14
KANÁ MANHÃES Município terá arrecadação de R$ 186 milhões por mês Com base na previsão de arrecadar R$ 2.243.475.007,10 em 2014, a Capital Nacional do Petróleo possui uma projeção de gerar, em 30 dias, exatos R$ 186.956.250,60, cerca de R$ 15 milhões a mais que o alcançado pelos cofres públicos da cidade no ano passado pág. 3 Preço da gasolina volta a aumentar Aeroporto de Macaé é o 12º no país em operações Média calculada pela ANP nos postos da cidade apontou nova variação de valores pág. 6 Moradores da Serra cobram segurança Associação busca reforço em policiamento pág. 5 SERVIÇO No ano passado, mais de 442 mil passageiros foram transportados no Aeroporto, através de voos comerciais e offshore POLÍTICA WWW.ODEBATEON.COM.BRMACAÉ(RJ),DOMINGO,9ESEGUNDA-FEIRA,10DEFEVEREIRODE2014 ANOXXXVIII Nº8317 FUNDADOR/DIRETOR:OSCARPIRES OJORNALDEMAIORCIRCULAÇÃODOMUNICÍPIO R$1,50 Lagomar ganhará escola bilíngue Unidade será construída pelo Estado através de pedido de Christino pág. 12 ASSESSORIA a crescente e intensa dinâ- mica da indústria do petró- leo na Bacia de Campos, que gera influência significativa na rotina da cidade, pode ser mensurada através da rotina de operações registradas no Aeroporto de Macaé, principal base aérea de suporte logísti- co às demandas do segmento offshore. Em função da ex- pansão das atividades no mar, o Aeroporto de Macaé passou a ocupar, no fim de 2013, a 12ª posição no ranking entre os 60 aeroportos administrados pela Infraero, em números de pou- sos, decolagens e no transporte de passageiros. pág. 3 Saneamento, falta de opção de lazer e desrespeito em Área de Preservação Permanente (APP) estão entre as principais reclamações de famílias pág. 9 EDUCAÇÃO BAIRROS EM DEBATE um curso com a proposta de contribuir para preservação dos ecossistemas regionais. Assim é o curso de pós-gra- duação da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé - FSMA que passará a ser ofe- recido este ano. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até o próximo dia 21 deste mês e podem ser feitas por e-mail ou na sede da faculdade. pág. 8 Fórum terá 2ª Vara Criminal até março Meio Ambiente é foco de curso da Salesiana A 2ª Vara Criminal deverá ser instalada até o final de março nas dependências do Fórum da cidade. A informação foi divulga- da na tarde da última sexta-feira (7) pelo juiz da Vara Criminal de Macaé, Wycliffe de Melo Cou- to. Segundo ele, no último dia 16 de janeiro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aprovou a instalação do setor no Judiciário local. pág. 5 Moradores do distrito de Glicério cobram melhorias KANÁ MANHÃES Passarela, utilizada por moradores para atravessar rio, aparenta avarias, o que compromete a segurança de visitantes do local KANÁ MANHÃES Educação promove processo seletivo a secretaria de Estado de Educação (Seeduc) segue com as inscrições abertas pa- ra o contrato temporário de professores para lecionar nos anos finais do Ensino Funda- mental e no Ensino Médio. Os profissionais selecionados vão formar o banco de reser- va para este ano letivo. As inscrições devem ser feitas pela internet. pág. 8 Com o processo de recupera- ção das atividades, o Instituto Macaé de Metrologia e Tec- nologia (IMMT), retornou a prestação de serviços para as empresas da região. O proce- dimento é promovido graças ao processo de auditoria realizado pelo Inmetro no final de 2013, que garantiu a continuidade das atividades acreditadas do laboratório de certificação de instrumentos de grandezas elé- tricas, junto à Rede Brasileira de Calibração - RBC. pág. 12 IMMT cria novo laboratório DIVULGAÇÃO WANDERLEY GIL

Noticiário 09 02 14

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Page 1: Noticiário 09 02 14

KANÁ MANHÃES

Município terá arrecadação de R$ 186 milhões por mês Com base na previsão de arrecadar R$ 2.243.475.007,10 em 2014, a Capital Nacional do Petróleo possui uma projeção de gerar, em 30 dias, exatos R$ 186.956.250,60, cerca de R$ 15 milhões a mais que o alcançado pelos cofres públicos da cidade no ano passado pág. 3

Preço da gasolina volta a aumentar

Aeroporto de Macaé é o 12º no país em operações

Média calculada pela ANP nos postos da cidade apontou nova variação de valores pág. 6

Moradores da Serra cobram segurançaAssociação busca reforço em policiamento pág. 5

SERVIÇO

No ano passado, mais de 442 mil passageiros foram transportados no Aeroporto, através de voos comerciais e offshore

POLÍTICA

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014 • ANO XXXVIII • Nº 8317 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Lagomar ganhará escola bilíngueUnidade será construída pelo Estado através de pedido de Christino pág. 12

ASSESSORIA

a crescente e intensa dinâ-mica da indústria do petró-leo na Bacia de Campos, que gera influência significativa na rotina da cidade, pode ser mensurada através da rotina de operações registradas no Aeroporto de Macaé, principal base aérea de suporte logísti-co às demandas do segmento offshore. Em função da ex-pansão das atividades no mar, o Aeroporto de Macaé passou a ocupar, no fim de 2013, a 12ª posição no ranking entre os 60 aeroportos administrados pela Infraero, em números de pou-sos, decolagens e no transporte de passageiros. pág. 3

Saneamento, falta de opção de lazer e desrespeito em Área de Preservação Permanente (APP) estão entre as principais reclamações de famílias pág. 9

EDUCAÇÃOBAIRROS EM DEBATE

um curso com a proposta de contribuir para preservação dos ecossistemas regionais. Assim é o curso de pós-gra-duação da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé -

FSMA que passará a ser ofe-recido este ano. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até o próximo dia 21 deste mês e podem ser feitas por e-mail ou na sede da faculdade. pág. 8

Fórum terá 2ª Vara Criminal até março

Meio Ambiente é foco de curso da Salesiana

A 2ª Vara Criminal deverá ser instalada até o final de março nas dependências do Fórum da cidade. A informação foi divulga-da na tarde da última sexta-feira (7) pelo juiz da Vara Criminal de

Macaé, Wycliffe de Melo Cou-to. Segundo ele, no último dia 16 de janeiro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aprovou a instalação do setor no Judiciário local. pág. 5Moradores do distrito de

Glicério cobram melhorias

BAIRROS EM DEBATEKANÁ MANHÃES

Passarela, utilizada por moradores para atravessar rio, aparenta avarias, o que compromete a segurança de visitantes do local

KANÁ MANHÃES

Educação promove processo seletivoa secretaria de Estado de Educação (Seeduc) segue com as inscrições abertas pa-ra o contrato temporário de professores para lecionar nos anos finais do Ensino Funda-mental e no Ensino Médio. Os profissionais selecionados vão formar o banco de reser-va para este ano letivo. As inscrições devem ser feitas pela internet. pág. 8

Com o processo de recupera-ção das atividades, o Instituto Macaé de Metrologia e Tec-nologia (IMMT), retornou a prestação de serviços para as empresas da região. O proce-dimento é promovido graças ao processo de auditoria realizado pelo Inmetro no final de 2013, que garantiu a continuidade das atividades acreditadas do laboratório de certificação de instrumentos de grandezas elé-tricas, junto à Rede Brasileira de Calibração - RBC. pág. 12

IMMT cria novo laboratórioDIVULGAÇÃO

WANDERLEY GIL

KANÁ MANHÃES

R$ 15 milhões a mais que o alcançado pelos cofres públicos da cidade no ano passado

Preço da gasolina

aumentar

Aeroporto de Macaé é o 12º no país em operações

Média calculada pela ANP nos postos da cidade apontou nova variação de valores pág. 6

Moradores

segurança

busca reforço em pág. 5

SERVIÇO

a crescente e mica da indústria do petró-leo na Bacia de Campos, que gera influência significativa na rotina da cidade, pode ser mensurada através da rotina de operações registradas no Aeroporto de Macaé, principal base aérea de suporte logísti-co às demandas do segmento offshore. Em função da ex-pansão das atividades no mar, o Aeroporto de Macaé passou a ocupar, no fim de 2013, a 12ª posição no ranking entre os 60 aeroportos administrados pela Infraero, em números de pou-sos, decolagens e no transporte

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2 MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014

CidadeNOTA

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAEdição: 213 Publicação: 27 de dezembro de 1980

Vereador recebe apelos para não renunciar

Vários correligionários, amigos e cabos eleito-rais do vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pe-reira, estiveram em contato com nossa equipe de reportagem apelando para que o parlamentar de-sistisse da ideia de renunciar ao cargo na Câmara Legislativa de Macaé. O líder do movimento é Selmo Cordeiro, o qual informou que realizou apelo para a não concretização da renúncia. O parlamentar tem anunciado, durante todo o final deste ano, que iria renunciar ao cargo. De acordo com Selmo, os apelos já foram feitos, inclusive através de um abaixo-assinado, feito por aqueles que acreditaram na representação destacada do parlamentar. O vereador, por sua vez, apesar de ter recebido apelos e súplicas para a desistência de sua decisão, anuncia que se manterá firme.

* * *Tráfego do Aeroporto de Macaé será transferido para Campos

A partir do dia cinco de janeiro de 1981, todo o trá-fego do Aeroporto de Macaé deverá ser transferido para o Aeroporto de Campos dos Goytacazes. Trans-ferência ocorre em virtude das obras de melhorias que acontecem lá. De acordo com a previsão, o perío-do mínimo para executar as ações é de quatro meses. Durante os cento e vinte dias de obras, os helicóp-teros que trabalham para a Petrobras, operarão em Campos, permitindo que o Aeroporto da Princesinha do Atlântico receba a infraestrutura necessária para o atendimento às operações relacionadas à produção e exploração na Bacia de Campos. Situação tem dividi-do opiniões, já que de acordo com alguns pilotos que utilizam o local, daria perfeitamente para realizar as operações, independente de obras.

Fafima abre inscrições para o Vestibular 81

A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé está com inscrições abertas desde o último dia vinte e seis para o Vestibular 81. Os interessa-dos têm até o próximo dia vinte e oito para efetua-rem a inscrição. Para a realização do procedimen-to é necessário preencher um requerimento de inscrição, comprovante de escolaridade de segun-do grau (ou documento equivalente), carteira de identidade (fotocópia autenticada) e pagamento da taxa de inscrição no valor de Cr$ 800, a serem depositados em conta da faculdade, na agência da Caixa Econômica Federal. As provas serão re-alizadas nos dias 25 e 28 de janeiro, todas serão objetivas, com cinco opções de respostas, exceto a redação e a questão discursiva de estudos sociais. A instituição oferece 90 vagas para o curso de Le-tras e 120 para o curso de Pedagogia.

O Centro de Educação Tecnológica e Profissional (CETEP) abriu Processo Seletivo Simplificado (PSS) para selecionar instrutores por tempo determinado

Macaé segue com seis praias impróprias para banho nesse verãoEstudo apresentado pelo Instituto Estadual do Ambiente registra apenas as Praias Campista, dos Cavaleiros e do Pecado com índices aceitáveis para a balneabilidade

Bandidos arrombam caixas eletrônicosem uma ação surpreendente, bandidos aproveitaram o encer-ramento do expediente da ad-ministração do Aloha Shopping, centro comercial situado no Calçadão da Avenida Rui Bar-bosa, para render funcionários e arrombar, com o auxílio de maçaricos, dois caixas eletrôni-cos, operados pelos Bancos San-tander e Bradesco. Na ação, os suspeitos se preocuparam em desativar o sistema de monito-ramento por câmeras do local, o que dificulta a identificação.

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MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014 3

Política Estimativa do governo é que Participação Especial na produção do petróleo renda R$ 9 milhões neste mês

NOTA

PONTODE VISTA

Com a atual legislação eleitoral e partidária bastante casuística, a bel prazer dos que comandam as siglas - afinal são 32 partidos registrados até agora - fazendo a dança das cadeiras na monumental “ilha da fantasia” (Brasília), cada dia vai se tornando mais difícil o surgimento de líderes políticos que possam, de fato, aten-der aos anseios da população. Apenas para refrescar a memória e lembrar episódios que demonstram isso, as manifestações espontâneas ocorridas em junho do ano passado e que, pelo andar da carruagem, devem ocorrer antes, durante e até depois da Copa do Mundo (menos no Carnaval!!!), e repercutir bastante nas eleições de outubro, quando estaremos esco-lhendo os candidatos à Presidência da República, senadores, governado-res, deputados federais e estaduais. As siglas dominadas por grupos que, muitas vezes, recebem benesses dos governos em todas as esferas federal, estadual e municipal, acabam des-compromissadas e distantes da po-pulação porque o elevado número de cargos comissionados garante a renda polpuda para os “donos”, mantendo-se sempre aliados do poder. Não é à toa que desde 2003 até os dias atuais, a oposição deixou de existir. É mais fá-cil trocar de partido e garantir um bom emprego e manter uma boa renda (normalmente os salários de concur-sados não atendem às expectativas da formação acadêmica e podemos ter como exemplo os professores), do que lutar para que se tenha me-

ritocracia. Agora mesmo, Quissamã como exemplo, onde a realização de um concurso público já com mais de 30 mil inscrições para disputar 70 car-gos, um deles, a ser disputado, para assessoria jurídica, não se exigia a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, um bacharel em direito, apenas, poderá ocupar o lugar de um profissional que se dispôs a realizar o exame para ter inscrição na Ordem. A Lei Orgânica dos Partidos Políticos facilita a criação de siglas e, também, o domínio por “quem dá mais”. Com a legislação cada vez mais branda para o vale-tudo eleitoral, o próprio Tribunal Superior Eleitoral se vê às voltas com a Procuradoria Geral da República numa discussão que pode chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), apenas para resgatar na Resolução 23.000, editada em dezembro, que tolhe a ação do Ministério Público de agir nas investigações. À medida que políticos “desonestos” continuam a marcha para desmoralizar o STF como vem ocorrendo no caso do mensalão, há que se lembrar, no mínimo, uma célebre frase de Rui Barbosa, num dis-curso no Senado Federal quando o Rio de Janeiro era capital do país e que até os dias atuais, ainda é lembrada e deve ser perpetuada: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injusti-ça. De tanto ver agigantarem-se os po-deres nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Vai longe o tempo em que os ma-caenses nativos sonhavam em ver o município com portas abertas para o mundo, podendo se transformar na Capital do Turismo, disputando com Cabo Frio de um lado, e de outro, com a distante Guarapari (Estado do Espírito Santo), essa rica indústria. Antes da inauguração da rodovia BR-101, ocor-rida em 1974, todo o tráfego rodoviário e ferroviário tinha a cidade de Macaé como importante ponto de referência para aqueles que, do Rio de Janeiro e outras cidades importantes mais ao sul, tinham como destino o lugarejo capixaba. O município de Macaé era conhecido porque, parada quase obri-gatória por dividir as duas pontas, o Restaurante do Aroldo, o Hotel Pala-ce, o Café e Restaurante Belas Artes, o Lar de Maria (parada de ônibus) e o antigo mercado de peixes, faziam his-tória até que, no mesmo ano em que, inaugurada a rodovia federal ligando o Rio ao Nordeste, e com a dragagem do curso do Rio Macaé destruindo um dos pilares da antiga ponte, foi des-coberto o campo de Garoupa. Com o desvio da rota - a Rodovia Amaral Peixoto é sinuosa e mais comprida -, o comércio sofreu as consequências do esvaziamento. Mas, quis a Petrobras, por razões estratégicas, instalar suas unidades por aqui, período em que co-meçou a mudança ensejada antes de indústria do turismo, para a indústria do petróleo. Até 1977, quando a cida-de rapidamente foi se transformando

como base para a prospecção de pe-tróleo na plataforma continental do li-toral fluminense, denominada de Bacia de Campos, talvez poucos pudessem imaginar como seria o município hoje. O crescimento desordenado com inva-sões de manguezais, áreas de restinga e de proteção ambiental, como o caso do Lagomar, onde o Incra aprovou lote-amento com ocupação de 5 mil metros quadrados, e de áreas públicas, a pe-riferia se tornou a ocupação irregular de quem chegava por falta absoluta de uma política habitacional. Com a che-gada da Petrobras e de grandes em-presas, a construção do aeroporto que chegou a figurar na estatística como o terceiro mais importante no Brasil em pouso e decolagem, os políticos que até 1986 não imaginavam que teriam os mirabolantes recursos dos royalties, também não cobraram do governo fe-deral e estadual as obras necessárias de infraestrutura, passando a reinar o caos. Hoje, com ares diferentes e sem lideranças que possam ganhar a credi-bilidade da população, para a cobrança, se vive apenas em expectativa. Mas a principal sala de visitas que deveria ser o aeroporto ou a BR-101, continua imersa no esquecimento. No primei-ro caso, uma pista para aeronaves de médio e grande portes, e no segundo, a duplicação para diminuir o tempo e os acidentes fatais registrados. Onde estão as autoridades responsáveis para cobrar, com urgência, a realização des-sas obras para se ter a sala de visitas? .

PONTADA

Quem manda?

Sala de visitas* * *

* * *

Macaé prevê arrecadação de R$ 186 milhões por mês

RECURSOS

Previsão é apontada pelo governo que estabeleceu nesta semana valores que serão gastos pelo município, através da aplicação do orçamento deste anoMárcio [email protected]

O governo municipal estabeleceu nesta semana a programação

de arrecadação, assim como a execução mensal, dos recursos que serão gerados pelo municí-pio ao longo dos 12 meses deste ano. Com base na previsão de arrecadar R$ 2.243.475.007,10 em 2014, o município possui um projeção de gerar, em 30 dias, exatos R$ 186.956.250,60, cerca de R$ 15 milhões a mais que o alcançado pela cidade no ano passado.

A projeção é calculada através da divisão da previsão orça-mentária já estabelecida pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, entre os 12 meses de arrecadação.

Porém, as previsões de execu-ção orçamentária definida pelo governo através do decreto nº 014/2014, publicado na última sexta-feira (7), apontam uma

oscilação bastante positiva para a gestão municipal.

De acordo com o anexo do decreto publicado, fevereiro será o mês mais próspero para a arrecadação municipal deste ano, através da previsão de ar-recadação de R$ 202.218.299,22.

Para o mês atual, o governo estima uma arrecadação de R$ 61.467.266,73 apenas com os recursos derivados da explora-ção e da produção do petróleo na Bacia de Campos. Com os royalties, a estimativa é de R$ 49 milhões, somado a cerca de R$ 9 milhões com a primeira parcela referente à Participação Especial (PE) do ano.

Já com a arrecadação própria, Macaé deverá alcançar neste mês o montante de R$ 125 mi-lhões.

Com os repasses governa-mentais, o valor será de R$ 15,5 milhões.

Na análise detalhada dos vo-lumes que serão gerados por fonte, a projeção de arrecada-ção municipal é diferenciada.

De acordo com o decreto,

Macaé receberá o maior volu-me de recursos do petróleo em fevereiro, porém, com as recei-tas próprias, o maior montante será registrado em março, com uma previsão de mais de R$ 130 milhões.

Com os repasses governa-mentais, o mês mais próspero será em agosto, com uma esti-mativa de R$ 17 milhões.

O decreto estabelece regras mais rígidas para o cumpri-mento das metas orçamentárias estabelecidas pela LOA, apon-tando diretrizes para mudanças em relação ao publicado.

Segundo o decreto, altera-ções no quadro de execução mensal de despesas ocorrerão apenas em casos de excesso de arrecadação, ou mediante casos de necessidade de mudança de empenho. Ambos procedimen-tos serão realizados através de decreto do governo.

De acordo com o quadro de execução mensal de desembol-so, também publicado pelo de-creto, o governo aplicará apenas neste mês R$ 24.580.022,73 em

recursos na Saúde. As princi-pais fontes de investimentos são os recursos próprios, que garantirão mais de R$ 24 mi-lhões ao setor.

Já a Educação gastará neste mês R$ 27.079.938,72, segundo o quadro. A maior parte, cerca de R$ 17 milhões, também provém das receitas próprias.

O setor de Obras e Urbanis-mo contará com a maior apli-cação de recursos neste mês: R$ 30.484.794,49, tendo os royalties como principal fonte.

KANÁ MANHÃES

Cerca de R$ 25 milhões gerados neste mês pelos royalties do petróleo serão aplicados pelo governo na realização de obras

NÚMEROS

R$ 24 miSerão aplicados na Saúde

R$ 27 miDestinados à Educação

R$ 30 miSerão aplicados pelo governo neste mês em investimentos

Aeroporto de Macaé ocupa 12ª colocação em operações

SERVIÇO

a crescente e intensa dinâmi-ca da indústria do petróleo na Bacia de Campos, que gera in-fluência significativa na rotina da cidade, pode ser mensurada através da rotina de operações registradas no Aeroporto de Macaé, principal base aérea de suporte logístico às demandas do segmento offshore.

Em função da expansão das atividades no mar, o Aeroporto de Macaé passou a ocupar, no fim de 2013, a 12ª posição no ranking entre os 60 aeroportos administrados pela Infraero, em números de pousos, decolagens e no transporte de passageiros.

De acordo com os números divulgados nesta semana pela estatal nacional, o Aeropor-to registrou no ano passado o transporte de 442.983, o que supera aeroportos situados em cidades e capitais como Belo Horizonte, Vitória, Londrina e Florianópolis, perdendo apenas para as bases que registram as maiores movimentações turís-

Base macaense supera terminais de capitais do país em números de pousos e decolagens

ticas do país.Segundo os números, o Ae-

roporo registrou 66.476 ope-rações executadas pelas cerca de 80 aeronaves que circulam diariamente pela base. Apesar de expressivo, o número gera uma constatação interessante.

Enquanto o número de passa-geiros cresceu, o percentual de operações na pista da base ma-caense reduziu. Isso se deve a um novo fator também relativo à indústria do petróleo.

"Passamos a registrar a ope-

KANÁ MANHÃES

Números do Aeroporto de Macaé superam bases situadas em cidades como Belo Horizonte, Florianópolis e Vitória

ração de aeronaves de maior porte. Ou seja, são mais pesso-as sendo transportadas em um mesmo voo. Isso também quer dizer que aeronaves maiores passam sobre nossas cabeças e telhados, mais combustível, maior necessidade de pátio pa-ra estacionamento e mais rigor com a segurança de voo", ana-lisou Hélio Batista dos Santos Filho, superintendente do Ae-roporto de Macaé.

Os dados apontam também curiosidades como o transporte

de 66.572 passageiros através da "aviação geral", voos realizados por aeronaves particulares.

A Líder Taxi Aéreo lidera o ranking entre as empresas que realizam voos offshore. A com-panhia transportou 194.494 passageiros, promovendo 66.572 operações.

Já através voos comerciais, operados pela Empresa Trip, 52.964 passageiros foram trans-portados através de 2.438 ope-rações de pousos e decolagens realizadas.

De mansinho, o vereador Chico Machado (PMDB) vem mantendo contato com instituições importantes. Pela abordagem durante as conversas nas visitas para saber o que desejam os interlocutores, tudo leva a crer que ele deverá ser pré-candidato a deputado estadual. A esta altura, para fazer dobradinha com Adrian Mussi (deputado federal).

Macaé na Globo News. Para quem gosta de ver Macaé divulgada, não deve deixar de assistir às 18h30 de hoje (domingo, 9), o documentário realizado pelo jornalista Fernando Gabeira, ex-PV, em que relata fatos desconhecidos de muitos e mostra a realidade dos dias atuais da Capital Nacional do Petróleo, outrora vila pacata de pescadores que aos poucos está se exaurindo no tempo. A informação é importante e prazerosa!

Às quartas-feiras e aos sábados durante a noite, um trecho da Avenida Atlântica que dá acesso à Praia dos Cavaleiros, vira uma grande festa com os soltadores de pipa. É um cenário bonito e interessante. Mas a prefeitura bem que poderia fazer a sua parte, no dia seguinte, com um ancinho retirar nas areias as linhas de cerol que provocam corte.

Eduardo Neiva, que atualmente preside o Instituto Macaé de Metrologia (IMMT), conseguiu em pouco tempo, resgatar a importância daquele órgão e vem participando de vários eventos importantes, até no exterior. Ainda encontra tempo para presidir a Comissão Provisória do PSDC e filiar aliados para a eleição do diretório no mês de março.

Até domingo.

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4 MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

De todos os pontos do litoral da cidade, apenas três estão acessíveis à população, ou seja, dentro dos li-mites aceitáveis para balneabilidade.

A Arqueologia Brasileira foi inaugurada através dos es-forços e financiamento do Imperador D. Pedro II que, na qualidade de mecenas, acompanhou pessoalmente diversas escavações nos sambaquis do país.

Marcas do passado

O Patrimônio Arqueológico de Macaé: mais de um século de pesquisas

Ao ser reconhecida no passado como a Prince-sinha do Atlântico, hoje

o município registra os efeitos nocivos da degradação gerada pela inércia do poder público em não preservar o que de há mais precioso: o ecossistema.

Antes cartão-postal da cidade contemplada pelo azul do mar, o verde da floresta e a formação dos paredões da Serra, hoje a Praia da Barra, primeiro espaço do litoral macaense visto por quem chega à Capital Nacional do Petróleo, pelo lado norte, é sinônimo de poluição.

Nas águas salinas são despe-jadas diariamente toneladas de resíduos e materiais orgânicos transportados pelas águas do Rio Macaé que, por sua vez, sofre com a degradação gerada pela ocupa-ção irregular das suas margens, efeito ocasionado pelo crescimen-to populacional e desgovernado.

Apesar de concentrar, como um quadro, a visão do além mar, a for-mação rochosa onde está situado o Forte Marechal Hermes e a Foz do Rio Macaé, a Praia da Barra hoje é o principal desafio do poder público em garantir a sua despoluição, um processo vagaroso e caro, que não deve acontecer nos próximos anos.

Antes intocada devido à vegeta-ção densa do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, a Praia do Lagomar tornou-se também sinô-nimo de disputa para quem quer viver no bairro que mais cresceu em Macaé nos últimos anos.

Sem a existência de qualquer tipo de serviço básico de saneamento, ou de controle da expansão de residên-cias erguidas em antigos sítios, hoje o bairro também despeja materiais e resíduos nas águas claras e turbu-lentas de um dos pontos também belos do litoral da cidade. Ao que parece, uma nova realidade começa a surgir naquela região, através do andamento das obras de ampliação da infraestrutura, conduzidas pelo novo governo, e que contemplam também intervenções voltadas a ex-pandir redes de saneamento básico.

A Imbetiba, berço do processo de expansão da indústria do petróleo, ponto tradicional da vida social de Macaé no passado não tão distante, hoje também representa a degra-dação gerada pela circulação de centenas de rebocadores e embar-cações que atendem as unidades de exploração da Bacia de Campos.

Perto dali, a Praia das Conchas e das Tartarugas, talvez o ponto mais bonito do litoral da cidade, tornou-se intocável, não pelo bloqueio do acesso, mas sim pela emissão de toneladas de esgoto produzidos por residências e esta-belecimentos comerciais situados na área próxima a Imbetiba.

A Lagoa de Imboassica, o re-curso hídrico mais importante do ecossistema local, agoniza diante do despejo direto de esgoto e ma-teriais orgânicos, que impedem que a água doce seja usufruída pe-la população que assiste, de forma triste, a sua degradação.

Nos anos finais do século XIX, Ladisláu Netto, co-mo emissário do Museu

Nacional do Rio de Janeiro, realiza os primeiros estudos arqueológi-cos nas Serras de Macaé e torna a Pré-História macaense conhecida internacionalmente.

A publicação de Netto é datada de 1877 e noticia a descoberta de um pequeno crânio com calota superior muito espessa. O crânio de Macaé (crânio nº. 8 da coleção do Museu), como ficou conhecido, possuía ele-mentos morfológicos que o apro-ximava dos crânios da região de Lagoa Santa, aos quais se atribuía a maior antiguidade registrada para todo o Continente Sul-Americano.

Ciente da importância da des-coberta Ladisláu Netto, o pioneiro da Arqueologia macaense, enviou o crânio de nº. 8 aos eminentes Armand deQuatrefages(professor do Museu de Ciências Naturais de Paris)e Rudolf Virchow (professor de Antropologia na Universidade de Berlim, presidente da comissão europeia que comprovou a autenti-cidade do Homem de Neanderthal), cujas vidas foram dedicadas à elu-cidação da antiguidade do Homem noPlaneta, tornando a Arqueologia de Macaé conhecida mundialmente.

O interesse pelo patrimônio ar-queológico do município cresceu desde então e Macaé passou a fi-gurar definitivamente na história da arqueologia brasileira. Os sam-baquis do Rio Macaé permitiram a identificação de um dos estágios de desenvolvimento cultural da pré-história Nacional, marcan-do uma fase da história evolutiva do Homem na América através da Fase Macaé, estabelecido pelo Programa Nacional de Pesqui-sas Arqueológicas (PRONAPA). O programa foi empreendido na década de 1960 por iniciativa do CNPq (então Conselho Nacional de Pesquisas) em parceria com o Smithsonian Institution (Washing-

ton, DC.). Neste sentido, Macaé foi palco do processo de instalação da pesquisa científica em moldes mo-dernos na ArqueologiaNacional e imprimiu seu nome nos manuais de Pré-história e principais publi-cações científicas da área.

Atualmente Macaé figura nos arquivos do Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN como detentora de 14 sítios arqueológicos. Somam-se a estes os sítios descobertos nas pesqui-sas de licenciamento ambiental (EIA/RIMA) oportunizadas pela instalação de grandes obras de en-genharia no município. Destaca-se ainda o imenso potencial arqueo-lógico subaquático de uma cidade que sempre foi voltada para o mar, dotada de vocação marítima e por-tuária secular. O intenso trânsito de naus portuguesas, holandesas e francesas entre os cabos São Tomé e Frio aponta para a possibilidade de sítios de naufrágio, a exemplo do famoso Galeão Português carrega-do de prata naufragado nos mares de Cabo Frio que até hoje atrai o turismo de mergulho e caçadores de tesouro aventureiros.

Contudo, pouco sabemos a res-peito de todos estes sítios. Sequer possuímos seus dados básicos de localização ou conhecemos seu grau atual de preservação. A salva-guarda do patrimônio arqueológico macaense é de responsabilidade da administração municipal e o rápido crescimento imobiliário e industrial da cidade constitui ameaça pre-mente. É necessário que perma-neçamos atentos, no objetivo de evitar que uma riqueza científica, descoberta e enaltecida no passa-do, se transforme em experiência negativa.

Gustavo Peretti Wagner - Dire-tor de Projetos Socioeconômicos (FUMDEC). Arqueólogo e Histo-riador, Dr.

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NOTA

KANÁ MANHÃES

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GUIA DO LEITORTELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191

SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192

CORPO DE BOMBEIROS: 193

DEFESA CIVIL: 199

POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330

DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326

DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320

DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262

HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061

AMPLA: 0800-28-00-120

CEDAE: 2772-5090

PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440

ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173

AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950

CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214

CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256

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TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100

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Eleições IEm Macaé, dois nomes fortes da política regional possuem apoiadores de peso para a construção de projetos relativos à disputa pela sucessão do governo do Estado, que são o senador Lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Pezão (PMDB). Os dois têm agendas já garantidas a novas visitas à cidade até a data de definição das candidaturas a uma das eleições já consideradas como das mais duras na briga pela condução de um governo ca-paz de gerar mais de R$ 80 bilhões em orçamento.

Eleições IISe por um lado, nomes e partidos já demons-traram de forma clara quais são os seus pré-candidatos, na disputa entre Lindbergh e Pe-zão, de outro ainda há a expectativa quanto em qual palanque lideranças do governo municipal irão subir. A cada semana que passa diminui o tempo para a consolidação de alianças para os projetos que irão concorrer à sucessão do governo do Estado, e assumir posicionamentos importantes em relação a Macaé.

EncontrosO secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, cumpriu nesta semana dois dias de agen-das dedicadas exclusivamente a desenvolver parcerias com outros setores do Estado em prol de demandas da cidade. O deputado estadual participou também de encontros políticos, com lideranças de partidos que atuam, até mesmo com mandato, na cidade. Christino anunciou o retorno da Coordenadoria Regional da Educação, como polo, e a construção da escola no Lagomar.

RotativoO dilema é grande para os motoristas da cidade que tentam utilizar as cerca de mil vagas admi-nistradas pelo sistema do Macaé Rotativo. A falta de troco é um dos principais problemas en-frentados pelos usuários, que optam por utilizar os estacionamentos particulares. O medo da aplicação de multas e a fiscalização constante dos profissionais que atuam em nome da em-presa que presta o serviço na cidade também afastam os motoristas.

DoaçãoMembros da Guarda Municipal de Macaé se mobilizam em campanha para garantir a do-ação de sangue. A atitude, mais que nobre, é em função da necessidade apresentada por uma mãe e um bebê, de quatro meses, que foram atropelados nesta semana, e seguem internados no Hospital Público Municipal. A convocação para a corrente do bem acontece pelas redes sociais, mas já se espalhou para grande parte da população da cidade.

NegóciosNos próximos dias 17, 18 e 19, o Sebrae, em parceria com a Petrobras, realiza o 1º Encon-tro de Negócios com objetivo de fomentar a economia entre as empresas que participam do arranjo produtivo do petróleo. No Senai de Macaé, representantes de companhias for-necedoras da Bacia de Campos terão conta-to direto com três empresas fortes do ramo: Skanska, UTC e Engeman. Para participar, os interessados devem fazer inscrições.

CanadáA Rede-Petro Bacia de Campos se prepara para receber também uma comitiva de em-presários do Canadá que possui interesse em participar do mercado offshore de Macaé. A troca de experiência entre as companhias que possuem a expertise no arranjo produtivo local também é um dos atrativos para os empresá-rios canadenses que chegam à Capital Nacio-nal do Petróleo nesta segunda-feira (10). As expectativas de negócios são grandes.

FocoVale ressaltar que o momento não é muito positivo para empresas voltadas ao setor de perfuração e exploração de novas reservas de petróleo. Com a mudança de estratégia da Pe-trobras, em direcionar os investimentos para a manutenção das unidades em atividades, essas empresas, a maioria multinacionais estão des-mobilizando equipes de funcionários, através das demissões em massa. A situação é tensa e deve durar até o próximo ano.

DengueA campanha contra a dengue ganha mais um reforço. Funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secreta-ria Municipal de Saúde estão realizando um trabalho de conscientização junto aos órgãos públicos da prefeitura, com a colo-cação de cartazes intitulados "Todos contra a Dengue - Faça a sua parte". O objetivo é orientar os servidores sobre o combate ao mosquito Aedes Aegypti.

O tráfego intenso de caminhões e carretas que atendem à indústria offshore é um dos principais causadores dos transtornos enfrentados pelo trânsito de Macaé. Medidas, como a construção da Estrada Norte/Sul, iniciada no governo passado, mas finalizada pela atual gestão, ajudou a amenizar os congestionamentos gerados no trecho da Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106).

Macaé sediará Seminário Nacional de Medicina Natural Alternativa

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MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014 5

PolíciaNOTA

JUDICIÁRIO

2ª Vara Criminal deverá ser instalada até final de marçoSegundo o juiz da Vara Criminal de Macaé, Wycliffe de Melo Couto, no último dia 16 de janeiro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio da Janeiro, aprovou a instalação do setor no municípioDaniela [email protected]

A 2ª Vara Criminal de-verá ser instalada até o final de março nas de-

pendências do Fórum da cidade. A informação foi divulgada na tarde da última sexta-feira (7) pelo juiz da Vara Criminal de Macaé, Wycliffe de Melo Cou-to. Segundo ele, no último dia 16 de janeiro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aprovou a instalação do setor no Judiciário local.

Na última sexta-feira, as pri-meiras mobílias da sala onde funcionará a 2ª Vara Criminal chegaram e começaram a ser instaladas.

Wycliffe de Melo Couto re-latou que desde o início de 2013, a instalação de mais um setor criminal era reivindica-da. “Cheguei em Macaé em de-zembro de 2012 e me assustei com a quantidade de processos no setor criminal, com a reali-dade da comarca. Havia uma grande necessidade da 2ª Vara Criminal. E desde então, vínha-mos lutando para instalação de mais um setor criminal, pedin-do incansavelmente e mostran-do a realidade da comarca e do

município”, ressaltou. Ainda se-gundo o juiz, dados estatísticos relacionados à criminalidade em Macaé eram apresentados com frequência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “Felizmente, o órgão se sensi-bilizou e, no último dia 16 de

janeiro, aprovou a instalação da 2ª Vara Criminal em Macaé. A própria presidência do tribunal pediu urgência na instalação do setor”.

O juiz explicou ainda que a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já está

se movimentando para nomear os servidores que atuarão na 2ª Vara Criminal de Macaé.

A 1ª Vara Criminal vai ter competência para julgar pro-cessos criminais e os que vão a júri popular. Além dos proces-sos criminais, a 2ª Vara ficará

Julgamentos de crimesalém da Capital Nacional do Petróleo, Macaé é conhe-cida também pelo tráfico de drogas, segundo apontou o juiz. “O tráfico e o consumo de drogas refletem nos pro-cessos criminais. O grande número de processos hoje que chama a atenção está relacio-nado com o tráfico de drogas. Ações para coibir esse crime são realizadas pelas Polícias

Federal, Militar e Civil. Todos se esforçam para reprimir o tráfico”, enfatizou.

Outros crimes como roubo, furto e de violência doméstica atualmente “assustam” o setor judiciário macaense. “O crime de violência doméstica afeta a camada da sociedade mais sim-ples. São quase cinco mil pro-cessos de violência doméstica e isso me assusta”, afirmou.

WANDERLEY GIL

Mobília para 2ª Vara Criminal já começou a ser instalada na sala onde funcionará o setor

com casos do JECRIM (Jui-zado Especial Criminal) e de violência doméstica. “Fazia em média 120 audiências por mês. Era quase o dobro do que o tri-bunal exige, que são 70 audiên-cias. Teremos agora em média

140 audiências, só que de forma mais tranquila, sem causar des-gastes aos juízes, advogados e servidores”, enfatizou o juiz da Vara Criminal de Macaé.

Oito servidores deverão atuar na 2ª Vara Criminal de Macaé.

Moradores da região serrana sofrem com falta de policiamentoSEGURANÇA

Durante toda essa semana, a necessidade do reforço de po-liciamento nos seis municípios abrangidos pelo 32º BPM (Ma-caé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabu), foi de-batido por autoridades políticas da região e militares.

Reunião ocorrida no início da semana na Prefeitura de Rio das Ostras debateu a importân-cia de ampliar o espaço físico da Companhia Escola de Rio das Ostras, bem como o aumento do número de policiais militares, de 100 para 200.

Segundo o comandante do 32º BPM, Ramiro Campos, a expec-tativa é que com a parceria entre

Atualmente, somente três policiais militares fazem a segurança nos distritos localizados na região serrana de Macaé: Córrego do Ouro, Frade e Glicério

Polícia Militar, poderes Executi-vo e Legislativo, a reivindicação seja atendida o mais breve possí-vel pelo governo do Estado, po-dendo as seis cidades da região contar com reforço no efetivo.

Assaltos, furtos, tentativas de homicídios e homicídios são diariamente registrados em bairros e comunidades de Macaé. Na região serrana, on-de estão localizados os distritos de Córrego de Ouro, Frade, Sa-na e Glicério, a situação não é diferente. Moradores e comer-ciantes são preocupados com a falta de policiamento na região, principalmente na principal rua de Glicério, Baltazar Rangel.

Segundo um comerciante, que preferiu não se identificar, a falta de segurança amedronta a população local. Os riscos de assaltos são diários, pois atual-mente somente três policiais militares fazem a segurança na região. Eles trabalham em DPOs (Delegacias de Polícia Distritais). Enquanto um poli-cial faz a segurança nas ruas, os

outros dois ficam nos postos. “O DPO aqui de Glicério fica mui-to escondido. Bandidos conse-guem tranquilamente render o policial que fica no estabele-cimento. Uma boa alternativa seria transferir o DPO aqui pa-ra a rua principal de Glicério”, destacou o comerciante.

No último dia 24 de janeiro, foi realizada uma reunião com a população da região serrana para discutir segurança pública. O comerciante, que participou do encontro, afirmou que até o próximo dia 15 de fevereiro, mais viaturas chegarão a Ma-caé, mas sem policiais. “Sabe-mos que as viaturas vão chegar. Mas se não há policiais para re-forçar a segurança aqui na ser-ra, não adianta nada. Só aqui em Glicério, são 3.500 moradores, e precisamos do reforço policial urgente, porque o carnaval se aproxima e toda essa região, nos quatro dias de folia, recebe em torno de 10 mil pessoas”, desta-cou. Ainda de acordo com ele, uma nova reunião está prevista

para acontecer daqui a 45 dias. O comerciante ressaltou ain-

da que não há policiamento extra na região no carnaval, so-mente os três policiais militares e guardas municipais enviados pela prefeitura de Macaé. “São quase 20 guardas municipais que fazem a segurança aqui

durante o carnaval, mas eles não têm poder de polícia. Se tivéssemos aqui cinco policiais militares seria ótimo. Três fi-cariam em viaturas, dois nos DPOs e, em um esquema de re-vezamento, poderiam reforçar a segurança na região Serrana.”

Ainda de acordo com o co-

merciante, outra dificuldade enfrentada pelos moradores da região é a falta de uma delegacia. “Todas às vezes que necessita-mos registrar uma ocorrência, temos de nos deslocar à Dele-gacia de Macaé. Perdemos o dia inteiro. Se existisse uma unidade aqui, já nos ajudaria e muito”.

KANÁ MANHÃES

DPO de Glicério, segundo o comerciante, não oferece segurança adequada à população local

Monitoramentopara o comerciante, a insta-lação de câmeras de segurança na região Serrana iria contribuir com a redução de roubos, furtos e tráfico de drogas. “Soube que Macaé vai ganhar 29 câmeras de segurança. Cinco poderiam ser instaladas aqui. Isso coibiria deli-tos como furtos e roubos. O con-sumo de drogas aqui também é al-to, principalmente o crack. Outra solução também seria a instalação

de um posto da Polícia Rodoviá-ria para atender a região. O mais próximo fica no acesso a Rio das Ostras. Acidentes são frequentes na região serrana, principalmente na estrada que dá acesso ao Frade. Colisões entre carros e motos são rotinas por aqui também.”

Ainda segundo o comerciante, crimes como roubos e furtos a re-sidências são muito comuns em Sana e Córrego do Ouro. Já em

Glicério, segundo ele, a preocupa-ção é quanto ao tráfico de drogas.

RespostaO comandante do 32º BPM,

Ramiro Campos, afirmou que vai tomar providências quanto ao policiamento na região serra-na, mas enfatizou que devido ao verão e ao alto movimento nas praias, o efetivo está voltado à segurança nas praias.

KANÁ MANHÃES

Atualmente, sete mil processos tramitam na Vara Criminal de Macaé

Com o objetivo de estimular a formação de atletas na rede municipal de ensino, Macaé aderiu ao programa “Atleta na Escola”

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6 MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014

Economia NOTA

QUESTÃO DE JUSTIÇ[email protected] Andrea Meirelles

Bolsa-família: dar o peixe ou ensinar a pescar?

Os críticos do programa Bolsa Família se utilizam da seguinte indagação: devemos dar o peixe ou ensinar a pes-car? Basta que ensinemos o caminho para que as pessoas possam sobreviver com seus próprios meios? Será que isso funciona mesmo?

É fato que a remuneração do trabalhador está direta-mente relacionada com seu índice de escolaridade. Pes-soas com nenhuma ou pouca educação em geral trabalham em atividades com rendi-mentos instáveis e reduzidos. Olhando somente por este as-pecto, nos parece que a solu-ção ideal é o investimento em educação.

Mas basta uma simples conta aritmética para pro-var que também é preciso investir na transferência de renda. Se considerarmos que não haverá qualquer re-provação ou evasão escolar, somando-se os nove anos do ensino fundamental com os três anos do ensino médio te-remos no mínimo 12 anos de

estudo. Até que essa transfor-mação pela educação venha a se concretizar, num quadro de educação perfeita, tería-mos que passar pelo menos por três gerações.

Como o sistema de ensino não é perfeito, a erradicação da pobreza pela educação não é um projeto que seja viá-vel a curto ou médio prazo. É preciso uma combinação de ações afirmativas para viabili-zar esta transformação social.

A maior causa da evasão escolar das crianças se dá por razões puramente fi-nanceiras, já que precisam ajudar a suprir as necessi-dades da família. Seja no cuidado com irmãos me-nores, seja porque precisam trabalhar, ou ainda porque não têm dinheiro, ou saúde, para frequentar uma escola. Quaisquer que sejam as ra-zões da evasão escolar, e do alto índice de reprovação, ele se dá principalmente na linha da pobreza extrema.

E é exatamente aí que entra o programa Bolsa família.

Como funciona o programa Bolsa Família?

O programa é voltado para as famílias em situação de extre-ma pobreza, assim considera-das aquelas com renda de até R$ 70,00 por pessoa, ao mês. Também são elegíveis famílias em situação de pobreza, assim consideradas aquelas com ren-da por pessoa entre R$ 70,01 e R$ 140,00 ao mês, e que te-nham na sua composição ges-tantes, nutrizes, ou crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos.

O objetivo é não só o comba-te à fome, mas também a pro-moção do acesso à rede de ser-viços públicos, especialmente, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.

São as prefeituras muni-cipais as responsáveis por cadastrar os beneficiários, manter e atualizar as bases de dados, e acompanhar as con-dições do benefício, ao mesmo tempo em que devem tentar criar possibilidades para o de-senvolvimento autônomo des-sas famílias, através de ações afirmativas complementares.

A gestão do programa foi ins-tituída pela Lei 10.836/2004, e regulamentada pelo Decreto 5.209/2004. O programa é mantido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) que

possui uma rede pública de fiscalização, a qual inclui o Ministério Público Federal, os 27 Ministérios Públicos Esta-duais, a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Para que as famílias possam permanecer no programa é preciso que as crianças e os jovens frequentem a escola. As crianças precisam ser vaci-nadas e ter acompanhamento nutricional, e as gestantes pre-cisam fazer o pré-natal.

Caso a família encontre dificuldades em cumprir os compromissos estipulados, deverá contar com o acom-panhamento da Assistência Social, que a auxiliará na su-peração dos entraves, muitas vezes culturais.

Caso se verifique que não há qualquer chance de reversão, e que a família realmente não irá conseguir cumprir as con-dicionantes para se manter no programa, o benefício da Bol-sa Família pode ser bloqueado, suspenso, ou até mesmo can-celado definitivamente.

São famílias em extrema vulnerabilidade social, e que precisam desse amparo para ser resgatadas da miséria ab-soluta.

Programa de Primeiro MundoA Constituição da Repúbli-

ca define a assistência social como direito humano funda-mental, do ramo social, e só isso já deveria ser o suficien-te, para a defesa do programa, principalmente pelos advoga-dos, que juraram defender a Constituição. Mas o precon-ceito é enorme. Países como França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Itália e Japão têm programas semelhantes, mas com muito mais benefícios, em favor de famílias necessitadas.

Numa clara indicação de que o Livre Mercado não resolve os problemas sociais, o país com melhor qualida-de de vida (IDH), e menor desemprego, em todo o Pla-neta, o Reino da Noruega, também tem seu equivalen-te ao Bolsa Família, que não apenas se mantém até a con-clusão do ensino superior, como garante auxílio para a compra de material didáti-co e fornece, gratuitamente, uniformes escolares.

Média de preço da gasolina sobe pela segunda semana consecutiva

COMBUSTÍVEL

O valor mínimo encontrado nos postos da cidade passou de R$ 3,09 para R$ 3,16Paty [email protected]

De acordo com levan-tamento feito sema-nalmente pela Agência

Nacional de Petróleo - ANP, os preços da gasolina em Macaé so-freram um pequeno reajuste em relação à última semana de janei-ro. O aumento na média de preço foi de apenas R$ 0,01, mas o valor mínimo que o combustível é ven-dido nos 14 postos pesquisados aumentou quase R$ 0, 10.

O preço do litro da gasolina se manteve estável no início de janei-ro, custando R$ 3, 22 durante duas semanas consecutivas. A partir da metade de janeiro, o combustível sofreu o reajuste e subiu para R$ 3,25, resultando em um segundo reajuste no início deste mês.

De acordo com os dados divul-gados no site da ANP, foi possível

encontrar o litro da gasolina sen-do vendido por até R$ 3,16, no posto do Jardim Sol e Mar, que obteve o menor preço da cidade entre os 14 postos que emitiram nota fiscal ao órgão fiscalizador essa semana. O estabelecimen-to, que está cobrando mais caro pelo litro do combustível, está localizado no Bairro da Glória, chegando a cobrar R$ 3,39/l.

Já o valor por litro do eta-nol essa semana, varia em até R$ 0,30, dependendo do posto em que o motorista abasteça. O valor mínimo encontrado foi de R$ 2,39, na Avenida Rui Barbosa, no Posto Príncipe, re-gistrando R$ 0,08 a mais que na semana passada. O preço máximo registrado pela ANP essa semana foi de R$ 2,79, no Posto Imboassica, localizado na Rodovia Amaral Peixoto.

O preço do GNV está varian-

do entre R$ 1,88 a R$ 1,98/m³. Dos seis postos de combustível que fornecem GNV, somente quatro emitiram notas fiscais. Dentre eles estão o Posto Tre-vo, no Botafogo, que oferece, essa semana, o menor preço ao cliente. Já o posto José Batista, localizado no Centro, na Praça

Washington Luís, é o que obte-ve o preço mais caro pelo GNV.

O óleo diesel teve uma queda significativa no preço essa se-mana, onde o valor mínimo en-contrado passou de R$ 2,46 para R$ 2,38, chegando até R$ 2,69. O menor preço pode ser encontra-do, também, no Posto Príncipe.

Motoristas isentos de pagamento do rotativo reclamam de multa indevida

ROTATIVO

mesmo com vagas reservadas e isenção de pagamento da taxa

Empresa Rek Parking declara não se responsabilizar pelas vagas especiais

de permanência, os idosos e por-tadores de necessidades espe-ciais estão tendo problemas na hora de utilizar o estacionamen-to rotativo no Centro da cidade. A acusação é a cobrança indevi-da de multas, mesmo quando o motorista está portando o do-

cumento que comprova a não obrigatoriedade do pagamento.

Dona Cláudia, aposentada, 66 anos, conta que há poucos dias teve uma discussão com um agente em uma das ruas do Centro da cidade. Segundo ela, estacionou em uma vaga da

área azul reservada para a sua categoria, e estava utilizando o cartão da lei federal de isenção de pagamento. Após 1h30 com o carro estacionado na vaga, Dona Cláudia retornou para retirar o veículo e evitar o pagamento de multa, previsto para motoristas que ultrapassem o período má-ximo de permanência. Ao che-gar ao local, foi abordada por um agente de trânsito que informou ter que multá-la por falta de pa-gamento. “É uma falta de respei-to, eu, uma senhora, ser acusada de caloteira”, reclama.

De acordo com a empresa que administra os parquíme-tros na cidade, a Rek Parking não é responsável por fisca-lizar essas áreas, deixando a responsabilidade aos agentes de trânsito. Eles informam ainda que 28 pessoas, entre fiscais e monitores, trabalham somente na área azul e em ca-so de descumprimento da lei, os condutores estão sujeitos à multa de trânsito direto, e aplicação de penalidades pre-vistas em lei.

Para os demais descumpri-mentos, como ultrapassar o limi-te de tempo máximo de 2 horas, é aplicada uma tarifa adicional de R$5, dessa vez, efetuada pelos fiscais da Rek Parking. O mesmo é feito em caso de não pagamen-to da taxa de estacionamento, onde serão aplicadas penalida-des previstas em lei também.

Para evitar maiores transtor-nos, de acordo com a empresa, o motorista portador de defici-ência física ou idoso deve deixar o cartão federal no painel do veículo, de forma que os agen-tes possam visualizá-lo facil-mente. Caso a pessoa ainda não possua, deve entrar em contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Macaé e solicitá-lo o quanto antes.

Pelo novo sistema, estão de-marcadas vagas específicas para cada tipo de veículo e atividade. São 2% das vagas da área azul reservadas para deficientes e 5% para idosos.

Mesmo com tantas regras, para fazê-las cumprir, é preciso fiscalização, ação que é ausente nitidamente em meio ao Centro da cidade. Não é difícil flagrar motoristas estacionando em locais reservados para idosos. “Não vi que era vaga de idoso, mas não ia demorar. Fui deixar um doce rapidinho na casa da minha avó”, justifica a motorista quando interrogada pela equipe do jornal O DEBATE a respeito da infração. Nenhum fiscal da Rek Parking ou agente de trân-sito foi encontrado no local para comentar o assunto.

WANDERLEY GIL

O óleodiesel teve uma queda significativa no preço essa semana, e pode ser encontrado por até R$ 2,38 por litro

O preço do GNV está variando entre R$ 1,88 a R$ 1,98 por metro cúbico

É preciso primeiro dar o peixePara que as gerações futuras

possam saber pescar, é preciso que seus pais possam receber o peixe. Ou seja, a maneira encontrada para manter estas crianças na escola é exatamen-te proporcionar a seus pais os meios financeiros para isso. E, além disso, acompanhar sua alimentação e sua saúde.

Por essa razão, não se trata somente de ajuda financeira para o agora. Trata-se de um investimento de longo prazo na mudança do perfil populacional, para permitir que essas crianças sejam educadas e se tornem ci-dadãos plenos, que venceram a linha da pobreza extrema e com-pletaram sua educação escolar.

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MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014 Economia 7

Prefeitos solicitam nova linha de ônibus entre Casimiro e Macaé

MOBILIDADE

Executivos de Macaé e região solicitam que passagens não passem de R$ 2Paty [email protected]

Raiane Bezerra, se-cretária, trabalha em Macaé, mas, reside em

Rio das Ostras e todos os dias precisa embarcar em dois trans-portes, além de andar cerca de 1 quilômetro para chegar até seu trabalho, no Centro de Macaé. De acordo com ela, o preço da passagem dos ônibus que fazem a linha direta de Rio das Ostras x Macaé é muito caro e, por is-so, prefere o percurso mais lon-go e árduo, porém, mais barato.

Não só Raiane, mas centenas de pessoas fazem o mesmo tra-jeto todos os dias. As linhas de

transporte complementar que atendem Rio das Ostras não têm permissão para atuar fora dos limites da cidade, assim, muitas pessoas que atuam em Macaé precisam andar cerca de 1 km até o Terminal Parque de Tubos, para conseguir pegar outra condução até o destino.

Além de serem mais caros, os ônibus que fazem a linha Barra de São João e passam por Rio das Ostras e Macaé costumam manter um tempo de intervalo entre eles de 30 minutos. “Muitas vezes perco o ônibus de 8h30 e não posso aguardar o outro chegar às 9h. Para não me atrasar, tenho que recorrer aos carros que fazem

lotadas”, confessa Ângela San-tos, enfermeira, moradora de Casimiro de Abreu.

O valor das passagens de ônibus que fazem o transpor-te direto entre as três cidades varia entre R$10,78 e R$6,70. O passageiro optando por pegar dois transportes chega a eco-nomizar até R$5.

Com o intuito de trazer mais conforto e economia a essas pes-soas que utilizam o transporte na RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto) de Barra de São João a Macaé e vice-versa, os prefei-tos de Rio das Ostras, Sabino, Casimiro de Abreu, Antônio Marcos, e Macaé, Dr. Aluízio, encaminharam uma solicitação

ao Departamento de Transporte Rodoviário - Detro/RJ. O órgão é responsável por promover a qualidade no transporte inter-municipal e do atendimento aos usuários, principalmente, garan-tindo as suas reais necessidades.

No ofício foi pedida a criação de uma nova linha intermunici-pal, que ligue Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu, a Macaé, passando por Rio das Os-tras, solicitando também que as passagens tenham um valor aces-sível, já que aproximadamente 5 mil pessoas utilizam o transporte no trecho diariamente. O valor a ser cobrado pela passagem na nova linha não ultrapassaria R$2, de acordo com o ofício.

WANDERLEY GIL

Caso a solicitação seja aprovada, cerca de 5 mil pessoas serão beneficiadas com a economia, além de conforto e comodidade

Rede Petro-BC receberá delegação do Canadá

REDE PETRO-BC

nesta segunda-feira (10), empresas que integram a Rede Petro-BC recepcionarão uma delegação de 10 empresas do Canadá, onde os associados e demais empresários partici-pantes terão a oportunidade de conhecer e se aproximarem das empresas.

“A vinda do grupo está sendo intermediada pelo consulado canadense, que nos procurou para uma reunião no início do mês de dezembro”, informou Evandro Cunha, um dos coor-denadores da Rede Petro-BC.

O objetivo da missão, que é uma iniciativa da Ocean Te-chnology Alliance Canada (OTAC), é estabelecer parce-rias com empresas e institutos brasileiros do setor de Tecnolo-gias Oceânicas. Além de Macaé, a delegação também visitará o Rio de Janeiro.

“A comitiva será composta por representantes das prin-cipais empresas do Canadá, líderes no setor de Tecnologias Oceânicas, o que representará uma grande oportunidade para novos contatos aos nossos asso-ciados”, acrescentou Evandro.

Outra meta assinalada pela Rede Petro-BC, que teve início em 2013, é dar continuidade à aproximação com as grandes empresas, o que será oportuni-zado através da realização da Rio Oil & Gas, entre os dias 15 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro.

“A Rede Petro-BC procu-

Encontro acontece nesta segunda-feira (10) e fortalecerá relações entre empresas

ra estar sempre presente nos grandes eventos voltados para a cadeia produtiva de Petróleo, Gás e Energia, pois são uma óti-ma oportunidade para divulga-ção das nossas ações, além de possibilitar o contato com as grandes empresas. Nosso obje-tivo com essas aproximações é fazer com que elas nos enviem periodicamente suas deman-das de fornecimento, e infor-mar aos nossos associados”, explicou Vitor Silva, também coordenador da instituição.

Em 2014, a Rede Petro-BC também pretende expandir sua área de atuação para além das fronteiras de Macaé. Este pro-cesso começou ainda em 2013, através da aproximação com a

DIVULGAÇÃO

Encontro fomentará negócios entre empresas fornecedoras da Bacia de Campos

Prefeitura de Rio das Ostras, que será fortalecida neste ano.

“Já temos um representan-te da prefeitura participando das nossas reuniões e, a nossa intenção é fazer com a Rede

Petro-BC atue também em outros municípios da Bacia de Campos. Não será um processo rápido, mas aos poucos vamos conseguindo expandir e atingir outras cidades”, afirmou Vitor.

A Rede Petro-BC é uma orga-nização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover, ar-ticular e fomentar a geração de negócios entre os atores da ca-deia produtiva de petróleo, gás e energia da Bacia de Campos. Seu desafio principal é aten-der as demandas da principal

área de exploração e produção brasileira, investindo constan-temente em estudos para a viabilização de projetos em que a promoção de negócios se dê através da competitividade, ge-rando oportunidades de negó-cios às empresas e instituições envolvidas.

Bacia de Campos

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8 MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014

GeralMEIO AMBIENTE

Curso oferecido na Salesiana visa contribuir para preservação de ecossistemas da regiãoO curso passará a ser oferecido este ano. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até o próximo dia 21 deste mês Juliane Reis [email protected]

Um curso com a pro-posta de contribuir para preservação dos ecossis-

temas regionais. Assim é o curso de pós-graduação da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé - FSMA que passará a ser oferecido este ano. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até o próximo dia 21 deste mês e podem ser feitas por e-mail ou na sede da faculdade.

Com opções de turmas aos sábados ou durante a semana (segunda-feira e quarta-feira), o curso será ministrado por profissionais com reconheci-da atuação na região da Bacia de Campos, que vão utilizar áreas naturais para o desenvol-vimento de atividades de edu-cação ambiental. Entre eles, Marcos Cezar Santos (Analis-ta ambiental responsável pelo setor de educação ambiental do Parque Nacional da Restin-ga de Jurubatiba); Júlio César Ribeiro (Delegado de Polícia Federal, especializado no com-bate a crimes ambientais); Gui-lherme Sardemberg (Secretário municipal de Meio Ambiente de Macaé); Rodrigo de S. Mello (Coordenador da pós-gradua-ção da FSMA) e Rodolfo Brito (Licenciado em educação física com experiência na utilização de áreas naturais na prática de

atividades físicas). “Outra característica do curso

é o acompanhamento garanti-do aos estudantes durante as atividades de trabalhos de con-clusão do curso”, disse Marcos, que além de docente será o co-ordenador acadêmico.

Conceitos e princípios; áreas naturais protegidas como espa-ços para a prática da educação ambiental; atuação dos órgãos públicos na proteção ambiental e conhecimentos básicos acerca da legislação ambiental brasilei-ra; a Política Nacional de Edu-cação Ambiental; e atividades lúdicas e exercícios físicos em áreas naturais: uma oportuni-dade para práticas de educa-ção ambiental são algumas das atividades a serem oferecidas no curso. Sua duração média será de 15 e 18 meses e o valor da mensalidade é de 24 parce-las de R$ 320 (1ª mensalidade em março de 2014); sendo que ex-alunos da FSMA têm 20% de desconto.

Também faz parte dos ob-jetivos do curso levar o parti-cipante a entender o impacto das tecnologias associadas às ciências naturais na sua vida pessoal, nos processo de pro-dução, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social; compreender o desenvolvimen-to da sociedade como processo de ocupação de espaços físicos e as relações da vida humana

com a paisagem, em seus des-dobramentos políticos-sociais, culturais, econômicos e huma-nos; compreender o funciona-mento dos órgãos ambientais e como estes desempenham o papel de cuidar dos recursos naturais; entender os princípios básicos da política nacional de

meio ambiente; compreender como os diversos ecossistemas da região da Bacia de Campos estão interligados e como se sustentam; adquirir conheci-mentos que permitam utilizar espaços naturais em aulas que transmitam conhecimentos so-bre o mundo natural e utilizar a

metodologia científica em sua prática profissional.

Marcos pontua ainda que ao concluir o curso, o estudante receberá um certificado re-conhecido pelo MEC que po-derá ser aproveitado para fins de progressão funcional em diversas carreiras profissionais

(para profissionais, como pro-fessores e outros, que possuem plano de carreiras que preve-em progressão para cursos de pós-graduação reconhecidos). A aula inaugural será no dia 22 de fevereiro com o secretário do Meio Ambiente de Macaé - Gui-lherme Sardemberg.

WANDERLEY GIL

Na Capital Nacional do Petróleo, importantes recursos hídricos como Rio Macaé, Lagoa de Imboassica, por exemplo, vivem ameaçados

ARQUIVO

As vagas oferecidas são para o cadastro reserva para todo o ano letivo

Seeduc segue com inscrição para contrato temporário

PROFESSORES

a secretaria de Estado de Educação (Seeduc) segue com as inscrições abertas para o contrato temporário de pro-fessores para lecionar nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Os profissio-nais selecionados vão formar o banco de reserva para este ano letivo. As inscrições devem ser feitas pelo site http://www.rj.gov.br/web/seeduc/.

De acordo com o edital, o processo seletivo vai contem-plar todas as disciplinas da Base Nacional Comum, com o intuito de formar um banco de reserva que possibilite a con-vocação imediata desses pro-fissionais no decorrer do ano

O cadastro prossegue até o término do ano letivo de 2014 e pode ser feito pelo site http://www.rj.gov.br/web/seeduc/

letivo de 2014. E de acordo com o edital, as vagas a serem preen-chidas são de caráter temporá-rio advindas de licenciamentos dos professores efetivos ou de caráter real advindas de disci-plinas e municípios onde não há candidatos remanescentes dos concursos vigentes a con-vocar. E o cadastro prossegue até o término do ano letivo de 2014.

Cada candidato poderá reali-zar apenas uma inscrição, com CPF próprio, sendo desclassi-ficado quem se inscrever com documentos de terceiros. O iní-cio do ano letivo de 2014 come-çou dia 03 de fevereiro de 2014, mas as convocações começarão apenas após a publicação da autorização governamental e a Resolução que normatizará o processo convocatório.

Os interessados inscritos te-rão um prazo estipulado para se apresentar à Regional de opção, portando os documen-tos de formação (original e có-

pia), para que sejam validados. Somente estarão válidas, para possível convocação, as inscri-ções dos candidatos que com-parecerem à Regional dentro do prazo

Já os docentes que foram contratados temporariamen-te no ano de 2013 poderão ter seus contratos prorrogados para o ano de 2014. A SEEDUC já adotou os procedimentos ne-cessários com a finalidade de solicitar autorização governa-mental para prorrogar os con-tratos firmados em 2013. Dessa forma, assim que a autorização for publicada, os docentes que permaneceram em exercício até o término do ano letivo de 2013 continuarão contratados em 2014, na medida das neces-sidades detectadas em cada disciplina e município. Haverá divulgação no site da Seeduc as-sim que o decreto for publicado. Outras informações referentes à seleção podem ser obtidas em www.seeduc.org.br.

NOTA

Arte urbana valorizará a Cidade Universitária numa homenagem a Macaé

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MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014 9

BAIRROS EM DEBATE Glicério

Moradores do distrito de Glicério cobram melhorias do poder público Saneamento, falta de opção de lazer e desrespeito em APP estão entre as reclamaçõesMarianna [email protected]

“A b a s e d e t o d a a sustentabilidade é o desenvolvimento

humano, que deve contemplar um melhor relacionamento do homem com os semelhantes e a natureza”. Essa semana, o Bairros em Debate colocou o pé na estrada e visitou um dos distritos mais conhecidos da Serra Macaense: Glicério. Localizado a cerca de 30 mi-nutos da cidade, esse pequeno espaço em meio à mata e cor-tado pelo Rio São Pedro atrai milhares de visitantes durante todo ano, principalmente os amantes de esportes radicais.

Porém, a falta de interesse do poder público, tem redu-zido o número de frequenta-dores nos últimos anos. Os espaços destinados para as atividades esportivas estão totalmente abandonados, o que tem gerado impacto para comerciantes locais, inclusi-

FOTOS KANÁ MANHÃES

Passarela que está paralela ao rio está com as estruturas comprometidas

O que diz a prefeiturasobre a solicitação dos mo-radores da Rua Baltazar Rangel (principal), em Glicério, a se-cretaria de Mobilidade Urbana esclarece que uma equipe irá visitar os distritos da região serrana de Macaé para fazer o levantamento das demandas. Concluído este estudo, os dados serão encaminhados para que as medidas necessárias sejam adotadas o quanto antes.

Em relação ao saneamento, a prefeitura explica que o 4º distrito de Glicério atualmente possui um sistema de coleta e tratamento de esgoto composto de 4.000 m de rede coletora e aproximadamente 350 ligações domiciliares com uma estação de tratamento assistida de for-ma provisória, todavia obtendo bons índices de tratamento dos esgotos. A Empresa Municipal de Saneamento (Esane) con-cluiu a aquisição, no final do ano passado, de uma nova es-tação com capacidade de tra-tamento máximo de 9 l/s com previsão para ser instalada até junho de 2014. Essa nova ETE além de tratar os efuentes, vai retirar o nitrogênio e o fósforo, reduzindo o impacto no meio ambiente. Ela ressalta que, atu-almente, a Esane está realizan-do a manutenção e ampliando as ligações domiciliares.

Quanto às denúncias na região da Siriaca, tanto ela, quanto as outras cachoeiras da região, estão no planejamento de ações da pre-feitura que envolve a participação de diversos órgãos municipais. A prefeitura esclarece que ações de fiscalização, com a participa-ção de diversas secretarias, estão sendo realizadas neste verão pon-tualmente nos locais que estão recebendo um maior fluxo de vi-sitantes como o Sana, Duas Barras e Bicuda Pequena.

Já o lazer, a secretaria de Obras, junto com a secretaria de Interior, está elaborando um projeto para o local, com a inclusão de uma área ali. A reforma da passarela já está pro-gramada para os próximos meses.

Motoristas abusam do excesso de velocidadeem meio à tranquilidade da natureza, motoristas apressa-dos colocam em risco a vida da população em Glicério. Com medo de que acidentes possam acontecer, moradores pedem a instalação de um redutor de ve-locidade (quebra-molas) na Rua Baltazar Rangel (principal), na altura do nº 1.500.

Segundo eles, os veículos, prin-cipalmente motocicletas e ônibus do transporte municipal, trafegam pelo local em alta velocidade. En-quanto a equipe de reportagem es-tava lá, foram constatados vários flagrantes de ônibus da SIT andan-do acima dos limites permitidos.

“A via tem os redutores, mas é nesse trecho, que é uma curva e descida, que eles metem o pé

no acelerador e não estão nem aí para os outros. Já teve caso de um veículo invadir um co-mércio e causar prejuízos para o proprietário. Por sorte nesse dia ninguém foi atingido. Para piorar, esse trecho quase não tem calçada, ou seja, você anda na beirada, podendo ser atrope-lado, já que eles passam rente a você”, relata uma moradora que prefere não ser identificada.

Os moradores dizem que já fizeram diversos pedidos à pre-feitura, porém até hoje nenhum foi atendido.

Quanto aos motoristas, é dever deles colaborar para promover um trânsito seguro. O Art. 220 do Có-digo de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que deixar de reduzir a velo-

cidade do veículo de forma com-patível com a segurança do trân-sito "nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres" é considerada uma infração gravíssima. O infrator po-derá ser multado.

Já o Art. 311 prevê que "tra-fegar em velocidade incom-patível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, ge-rando perigo de dano" a pena passa a ser de detenção, que pode variar de seis meses a

um ano, ou multa. A legislação também ressalta que, onde não existir sinalização regulamenta-

dora, a velocidade máxima nas vias rurais é de sessenta quilô-metros por hora.

Apesar do limite ser de 30km/h, muitosmotoristas abusam da velocidade

ve donos de restaurantes e pousadas da região.

Atualmente, estima-se que

vivam cerca de 3 mil pessoas no local. Em meio à natureza se escondem alguns problemas

de infraestrutura, como, por exemplo, falta de lazer, de sane-amento e também o desrespeito

ao meio ambiente em uma área considerada de Preservação Permanente (APP).

Esgoto in natura compromete a qualidade da águauma das principais metas da atual gestão é sanar em até 100% o problema de esgoto em todo município até o final de 2016. Mas enquanto isso, al-gumas localidades começam a sofrer os impactos gerados pela falta de saneamento.

É possível ver canos despejan-do esgoto in natura no rio. Segun-do um morador, isso vem desde o Frade, se agravando no decorrer do leito. “Aqui em Glicério nós te-mos saneamento, mas de forma parcial. Ainda tem muitas casas que despejam tudo diretamente no rio, sem tratamento. A situ-ação aqui não está fácil. A água é essencial para nossas vidas e estamos desperdiçando o pouco que ainda resta. Os custos com tratamento são muito maiores do que os investimentos preven-tivos”, ressalta Pedro Lourenço.

O contato com essas águas contaminadas por esgoto do-méstico pode expor os banhis-tas a bactérias, vírus e protozo-ários. Especialistas explicam que isso depende das condições imunológicas de cada pessoa e o tipo de exposição.

O banho nessas águas pode causar doenças como diarreia in-fecciosa, gastroenterite, hepatite A, cólera, febre tifóide, doenças da pele e outras patologias cau-sadas por bactérias, vírus e para-sitas encontrados nessas águas.

Frequentadores desrespeitam normas de visitação na Siriacase não tem praça e os locais de lazer estão abandonados, a única opção acaba sendo cur-tir as horas livres ao ar livre. A cachoeira mais visitada do local é a do Poço da Siriaca. O problema é que, assim como em outros pontos do município, os frequentadores desrespeitam as normas de visitação, com-prometendo o meio ambiente.

Para proteger o ecossistema local, foi criada a Resolução 007 do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável (COMMA-DS), que dispõe sobre normas e critérios para visitação da Cachoeira da Siriaca, conside-rada uma Área de Preservação Permanente (APP).

De acordo com o Art. 1º , não é permitido aos frequentadores: a prática de qualquer tipo de esporte no rio e respectiva faixa

marginal de proteção; o acesso de animais domésticos; a retirada de quaisquer espécies da fauna e flo-ra; o acesso de automóveis, além da área delimitada para estacio-namento; o acesso e estaciona-mento de ônibus na área destina-da ao estacionamento de veículos; o acesso fora do horário de visita-ção, período compreendido entre as 8 e 18 horas, diariamente.

Já o artigo 2º proíbe o ingres-so na área do rio e da cachoeira portando os seguintes objetos: objetos de vidros; aparelhos ou instrumentos que promovam sons; churrasqueiras; barracas de acampamento; produtos que venham causar riscos de incên-dio, tais como velas, fogareiros, entre outros; óleos bronzeadores.

A equipe do jornal encontrou muitos restos de churrasqueira, sendo duas nas pedras próximo à água e uma grande quantidade

de lixo. Um morador contou à nossa equipe que o movimento aumenta nos finais de semana, principalmente nos domingos. “Desce muita gente aqui para passar o dia, só que o problema é que está uma desordem. O po-vo vem, acende churrasqueira, deixa o lixo todo ali e vai embo-ra. As pessoas precisam enten-der que isso vai prejudicar a na-tureza e elas mesmas, porque se você não preserva hoje, amanhã isso aqui não vai mais poder ser frequentado”, alerta.

A resolução ressalta que é “de responsabilidade de cada visi-tante, o controle próprio dos re-síduos gerados, provenientes de qualquer material ou objeto des-cartável, assim como quaisquer outros objetos que produzam ou se transformem em resíduos”.

O desrespeito às normas su-jeitará os infratores às sanções

Lixo e restos de churrasqueiras foram encontrados na Siriaca

previstas na Lei Complementar nº 027/2001 - Código Munici-pal de Meio Ambiente, bem co-mo às demais leis pertinentes, tais como apreensão, advertên-cia, notificação e multa.

A Guarda Ambiental tem in-

tensificado o patrulhamento na região, porém cabe também aos outros órgãos ambientais do município, como a secretaria de Ambiente, criar estratégias para evitar que o desrespeito conti-nue acontecendo.

População pede investimentos em lazerapesar de ter potencial para o ecoturismo, Glicério deixa a desejar no que se diz respeito ao lazer. Os moradores contam que a única praça do distrito só tem bancos, sem nenhum parquinho para as crianças ou quadra es-portiva para os jovens e adultos aproveitarem os horários livres.

Até alguns anos atrás, a popula-ção contava com a Ilha da Canoa, que está abandonada há mais de cinco anos. No local tinha arvo-rismo, tirolesa e canoagem. Atu-almente a única coisa que sobrou são as ruínas, já que as estruturas ameaçam a segurança das pessoas.

Já o local onde acontecem as competições de canoagem, o cenário encontrado também

foi de descaso. A equipe de re-portagem esteve percorrendo a passarela que passa em paralelo ao rio, e pôde ver a precarieda-

de que as instalações se encon-tram. Madeiras soltas, podres e buracos dão a sensação de que a ponte vai cair a qualquer

momento. Andar por ali requer muita atenção para não tropeçar e se machucar.

“A escola de canoagem está

largada às traças e as instalações todas abandonadas. Nós tínha-mos um grande potencial para fomentar o turismo na região, gerando renda para os morado-res e também colocando Macaé em uma cidade turística, mas isso parece não ser do interesse público, porque do público pode ter certeza que é. Isso aqui po-deria ser um local para climati-zação das equipes de canoagem nas competições esportivas no Brasil e também poderia incen-tivar os jovens da região, que têm potencial para representarem o nosso país um dia. Temos bons atletas, o que falta é o incentivo. É triste ver essa situação desse jeito”, relata Luíz Fernando.

Moradores pedem melhorias e investimentos no lazer da região

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10 MACAÉ, DOMINGO, 9 E SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2014

Quais são as contradições da civilização tecnocientí-fica? Como o senhor avalia o processo de inovação que vem se desenvolvendo no mundo atualmente?

Ladislau Dowbor - Primeiro temos de dar conta do ritmo das transformações. Não foram in-ventadas apenas outras técnicas na nanotecnologia, nas áreas da biologia, nas áreas da energia, na Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, mas, atra-vés da dimensão informática, há uma revolução na própria forma de revolucionar o conhe-cimento. Por exemplo, sem a in-formática não poderíamos estar analisando bilhões de informa-ções do DNA, sem a informática não poderia ter microscópios eletrônicos permitindo chegar ao nível de análise de átomos individualizados etc.

O ponto central é que o ins-trumento de revolução do co-nhecimento, ou seja, todo o sistema de transmissão, estoca-gem, organização e notação dos conhecimentos, foi transforma-do. Isso tem uma dimensão de conteúdo de conhecimento dos processos produtivos. Veja que qualquer celular hoje tem 5% do seu valor em trabalho físico e matéria-prima, e 95% do valor é conhecimento incorporado. O conhecimento pode ser retrans-mitido através da conectividade planetária para qualquer pessoa em qualquer parte do planeta. Então, temos acesso instantâ-neo a qualquer ideia que esta surgindo na universidade de Tóquio ou na Universidade da Califórnia, por exemplo. Então, se criou uma comunidade pla-netária de inovação que é uma coisa radicalmente nova. E isso acelera a produção e a difusão do conhecimento de maneira absolutamente prodigiosa. Nós estamos entrando na economia da informação e na sociedade do conhecimento.

Que modelo de riqueza esse processo de inovação gera? Os processos de inovação podem gerar outro modelo de distri-buição de riqueza? Como?

Ladislau Dowbor - As con-tradições básicas estão ligadas à própria forma desse fator de produção, que é o conhecimen-to. Por exemplo, antes o conhe-cimento estava em um livro. O que se paga quando se compra um livro? Se paga o custo de produção físico daquele papel, distribuição etc. Ao comprar

A revolução do conhecimentoENTREVISTA: LADISLAU DOWBOR

Ele confirmou presença na palestra de abertura do Fórum da VII Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos

Martinho Santafé

O economista, pro-fessor titular da PUC/SP e uma das

mais respeitadas personali-dades mundiais na área de sustentabilidade vai abrir o Fórum da VII Feira de RSE Bacia de Campos, em maio.

A civilização tecnocientífica vive uma “revolução na pró-pria forma de revolucionar o conhecimento”, diz o eco-nomista Ladislau Dowbor. Segundo ele, a informática é o ponto central dessa trans-formação, pois sem ela “não poderíamos estar analisando bilhões de informações do DNA, não poderia ter micros-cópios eletrônicos permitindo chegar ao nível de análise de átomos individualizados etc.”

Dowbor é graduado em Eco-nomie Politique pela Université de Lausanne, mestre em Econo-mia Social pela Escola Superior de Estatística e Planejamento, e doutor em Ciências Econô-micas pela Escola Superior de Estatística e Planejamento. Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Ca-tólica de São Paulo.

Ele confirmou presença na palestra de abertura do Fórum da VII Feira de Responsabilida-de Social Empresarial Bacia de Campos, realização da Revista Visão Socioambiental, sobre o tema “Sustentabilidade, o mo-tor da Inovação”, que aconte-

DIVULGAÇÃO

No final de sua palestra em Macaé, Ladislau Dowbor dará autógrafos no stand da Revista Visão Socioambiental na VII Feira de RSE

cerá às 15 horas do dia seis de maio, no auditório da Cidade Universitária de Macaé.

Nascido na França em 1941, durante a Segunda Guerra, Ladislau Dowbor, cujos pais tinham origem polonesa e es-tavam indo para a América fu-gindo da guerra, formou-se em Economia Política na Univer-sidade de Lausanne, na Suíça, fez mestrado e doutorado em Ciências Econômicas na Escola Central de Planejamento e Es-tatística de Varsóvia, Polônia, e viveu no Brasil até o golpe de Estado de 1964.

Por sua militância de esquer-da, foi preso, torturado e exilou-se na Argélia. Trabalhou como consultor na Guiné-Bissau, Nicarágua, Costa Rica, África do Sul e no Equador. Anistiado, regressou ao Brasil.

É autor e coautor de mais de 40 livros, a exemplo de Forma-ção do Terceiro Mundo e O que é capital (ambos da editora Bra-siliense), Aspectos econômicos da Educação (Ática) e Forma-ção do Capitalismo no Brasil, publicado em diversos países e atualizado em 2010. Os livros Democracia Economica, Os es-tranhos caminhos do dinheiro, O que é poder local e Forma-ção do Capitalismo no Brasil encontram-se disponíveis para download na página. No final de sua palestra em Macaé, La-dislau Dowbor dará autógrafos no stand da Revista Visão Socio-ambiental na VII Feira de RSE.

CONFIRA A ENTREVISTA

um livro, não estamos pagando pelas ideias que estão nele. Ho-je o conhecimento é distribuí-do online gratuitamente. Posso enviá-lo para quantos amigos quiser, publicá-lo no Twitter etc. Quanto vale o conheci-mento? Como é que se vende conhecimento? Hoje ninguém mais precisa do suporte mate-rial para disponibilizar o co-nhecimento, então fica muito mais difícil gerar um sistema de referências de preços para a base dessa economia do co-nhecimento. O resultado é que há uma imensa ofensiva dos in-termediários do conhecimento e da inovação tentando travar o acesso ao conhecimento através de copyrights, de patentes e de royalties que dificultam imen-samente o acesso.

Para você ter uma ideia, hoje tem um movimento de cientistas americanos do Science Spring (primavera cientifica), que es-tão se recusando a publicar em revistas indexadas e isso acaba dificultando o acesso a conteú-dos. Fazem como as empresas de disco, ou seja, criam uma imensa ofensiva para criminali-zar pessoas que disponibilizam músicas e outros tipos de produ-ção cultural online. Então, a difi-culdade é essa: como assegurar a remuneração dos produtores de conhecimento quando não pre-cisamos mais de intermediários?

Que novos indicadores o senhor aponta como necessá-rios para o processo de inova-ção? Eles podem contribuir para a geração de riqueza?

Ladislau Dowbor - Podem, e de maneira radical. A Univer-

sidade da Califórnia anunciou essa semana que toda a sua produção científica será dispo-nibilizada gratuitamente online. Todas as pesquisas, livros, pu-blicações, gratuitamente.

O MIT, principal centro de pesquisa norte-americano, já entrou nesse sistema com o Open Course Ware - OCW. Es-tive na China recentemente, e lá eles têm o China Open Resour-ces for Education - CORE, que disponibiliza a produção cien-tífica das universidades online gratuitamente. A universidade de Harvard entrou nessa dinâ-mica também, com a EDX. A Inglaterra pediu ao fundador da Wikipédia, Jimmy Wales, que programe, em dois anos, um sistema de acesso aberto ao co-nhecimento científico no país.

Portanto, há uma reação, di-gamos, dos que produzem co-nhecimento e dos que utilizam conhecimento no sentindo de destravar os pedágios que os intermediários cobram. Agora, do ponto de vista da democra-tização, pensamos o seguinte: hoje qualquer pequeno pro-dutor da África do Sul pode acessar centros científicos de qualquer parte do planeta e ter informação tecnológica so-bre como pode melhorar o seu produto. Esse acesso planetário ao conhecimento é uma coisa completamente nova. Pense em Angola: quantas pessoas podem comprar livros científicos com o preço que eles têm? E, no en-tanto, eles podem fazer uma pesquisa temática em um Goo-gle, por exemplo, com acesso a tudo que se publicou sobre um tema determinado.

Antigamente, se alguém pas-

sasse um relógio para outro, fica-ria sem o objeto, o que na econo-mia chamamos de um bem rival. Hoje, ao passar um conhecimen-to, a pessoa continua com ele, portanto, não é um bem rival. A partir dessa lógica, podemos ir repassando conhecimentos uns para os outros e democratizar radicalmente a sociedade em geral e as atividades econômicas.

Por se fixar em dados eco-nômicos, o PIB é um indica-dor que não contempla ade-quadamente, principalmente se usado de forma isolada, à complexidade que é aferir a prosperidade de uma nação. Os âmbitos cultural, social e ambiental também implicam na qualidade de vida. Neste sentido, os indicadores de que dispomos hoje dão conta desta complexidade?

Ladislau Dowbor - Não são necessários novos indicadores. Essas in-formações já existem; o que muda é a for-

ma de agregá-los. Por exemplo, já faz muito

tempo que temos informa-ções sobre saúde, sobre educa-

ção e uma série de indicadores ambientais. Mas o que aparece? Apenas o PIB ! Ou seja, só a so-ma das suas ações comerciais. O objetivo na vida não é somar as ações comerciais e achar que isso é o resultado, porque quan-do se comete, por exemplo, um desastre ambiental no Golfo do México, com vazamento de petróleo, e se tem de gastar imensos recursos para limpar as águas, tampar vazamentos e coisas do gênero, aumenta-se o PIB americano. O PIB não mede resultado, ele mede ape-nas a intensidade de fluxos de recursos.

Então, o que há de novo é que, ao invés de pegar só o PIB, monta-se um painel em que, pa-ra saber se uma sociedade, um país, uma cidade estão indo me-lhor, avalia-se como está a saúde, a educação, o meio ambiente, a qualidade da água, o tempo que se espera pelo transporte, o nível de criminalidade. Quando passa-mos para a visão da qualidade de vida, começamos a trabalhar com um conjunto de indicadores so-ciais, ambientais e econômicos e não mais apenas com a soma dos fluxos comerciais da economia.

A inovação e a sustentabili-dade são observadas adequa-damente hoje pelos gestores públicos quando da imple-mentação de políticas volta-das à geração de riquezas?

Ladislau Dowbor - Não, não estão! Temos andorinhas, diga-mos, que anunciam melhores tempos, mas no geral o avanço das corporações é extrema-mente frágil. Veja o que fazem as corporações do petróleo, veja a guerra que eles fazem finan-ciando mídias e filmes para di-zer que não existe aquecimento global, veja a dificuldade que tem as cidades de fazer sanea-mento básico e tratamento de esgoto, veja a cidade rica de São Paulo, que contamina o Tiete, o que contamina os municípios a 150 km de distância. Enfim, nós ainda temos uma imensa difi-culdade de incorporação.

Entretanto, há eixos extre-mamente promissores, como o Instituto ETHOS, que trabalha com indicadores de responsa-bilidade social e ambiental. E isso nos traz avanços extre-mamente significativos. Tem o World Business Countries for Sustainable Development, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentá-vel, que estão pressionando as empresas. Há ainda nos EUA o mercado ético dirigido por Hazel Henderson, que faz o seguimento das empresas que estão tentando fazer investi-mentos mais ambientalmente descentes. Eles têm levantado nos últimos anos, 4,3 trilhões de dólares, que é um montan-te gigantesco; é mais do dobro do PIB brasileiro em empresas que passam a financiar alterna-tivas energéticas com funções sustentáveis, aqueles prédios e casas que são muito mais econômicos em energia e coi-sas do gênero. Ou seja, há uma corrente no sentido do desen-volvimento sustentável.

Dowbor é graduado em Economie Politique pela Université de Lausanne

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Lagomar ganhará escola bilíngue em excelência para setor offshoreConstrução de unidade foi agilizada nesta semana através de intervenção de Christino ÁureoMárcio [email protected]

“Mais que a exce-lência na forma-ção de novos ci-

dadãos, a unidade oferecerá a oportunidade de jovens da área periférica da cidade a garantir um verdadeiro espaço dentro do mundo offshore”. A afirma-ção demonstra a satisfação do secretário estadual de Agricul-tura, e deputado estadual Chris-tino Áureo (PSD) em anunciar nesta semana a consolidação do projeto de construção da escola estadual do Lagomar, unidade cujo projeto foi reformulado com objetivo de se tornar o pri-meiro, na região Norte Flumi-nense, a garantir a formação bi-língue (inglês/português), mais qualificação técnica, voltada ao setor de exploração e produção de petróleo.

Após cerca de 20 anos, depois da implantação dos Cieps, o Es-tado, através da articulação de Christino, garantirá a constru-ção de uma nova unidade de en-sino em Macaé. A implantação do projeto foi discutida nesta semana, em visita promovida pelo deputado e secretário, além de representantes da se-cretaria estadual de Educação.

Como foco no ensino médio, a escola seguirá um novo padrão desenvolvido pelo governo es-tadual, ao reforçar a formação dos estudantes através do sis-tema bilíngue, semelhante ao implantado em cidades como Niterói. A expectativa é que as obras sejam iniciadas dentro de um mês. A capacidade de uni-dade deverá atender de 700 a um mil estudantes.

“Essa será uma escola de ex-celência, e primeiro padrão. De-talhes relativos à execução das obras já foram definidos pelo governo do Estado”, afirmou Christino.

A implantação da unidade, aguardada há cerca de dois anos pelo bairro, foi comuni-cada pelo deputado à Associa-

ção de Moradores do Lagomar, cujos representantes acompa-nharam a visita promovida por Christino, e por membros da secretaria de Estado de Edu-cação, à área já reservada para a construção da escola.

“Na visita do vice-governa-dor Pezão (PMDB) a Macaé (em janeiro), levamos essa demanda que foi aceita. Agili-zamos os trâmites para que as obras pudessem ter data para começar. A expectativa é que a unidade seja concluída dentro de um ano de execução”, apon-tou Christino.

ASSESSORIA

Christino e representantes da secretaria estadual de Educação conversaram com moradores do Lagomar

Definição de conteúdo técnicoAo propor a formação dos alu-nos no sistema bilíngue, Christi-no Áureo afirma que a unidade proporcionará uma oportuni-dade única aos moradores do Lagomar e da região.

“Só vamos permitir o ingres-so de alunos oriundos da rede pública de ensino. Na escola, o estudante terá a formação em inglês e em português, idiomas que fazem parte da rotina da in-

dústria do petróleo em Macaé”, destacou o deputado.

Além disso, a secretaria esta-dual de Educação segue atual-mente na definição do conte-údo do currículo técnico dos cursos que serão ministrados pela unidade. Para Christino, o foco principal é preparar profis-sionais que irão atender às de-mandas da produção do pré-sal.

“Macaé ainda não se prepa-

rou para atender às demandas que serão necessárias à produ-ção do pré-sal. Chamamos a atenção para esse foco na elabo-ração do conteúdo técnico dos cursos que serão ministrados”, destacou o deputado.

Christino apontou ainda que a escola do Lagomar integrará uma série de investimentos previstos pelo Estado para Macaé, no setor da educação profissionalizante.

“Trouxemos para Macaé o CVT (Centro Vocacional Tecno-lógico), que é voltado à forma-ção de profissionais para a cons-trução civil. Buscamos também outras medidas para a educação, como as obras no Colégio Luiz Reid, entre outras. Agora, anun-ciamos a implantação da escola do Lagomar, que será reconhe-cida pela excelência em ensino”, apontou Christino.

IMMT

IMMT cria laboratório de elétrica

Com o processo de recu-peração das atividades, o Instituto Macaé de Metro-logia e Tecnologia (IMMT), retornou a prestação de serviços para as empresas da região. O procedimento é promovido graças ao pro-cesso de auditoria realiza-do pelo Inmetro no final de 2013, que garantiu a conti-nuidade das atividades acre-ditadas do laboratório de certificação de instrumen-tos de grandezas elétricas, junto à Rede Brasileira de Calibração - RBC.

Dessa forma, o IMMT disponibilizou esta semana mais um Laboratório pa-ra a prestação de serviços tecnológicos para empresas e profissionais da região. Trata-se do Laboratório de Elétrica que realiza testes e claibração de medidores de grandezas elétricas, tais como os Multímetros e Ali-cates Amperímetros, que são largamente utilizados na in-dústria do petróleo.

"Conforme anunciamos na semana passada, esse conceituado laboratório do IMMT retornou com su-as atividades de auxiliar as empresas instaladas no mu-nicípio e região, com o início do retorno de clientes e ins-

Unidade promoverá a certificação de instrumentos de grandezas elétricas

tituições de diversas nature-zas. Com isso, o IMMT dará prosseguimento na sua razão de existir, que é justamente proporcionar ao mercado local de Petróleo e Gás uma ferramenta com garantias da mais alta qualidade para os serviços relacionados à me-trologia e tecnologia", escla-rece o físico e presidente do IMMT, Eduardo Neiva.

O Laboratório de Elétrica - LABELE do IMMT, nesta nova fase, encontra-se com as atividades de calibração e ensaio de medidores de grandezas elétricas em an-damento, somadas aos de-senvolvimentos de projetos com novos parceiros no que tange ao mercado local e de Petróleo e Gás, aumentando com isso o conteúdo local com tecnologia e produtos desenvolvidos e produzidos no município de Macaé.

Para os especialistas enge-nheiro Pedro Peixoto, físico Roberto Lemos Jr, tecnólogo de petróleo e gás Rafael de Luna e o metrologista Dil-son Fiuza, todos servidores públicos municipais, que são partes integrantes desta nova fase de empreendedo-rismo do órgão municipal, o IMMT está comprometido com o desenvolvimento da cidade de Macaé e da região como um todo, através da prestação de serviços tecno-lógicos que agregam valor às atividades empresariais e do comércio local.

Petrobras vai contratar oito embarcações de apoio

PETROBRAS

a diretoria Executiva da Petrobras aprovou na quinta-feira (6) a contrata-ção de oito embarcações de apoio às suas atividades ma-rítimas. As unidades fazem parte do Terceiro Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Ma-rítimo (Prorefam).

De acordo com a estatal, nes-sa 5ª rodada foram contratadas quatro embarcações da em-presa Bram, que construirá as unidades no estaleiro Navship, em Santa Catarina; três da Star-nav, com construção progra-mada para o estaleiro Detroit, também em Santa Catarina, e uma da Norskan, que usará o estaleiro STX (Vard), no Rio de Janeiro.

O Prorefam foi lançado em 2008 e prevê, ao todo, a con-tratação de 146 embarcações,

Processo será realizado durante n 5ª rodada do Prorefam

em sete rodadas. O percentu-al de conteúdo local exigido na fase de construção é de 50% para as embarcações modelo Anchor Handling and Tug Supply (AHTS), e de 60% para as mode-

WANDERLEY GIL

Unidades fazem parte do novo planejamento da Petrobras em renovar frota

los Platform Supply Vessel (PSV) e Oil Spill Response Vessel(OSRV).

Até a 5ª rodada já foram con-tratadas 87 embarcações. Além disso, as propostas para a 6º ro-dada de contratações já foram

recebidas no dia quatro de fe-vereiro e estão sendo analisadas tecnicamente. A 7ª rodada será lançada em março próximo e os respectivos contratos devem ser assinados no segundo semestre deste ano.

Incentivo ao esporte através de prêmioForam prorrogadas para o dia 7 de março as inscrições para o Prêmio Petrobras de Es-porte Educacional, que destina-rá R$ 500 mil para experiências pedagógicas que promovam ati-vidades esportivas, com foco na inclusão social, em instituições de ensino e organizações sociais de todo o país.

Serão premiadas iniciativas inscritas em três categorias:

terceiro setor, universidade e escola pública. O primeiro lugar de cada categoria selecionada receberá R$15 mil, o segundo lugar, R$10 mil e o terceiro lu-gar, R$ 5 mil. As organizações indicadas pelos vencedores também serão premiadas com equipamentos e materiais es-portivos, no valor de R$ 50 mil.

“Acreditamos que iniciati-vas esportivas são um grande

aliado para o desenvolvimento humano e, por isso, buscamos sempre investir em ações de in-clusão social e democratização de acesso ao esporte. O prêmio foi criado para dar visibilidade a experiências de esporte edu-cacional que sejam inovadoras, replicáveis e de baixo custo, e que futuramente poderão con-tribuir para formulação de polí-ticas públicas de esporte e edu-

cação”, explica a coordenadora do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, Gabriela Peixinho. As metodologias premiadas se-rão publicadas para dissemina-ção gratuita em todo o país.

As inscrições para o Prêmio Petrobras de Esporte Educacio-nal são gratuitas e individuais e poderão ser feitas até 7 de mar-ço de 2014, no site: www.petro-bras.com.br/premioesporte.

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ÚLTIMA CHANCE

Inscrições para o Pré-Vestibular Social já foram encerradasPorém interessados ainda podem se inscrever para o cadastro reserva na sede do curso, que funciona na Rua Teixeira de Gouveia, 264, Centro, das 8h às 12h. Juliane Reis [email protected]

As inscrições para o pré-vestibular social da prefeitura que esta-

vam previstas para encerrar nesta segunda-feira, já foram finalizadas. De acordo com o órgão municipal, a procura pe-las vagas foi expressiva e, por isso, o término das inscrições ocorreu antes do prazo final. Porém os interessados em participar do programa po-dem fazer o cadastro reserva. As inscrições que haviam sido prorrogadas em dezembro, encerram nesta segunda-fei-ra. O cadastro deve ser feito na sede do curso, que funciona na Rua Teixeira de Gouveia, 264, Centro, das 8h às 12h.

Ao todo estão sendo ofere-cidas vagas para cada turno; manhã (7h20 às 12h), tar-de (13h20 às 17h55) e noite (18h20 às 22h30). Para se ins-crever, o candidato deve ter o Ensino Médio completo ou estar cursando o terceiro ano do Ensino Médio.

No ato da inscrição é necessá-rio a apresentação de duas fotos 3 x 4, xerox do CPF, carteira de identidade, declaração de con-clusão do Ensino Médio ou do Histórico Escolar. E quem optar pelo turno da noite deve levar também xerox da declara-ção de estar trabalhando.

O Pré-Vestibular Social visa promover a inclusão de estu-dantes que não têm condições de pagar cursos particulares e ainda dá oportunidade a quem

está longe dos estudos a se can-didatar às provas de vestibular. Antes de entrar no curso, os alunos participam de pales-tras sobre vestibular e orien-

tação vocacional. Além disso, os que não justificarem cinco faltas nas aulas, não poderão frequentar o projeto social.

O projeto é considerado

ainda referência para alunos de toda a região, principal-mente, os que são de escolas públicas. Segundo levanta-mento da coordenação, o alto

índice de aprovação em uni-versidades como a Estadual do Norte Fluminense (Uenf ), Federal Fluminense (UFRJ), além da Faculdade Municipal

Miguel Ângelo da Silva San-tos (FeMASS) na cidade, com posições de destaque devido à qualidade do ensino já foi comprovado.

WANDERLEY GIL

O curso é gratuito e visa atender a demandas das pessoas que buscam se preparar para o vestibular e posterior ingresso na educação superior

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