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Macaé tem a maior média salarial da região Norte Fluminense Mesmo com a crise do petróleo, a cidade supera índices do Estado Entregues nesta semana, obras de urbanização melhoram rotina de moradores MARIANNA FONTES KANÁ MANHÃES Município supera índices de cidades como Niterói e Rio de Janeiro em junho ao alcançar a média salarial de R$ 1.983,65 Bairro recebeu investimento de mais de R$ 5 milhões em obras de infraestrutura Dados consolidados em junho pelo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que Ma- caé alcançou no mês a maior média salarial entre todos os municípios produtores de petróleo situados no Nor- te Fluminense, superando também os índices de Niterói e da Capital do Estado. PÁG. 3 A pós anos de reivindicações, o Barramares finalmente viu a sua realidade mudar. Quem vê as ruas pavimentadas e sinalizadas hoje não consegue imaginar que ali, há alguns anos, o cenário era totalmente o oposto. Para marcar essa conquista, no último dia 1º foi realizada uma solenidade, ato que contou com a presença do prefeito, Dr. Aluízio. A nova realidade do local, com ruas pavimentadas e infraestrutu- ra de qualidade, passa a ser um motivo de esperança para moradores de outros pontos da cidade. PÁG. 8 BARRAMARES VIVE DIAS MELHORES Ainda neste mês, o governo municipal e a Câmara de Verea- dores irão definir a projeção dos investimentos que serão aplica- dos pelo município, com base na previsão das receitas que deverão ser arrecadadas em 2016. Diante do cenário de queda nos repas- ses dos royalties e da Participa- ção Especial (PE), a estimativa é que a projeção de recursos seja menor que a planejada para este ano. O plano de trabalho, com a determinação de todos os pro- jetos e programas que serão de- senvolvidos pela administração municipal, já está sendo finaliza- do pelo governo. O levantamento resulta na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. PÁG. 8 Os dados do Instituto de Se- gurança Pública (ISP) revelam números alarmantes quanto à violência na cidade de Macaé. De janeiro a junho foram regis- trados 4.830 boletins de ocor- rências de vários tipos de cri- mes, desde furtos a estupros. O caso que chamou mais atenção foi o de sequestro-relâmpago. O 32º Batalhão da Polícia Mi- litar abrange, além de Macaé, os municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Concei- ção de Macabu, Carapebus e Quissamã. Dentre essas cidades, a Capital Nacional do Petróleo lidera em número de crimes re- gistrados no sistema da Delega- cia Legal, operado pela Polícia Civil. PÁG. 5 POLÍCIA GERAL WANDERLEY GIL Empresários destacaram lançamento de produto Menor é apreendido pela PM com drogas Cachaça premiada resgata cultura Caso evidencia número crescente de adolescentes aliciados pelo tráfico PÁG. 5 Sete Engenhos Imperial é produzida pela Fazenda São Miguel, em Quissamã PÁG. 11 WANDERLEY GIL Maconha e cocaína foram encontrados em Rio das Ostras ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 28º C Mínima 19º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) GERAL POLÍCIA GERAL CADERNO DOIS Programa tem como foco incentivo social Tenente da PM aborda dados da segurança Servidores federais fazem denúncias Lagoa Rock com edição super especial Bolsa Atleta deve ser remodelada pela Fesporte PÁG. 9 Ramiro Campos presta informação ao cidadão PÁG. 5 Profissionais atuam na proteção do meio ambiente PÁG. 11 Andy Summers, da banda The Police estará em Macaé CAPA POLÍTICA POLÍCIA BAIRROS EM DEBATE Governo municipal prepara projeto da LDO Crimes na cidade chegam a 4 mil registros O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda- feira, 10 de agosto de 2015 Ano XL, Nº 8781 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL ATLETAS BUSCAM INCENTIVO MUNICIPAL ENERGIA ELÉTRICA DEVE SOFRER REAJUSTE OAB DE MACAÉ COMEMORA O MÊS DO ADVOGADO GERAL, PÁG.9 ECONOMIA, PÁG.6 EDITORIA, PÁG.9

Noticiário 09 08 15

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Page 1: Noticiário 09 08 15

Macaé tem a maior média salarial da região Norte FluminenseMesmo com a crise do petróleo, a cidade supera índices do Estado

Entregues nesta semana, obras de urbanização melhoram rotina de moradores

MARIANNA FONTES

KANÁ MANHÃES

Município supera índices de cidades como Niterói e Rio de Janeiro em junho ao alcançar a média salarial de R$ 1.983,65

Bairro recebeu investimento de mais de R$ 5 milhões em obras de infraestrutura

Dados consolidados em junho pelo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que Ma-caé alcançou no mês a maior

média salarial entre todos os municípios produtores de petróleo situados no Nor-te Fluminense, superando também os índices de Niterói e da Capital do Estado. PÁG. 3

Após anos de reivindicações, o Barramares finalmente viu a sua realidade mudar. Quem vê

as ruas pavimentadas e sinalizadas hoje não consegue imaginar que ali, há alguns anos, o cenário era totalmente o oposto. Para marcar essa conquista, no último

dia 1º foi realizada uma solenidade, ato que contou com a presença do prefeito, Dr. Aluízio. A nova realidade do local, com ruas pavimentadas e infraestrutu-ra de qualidade, passa a ser um motivo de esperança para moradores de outros pontos da cidade. PÁG. 8

BARRAMARES VIVE DIAS MELHORES

Ainda neste mês, o governo municipal e a Câmara de Verea-dores irão definir a projeção dos investimentos que serão aplica-dos pelo município, com base na previsão das receitas que deverão ser arrecadadas em 2016. Diante do cenário de queda nos repas-ses dos royalties e da Participa-ção Especial (PE), a estimativa é que a projeção de recursos seja menor que a planejada para este ano. O plano de trabalho, com a determinação de todos os pro-jetos e programas que serão de-senvolvidos pela administração municipal, já está sendo finaliza-do pelo governo. O levantamento resulta na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. PÁG. 8

Os dados do Instituto de Se-gurança Pública (ISP) revelam números alarmantes quanto à violência na cidade de Macaé. De janeiro a junho foram regis-trados 4.830 boletins de ocor-rências de vários tipos de cri-mes, desde furtos a estupros. O caso que chamou mais atenção foi o de sequestro-relâmpago.

O 32º Batalhão da Polícia Mi-litar abrange, além de Macaé, os municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Concei-ção de Macabu, Carapebus e Quissamã. Dentre essas cidades, a Capital Nacional do Petróleo lidera em número de crimes re-gistrados no sistema da Delega-cia Legal, operado pela Polícia Civil. PÁG. 5

POLÍCIA GERALWANDERLEY GIL

Empresários destacaram lançamento de produto

Menor é apreendido pela PM com drogas

Cachaça premiada resgata cultura

Caso evidencia número crescente de adolescentes aliciados pelo tráfico PÁG. 5

Sete Engenhos Imperial é produzida pela Fazenda São Miguel, em Quissamã PÁG. 11

WANDERLEY GIL

Maconha e cocaína foram encontrados em Rio das Ostras

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 28º CMínima 19º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL POLÍCIA GERAL CADERNO DOIS

Programa tem como foco incentivo social

Tenente da PM aborda dados da segurança

Servidores federais fazem denúncias

Lagoa Rock com edição super especial

Bolsa Atleta deve ser remodelada pela Fesporte PÁG. 9

Ramiro Campos presta informação ao cidadão PÁG. 5

Profissionais atuam na proteção do meio ambiente PÁG. 11

Andy Summers, da banda The Police estará em Macaé CAPA

POLÍTICA POLÍCIABAIRROS EM DEBATE

Governo municipal prepara projeto da LDO

Crimes na cidade chegam a 4 mil registros

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015Ano XL, Nº 8781Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

ATLETAS BUSCAM INCENTIVO MUNICIPAL

ENERGIA ELÉTRICA DEVE SOFRER REAJUSTE

OAB DE MACAÉ COMEMORA O MÊS DO ADVOGADO

GERAL, PÁG.9 ECONOMIA, PÁG.6 EDITORIA, PÁG.9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015

CidadeEDIÇÃO: 287 PUBLICAÇÃO: 16 DE SETEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Taxa de iluminação pública pode acabar

Na sessão de terça-feira, o vereador Rubem Gon-zaga de Almeida Pereira, apresentou projeto de lei revogando a taxa de iluminação pública, criada no Código Tributário Municipal, aprovado em 5 de de-zembro de 1978, e sancionado pelo prefeito Carlos Mussi.

Justificando a sua atitude, o vereador Rubem Gonzaga disse que “O Prefeito, após várias consi-derações na mensagem nº 011 enviada à Câmara Municipal, resolveu revogar o inciso VII do artigo 3º e os artigos 78 à 85 da Lei nº 665, que é o Código Tributário do Município de Macaé”.

Gasoduto começa a funcionar em Outubro

O gasoduto que vai escoar 600 mil metros cúbicos por dia de gás natural, da Bacia Macaé-Campos, para a Refinaria de Duque de Caxias, vai entrar em operação no princípio do próximo mês, devendo o gás substituir o óleo combustível queimado nas caldeiras da Reduc.

Teatrólogo macaense ganhou o “Grande Prêmio Willy Keller”

O professor Ricardo Meirelles, teatrólogo macaense, atualmente ocupando o cargo de Chefe da Divisão de Cultura da Secretaria

Municipal de Educação e Cultura, ganhou “Grande Prêmio Willy Keller”, outorgado pe-lo júri do 2º Concurso Brasileiro de Peças Ra-diofônicas e promovido pela WDR de Colônia, República Federal da Alemanha.

Ônibus bate na traseira de caminhão

Um morto e oito feridos graves foi o resulta-do da colisão ocorrida por volta das 3h30min da madrugada de domingo, na BR 101, altura do KM 165, em Aterrado da Severina, onde o ônibus da Viação Itapemirim placa CZ-3507, do Espírito Santo, que trafegava no sentido Vi-tória-Rio, bateu violentamente contra a traseira de um caminhão.

Margem da Linha Azul vira lixãoNa manhã da última quarta-feira (5), a equipe de reporta-gem flagrou um caminhão de uma empresa de gesso descar-tando o resto de material em uma pilha de entulhos e mó-veis velhos já existente. Nem mesmo a presença de um car-ro da prefeitura e de O Debate foi suficiente para intimidar os infratores, que atuam em ple-na luz do dia. A alguns metros do local fica o famoso “lixão da Nova Esperança”, situado às margens de um córrego. Se-gundo o presidente da Asso-ciação de Moradores da Nova Holanda, Vando Emanuel, ape-sar de ter reduzido a quantida-de de caminhões descartando muitos materiais, o problema persiste.

Em um momento es-pecial, a abertura do 6º Festival Macaé Cultura e Gastronomia colocou o município em um no-vo patamar regional, ao reunir empresários, visi-tantes e profissionais da culinária de alto padrão, além de artistas e apre-ciadores da boa música. Em noite marcada pe-la confraternização de macaenses que apostam na construção de uma identidade própria do município com a gastro-nomia, incentivando a

manutenção de um pro-jeto que visa consolidar a participação de Macaé no circuito nacional de eventos voltados à pro-moção da culinária local, envolvendo também di-versos setores da econo-mia municipal, o início oficial da programação do Festival, que segue a t é d o m i n g o ( 9 ) , f o i marcado também pelo lançamento da cachaça Sete Engenhos Imperial, elaborada para comemo-rar o aniversário de 450 anos do Rio.

Noite especial marca abertura do 6º Festival de Gastronomia

Enem 2014: CAp-Funemac figura entre as 30 melhores escolas públicas do estado

NOTA

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015 3

PolíticaDADOS

Macaé alcança maior média salarial da regiãoCapital Nacional do Petróleo obteve também em junho o menor índice de redução de postos de trabalho do ano. Dados apontam novo cenárioMárcio [email protected]

Dados consolidados em junho pelo Cadastro Geral de Empregos e

Desempregos (Caged), do Mi-nistério do Trabalho, apontam que Macaé alcançou no mês a maior média salarial entre to-dos os municípios produtores de petróleo situados no Norte Fluminense, superando tam-bém os índices de Niterói e da Capital do Estado.

Os números, que apontam um novo cenário de otimismo em relação à fase de recupera-ção econômica da cidade, apon-tam também que em junho Ma-caé atingiu o seu menor índice de redução de postos de traba-lho (demissões) registrado no ano, o que para especialistas do setor configura o resultado do novo modelo do mercado cria-do pelas empresas da cidade para driblar os efeitos da crise do petróleo.

Segundo o Caged, Macaé manteve em junho a média sa-larial de R$ 1.983,65, a mais alta entre os municípios da região. No Cadastro Geral, a Capital Nacional do Petróleo registra 137.286 empregos formais con-tabilizados neste ano.

Apesar de fechar junho com saldo negativo, no comparativo entre o número de admissões e de demissões registrados no mês, Macaé consolidou o cres-cimento de postos de trabalho com altos salários, voltados principalmente para o merca-do o�shore.

Para se ter uma ideia, Macaé registrou em junho o saldo po-sitivo na admissão de engenhei-ros de produção, com salários de R$ 10.444,40.

Saldo positivo foi registrado também na admissão de pro-

fissionais no cargo de Gerente de Produção e Operações, com salário de R$ 14.719,44.

No geral, o posto de operador de empilhadeira foi o que mais admitiu em Macaé, em junho. O salário é de R$ 2.152,28. No saldo, 205 novas pessoas foram

contratadas neste setor.Também em junho, Macaé

registrou a média geral de re-dução de 136 postos de traba-lho fechados no mês. Apesar de negativo, o número representa o menor índice demissional obtido pela cidade neste ano.

O maior ocorreu em janeiro, com a média de 1.288 postos fechados.

Em junho, Macaé registrou também o maior número de admissões do ano e o segundo menor índice de demissões de 2015.

KANÁ MANHÃES

Município supera média salarial de cidades como Niterói e o Rio de Janeiro em junho

Mês Média salarial Admissões Demissões Saldo de empregos

Janeiro R$ 1.911,98 3.612 4.900 -1.288

Fevereiro R$ 1.845,26 3.508 4.398 -890

Março R$ 1963,82 5.891 4.684 +1.207

Abril R$ 1.981,79 3.698 4.558 -860

Maio R$ 1.784,39 3.589 4.017 -428

Junho R$ 1.983,65 3.950 4.086 -136

DADOS

Cadastro Geral de Empregos e Desempregos

EMPREGO

Média salarial por município

● MACAÉ:

R$ 1.983,65● CARAPEBUS:

R$ 1.969,58● SÃO João da Barra:

R$ 1.802,45● RIO das Ostras:

R$ 1.570,00● RIO de Janeiro:

R$ 1.450,22● QUISSAMÃ:

R$ 1.293,65

● CASIMIRO de Abreu: R$ 1.288,64

● NITERÓI:

R$ 1.261,02● ARMAÇÃO dos Búzios:

R$ 1.251,52● CABO Frio:

R$ 1.122,28● CAMPOS dos Goytacazes:

R$ 1.113,83● ARRAIAL do Cabo:

R$ 1.105,70

Números reforçam potencial da cidadePrincipal efeito gerado pela crise do petróleo a nível in-ternacional, a redução dos pos-tos de trabalho em Macaé pas-sa a ser driblada a partir de um novo posicionamento assumido pela indústria do petróleo com objetivo de amenizar os efeitos da retração do mercado.

Para evitar a redução do qua-dro de profissionais, as empre-sas estão negociando novos sa-lários com objetivo de reduzir o peso da folha de pagamento e de tributos, equilibrando o caixa para encarar ainda novos meses de retração de investimentos.

"A indústria possui um com-

promisso social com a nossa cidade. Por isso, busca a nego-ciação com os trabalhadores para aliviar seu caixa e evitar um maior índice de desempre-go", analisou o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Marcelo Reid.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, Vandré Guimarães, aponta que o cená-rio de Macaé começa a mudar.

"A nossa expectativa é que no segundo semestre deste ano, a cidade possa recuperar o saldo positivo na geração de empre-gos", projetou Vandré.

Governo prepara projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária

PREVISÕES

Ainda neste mês, o governo municipal e a Câmara de Vere-adores irão definir a projeção dos investimentos que serão aplicados pelo município, com base na previsão das receitas que deverão ser arrecadadas em

Diante de queda das receitas do petróleo, índice de 2016 deve ser menor que o deste ano

2016. Diante do cenário de que-da nos repasses dos royalties e da Participação Especial (PE), a estimativa é que a projeção de recursos seja menor que a pla-nejada para este ano.

O plano de trabalho, com a determinação de todos os pro-jetos e programas que serão de-senvolvidos pela administração municipal, já está sendo finali-zado pelo governo. O levanta-mento resulta na elaboração da

Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2016.

Neste ano, a administração municipal deve contar com um apoio importante garantido pe-la Agência Nacional do Petróleo (ANP), que se comprometeu a apresentar a todos os muni-cípios produtores, um estudo relativo à previsão mensal de receitas que deverão ser gera-das por royalties e Participação Especial em 2016.

Os dados serão importantes para que Macaé e os demais mu-nicípios do Norte Fluminense, possam elaborar a LDO e tam-bém a Lei Orçamentária Anual (LOA), instrumento adminis-trativo que aponta a execução das despesas do próximo ano.

De acordo com as regras da Lei Orgânica do Município e do regimento interno da Câmara, a LDO deve ser votada pelo Legis-lativo até o final deste mês.

Dr. Aluízio Júnior (PMDB) afirmou que foco do governo é garantir apoio a empresas para evitar desemprego

NOTA

PONTODE VISTATodos nós sabemos, sentimos na pele, entendemos, e sofre-mos as consequências da crise econômica, política e social em que o Brasil está metido. E não é de agora.

Não nos cansamos de registrar aqui que o município e a região, após a Petrobras instalar todas suas unidades de produção e exploração em Macaé, entraram em um processo de cresci-mento acelerado.

Poder demais sobe à cabeça. Deve ser assim que alguns apaniguados estão se sentindo ao serem beneficiados com altos cargos comissionados, imaginando que podem tudo. Principalmente aqueles que são “vira-casaca” e navegam ao sabor do dinheiro fácil e dos ataques “marrons” e baixo nível. Dr. Aluizio já deu demonstrações que quer mudar. E não vai permitir que façam 'forfait' no seu governo.

Ao que tudo indica não estão nada boas as relações dos ex-diretores da Petrobras, presos na Operação Lava-Jato em Curitiba, com os empresários envolvidos no escândalo do “petrolão” e com o Partido dos Trabalhadores. Depois da prisão de José Dirceu, cresceu a fila dos que pretendem a colaboração premiada. E não saiu, ainda, mais uma lista de políticos envolvidos.

Até domingo.

Ainda depende não se sabe da vontade de quem, ou de quê, a concessão da licença pelo Inea para a construção do Terminal Portuário do Barreto. Parece que o projeto esbarra, e muito, no ICMBio, na esfera federal. Ou da própria Petrobras, que ao considerar a Edson Chouest vencedora da licitação para serviços no Porto do Açu, não deseja o porto de Macaé. Perguntar, não ofende.

Como sair?

Serviços públicos

Desde 2008, quando o mundo balançou os alicerces com a eco-nomia americana entrando em colapso, se nossa representação política fosse pelo menos mais séria, não teríamos nos engana-do de que era uma “marolinha” que passou por aqui, enquanto no resto do mundo todos sentiram os efeitos de um tsumani. Mas entrar na crise não é tão difícil, e tanto é que entramos... mesmo com o mundo político que habi-ta Brasília caindo no “conto do vigário”. Incentivar as vendas para manter o aquecimento da economia, enquanto os países desenvolvidos e os emergentes buscavam estruturas capazes de mudar a regra do jogo para voltar a encontrar o crescimento - al-ternativa que durou quase cinco anos e ainda afeta importantes países - foi o caminho encon-trado por aqui. Nada mal. Para o político populista, é bom. Fazer agrados a todas as classes para se perpetuar no poder, com o esque-ma de distribuição de renda (não só o Bolsa Família), através de emendas parlamentares para de-putados e senadores atenderem

as suas bases, além de distribuir cargos e mais cargos comissiona-dos, todos de alto valor, numa ver-dadeira avalanche do “toma lá, dá cá”, acabou apenas encontrando, no final das contas, um poço sem fundo. Bastou, antes das eleições, o mundo mergulhar em outra cri-se, desta vez atingindo a indústria do petróleo com o valor do barril caindo pela metade, para mostrar que a política adotada de parti-lha na exploração, e descoberto o veio de outra mina - no caso, o desvio de dinheiro na Petrobras podendo os escândalos expandir para o BNDES e o setor elétrico - seria suficiente para mergulhar o país em um dos maiores escân-dalos de corrupção, superando o mensalão. Sem falar que a presi-dente Dilma ganha as eleições e faz exatamente o oposto do que prometera na campanha, trans-formando Brasília na capital do medo. E olha que dia 16 de agosto tem manifestação nas ruas, logo depois do grande panelaço ouvi-do em diversas capitais do país durante a exibição do programa político do PT. Entrar na crise foi fácil. Mas sair...

Como o poder público não acom-panha o desenvolvimento na mes-ma velocidade, graças à intensa burocracia, e como não houve um planejamento capaz de preparar a cidade para o grande impacto, até por que na ocasião (1977) não existia Plano Diretor, a especulação imobiliária e a falta de organização foi dando lugar aos interesses es-cusos, invasão de áreas públicas e de proteção ambiental, já que a pressa (inimiga da perfeição) mudou completamente o perfil da cidade. Antes, conhecida como Princesinha do Atlântico, bem de-pressa se transformou na Capital Nacional do Petróleo, Macaé per-deu por completo sua identidade, que deve e ainda pode ser recu-perada, dependendo dos políticos que poderão continuar o trabalho de resgate iniciado pelo prefeito Dr. Aluízio Junior. Não tem sido fácil, e não será, pelo menos até que a po-pulação apoie as iniciativas e volte a encontrar, como vem ocorrendo há algum tempo, o desejo de sentir a Macaé tradicional, podendo até alguns admitir que isso é saudosis-mo. É exatamente esse o caminho que faltava, e a política atual vem procurando encontrar maneiras de

reverenciar seus valores. Mas, tu-do se torna muito difícil quando os serviços públicos não funcionam. Sejam eles da esfera federal ou es-tadual, reféns de indicações políti-cas para cargos que exigem, não só capacidade profissional e técnica, mas muita vontade de servir bem ao público, cada vez mais ciente dos seus direitos. Por exemplo, o que funciona mal? Os Correios que não entregam as correspondências (a demora chega a alcançar 30 dias), o Detran que não funciona (Macaé tem mais de 70 mil veículos empla-cados mas não encontram vagas para vistoria), as operadoras de telefonia que não expandem e não melhoram os sinais, as Polícia Civil e Militar, o abastecimento de água, o caro transporte público, a ener-gia (a Ampla não tem planos para melhorar o sistema)? Enfim, listar tudo aqui não haveria espaço. Pelo menos, o prefeito Dr. Aluízio ao se filiar no PMDB, partido do gover-nador Pezão e que tem no governo federal a sua principal base com o vice-presidente Michel Temer como articulador, procurou o ca-minho certo. Pode ser que, assim, consiga melhorar, mas se for do contra...

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Ao longo dos últimos três anos, Macaé busca na es-sência de suas raízes a reconstrução de um cenário voltado ao progresso baseado na contribuição de sua sociedade, onde a iniciativa da população fazia parte da construção de um município capaz de alcançar, através do estímulo de todas as suas vocações, novos caminhos voltados ao desenvolvimento econômico, social e cultural.

Ao viver atualmente o planejamento para a integração do transporte ferroviário nos modais destinados à logística da economia local, Macaé passa a resgatar histórias do passado, quando as linhas do trem eram responsáveis por trazer esperança e progresso para a Princesinha do Atlântico. Essa nostalgia foi retratada, através da arte do grafite, exposta no muro da Fundação Luiz Reid.

Certamente o leitor já teve ocasião de ouvir entre-vistas do tipo em que o repórter pergunta: "O que é isto ou aquilo para você?" E o entrevistado responde: "Ah! Isso para mim é tudo!".Tudo? Como assim "tudo"?

Raízes

A política não pode ser tudo, nem nada

Longe de ser nostálgico, esse novo movimento terá re-presentação expressiva no

próximo pleito municipal.Ao atrair novos moradores

de diversas partes do país e do mundo, diante das oportuni-dades geradas pelo petróleo, Macaé tornou-se também, ao longo dos últimos anos, foco do interesse de lideranças políticas que vislumbram abocanhar uma fatia dos abundantes recursos públicos gerados pelas ativida-des da indústria o�shore. Hoje, ao ver que essas receitas passam a ser transformadas em hospital, restaurante popular, conjuntos habitacionais e ruas pavimen-tadas, o mercado de barganha perde força para a representação política de verdade.

No mês marcado pelos 20 anos da morte de um dos maio-res líderes políticos da história do município, a memória do ex-prefeito e do ex-deputado estadual Cláudio Moacyr de Azevedo também ajuda a resga-tar um modelo político baseado na representatividade de Macaé para o estado do Rio de Janeiro e, agora, para o país, um respei-to que ainda deve ser alcançado, na medida que o mercado local

busca fôlego para recuperar a pujança ameaçada pela crise econômica nacional.

Ao que tudo indica, mesmo com a interferência de foras-teiros que começam a se em-brenhar por partidos, visando assumir influências com a de-monstração clara pela avidez por benefícios próprios, sem qualquer tipo de respeito à história dessa cidade constru-ída por homens e mulheres militantes, desbravadores e destemidos, o próximo plei-to municipal será baseado no reencontro da população do município com a própria identidade da Macahé Antiga, simbologia resgatada pelo gru-po de empresários do setor de alimentação, sediados na região central da cidade.

O pragmatismo, buscado prin-cipalmente em um momento onde a política nacional tenta se reerguer diante de denúncias de corrupção, precisa ser volta-do aos anseios da sociedade, que busca reencontrar seu papel de operariado na produção de dias melhores para a cidade que, em poucos anos, vai retomar o seu papel de destaque nos cenários nacional e internacional.

Atribuir totalidade a algo é sintoma de fragilidade mental. Coisa nenhuma

pode corresponder ao todo na medida em que o todo é, por definição, a agregação de tudo. Nem Deus pode ser tudo porque se o fosse acabaria agasalhando sua contradição, seu antípoda, o sujeito da fumegante fornalha do andar de baixo. Mesmo assim, o fato permanece: muitas pessoas agem como se alguma coisa fosse tudo, mesmo.

Quando isso ocorre com futili-dades, as conseqüências, por ve-zes graves, se limitam ao âmbito pessoal ou familiar. Constitui porém desvio psicológico capaz de produzir verdadeiras tragédias atribuir essa totalidade à política. O leitor muito provavelmente sa-be do que estou falando; conhece e convive com pessoas para as quais a política é tudo. E certa-mente conhece também ideias políticas que, seduzindo corações e mentes, cobram dos que a elas aderem essa entrega total. Tudo é o partido e nada é mais impor-tante do que a reunião do partido, a defesa do partido, a propaganda partidária. Prioridade alguma se pode sobrepor aos atos convo-cados pelo partido e nenhuma razão traz consigo a audácia de questionar suas razões e seus procedimentos.

Estou exagerando? Pense no professor que usa a sala de aula para fazer a cabeça dos alunos, no religioso que emprega o púlpito

como palanque e que não distin-gue sua ação pastoral de sua mili-tância política, no jornalista que, na cozinha da redação, manipula o fato para produzir a versão que mais convém ao partido, no tor-cedor de futebol que mistura o símbolo de seu partido com a ban-deira de seu clube, transformando qualquer coisa em vetor de suas próprias manias e compulsões.

Essa totalidade, na política, é a farinha e o fermento do tota-litarismo. Mobilize-a com o que bem quiser (insatisfação, revolta, revolução) ou lhe dê o nome que preferir (utopia, radicalização da democracia, organização da cidadania). O produto final será sempre antidemocrático, ma-niqueísta, totalitário. A melhor proteção contra esse produto é o conhecimento de sua natureza. Da mesma forma, a comprovar a importância do equilíbrio, igno-rar completamente a dimensão política do ser humano e a im-portância da política à vida em sociedade é sinal de pouco juízo e rompimento com um grave dever moral. A omissão na po-lítica pavimenta o caminho dos demagogos, dos incompetentes, dos oportunistas e dos tiranos. E o omisso, cedo ou tarde, será chamado, com todos os demais, a pagar essa conta.

Percival Puggina membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor

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Sucesso Segue até este domingo (9), a programação do 6º Festival Macaé Cultura e Gastronomia que, neste ano, conta com uma edição especial, integrando os restaurantes dos Polos Gastro-nômicos Praia dos Cavaleiros e Macahé Antiga. Após três dias de degustação de pratos espe-ciais e de música de qualidade, o evento passa a contar com novos parceiros e apoiadores, al-cançando ainda mais um sucesso. Para quem curte, a festa vai deixar saudades!

EleiçõesO ambiente político de Macaé segue dividido entre as lideranças que mantêm o sistema da velha política, rejeitado pelo expressivo número de leitores que não compareceram aos últimos dois pleitos, e entre novos nomes que buscam construir alianças baseadas no desenvolvimento econômico e social da cidade, independente de vertentes partidárias. Nesse imbróglio, os órfãos do poder tentam bagunçar o jogo focados em lucrar com contratos e cargos comissionados.

ItineranteA Câmara de Vereadores anunciou, nesta se-mana, a programação das audiências públicas que serão realizadas em bairros, comunidades e distritos da cidade. Após a Malvinas, a Barra de Macaé receberá o projeto 'Câmara Itine-rante' no encontro agendado para o próximo sábado, dia 15. Já no dia 22 acontecerá a au-diência pública no Novo Cavaleiros. As datas seguem os requerimentos apresentados pelos parlamentares em plenário.

Convocação O Legislativo deve receber, na próxima sema-na, o secretário municipal de Saúde, Dr. Pedro Reis, convocado pelo presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), para esclarecer critérios relativos à formação das unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A saba-tina prevê também questionamentos que serão apresentados por Maxwell Vaz (SD) em relação a contratos assinados pelo Fundo Municipal de Saúde.

CPINesta semana, o líder do bloco de oposição na Câmara, Igor Sardinha (PRB) anunciou que vai recolher assinaturas dos demais parlamentares, visando levar ao plenário a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) para analisar o processo de isenção da taxa concedida pelo governo à empresa SIT, que detém a administração do transporte pú-blico municipal. Para o vereador, o processo se configura como renúncia de receita.

Transporte A Procuradoria Geral do Município deve rece-ber ainda neste mês a parte técnica do edital da nova concessão das linhas municipais do transporte público de Macaé. Esta será a pri-meira parte do projeto que prevê a concorrência pública para a exploração de um dos principais serviços utilizados pela população da cidade. Hoje, através do subsídio do governo, os cerca de 150 mil usuários do sistema circulam pela cidade com a passagem a R$ 1.

AluguelPassado o primeiro semestre do ano, ainda é expressivo o número de imóveis disponíveis para aluguel na região nobre da cidade. Hoje, o setor imobiliário vive retração em virtude da oscilação do mercado offshore, que tenta equi-librar as feridas geradas pela crise, sem reduzir ainda mais postos de trabalho. A previsão é que a partir de 2017 toda a cadeia do petróleo retome a pujança que ajudou a fortalecer a eco-nomia da cidade, nos últimos anos.

ProgramaSegundo o Portal da Transparência, administra-do pela Controladoria Geral da União, mais de R$ 5 milhões já foram transferidos para Macaé pelo governo federal, apenas para o pagamento da Bolsa Família entre janeiro e junho de 2015. No ano passado, o programa gerou repasses de R$ 9,9 milhões. Vale ressaltar que os pa-gamentos são efetuados aos mais de 5 mil be-neficiários do programa em Macaé, de acordo com a situação social de cada família.

Regras Publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira (31), a alteração no Código Brasileiro de Trânsito (CTB) passa a prever como infração gravíssima o trânsito em faixas e vias exclusivas de ônibus, salvo casos de força maior e com autorização do poder público competente. Na prática, o infrator está sujeito à penalidade de multa no valor de R$ 191,54, perda de sete pon-tos na carteira de habilitação, além de ter seu veículo apreendido.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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Algumas vias importantes da cidade, passarão por intervenções para a continuidade das obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário do Subsistema Centro. Condutores que costumam trafegar pelos bairros Granja dos Cavaleiros, Vale Encantado, Bairro da Glória, Novo Cavaleiros e Cancela Preta devem estar atentos.

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015 5

Polícia A Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Habitação, convoca todos os moradores da localidade de Águas Maravilhosas para assinar o cadastro social (CAD Único), entre os dias 17 e 21 de agosto, ao auditório do Centro Administrativo Luís Osório (Cealo).

NOTA

DIVULGAÇÃO PM

Em uma sacola plástica foram encontradas 214 trouxinhas de maconha e 490 papelotes de cocaína

RIO DAS OSTRAS

Menor é apreendido após tentar descartar drogas

Guarnição da Polícia Militar (PM) seguiu até a Rua Samambaia, esquina com a Rua Amarílis, no bairro Ân-cora, em Rio das Ostras a fim de verificar uma denúncia na qual informava que elementos estariam armados realizando tráfico de drogas no local.

No local, os policiais per-ceberam a presença de três

Guarnição foi até ao bairro Âncora verificar denúncia de tráfico de drogas

suspeitos que ao avistarem a viatura, fugiram. Os policiais da guarnição observaram que um dos suspeitos se desfez de uma sacola plástica e correu para uma igreja, sendo captu-rado por eles.

Na sacola plástica foram en-contrados 214 trouxinhas de maconha e 490 papelotes de cocaína. Em seguida, a PM en-caminhou o menor de 15 anos e o material encontrado para a 128ª DP, onde foi apresentado o fato e o menor foi enquadra-do no Artigo 33 da Lei 11.343 do Código Penal.

Tenente coronel Ramiro Campos inicia parceria com o Jornal O Debate

COLABORAÇÃO

Em seus textos serão abordados temas atuais voltados para toda a família

A partir deste domingo (09), o tenente coronel Ramiro Campos, que foi comandante do 32º BPM entre outubro de 2011 e junho de 2014, hoje atuando no Comando Geral da Polícia Militar, passa a colaborar com o Jornal O Debate, sobre temas atuais e voltados para a família e paz social.

É importante ressaltar que as contribuições dele serão im-portantes para segurança pú-blica da cidade, possibilitando ao leitor o conhecimento sobre a formação do cidadão como um agente da paz.

Em seu primeiro texto, Ra-miro destaca a importância da família na construção do futuro de jovens e crianças e dá dicas e recomendações aos pais que de-sejam ver seus filhos longe dos maus caminhos.

QUAL O CRITÉRIO PARA DEFINIR UM BOM PAI OU MÃE?

É muito simples, basta obser-var as seguintes dicas: se fazer presente; transferir os princí-pios que herdou para seus filhos; ceder diariamente minutos de seu tempo em favor da atenção para eles; ter conhecimento de suas responsabilidades e não delegando a ninguém, e por fim, mesmo não tendo posses finan-ceiras, invista nas crianças com afeto.

DE QUEM É A RESPONSA-BILIDADE DE EDUCAR?

Sem sombra de dúvida é per-sonalíssima da família, temos que dar aos filhos a formação moral e princípios, vivemos

em uma sociedade onde os va-lores estão sendo banalizados e esquecidos pelos pais ou res-ponsáveis; na minha infância, embora criado de forma rígida, aprendíamos o respeito ao pró-ximo, limites e regras impostas. Tomar bênção aos mais velhos na hora de acordar ou deitar não era caretice ou vergonha, sem-pre era pedida aos pais, tios, avós e padrinhos. Os valores eram fo-cados em princípios que passa-vam de geração em geração.

NAS ÚLTIMAS DÉCADAS A FAMÍLIA SOFREU MU-DANÇAS NA FORMA DE EDUCAR, QUAL O MOTI-VO?

O ritmo imposto pela situa-ção econômica do país capita-lista que vivemos cada dia que passa impõe que pai e mãe, se lancem no mercado de traba-lho para completar a renda familiar. A chamada AMÉLIA, tema inclusive musical, já não mais existe. Grande parte dos filhos atualmente são criados em creches para os que podem pagar em média de R$ 800,00, e os com menor poder financeiro,

pagam a um vizinho do bairro, geralmente menor de idade e que não estuda, um valor mé-dio de R$ 200.00, para a criança ficar em tempo integral acom-panhada; estas pessoas por mais boa vontade que tenham não podem formar a personalidade da criança que lhes são confia-das. Não estou generalizando, mas infelizmente alguns res-ponsáveis só lembram dos filhos quando estão doentes ou são chamados na escola por motivo de estarem com notas baixas ou aprontando travessuras.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA IMPOSIÇÃO DE LIMI-TES PARA O FILHO DEN-TRO DE CASA?

Quando não é imposto limite aos filhos, muitas vezes depois, os pais choram por eles esta-rem no caminho errado, preso ou até mesmo morto. Esquecem de plantar a semente básica da educação e deixam que a rua plante. Não acompanham o que os filhos fazem nas redes sociais, depois reclamam pelas más amizades. Não acompanham os filhos nas reuniões escola-

res, depois reclamam das notas baixas ou reprovações no ano le-tivo escolar. Não acompanham para onde os filhos estão, depois culpam as autoridades por dei-xarem seus filhos estarem em lugares incompatíveis. Quem dá o dinheiro aos filhos são os pais, aquele por sua vez vai ao lugar errado, na hora errada ou gasta de forma indevida, porque eles, pais, não acompanham co-mo seus filhos estão gastando o dinheiro que ELES deram.

COMO OS PAIS DEVEM AGIR PARA EVITAR QUE OS JOVENS ENTREM PARA O MUNDO DAS DROGAS E DO ÁLCOOL?

Muito simples, dando uma es-trutura familiar com amor e ca-rinho aos filhos. Muitos jovens têm as ruas como “professor” e as noitadas como companheira inseparável; as drogas estão em todo lugar, é um mercado que pede cada vez mais lucro custe o que custar. Quando os filhos não têm base familiar, tornam-se alvos fáceis. As crianças não podem encontrar em seu lar desunião e brigas, muitos utili-zam drogas e álcool para fuga da realidade familiar.

QUAL SUA RECOMEN-DAÇÃO PARA OS PAIS DE HOJE?

Como recomendação, citarei uma frase do maior poeta dos últimos anos, nascido na Ingla-terra: "Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás; portanto, plante você mesmo o seu jardim, e decore sua alma, ao invés de esperar eternamen-te que alguém lhe traga flores." (WILLIAN SHAKESPEARE 1564-1616).

Por fim: Para aqueles que esqueceram, ainda há tempo, AME e ADOTE seu filho.

KANÁ MANHÃES

Tenente coronel Ramiro Campos

BALANÇO

Registro de crimes em Macaé somam mais de 4 milNa área do 32o Batalhão da PM, Macaé lidera os registros de ocorrências desde o início do ano

Ludmila [email protected]

Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam números alar-

mantes quanto à violência na cidade de Macaé. De janeiro a junho foram registradas 4.830 boletins de ocorrências de vários tipos de crimes, desde furtos a estupros. O caso que chamou mais atenção foi o de sequestro-relâmpago.

O 32º Batalhão da Polícia Militar abrange, além de Ma-caé, os municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Con-ceição de Macabu, Carapebus e Quissamã. Dentro dessas cidades, a Capital Nacional do Petróleo lidera em número de crimes registrados no sistema da Delegacia Legal, operado pela Polícia Civil.

No total de roubos de todos os gêneros, como em comércios, a transeuntes, residências, entre outros, de janeiro a junho fo-ram registrados 682 casos. Só roubos de aparelhos de celular, registrados, foram 88.

Os números podem ser ain-da maiores já que esse tipo de crime costuma ser uma das principais reclamações da po-pulação, porém nem todas as vítimas acabam indo à delega-cia prestar queixa. Os dados in-

formados pelo ISP é baseado no sistema da Delegacia Legal. Mas grande parte das pessoas assal-tadas acredita que o registro não

KANÁ MANHÃES

123ª DP de Macaé registrou no mês de junho 654 ocorrências

é importante, porque na maio-ria dos casos a PM não consegue recuperar o bem material.

Casos de homicídio doloso

também são alvos de várias ocorrências. Na 123ª DP, até ju-nho, 44 casos de assassinatos fo-ram registrados na Delegacia. Já

estupros foram 24. Um caso de sequestro relâmpago também foi registrado no município.

Macaé lidera com uma boa

diferença o número de ocor-rências em comparação a Rio das Ostras. A cidade vizinha so-ma 3.564 registros entre janeiro e junho. Já Casimiro de Abreu foram registrados 824 casos até junho.

Esses números comprovam o que a população macaense vem pedindo há meses, mais segurança pública no municí-pio. É fato que uma cidade onde existe um rápido crescimento, de maneira desordenado, a violência é uma consequência desse problema. Contudo, é preciso a criação de estratégias para diminuir o transtorno que vem gerando a insegurança de toda uma população.

Só na última semana, mo-radores de bairros como Im-betiba, Barramares, Planalto da Ajuda, Visconde de Araújo, Granja dos Cavaleiros, Mira-mar, Parque Aeroporto, Vir-gem Santa e Centro relataram o problema de roubos em seus bairros, a insatisfação com a se-gurança pública na cidade está sendo refletida diante de tantas queixas.

No mês de junho a 123ª DP de Macaé registrou 654 ocorrên-cias, em média, por dia foram registradas cerca de 20 ocor-rências, dentre elas só de furtos foram 182. Para a cidade de Ma-caé, é um número alarmante.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

A MUNICIPALIZAÇÃO DA SEGURANÇA

Exatamente há um ano foi sancionada pela Presidente da República a Lei 13.022/2014, que dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Inicialmente, cumpre-nos res-saltar que tal normatização é oriunda do anseio popular pela segurança pública, em decor-rência do aumento significativo da criminalidade, da violência em todo território nacional e da deficiência de efetivo das polícias militares e civis.

A Constituição Federal, em seu Artigo 144, §8º, estabelece que os Municípios poderão cons-tituir guardas municipais desti-nadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

A Lei que estabeleceu o Esta-tuto Geral das Guardas trouxe ao ordenamento jurídico pátrio algumas inovações como o ad-vento de novas atribuições e a possibilidade do porte de armas de fogo pelos seus agentes.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

A GUARDA MUNICIPAL E O PORTE DE ARMA DE FOGO

Em 2003, quando foi instituí-do o Estatuto do Desarmamento através da Lei 10.826, já havia a previsão da possibilidade dos guardas municipais serem au-torizados a portar armas de fo-go, em municípios com mais de quinhentos mil habitantes além do chamado porte funcional pa-ra os guardas dos municípios que possuírem mais de cinquenta mil e menos de quinhentos mil habi-tantes. Neste mesmo sentido, a Portaria 365 de 2006, do De-partamento da Polícia Federal, também disciplinou a possibi-lidade do porte para os guardas municipais.

O artig o 16 da nova Lei (13.022/2014) estabelece que: “Aos guardas municipais é auto-

rizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei.” Deste dispositivo surge uma questão de suma relevância: Se não hou-ve mais a limitação populacional, estariam todas as guardas muni-cipais autorizadas a habilitar seus agentes nos órgãos de controle para o porte da arma de fogo?

Em uma análise teleológica, ousamos afirmar que, hoje, todos os guardas municipais, indepen-dentemente da quantidade de ha-bitantes que existe no município estão autorizados a portar armas de fogo, sendo o limite deste porte não apenas municipal ou regio-nal, mas sim nacional, dadas as atribuições que lhes foram con-feridas conforme passaremos a analisar.

AS NOVAS ATRIBUIÇÕES E O PODER DE POLÍCIA

Anteriormente, era de compe-tência da Guarda Municipal ape-nas a proteção das instalações, dos serviços e dos bens públicos. Ocor-re que a mais recente Lei criou cer-ca de vinte novas atribuições, que estão reguladas nos artigos 3º e 5º da referida norma.

Dentre as novas competências, destacamos que os princípios nor-teadores da atuação da guarda mu-nicipal passaram a ser a proteção dos direitos humanos fundamen-tais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas, a preservação da vida, a redução do sofrimento e a diminuição das perdas, o patru-lhamento preventivo, o compro-misso com a evolução social da comunidade e o uso progressivo da força.

Diante destas novas diretrizes

manteve-se o zelo pelos bens e equipamentos públicos, porém incluiu-se a proteção sistêmica da população, a contribuição para a paz social, a aproximação com a sociedade civil para buscar so-luções relacionadas à segurança pública, atender a ocorrências emergenciais, conduzir o infrator em flagrante até o delegado de po-lícia, dentre outras.

Objetiva-se, com isso, que as Guardas Municipais passem a de-ter o poder de polícia, não apenas resguardando os bens e serviços públicos, mas sim atuando como forças administrativo-policiais tutelando o interesse público e, in-clusive, impondo a Lei por meio do uso da força, da coerção, no intui-to de fazer o interesse coletivo se sobrepor ao interesse individual.

Leandro Gama Alvitos

Petrobras aprova plano para entrada da BR Distribuidora na bolsa. Entrada, no entanto, dependerá das condições dos mercados. Abertura de capital é uma maneira de captar recursos no mercado privado.

NOTA

INFLAÇÃO

Energia elétrica deve subir 50,9% até o �m do anoDe acordo com especialista, em Macaé, impacto nas contas de luz pode ser ainda superior

Guilherme Magalhã[email protected]

Para quem já considera a elevação da energia um verdadeiro golpe para

o bolso, é bom se preparar. De acordo com as estimati-vas do Banco Central (BC), divulgados na última sema-na os preços da conta de luz devem registrar um aumento de 50,9% até o fechamento de 2015. Em Macaé, apenas no primeiro semestre deste ano, o aumento real foi de 30%.

Segundo o relatório do BC, até junho deste ano a previ-são do Banco Central era de uma alta um pouco menor no preço da energia elétrica até

o final deste ano. Na ocasião, a instituição calculou um au-mento de 41% nas tarifas de energia, levando em consi-deração estimativas de que apenas metade dos meses de 2015 fossem funcionar no sis-tema de bandeiras tarifárias na cor vermelha - o que já não é mais possível, visto que os primeiros sete meses já fun-cionaram sobre a taxação má-xima. Como consequência, e pela lógica do recálculo, até o fim deste ano as contas de luz dos brasileiros podem sofrer aumentos ainda superiores aos previstos, chegando ao patamar médio de 50,9%.

Entretanto, a verdadeira má notícia é que, de acordo

com os especialistas, quanto maior tenham sido os aumen-tos propostos pelas empresas concessionárias do serviço de abastecimento elétrico nos municípios, o aumento do custo da energia nos do-ze meses deste ano pode ser ainda maior. Baseado nesta lógica, Macaé já seria uma forte candidata a ingressar no grupo acima do índice, com uma taxa de aumento anual superior àquela prevista pela instituição.

“Se considerarmos que o município já registrou um aumento real de não menos 30% nas contas de luz, e que todos os meses de 2015 fun-cionaram sob o sistema de bandeiras tarifárias verme-lhas, responsável por uma aumento de R$ 5,50 para cada 100 KWh consumidos, é totalmente possível que, ao fim de dezembro, por meio de cálculos simples, o consumi-dor constate que gastou qua-se o dobro de dinheiro para pagar pelo serviço este ano”, avalia o economista Guilher-me Carvalhido.

OUTRAS PREVISÕES PARA SERVIÇOS CRUCIAIS

Sobre o preço da gasolina, no mesmo relatório, o BC es-timou um aumento de 9,2% até o fim deste ano. O patamar também é um pouco superior ao apontado em junho, quan-do a instituição projetou uma alta de 9,1% para o combustí-vel até o fechamento de 2015.

Por sua vez, embora a ci-dade registre atualmente um dos menores preços pe-lo preço do produto a nível doméstico em toda a região (R$ 43,50, em média), a ins-tituição também estimou um aumento de 4,6% a nível na-cional para o gás de cozinha até o fechamento deste ano - a previsão anterior era de 3%.

Finalmente, o BC prevê pa-ra o conjunto de preços dos serviços cruciais (telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus) um au-mento de 14,8% até o encer-ramento do ano. Em junho, a mesma estimativa de eleva-ção era de 12,7%.

WANDERLEY GIL

Custo de serviços básicos irá representar elevação de, pelo menos, 10% no custo de vida dos macaenses até o fim de 2015

A CONSTITUCIONALIDADE DA LEIDiante desta inovação legis-

lativa, a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares (FENEME) propôs ao Supremo Tribunal Federal - STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n.º 5.156), na qual a relatoria coube ao Ministro Gilmar Men-des, que reconheceu ser relevante a discussão da matéria e a subme-teu ao Plenário para apreciação.

Fato é que esta matéria ainda ensejará muita discussão jurídi-ca e política, cabendo à Suprema Corte do País decidir se tal maté-ria afronta ou não a Constituição Federal.

Porém, independentemente da manifestação do STF acerca da constitucionalidade ou não da norma em questão, nos parece evi-dente diante dos números relacio-nados à segurança pública, e que diuturnamente são exibidos nas manchetes dos noticiários, que o Estado com seu aparato policial

não consegue deter o avanço da criminalidade.

A edição da citada Lei é um im-portante passo no sentido de am-pliar e enriquecer discussões, não só sobre o armamento ou não das guardas municipais, mas também sobre a unificação das polícias, a interiorização ou municipaliza-ção da segurança pública, a des-militarização, um novo modelo de sistema penitenciário brasileiro, dentre outros assuntos.

Acreditamos que está na hora de temas importantes como estes serem enfrentados e debatidos nas três esferas de Poder, para que medidas reais e concretas possam ser tomadas a fim de solucionar, ou ao menos minimizar, as causas e efeitos da violência. Afinal, estão em jogo a segurança do cidadão, a preservação da sua vida e do seu patrimônio, sua integridade e, por fim, mas não menos importante, a garantia da paz social.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015

BAIRROS EM DEBATE Barramares

Obras de urbanização mudam a realidade do BarramaresMoradores contam que a urbanização vai proporcionar a eles uma melhoria na qualidade de vida

Marianna [email protected]

Antes tarde do que nun-ca. Após anos de reivin-dicações, o Barramares

finalmente viu a sua realidade mudar. Quem vê as ruas pavi-mentadas e sinalizadas hoje não consegue imaginar que ali, há alguns anos, o cenário era totalmente o oposto.

Para marcar essa conquista, no último dia 1º foi realizada uma solenidade, ato que contou com a presença do prefeito, Dr. Aluízio, acompanhado de re-presentantes da prefeitura e do poder Legislativo. “O resultado ficou muito legal e acredito que tenha transformado a vida das pessoas que vivem ali”, ressalta Dr. Aluízio.

Em três anos, o Bairros em Debate esteve várias vezes no local e pôde acompanhar desde a época em que o Barramares era só lama, o andamento das obras - que inclusive foram al-

MARIANNA FONTES

Bairro recebeu investimento de mais de R$ 5 milhões em obras de infraestrutura

vos de reclamações devido aos atrasos, até a fase de conclusão esse ano.

Uma das pessoas que esteve sempre reivindicando essas melhorias no jornal é a vice-presidente da Associação de Moradores, Conceição Apare-cida Fraga, também conhecida como Cidinha. Segundo ela, ver a sua rua pavimentada é, sem dúvidas, um alívio.

“A obra ficou muito boa. Nem acredito que ficou pronta. Fo-ram anos sofrendo com a lama e a poeira e agora podemos sair de casa com dignidade. Só quem vive aqui há anos sabe do sofri-mento que era”, diz a moradora.

Segundo a prefeitura, os ser-viços foram executados pela secretaria de Obras e foi orça-do em R$ 5.310.922,00. Além da pavimentação, também foram implantadas redes de escoamento para acabar com um dos maiores transtornos enfrentados pelos moradores: os alagamentos.

Moradores pedem área de lazer Das cercas de duas mil pes-soas que moram no Barrama-res, metade delas é de crianças. É comum encontrá-las brincan-do pelas ruas do bairro, já que área de lazer não existe ali.

A praça do bairro continua

sendo um sonho não realizado. Sem um local adequado para a prática de atividades de lazer, no Barramares as crianças e jovens improvisam as brincadeiras no meio da rua. “Quando o prefeito esteve aqui conversando com a

gente sobre as melhorias, nós apontamos as nossas reivindi-cações. Depois disso, ficou de-cidido que seria feito antes essa obra de infraestrutura, que era a nossa prioridade. Agora vamos aguardar para ver se sai essa

praça que estão prometendo”, explica Cidinha.

Segundo a prefeitura, com a conclusão das obras, o próximo passo é criar áreas de lazer com praça, parque infantil e quadras esportivas.

Prefeitura diz que área de lazer é uma das próximas melhorias prevista para o bairro

Ruas ganham sinalização e redutores Um dos pedidos feitos no últi-mo Bairros em Debate era para a instalação de redutores de veloci-dade no bairro. O motivo, segundo os moradores, era que com a pavi-mentação os motoristas estavam abusando dos limites e colocando em risco a vida das pessoas, prin-cipalmente das crianças que brin-cam nas ruas.

Segundo Cidinha, cada rua foi contemplada com um, no entan-to, ela reforça o pedido à secretaria de Mobilidade Urbana para que seja feito um novo levantamento e, posteriormente, a implantação de mais quebra-molas nas vias do

bairro.“Cada rua tem um, mas isso ain-

da não está impedindo que os mo-toristas corram aqui dentro. Nós que temos filhos que brincam aqui na porta de casa ficamos com me-do de que uma criança ou morador seja atropelado”, conta.

A secretaria de Mobilidade Ur-bana diz que já foram instalados cinco redutores no bairro em lo-cais de maior conflito viário, pró-ximo aos cruzamentos das ruas. Neste caso, vale ressaltar que a velocidade regulamentada nas vias é de 30Km/h. Já a instalação de outros redutores precisará ser

analisada e, caso aprovada, entra-rá na lista de demandas a serem atendidas futuramente.

Outra mudança apresentada são as alterações no trânsito. As ruas que antes operavam em mão dupla agora funcionam em senti-do único. Para orientar os condu-tores foram instaladas sinaliza-ções horizontal e vertical.

De acordo com a prefeitura, as vias passaram a funcionar com o seguinte sentido de circulação: Rua Elis Regina, sentido único em direção à Rua Pixinguinha; Rua Tom Jobim, sentido único em direção à Estrada Antônio Guima-

rães Mosqueiras (Estrada do Bar-reto); Rua Tim Maia, sentido úni-co em direção à Rua Pixinguinha; Rua Raul Seixas, sentido único em direção à Estrada Antônio Gui-marães Mosqueiras (Estrada do Barreto); Rua Gonzaguinha, sen-tido único em direção à Rua Raul Seixas; Rua Cazuza, sentido único em direção à Rua Elis Regina; Rua Pixinguinha, sentido único em di-reção à Rua Raul Seixas.

“Colocaram uma rua vindo e ou-tra indo, o que melhora a fluidez no trânsito, só que tem gente que insiste em transitar na contramão. Não sei como vai ser a fiscalização

aqui dentro, porque tem tido resis-tência de algumas pessoas que não estão habituadas a essa mudança”, explica a moradora.

Sobre a fiscalização para cum-primento das regras dispostas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o Barramares não é um posto fixo de agentes. No en-tanto, a equipe responsável pela fiscalização na região do Parque Aeroporto fará esta fiscalização por meio de rondas sempre que possível. Mas, nos dois casos, tan-to com relação aos limites de ve-locidade, quanto com relação ao cumprimento das demais regras

de trânsito, é fundamental a par-ceria dos condutores em respeitar a sinalização e os limites das vias, já que o bairro passou por uma urbanização recente e está devi-damente sinalizado horizontal e verticalmente. Assim, o trânsito fluirá com segurança para todos.

Vale ressaltar que o Art. 186 do CTB prevê que o motorista que “transitar pela contramão de di-reção em vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação” está sujeito à pe-nalidade de multa de R$ 127,69 e perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Prefeitura diz que área de lazer é uma das próximas melhorias prevista para o bairro

Segurança pública é ressaltadaAssim como acontece em toda a cidade, o medo é um sentimento comum entre a maioria dos moradores do lo-teamento. Eles relatam que, devido a falta de um policia-mento ostensivo na região, o índice de assaltos tem crescido.

Um morador, que pede para não ser identificado, conta que a maioria dos casos é de roubo a pedestres. “Os meliantes estão geralmente em motos e arma-dos. E não tem hora ou dia. As

maiores vítimas são mulheres e adolescentes. Existe esse me-do. E acho que não se restringe ao nosso bairro. Pedimos às autoridades competentes que intensifiquem o patrulhamento aqui”, solicita.

Um dos pedidos feitos é para o reforço na iluminação públi-ca. “Até hoje temos seis postes sem braço de luz. Se de dia es-tamos apreensivos, à noite o medo é ainda maior”, conta o morador.

Limpeza melhoraUma das reclamações feitas era referente a falta de varrição e de limpeza dos ter-renos. Segundo Cidinha, depois de tanto reclamar, o pedido foi finalmente atendido. “Isso foi algo que, graças a Deus, me-

lhorou. Agora temos gari var-rendo, pelo menos, duas vezes na semana. Mas é importante ressaltar também que é dever de nós moradores fazer a nossa parte e manter o local limpo”, ressalta.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015 9

Geral Inscrições para Encontro Regional dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social seguem até dia 12

NOTA

ESPORTE

Atletas buscam incentivo para vencer desa�osDiversas modalidades esportivas existentes na cidade dependem de apoio municipalJuliane Reis [email protected]

Implantado em 2006 pelo município, o programa Bol-sa Atleta tem como objetivo

fazer a inclusão dos atletas de alto rendimento, através da adaptação da Lei Federal. Des-ta forma, atletas federados de Macaé, e que competem a nível regional, estadual, nacional e internacional, participam do programa.

No entanto, atualmente alguns atletas que suam a camisa para fazer o que gostam, levando o no-me da cidade para os municípios e cidades onde participam de competições, ainda esperam ter acesso ao programa, considerado por eles uma ferramenta impor-tante para garantir o incentivo a formação de novos campeões. “É como se esporte fosse apenas o futebol”, lamentam.

De acordo com relatos dos próprios atletas, o município hoje é representado em várias partes do mundo no jiu-jitsu, judô, karatê, atletismo, boxe, entre outras modalidades. No entanto, mesmo vestindo a camisa da cidade reconhecida mundialmente como a Capital do Petróleo, o apoio ainda é um sonho de todos eles.

“Não temos muita oportuni-dade de representar a cidade fora devido às questões finan-ceiras. A maioria dos atletas trabalha o dia inteiro, temos apenas a parte da noite para nos dedicar aos treinos. É can-

sativo, mas não desistimos. Se tivéssemos mais apoio, talvez fosse diferente. Poderíamos nos dedicar por completo”, disse a ultramaratonista Vera Motta.

Mas ela não é a única a se queixar da falta de incentivo. “Falta apoio para os atletas da cidade. Há mais de 20 anos represento o município em competições dentro e fora do estado, mas conseguir patro-cínio é difícil. Já estive em vá-rios lugares levando o nome e a bandeira da cidade, mas sem reconhecimento algum. Nin-guém lembra dos atletas que vestem a camisa da cidade. Quando buscamos ajuda, as portas se fecham, não somos sequer recebidos. Desenvolve projetos sem incentivo, e não é fácil executá-los. O apoio e a parceria seriam atos funda-mentais a nosso favor", disse o atleta e professor de karatê, Adenilson Aprígio.

Aprígio lembra de alguns tí-tulos já conquistados e lamen-ta, mais uma vez, a falta de in-centivo. Entre os títulos estão: Bi-Campeão Mundial no Ja-pão, Campeão Sul Americano em Fox do Iguaçu e Panameri-cano no México. “Não falo só do karatê. Temos bons atletas, que participam e representam a cidade em outros estados, e que trazem títulos. O que a gen-te percebe é que o valor que a gente tem fora é muito grande, ao contrário da cidade em que residimos”, lamenta Aprigio.

KANÁ MANHÃES

Representantes do atletismo, boxe, jiu-jitsu e karatê lamentam a fala de incentivo por parte do poder público

O boxeador Aldemir (Mi-za) lembra que veio do Recife com o objetivo de implantar o esporte na cidade e, assim, contribuir com um amanhã melhor para as crianças e ado-lescentes. “É um projeto que vem dando certo na minha ter-ra natal, e que eu gostaria que funcionasse aqui também. No Recife, por meio dele, a maioria dos meus amigos resgata mui-ta gente. No entanto, há oito anos luto para colocá-lo nas comunidades, mas sem apoio fica difícil. Há mais ou menos um ano, iniciei as atividades no bairro Botafogo, e ofereço as aulas em um espaço cedido por um pai de aluno.Mas a intenção

é chegar até os bairros mais po-pulosos, como Lagomar e ou-tros”, disse o boxeador.

Miza lembra ainda que dei-xou o projeto várias vezes nas mãos de representantes do ór-gão municipal, mas a resposta não chega. “Não temos retorno, o que nos deixa tristes. Temos vários esportes de massa que estão em evidência, mas que na cidade não têm reconheci-mento. Ao invés de investir na formação de atletas nas comu-nidades, o que a gente percebe é a valorização de atletas de fora. Vez por outra atletas são con-tratados para integrar o time de vôlei, futebol, ficam uma pe-quena temporada aqui, e depois

vão embora. O único apoio que temos hoje é do Colégio Barro-cos Lopes e de alguns patroci-nadores”, lamenta o atleta.

Ainda de acordo com Miza há casos de atletas que estão dei-xando a cidade, e seguindo em busca de seus sonhos em ou-tros municípios onde recebem apoio. “Lamentamos que cer-tos talentos - que poderiam ser aproveitados aqui - partem por falta de incentivo. Outro apoio que a gente tem são os alunos que, em época de competição, fazem a famosa “vaquinha” para nos ajudar a competir. O esporte promove uma série de benefícios para a saúde, além do prazer, mas ainda assim é

muito desvalorizado na terra do petróleo”, relata.

Atleta de jiu-jitsu, Filipe da Silva Cyriaco, conta que o incentivo acaba partindo da própria sociedade macaense. “Dependemos de ajuda para competir e arcar com os custos da viagem. Macaé é um celeiro do esporte de combate, ten-do atletas renomados lá fora nas modalidades de Jiu-jítsu, MMA e muay-thai”. No en-tanto é fundamental ressaltar a importância do esporte pro-fissional e o de acesso.Só em Macaé, o jiu-jítsu tem mais de 1.500 atletas e vários projetos sociais”, desabafa.

“O atletismo virou febre no Brasil inteiro, ainda assim não é valorizado em Macaé”, la-menta o ultramaratonista Al-demir dos Santos Amaral.

A presidência da Fundação de Esporte (Fesporte) está preparando novos projetos de incentivo aos atletas macaen-ses, promovendo a formação de novos campeões, através das ati-vidades realizadas junto a crian-ças e adolescentes, nas praças e espaços públicos do município.

Hoje, iniciativas como a Academia Municipal de Judô e a formação de equipes do Futsal fazem parte do quadro de atividades que começaram a ser desenvolvidas pela nova presidência da Fundação, que passou por alterações devido a reforma administrativa im-plementada pelo governo há dois meses.

APOIO

Programa tem como foco apoiar atletas da cidade

Segundo informações do próprio órgão municipal, em 2006 quando foi criado, o Pro-grama Bolsa Atleta tinha 50 be-neficiados, que contavam com uma ajuda de custo que variava de um salário mínimo a R$ 1 mil (dependendo do nível do atleta). Essa ajuda era voltada para sua manutenção, atendendo gastos com alimentação e inscrições em campeonatos. Além disso, o município também dá o suporte médico, com atendimento orto-pédico e de fisioterapia.

Dados de 2014 da própria pre-feitura apontam que o Programa é organizado em cinco catego-rias: Individual/Coletivo A, des-tinado aos atletas a partir de 14 anos de modalidades individuais e/ou coletivas de competições estaduais, regionais e munici-pais; categoria B para os atletas que participam de competições em âmbito nacional; categoria C para atletas que integrem a se-leção nacional da sua respecti-va modalidade; categoria D para atletas que tenham participado da última edição dos Jogos Pan Americanos; e categoria E des-tinada para atletas que tenham

De acordo com o Ministério do Esporte, o programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade

participado de Campeonatos Mundiais e/ou Jogos Olímpi-cos, sendo que as bolsas variam de R$ 350 a R$ 3 mil por mês. Em outubro do ano passado, 112 atletas foram beneficiados com o incentivo.

Ainda segundo as informa-ções, o Programa é um contrato profissional entre o bolsista e a Fundação de Esportes de Macaé (Fesporte), com duração de seis meses, podendo ser renovado ou não, dependendo do desem-penho do atleta. É uma forma de poder renovar o quadro - já que existem outros atletas que-rendo participar -, assim como

também incentivar um melhor aproveitamento dos bolsistas.

Segundo informações do Ministério do Esporte, o Bolsa Atleta garante condições míni-mas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e competições locais, sulamericanas, paname-ricanas, mundiais, olímpicas e paraolímpicas. E desde 2012, com a Lei 12.395/11, é permiti-do que o candidato tenha outros patrocínios, o que permite que atletas consagrados possam ter a bolsa e, assim, contar com mais uma fonte de recurso para suas atividades.

KANÁ MANHÃES

Títulos para a cidade são garantidos quando os atletas participam de competições

ESPECIAL

Comemorações do mês do Advogado começam nesta terça

Um dos meses mais impor-tantes para o advogado chegou, e as comemorações organiza-das pela 15ª Subseção da OAB já estão com datas marcadas. A programação terá início no dia 11 de agosto, data em que se comemora o Dia do Advogado.

Mantendo a tradição, o pri-meiro dia de eventos será mar-cado pelo café da manhã com

Programação foi apresentada pela 15a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil

hasteamento da bandeira, às 8 horas, na sede da 15ª Subseção. Neste ano, porém, a abertura do Mês do Advogado contará ainda com o descerramento da foto de Andrea Meirelles na galeria de ex-presidentes da instituição. “A passagem de Andrea pela presidência da 15ª Subseção foi um marco em nossa história, e não poderíamos deixar de pres-tar essa homenagem”, declarou François Pimentel, presidente da OAB Macaé.

A programação do Mês do Ad-vogado inclui ainda um churras-co de confraternização, no dia

15/08; Culto na Igreja Batista Memorial, no dia 16/08; Con-fraternização com os Advoga-dos de Conceição de Macabu, no dia 18/08; o tradicional Baile Dançante dos Advogados, no dia 22/08; Missa em Ação de Gra-ças na Igreja Nossa Senhora de Fátima, no dia 23/08; e encer-rando as comemorações, Con-fraternização com os Advoga-dos de Quissamã, no dia 25/08. Maiores informações sobre os eventos podem ser obtidas na sede da 15ª Subseção da OAB, através do telefone (22) 2106-5719.

WANDERLEY GIL

Evento organizado pela OAB neste ano prestará homenagem a Andrea Meirelles

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015

MEIO AMBIENTE

Servidores federais da área ambiental fazem denúnciasPara a entidade, a total responsabilidade é do próprio governoMartinho Santafé

Em carta aberta à socie-dade divulgada esta se-mana, a associação dos

servidores dos órgãos federais encarregados da proteção ao meio ambiente e regulação do uso dos recursos naturais no estado do Rio de Janeiro de-nunciam que têm encontra-do grandes dificuldades para exercerem de forma eficiente as funções que seus cargos exigem. Para a entidade, a to-tal responsabilidade é do pró-prio governo.

- A partir de decisões políti-cas e administrativas despro-vidas de discussão ou plane-jamento com o conjunto dos servidores ou da sociedade, o governo federal adota um processo de enfraquecimento destes órgãos, por meio da uti-lização de diversas estratégias, acusa a Asibama/RJ.

Tais estratégias são, en-tre outras: fragmentação do Área Ambiental Federal e a sucessiva retirada de atribui-ções das autarquias. “Foram criados, a partir da divisão do IBAMA, novos órgãos como o Serviço Florestal Brasilei-ro (SFB) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), fato que fragmentou a gestão am-biental pública, gerou distan-ciamento entre os servidores e dificuldades para execução integrada da Política Nacional do Meio Ambiente”.

E mais: fechamento da maioria dos Escritórios Re-gionais do IBAMA, a partir de critérios subjetivos, com a evidente perda da capilarida-de necessária ao controle am-

biental; corte sistemático de recursos para as atividades de fiscalização de crimes e outros ilícitos ambientais; constan-tes intervenções políticas no setor de licenciamento am-biental, privilegiando somen-te as demandas dos empreen-dedores e reduzindo espaço para as demandas daqueles que sofrem com os impactos das grandes obras e empreen-dimentos poluidores;

Alem disso, os servidores denunciam a baixa destinação de recursos para manutenção dos locais de trabalho, geran-do condições inseguras ou in-salubres para os funcionários e usuários dos serviços dos órgãos; falta de recursos para os setores que atuam na área de pesquisa e conservação da biodiversidade; lentidão no estabelecimento de novas áreas protegidas (Unidades de Conservação Federal); sa-lários defasados e negociações salariais que beiram a falta de respeito no atendimento às demandas dos servidores.

Na avaliação da entidade, “não existe uma política de reajuste salarial que reponha as perdas inflacionárias acu-muladas. O Plano de Carreira está defasado, onde não são reconhecidos direitos míni-mos como as gratificações de atividade de risco e indeniza-ção de fronteira, para servi-dores que arriscam suas vidas diariamente em áreas isoladas e ambientes hostis, no exercí-cio da função.”

CRIMES AMBIENTAIS ELEVADOS

A Asibama/RJ diz que não à toa que “o Brasil coleciona

DIVULGAÇÃO

O Brasil coleciona índices vergonhosos de desmatamento e emissão de gases estufa

índices vergonhosos de des-matamento e emissão de ga-ses estufa; padece com a falta d’água e assiste leniente a der-rubada de matas ciliares e des-truição de nascentes; está na rota internacional do tráfico de animais silvestres; avança com megaempreendimentos poluidores, geradores de im-pactos ambientais irreversí-veis e desrespeita os direitos das populações indígenas, tradicionais e quilombolas; acumula perdas irreparáveis e irreversíveis em sua maior riqueza: a biodiversidade.”

“O que já está ruim vai pio-rar ainda mais: com o ajuste fiscal Ibama vai vender pré-

dios e buscar financiamento internacional! Se a situação apresentada acima já estava ruim, com o ajuste fiscal agora está ficando ainda pior! O Go-verno Federal cortou bilhões de reais no orçamento de áreas essenciais para a popu-lação, como educação, saúde, cultura e meio ambiente.”

Na área ambiental, esses cortes agravam a falta de re-cursos para as atividades dos órgãos ambientais e provo-cam a piora das condições de trabalho. “A situação está ficando tão crítica que a pre-sidente do Ibama já anunciou que vai vender prédios do ór-gão e buscar financiamento com instituições internacio-nais para conseguir recursos, medidas que aprofundarão o desmonte da área ambiental federal e a lógica privada no serviço público”.

A Asibama/RJ, de forma se-melhante a outras associações e sindicatos do serviço públi-co federal, vem denunciando o ajuste fiscal, exigindo mais verbas para a área ambiental e a reestruturação da carreira de especialista de meio am-biente. “Em resposta o gover-no federal tem afirmado que não há recursos para atender estas demandas em função da crise, como se não houves-se alternativa. Tem dinheiro para banqueiros e especula-dores, mas não para o meio ambiente.”

DINHEIRO PARA ESPECULADORES

Para a entidade, existe uma alternativa. “No ano passado, segundo dados da Auditoria Cidadã da Dívida, 45,11% do orçamento federal foi desti-nado ao pagamento de juros e amortizações da dívida, en-quanto o gasto com a gestão ambiental ficou com somen-te 0,16%. Para este ano ainda não há dados precisos, mas segundo o blog da presidên-cia da República “a receita estimada total da União para este ano é de R$ 2.9 trilhões”, enquanto “as despesas líqui-das primárias estimadas, sem contar despesas com juros e amortização da dívida, somam R$ 1,15 trilhão”, ou seja, com os cortes orçamentários a des-pesa com pagamento da dívida deve passar de 50% do orça-mento da união. Dessa forma fica revelado que o discurso de que não há recursos é falso. Há recursos, mas o governo fede-ral faz a opção de usá-los para pagar banqueiros e especula-dores, enquanto corta a já es-cassa fatia destinada às áreas essenciais para a população.”

A alternativa seria a audito-ria da dívida. E a Asibama/RJ indaga: de onde surgiu toda esta dívida? “Grande parte de-la tem origem na contratação

de uma nova dívida para pa-gar juros da dívida existente. Mas isso é transformar juros em uma nova divida sobre a qual vão incidir novos juros, criando uma bola de neve. O Estado não pode fazer isso, é inconstitucional. Mas esse instrumento tem sido usado para desviar cada vez mais recursos públicos em direção ao sistema financeiro.”

Por isso, a associação que representa estes servidores acha necessário que seja fei-ta uma auditoria da dívida pública para identificar o es-quema de geração de dívida sem contrapartida. “Dessa forma, o Equador eliminou 70% de sua dívida externa em títulos. Adotando essa medida o governo poderia atender às demandas dos servidores pú-blicos federais e ampliar os re-cursos dos serviços públicos, melhorando a qualidade dos serviços prestados à popula-ção em áreas como educação, saúde, cultura e meio ambien-te.”

MATA ATLÂNTICA: ESTADOS TÊM META DE ZERAR DESMATE ILEGAL

Secretários de Meio Am-biente de 15 dos 17 Estados da Mata Atlântica assina-ram recentemente a carta conjunta “Nova História da Mata Atlântica”, documento proposto pela Fundação SOS Mata Atlântica que apresen-ta o compromisso desses Es-tados em ampliar a cobertura florestal nativa e perseguir o desmatamento ilegal zero no bioma até 2018.

São signatários da carta os secretários de Meio Ambiente dos Estados de Alagoas, Clau-dio Alexandre Ayres da Costa; da Bahia, Eugênio Spengler; do Ceará, Artur Vieira Bruno; do Espírito Santo, Rodrigo Marques de Abreu Júdice; de Minas Gerais, Luiz Sávio de Souza Cruz; da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho; do Para-ná, Ricardo José Soavinski; de Pernambuco, Sérgio Xavier; do Piauí, Luiz Henrique Sousa Carvalho; do Rio de Janeiro, André Corrêa; do Rio Grande do Norte, José Mairton Fran-ça; do Rio Grande do Sul, Ana Maria Pellini; de São Paulo, Patrícia Faga Iglecias Lemos; Santa Catarina, Carlos Alber-to Chiodini; e de Sergipe, Oli-vier Ferreira das Chagas. Não assinaram o documento, mas ainda podem aderir ao com-promisso os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.

“A sociedade brasileira não aceita mais o desmatamen-to como o preço a pagar pela geração de riqueza. Conside-rando que 72% dos brasileiros habitam a região originalmen-te coberta pela Mata Atlân-

tica, preservar o que restou e restaurar o que se perdeu tornou-se uma questão de sobrevivência. E uma agenda estratégica para o país”, apon-ta o documento.

“É fundamental esse com-promisso formal dos secretá-rios em defesa da Mata Atlân-tica, Patrimônio Nacional, que agora precisa ser refletido em ações práticas de conservação da rica biodiversidade do bio-ma em Unidades de Conserva-ção públicas, com incentivos à criação de mais Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), benefícios a quem preserva florestas na-turais por meio do Pagamen-to por Serviços Ambientais, ICMS -Ecológico e outros mecanismos já existentes no país”, explica Marcia Hirota, diretora-executiva da Funda-ção SOS Mata Atlântica.

Embora o último Atlas dos Remanescentes Florestais te-nha trazido um dado positivo, de 24% de queda no desmata-mento da Mata Atlântica, o desmatamento no período de 2013 a 2014 ainda foi equiva-lente a 18 mil campos de fute-bol. E, dos 17 Estados da Mata Atlântica, nove apresentaram desmatamentos menores do que 100 hectares: São Paulo (61 ha), Rio Grande do Sul (40 ha), Pernambuco (32 ha), Goi-ás (25 ha), Espírito Santo (20 ha), Alagoas (14 ha), Rio de Ja-neiro (12 ha), Sergipe (10 ha) e Paraíba (6 ha).

BASE JURÍDICA JÁ EXISTE A carta constata que a base

jurídica para a meta do des-matamento ilegal na Mata Atlântica existe desde 2006, quando foi criada a Lei da Ma-ta Atlântica, regulamentada nos Estados. “Agora é necessá-rio tornar essa lei, que é uma conquista da sociedade, uma realidade, com investimentos contínuos e planejados em monitoramento, fiscalização e proteção dessa floresta”, diz Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Ma-ta Atlântica.

Para a meta de restauração, outros instrumentos também previstos em lei apontam o ca-minho a ser seguido pelos Es-tados na missão de reescrever a história da Mata Atlântica. “Cerca de 90% do bioma foi desmatado, por isto não bas-ta preservar o que restou, é preciso restaurar boa parte do que foi devastado. O Có-digo Florestal de 2012 prevê a restauração de cerca de 20 milhões de hectares desma-tados ilegalmente, por isto é fundamental que os Estados da Mata Atlântica se compro-metam com a implementação do Cadastro Ambiental Rural e os Planos de Recuperação Ambiental”, complementa Mantovani.

O Estado de São Paulo, que passa por uma grave crise hí-drica motivada por eventos climáticos extremos e agrava-da pela ausência de cobertura vegetal adequada nas regiões dos mananciais que abaste-cem os reservatórios de água, apresentou recentemente um exemplo nesse sentido com o lançamento, em junho deste ano, do Programa Nascentes. O objetivo é recuperar 20 mil hectares de matas ciliares e proteger 6 mil quilômetros de cursos d’água. Entre 2013 e 2014, o Estado de São Paulo teve 61 ha de floresta desmata-dos, sendo que um terço disto foram áreas autorizadas para a construção do Rodoanel.

André Corrêa, secretário es-tadual do Ambiente do Rio de Janeiro, adverte que “preser-var e ampliar a cobertura da Mata Atlântica não é apenas um ativo ambiental, mas um ativo econômico e de seguran-ça hídrica”.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015 11

ESPECIAL

Cachaça premiada resgata cultura econômica regionalSete Engenhos Imperial é produzida pela Fazenda São Miguel, em Quissamã, e foi apresentada no Festival de GastronomiaMárcio [email protected]

São 450 anos de histórias tra-duzidas em um sabor conde-corado por especialistas na-

cionais e internacionais. De um processo que remonta ao tempo áureo da produção da cana-de-açúcar, setor responsável por mo-vimentar a economia da região há mais de quatro séculos, surge a cachaça Sete Engenhos Impe-rial, uma obra-prima da destilaria nacional que traz em sua marca e tonalidades gustativas a riqueza que pode ser apreciada por pala-dares refinados.

Apresentada durante esta edi-ção do Festival Macaé Cultura e Gastronomia, a cachaça é pro-duzida pela Fazenda São Miguel, em Quissamã, sob a responsabi-

lidade dos descendentes que im-plantaram, na cidade do Rio de Janeiro, a cultura agrícola volta-da à produção de açúcar e álcool responsável pelo desenvolvimen-to econômico e o progresso social alcançado pelo Estado.

“Mantemos um processo qua-se artesanal, desenvolvido atra-vés de estudos e pesquisas com objetivo de produzir um produto especial, que marca as comemo-rações pelos 450 anos da cida-de do Rio de Janeiro”, explicou Haroldo Carneiro, produtor da bebida.

Com traços que remontam ao processo produtivo registrado no ano de 1600, época em que foi construído o engenho na Ilha do Governador, a cachaça Sete En-genhos Imperial foi elaborada com um blend exclusivo de qua-

tro madeiras - carvalho, cerejeira, amendoim e bálsamo.

“A cachaça possui um blend que passou por um processo de envelhecimento especial, o que torna seu sabor tão especial. Se-rão produzidas 450 garrafas da cachaça Sete Engenhos Imperial, seguindo o mote de celebração dos 450 anos do Rio de Janeiro”, explicou Haroldo. O produto es-pecial sai por R$ 450.

Presente em restaurantes im-portantes do Rio, a cachaça Sete Engenhos apresenta a linha Car-valho, Cerejeira, Bálsamo e Prata, além da Meladinha, já introduzi-da no mercado de Minas Gerais, um dos mais conceituados para a bebida. Em Macaé, é possível encontrar o produto no restau-rante Ilhote Sul e em lojas como a Déguster Delikatessen.

FOTOS: KANÁ MANHÃES

Haroldo Carneiro apresentou em Macaé a edição especial da cachaça Sete Engenhos Imperial

Empresários de Macaé degustaram produto que mantém tradição do município e da região

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 9 e segunda-feira, 10 de agosto de 2015