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Segurança Na senda da estratégia da formação que encetou há alguns anos, a UTC Fire & Security organizou mais um workshop, o primeiro de 2011, desta feita dedicado à videovigilância IP. Em Lisboa, a empresa reuniu cerca de 50 participantes, entre parceiros, empresas instaladoras de segurança, prescritores (projectistas, consultores, etc.), clientes finais (representantes TAP, BCP, EDP), e outros interessados. A resposta a estas formações tem sido cada vez mais elevada o que obrigou a empresa a prescindir das suas instalações, optando por espaços maiores. “Isto significa que as pessoas têm reconhecido não só que somos bons interlocutores do conceito mas que pra- ticamos esse mesmo conceito”, indica Carlos Nobre, Account Manager Systems Global Security Products, responsável por este workshop. A segurança tem evoluído cada vez mais e muito rapidamente. E, por isso, nestes workshops tocamos sempre em temas quentes da actualidade. O ano pas- sado abordámos o novo regulamento de incêndios, este ano tocámos no CCTV, uma área em revolução constante (que representa 18% do negócio GE, onde reina o segmento da detecção de intrusão). Sentimos que cada vez mais se cometem erros e existem ideias mal concebidas transversalmente, em toda a cadeia. Quisemos contribuir para desmistificar algumas pala- vras e alertar toda a cadeia que as coisas podem não ser aquilo que pensam e que é necessário ter conhe- cimento para progredir”, afirma o responsável. REGRESSO AO BÁSICO A sessão de formação começou com uma breve intro- dução sobre o desempenho e actividades da UTC Fire & Security em Portugal. Um conteúdo deveras interes- sante, se considerarmos que faz agora um ano que a empresa comprou a GE Security. Responsável por esta apresentação de cariz mais institucional, Nuno Figuei- redo, Sales Manager da UTC Fire & Security, acredita que as iniciativas de formação constituem também o momento certo para o reforço da marca: “Este não é um evento desinteressado. Tentamos olhar para este segmento de forma pedagógica e queremos que o mercado venha ter connosco para se aconselhar e para poder discutir os aspectos tecnológicos com interlocu- tores que sejam de confiança”. Quanto à apresentação técnica propriamente dita, Carlos Nobre tocou em vários tópicos associados à videovigilância: das câmaras à compressão e qualidade de imagem, largura de banda, lentes, armazenamento, monitores e até redes (unicast e multicast, PoE…). Fizemos uma análise histórica do CCTV e videovigi- lância. Regressámos aos conceitos básicos, transição do analógico para o digital, e fomos vendo, passo-a- passo, o que era necessário fazer para chegar a algu- mas conclusões. Digitalização, qualidade de imagem, compressão – o que é?, etc. Falámos sobre as redes e sobre o que se precisa de saber sobre este tema e sobre a necessidade de interligação com a área da informática. No fundo tocámos de uma forma leve mas incisiva nos vários aspectos da tecnologia”. ONVIF E PSIA: INTEGRAÇÃO À VISTA Não se focando em produtos ou soluções mas sim em conceitos, Carlos Nobre finalizou a sua intervenção abordando a problemática da integração e a sua impor- tância para o futuro do sector da segurança. Segundo Carlos Nobre, sobre esta matéria há muita informação disponível mas poucos factos. A verdade é que existem já duas iniciativas que apostam e apoiam a integração entre fabricantes. A PSIA, da qual a UTC- Fire & Security faz parte, e a ONVIF. Com propósi- tos convergentes, estas duas plataformas baseiam-se em conceitos diferentes. A PSIA - Physical Security Interoperability Alliance resulta de um consórcio glo- bal composto por mais de 65 fabricantes da área da segurança e integradores de sistemas (entre as quais Arecont Vision, Assa Abloy, Cisco Systems, Genetec, Honeywell, IBM, IQinVision, Pelco, Tyco International, etc.) focado na promoção da interoperacionalidade dos sistemas (físicos) de segurança baseados em redes IP de todos os segmentos da indústria. Por sua vez, a ON- VIF constitui um fórum aberto para o desenvolvimento de um standard global para o interface dos produtos (físicos) de segurança baseados em IP. Esta estrutura está apostada na adopção das redes IP no mercado da segurança para uma interoperabilidade ilimitada entre produtos de diferentes fabricantes. Independentemente da operação destas louváveis iniciativas, a verdade é que o sucesso e evolução do sector da segurança dependem efectivamente da inte- gração das soluções. Nuno Figueiredo acompanha esta perspectiva: “O cliente final pretende investimentos que possa reaproveitar mais tarde e quer tirar o melhor de um determinado produto e ir buscar o melhor de outro a um diferente fabricante. Para ‘casar’ todo este tipo de sistemas e subsistemas é preciso que haja comunicação entre eles, portanto, este é um requisito do próprio mercado”. UTC FIRE & SECURITY A UTC Fire & Security organizou recentemente dois workshops (Lisboa – 15/02; Porto - 23/02) dedicados ao vídeo sobre IP, câmaras megapixel e outras buzzwords. Temas muito em voga na área da segurança, mas que nem todos sabem interpretar. Por isso mesmo, a antiga GE Security não se admira que o número de participantes destas formações aumente de ano para ano. reportagem Workshop desmistifica vídeo IP e outras buzzwords ESPAÇOS | EDIFÍCIOS | EMPRESAS | 52 Por Ana Rita Dinis | Fotografia: Carlos Mateus de Lima Nuno Figueiredo, Sales Manager da UTC Fire & Security, e Carlos Nobre, Account Manager Systems Global Security Products, conduziram um workshop para cerca de 50 participantes. A mensagem dos dois responsáveis passa pela necessidade de maior conhecimento técnico e de integração no sector

Notícia revista ip março 2011

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Na senda da estratégia da formação que encetou há alguns anos, a UTC Fire & Security organizou mais um workshop, o primeiro de 2011, desta feita dedicado à videovigilância IP. Em Lisboa, a empresa reuniu cerca de 50 participantes, entre parceiros, empresas instaladoras de segurança, prescritores (projectistas, consultores, etc.), clientes finais (representantes TAP, BCP, EDP), e outros interessados.A resposta a estas formações tem sido cada vez mais elevada o que obrigou a empresa a prescindir das suas instalações, optando por espaços maiores. “Isto significa que as pessoas têm reconhecido não só que somos bons interlocutores do conceito mas que pra-ticamos esse mesmo conceito”, indica Carlos Nobre, Account Manager Systems Global Security Products, responsável por este workshop.“A segurança tem evoluído cada vez mais e muito rapidamente. E, por isso, nestes workshops tocamos sempre em temas quentes da actualidade. O ano pas-sado abordámos o novo regulamento de incêndios, este ano tocámos no CCTV, uma área em revolução constante (que representa 18% do negócio GE, onde reina o segmento da detecção de intrusão). Sentimos que cada vez mais se cometem erros e existem ideias mal concebidas transversalmente, em toda a cadeia. Quisemos contribuir para desmistificar algumas pala-vras e alertar toda a cadeia que as coisas podem não ser aquilo que pensam e que é necessário ter conhe-cimento para progredir”, afirma o responsável.

RegResso ao básicoA sessão de formação começou com uma breve intro-dução sobre o desempenho e actividades da UTC Fire & Security em Portugal. Um conteúdo deveras interes-sante, se considerarmos que faz agora um ano que a empresa comprou a GE Security. Responsável por esta apresentação de cariz mais institucional, Nuno Figuei-redo, Sales Manager da UTC Fire & Security, acredita que as iniciativas de formação constituem também o momento certo para o reforço da marca: “Este não é um evento desinteressado. Tentamos olhar para este segmento de forma pedagógica e queremos que o mercado venha ter connosco para se aconselhar e para poder discutir os aspectos tecnológicos com interlocu-tores que sejam de confiança”.Quanto à apresentação técnica propriamente dita, Carlos Nobre tocou em vários tópicos associados à videovigilância: das câmaras à compressão e qualidade de imagem, largura de banda, lentes, armazenamento, monitores e até redes (unicast e multicast, PoE…). “Fizemos uma análise histórica do CCTV e videovigi-lância. Regressámos aos conceitos básicos, transição do analógico para o digital, e fomos vendo, passo-a-passo, o que era necessário fazer para chegar a algu-mas conclusões. Digitalização, qualidade de imagem, compressão – o que é?, etc. Falámos sobre as redes e sobre o que se precisa de saber sobre este tema e sobre a necessidade de interligação com a área da informática. No fundo tocámos de uma forma leve mas incisiva nos vários aspectos da tecnologia”.

oNViF e Psia: iNtegRação à Vista Não se focando em produtos ou soluções mas sim em conceitos, Carlos Nobre finalizou a sua intervenção

abordando a problemática da integração e a sua impor-tância para o futuro do sector da segurança.Segundo Carlos Nobre, sobre esta matéria há muita informação disponível mas poucos factos. A verdade é que existem já duas iniciativas que apostam e apoiam a integração entre fabricantes. A PSIA, da qual a UTC- Fire & Security faz parte, e a ONVIF. Com propósi-tos convergentes, estas duas plataformas baseiam-se em conceitos diferentes. A PSIA - Physical Security Interoperability Alliance resulta de um consórcio glo-bal composto por mais de 65 fabricantes da área da segurança e integradores de sistemas (entre as quais Arecont Vision, Assa Abloy, Cisco Systems, Genetec, Honeywell, IBM, IQinVision, Pelco, Tyco International, etc.) focado na promoção da interoperacionalidade dos sistemas (físicos) de segurança baseados em redes IP de todos os segmentos da indústria. Por sua vez, a ON-VIF constitui um fórum aberto para o desenvolvimento de um standard global para o interface dos produtos (físicos) de segurança baseados em IP. Esta estrutura está apostada na adopção das redes IP no mercado da segurança para uma interoperabilidade ilimitada entre produtos de diferentes fabricantes. Independentemente da operação destas louváveis iniciativas, a verdade é que o sucesso e evolução do sector da segurança dependem efectivamente da inte-gração das soluções. Nuno Figueiredo acompanha esta perspectiva: “O cliente final pretende investimentos que possa reaproveitar mais tarde e quer tirar o melhor de um determinado produto e ir buscar o melhor de outro a um diferente fabricante. Para ‘casar’ todo este tipo de sistemas e subsistemas é preciso que haja comunicação entre eles, portanto, este é um requisito do próprio mercado”.

Utc FiRe & secURitY

a Utc Fire & security organizou recentemente dois workshops (Lisboa – 15/02; Porto - 23/02) dedicados ao vídeo sobre iP, câmaras megapixel e outras buzzwords. temas muito em voga na área da segurança, mas que nem todos sabem interpretar. Por isso mesmo, a antiga ge security não se admira que o número de participantes destas formações aumente de ano para ano.

reportagem

Workshop desmistifica vídeo IP e outras buzzwords

ESPAÇOS | EDIFÍCIOS | EMPRESAS | 52

Por Ana Rita Dinis | Fotografia: Carlos Mateus de Lima

Nuno Figueiredo, Sales Manager da UTC Fire & Security, e Carlos Nobre, Account Manager Systems Global Security Products, conduziram um workshop para cerca de 50 participantes. A mensagem dos dois responsáveis passa pela necessidade de maior conhecimento técnico e de integração no sector

actUaLize-se!Além desta importante mensagem, Carlos Nobre deixa uma recomendação aos profissionais e empresas de segurança: “é necessário estar melhor preparado, estudar, e ter muita atenção aos mitos estabelecidos. Não se pode ficar estagnado… é necessário aprender e saber partilhar conhecimento com outras áreas, como a informática”. Isto porque, reconhece este responsável, uma das principais dificuldades técnicas reveladas pelos profissionais prende-se com as redes. “Há muito que deixámos o CCTV para passar à videovi-gilância, enfim passámos da estrutura para o conceito, e por isso as coisas mudam. O principal problema é as pessoas julgarem que sabem aquilo que não sabem. Às vezes coisas tão simples como o cálculo da largura de banda ou o cálculo da capacidade de disco, ou até o conceito de compressão. Por exemplo, há muita gente que não sabe o que é uma compressão MPEG 4 de bit rate variável, o que significa que pode gravar muito num dia e pouco no outro, porque tudo depende da imagem que está a gravar. Não é necessário ter o detalhe matemático, mas é importante ter a ideia para perceber quando há algum problema”.Todas estas informações são fulcrais para dar resposta acertada aos desafios dos projectos. “O cliente tem determinados requisitos e quem faz uma oferta tem que ir ao encontro dessas exactas necessidades. Por exemplo, hoje fala-se muito em câmaras megapixel, mas na maior parte dos casos quando vêm especifica-das, estas câmaras não são necessárias”, exemplifica Nuno Figueiredo.

Com resultados interessantes no último ano, que superaram os do ano anterior, a UTC Fire & Security perspectiva 2011 como um ano mais difícil, também em virtude das alterações introduzidas ao nível da detecção de incêndio cujo IVA passou de 6 para 23%. Além disso, o Estado, que tem um grande um peso na indústria de segurança, através das suas obras públi-cas, também estagnou o investimento. Por outro lado, a integração na UTC Fire & Security abre novos horizontes à antiga GE Security: “A possi-

bilidade de crescimento no futuro parece agora muito mais interessante. Estamos a ser incorporados numa estrutura e está a haver uma série de transferência de conhecimento. O que se adivinha no futuro é que a nossa gama de soluções se adeqúe cada vez mais ao mercado. Estamos a posicionar-nos para ser, se não somos já, uma das grandes empresas de soluções globais de segurança com um portfolio muito mais rico, de A a Z”, afirma Carlos Nobre. nwww.utcfireandsecurity.com

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O número de participantes nos Workshops da UTC Fire & Security tem aumentado de ano para ano, para a empresa isso significa que o sector reconhece a sua credibilidade e está mais alerta para a necessidade de informação

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