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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado)
1. Informações Gerais
A Groupama Seguros de Vida, S.A. (adiante designada por Groupama Vida ou Companhia) foi
constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver
a atividade do ramo Vida em Portugal.
A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na
Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.
A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para o ramo Vida para o qual
obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões
(ASF). A sua atividade é exercida em Portugal.
Situação económica internacional
O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas
criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de
2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4%
(dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia
global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível
de crescimento.
Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos
foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto
que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8%
(com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de
cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%).
Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os
crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no
grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%.
Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes
estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as
economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e
sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas
dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria.
Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a
retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas
orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à
acentuada queda dos preços do petróleo.
No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos – sendo
ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego -,
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os fatores de natureza política podem condicionar a confiança dos agentes económicos. Atos
terroristas em território europeu, as tensões entre a Rússia e o Ocidente, bem como a situação
política e económica da Grécia, podem condicionar e restringir todas as medidas que, do lado
monetário, possam ser colocadas em prática.
Situação económica nacional
A economia portuguesa registou em 2014 um crescimento de 0,9%, em torno do que era
expectável. No entanto, este crescimento teve bases diferentes das expectadas, na medida em
que a procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual,
com a procura externa líquida a contribuir negativamente para este indicador. O contributo das
exportações líquidas desiludiu no ano de 2014
Vários fatores contribuíram para este comportamento. Do lado das exportações, o
encerramento da unidade de refinação de petróleo, embora que temporário, contribuiu para um
comportamento pior do que o esperado, pois as exportações de combustíveis refinados para o
exterior têm um peso muito significativo nas exportações. Pelo lado das importações, verificou-
se um aumento acima do esperado, refletindo a retoma e o aumento da procura interna,
sobretudo de bens duradouros.
De qualquer forma, a tendência de crescimento da economia, já verificada a partir de meados
de 2013, confirmou-se neste ano de 2014. De muito positivo nota-se a geração de riqueza,
cujos contributos são agora mais equilibrados. Assim, depois de três anos de retração, a
procura interna voltou a aumentar; as importações deixaram de contribuir positivamente para a
expansão, sinalizando o padrão de crescimento mais equilibrado, apoiado pelas componentes
domésticas da procura agregada; e as exportações contribuíram positivamente (embora com
efeito minorado pela interrupção da atividade de refinação).
Para 2015 espera-se um ano de consolidação de tendências, com a expansão da atividade
económica para níveis que deverão atingir cerca de 1,5%. Para este desempenho contribuirá
certamente o contributo positivo da procura interna e o regresso dos contributos favoráveis da
procura externa líquida. O rendimento das famílias deverá aumentar, por via da redução da
carga fiscal e dos aumentos de rendimentos dos funcionários públicos e pensionistas,
derivados das decisões do Tribunal Constitucional. Do lado do Investimento, esperam-se
igualmente notícias positivas, não só ao nível da Construção, mas também em Máquinas e
Equipamentos. Por fim, uma nota para o Turismo, cujo contributo para evolução da economia
nacional continuará a ter um papel fundamental na recuperação esperada.
2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas
contabilísticas adotadas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas
de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de
Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º
22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização
das operações das empresas de seguros estabelecidas pela ASF.
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Este plano de contas, atualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de
Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adotados na União
Europeia, exceto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adotados
os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As
IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards
Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting
Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos respetivos órgãos antecessores.
Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adotou na preparação destas
demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações
do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2014. Esta adoção teve impacto em
termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no
entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afetando a posição financeira da
Companhia.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros (exceto, quando indicado) e estão
preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos registados ao
justo valor, nomeadamente ativos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes ativos e
passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.
A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efetue julgamentos e
estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os
montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou
diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e
julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde
são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações
financeiras encontram-se analisadas na nota 3.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 13 de
Março de 2015.
2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas
Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação
obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2014.
Normas
• IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz
parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o
conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas
de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser
equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta norma não teve impacto
nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta
alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade,
quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender.
A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de
cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de
cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento
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de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como
consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção desta norma não teve
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define
uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da
consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de
investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor
através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas
pela IFRS 12. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da
companhia.
• IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos
os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na
IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o
controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe
e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. Esta norma não tem
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos
acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser
operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos
(direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A
consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. Esta norma
não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma
estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras
entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de
forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses
da Entidade. Esta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que,
quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da
adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico
imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período
comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação
de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da
consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12.
Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na
sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para
os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a
Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta alteração não tem impacto nas
demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A
IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico
para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos
de aplicação do método de equivalência patrimonial. Esta alteração não tem impacto nas
demonstrações financeiras da companhia.
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2.3. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e
cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho
de 2016, ou em data posterior, e que a Companhia decidiu não adotar antecipadamente:
• IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da
União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a
apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das
políticas contabilísticas. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual em
que esta se tornar efectiva. A mesma terá impacto ao nível das divulgações a efectuar nas
demonstrações financeiras.
• IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação
permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com
base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do
padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação
prospectiva. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está
sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a
contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e
pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do
número de anos de serviço. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual
em que esta se tornar efectiva.
• IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras
separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos
investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações
financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva. Esta alteração não terá
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e
uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela
União Europeia. Esta alteração clarifica que na venda ou contribuição de ativos entre um
investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, o ganho/perda apurado é
reconhecido na totalidade quando os ativos transferidos constituem um negócio, e apenas
parcialmente (na quota-parte detida por terceiros) quando os ativos transferidos não constituem
um negócio. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção
à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta
alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding
intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a
opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a
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uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa
associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Esta alteração
não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação
conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação
conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 –
concentrações de atividades empresariais. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações
financeiras da companhia.
Melhorias às normas 2010 – 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela
União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS
8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas melhorias terão impacto nas demonstrações
financeiras da companhia, ao nível da IFRS 8 e IAS 24.
Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem
em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS
1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Apenas a melhoria na IAS poderá vir a ter impacto nas contas da
companhia.
Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela
União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19
e IAS 34. Apenas as melhorias na IFRS 7 terão impacto expectável nas divulgações futuras da
companhia.
IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União
Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e
mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre
créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o
reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma terá
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
Interpretações
IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 17 de junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao
reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta
numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o
rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga
ao pagamento.
2.4. Principais políticas contabilísticas adotadas
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados
nas demonstrações financeiras.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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2.4.1. Reporte por segmentos
Um segmento de negócio é um conjunto de ativos e operações que estão sujeitos a riscos e
proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.
Um segmento geográfico é um conjunto de ativos e operações localizados num ambiente
económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros
segmentos que operam em outros ambientes económicos.
2.4.2. Especialização de exercícios
Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,
independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.
2.4.3. Transações em moeda estrangeira
As conversões para euros das transações em moeda estrangeira são efetuadas ao câmbio em
vigor na data em que ocorrem.
Os valores dos ativos expressos em moeda de países não participantes na União Económica
Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado
pelo Banco de Portugal.
As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data
de balanço, relativas aos ativos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e
perdas do exercício.
Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda
estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transação. Ativos e passivos não
monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa
de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais
resultantes são reconhecidas em resultados, exceto no que diz respeito às diferenças
relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, as quais
são registadas em reservas.
2.4.4. Ativos tangíveis
Estes bens estão contabilizados ao respetivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação
e testes de imparidade.
Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes ativos tangíveis foram
calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base
nas seguintes taxas anuais, as quais refletem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens:
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No reconhecimento inicial dos valores dos outros ativos tangíveis, a Companhia capitaliza o
valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento
correto de um dado ativo, de acordo com o disposto na IAS 16 ‘Ativos Fixos Tangíveis’. Ao
nível da mensuração subsequente, a Companhia ota pelo estabelecimento de uma vida útil que
seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando
o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.
Os gastos subsequentes com os ativos tangíveis são capitalizados no ativo apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as
despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é
estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de
um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em
resultados para os ativos registados ao custo.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o
seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados
futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
2.4.5. Propriedades de investimento
A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por
via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de
mensuração da IAS 40.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição,
incluindo os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo
valor. Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em
resultados. As propriedades de investimento não são depreciadas.
Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a
Companhia venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho
inicialmente estimado.
O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efetuada por
um avaliador independente.
Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional
reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das
quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de
empreendimentos, o ensino e a investigação.
A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,
é baseada nos seguintes métodos:
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Método de substituição:
Consiste na determinação do valor do edifício através da soma do valor de mercado do terreno
e de todos os custos necessários à construção de um edifício de iguais características físicas e
funcionais. Na determinação do valor final do edifício deve ser considerada a taxa de
depreciação em função da sua antiguidade, estado de conservação e estimativa de vida útil,
bem como as margens de lucro requeridas.
Método comparativo:
Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de
transações e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que
possuam idênticas características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma
área do mercado imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra
representativa e credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que
não se apresentem desfasadas relativamente ao momento de avaliação.
Método dos múltiplos do Rendimento:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda
anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção,
e uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do
investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.
Método de atualização de rendas futuras:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos
financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de
investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações
com perfil de risco semelhante.
Ver adicionalmente a Nota 26.
2.4.6. Ativos intangíveis
Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como ativos intangíveis,
assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua
implementação.
Os gastos diretamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,
relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como ativos
intangíveis, de acordo com a IAS 38 ’Ativos Intangíveis’:
a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível
para utilização;
b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;
c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;
d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;
e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para
concluir o desenvolvimento e usar o software, e
f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu
desenvolvimento podem ser mensuradas.
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Os ativos intangíveis estão mensurados ao respetivo custo histórico de aquisição, sendo
sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através
de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3
anos, período que reflete de forma razoável a vida útil estimada dos ativos intangíveis.
Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a
manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.
2.4.7. Ativos financeiros
i) Classificação
A Companhia classifica os seus ativos financeiros no momento da sua aquisição
considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:
Ativos financeiros detidos para negociação
Adquiridos com o principal objetivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui
também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.
Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
Esta categoria inclui os ativos com derivados embutidos, designados no momento do
seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo
valor reconhecidas em resultados.
Ativos financeiros a deter até à maturidade
Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma
maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e
capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes ativos financeiros encontram-se
registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento
financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de
reembolsos de capital efetuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização
com base no método da taxa efetiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o
valor de reembolso.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva
é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados
associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor atual ao valor do
instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Taxa anual
Aplicações informáticas 33,33%
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Empréstimos concedidos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber incluem os ativos financeiros não derivados com
pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado ativo. São
registados neste elemento do ativo os depósitos a prazo em instituições de crédito.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que (i) a
Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados
como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que
não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.
ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento
Aquisições e alienações: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)
ativos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são
reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se
compromete a adquirir ou alienar o ativo. Os ativos financeiros referidos acima são
inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transação, exceto
nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes
custos de transação são diretamente registados em resultados.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da
Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não
obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados
à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os ativos.
iii) Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros detidos para negociação e os ativos
financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo
valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.
Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no
entanto, as respetivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao
acionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda
por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais
registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com
participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em
Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos
resultados a atribuir’, na quota-parte pertencente ao beneficiário.
Ainda relativamente aos ativos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor
de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efetiva, (ii)
as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por
contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (exceto risco cambial),
conforme descrito acima.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
12
Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo
amortizado, de acordo com o método da taxa efetiva, com as amortizações (juros, valores
incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.
O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).
Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de
avaliação, tais como, a utilização de preços de transações recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos
de avaliação de opções parametrizados de modo a refletir as particularidades e
circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações
de mercado.
Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo
valor, bem como as ações não cotadas, são registados ao custo de aquisição.
iv) Transferências entre categorias de ativos financeiros
Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de
instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and
Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir
que uma entidade transfira ativos financeiros detidos para negociação para as carteiras de
ativos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou
para ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses ativos financeiros
obedeçam às caraterísticas de cada categoria.
As transferências de ativos financeiros disponíveis para venda para as categorias de
empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade, são
também permitidas.
v) Imparidade
Imparidade de títulos
A Companhia avalia regularmente, por carteira de títulos, se existe evidência objetiva de
que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresentem sinais de imparidade.
Para os ativos financeiros que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respetivo
valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de
ganhos e perdas.
Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que
exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram
após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital cotados,
uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de
divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de
caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado
com razoabilidade.
A Companhia considera que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, se encontra
em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pela
ASF.
Assim, o ativo financeiro é objeto de imparidade, se:
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
13
a) Já tiver sido objeto de imparidade em exercícios anteriores; ou
b) A cotação de bolsa esteja em permanência inferior ao valor de custo (declinio
prolongado) nos últimos 24 meses, ou
c) A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta
percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio
significativo de 50%).
O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o
valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de
imparidade, no ativo, anteriormente reconhecida em resultados.
Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a
perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de
aquisição e o justo valor atual, deduzida de qualquer perda de imparidade no ativo
anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período
subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade
anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à
reposição do custo de aquisição, Esta situação acontece se o aumento for objetivamente
relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade,
exceto no caso da ações ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível
reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de ações e
outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.
No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de
caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de
juro efetiva original do ativo financeiro. Estes ativos são apresentados no ativo, líquidos de
imparidade. Caso estejamos perante um ativo com taxa de juro variável, a taxa de juro a
utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual,
determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos
até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade
diminui, e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu
após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do
exercício.
Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa
Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objetivo reduzir o montante dos prémios em
cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final
do exercício são refletidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro direto’.
O cálculo destes ajustamentos é efetuado com base nos valores dos prémios por cobrar,
aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, de base económica.
Retomando a situação dos produtos financeiros, importa referir que, excecionalmente, e
devido a limitações dos circuitos administrativos e informáticos, podem ocorrer situações em
que estando as apólices financeiras já anuladas, existam recibos que a elas respeitam, se
encontrem por regularizar (i.e. em cobrança). Os recibos que se encontrem nesta situação
deverão ser analisados caso a caso e constituído o respetivo ajustamento para recibos por
cobrar. No final de 2014 não existiam recibos nestas circunstâncias, pelo que não houve
necessidade de constituir nenhum ajustamento a eles referente.
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14
Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos
saldos a receber resultantes de operações de seguro direto, de resseguro ou outras, à
exceção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em
função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.
A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através
da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.
2.4.8. Outros ativos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros
derivados
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade
date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros
derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa
reavaliação registados diretamente em resultados do período.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.
Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo
valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado
numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados
diretamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente
relacionado com o ativo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.
O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência
de cotação (inexistência de mercado ativo) é determinado com base na utilização de preços de
transações recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em
metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em
técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
efeito do tempo, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade.
2.4.9. Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual
da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,
independentemente da sua forma legal.
A Companhia tem registados como passivos financeiros os passivos resultantes de contratos
de investimento (operações de capitalização com taxa garantida e sem participação nos
resultados).
Os passivos financeiros incluem passivos de contrato de investimento e são registados (i)
inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação incorridos e (ii)
subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva.
2.4.10. Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes
englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da
data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de
valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
15
2.4.11. Capital social
As ações são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro
ou outros ativos. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de
capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de
imposto.
2.4.12. Contratos de seguro e contratos de investimento
Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro
significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro
incerto especificado o afetar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4
(seguros de vida puros);
Os Contratos de investimento são contratos que envolvem exclusivamente risco financeiro.
Estes contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente financeiros e
aqueles que possuem uma caraterística de participação discricionária. Se os contratos de
investimento forem puros cairão no âmbito da IAS 39 (é o caso dos produtos de taxa garantida
e sem participação nos resultados), enquanto os contratos com a caraterística de participação
discricionária se inserem na IFRS 4 (Produtos de capitalização com taxa garantida e com
participação nos resultados), tal como os Unit Linked com componente de risco.
A. Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados,
são reconhecidos e mensurados como segue:
i) Prémios
Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,
da mesma forma que os prémios brutos emitidos.
ii) Custos de aquisição
Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração
contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de
investimento.
As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos
respetivos prémios ou renovação das respetivas apólices.
iii) Provisões matemáticas/Outras provisões técnicas
Provisões Matemáticas Aniversárias
As Provisões Matemáticas Aniversárias são calculadas contrato a contrato, de acordo com o
método atuarial prospetivo, correspondendo este ao valor atual das responsabilidades da
Companhia, deduzido do valor atual dos prémios futuros.
Considerando o princípio da suficiência da provisão para encargos futuros, os encargos de
gestão continuam a estar previstos nas Provisões Matemáticas calculadas a prémio de
inventário.
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16
Cálculo das Provisões Matemáticas:
• Produtos Clássicos (Vida Inteira, Rendas, Temporários, Mistos, etc.): O cálculo é
efetuado por interpolação linear das provisões matemáticas aniversárias,
considerando que os contratos, em média, são efetuados a meio do ano, deduzidas
do valor correspondente ao fracionamento do prémio de inventário não recebido no
exercício e dos custos de aquisição não amortizados, para as apólices emitidas a
partir de 01.01.1984. Numa parte dos Contratos de Rendas Grupo, o cálculo é feito
considerando a data de adesão das pessoas seguras (pro-rata temporis).
• Produtos de Capitalização, Reforma e Operações de Capitalização: O cálculo é
efetuado considerando o tempo decorrido no exercício em relação a cada contrato
(pro-rata temporis).
• Produtos Ligados a Fundos de Investimento: O cálculo é efetuado considerando o
número e o valor da unidade de participação à data do cálculo, pelos “Fundos” que
constituem a apólice, e por apólice.
• Coberturas Complementares: O cálculo é efetuado considerando que os contratos
em média são efetuados a meio do ano.
A Provisão Matemática de Inventário dos contratos de produtos financeiros, corresponde à
conta poupança adquirida à data de 31.12.n, calculada depois da incorporação da
participação nos resultados e acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.
No produto Unit Linked, corresponde ao total dos valores de cada Fundo que compõem a
apólice, acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.
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17
Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:
iv) Provisão para sinistros
A provisão para sinistros corresponde ao valor previsível dos encargos com sinistros ainda
não regularizados, ou já regularizados mas ainda não liquidados no final do exercício. Esta
provisão foi determinada como segue:
• A partir da análise dos sinistros pendentes no final do exercício e da consequente
estimativa da responsabilidade existente nessa data; e
• Pela provisão, fundamentada em bases estatísticas, sobre o valor dos custos com
sinistros do exercício, excetuando vencimentos e resgates, por forma a fazer face à
responsabilidade com sinistros declarados após o fecho do exercício (IBNR).
v) Provisão para participação nos resultados atribuída
Os critérios utilizados no cálculo da Provisão para Participação nos Resultados Atribuída
das modalidades que a prevêem, assim como o método de atribuição e distribuição, estão
em conformidade com o estabelecido no plano de participação nos resultados das
Individual
Carteira < 01.01.1984
I AF 4,00% AF 4,00%
II RF 4,00% RF 4,00%
III RF 3,25% RF 3,25%
IV PM 46/49 3,50% PM 46/49 3,50%
V PM 60/64 3,50% PM 60/64 3,50%
Carteira > 01.01.1984
I PM 60/64 4,00% PM 60/64 4,00%
II PF 60/64 e TV 73/77 4,00% PF 60/64 e TV 73/77 4,00%
III PF 60/64 6,00% e 4,00% TV 73/77 3,00%
III TV 73/77 3,50% e 4,00% TV 73/77 3,00%
III TV 73/77 3,50% TV 88/90 2,50%
IV TD 88/90 4,00% TD 88/90 4,00%
II TV 73/77 3,00% TV 73/77 3,00%
II TV 73/77 TV 73/77
II TV 73/77 2,50% TV 73/77 2,50%
III TPRV93 2,50% TPRV93 2,50%
III TV 88/90 3,00% TV 88/90 3,00%
II TPRV93 2,00% TPRV93 2,00%
II TV 88/90 TV 88/90
COLECTIVOS
I PM 60/64 4,00% PM 60/64 4,00%
III PF 60/64 6,00% e 4,00% PF 60/64 2,50%
III PF 60/64 6,00% PF 60/64 2,50%
II TV 73/77 4,00% TV 73/77 4,00%
II TV 73/77 3,00% TV 73/77 3,00%
III TV 73/77 3,50% TV 88/90 2,50%
II TPRV93 2,00% TPRV93 2,00%
II TV 88/90 TV 88/90
OPER. CAPITALIZAÇÃO
RENDA CERTA TEMPORÁRIA
Em vigor a 31.12.2014 Utilizadas no cálculo das provisões
Taxa técnica de juro de 4,40%
Taxa técnica de juro de 2,5%
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
18
respetivas modalidades em vigor na Companhia, não se tendo verificado alterações, em
relação ao aprovado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões
aquando da sua autorização ou comunicação.
A Companhia continua a dar cumprimento ao previsto no seu Plano de Participação nos
Resultados. O montante da Provisão para Participação nos Resultados Atribuída
corresponde à soma das provisões para participação nos resultados dos vários “Fundos
Autónomos” constituídos à data de 31.12.2014.
vi) Provisão para participação nos resultados a atribuir (shadow accounting):
De acordo com o estabelecido na IFRS 4, os ganhos e perdas não realizados dos ativos
financeiros disponíveis para venda afetos a responsabilidades de contratos de seguro e de
investimento com participação nos resultados discricionária, são atribuídos aos tomadores
de seguro, na parte estimada da sua participação, tendo por base a expetativa de que estes
irão participar nesses ganhos e perdas, sendo-o através do reconhecimento de uma
responsabilidade.
A estimativa dos montantes a atribuir aos tomadores de seguro sob a forma de participação
nos resultados, em cada modalidade, ou conjunto de modalidades, é calculada tendo por
base um plano adequado aplicado de forma consistente, tendo em consideração o plano de
participação nos resultados, a maturidade dos compromissos, os ativos afetos e ainda
outras variáveis específicas da modalidade ou modalidades em causa.
vii) Provisões técnicas relativas a seguros de vida em que o risco de investimento é
suportado pelo tomador de seguro
Esta rubrica reflecte a periodificação dos contratos de seguro com participação nos
resultados.
viii) Outras provisões técnicas
Esta rubrica acomoda a responsabilidade decorrente dos contratos Unit Linked com
componente de risco.
ix) Provisões técnicas de resseguro cedido
As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos
critérios acima descritos para o seguro direto, tendo em atenção as percentagens de
cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.
B. Contratos de investimento sem participação nos resultados, são reconhecidos e
mensurados como segue:
Os contratos de investimento sem participação nos resultados incluem passivos de contrato de
investimento e são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de
transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da
taxa efetiva.
Adicionalmente ver a 29.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
19
2.4.13. Imposto sobre o rendimento
Os impostos sobre lucros incluem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos
correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado
de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou
substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as
diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base
fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente aprovadas, à data de
balanço em cada jurisdição e que se esperam virem a ser aplicadas quando as diferenças
temporárias se reverterem.
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
tributáveis, com exceção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e
passivos que não afetem quer o lucro contabilístico, quer o fiscal, e de diferenças relacionadas
com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no
futuro.
Os impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis,
bem como para prejuízos fiscais registados em exercícios anteriores e que sejam ainda
reportáveis, apenas na medida em que seja expetável que existam lucros tributáveis no futuro
capazes de absorver as referidas diferenças.
Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados
com itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também
registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos
capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são
posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em
resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
2.4.14. Benefícios concedidos aos empregados
i) Plano de benefícios pós-emprego
Em conformidade com o anterior contrato coletivo de trabalho para o Setor Segurador, cujo
texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) nº32, de 29 de Agosto de 2008,
com alterações posteriores publicadas no BTE nº 29, de 8 de Agosto de 2009, a Companhia
assumiu o compromisso de conceder aos colaboradores que iniciaram a sua atividade neste
setor até 22 de Junho de 1995, pensões de reforma por velhice e por invalidez.
Para fazer face a esta responsabilidade, a Companhia contratualizou uma adesão coletiva
ao Fundo de Pensões Groupama.
O referido plano de pensões correspondia a um plano de benefícios definidos, uma vez que
definia os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá
durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade,
anos de serviço e retribuição.
Contudo, no dia 23 de Dezembro de 2011 foi assinado um novo contrato coletivo de
trabalho (novo CT) entre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e dois sindicatos
representativos da classe profissional (STAS e SISEP). Este novo CT foi posteriormente
publicado no BTE n.º 2, de 15 de Janeiro de 2012.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
20
De acordo com o novo CT o Fundo passa a financiar dois planos de pensões, mantendo o
plano de benefícios definidos para os beneficiários existentes a 31 de Dezembro de 2011,
garantindo o financiamento integral das responsabilidades com pensões em pagamento
assim como as respetivas atualizações que se vierem a verificar e criando um novo plano
de contribuição definida para o pessoal no ativo. De acordo com o n.º 1 da cláusula 48ª do
novo CT, “todos os trabalhadores no ativo em efetividade de funções, com contratos de
trabalho por tempo indeterminado, beneficiarão de um plano individual de reforma, em caso
de reforma por velhice ou por invalidez concedida pela Segurança Social, o qual substitui o
sistema de pensões de reforma previsto no anterior contrato coletivo de trabalho”. Ainda de
acordo com o n.º 2 da clausula 48ª “o valor integralmente financiado das responsabilidades
pelos serviços passados, calculado a 31 de Dezembro de 2011, relativo às pensões de
reforma por velhice devidas aos trabalhadores no ativo, admitidos até 22 de Junho de 1995,
que estavam abrangidos pelo disposto na cláusula 51.ª, n.º 4, do CT, cujo texto consolidado
foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de Agosto de 2008, será
convertido em contas individuais desses trabalhadores, nos termos e de acordo com os
critérios que estiverem previstos no respetivo fundo de pensões ou seguro de vida,
integrando o respetivo plano individual de reforma”. Face ao exposto, o plano de benefícios
definidos foi parcialmente liquidado, na parte respeitante ao pessoal no ativo, e o saldo das
responsabilidades integralmente financiadas a 31 de Dezembro de 2011 foi transferido para
um plano individual de reforma, em 2012.
As responsabilidades da Companhia com pensões de reforma (benefício definido) foram
calculadas, na data de fecho de contas, com base no Método da Unidade de Crédito
Projetada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base nas taxas
de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na
moeda em que os benefícios serão pagos, e com maturidade semelhante à data do termo
das obrigações do fundo de pensões.
Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CT, a Companhia efetuará anualmente
contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), não apenas para os trabalhadores
do quadro permanente da Companhia, admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de
Junho de 1995, como também para os trabalhadores admitidos após essa data, havendo
um tratamento diferenciado entre ambos em termos de contribuições para o PIR tendo em
consideração a data de admissão na Atividade Seguradora de cada colaborador.
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, a
primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR
verificar-se-á em 2015, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte,
aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31
de Dezembro de 2009, a contribuição anual da Companhia para a conta de cada
colaborador no PIR verificar-se-á de acordo com as percentagens indicadas na tabela
seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
21
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora após 1 de Janeiro de 2010, a
primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR
verificar-se-á no ano seguinte àquele em que complete dois anos de prestação de serviço
efetivo na empresa, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas
sobre o ordenado base anual do trabalhador:
Os participantes poderão resgatar o valor acumulado na sua conta na data da passagem à
reforma por velhice ou invalidez concedida pela Segurança Social, sendo que pelo menos
2/3 do valor total acumulado na sua conta terão de ser convertidos em renda vitalícia
imediata mensal.
Em caso de morte de um participante, o respetivo valor acumulado na sua conta deverá ser
utilizado, aquando do falecimento, em pelo menos 2/3 na aquisição de uma pensão de
sobrevivência a favor dos seus beneficiários designados ou, na falta de designação destes,
para os herdeiros legais.
Caso o participante deixe de estar ao serviço da empresa, adquire o direito a 90% do valor
acumulado na sua conta, só podendo no entanto liquida-lo na data de passagem à reforma
por velhice ou invalidez.
Existe ainda a possibilidade de transferir 90% do valor total acumulado para outra
Seguradora ou Fundo de Pensões, desde que o novo veículo de financiamento cumpra os
requisitos previstos no novo CT e seja similar ao plano de origem.
O participante perde o direito ao valor acumulado na sua conta se a cessação do vínculo
laboral tiver ocorrido por despedimento com justa causa promovida pelo empregador com
fundamento de lesão de interesses patrimoniais da Companhia.
ii) Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)
Ao abrigo do novo CT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos
colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma
cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos)
ou a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou
igual a 50 anos).
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2014 2,50
2015 2,75
2016 3,00
2017 e seguintes 3,25
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2014 2,50
2015 2,75
2016 3,00
2017 e seguintes 3,25
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Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na
Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado
base efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados
os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é
substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com
o esquema seguinte:
a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na
Companhia;
b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na
Companhia;
c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na
Companhia.
(Ver Nota 13)
iii) Benefícios de saúde
Os colaboradores da Groupama Vida que se encontram no ativo têm direito a um benefício
de assistência médica, o qual é reconhecido anualmente como gasto (seguro de saúde).
iv) Bónus de desempenho
A Companhia adoptou em 2014, dois critérios diferentes para efetuar o cálculo da
remuneração variável, conforme a posição e responsabilidade de cada Colaborador na
estrutura organizacional da Companhia: Prémios de produtividade e Prémios por Objetivos.
Os Prémios de Produtividade, calculados exclusivamente para colaboradores com funções
comerciais, tiveram em conta as performances comerciais de cada um, tendo como base
comparativa objetivos quantitativos pré-definidos no princípio do ano.
Os Prémios por Objetivos, foram atribuídos com base em percentagens ligadas à
performance de resultados e comercial (vendas) da Companhia, adicionado de
percentagens atribuídas a objetivos individuais. Por forma a garantir uma melhor atribuição
desta remuneração, foram ainda incluídos objetivos que tiveram em conta aspetos
comportamentais, de seguimento de equipas, gestão de riscos e controlo de orçamento.
v) Seguro de vida para reformados
A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à
situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de
apólices individuais.
Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no
último salário efetivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de
vigência da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.
O custo incorrido com os seguros de vida para reformados durante o ano de 2014 foi de
12.361 euros (2013: 18.028 euros).
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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2.4.15. Provisões, ativos e passivos contingentes
São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou
construtiva) (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser
feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
O montante reconhecido em provisões consiste no valor atual da melhor estimativa dos
recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada,
tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor
estimativa a essa data.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas
como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Companhia é parte integrante das
disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não são
possíveis evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados sempre que se verifica uma possibilidade não remota de uma saída de recursos
englobando benefícios. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações
financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um futuro fluxo económico
de recursos.
2.4.16. Reconhecimento de juros e dividendos
Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis
para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da
taxa efetiva. Os juros dos ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são também
incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.
A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados
durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais
curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro.
Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando
todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais
perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de
juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos diretamente relacionados com
a transação.
No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram
reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com
base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.
No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente à
variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e
passivos ao justo valor através de resultados.
Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são reconhecidos
quando estabelecido o direito ao seu reconhecimento.
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2.4.17. Locações
A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações
operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios
definidos na IAS 17 ‘Locações’. São classificadas como locações financeiras as operações em
que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo são transferidos para o
locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações
operacionais.
Locações operacionais
Os pagamentos efetuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em
custos nos períodos a que dizem respeito.
Locações financeiras
Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo,
pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de
locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em
resultados e (ii) pela financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros
são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa
de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.
A Companhia apenas tem contratos de locação operacional relativos a contratos efetuados
para viaturas e equipamento informático.
2.4.18. Ativos não correntes detidos para venda
Ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço
for recuperado, principalmente através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos
exclusivamente com o objetivo da sua venda), e a venda for altamente provável.
Imediatamente antes da classificação inicial do ativo como detido para venda, a mensuração
dos ativos não correntes é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente,
estes ativos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento
inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.
2.4.19. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
São classificadas como filiais as empresas sobre as quais a Companhia exerce controlo. O
controlo normalmente é presumido quando a Companhia detém o poder de exercer a maioria
dos direitos de voto. Poderá ainda existir controlo quando a Companhia detém o poder, direta
ou indiretamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma
a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus
capitais próprios seja inferior a 50%.
São classificadas como associadas as empresas sobre as quais a Companhia exerce influência
significativa. Influência significativa é presumida, quando a Companhia detém poder de
participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da empresa, não tendo
o controlo dessas políticas.
São classificados como empreendimentos conjuntos (entidades conjuntamente controladas),
todas as empresas sobre as quais a Companhia detém a capacidade para controlar
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conjuntamente com outros empreendedores (accionistas) a política operacional e financeira do
empreendimento.
As participações em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos são registadas ao custo
de aquisição, uma vez que não estão cotadas, sendo sujeitas a testes de imparidade.
3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na
elaboração das demonstrações financeiras
As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho
de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual
o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e
julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são
divulgadas abaixo, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os
resultados reportados da Companhia. Uma descrição alargada das principais políticas
contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na nota 2.
Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao tratamento
das políticas contabilísticas adotadas pela Companhia, que levariam a resultados diferentes,
caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. No entanto, a Companhia entende que os
julgamentos e as estimativas aplicadas são apropriados, pelo que as demonstrações
financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira e das suas
operações em todos os aspetos materialmente relevantes.
Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o
leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que
outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.
3.1. Provisões técnicas e responsabilidades relativas a contratos de seguro e de
investimento com participação nos resultados discricionária
As responsabilidades futuras decorrentes de contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária são registadas na rubrica provisões técnicas.
As provisões técnicas relativas aos produtos vida tradicionais foram determinadas tendo por
base vários pressupostos, nomeadamente, mortalidade, longevidade e taxa de juro, aplicáveis
a cada uma das coberturas. Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência
passada da Companhia e do mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for
determinado que a experiência futura venha a confirmar a sua desadequação.
As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de investimento com participação
nos resultados discricionária (produtos de capitalização) incluem (i) provisão matemática, (ii)
provisão para participação nos resultados, (iii) provisão para sinistros e (iv) outras provisões
técnicas.
Quando existem sinistros, qualquer montante pago, ou que se estima vir a ser pago pela
Companhia, é reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões
para pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária.
Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de investimento
com participação nos resultados, a Companhia avalia periodicamente as suas
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
26
responsabilidades utilizando metodologias atuariais e tomando em consideração as coberturas
de resseguro respetivas. As provisões são revistas periodicamente pelo atuário responsável.
Qualquer eventual alteração de critérios é devidamente avaliada para quantificação dos seus
impactos financeiros.
Ver adicionalmente a Notas 29 e 34.
3.2. Justo valor de ativos financeiros
O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de
cotação é determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes
e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas
em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
valor temporal, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem
requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.
Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou diferentes pressupostos ou
julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros
diferentes daqueles reportados.
3.3. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
A Companhia determina que existe imparidade nos seus ativos disponíveis para venda quando
existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A
determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento.
No julgamento efetuado, a Companhia avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos
preços das ações. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou
de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou
julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá
resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente
impacto nos resultados da Companhia.
Ver adicionalmente a Nota 23.
3.4. Imparidade dos investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
A Companhia determina que existe imparidade nos seus investimentos em filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos através da avaliação anual do valor dos mesmos, baseando-se no
valor dos Capitais Próprios, bem como no valor estimado dos “cash flows” futuros. Devido ao
fato da metodologia aplicada se basear em pressupostos e estimativas, as alterações dos
mesmos poderão resultar em impactos na determinação da imparidade.
As eventuais perdas por imparidade serão reconhecidas em resultados do exercício.
A taxa de desconto utilizada pela Companhia para efeitos do teste de imparidade efetuado ao
valor reconhecido da sua filial Groupama Seguros foi de 8%. No respeitante à projeção dos
fluxos estimados, foi aplicada uma taxa de crescimento de 2% na perpetuidade.
A Companhia considerou que face a esta projecção havia a necessidade de constituir uma
imparidade de 2.000.000.00 euros.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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Ver adicionalmente a Nota 16.
3.5. Justo valor de propriedades de investimento
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição,
incluindo os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo
valor.
A valorização das propriedades de investimento faz-se mediante a consideração da
ponderação ajustada a cada caso dos valores resultantes da aplicação dos seguintes dois
métodos:
a) Método de substituição;
b) Método comparativo;
c) Método dos múltiplos do rendimento;
d) Método de atualização de rendas futuras.
Alterações aos pressupostos considerados em cada um dos métodos de avaliação podem ter
um impacto significativo nos valores determinados.
3.6. Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades por pensões de reforma (benefícios definidos) requer a
utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,
rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que possam ter impacto nos custos e
nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um
impacto significativo nos valores determinados.
Ver adicionalmente a Nota 12.
3.7. Imposto sobre lucros
A determinação dos impostos sobre lucros requer determinadas interpretações e estimativas.
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre
lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever
o cálculo da matéria coletável efetuado pela Companhia durante um período de quatro anos.
Desta forma, é possível que hajam correções à matéria coletável, resultantes principalmente de
diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de
Administração da Companhia, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre
lucros registados nas demonstrações financeiras.
Adicionalmente, a recuperabilidade do imposto diferido ativo, nomeadamente aquele associado
a prejuízos fiscais reportáveis, é sujeito a testes de imparidade os quais recorrem a
metodologias que consideram pressupostos e estimativas. Diferentes estimativas e
pressupostos podem resultar em diferentes estimativas de recuperabilidade do imposto diferido
ativo.
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4. Reporte por segmentos
A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio, dividindo entre
produtos de poupança, previdência e reforma. Para esta divisão foram consideradas as
seguintes noções:
• Produtos de poupança - Produtos que preenchem as necessidades de
investimento dos tomadores de seguro;
• Produtos de previdência - Protegem o tomador de seguro contra os riscos de
morte, invalidez, doença grave e outros. Todos os contratos aqui incluídos
garantem benefícios ao tomador de seguro;
• Produtos de reforma - Destinam-se aos clientes que pretendam assegurar um
complemento de reforma individual e grupo.
No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal,
pelo que a Companhia apenas efetuará a decomposição por segmento de negócio.
Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013
2014 Poupança Previdência Reforma Total
Prémio brutos emitidos 7.698.748 9.296.413 22.621.797 39.616.958
Prémios de resseguro cedido -2.917.655 -2.917.655
Proveitos e ganhos de investimentos 5.387.024 870.117 4.956.049 11.213.190
Outras receitas / (despesas) -42.840 35.470 -28.180 -35.550
Ganhos 13.042.931 7.284.346 27.549.666 47.876.942
Custos com sinistros, liquidos de resseguro 20.283.118 3.758.407 20.835.738 44.877.262
Provisão matemática e outras provisões técnicas -7.177.232 -1.440.344 5.853.883 -2.763.693
Participação nos resultados líquida de resseguro 52.260 4.028.097 352.621 4.432.978
Custos de exploração líquidos 1.233.923 179.046 1.369.299 2.782.268
Perdas 14.392.069 6.525.206 28.411.540 49.328.816
Resultado técnico e financeiro -1.349.137 759.141 -861.875 -1.451.874
Resultado não técnico -424.471
Resultado antes de imposto -1.876.345
Imposto -540.088
Resultado líquido do exercicio -2.416.432
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Os ativos e passivos da Groupama Vida distribuem-se, por segmento, da seguinte forma,
em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013:
2014 Poupança Previdência Reforma Alocados Não alocados Total
Provisões técnicas 191.468.137 26.047.558 175.296.107 392.811.803 392.811.803
Provisão para prémios não adquiridos 115.137 115.137 115.137
Provisão matemática 183.615.097 18.175.469 165.372.451 367.163.017 367.163.017
Provisão para sinistros 478.331 1.826.062 59.902 2.364.295 2.364.295
Provisão para participação nos resultados 6.285.992 5.930.890 9.863.755 22.080.637 22.080.637
Outras provisões técnicas 1.088.718 1.088.718 1.088.718
Passivos financeiros 7.290.495 7.290.495 7.290.495
Outros passivos 6.047.065 6.047.065
Capital próprio 72.494.359 72.494.359
Total do Passivo e capital próprio 198.758.632 26.047.558 175.296.107 400.102.298 78.541.424 478.643.722
Caixa e equivalentes 2.874.748 391.084 2.631.937 5.897.769 5.897.769
Terrenos e edifícios 2.177.768 2.177.768
Investimentos em fil iais, associadas e
empreendimentos conjuntos 22.600.000 22.600.000
Activos financeiros detidos para negociação 23.462.364 3.191.849 21.480.656 48.134.869 333.162 48.468.031
Activos financeiros classificados no reconhecimento
inicial a justo valor através de ganhos e perdas
Activos financeiros disponíveis para venda 191.602.528 26.065.841 175.419.147 393.087.517 521.325 393.608.842
Activos a deter até à maturidade
Empréstimos concedidos e contas a receber
Outros activos tangíveis 34.930 4.752 31.980 71.662 345.047 416.709
Outros activos 449.715 61.180 411.731 922.626 4.551.976 5.474.602
Total do Activo 218.424.286 29.714.706 199.975.451 448.114.443 30.529.279 478.643.722
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5. Prémios adquiridos, líquidos de resseguro
Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são:
Os prémios brutos emitidos, por segmento são como segue:
De acordo com os princípios de classificação dos contratos estabelecidos pelas empresas de
seguros definido pelo IFRS 4, os contratos de seguro emitidos pela Companhia relativamente
aos quais existe apenas a transferência de um risco financeiro sem participação nos resultados
discricionária, são classificados como contratos de investimento e contabilizados como um
passivo financeiro.
Alguns indicadores relativos aos seguros de vida podem ser analisados como segue:
2014 2013
Prémios brutos emitidos 39.616.958 35.338.655
Relativos a contratos individuais 12.881.691 10.129.990
Relativos a contratos de grupo 26.735.266 39.616.958 25.208.665 35.338.655
Periódicos 12.504.578 12.853.459
Não periódicos 27.112.380 39.616.958 22.485.196 35.338.655
De contratos sem participação nos resultados 789.038 832.088
De contratos com participação nos resultados 38.827.920 39.616.958 34.506.568 35.338.655
Prémios brutos emitidos de resseguro aceite
Saldo de resseguro -394.926 106.619
Os prémios de resseguro por segmento são:
Os prémios de resseguro cedido respeitam à cobertura do risco de morte e longevidade de
contratos realizados no segmento previdência.
2014 2013
Prémios brutos emitidos 39.616.958 35.338.655
Prémios de resseguro cedido -2.917.655 -3.542.094
Prémios líquidos de resseguro 36.699.303 31.796.561
Prémios adquiridos líquidos de resseguro 36.699.303 31.796.561
Prémios brutos emitidos 2014 2013
Poupança 7.698.748 5.080.278
Previdência 9.296.413 9.477.357
Reforma 22.621.797 20.781.019
Total 39.616.958 35.338.655
Prémios de resseguro cedido 2014 2013
Poupança
Previdência -2.917.655 -3.542.094
Reforma
Total -2.917.655 -3.542.094
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6. Custos com sinistros, líquidos de resseguro
Os custos com sinistros, líquidos de resseguro são analisados como segue:
Informação qualitativa e quantitativa acerca dos rácios de sinistralidade e rácios de despesas,
calculados sem dedução do resseguro cedido, são apresentados como segue:
Os rácios foram calculados da seguinte forma:
Rácio de sinistralidade para produtos de previdência: Custos com sinistros /
Prémios Brutos Emitidos
Rácio de sinistralidade para produtos de poupança: Custos com sinistros / Prov.
Matemáticas médias
Rácio de despesas (todos os produtos): Custos de Exploração Brutos / Prov.
Matemáticas médias
Os custos com sinistros, decomposto por tipo de sinistros, são analisados como segue:
7. Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro
A rubrica provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro, representa a variação das
responsabilidades da Companhia com contratos de seguro do ramo vida e contratos de
investimento com participação nos resultados.
Em 2014, a rubrica variação da provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro
apresentou uma variação negativa 2.515.589 euros. Em 2013 esta rubrica tinha apresentado
uma variação negativa de 17.238.150 euros.
Ver adicionalmente a Nota 29.
2014 2013
Seguro Directo 45.653.403 56.055.116
Montantes pagos 46.159.771 55.369.829
Montantes brutos 45.758.111 54.961.323
Custos de gestão de sinistros imputados (Nota 11) 401.660 408.507
Variação da provisão para sinistros (506.367) 685.286
Resseguro cedido 776.141 1.264.810
Montantes pagos 1.326.605 852.144
Variação da provisão para sinistros (550.464) 412.666
Custos com sinistros, líquidos de resseguro 44.877.262 54.790.306
Rácios 2014 2013
Rácio de Sinistralidade Previdência 48,8% 55,5%
Rácio de Sinistralidade Poupança 11,5% 13,9%
Rácio Despesas 1,2% 1,2%
Valor % Valor % Valor %
Capitais por morte ou invalidez 5.400.635 11,83% 7.198.457 12,84% -1.797.822 -24,98%
Vencimentos 5.343.451 11,70% 4.703.126 8,39% 640.324 13,61%
Resgates 33.221.946 72,77% 42.370.062 75,59% -9.148.116 -21,59%
Rendas 1.687.372 3,70% 1.783.471 3,18% -96.100 -5,39%
Total 45.653.403 100,00% 56.055.116 100,00% -10.401.713 -18,56%
Tipo de Sinistro2014 2013 Variação
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8. Custos e gastos de exploração líquidos
Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como segue:
Rendi
9. Rendimentos
A decomposição dos rendimentos, por categoria de ativos financeiros é a seguinte:
10. Gastos Financeiros
A rubrica de gastos financeiros respeita a custos de investimentos no valor de 1.223.346 euros
(2013: 1.230.152 euros), dos quais 926.762 (2013: 939.904 euros) euros dizem respeito a
custos imputados à função investimentos (ver Nota 11) e adicionalmente 296.584 (2013:
290.247 euros) euros referentes a passivos financeiros.
2014 2013
Custos de aquisição - Remunerações de mediação 1.036.641 1.062.066
Custos de aquisição imputados (Nota 11) 1.681.874 1.781.955
Custos de aquisição diferidos (variação) 25.841 25.714
Custos administrativos - Remunerações de mediação 57.745 52.515
Custos administrativos imputados (Nota 11) 1.725.010 1.836.478
Custos gestão de fundos de pensões (Nota 11) 1.745 12.637
Comissão e participação nos resultados de resseguro -1.746.588 -2.383.903
Custos de exploração líquidos 2.782.268 2.387.461
Rendimentos 2014 2013
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas 13.822.120 15.035.147
Activos financeiros disponíveis para venda
Juros 15.186.268 11.156.004
Amortização à taxa efectiva -1.427.393 -1.453.822
Activos financeiros detidos até à Maturidade
Juros 5.410.747
Amortização à taxa efectiva -140.929
Empréstimos e contas a receber
Juros 63.245 63.148
Outros 122.067 236.927
Activos financeiros disponíveis para venda
Dividendos 1.657
Terrenos e Edi fícios
Rendimento 122.067 182.664
Activos financeiros ao justo va lor através de ganhos e perdas
Juros 52.642
Amortização à taxa efectiva -36
Total 13.944.187 15.272.074
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
33
11. Custos por natureza imputados
Os custos por natureza imputados por função são:
Os custos por natureza (custos indiretos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e
posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a Custos de Aquisição, a
Gastos Administrativos, a Custos com Sinistros, a Custos com Investimentos e a Custos com
Gestão de Fundos de Pensões.
A metodologia de imputação utilizada para 2014 foi consistente com aquela adotada em 2013.
A desagregação dos custos por natureza é como segue:
2013Conta
técnica
Conta não
técnicaTotal Total
Custos de Aquis ição (Nota 8) 1.681.874,46 1.681.874,46 1.781.955,34
Custos administrativos (Nota 8) 1.725.009,87 1.725.009,87 1.836.478,09
Custos com s inis tros (Nota 6) 401.659,99 401.659,99 408.506,55
Custos de gestão de investimentos (Nota 10) 779.851,41 146.908,38 926.759,79 939.904,26
Custos gestão Fundos Pensões (Nota 8) 1.744,93 1.744,93 12.636,70
TOTAL 4.590.141 146.908 4.737.049 4.979.481
Custos por função2014
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
34
A política de rigor e controlo de custos implementada na Companhia teve um reflexo importante
nos gastos gerais da Companhia. O decréscimo verificado em 2014 nos gastos gerais foi de
4,67%, tendo sido de 33,10% em 2013. Esta análise mostra o esforço continuado da empresa
na diminuição dos seus custos fixos de estrutura de acordo com o Plano de Negócios.
Os serviços prestados pelos Revisores Oficiais de Contas são igualmente registados na rubrica
Trabalhos Especializados. Os honorários com o Revisor Oficial de Contas ascenderam a
60.000 euros (2013: 52.850 euros), sendo este montante referente à emissão da Certificação
Legal das Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos pela ASF e emissão de Inter-
Office para a consolidação com a casa-mãe.
2014 2013
Custos com pessoal 2.148.370 2.286.485
Fornecimentos e serviços externos 1.790.074 1.967.252
Trabalhos especia l i zados 666.433 677.497
Rendas e a lugueres 495.277 505.585
Conservação e reparação 131.982 254.863
Comunicações 118.607 184.711
Des locações , estadas e despesas de
representação 53.712 54.215
Limpeza, higiene e conforto 42.931 47.457
Publ icidade e propaganda 118.407 45.431
Seguros 31.771 44.102
Electricidade 37.944 37.365
Custos com cobranças de prémios 31.404 33.621
Combustíveis 26.217 27.351
Contencioso e notariado 2.553 14.979
Impressos , l ivros e documentação técnica 7.066 12.339
Quotizações 10.782 11.026
Custos com trabalho independente 3.000 5.838
Materia l de escri tório 5.609 5.181
Água 3.747 4.834
Outros 1.648 692
Vigi lância e segurança 420 163
Artigos para oferta 564
Impostos e taxas 33.451 23.846
Amortizações/depreciações do exercício 215.457 153.722
Activos intangíveis (Nota 28) 155.123 77.752
Imóveis de serviço próprio (Nota 26) 2.298 2.298
Outros activos tangíveis (Nota 27) 58.035 73.671
Juros suportados 135
Comissões 549.563 548.177
TOTAL 4.737.049 4.979.481
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
35
Os custos com o pessoal decompõem-se como segue:
Adicionalmente ver Nota 12.
A remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direção
e controlo da companhia, encontra-se detalhada no quadro abaixo:
2014 2013
Remunerações 1.445.264 1.587.524
- dos orgãos sociais 202.504 202.504
- do pessoal 1.242.760 1.385.020
Encargos sobre remunerações 411.829 405.655
Beneficios de cessação de emprego -439 -671
Seguros obrigatórios 118.274 118.691
Gastos acção social -11.998 -17.217
Outros gastos pessoal 8.164 26.339
Estimativa de bónus 177.276 166.164
TOTAL 2.148.370 2.286.485
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
36
O valor dos benefícios pós emprego em 2014 diz respeito ao saldo do PIR.
Um apartamento propriedade da Companhia encontra-se subvencionado ao Administrador-
Delegado.
Durante o exercício de 2014 a Companhia teve, em média, 47 trabalhadores ao seu serviço
(2013: 46), distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:
2014 2013
Conselho de Administração
Presidente
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Administrador-Delegado
Remuneração e outros benefícios 196.701 192.037
Benefícios pós emprego 121.392 117.222
Remunerações variáveis 28.800 34.200
Presidente da mesa da Assembleia Geral
Remuneração e outros benefícios
Conselho Fiscal
Presidente
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Vogal
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Vogal
Remuneração e outros benefícios 5.854 5.820
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Directores
Remuneração e outros benefícios 529.765 442.376
Benefícios pós emprego 100.882 104.471
Remunerações variáveis 59.700 66.138
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
37
Existiu um aumento no número de funcionários relativamente ao ano transacto (2013:46),
devido à necessidade de contratação a prazo de um funcionário, por motivos de acréscimo
excepcional de trabalho.
12. Benefícios concedidos a empregados
A 31 de Julho de 2013, os fundos de pensões da Groupama Seguros de Vida, S.A. e da
Groupama Seguros, S.A., passaram a estar incorporados num único Fundo de Pensões,
denominando-se Fundo de Pensões Groupama. Na mesma data, foi transferida a gestão do
Fundo de Pensões para a SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA.
O plano de pensões está de acordo com o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CT) para a
Atividade Seguradora, de 23 de dezembro de 2011, cujo texto foi publicado no Boletim do
Trabalho e do Emprego (BTE) n.º 2, de 15 de janeiro de 2012 (adiante designado por Novo CT)
que substitui o CT para a Atividade Seguradora, cujo texto consolidado foi publicado no BTE n.º
32, de 29 de agosto de 2008 (adiante designado Anterior CT).
O Novo CT vincula os Associados, bem como todos os seus trabalhadores do quadro
permanente.
Implementou-se um plano de contribuição definida de acordo com o estabelecido no Novo CT,
a partir de 1 de janeiro de 2012, o qual substitui o sistema de pensões de reforma de benefício
definido previsto no Anterior CT.
O Fundo de Pensões mantem os atuais beneficiários, garantindo o financiamento integral das
responsabilidades com pensões em pagamento assim como as respetivas atualizações que se
vierem a verificar.
A primeira contribuição anual do empregador para o plano individual de reforma verificar-se-á:
a) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora antes de 22 de
Junho de 1995 — no ano de 2015;
Categoria profissional 2014 2013
Adminis trador 1 1
Director de Serviços 5 5
Coordenador Gera l Serviços Comercia is 2 2
Chefe de Serviços 2 2
Chefe de Secção 2 2
Técnico Grau II 3 3
Coordenador de Zona 2 2
Programador 3 3
Técnico Grau I 5 5
Subchefe de Secção 5 5
Ass is tente Comercia l 1 1
Caixa 1 1
Técnico de Reprografia 1 1
Escri turário 13 12
Escri turário Estagiário 1 1
Total 47 46
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
38
b) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora no período
compreendido entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009 — no ano de
2012;
c) Para os trabalhadores no ativo admitidos depois de 1 de Janeiro de 2010 — no ano
seguinte àquele em que completem dois anos de prestação de serviço efetivo na
empresa.
Deste modo, o Fundo de Pensões passou a financiar dois planos de pensões, sendo um de
benefício definido (para os pensionistas que já se encontravam nesta situação no antigo plano)
e outro de contribuição definida (para os trabalhadores no ativo, admitidos na atividade
seguradora antes de 22 de Junho de 1995), complementares e independentes do regime
público da Segurança Social. Para os trabalhadores admitidos na atividade seguradora após
essa data, as contribuições são efetuadas para uma apólice.
12.1. Plano de benefício definido
Anualmente, é realizada uma avaliação atuarial para o plano de pensões de benefício definido,
de forma a monitorizar a performance e adequação dos ativos financeiros face às
responsabilidades do plano.
Os principais pressupostos considerados nos estudos atuariais a 31 de Dezembro de 2014 e
2013 são:
De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4.14, a taxa de desconto utilizada
para estimar as responsabilidades com pensões de reforma, compara-se às taxas de mercado
à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating de elevada qualidade.
A população de participantes do plano de pensões de benefício definido da Companhia inclui
os beneficiários provenientes do plano de benefício definido do anterior CT e visa garantir
exclusivamente o pagamento de pensões de reforma por velhice ou invalidez.
A 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os montantes reconhecidos em balanço podem ser
analisados como segue:
2014 2013
Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90
Taxa prevista de desconto
Até 65 anos N/A N/A
Após 65 anos 3,00% 3,00%
Taxa de prevista de crescimento dos activos do plano 3,00% 3,00%
Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%
2014 2013
(Activos)/Passivos a receber ou a entregar em 1 de Janeiro -93.798 -88.743
Ganhos e perdas actuariais nas responsabilidades -23.649 6.564
Ganhos e perdas actuariais no fundo -6.141 -74
Encargos do ano
Custo dos serviços correntes 0 0
Custo dos juros 35.735 37.016
Retorno esperado dos activos do plano -38.549 -39.937
Contribuições efectuadas no ano e pensões pagas pela Companhia 0
Diferença para valor contabilizado 1 -8.624
Responsabilidades em 31 de Dezembro -126.401 -93.798
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
39
A evolução das responsabilidades com pensões de reforma pode ser analisada como segue:
No quadro abaixo encontram-se detalhados os ganhos atuariais:
No quadro abaixo encontra-se detalhada a responsabilidade referente aos pensionistas.
A evolução dos ativos do fundo de pensões pode ser analisada como segue:
A carteira de ativos do fundo de pensões, é composta da seguinte forma (por classe de ativos):
A Companhia não utiliza ativos do fundo de pensões. Contudo, o fundo de pensões inclui
unidades de participação do grupo (Groupama), que pode ser analisada como se segue:
2014 2013
Responsabilidades em 1 de Janeiro 1.191.180 1.233.879
Custo do serviço corrente
Custo dos juros 35.736 37.016
(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -23.649 6.564
Benefícios pagos pela Companhia -85.003 -86.279
Cortes e liquidações
Responsabilidades em 31 de Dezembro 1.118.264 1.191.180
Justificação dos ganhos atuariais* 2014
Alteração formúla de cálculo
Mortal idade 23.649
Atual ização das pensões
Total Ganhos e perdas atuaria is 23.649
Valor das reponsabilidades do plano de pensões 2014 2013
Responsabi l idades pens ionistas 1.118.264 1.191.180
Velhice 1.085.599 1.156.663
Inval idez 32.665 34.517
2014 2013
Saldo do fundo em 1 de Janeiro 1.284.978 1.331.246
Retorno esperado dos activos do plano 38.549 39.937
Ganhos e (perdas) actuariais e outros movimentos 6.141 74
Contribuições do empregador
Benefícios pagos pela companhia -85.003 -86.279
Cortes e liquidações
Saldo do fundo em 31 de Dezembro 1.244.665 1.284.978
Valor % Valor %
Títulos rendimento variável 45.159 3,6% 186.956 14,5%
Títulos rendimento fixo 425.887 34,2% 960.188 74,7%
Outros 773.619 62,2% 137.834 10,7%
Total 1.244.665 100,0% 1.284.978 100,0%
2014 2013
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
40
A taxa de rentabilidade do Fundo pode ser analisada como se segue:
A evolução dos desvios atuariais diferidos no Capital Próprio (‘Outras reservas’) pode ser
analisada como segue:
A evolução do (excesso) / insuficiência de ativos face às responsabilidades pode ser analisada
como segue:
O impacto na conta de ganhos e perdas, pode ser analisado como segue:
A evolução das responsabilidades e saldos do fundo nos últimos 4 anos é analisada como
segue:
2014 2013
Groupama Credit Euro LT - IC 73.389 141.161
Groupama Avenir Euro - I 60.314
Groupama US Stock - I 6.267
Groupama As ie - I 8.253 5.966
Total 81.642 213.708
2014 2013
Valor dos ativos do plano 1.244.665 1.284.978
Taxa de rendibi l idade dos ativos do plano 3,56% 5,82%
2014 2013
(Ganhos)/ perdas actuariais reconhecimento nas outras reservas em 1 de Janeiro 238.895 238.895
Ganhos/perdas actuariais do ano
nas responsabilidades 5.130 6.564
nos activos do plano -154.173 -74
Outros efeitos, incluindo variação imposto diferido -6.490
(Ganhos)/ perdas actuariais reconhecimento nas outras reservas em 31 de Dezembro 89.852 238.895
2014 2013
Responsabi l idades em 31 de Dezembro 1.118.264 1.191.180
Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 1.244.665 1.284.978
(Excesso) / Insuficiência do Fundo -126.401 -93.798
2014 2013
Custo de serviços correntes
Custo de juros 35.735 37.016
Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direi tos de reembolso -38.549 -39.937
Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou l iquidações do plano
Outros movimentos
Total de impactos no Ganhos e Perdas -2.814 -2.921
2014 2013 2012 2011
Valor presente da obrigação de benefícios definidos 1.118.264 1.191.180 1.233.879 1.896.558
Justo valor dos activos do plano 1.244.665 1.284.978 1.331.246 1.879.258
Défice/(excedente) do plano -126.401 -93.798 -97.367 17.300
Ajustamentos de experiência resultantes dos pass ivos do plano -23.649 6.564 1.265 -168.014
Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano -6.141 -74 -78.703 -231.770
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
41
12.2 Plano de contribuição definida
O plano de contribuição definida visa garantir o pagamento de pensões complementares de
reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência imediata. Este plano tem como base
o Plano Individual Reforma (PIR) previsto no novo CT. O PIR teve início em 1 de Janeiro de
2012, sendo o financiamento deste plano efetuado por um fundo de pensões e por uma apólice
de seguro.
12.2.1. Fundo de pensões
São participantes do fundo todos os trabalhadores do quadro de pessoal permanente que
tenham sido admitidos na atividade seguradora antes de 22 de Junho de 1995. A 31 de Janeiro
de 2014 o fundo é composto por 43 participantes.
A primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada participante do PIR verificar-
se-á em 2015.
No final do ano, o valor de cada participante corresponde ao valor inicial calculado em 1 de
Janeiro de 2012, acrescido da rentabilidade obtida durante 2013 e 2014.
12.2.2. Apólice de Seguro
São participantes da Apólice Reforma Segura XXI os trabalhadores admitidos na atividade
seguradora após 22 de Junho de 1995. A 31 de Janeiro de 2014 a apólice é composta por 18
participantes.
Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CT, a Companhia efetuará anualmente
contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), de valor correspondente às
percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do
trabalhador:
A contribuição do ano para esta apólice ascendeu a euros 21.487 euros (2013: 5.996 euros).
De assinalar que, nos termos do disposto na alteração ao CCT publicada no BTE de 8 de
Dezembro de 2014, a Companhia efectuou no final de 2014 uma contribuição extraordinária
para o plano individual de reforma dos trabalhadores no valor correspondente a 1,25% do
salário anual auferido no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2014, no valor de
12.989,35 euros.
31/12/2014 31/12/2013
43 Participantes 753.691 727.796
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
42
12.3. Outros benefícios de longo prazo
12.3.1. Prémio de permanência
Ao abrigo do novo CT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos
colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma
cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou
a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou igual a
50 anos).
Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na
Companhia, terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado
base efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados os
períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é
substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com o
esquema seguinte:
a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;
b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na
Companhia;
c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na
Companhia.
Em 2014, dos três colaboradores elegíveis para receber o prémio de permanência, apenas dois
receberam / cumpriam os requisitos, tendo sido atribuído um prémio total no valor de 1.917
euros (2013: 1.467 euros).
Para o pagamento de prémios de permanência futuros, foi constituída uma provisão no valor de
13.962 euros. Em 2013: 14.423
12.3.2. Seguro de vida para reformados
A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à
situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de
apólices individuais.
Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no
último salário efetivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de vigência
da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.
O custo incorrido com os seguros de vida para reformados durante o ano de 2014 foi de 12.024
euros (2013: 18.028 euros).
12.4. Benefícios de curto prazo
Ver Notas 2.4.14. e 12
12.5. Benefícios de cessação de emprego
Ver Notas 11 e 36.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
43
13. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor
através ganhos e perdas
Os Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de
ganhos e perdas, reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:
14. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através
de ganhos e perdas
Os Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de
ganhos e perdas, reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:
15. Ganhos líquidos de ativos não financeiros que não estejam classificados como
ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
Os Ganhos líquidos de ativos e passivos não financeiros que não estejam classificados como
ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas,
reconhecidos nos anos de 2014 e 2013 desagregam-se como segue:
O valor reconhecido de 1.624.874 euros diz respeito à mais valia contabilística relativa à venda
de um imóvel detido pela companhia, no montante de 2.358.416 euros e uma desvalorização
resultante de uma avaliação imobiliária realizada pela CBRE, com um impacto negativo de
733.542 euros.
Ver nota 26.
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Activos financeiros disponíveis para venda 519.731 2.216.464 -1.696.733 3.946.296 2.327.541 1.618.755
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 519.731 2.216.464 -1.696.733 1.565.348 10.230 1.555.119
De emissores públicos 1.565.348 10.230 1.555.119
De outros emissores 519.731 2.216.464 -1.696.733
Acções 1.529.028 1.450.261 78.767
Outros títulos de rendimento variável 851.920 867.050 -15.130Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo
valor através ganhos e perdas 519.731 2.216.464 -1.696.733 3.946.296 2.327.541 1.618.755
2014 2013
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 310.712 561.291 -250.579
De emissores públicos 310.712 1.810 308.903
De outros emissores 559.482 -559.482
Acções
Outros títulos de rendimento variável 173.131 658 173.789 175.930 175.930
Outros -247 -78 -325
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros
valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 172.883 580 173.463 486.642 561.291 -74.649
2014 2013
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Edifícios de Rendimento 1.624.874 1.624.874
Total 1.624.874 1.624.874
2014 2013
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
44
16. Perdas de Imparidade
A Companhia determina que existe imparidade nos seus investimentos em filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos através da avaliação anual do valor dos mesmos, baseando-se no
valor dos Capitais Próprios, bem como no valor estimado dos “cash flows” futuros.
Devido ao fato da metodologia aplicada se basear em pressupostos e estimativas, as
alterações dos mesmos poderão resultar em impactos na determinação da imparidade.
As eventuais perdas por imparidade serão reconhecidas em resultados do exercício.
A taxa de desconto utilizada pela Companhia para efeitos do teste de imparidade efetuado ao
valor reconhecido da sua filial Groupama Seguros foi de 8%. No respeitante à projeção dos
fluxos estimados, foi aplicada uma taxa de crescimento de 2% na perpetuidade.
A Companhia considerou que face a esta projecção havia a necessidade de constituir uma
imparidade de 2.000.000.00 euros.
17. Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro
18. Outros rendimentos/gastos
A rubrica de Outros Rendimentos/Gastos tem a seguinte decomposição:
2014 2013
Gastos
Custos com fundos de pensões -32.188
Outros Co-Seguro -2.267
Outros -55.049 182
Total gastos -89.504 182
Rendimentos
Gastos com fundos de pensões 12.218 18.475
Outros 41.736 72.688
Total rendimentos 53.954 91.163
Outros Rendimentos/Gastos Técnicos Liquidos de Resseguro -35.550 90.981
2014 2013
Gastos
Perdas em activos tangíveis 6.516 -107
Abate agências 16.893
Variação de ajustamentos em saldos a receber 21.577 2.125
Custo serviços bancários 6.481 7.092
Donativos 250 5.500
Quotizações 1.825 1.599
Outros gastos 612 8.003
Total gastos 37.261 41.105
Rendimentos
Regularização accruals reestruturação 75.000
Outros rendimentos 3.534 29.026
Total rendimentos 3.534 104.026
Outros Rendimentos/Gastos -33.727 62.921
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
45
19. Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem
O saldo desta rubrica a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:
20. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Nas demonstrações financeiras da Companhia está registado o montante de 22.600.000 euros,
relativo à participação a 100% na Groupama Seguros, SA, encontrando-se a mesma registada
ao custo de aquisição. A Groupama Seguros, SA foi constituída em 1991 sob a forma jurídica
de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver a atividade dos ramos Não Vida em
Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada
na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.
A Groupama Seguros fechou o exercício de 2014 com um montante de capitais próprios de
12.670.820 euros, valor superior ao registado em 2013 de 11.383.134 euros.
De acordo com os valores calculados, a margem de solvência da Companhia é de 280,48%, o
que comprova a excelente solidez financeira da Groupama Seguros.
Ver nota 16.
21. Ativos e passivos financeiros detidos para negociação
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:
O anexo 1 às notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras apresenta
informação detalhada relativa aos ativos detidos para negociação.
2014 2013
Numerário 2.031 1.458
Depós itos bancários imediatos mobi l i zaveis 5.895.738 5.018.025
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 5.897.769 5.019.483
Depós itos bancários imediatamente mobi l i zaveis
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem e depósitos
a prazo considerados na demonstração de fluxos de caixa
5.897.769 5.019.483
GROUPAMA SEGUROS 2014 2013
Ativo 31.612.335 32.238.519
Passivo 18.941.515 20.855.385
Capital Próprio 12.670.820 11.383.134
Resultado Líquido do Exercício 1.120.444 -1.150.876
Activos financeiros detidos para negociação 2014 2013
Outros títulos de rendimento variável
Unidades de participação de fundos de investimento mobiliário 48.468.031 24.090.909
Fundos de investimento diversificado 1.096.458 1.346.680
Fundos de investimento tesouraria 47.371.573 22.744.229
Valor de balanço 48.468.031 24.090.909
Valor de aquisição 48.248.222 23.920.520
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
46
22. Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
A companhia a 31 de dezembro de 2014 não detém qualquer tipo de ativo classificado no
reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas (2013: 53.981 euros).
23. Ativos disponíveis para venda
Os instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda a 31 de Dezembro de
2014 e 2013 são decompostos como se segue:
(1) No caso de ações e outros títulos de rendimento variável o valor apresentado refere-se
ao custo de aquisição.
O anexo 1 às notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras apresenta
informação detalhada relativa aos ativos disponíveis para venda.
24. Empréstimos e contas a receber
Em 2014, esta rubrica não apresentava nenhum saldo relativo a empréstimos e contas a
receber (2013: 4.017.425 euros). O valor reconhecido em 2013 correspondia a um depósito a
prazo custodiado no BBVA.
25. Investimentos a deter até à maturidade
No exercício de 2014, a Groupama Vida procedeu à transferência dos títulos da categoria de
investimentos a deter até à maturidade no valor de 96.565.089 euros, para investimentos
disponíveis para venda, conforme informação a seguir apresentada:
Esta transferência foi devida à alteração da intenção da Companhia em manter os ativos até à
respectiva maturidade. Devido a uma autorização obtida pela ASF, a Companhia poderá tornar
a classificar títulos na categoria de investimentos a deter até à maturidade antes de 2017.
Positiva Negativa
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públicos 136.555.474 11.189.731 -71.897 147.673.307 2.727.825 150.401.131
De outros emissores 112.681.743 5.844.600 -174.094 118.352.249 3.559.867 121.912.116
Acções
Outros títulos de rendimento variável 2.456.881 133.369 2.590.250 2.590.250
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 251.694.098 17.167.699 -245.992 268.615.806 6.287.692 274.903.497
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públicos 160.087.539 28.184.739 188.272.278 3.264.965 191.537.242
De outros emissores 182.993.667 12.402.751 -326.951 195.069.467 4.405.187 199.474.654
Acções
Outros títulos de rendimento variável 2.456.881 146.830 -6.765 2.596.946 2.596.946
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 345.538.087 40.734.320 -333.716 385.938.691 7.670.152 393.608.842
Custo
Amortizado
(1)
Imparidade Justo ValorJuro
decorrido
Valor de
Balanço
Reserva de justo valor
Valor de Balanço Justo Valor Valor de Balanço Justo Valor
Investimentos a deter até à Maturidade 107.157.405 113.911.654
20132014
Valor de balanço Justo ValorCusto
Amortizado
Reserva de
reavaliação
Alisamento
(resultados)Juro (resultados)
Investimentos a deter até à Maturidade 104.337.737 104.337.737 94.565.089 9.772.648 -24.339,02 1.775.923
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26. Terrenos e edifícios
O movimento ocorrido em 2014, em terrenos e edifícios de rendimento pode ser analisado
como segue:
O movimento ocorrido em 2014, em terrenos e edifícios de uso próprio pode ser analisado
como segue:
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 encontram-se detalhados no quadro abaixo
O justo valor dos imóveis de serviço próprio ascende a 132.000 euros, de acordo com a última
avaliação efetuada por um perito independente em 2012.
Em 2014 a avaliação do principal imóvel da companhia foi efectuada através de um perito
independente tendo sido apurada uma desvalorização de 733.542 euros face à última
avaliação efectuada em 2012. A avaliação foi efetuada pela consultora CBRE, em Dezembro
de 2014 com base no método dos múltiplos do rendimento.
Em 2014 foi alienado um imóvel, o qual se encontrava na categoria de rendimento, pelo
montante de 3.825.000 euros, tendo sido gerada uma valia contabilística no montante de
2.358.416 euros. Ver nota 15.
27.Outros ativos tangíveis
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2014 são analisados como segue:
2014
De rendimento Saldo inicial Aquisições Beneficiações
Reavaliações e
perdas por
imparidade
Transferências Alienações Saldo final
Terrenos e edifícios 4.297.057 -733.542 -1.462.500 2.101.015
2013
De rendimento Saldo inicial Aquisições Beneficiações
Reavaliações e
perdas por
imparidade
Transferências Alienações Saldo final
Terrenos e edifícios 4.297.057 4.297.057
2014
Valor brutoDepreciação
acumulada
Perdas imparidade
acumuladaValor líquido
Depreciações do
exercicío Valor bruto
Depreciação
acumulada
Perdas imparidade
acumuladaValor líquido
Terrenos e edifícios 124.859 45.808 79.051 2.298 124.859 48.106 76.753
De serviço próprio
Saldo inicial Saldo final
2013
Valor brutoDepreciação
acumulada
Perdas imparidade
acumuladaValor líquido
Depreciações do
exercicío Valor bruto
Depreciação
acumulada
Perdas imparidade
acumuladaValor líquido
Terrenos e edifícios 124.859 43.509 81.350 2.298 124.859 45.808 79.051
De serviço próprio
Saldo inicial Saldo final
Valor bruto DepreciaçõesValor
liquidoReforço Regularizações
Valor
brutoDepreciações
Valor
liquido
Equipamento administrativo 663.498 628.597 34.901 9.610 663.498 638.208 25.290
Máquinas e ferramentas 88.216 88.216 88.216 88.216
Equipamento informático 323.338 323.338 1.359 340 324.697 323.678 1.019
Instalação interiores 115.596 43.584 72.012 -11.670 11.462 -5.154 103.926 49.892 54.033
Outras imobilizações corpóreas 345.859 316.710 29.149 5.312 345.859 322.022 23.837
Despesas em edifícios arrendados 887.054 756.840 130.215 155.225 31.310 1.042.279 788.150 254.129
Património artistico 58.400 58.400 58.400 58.400
Total 2.481.960 2.157.284 324.676 156.584 -11.670 58.035 -5.154 2.626.875 2.210.165 416.709
Saldo Final2014
Saldo inicialAquisições
DepreciaçõesTransferências
e abates
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
48
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 são analisados como segue:
As depreciações dos ativos tangíveis no montante de 58.035 euros (2013: 73.671 euros), estão
contabilizadas na rubrica 6832 ‘Amortização de ativos tangíveis’, tendo sido imputadas de
acordo com o quadro seguinte:
28. Outros ativos intangíveis
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2014 são como se segue:
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2013 são como se segue:
No quadro relativo a 2014, na rubrica programas de computador encontra-se incluído o valor
relativo ao programa New Age, visando este a otimização dos circuitos.
As amortizações/imparidade dos ativos intangíveis (despesas em edifícios arrendados e
programas de computador), no montante de 155.123 euros (2013: 77.752 euros), estão
Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos Fundos Pensões
Equipamento administrativo 9.610 7.135 1.789 353 333
Equipamento informático 340 150 143 41 7
Insta lação interiores 11.462 11.462
Outras imobi l i zações corpóreas 5.312 5.312
Despesas em edi fícios arrendados 31.310 29.529 1.148 385 249
Total 58.035 42.126 3.080 779 12.051
2014 AmortizaçõesCustos por função
Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos Fundos Pensões
Equipamento administrativo 11.865 8.203 2.554 610 498
Insta lação interiores 11.560 11.560
Outras imobi l i zações corpóreas 12.466 12.466
Despesas em edi fícios arrendados 37.781 36.680 709 238 154
Total 73.671 57.349 3.263 848 12.212
2013 AmortizaçõesCustos por função
Valor bruto Depreciações Valor liquido Reforço Regularizações Valor bruto DepreciaçõesValor
liquido
Despesas de consti tuição e insta lação 41.151 41.151 41.151 41.151
Despesas em edi fícios arrendados
Trespasses 232.196 232.196 232.196 232.196
Programas de computador 7.460.376 7.073.430 386.946 105.209 155.123 7.565.585 7.228.553 337.032
Imobi l i zações em curso 105.209 105.209 -105.209
Total 7.838.932 7.346.777 492.155 155.123 7.838.932 7.501.900 337.032
2014
Saldo inicial
AquisiçõesTransferências
e abates
Saldo FinalDepreciações
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
49
contabilizadas na rubrica 6830 ‘Amortização de ativos intangíveis’, tendo sido imputadas de
acordo com o quadro seguinte:
29. Provisões técnicas de seguro direto e de resseguro cedido
As provisões técnicas de seguro direto e de resseguro cedido decompõem-se como segue a 31
de Dezembro de 2014 e 2013:
A Provisão para prémios não adquiridos apresentada em 2014 diz respeito ao produto TAR e
apresenta um valor de 115.137 euros.
A provisão matemática do ramo vida é analisada como segue:
De acordo com a IFRS 4, os contratos emitidos pela Companhia em que apenas existe
transferência de risco financeiro sem participação nos resultados discricionária, são
classificados como contratos de investimento. Nessa base, em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, os contratos em que não existe risco de seguro são classificados e registados na rubrica
passivos por contratos de investimentos (ver Nota 34).
A provisão para sinistros por segmento de negócio é analisada como segue:
Aquisição Administrativos Sinistros Investimentos
Programas de computador 155.123 89.131 43.994 18.892 3.105
Total 155.123 89.131 43.994 18.892 3.105
2014 AmortizaçõesCustos por função
Seguro directoResseguro
cedidoTotal Seguro directo
Resseguro
cedidoTotal
Provisão para prémios não adquiridos 115.137 115.137
Provisão matemática do ramo vida 367.163.017 367.163.017 369.020.136 369.020.136
Provisão para sinistros 2.364.295 -600.223 1.764.072 2.870.662 -1.150.687 1.719.976
Provisão para participação nos resultados 22.080.637 22.080.637 13.117.714 13.117.714
Outras provisões técnicas 1.088.718 1.088.718 1.451.958 1.451.958
Provisões técnicas 392.811.803 -600.223 392.211.580 386.460.471 -1.150.687 385.309.784
2014 2013
Seguro directo Resseguro
cedidoTotal Seguro directo
Resseguro
cedidoTotal
Poupança 183.615.097 183.615.097 190.434.097 190.434.097
Previdência 18.175.469 18.175.469 19.586.348 19.586.348
Reforma 165.372.451 165.372.451 158.999.691 158.999.691
Provisão matemática 367.163.017 367.163.017 369.020.136 369.020.136
2014 2013
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
50
A provisão para sinistros para além do montante relativo a sinistros ocorridos e ainda não
pagos à data de balanço, inclui também um montante estimado de 127.140 euros (2013:
203.951 euros) para fazer face aos sinistros ocorridos antes do final do ano e ainda não
reportados (IBNR).
Os movimentos ocorridos no exercício na provisão para sinistros sem IBNR, são apresentados
como segue:
A movimentação na provisão para participação nos resultados atribuída para os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2014 é analisada como segue:
A provisão para participação nos resultados atribuída corresponde a montantes atribuídos aos
segurados ou aos beneficiários dos contratos de seguro, sob a forma de participação nos
resultados, que não tenham ainda sido distribuídos ou incorporados na provisão matemática do
ramo vida.
A provisão para participação nos resultados a atribuir inclui o ajustamento relativo ao shadow
accounting, o qual corresponde à estimativa dos ganhos e perdas potenciais nos ativos afetos
à cobertura de responsabilidades com contratos de seguro e contratos de investimento com
participação nos resultados discricionária, até ao montante em que é expetável que os
tomadores de seguro venham a participar nesses ganhos e perdas não realizadas, no
Seguro directo Resseguro
cedidoTotal Seguro directo
Resseguro
cedidoTotal
Poupança 478.331 478.331 147.186 147.186
Previdência 1.826.062 -460.223 1.365.839 2.657.573 -1.150.687 1.506.886
Reforma 59.902 -140.000 -80.098 65.904 65.904
Provisão para sinistros 2.364.295 -600.223 1.764.072 2.870.662 -1.150.687 1.719.976
2014 2013
Saldo a 1 de Janeiro de 2013 2.185.376
Sinistros ocorridos 55.646.609
Próprio ano 56.064.119
Anos anteriores -417.509
Montantes pagos 54.961.323
Próprio ano 54.804.012
Anos anteriores 157.311
Saldo a 31 de Dezembro de 2013 2.870.662
Sinistros ocorridos 45.251.743
Próprio ano 44.147.854
Anos anteriores 1.103.889
Montantes pagos 45.758.111
Próprio ano 44.552.574
Anos anteriores 1.205.537
Saldo a 31 de Dezembro de 2014 2.364.295
2.237.155
No início do ex.
Participação
atribuída
Resultados
distribuídos No fim do ex.
Poupança 364.024 52.260 113.752 302.533
Previdência 5.785.684 4.028.097 3.941.092 5.872.689
Reforma 1.030.845 352.621 518.876 864.589
Provisão para participação nos resultados atribuída 7.180.553 4.432.978 4.573.720 7.039.811
Segmento de negócioParticipação nos resultados
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
51
momento em que as mesmas se tornem efetivas, de acordo com os respetivos termos
contratuais e legislação aplicável.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a provisão para participação nos resultados a atribuir é
analisada como segue:
A rúbrica outras provisões técnicas é analisada como se segue:
A movimentação na conta de resultados da rúbrica outras provisões técnicas é diferente da
variação de balanço devido à regularização das unidades de participação do produto Unit Link.
30. Outros devedores por operações de seguro e outras operações
O saldo desta rubrica a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como se segue:
A rubrica mais significativa, nas ‘Contas a receber por outras operações’, corresponde a uma
conta corrente entre a Groupama Vida e a Groupama Seguros (ver Nota 38).
31. Ativos e passivos por impostos
A Companhia está sujeita ao regime fiscal estabelecido pelo Código do IRC – Imposto sobre o
rendimento das Pessoas Coletivas. Adicionalmente, o conceito de impostos diferidos,
resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados
Segmento de negócio 2014 2013
Poupança 7.331.355 3.017.580
Previdência 997.366 431.512
Reforma 6.712.125 2.488.090
Provisão para participação nos resultados a atribuir 15.040.846 5.937.181
2014 2013
Produto - Unit Link 1.088.718 1.333.198
Produto - Temporario Anual Renovável 118.761
Outras provisões técnicas 1.088.718 1.451.958
2014 2013
Contas a receber por operações de seguro directo 1.255.206 1.122.761
Contas em cobrança - Tomadores de seguro 1.257.589 1.179.678
Ajustamento para tomadores de seguros -66.310 -103.443
Mediadores de seguros 43.730 45.343
Co-seguro 105.762 86.749
Ajustamento para co-seguro -85.565 -85.565
Contas a receber por operações de resseguro 222.702 59.151
Resseguradores do Grupo 3.157
Outros resseguradores 222.702 55.994
Contas a receber por outras operações 2.168.343 1.152.433
Transacções com partes relacionadas - Groupama Seguros (Nota 38) 1.969.229 892.214
Fundos de pensões 12.555 19.294
Operações com imóveis 166.070 165.960
Outros 278.095 273.860
Ajustamentos de contas a receber por outras operações -257.606 -198.896
Outros devedores por operações de seguro e outras operações 3.646.252 2.334.345
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
52
fiscalmente aceites para efeitos de tributação do IRC, é aplicável sempre que haja uma
probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.
O cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 foi apurado com base na taxa nominal de
imposto e de derrama, respectivamente de 23% e 1,5%, aplicável às atividades da Companhia,
bem como da derrama estadual, criada pela Lei nº 12-A/2010, com a alteração do Orçamento
de Estado de 2013 (Lei nº 66-B/2012).O impacto da derrama estadual é de 3% para o lucro
tributável compreendido entre 1.500.000 euros e 7.500.000 euros e 5% para o lucro tributável
acima de 7.500.000 euros. A derrama estadual apurada correspondeu a uma taxa efetiva de
4,11%.
Relativamente ao cálculo do imposto corrente do exercício de 2013 foi apurado com base na
taxa de imposto e de derrama, respetivamente de 25% e 1.5%, aplicável às atividades da
Companhia, tendo a Companhia sido abrangida pela derrama estadual, criada pela Lei nº 12-
A/2010 – Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) – Dívida Pública, em vigor no Art. 87º
A do Código de IRC, por uma taxa efectiva de 0,15%
A Companhia tem sido objeto de inspeções anuais pela DGCI, cujo último relatório se refere ao
exercício de 2010. As declarações de autoliquidação da Companhia, relativas aos exercícios
de 2010 e seguintes ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais
durante um período de quatro anos. É convicção da Administração da Companhia, não ser
previsível qualquer correção relativa aos exercícios acima referidos com impacto significativo
sobre as demonstrações financeiras.
A Companhia é tributada conjuntamente com a Groupama Seguros pelo Regime Especial de
tributação dos Grupos de Sociedades.
Os movimentos da rubrica de ativos por impostos correntes são analisados como segue:
Os movimentos da rubrica de passivos por impostos correntes são analisados como segue:
Activo por impostos correntes 2014 2013
Imposto s/rendimento -Entregas por conta 1.722.751
Rendimentos de capitais
Apuramento IRC -76.487
Rendimentos prediais 55.539
Sobretaxa trabalho dependente 250
Contribuições para a Segurança Social 23.169
IMI de imóveis de uso próprio
Total 23.169 1.702.054
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
53
Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço nos exercícios de 2014 e
2013 são analisados como se segue:
O imposto diferido e corrente relacionado com itens do capital próprio tem a seguinte descrição:
O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2014 e 2013 explica-se como se
segue:
Passivo por impostos correntes 2014 2013
Retenção de imposto na fonte e sobretaxa 117.283 159.951
Apuramento IRC a liquidar 2.888.506
IVA a pagar 1.181
Imposto selo 5 5
Contribuições para a Segurança Social 55.847 33.411
Tributos às autarquias locais (IMI e Taxa de Esgotos) 11.535 7.919
INEM 27.364 31.747
Taxa para o ISP 8.678 8.688
CES 930 3.306
422
Total 3.111.328 245.449
2014 Efeito em G&P Efeito em Reservas 2013
Impostos diferidos activos
Imóveis 592.220 -218.595 810.815
Imposto diferido sobre prejuízos fiscais 2.740.730 2.740.730
Diferença entre custo contabilístico e fiscal - acções
Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento 70.747 70.747
Provisões não dedutíveis
Total de impostos diferidos activos 592.220 2.592.882 3.622.292
Impostos diferidos passivos
Beneficios aos empregados (IAS 19) -46.509 -24.603 -21.906
Carteira livres e afectas sem PB -610.197 -414.014 -196.183
Total de impostos diferidos passivos -656.706 -24.603 -414.014 -218.090
Imposto diferido líquido -64.486 2.568.279 -414.014 3.404.202
Imposto sobre o rendimento reportado em reservas 2014 2013
Ajustamentos de justo valor investimentos financeiros
(reserva por impostos) -7.745.777 -1.142.701
Benefícios aos empregados (Outras reservas) 149.043 128.532
Total -7.596.734 -1.014.169
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
54
A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:
Imposto sobre o rendimento reportado nos resultados 2014 2013
Imposto corrente 527.080 670.311
Imposto diferido 13.007 305.469
Origem e reversão de diferenças temporárias 13.007 310.978
Prejuízos reportáveis -5.510
Total do imposto registado em resultados 540.088 975.780
2014 2013
Resultado antes de imposto -1.876.345 3.366.050
Estimativa de imposto à taxa nominal (24,5%) -459.704 892.003
Estimativa de IRC
Gasto/ (Rendimento) por imposto corrente 527.080 670.311
Gasto / (Rendimento) por imposto diferido 13.007 305.469
Total Gasto / (Rendimento) por imposto 540.088 975.780
Taxa efectiva de imposto 28,78% 28,99%
Diferença por reconciliar (a) 999.792 83.776
Reconciliação da diferença
Imparidades não aceites 2.000.000
Imóveis
Imparidade terrenos e edifícios
Libertação de Imparidade titulos por venda -565.824
Mais / menos valias na alienação de imóveis e títulos 200.263 13.855
Benefícios pós-emprego
Elininação dupla tributação
Benefícios Fiscais -5.513
Regularização de saldos
Provisões não dedutiveís
Custos não aceites (multas, donativos, despesas confidenciais) 3.162
Amortizações e abates não aceites 16.893
Reversão de provisões não dedutíveis
Outros custos não aceites fiscalmente
Outras regularizações 9.151
Total 2.203.425 -531.438
Sub-total (considerando o imposto à taxa de 24,5%) 539.839 -140.831
Tributação autónoma 33.035 50.450
CFEI -70.747
Derrama estadual e municipal regularizada da reserva e dos
resultados515.836 159.866
Diferença de taxa em impostos diferidos -71.964 19.385
Alteração da estimativa de impostos diferidos de anos anteriores 65.653
Imposto diferido activo sobre prejuízos fiscais, prudentemente,
não considerado
Outras regularizações -16.954
Total 999.792 83.776
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
55
32. Acréscimos e diferimentos
A rubrica de acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisada como
segue:
A rubrica ‘Acréscimo de gastos’ inclui acréscimos de remunerações no valor de 288.324 euros
(2013: 231.284 euros) e acréscimos para subsídios de férias no valor de 103.162 euros
relativos ao ano de 2014 (2013: 89.942 euros). Esta rubrica inclui ainda 159.504 euros (2013:
117.370 euros) relativos a custos a incorrer com a gestão da carteira de investimentos (dos
quais 108.103 euros face aos 85.857 euros de 2013 a pagar a uma empresa do Grupo pela
gestão da carteira de investimentos) e também 609.625 euros (2013: 584.627 euros) referentes
à especialização de diversos custos para o exercício corrente (dos quais 346.742 euros
relativos ao processo de migração informática ocorrido durante o ano de 2011).
33. Afetação dos investimentos e de outros ativos
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os ativos apresentavam a seguinte composição de
acordo com a respetiva afetação:
2014 2013
Activo
Gastos diferidos 68.999 49.742
Total acréscimos e diferimentos activos 68.999 49.742
Passivo
Rendimentos diferidos -8.154 -17.208
Acréscimos de gastos -1.257.507 -1.178.606
Estimativa bónus por objectivos -288.324 -275.340
Estimativa subsídio de férias -103.162 -89.942
Estimativa encargos -96.893 -90.407
Especialização de gastos Informáticos / Grupo -346.741 -346.741
Facturas em trânsito -422.386 -376.174
Total acréscimos e diferimentos Passivos -1.265.661 -1.195.814
Total -1.196.662 -1.146.072
2014
Seguros de vida
com participação
nos resultados
Seguros de vida
sem participação
nos resultados
Seguros de vida e
operações classificadas
como contratos de
investimento
Não Afectos Total
Caixa e equiva lentes 5.893.572 4.197 5.897.769
Terrenos e edi fícios 2.177.768 2.177.768
Investimentos em fi l ia is , associadas e
empreendimentos conjuntos 22.600.000 22.600.000
Activos financeiros detidos para negociação 43.304.619 3.733.792 1.096.458 333.162 48.468.031
Activos financeiros disponíveis para venda 363.792.399 21.624.840 7.670.278 521.325 393.608.842
Outros activos tangíveis 71.662 345.047 416.709
Outros activos 922.626 4.551.976 5.474.602
Total 413.984.878 25.358.632 8.770.933 30.529.279 478.643.722
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
56
34. Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de
contratos de seguro e operações considerados para efeito contabilísticos como
contratos de investimentos
Em 31 de Dezembro de 2014, a Companhia tinha registado como Passivo Financeiro os
seguintes montantes relativos a produtos de capitalização com taxa fixa garantida, e sem
participação nos resultados, os quais, segundo a IFRS4, são contabilizados como contratos de
investimento:
O valor de montantes pagos de Passivos Financeiros a 31 de Dezembro de 2014 foi de
153.782 euros (2013: 113.480 euros).
Os gastos a 31 de Dezembro de 2014 incluídos nas contas de ganhos e perdas, explicam-se
como segue:
2013
Seguros de vida
com participação
nos resultados
Seguros de vida
sem participação
nos resultados
Seguros de vida e
operações classificadas
como contratos de
investimento
Não Afectos Total
Caixa e equiva lentes 5.019.483 5.019.483
Terrenos e edi fícios 4.376.109 4.376.109
Investimentos em fi l ia is , associadas e
empreendimentos conjuntos 24.600.000 24.600.000
Activos financeiros detidos para negociação 18.719.758 3.691.961 1.346.680 332.510 24.090.909
Activos financeiros class i ficados no reconhecimento
inicia l a justo va lor através de ganhos e perdas 41.011 12.970 53.981
Activos financeiros disponíveis para venda 261.845.392 4.958.967 7.555.548 543.591 274.903.497
Empréstimos concedidos e contas a receber 4.017.425 4.017.425
Investimentos a deter até à maturidade 102.158.874 4.998.531 107.157.405
Outros activos tangíveis 53.255 271.421 324.676
Outros activos 457.903 8.982.786 9.440.689
Total 392.313.101 13.649.458 8.902.228 39.119.387 453.984.174
Início periodo Fim periodo
RENDA CERTA TEMPORÁRIA 2,50% N/A N/A 419.497 348.402
EUROFIX 1ª SÉRIE - 8 ANOS 4,40% 01/11/2007 01/11/2015 6.679.434 6.819.112
EUROFIX 1ª SÉRIE - 5 ANOS 4,20% 01/11/2007 01/11/2012 22.111 16.327
OUTROS VENCIDOS 106.654 106.653
Total 7.227.696 7.290.495
MontanteProduto Taxa garantida
Data de
emissão
Data de
vencimento
Taxa garantida
RENDA CERTA TEMPORÁRIA 9.013 9.013
EUROFIX 1ª SÉRIE - 8 ANOS 287.572 287.572
Total 296.584 296.584
TotalProduto
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
57
35. Outros credores por operações de seguros e outras operações
O detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:
36. Outras provisões
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é analisado como segue:
O saldo para outras provisões disponível em 2014 de 19.005 euros, deve-se ao valor
remanescente de 2013 relacionado com o saldo da provisão e sua respectiva utilização
relacionado com a provisão dos custos de reestruturação da Companhia.
37. Capital, Outros instrumentos de capital, Reservas de reavaliações, Outras reservas e
Resultados transitados
Capital
A Groupama Vida fechou o exercício de 2014 com um montante de capitais próprios de
72.494.359 euros, valor superior ao registado em 2013, de 57.423.588 euros. Esta evolução é
explicada essencialmente pela reserva de reavaliação do justo valor deduzido do respetivo
imposto associado.
Em 31 de Dezembro de 2014 o capital social da Companhia era de 15.000.000 euros,
integralmente realizado e representado por 3.000.000 ações nominativas com o valor nominal
de 5 euros cada. Todas as ações emitidas estão inteiramente pagas.
A companhia é detida em 100%, pela Groupama SA, com sede em França.
2014 2013
Por operações de seguro directo 583.748 638.242
Mediadores de seguros 460.187 418.211
Co-seguro 22.854
Tomadores de seguros 100.707 220.031
Por operações de resseguro 326.727 215.647
Resseguradores do Grupo 58.231 34.638
Outros resseguradores 268.496 181.010
Por outras operações - Outros credores 83.889 340.173
Fornecedores 82.101 324.106
Outros 1.788 16.067
Total 994.364 1.194.063
Saldo Inicial Dotação Utilização Saldo final
Ano de 2014
Outras provisões 19.005 19.005
Ano de 2013
Outras provisões 1.176.005 1.157.000 19.005
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58
Reserva de reavaliação e reserva por impostos diferidos
As reservas de reavaliação por ajustamento no justo valor de ativos financeiros, e as respetivas
reservas por impostos diferidos, as outras reservas e a rúbrica de resultados transitados em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, são as seguintes:
* Demonstração de variação de capital próprio
A reserva de reavaliação por ajustamento no justo valor dos ativos financeiros, em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013, explicam-se como segue:
Outras Reservas
Incluída na rubrica “Outras Reservas” temos a Reserva Legal, a 31 de Dezembro de 2014
ascende a 2.418.136 euros (2013: 2.179.109 euros) que só pode ser utilizada para cobrir
prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a
reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à
concorrência do capital emitido.
A rubrica “ Outras Reservas” inclui a Reserva SORIE onde estão contabilizados os ganhos e
perdas atuariais relativos ao Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19.
Em 31 de Dezembro de 2014 esta reserva ascendia a 89.852 euros (2013: 238.895 euros),
liquido de imposto.
Esta rubrica inclui ainda os prémios de emissão, de 10,6 milhões de euros, resultantes do
aumento de capital efectuado em 2009.
Reserva de
reavaliação por
ajustamento do
justo valor
Reserva por
impostos
diferidos
Outras reservasResultados
Transitados
Saldo em 1 de Janeiro de 2013 1.737.913 -1.405.859 12.432.861 26.251.104
Transferência de/para reservas 107.353
Variação do período (ver DVCP*) -319.392 263.158
Incorporação do Resultado Líquido
de Exercício de 2012966.178
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.418.521 -1.142.701 12.540.215 27.217.283
Transferência para reservas 388.070
Variação do período (ver DVCP*) 23.941.236 -6.603.076
Incorporação do Resultado Líquido
de Exercício de 20132.151.243
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 25.359.757 -7.745.777 12.928.285 29.368.526
2014 2013
Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda, líquido de imparidade 345.538.087 251.694.099
Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 345.538.087 251.694.099
Imparidade acumulada reconhecida
Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda 385.938.691 268.615.807
Valias na reserva de justo valor, dos títulos transferidos da categoria disponíveis para
venda para a categoria a deter até maturidade -9.566.005
"Shadow accounting" - Provisão para participação nos resultados a atribuir (Ver nota 28) -15.040.847 -5.937.181
Ganhos potenciais na carteira de activos financeiros disponíveis para venda 25.359.757 1.418.521
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
59
Resultados básicos por acção:
Os resultados básicos por acção, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, decompõem-se como
segue:
38. Transações com partes relacionadas
A empresa mãe do topo da Companhia é a Groupama, SA, com sede em França, a qual detém
100% do capital social da Companhia.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante dos ativos, passivos, rendimentos e gastos
relativos a operações realizadas com partes relacionadas, resume-se como segue:
As operações intra-grupo desenvolvidas durante o exercício de 2014, foram-no com a
Groupama, SA, a Groupama Seguros, SA, a Groupama Support et Services e o Groupama
Asset Management.
Com a Groupama SA temos as operações de resseguro e com a Groupama Seguros, SA as
operações internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de meios humanos e
materiais, nomeadamente rendas dos imóveis ocupados pela Companhia.
Por outro lado, a gestão de investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a
Groupama Asset Management.
A Groupama Support et Services presta serviços no âmbito dos sistemas informáticos.
Existe um imóvel detido pela Companhia, arrendado ao administrador delegado.
2014 2013
Resultado l íquido do exercício -2.416.432 2.390.270
Nº médio ponderado de acções
ordinárias em circulação3.000.000 3.000.000
Resultado bás ico por acção -0,81 0,80
2014 Activo Passivo Gastos Rendimentos
Groupama SA 142.871 199.594
Groupama Asset Management 108.103 292.640
Groupama Seguros 1.969.229 627.773 599.717
Groupama Supports et Services 94.122 346.741
Total 2.063.350 597.716 1.120.007 599.717
2013 Activo Passivo Gastos Rendimentos
Groupama SA 199.358 586.752 129.048
Groupama Asset Management 69.794 288.983
Groupama Seguros 892.214 679.189 599.784
Groupama Supports et Services 173.959
Total 1.066.173 269.152 1.554.924 728.832
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
60
39. Gestão de riscos de atividade
As responsabilidades na Gestão do Risco ao nível da Companhia, dividem-se como se segue:
Comité de Risco
Em funcionamento a partir de 2011, a sua missão é a de controlar os riscos que possam afetar
a entidade e a sua coordenação de riscos com a casa-mãe. Com frequência mensal, este
Comité é presidido pela Administração e compreende o Comité de Direcção.
As suas principais funções e responsabilidades são:
Análise do Plano de Ação do Departamento de Gestão de Riscos, juntamente com as
diversas Direções;
Controlo dos principais riscos da Companhia (Riscos Críticos do Grupo e Riscos
Críticos da Empresa), análise da sua avaliação, bem como assegurar a implementação
dos planos de mitigação acordados;
Acompanhamento, e submissão à aprovação, das ações sobre as exigências de
relatórios e orientações pela gestão de riscos do Grupo, particularmente na Solvência
II:
o Direção Financeira: Supervisiona o trabalho do Pilar I;
o Departamento de Gestão de Riscos: Supervisiona o trabalho referente ao
Pilar II (exigências de documentação e gestão do risco no âmbito do Pilar II e
exigências de comunicação em termos de gestão de risco com a Sede) e
parte do Pilar III;
Avaliação da possibilidade de entrada de novos riscos considerados críticos para a
Companhia;
Análise do nível de cumprimento das tarefas atribuídas a cada equipa de Gestão de
Risco, incluindo Risk Owner’s.
Departamento de Gestão de Riscos (DGR)
A Companhia tem o DGR como a principal unidade para executar as funções definidas pela
diretiva Solvência II e Normas de Regulamentação e/ou orientações técnicas emanadas pela
ASF nesta temática. Este Departamento reporta diretamente à Direção Geral da Companhia,
que por sua vez depende do Administrador Delegado. Isso garante a independência da função
em relação ao negócio de seguros.
A principal função do DGR é desenvolver um quadro de gestão eficaz dos riscos na
Organização que permita uma correta monitorização e que garanta o cumprimento dos
objetivos e sobrevivência da Organização no longo prazo.
As principais responsabilidades do DGR são:
Auxiliar na identificação de novos riscos potenciais resultantes de fatores internos ou
externos;
Colaborar na atualização do mapa de risco com metodologias de valorização
homogéneas;
Monitorizar o Sistema de Gestão de Riscos no geral;
Definir ações a desenvolver para cumprir com as normas do Grupo e normas Legais;
Dinamizar o Risk Management na Companhia;
Sensibilizar da importância do Risk Management na Companhia;
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
61
Providenciar informação para o seguimento global do risco na Companhia;
Desenvolver planos de ação para monitorizar os riscos na Companhia e controlá-los;
Submeter à Administração as propostas necessárias que se considerem convenientes
para uma gestão de riscos adequada (de acordo com as melhores práticas do
mercado, ou de acordo com recomendações sobre o sistema de gestão de riscos da
ASF e/ou Sede);
No âmbito do projeto de Solvência II, a função de gestão de riscos é responsável pelo
pilar II e parte do pilar III.
Proprietários Riscos (Risk Owner’s – RO)
Os RO são membros do Comité de Direção da Companhia. Para cumprir com as suas funções,
o Departamento de Gestão de Riscos (DGR) designa responsáveis em cada direção (RO) que
gerem e informam sobre os riscos inerentes ao seu âmbito de responsabilidade. Cada RO é
responsável pela gestão dos riscos no seu âmbito de atividade:
Gerir a abertura de novas fichas de risco e atualizar as fichas de risco já existentes
(definição, causas e processos associados, avaliação bruta e líquida e respetivos
controlos,…);
Manter a avaliação dos riscos atualizada, sabendo que os mais importantes serão alvo
de seguimento no Comité de Riscos;
Informar os Controlos e anexar documentação e fichas de controlo preenchidas para
facilitar o trace dos mesmos;
Registar todos os eventos que possam impactar um risco (seu ou não);
Definir e controlar indicadores para a monitorização dos riscos associado à sua
atividade;
Estabelecer planos de ação que permitam adequar a exposição aos níveis de risco
desejados.
Em resumo, as responsabilidades de cada Direção / Departamento são:
A Direção Financeira é responsável por gerir os riscos associados à gestão de ativos e
gestão ativo/passivo (riscos de mercado e risco de crédito). Estes riscos são discutidos
com a casa-mãe nos Comités Financeiro e de Gestão de Ativos. Ao nível da
Companhia, esta problemática é igualmente acompanhada em Comité de Riscos
Financeiros. Este Comité é coordenado pela Direção Financeira, e tem como membros
permanentes a Administração, o DGR e a DTV.
A Direção Técnica de Vida (DTV) é responsável pela gestão dos riscos de Subscrição
Vida. Estes riscos são discutidos em Comité de Riscos Técnicos Vida, numa base
trimestral. O Comité é coordenado pela DTV, e os membros permanentes são a
Administração, o DGR e as Direções Comerciais (DC’s)
A Direção Técnica Não Vida (DTNV) é responsável pela gestão dos riscos de
Subscrição Não Vida. Estes riscos são discutidos no Comité de Riscos Técnicos Não
Vida uma base mensal. O Comité é coordenado pela DTNV, e os membros
permanentes são a Administração, o DGR e as Direções Comerciais.
O DGR define com os proprietários de riscos os principais riscos operacionais associados aos
processos de negócio, com base na classificação de riscos operacionais do Grupo. Existe um
Comité de Riscos Operacional, com regularidade trimestral, e é dividido por temáticas. Nesse
Comité são analisados os principais riscos operacionais e respetivas medidas de tratamento e
controlo. O DGR coordena o Comité de Risco Operacional.
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
62
As conclusões do Comité de Risco Operacional são transferidas para o Comité de Risco.
Assim, com a descrição de processos-chave, os riscos associados a estes processos, controlos
internos adequados e um controlo permanente, a Companhia garante que controla os riscos
dentro dos limites que considera aceitáveis. A definição de políticas de risco e o seguimento
dos principais riscos é objeto de um estudo de validação periódica pelo Comité de Direção no
Comité de Riscos.
Principais Riscos
Risco de Crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração na qualidade
creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários, aos quais a Companhia está
exposta, bem como dos devedores, prestadores de serviços, mediadores, tomadores
de seguro e resseguradoras que com ela se relacionam.
Para a Companhia, o Risco de Crédito encontra-se essencialmente presente na
carteira de investimentos. No entanto, as dívidas a receber resultantes de cobranças e
resseguro também estão expostas a este tipo de risco.
A política de investimentos da Companhia estabelece critérios de rating de elevada
qualidade, de modo a mitigar este risco. Por outro lado, é efetuada uma gestão
permanente das carteiras de títulos, existindo uma grande interação entre a Direção
Financeira e os gestores dos ativos financeiros. De modo a intensificar o controlo e
monitorização deste risco, tem-se verificado uma melhoria contínua ao nível de
desenvolvimento e utilização de ferramentas de avaliação, e também ao nível dos
procedimentos e circuitos de decisão.
Os quadros abaixo, ilustram a exposição da Companhia ao risco de crédito, por rating
do emitente, em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013:
A diversificação dos ativos financeiros por setores de atividade para os exercícios findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, encontra-se apresentada conforme segue:
2014 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2014
Activos disponíveis para venda 40.659.523 76.674.736 50.419.597 156.834.034 65.799.285 624.722 391.011.896
Total 40.659.523 76.674.736 50.419.597 156.834.034 65.799.285 624.722 391.011.896
2013 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2013
Activos disponíveis para venda 40.795.096 74.350.285 39.784.993 110.664.267 4.937.457 1.781.149 272.313.247
Investimentos a deter até à maturidade 10.175.789 49.475.843 43.187.472 4.318.302 107.157.405
Total 40.795.096 74.350.285 49.960.782 160.140.109 48.124.930 6.099.451 379.470.652
2014
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo
valor através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para vendaInvestimentos a deter até à
maturidadeTotal 2014
Dívida públ ica 170.933.063 170.933.063
Outros emissores públ icos 20.604.180 20.604.180
Financeiro 116.462.710 116.462.710
Uti l i ties 18.489.144 18.489.144
Comunicação 16.686.054 16.686.054
Al imentar 3.383.830 3.383.830
Automóvel 4.557.283 4.557.283
Saúde 115.726 115.726
Tecnologia 6.018.668 6.018.668
Outras 33.761.238 33.761.238
Total 391.011.896 391.011.896
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
63
A exposição à divida publica por País é analisada como se segue:
Risco de Mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos
ativos, resultante da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço
das ações, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (ex: petróleo).
Inclui ainda a exposição de produtos derivados (opções e futuros) a variações no preço
do ativo subjacente e está também fortemente relacionado com o risco de disparidade
entre ativos e passivos.
A gestão dos ativos da Companhia é realizada por uma empresa do Grupo, a
Groupama Asset Management, e por uma entidade externa, de acordo com a política
de investimentos previamente definida a nível do Grupo, e com a colaboração da
Companhia. Tem como principio base a minimização dos riscos, limitando o
investimento a ativos líquidos e com elevada notação de rating.
A monitorização da gestão dos ativos é realizada mensalmente, pela Companhia
através do Comité de Riscos Financeiros. Paralelamente, numa base trimestral, são
realizados Comités Financeiros com a Casa-mãe e com a entidade gestora de ativos,
de modo a fazer um acompanhamento dos principais acontecimentos.
2013
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo
valor através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para vendaInvestimentos a deter até à
maturidadeTotal 2013
Divida públ ica e equiparada 139.642.917 39.196.923 169.324.705
Financeiro 64.110.400 67.960.482 132.070.882
Uti l i ties 20.857.221 20.857.221
Comunicação 14.631.117 14.631.117
Al imentar 1.884.626 1.884.626
Construção 8.824.941 8.824.941
Automóvel 4.467.327 4.467.327
Transportes 6.147.098 6.147.098
Saúde 117.088 117.088
Outras 11.630.511 11.630.511
Total 272.313.247 107.157.405 379.470.652
2014 Valor escriturado 2014 Peso
França 45.641.812 27%
Itá l ia 54.925.490 32%
Portugal 21.814.494 13%
Espanha 18.925.892 11%
Bélgica 9.337.405 5%
Aústria 8.959.074 5%
Holanda 4.774.144 3%
Alemanha 2.260.884 1%
Finlândia 4.293.868 3%
Total 170.933.063 100%
2013 Valor escriturado 2013 Peso
França 43.790.102 28%
Itá l ia 47.279.603 30%
Portugal 17.300.070 11%
Espanha 16.782.618 11%
Bélgica 8.769.844 6%
Aústria 8.391.570 5%
Holanda 5.520.611 4%
Alemanha 2.230.769 1%
Finlândia 4.090.468 3%
Total 169.324.705 100%
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
64
Todos os eventos ligados aos ativos detidos em carteira, tais como pagamentos de
dividendos, juros ou reembolsos, são controlados numa base diária. A falha de algum
destes eventos, ou a ocorrência de algum acontecimento que possa condicionar a
gestão da carteira de investimentos, é de imediato comunicado pela entidade gestora
para que o Comité de Riscos Financeiros possa emitir uma deliberação sobre o
assunto em causa.
No final de 2014 e 2013, a carteira de investimentos encontrava-se alocada da seguinte
forma:
De acordo com a IFRS 7, os ativos financeiros detidos podem estar valorizados ao
justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:
o Nível 1 – Justo valor determinado diretamente com referência a um mercado
oficial ativo.
o Nível 2 – Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização suportadas
em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis para o mesmo
instrumento financeiro.
o Nível 3 - Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização não
suportadas em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis
para o mesmo instrumento financeiro.
AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL
Investimentos Filiais e Associadas 22.600.000 22.600.000 91,2% 4,8%
Fi la is 22.600.000 22.600.000 91,2% 4,8%
Titulos Rendimento Fixo 391.011.896 391.011.896 99,3% 83,8%
Obrigações taxa fixa 391.011.896 391.011.896 99,3% 83,8%
Obrigações taxa variável
Titulos Rendimento Variável 2.596.946 48.468.031 51.064.977 0,7% 100,0% 10,9%
Up's obrigações
Acções
Up's acções 1.096.458 1.096.458 2,3% 0,2%
Up's imóveis 2.596.946 2.596.946 0,7% 0,6%
Up's cash 47.371.573 47.371.573 97,7% 10,1%
Imóveis 2.177.768 2.177.768 8,8% 0,5%
TOTAL 393.608.842 48.468.031 24.777.768 466.854.641 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
2014VALOR CONTABILÍSTICO %
AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL AFS HFT/FVO HTM OUTROS TOTAL
Investimentos Filiais e Associadas 24.600.000 24.600.000 84,9% 5,7%
Fi la is 24.600.000 24.600.000 84,9% 5,7%
Titulos Rendimento Fixo 272.313.247 107.157.405 379.470.652 99,1% 100,0% 87,2%
Obrigações taxa fixa 272.309.445 107.157.405 379.466.850 99,1% 100,0% 87,2%
Obrigações taxa variável 3.802 3.802 0,0%
Titulos Rendimento Variável 2.590.250 24.144.890 26.735.140 0,9% 100,0% 6,1%
Up's obrigações
Acções
Up's acções 1.400.661 1.400.661 5,8% 0,3%
Up's imóveis 2.590.250 2.590.250 0,9% 0,6%
Up's cash 22.744.229 22.744.229 94,2% 5,2%
Imóveis 4.376.109 4.376.109 15,1% 1,0%
TOTAL 274.903.497 24.144.890 107.157.405 28.976.109 435.181.902 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
2013VALOR CONTABILÍSTICO %
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
65
A valorização dos ativos financeiros por níveis, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é
analisada como segue:
A evolução dos títulos classificados no nível 3 foi a seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o justo valor por classe de ativos e passivos financeiros é
analisado como se segue:
Risco de taxa de juro:
O Risco de Taxa de Juro está associado às perdas resultantes de movimentos
adversos na curva de taxa de juro. A carteira de obrigações, classificada como
disponível para venda, é bastante vulnerável a esse risco dado que a sua valorização
depende, em grande medida, do comportamento das taxas de juro.
2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros detidos para
negociação 48.468.031 48.468.031
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor
através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para venda 393.608.842 393.608.842
Total 442.076.873 442.076.873
2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros detidos para
negociação 24.090.909 24.090.909
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor
através de ganhos e perdas 53.981 53.981
Activos disponíveis para venda 274.903.497 274.903.497
Total 298.994.406 53.981 299.048.387
Reconciliação Nível 3
Activos
financeiros
detidos para
negociação
Activos financeiros
classificados no
reconhecimento inicial
ao justo valor através
de ganhos e perdas
Activos disponíveis
para venda
Empréstimos e
contas a receber
Investimentos a
deter até à
maturidade
Total
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 53.981 53.981
Val ias real izadas
Val ias potencia is/Imparidade
Compras
Vendas -53.981 -53.981
Amortizações
Transferências de nível 1 e 2
Transferências para nível 1 e 2
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
Valor Balanço Justo Valor
2014 2013 2014 2013
Activos Financeiros
Disponibi l idades em Insti tuições de
Crédito 5.897.769 5.019.483 5.897.769 5.019.483
Devedores 3.646.252 2.334.345 3.646.252 2.334.345
Investimentos a deter até à
maturidade 107.157.405 113.911.654
Total 9.544.021 114.511.233 9.544.021 121.265.482
Passivos Financeiros
Credores 994.364 1.194.063 994.364 1.194.063
Contratos de investimento 7.290.495 7.227.696 n/a n/a
Total 8.284.859 8.421.759 994.364 1.194.063
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
66
O quadro a seguir apresentado resume a análise do impacto resultante da variação da
taxa de juro de referência nos ativos financeiros da Companhia, a 31 de Dezembro de
2014 e 2013.
Risco de ações:
O Risco de Ações decorre da possibilidade de se verificarem perdas mediante
movimentos desfavoráveis no preço de mercado das ações.
No final de 2014, o montante investido no mercado acionista representava 0,3% dos
ativos da Companhia, o que equivale a 1.096.458 euros. A exposição ao mercado
acionista é feita através fundos de investimento compostos maioritariamente por ações.
No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%
no valor de mercado das ações e dos fundos de investimentos de ações:
Risco cambial:
Decorre da variação do valor de ativos e passivos detidos pela Companhia resultante
de oscilações nas taxas de câmbio das moedas em que esses ativos e passivos se
encontram expressos.
A Companhia não se encontra exposta a risco cambial a 31 de Dezembro de 2014 e
2013, uma vez que todos os ativos e passivos se encontram denominados em euros.
2014 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp
Outros activos financeiros
va lorizados ao justo va lor
através de resultados
Activos Financeiros disponíveis
para venda 451.878.690 422.743.766 408.176.304 393.608.842 379.041.380 364.473.918 335.338.993
Investimentos detidos até a
maturidade
Activos financeiros ao justo
va lor para negociação 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031 48.468.031
500.346.721 471.211.797 456.644.335 442.076.873 427.509.411 412.941.949 383.807.024
Valor contabilístico Impacto
Risco acções 1.096.458 54.823
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
67
Risco imobiliário:
O Risco Imobiliário reflete as variações adversas dos preços no mercado imobiliário.
Encontram-se expostos a este risco os imóveis detidos bem como as unidades de
participação de fundos de investimentos imobiliários, que representam 1,6% da
totalidade de carteira de ativos (4.697.961 euros).
No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%
no valor de mercado dos imóveis de rendimento e participações de fundos de
investimento imobiliário:
Risco de Liquidez: risco de exposição a perdas, na eventualidade de existirem poucos
ativos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades para com os
tomadores de seguros, credores e outras contrapartes, quando elas forem devidas.
Este risco é monitorizado no Sistema Geral de Riscos, pois está implícita a imagem da
Companhia, caso haja escassez de liquidez.
Para mitigar este risco, a Groupama Vida recorre por vezes à conta de depósitos à
ordem da Groupama Vida, pois esta apresenta saldo de tesouraria pontuais suficientes
para cobrir eventuais obrigações derivadas de contratos de seguros.
Em simultâneo, os investimentos estão maioritariamente classificados como
disponíveis para venda, o que possibilita a transformação imediata dos títulos
financeiros em liquidez.
Valor contabilístico Impacto
Risco imobiliário 4.697.961 234.898
Maturidade dos activos 2014 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos De 5 a 15 anosMais de 15
anos
Sem
maturidadeTotal
Caixa e seus equiva lentes e depós itos à
ordem5.897.769 5.897.769
Activos financeiros detidos para
negociação48.468.031 48.468.031
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor
através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para venda 55.130.197 38.781.696 89.281.397 134.203.019 73.615.589 2.596.946 393.608.842
Empréstimos e contas a receber
Investimentos a deter até à maturidade
Total de Activos 55.130.197 38.781.696 89.281.397 134.203.019 73.615.589 56.962.746 447.974.642
Maturidade dos activos 2013 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos De 5 a 15 anosMais de 15
anos
Sem
maturidadeTotal
Caixa e seus equiva lentes e depós itos à
ordem5.019.483 5.019.483
Activos financeiros detidos para
negociação24.090.909 24.090.909
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor
através de ganhos e perdas
53.981 53.981
Activos disponíveis para venda 22.945.142 74.723.904 48.944.252 108.071.896 17.628.054 2.590.250 274.903.497
Empréstimos e contas a receber 4.017.425 4.017.425
Investimentos a deter até à maturidade 204.055 2.402.724 4.025.991 33.400 67.124.516 107.157.405
Total de Activos 27.166.622 77.126.628 52.970.243 108.105.296 84.752.570 31.754.623 415.242.700
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
68
Paralelamente foi realizado um estudo de adequação entre os ativos e os passivos, de
modo a demonstrar que o valor dos ativos detidos em carteira são suficientes para
fazer face às responsabilidades da Companhia, pelo que não se verifica a necessidade
de vender ativos.
Este estudo foi realizado para um período temporal de dez anos.
Risco Operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos
procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a
eventos como fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras
estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da
sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no
plano de continuidade do negócio.
A Groupama Seguros e a Groupama Seguros de Vida fazem a gestão deste risco através
dos seguintes pontos:
o Gestão da política de subscrição;
o Aprovação de novos produtos;
o Gestão de acumulação de riscos;
o Gestão da política de provisionamento;
o Gestão de sinistros.
Para uma gestão prudente do Risco Operacional, a Companhia tem definidas como
principais as seguintes políticas, devidamente descritas no documento da Política de
Gestão de Riscos:
o Processos:
Normalização e otimização dos processos e procedimentos da
Companhia;
Identificação e mapeamento dos processos críticos de negócio.
o Risco Legal e Compliance: o Departamento Jurídico controla e supervisiona
todos os prestadores externos que nos apoiam em questões jurídicas, bem
como controla o cumprimento normativo;
o Plano de Continuidade: neste documento está identificada a equipa a
mobilizar em caso de evento, a matriz de comunicação, os telefones e o plano
de emergência de computadores;
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o Sistemas de Informação: a gestão dos sistemas de informação na Companhia
é da responsabilidade da Direção de Sistemas de Informação (DSI) e reporta
ao Diretor Geral (responsável por todas as áreas de back-office).
o Recursos Humanos: existe um Comité Internacional de RH coordenado
pela Direção de Recursos Humanos do Grupo, cujo objetivo é a análise e
respetiva descentralização internacional de políticas comuns em matéria de
RH, nomeadamente: formação, mobilidade interna, barómetro de opinião e
aplicativos de gestão de RH.
Risco de reputação: Este risco pode ser definido como risco da Companhia incorrer em
perdas resultantes da deterioração ou posição no mercado devido a uma perceção
negativa da sua imagem entre os clientes, contrapartes, acionista ou autoridades de
supervisão, assim como do público em geral.
Risco estratégico: O risco estratégico pode ser definido como o risco do impacto atual e
futuro nos proveitos ou capital que resulta de decisões de negócio inadequadas,
implementação imprópria de decisões ou falta de capacidade de resposta às alterações
ocorridas no mercado.
Risco de seguro: As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de
seguros, os quais classificam na categoria do Risco Específico de Seguros. Os riscos
específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de
seguro, associados ao desenho de produtos e respetiva tarifação, ao processo de
subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do
resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de atividade e podem subdividir-se em
diferentes sub-riscos:
o Risco de Desenho dos Produtos: risco da Companhia assumir exposições de
risco decorrentes de caraterísticas dos produtos não antecipadas na fase de
desenho e de definição do preço do contrato.
o Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices
atualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O
risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se
insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes
desses contratos (sub-tarifação).
o Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas
com a seleção e aprovação dos riscos a segurar.
o Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros
constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com
sinistros já ocorridos.
o Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do
que o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores
ao esperado, resultando em perdas inesperadas.
o Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor
proteção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos
catastróficos, ou a uma sinistralidade mais elevada.
o Risco Catastrófico: resulta de eventos extremos que implicam a devastação
de propriedade, ou a morte/ferimento de pessoas, geralmente devido a
calamidades naturais (terramotos, furacões, inundações). É o risco de que
um evento único, ou uma série de eventos de elevada magnitude,
normalmente num período curto (até 72 horas), implique um desvio
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significativo no número e custo dos sinistros, em relação ao que era
esperado.
O Risco Específico de Seguros pode ser mitigado pela política de resseguro, através
da qual uma parte dos riscos assumidos pela Companhia é transferida para uma
resseguradora (ou um conjunto de resseguradoras).
A Companhia implementou mecanismos de gestão de riscos, tendo sido já elaborado
um Manual de Gestão de Risco. Neste âmbito, foi já reportado, relativo ao ano de 2009,
o Relatório anual sobre o Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno, dando
cumprimento ao n.º 1 do Art. 19.º da Norma Regulamentar 14/2005-R, da Autoridade
de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa.
A estratégia da empresa é revista a cada 3 anos, e na qual participam as várias
Direções da Companhia, e define os objetivos anuais para a Companhia,
orçamentando o volume de prémios, o valor das provisões de sinistros, o valor dos
gastos gerais, custos com o pessoal, etc, por forma a obter o Resultado do Exercício.
Para formalizar o Risco Específico de Seguros, a abordagem adotada pela Companhia
teve uma base processual, no sentido de mapear os processos de negócio em várias
vertentes:
o Processo de desenho de produtos e tarifação - Os produtos, antes de serem
lançados, são discutidos entre a Administração e as várias Direções.
o Processo de revisão atuarial de produtos - A revisão atuarial é efetuada
anualmente e formalizada no relatório do atuário responsável, o qual certifica a
adequacidade do cálculo das Provisões Técnicas, bem como a metodologia
utilizada.
o Processo de aceitação e avaliação do risco - Para mitigar o risco de subscrição
seguimos as regras de subscrição definidas.
o Processo de gestão de sinistros - No que concerne o provisionamento, este é
efetuado case by case e com estimativas do valor previsto do sinistro.
o Processo de cedência ao ressegurador - A Companhia transfere parte do risco
para os resseguradores por forma a limitar a exposição. A Companhia utiliza
com rigor a lista dos resseguradores de segurança do grupo (a lista dispõe de
rating próprio do grupo). No resseguro facultativo evita-se a concentração num
ressegurador.
Estes processos encontram-se mapeados nos manuais das áreas técnicas.
A Direção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como de partilhar
com outras direções a responsabilidade do caucionamento das provisões técnicas.
A política de Risco Específico de Seguros da Companhia corresponde à política de
aceitação do risco e à gestão do mesmo, cujas linhas orientadoras são:
o Rigorosa seleção de riscos (não asseguramos todas as naturezas de risco);
o Princípio da diversificação de exploração de ramos (asseguramos todos os
ramos);
o Minimização do risco através do resseguro;
o Seleção dos resseguradores pela lista de referência do Grupo.
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Os riscos específicos dos seguros de vida contemplam, entre outros, os riscos
biométricos (longevidade e invalidez).
Risco de longevidade
Tal como em anos anteriores, a Companhia realizou vários estudos de sensibilidade às
Carteiras de Rendas, efetuando o cálculo das provisões matemáticas com tábuas de
mortalidade e taxas técnicas de juro mais prudentes que as das bases técnicas
aquando da criação dos produtos.
A 1ª análise comparativa teve como objetivo quantificar a alteração apenas nas
tábuas de mortalidade (cenário A) e a mudança nas tábuas e taxas técnicas (cenário
B), sendo este último cenário o já adotado pela Companhia há alguns anos.
Provisões Matemáticas 31-12-2014
Cenário A
Cenário Central
Cenário B
12.693.230 +9,5%
11.596.104
13.954.883 +20,3%
Cenário Central -
tábuas de mortalidade e taxas técnicas originais
(Anexo II (1))
Cenário A -
impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77
e TV88/90) e mantendo as taxas técnicas originais (Anexo II
(1))
Cenário B - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77
e TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))
A 2ª análise comparativa teve por base a provisão matemática prudencial que a
Companhia constitui atualmente, e realizaram-se 2 estudos, com taxas e tábuas ainda
mais prudentes.
Provisões Matemáticas 31-12-2014
Cenário C
Cenário B
Cenário D
14.245.254 +2,1%
13.954.883
16.698.307 +19,7%
Cenário B -
impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77
e TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))
Cenário C - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV88/90)
e taxas técnicas (para 2,5%)
Cenário D - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TPRV/93)
e taxas técnicas (para 2,5%)
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A particularidade entre os cenários B e C é que no 1º toda a carteira Grupo já é
calculada com essa tábua e taxa, e no cenário C considerou-se o similar para a carteira
Individual.
Após a avaliação do impacto da utilização de tábuas de mortalidade mais recentes e
taxas técnicas mais baixas, a Companhia decide que provisão matemática constituir.
Desta forma, à data de 31-12-2014, 69% das Provisões Matemáticas da Carteira de
Rendas são calculadas com uma taxa de 2,5% e o restante calculado a uma taxa de
3%.
Relativamente às tábuas de mortalidade, 8,6% das Provisões Matemáticas desta
carteira foi calculado com a tábua TV 73/77 e 83,1% com a tábua TV 88/90. Os
restantes 8,3% referem-se a produtos criados já com a tábua TPRV93 e taxa técnica
de 2,5%.
Risco de mortalidade
Foi efectuada uma análise comparativa, mortalidade real vs mortalidade esperada
(considerando a tábua de mortalidade utilizada na provisão matemática). Como
resultado deste estudo verificou-se que em 2014, a mortalidade real nos seguros em
caso de morte foi de 61 óbitos, ao passo que a mortalidade prevista era de 313.
Risco de concentração de capitais seguros
A Companhia tem os seus riscos protegidos por Tratados de Resseguro e continua a
adoptar uma política de prudência, que se manteve na renovação destes Tratados para
o exercício de 2014.
A empresa continua a estar atenta, quer às condições, quer aos tipos de Tratados que
negoceia, de forma que estejam de acordo com as responsabilidades assumidas para
com os seus clientes, à especificidade dos riscos seguros, bem como à idoneidade dos
Resseguradores.
Os riscos catastróficos estão cobertos por Tratados XL, específicos para o efeito,
prevenindo assim a acumulação dos riscos em caso de acontecimento catastrófico.
40. Solvência
A Companhia está sujeita aos requisitos de solvência definidos pela Norma 6/2007-R, alterada
pela Norma Regulamentar 12/2008-R, Norma Regulamentar 4/2011-R e Norma Regulamentar
2/2014-R, bem como aos requisitos definidos na Circular 3/2012 de 19 de Abril, emitidas pela
Autoridade Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os requisitos de solvência são
determinados de acordo com as demonstrações financeiras estatutárias, as quais são
preparadas de acordo com as normas da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões.
No quadro abaixo encontra-se o resumo da margem de solvência exigida:
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A adequação do capital é definida de forma a incorporar uma margem relativa ao mínimo
requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações
nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação.
No quadro que se segue pode-se observar os impactos dos riscos referidos na taxa de
cobertura da margem de solvência e a taxa de cobertura resultante desses efeitos.
41. Compromissos
Em 31 de Dezembro de 2014 estavam em vigor diversos contratos de locação operacional de
viaturas, sendo o período de vigência destes contratos de 48 meses.
Encontravam-se igualmente em vigor diversos contratos de locação operacional de
equipamento informático, com e sem assistência técnica, com um período de vigência de 36
meses, e ainda um contrato de prestação de serviço de cópia destinado a equipar a Sede e as
agências, de impressoras laser, com um período de vigência de 48 meses.
No quadro abaixo encontram-se as rendas pagas durante o ano de 2014, bem como a
estimativa do valor anual das rendas a pagar até à maturidade dos contratos:
Margem de Solvência 2014 2013
Capital 15.000.000 15.000.000
Reservas 30.542.265 12.816.035
Resultados transitados 29.368.526 27.217.283
Resultado do exercício -2.416.432 2.390.270
Dividendos -2.151.243
Valor de balanço 72.494.359 55.272.345Ajustamentos incluindo ativos intangiveis e ajustamentos de justo
valor de terrenos e edificios não reconhecidos contabilisticamente-281.785 -439.206
Margem de solvência disponivel 72.212.574 54.833.138
Margem de solvência necessária 15.858.713 15.898.387
Cobertura 455,3% 344.9%
Margem de Solvencia Disponivel 2014 2013
Taxa de Cobertura 455,3% 344,9%
Aumento de 0,5 p.p. na "Yield Curve"
Impacto na Margem Disponivel -14.567.462 -6.190.094
Impacto na Taxa de Cobertura -91,9% -38,9%
Taxa de Cobertura após impacto 363,5% 306,0%
10% quebra no valor dos int. capital
Impacto na Margem Disponivel -2.600.066
Impacto na Taxa de Cobertura -16,4%
Taxa de Cobertura após impacto 455,3% 328,5%
2014 2015 2016
Locação operacional de viaturas 81.614 48.058 50.062
Locação operacional de equipamento informático 8.396 1.090 1.090
Prestação de serviços de cópia 44.895 32.379 32.373
Total 134.905 81.526 83.525
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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42. Elementos extra-patrimoniais
Os fundos de pensões geridos pela Companhia têm um total de ativos de 989.082 euros em
2014 (2013: 2.326.568 euros). Estes fundos de pensões não garantem rendimento mínimo.
De acordo com a Nota 13, o Fundo de Pensões da Groupama Seguros de Vida e da Groupama
Seguros, passou a estar incluído desde 31 de Julho de 2013 num fundo único – Fundo de
Pensões Groupama – sendo gerido pela Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (SGF).
43. Eventos subsequentes
No seguimento da Norma Regulamentar 9/2013-R, da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões, serve o presente para indicar que não existem eventos subsequentes a
evidenciar respeitantes ao ano de 2014.
2014 2013
AON Portugal 989.082 962.701
E.C.M. - Empresa de Cervejas da Madeira 1.363.867
Total 989.082 2.326.568
Valor dos activos do fundoFundos de pensões geridos pela companhia