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Petrobras investiu R$ 9 bilhões extras Alagamentos também atingem a rotina do Campo D'Oeste PM inicia operação Contra- Ataque Cobrança do Rotativo retorna na segunda Alimentos funcionais em discussão na UFRJ FeMass encerra inscrição segunda Três são presos por porte ilegal de armas três homens foram pre- sos em flagrante na manhã da última sexta-feira (13) por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas no bairro Vila Nova, em Conceição de Macabu. pág. 5 Após suspensão por irregularidades documentais, sistema volta pág.9 “Eles são fundamentais no combate e prevenção de doen- ças crônicas como, por exem- plo, o câncer”, disseram as nu- tricionistas e professoras dou- toras do curso de Nutrição da UFRJ Macaé, Maria Fernanda Larcher e Jane Capelli. pág. 15 A Faculdade Municipal Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (Femass) encer- ra nesta segunda-feira (16), as inscrições para o vestibu- lar, que podem ser feitas pelo www.gualimp.com.br. Insti- tuição dispõe 300 vagas pág. 11 BAIRROS EM DEBATE CONCEIÇÃO DE MACABU POLÍCIA Eduardo Neiva, físico e presidente do IMMT, no centro, entre os alunos e professores da unidade acadêmica Situação caótica registrada durante a primeira semana de dezembro, quando a cidade foi atingida por fortes tempestades que trouxeram danos irreparáveis à população Agentes instruem usuários Projeto Botinho recebe mais de 200 inscrições Calçadão recebe decoração natalina Ainda restam 300 vagas disponíveis. pág. 5 Prefeitura ornamenta Centro com tema de Natal pág. 9 Bairro está a poucos metros de onde foram investidos milhões de reais em Macrodrenagem. Moradores solicitam maior atenção da parte dos governantes para a conclusão da obra pág. 10 KANÁ MANHÃES Estudo realizado pelo Obser- vatório de Políticas Públicas de Mudanças Climáticas - inicia- tiva do Grupo Fórum Clima em parceria com o Núcleo de Economia Socioambiental da USP (NESA) apontará na pró- xima semana a necessidade de alinhamento entre as políticas nacional e estaduais de mudan- ças climáticas no Brasil. pág. 12 Estudo aponta desafios climáticos POLÍTICA WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 ANO XXXVIII Nº 8269 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,50 Superávit representa evolução orçamentária Município supera arrecadação, mas perde devido à oscilação offshore pág. 3 WANDERLEI GIL Recursos foram aplicados em Macaé em 2013 na compra de materiais e contratação de serviços voltados às operações realizadas na Bacia de Campos. Joelson Falcão anunciou os números na reunião da Rede Petro pág.8 KANÁ MANHÃES Polícia em blitz na Aroeira Objetivo é garantir maior segurança no final do ano pág.5 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL WANDERLEI GIL IMMT participa de Semana Acadêmica de instituto federal pág.5

Noticiario 15 12 13

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Page 1: Noticiario 15 12 13

Petrobras investiu R$ 9 bilhões extras

Alagamentos também atingem a rotina do Campo D'Oeste

PM inicia operação Contra- Ataque

Cobrança do Rotativo retorna na segunda

Alimentos funcionais em discussão na UFRJ

FeMass encerra inscrição segunda

Três são presos por porte ilegal de armas três homens foram pre-sos em flagrante na manhã da última sexta-feira (13) por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas no bairro Vila Nova, em Conceição de Macabu. pág. 5

Após suspensão por irregularidades documentais, sistema volta pág.9

“Eles são fundamentais no combate e prevenção de doen-ças crônicas como, por exem-plo, o câncer”, disseram as nu-tricionistas e professoras dou-toras do curso de Nutrição da UFRJ Macaé, Maria Fernanda Larcher e Jane Capelli. pág. 15

A Faculdade Municipal Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (Femass) encer-ra nesta segunda-feira (16), as inscrições para o vestibu-lar, que podem ser feitas pelo www.gualimp.com.br. Insti-tuição dispõe 300 vagas pág. 11

BAIRROS EM DEBATE

CONCEIÇÃO DE MACABUPOLÍCIA

Eduardo Neiva, físico e presidente do IMMT, no centro, entre os alunos e professores da unidade acadêmica

Situação caótica registrada durante a primeira semana de dezembro, quando a cidade foi atingida por fortes tempestades que trouxeram danos irreparáveis à população

Agentes instruem usuários

Projeto Botinho recebe mais de 200 inscrições

Calçadão recebe decoração natalina

Ainda restam 300 vagas disponíveis. pág. 5

Prefeitura ornamenta Centro com tema de Natal pág. 9

Bairro está a poucos metros de onde foram investidos milhões de reais em Macrodrenagem. Moradores solicitam maior atenção da parte dos governantes para a conclusão da obra pág. 10

KANÁ MANHÃES

Estudo realizado pelo Obser-vatório de Políticas Públicas de Mudanças Climáticas - inicia-tiva do Grupo Fórum Clima em parceria com o Núcleo de Economia Socioambiental da USP (NESA) apontará na pró-xima semana a necessidade de alinhamento entre as políticas nacional e estaduais de mudan-ças climáticas no Brasil. pág. 12

Estudo aponta desafios climáticos

POLÍTICA

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 • ANO XXXVIII • Nº 8269 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Superávit representa evolução orçamentáriaMunicípio supera arrecadação, mas perde devido à oscilação offshore pág. 3

WANDERLEI GIL

Recursos foram aplicados em Macaé em 2013 na compra de materiais e contratação de serviços voltados às operações realizadas na Bacia de Campos. Joelson Falcão anunciou os números na reunião da Rede Petro pág.8

KANÁ MANHÃES

Polícia em blitz na Aroeira

Objetivo é garantir maior segurança no final do ano pág.5

KANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

WANDERLEI GIL

IMMT participa de Semana Acadêmica de instituto federal pág.5

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2 MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

CidadeNOTA

A tecnologia digital vai continuar fazendo parte da rede municipal de ensino no próximo ano letivo

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAEdição: 205 Publicação: 29 de novembro de 1980

Sra. Zelita Rocha recebe moção da Assembleia Legislativa

A senhora Zelita Rocha Azevedo, mãe do de-putado estadual Dr. Cláudio Moacyr de Aze-vedo, recebeu moção de autoria do deputado Waldenir Bragança (PDS), cujo teor é o seguin-te: “Proponho à mesa diretora da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro a inser-ção, em Ata de Moção de congratulações, pelo transcurso no próximo dia 12 de outubro, Dia das Crianças e Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil, do aniversário da digna senhora Zelita Rocha Azevedo, querida, ge-nerosa e dinâmica líder, oferecendo sempre o vigor de seu espírito de luta em favor dos mais humildes, com os quais se identifica, dotada de inabalável disposição em servir, personalidade forte e autêntica (...)”.

* * *

OAB Macaé prestará homenagem ao desembargador Amaro Martins de Almeida

A subseção da Ordem dos Advogados de Ma-caé prestará, no próximo dia 5 de dezembro, às 16 horas, justa homenagem ao Desembargador Amaro Martins de Almeida, estando prevista a inauguração nas dependências do fórum do

retrato do Doutor Amaro, hoje desembargador, que por muitos anos exerceu as funções de Juiz de Direito na nossa comarca.

* * *

Ato extingue conveniadas

As professoras conveniadas resultantes de con-vênios entre o governo do Estado e 45 municí-pios, deixaram de existir. Em resolução assinada, o secretário de Educação, Arnaldo Niskier, aca-bou com a figura de professora conveniada, so-lução que o governo passado adotou para cobrir as carências existentes em escolas da zona rural.

Abastecimento será suspenso

Polícia Militar apreende drogas e munições em ação na Malvinas

PF busca paradeiro de R$ 4 milhõesa polícia federal segue na busca pela iden-tificação do paradeiro dos R$ 4 milhões que foram desviados pela quadrilha desarticula-da nesta semana, pela Operação Ave de Fogo-Fênix, que atuava em Conceição de Macabu. Tedi, ex-prefeita da cidade, deve se apresentar hoje (13) para prestar depoimentos.

policiais Militares do GAT (Grupo de Ações Táticas) I e II do 32º Batalhão de Polícia Mi-litar em Macaé, apreenderam na tarde de ontem (12) grande quantidade de cocaína na co-munidade.

equipe da Nova Cedae orienta popula-ção a economizar água pelos próximos três dias em função de operação que será

realizada hoje, das 7h às 17h, para substi-tuição de bombas. Distribuição será reto-mada em seguida

Horário especial do comércio começa neste final de semana

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MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 3

Política Câmara inaugura nessa segunda-feira Sala da Comissão da Verdade

NOTA

Superávit representa evolução orçamentária

RECURSOS

Macaé consegue superar volume de receitas próprias geradas nos últimos anos, mas perde recursos em virtude da oscilação do mercado offshoreMárcio [email protected]

Ainda faltam 15 dias pa-ra o fim de 2013, porém, os números já consoli-

dados pelo governo apontam que 2013 foi um ano de metas e previsões superadas, que pos-sibilitam a Macaé a alcançar a marca de R$ 2 bilhões gerados através da arrecadação de recei-tas próprias e recursos oriundos de repasses, como os royalties do petróleo.

Apesar da queda nos repasses dos recursos referentes à explo-ração e a produção do petróleo na Bacia de Campos, que cor-responde a 16% a menos do al-cançado pela cidade em 2012, o "dever de casa" cumprido pela secretaria municipal de Fazen-da, que já estima um crescimen-to de R$ 17 milhões em 2014 na geração de receitas referentes à atual principal fonte de rique-zas de Macaé, o Imposto Sobre Serviços (ISS), fez com que o município mantivesse o equilí-brio financeiro, graças à contri-buição da indústria do petróleo na manutenção do orçamento crescente, que coloca Macaé entre as 20 cidades com maior orçamento do país.

Revelados à população nesta semana, através da apresenta-ção feita pelas equipes da secre-taria municipal de Fazenda e da Controladoria Geral do Muni-cípio, na participação na sessão ordinária da última quarta-feira (11), na Câmara de Vereadores, os números ajudam a compre-ender o potencial de Macaé em gerar recursos públicos, mas

também a complexidade em manter uma gestão que apli-ca 22% dos seus recursos em saúde, e que gasta mais de R$ 900 milhões com o pagamento de pessoal, em uma conta que engloba o salário de cerca de 17 mil servidores públicos.

Nos dois primeiros qua-drimestres do ano, Macaé gerou um orçamento de R$ 1.359.461.193,91. Desse total, cerca de 64% correspondem às receitas próprias, geradas por impostos cobrados pela Fazen-da. Outros 26% são correspon-dentes aos recursos do petróleo.

Nesse mesmo período, de ja-

neiro a agosto, Macaé obteve um superávit (excesso de arrecada-ção) de R$ 107.891.350,01, núme-ro que representa a pujança eco-nômica impulsionada principal-mente pela indústria do petróleo.

Porém, analisados de forma separada, as duas fontes do di-nheiro público apontam uma projeção bastante diferente.

Equanto na arrecadação pró-pria, Macaé registra um passi-vo de 0,35% em comparação a 2012, no segundo semestre des-te ano, um reflexo da ampliação do prazo de pagamento do Im-posto Predial Territorial Urba-no (IPTU), em virtude do atraso

na confecção dos carnês, regis-trado em função da necessidade de realização de processo licita-tório, o município registrou no mesmo período a diferença dos 16% na comparação dos valores consolidados no mesmo perío-do, entre 2012 e 2013, pelos re-cursos do petróleo.

A queda na receita dos royal-ties, ocasionada pelo aumento do dólar em relação ao real, ge-rou também uma queda de 3%, na comparação entre os dois anos, na receita total arrecada-da pelo município.

Porém, o orçamento segue em alta segundo as previsões.

WANDERLEY GIL

Oscilação do dólar reduziu a valorização do petróleo e interferiu nos repasses dos royalties

apesar dos comparativos entre os valores arrecada-dos pelo município em 2012 e 2013 apontarem passivos, Macaé segue um ritmo posi-tivo de arrecadação quando são analisadas metas previstas pela Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.

De acordo com o relatório de desempenho da prefeitura, no primeiro quadrimestre (janeiro a abril), Macaé previa uma arre-cadação de R$ 601.002.457,02.

Porém, no mesmo perío-do, o município arrecadou R$ 693.154.958,46, gerando assim um excesso de arrecadação de 15,28% sobre o estimado, calcu-lando um superávit primário de R$ 92.152.501,44.

A mesma situação se repetiu no segundo quadrimestre (maio a agosto). A previsão era de R$ 650.567.386,88. Já o arrecadado foi R$ 666.306.235,45, gerando assim um excesso de arrecada-ção de 2,42%, o que equivale a R$ 15.738.848,57.

Somados, os valores dos su-perávits calculados no primei-ro e no segundo quadrimestre representam R$ 107.891.350,01, quantia que representa quase a

metade estimada pelo Executi-vo para este ano.

O excesso de arrecadação é fruto principalmente da eleva-ção de receitas próprias, gera-das através da tributação da se-cretaria municipal de Fazenda.

Já no primeiro quadrimestre o município registrou a conso-lidação da receita do Imposto Predial Territorial Urbano (IP-TU) correspondente a 59,24%

do estimado para todo o ano.A previsão para o IPTU du-

rante todo ano era de R$ 19 mi-lhões. De janeiro a abril o mu-nicípio recolheu R$ 11.255.128,7.

Os valores são ainda mais sur-preendentes em relação ao Im-posto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A previsão para todo ano era de arrecadar R$ 9.2 milhões. Entre janeiro e abril o município recolheu R$

9.371.289,81, o que representa o cumprimento de 101,42% em relação ao estimado para o ano.

Outras receitas próprias, co-mo o Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) repassados pelo go-verno do Estado, assim como o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também garantiram a elevação das receitas municipais.

Valores consolidados superam previsõesWANDERLEY GIL

Números foram apresentados nesta semana pela secretaria municipal de Fazenda

em meio a um processo positi-vo na arrecadação de recursos públicos, o governo passa tam-bém por uma análise profunda de readequação do modelo de aplicação do orçamento.

Dentro desse entendimento, a Controladoria Geral do Mu-nicípio destacou nesta semana a proposta de realização de uma reforma administrativa, que reduza os gastos aplicados com uma das principais despe-sas do orçamento municipal: a folha de pagamento.

Segundo a estimativa apon-

tada pelo setor, o governo prevê para 2014 gastos ava-liados em R$ 980 milhões com a folha, valor que pode alcançar R$ 1.190 bilhão me-diante reajuste.

O valor, que alcança o percen-tual permitido por lei, é consi-derado como excessivo pela Controladoria, que já aponta medidas planejadas pelo gover-no para reduzir gastos.

"Precisamos fazer uma ava-liação do funcionalismo. Hoje temos cerca de 17 mil funcio-nários públicos, que corres-

pondem a 10% da população. Se por um lado isso representa a circulação de recursos atra-vés do serviço público, por outro é um grande peso para a máquina", apontou Marcos Brito, Controlador Geral do Município.

Outras medidas como a redu-ção de cargos comissionados e assessorias, já realizadas pelo governo neste ano, também poderão ser realizadas pelo go-verno no próximo ano.

Vale ressaltar que no início do ano o governo precisou re-

Preocupação com despesa de folha

PONTODE VISTA

Macaé viveu nos últimos dias os efeitos de uma torrencial chuva que, mesmo por pouco tempo, mas de gran-de intensidade, mostrou que a cidade não está preparada para este tipo de fenômeno. Os alagamentos deixaram a população alarmada sem poder sair de casa, as aulas suspensas, o desli-zamento de encostas acabou matan-do uma criança, a destruição de vias públicas deixou ruas intransitáveis e o trânsito caótico. É como se o mundo tivesse desabado sobre a cabeça, prin-cipalmente, dos moradores da periferia que, todos sabem, são localidades in-vadidas que se tornaram bairros po-pulosos por falta de política pública e completa falta de presença do poder público, a não ser em período eleitoral. Em 2008, o ex-prefeito Riverton Mussi (PMDB), que ganhou de Dr. Aluízio por pouco menos de três mil votos, con-seguiu a reeleição em cima da vasta propaganda do Projeto Águas Limpas (antes das eleições as caras propagan-das na televisão mostravam máquinas trabalhando), que teve custo estimado em R$ 277 milhões com prazo para ser encerrado em julho de 2012. Todos as-sistiam impávidos, as movimentações de obras que só aconteciam ou acelera-vam, quando era liberado o pagamento de royalties. O projeto se transformou em macrodrenagem e os aditamentos carimbados acabaram levando o custo da obra para mais de R$ 400 milhões. A sorte do ex-prefeito Riverton, é que no seu período de mandato, a chuva foi generosa e sempre de pouca intensi-dade. Mas, passado um ano do novo governo, o enfrentamento do fenôme-no natural demonstrou mais uma vez que o dinheiro, igual à intensidade da chuva torrencial, escorre pelos ralos. Aliás, não chegam a escorrer com tanta velocidade porque, a macrodrenagem não existiu. E quem confessou isso esta semana foi o próprio prefeito Dr. Aluí-zio, em reunião com comerciantes afe-tados pelas enchentes. O prefeito ga-rantiu que dará continuidade às obras

de microdrenagem, fundamentais para evitar os bolsões de água que acumu-lam nas regiões, fazendo a interligação com o único ponto concluído do pro-jeto Águas Limpas, transformado em Macrodrenagem, ao longo da gestão passada. Disse mais Dr. Aluízio, que a continuidade dessas obras exige que ruas sejam abertas, trânsito desviado, o que irá gerar transtornos no dia a dia de moradores e comerciantes. Ainda, de acordo com a prefeitura, apenas 30% do projeto inicial previsto para a região foi executado e serão neces-sários mais três anos para concluir as novas intervenções. Ora, se o novo go-verno prometeu mudanças, prometeu transparência, prometeu um novo mo-delo para Macaé, pelo menos por en-quanto não se enxerga, a não ser com lupa, nada disso. E o povo tem direito pleno de reclamar. Como a informação é oficial, demonstra que a nova admi-nistração tem conhecimento de tudo. E, as perguntas que não querem calar: Por que não foi realizada uma auditoria séria, o resultado tornado público e encaminhado para o Ministério Públi-co Federal e a Polícia Federal já que os recursos utilizados são provenientes dos royalties do petróleo? Por que a Câmara Municipal não fez uma CPIpara investigar toda a situação? Por que a prefeitura não investiga os va-lores das obras superfaturadas que não escoaram pelo ralo? Conluio com a antiga administração? Não se sabe o que conversaram os dois prefeitos (ex e atual) numa reunião que durou mais de três horas no gabinete. Também não se conhece os motivos que ainda agregam o governo de Dr. Aluízio com o de Riverton Mussi, André Braga e, segundo dizem, apoio ao ex-governa-dor Garotinho? Se não houver respos-tas para essas perguntas, por que não entregar o caso para a polícia? Não é caso de polícia? Por muito menos a ex-prefeita de Conceição de Macabu está na mira da Polícia Federal. Como perguntar não ofende...

A secretaria municipal de Comu-nicação vem vivendo um grande drama durante todo este ano. Pri-meiro, sob o comando do também Secretário de Governo, homem for-te da campanha de Dr. Aluízio, não conseguiu deslanchar a licitação para escolher a agência para cuidar da publicidade institucional. Depois, sob novo comando, várias outras tentativas não chegaram a bom ter-mo e, o tempo passa. Apenas para reavivar a memória de alguns, desde 2006, após o ex-prefeito Riverton Mussi deixar o PSDB e se alinhar no PMDB de Sérgio Cabral, quem “ganhou” a licitação foram duas agências. A Eurofort, que cuidou da campanha do governo Anthony Garotinho, teve o contrato aditado por Cabral e se instalou em Macaé, e a Octopus, a primeira com contrato anual de R$ 6 milhões que chegava quase a R$ 8 milhões com os adita-

mentos, representada por Zezão, e a Octopus, de São Paulo, com 30% da conta. Até o final de 2012, os agentes da Eurofort garantiam que iam con-tinuar com a conta. Como já passou um ano e ainda não se chegou a uma conclusão, a verba foi repartida para três mas, segundo fontes fidedignas, Zezão afirma que a Eurofort não fica de fora. É muita grana e, quem quer perder? Remarcada várias vezes, até o final do mês passado o processo não havia sido concluído mas está pesando no caso a indicação política de Cabral/Picciani. Enfim, além de participação em obras com várias empresas e uma campanha política às vésperas de 2014, ninguém quer largar o osso já que é grana alta, mesmo com a possibilidade de o STF decidir que não poderá haver doações de empresas para os par-tidos políticos. Agora, é aguardar o desfecho.

PONTADA

Caso de polícia?

Licitação complicada* * *

ajustar gastos relativos a folha de pagamento devido a não in-clusão de gastos de R$ 250 mi-lhões de despesas com pessoal, no relatório do último quadri-mestre do ano passado, situação assumida como herança da ad-ministração passada.

"Precisamos fazer essa cor-reção apontada também pelo Tribunal de Contas", apontou o controlador.

Macaé deve registrar um or-çamento de R$ 2,3 bilhões no próximo ano, o maior da histó-ria da cidade.

A briga no Partido dos Trabalhadores vai ser boa. De um lado, o vereador Igor Sardinha que já colocou seu nome na lista e apoia o Senador Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo do estado com apoio do ex-presidente Lula. De outro, o vice-prefeito Danilo Funke que arregaçou as mangas e está literalmente em campanha com apoio de Dr. Aluízio que agora apoia o governo de Sérgio Cabral com promessa de embarcar no Pezão.

“Se Mandela ficou preso 27 anos, eu posso suportar”, foi a frase mais comentada na semana, dita pelo deputado João Paulo Cunha (PT), condenado no processo do mensalão, atacando ainda o ministro Joa-quim Barbosa, presidente do STF. Ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele contratou a agência SMP&B, de Marcos Valério, por R$ 17,7 milhões e pegou grana na boca do caixa.

Muitos políticos estão de “orelha em pé” neste final de ano. São tantos os processos que tramitam na Justiça envolvendo vários atores com ou sem mandato, que até o recesso do Poder Judiciário que deve iniciar dia 20 de dezembro, podem ocorrer decisões e abalar algumas estruturas. Uma antiga raposa política que preferiu se recolher, saindo de cena, admite que o clima não está lá muito bom e os advogados cobram muito caro. Será?

A Procuradoria Geral da Colômbia destituiu o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, e o inabilitou para disputar eleições por 15 anos, depois de considerar que sua gestão da coleta de lixo na cidade foi ineficiente e improvisada. Já imaginaram se este tipo de ação ocorresse no Brasil cujos detentores de cargos públicos acabam beneficiados com o Foro Privilegiado e com a impunidade pelos muitos recursos protelatórios na Justiça?

Até domingo.

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4 MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Ter o título de Capital Nacional do Petróleo, e ser a sede da maior base de uma das quatro maiores empresas pe-trolíferas do mundo, não garante a Macaé o reconheci-mento necessário, e o respeito das autoridades respon-sáveis pela liberação das licenças ambientais necessárias à realização da terceira fase de duplicação da BR 101.

A operadora francesa Iliad, acaba de anunciar a inclusão do serviço de 4G, sem custos adicionais, ao seu pacote de serviços "free mobile", que custa 19,99 euros mensais e pode ser contratada sem um período de carência longo - exigência comum em contratos com operadoras móveis nos casos em que há redução de custo significativo da tarifa.

Importância ignorada

Telefonia móvel: onde foi que erramos?

Fracionado, o projeto total da duplicação, orçado em bilhões, deveria ser iniciado

por Macaé, cidade que iniciou a mobilização que garantiu a ante-cipação das obras previstas con-tratualmente apenas para 2017.

Vários pontos questionáveis fo-ram levantados por lideranças po-líticas que defendem a realização do projeto. Situações como termo do contrato de concessão assinado em 2008 pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e a Autopista Fluminense foram revis-tas, porém, nenhum efeito necessá-rio à consolidação do projeto surtiu efeito ao longo dos últimos anos.

Todas as obras realizadas em nome da duplicação foram ini-ciadas coincidentemente em anos eleitorais. A situação não tira dúvidas de que o interesse político é fundamental para que o projeto seja consolidado.

Idas e vindas a Brasília, reuni-ões, audiências públicas, encon-tros, até o momento, nenhum desses procedimentos foi fun-damental para a consolidação da principal fase das obras, coloca-da em terceiro lugar na hierar-quia determinada pela Autopista para a consolidação do projeto.

Protocolos relativos ao pedido de licenciamento para a realiza-ção das obras no trecho situado

entre Macaé e Casimiro de Abreu nunca foram apresentados. Pro-postas viáveis para a realização do projeto, que esbarra na burocracia relativa à proteção ambiental, não aconteceram de forma efetiva.

Hoje, o que se vê, são inúme-ros acidentes com vítimas fatais que entram nas estatísticas dos governantes, mas ferem e mar-cam centenas de famílias que perderam seus entes queridos na Rodovia da Morte.

Em nome da arrecadação de-senfreada, dos interesses políti-cos e da ganância, as obras se-guirão sem data para realização, situação que coloca em risco a vida de muitas pessoas.

Ao viver as expectativas do início efetivo de mais um ano de disputas eleitorais, a briga pela consolidação das obras de dupli-cação da BR 101 será literalmente “retirada da gaveta” por muitas lideranças políticas que buscam garantir novas vitórias nas urnas.

A vida das milhares de pes-soas que trafegam diariamente pela rodovia não deve ser tra-tada como mera pauta política, mas sim uma necessidade que envolve bem mais que o futuro do desenvolvimento econômi-co, mas também a segurança de quase um milhão de pessoas que circulam pela região do petróleo.

Oque é inédito nesse caso é o fato da operadora "es-pontaneamente" oferecer

um "upgrade" de plano a seus clientes. Mas por que a operadora fez isso? Certamente para ganhar mercado das grandes empresas, no caso, a Orange, a SFR, da Vi-vendi, e a Bouygues Telecom. Nova no mercado, a Iliad - que desde 2012 já cresceu 11% segun-do dados da agência reguladora francesa - tem como principal es-tratégia oferecer o mesmo serviço das concorrentes a preços baixos.

Enquanto na França o serviço está cada vez melhor e mais barato, no Brasil andamos a passos largos na direção contrária. Onde foi que erramos? Penso que a resposta dessa pergunta é bastante comple-xa, como a maioria dos problemas brasileiros. No entanto, voltando às origens do processo de privatiza-ção da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), podemos encontrar o fio da meada e avaliar-mos o que pode ser melhorado.

Antes de 1997, a telefonia mó-vel no Brasil era administrada em todo o território nacional pela Telebrás, controladora de inúmeras empresas estatais regionais tais como, Telesp Celular, Telemig, Telenordes-te Celular, entre outras. Com a privatização ocorrida em 1998, todas as empresas passaram a ser geridas por empresas pri-vadas. Com o intuito de incen-tivar a competição, a Lei Geral de Telecomunicações, de 2003, previu a criação de empresas espelhos para concorrer com as teles recém-licitadas, que haviam herdado todo o legado das estatais recém-vendidas.

Empresas como Vésper, In-telig, Tess (atual Claro), são remanescentes dessa época e

foram sendo ao longo dos anos compradas pelas grandes com o aval complacentes das autorida-des brasileiras. Penso que o cer-ne da questão da falta de con-corrência entre as operadoras brasileiras seja a falta de novos players no mercado. Tal movi-mento de fusão de empresas do setor somente se intensificou ao longo dos anos, sendo o último episódio da possível união en-tre Vivo e Tim, por ora abortado pela Telefônica e Itália Telecom, suas respectivas controladoras.

Outro fator que torna o Bra-sil o "paraíso" das teles é a falta de prestação jurisdicional. A morosidade da justiça brasi-leira, que permite uma infini-dade de recursos, acostumou as operadoras a descumpri-rem reiteradamente metas de qualidade, além de constarem no topo da lista do Procon de cobranças indevidas. Afora isso, temos uma das maiores cargas tributárias do mundo que oneram muito o setor de telecomunicações.

Como se vê, restabelecer o am-biente de competição que permi-ta que novas empresas ingressem no mercado pode ser o primei-ro passo para baixar o valor da conta dos brasileiros. Quem sa-be a Anatel, inspirada em casos positivos como esse da França, promova o leilão dos 700 mhz com novas regras que resultem em economia para os brasileiros. Os consumidores agradecem!

Dane Avanzi é advogado, em-presário do Setor de Engenharia Civil, Elétrica e de Telecomunica-ções. É Diretor Superintendente do Instituto Avanzi, ONG de de-fesa dos direitos do Consumidor de Telecomunicações

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NOTA

KANÁ MANHÃES

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GUIA DO LEITORTELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191

SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192

CORPO DE BOMBEIROS: 193

DEFESA CIVIL: 199

POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330

DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326

DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320

DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262

HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061

AMPLA: 0800-28-00-120

CEDAE: 2772-5090

PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440

ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173

AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950

CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214

CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256

CORREIOS - SEDE: 2759-2405

AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527

TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100

SEDEX: 2762-6438

CEG RIO: 0800-28-20-205

RADIO TAXI MACAÉ 27726058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 plantão: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 plantão: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 plantão: 8837-4441

VendasA semana que antecede o Natal é

sempre de grandes expectativas para o comércio, que visa recuperar o ritmo de vendas, no principal período do ano, sempre na véspera. Com a liberação das parcelas do 13º salário, os empresários do setor vivem a esperança que o ritmo de comercialização dos produtos seja superior ao registrado no ano passado. Consumidores de outras cidades tam-bém contribuem para aumentar o fatu-ramento do setor varejista.

EventosNo Calçadão da Avenida Rui Barbosa,

o comércio conta com uma programa-ção variada, organizada pela Fundação Macaé de Cultura, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) e a Câmara de Diri-gentes Lojistas (CDL) para animar os consumidores. Os eventos ajudam tam-bém a preservar o espírito de bondade, solidariedade e união que paira nesse momento.

Papai NoelFalando ainda do comércio, a Associação

Comercial e Industrial de Macaé (Acim) promove nesta segunda-feira (16), na parte da tarde, o evento que marca a chegada do Papai Noel no espaço criado pela institui-ção, em sua sede, no Calçadão da Avenida Rui Barbosa. O evento marcará também a distribuição dos brinquedos entregues a crianças, abraçadas pelos membros da Acim, um evento cheio de emoção, solida-riedade e de tradição macaense.

VoluntáriosNo embalo do espírito de solidariedade,

que marcou a mobilização da sociedade ma-caense no auxílio às famílias desabrigadas pelas chuvas que atingiram Macaé no início do mês, o Correios segue oferecendo as car-tinhas de Natal que podem ser apadrinhadas por voluntários. As cartas são escritas por crianças carentes da cidade, que sonham em ganhar roupas, brinquedos, móveis e até ali-mentos. Os envelopes podem ser retirados na agência central dos Correios.

Não andou IEste ano não foi de grandes realizações

para lutas importantes em defesa do fu-turo do desenvolvimento de Macaé. Ape-sar de muita pressão, o município não viu o início da realização das obras de dupli-cação da BR 101, no trecho entre Macaé e Casimiro de Abreu. As outras duas, das três partes fragmentadas do projeto já foram iniciadas, e contempla municí-pios que não possuem em seu território a principal base da Petrobras, a maior estatal brasileira atualmente.

Não andou IIOutro projeto que ainda não ganhou

forma é o Terminal Logístico de Macaé (Terlom), que prevê a construção de um porto, com investimentos de R$ 1,5 bilhão, em área já doada pela prefeitura situada no São José do Barreto. O projeto segue ainda a fase de avaliação de órgãos reguladores, como a Capitania dos Portos, para depois buscar o licenciamento ambiental, junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). As obras ficaram para 2014.

Não andou IIIA tão esperada duplicação da Rodovia

Amaral Peixoto (RJ 106) começou apenas em Macaé. De forma paliativa, o governo ampliou o acostamento da rodovia no trecho entre o São Marcos e Imboassica, além de garantir o tráfego em mão úncia de Imboassica ao Parque de Tubos, após a inauguração da Estrada Norte/Sul. Rio das Ostras, que também tem importância fundamental no projeto, ainda não come-çou a fazer a sua parte.

DoaçõesVoluntários ainda seguem recolhendo

alimentos para serem doados a famílias que ainda permanecem desabrigadas pelas chuvas que caíram na cidade no início do mês. A carência maior é de frutas, verduras e leite, alimentos que são oferecidos principalmente às cin-co crianças que ainda estão alojadas no Cemaia. Os materiais podem ser entre-gues na Defesa Civil, que serão enca-minhados para o local de atendimento às famílias.

VagasAs oportunidades ainda são muitas, porém,

devido à falta de qualificação, muita gente não consegue garantir seu lugar no mercado de trabalho macaense. A saída é a realização de cursos de formação profissional oferecidos de forma gratuita por unidades da prefeitura, como o Cetep, além de iniciativas de associa-ções de moradores e organizações não gover-namentais que atuam na cidade. O trabalho é a principal forma de garantir melhoria na qualidade de vida da população.

Um estrutura simples e funcional, as passarelas subterrâneas construídas em dois pontos sobre a Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106), na altura da Barra de Macaé e da Nova Holanda, deixaram de ser utilizadas pelos pedestres por medo. As passagens acabaram sendo abandonadas, levando os moradores do local a se arriscarem em meio aos carros, caminhões e coletivos para passar pela rodovia. Os espaços devem ser revitalizados pelo governo municipal, além da disponibilização de agentes que possam garantir a segurança dos pedestres.

Com o natal chegando, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Lagomar realizou, durante toda esta sexta-feira (13), uma ação de Natal Solidário

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MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 5

PolíciaNOTA

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE CARAPEBUSSecretaria Municipal de AdministraçãoGabinete do Prefeito

PORTARIA Nº 3810/2013

O PREFEITO MUNICIPAL DE CARAPEBUS no uso de suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO o Processo do requerente abaixo.

RESOLVE:

Art. 1º - Conceder LICENÇA MATERNIDADE Complementar de 60(sessenta dias) nos termos do Art.1º da Lei Municipal464, de 17/08/10, para os servidores abaixo relacionados, conforme processo, matrícula, nome, cargo e período.

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Carapebus, Gabinete do Prefeito, em 09 de dezembro de 2013.

Amaro Fernandes dos SantosPrefeito Municipal

PRO MAT. NOME CARGO PERÍODO7554/13 302034 Rosangela Marques de M de Oliveira Agente Sanitário 27/11/13 à 26/01/14

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE CARAPEBUSGabinete do Prefeito

DECRETO nº: 1.676/2013

Abre Crédito Suplementar

O Prefeito Municipal de Carapebus, no uso de suas atribuições legais e com baseno preceituado no art. 2º da Lei Municipal nº 543/12 e nos parágrafos 2º e 3º do art.43 da Lei Federal nº 4.320/64.

DECRETA:Art. 1º - Abre Crédito Suplementar na importância de R$ 28.500,00 (Vinte

oito mil e quinhentos reais ) ,para dotações orçamentárias constantes no Anexo I.

Art. 2º - Os recursos para atender o artigo 1º serão provenientes de anulaçõestotal ou parcial de dotações constante no Anexo I.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

Carapebus, 12 de Dezembro de 2013.

Amaro Fernandes dos SantosPrefeito Municipal

ANEXO IPROGRAMA DE TRABALHODESPESA FICHA FONTE REFORÇO R$ ANULAÇÃO R$

02.203.0000412200012.005 31901300 20 000 1.000,0002.203.0000412200012.006 33903600 26 004 7.500,0002.207.0000412200012.238 31901100 127 000 20.000,0002.209.0000412200012.243 31901600 164 000 28.500,00TOTA: 28.500,00 28.500,00

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE CARAPEBUSSecretaria Municipal de AdministraçãoGabinete do Prefeito

PORTARIA Nº 3811/13

O PREFEITO MUNICIPAL DE CARAPEBUS no uso de suas atribuições legais, eCONSIDERANDO o Processo abaixo relacionado, do requerente.

RESOLVE: Art. 1º - CONCEDER LICENÇA, sem vencimento para tratar de interesse particular, de acordo com o Art.118, da Lei

Complementar Municipal nº 010 de 30/05/2003 aos servidores abaixo relacionados, conforme processo, matrícula, nome, cargoe período.

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Carapebus, Gabinete do Prefeito, em 09 de dezembro de 2013. .

Amaro Fernandes dos SantosPrefeito Municipal

PRO MAT. NOME CARGO PERIODO7019/13 206052 Maurício Carvalho Batista Guarda Municipal 01/11/13 à 01/11/15

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense –SINDIPETRO - NF, vem convocar os empregados da empresaSAYBOLT CONCREMAT, lotados em sua base sindical (Baciade Campos, Macaé, Campos, Rio das Ostras, e região) paraAssembléia Geral Extraordinária, na base da empresa em Macaé,situada na Rua João Batista Quaresma, nº 36 – Novo Cavaleiros– Macaé – RJ, no dia 18 de dezembro de 2013, às 17h primeiraconvocação e 17h30 segunda convocação com qualquer quorum,visando a celebração de Acordo Coletivo de Trabalho para operíodo 2013/2014.

Pauta:1-Apreciação e votação da proposta de ACT 2013-2014

apresentada pela empresa no dia 07/12/2013;Macaé, 13 de dezembro de 2013.

Hélio Marques GuerraDiretor do Setor Petróleo Privado Sindipetro-NF

RELATÓRIO AUXÍLIO DOENÇA - IMMT

Mês de Novembro de 2013.

NOME MATRÍCULA PROCESSO PERÍODOSalatiel Dias de Paula 067 1321/2012 27/10/2013 a 25/12/2013Vanuza da Silva Figueiredo 884 1860/2013 01/11/2013 a 06/12/2013

Macaé, 13 de dezembro de 2013

Eduardo Batista NeivaDiretor – Presidente - IMMTPortaria PMM nº 609/2013

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉConselho Municipal de Assistência Social

EDITAL 21/2013

A Presidenta do Conselho Municipal de Assistência Social – COMAS, AltinaPinheiro Dantas, no uso de suas atribuições, convoca os Conselheiros Titularese Suplentes para Reunião Ordinária a realizar-se no dia 19 de dezembro de 2013(quinta-feira), 1ª Convocação às 9h30; 2ª Convocação às 10h, na sede doCOMAS, sito à Travessa Ari Schueller Pimentel, nº 25, Centro – Macaé(próximo ao Conselho Tutelar), conforme abaixo:

Pauta: 1-Leitura da ata da reunião anterior.2-Apresentação do Planejamento Estratégico do COMAS- 2014.3-Assuntos Gerais.

Altina Pinheiro DantasPRESIDENTA DO CONSELHO MUNICIPAL DE A

SSISTÊNCIA SOCIALCOMAS - MACAÉ

(Criado Pela Lei Municipal nº. 1.654/1995; Reestruturado pela LeiMunicipal n° 2.965/2007 e 3.764/2011 de 27/03/12)

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉConselho Municipal de Assistência Social

EXTRATO DE TERMO DE AJUSTE DE CONTAS

I – Espécie: Termo de Ajuste de Contas n° 01/2013 – Processo/FMAS n°055/2013.II – Objeto: Constitui objeto do presente TAC o reconhecimento devalor devido referente a não suspensão de fornecimento de pães para oCEMAIA nas unidades: I, II e III, no período de janeiro a setembro de2013, a preço acessível, pela empresa ANDRADE e PAULA LTDA - ME.III – Crédito: Programa de Trabalho n°08.243.0033.2.173.000;Elemento de Despesa n° 33.90.30; Nota de Empenho n° 000146/2013 –Ordinário;IV – Valor do TAC: R$ 13.104,00 (treze mil, cento e quatro reais).V – Período de Pagamento do TAC: janeiro a setembro de 2013.VI – Partes: Fundo Municipal de Assistência Social e ANDRADE ePAULA LTDA - ME.

Macaé, 13 de dezembro de 2013.Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS.

(Criado Pela Lei Municipal nº. 1.654/1995; Reestruturado pela LeiMunicipal n° 2.965/2007 e 3.764/2011 de 27/03/12)

Projeto Botinho 2014 recebe mais de 200 inscrições

VAGAS

Daniela [email protected]

pais que ainda não inscreveram seus filhos na edição do Projeto Botinho 2014, ainda há tempo.

O 9º Grupamento do Cor-po de Bombeiros de Macaé já recebeu 270 inscrições. Serão destinadas cerca de 500 vagas a crianças e adolescentes, na faixa etária dos sete aos 17 anos.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Macaé, Jorge Vincenzi, as inscrições seguem até o preenchimento total das vagas.

As inscrições devem ser feitas no quartel do Corpo de Bombeiros, que fica na rua Al-fredo Backer, 90, no Centro. Os pais devem apresentar, no ato da inscrição, certidão de nascimento do filho, atestado médico e duas fotos 3x4.

Serão destinadas cerca de 500 vagas. Inscrições seguem até o preenchimento total

As atividades do Botinho 2014 deverão ser iniciadas em janeiro.

O Projeto Botinho é direcio-nado a crianças e adolescentes na faixa etária dos sete aos 17 anos e é aberto à comunidade em geral. Durante três semanas, em colônias de férias, os alunos recebem instrução de primeiros socorros, exercem atividades fí-sicas e recebem também noções de hierarquia e disciplina. Há

ainda instruções de salvamento, fazendo com os que os alunos coloquem em prática tudo o que aprendem.

Dentro das atividades do Botinho, as mães dos alunos também podem participar por meio do grupo Sereias. A pre-feitura, como nas edições an-teriores do projeto, vai ceder profissionais de educação físi-ca às mães. “O Botinho é uma

excelente iniciativa, porque além de aproveitar as férias, os alunos podem ter um contato com a natureza. A cada ano, o projeto é muito procurado pelos pais, que também dese-jam que os filhos aprendam importantes noções de disci-plina”, enfatizou o comandan-te do Corpo de Bombeiros de Macaé, Jorge Vincenzi.

As cidades de Conceição de Macabu, Quissamã, Carape-bus, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Rio das Ostras, muni-cípios abrangidos pelo coman-do do Corpo de Bombeiros de Macaé, também participarão da edição Botinho 2014.

O Projeto Botinho é dividido em três categorias: Golfinho (para crianças de 7 a 10 anos), Moby Dick (de 11 a 14 anos) e Tubarão (de 15 a 17 anos). As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h em várias praias da cidade.

Criado em 1964, o Botinho é realizado em todo o estado do Rio de Janeiro e em Macaé exis-te desde 1994.

WANDERLEY GIL

Crianças participando da edição 2013 do Projeto Botinho

SEGURANÇA

Polícia Militar inicia Operação “Contra-Ataque” em comunidades da cidadeSegundo comandante do 32º BPM, Ramiro Campos, objetivo é continuar apreender drogas, armas e prender traficantes, além de oferecer maior segurança à população no final de anoDaniela [email protected]

Policiais militares lotados no 32º Bata-lhão de Polícia Militar

de Macaé (BPM) deram início à Operação “Contra-Ataque” nas comunidades da cidade.

Segundo o comandante do 32º BPM, Ramiro Campos, o objetivo é continuar apreender drogas, armas e prender tra-ficantes que atuam em comu-nidades como Nova Holanda, Nova Esperança e Malvinas.

De acordo com Campos, a ope-ração segue até janeiro de 2014.

Ramiro Campos relatou ainda que nas primeiras 24 horas da operação, nas Malvinas, a polí-cia retirou de circulação grande quantidade de drogas, armas, munições, prendeu e matou dois traficantes. “O final de ano está aí e a comercialização e o consumo de drogas nas comu-nidades é alto, por isso, a PM iniciou essa operação Contra-Ataque para que a população tenha paz nessa época do ano”, declarou Campos.

Traficantes mortosdois traficantes foram mortos durante confronto com a polícia na noite da última quinta-feira na Malvinas.

Segundo a polícia, houve troca de tiros no final da Rua F, próximo à linha do trem. Durante cerco, os policiais mi-litares mataram Léo Peitinho, apontado como chefe do tráfico na comunidade. Ao lado do cor-po, foram encontrados um fuzil colt 556, que segundo a polícia, é de uso do exército israelense, além de 16 munições intactas. Mais à frente, os policiais locali-

zaram o corpo de Lalá, que seria o segurança de Léo Peitinho.

Com Lalá, os policiais encon-traram uma pistola taurus cali-bre 380 com quatro municípios. Dentro de uma mochila que La-lá carregava, os policiais encon-traram 52 buchas de maconha.

Segundo a polícia, Léo Peiti-nho e Lalá chegaram a ser leva-dos ao HPM (Hospital Público Municipal) de Macaé, mas não resistiram aos ferimentos. Os dois traficantes integravam a facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos).

Apreensões de drogasno primeiro dia da Opera-ção Contra-Ataque, na última quinta-feira (12), policiais mili-tares do GAT (Grupo de Ações Táticas) I e II apreenderam grande quantidade de drogas e munições na Malvinas. A Polícia Militar recebeu infor-

mações, através de denúncias, de que a droga e as munições seriam comercializadas duran-te o Natal e Ano Novo. A droga foi batizada por traficantes de Pó do Papai Noel.

As drogas e as munições fo-ram encontradas em um tonel,

que estava enterrado na loca-lidade da Prainha. Ao todo, os policiais militares encontraram 14 bolas de maconha com 60 sa-colés cada e seis bolas de cocaí-na, contendo aproximadamente 230 unidades cada. Foram apre-endidas também cerca de 400

munições de calibre 762 (fuzil) de uso exclusivo das Forças Ar-madas e 300 de pistola 9 mm, também de uso exclusivo das Forças Armadas.

Cada bola de maconha era vendida ao preço de R$ 10, e a cocaína, R$ 25.

KANÁ MANHÃES

Policiais militares que atuam na Operação Contra-Ataque a postos no trevo de acesso à Aroreira

Presidente do IMMT participa da Semana Acadêmica da Instituição Federal

PARACAMBI

a direção do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-gia - IFFRJ no Município de Pa-racambi, estado do Rio de Janeiro, convidou o físico e presidente do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia - IMMT, para ser um dos palestrantes na Semana Aca-dêmica da Instituição Federal. O evento que teve como função

Objetivo do evento foi disseminar e divulgar novas tecnologias e processos para promover interação

principal disseminar e divulgar novas tecnologias e processos e promover a interação entre estu-dantes, professores e profissionais da indústria e outras organizações.

O objetivo geral da palestra ministrada pelo presidente do IMMT foi voltada para dissemi-nar a cultura metrológica e tornar evidente como essa ciência está estruturada no país para atender as necessidades do cidadão no dia a dia e das organizações go-vernamentais e privadas.

Como objetivo específico Edu-ardo Neiva procurou evidenciar na prática o papel da metrologia

nos arranjos produtivos locais e como a mesma se enquadra como ferramenta estratégica para a qua-lidade e competitividade empre-sarial, como uma das ferramentas básicas para a garantia dos proces-sos de inovação tecnológica.

Para o professor Aldembar Sar-mento, da área de processos de fabricação e usinagem prática de máquinas operatrizes, o IMMT foi convidado a se tornar uma referência na gestão pública em certificação de instrumentos que estão inseridos no contexto do dia a dia do cidadão e principalmente na área da saúde.

O IMMT está se tornando re-ferência nesse contexto e foi uma grande aprendizagem tanto para os alunos quanto para os profissio-nais educadores, frisou Aldembar que em conjunto com o professor Felipe Silva da área de ensaios não destrutivos e da direção do IFFRJ Paracambi manifestaram interesse em estreitar o relacionamento com o órgão tecnológico de Macaé, para que algumas experiências desenvol-vidas pelo IMMT possam ser repli-cadas em outras regiões, como forma de promover a extensão do ensino universitário como reposta rápida à garantia da vida dos cidadãos.

APREENSÃO

PM s apreendem revólver calibre 38 e drogas em Conceição de Macabu

três homens foram presos em flagrante, na manhã da úl-tima sexta-feira (13), por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas no bairro Vila Nova, em Conceição de Macabu.

Segundo a polícia, Willian de Sá Moraes Souza, 21, Davi Messena de Souza, 18, e Sil-vio da Silva Costa, 48, foram

Segundo a polícia, três homens invadiram uma residência no bairro Vila Nova e foram surpreendidos com a arma e 20 papelotes de cocaína

surpreendidos em uma resi-dência abandonada trafican-do drogas.

Com eles, os policiais encon-traram um revólver calibre 38 e 20 papelotes de cocaína. Os três assumiram que estavam no local traficando drogas. Foram encontradas também cinco munições intactas.

Todos foram conduzidos à 122ª Delegacia de Polícia de Conceição de Macabu, onde foram autuados por porte ile-gal de arma de fogo e tráfico de drogas. Posteriormente, foram conduzidos à Casa de Custódia em Campos dos Goytacazes, onde permane-cem presos.

Polícia Militar inicia Operação Contra-Ataque em comunidades de Macaé

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MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 7

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8 MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

EconomiaALÉM DOS ROYALTIES

Petrobras investiu R$ 9 bilhões em MacaéRecursos foram aplicados na compra de materiais e na contratação de serviços voltados às operações na Bacia de Campos

Márcio [email protected]

Responsável pela ge-ração de grande parte dos cerca de R$ 500 mi-

lhões arrecadados pelos cofres públicos do município por ano com o pagamento de tributos que geram os royalties e a Par-ticipação Especial (PE), Joelson Mendes Falcão disse que a Pe-trobras investiu também cerca de R$ 9 bilhões em negociações com empresas sediadas na re-gião da Capital Nacional do Pe-tróleo, recursos que representam o investimento anual da empre-sa na aquisição de produtos e na contratação de serviços funda-mentais às atividades realizadas na Bacia de Campos.

Os valores foram confirma-dos nesta semana pelo gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC), Joelson Mendes Falcão, na tra-dicional e esperada apresen-tação das atividades anuais, e a projeção de metas futuras, realizada durante a reunião de encerramento dos encontros promovidos pela Rede Petro-Bacia de Campos, comitê do qual a estatal é co-fundadora junto à Prefeitura de Macaé, o Sistema Firjan, Sebrae, a Orga-nização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e a Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé (Acim).

Ao confirmar também a pro-jeção de US$ 236,7 bilhões que serão investidos pela Petrobras no quadriênio 2014-2017, dentro

do Plano de Investimentos Plu-rianual, Joelson Falcão apontou os investimentos aplicados nos setores de interesse dos forne-cedores, empresas que fazem parte do quadro de cadastro da Rede Petro-Bacia de Campos.

Segundo Joelson, a Petrobras investiu em Macaé R$ 3 bilhões na compra de materiais, além de R$ 6 bilhões na contratação de serviços. Grande parte desses recursos segue a proposta de in-vestimento em conteúdo local.

“Neste ano, a empresa inves-tiu R$ 14 bilhões na compra de materiais. Desse total, R$ 8,7 bi-lhões foram aplicados em negó-cios realizados no estado do Rio de Janeiro, R$ 3 bilhões apenas na região de Macaé. Com con-tratos, foram gastos R$ 6 bilhões na região. A previsão é que es-ses números sejam mantidos no próximo ano”, projetou Joelson.

Na apresentação, o gerente geral da UO-BC elencou tam-bém a lista de atividades que serão necessárias à manutenção das atividades da Petrobras na Bacia de Campos, serviços que serão contratados com empre-sas cadastradas pela estatal.

“Atualmente contamos com a atuação de quatro unidades de manutenção e segurança no processo de reestruturação das nossas unidades em opera-ção só na Bacia de Campos. A meta é que mais três unidades entrem em operação no se-gundo semestre de 2014. Isso representa a geração de mais negócios entre as empresas da região”, apontou Joelson.

Meta de quatro milhões de barris-dia é mantidaao viver o processo de estag-nação nos números referentes à produção de óleo bruto e de gás natural, o gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos reafirmou que a Pe-trobras segue com a meta de do-brar a produção em sete anos, passando dos dois milhões de barris de petróleo produzidos

atualmente, para 4,7 milhões de barris dia em 2020.

“A empresa trabalha com pla-nejamento plurianual. Equipes mantêm a execução de ações que buscam alcançar metas. Por isso, a expectativa é que a produção dobre até 2020”, ex-plicou Joelson Falcão.

O gerente geral explicou ain-

da que a estatal cumpriu metas para, ao menos, garantir a recu-peração das perdas normais no nível de produção.

“A queda entre 8% a 12% ao ano na produção é normal. O desafio é manter um ritmo crescente de produção anu-al de 200-300 mil barris dia, para garantir esse equilíbrio”,

WANDERLEY GIL

Joelson Falcão fez a apresentação dos números na última reunião do ano da Rede Petro-BC

informou Joelson.Na apresentação, Joelson

destacou a importância do tra-balho desenvolvido pela Rede Petro-BC.

“Os 10 anos comemorados nes-te ano pela Rede Petro é um mar-co importante que condiz com a história de evolução da indústria do petróleo”, destacou Joelson.

NOTA

Natal: Prefeitura monta decoração na cidade

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MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 Economia 9

QUESTÃO DE JUSTIÇ[email protected] Andrea Meirelles

Rotativo volta nesta segunda-feira

ESTACIONAMENTO

Após suspensão por 10 dias, sistema de estacionamento volta definitivamentePaty Mendes [email protected]

O estacionamento rotativo volta a funcionar nessa

segunda-feira, no Centro da cidade, após a suspensão, des-de o dia 5 de dezembro, pela Prefeitura de Macaé devido a problemas com a documenta-ção apresentada pela empresa Rek Parking, responsável pela operação do sistema.

O Estacionamento Rotativo foi implantado com o objeti-vo de regulamentar cerca de 1.300 vagas, que antes eram ocupadas livremente. A co-brança será feita através de parquímetros e o uso do tíque-te é obrigatório de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h, poden-do ser estendido no caso de da-tas comemorativas. De acordo com a Associação Comercial e Industrial de Macaé - Acim- a empresa Rek Parking, já entre-gou toda a documentação para a prefeitura e aguarda somen-te uma resposta para voltar a cumprir o contrato vigente.

O Estacionamento Rotativo foi a solução encontrada pe-la prefeitura para aumentar o fluxo de carros nos estaciona-

mentos, já que os comerciantes que atuam no Centro estavam reclamando da queda nas ven-das por falta de vagas. Por este motivo, a Acim protocolou um ofício junto à prefeitura em ja-neiro deste ano, reivindicando a instalação do sistema. “Está-vamos sendo constantemente procurados por comerciantes, preocupados com a diminuição do movimento no comércio. Realizamos algumas reuniões e chegamos à conclusão que o mais viável seria reivindicar que o Estacionamento Rotativo fos-se novamente implantado, mas dessa vez de forma mais trans-parente”, ressaltou Evandro Cunha, presidente da Acim.

Setor responsável por grande parte do desenvolvimento do município, o comércio sente diariamente os impactos pela falta de vagas para estaciona-mento no Centro. No entanto, após a implantação do Sistema Rotativo, as reclamações conti-nuavam. Dessa vez, o motivo é o alto valor da tarifa cobrada pela permanência nas vagas. “Mui-tas pessoas deixam de estacio-nar em frente à loja para não pa-gar, reclamam que é muito caro e isso afeta as compras. Em vez de gastar mais aqui, eles gastam menos porque têm que pagar o

estacionamento ou então não estacionam e param em outro lugar”, explica, insatisfeita, Pa-loma Julliam, 22 anos, consul-tora de vendas de uma loja de cosméticos no Centro.

Já Valéria Ribeiro, proprie-tária de uma loja de artigos in-fantis na Avenida Rui Barbosa, observou que, nos poucos dias em que o estacionamento foi cobrado, a diferença foi muito grande. “Estava muito mais fácil encontrar vaga para estacionar, isso foi notório. Acredito que es-ta seja uma solução viável para este problema, que traz diver-sos impactos negativos para o

comércio”, pontuou.Pelo novo sistema, o tempo

máximo de estacionamento nos locais determinados é de duas horas. Caso o condutor queira continuar estacionado, terá que adquirir um novo tí-quete e mudar de vaga, permi-tindo a rotatividade. O usuário terá o prazo de 10 minutos de tolerância para colocar o tíque-te no veículo. Para adquirir, os motoristas poderão utilizar moedas nos valores de R$ 0,05 a R$ 1,00, podendo chegar até o valor máximo de R$ 3,00, con-forme o tempo desejado para estacionamento.

WANDERLEY GIL

Novo sistema causa insatisfação aos motoristas

Patrulha emergencial beneficiará cidades

AVANÇOS

nesta sexta-feira, 13, o se-cretário de Agricultura do Esta-do, deputado estadual Christino Áureo participou de reunião com os membros do Gabinete Integrado da Baixada, no Cen-tro Integrado de Comando e Controle do Governo do Esta-do. Comandada pelo Governa-dor Sérgio Cabral, o encontro contou com a presença do mi-nistro da Integração Nacional, Francisco Teixeira e do secre-tário Nacional de Defesa Civil, coronel Adriano Pereira Júnior.

Na ocasião, o governador anunciou a criação de uma patrulha temporária emergencial

Na ocasião, o governador anun-ciou a criação de uma patrulha temporária emergencial, que oferecerá equipamentos e pes-

Decoração de Natal será instalada essa semana no Calçadão

COMÉRCIO

durante a noite de sexta-feira (13), o prefeito da cidade, Dr. Aluízio, se reuniu na sede da Associação Comercial de Ma-caé (ACIM), no Centro, com diversos comerciantes e diri-gentes, para tratar de assuntos importantes como a decoração de Natal do comércio e o Esta-cionamento Rotativo.

Faltam poucos dias para o Na-tal e, até o momento, a decora-ção natalina ainda não foi insta-lada no comércio do Centro da cidade. Para Paulo José, comer-ciante de uma loja de roupas no Calçadão, o fato de não ter de-coração na cidade traz muitos impactos para o comércio, que se prepara durante meses para esta data. “Esperamos que no ano que vem o planejamento aconteça desde o início do ano para que toda a cidade seja be-neficiada”, falou o comerciante, durante a reunião.

Sem decoração, comerciantes alegam impactos nas vendas e cobram justificativas em reunião com prefeito

De acordo com Dr. Aluízio, a licitação para que a decoração de Natal seja feita será realizada na próxima semana e somente o Calçadão será enfeitado. O motivo da demora, segundo ele, tem a ver com o “orçamento enxuto”, devido ao fato de de-zembro ter começado de forma muito conturbada por causa das chuvas que atingiram o muni-cípio, deixando cerca de 100 pessoas desabrigadas. Com to-da esta situação, medidas emer-genciais tiveram que ser toma-das e o Natal não será o mesmo em Macaé. Apesar de tudo, na Rodovia Amaral Peixoto foram colocadas luzes nos postes e duas árvores de Natal, cedidas por duas empresas e estão sen-do instaladas.

Evandro Cunha, presidente da Acim, justificou a impor-tância da reunião. “Este é um momento importante em que recebemos o prefeito e ele ou-viu as demandas e esclareceu questões que estavam penden-tes para os comerciantes. O co-mércio é um setor que contribui diretamente para o desenvolvi-mento do município e, por isso, precisa ter voz, podendo auxi-liar em diversas ações”.

Além da decoração de Na-tal, um dos assuntos mais po-lêmicos discutidos na cidade é o Estacionamento Rotativo. Em reunão com os comercian-tes, ele anunciou oficialmente a volta do rotativo nessa se-gunda-feira e disse que será adotada uma estratégia de co-municação para informar a po-

pulação sobre a importância dessa forma de utilizar as 1,3 mil vagas, que é extremamen-te justificável para uma cida-de com o centro comercial do porte de Macaé. “O objetivo da prefeitura não é aumentar a cobrança de impostos e, sim, ordenar as vagas do Centro”, declarou o prefeito.

Sistema Rotativo

WANDERLEY GIL

A decoração natalina ainda não foi instalada nocomércio do Centro da cidade

soal para ajudar no serviço de limpeza e restabelecimentos das cidades da Baixada Flumi-nense afetadas pelas chuvas.

Segundo o governador, a pa-trulha temporária emergencial vai reforçar a estrutura que as ci-dades já possuem, que é o que já é feito pelas defesas civis locais.

- Esta patrulha vai servir às po-pulações que sofrem com as chu-vas. É um apoio para reforçar a estrutura que as cidades já têm, o que já é feito pelas defesas civis locais. Será estabelecido um valor padrão pelo governo federal e, a partir daí, o Estado complemen-ta com o que for preciso. Temos um exemplo bem sucedido do programa da Secretaria de Agri-cultura, que possui patrulhas me-canizadas instaladas em municí-pios polo, que consegue atender com eficiência os municípios do interior - afirmou Sérgio Cabral.

DIVULGAÇÃO

Christino Áureo participou de reunião com os membros do Gabinete Integrado da Baixada

a primeira pergunta a se fa-zer, é por que empresas doam mi-lhões para campanhas eleitorais? Muitas vezes doando quantias milionárias para candidatos que concorrem entre si para o mesmo cargo eletivo? A resposta mais óbvia para esta pergunta é a pre-tensão futura de se obter algum tipo de vantagem por este apoio.

No modelo atual, as empre-sas podem doar até 2% do seu faturamento bruto anual do ano anterior, e as pessoas físi-

cas até o limite de 10% do seu rendimento do ano anterior. As empresas não votam, mas suas doações são determinantes para os resultados das eleições.

A proposta de reforma eleito-ral que visava proibir a doação das empresas, não teve grande receptividade no Congresso Na-cional, e ainda está em debate. Dois anos atrás, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já iniciava este debate no Supremo Tribunal Federal (STF).

Empresas não votam, mas determinam as eleições - você concorda com isso?

a ordem dos Advogados do Brasil ingressou em 2011 com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4650), que contesta dispo-sitivos que autorizam a doação de recursos para as campanhas, que favorecem o poder econômico no processo eleitoral, e criam graves desigualdades políticas.

Na ação, o pedido é para que

seja declarada a inconstitucionali-dade parcial de dispositivos da Lei 9.504/1997, Lei das Eleições, e da Lei 9.096/1995, Lei dos Partidos Políticos, onde se autoriza a doação de pessoas jurídicas em campa-nhas eleitorais. Pede ainda que seja revista a legislação estabelecendo limites uniformes e per capta nas doações de pessoas físicas.

A ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

quatro Ministros já votaram, e todos eles favoráveis a ação, Luiz Fux, Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Luís Roberto Barro-so. Ainda faltam os votos de se-te Ministros. O julgamento foi suspenso em razão do pedido de vista do processo do Ministro Te-

ori Zavascki, que solicitou mais tempo para analisar a questão em debate. Como não há data para que o julgamento seja retomado, é muito improvável que estas no-vas regras, no caso de procedên-cia da ação, sejam válidas para as eleições de 2014.

O julgamento no STF

o ministro Luiz Fux em seu voto ressaltou que em 2002 fo-ram gastos 798 milhões em cam-panhas eleitorais, e em 2012 o va-lor chegou a mais de 4,5 bilhões, o que representa um crescimen-to de 471% em apenas 10 anos.

O que mais chama a atenção nestes dados apresentados pelo Ministro, é que 22% do montan-te foram doados por apenas dez (10) empresas. O gasto médio de um deputado federal eleito no Brasil alcança a 1,1 milhão, e de

um senador 4,5% milhões.Quem tiver curiosidade e qui-

ser saber quanto gastou em 2012 seu candidato em Macaé ou em qualquer outro município, bas-ta consultar o site do Tribunal Superior Eleitoral e preencher com os dados do candidato con-sultado. No site é possível ver o nome do doador e a quantia doada. (<http://inter01.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitas-despesas2012/abrirTelaRecei-tasCandidato.action>).

As doações milionárias das empresas nas eleições

as empreiteiras são as maio-res doadoras nas campanhas eleitorais no Brasil. Represen-tam 49% das empresas doa-doras. O ranking é encabeçado pela Andrade Gutierrez, se-guida da Queiroz Galvão, OAS, Camargo Correa, Norberto Odebrecht e Carioca Christiani Nielsen. Outros cinco setores se destacam: alimentos e bebidas (10%), financeiro (9%), empre-endimentos imobiliários (4%), mineração (4%) e saúde/farma-cêutica (3%).

Esse sistema pode gerar uma perversa inversão, e permitir em alguns casos que as obras públicas sejam determinadas pela necessidade de retorno fi-nanceiro aos “investidores” da campanha, e não pela necessi-dade real da população.

A maioria de nós pode achar que os piores efeitos desta

distorção antidemocrática se limitam ao desvio de recursos públicos e enriquecimento de empresários corruptores e de políticos corruptos. Mas esses são males menores.

Os verdadeiros efeitos desse sistema se revelam quando uma mãe, de bebê de colo, não tem outra opção senão enfrentar uma enchente de águas fétidas, arriscando a própria vida e de seu filho. Quando um pai tem que perder dias de trabalho para realizar a matrícula de seu filho na escola pública, porque não existem vagas para todos.

Quando uma avó continua sua tripla jornada de vida inteira cuidando dos netos porque não existem creches em número suficiente. Ou quando um avô morre na fila do hospital por falta dos devidos recursos e até de macas.

Inversão das prioridades

precisamos enfrentar este debate sem máscaras. Essa é a campanha eleitoral que quere-mos? Onde a força econômica e não as propostas são deter-minantes para a eleição de um candidato. Onde os candidatos podem ficar reféns dos seus financiadores. Claro que não!

Enquanto esta reforma da

legislação eleitoral não vem pelas mãos do Congresso Na-cional para atender os anseios do povo, resta esperar que o Supremo Tribunal Federal fa-ça sua parte, e extirpe da legis-lação estas graves distorções, com o julgamento favorável da Ação Direta de Inconstitucio-nalidade proposta pela OAB.

A necessária reforma política

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10 Geral MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

BAIRROS EM DEBATE Campo D'Oeste

Moradores do Campo D'Oeste pedem solução para problemas antigosEntre as reclamações estão os alagamentos, descarte irregular e buracos nas viasMarianna [email protected]

Localizado a poucos minutos do Centro, es-sa semana o Bairros em

Debate vai retratar a realidade do Campo D'Oeste, bairro que, assim como os outros, também apresenta alguns problemas.

A equipe de reportagem do jornal andou pelas ruas e conversou com moradores, os quais apresentaram suas reclamações. De acordo com eles, os alagamentos ainda li-deram a lista, sempre gerando transtornos.

Esse é um dos pontos que sofrem com as enchentes sempre que chove. O que cha-ma atenção é que fica locali-zado a poucos metros de onde foram investidos milhões em obras de macrodrenagem nos últimos anos.

Além disso, a população pe-de melhorias na área de lazer, manutenção nas ruas e reclama da falta de educação de alguns vizinhos, que transformam o bairro em um verdadeiro de-pósito de lixo e entulhos.

FOTOS KANÁ MANHÃES

Toda vez que chove, situação no bairro fica crítica por conta dos alagamentos

assim como os outros bair-ros da cidade, os alagamentos sempre trazem transtornos para quem vive no Campo D'Oeste. Os moradores rela-tam que em algumas ruas a água invade as casas, ficando na altura da cintura.

Quando se trata de alagamen-tos é impossível culpar apenas um lado. Tanto o poder público, quanto a própria população tem parcela de culpa nisso. Um dos responsáveis pelas enchentes é o lixo, que muitas vezes é des-cartado de maneira inadequa-da, se tornando um grande vilão para os próprios cidadãos.

Jogar os resíduos na rua ou utilizar calçadas e terrenos como depósito de móveis, en-tulhos, entre outros objetos, contribuem com os alagamen-tos. Esses resíduos são levados pela ação do vento e da água pa-ra as entradas de galeria pluvial, obstruindo a passagem da água.

Toda vez que o tempo fecha, toda cidade fica apreensiva, com medo de ficar novamen-te debaixo d'água. A chuva

que atingiu a cidade no último dia 2 ainda deixa marcas. Um exemplo disso aconteceu na rua Chile. A equipe esteve visitando uma residência que foi atingida por um deslizamento de terra.

Mesmo com a existência de um muro de contenção, isso não foi suficiente para impedir que uma grande quantidade de barro invadisse as casas lo-calizadas próximas ao morro. Em uma delas, a lama invadiu um cômodo, derrubando uma parede. Para piorar a situação, uma árvore tombou, ficando es-corada no telhado de uma das casas. Um dos galhos também tombou, perfurando uma pare-de de um quarto que, por sorte, não havia ninguém na hora do acidente.

Por conta disso, a Defesa Civil esteve no dia no local e interdi-tou apenas alguns cômodos em duas residências. De acordo com um morador, ele fez a soli-citação para retirada da árvore na secretaria de Ambiente no dia 4, mas quase uma semana depois não havia sido atendido.

“Nós cansamos de esperar a prefeitura e começamos a tirar o barro da casa. Desceu tanta lama, que invadiu o imóvel e quebrou uma parede. A árvo-re segue lá, pendurada. Nosso medo é que novas chuvas, que podem causar a queda, tragam danos maiores. A Defesa Civil interditou uma parte da casa, mas até hoje não voltou. Esse muro de contenção atrás foi fei-to ainda na antiga gestão, mas só até uma determinada altura. Ele deveria ter sido feito até a parte alta, o que impediria esse trans-torno. Estamos correndo o risco de cair um pedaço de madeira e atingir a gente. Já pedi para retirar essa árvore, mas ainda estou aguardando por eles. É numa dessa que alguém pode morrer. Chuva é para o Campo D'Oeste sinônimo de transtor-no”, relata Francisco.

De acordo com a prefeitura, em relação aos alagamentos, a secretaria de Limpeza Pública e de Manutenção realiza a limpe-za periódica dos bueiros, bocas de lobo e bocas de manilha do

Alagamentos lideram a lista de reclamações

bairro. Ela explica que o pre-feito, Dr. Aluízio, reuniu-se, no início da noite de quarta-feira (11), com empresários instala-dos no Sol Y Mar e na Avenida Evaldo Costa para discutir os efeitos das chuvas na região. Na oportunidade, foram apresenta-das as intervenções necessárias nesses locais e nos bairros No-

vo Horizonte, Campo D´Oeste, Riviera e Linha Vermelha a fim de melhorar o escoamento das águas pluviais. O encontro foi uma oportunidade dos comer-ciantes, em conjunto com o go-verno municipal, definirem as ações e os impactos das obras de drenagem e esgotamento sanitário. Até o momento, 30%

das obras foram realizadas.Quanto ao caso na rua Chile,

ela alega que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, não foi feita a solicitação ao órgão. A Defesa Civil informou que, ain-da nesta semana, o imóvel será vistoriado e que encaminhará ao Corpo de Bombeiros quais os procedimentos necessários.

Chuva do último dia 2 causou o deslizamento de terra na rua Chile, onde uma árvore tombou e ficou presa em uma casa

Terrenos sofrem com lixo e entulhosatualmente, uma das maio-res reclamações que a equipe de reportagem escuta quando vai apurar o Bairros em Deba-te é o descarte irregular. O que chama atenção é que essa si-tuação muitas vezes acontece por culpa da própria popula-ção, que não se conscientizou dos transtornos que isso pode causar, tanto para eles, quanto para seus vizinhos.

Essa situação também faz parte da realidade do Campo D'Oeste. Andando pelas ruas do bairro, a equipe de reporta-

gem encontrou vários terrenos tomados por materiais de obras, entulhos e até lixo doméstico se acumulando.

Além dos alagamentos, isso também contribui com o surgi-mento de zoonoses, como ratos, baratas e mosquitos.

Segundo a secretaria de Lim-peza e Manutenção, ela diz que realiza o trabalho de limpeza e coleta de entulho desde a última semana, em função das chuvas. A coleta de lixo residencial no bairro é realizada às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir

das 19h. A prefeitura lembra que a coleta de resíduo contribui pa-ra a limpeza da nossa cidade e solicita à população que colabo-re respeitando os horários.

Já para descartar entulhos de obra é preciso agendar o serviço através do número 2796-1235. Para coleta de mó-veis, eletrodomésticos e outros o número é 2762-4667. Esses materiais nunca devem ser dei-xados em calçadas ou em terre-nos baldios. Assim como areia, pedras brita e demais materiais de construção.

Buracos e paralelepípedos soltosdependendo da rua que vo-cê trafegue, é melhor tomar cuidado para não cair em um buraco. O defeito na pista pode causar acidentes e danos para os veículos. Em alguns trechos a equipe encontrou pedras de paralelepípedo soltas. Já pró-ximo ao CIEP Maringá, eles estão amontoados em cima da calçada, impedindo a passagem dos pedestres.

Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), é dever das autoridades promover um trân-sito seguro e de qualidade. De acordo com o Art. 1º, “o trânsi-to, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos ór-gãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsi-to, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a

assegurar esse direito”.O governo municipal explica

que já tem um cronograma pa-ra a recuperação e instalação de novos paralelepípedos.

Enquanto o problema não é solucionado por completo, o motorista deve seguir algu-mas dicas para sua segurança e dos demais. Sempre procure manter a velocidade permiti-da ao entrar em uma via, pois

dessa forma o motorista pode ver se ela se encontra em bo-as condições; no período da noite ou em dias chuvosos a velocidade deve ser reduzida; o motorista deve estar atento, evitando distrações, como con-versar, mexer no rádio ou falar ao celular (situação que é con-siderada infração de trânsito); é importante fazer a manuten-ção preventiva do veículo.

Terrenos baldios são alvos de descarte de restos de móveis e materiais de construção

Paralelepípedos soltos causam transtornos para motoristas e pedestres

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MACAÉ, DOMINGO, 15 E SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 Geral 11

Candidatos ao IFF farão prova neste domingo

VESTIBULAR

o instituto federal Flumi-nense (IFF) vai aplicar neste domingo, a 2.ª Fase do Concur-so Vestibular 2014 - 1º semestre do Instituto Federal Fluminen-se (IFF). Avaliação está prevista para começar às 8h30 com en-cerramento às 12h30 e a orien-

Procedimento corresponde à segunda fase do vestibular e será aplicado nos municípios de Itaperuna, Bom Jesus, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio.

tação é para que os candidatos cheguem ao local com uma hora de antecedência do início, mu-nidos de documento de identi-ficação oficial com foto e caneta esferográfica de tinta preta.

As provas serão aplicadas nos municípios de Itaperuna, Bom Jesus, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio.

A avaliação, composta por re-dação e seis questões discursi-vas, será realizada das 8h30min às 12h30min, no campus onde o curso escolhido pelo candidato é oferecido. Para o curso de De-sign Gráfico, a 2.ª Fase constará apenas da prova de redação, a

ser aplicada das 8h30min às 10h30min.

De acordo com o setor de imprensa da instituição ao to-do 1052 candidatos participarão dessa etapa do Vestibular. Os cursos de Engenharia de Con-trole e Automação e Arquitetu-ra e Urbanismo concentram o maior número de participantes, um total de 175 cada um.

A divulgação do resultado da 2.ª Fase está prevista para o dia 21 de janeiro e o resultado final será publicado no dia 28 de ja-neiro de 2014.

A 1.ª Fase do Concurso foi re-alizada no dia 24 de novembro.

GRADUAÇÃO

Inscrição para a FeMass encerra nesta segunda Interessados poderão se inscrever pelo www.gualimp.com.br. A taxa é de R$ 70,00Juliane Reis [email protected]

A Faculdade Municipal Professor Miguel Ânge-lo da Silva Santos (Femass)

encerra nesta segunda-feira (16), as inscrições para o vestibular, que podem ser feitas pelo www.gualimp.com.br. A taxa é de R$ 70,00. Ao todo são 300 vagas para os cursos de Administração, En-genharia de Produção e Sistemas de Informação, sendo 150 para o primeiro semestre e 150 para o segundo semestre.

Os candidatos vão participar do processo seletivo no dia 5 de janei-ro, das 8h às 13h e avaliação será composta por questões objetivas e redação. Já as atividades estão previstas para fevereiro e agosto de 2014, respectivamente, primei-ro e segundo semestres letivos.

A seleção será realizada pela Comissão de Organização dos Processos Seletivos (CPS), vin-culada à FeMass e à Funemac, mantenedora da faculdade, sob assessoria técnica especializa-da da Gualimp - Assessoria e

Consultoria Ltda.No ato da inscrição, os interes-

sados também podem optar por ingressar na instituição por meio do Enem. Neste caso podem con-correr às vagas oferecidas os es-tudantes que fizeram a última ou as duas últimas provas, podendo ser escolhida a maior pontuação obtida e ter média igual ou supe-rior a 50% do resultado em cada uma das áreas de conhecimento, mais a nota da redação; e os que concluíram ou estão regularmen-te matriculados na 3ª série do Ensino Médio, ou equivalente, com previsão de conclusão no 2º

semestre de 2013. Podem participar do processo

seletivo os alunos regulares, pro-venientes de cursos próprios da FeMass e que tenham cursado, à época da solicitação, com apro-veitamento, as disciplinas do núcleo comuns até o terceiro pe-ríodo, alcançando Coeficiente de Rendimento (CR) igual ou supe-rior a 7,0. O direito à transferência interna é exclusivo aos alunos que tenham ingressado na faculdade municipal por meio de vestibular.

Informações completas referen-tes ao processo seletivo estão dis-poníveis em www.macae.rj.gov.br.

ARQUIVO

Processo seletivo será realizado no dia 5 de janeiro

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Estudo aponta os desafios dasmudanças climáticas no BrasilO documento será divulgado na próxima quarta-feira em um seminário na capital paulista, com palestrantes locais e internacionaisMartinho Santafé

Estudo realizado pelo Observatório de Políticas Públicas de

Mudanças Climáticas - inicia-tiva do Grupo Fórum Clima em parceria com o Núcleo de Eco-nomia Socioambiental da USP (NESA) apontará na próxima semana a necessidade de ali-nhamento entre as políticas na-cional e estaduais de mudanças climáticas no Brasil. Conforme o estudo, a harmonização das políticas públicas será decisiva para o país cumprir sua meta de redução de gases de efeito estu-fa até 2020 e enfrentar o desa-fio de mitigar as emissões e se adaptar às iminentes mudanças do clima, cujas conseqüências já estão sendo observadas em todas as regiões do país.

O estudo “O Desafio da Harmonização das Políticas P ú b l i c a s d e M u d a n ç a s Climáticas - Volume II” será divulgado durante o Seminário Fórum Clima - 2013, que acon-tece no dia 17 de dezembro no hotel Transamérica Prime International Plaza, Alameda Santos, 981 - Jardim Paulista, em São Paulo a partir das 9h.

O seminário terá palestran-tes internacionais, represen-tantes do ministério do Meio Ambiente, governos estaduais, setor privado e academia. A ini-

ciativa é do Fórum Clima - Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas. Os participantes discutirão os limites, avanços e possibilidades da política

nacional de mudanças climá-ticas e das políticas estaduais de mudanças climáticas para contribuírem com a necessária redução dos gases de efeito es-

tufa no Brasil.O potencial criativo e inova-

dor das esferas estaduais em desenvolver instrumentos para a execução de ações de adapta-

ção e mitigação ao aquecimen-to global, incluindo a criação de marcos regulatórios locais também será tema do evento. Haverá uma mesa de debate

específica sobre o tema coor-denada pelo especialista em clima e floresta Tasso Azevedo com a participação de gestores públicos estaduais.

DIVULGAÇÃO

O estudo “O Desafio da Harmonização das Políticas Públicas de Mudanças Climáticas - Volume II” será divulgado durante o Seminário Fórum Clima - 2013

Comissão aprova medidas mitigatóriasa comissão mista permanen-te sobre Mudanças Climáticas aprovou na quarta-feira (11), o relatório final, de autoria do deputado Sarney Filho. O texto reivindica, entre outras medi-das, a aprovação imediata de dois projetos: o de pagamentos por serviços ambientais e o que institui o mecanismo de redu-ção das emissões por desmata-mento e degradação florestal - o

REDD, que tem como objetivo a mitigação e adaptação às mu-danças climáticas.

“Este trabalho foi feito para o Estado e não para os governos. Foi construído para assegurar os direitos difusos da socieda-de. É um relatório pensado para que a sociedade possa entender as questões que envolvem as mudanças do clima e as ações voltadas para as adaptações e

mitigações necessárias para enfrentarmos os seus efeitos”, afirmou o deputado.

O relatório defende que as medidas de adaptação devem se basear na manutenção dos ecossistemas naturais, ressaltando que a biodiver-sidade e os serviços ecossis-têmicos são essenciais para que se tenha maior resiliên-cia. “Ecossistemas saudáveis

são um escudo natural para proteger o ser humano dos impactos, principalmente as populações mais vulneráveis” defende Sarney Filho.

O deputado também chama a atenção para a necessidade de harmonização das políticas estaduais de mudanças do cli-ma com a Política Nacional de Mudanças Climáticas. É sugeri-do maior diálogo entre a União

e os Estados, tendo em vista a padronização das metodolo-gias para o inventário (uso dos mesmos indicadores) e para o relatório de emissões.

“Neste momento em que as negociações para redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa estão travadas diante da resistência dos pa-íses ricos, a mudança nos pa-drões locais de emissão pode

ser um caminho”, ressalta Sar-ney Filho. Ele citou a sugestão da deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ), no sentido de que as cidades possam assu-mir um protagonismo maior, realizando inventários de suas emissões, instituindo sistemas de gestão urbana mais amigá-veis, envolvendo as políticas de transporte, de resíduos sólidos, de energia etc.

Divulgado ranking globalsobre resiliência climáticanovos dados do Índice de Adaptação Global da Universi-dade de Notre Dame enfatizam disparidades entre países po-bres e o risco em relação à resi-liência climática; Brasil aparece em 68º lugar, com classificação considerada média-alta

Um novo relatório publica-do por pesquisadores da Uni-versidade de Notre Dame, da França, afirma que levará mais de um século para que os países em desenvolvimento atinjam o nível de preparação climática que as nações desenvolvidas já possuem.

O Índice de Adaptação Global da Universidade de Notre Da-me, lançado quinta-feira (12), avaliou 175 países e se foca em questões como a vulnerabilida-de das nações às mudanças cli-máticas, ao aquecimento global e a eventos climáticos extremos, como secas severas, tempesta-des devastadoras e desastres naturais.

Alguns exemplos de países nessa trajetória de 100 anos in-cluem o Camboja, o Quênia e o Haiti. “Devido ao recente tufão nas Filipinas, algumas pessoas podem estar se perguntando onde essa nação insular fraque-ja em termos de prontidão”, co-mentou Nitesh Chawla, diretor do Centro Interdisciplinar para Ciência de Rede e Aplicações.

“De acordo com os dados, as Filipinas estão mais de 40 anos atrás dos países mais desenvol-vidos em preparação climática. Embora isso seja menor do que os países mais pobres, mostra que as Filipinas ainda tem um longo caminho pela frente”, continuou Chawla.

Já alguns dos países emer-gentes mais industrializados, como o Brasil, apresentaram uma classificação considerada média-alta, com um nível rela-

tivamente satisfatório de resili-ência. Nosso país ficou em 68º lugar no geral, sendo classifica-do em 56º em vulnerabilidade e em 79º em preparação.

“Sabíamos que havia dispari-dades entre os países mais ricos e mais pobres quando se trata-va de adaptação e preparação às mudanças climáticas”, colocou Jessica Hellmann, bióloga da Universidade de Notre Dame.

“Mas não sabíamos que leva-ria mais de 100 anos para que os países mais pobres atingissem os níveis de preparação que os países mais ricos já alcança-ram”, acrescentou ela.

Mas os especialistas que tra-balharam no relatório declara-ram que, de acordo com as pes-quisas, nem mesmo os países desenvolvidos são exatamente à prova de mudanças climáticas e do aquecimento global.

Pelo contrário, o documento sugere que, embora eles este-jam exercendo esforços para aumentar sua resiliência aos fenômenos naturais e eventos climáticos extremos que acon-tecem em seus territórios, ainda há espaço para melhorias.

“Esses dados são preocupan-tes, porque eles evidenciam o quão despreparadas algumas das nações mais vulneráveis realmente estão. Mas eles tam-bém mostram que os países mais desenvolvidos não estão fazendo o suficiente, o que le-vanta sérias questões sobre políticas públicas, não importa quão bem desenvolvida uma economia nacional possa ser”, observou Hellmann.

Os pesquisadores esperam que as descobertas ajudem os líderes mundiais a estabelece-ram prioridades globais, regio-nais e nacionais, assim como estimulem a preparação para as mudanças climáticas.

Fundos gerenciam mal seus riscos climáticos um novo estudo do Asset Ow-ners Disclosure Project (AODP) sugere que fundos de investi-mento não estão conseguindo gerenciar adequadamente seus riscos climáticos, o que poste-riormente pode expor os inves-tidores a grandes perdas.

O Índice de Investimento Glo-bal do Clima (The Global Climate Investment Index) analisou fun-dos de pensão, fundos soberanos e seguradoras que somam mais de US 70 trilhões para descobrir como eles administram os riscos financeiros provenientes das mu-

danças climáticas. A pesquisa se focou na transparência, gestão de risco, alinhamento na cadeia de investimento, participação ativa e investimento em baixo carbono.

O estudo descobriu que, atu-almente, apenas 27% dos 460 fundos de investimento avalia-dos levam em consideração as mudanças climáticas, sendo que apenas cinco foram considera-dos AAA, ou muito bons. Oito por cento dos fundos foram con-siderados D ou X, o que significa que eles fazem pouco ou nada em relação aos riscos climáticos.

“Embora vejamos alguns lí-deres surgindo, muitos não re-conheceram seu perigoso e te-merário vício em investimentos crivados de riscos climáticos, e muito menos se puseram em reabilitação”, colocou Julian Poulter, diretor do AODP.

“Está muito claro pelo índice que os grandes fundos conti-nuam a ter muito medo de en-frentar as grandes companhias de combustíveis fósseis, mesmo que saibam que há riscos enor-mes em continuar investindo nelas”, continuou Poulter.

Entre os que tiveram as melho-res colocações estão o Fundo de Pensão da Agência Ambiental de Ativos, do Reino Unido, o Local Government Super, da Austrália, o CalPERS, dos Estados Unidos, o Fundo de Pensões para o Cuidado e Bem-estar, dos Países Baixos, e o VicSuper, também da Austrália.

Já os fundos brasileiros não apresentaram índices muito bons: o mais bem colocado foi o PREVI, com CCC, seguido pelo Banco do Brasil, com CC, a Caixa Econômi-ca Federal, com D, e o Brasilprev Seguros e Previdência, com D.

DIVULGAÇÃO

O seminário terá palestrantes internacionais, representantes do ministério do Meio Ambiente, governos estaduais

no relatório o deputado ob-serva que o Brasil reduziu suas emissões por desmatamento, “mas não pode descansar, por-que os desafios ainda são muito grandes”.

“Cortar emissões nos seto-res de energia, agropecuária e transportes é mais complexo, porque envolve o processo de crescimento econômico e o consumo”, afirmou o relator. Ele também trata das questões que envolvem a emissões de po-luentes e a redução da pobreza.

“Temos uma camada da po-pulação que está ascendendo economicamente, que aspira os mesmos níveis de consumo da classe média. O corte de emis-sões no Brasil não pode ocorrer à custa da limitação da quali-dade de vida dessa população. Controlar o consumo permane-ce sendo um desafio, mas uma opção seria fortalecer os servi-ços urbanos, como o transporte coletivo, no lugar de fomentar a aquisição de automóveis parti-culares”, destacou o deputado.

Em síntese, as prioridades para os próximos anos envol-

vem maior controle do desma-tamento nos demais biomas que não a Amazônia (aprova-ção da PEC do Cerrado); valo-rizar os ecossistemas naturais, não somente por seu papel na mitigação, mas também para a

adaptação; aprovação urgen-te, do PL nº 792/2007 e seus apensos, que instituem a Políti-ca de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), bem como do PL nº195/2011, que discipli-na o REDD+; necessidade de

harmonização as políticas es-taduais do clima com a PNMC; atenção para o Projeto Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) que avalia estra-tégias de redução de gases do efeito estufa.

Os desafios são muito grandes

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Profissionais da UFRJ falam da importância dos alimentos funcionais

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Produtos são fundamentais para a prevenção do câncer e outras doenças crônicas Juliane Reis [email protected]

Quando se fala na im-portância da alimenta-ção saudável, muitos

associam primeiro à questão do emagrecimento. No entanto profissionais da Universida-de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Pro-fessor Aloísio Teixeira expli-cam que eles vão muito além do simples fato de contribuir com

a estética. “Eles são fundamen-tais no combate e prevenção de doenças crônicas como, por exemplo, o câncer”, disseram as nutricionistas e professoras doutoras do curso de nutrição da UFRJ Macaé Maria Fernan-da Larcher e Jane Capelli.

No município elas coorde-nam o projeto “Prevenção do Câncer na rede SUS de Macaé: Ação quimeopreventiva atra-vés da introdução de alimentos funcionais” junto com a pro-

fessora Angélica Nakamura. Ele faz parte da linha temática do Pet Saúde / Rede de Aten-ção à Saúde que começou a ser desenvolvido em agosto deste ano e tem como finalidade fazer um diagnóstico situacional dos casos de câncer na Capital do Petróleo estabelecendo os tipos mais prevalentes e a faixa etá-ria, dados esses que atualmente a rede municipal não dispõe.

Com base no diagnóstico, a ideia é realizar um trabalho de

conscientização com a população sobre a importância desses ali-mentos na prevenção da doença.

“Os alimentos funcionais atu-am na prevenção e tratamento de doenças crônicas de modo geral e por isso o seu consu-mo diário é de grande impor-tância”, disse a docente Maria Fernanda.

Entre os alimentos funcionais citados por ela estão os legu-mes, verduras e frutas que são alimentos ricos em fibras, vita-minas, azeite, carne de soja, ce-bola, alho, aspargos, atum, bró-colis, além dos alimentos ricos em ômega 3 como a sardinha, também considerado de alto valor nutritivo. “Eles devem estar presentes em pelo menos

cinco refeições diárias. Pois es-tudos apontam que o consumo desses alimentos diminui o ris-co de câncer”, lembrou. Mas ela orienta também para os cuida-dos na hora do consumo.

“É preciso evitar os produ-tos orgânicos, pois eles pos-suem muito agrotóxico. Por isso está sendo cada vez mais orientado o consumo de pro-dutos cultivados em casa, ou esses que são comercializados na feirinha da roça”, explica. Em Macaé, todo sábado, na parte da manhã, tem essa feira na rua da Casa e Vídeo.

E o tema tem despertado o interesse dos alunos da univer-sidade. O tema da monografia da estudante Carine de Abreu

Machado, do curso de Nutrição, por exemplo, é “Conhecimento sobre alimentos funcionais em pacientes portadores de câncer atendidos no Núcleo Municipal de Apoio ao Paciente Oncológi-co (NMPAPO).

WANDERLEY GIL

Curso tem a proposta de contribuir para preservação dos ecossistemas regionais

Faculdade Salesiana oferece vagas para pós em Educação Ambiental

EDUCAÇÃO

interessados em ingressar alcançar mais um degrau na vida acadêmica, em especial na área de meio ambiente devem ficar atentos. A Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé - FSMA vai passar a oferecer a partir do próximo ano o Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental. As inscrições já estão abertas e seguem até fevereiro.

No ato da matrícula o candida-to deverá preencher o formulário de inscrição na secretaria da fa-culdade (contrato); e apresentar a cópia do Diploma de Ensino Superior; da identidade; do CPF; histórico escolar do curso de gra-duação; certidão de nascimento ou casamento e uma foto 3 x 4.

Os candidatos podem optar por estudar duas vezes na semana no período noturno ou estudar aos sábados (quinzenal). Sendo que quem optar pela primeira op-ção poderá concluir o curso em apenas 15 meses, já para aqueles que optarem pela segunda op-ção poderão concluir as ativida-des em 20 meses. As aulas terão inicio respectivamente nos dias 22 (para quem optar por estudar aos sábados) e 24 para quem op-tar pelas aulas durante a semana.

O curso terá como público- alvo professores licenciados em diversas áreas de conhecimentos, gestores públicos, funcionários de empresas privadas que tra-balhem direta ou indiretamen-te com meio ambiente, líderes comunitários, além de outros profissionais graduados interes-sados em aperfeiçoar os saberes e práticas da Educação Ambiental.

De acordo com os coordenado-

As inscrições já estão abertas e a matricula é gratuita. Interessados poderão se inscrever até fevereiro

res, os mestres Marcos Cezar (res-ponsável pelo setor de educação ambiental do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba) e Warrley Antunes (coordenador dos cursos de engenharia química e enge-nharia ambiental da Faculdade Salesiana), o curso proposto pos-sui carga horária de 360 horas e abordará questões relativas à edu-cação ambiental teórica e prática.

“A grade do curso foi monta-da para que o egresso adquira competências e habilidades que o permitam utilizar conceitos e técnicas de educação ambien-tal em atividades profissionais e contribuir para melhoria da qualidade ambiental de Macaé e região. Será dada especial ênfase à educação ambiental em áreas naturais e em processos de licen-ciamento ambiental”, ressaltou.

Entre as disciplinas a serem oferecidas no curso estão: áreas naturais protegidas como espa-ços para a prática da educação ambiental; b) Atuação dos órgãos públicos na proteção ambiental e conhecimentos básicos acerca da legislação ambiental brasileira; c) A Política Nacional de Educação Ambiental; d) Atividades lúdicas e exercícios físicos em áreas na-turais: uma oportunidade para práticas de educação ambiental; e) O licenciamento ambiental e a educação ambiental: Possibili-dades e desafios (estudo de caso - Macaé); entre outras.

“São disciplinas de grande relevância para seu aperfeiço-amento profissional do partici-pante”, pontuou o Marcos.

As atividades têm como obje-tivo oferecer na cidade um curso de pós-graduação em educação ambiental que possa contribuir para preservação dos ecossiste-mas regionais a partir do aper-feiçoamento de profissionais que trabalham na região. Com isso, o mesmo se propõe a traba-lhar as formas como a educação ambiental pode ser utilizada no licenciamento ambiental e ino-va ao oferecer aos alunos ferra-mentas para utilização de áreas naturais da região como espaços privilegiados para a prática da educação ambiental.

“Percebemos que Macaé tem uma massa de profissionais liga-dos à área ambiental e da educa-ção que podem através do curso expandir seus conhecimentos e contribuírem para a conscienti-zação ambiental e preservação dos recursos naturais”, disse

O investimento é de 24 par-celas de R$ 320,00 sendo que ex-alunos da instituição têm desconto de 20%.

Outras informações referentes ao curso podem ser obtidas pelo tele-fone (22) 2791 -8900 (secretaria da FSMA), ou pelo emails:[email protected] e [email protected] <mailto:[email protected]>.

KANÁ MANHÃES

Esses alimentos têm o papel de proteger o organismo contra doenças crônico-degenerativas além de problemas como celulite, acnes, envelhecimento precoce, entre outros

Fatores que contribuem para o aparecimento do câncer as profissionais apontam a gordura e a obesidade como um dos grandes fatores de desen-volvimento da doença. Sendo o mais comum em mulher o de mama e nos homens o de prós-tata. Estão na lista dos alimentos que contribuem para o desen-volvimento da doença as carnes vermelhas, lactoses, produtos in-dustrializados, fumo, bebida al-

coólica, churrasco, produtos de-fumados e enlatados, salsichas. “As doenças crônicas ficam ex-postas ao longo do tempo e com o hábito inadequado e consumo desses produtos, em algum mo-mento o corpo se manifesta. Por isso também é de fundamental importância a visita periódica ao médico, assim como a prática de exercícios físicos”, orientam.

O que são alimentos Funcionais? são os alimentos que exer-cem funções metabólicas ou fisiológicas no organismo atu-ando no crescimento, desen-volvimento, nutrição, proteção, entre outros. Aplica-se aos ali-mentos funcionais o papel de proteger o organismo contra doenças crônico-degenerati-vas, além de problemas como celulite, acnes, envelhecimento precoce e outros.

› Legumes, verduras e frutas que são alimentos ricos em fibras, vitaminas, azeite, carne de soja, cebola, alho, aspargos, atum, brócolis, além dos alimentos ri-cos em ômega 3 como a sardinha.

EXEMPLOS DE ALIMENTOS FUNCIONAIS

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