarial prospetivo, correspondendo este ao valor atual das responsabilidades da

Companhia, deduzido do valor atual dos prémios futuros.

Considerando o princípio da suficiência da provisão para encargos futuros, os encargos de

gestão continuam a estar previstos nas Provisões Matemáticas calculadas a prémio de

inventário.

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16

Cálculo das Provisões Matemáticas:

• Produtos Clássicos (Vida Inteira, Rendas, Temporários, Mistos, etc.): O cálculo é

efetuado por interpolação linear das provisões matemáticas aniversárias,

considerando que os contratos, em média, são efetuados a meio do ano, deduzidas

do valor correspondente ao fracionamento do prémio de inventário não recebido no

exercício e dos custos de aquisição não amortizados, para as apólices emitidas a

partir de 01.01.1984. Numa parte dos Contratos de Rendas Grupo, o cálculo é feito

considerando a data de adesão das pessoas seguras (pro-rata temporis).

• Produtos de Capitalização, Reforma e Operações de Capitalização: O cálculo é

efetuado considerando o tempo decorrido no exercício em relação a cada contrato

(pro-rata temporis).

• Produtos Ligados a Fundos de Investimento: O cálculo é efetuado considerando o

número e o valor da unidade de participação à data do cálculo, pelos “Fundos” que

constituem a apólice, e por apólice.

• Coberturas Complementares: O cálculo é efetuado considerando que os contratos

em média são efetuados a meio do ano.

A Provisão Matemática de Inventário dos contratos de produtos financeiros, corresponde à

conta poupança adquirida à data de 31.12.n, calculada depois da incorporação da

participação nos resultados e acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.

No produto Unit Linked, corresponde ao total dos valores de cada Fundo que compõem a

apólice, acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.

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17

Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:

iv) Provisão para sinistros

A provisão para sinistros corresponde ao valor previsível dos encargos com sinistros ainda

não regularizados, ou já regularizados mas ainda não liquidados no final do exercício. Esta

provisão foi determinada como segue:

• A partir da análise dos sinistros pendentes no final do exercício e da consequente

estimativa da responsabilidade existente nessa data; e

• Pela provisão, fundamentada em bases estatísticas, sobre o valor dos custos com

sinistros do exercício, excetuando vencimentos e resgates, por forma a fazer face à

responsabilidade com sinistros declarados após o fecho do exercício (IBNR).

v) Provisão para participação nos resultados atribuída

Os critérios utilizados no cálculo da Provisão para Participação nos Resultados Atribuída

das modalidades que a prevêem, assim como o método de atribuição e distribuição, estão

em conformidade com o estabelecido no plano de participação nos resultados das

Individual

Carteira < 01.01.1984

I AF 4,00% AF 4,00%

II RF 4,00% RF 4,00%

III RF 3,25% RF 3,25%

IV PM 46/49 3,50% PM 46/49 3,50%

V PM 60/64 3,50% PM 60/64 3,50%

Carteira > 01.01.1984

I PM 60/64 4,00% PM 60/64 4,00%

II PF 60/64 e TV 73/77 4,00% PF 60/64 e TV 73/77 4,00%

III PF 60/64 6,00% e 4,00% TV 73/77 3,00%

III TV 73/77 3,50% e 4,00% TV 73/77 3,00%

III TV 73/77 3,50% TV 88/90 2,50%

IV TD 88/90 4,00% TD 88/90 4,00%

II TV 73/77 3,00% TV 73/77 3,00%

II TV 73/77 TV 73/77

II TV 73/77 2,50% TV 73/77 2,50%

III TPRV93 2,50% TPRV93 2,50%

III TV 88/90 3,00% TV 88/90 3,00%

II TPRV93 2,00% TPRV93 2,00%

II TV 88/90 TV 88/90

COLECTIVOS

I PM 60/64 4,00% PM 60/64 4,00%

III PF 60/64 6,00% e 4,00% PF 60/64 2,50%

III PF 60/64 6,00% PF 60/64 2,50%

II TV 73/77 4,00% TV 73/77 4,00%

II TV 73/77 3,00% TV 73/77 3,00%

III TV 73/77 3,50% TV 88/90 2,50%

II TPRV93 2,00% TPRV93 2,00%

II TV 88/90 TV 88/90

OPER. CAPITALIZAÇÃO

RENDA CERTA TEMPORÁRIA

Em vigor a 31.12.2014 Utilizadas no cálculo das provisões

Taxa técnica de juro de 4,40%

Taxa técnica de juro de 2,5%

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18

respetivas modalidades em vigor na Companhia, não se tendo verificado alterações, em

relação ao aprovado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões

aquando da sua autorização ou comunicação.

A Companhia continua a dar cumprimento ao previsto no seu Plano de Participação nos

Resultados. O montante da Provisão para Participação nos Resultados Atribuída

corresponde à soma das provisões para participação nos resultados dos vários “Fundos

Autónomos” constituídos à data de 31.12.2014.

vi) Provisão para participação nos resultados a atribuir (shadow accounting):

De acordo com o estabelecido na IFRS 4, os ganhos e perdas não realizados dos ativos

financeiros disponíveis para venda afetos a responsabilidades de contratos de seguro e de

investimento com participação nos resultados discricionária, são atribuídos aos tomadores

de seguro, na parte estimada da sua participação, tendo por base a expetativa de que estes

irão participar nesses ganhos e perdas, sendo-o através do reconhecimento de uma

responsabilidade.

A estimativa dos montantes a atribuir aos tomadores de seguro sob a forma de participação

nos resultados, em cada modalidade, ou conjunto de modalidades, é calculada tendo por

base um plano adequado aplicado de forma consistente, tendo em consideração o plano de

participação nos resultados, a maturidade dos compromissos, os ativos afetos e ainda

outras variáveis específicas da modalidade ou modalidades em causa.

vii) Provisões técnicas relativas a seguros de vida em que o risco de investimento é

suportado pelo tomador de seguro

Esta rubrica reflecte a periodificação dos contratos de seguro com participação nos

resultados.

viii) Outras provisões técnicas

Esta rubrica acomoda a responsabilidade decorrente dos contratos Unit Linked com

componente de risco.

ix) Provisões técnicas de resseguro cedido

As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos

critérios acima descritos para o seguro direto, tendo em atenção as percentagens de

cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

B. Contratos de investimento sem participação nos resultados, são reconhecidos e

mensurados como segue:

Os contratos de investimento sem participação nos resultados incluem passivos de contrato de

investimento e são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de

transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da

taxa efetiva.

Adicionalmente ver a 29.

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19

2.4.13. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros incluem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos

correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado

de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou

substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as

diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base

fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente aprovadas, à data de

balanço em cada jurisdição e que se esperam virem a ser aplicadas quando as diferenças

temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis, com exceção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e

passivos que não afetem quer o lucro contabilístico, quer o fiscal, e de diferenças relacionadas

com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no

futuro.

Os impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis,

bem como para prejuízos fiscais registados em exercícios anteriores e que sejam ainda

reportáveis, apenas na medida em que seja expetável que existam lucros tributáveis no futuro

capazes de absorver as referidas diferenças.

Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados

com itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também

registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos

capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são

posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

2.4.14. Benefícios concedidos aos empregados

i) Plano de benefícios pós-emprego

Em conformidade com o anterior contrato coletivo de trabalho para o Setor Segurador, cujo

texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) nº32, de 29 de Agosto de 2008,

com alterações posteriores publicadas no BTE nº 29, de 8 de Agosto de 2009, a Companhia

assumiu o compromisso de conceder aos colaboradores que iniciaram a sua atividade neste

setor até 22 de Junho de 1995, pensões de reforma por velhice e por invalidez.

Para fazer face a esta responsabilidade, a Companhia contratualizou uma adesão coletiva

ao Fundo de Pensões Groupama.

O referido plano de pensões correspondia a um plano de benefícios definidos, uma vez que

definia os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá

durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade,

anos de serviço e retribuição.

Contudo, no dia 23 de Dezembro de 2011 foi assinado um novo contrato coletivo de

trabalho (novo CT) entre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e dois sindicatos

representativos da classe profissional (STAS e SISEP). Este novo CT foi posteriormente

publicado no BTE n.º 2, de 15 de Janeiro de 2012.

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20

De acordo com o novo CT o Fundo passa a financiar dois planos de pensões, mantendo o

plano de benefícios definidos para os beneficiários existentes a 31 de Dezembro de 2011,

garantindo o financiamento integral das responsabilidades com pensões em pagamento

assim como as respetivas atualizações que se vierem a verificar e criando um novo plano

de contribuição definida para o pessoal no ativo. De acordo com o n.º 1 da cláusula 48ª do

novo CT, “todos os trabalhadores no ativo em efetividade de funções, com contratos de

trabalho por tempo indeterminado, beneficiarão de um plano individual de reforma, em caso

de reforma por velhice ou por invalidez concedida pela Segurança Social, o qual substitui o

sistema de pensões de reforma previsto no anterior contrato coletivo de trabalho”. Ainda de

acordo com o n.º 2 da clausula 48ª “o valor integralmente financiado das responsabilidades

pelos serviços passados, calculado a 31 de Dezembro de 2011, relativo às pensões de

reforma por velhice devidas aos trabalhadores no ativo, admitidos até 22 de Junho de 1995,

que estavam abrangidos pelo disposto na cláusula 51.ª, n.º 4, do CT, cujo texto consolidado

foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de Agosto de 2008, será

convertido em contas individuais desses trabalhadores, nos termos e de acordo com os

critérios que estiverem previstos no respetivo fundo de pensões ou seguro de vida,

integrando o respetivo plano individual de reforma”. Face ao exposto, o plano de benefícios

definidos foi parcialmente liquidado, na parte respeitante ao pessoal no ativo, e o saldo das

responsabilidades integralmente financiadas a 31 de Dezembro de 2011 foi transferido para

um plano individual de reforma, em 2012.

As responsabilidades da Companhia com pensões de reforma (benefício definido) foram

calculadas, na data de fecho de contas, com base no Método da Unidade de Crédito

Projetada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base nas taxas

de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na

moeda em que os benefícios serão pagos, e com maturidade semelhante à data do termo

das obrigações do fundo de pensões.

Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CT, a Companhia efetuará anualmente

contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), não apenas para os trabalhadores

do quadro permanente da Companhia, admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de

Junho de 1995, como também para os trabalhadores admitidos após essa data, havendo

um tratamento diferenciado entre ambos em termos de contribuições para o PIR tendo em

consideração a data de admissão na Atividade Seguradora de cada colaborador.

Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, a

primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR

verificar-se-á em 2015, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte,

aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31

de Dezembro de 2009, a contribuição anual da Companhia para a conta de cada

colaborador no PIR verificar-se-á de acordo com as percentagens indicadas na tabela

seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

21

Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora após 1 de Janeiro de 2010, a

primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR

verificar-se-á no ano seguinte àquele em que complete dois anos de prestação de serviço

efetivo na empresa, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas

sobre o ordenado base anual do trabalhador:

Os participantes poderão resgatar o valor acumulado na sua conta na data da passagem à

reforma por velhice ou invalidez concedida pela Segurança Social, sendo que pelo menos

2/3 do valor total acumulado na sua conta terão de ser convertidos em renda vitalícia

imediata mensal.

Em caso de morte de um participante, o respetivo valor acumulado na sua conta deverá ser

utilizado, aquando do falecimento, em pelo menos 2/3 na aquisição de uma pensão de

sobrevivência a favor dos seus beneficiários designados ou, na falta de designação destes,

para os herdeiros legais.

Caso o participante deixe de estar ao serviço da empresa, adquire o direito a 90% do valor

acumulado na sua conta, só podendo no entanto liquida-lo na data de passagem à reforma

por velhice ou invalidez.

Existe ainda a possibilidade de transferir 90% do valor total acumulado para outra

Seguradora ou Fundo de Pensões, desde que o novo veículo de financiamento cumpra os

requisitos previstos no novo CT e seja similar ao plano de origem.

O participante perde o direito ao valor acumulado na sua conta se a cessação do vínculo

laboral tiver ocorrido por despedimento com justa causa promovida pelo empregador com

fundamento de lesão de interesses patrimoniais da Companhia.

ii) Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)

Ao abrigo do novo CT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos

colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma

cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos)

ou a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou

igual a 50 anos).

Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem

2014 2,50

2015 2,75

2016 3,00

2017 e seguintes 3,25

Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem

2014 2,50

2015 2,75

2016 3,00

2017 e seguintes 3,25

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22

Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na

Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado

base efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados

os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é

substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com

o esquema seguinte:

a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na

Companhia;

b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na

Companhia;

c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na

Companhia.

(Ver Nota 13)

iii) Benefícios de saúde

Os colaboradores da Groupama Vida que se encontram no ativo têm direito a um benefício

de assistência médica, o qual é reconhecido anualmente como gasto (seguro de saúde).

iv) Bónus de desempenho

A Companhia adoptou em 2014, dois critérios diferentes para efetuar o cálculo da

remuneração variável, conforme a posição e responsabilidade de cada Colaborador na

estrutura organizacional da Companhia: Prémios de produtividade e Prémios por Objetivos.

Os Prémios de Produtividade, calculados exclusivamente para colaboradores com funções

comerciais, tiveram em conta as performances comerciais de cada um, tendo como base

comparativa objetivos quantitativos pré-definidos no princípio do ano.

Os Prémios por Objetivos, foram atribuídos com base em percentagens ligadas à

performance de resultados e comercial (vendas) da Companhia, adicionado de

percentagens atribuídas a objetivos individuais. Por forma a garantir uma melhor atribuição

desta remuneração, foram ainda incluídos objetivos que tiveram em conta aspetos

comportamentais, de seguimento de equipas, gestão de riscos e controlo de orçamento.

v) Seguro de vida para reformados

A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à

situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de

apólices individuais.

Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no

último salário efetivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de

vigência da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.

O custo incorrido com os seguros de vida para reformados durante o ano de 2014 foi de

12.361 euros (2013: 18.028 euros).

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

23

2.4.15. Provisões, ativos e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou

construtiva) (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser

feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

O montante reconhecido em provisões consiste no valor atual da melhor estimativa dos

recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada,

tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor

estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas

como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Companhia é parte integrante das

disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não são

possíveis evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo

divulgados sempre que se verifica uma possibilidade não remota de uma saída de recursos

englobando benefícios. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações

financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um futuro fluxo económico

de recursos.

2.4.16. Reconhecimento de juros e dividendos

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis

para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da

taxa efetiva. Os juros dos ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são também

incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.

A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados

durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais

curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro.

Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando

todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais

perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de

juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos diretamente relacionados com

a transação.

No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram

reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com

base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente à

variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e

passivos ao justo valor através de resultados.

Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são reconhecidos

quando estabelecido o direito ao seu reconhecimento.

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

24

2.4.17. Locações

A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações

operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios

definidos na IAS 17 ‘Locações’. São classificadas como locações financeiras as operações em

que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo são transferidos para o

locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações

operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efetuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em

custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo,

pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de

locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em

resultados e (ii) pela financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros

são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa

de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

A Companhia apenas tem contratos de locação operacional relativos a contratos efetuados

para viaturas e equipamento informático.

2.4.18. Ativos não correntes detidos para venda

Ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço

for recuperado, principalmente através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos

exclusivamente com o objetivo da sua venda), e a venda for altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do ativo como detido para venda, a mensuração

dos ativos não correntes é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente,

estes ativos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento

inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.

2.4.19. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

São classificadas como filiais as empresas sobre as quais a Companhia exerce controlo. O

controlo normalmente é presumido quando a Companhia detém o poder de exercer a maioria

dos direitos de voto. Poderá ainda existir controlo quando a Companhia detém o poder, direta

ou indiretamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma

a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus

capitais próprios seja inferior a 50%.

São classificadas como associadas as empresas sobre as quais a Companhia exerce influência

significativa. Influência significativa é presumida, quando a Companhia detém poder de

participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da empresa, não tendo

o controlo dessas políticas.

São classificados como empreendimentos conjuntos (entidades conjuntamente controladas),

todas as empresas sobre as quais a Companhia detém a capacidade para controlar

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

25

conjuntamente com outros empreendedores (accionistas) a política operacional e financeira do

empreendimento.

As participações em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos são registadas ao custo

de aquisição, uma vez que não estão cotadas, sendo sujeitas a testes de imparidade.

3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na

elaboração das demonstrações financeiras

As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho

de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual

o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e

julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são

divulgadas abaixo, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os

resultados reportados da Companhia. Uma descrição alargada das principais políticas

contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na nota 2.

Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao tratamento

das políticas contabilísticas adotadas pela Companhia, que levariam a resultados diferentes,

caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. No entanto, a Companhia entende que os

julgamentos e as estimativas aplicadas são apropriados, pelo que as demonstrações

financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira e das suas

operações em todos os aspetos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o

leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que

outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

3.1. Provisões técnicas e responsabilidades relativas a contratos de seguro e de

investimento com participação nos resultados discricionária

As responsabilidades futuras decorrentes de contratos de seguro e de investimento com

participação nos resultados discricionária são registadas na rubrica provisões técnicas.

As provisões técnicas relativas aos produtos vida tradicionais foram determinadas tendo por

base vários pressupostos, nomeadamente, mortalidade, longevidade e taxa de juro, aplicáveis

a cada uma das coberturas. Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência

passada da Companhia e do mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for

determinado que a experiência futura venha a confirmar a sua desadequação.

As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de investimento com participação

nos resultados discricionária (produtos de capitalização) incluem (i) provisão matemática, (ii)

provisão para participação nos resultados, (iii) provisão para sinistros e (iv) outras provisões

técnicas.

Quando existem sinistros, qualquer montante pago, ou que se estima vir a ser pago pela

Companhia, é reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões

para pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro e de investimento com

participação nos resultados discricionária.

Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de investimento

com participação nos resultados, a Companhia avalia periodicamente as suas

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

26

responsabilidades utilizando metodologias atuariais e tomando em consideração as coberturas

de resseguro respetivas. As provisões são revistas periodicamente pelo atuário responsável.

Qualquer eventual alteração de critérios é devidamente avaliada para quantificação dos seus

impactos financeiros.

Ver adicionalmente a Notas 29 e 34.

3.2. Justo valor de ativos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de

cotação é determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes

e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas

em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o

valor temporal, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem

requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou diferentes pressupostos ou

julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros

diferentes daqueles reportados.

3.3. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

A Companhia determina que existe imparidade nos seus ativos disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A

determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento.

No julgamento efetuado, a Companhia avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos

preços das ações. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou

de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou

julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá

resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente

impacto nos resultados da Companhia.

Ver adicionalmente a Nota 23.

3.4. Imparidade dos investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

A Companhia determina que existe imparidade nos seus investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos através da avaliação anual do valor dos mesmos, baseando-se no

valor dos Capitais Próprios, bem como no valor estimado dos “cash flows” futuros. Devido ao

fato da metodologia aplicada se basear em pressupostos e estimativas, as alterações dos

mesmos poderão resultar em impactos na determinação da imparidade.

As eventuais perdas por imparidade serão reconhecidas em resultados do exercício.

A taxa de desconto utilizada pela Companhia para efeitos do teste de imparidade efetuado ao

valor reconhecido da sua filial Groupama Seguros foi de 8%. No respeitante à projeção dos

fluxos estimados, foi aplicada uma taxa de crescimento de 2% na perpetuidade.

A Companhia considerou que face a esta projecção havia a necessidade de constituir uma

imparidade de 2.000.000.00 euros.

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

27

Ver adicionalmente a Nota 16.

3.5. Justo valor de propriedades de investimento

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição,

incluindo os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo

valor.

A valorização das propriedades de investimento faz-se mediante a consideração da

ponderação ajustada a cada caso dos valores resultantes da aplicação dos seguintes dois

métodos:

a) Método de substituição;

b) Método comparativo;

c) Método dos múltiplos do rendimento;

d) Método de atualização de rendas futuras.

Alterações aos pressupostos considerados em cada um dos métodos de avaliação podem ter

um impacto significativo nos valores determinados.

3.6. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma (benefícios definidos) requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,

rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que possam ter impacto nos custos e

nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um

impacto significativo nos valores determinados.

Ver adicionalmente a Nota 12.

3.7. Imposto sobre lucros

A determinação dos impostos sobre lucros requer determinadas interpretações e estimativas.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre

lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever

o cálculo da matéria coletável efetuado pela Companhia durante um período de quatro anos.

Desta forma, é possível que hajam correções à matéria coletável, resultantes principalmente de

diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de

Administração da Companhia, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre

lucros registados nas demonstrações financeiras.

Adicionalmente, a recuperabilidade do imposto diferido ativo, nomeadamente aquele associado

a prejuízos fiscais reportáveis, é sujeito a testes de imparidade os quais recorrem a

metodologias que consideram pressupostos e estimativas. Diferentes estimativas e

pressupostos podem resultar em diferentes estimativas de recuperabilidade do imposto diferido

ativo.

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28

4. Reporte por segmentos

A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio, dividindo entre

produtos de poupança, previdência e reforma. Para esta divisão foram consideradas as

seguintes noções:

• Produtos de poupança - Produtos que preenchem as necessidades de

investimento dos tomadores de seguro;

• Produtos de previdência - Protegem o tomador de seguro contra os riscos de

morte, invalidez, doença grave e outros. Todos os contratos aqui incluídos

garantem benefícios ao tomador de seguro;

• Produtos de reforma - Destinam-se aos clientes que pretendam assegurar um

complemento de reforma individual e grupo.

No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal,

pelo que a Companhia apenas efetuará a decomposição por segmento de negócio.

Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013

2014 Poupança Previdência Reforma Total

Prémio brutos emitidos 7.698.748 9.296.413 22.621.797 39.616.958

Prémios de resseguro cedido -2.917.655 -2.917.655

Proveitos e ganhos de investimentos 5.387.024 870.117 4.956.049 11.213.190

Outras receitas / (despesas) -42.840 35.470 -28.180 -35.550

Ganhos 13.042.931 7.284.346 27.549.666 47.876.942

Custos com sinistros, liquidos de resseguro 20.283.118 3.758.407 20.835.738 44.877.262

Provisão matemática e outras provisões técnicas -7.177.232 -1.440.344 5.853.883 -2.763.693

Participação nos resultados líquida de resseguro 52.260 4.028.097 352.621 4.432.978

Custos de exploração líquidos 1.233.923 179.046 1.369.299 2.782.268

Perdas 14.392.069 6.525.206 28.411.540 49.328.816

Resultado técnico e financeiro -1.349.137 759.141 -861.875 -1.451.874

Resultado não técnico -424.471

Resultado antes de imposto -1.876.345

Imposto -540.088

Resultado líquido do exercicio -2.416.432

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29

Os ativos e passivos da Groupama Vida distribuem-se, por segmento, da seguinte forma,

em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013:

2014 Poupança Previdência Reforma Alocados Não alocados Total

Provisões técnicas 191.468.137 26.047.558 175.296.107 392.811.803 392.811.803

Provisão para prémios não adquiridos 115.137 115.137 115.137

Provisão matemática 183.615.097 18.175.469 165.372.451 367.163.017 367.163.017

Provisão para sinistros 478.331 1.826.062 59.902 2.364.295 2.364.295

Provisão para participação nos resultados 6.285.992 5.930.890 9.863.755 22.080.637 22.080.637

Outras provisões técnicas 1.088.718 1.088.718 1.088.718

Passivos financeiros 7.290.495 7.290.495 7.290.495

Outros passivos 6.047.065 6.047.065

Capital próprio 72.494.359 72.494.359

Total do Passivo e capital próprio 198.758.632 26.047.558 175.296.107 400.102.298 78.541.424 478.643.722

Caixa e equivalentes 2.874.748 391.084 2.631.937 5.897.769 5.897.769

Terrenos e edifícios 2.177.768 2.177.768

Investimentos em fil iais, associadas e

empreendimentos conjuntos 22.600.000 22.600.000

Activos financeiros detidos para negociação 23.462.364 3.191.849 21.480.656 48.134.869 333.162 48.468.031

Activos financeiros classificados no reconhecimento

inicial a justo valor através de ganhos e perdas

Activos financeiros disponíveis para venda 191.602.528 26.065.841 175.419.147 393.087.517 521.325 393.608.842

Activos a deter até à maturidade

Empréstimos concedidos e contas a receber

Outros activos tangíveis 34.930 4.752 31.980 71.662 345.047 416.709

Outros activos 449.715 61.180 411.731 922.626 4.551.976 5.474.602

Total do Activo 218.424.286 29.714.706 199.975.451 448.114.443 30.529.279 478.643.722

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5. Prémios adquiridos, líquidos de resseguro

Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são:

Os prémios brutos emitidos, por segmento são como segue:

De acordo com os princípios de classificação dos contratos estabelecidos pelas empresas de

seguros definido pelo IFRS 4, os contratos de seguro emitidos pela Companhia relativamente

aos quais existe apenas a transferência de um risco financeiro sem participação nos resultados

discricionária, são classificados como contratos de investimento e contabilizados como um

passivo financeiro.

Alguns indicadores relativos aos seguros de vida podem ser analisados como segue:

2014 2013

Prémios brutos emitidos 39.616.958 35.338.655

Relativos a contratos individuais 12.881.691 10.129.990

Relativos a contratos de grupo 26.735.266 39.616.958 25.208.665 35.338.655

Periódicos 12.504.578 12.853.459

Não periódicos 27.112.380 39.616.958 22.485.196 35.338.655

De contratos sem participação nos resultados 789.038 832.088

De contratos com participação nos resultados 38.827.920 39.616.958 34.506.568 35.338.655

Prémios brutos emitidos de resseguro aceite

Saldo de resseguro -394.926 106.619

Os prémios de resseguro por segmento são:

Os prémios de resseguro cedido respeitam à cobertura do risco de morte e longevidade de

contratos realizados no segmento previdência.

2014 2013

Prémios brutos emitidos 39.616.958 35.338.655

Prémios de resseguro cedido -2.917.655 -3.542.094

Prémios líquidos de resseguro 36.699.303 31.796.561

Prémios adquiridos líquidos de resseguro 36.699.303 31.796.561

Prémios brutos emitidos 2014 2013

Poupança 7.698.748 5.080.278

Previdência 9.296.413 9.477.357

Reforma 22.621.797 20.781.019

Total 39.616.958 35.338.655

Prémios de resseguro cedido 2014 2013

Poupança

Previdência -2.917.655 -3.542.094

Reforma

Total -2.917.655 -3.542.094

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31

6. Custos com sinistros, líquidos de resseguro

Os custos com sinistros, líquidos de resseguro são analisados como segue:

Informação qualitativa e quantitativa acerca dos rácios de sinistralidade e rácios de despesas,

calculados sem dedução do resseguro cedido, são apresentados como segue:

Os rácios foram calculados da seguinte forma:

Rácio de sinistralidade para produtos de previdência: Custos com sinistros /

Prémios Brutos Emitidos

Rácio de sinistralidade para produtos de poupança: Custos com sinistros / Prov.

Matemáticas médias

Rácio de despesas (todos os produtos): Custos de Exploração Brutos / Prov.

Matemáticas médias

Os custos com sinistros, decomposto por tipo de sinistros, são analisados como segue:

7. Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro

A rubrica provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro, representa a variação das

responsabilidades da Companhia com contratos de seguro do ramo vida e contratos de

investimento com participação nos resultados.

Em 2014, a rubrica variação da provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro

apresentou uma variação negativa 2.515.589 euros. Em 2013 esta rubrica tinha apresentado

uma variação negativa de 17.238.150 euros.

Ver adicionalmente a Nota 29.

2014 2013

Seguro Directo 45.653.403 56.055.116

Montantes pagos 46.159.771 55.369.829

Montantes brutos 45.758.111 54.961.323

Custos de gestão de sinistros imputados (Nota 11) 401.660 408.507

Variação da provisão para sinistros (506.367) 685.286

Resseguro cedido 776.141 1.264.810

Montantes pagos 1.326.605 852.144

Variação da provisão para sinistros (550.464) 412.666

Custos com sinistros, líquidos de resseguro 44.877.262 54.790.306

Rácios 2014 2013

Rácio de Sinistralidade Previdência 48,8% 55,5%

Rácio de Sinistralidade Poupança 11,5% 13,9%

Rácio Despesas 1,2% 1,2%

Valor % Valor % Valor %

Capitais por morte ou invalidez 5.400.635 11,83% 7.198.457 12,84% -1.797.822 -24,98%

Vencimentos 5.343.451 11,70% 4.703.126 8,39% 640.324 13,61%

Resgates 33.221.946 72,77% 42.370.062 75,59% -9.148.116 -21,59%

Rendas 1.687.372 3,70% 1.783.471 3,18% -96.100 -5,39%

Total 45.653.403 100,00% 56.055.116 100,00% -10.401.713 -18,56%

Tipo de Sinistro2014 2013 Variação

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32

8. Custos e gastos de exploração líquidos

Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como segue:

Rendi

9. Rendimentos

A decomposição dos rendimentos, por categoria de ativos financeiros é a seguinte:

10. Gastos Financeiros

A rubrica de gastos financeiros respeita a custos de investimentos no valor de 1.223.346 euros

(2013: 1.230.152 euros), dos quais 926.762 (2013: 939.904 euros) euros dizem respeito a

custos imputados à função investimentos (ver Nota 11) e adicionalmente 296.584 (2013:

290.247 euros) euros referentes a passivos financeiros.

2014 2013

Custos de aquisição - Remunerações de mediação 1.036.641 1.062.066

Custos de aquisição imputados (Nota 11) 1.681.874 1.781.955

Custos de aquisição diferidos (variação) 25.841 25.714

Custos administrativos - Remunerações de mediação 57.745 52.515

Custos administrativos imputados (Nota 11) 1.725.010 1.836.478

Custos gestão de fundos de pensões (Nota 11) 1.745 12.637

Comissão e participação nos resultados de resseguro -1.746.588 -2.383.903

Custos de exploração líquidos 2.782.268 2.387.461

Rendimentos 2014 2013

De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de

ganhos e perdas 13.822.120 15.035.147

Activos financeiros disponíveis para venda

Juros 15.186.268 11.156.004

Amortização à taxa efectiva -1.427.393 -1.453.822

Activos financeiros detidos até à Maturidade

Juros 5.410.747

Amortização à taxa efectiva -140.929

Empréstimos e contas a receber

Juros 63.245 63.148

Outros 122.067 236.927

Activos financeiros disponíveis para venda

Dividendos 1.657

Terrenos e Edi fícios

Rendimento 122.067 182.664

Activos financeiros ao justo va lor através de ganhos e perdas

Juros 52.642

Amortização à taxa efectiva -36

Total 13.944.187 15.272.074

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33

11. Custos por natureza imputados

Os custos por natureza imputados por função são:

Os custos por natureza (custos indiretos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e

posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a Custos de Aquisição, a

Gastos Administrativos, a Custos com Sinistros, a Custos com Investimentos e a Custos com

Gestão de Fundos de Pensões.

A metodologia de imputação utilizada para 2014 foi consistente com aquela adotada em 2013.

A desagregação dos custos por natureza é como segue:

2013Conta

técnica

Conta não

técnicaTotal Total

Custos de Aquis ição (Nota 8) 1.681.874,46 1.681.874,46 1.781.955,34

Custos administrativos (Nota 8) 1.725.009,87 1.725.009,87 1.836.478,09

Custos com s inis tros (Nota 6) 401.659,99 401.659,99 408.506,55

Custos de gestão de investimentos (Nota 10) 779.851,41 146.908,38 926.759,79 939.904,26

Custos gestão Fundos Pensões (Nota 8) 1.744,93 1.744,93 12.636,70

TOTAL 4.590.141 146.908 4.737.049 4.979.481

Custos por função2014

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34

A política de rigor e controlo de custos implementada na Companhia teve um reflexo importante

nos gastos gerais da Companhia. O decréscimo verificado em 2014 nos gastos gerais foi de

4,67%, tendo sido de 33,10% em 2013. Esta análise mostra o esforço continuado da empresa

na diminuição dos seus custos fixos de estrutura de acordo com o Plano de Negócios.

Os serviços prestados pelos Revisores Oficiais de Contas são igualmente registados na rubrica

Trabalhos Especializados. Os honorários com o Revisor Oficial de Contas ascenderam a

60.000 euros (2013: 52.850 euros), sendo este montante referente à emissão da Certificação

Legal das Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos pela ASF e emissão de Inter-

Office para a consolidação com a casa-mãe.

2014 2013

Custos com pessoal 2.148.370 2.286.485

Fornecimentos e serviços externos 1.790.074 1.967.252

Trabalhos especia l i zados 666.433 677.497

Rendas e a lugueres 495.277 505.585

Conservação e reparação 131.982 254.863

Comunicações 118.607 184.711

Des locações , estadas e despesas de

representação 53.712 54.215

Limpeza, higiene e conforto 42.931 47.457

Publ icidade e propaganda 118.407 45.431

Seguros 31.771 44.102

Electricidade 37.944 37.365

Custos com cobranças de prémios 31.404 33.621

Combustíveis 26.217 27.351

Contencioso e notariado 2.553 14.979

Impressos , l ivros e documentação técnica 7.066 12.339

Quotizações 10.782 11.026

Custos com trabalho independente 3.000 5.838

Materia l de escri tório 5.609 5.181

Água 3.747 4.834

Outros 1.648 692

Vigi lância e segurança 420 163

Artigos para oferta 564

Impostos e taxas 33.451 23.846

Amortizações/depreciações do exercício 215.457 153.722

Activos intangíveis (Nota 28) 155.123 77.752

Imóveis de serviço próprio (Nota 26) 2.298 2.298

Outros activos tangíveis (Nota 27) 58.035 73.671

Juros suportados 135

Comissões 549.563 548.177

TOTAL 4.737.049 4.979.481

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35

Os custos com o pessoal decompõem-se como segue:

Adicionalmente ver Nota 12.

A remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direção

e controlo da companhia, encontra-se detalhada no quadro abaixo:

2014 2013

Remunerações 1.445.264 1.587.524

- dos orgãos sociais 202.504 202.504

- do pessoal 1.242.760 1.385.020

Encargos sobre remunerações 411.829 405.655

Beneficios de cessação de emprego -439 -671

Seguros obrigatórios 118.274 118.691

Gastos acção social -11.998 -17.217

Outros gastos pessoal 8.164 26.339

Estimativa de bónus 177.276 166.164

TOTAL 2.148.370 2.286.485

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36

O valor dos benefícios pós emprego em 2014 diz respeito ao saldo do PIR.

Um apartamento propriedade da Companhia encontra-se subvencionado ao Administrador-

Delegado.

Durante o exercício de 2014 a Companhia teve, em média, 47 trabalhadores ao seu serviço

(2013: 46), distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:

2014 2013

Conselho de Administração

Presidente

Remuneração e outros benefícios

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Administrador-Delegado

Remuneração e outros benefícios 196.701 192.037

Benefícios pós emprego 121.392 117.222

Remunerações variáveis 28.800 34.200

Presidente da mesa da Assembleia Geral

Remuneração e outros benefícios

Conselho Fiscal

Presidente

Remuneração e outros benefícios

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Vogal

Remuneração e outros benefícios

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Vogal

Remuneração e outros benefícios 5.854 5.820

Benefícios pós emprego

Remunerações variáveis

Directores

Remuneração e outros benefícios 529.765 442.376

Benefícios pós emprego 100.882 104.471

Remunerações variáveis 59.700 66.138

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37

Existiu um aumento no número de funcionários relativamente ao ano transacto (2013:46),

devido à necessidade de contratação a prazo de um funcionário, por motivos de acréscimo

excepcional de trabalho.

12. Benefícios concedidos a empregados

A 31 de Julho de 2013, os fundos de pensões da Groupama Seguros de Vida, S.A. e da

Groupama Seguros, S.A., passaram a estar incorporados num único Fundo de Pensões,

denominando-se Fundo de Pensões Groupama. Na mesma data, foi transferida a gestão do

Fundo de Pensões para a SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA.

O plano de pensões está de acordo com o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CT) para a

Atividade Seguradora, de 23 de dezembro de 2011, cujo texto foi publicado no Boletim do

Trabalho e do Emprego (BTE) n.º 2, de 15 de janeiro de 2012 (adiante designado por Novo CT)

que substitui o CT para a Atividade Seguradora, cujo texto consolidado foi publicado no BTE n.º

32, de 29 de agosto de 2008 (adiante designado Anterior CT).

O Novo CT vincula os Associados, bem como todos os seus trabalhadores do quadro

permanente.

Implementou-se um plano de contribuição definida de acordo com o estabelecido no Novo CT,

a partir de 1 de janeiro de 2012, o qual substitui o sistema de pensões de reforma de benefício

definido previsto no Anterior CT.

O Fundo de Pensões mantem os atuais beneficiários, garantindo o financiamento integral das

responsabilidades com pensões em pagamento assim como as respetivas atualizações que se

vierem a verificar.

A primeira contribuição anual do empregador para o plano individual de reforma verificar-se-á:

a) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora antes de 22 de

Junho de 1995 — no ano de 2015;

Categoria profissional 2014 2013

Adminis trador 1 1

Director de Serviços 5 5

Coordenador Gera l Serviços Comercia is 2 2

Chefe de Serviços 2 2

Chefe de Secção 2 2

Técnico Grau II 3 3

Coordenador de Zona 2 2

Programador 3 3

Técnico Grau I 5 5

Subchefe de Secção 5 5

Ass is tente Comercia l 1 1

Caixa 1 1

Técnico de Reprografia 1 1

Escri turário 13 12

Escri turário Estagiário 1 1

Total 47 46

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38

b) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora no período

compreendido entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009 — no ano de

2012;

c) Para os trabalhadores no ativo admitidos depois de 1 de Janeiro de 2010 — no ano

seguinte àquele em que completem dois anos de prestação de serviço efetivo na

empresa.

Deste modo, o Fundo de Pensões passou a financiar dois planos de pensões, sendo um de

benefício definido (para os pensionistas que já se encontravam nesta situação no antigo plano)

e outro de contribuição definida (para os trabalhadores no ativo, admitidos na atividade

seguradora antes de 22 de Junho de 1995), complementares e independentes do regime

público da Segurança Social. Para os trabalhadores admitidos na atividade seguradora após

essa data, as contribuições são efetuadas para uma apólice.

12.1. Plano de benefício definido

Anualmente, é realizada uma avaliação atuarial para o plano de pensões de benefício definido,

de forma a monitorizar a performance e adequação dos ativos financeiros face às

responsabilidades do plano.

Os principais pressupostos considerados nos estudos atuariais a 31 de Dezembro de 2014 e

2013 são:

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4.14, a taxa de desconto utilizada

para estimar as responsabilidades com pensões de reforma, compara-se às taxas de mercado

à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating de elevada qualidade.

A população de participantes do plano de pensões de benefício definido da Companhia inclui

os beneficiários provenientes do plano de benefício definido do anterior CT e visa garantir

exclusivamente o pagamento de pensões de reforma por velhice ou invalidez.

A 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os montantes reconhecidos em balanço podem ser

analisados como segue:

2014 2013

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Taxa prevista de desconto

Até 65 anos N/A N/A

Após 65 anos 3,00% 3,00%

Taxa de prevista de crescimento dos activos do plano 3,00% 3,00%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

2014 2013

(Activos)/Passivos a receber ou a entregar em 1 de Janeiro -93.798 -88.743

Ganhos e perdas actuariais nas responsabilidades -23.649 6.564

Ganhos e perdas actuariais no fundo -6.141 -74

Encargos do ano

Custo dos serviços correntes 0 0

Custo dos juros 35.735 37.016

Retorno esperado dos activos do plano -38.549 -39.937

Contribuições efectuadas no ano e pensões pagas pela Companhia 0

Diferença para valor contabilizado 1 -8.624

Responsabilidades em 31 de Dezembro -126.401 -93.798

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39

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma pode ser analisada como segue:

No quadro abaixo encontram-se detalhados os ganhos atuariais:

No quadro abaixo encontra-se detalhada a responsabilidade referente aos pensionistas.

A evolução dos ativos do fundo de pensões pode ser analisada como segue:

A carteira de ativos do fundo de pensões, é composta da seguinte forma (por classe de ativos):

A Companhia não utiliza ativos do fundo de pensões. Contudo, o fundo de pensões inclui

unidades de participação do grupo (Groupama), que pode ser analisada como se segue:

2014 2013

Responsabilidades em 1 de Janeiro 1.191.180 1.233.879

Custo do serviço corrente

Custo dos juros 35.736 37.016

(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -23.649 6.564

Benefícios pagos pela Companhia -85.003 -86.279

Cortes e liquidações

Responsabilidades em 31 de Dezembro 1.118.264 1.191.180

Justificação dos ganhos atuariais* 2014

Alteração formúla de cálculo

Mortal idade 23.649

Atual ização das pensões

Total Ganhos e perdas atuaria is 23.649

Valor das reponsabilidades do plano de pensões 2014 2013

Responsabi l idades pens ionistas 1.118.264 1.191.180

Velhice 1.085.599 1.156.663

Inval idez 32.665 34.517

2014 2013

Saldo do fundo em 1 de Janeiro 1.284.978 1.331.246

Retorno esperado dos activos do plano 38.549 39.937

Ganhos e (perdas) actuariais e outros movimentos 6.141 74

Contribuições do empregador

Benefícios pagos pela companhia -85.003 -86.279

Cortes e liquidações

Saldo do fundo em 31 de Dezembro 1.244.665 1.284.978

Valor % Valor %

Títulos rendimento variável 45.159 3,6% 186.956 14,5%

Títulos rendimento fixo 425.887 34,2% 960.188 74,7%

Outros 773.619 62,2% 137.834 10,7%

Total 1.244.665 100,0% 1.284.978 100,0%

2014 2013

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40

A taxa de rentabilidade do Fundo pode ser analisada como se segue:

A evolução dos desvios atuariais diferidos no Capital Próprio (‘Outras reservas’) pode ser

analisada como segue:

A evolução do (excesso) / insuficiência de ativos face às responsabilidades pode ser analisada

como segue:

O impacto na conta de ganhos e perdas, pode ser analisado como segue:

A evolução das responsabilidades e saldos do fundo nos últimos 4 anos é analisada como

segue:

2014 2013

Groupama Credit Euro LT - IC 73.389 141.161

Groupama Avenir Euro - I 60.314

Groupama US Stock - I 6.267

Groupama As ie - I 8.253 5.966

Total 81.642 213.708

2014 2013

Valor dos ativos do plano 1.244.665 1.284.978

Taxa de rendibi l idade dos ativos do plano 3,56% 5,82%

2014 2013

(Ganhos)/ perdas actuariais reconhecimento nas outras reservas em 1 de Janeiro 238.895 238.895

Ganhos/perdas actuariais do ano

nas responsabilidades 5.130 6.564

nos activos do plano -154.173 -74

Outros efeitos, incluindo variação imposto diferido -6.490

(Ganhos)/ perdas actuariais reconhecimento nas outras reservas em 31 de Dezembro 89.852 238.895

2014 2013

Responsabi l idades em 31 de Dezembro 1.118.264 1.191.180

Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 1.244.665 1.284.978

(Excesso) / Insuficiência do Fundo -126.401 -93.798

2014 2013

Custo de serviços correntes

Custo de juros 35.735 37.016

Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direi tos de reembolso -38.549 -39.937

Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou l iquidações do plano

Outros movimentos

Total de impactos no Ganhos e Perdas -2.814 -2.921

2014 2013 2012 2011

Valor presente da obrigação de benefícios definidos 1.118.264 1.191.180 1.233.879 1.896.558

Justo valor dos activos do plano 1.244.665 1.284.978 1.331.246 1.879.258

Défice/(excedente) do plano -126.401 -93.798 -97.367 17.300

Ajustamentos de experiência resultantes dos pass ivos do plano -23.649 6.564 1.265 -168.014

Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano -6.141 -74 -78.703 -231.770

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41

12.2 Plano de contribuição definida

O plano de contribuição definida visa garantir o pagamento de pensões complementares de

reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência imediata. Este plano tem como base

o Plano Individual Reforma (PIR) previsto no novo CT. O PIR teve início em 1 de Janeiro de

2012, sendo o financiamento deste plano efetuado por um fundo de pensões e por uma apólice

de seguro.

12.2.1. Fundo de pensões

São participantes do fundo todos os trabalhadores do quadro de pessoal permanente que

tenham sido admitidos na atividade seguradora antes de 22 de Junho de 1995. A 31 de Janeiro

de 2014 o fundo é composto por 43 participantes.

A primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada participante do PIR verificar-

se-á em 2015.

No final do ano, o valor de cada participante corresponde ao valor inicial calculado em 1 de

Janeiro de 2012, acrescido da rentabilidade obtida durante 2013 e 2014.

12.2.2. Apólice de Seguro

São participantes da Apólice Reforma Segura XXI os trabalhadores admitidos na atividade

seguradora após 22 de Junho de 1995. A 31 de Janeiro de 2014 a apólice é composta por 18

participantes.

Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CT, a Companhia efetuará anualmente

contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), de valor correspondente às

percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do

trabalhador:

A contribuição do ano para esta apólice ascendeu a euros 21.487 euros (2013: 5.996 euros).

De assinalar que, nos termos do disposto na alteração ao CCT publicada no BTE de 8 de

Dezembro de 2014, a Companhia efectuou no final de 2014 uma contribuição extraordinária

para o plano individual de reforma dos trabalhadores no valor correspondente a 1,25% do

salário anual auferido no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2014, no valor de

12.989,35 euros.

31/12/2014 31/12/2013

43 Participantes 753.691 727.796

Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem

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42

12.3. Outros benefícios de longo prazo

12.3.1. Prémio de permanência

Ao abrigo do novo CT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos

colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma

cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou

a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou igual a

50 anos).

Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na

Companhia, terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado

base efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados os

períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é

substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com o

esquema seguinte:

a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;

b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na

Companhia;

c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na

Companhia.

Em 2014, dos três colaboradores elegíveis para receber o prémio de permanência, apenas dois

receberam / cumpriam os requisitos, tendo sido atribuído um prémio total no valor de 1.917

euros (2013: 1.467 euros).

Para o pagamento de prémios de permanência futuros, foi constituída uma provisão no valor de

13.962 euros. Em 2013: 14.423

12.3.2. Seguro de vida para reformados

A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à

situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de

apólices individuais.

Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no

último salário efetivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de vigência

da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.

O custo incorrido com os seguros de vida para reformados durante o ano de 2014 foi de 12.024

euros (2013: 18.028 euros).

12.4. Benefícios de curto prazo

Ver Notas 2.4.14. e 12

12.5. Benefícios de cessação de emprego

Ver Notas 11 e 36.

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

43

13. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor

através ganhos e perdas

Os Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de

ganhos e perdas, reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:

14. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através

de ganhos e perdas

Os Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de

ganhos e perdas, reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:

15. Ganhos líquidos de ativos não financeiros que não estejam classificados como

ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

Os Ganhos líquidos de ativos e passivos não financeiros que não estejam classificados como

ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas,

reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:

O valor reconhecido de 1.624.874 euros diz respeito à mais valia contabilística relativa à venda

de um imóvel detido pela companhia, no montante de 2.358.416 euros e uma desvalorização

resultante de uma avaliação imobiliária realizada pela CBRE, com um impacto negativo de

733.542 euros.

Ver nota 26.

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Activos financeiros disponíveis para venda 519.731 2.216.464 -1.696.733 3.946.296 2.327.541 1.618.755

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 519.731 2.216.464 -1.696.733 1.565.348 10.230 1.555.119

De emissores públicos 1.565.348 10.230 1.555.119

De outros emissores 519.731 2.216.464 -1.696.733

Acções 1.529.028 1.450.261 78.767

Outros títulos de rendimento variável 851.920 867.050 -15.130Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo

valor através ganhos e perdas 519.731 2.216.464 -1.696.733 3.946.296 2.327.541 1.618.755

2014 2013

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 310.712 561.291 -250.579

De emissores públicos 310.712 1.810 308.903

De outros emissores 559.482 -559.482

Acções

Outros títulos de rendimento variável 173.131 658 173.789 175.930 175.930

Outros -247 -78 -325

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros

valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 172.883 580 173.463 486.642 561.291 -74.649

2014 2013

Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total

Edifícios de Rendimento 1.624.874 1.624.874

Total 1.624.874 1.624.874

2014 2013

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44

16. Perdas de Imparidade

A Companhia determina que existe imparidade nos seus investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos através da avaliação anual do valor dos mesmos, baseando-se no

valor dos Capitais Próprios, bem como no valor estimado dos “cash flows” futuros.

Devido ao fato da metodologia aplicada se basear em pressupostos e estimativas, as

alterações dos mesmos poderão resultar em impactos na determinação da imparidade.

As eventuais perdas por imparidade serão reconhecidas em resultados do exercício.

A taxa de desconto utilizada pela Companhia para efeitos do teste de imparidade efetuado ao

valor reconhecido da sua filial Groupama Seguros foi de 8%. No respeitante à projeção dos

fluxos estimados, foi aplicada uma taxa de crescimento de 2% na perpetuidade.

A Companhia considerou que face a esta projecção havia a necessidade de constituir uma

imparidade de 2.000.000.00 euros.

17. Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro

18. Outros rendimentos/gastos

A rubrica de Outros Rendimentos/Gastos tem a seguinte decomposição:

2014 2013

Gastos

Custos com fundos de pensões -32.188

Outros Co-Seguro -2.267

Outros -55.049 182

Total gastos -89.504 182

Rendimentos

Gastos com fundos de pensões 12.218 18.475

Outros 41.736 72.688

Total rendimentos 53.954 91.163

Outros Rendimentos/Gastos Técnicos Liquidos de Resseguro -35.550 90.981

2014 2013

Gastos

Perdas em activos tangíveis 6.516 -107

Abate agências 16.893

Variação de ajustamentos em saldos a receber 21.577 2.125

Custo serviços bancários 6.481 7.092

Donativos 250 5.500

Quotizações 1.825 1.599

Outros gastos 612 8.003

Total gastos 37.261 41.105

Rendimentos

Regularização accruals reestruturação 75.000

Outros rendimentos 3.534 29.026

Total rendimentos 3.534 104.026

Outros Rendimentos/Gastos -33.727 62.921

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45

19. Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem

O saldo desta rubrica a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:

20. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Nas demonstrações financeiras da Companhia está registado o montante de 22.600.000 euros,

relativo à participação a 100% na Groupama Seguros, SA, encontrando-se a mesma registada

ao custo de aquisição. A Groupama Seguros, SA foi constituída em 1991 sob a forma jurídica

de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver a atividade dos ramos Não Vida em

Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada

na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

A Groupama Seguros fechou o exercício de 2014 com um montante de capitais próprios de

12.670.820 euros, valor superior ao registado em 2013 de 11.383.134 euros.

De acordo com os valores calculados, a margem de solvência da Companhia é de 280,48%, o

que comprova a excelente solidez financeira da Groupama Seguros.

Ver nota 16.

21. Ativos e passivos financeiros detidos para negociação

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:

O anexo 1 às notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras apresenta

informação detalhada relativa aos ativos detidos para negociação.

2014 2013

Numerário 2.031 1.458

Depós itos bancários imediatos mobi l i zaveis 5.895.738 5.018.025

Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 5.897.769 5.019.483

Depós itos bancários imediatamente mobi l i zaveis

Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem e depósitos

a prazo considerados na demonstração de fluxos de caixa

5.897.769 5.019.483

GROUPAMA SEGUROS 2014 2013

Ativo 31.612.335 32.238.519

Passivo 18.941.515 20.855.385

Capital Próprio 12.670.820 11.383.134

Resultado Líquido do Exercício 1.120.444 -1.150.876

Activos financeiros detidos para negociação 2014 2013

Outros títulos de rendimento variável

Unidades de participação de fundos de investimento mobiliário 48.468.031 24.090.909

Fundos de investimento diversificado 1.096.458 1.346.680

Fundos de investimento tesouraria 47.371.573 22.744.229

Valor de balanço 48.468.031 24.090.909

Valor de aquisição 48.248.222 23.920.520

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46

22. Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de

ganhos e perdas

A companhia a 31 de dezembro de 2014 não detém qualquer tipo de ativo classificado no

reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas (2013: 53.981 euros).

23. Ativos disponíveis para venda

Os instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda a 31 de Dezembro de

2014 e 2013 são decompostos como se segue:

(1) No caso de ações e outros títulos de rendimento variável o valor apresentado refere-se

ao custo de aquisição.

O anexo 1 às notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras apresenta

informação detalhada relativa aos ativos disponíveis para venda.

24. Empréstimos e contas a receber

Em 2014, esta rubrica não apresentava nenhum saldo relativo a empréstimos e contas a

receber (2013: 4.017.425 euros). O valor reconhecido em 2013 correspondia a um depósito a

prazo custodiado no BBVA.

25. Investimentos a deter até à maturidade

No exercício de 2014, a Groupama Vida procedeu à transferência dos títulos da categoria de

investimentos a deter até à maturidade no valor de 96.565.089 euros, para investimentos

disponíveis para venda, conforme informação a seguir apresentada:

Esta transferência foi devida à alteração da intenção da Companhia em manter os ativos até à

respectiva maturidade. Devido a uma autorização obtida pela ASF, a Companhia poderá tornar

a classificar títulos na categoria de investimentos a deter até à maturidade antes de 2017.

Positiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 136.555.474 11.189.731 -71.897 147.673.307 2.727.825 150.401.131

De outros emissores 112.681.743 5.844.600 -174.094 118.352.249 3.559.867 121.912.116

Acções

Outros títulos de rendimento variável 2.456.881 133.369 2.590.250 2.590.250

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 251.694.098 17.167.699 -245.992 268.615.806 6.287.692 274.903.497

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 160.087.539 28.184.739 188.272.278 3.264.965 191.537.242

De outros emissores 182.993.667 12.402.751 -326.951 195.069.467 4.405.187 199.474.654

Acções

Outros títulos de rendimento variável 2.456.881 146.830 -6.765 2.596.946 2.596.946

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 345.538.087 40.734.320 -333.716 385.938.691 7.670.152 393.608.842

Custo

Amortizado

(1)

Imparidade Justo ValorJuro

decorrido

Valor de

Balanço

Reserva de justo valor

Valor de Balanço Justo Valor Valor de Balanço Justo Valor

Investimentos a deter até à Maturidade 107.157.405 113.911.654

20132014

Valor de balanço Justo ValorCusto

Amortizado

Reserva de

reavaliação

Alisamento

(resultados)Juro (resultados)

Investimentos a deter até à Maturidade 104.337.737 104.337.737 94.565.089 9.772.648 -24.339,02 1.775.923

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47

26. Terrenos e edifícios

O movimento ocorrido em 2014, em terrenos e edifícios de rendimento pode ser analisado

como segue:

O movimento ocorrido em 2014, em terrenos e edifícios de uso próprio pode ser analisado

como segue:

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 encontram-se detalhados no quadro abaixo

O justo valor dos imóveis de serviço próprio ascende a 132.000 euros, de acordo com a última

avaliação efetuada por um perito independente em 2012.

Em 2014 a avaliação do principal imóvel da companhia foi efectuada através de um perito

independente tendo sido apurada uma desvalorização de 733.542 euros face à última

avaliação efectuada em 2012. A avaliação foi efetuada pela consultora CBRE, em Dezembro

de 2014 com base no método dos múltiplos do rendimento.

Em 2014 foi alienado um imóvel, o qual se encontrava na categoria de rendimento, pelo

montante de 3.825.000 euros, tendo sido gerada uma valia contabilística no montante de

2.358.416 euros. Ver nota 15.

27.Outros ativos tangíveis

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2014 são analisados como segue:

2014

De rendimento Saldo inicial Aquisições Beneficiações

Reavaliações e

perdas por

imparidade

Transferências Alienações Saldo final

Terrenos e edifícios 4.297.057 -733.542 -1.462.500 2.101.015

2013

De rendimento Saldo inicial Aquisições Beneficiações

Reavaliações e

perdas por

imparidade

Transferências Alienações Saldo final

Terrenos e edifícios 4.297.057 4.297.057

2014

Valor brutoDepreciação

acumulada

Perdas imparidade

acumuladaValor líquido

Depreciações do

exercicío Valor bruto

Depreciação

acumulada

Perdas imparidade

acumuladaValor líquido

Terrenos e edifícios 124.859 45.808 79.051 2.298 124.859 48.106 76.753

De serviço próprio

Saldo inicial Saldo final

2013

Valor brutoDepreciação

acumulada

Perdas imparidade

acumuladaValor líquido

Depreciações do

exercicío Valor bruto

Depreciação

acumulada

Perdas imparidade

acumuladaValor líquido

Terrenos e edifícios 124.859 43.509 81.350 2.298 124.859 45.808 79.051

De serviço próprio

Saldo inicial Saldo final

Valor bruto DepreciaçõesValor

liquidoReforço Regularizações

Valor

brutoDepreciações

Valor

liquido

Equipamento administrativo 663.498 628.597 34.901 9.610 663.498 638.208 25.290

Máquinas e ferramentas 88.216 88.216 88.216 88.216

Equipamento informático 323.338 323.338 1.359 340 324.697 323.678 1.019

Instalação interiores 115.596 43.584 72.012 -11.670 11.462 -5.154 103.926 49.892 54.033

Outras imobilizações corpóreas 345.859 316.710 29.149 5.312 345.859 322.022 23.837

Despesas em edifícios arrendados 887.054 756.840 130.215 155.225 31.310 1.042.279 788.150 254.129

Património artistico 58.400 58.400 58.400 58.400

Total 2.481.960 2.157.284 324.676 156.584 -11.670 58.035 -5.154 2.626.875 2.210.165 416.709

Saldo Final2014

Saldo inicialAquisições

DepreciaçõesTransferências

e abates

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

48

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 são analisados como segue:

As depreciações dos ativos tangíveis no montante de 58.035 euros (2013: 73.671 euros), estão

contabilizadas na rubrica 6832 ‘Amortização de ativos tangíveis’, tendo sido imputadas de

acordo com o quadro seguinte:

28. Outros ativos intangíveis

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2014 são como se segue:

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 são como se segue:

No quadro relativo a 2014, na rubrica programas de computador encontra-se incluído o valor

relativo ao programa New Age, visando este a otimização dos circuitos.

As amortizações/imparidade dos ativos intangíveis (despesas em edifícios arrendados e

programas de computador), no montante de 155.123 euros (2013: 77.752 euros), estão

Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos Fundos Pensões

Equipamento administrativo 9.610 7.135 1.789 353 333

Equipamento informático 340 150 143 41 7

Insta lação interiores 11.462 11.462

Outras imobi l i zações corpóreas 5.312 5.312

Despesas em edi fícios arrendados 31.310 29.529 1.148 385 249

Total 58.035 42.126 3.080 779 12.051

2014 AmortizaçõesCustos por função

Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos Fundos Pensões

Equipamento administrativo 11.865 8.203 2.554 610 498

Insta lação interiores 11.560 11.560

Outras imobi l i zações corpóreas 12.466 12.466

Despesas em edi fícios arrendados 37.781 36.680 709 238 154

Total 73.671 57.349 3.263 848 12.212

2013 AmortizaçõesCustos por função

Valor bruto Depreciações Valor liquido Reforço Regularizações Valor bruto DepreciaçõesValor

liquido

Despesas de consti tuição e insta lação 41.151 41.151 41.151 41.151

Despesas em edi fícios arrendados

Trespasses 232.196 232.196 232.196 232.196

Programas de computador 7.460.376 7.073.430 386.946 105.209 155.123 7.565.585 7.228.553 337.032

Imobi l i zações em curso 105.209 105.209 -105.209

Total 7.838.932 7.346.777 492.155 155.123 7.838.932 7.501.900 337.032

2014

Saldo inicial

AquisiçõesTransferências

e abates

Saldo FinalDepreciações

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49

contabilizadas na rubrica 6830 ‘Amortização de ativos intangíveis’, tendo sido imputadas de

acordo com o quadro seguinte:

29. Provisões técnicas de seguro direto e de resseguro cedido

As provisões técnicas de seguro direto e de resseguro cedido decompõem-se como segue a 31

de Dezembro de 2014 e 2013:

A Provisão para prémios não adquiridos apresentada em 2014 diz respeito ao produto TAR e

apresenta um valor de 115.137 euros.

A provisão matemática do ramo vida é analisada como segue:

De acordo com a IFRS 4, os contratos emitidos pela Companhia em que apenas existe

transferência de risco financeiro sem participação nos resultados discricionária, são

classificados como contratos de investimento. Nessa base, em 31 de Dezembro de 2014 e

2013, os contratos em que não existe risco de seguro são classificados e registados na rubrica

passivos por contratos de investimentos (ver Nota 34).

A provisão para sinistros por segmento de negócio é analisada como segue:

Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos

Programas de computador 155.123 89.131 43.994 18.892 3.105

Total 155.123 89.131 43.994 18.892 3.105

2014 AmortizaçõesCustos por função

Seguro directoResseguro

cedidoTotal Seguro directo

Resseguro

cedidoTotal

Provisão para prémios não adquiridos 115.137 115.137

Provisão matemática do ramo vida 367.163.017 367.163.017 369.020.136 369.020.136

Provisão para sinistros 2.364.295 -600.223 1.764.072 2.870.662 -1.150.687 1.719.976

Provisão para participação nos resultados 22.080.637 22.080.637 13.117.714 13.117.714

Outras provisões técnicas 1.088.718 1.088.718 1.451.958 1.451.958

Provisões técnicas 392.811.803 -600.223 392.211.580 386.460.471 -1.150.687 385.309.784

2014 2013

Seguro directo Resseguro

cedidoTotal Seguro directo

Resseguro

cedidoTotal

Poupança 183.615.097 183.615.097 190.434.097 190.434.097

Previdência 18.175.469 18.175.469 19.586.348 19.586.348

Reforma 165.372.451 165.372.451 158.999.691 158.999.691

Provisão matemática 367.163.017 367.163.017 369.020.136 369.020.136

2014 2013

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

50

A provisão para sinistros para além do montante relativo a sinistros ocorridos e ainda não

pagos à data de balanço, inclui também um montante estimado de 127.140 euros (2013:

203.951 euros) para fazer face aos sinistros ocorridos antes do final do ano e ainda não

reportados (IBNR).

Os movimentos ocorridos no exercício na provisão para sinistros sem IBNR, são apresentados

como segue:

A movimentação na provisão para participação nos resultados atribuída para os exercícios

findos em 31 de Dezembro de 2014 é analisada como segue:

A provisão para participação nos resultados atribuída corresponde a montantes atribuídos aos

segurados ou aos beneficiários dos contratos de seguro, sob a forma de participação nos

resultados, que não tenham ainda sido distribuídos ou incorporados na provisão matemática do

ramo vida.

A provisão para participação nos resultados a atribuir inclui o ajustamento relativo ao shadow

accounting, o qual corresponde à estimativa dos ganhos e perdas potenciais nos ativos afetos

à cobertura de responsabilidades com contratos de seguro e contratos de investimento com

participação nos resultados discricionária, até ao montante em que é expetável que os

tomadores de seguro venham a participar nesses ganhos e perdas não realizadas, no

Seguro directo Resseguro

cedidoTotal Seguro directo

Resseguro

cedidoTotal

Poupança 478.331 478.331 147.186 147.186

Previdência 1.826.062 -460.223 1.365.839 2.657.573 -1.150.687 1.506.886

Reforma 59.902 -140.000 -80.098 65.904 65.904

Provisão para sinistros 2.364.295 -600.223 1.764.072 2.870.662 -1.150.687 1.719.976

2014 2013

Saldo a 1 de Janeiro de 2013 2.185.376

Sinistros ocorridos 55.646.609

Próprio ano 56.064.119

Anos anteriores -417.509

Montantes pagos 54.961.323

Próprio ano 54.804.012

Anos anteriores 157.311

Saldo a 31 de Dezembro de 2013 2.870.662

Sinistros ocorridos 45.251.743

Próprio ano 44.147.854

Anos anteriores 1.103.889

Montantes pagos 45.758.111

Próprio ano 44.552.574

Anos anteriores 1.205.537

Saldo a 31 de Dezembro de 2014 2.364.295

2.237.155

No início do ex.

Participação

atribuída

Resultados

distribuídos No fim do ex.

Poupança 364.024 52.260 113.752 302.533

Previdência 5.785.684 4.028.097 3.941.092 5.872.689

Reforma 1.030.845 352.621 518.876 864.589

Provisão para participação nos resultados atribuída 7.180.553 4.432.978 4.573.720 7.039.811

Segmento de negócioParticipação nos resultados

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

51

momento em que as mesmas se tornem efetivas, de acordo com os respetivos termos

contratuais e legislação aplicável.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a provisão para participação nos resultados a atribuir é

analisada como segue:

A rúbrica outras provisões técnicas é analisada como se segue:

A movimentação na conta de resultados da rúbrica outras provisões técnicas é diferente da

variação de balanço devido à regularização das unidades de participação do produto Unit Link.

30. Outros devedores por operações de seguro e outras operações

O saldo desta rubrica a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:

A rubrica mais significativa, nas ‘Contas a receber por outras operações’, corresponde a uma

conta corrente entre a Groupama Vida e a Groupama Seguros (ver Nota 38).

31. Ativos e passivos por impostos

A Companhia está sujeita ao regime fiscal estabelecido pelo Código do IRC – Imposto sobre o

rendimento das Pessoas Coletivas. Adicionalmente, o conceito de impostos diferidos,

resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados

Segmento de negócio 2014 2013

Poupança 7.331.355 3.017.580

Previdência 997.366 431.512

Reforma 6.712.125 2.488.090

Provisão para participação nos resultados a atribuir 15.040.846 5.937.181

2014 2013

Produto - Unit Link 1.088.718 1.333.198

Produto - Temporario Anual Renovável 118.761

Outras provisões técnicas 1.088.718 1.451.958

2014 2013

Contas a receber por operações de seguro directo 1.255.206 1.122.761

Contas em cobrança - Tomadores de seguro 1.257.589 1.179.678

Ajustamento para tomadores de seguros -66.310 -103.443

Mediadores de seguros 43.730 45.343

Co-seguro 105.762 86.749

Ajustamento para co-seguro -85.565 -85.565

Contas a receber por operações de resseguro 222.702 59.151

Resseguradores do Grupo 3.157

Outros resseguradores 222.702 55.994

Contas a receber por outras operações 2.168.343 1.152.433

Transacções com partes relacionadas - Groupama Seguros (Nota 38) 1.969.229 892.214

Fundos de pensões 12.555 19.294

Operações com imóveis 166.070 165.960

Outros 278.095 273.860

Ajustamentos de contas a receber por outras operações -257.606 -198.896

Outros devedores por operações de seguro e outras operações 3.646.252 2.334.345

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

52

fiscalmente aceites para efeitos de tributação do IRC, é aplicável sempre que haja uma

probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.

O cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 foi apurado com base na taxa nominal de

imposto e de derrama, respectivamente de 23% e 1,5%, aplicável às atividades da Companhia,

bem como da derrama estadual, criada pela Lei nº 12-A/2010, com a alteração do Orçamento

de Estado de 2013 (Lei nº 66-B/2012).O impacto da derrama estadual é de 3% para o lucro

tributável compreendido entre 1.500.000 euros e 7.500.000 euros e 5% para o lucro tributável

acima de 7.500.000 euros. A derrama estadual apurada correspondeu a uma taxa efetiva de

4,11%.

Relativamente ao cálculo do imposto corrente do exercício de 2013 foi apurado com base na

taxa de imposto e de derrama, respetivamente de 25% e 1.5%, aplicável às atividades da

Companhia, tendo a Companhia sido abrangida pela derrama estadual, criada pela Lei nº 12-

A/2010 – Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) – Dívida Pública, em vigor no Art. 87º

A do Código de IRC, por uma taxa efectiva de 0,15%

A Companhia tem sido objeto de inspeções anuais pela DGCI, cujo último relatório se refere ao

exercício de 2010. As declarações de autoliquidação da Companhia, relativas aos exercícios

de 2010 e seguintes ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais

durante um período de quatro anos. É convicção da Administração da Companhia, não ser

previsível qualquer correção relativa aos exercícios acima referidos com impacto significativo

sobre as demonstrações financeiras.

A Companhia é tributada conjuntamente com a Groupama Seguros pelo Regime Especial de

tributação dos Grupos de Sociedades.

Os movimentos da rubrica de ativos por impostos correntes são analisados como segue:

Os movimentos da rubrica de passivos por impostos correntes são analisados como segue:

Activo por impostos correntes 2014 2013

Imposto s/rendimento -Entregas por conta 1.722.751

Rendimentos de capitais

Apuramento IRC -76.487

Rendimentos prediais 55.539

Sobretaxa trabalho dependente 250

Contribuições para a Segurança Social 23.169

IMI de imóveis de uso próprio

Total 23.169 1.702.054

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53

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço nos exercícios de 2014 e

2013 são analisados como se segue:

O imposto diferido e corrente relacionado com itens do capital próprio tem a seguinte descrição:

O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2014 e 2013 explica-se como se

segue:

Passivo por impostos correntes 2014 2013

Retenção de imposto na fonte e sobretaxa 117.283 159.951

Apuramento IRC a liquidar 2.888.506

IVA a pagar 1.181

Imposto selo 5 5

Contribuições para a Segurança Social 55.847 33.411

Tributos às autarquias locais (IMI e Taxa de Esgotos) 11.535 7.919

INEM 27.364 31.747

Taxa para o ISP 8.678 8.688

CES 930 3.306

422

Total 3.111.328 245.449

2014 Efeito em G&P Efeito em Reservas 2013

Impostos diferidos activos

Imóveis 592.220 -218.595 810.815

Imposto diferido sobre prejuízos fiscais 2.740.730 2.740.730

Diferença entre custo contabilístico e fiscal - acções

Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento 70.747 70.747

Provisões não dedutíveis

Total de impostos diferidos activos 592.220 2.592.882 3.622.292

Impostos diferidos passivos

Beneficios aos empregados (IAS 19) -46.509 -24.603 -21.906

Carteira livres e afectas sem PB -610.197 -414.014 -196.183

Total de impostos diferidos passivos -656.706 -24.603 -414.014 -218.090

Imposto diferido líquido -64.486 2.568.279 -414.014 3.404.202

Imposto sobre o rendimento reportado em reservas 2014 2013

Ajustamentos de justo valor investimentos financeiros

(reserva por impostos) -7.745.777 -1.142.701

Benefícios aos empregados (Outras reservas) 149.043 128.532

Total -7.596.734 -1.014.169

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54

A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

Imposto sobre o rendimento reportado nos resultados 2014 2013

Imposto corrente 527.080 670.311

Imposto diferido 13.007 305.469

Origem e reversão de diferenças temporárias 13.007 310.978

Prejuízos reportáveis -5.510

Total do imposto registado em resultados 540.088 975.780

2014 2013

Resultado antes de imposto -1.876.345 3.366.050

Estimativa de imposto à taxa nominal (24,5%) -459.704 892.003

Estimativa de IRC

Gasto/ (Rendimento) por imposto corrente 527.080 670.311

Gasto / (Rendimento) por imposto diferido 13.007 305.469

Total Gasto / (Rendimento) por imposto 540.088 975.780

Taxa efectiva de imposto 28,78% 28,99%

Diferença por reconciliar (a) 999.792 83.776

Reconciliação da diferença

Imparidades não aceites 2.000.000

Imóveis

Imparidade terrenos e edifícios

Libertação de Imparidade titulos por venda -565.824

Mais / menos valias na alienação de imóveis e títulos 200.263 13.855

Benefícios pós-emprego

Elininação dupla tributação

Benefícios Fiscais -5.513

Regularização de saldos

Provisões não dedutiveís

Custos não aceites (multas, donativos, despesas confidenciais) 3.162

Amortizações e abates não aceites 16.893

Reversão de provisões não dedutíveis

Outros custos não aceites fiscalmente

Outras regularizações 9.151

Total 2.203.425 -531.438

Sub-total (considerando o imposto à taxa de 24,5%) 539.839 -140.831

Tributação autónoma 33.035 50.450

CFEI -70.747

Derrama estadual e municipal regularizada da reserva e dos

resultados515.836 159.866

Diferença de taxa em impostos diferidos -71.964 19.385

Alteração da estimativa de impostos diferidos de anos anteriores 65.653

Imposto diferido activo sobre prejuízos fiscais, prudentemente,

não considerado

Outras regularizações -16.954

Total 999.792 83.776

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55

32. Acréscimos e diferimentos

A rubrica de acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como

segue:

A rubrica ‘Acréscimo de gastos’ inclui acréscimos de remunerações no valor de 288.324 euros

(2013: 231.284 euros) e acréscimos para subsídios de férias no valor de 103.162 euros

relativos ao ano de 2014 (2013: 89.942 euros). Esta rubrica inclui ainda 159.504 euros (2013:

117.370 euros) relativos a custos a incorrer com a gestão da carteira de investimentos (dos

quais 108.103 euros face aos 85.857 euros de 2013 a pagar a uma empresa do Grupo pela

gestão da carteira de investimentos) e também 609.625 euros (2013: 584.627 euros) referentes

à especialização de diversos custos para o exercício corrente (dos quais 346.742 euros

relativos ao processo de migração informática ocorrido durante o ano de 2011).

33. Afetação dos investimentos e de outros ativos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os ativos apresentavam a seguinte composição de

acordo com a respetiva afetação:

2014 2013

Activo

Gastos diferidos 68.999 49.742

Total acréscimos e diferimentos activos 68.999 49.742

Passivo

Rendimentos diferidos -8.154 -17.208

Acréscimos de gastos -1.257.507 -1.178.606

Estimativa bónus por objectivos -288.324 -275.340

Estimativa subsídio de férias -103.162 -89.942

Estimativa encargos -96.893 -90.407

Especialização de gastos Informáticos / Grupo -346.741 -346.741

Facturas em trânsito -422.386 -376.174

Total acréscimos e diferimentos Passivos -1.265.661 -1.195.814

Total -1.196.662 -1.146.072

2014

Seguros de vida

com participação

nos resultados

Seguros de vida

sem participação

nos resultados

Seguros de vida e

operações classificadas

como contratos de

investimento

Não Afectos Total

Caixa e equiva lentes 5.893.572 4.197 5.897.769

Terrenos e edi fícios 2.177.768 2.177.768

Investimentos em fi l ia is , associadas e

empreendimentos conjuntos 22.600.000 22.600.000

Activos financeiros detidos para negociação 43.304.619 3.733.792 1.096.458 333.162 48.468.031

Activos financeiros disponíveis para venda 363.792.399 21.624.840 7.670.278 521.325 393.608.842

Outros activos tangíveis 71.662 345.047 416.709

Outros activos 922.626 4.551.976 5.474.602

Total 413.984.878 25.358.632 8.770.933 30.529.279 478.643.722

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56

34. Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de

contratos de seguro e operações considerados para efeito contabilísticos como

contratos de investimentos

Em 31 de Dezembro de 2014, a Companhia tinha registado como Passivo Financeiro os

seguintes montantes relativos a produtos de capitalização com taxa fixa garantida, e sem

participação nos resultados, os quais, segundo a IFRS4, são contabilizados como contratos de

investimento:

O valor de montantes pagos de Passivos Financeiros a 31 de Dezembro de 2014 foi de

153.782 euros (2013: 113.480 euros).

Os gastos a 31 de Dezembro de 2014 incluídos nas contas de ganhos e perdas, explicam-se

como segue:

2013

Seguros de vida

com participação

nos resultados

Seguros de vida

sem participação

nos resultados

Seguros de vida e

operações classificadas

como contratos de

investimento

Não Afectos Total

Caixa e equiva lentes 5.019.483 5.019.483

Terrenos e edi fícios 4.376.109 4.376.109

Investimentos em fi l ia is , associadas e

empreendimentos conjuntos 24.600.000 24.600.000

Activos financeiros detidos para negociação 18.719.758 3.691.961 1.346.680 332.510 24.090.909

Activos financeiros class i ficados no reconhecimento

inicia l a justo va lor através de ganhos e perdas 41.011 12.970 53.981

Activos financeiros disponíveis para venda 261.845.392 4.958.967 7.555.548 543.591 274.903.497

Empréstimos concedidos e contas a receber 4.017.425 4.017.425

Investimentos a deter até à maturidade 102.158.874 4.998.531 107.157.405

Outros activos tangíveis 53.255 271.421 324.676

Outros activos 457.903 8.982.786 9.440.689

Total 392.313.101 13.649.458 8.902.228 39.119.387 453.984.174

Início periodo Fim periodo

RENDA CERTA TEMPORÁRIA 2,50% N/A N/A 419.497 348.402

EUROFIX 1ª SÉRIE - 8 ANOS 4,40% 01/11/2007 01/11/2015 6.679.434 6.819.112

EUROFIX 1ª SÉRIE - 5 ANOS 4,20% 01/11/2007 01/11/2012 22.111 16.327

OUTROS VENCIDOS 106.654 106.653

Total 7.227.696 7.290.495

MontanteProduto Taxa garantida

Data de

emissão

Data de

vencimento

Taxa garantida

RENDA CERTA TEMPORÁRIA 9.013 9.013

EUROFIX 1ª SÉRIE - 8 ANOS 287.572 287.572

Total 296.584 296.584

TotalProduto

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57

35. Outros credores por operações de seguros e outras operações

O detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

36. Outras provisões

O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:

O saldo para outras provisões disponível em 2014 de 19.005 euros, deve-se ao valor

remanescente de 2013 relacionado com o saldo da provisão e sua respectiva utilização

relacionado com a provisão dos custos de reestruturação da Companhia.

37. Capital, Outros instrumentos de capital, Reservas de reavaliações, Outras reservas e

Resultados transitados

Capital

A Groupama Vida fechou o exercício de 2014 com um montante de capitais próprios de

72.494.359 euros, valor superior ao registado em 2013, de 57.423.588 euros. Esta evolução é

explicada essencialmente pela reserva de reavaliação do justo valor deduzido do respetivo

imposto associado.

Em 31 de Dezembro de 2014 o capital social da Companhia era de 15.000.000 euros,

integralmente realizado e representado por 3.000.000 ações nominativas com o valor nominal

de 5 euros cada. Todas as ações emitidas estão inteiramente pagas.

A companhia é detida em 100%, pela Groupama SA, com sede em França.

2014 2013

Por operações de seguro directo 583.748 638.242

Mediadores de seguros 460.187 418.211

Co-seguro 22.854

Tomadores de seguros 100.707 220.031

Por operações de resseguro 326.727 215.647

Resseguradores do Grupo 58.231 34.638

Outros resseguradores 268.496 181.010

Por outras operações - Outros credores 83.889 340.173

Fornecedores 82.101 324.106

Outros 1.788 16.067

Total 994.364 1.194.063

Saldo Inicial Dotação Utilização Saldo final

Ano de 2014

Outras provisões 19.005 19.005

Ano de 2013

Outras provisões 1.176.005 1.157.000 19.005

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58

Reserva de reavaliação e reserva por impostos diferidos

As reservas de reavaliação por ajustamento no justo valor de ativos financeiros, e as respetivas

reservas por impostos diferidos, as outras reservas e a rúbrica de resultados transitados em 31

de Dezembro de 2014 e 2013, são as seguintes:

* Demonstração de variação de capital próprio

A reserva de reavaliação por ajustamento no justo valor dos ativos financeiros, em 31 de

Dezembro de 2014 e 2013, explicam-se como segue:

Outras Reservas

Incluída na rubrica “Outras Reservas” temos a Reserva Legal, a 31 de Dezembro de 2014

ascende a 2.418.136 euros (2013: 2.179.109 euros) que só pode ser utilizada para cobrir

prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a

reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à

concorrência do capital emitido.

A rubrica “ Outras Reservas” inclui a Reserva SORIE onde estão contabilizados os ganhos e

perdas atuariais relativos ao Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19.

Em 31 de Dezembro de 2014 esta reserva ascendia a 89.852 euros (2013: 238.895 euros),

liquido de imposto.

Esta rubrica inclui ainda os prémios de emissão, de 10,6 milhões de euros, resultantes do

aumento de capital efectuado em 2009.

Reserva de

reavaliação por

ajustamento do

justo valor

Reserva por

impostos

diferidos

Outras reservasResultados

Transitados

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 1.737.913 -1.405.859 12.432.861 26.251.104

Transferência de/para reservas 107.353

Variação do período (ver DVCP*) -319.392 263.158

Incorporação do Resultado Líquido

de Exercício de 2012966.178

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.418.521 -1.142.701 12.540.215 27.217.283

Transferência para reservas 388.070

Variação do período (ver DVCP*) 23.941.236 -6.603.076

Incorporação do Resultado Líquido

de Exercício de 20132.151.243

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 25.359.757 -7.745.777 12.928.285 29.368.526

2014 2013

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda, líquido de imparidade 345.538.087 251.694.099

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 345.538.087 251.694.099

Imparidade acumulada reconhecida

Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda 385.938.691 268.615.807

Valias na reserva de justo valor, dos títulos transferidos da categoria disponíveis para

venda para a categoria a deter até maturidade -9.566.005

"Shadow accounting" - Provisão para participação nos resultados a atribuir (Ver nota 28) -15.040.847 -5.937.181

Ganhos potenciais na carteira de activos financeiros disponíveis para venda 25.359.757 1.418.521

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59

Resultados básicos por acção:

Os resultados básicos por acção, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, decompõem-se como

segue:

38. Transações com partes relacionadas

A empresa mãe do topo da Companhia é a Groupama, SA, com sede em França, a qual detém

100% do capital social da Companhia.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante dos ativos, passivos, rendimentos e gastos

relativos a operações realizadas com partes relacionadas, resume-se como segue:

As operações intra-grupo desenvolvidas durante o exercício de 2014, foram-no com a

Groupama, SA, a Groupama Seguros, SA, a Groupama Support et Services e o Groupama

Asset Management.

Com a Groupama SA temos as operações de resseguro e com a Groupama Seguros, SA as

operações internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de meios humanos e

materiais, nomeadamente rendas dos imóveis ocupados pela Companhia.

Por outro lado, a gestão de investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a

Groupama Asset Management.

A Groupama Support et Services presta serviços no âmbito dos sistemas informáticos.

Existe um imóvel detido pela Companhia, arrendado ao administrador delegado.

2014 2013

Resultado l íquido do exercício -2.416.432 2.390.270

Nº médio ponderado de acções

ordinárias em circulação3.000.000 3.000.000

Resultado bás ico por acção -0,81 0,80

2014 Activo Passivo Gastos Rendimentos

Groupama SA 142.871 199.594

Groupama Asset Management 108.103 292.640

Groupama Seguros 1.969.229 627.773 599.717

Groupama Supports et Services 94.122 346.741

Total 2.063.350 597.716 1.120.007 599.717

2013 Activo Passivo Gastos Rendimentos

Groupama SA 199.358 586.752 129.048

Groupama Asset Management 69.794 288.983

Groupama Seguros 892.214 679.189 599.784

Groupama Supports et Services 173.959

Total 1.066.173 269.152 1.554.924 728.832

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60

39. Gestão de riscos de atividade

As responsabilidades na Gestão do Risco ao nível da Companhia, dividem-se como se segue:

Comité de Risco

Em funcionamento a partir de 2011, a sua missão é a de controlar os riscos que possam afetar

a entidade e a sua coordenação de riscos com a casa-mãe. Com frequência mensal, este

Comité é presidido pela Administração e compreende o Comité de Direcção.

As suas principais funções e responsabilidades são:

Análise do Plano de Ação do Departamento de Gestão de Riscos, juntamente com as

diversas Direções;

Controlo dos principais riscos da Companhia (Riscos Críticos do Grupo e Riscos

Críticos da Empresa), análise da sua avaliação, bem como assegurar a implementação

dos planos de mitigação acordados;

Acompanhamento, e submissão à aprovação, das ações sobre as exigências de

relatórios e orientações pela gestão de riscos do Grupo, particularmente na Solvência

II:

o Direção Financeira: Supervisiona o trabalho do Pilar I;

o Departamento de Gestão de Riscos: Supervisiona o trabalho referente ao

Pilar II (exigências de documentação e gestão do risco no âmbito do Pilar II e

exigências de comunicação em termos de gestão de risco com a Sede) e

parte do Pilar III;

Avaliação da possibilidade de entrada de novos riscos considerados críticos para a

Companhia;

Análise do nível de cumprimento das tarefas atribuídas a cada equipa de Gestão de

Risco, incluindo Risk Owner’s.

Departamento de Gestão de Riscos (DGR)

A Companhia tem o DGR como a principal unidade para executar as funções definidas pela

diretiva Solvência II e Normas de Regulamentação e/ou orientações técnicas emanadas pela

ASF nesta temática. Este Departamento reporta diretamente à Direção Geral da Companhia,

que por sua vez depende do Administrador Delegado. Isso garante a independência da função

em relação ao negócio de seguros.

A principal função do DGR é desenvolver um quadro de gestão eficaz dos riscos na

Organização que permita uma correta monitorização e que garanta o cumprimento dos

objetivos e sobrevivência da Organização no longo prazo.

As principais responsabilidades do DGR são:

Auxiliar na identificação de novos riscos potenciais resultantes de fatores internos ou

externos;

Colaborar na atualização do mapa de risco com metodologias de valorização

homogéneas;

Monitorizar o Sistema de Gestão de Riscos no geral;

Definir ações a desenvolver para cumprir com as normas do Grupo e normas Legais;

Dinamizar o Risk Management na Companhia;

Sensibilizar da importância do Risk Management na Companhia;

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61

Providenciar informação para o seguimento global do risco na Companhia;

Desenvolver planos de ação para monitorizar os riscos na Companhia e controlá-los;

Submeter à Administração as propostas necessárias que se considerem convenientes

para uma gestão de riscos adequada (de acordo com as melhores práticas do

mercado, ou de acordo com recomendações sobre o sistema de gestão de riscos da

ASF e/ou Sede);

No âmbito do projeto de Solvência II, a função de gestão de riscos é responsável pelo

pilar II e parte do pilar III.

Proprietários Riscos (Risk Owner’s – RO)

Os RO são membros do Comité de Direção da Companhia. Para cumprir com as suas funções,

o Departamento de Gestão de Riscos (DGR) designa responsáveis em cada direção (RO) que

gerem e informam sobre os riscos inerentes ao seu âmbito de responsabilidade. Cada RO é

responsável pela gestão dos riscos no seu âmbito de atividade:

Gerir a abertura de novas fichas de risco e atualizar as fichas de risco já existentes

(definição, causas e processos associados, avaliação bruta e líquida e respetivos

controlos,…);

Manter a avaliação dos riscos atualizada, sabendo que os mais importantes serão alvo

de seguimento no Comité de Riscos;

Informar os Controlos e anexar documentação e fichas de controlo preenchidas para

facilitar o trace dos mesmos;

Registar todos os eventos que possam impactar um risco (seu ou não);

Definir e controlar indicadores para a monitorização dos riscos associado à sua

atividade;

Estabelecer planos de ação que permitam adequar a exposição aos níveis de risco

desejados.

Em resumo, as responsabilidades de cada Direção / Departamento são:

A Direção Financeira é responsável por gerir os riscos associados à gestão de ativos e

gestão ativo/passivo (riscos de mercado e risco de crédito). Estes riscos são discutidos

com a casa-mãe nos Comités Financeiro e de Gestão de Ativos. Ao nível da

Companhia, esta problemática é igualmente acompanhada em Comité de Riscos

Financeiros. Este Comité é coordenado pela Direção Financeira, e tem como membros

permanentes a Administração, o DGR e a DTV.

A Direção Técnica de Vida (DTV) é responsável pela gestão dos riscos de Subscrição

Vida. Estes riscos são discutidos em Comité de Riscos Técnicos Vida, numa base

trimestral. O Comité é coordenado pela DTV, e os membros permanentes são a

Administração, o DGR e as Direções Comerciais (DC’s)

A Direção Técnica Não Vida (DTNV) é responsável pela gestão dos riscos de

Subscrição Não Vida. Estes riscos são discutidos no Comité de Riscos Técnicos Não

Vida uma base mensal. O Comité é coordenado pela DTNV, e os membros

permanentes são a Administração, o DGR e as Direções Comerciais.

O DGR define com os proprietários de riscos os principais riscos operacionais associados aos

processos de negócio, com base na classificação de riscos operacionais do Grupo. Existe um

Comité de Riscos Operacional, com regularidade trimestral, e é dividido por temáticas. Nesse

Comité são analisados os principais riscos operacionais e respetivas medidas de tratamento e

controlo. O DGR coordena o Comité de Risco Operacional.

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

62

As conclusões do Comité de Risco Operacional são transferidas para o Comité de Risco.

Assim, com a descrição de processos-chave, os riscos associados a estes processos, controlos

internos adequados e um controlo permanente, a Companhia garante que controla os riscos

dentro dos limites que considera aceitáveis. A definição de políticas de risco e o seguimento

dos principais riscos é objeto de um estudo de validação periódica pelo Comité de Direção no

Comité de Riscos.

Principais Riscos

Risco de Crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração na qualidade

creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários, aos quais a Companhia está

exposta, bem como dos devedores, prestadores de serviços, mediadores, tomadores

de seguro e resseguradoras que com ela se relacionam.

Para a Companhia, o Risco de Crédito encontra-se essencialmente presente na

carteira de investimentos. No entanto, as dívidas a receber resultantes de cobranças e

resseguro também estão expostas a este tipo de risco.

A política de investimentos da Companhia estabelece critérios de rating de elevada

qualidade, de modo a mitigar este risco. Por outro lado, é efetuada uma gestão

permanente das carteiras de títulos, existindo uma grande interação entre a Direção

Financeira e os gestores dos ativos financeiros. De modo a intensificar o controlo e

monitorização deste risco, tem-se verificado uma melhoria contínua ao nível de

desenvolvimento e utilização de ferramentas de avaliação, e também ao nível dos

procedimentos e circuitos de decisão.

Os quadros abaixo, ilustram a exposição da Companhia ao risco de crédito, por rating

do emitente, em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013:

A diversificação dos ativos financeiros por setores de atividade para os exercícios findos em 31

de Dezembro de 2014 e 2013, encontra-se apresentada conforme segue:

2014 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2014

Activos disponíveis para venda 40.659.523 76.674.736 50.419.597 156.834.034 65.799.285 624.722 391.011.896

Total 40.659.523 76.674.736 50.419.597 156.834.034 65.799.285 624.722 391.011.896

2013 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2013

Activos disponíveis para venda 40.795.096 74.350.285 39.784.993 110.664.267 4.937.457 1.781.149 272.313.247

Investimentos a deter até à maturidade 10.175.789 49.475.843 43.187.472 4.318.302 107.157.405

Total 40.795.096 74.350.285 49.960.782 160.140.109 48.124.930 6.099.451 379.470.652

2014

Activos financeiros classificados no

reconhecimento inicial ao justo

valor através de ganhos e perdas

Activos disponíveis para vendaInvestimentos a deter até à

maturidadeTotal 2014

Dívida públ ica 170.933.063 170.933.063

Outros emissores públ icos 20.604.180 20.604.180

Financeiro 116.462.710 116.462.710

Uti l i ties 18.489.144 18.489.144

Comunicação 16.686.054 16.686.054

Al imentar 3.383.830 3.383.830

Automóvel 4.557.283 4.557.283

Saúde 115.726 115.726

Tecnologia 6.018.668 6.018.668

Outras 33.761.238 33.761.238

Total 391.011.896 391.011.896

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63

A exposição à divida publica por País é analisada como se segue:

Risco de Mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos

ativos, resultante da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço

das ações, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (ex: petróleo).

Inclui ainda a exposição de produtos derivados (opções e futuros) a variações no preço

do ativo subjacente e está também fortemente relacionado com o risco de disparidade

entre ativos e passivos.

A gestão dos ativos da Companhia é realizada por uma empresa do Grupo, a

Groupama Asset Management, e por uma entidade externa, de acordo com a política

de investimentos previamente definida a nível do Grupo, e com a colaboração da

Companhia. Tem como principio base a minimização dos riscos, limitando o

investimento a ativos líquidos e com elevada notação de rating.

A monitorização da gestão dos ativos é realizada mensalmente, pela Companhia

através do Comité de Riscos Financeiros. Paralelamente, numa base trimestral, são

realizados Comités Financeiros com a Casa-mãe e com a entidade gestora de ativos,

de modo a fazer um acompanhamento dos principais acontecimentos.

2013

Activos financeiros classificados no

reconhecimento inicial ao justo

valor através de ganhos e perdas

Activos disponíveis para vendaInvestimentos a deter até à

maturidadeTotal 2013

Divida públ ica e equiparada 139.642.917 39.196.923 169.324.705

Financeiro 64.110.400 67.960.482 132.070.882

Uti l i ties 20.857.221 20.857.221

Comunicação 14.631.117 14.631.117

Al imentar 1.884.626 1.884.626

Construção 8.824.941 8.824.941

Automóvel 4.467.327 4.467.327

Transportes 6.147.098 6.147.098

Saúde 117.088 117.088

Outras 11.630.511 11.630.511

Total 272.313.247 107.157.405 379.470.652

2014 Valor escriturado 2014 Peso

França 45.641.812 27%

Itá l ia 54.925.490 32%

Portugal 21.814.494 13%

Espanha 18.925.892 11%

Bélgica 9.337.405 5%

Aústria 8.959.074 5%

Holanda 4.774.144 3%

Alemanha 2.260.884 1%

Finlândia 4.293.868 3%

Total 170.933.063 100%

2013 Valor escriturado 2013 Peso

França 43.790.102 28%

Itá l ia 47.279.603 30%

Portugal 17.300.070 11%

Espanha 16.782.618 11%

Bélgica 8.769.844 6%

Aústria 8.391.570 5%

Holanda 5.520.611 4%

Alemanha 2.230.769 1%

Finlândia 4.090.468 3%

Total 169.324.705 100%

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

64

Todos os eventos ligados aos ativos detidos em carteira, tais como pagamentos de

dividendos, juros ou reembolsos, são controlados numa base diária. A falha de algum

destes eventos, ou a ocorrência de algum acontecimento que possa condicionar a

gestão da carteira de investimentos, é de imediato comunicado pela entidade gestora

para que o Comité de Riscos Financeiros possa emitir uma deliberação sobre o

assunto em causa.

No final de 2014 e 2013, a carteira de investimentos encontrava-se alocada da seguinte

forma:

De acordo com a IFRS 7, os ativos financeiros detidos podem estar valorizados ao

justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:

o Nível 1 – Justo valor determinado diretamente com referência a um mercado

oficial ativo.

o Nível 2 – Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização suportadas

em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis para o mesmo

instrumento financeiro.

o Nível 3 - Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização não

suportadas em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis

para o mesmo instrumento financeiro.

AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL

Investimentos Filiais e Associadas 22.600.000 22.600.000 91,2% 4,8%

Fi la is 22.600.000 22.600.000 91,2% 4,8%

Titulos Rendimento Fixo 391.011.896 391.011.896 99,3% 83,8%

Obrigações taxa fixa 391.011.896 391.011.896 99,3% 83,8%

Obrigações taxa variável

Titulos Rendimento Variável 2.596.946 48.468.031 51.064.977 0,7% 100,0% 10,9%

Up's obrigações

Acções

Up's acções 1.096.458 1.096.458 2,3% 0,2%

Up's imóveis 2.596.946 2.596.946 0,7% 0,6%

Up's cash 47.371.573 47.371.573 97,7% 10,1%

Imóveis 2.177.768 2.177.768 8,8% 0,5%

TOTAL 393.608.842 48.468.031 24.777.768 466.854.641 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

2014VALOR CONTABILÍSTICO %

AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL

Investimentos Filiais e Associadas 24.600.000 24.600.000 84,9% 5,7%

Fi la is 24.600.000 24.600.000 84,9% 5,7%

Titulos Rendimento Fixo 272.313.247 107.157.405 379.470.652 99,1% 100,0% 87,2%

Obrigações taxa fixa 272.309.445 107.157.405 379.466.850 99,1% 100,0% 87,2%

Obrigações taxa variável 3.802 3.802 0,0%

Titulos Rendimento Variável 2.590.250 24.144.890 26.735.140 0,9% 100,0% 6,1%

Up's obrigações

Acções

Up's acções 1.400.661 1.400.661 5,8% 0,3%

Up's imóveis 2.590.250 2.590.250 0,9% 0,6%

Up's cash 22.744.229 22.744.229 94,2% 5,2%

Imóveis 4.376.109 4.376.109 15,1% 1,0%

TOTAL 274.903.497 24.144.890 107.157.405 28.976.109 435.181.902 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

2013VALOR CONTABILÍSTICO %

GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

65

A valorização dos ativos financeiros por níveis, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é

analisada como segue:

A evolução dos títulos classificados no nível 3 foi a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o justo valor por classe de ativos e passivos financeiros é

analisado como se segue:

Risco de taxa de juro:

O Risco de Taxa de Juro está associado às perdas resultantes de movimentos

adversos na curva de taxa de juro. A carteira de obrigações, classificada como

disponível para venda, é bastante vulnerável a esse risco dado que a sua valorização

depende, em grande medida, do comportamento das taxas de juro.

2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros detidos para

negociação 48.468.031 48.468.031

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor

através de ganhos e perdas

Activos disponíveis para venda 393.608.842 393.608.842

Total 442.076.873 442.076.873

2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros detidos para

negociação 24.090.909 24.090.909

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor

através de ganhos e perdas 53.981 53.981

Activos disponíveis para venda 274.903.497 274.903.497

Total 298.994.406 53.981 299.048.387

Reconciliação Nível 3

Activos

financeiros

detidos para

negociação

Activos financeiros

classificados no

reconhecimento inicial

ao justo valor através

de ganhos e perdas

Activos disponíveis

para venda

Empréstimos e

contas a receber

Investimentos a

deter até à

maturidade

Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 53.981 53.981

Val ias real izadas

Val ias potencia is/Imparidade

Compras

Vendas -53.981 -53.981

Amortizações

Transferências de nível 1 e 2

Transferências para nível 1 e 2

Saldo em 31 de Dezembro de 2014

Valor Balanço Justo Valor

2014 2013 2014 2013

Activos Financeiros

Disponibi l idades em Insti tuições de

Crédito 5.897.769 5.019.483 5.897.769 5.019.483

Devedores 3.646.252 2.334.345 3.646.252 2.334.345

Investimentos a deter até à

maturidade 107.157.405 113.911.654

Total 9.544.021 114.511.233 9.544.021 121.265.482

Passivos Financeiros

Credores 994.364 1.194.063 994.364 1.194.063

Contratos de investimento 7.290.495 7.227.696 n/a n/a

Total 8.284.859 8.421.759 994.364 1.194.063

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66

O quadro a seguir apresentado resume a análise do impacto resultante da variação da

taxa de juro de referência nos ativos financeiros da Companhia, a 31 de Dezembro de

2014 e 2013.

Risco de ações:

O Risco de Ações decorre da possibilidade de se verificarem perdas mediante

movimentos desfavoráveis no preço de mercado das ações.

No final de 2014, o montante investido no mercado acionista representava 0,3% dos

ativos da Companhia, o que equivale a 1.096.458 euros. A exposição ao mercado

acionista é feita através fundos de investimento compostos maioritariamente por ações.

No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%

no valor de mercado das ações e dos fundos de investimentos de ações:

Risco cambial:

Decorre da variação do valor de ativos e passivos detidos pela Companhia resultante

de oscilações nas taxas de câmbio das moedas em que esses ativos e passivos se

encontram expressos.

A Companhia não se encontra exposta a risco cambial a 31 de Dezembro de 2014 e

2013, uma vez que todos os ativos e passivos se encontram denominados em euros.

2014 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp

Outros activos financeiros

va lorizados ao justo va lor

através de resultados

Activos Financeiros disponíveis

para venda 451.878.690 422.743.766 408.176.304 393.608.842 379.041.380 364.473.918 335.338.993

Investimentos detidos até a

maturidade

Activos financeiros ao justo

va lor para negociação 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031

500.346.721 471.211.797 456.644.335 442.076.873 427.509.411 412.941.949 383.807.024

Valor contabilístico Impacto

Risco acções 1.096.458 54.823

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67

Risco imobiliário:

O Risco Imobiliário reflete as variações adversas dos preços no mercado imobiliário.

Encontram-se expostos a este risco os imóveis detidos bem como as unidades de

participação de fundos de investimentos imobiliários, que representam 1,6% da

totalidade de carteira de ativos (4.697.961 euros).

No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%

no valor de mercado dos imóveis de rendimento e participações de fundos de

investimento imobiliário:

Risco de Liquidez: risco de exposição a perdas, na eventualidade de existirem poucos

ativos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades para com os

tomadores de seguros, credores e outras contrapartes, quando elas forem devidas.

Este risco é monitorizado no Sistema Geral de Riscos, pois está implícita a imagem da

Companhia, caso haja escassez de liquidez.

Para mitigar este risco, a Groupama Vida recorre por vezes à conta de depósitos à

ordem da Groupama Vida, pois esta apresenta saldo de tesouraria pontuais suficientes

para cobrir eventuais obrigações derivadas de contratos de seguros.

Em simultâneo, os investimentos estão maioritariamente classificados como

disponíveis para venda, o que possibilita a transformação imediata dos títulos

financeiros em liquidez.

Valor contabilístico Impacto

Risco imobiliário 4.697.961 234.898

Maturidade dos activos 2014 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos De 5 a 15 anosMais de 15

anos

Sem

maturidadeTotal

Caixa e seus equiva lentes e depós itos à

ordem5.897.769 5.897.769

Activos financeiros detidos para

negociação48.468.031 48.468.031

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor

através de ganhos e perdas

Activos disponíveis para venda 55.130.197 38.781.696 89.281.397 134.203.019 73.615.589 2.596.946 393.608.842

Empréstimos e contas a receber

Investimentos a deter até à maturidade

Total de Activos 55.130.197 38.781.696 89.281.397 134.203.019 73.615.589 56.962.746 447.974.642

Maturidade dos activos 2013 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos De 5 a 15 anosMais de 15

anos

Sem

maturidadeTotal

Caixa e seus equiva lentes e depós itos à

ordem5.019.483 5.019.483

Activos financeiros detidos para

negociação24.090.909 24.090.909

Activos financeiros class i ficados no

reconhecimento inicia l ao justo va lor

através de ganhos e perdas

53.981 53.981

Activos disponíveis para venda 22.945.142 74.723.904 48.944.252 108.071.896 17.628.054 2.590.250 274.903.497

Empréstimos e contas a receber 4.017.425 4.017.425

Investimentos a deter até à maturidade 204.055 2.402.724 4.025.991 33.400 67.124.516 107.157.405

Total de Activos 27.166.622 77.126.628 52.970.243 108.105.296 84.752.570 31.754.623 415.242.700

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68

Paralelamente foi realizado um estudo de adequação entre os ativos e os passivos, de

modo a demonstrar que o valor dos ativos detidos em carteira são suficientes para

fazer face às responsabilidades da Companhia, pelo que não se verifica a necessidade

de vender ativos.

Este estudo foi realizado para um período temporal de dez anos.

Risco Operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos

procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a

eventos como fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras

estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da

sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no

plano de continuidade do negócio.

A Groupama Seguros e a Groupama Seguros de Vida fazem a gestão deste risco através

dos seguintes pontos:

o Gestão da política de subscrição;

o Aprovação de novos produtos;

o Gestão de acumulação de riscos;

o Gestão da política de provisionamento;

o Gestão de sinistros.

Para uma gestão prudente do Risco Operacional, a Companhia tem definidas como

principais as seguintes políticas, devidamente descritas no documento da Política de

Gestão de Riscos:

o Processos:

Normalização e otimização dos processos e procedimentos da

Companhia;

Identificação e mapeamento dos processos críticos de negócio.

o Risco Legal e Compliance: o Departamento Jurídico controla e supervisiona

todos os prestadores externos que nos apoiam em questões jurídicas, bem

como controla o cumprimento normativo;

o Plano de Continuidade: neste documento está identificada a equipa a

mobilizar em caso de evento, a matriz de comunicação, os telefones e o plano

de emergência de computadores;

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69

o Sistemas de Informação: a gestão dos sistemas de informação na Companhia

é da responsabilidade da Direção de Sistemas de Informação (DSI) e reporta

ao Diretor Geral (responsável por todas as áreas de back-office).

o Recursos Humanos: existe um Comité Internacional de RH coordenado

pela Direção de Recursos Humanos do Grupo, cujo objetivo é a análise e

respetiva descentralização internacional de políticas comuns em matéria de

RH, nomeadamente: formação, mobilidade interna, barómetro de opinião e

aplicativos de gestão de RH.

Risco de reputação: Este risco pode ser definido como risco da Companhia incorrer em

perdas resultantes da deterioração ou posição no mercado devido a uma perceção

negativa da sua imagem entre os clientes, contrapartes, acionista ou autoridades de

supervisão, assim como do público em geral.

Risco estratégico: O risco estratégico pode ser definido como o risco do impacto atual e

futuro nos proveitos ou capital que resulta de decisões de negócio inadequadas,

implementação imprópria de decisões ou falta de capacidade de resposta às alterações

ocorridas no mercado.

Risco de seguro: As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de

seguros, os quais classificam na categoria do Risco Específico de Seguros. Os riscos

específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de

seguro, associados ao desenho de produtos e respetiva tarifação, ao processo de

subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do

resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de atividade e podem subdividir-se em

diferentes sub-riscos:

o Risco de Desenho dos Produtos: risco da Companhia assumir exposições de

risco decorrentes de caraterísticas dos produtos não antecipadas na fase de

desenho e de definição do preço do contrato.

o Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices

atualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O

risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se

insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes

desses contratos (sub-tarifação).

o Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas

com a seleção e aprovação dos riscos a segurar.

o Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros

constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com

sinistros já ocorridos.

o Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do

que o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores

ao esperado, resultando em perdas inesperadas.

o Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor

proteção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos

catastróficos, ou a uma sinistralidade mais elevada.

o Risco Catastrófico: resulta de eventos extremos que implicam a devastação

de propriedade, ou a morte/ferimento de pessoas, geralmente devido a

calamidades naturais (terramotos, furacões, inundações). É o risco de que

um evento único, ou uma série de eventos de elevada magnitude,

normalmente num período curto (até 72 horas), implique um desvio

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70

significativo no número e custo dos sinistros, em relação ao que era

esperado.

O Risco Específico de Seguros pode ser mitigado pela política de resseguro, através

da qual uma parte dos riscos assumidos pela Companhia é transferida para uma

resseguradora (ou um conjunto de resseguradoras).

A Companhia implementou mecanismos de gestão de riscos, tendo sido já elaborado

um Manual de Gestão de Risco. Neste âmbito, foi já reportado, relativo ao ano de 2009,

o Relatório anual sobre o Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno, dando

cumprimento ao n.º 1 do Art. 19.º da Norma Regulamentar 14/2005-R, da Autoridade

de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa.

A estratégia da empresa é revista a cada 3 anos, e na qual participam as várias

Direções da Companhia, e define os objetivos anuais para a Companhia,

orçamentando o volume de prémios, o valor das provisões de sinistros, o valor dos

gastos gerais, custos com o pessoal, etc, por forma a obter o Resultado do Exercício.

Para formalizar o Risco Específico de Seguros, a abordagem adotada pela Companhia

teve uma base processual, no sentido de mapear os processos de negócio em várias

vertentes:

o Processo de desenho de produtos e tarifação - Os produtos, antes de serem

lançados, são discutidos entre a Administração e as várias Direções.

o Processo de revisão atuarial de produtos - A revisão atuarial é efetuada

anualmente e formalizada no relatório do atuário responsável, o qual certifica a

adequacidade do cálculo das Provisões Técnicas, bem como a metodologia

utilizada.

o Processo de aceitação e avaliação do risco - Para mitigar o risco de subscrição

seguimos as regras de subscrição definidas.

o Processo de gestão de sinistros - No que concerne o provisionamento, este é

efetuado case by case e com estimativas do valor previsto do sinistro.

o Processo de cedência ao ressegurador - A Companhia transfere parte do risco

para os resseguradores por forma a limitar a exposição. A Companhia utiliza

com rigor a lista dos resseguradores de segurança do grupo (a lista dispõe de

rating próprio do grupo). No resseguro facultativo evita-se a concentração num

ressegurador.

Estes processos encontram-se mapeados nos manuais das áreas técnicas.

A Direção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como de partilhar

com outras direções a responsabilidade do caucionamento das provisões técnicas.

A política de Risco Específico de Seguros da Companhia corresponde à política de

aceitação do risco e à gestão do mesmo, cujas linhas orientadoras são:

o Rigorosa seleção de riscos (não asseguramos todas as naturezas de risco);

o Princípio da diversificação de exploração de ramos (asseguramos todos os

ramos);

o Minimização do risco através do resseguro;

o Seleção dos resseguradores pela lista de referência do Grupo.

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71

Os riscos específicos dos seguros de vida contemplam, entre outros, os riscos

biométricos (longevidade e invalidez).

Risco de longevidade

Tal como em anos anteriores, a Companhia realizou vários estudos de sensibilidade às

Carteiras de Rendas, efetuando o cálculo das provisões matemáticas com tábuas de

mortalidade e taxas técnicas de juro mais prudentes que as das bases técnicas

aquando da criação dos produtos.

A 1ª análise comparativa teve como objetivo quantificar a alteração apenas nas

tábuas de mortalidade (cenário A) e a mudança nas tábuas e taxas técnicas (cenário

B), sendo este último cenário o já adotado pela Companhia há alguns anos.

Provisões Matemáticas 31-12-2014

Cenário A

Cenário Central

Cenário B

12.693.230 +9,5%

11.596.104

13.954.883 +20,3%

Cenário Central -

tábuas de mortalidade e taxas técnicas originais

(Anexo II (1))

Cenário A -

impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77

e TV88/90) e mantendo as taxas técnicas originais (Anexo II

(1))

Cenário B - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77

e TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))

A 2ª análise comparativa teve por base a provisão matemática prudencial que a

Companhia constitui atualmente, e realizaram-se 2 estudos, com taxas e tábuas ainda

mais prudentes.

Provisões Matemáticas 31-12-2014

Cenário C

Cenário B

Cenário D

14.245.254 +2,1%

13.954.883

16.698.307 +19,7%

Cenário B -

impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77

e TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))

Cenário C - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV88/90)

e taxas técnicas (para 2,5%)

Cenário D - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TPRV/93)

e taxas técnicas (para 2,5%)

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72

A particularidade entre os cenários B e C é que no 1º toda a carteira Grupo já é

calculada com essa tábua e taxa, e no cenário C considerou-se o similar para a carteira

Individual.

Após a avaliação do impacto da utilização de tábuas de mortalidade mais recentes e

taxas técnicas mais baixas, a Companhia decide que provisão matemática constituir.

Desta forma, à data de 31-12-2014, 69% das Provisões Matemáticas da Carteira de

Rendas são calculadas com uma taxa de 2,5% e o restante calculado a uma taxa de

3%.

Relativamente às tábuas de mortalidade, 8,6% das Provisões Matemáticas desta

carteira foi calculado com a tábua TV 73/77 e 83,1% com a tábua TV 88/90. Os

restantes 8,3% referem-se a produtos criados já com a tábua TPRV93 e taxa técnica

de 2,5%.

Risco de mortalidade

Foi efectuada uma análise comparativa, mortalidade real vs mortalidade esperada

(considerando a tábua de mortalidade utilizada na provisão matemática). Como

resultado deste estudo verificou-se que em 2014, a mortalidade real nos seguros em

caso de morte foi de 61 óbitos, ao passo que a mortalidade prevista era de 313.

Risco de concentração de capitais seguros

A Companhia tem os seus riscos protegidos por Tratados de Resseguro e continua a

adoptar uma política de prudência, que se manteve na renovação destes Tratados para

o exercício de 2014.

A empresa continua a estar atenta, quer às condições, quer aos tipos de Tratados que

negoceia, de forma que estejam de acordo com as responsabilidades assumidas para

com os seus clientes, à especificidade dos riscos seguros, bem como à idoneidade dos

Resseguradores.

Os riscos catastróficos estão cobertos por Tratados XL, específicos para o efeito,

prevenindo assim a acumulação dos riscos em caso de acontecimento catastrófico.

40. Solvência

A Companhia está sujeita aos requisitos de solvência definidos pela Norma 6/2007-R, alterada

pela Norma Regulamentar 12/2008-R, Norma Regulamentar 4/2011-R e Norma Regulamentar

2/2014-R, bem como aos requisitos definidos na Circular 3/2012 de 19 de Abril, emitidas pela

Autoridade Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os requisitos de solvência são

determinados de acordo com as demonstrações financeiras estatutárias, as quais são

preparadas de acordo com as normas da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

Pensões.

No quadro abaixo encontra-se o resumo da margem de solvência exigida:

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73

A adequação do capital é definida de forma a incorporar uma margem relativa ao mínimo

requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações

nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação.

No quadro que se segue pode-se observar os impactos dos riscos referidos na taxa de

cobertura da margem de solvência e a taxa de cobertura resultante desses efeitos.

41. Compromissos

Em 31 de Dezembro de 2014 estavam em vigor diversos contratos de locação operacional de

viaturas, sendo o período de vigência destes contratos de 48 meses.

Encontravam-se igualmente em vigor diversos contratos de locação operacional de

equipamento informático, com e sem assistência técnica, com um período de vigência de 36

meses, e ainda um contrato de prestação de serviço de cópia destinado a equipar a Sede e as

agências, de impressoras laser, com um período de vigência de 48 meses.

No quadro abaixo encontram-se as rendas pagas durante o ano de 2014, bem como a

estimativa do valor anual das rendas a pagar até à maturidade dos contratos:

Margem de Solvência 2014 2013

Capital 15.000.000 15.000.000

Reservas 30.542.265 12.816.035

Resultados transitados 29.368.526 27.217.283

Resultado do exercício -2.416.432 2.390.270

Dividendos -2.151.243

Valor de balanço 72.494.359 55.272.345Ajustamentos incluindo ativos intangiveis e ajustamentos de justo

valor de terrenos e edificios não reconhecidos contabilisticamente-281.785 -439.206

Margem de solvência disponivel 72.212.574 54.833.138

Margem de solvência necessária 15.858.713 15.898.387

Cobertura 455,3% 344.9%

Margem de Solvencia Disponivel 2014 2013

Taxa de Cobertura 455,3% 344,9%

Aumento de 0,5 p.p. na "Yield Curve"

Impacto na Margem Disponivel -14.567.462 -6.190.094

Impacto na Taxa de Cobertura -91,9% -38,9%

Taxa de Cobertura após impacto 363,5% 306,0%

10% quebra no valor dos int. capital

Impacto na Margem Disponivel -2.600.066

Impacto na Taxa de Cobertura -16,4%

Taxa de Cobertura após impacto 455,3% 328,5%

2014 2015 2016

Locação operacional de viaturas 81.614 48.058 50.062

Locação operacional de equipamento informático 8.396 1.090 1.090

Prestação de serviços de cópia 44.895 32.379 32.373

Total 134.905 81.526 83.525

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74

42. Elementos extra-patrimoniais

Os fundos de pensões geridos pela Companhia têm um total de ativos de 989.082 euros em

2014 (2013: 2.326.568 euros). Estes fundos de pensões não garantem rendimento mínimo.

De acordo com a Nota 13, o Fundo de Pensões da Groupama Seguros de Vida e da Groupama

Seguros, passou a estar incluído desde 31 de Julho de 2013 num fundo único – Fundo de

Pensões Groupama – sendo gerido pela Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (SGF).

43. Eventos subsequentes

No seguimento da Norma Regulamentar 9/2013-R, da Autoridade de Supervisão de Seguros e

Fundos de Pensões, serve o presente para indicar que não existem eventos subsequentes a

evidenciar respeitantes ao ano de 2014.

2014 2013

AON Portugal 989.082 962.701

E.C.M. - Empresa de Cervejas da Madeira 1.363.867

Total 989.082 2.326.568

Valor dos activos do fundoFundos de pensões geridos pela companhia