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Logística ajudará Macaé a reescrever história Município deve garantir importância dentro do novo ciclo do petróleo Obras são realizadas para mudar a vida dos moradores de comunidades KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Município vive momento decisivo para se manter como base estratégica para o futuro da produção do petróleo e gás no país Pavimentação de ruas faz parte da lista de serviços ainda aguardados pelos moradores das duas comunidades Após quase quatro déca- das como referência nacional, e destaque mundial, nas ativi- dades relativas à produção e exploração do petróleo, Macaé passa por momento decisivo em meio a projeções para o futuro da indústria offshore. PÁG. 3 E m plena Capital Nacional do Petróleo o progresso parece ainda chegar de maneira lenta para mi- lhares de famílias que vivem em condi- ções precárias. Essa semana, o Bairros em Debate vai relatar a situação de duas comunidades de Macaé: a Nova Holanda e Nova Esperança que carregam em sua rotina o retrato social que deverá ser mu- dado com investimentos públicos. PÁG. 9 À ESPERA DE DIAS MELHORES Uma sala de aula, trabalho em grupo, muita conversa e troca de opiniões até chegar ao consenso e depois dever de casa. Poderia ser uma aula co- mum se os "alunos" não fos- sem os professores. Eles acei- taram o convite da Odebrecht Ambiental para formarem a primeira turma de educadores a participarem do projeto Li- gado no Ambiente, que conta com o apoio da Secretaria Mu- nicipal de Educação. O objetivo da empresa, responsável pela implantação do sistema de es- gotamento sanitário em Macaé, ao reunir os profissionais de en- sino do Colégio Municipal Ma- ria Letícia dos Santos Carvalho é estimular e apoiar projetos de educação ambiental. PÁG. 7 Entre os dias 07 e 10 de agosto, a cidade vai se transfor- mar no maior e melhor destino gastronômico do estado do Rio de Janeiro. O Festival de Cul- tura e Gastronomia de Macaé, em sua quinta edição terá como tema “Sabores do Mundo”, em alusão ao ano da Copa no Brasil, com 12 restaurantes participan- tes. O evento é realizado pela Associação do Polo Gastronô- mico Praia dos Cavaleiros, em parceria com o Macaé Conven- tion Visitors Bureau (Macaé CVB). Cada estabelecimento vai interpretar o tema à sua manei- ra, mantendo sua tradição e seu diferencial. Opções não faltam para os visitantes do festival, que já é tradição do município. CAD.2 PÁG. 5 POLÍCIA ESPORTE KANÁ MANHÃES Produtos da Copa também estão em promoção Segurança voltada para a Malvinas Camisas da seleção em liquidação nas lojas Comunidade foi alvo nesta semana de operação da Polícia Militar PÁG.5 Após o quarto lugar na Copa do Mundo, camisa oficial encalha nas lojas PÁG. 13 WANDERLEY GIL Presença de facção do crime organizado na comunidade gera confrontos com a polícia ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 27º C Mínima 15º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) GERAL EDUCAÇÃO POLÍCIA GERAL Macaense convocado no concurso do IFF Cemal Treinamentos oferece vagas Presos com droga no Morro de São Jorge Mercado abre vagas para setor offshore Rafael Ramos ficou em 1º lugar em processo seletivo PÁG. 7 Oportunidades são para cursos técnicos em várias áreas PÁG. 8 Suspeitos foram encaminhados para a delegacia PÁG. 5 Candidatos devem procurar a Central do Trabalhador PÁG. 12 GERAL GASTRONOMIA BAIRROS EM DEBATE Projeto Ambiental reúne docentes Festival promove cultura e sabores O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 Ano XXXIX, Nº 8453 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO WANDERLEY GIL ETE CENTRAL GARANTIRÁ TRATAMENTO DE EFLUENTES GERAL, PÁG.8 MOBILIDADE VAI INSTALAR ABRIGOS EM PONTOS GERAL, PÁG.6 BRINQUEDOS ANTIGOS EM EXPOSIÇÃO NA PRAÇA CADERNO DOIS, CAPA

Noticiário 20 07 14

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Page 1: Noticiário 20 07 14

Logística ajudará Macaé a reescrever históriaMunicípio deve garantir importância dentro do novo ciclo do petróleo

Obras são realizadas para mudar a vida dos moradores de comunidades

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

Município vive momento decisivo para se manter como base estratégica para o futuro da produção do petróleo e gás no país

Pavimentação de ruas faz parte da lista de serviços ainda aguardados pelos moradores das duas comunidades

Após quase quatro déca-das como referência nacional, e destaque mundial, nas ativi-dades relativas à produção e

exploração do petróleo, Macaé passa por momento decisivo em meio a projeções para o futuro da indústria o�shore. PÁG. 3

Em plena Capital Nacional do Petróleo o progresso parece ainda chegar de maneira lenta para mi-

lhares de famílias que vivem em condi-ções precárias. Essa semana, o Bairros

em Debate vai relatar a situação de duas comunidades de Macaé: a Nova Holanda e Nova Esperança que carregam em sua rotina o retrato social que deverá ser mu-dado com investimentos públicos. PÁG. 9

À ESPERA DE DIAS MELHORES

Uma sala de aula, trabalho em grupo, muita conversa e troca de opiniões até chegar ao consenso e depois dever de casa. Poderia ser uma aula co-mum se os "alunos" não fos-sem os professores. Eles acei-taram o convite da Odebrecht Ambiental para formarem a primeira turma de educadores a participarem do projeto Li-gado no Ambiente, que conta com o apoio da Secretaria Mu-nicipal de Educação. O objetivo da empresa, responsável pela implantação do sistema de es-gotamento sanitário em Macaé, ao reunir os profissionais de en-sino do Colégio Municipal Ma-ria Letícia dos Santos Carvalho é estimular e apoiar projetos de educação ambiental. PÁG. 7

Entre os dias 07 e 10 de agosto, a cidade vai se transfor-mar no maior e melhor destino gastronômico do estado do Rio de Janeiro. O Festival de Cul-tura e Gastronomia de Macaé, em sua quinta edição terá como tema “Sabores do Mundo”, em alusão ao ano da Copa no Brasil, com 12 restaurantes participan-tes. O evento é realizado pela Associação do Polo Gastronô-mico Praia dos Cavaleiros, em parceria com o Macaé Conven-tion Visitors Bureau (Macaé CVB). Cada estabelecimento vai interpretar o tema à sua manei-ra, mantendo sua tradição e seu diferencial. Opções não faltam para os visitantes do festival, que já é tradição do município. CAD.2 PÁG. 5

POLÍCIA ESPORTEKANÁ MANHÃES

Produtos da Copa também estão em promoção

Segurança voltada para a Malvinas

Camisas da seleção em liquidação nas lojas

Comunidade foi alvo nesta semana de operação da Polícia Militar PÁG.5

Após o quarto lugar na Copa do Mundo, camisa oficial encalha nas lojas PÁG. 13

WANDERLEY GIL

Presença de facção do crime organizado na comunidade gera confrontos com a polícia

ÍNDICE

TEMPOEDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 27º CMínima 15º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL EDUCAÇÃO POLÍCIA GERAL

Macaense convocado no concurso do IFF

Cemal Treinamentos oferece vagas

Presos com droga no Morro de São Jorge

Mercado abre vagas para setor offshore

Rafael Ramos ficou em 1º lugar em processo seletivo PÁG. 7

Oportunidades são para cursos técnicos em várias áreas PÁG. 8

Suspeitos foram encaminhados para a delegacia PÁG. 5

Candidatos devem procurar a Central do Trabalhador PÁG. 12

GERAL GASTRONOMIABAIRROS EM DEBATE

Projeto Ambiental reúne docentes

Festival promove cultura e sabores

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014Ano XXXIX, Nº 8453Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃOWANDERLEY GIL

ETE CENTRAL GARANTIRÁ TRATAMENTO DE EFLUENTESGERAL, PÁG.8

MOBILIDADE VAI INSTALAR ABRIGOS EM PONTOSGERAL, PÁG.6

BRINQUEDOS ANTIGOS EM EXPOSIÇÃO NA PRAÇACADERNO DOIS, CAPA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

CidadeEDIÇÃO: 232 PUBLICAÇÃO: 07 DE MARÇO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Canteiro gera riscos

Tepor cumpre nova fase de consolidação em audiência

Motoristas que trafegam diariamente pela RJ 106 (Ro-dovia Amaral Peixoto), con-vivem, com frequência, com acidentes em determinados trechos da rodovia.

Na avaliação de muitos, o ponto mais crítico está loca-lizado no km 181, próximo ao Atacadão. No local, um canteiro central confunde os motoristas, principalmente no período noturno.

A sinalização precária, bem como iluminação ina-dequada, são dois fatores que estão contribuindo com acidentes graves no trecho.

As dezenas de perguntas apresentadas, assim como a participação de mais de 40 pessoas que se pronunciaram durante a audiência pública reali-zada por mais de seis horas pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), no Centro de Convenções Jornalista Roberto

Marinho, marcaram a nova fase cumprida pelo projeto do Termi-nal Portuário de Macaé (Tepor), para a sua viabilização. A parti-cipação do público presente foi o principal apoio alcançado pelo empreendimento, que segue a fase de licenciamento ambiental, através das avaliações da CECA.

Avanço na logística depende de duplicação

Ao viver atualmente uma fase de mobilização na busca pela consolidação de projetos essenciais ao futuro da indús-tria do petróleo, Macaé ainda possui expectativas para a via-bilização de um processo es-sencial à dinâmica de atuação do segmento o�shore.

NOTA

Aroeira conquista o título dePentacampeã do carnaval

Conquistando 522 pontos da Comissão Julgadora, formada por Ilclemar Nunes (Diretor de TV), Ruth Nezek (Assessora de Imprensa do SNT); Sérgio Ca-dieri Lume (jornalista); Marcos Weber (músico); Ro-berto Jeferson (advogado); Camilo Bevilaqua (ator); e Werson Franco (TV Silvio Santos); a Escola de Sam-ba Acadêmicos da Aroeira, que tem como presidente o Vereador Malvino Orbílio de Lima, conquistou o tí-tulo máximo e é pentacampeã do carnaval macaense.

Olinto Bordallo eleitoPresidente da Câmara

Por nove votos contra oito, o Vereador Antonio Olinto Bordallo (PTB) foi eleito Presidente da Câ-mara Municipal de Macaé, em sessão das mais agi-tadas e tensas, devido a suspensão dos trabalhos e confabulações políticas a todo instante. A votação só foi realizada nos primeiros minutos da madruga-da de quinta-feira e, imediatamente proclamado o resultado, foram empossados os membros da nova Mesa Diretora, tendo como Vice-Presidente o Verea-dor Adyr Luiz de Schueller, 1º Secretário Teodomiro Bittencourt Filho, 2º Secretário Waltair Fernandes Pinto, todos do Partido Popular (PP).

Prefeito de Macaé defende a Petrobras

Em carta dirigida ao Jornal do Brasil e publicada na seção correspondente na edição do dia 4 deste mês, após destacar a passagem do 26º aniversário do lançamento do livro “O Que Você Sabe sobre o Petróleo”, de autoria de Godim da Fonseca, o Prefeito Carlos Mussi, diante das críticas que no momento vêm sendo dirigidas à Petrobras, resolveu prestar seu testemunho “para lembrar que, na Bacia de Campos, trabalhando sob severas condições de mar, e uma distância de 110 km do continente, perfurando em águas cuja profundidade, em alguns casos já atinge

300 metros, os técnicos e operários da Petrobras já conseguiram descobrir os Campos de Garoupa, Namorado, Enchova, Badejo, Bagre, Pampo, Pargo, Cherne e Corvina, com reservas recuperáveis de quase 650 milhões de barris.”

Mais adiante, afirma o Prefeito: “Os sistemas an-tecipados de produção já permitem a extração de 64 mil barris/dia, cerca de 30% da produção nacional.

Petrobras abre inscriçõespara processos seletivos

O Distrito de Produção do Sudeste da Petrobras, situado na Ponta de Imbetiba, abre a partir de segun-da-feira, dia 9, indo até o dia 12, inscrições para dois processos seletivos objetivando recrutar candidatos para os cargos de eletricista e mecânico, operador de movimentação de cargas (operador de guindastes, tratores e máquinas móveis).

Como parte das comemorações dos 201 anos de Macaé, será reinaugurada, na próxima sexta-feira (25), às 17h, a Unidade Básica de Saúde (UBS), de São José do Barreto

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 3

PolíticaPONTODE VISTA

Encerradas as convenções que homologaram as can-didaturas para as eleições de outubro deste ano.

As mais de mil pessoas que compareceram à audiência públi-ca convocada pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, realizada no Centro de Convenções Jornalista Roberto Ma-rinho (Macaé Centro), dia 16.

Se o cidadão tem uma profissão mas não consegue resultados capazes de manter seu “status quo” sem engajar na política, fica demonstrado que depois do poder ele enricou e quer então manter o cargo político. Não é à toa que muitos fichas-sujas tentam a custos elevados e pagando (???) ótimos advogados, continuar roendo até o osso. E quando acabar o dinheiro?

Quem pensa que a internet é um espaço livre para atingir as pessoas, utilizando as redes sociais como faceboock ,twiter ou outro canal, pode colocar a barba de molho. Um episódio ocorrido não ficou sem resposta e vai caber à Justiça decidir. Quem se sentia todo poderoso escondido com absurdas manifestações, vai esta semana enfrentar o resultado do mesmo veneno.

Até domingo

O “metrô” do governo passado que não andou na linha, vai ter outro destino. Mas Dr. Aluízio já tem planos para que a Mobilidade Urbana consiga projetar o aproveitamento de toda a extensão da linha férrea que corta o município, com pé no chão e colocar o trem na linha para andar. O projeto futuro é bem objetivo e não terá apelo de campanha política para aparecer bem na fita.

De olho no eleitor

Tudo pelo porto

E a nível nacional colocadas várias opções, das quais, três de-las - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Cam-pos (PSB) - consideradas as mais capazes de disputar o cargo de Presidente da República, toda a atenção dos brasileiros e brasi-leiras vai se voltando para as in-formações políticas. E, tenham certeza, vai ser uma verdadeira guerra, principalmente agora quando a internet se tornou ter-ritório livre (não tão livre como muitos podem pensar e fazer de-la uma arma), e os mais ousados vão mesmo tentar burlar a jus-tiça para conseguir atingir o ob-jetivo que é a eleição. Enquanto os partidos coligados começam o alinhamento para fortalecer as bases, alguns traindo princí-pios fundamentais para a lisura de um pleito de tamanha im-portância, a briga de bastidores não consegue ficar escondida e como o vento as informações vão sendo propagadas. Ainda é cedo para definir a situação que começa a ganhar notoriedade, principalmente pelo fato de estarem os institutos iniciando com mais velocidade pesquisas de campo para cientificamen-te saber qual a preferência do

eleitor. Pelo menos, e como muitos analistas perceberam, a Copa das Copas além de não ter rendido dividendos políticos para o governo, demonstram os números que a população quer mesmo mudanças e conheci-dos esta semana os primeiros resultados, a indicação inicial é de que, no mínimo, haverá a disputa no segundo turno das eleições, quando a presidente Dilma Rousseff tecnicamen-te empata com Aécio Neves e bem próximo também Eduar-do Campos, cacifado por Marina Silva. A nível estadual, o gover-nador Pezão, que começou com 4% das intenções de voto no início do ano, já subiu para 14% enquanto Garotinho e Crivela dividindo os votos evangélicos estão empatados com 24% cada e Lindbergh Farias com 12%. Ou seja, os três palanques da presi-dente tendem a cair à medida que Pezão colocar o pé na estra-da com o movimento “Aezão” e também na propaganda eleito-ral gratuita, igual a Dilma, com maior tempo na tevê, no rádio, nos 45 dias finais da campanha, apertar o pé no acelerador. Isso é análise dos cientistas políticos e sociais.

Para debater se a população se interessa em implantar ou não o terminal portuário em São José do Barreto, foi uma mani-festação das mais acirradas nas mais de seis horas em que todos disputaram o espaço e o tempo para apresentar suas razões e contrarrazões. Só que, diferen-te da audiência anterior, desta vez os personagens principais para esclarecer as dúvidas per-maneceram no local e não ficou pergunta sem resposta. Todos, evidentemente, desejam que o meio ambiente seja preservado. E as condicionantes colocadas ante os representantes dos dife-rentes órgãos responsáveis que vão analisar todas as perguntas e respostas parecem ter atendido plenamente as exigências e, gra-ças às reuniões realizadas com a sociedade civil mobilizada, ves-tindo a camisa pelo desenvolvi-mento sustentável, portando faixas e adesivos “Sô Porto”, subs-tituíram os cartazes anteriores de Xô Porto. Foi um belo exemplo da prática democrática, apesar de alguns radicais tentarem tu-

multuar o ambiente. Aliás, há muito tempo não se via em Ma-caé uma mobilização tão intensa para debater uma questão tão importante. Todos sabem - e isto já foi amplamente divulgado e ex-plicado - que a não instalação do terminal portuário, poderá levar o município a um esvaziamento econômico, como ocorreu há pouco após a transferência da Unidade Operacional Rio da Pe-trobras, para a capital do Estado. Várias empresas mudaram suas bases, a inadimplência atingiu o mercado e o desemprego em al-guns setores levou preocupação às autoridades. A Firjan, o CDL, a ACIM, Abespetro, RedePetro, IADC, outras instituições impor-tantes, estudantes, representan-tes de associações de moradores que fizeram questão de aparecer na fita em favor do porto, deram seus recados. E os milhares de macaenses nativos e os aqui radi-cados sabem muito bem que sem o terminal portuário, ficaremos a ver navios. Por essas e outras ra-zões, todos estão fazendo o dever de casa: tudo pelo porto.

PONTADA

PROJEÇÃO

Logística ajudará Macaé a reescrever sua históriaDiante de um novo ciclo na era do petróleo, município possui posição estratégica para manter em alta índices econômicos e sociaisMárcio [email protected]

A posição geográfica e a ex-periência adquirida pela indústria do petróleo, ao

longo dos quase 40 anos de ati-vidades conduzidas pela Petro-bras na prospecção de petróleo nas reservas da Bacia de Cam-pos, garantem a Macaé a opor-tunidade de escrever uma nova história dentro da sua principal vocação econômica, com base nas projeções da companhia, esperadas para a exploração e produção das reservas do pré-sal, nos próximos anos.

Com base nessas estimati-vas, a indústria offshore local, representada pela Comissão Municipal da Firjan e a Asso-ciação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), defende um planejamento de ações assu-midas também pelo governo municipal, através do Fundo Municipal de Desenvolvimen-to Econômico (Fumdec), e a In-dústria e Comércio, ao seguir as oscilações do mercado o§shore no país, que se adequa dentro das demandas apresentadas pelo setor.

Dentro dessa união de forças para planejar Macaé para o fu-turo, surge a defesa integrada pela consolidação do Terminal Portuário de Macaé, o Tepor, projeto apresentado como al-ternativa para duas situações distintas que colocam em risco o futuro econômico e social da cidade, reconhecida, nas úl-timas quatro décadas como a Capital Nacional do Petróleo: a migração da cadeia produtiva do petróleo diante da demanda de logística o§shore, e o enges-samento na aplicação dos recur-sos dos royalties, a partir do no-vo sistema de partilha definido

pelo governo federal, junto ao Congresso Nacional.

Assim como ocorreu com a escolha da Petrobras, há mais de 35 anos, para a instalação do seu primeiro terminal marítimo de apoio às atividades na Bacia de Campos, a posição geográfi-ca de Macaé em relação a parte norte da Bacia de Santos, onde está situado o Campo de Libra, que detém a maior reserva do pré-sal descoberta nos últimos anos no país, coloca o municí-pio em posição de destaque nas projeções futuras da Petrobras.

Os dois aspectos fundamen-

tais - indústria do petróleo e a localização geográfica - também foram levados em consideração na escolha do município, entre 17 pontos identificados no tre-cho do litoral do Espírito Santo e de São Paulo, para receber os R$ 1,5 bilhão em investimentos previstos para a construção do Tepor, projeto criado dentro das projeções apontadas para o país ampliar a sua participação na produção da principal matriz energética mundial.

Porém, como destaca o seg-mento o§shore, a logística, e a concorrência com outras cida-

des, seguem como o principal "Calcanhar de Aquiles" para Macaé, representando assim um ponto decisivo para a parti-cipação da cidade dentro da di-nâmica do petróleo pelos pró-ximos anos, e a retenção de to-dos os benefícios gerados pela atividade, presentes na rotina dos mais de 200 mil morado-res da cidade, assim como das cerca de 100 mil pessoas que possuem ligação com o muni-cípio, seja através de emprego, seja pela participação nos ne-gócios gerados pela indústria do petróleo.

KANÁ MANHÃES

Debate sobre licenciamento marcou segunda audiência pública sobre o projeto do Tepor

Potencial está na cidadeMais que uma questão de identidade com a cidade, a de-fesa da indústria o§shore pelo planejamento futuro do mu-nicípio está diretamente liga-do aos efeitos já sentidos pelo segmento do petróleo em Ma-caé nos últimos meses, dentro da mudança de estratégia de investimentos da Petrobras, focada em dobrar a produção de petróleo, de 2 milhões de barris de petróleo por dia, para 4,2 bilhões de barris, dentro dos próximos seis anos.

Porém, a expertise da in-dústria nas atividades de ex-ploração será primordial para as demandas necessárias ao apoio operacional previsto pa-ra o pré-sal. A grande questão é garantir o caminho necessário entre a gama de produtos e ser-viços projetados pelo arranjo produtivo local e as unidades de exploração e produção que passarão a atuar no eixo entre as Bacias de Campos e de Santos.

A resposta para Macaé volta a ser a construção de um novo terminal portuário, específico para atender a logística. O pro-jeto, o Tepor, já existe e passa atualmente pelo processo de licenciamento ambiental.

"Macaé tem hoje a oportuni-dade de reescrever a história da sua vocação econômica, corri-gindo as falhas do passado ao planejar um projeto que possui tecnologia e que é construído com a contribuição do setor que promoveu, nesses quase 40 anos, todo o conhecimento que torna o país hoje uma potência na produção do petróleo", afir-

mou Francisco Navega, mem-bro da Comissão Municipal da Firjan, e que conduziu os primeiros passos, à frente do Fundo Municipal de Desenvol-vimento Econômico, necessá-rios à consolidação do Terminal Portuário de Macaé.

"Esse é o caminho para a in-dústria, para o governo munici-pal e para toda a nossa socieda-de", completou Navega.

Considerado também como um especialista no mercado do petróleo, Navega aponta duas projeções relativas à construção de um novo terminal portuário de Macaé.

"Com o Tepor, Macaé seguirá gerando emprego, fomentando todas os setores da sua econo-mia, estimulando o conheci-mento científico e tecnológico sobre o petróleo. Sem o porto, o cenário será totalmente inver-so", apontou Navega.

KANÁ MANHÃES

Francisco Navega

Efeitos para a populaçãoPresente em todos os se-tores envolvidos na dinâmica econômica e social da cidade, o segmento o§shore tornou-se também, ao longo dos últimos anos, a mola propulsora para a qualidade de vida da popula-ção, que passa a compreender e a participar do planejamento futuro do setor.

Com base nesse entendimen-to, o governo municipal reco-nhece também a importância de projetar a cidade dentro das demandas futuras previstas pe-lo segmento do petróleo, sem deixar de primar pela constru-ção do município dentro do per-fil da sua vocação econômica.

"O porto tornou-se um pro-jeto do governo não apenas pelo potencial de geração de recursos, mas sim por ser uma peça fundamental na constru-ção de uma cidade com melhor qualidade de vida para seus

moradores. O governo enten-de esse momento desta forma. Ninguém quer um progresso a qualquer preço, que gere danos ambientais ou sociais. Já vive-mos isso hoje na realidade do município. Buscamos dar um novo passo para corrigir estas falhas do passado", apontou Vandré Guimarães, presidente do Fundo Municipal de Desen-volvimento Econômico (Fum-dec), e gestor do setor da Indús-tria e Comércio municipal.

Emprego, alto poder aquisiti-vo, estímulo ao conhecimento, projeção do progresso da cida-de, avanços nos desafios ligados à rotina da população, esses são os ganhos projetados para o município dentro da estimati-va relativa ao novo momento vivido hoje pela indústria do pe-tróleo, cujos caminhos poderão levar Macaé a um novo patamar no cenário mundial.

KANÁ MANHÃES

População aposta em avanços nos indicadores sociais

Vandré Guimarães é presidente do Fumdec e gestor da Indústria e Comércio na prefeitura

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

É interessante acompanhar a história de evolução do processo de arrecadação dos recursos públicos de Macaé.

Realizada nesta semana, a audiência pública sobre o projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) foi histórica por registrar a participação de representantes de vários segmentos da sociedade macaense. Os debates contribuíram para que o empreendimento possa ser realizado dentro das medidas técnicas necessárias a tornar a sua operação sustentável, promovendo o atendimento à demanda da indústria do petróleo, e cumprindo com medidas que amenizam os impactos previstos ao meio ambiente e a rotina dos moradores dos bairros da área de influência do terminal.

O interesse particular de D. Pedro II o impeliu a inaugu-rar a figura do Mecenas na história da Arqueologia Brasi-leira, impulsionando institucionalização das pesquisas.

Evolução dos recursos

O Crânio de Macaé: um Mistério Nunca Esclarecido

Mais importante é identi-ficar que, ao contribuir com a maior parte das receitas ge-radas pelos cofres públicos, a indústria precisa ter suas demandas atendidas, o que ainda é uma dívida que pode começar a ser paga.

Como nenhuma outra cida-de do país, Macaé conseguiu dobrar a sua capacidade de acumular receitas graças a expansão e a diversificação do processo produtivo do petró-leo. Em uma escala de 10 anos, o município garantiu duas fontes distintas que sofreram, dentro desse período, uma virada orçamentária também histórica. Mas que não garan-tiu os avanços esperados pelo principal setor responsável.

Assim como ocorre hoje com cidades como Rio das Os-tras e Quissamã, há cerca de 10 anos o orçamento munici-pal era pautado pelos recur-sos oriundos pela exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos. Os royalties e a Participação Especial cor-respondiam a mais de 70% do total das receitas acumuladas, o que dificultava a previsão e planejamento, e que dependia do olhar visionário dos seus gestores públicos para trans-formar o petróleo em saúde, educação, transporte, mobili-dade e segurança pública.

Dentro de uma visão estraté-gica, e sem precedentes, Macaé

precisou desenvolver também um sistema tributário capaz de transformar em riquezas a presença maciça da indústria o�shore, principal geradora de oportunidades de emprego, e que impulsionava outros dois setores importantes de sua economia: a construção civil e o comércio local.

Alcançando os maiores ín-dices de base, a cobrança pelas operações e atividades pro-movidas em todos os parques industriais, canteiros de obras e balcões de loja reformulou a estratégia de arrecadação do município alcançando a dian-teira, e com folga, no percentu-al de arrecadação.

Hoje, o acúmulo das receitas do Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Predial Territorial Ur-bano (IPTU), Imposto sobre a Transferência de Bens Imóveis (ITBI), além de outras taxas, correspondem a mais de 75% do total das receitas municipais.

A chamada receita própria ampliou também a base de investimentos que devem ser aplicados em saúde (15%) e educação (25%), conforme determinação da Constituição.

As empresas que atuam como fornecedoras da cadeia o�shore, empresários que in-vestem na construção civil, e proprietários de lojas torna-ram-se os principais mentores do que se conhece hoje como a Capital Nacional do Petróleo.

Através do Museu Nacional do Rio de Janeiro surgiram as primeiras publicações em sé-rie revelando descobertas de notoriedade singular como as cerâmicas Marajoara e Santa-rém, bem como as esculturas em pedra polida dos sambaquis (zoólitos).

A publicação de Ladisláu Net-to, emissário do Museu Nacio-nal do Rio de Janeiro, é datada de 1877 e noticia a descoberta de um pequeno crânio com ca-lota superior muito espessa. O local do achado é um conjunto de pequenas grutas situadas no interior das terras da Fazenda Bomfim. A gruta de maior des-taque em descobertas era deno-minada Babylonia.

O pioneiro da Arqueologia em Macaé, ciente da importância do achado, enviou o crânio de Macaé aos eminentes profes-sores Armand de Quatrefages e Wirchow, cujas vidas foram dedicadas à elucidação da an-tiguidade do Homem na Terra, tornando a Pré-história maca-ense conhecida nas altas rodas da academia científica europeia.

O crânio de Macaé (crânio nº 8 da coleção do Museu), como ficou conhecido, possuía ele-mentos que o aproximava aos crânios encontrados na região de Lagoa Santa. Naquele perí-odo, Lagoa Santa detinha as os-sadas mais antigas encontradas no Brasil, destacando-se entre os sítios arqueológicos mais im-portantes da América.

Os crânios mais antigos pos-suíam paredes (calotas) muito espessas, eram mais alongados

e com menores proporções, sen-do denominados dolicocéfalos. Os crânios de populações mais recentes eram menos alonga-dos, com paredes mais finas e maiores. Estes últimos eram típicos dos esqueletos encon-trados nos sambaquis da costa brasileira. Naquele momento surgem duas “raças” indígenas de povoadores pré-históricos: a “raça dos sambaquis” (braqui-céfalos) e a “raça de Lagoa San-ta” (dolicocéfalos).

Macaé possuiu, no passado, diversos sambaquis onde es-queletos humanos completos foram escavados. Infelizmente, o crânio das serras de Macaé e os crânios dos sambaquis nunca foram estudados em conjunto, de forma a permitir a caracteri-zação dos povoadores originais de Macaé. Ao que a descoberta de Babylonia indica, a região serrana possui antiguidade ainda maior que a atualmente estimada.

A Capital Nacional do Petró-leo detém uma história muito rica e repleta de preciosas des-cobertas e dúvidas que perma-necem sem explicação. Quão antigo é o povoamento de Ma-caé? Quem são as populações in-dígenas que aqui habitaram? De onde teriam vindo e para onde migraram? Estas são questões que apenas novas escavações ar-queológicas podem responder.

Gustavo Peretti Wagner - Diretor de Projetos Socioeco-nômicos (FUMDEC - Prefeitura de Macaé). Arqueólogo e Histo-riador, Dr.

WA

ND

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Y G

IL

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITOR Telefones úteis

POLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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NOTA

PartidaA publicação da lei 4.058/2018, feita pelo go-verno municipal na quinta-feira passada, dia 17, registra mais um passo no processo de partida das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Macaé em direção ao Rio de Janeiro. A lei regulamenta, oficializa e torna pú-blica a proposta de alienação dos trens, adqui-ridos no governo passado. Em contrapartida, Macaé receberá R$ 15 milhões do governo do Estado, que serão aplicados na construção da Estrada Santa Tereza.

LogísticaA equipe da secretaria estadual de Transporte promoveu, nesta semana, em Macaé, um ciclo de encontros relativos à elaboração do Plano Estadual de Logística de Cargas (PELC) que prevê a realização de projetos voltados a fo-mentar a logística industrial pelos próximos 40 anos. As demandas do Aeroporto de Macaé, assim como a sua capacidade de receber car-gas, foram inseridas no estudo que registrou também a dinâmica da Mobilidade Urbana da cidade, junto a prefeitura.

DedicaçãoO superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Batista dos Santos Filho, comemorará 33 anos de trabalhos e dedicação junto a In-fraero. Um dos primeiros funcionários a atuar na base macaense, hoje Hélio segue à fren-te da gestão de uma das principais bases de apoio à logística offshore da indústria do pe-tróleo nacional, além de assumir com orgulho a posição de cidadão macaense, contribuindo com o desenvolvimento da cidade.

Nova pistaE falando em Aeroporto, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Aristóteles Cliton da Silva Santos, se-gue em contato com a Secretaria de Aviação Civil, da presidência da República, com obje-tivo de acompanhar a viabilização do projeto de construção de uma nova pista de pouso e decolagem na base macaense. O apoio da Associação é fundamental para que Macaé possa contar com a expansão do serviço de voos comerciais na cidade.

VendasO comércio busca na força das liquidações a oportunidade de aumentar os lucros não registrados ao longo dos últimos 30 dias, no período da Copa do Mundo. Com os horários alterados, em função dos jogos da seleção brasileira, que interferiu até mesmo na comemoração do Dia dos Namorados neste ano, a redução dos preços e o paga-mento estendido são opções para atrair os consumidores, que têm aproveitado boas oportunidades.

AbrigosA secretaria municipal de Mobilidade Urbana, com o apoio das secretarias de Obras e Limpeza Pública, dá sequência ao trabalho de implantação de novos abrigos de pontos de ônibus espalha-dos em vários pontos da cidade. Cerca de 170 estruturas deverão ser implantadas em Macaé até outubro deste ano, garantindo maior conforto aos usuários. O pacote de investimentos prevê tam-bém a implantação de quatro abrigos em locais de maior circulação de passageiros.

TráfegoA rotina dos macaenses que seguem em dire-ção ao Rio de Janeiro ainda é de transtornos, em função do intenso fluxo na BR 101. Como a extensão da rodovia, situada entre Macaé e Rio Bonito ainda não foi duplicada, veículos de passeio seguem o tráfego conduzido, em sua maior parte, por carretas que promovem a logística da indústria fluminense. Constantes acidentes e as obras de duplicação realizadas em alguns pontos também tornam a viagem ainda mais longa.

SegurançaTem se tornado ainda mais frequente o regis-tro de abordagem de bandidos a pessoas que circulam em diversos pontos da região central de Macaé, diariamente. Casos de assaltos a pedestres e arrombamento de veículos são fre-quentes, o que requer um maior policiamento em regiões como a Imbetiba, e vias situadas na área de atuação do comércio da cidade. Muitas vítimas deixam de fazer o registro da ocorrência devido a dificuldade no acesso aos sistemas da Polícia Civil.

IndústriaA subsecretaria municipal de Ciência e Tecnolo-gia, dentro da proposta de viabilização do Parque Científico e Tecnológico de Macaé, promoverá no próximo dia 31, às 14h, no auditório do Senai Ma-caé, uma apresentação das demandas e desafios tecnológicos referentes à exploração e produção petrolífera na Bacia de Campos. Os dados serão abordados por representante da Petrobras, e con-tribuirá com informações sobre o planejamento da estatal para a atividade nos próximos anos.

Secretaria de Trabalho e Renda oferece 630 vagas para área offshore. Interessados em se cadastrar para uma das vagas deverão procurar a Central do Trabalhador de Macaé, de segunda a sexta-feira

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 5

PolíciaMALVINAS

Moradores da comunidade temem recomeço de confrontosSem revelar identidade com medo de represálias, moradores comentaram momentos de pânico na quinta-feira (17)

daniela [email protected]

A noite da última quinta-feira (17) assustou mo-radores da comunidade

Malvinas, depois que policiais militares foram recebidos a ti-ros por traficantes, que estariam escondidos no mangue. Dois morreram e outros dois foram baleados e seguem internados no HPM (Hospital Público Mu-nicipal) de Macaé, entre eles, um menor de 17 anos.

Foi a primeira troca de tiros intensa depois da pacificação, em 29 de maio, quando a comu-nidade ganhou um novo Módu-lo de Polícia Pacificadora.

O mangue, que corta as co-munidades Malvinas e Nova Holanda, tem servido de redu-to para traficantes. Na última quinta-feira, o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Ramiro Campos, declarou que possivelmente, autores dos dis-paros que mataram "Limão" no início da tarde da última segun-da-feira (14), nas proximidades do Supermercado Extra, no Centro, estariam escondidos no local e teriam participado da troca de tiros.

Na sexta-feira (18), o clima continuava tenso na Malvinas. Moradores chegaram a relatar que um terceiro envolvido na troca de tiros, conhecido como Jacaré, teria sido morto depois de ser baleado na cabeça, o que não foi confirmado pela Polícia Militar.

O comando confirmou a mor-te de dois traficantes, conforme divulgado na edição de sábado (18).

Também na sexta-feira, mo-radores relataram que poucas viaturas circularam pela co-munidade e que até mesmo toque de recolher foi imposto pelo tráfico de drogas, com fe-chamento do comércio e até do Posto de Saúde, o que também

não foi confirmado pela polícia.Logos após o confronto de

quinta-feira, o comandante da PM de Macaé, tenente-coronel Ramiro Campos, anunciou o re-forço no policiamento em todas as comunidades do município, com policiais das outras cidades abrangidas pelo 32º BPM: Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Quissamã, Carapebus e Concei-ção de Macabu, e que viaturas efetuaram patrulhamento du-rante toda a madrugada de sex-

WANDERLEY GIL

Vista geral da comunidade Malvinas, que foi palco do primeiro confronto intenso entre policiais e traficantes na noite da última quinta-feira, pois da pacificação em maio

ta-feira. Segundo ele, a operação será por tempo indeterminado.

O Jornal O DEBATE teve acesso às fotografias dos dois traficantes mortos, Dionatan Cruz Maia, de 19 anos, o "Bofi-nho", e Leandro Borges Vanve-ler, 22 anos, de Carapebus. Mas pelas fortes imagens, não serão publicadas. A foto da suposta terceira morte não foi divulga-da.

Na última sexta-feira (18), o comando da PM afirmou que

oficialmente foram dois mortos e dois baleados, que seguem in-ternados sob custódia policial no HPM.

A reportagem de O DEBATE, na sexta-feira, tentou conver-sar com moradores da Malvi-nas. Com medo de represálias de traficantes, preferem não se pronunciar sobre o confronto de quinta-feira, principalmen-te sobre as duas mortes. Ape-nas uma dona de casa que reve-lou somente a idade, 52 anos,

disse que teme que os tiroteios voltem a ser rotina na comu-nidade, que estava calma. "Eu fiquei muito assustada com o tiroteio de quinta-feira, foram muitos tiros. Desde quando a comunidade foi pacificada, não tinha mais ouvido tiros assim. Espero que isso não vire rotina aqui novamente", explanou.

Um outro morador, que também negou se identificar, disse que a polícia só reagiu

porque foi recebida a tiros. "Os dois morreram de forma violenta, sim, mas acho que a polícia fez o papel dela. Ou eles ou os policiais ou nós, mo-radores de bem. Então espero que os confrontos não voltem a ser rotina aqui na comunidade”.

Ramiro Campos afirmou que, além de aumentar o policia-mento nas comunidades, a PM pretende evitar qualquer tipo de manifestação de populares contra ações policiais.

Depois de confronto em que dois morreram, polícia apreende fuzis e pistola na Malvinas

NOTA

Polícia prende dois no Morro São JorgeTRÁFICO

dois homens foram pre-sos em flagrante por tráfico de drogas no fim da tarde da últi-ma sexta-feira (18), no Morro de São Jorge.

Homens do GAT (Grupo de Ações Táticas) I e II, do 32º

Foram encontradas oito pedras de crack e 56 papelotes de cocaína

BPM, encontravam-se em pa-trulhamento pela comunidade, quando avistaram dois homens em atitudes suspeitas. Ao per-ceberem que seriam abordados, tentaram fugir, mas acabaram sendo presos.

Após revista, os policiais encontraram com Júlio Ce-zar Feliciano dos Santos, de 18 anos, oito pedras de crack. Com Diego Santos Silva, de 19 anos, foram encontrados

DIVULGAÇÃO/POLÍCIA MILITAR

Papelotes de cocaína, pedras de crack e dinheiro apreendidos com suspeitos no Morro São Jorge

56 papelotes de cocaína .Segundo a Polícia Militar, am-

bos portavam também R$ 74 em dinheiro.

Os policiais conduziram os suspeitos à 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras, on-de a ocorrência foi registrada. Como a Central de Flagrante funcionou em Rio das Ostras no último final de semana, os suspeitos permanecem presos por tráfico de drogas na 128ª DP.

ARQUIVO

Os suspeitos estão presos na 128ªDP

BR 101A Autopista Fluminense,

concessionária que admi-nistra a rodovia BR 101, in-formou ontem que obras de alargamento da ponte estão sendo executadas no km 0, em Campos dos Goyta-cazes. O fluxo de veículos, segundo a concessionária, segue pelo sistema Pare e Siga. O fluxo de veículos também segue pelo Pare e Siga na altura do km 38, em Campos dos Goytacazes.

No km 142,2, em Carape-bus, a faixa da direita está bloqueada devido à obras de reparo profundo . O fluxo de veículos segue pela faixa da esquerda.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Você sabe a diferença entre calúnia, injúria e difamação?

O crime de injúria

O crime de difamação

Com o avanço das redes sociais, territórios livres de trocas de ideias e embates calorosos, onde uma simples postagem pode ser vista por milhões de pessoas, os crimes contra a honra voltaram a ter destaque no mundo jurídico. Mas poucas pessoas sabem os limites de sua abrangência

e a diferença entre os crimes de calúnia, de injúria e de di-famação.

Muitos os consideram sinô-nimos, mas existem diferen-ças. Neste período eleitoral estes crimes ganham desta-que ainda maior pela troca de acusações entre os candidatos e seus simpatizantes.

Já a injúria, prevista no artigo 140 também do Códi-go Penal, trata-se da ofensa à dignidade ou ao decoro de alguém, e a pena vai de um a seis meses, ou multa. O exem-plo clássico da injúria é insul-tar diretamente alguém com palavras de baixo-calão (xin-gamentos). Mas se a injúria é de ambos, como acontece nos “xingamentos mútuos”, o juiz pode deixar de aplicar a pena.

Caso o elemento desta tipifi-cação tenha conotação de raça, cor, etnia ou condição de pes-soa idosa ou com deficiência, o crime é qualificado e a pena de injúria passa a ser de reclusão de um a três anos e multa.

As penas podem ser aumen-

tadas de um terçoEm qualquer dos casos, seja

injúria, calúnia ou difamação, as penas podem ser aumenta-das de um terço, caso os cri-mes sejam cometidos contra o Presidente da República, Chefe de Governo Estrangei-ro ou funcionário público no exercício da função.

Sofre o mesmo aumen-to quem comete o crime na presença de várias pessoas, ou em meio que facilite a sua propagação, e quando a ofen-sa é contra pessoa maior de 60 anos ou com deficiência.

E se o crime foi praticado mediante pagamento, ou pro-messa de recompensa, a pena pode ser até mesmo duplicada.

O crime de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal, ocorre quando alguém imputa a outra pes-soa um fato ofensivo à sua reputação. A pena a ser aplicada é de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.

Diferentemente do que acon-tece com a calúnia, na difamação a acusação pode falsa ou verdadeira. Basta que o fato noticiado ofenda à honra ou à reputação da vítima e o crime estará configurado. É a for-ma que o Estado encontrou para que reduzir a violência, ainda que

verbal ou escrita.Podemos exemplificar através da-

quele intuito claro de “queimação”, como é o caso de dizer que alguém somente foi promovido porque se insinuou para o seu chefe.

Aqui vale a pena abrir um pa-rêntese importante: se o fato já é de conhecimento público, fartamente noticiado, não se considera que hou-ve a difamação. E, em se tratando de funcionário público no exercício de suas funções, só há difamação se o fato ofensivo for falso.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

O crime de calúniaCalúnia, como tipificada no ar-

tigo 138 do Código Penal, ocorre quando alguém acusa outro da prática de um crime. Sua pena vai de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa. Podemos exem-plificar com uma situação onde alguém afirma que outro roubou ou matou, ou seja, praticou cri-mes previstos no Código Penal.

Neste caso, se a vítima calunia-da ingressar com ação penal, será

possível o que chamamos de “ex-ceção da verdade”, em algumas si-tuações. Significa que, se o acusa-dor provar que a vítima realmente praticou o crime, será absolvido.

É bom ressaltar que àquele que mesmo sabendo tratar-se de fato inverídico, ajudar a propagar a calúnia, como por exemplo com-partilhando postagens falsas em redes sociais, responderá pelo mesmo crime.

SERVIÇO

Mobilidade Urbana inicia instalação de abrigos de ônibus nesta semanaEstruturas irão promover um melhor atendimento a milhares de usuários do sistema de transporte municipal

A Secretaria de Mobilidade Urbana está realizando as intervenções para a

instalação dos novos abrigos e terminais de transferência nos pontos de ônibus da cidade. Ao longo desta semana, foram preparadas as bases para a ins-talação das novas estruturas a partir desta segunda-feira (21). Inicialmente, serão disponibi-lizados 10 novos abrigos e um terminal de transferência, que tem a previsão de instalação até o aniversário da cidade, no dia 29 de julho.

As primeiras paradas escolhi-das para a instalação dos abrigos estão localizadas nos seguin-tes pontos: Rodovia Amaral Peixoto, em frente ao Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, na Barra (sentido Centro); Ro-dovia Amaral Peixoto, no trevo da Cancela Preta, próximo ao Banco Santander (sentido Ca-valeiros); Rodovia Amaral Pei-xoto, em frente a Brasil Center (sentidos Centro e Cavaleiros) e Praça Polivalente, na Rua Jo-sé de Aguiar Moreira, no bairro Costa do Sol (sentido Centro).

Além destes, serão instalados abrigos na Rodovia Amaral Pei-xoto, no Bairro da Glória (senti-do Rio das Ostras); na Rodovia Amaral Peixoto, no Trevo da Galope (sentido Macaé); na

Rodovia Norte-Sul, no acesso ao Vale dos Cristais (sentido Rio das Ostras) e na Praça Luiz Reid, localizada à Avenida Rui Barbosa, no Centro (sentidos Barra de Macaé e Cavaleiros). Já o terminal de transferência será instalado no ponto de para-da da Praça Veríssimo de Melo (sentido Terminal Central).

Além de promover confor-to e segurança aos usuários de transporte coletivo em locais de maior potencial de demanda de passageiros, estes pontos foram definidos a partir de levanta-mentos técnicos que levaram em consideração ainda outros fatores. Entre eles, as questões de espaço urbano, dimensão do passeio de pedestre, as condi-ções da energia nos locais, entre outros.

Estes primeiros dez abrigos possuem 4m de largura por 2,30m de altura e são fabricados em estrutura metálica galvani-zada a fogo (ideal para a atmos-fera marítima de Macaé), com vedação em vidro temperado na traseira e na lateral, além de assentos e caixa de propaganda (MUPI). Um protótipo deste tipo de abrigo já havia sido ins-talado na descida do Viaduto da Avenida Rui Barbosa, próximo ao semáforo do acesso ao bairro Valentina Miranda.

Já o terminal de transferên-cia possui 15m de extensão por 2,60m de largura e 2,75m de altura, com estrutura me-tálica, fechamento frontal em vidro temperado e laminado; fechamento traseiro metálico e fechamento interno em vidro temperado; portas frontais em vidro e portas laterais em aço; telha com isolamento térmico

e sistema de iluminação embu-tido, além de assentos e caixa de propaganda (MUPI), dentre outros dispositivos. Nele, o usu-ário poderá pagar a passagem e já embarcar direto no ônibus.

Ao longo dos próximos meses, a previsão é de que sejam insta-lados outros 160 abrigos e qua-tro terminais de transferência em diversos locais de Macaé.

ASSESSORIA

Estruturas serão implantadas em pontos já definidospelo planejamento da secretaria

REGIÃO

Jamz é a nova atração do Blues Festivalcom 47% do voto popular na final do programa SuperStar, da Rede Globo, a banda Jamz se apresenta na Cidade do Jazz, em Costazul, no dia 8 de agosto, logo após a Orquestra Kuarup. Gran-des nomes da música nacional e internacional estarão na 12ª edi-ção do Festival, que acontece nos dias 8, 9 e 10; 15, 16 e 17 de agosto.

“O jazz e o blues sempre fize-ram parte das nossas influências musicais. É um sonho que vamos realizar tocando no principal palco do maior festival do Brasil do gênero. Poder se apresentar no Rio das Ostras Jazz & Blues Festival é uma honra já que nos-sas maiores referências já passa-ram por ele”, disse o guitarrista Paulinho Oliveira.

No repertório, o vocalista e baixista Will Gordon, o vocalista e tecladista Gustavo Tibo, o ba-terista Pepê Santos e Paulinho mostram canções autorais que irão compor o primeiro disco da banda. O público também vai ou-vir releituras de músicos e bandas que fizeram parte das referências musicais do grupo como Stevie Wonder, Michael Jackson, The Beatles, Ed Motta, entre outros.

Selecionada entre milhares de bandas em todo Brasil, o grupo agradou os jurados do programa SuperStar, Ivete Sangalo, Fábio Jr e Dinho Ouro Preto, e con-quistou o grande público.

Não foi somente a divulgação e visibilidade que deram um salto na carreira da Jamz. Para Pauli-nho Moreira, a participação do grupo no “reality” proporcio-nou aos integrantes encontrar a identidade musical do grupo. “O maior prêmio foi poder en-contrar o som da Jamz. Embora a gente já toque junto há bastan-te tempo, só agora formulamos nosso jeito de fazer música e será com essa nova pegada que o público do Rio das Jazz & Blues Festival se divertirá em nosso show”, relata o guitarrista.

NOTA

Assegurar a frequência escolar. Este é um dos objetivos da Coordenação de Serviço Social da rede municipal de ensino, que adverte a cerca de 200 pais e responsáveis pelos alunos faltosos sobre a importância da permanência do aluno na escola

Hipóteses de exclusãoNão se consideram crimino-

sas as ofensas praticadas em juí-zo, durante uma discussão sobre a causa, por expressa disposição do Estatuto da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), que prevê imunidade profissional ao advogado. O mesmo ocorre com a parte no processo.

Também não se considera crime contra a honra a opinião desfavorável, ou crítica, que fa-zem parte da saudável liberdade de expressão garantida consti-tucionalmente. A não ser que fique evidenciada a intenção

inequívoca de somente injuriar ou difamar.

O funcionário público que no dever ofício tenha que prestar informação depreciativa tam-bém não comete o crime.

A retratação A retratação acontece quando

o acusador se desdiz, ou seja, se retrata, o que poderá extinguir a punibilidade do crime. Mas a retratação só é aceita até a sen-tença, sendo possível nos crimes de calúnia e difamação, e na in-júria quando se tratar de crime de imprensa.

Ação Penal PrivadaAs ações penais para apu-

ração de crimes contra a hon-ra dependem do impulso do ofendido. Caso a vítima se que-de inerte, não haverá qualquer punição ao ofensor.

São consideradas ações penais privadas aquelas onde é preciso contratar um advogado, ou ingres-sar através da Defensoria Pública,

enquanto as ações penais públicas são aqueles em que o próprio Mi-nistério Público ingressa com ação.

Como se viu, a distinção en-tre os crimes é tênue, e num único ato é possível cometer concomitantemente os três. Por isso, é sempre bom checar as fontes de sua informação, antes de compartilhar.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 7

SOCIAL

Educadores participam de projeto ambiental Iniciativa é garantir contribuição da população em ações voltadas à preservação do ecossistema

Uma sala de aula, trabalho em grupo, muita conver-sa e troca de opiniões até

chegar ao consenso e depois dever de casa. Poderia ser uma aula comum se os "alunos" não fossem os professores. Eles aceitaram o convite da Odebre-cht Ambiental para formarem a primeira turma de educadores a participarem do projeto Ligado no Ambiente, que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação.

O objetivo da empresa, res-ponsável pela implantação do sistema de esgotamento sanitá-rio em Macaé, ao reunir os pro-fissionais de ensino do Colégio Municipal Maria Letícia dos Santos Carvalho é estimular e apoiar projetos de educação am-biental com foco no saneamento e contribuir para a conscienti-zação da relação direta entre a coleta e o tratamento do esgoto e a saúde das pessoas, além de outros benefícios como a pre-servação do meio ambiente.

"Queremos desenvolver o conteúdo em conjunto e não chegar com o projeto pronto. Nós poderíamos vir a escola e dar uma palestra sobre sistema de esgoto, mas somente isto não basta, é preciso envolvimento. O que buscamos são ideias sim-ples e eficientes, que despertem a atenção e o aprendizado do aluno sobre este assunto tão pouco falado, apesar de estar diretamente relacionado com a nossa qualidade de vida", explica Thaís Costa, supervisora da área de meio ambiente da Odebrecht Ambiental.

O Colégio Maria Letícia possui 783 estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do EJA (Ensino para Jovens e Adul-tos) e fica localizada no bairro Granja dos Cavaleiros.

A professora de português, Rosane Pinto, aprova a iniciativa. "Hoje as pessoas se preocupam em deixar um meio ambiente saudável para seus filhos, quan-do devemos nos preocupar com

os filhos que deixaremos para o meio ambiente. Precisamos for-mar uma geração ciente da rela-ção de interdependência com o meio em que vivemos e da res-ponsabilidade de cada um. Por isto, este trabalho de conscien-tização, que ganha este reforço com o projeto da Odebrecht Ambiental, é muito bem-vindo", comenta Rosane.

Em agosto, os participantes vão apresentar um projeto único para ser desenvolvido com o apoio da empresa. "Desde que soubemos do teor dessa proposta, o envol-vimento dos educadores tem sido muito positivo. Eles estão trazendo ideias novas e trocan-do mensagens nas redes sociais para trabalharmos a questão ambiental de forma multidisci-plinar e criativa. Esse entusias-mo vai ser passado aos alunos, que sempre abraçam os projetos propostos pelo colégio, inclusive estendendo às famílias", afirma a Coordenadora Pedagógica, Rita de Cássia Machado.

OPORTUNIDADE

Macaense aprovado em concurso público foi convocado para o IFF

o instituto federal Flu-minense (IFF) publicou nesta segunda-feira, 14 de julho de 2014, em seu site, a Portaria nº 301 de 10/07/2014, convo-cando 165 (cento e sessenta e cinco) candidatos aprovados no Concurso Público 05/2014 para servidores da carreira de Técnicos Administrativos em Educação (PCCTAE), vincula-dos ao Ministério da Educação (MEC), regidos pela Lei Federal 8.112/90 que instituiu o Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União.

As convocações abrangem vagas para quatro Núcleos dis-tintos: Núcleo I, que engloba os campi de Bom Jesus do Itaba-poana, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Cambuci; Núcleo II em Campos dos Goytacazes e São João da Barra; Núcleo III em Macaé e Quissamã e o Nú-cleo IV, para os campi do IFF localizados nos municípios de Cabo Frio e Itaboraí.

Rafael Ramos, macaense, aprovado em 1º lugar no cargo de Analista de Tecnologia da Informação para o Núcleo III (campus Macaé/Quissamã), está radiante: “Confesso que a aprovação neste concurso foi de certa forma inesperada. Devido à grande dificuldade da prova, eu achei que minha nota não se-ria suficiente. Mas, para minha surpresa, apenas dois candida-tos para o cargo de Analista de TI no meu núcleo conseguiram nota para se classificar, e acabei sendo contemplado com essa aprovação. Estou realmente muito feliz.” Rafael, que já é funcionário de carreira do MEC no cargo de Técnico de Tecno-

Rafael Ramos foi aprovado em 1º lugar no cargo de Analista de Tecnologia da Informação

logia da Informação da UFRJ, informou ainda para os novos funcionários que o plano de car-reira do IFF possui ainda alguns atrativos: “No plano de carreira dos técnicos administrativos da educação federal, além do salá-rio base, temos direito a vale-refeição, auxílio-transporte, auxílio-creche, reembolso de plano de saúde e um incentivo à qualificação interessante. Pa-ra quem tem Pós-Graduação, por exemplo, há um aumento imediato de 30% no salário” - completa.

As provas do Concurso Pú-blico do IFF foram realizadas em abril deste ano, e contou com mais de 4.900 inscritos para diversos cargos de Classe C (nível fundamental e médio), Classe D (nível médio e técni-co) e Classe E (nível superior), como Assistente em Adminis-tração, Assistente de Alunos, Assistente de Laboratório, Auxiliar de Biblioteca, Técnico de Laboratório, Técnico de Tec-nologia da Informação, Técnico em Contabilidade, Técnico em Edificações, Técnico em Enfer-magem, Enfermeiro, Nutricio-

nista, Administrador, Contador, Bibliotecário, Assistente Social, Tecnólogo (Design, Gestão, In-formação e Comunicação), En-genheiro (Civil, Agrônomo e Químico), Jornalista e Analista de Tecnologia da Informação, dentre outros.

O Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia Flu-minense é um dos 38 Institutos Federais criados nacionalmen-te, em dezembro de 2008, pelo Governo Federal, a partir dos antigos CEFETs, escolas agro-técnicas e vinculadas às Univer-sidades. O projeto de expansão da Rede Federal foi iniciado em 2005. O IF Fluminense nasceu voltado para o mundo do traba-lho com a responsabilidade de contribuir para o desenvolvi-mento econômico das regiões onde está instalado. Atualmen-te, o IFF atua nos três níveis da formação profissional. Tra-balhando na educação inicial e continuada de trabalhadores, oferece cursos técnicos e cur-sos superiores, ensino médio, educação de jovens e adultos, Licenciaturas, Cursos de Pós-graduação e Mestrado.

SECOM

Professores conhecem o projeto Ligado no Ambiente que será levado às escolas municipais

DIVULGAÇÃO

Rafael Ramos comemorou o resultado no concurso e sua convocação

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

SANEAMENTO

ETE Central vai garantir tratamento de e�uentes lançados no Rio Macaé Informação é da Prefeitura. Atualmente recurso hídrico responsável pelo abastecimento de água na cidade sofre com os dejetos que recebe

Juliane reis [email protected]

Recentemente publica-mos uma matéria sobre a situação do Rio Macaé

que ainda sofre com o descarte irregular, tanto de resíduos tec-nológicos, garrafas pets, quanto de efluentes sanitários. A polui-ção pode ser observada a olho nu por quem passa pela Ponte Ivan Mundim, na Barra e segue cada vez mais assoreado.

Ainda na reportagem foi pon-tuada que uma das metas do atu-al governo é o saneamento básico e a previsão é de que até 2016 to-da a cidade esteja 100% saneada.

Já esta semana o órgão munici-pal informou que está realizando projeto de saneamento em todo o município e que o tratamento dos efluentes lançados na Bacia Hidrográfica do Rio Macaé será realizado por meio da implanta-ção da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Central.

Ainda de acordo com os da-dos, a Secretaria de Ambiente, atualmente, possui um projeto na Bacia Hidrográfica do Rio Macaé intitulado “Diagnóstico e avaliação da qualidade de água dos canais Três Pontes, Capote e Jurumirim, localizados em áreas de expansão urbana da Bacia do Rio Macaé”, que foi submetido ao Comitê de Bacias Hidrográfi-cas dos Rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé-Ostras), no ano de 2013 e, no momento, aguarda a liberação do edital de chamada pública para contratação.

“O objetivo do projeto é ava-liar a qualidade das águas dos

canais Três Pontes, Capote e Jurumirim, de acordo com o regulamentado pela Resolução CONAMA nº 357/2005, através da mensuração de parâmetros como: Coliformes Termotole-rantes, E. coli, Demanda Bio-química de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Concentração de Oxigê-nio Dissolvido (OD), Tempera-tura da Água, Salinidade, Turbi-

CRÉDITO

Enquanto a obra não é concluída e começa a operar, o rio segue com as chamadas “línguas negras”

dez, Cor, pH, Nitrogênio Total, Nitrogênio Amoniacal, Nitrato, Nitrito, Fósforo Total, Sólidos Totais Dissolvidos e Concen-tração de Clorofila a, bimestral-mente, ao longo de 24 meses, de forma a obter dados primários consistentes, contemplando va-riações sazonais de qualidade da água”, ressaltou.

Para concluir, a Prefeitura disse ainda que o projeto em

questão torna-se fundamental para o monitoramento da qua-lidade das águas dos canais lo-calizados em áreas em expansão urbana, inseridos na principal bacia do município, principal-mente após o início da opera-ção da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Central de Macaé, que implicará na me-lhoria da qualidade das águas da BH do Rio Macaé. Nesse con-

texto, o monitoramento ainda possibilitará o estabelecimen-to de estratégias de outorga de diluição previstas no Programa de Outorga de Lançamento de Poluentes (OLP) do Plano de Bacias da Região Hidrográfica VIII (RH-VIII).

Além dos dejetos que recebe diariamente, o Rio Macaé tam-bém recebe outros tipos de re-síduos descartados de maneira

irregular, como pneus, garrafas pet, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são de-sembocados no mar, na Praia da Barra, que é considerada uma das mais poluídas da cidade. Por isso, além de iniciativas dos órgãos públicos é necessá-rio também que a população se conscientize da importância deste recurso hídrico e que a sobrevivência humana depende dele. É preciso mais que cuidar para que a futura geração possa ter esse bem que é essencial à vida que é a água.

Com tudo isso, o cientista e professor Francisco Esteves já pontuou em outras ocasiões que a solução para a recupera-ção do rio e a sua preservação, está nas mãos de cada um, sen-do necessário as autoridades trabalharem a Bacia do Rio Macaé, revejetar (recuperar), para evitar a eliminação de nas-centes, pois grande parcela do esgoto é depositado nele e 99% é devolvido em forma de água e que a sociedade também pode fazer a sua parte.

O Rio Macaé nasce no mu-nicípio de Nova Friburgo, em Macaé de Cima, e possui quase 140 km de extensão. Durante seu percurso, até desaguar na Praia da Barra, ele corta outros municípios e distritos, e recebe diversos afluentes, como o rio Sana, rio São Pedro, Córrego do Ouro, entre outros. O manancial tem papel fundamental no de-senvolvimento sustentável do município. Ele é o responsável pelo abastecimento diário de pelo menos 200 mil habitantes.

Inscrição para Universidade Metodista encerra neste domingo

BOLSAS DE ESTUDOS

interessados em con-correr a uma das bolsas de estudo oferecidas pela Uni-versidade Metodista de São Paulo para cursos a distância devem ficar atentos. O prazo

Instituição oferece vagas para Macaé para os cursos de Gestão Ambiental, Gestão Pública, Marketing, Processos Gerenciais e Logística

para inscrição encerra neste domingo, 20, pelo www.pro-cessoseletivo.metodista .

A instituição oferece vagas para Macaé para os cursos de Gestão Ambiental (2), Ges-tão Pública (2), Marketing (2), Processos Gerenciais (2) e Logística (2).

Para concorrer à vaga, após o preenchimento dos dados pelo site, os candidatos serão orientados a apresentar os documentos comprobató-rios dos dados que indicaram na ficha, o procedimento é

parecido com o do PROUNI, os documentos deverão ser entregues no Polo Macaé, Av. Carlos Augusto Tinoco Garcia (Linha Vermelha), nº 2060 - 1º Andar - Riviera Flu-minense.

Os candidatos interessados podem utilizar a nota do Exa-me Nacional do Ensino Médio (Enem) referentes aos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.

De acordo com Coordena-dora de Polo, Polo Regional de Apoio Presencial Macaé, Yara Cristina Serafim para

concorrer à bolsa, os vesti-bulandos precisam ser bra-sileiros, ter cursado o Ensi-no Médio em escola pública ou particular na condição de bolsista integral da institui-ção, ter atingido a pontuação mínima de 450 pontos no ENEM, não ter diploma de curso superior e atender aos requisitos de renda estabele-cidos em lei.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 0800 889 2222 ou (22) 2762-4189.

WANDERLEY GIL

Vagas oferecidas são para cursos a distância. Interessados também podem concorrer por meio da nota do Enem referentes aos anos de 2010 a 2013

Cemal Treinamentos oferece vagas para este semestre EDUCAÇÃO

para muitos estudantes o segundo semestre letivo já começou. Mas para quem ain-da deseja ingressar nos estu-dos, diversas instituições ainda oferecem vagas. Uma delas, o Cemal Treinamentos que está recebendo inscrições para os cursos técnicos de Meio Am-biente, Segurança do Trabalho, Logística, Mecânica, Automa-ção, Topografia, Edificações, Eletrotécnica, Secretaria Esco-lar (EAD). As vagas oferecidas são para o turno da noite e as au-las estão previstas para começar na primeira semana de agosto.

As inscrições podem ser feitas na sede da instituição, Rua Be-nedito Peixoto, nº 35- Centro, Macaé. As aulas são ministradas de segunda-feira a quinta-feira, das 19h às 22h e os cursos têm duração média de 12 a 18 meses.

Para efetuar a matrícula, o candidato deve apresentar

Interessados devem se inscrever na sede da instituição, Rua Benedito Peixoto, nº 35- Centro, Macaé

Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência e de escolaridade e efetuar o pa-gamento da taxa de inscrição. Informações referentes ao va-lor das mensalidades podem ser obtidas na sede da instituição.

O Cemal Treinamentos tem como principal objetivo capa-citar e qualificar profissionais para atender as demandas de mercado da Capital do Petróleo e região. “Uma vez que Macaé se tornou uma referência quando o assunto é empregabilida-de, nossa ideia é formar mão de obra para essas demandas, com isso oferecemos, além dos cursos técnicos, oportunidades para cursos de capacitação”, ressaltou Marcus Vinicius.

Os treinamentos oferecidos na instituição são: Espaço con-finado, Trabalho em altura, Ho-mem de Área, Movimentação de Cargas, Autocad, Ms Project, NR 20 / Líquidos Inflamáveis, Teste de Estanqueidade, NR 10 / Sep, Montador de Andaimes, Excel Avançado, entre outros.

A unidade oferece ainda qua-lificação nas áreas de: homem de área, mecânica de ar condi-

WANDERLEY GIL

Cursos visam atender os profissionais que pretendem se qualificar para as demandas de mercado de trabalho

cionado, almoxarifado o´shore, montador de andaime, caldeira-ria, curso de controlador lógico programável, atendimento ao

cliente, logística portuária e Irata Nível I, II e III com aloja-mento climatizado e WI FI.

Na área de segurança são ofe-

recidos os cursos de NR 5, NR 10, NR 11, NR 13, NR 18, NR 33, NR 34 e NR 35. Em breve está previsto o curso de CBSP / Salvatagem.

Outras informações sobre os cursos podem ser obtidas pelos telefones (22) 2762-3073 / (22) 3084 - 2021.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 9

BAIRROS EM DEBATE Nova Holanda e Nova Esperança

Nova Holanda e Nova Esperança ainda sofrem com problemas de infraestruturaEnquanto as obras de urbanização não são concluídas, moradores reclamam de vários transtornosMarianna [email protected]

Em plena Capital Nacional do Petróleo o progresso parece ainda chegar de

maneira lenta para milhares de famílias que vivem em condi-ções desumanas. Isso é decor-rente do elevado custo de vida na cidade, que acabou atraindo milhares de pessoas para as zonas periféricas da cidade. O problema é que, na maioria das vezes, essas localidades não ofe-recem o mínimo de infraestru-tura necessária.

Essa semana, o Bairros em Debate vai relatar a situação de duas comunidades de Ma-caé: a Nova Holanda e Nova Esperança. Essa região, que é considerada uma das mais ca-rentes do município, cresceu

WANDERLEY GIL

Parte da Nova Esperança já recebeu as obras do PAC, entretanto, outra metade ainda aguarda as melhorias

Alagamentos lideram a lista de reclamaçõesEssa semana, O DEBATE relatou a situação que milhares de famílias da região da Nova Esperança, que ainda não foram contempladas com as obras do PAC 2, enfrentaram após as fortes chuvas que atingiram Macaé há alguns dias.

Se em dias de sol e calor a popu-lação sofre com a falta de infraes-trutura, quando chove a situação fica ainda mais crítica. Bastam apenas algumas horas de chuva para que as ruas da comunidade se transformem em rios. No último final de semana, dezenas de famí-lias ficaram dentro d'água.

Mesmo com o tempo melho-rando, muitas casas ainda esta-vam com água do lado de dentro e ruas continuavam intransitáveis. Em algumas delas, nossa equipe precisou percorrer a pé, pois era

impossível passar de carro. O retrato presenciado em alguns

lugares é de móveis do lado de fora, perdidos por conta das enchentes. Quem passou por isso foi Amanda Fernandes, moradora da Rua da Alegria. “A gente fica com a casa cheia de água e não fazem nada. Ficamos uma noite inteira tirando água com o balde, porque quem deveria ajudar não apareceu. A água está voltando para dentro das nossas casas e eu fico apreensiva, porque mistura com o esgoto e pode causar doenças. Minha filha mesmo, que tem apenas um ano, está doente. Toda vez que chove acontece isso. As pessoas estão can-sadas de ter que deixar suas casas e perder as suas coisas”, relata.

Segundo a prefeitura, "as obras do PAC 2 na Nova Esperança já

começaram e estão a pleno va-por". De acordo com ela, as obras desta etapa de urbanização, que é realizada pelo município através do Programa Macaé Melhor, da secretaria de Habitação, utilizan-do verba do PAC 2, atendendo às bacias 2 e 3, começaram em julho de 2013 e várias ruas já foram aten-didas. Estão programadas para ini-ciar na próxima semana as obras em outras ruas, como a Rua Boa Vista e Rua Piracema.

Para que a comunidade possa acompanhar o andamento das obras, a Habitação, além de estar diariamente no local, realizou no dia 12 de junho uma assembleia na comunidade, apresentando o Pro-jeto de Urbanização da Nova Espe-rança, da qual participaram a secre-tária Alessandra Aguiar e o corpo

técnico da secretaria, inclusive, o arquiteto responsável pelo Proje-to de Urbanização, informando à comunidade em que etapa a obra se encontra. A assembleia contou com a presença de moradores e representantes da Associação de Moradores do bairro.

Em relação aos alagamentos das ruas, a secretaria informou que isso vai parar de acontecer tão logo as obras cheguem às ru-as citadas, quando a rede de águas pluviais estiver concluída e cap-tando as águas e direcionando-as para os piscinões ou tanques de contenção de águas pluviais. Ou-tra informação é a de que as obras do PAC 2 estão previstas para ser concluídas em 24 meses e estão completando agora 12 meses, com várias ruas já atendidas.

PAC 2a população aguarda pelo início dos trabalhos do PAC 2

NÚMEROS

Algumas ruas ainda sofrem com as enchentes

Serviço de limpa fossa Enquanto o saneamento não chega na área a ser con-templada com as obras do PAC 2, moradores continuam convi-vendo com o problema do esgo-to a céu aberto. Sem ter rede, o jeito é apelar para as fossas.

O problema é que o servi-ço de limpeza não vem sendo executado da maneira correta, com isso, toda vez que chove, os dejetos acabam transbordando, colocando a saúde da população em risco.

“A Nova Esperança é carente desse tipo de serviço. A gente solicita, mas eles não vêm. Es-tão escolhendo a dedo quem vão ajudar”, conta Olga Ildes, que teve o quintal da casa todo tomado pela água da chuva e pe-lo esgoto essa semana.

É possível encontrar esgoto a céu aberto devido a falta de limpeza das fossas

Comunidade não conta com áreas de lazerConsiderada uma área de vulnerabilidade social, crian-ças e jovens ficam pelas ruas, tudo isso porque não existem áreas de lazer ali. A única exis-tente é uma praça situada na entrada da Nova Holanda, que há anos não vê uma reforma.

“Aqui só tem essa quadra e mesmo assim está em péssi-mas condições. A última refor-ma foi ainda na antiga gestão e mesmo assim o serviço não foi bem feito. Não são as crianças que destruíram os alambrados, mas sim a falta de manutenção, que deveria ser feita regular-mente. Além disso, a limpeza do entorno não é feita”, conta

Wilson Barreto.As crianças são as mais pre-

judicadas, pois não contam com espaços dedicados para elas. “Nossa comunidade não tem um parquinho para levar-mos os nossos filhos. A opção mais próxima fica na Praça Beira Rio, na Barra de Macaé, mas ela não suporta toda de-manda da região. Além dessa quadra abandonada, a nossa opção é a quadra do Brisolão e mesmo assim só podemos utilizá-la quando não está tendo aula”, pontua Lindomar, vice-presidente eleito da Asso-ciação de Moradores da Nova Holanda.

Praça na Nova Holanda aguarda pela reforma

nas últimas décadas de manei-ra desordenada e em uma área considerada alagadiça.

Tal situação obrigou o poder público a tomar medidas, co-mo a urbanização. Nos últimos anos, a prefeitura vem execu-tando obras de infraestrutura na região. No caso da Nova Es-perança, a comunidade é uma das contempladas com o Pro-grama de Aceleração do Cres-cimento (PAC). A primeira fase das ações já foi concluída. Agora a população aguarda pelo início dos trabalhos do PAC 2.

Mas enquanto essas melho-rias não são concluídas, a popu-lação continua sofrendo. Depois de alguns meses desde a nossa última visita, nossa equipe de reportagem voltou ao local pa-ra saber quais os problemas que ainda fazem parte da rotina de quem vive ali.

Segundo o relato dos morado-res, algumas medidas vêm de fato sendo realizadas, entretanto, ain-da há muito a ser feito. Entre as reclamações estão: pavimenta-ção, saneamento básico, falta de áreas de lazer e os alagamentos.

Proliferação de zoonosesUm dos problemas en-frentados nessas regiões mais carentes, onde não existe uma ideia de conscientização em relação ao descarte adequado do lixo, é a questão da limpeza. Para tentar amenizar a situação, a prefeitura colocou caçambas na Nova Holanda, que são reco-lhidas regularmente.

O problema é que em vez de ser uma solução, ela acabou gerando outro problema. Se-gundo o presidente eleito da Associação de Moradores do bairro, Wando Emanuel, algu-mas pessoas estão descartando de tudo ali, inclusive restos de animais mortos.

“Muitas reclamações que apontamos na última edição do Bairros em Debate estão sendo atendidas. Os garis,

por exemplo, estão fazendo um trabalho excelente aqui dentro. Mas as caçambas que foram colocadas nas duas co-munidades estão causando outros problemas. Na visão de muitos moradores elas não ajudam, apesar de ser essa a in-tenção do poder público. Muita gente joga restos de peixes e até outros tipos de animais mortos, deixando um mau cheiro em to-do bairro. Ainda tem o proble-ma dos cachorros e cavalos que à noite rasgam esse lixo e espa-lham pelas ruas”, relata.

Com a sujeira e a falta de sa-neamento, surge um agravante: a proliferação de zoonoses. Se-gundo quem vive ali, o índice de infestação de roedores (ratos e ratazanas), baratas, moscas e de mosquitos só tem aumentado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

MEIO AMBIENTE

Sobe o número de desastres climáticos Os eventos com mais fatalidades foram a seca na Etiópia em 1983 e o ciclone Bhola em Bangladesh em 1970, com 300 mil mortes cada um

Martinho Santafé

A Organização Meteoro-lógica Mundial (OMM) divulgou esta semana o

“Atlas de Mortalidade e Per-das Econômicas do Tempo, Clima e Extremos Hídricos 1970-2012”, considerado pe-los cientistas “um verdadeiro choque de realidade para toda a humanidade”.

De acordo com o documen-to, desde 1970 aconteceram 8.835 desastres climáticos, com 1,94 milhão de mortes e US$ 2,4 trilhão em prejuízos.

O Atlas mostra como a cada década o número de eventos extremos foi aumentando. Entre 1971 e 1980 foram 753, entre 1981 e 1990, 1.534, en-tre 1991 e 2000, 2.386, e entre 2001-2010, 3.496.

“Desastres causados pelo clima e relacionados com a água estão aumentando por todo o mundo. Tanto países industrializados quanto não industrializados estão so-frendo com cheias repetidas, secas, temperaturas extremas e tempestades. As variabili-dades naturais estão agora exacerbadas pelas mudanças climáticas induzidas pela hu-

KANÁ MANHÃES

Eventos na América do SulNa América do Sul ocor-reram 696 eventos extremos entre 1970 e 2012, resultando nas mortes de 54 mil pessoas e em US$ 71,8 bilhões em perdas. O pior desastre foi a enchente em 1999 na Venezuela, que ti-rou 30 mil vidas.

No Brasil, a enchente e os des-lizamentos de terra em 2011 no Rio de Janeiro, com 900 mortes, foram o evento mais letal. O que trouxe mais prejuízo foi a seca de 1978, resultando em perdas de US$ 8,1 bilhões.

A OMM estima que os núme-ros reais devem ser bem piores, já que pelo menos 50% das infor-mações sobre um determinado

evento se perdem antes de serem coletadas.

Assim, o Atlas salienta a im-portância do monitoramento e da coleta de dados, que servem para direcionar recursos de for-ma mais eficiente para as regiões mais necessitadas.

“Coletar dados globais é um grande desafio. Agências climáti-cas e meteorológicas estão traba-lhando com pesquisadores para superar essa dificuldade. Essa parceria produz análises que ajudam na tomada de decisões que reduzem as perdas de vidas, como o investimento de sistemas de alerta nas comunidades mais vulneráveis”, afirmou Debarati

Sapir, diretora do Centro de Pes-quisas de Desastres da Universi-dade de Louvain, que trabalhou na elaboração do Atlas.

A OMM pede ainda que a co-munidade internacional invista cada vez mais na prevenção de desastres, na gestão de riscos e na transferência de tecnologias para os países mais pobres.

“Melhores sistemas de alerta e gestão estão ajudando a prevenir perdas de vidas. Mas os impactos socioeconômicos dos desastres estão aumentando por causa da sua maior frequência e intensi-dade e pela crescente vulnerabi-lidade das sociedades humanas”, concluiu Jarraud.

Ameaça a países emergentesPersistindo as atuais ten-dências globais de degradação ambiental, a progressiva melho-ra nos índices sociais dos países emergentes será interrompida antes de 2050, segundo o Relató-rio de Desenvolvimento do Pnud (Programa das Nações Unidas pa-ra o Desenvolvimento).

“Se não fizermos nada para deter ou inverter as tendências atuais, o cenário de catástrofe ambiental conduz a um ponto de virada an-tes de 2050 nos países em desen-volvimento - a sua convergência com os países ricos em termos de progresso no IDH (Índice de De-senvolvimento Humano) ao lon-go das últimas décadas começa a

se inverter”, afirma o documento.Segundo o Pnud, o mundo tem

assistido a um enorme progresso em termos de desenvolvimen-to humano nas últimas décadas. Desde 1970, o IDH cresceu 41% em termos globais e 61% nos países com IDH baixo, refletindo fortes avanços na saúde, na educação e na renda.

No entanto, o órgão diz que a melhora dos padrões de renda tem estado associado à deterio-ração em indicadores ambientais fundamentais, como as emissões de dióxido de carbono, a qualida-de do solo e da água e a cobertura florestal.

Como resultado, o Pnud prevê

que, em 2050, o IDH global será 8% inferior ao que seria esperado caso não houvesse graves proble-mas ambientais. A redução se de-veria principalmente aos efeitos adversos do aquecimento global na produção agrícola, no acesso à água potável e saneamento e na poluição.

O documento afirma ainda que num cenário de “catástrofe am-biental” ainda mais adverso, que incluísse vasta desflorestação e degradação do solo, reduções dra-máticas da biodiversidade e uma aceleração dos fenômenos climá-ticos extremos, o IDH global seria aproximadamente 15% inferior à base de referência prevista.

Preços de alimentos vão subirAlém de dificultar o acesso a bens e serviços es-senciais, alerta o Pnud, os fatores ambientais adversos provocariam um aumento dos preços dos alimentos mundialmente em 30% a 50% nas próximas décadas e estimularia a volatilidade dos preços, com graves re-percussões nas famílias mais pobres.

Os mais vulneráveis ao au-mento de preços seriam os cerca de 1,3 bilhão que traba-lham na agricultura, pesca, silvicultura, caça e coleta. “As previsões sugerem que, em muitos casos, os mais desfavo-recidos suportam e continua-rão a suportar as repercussões da deterioração ambiental, ainda que pouco contribuam para o problema”.

Hoje, diz o órgão, países em desenvolvimento são os que mais sofrem com a perda de chuvas e com o aumento em sua variação, com reper-cussões na produção agrícola e nos meios de subsistência.

Segundo o Pnud, embora sejam os mais afetados pe-las agressões ambientais, os países com IDH baixo foram os que menos contribuíram para as alterações climáticas globais. Isso porque as emis-sões per capita continuam muito mais elevadas nos pa-íses desenvolvidos, devido ao maior número de atividades com utilização intensiva de energia, como condução de automóveis, uso de ar condi-cionado em casas e escritó-rios e consumo de produtos alimentícios transformados

e embalados.O relatório diz que países

com avanços mais rápidos no IDH registraram aumen-tos mais rápidos nas emis-sões de dióxido de carbono, o que exigiria uma revisão dos atuais moldes de desen-volvimento.

“O crescimento impul-sionado pelo consumo de combustíveis fósseis não é um pré-requisito para uma vida melhor em termos de desenvolvimento humano mais gerais. Os investimen-tos que melhoram a equida-de (por exemplo, no acesso a energias renováveis, água e saneamento e nos cuidados de saúde reprodutiva) po-dem promover a sustentabi-lidade e o desenvolvimento humano”, diz o relatório.

EUA adota medidas de prevençãoO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou nesta quarta-feira (16) uma série de iniciativas para melhorar as defesas do país contra as mudan-ças climáticas. A declaração foi dada durante um encontro com a Força-Tarefa da Casa Branca para Resiliência e Prevenção das Mudanças Climáticas, que contou com a participação de líderes estaduais, locais e tribais.

As medidas incluem novas ferramentas de dados climá-ticos, o repasse de milhões de dólares para tribos indígenas para o treinamento em adap-tação climática, programas dedicados à infraestrutura elé-trica rural e um mapeamento tridimensional para ajudar co-munidades estaduais e locais a entenderem quais infraestru-turas estão em risco.

“As mudanças climáticas são uma ameaça direta para a in-fraestrutura da América e para nos mantermos competitivos na economia do século XXI”, ob-servou o chefe de Estado norte-americano na reunião. “Porém, devemos ver as mudanças cli-máticas como uma oportunida-de para fazer o que deveríamos estar fazendo de qualquer jeito, isso é, modernizar nossa in-fraestrutura, estradas, pontes, redes de energia, sistemas de trânsito e nos assegurarmos de que eles estão mais resilientes”, continuou Obama.

As ações incluem diversas agências federais que não costu-mam estar tão engajadas em es-forços de mitigação das mudan-ças climáticas, como os Centros para Controle e Prevenção de Doenças, a Agência Federal de

Gestão de Emergência (FEMA) e o Departamento de Habita-ção Desenvolvimento Urbano. “Vamos ajudar as comunida-des a melhorarem suas redes elétricas, construírem diques e barreiras naturais mais fortes e protegerem suas fontes hídri-cas”, comentou Obama.

Segundo um informativo da Casa Branca, o sistema de ma-peamento tridimensional, por exemplo, será capaz de ajudar no planejamento dos recursos hídricos, na mitigação da ero-são litorânea e na identificação de áreas de deslizamento.

O sistema tornará mais rá-pida a atualização de mapas de enchentes e mais fácil a busca de locais ideais para turbinas eóli-cas e painéis solares. Serão

disponibilizados US$ 13 mi-lhões para o programa.

Novos planos e projetos para as regiões litorâneasOutro projeto envolve o fortalecimento do forne-cimento de energia durante catástrofes climáticas, e o Departamento de Agricul-tura disponibilizou a oito estados um total de US$ 236 milhões para a melhoria da

infraestrutura elétrica em áreas rurais.

Outras medidas incluem: novas diretrizes da FEMA para planos de risco para garantir que os estados le-vem em conta as mudan-ças climáticas em futuros

esforços de planejamento p a r a d e sa st r e s n a t u r a i s ; o fornecimento de novas orientações da Administra-ção Oceânica e Atmosféri-ca Nacional (NOAA) para a gestão costeira para garantir que comunidades levem em

consideração a forma como as mudanças climáticas po-dem impactar as regiões li-torâneas etc.

As novas ações do executi-vo norte-americano alimen-taram as críticas dos Repu-blicanos no Congresso, que

argumentam que a agenda climática do presidente é um “excesso” do poder executivo e uma “guerra ao carvão”.

Contudo, Obama declarou que as ações de mitigação cli-mática ultrapassam a esfera das disputas políticas. “Nada

disso deveria ser uma ques-tão partidária. Isso é algo que Democratas, Republicanos e independentes se preocupam e os líderes que estão ao redor dessa mesa provam isso hoje e provam isso todos os dias”, concluiu.

manidade”, afirmou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

Tempestades e enchentes somam 79% do total de desas-

tres relacionados ao clima, e causaram 55% das perdas de vidas e 86% dos prejuízos en-tre 1970 e 2012. Por sua vez, as secas provocaram 35% das

mortes.Os eventos com mais fatali-

dades foram a seca na Etiópia em 1983 e o ciclone Bhola em Bangladesh em 1970, com 300

mil mortes cada um.Já o furacão Katrina nos

Estados Unidos, em 2005, foi o que trouxe mais prejuízos, US$ 146 bilhões. Os norte-

americanos também sofreram com o segundo maior evento em perdas econômicas: a su-per tempestade Sandy, em 2012, US$ 50 bilhões.

“Desastres causados pelo clima e relacionados com a água estão aumentando por todo o mundo”MICHEL JARRAUD, SECRETÁRIO-GERAL DA OMM

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 11

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014

ATENDIMENTO

Macaé terá Programa de Internato nas áreas de ginecologia e obstetríciaAtividades serão realizadas através de parceria entre a Funemac e secretaria de Saúde

Depois de inaugurada, em fevereiro deste ano, o Programa de Resi-

dência Médica em pediatria e clínica médica, o município se prepara para receber, a partir do dia 4 de agosto, o Programa de Internato em ginecologia e obstetrícia, também junto à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instalada em Macaé desde 2009.

O objetivo do Internato é pro-porcionar aos estudantes do 5º e 6º anos do curso de Medicina da UFRJ/Macaé estágio super-visionado por preceptores, que serão orientados por tutores da universidade. Os estudantes te-rão sua aprendizagem inserida na Rede de Atenção Básica de Saúde do município, no Hospi-tal Público Municipal (HPM) e Hospital São João Batista.

Além do atendimento às ex-pectativas dos cursistas, essa parceria entre academia e mu-nicípio provoca um constante aperfeiçoamento profissional dos preceptores, médicos da rede pública, e melhoria da qualidade da assistência à co-munidade, em cumprimento às exigências para oferta de en-sino. Por isso, os usuários tam-bém serão beneficiados pelo Internato.

Cerca de 30 estudantes de graduação estão aptos a ingres-sar no Internato que terá dura-ção de quatro anos. Os alunos vão ter 90% de aulas práticas e 10% de teóricas. Eles atuarão no Núcleo de Atenção à Mulher e à Criança (Nuamc), na Aroeira, e nos hospitais públicos. Para isso, durante esta semana, o Nuamc, passou por reformas

em toda estrutura de edificação.Antecipadamente à reforma

predial, uma reformulação nos trâmites do núcleo já garante maior celeridade e qualidade do atendimento. Nessa unida-de, são oferecidos os serviços de mamografia; de ultrassonogra-fia (com um novo aparelho); de farmácia; de fisioterapia, além de contar com uma equipe mul-tidisciplinar que inclui dez gine-cologistas e obstetras.

Nesta sexta-feira (18), gesto-res da Secretaria de Saúde e da

Fundação Educacional de Ma-caé (Funemac) reuniram-se com representantes da UFRJ, na Cidade Universitária. O gru-po ainda esteve no Nuamc para acompanhar a reforma.

- Estamos reformando o Nua-mc também para atender ao in-tuito pedagógico. Pretendemos que Macaé ofereça um serviço de qualidade à população e tam-bém um ensino de qualidade, disse a subsecretária de Saúde, Sônia Mussi.

De acordo com a presiden-

te da Comissão Pedagógica da UFRJ e Chefe do Setor de Ginecologia e Obstetrícia da UFRJ, Evelise Pochmann da Silva, a universidade coloca-rá à disposição das unidades que receberão os estudantes todas as rotinas médicas, de acordo com o protocolo utili-zado pela UFRJ, para sua im-plementação. Também esteve presente à reunião, a coorde-nadora do Curso de Medicina da UFRJ/Macaé, Jussara Ma-thias Netto.

GUGA MALHEIROS/SECOM

Gestores de instituições parceiras definiram planejamento nesta semana

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉFUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTOECONÔMICO E SOCIALCOMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

AVISO DE ADIAMENTO "SINE DIE" EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL NO 005/2014

O FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ESOCIAL - FUMDEC, através da Comissão Pregoeira, torna público, oaviso de adiamento "SINE DIE". Fica adiada a data de abertura do PregãoPresencial nº 005/2014, anteriormente marcada para o dia 24/07/2014 às10h, em razão de adequações a serem introduzidas no Edital e seusAnexos, ficando a nova data de abertura a ser definida em publicação donovo edital retificado. Para quaisquer informações e/ou esclarecimentosadicionais, favor contatar a Comissão pelos telefones: (22) 2796-1277Ramal 227.Objeto: AQUISIÇÃO DE MÓVEIS, EQUIPAMENTOS E MATERIAISDESCARTÁVEIS PARA IMPLANTAÇÃO DO SALÃO ESCOLA QUEFUNCIONARÁ NA SEDE DO MACAÉ FACILITA DE CÓRREGO DOOURO. PROJETO QUE ATENDERÁ A NECESSIDADE DOSMORADORES DESTE DESTRITO PROMOVENDO CAPACITAÇÃODO CIDADÃO.

Macaé, 19 de julho de 2014.Isis Martins XavierPregoeira Oficial

Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social

Estado do Rio de JaneiroPrefeitura Municipal de CarapebusSecretaria Municipal de AdministraçãoGabinete do Prefeito

ERRATA

Na Portaria nº 4016/14 de 08/07/14, publicada no Jornal O Debate n°8442 de 08/07/14, pág. 08.

Inclua-se no Anexo I:

SEMAD

21174 ROSENY DA SILVA BARCELOS ASSESSOR II - DAS VI

Esta Errata entra em vigor na data de sua publicação.

Carapebus, Gabinete do Prefeito, em 18 de julho de 2014.

Amaro Fernandes dos SantosPrefeito Municipal

*Republicada por ter sido publicada com incorreções.*

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIRO

CÂMARA MUNICIPAL DE MACAÉ- PODER LEGISLATIVOAv. Rui Barbosa, 197, Centro - Macaé-RJ

EXTRATO DE REGISTRO DE PREÇOS

ESPECIE: Ata de Registro de Preços nº 016/2014, firmada entre CÂMARAMUNICIPAL DE MACAÉ e a Empresa VALDELICIA R. DA SILVASERVIÇOS DE BUFFET - ME, CNPJ nº 14.310.562/0001-46,MODALIDADE: Pregão Presencial nº 012/2014, OBJETO:Registro dePreços para prestação de serviços de buffet, compreendendo coffe break,brunch, coquetel e almoço/jantar para atender as necessidades da CâmaraMunicipal de Macaé.VALOR TOTAL REGISTRADO: R$ 1.190.000,00(um milhão cento e noventa mil reais) FUNDAMENTO LEGAL: Lei nº10.520/02 c/c Res. 1.929/2013 e demais legislações correlatas. DATA DEASSINATURA: 18/07/14. VIGÊNCIA:18/07/14 a 18/07/15. SIGNATÁRIOS:Pela CÂMARA MUNICIPAL DE MACAÉ, Denize Luiz Cardim, Coordenadorado Órgão Gerenciador do Registro de Preços e pela Empresa VALDELICIA R. DASILVA SERVIÇOS DE BUFFET - ME, Valdelicia Rosa da Silva.

Mercado oferece vagas para setor offshoreOPORTUNIDADE

a secretaria de Trabalho e Renda informa que está com 630 vagas de emprego disponíveis pa-ra uma empresa da área o§shore. Não é necessário ter experiência, mas formação específica para as profissões oferecidas. Só para a área de caldeireiro são oferecidas 100 vagas e para carpinteiro/mar-ceneiro 60.

O secretário de Trabalho e Renda, Alexandre Fernandes, explica que o trabalho com as empresas é realiza-do em parceria com o Fundo Muni-cipal de Desenvolvimento Econômi-co e Social (Fumdec) e Subsecretaria de Indústria e Comércio.

Oportunidades podem ser conferidas na secretaria de Trabalho e Renda

- Esse trabalho já era realizado pela secretaria anteriormente, no entanto, percebemos a grande de-manda de vagas na área offshore e, por isso, intensificamos o nosso trabalho de relacionamento com as empresas de petróleo e gás. Muitas delas, sabendo do trabalho desen-volvido por nossa equipe, procura a secretaria voluntariamente para oferecer suas vagas, explica.

Alexandre destaca ainda que, atu-almente, a Central do Trabalhador de Macaé (CTM), oferece mais 1.028 vagas de trabalho em outras áreas e que a Secretaria de Trabalho e Ren-da é o órgão municipal oficial de re-crutamento de pessoas que estão em busca de um emprego.

Os interessados em se cadastrar para uma das vagas deverão pro-curar a Central do Trabalhador de Macaé (CTM), localizada na Rua Dr.

JURANIR BADARÓ/SECOM

Candidatos as vagas de emprego devem procurar a Central do Trabalhador (CTM) localizada na Rua Dr. Télio Barreto

Licenciamento ambiental: Como funciona?

Dentro da logística, o licencia-mento ambiental faz parte da gestão dos custos: trata-

se de uma empreitada que envol-ve muito conhecimento técnico, tempo e recursos financeiros, apenas nesta fase de estudos e consonantes ambientais e sociais. Vamos falar superficialmente so-bre este processo para que pos-samos ter uma ideia sobre como funciona e as dimensões envolvi-das. Usarei como modelo o caso de nosso Porto do Barreto, o Tepor.

Naturalmente, depois da fase de ideias um projeto é conduzido aos órgãos ambientais, sejam eles o IBAMA ou órgãos estaduais - no caso do Rio de Janeiro, o INEA. Estes órgãos têm como finalidade gerir o processo de licenciamento ambiental, solicitando estudos , caracterizando os impactos am-bientais, condicionando compen-sações e ouvindo as populações envolvidas pelo projeto.

O primeiro movimento da abertura do processo de licencia-mento é o comunicado do projeto e a definição do órgão licenciador que irá gerir o processo, no caso do Porto do Barreto o INEA foi defi-nido como órgão gestor. A primei-ra tramitação é a solicitação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), no qual o empreendedor realizará uma série de levanta-mentos técnicos e científicos dentro dos parâmetros solicita-dos, em geral estes estudos são desdobrados em muitos outros que complementam-se.

Com o EIA em mãos, o em-preendedor prepara o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e o apresenta ao órgão gestor do licenciamento - que marca uma audiência pública para apresen-tação do projeto às populações envolvidas. Nesta etapa do pro-jeto, muitos esforços já foram aplicados, sejam financeiros ou técnicos, mas ainda temos vários desdobramentos.

Na audiência pública, o proje-to é apresentado, assim como as questões ambientais e sociais re-lativas. A população é ouvida em alguns parâmetros de avaliação, e estes são sobre seus questiona-mentos ambientais, técnicos, so-ciais, e outro é sobre o parâmetro da aprovação popular.

O INEA, não estando satisfei-to, pode solicitar mais estudos, compensações sociais e diversas outras condicionantes. Cumprin-do-se estas exigências, marca-se outra Audiência Pública: este foi o caso da Audiência que tivemos dia 16/07 no Centro de Convenções.

Todas as condicionantes es-tabelecidas no EIA-RIMA são pré-requisitos para o efetivo fun-cionamento do empreendimento

e caso não sejam cumpridas, são elementos de embargos jurídi-cos que podem impedir ou parar a obra ou a operação. As condi-cionantes são atributos de quem desconhece um processo de licen-ciamento ambiental.

Estando o INEA satisfeito com os estudos ambientais, as condi-cionantes relativas e as compen-sações ele emite uma Licença Prévia (LP), que permite ao em-preendedor atuar nos trâmites preparativos para o início da obra, conduzindo o projeto ao CREA e à Prefeitura da cidade que emiti-rá um Alvará de Construção. Com esta documentação em mãos, o INEA emitirá a Licença de Ins-talação (LI), sendo esta a efetiva autorização para a construção da obra do empreendimento.

Com a obra pronta, o empre-endedor busca junto à Prefeitura o Alvará de Funcionamento, que é conduzido ao INEA. O INEA avalia todos os condicionantes do processo de licenciamento e estando tudo em concordân-cia emite a Licença Operacional (LO). Uma Licença Operacional tem validade mínima de quatro anos e máxima de 10 anos. Após este prazo, as condicionantes são reavaliadas dentro de severa ava-liação do respeito ao meio ambien-te, que é quantificado por índices previamente estabelecidos antes da LO. Durante a validade de uma LO o empreendimento é constan-temente submetido a auditorias.

Este foi apenas um resumo, e aqui dá para percebermos o ta-manho do trabalho envolvido apenas em estudos, acordos com a população, condicionantes e burocracia. Mesmo sendo um resumo acredito que eu tenha me equivocado em algum detalhe, mas fica o registro do quanto é difícil conduzir o licenciamento de um empreendimento novo no Brasil. E este efetivamente é um dos principais motivos das graves dificuldades em infraestrutura e logística que temos, onde os gover-nos não constroem praticamente nada e criam todas as dificuldades possíveis para a iniciativa privada.

O Brasil precisa amadurecer muito em seus processos de li-cenciamento , o desenvolvimento é vetor de empregabilidade e ren-da, assim como a correta proteção ambiental é vetor de qualidade de vida, mas a falta de equilíbrio nestes conceitos geram distor-ções que associadas a burocracia evidencia o que somos, um país sem qualidade de vida, que polui o meio ambiente, que possui um parque industrial de pouco valor agregado e que vive de exportar matérias primas (commodities), isto infelizmente há 500 anos.

QUESTÃO DELOGÍSTICATecnólogo em Logística Gernandes Mota

Télio Barreto, 28, no Centro, levando os seguintes documentos originais: carteira de identidade, CPF, cartei-ra de trabalho e ainda um currículo

atualizado. O horário de atendimen-to ao público é das 8h às 16h, de se-gunda a sexta-feira. Os telefones são (22) 2796-1255, 2796-1226.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 20 e segunda-feira, 21 de julho de 2014 13

ESPORTE

Camisas do Brasil encalham no comércio de MacaéCom o resultudo negativo no Mundial, a venda dos acessórios caiu. A procura tem sido grande por blusas da Alemanha

Maira [email protected]

Após a derrota humi-lhante do Brasil para a Alemanha pela Copa do

Mundo, o ânimo dos torcedo-res brasileiros foi embora junto com a participação da Seleção na competição, fazendo assim, com que grande parte dos ar-tigos relacionados ao tema fi-cassem encalhados no comér-cio de Macaé, sendo necessário baixar os preços para desovar os estoques e não ter prejuízos.

A avaliação do comércio da região é de que buzinas, cor-

netas, bolas, apitos, bandeiras e camisetas viraram encalhe. Já a maior procura tem sido por camisas da atual campeã mundial, a Alemanha, por con-ta da "simpatia" criada com o Flamengo.

Segundo a vendedora Mi-chele, de uma loja do comércio popular, no início do Mundial a procura foi tão grande que foi necessário a reposição do material, principalmente ca-misas, mas que depois da der-rota por 7 a 1, as vendas cairam completamente, sendo neces-sário diminuir o custo de R$ 60 para R$ 30.

A experiência vivida por Mi-chele também é passada pela vendedora Daiana, de uma loja de material esportivo.

"Caiu bastante a venda, an-tes vinha saindo muito, agora a procura é pela blusa da Ale-manha. Sobrou muita blusa e continuamos vendendo, colo-cando o preço de R$ 50 para R$ 20", disse

Apesar de ter diminuído a procura por acessórios do Brasil, a expectativa dos vende-dores é de que esses produtos sejam reutilizados no ano que vem para as Olímpiadas que será sediada no país.

KANÁ MANHÃES

Após a derrota da Seleção por 7 a 1, diminuiu a procura e venda das camisas do Brasil

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