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Paulo, o apóstolo da graça - Sua vida, cartas e teologia. F. F. Bruce Introdução - ... não consigo pensar em nenhum outro escritor, antigo ou moderno, cujo estudo é tão ricamente recompensador como este. Isto se deve a vários aspectos do seu caráter multifacetado: - O calor atraente de sua personalidade; - Sua estatura intelectual; - A liberação jubilosa efetuada por seu evangelho da graça redentora; - O dinamismo com que ele propagou este evangelho pelo mundo, dedicando sua vida, unicamente ao cumprimento da comissão que lhe fora confiada na estrada para Damasco. - Paulo, o escritor de cartas: - Paulo tem um lugar entre os grandes escritores de cartas da literatura mundial, pois suas cartas expressam, de modo espontâneo e por isso eloquente, seu pensamento e sua mensagem. - De acordo com Gilbert Murray ¹: “Ele, certamente, é uma das grandes figuras da literatura grega”. - As cartas de Paulo são nossa principal fonte de informação sobre sua vida e obra; elas são, na verdade, nossa principal fonte de conhecimento sobre o começo do cristianismo, são os documentos cristãos datáveis mais antigos, sendo que as mais importantes foram escritas entre dezoito e trinta anos após a morte de Jesus. - A segunda principal fonte de informações sobre Paulo é o livro de Atos, o Paulo de Atos é o Paulo histórico, visto e descrito por um observador. - Paulo é muito espontâneo em suas cartas e essa espontaneidade foi, sem duvida, facilitada pelo hábito de Paulo de ditar suas cartas, em vez de escrevê-las ele mesmo. Enquanto dita, ele vê com os olhos da mente aqueles a quem está se dirigindo, e fala como se estivesse face a face com eles.

Notas Sobre o Livro Paulo o Apostolo Da Graça

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Notas Sobre o Livro Paulo o Apostolo Da Graça

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Paulo, o apstolo da graa - Sua vida, cartas e teologia. F. F. Bruce

Introduo

- ... no consigo pensar em nenhum outro escritor, antigo ou moderno, cujo estudo to ricamente recompensador como este. Isto se deve a vrios aspectos do seu carter multifacetado:

- O calor atraente de sua personalidade;

- Sua estatura intelectual;

- A liberao jubilosa efetuada por seu evangelho da graa redentora;

- O dinamismo com que ele propagou este evangelho pelo mundo, dedicando sua vida, unicamente ao cumprimento da comisso que lhe fora confiada na estrada para Damasco.

- Paulo, o escritor de cartas:

- Paulo tem um lugar entre os grandes escritores de cartas da literatura mundial, pois suas cartas expressam, de modo espontneo e por isso eloquente, seu pensamento e sua mensagem.

- De acordo com Gilbert Murray : Ele, certamente, uma das grandes figuras da literatura grega.

- As cartas de Paulo so nossa principal fonte de informao sobre sua vida e obra; elas so, na verdade, nossa principal fonte de conhecimento sobre o comeo do cristianismo, so os documentos cristos datveis mais antigos, sendo que as mais importantes foram escritas entre dezoito e trinta anos aps a morte de Jesus.

- A segunda principal fonte de informaes sobre Paulo o livro de Atos, o Paulo de Atos o Paulo histrico, visto e descrito por um observador.

- Paulo muito espontneo em suas cartas e essa espontaneidade foi, sem duvida, facilitada pelo hbito de Paulo de ditar suas cartas, em vez de escrev-las ele mesmo. Enquanto dita, ele v com os olhos da mente aqueles a quem est se dirigindo, e fala como se estivesse face a face com eles.

- Provavelmente as cartas eram escritas em tabletes de cera, possivelmente usando algum sistema de abreviaturas, para depois serem transcritas por extenso em uma folha ou rolo de papiro.

- Paulo e a expanso do cristianismo:

- Paulo deixou sua marca na histria mundial no como um homem de letras, mas como um homem de ao.

- Era judeu de nascimento e formao e espalhou o evangelho de Cristo no mundo gentio, da Sria at a Itlia e talvez at a Espanha, durante mais ou menos 30 anos aps a sua converso por volta do ano 33 d.C.

- Paulo, pregador da graa livre e gratuita:

- A contribuio mais destacada de Paulo ao mundo, foi sua apresentao das boas novas da graa gratuita. A graa de Deus que Paulo proclamou livre e gratuita em mais de um sentido:

- Livre: No sentido em que soberana e desimpedida e no sentido de que fonte e principio de libertao de todo o tipo de servido interior e espiritual, incluindo a servido do legalismo e a servido da anarquia moral.

- Gratuita: No sentido de que oferecida s pessoas, para ser aceita apenas pela f.

- O Deus cuja graa Paulo proclamou, o nico que faz milagres:

- Criou o universo do nada;

- Chama mortos de volta vida;

- Justifica o mpio; (Este o maior milagre de todos, a criao e ressurreio correspondem ao poder do Deus vivo e vivificador, mas a justificao do mpio , primeira vista, uma contradio do carter justo de Deus, o Juiz de toda a terra, que, em Suas prprias palavras diz, no justificarei o mpio (x 23.7). Porm a qualidade da graa divina, tal que, no prprio gesto de estende-la aos que no merecem, Deus demonstra que Ele mesmo justo e o justificador daquele que tem f em Jesus. (Rm 3.26).

- Thomas Erskine disse: no Novo Testamento, religio graa, e tica gratido.

- O amor um incentivo para fazer a vontade de Deus mais forte do que regulamentos legais e o medo da condenao jamais poderiam ser.

- Quando o amor a fonte propulsora, no h nenhuma sensao de presso, conflito ou imposio para fazer o que certo; a pessoa que impelida pelo amor de Jesus e capacitada pelo Espirito Santo, faz a vontade de Deus, de corao. Porque, onde est o Esprito do Senhor, a h liberdade. (2Co 3.17).

Cap. 1:

- O Crescimento de Roma

Houve vrios imprios antes, no vale do Eufrates e do Tigre, dos quais o mais conhecido foi a Babilnia que no Sec XVIII a.C atingiu esse grau de poder sob o grande Hamurabi e, mais tarde no Sec. VI a.C. dominou no somente seus vizinhos na Mesopotmia, mas tambm as terras do oeste, at as praias do Mediterrneo e a fronteira com o Egito.

O prprio Mediterrneo testemunhou a ascenso e queda de uma sucesso de cidades imperiais:

- Sec. V a.C.: Atenas imperou no s sobre o mar Egeu, mas tambm sobre uma grande rea do Mediterrneo ocidental, at que sua rival, Roma, obrigou-a a renunciar a todas as suas possesses no alm-mar, depois de derrota-la na Segunda Gerra Pnica, no fim do Se. III a.C.

- J na era crist, a cidade de Veneza, conseguiu ter o Oriente deslumbrante em suas mos, desde o tempo das Cruzadas at o Sec. XVII.

No entanto, de todas estas cidades que dominaram as terras mediterrneas, nenhuma exerceu uma influncia to permanente sobre elas, e sobre outras bem distantes do Mediterrneo, do que Roma. Sua ascenso rpida a uma posio de domnio causou uma impresso profunda sobre as mentes dos homens da Antiguidade.

- De um povoado sobre um monte a imprio mundial