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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda- feira, 28 de dezembro de 2015 Ano XL, Nº 8901 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Câmara vota nesta terça orçamento de R$ 2.081 bilhões Projeto encaminhado pelo governo já recebeu 230 propostas de emendas elaboradas por parlamentares A Câmara de Vereadores vai encerrar as atividades le- gislativas de 2015 nesta terça- feira (29), cumprindo uma das tarefas mais árduas para o parlamento municipal: a deli- beração final sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que aponta a previsão de arre- cadação de 2.081 bilhões para o próximo ano. E só para ampliar ainda mais a complexidade do processo, o Legislativo analisa- rá em uma mesma sessão as 230 emendas ao projeto do Executi- vo, já registradas por vereadores na secretaria da Casa. Enviada pelo governo desde outubro deste ano à Câmara, o projeto da LOA sofreu alteração importan- te, com base na redução de es- timativa de receitas para 2016. Com a aplicação da redução tributária de R$ 16 milhões, fruto do pacote de incentivos fiscais elaborado pelo governo para a indústria, a previsão or- çamentária para o próximo ano caiu de R$ 2.098 bilhões para R$ 2.081 bilhões. PÁG. 3 POLÍTICA WANDERLEY GIL Macaé prepara maior Réveillon da região ECONOMIA Com a estrutura de fogos piromusicais, que explodirão na sincronia de uma melodia especial, o Réveillon em Macaé promete ser o maior e mais be- lo espetáculo montado entre as cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos. A progra- mação apresentada pela subse- cretaria municipal de Turismo, para brindar a chegada de 2016, segue a tradição da cidade em dois aspectos: o de retornar a festa principal para a Praia dos Cavaleiros e a de proporcionar aos moradores das áreas próxi- mas a Barra de Macaé e do Par- que Aeroporto eventos próprios e de qualidade. PÁG. 6 Ao final de uma visita oficial de 10 dias ao Brasil, o Grupo de Trabalho das Nações Unidas so- bre Empresas e Direitos Huma- nos encorajou o país a aumen- tar seus esforços para alcançar desenvolvimento econômico de uma maneira que respeite os direitos humanos. De acordo com o relator Pavel Sulyandziga, o Brasil precisa encontrar um equilíbrio em ações sociais. PÁG. 9 Cadastro segue até dia 30 GERAL Progresso e respeito aos direitos humanos EXPECTATIVA DE URBANIZAÇÃO BAIRROS EM DEBATE - NOVO BOTAFOGO Comunidade situada na área norte convive com problemas relativos à infraestrutura O acesso à educação, saúde, alimen- tação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, segurança, saneamento básico, entre outros, é um direito assegurado pela Constitui- ção Federal de 1988. Além disso, esses itens são fundamentais para promoção de uma melhor qualidade de vida para a população. Só que, quando se trata do Novo Botafogo isso está lon- ge de ser uma realidade. Na verdade, a situação de quem vive ali é completamente oposta. Há cerca de um ano e meio, o Bairros em Debate esteve visitando a comunidade, que é conside- rada uma das mais carentes do município. Essa semana, nossa equipe de reportagem voltou ao local para saber como está a vida das mais de 300 famílias que vivem ali. PÁG. 8 KANÁ MANHÃES População denuncia despejo de produtos químicos em córrego POLÍTICA EDUCAÇÃO KANÁ MANHÃES Proposta é aumentar a produção de hortaliças "Teremos melhores índices na Saúde" Casa do Caminho prepara atividades Prefeito conheceu no Rio de Janeiro modelo de atenção básica PÁG. 3 Instituição vai completar 27 anos de trabalho social no município PÁG. 7 KANÁ MANHÃES Dr. Aluízio e secretário de Saúde, Pedro Reis, conheceram modelo de gestão no Rio ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 38º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS Corrupção é crime contra a sociedade Ascom celebra resultados de 2015 Cultura prioriza identidade participativa Síndrome Látex: cuidado com alimentos Ramiro Campos faz abordagem sobre problema nacional PÁG. 5 Grupo de atletas supera desafios em competições PÁG. 7 Fundação apresenta nova estratégia de gestão PÁG. 5 CAD 2 Cuidado e diagnóstico podem salvar vidas CAPA KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL EM OPERAÇÃO MATRÍCULA PARA EJA SERÁ REABERTA PORTAL PROMOVE CONTROLE SOCIAL POLÍCIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.6 Setor Verbas Gabinete do Prefeito R$ 11,5 milhões Procuradoria R$ 30,8 milhões Governo R$ 5,9 milhões Planejamento R$ 2,5 milhões Proteção e Defesa Civil R$ 2,4 milhões Fazenda R$ 96 milhões Controladoria R$ 4,2 milhões Saúde R$ 250 milhões Educação R$ 454 milhões Desenvolvimento Econômico R$ 6 milhões ambiente R$ 10,1 milhões Defesa do Consumidor R$ 1,4 milhão Desenvolvimento Social R$ 13,1 milhões Gabinete do vice-prefeito R$ 892 mil Gestão Pública R$ 77,5 milhões Ordem Pública R$ 26,5 milhões Mobilidade Urbana R$ 62,8 milhões Obras e Urbanismo R$ 99,3 milhões Serviços Públicos R$ 127,9 milhões Habitação R$ 4,4 milhões Interior R$ 6 milhões Comunicação R$ 12,6 milhões Agroeconomia R$ 5 milhões Esane R$ 4,6 milhões Fesporte R$ 11,1 milhões Fundação de Cultura R$ 7,1 milhões Fundo de Saúde R$ 85,2 milhões Fundação Hospitalar R$ 187 milhões Funemac R$ 6,7 milhões IMCT R$ 2,7 milhões Fumdec R$ 5 milhões Fundo Ambiental R$ 1,2 milhões Fundo da criança R$ 508 mil Macaeprevi R$ 70,9 milhões Fundo de Transporte R$ 15,1 milhões Total R$ 2.081.650.000,00 ORÇAMENTO Estimativa de despesas em 2016

Noticiário 27 12 15

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Page 1: Noticiário 27 12 15

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015Ano XL, Nº 8901Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Câmara vota nesta terça orçamento de R$ 2.081 bilhõesProjeto encaminhado pelo governo já recebeu 230 propostas de emendas elaboradas por parlamentaresA Câmara de Vereadores vai encerrar as atividades le-gislativas de 2015 nesta terça-feira (29), cumprindo uma das tarefas mais árduas para o parlamento municipal: a deli-beração final sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que aponta a previsão de arre-cadação de 2.081 bilhões para o

próximo ano. E só para ampliar ainda mais a complexidade do processo, o Legislativo analisa-rá em uma mesma sessão as 230 emendas ao projeto do Executi-vo, já registradas por vereadores na secretaria da Casa. Enviada pelo governo desde outubro deste ano à Câmara, o projeto da LOA sofreu alteração importan-

te, com base na redução de es-timativa de receitas para 2016.

Com a aplicação da redução tributária de R$ 16 milhões, fruto do pacote de incentivos fiscais elaborado pelo governo para a indústria, a previsão or-çamentária para o próximo ano caiu de R$ 2.098 bilhões para R$ 2.081 bilhões. PÁG. 3

POLÍTICA

WANDERLEY GIL

Macaé prepara maior Réveillon da região

ECONOMIA

Com a estrutura de fogos piromusicais, que explodirão na sincronia de uma melodia especial, o Réveillon em Macaé promete ser o maior e mais be-lo espetáculo montado entre as cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos. A progra-mação apresentada pela subse-cretaria municipal de Turismo, para brindar a chegada de 2016, segue a tradição da cidade em dois aspectos: o de retornar a festa principal para a Praia dos Cavaleiros e a de proporcionar aos moradores das áreas próxi-mas a Barra de Macaé e do Par-que Aeroporto eventos próprios e de qualidade. PÁG. 6

Ao final de uma visita oficial de 10 dias ao Brasil, o Grupo de Trabalho das Nações Unidas so-bre Empresas e Direitos Huma-nos encorajou o país a aumen-tar seus esforços para alcançar desenvolvimento econômico de uma maneira que respeite os direitos humanos. De acordo com o relator Pavel Sulyandziga, o Brasil precisa encontrar um equilíbrio em ações sociais. PÁG. 9

Cadastro segue até dia 30

GERAL

Progresso e respeito aos direitos humanos

EXPECTATIVA DE URBANIZAÇÃOBAIRROS EM DEBATE - NOVO BOTAFOGO

Comunidade situada na área norte convive com problemas relativos à infraestrutura

O acesso à educação, saúde, alimen-tação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, segurança, saneamento básico, entre

outros, é um direito assegurado pela Constitui-ção Federal de 1988. Além disso, esses itens são fundamentais para promoção de uma melhor qualidade de vida para a população. Só que, quando se trata do Novo Botafogo isso está lon-ge de ser uma realidade. Na verdade, a situação de quem vive ali é completamente oposta. Há cerca de um ano e meio, o Bairros em Debate esteve visitando a comunidade, que é conside-rada uma das mais carentes do município. Essa semana, nossa equipe de reportagem voltou ao local para saber como está a vida das mais de 300 famílias que vivem ali. PÁG. 8

KANÁ MANHÃES

População denuncia despejo de produtos químicos em córrego

POLÍTICA EDUCAÇÃOKANÁ MANHÃES

Proposta é aumentar a produção de hortaliças

"Teremos melhores índices na Saúde"

Casa do Caminho prepara atividades

Prefeito conheceu no Rio de Janeiro modelo de atenção básica PÁG. 3

Instituição vai completar 27 anos de trabalho social no município PÁG. 7

KANÁ MANHÃES

Dr. Aluízio e secretário de Saúde, Pedro Reis, conheceram modelo de gestão no Rio

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 38º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

Corrupção é crime contra a sociedade

Ascom celebra resultados de 2015

Cultura prioriza identidade participativa

Síndrome Látex: cuidado com alimentos

Ramiro Campos faz abordagem sobre problema nacional PÁG. 5

Grupo de atletas supera desafios em competições PÁG. 7

Fundação apresenta nova estratégia de gestão PÁG. 5 CAD 2

Cuidado e diagnóstico podem salvar vidas CAPA

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL EM OPERAÇÃO

MATRÍCULA PARA EJA SERÁ REABERTA

PORTAL PROMOVE CONTROLE SOCIAL

POLÍCIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.6

Setor VerbasGabinete do Prefeito R$ 11,5 milhõesProcuradoria R$ 30,8 milhõesGoverno R$ 5,9 milhõesPlanejamento R$ 2,5 milhõesProteção e Defesa Civil R$ 2,4 milhõesFazenda R$ 96 milhõesControladoria R$ 4,2 milhõesSaúde R$ 250 milhõesEducação R$ 454 milhõesDesenvolvimento Econômico R$ 6 milhõesambiente R$ 10,1 milhõesDefesa do Consumidor R$ 1,4 milhãoDesenvolvimento Social R$ 13,1 milhõesGabinete do vice-prefeito R$ 892 milGestão Pública R$ 77,5 milhõesOrdem Pública R$ 26,5 milhõesMobilidade Urbana R$ 62,8 milhõesObras e Urbanismo R$ 99,3 milhõesServiços Públicos R$ 127,9 milhõesHabitação R$ 4,4 milhõesInterior R$ 6 milhõesComunicação R$ 12,6 milhõesAgroeconomia R$ 5 milhõesEsane R$ 4,6 milhõesFesporte R$ 11,1 milhõesFundação de Cultura R$ 7,1 milhõesFundo de Saúde R$ 85,2 milhõesFundação Hospitalar R$ 187 milhõesFunemac R$ 6,7 milhõesIMCT R$ 2,7 milhõesFumdec R$ 5 milhõesFundo Ambiental R$ 1,2 milhõesFundo da criança R$ 508 milMacaeprevi R$ 70,9 milhõesFundo de Transporte R$ 15,1 milhõesTotal R$ 2.081.650.000,00

ORÇAMENTO

Estimativa de despesas em 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 307 PUBLICAÇÃO: 25 DE NOVEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAInfraestrutura lidera lista de demandas registradas na Fronteira

A falta de infraestrutura li-derou a lista de reclamações dos moradores da Fronteira que participaram da Câmara Itinerante realizada na manhã do último sábado, dia 19. Na penúltima Audiência Pública dos bairros de 2015, a Câmara de Vereadores cumpriu mais uma etapa do projeto que visa dar voz e ouvidos aos morado-res de bairros, comunidades e distritos da Serra. Conduzida pelo presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), a sessão foi promovida na co-munidade através do requeri-mento solicitado pelo primeiro vice-presidente do Legislativo, Julinho do Aeroporto (PPL). Ao acompanhar a realidade do local, o parlamentar ressaltou a necessidade da relação pró-xima entre os moradores e o Legislativo.

NOTA

Macaé arrecada R$ 30 milhões com última parcela dos royalties

Repassada na última sexta-feira (18) pela Secretaria de Tesouro Nacional, parcela garante à Capital Nacional do Petróleo um "bônus" de R$ 3 milhões, em comparação ao volume de receitas registrado pela cidade em novembro

INCENTIVO ESPECIALEquipe da UFRJ e profissionais da CATAN auxiliam obesos a perder peso e garantir saúde

Secretário inaugura instalações do Corpo de Bombeiros

Ao visitar a cidade de Macaé na manhã de terça-feira, dia 24, onde permaneceu por duas horas e quarenta minutos, o Secretário de Se-gurança Pública, General Valdir Muniz, depois de inaugurar as novas instalações do 9º SGI (Subgrupamento de Incêndio, comandado pelo Major Raul Medeiros Reis, percorrendo todas as dependências quando se encontrava ao lado do Coronel Renato Ribeiro da Silva, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros e de autoridades convidadas para a solenidade, afirmou que está providenciando a instalação de uma Coodena-doria e de um Batalhão da Polícia Militar para dar mais segurança ao município.

AMCAV cobra melhoria para o bairro Cavaleiros

Sábado último, na sede da AABB, As-sociação Atlética Banco do Brasil, acon-teceu um churrasco de confraternização promovido pela AMCAV - Associação dos Moradores do Bairro Cavaleiros. O presi-dente da AMCAV, Dr. Ricardo Maranhão, reuniu associados e autoridades, que fo-ram convidadas a prestarem explicações acerca de falhas de apoio às reivindicações daquela associação, ou apoio prestado re-centemente a algumas solicitações.

Forte comemora Intentona Comunista

O Major João Batista Toleldo Camargo - Co-

mandante do Forte Marechal Hermes, está convidando para a solenidade em memória dos mortos da Intentona Comunista de 1935, a realizar-se na própria sexta-feira, dia 27, na Praça Washington Luiz.

Câmara aprova convênio da Prefeitura com Colônia de Pescadores

Na reunião realizada dia 19 passado, a Câ-mara Municipal de Macaé aprovou projeto de lei autorizando o Chefe do Poder Executivo a celebrar convênio com a Colônia de Pescado-res Z-3, tendo como objetivo a edificação de um novo mercado de peixes junto ao Mercado Municipal.

Distritos da serra são opções para o verão. Em determinadas localidades, o turista deve estar atento às normas de visitação.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 3

Política

Dr. Aluízio: "Teremos melhores índices na Saúde em 2016"

GESTÃO

Prefeito conheceu no Rio de Janeiro modelo de atenção básica que será implantado na cidade

A Saúde divide com a Edu-cação o peso dos efeitos sociais gerados pela crise econômica que se abateu sobre cerca de 10 mil famílias que perderam emprego na cidade, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Um universo que po-de alcançar o patamar de 20 mil postos de trabalho encerrados neste ano, levando em consi-deração a retração de negócios e de atividades realizadas nas unidades o­shore sediadas na Bacia de Campos.

Apesar desse cenário deso-lador, que tende a se manter em 2016, o governo municipal buscará na otimização e na efi-ciência de gestão dos recursos públicos o mecanismo capaz de registrar melhores indicadores no sistema público da cidade, que registra a peculiaridade de integrar, desde unidades de atenção básica até a manuten-ção de um dos principais hospi-tais de média e alta complexida-de do interior do Estado do Rio de Janeiro.

"É um desafio, mas vamos buscar na eficiência a forma de garantir o melhor atendimen-to com o menor custo. Esse é o modelo ideal de gestão em saú-de pública", destacou o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB).

Focado em buscar alternati-

vas que possam garantir uma maior dinâmica, com resulta-dos nos atendimentos presta-dos pela rede pública, o governo conheceu, nesta semana, no Rio de Janeiro um modelo de gestão de atenção básica que poderá ser implementado na Capital Nacional do Petróleo em 2016.

Na última terça-feira (22), o prefeito visitou instalações de uma clínica da família sediada no Rio de Janeiro, que integra a rede pública de saúde mantida pela prefeitura da Capital do Estado.

Ao lado do secretário muni-cipal de Saúde, Dr. Pedro Reis, e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, Van-

KANÁ MANHÃES

Prefeito Dr. Aluízio e secretário de Saúde, Pedro Reis, conheceram modelo de gestão no Rio

dré Guimarães, Dr. Aluízio co-nheceu um sistema de gestão que poderá utilizar a estrutura das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade para ampliar a gama de serviços prestados à população de toda a cidade.

"Nós idealizamos um mode-lo de saúde que unifique, em um mesmo espaço, uma sé-rie de serviços que tornarão o atendimento ao cidadão mais eficiente. Isso ajuda a reduzir o custeio na Saúde, direcionando recursos para ampliar a oferta de procedimentos destinados à população", destacou o prefeito.

Apesar de prever um orça-mento R$ 350 milhões menor que o estimado para 2015, o

governo pretende aplicar na Saúde em 2016 mais de R$ 533 milhões, o que representa um crescimento de cerca de R$ 12 milhões ao planejado para este ano (R$ 521 milhões).

"Nós precisamos nos adaptar ao novo momento econômico e social que a cidade e a região en-frenta, sem garantir ao cidadão o atendimento necessário para a sua qualidade de vida", apon-tou o prefeito.

É bom destacar que dos inves-timentos aplicados pelo gover-no na Saúde 90% são oriundos da arrecadação própria.

Para 2015, dos R$ 533 milhões previstos para serem investidos, cerca de R$ 53 milhões são rela-tivos aos repasses do SUS.

Setor VerbasGabinete do Prefeito R$ 11,5 milhõesProcuradoria R$ 30,8 milhõesGoverno R$ 5,9 milhõesPlanejamento R$ 2,5 milhõesProteção e Defesa Civil R$ 2,4 milhõesFazenda R$ 96 milhõesControladoria R$ 4,2 milhõesSaúde R$ 250 milhõesEducação R$ 454 milhõesDesenvolvimento Econômico R$ 6 milhõesambiente R$ 10,1 milhõesDefesa do Consumidor R$ 1,4 milhãoDesenvolvimento Social R$ 13,1 milhõesGabinete do vice-prefeito R$ 892 milGestão Pública R$ 77,5 milhõesOrdem Pública R$ 26,5 milhõesMobilidade Urbana R$ 62,8 milhõesObras e Urbanismo R$ 99,3 milhõesServiços Públicos R$ 127,9 milhõesHabitação R$ 4,4 milhõesInterior R$ 6 milhõesComunicação R$ 12,6 milhõesAgroeconomia R$ 5 milhõesEsane R$ 4,6 milhõesFesporte R$ 11,1 milhõesFundação de Cultura R$ 7,1 milhõesFundo de Saúde R$ 85,2 milhõesFundação Hospitalar R$ 187 milhõesFunemac R$ 6,7 milhõesIMCT R$ 2,7 milhõesFumdec R$ 5 milhõesFundo Ambiental R$ 1,2 milhõesFundo da criança R$ 508 milMacaeprevi R$ 70,9 milhõesFundo de Transporte R$ 15,1 milhõesTotal R$ 2.081.650.000,00

ORÇAMENTO

Estimativa de despesas em 2016

PREVISÃO

Câmara vota nesta terça orçamento de R$ 2.081 biProjeto encaminhado pelo governo já recebeu 230 propostas de emendas elaboradas por parlamentares. Metas serão debatidas em sessão especialMárcio [email protected]

A Câmara de Vereadores vai encerrar as atividades legislativas de 2015 nes-

ta terça-feira (29), cumprindo uma das tarefas mais árduas para o parlamento municipal: a deliberação final sobre o pro-jeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que aponta a previsão de arrecadação de 2.081 bilhões pa-ra o próximo ano.

E só para ampliar ainda mais a complexidade do processo, o Legislativo analisará em uma mesma sessão as 230 emen-das ao projeto do Executivo, já registrada por vereadores na secretaria da Casa.

Enviada pelo governo desde outubro deste ano à Câmara, o projeto da LOA sofreu alteração importante, com base na redu-ção de estimativa de receitas para 2016.

Com a aplicação da redução tributária de R$ 16 milhões, fruto do pacote de incentivos fiscais elaborado pelo governo para a indústria, a previsão or-çamentária para o próximo ano

caiu de R$ 2.098 bilhões para R$ 2.081 bilhões.

Ao que tudo indica, e mesmo com a crise, Macaé vai assumir o ranking do maior orçamento entre os municípios das regiões Norte, Noroeste e dos Lagos, superando Campos dos Goyta-cazes, cuja arrecadação segue afetada pela redução drástica dos repasses das receitas do petróleo.

De acordo com o projeto apresentado pela secretaria municipal de Planejamento, a prefeitura vai destinar R$ 533 milhões no custeio da Saúde em 2016.

Já 454 milhões serão aplica-dos nas atividades, programas, benefícios e no pagamento dos servidores da Educação.

Para 2016, a prefeitura pre-tende investir cerca de R$ 99 milhões em obras. Já no custeio dos serviços de urbanização e infraestrutura da cidade serão destinados R$ 127 milhões.

Além da votação do projeto, a Câmara vai definir também a aplicação das Emendas Imposi-tivas, ferramentas não executa-das com exatidão pelo governo nos últimos três anos.

WANDERLEY GIL

Câmara realiza nesta terça sessão extraordinária

Dr. Eduardo Cardoso (PPS) conduzirá sessão extraordinária da Câmara nesta terça-feira

NOTA

PONTODE VISTA

Faltando quatro dias para o encerramento do ano que ficou marcado por uma série de escândalos ocorridos em várias partes do país, ganhando destaque - embora ninguém assim o desejasse - a corrupção incrustada na Petrobras que chegou a ser a 25ª maior empresa do mundo, orgulho de todos nós, brasileiros, ainda estamos longe de enxergar um ponto de luz que sirva para orientar empresas, empregados e acionistas que acreditaram na “festança” do milagroso pré-sal.

Antes da era do petróleo predominar em Macaé, o município conhecido então como “Princesinha do Atlântico”, pelas suas belezas naturais e disputando com Cabo Frio lugar de destaque para o turismo, era também ponto de apoio para quem preferia Guarapari (ES), pelas famosas areias monazíticas, que na década de 60 a praia de Imbetiba também ostentava com a areia preta.

No começo do ano será dada a largada para as candidaturas que aspiram o cargo de prefeito. Como o Congresso pretende abrir uma janela para acomodação dos políticos nas siglas partidárias - agora o prazo é abril, seis meses antes das eleições - podem acontecer surpresas.

“Caiu na rede é peixe”... Pegou mal a SIT Macaé Transportes S/A informar no último dia 18 aos empregados que estaria disponibilizando apenas metade da segunda parcela do 13º por falta de recursos. A SIT recebe mais de R$ 70 milhões por ano de subsídios, sem contar o montante arrecadado com as passagens. Cadê o...

Até domingo

Frustração geral da galera que pensava assistir da Praia dos Cavaleiros, e em toda a extensão do litoral macaense a queima de fogos no Réveillon. No início desta semana, a prefeitura anunciou que o espetáculo pirotécnico será outra vez na Lagoa de Imboassica. Quem sabe no ano que vem...

Mais um ano...

Despertar para o turismo

A cada dia, um capítulo ne-gro é escrito na história com as ações desencadeadas pelas investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, tendo como suporte o juiz Sérgio Moro, demonstrando com sua capacidade ímpar de entender e aplicar a lei, dura, doe a quem doer. Pela primei-ra vez na história, os crimes praticados pelos poderosos homens de colarinho bran-co, assim conhecidas aquelas pessoas ricas e que se veem li-vres por pagarem renomados juristas a peso de ouro, pare-ce não estar longe do castigo que fazem por merecer: estar atrás das grades. Os repre-sentantes políticos que, pelo que se observa, foram os mais beneficiados pelo escandalo-so esquema e que, num efei-

to cascata, abrange, além dos poderes da União, os estados e municípios, não merecem o respeito da sociedade e os índices de popularidade ca-em a níveis jamais vistos, por fazerem do cargo o primeiro passo para o poder, buscando a imunidade e a impunidade, custe o que custar. Ninguém imaginaria que o Brasil que teve seus pilares econômicos e fiscais recuperados em 1994 com a implantação do Plano Real, fazendo a alegria dos milhões de brasileiros que tinham como maior inimigo o fantasma da inflação galo-pante, voltaria a ter o mesmo problema nos dias de hoje por causa da absoluta falta de controle fiscal, econômico e político. Enfim, que 2016 seja melhor do que 2015.

Como não existia a BR-101, onde apenas a Rodovia Ama-ral Peixoto (RJ-106) era a li-gação entre os dois estados, a cidade se tornou nacional-mente conhecida, graças tam-bém ao Restaurante do Ha-roldo, próximo à velha ponte sobre o Rio Macaé. Lembrar aqui os pontos turísticos co-mo as ilhas do Papagaio, Fran-cês e Santana, a imponência do Forte Marechal Hermes, a secular Igreja de Santana, o Castelo, a Rua da Praia, que chamavam a atenção das muitas pessoas que se torna-ram apaixonadas, e resolve-ram ficar aqui radicados, pode parecer saudosismo. E é. O es-paço é pequeno para registrar muitos fatos importantes, in-clusive a respeito do Carnaval que, quando se aproximava, dezenas de ônibus de turis-mo chegavam à cidade, es-pecialmente no verão. O mu-nicípio, importante por ser a sede das Coordenadorias da Região dos Lagos, sofreu uma

mudança brusca quando, em 1974, foi descoberto o cam-po de Garoupa. A partir daí, passou a pertencer ao Norte Fluminense. A indústria do petróleo, hoje decadente e perdendo espaço por causa das crises mundial e nacio-nal, obriga os macaenses a repensar o futuro e, dona da segunda maior rede hotelei-ra do Estado, volte a mirar o turismo como economia pu-jante. Mas, para isso, é neces-sário urgência para reforçar a pista do aeroporto e voltar a receber voos comerciais, a representação política “bri-gar” pela rapidez nas obras de duplicação da BR-101, assim como conceder incentivos para que a iniciativa privada volte seus olhos e esperanças para a indústria do turismo que, embora não seja tão rica como o ouro negro, traz resul-tados magníficos, desde que se explore o turismo - e não o turista - como em muitos lugares.

PONTADA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Opinião NOTA

Distritos da serra são opções para o verão. Em determinadas localidades, o turista deve estar atento às normas de visitação.

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Em menos de cinco anos, o setor de educação, que já tem vivenciado grandes mudanças, ficará ainda mais dinâmi-co. Tendências de mobilidade, educação sem fronteiras, modelos alternativos de ensino e big data, por exemplo, têm ganhado força na sociedade e exigem adaptações e criatividade das instituições de ensino superior tradicio-nais, que precisam criar estratégias para atender, com eficiência, o novo perfil de aluno que compõe boa parte do corpo discente das instituições: os não tradicionais.

É preciso entender o novo aluno

No Brasil, são considerados tradi-cionais, os jovens que saem do Ensino Médio com, praticamente, 18 anos, in-gressam na universidade, estudam em período integral e não exercem outras atividades, além dos estudos. Já os não tradicionais, geralmente, arcam com as próprias despesas acadêmicas; in-gressam tarde na universidade; ou não dispõem de tanto tempo assim para os estudos, pois conciliam com outras responsabilidades. E, de acordo com um estudo do National Center for Educa-tion Statistics, órgão norte-americano de educação, até 2020, 85% dos estudan-tes terão esse perfil. Mas, como as uni-versidades podem atender as exigências dos estudantes que dispõem de pouco tempo e querem se dedicar à universi-dade? Usando tecnologias e modelos alternativos de ensino e aprendizagem como ferramentas para atrair e reter es-se aluno junto à Instituição de Ensino e à comunidade acadêmica.

Nesse cenário, o ensino a distân-cia e o blended learning, conhecido igualmente como ensino híbrido, por misturar o presencial e online, serão capazes de atender o novo aluno. E, com o apoio de novas tecnologias que podem simplificar os investimentos em educação, as instituições conse-guirão centralizar o ensino no aluno. Algumas ferramentas já permitem a interação do aluno com o conteúdo, professor e colegas de classe; e outras, como as analíticas, oferecem dados estratégicos para os professores e instituição de ensino. Dessa forma, é possível conhecer a jornada acadêmi-ca, identificar dificuldades pontuais e atender o aluno individualmente. Existe, ainda, espaço para tendências e metodologias como as de aprendiza-gem ativa, educação sem fronteiras e a mobilidade, que devem estar alinha-das à estratégia pedagógica das IES.

Por isso, para que as instituições consigam melhorar a qualidade da educação é preciso rever o modelo tradicional de ensino, que foi criado para ser replicado em massa e está comprovadamente defasado, para dar espaço às novas técnicas e tecno-logias, a fim de atender o aluno de for-ma individual, identificar e trabalhar suas dificuldades de forma pontual, contribuindo efetivamente para o seu desenvolvimento. Não se pode ter medo de experimentar. É preci-so vencer o formato passivo de aula e centralizar o ensino no estudante, tornando-o protagonista de sua traje-tória de aprendizagem, e para fazê-lo, algumas dessas tendências tornam-se estratégias necessárias para construir uma educação mais ativa e envolven-te. Afinal, o que leva o aluno a escolher uma instituição de ensino superior? É apenas a distância? A nota do curso no ENADE? Não. Hoje, essa escolha é norteada por uma variedade de fa-tores que podem, de fato, contribuir para o futuro do estudante como pro-fissional e na metodologia que mais se encaixa no seu perfil.

Já começamos a ver a tecnologia facilitando a inclusão de novos mo-delos de ensino e aprendizagem, e instituições investindo em inovações e estratégias para ajudar a atender o novo aluno. E, em pouco tempo, não teremos mais um modelo de apren-dizagem brasileiro, ou modelo americano, mas diversos mo-delos integrados que poderão ser usados para alcançar uma mesma finalidade: a expansão do conhecimento.

Pavlos Dias é gerente nacional de operações da Blackboard Brasil

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CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

O momento é decisivo para o futuro da economia do país, principalmente no que diz respeito às atividades de exploração e produção de petróleo. Enquanto não houver uma demonstração clara do governo federal so-bre o atendimento às pautas apresentadas pelas grandes empresas do setor, ao que tudo indica, não haverá a tão esperada 'luz no fim do túnel'.

Escuridão

É fato que o cenário do pe-tróleo internacional ainda é de incertezas quanto à cotação dos barris de óleo bruto e gás natu-ral. Com a intervenção da OPEP (Organização dos Países Expor-tadores de Petróleo), a deman-da excedente desses recursos minerais e a desaceleração das economias pujantes que conso-mem o 'ouro negro', a perspecti-va ainda é de queda no preço da matéria-prima para a elevação do Brasil como uma das princi-pais potências mundiais.

No instante em que a Asso-ciação Brasileira de Empresas de Serviços do Petróleo (Abes-petro) aponta que as grandes companhias do setor ainda disponibilizam um potencial de investimento de mais de 700 bilhões de dólares em atividades de exploração e de produção, en-tende-se que o atual momento de queda do mercado offshore no mundo é sazonal.

O que dificulta o mercado do petróleo brasileiro ainda é a vi-são retrógrada das regras de pla-nejamento do desenvolvimento do setor, baseadas em um perfil político manchado pela corrup-ção e pela construção de um pro-

jeto de poder que já se mostrou nocivo para o país.

Enquanto não houver a dis-cussão séria, sem embates po-líticos e análises eleitorais, no que diz respeito à modificação do marco regulatório do pré-sal, o Brasil não alcançará a compe-titividade necessária para atrair uma parcela significativa desses investimentos internacionais, que poderão ser migrados para outras potências petrolíferas, como o México e nações da África.

A verdade é que o Brasil não pode parar diante de um siste-ma político falido, desacreditado pela sucessão de erros adminis-trativos associados a barganhas partidárias que remontam ao tempo do descobrimento.

Responsável por gerar o de-senvolvimento econômico e social do país, a indústria se co-loca em uma posição institucio-nal voltada a garantir o retorno do crescimento brasileiro. Se o governo federal não respeita e não consegue ouvir o que o se-tor tem a dizer, o jeito é mesmo 'pedir para sair', retomando a condução da gestão nacional às mãos do povo.

EntregaEstá prevista para janeiro a inauguração do Cine Clube Macaé, um projeto executado por cerca de seis anos através da parceria entre a prefeitura e a Petrobras. Já foi acertado entre a estatal e a Fundação Municipal de Cultura (FMC) que o prédio se tornará sede da Esco-la Municipal de Dança, além de receber uma série de exposições, apresentações e eventos voltados a disseminar a arte para a população do município.

Operações Ainda ocorrem de forma indiscriminada e intensa as operações de carga no trecho da Avenida Presidente Sodré, em frente ao Mer-cado de Peixes. As atividades ocorrem sem-pre à noite e representam a demanda reprimi-da da logística offshore, não suprimida pelo Porto de Imbetiba. Enquanto o licenciamento prévio do Tepor segue emperrado no Inea, a logística do petróleo ocorre parcialmente im-provisada na cidade.

Vigilância A 'ciclovigilância' realizada por agentes da Guarda Municipal era bastante funcional para garantir a segurança das pessoas que circulam pela orla da Praia dos Cavaleiros. Com a chegada do verão, o local torna-se a área de lazer mais movimentada da ci-dade, o que requer uma atenção maior da secretaria municipal de Ordem Pública. O trabalho será reforçado também pela es-tratégia de segurança do 32º Batalhão de Polícia Militar.

Água Enquanto a Nova Cedae anuncia uma série de investimentos em infraestrutura para elevar o abastecimento de água em cidades situadas na região da Grande Rio, Macaé ainda vive à mercê de estratégias improvisadas, que geram uma série de transtornos à cidade e à população. Com isso, é inevitável o registro de escassez de água nas casas da população macaense durante a alta temporada do verão, entre janeiro e março do próximo ano.

União Mais do que nunca, lideranças políticas que se apresentam na linha de oposição se unem com vistas ao processo eleitoral do próximo ano. É que, recentes especulações sobre pré-candidaturas, apontam um desempenho satisfatório de nomes que buscam ganhar destaque perante o eleitorado municipal. Se unificarem o discurso, eles podem movimen-tar a tabela do jogo do poder na cidade. Mas, até outubro, muita coisa ainda vai rolar.

Escola Será que o governo do Estado vai ter caixa para terminar as obras da nova escola do Lagomar? O prédio já foi erguido e a fase de acabamento iniciada. Porém, as intervenções tiveram que ser interrompidas em virtude da falta de dinheiro. A equipe estadual de Edu-cação garantiu que a unidade vai estar pronta para o ano letivo de 2017. Porém, diante da crise que o governador Pezão (PMDB) en-frenta, fica difícil de acreditar que a promessa será cumprida.

Mosquito Os 'cinco minutos que salvam vidas' tornam-se a principal arma da cidade contra o Aedes Aegypti. Portanto, semanalmente, a popula-ção deve fazer o dever de casa e fazer uma varredura em imóveis, com objetivo de elimi-nar qualquer possível criadouro do mosquito. Em se tratando de risco de epidemia, é pre-ciso recrutar a todos, de adultos a crianças, com objetivo de afastar um triste cenário para a saúde pública da cidade.

Legislativo A Câmara de Vereadores vai trabalhar ainda nesta semana. O recesso parlamentar esta-va previsto para ser iniciado na última terça-feira, dia 15. Porém, diante do volume de matérias a serem votadas, e a necessidade de um empenho maior para a análise da Lei Orçamentária Anual (LOA), o parlamento vai se reunir até a última semana de 2015. Em 2016, as sessões em plenário retornam a partir de março.

Imóveis A partir de janeiro, uma série de novos empreendimentos imobiliários serão en-tregues em Macaé, gerando a ocupação de mais de dois mil novos apartamentos e residências situadas em condomínios. O processo pode gerar uma nova arre-cadação do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), além de taxas relativas à construção civil. A previsão é que esse processo movimente também o mercado de aluguéis.

O estacionamento irregular gera um dos principais impactos no trânsito da cidade, o que requer maior fiscalização dos agentes da secretaria municipal de Mobilidade Urbana, e também maior consciência de cidadania dos condutores da cidade.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 5

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOVAS REGRAS PARA AS ELEIÇÕES DE 2016

No último dia 16, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou dez resoluções que farão parte do arcabouço normativo que será apli-cado nas Eleições Municipais do próximo ano.

As resoluções divulgadas se-rão reunidas a outras já aprova-das pelo Plenário do TSE, e que estipulam o Calendário Eleito-ral, os modelos de lacres para as urnas e o modelo das etiquetas de segurança e dos envelopes que serão utilizados nas elei-ções para os cargos de vereador e prefeito.

As instruções aprovadas tra-tam de temas de grande rele-vância para o pleito eleitoral, mormente no que se refere à propaganda eleitoral, à escolha e registro de candidatos, aos atos preparatórios para a elei-ção, ao registro e divulgação de pesquisas eleitorais, aos limites de gastos das candidaturas para os cargos de prefeito e vereador, à utilização e geração do horário

gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral. As normas também tratam de representa-ções eleitorais, reclamações e pedidos de direito de resposta, da arrecadação e gastos de re-cursos por partidos políticos e candidatos e prestação de con-tas, do calendário da transpa-rência para as eleições de 2016 e da instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos prisionais.

Outros pontos alcançados pe-las resoluções são o registro di-gital do voto, a cerimônia de as-sinatura digital, a fiscalização do sistema eletrônico de votação, a auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas e os procedi-mentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais.

CALENDÁRIO DA TRANSPARÊNCIA E SEÇÕES

ESPECIAISUm ponto que merece destaque é a definição de um calendário

da transparência para as Eleições 2016. Esta norma dispõe sobre a publicidade dos atos de fiscalização do sistema de votação ele-trônica e sobre a auditoria de funcionamento das urnas eletrô-nicas, novidade que procura ampliar e estimular a participação da sociedade nas etapas de fiscalização.

Segundo as resoluções do TSE há previsão, ainda, da instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes. A resolução sobre o te-ma estabelece prazo para a transferência de eleitores para essas seções eleitorais especiais.

PESQUISAS ELEITORAISAs entidades e empresas que

realizarem pesquisas de opinião pública, a partir do dia 1º de ja-neiro de 2016, serão obrigadas a informar cada pesquisa no Juí-zo Eleitoral que compete fazer

o registro dos candidatos. Em tais casos, o registro da pesquisa deve ocorrer com antecedência mínima de cinco dias de sua di-vulgação.

FILIAÇÃO PARTIDÁRIAA filiação partidária para can-

didatos deverá ser feita até o dia 2 de abril de 2016, ou seja, até seis meses antes da data das eleições.

A regra anterior definia que, para disputar uma eleição, o cidadão precisava estar filiado a um parti-do político um ano antes do pleito.

GASTOS DE CAMPANHAA partir das eleições de 2016,

de acordo com o que estabelece a reforma eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral será o res-ponsável por determinar, com base em valores das eleições anteriores e critérios estabe-lecidos da norma, os limites de

gastos, inclusive o teto máxi-mo de despesas de candidatos a prefeito e vereador. Antes da reforma eleitoral deste ano, o Congresso Nacional era o responsável por aprovar lei fi-xando os limites dos gastos da campanha eleitoral.

REGISTRO DE CANDIDATOSOs partidos políticos e as co-

ligações, pelas novas regras, de-vem apresentar os pedidos de re-gistro de candidatos ao cartório

eleitoral até às 19h do dia 15 de agosto de 2016. A regra anterior estipulava que esse prazo termi-nava às 19h do dia 5 de julho.

PROPAGANDA ELEITORALA partir das novas regras, o

tempo da campanha eleitoral será reduzido de 90 para 45 dias, e começará em 16 de agosto de 2016. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi reduzido de 45 pa-ra 35 dias, com início em 26 de agosto, em primeiro turno.

Os prazos, porém, não se des-tinam somente a candidatos e

partidos políticos. De acordo com a Lei das Eleições, o TSE terá até 5 de março do ano da eleição para expedir todas as instruções necessárias para a fiel execução da lei. Esperamos que as novas normas tragam com elas um processo eleitoral menos custoso, mais acessível e, principalmente, mais trans-parente.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIASDe acordo com as resoluções

aprovadas, as convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem acontecer

no período de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. Pela regra anterior, as convenções parti-dárias deveriam ocorrer de 10 a 30 de junho do ano da eleição.

INFORMAÇÃO

Portal da Transparência registra 60 mil acessos Sistema atualizado pela prefeitura contabiliza também a visualização de 200 mil páginas em seis meses de implantação e atualização

Desde sua implantação, em 28 de agosto deste ano, o novo Portal da

Transparência já registrou 24 mil usuários, 60 mil acessos e 200 mil páginas visualizadas, até a última quinta-feira (17). Os dados são das secretarias de Gestão Pública e Adjunta de Infraestrutura e Patrimônio, órgãos da prefeitura.

Esse novo modelo, que ofe-rece acesso à informação da gestão pública, garantiu a Ma-caé a nota máxima no ranking nacional de Transparência do Ministério Público, ficando em primeiro lugar no Estado do Rio de Janeiro, ao lado de ou-tras três cidades, que também obtiveram a nota 10: Duque de Caxias, Niterói e Nova Iguaçu. O resultado oficial foi apresentado no dia 9 desse mês, Dia Interna-cional de Combate à Corrupção.

Das 5.569 cidades brasileiras avaliadas, apenas os quatro mu-

nicípios fluminenses, e mais ou-tros três gaúchos - Porto Alegre (RS), Santa Cruz do Sul (RS) e Venâncio Aires (RS) - obtiveram a avaliação mais alta.

- O investimento da prefeitu-ra nesse processo, com o retorno que estamos tendo, nos mostra que estamos no caminho certo. Toda a equipe envolvida fez um Portal da Transparência extre-mamente eloquente, rápido e eficiente, com as informações do dia a dia do município. Ali, o cidadão tem acesso a todos os dados da administração como contratos, salários, licitações, entre outros. Isso é o máximo da transparência - comemora o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, lembrando que o empenho do governo em ampliar os mecanis-mos de acesso à transparência levou o município a sair da 57ª posição, em avaliação de maio deste ano, para primeiro, tor-nando-se referência nacional.

A iniciativa de restruturação do Portal da Transparência foi baseada na adoção pela Pre-feitura de Macaé do Programa Brasil Transparente, da Contro-ladoria Geral da União (CGU), no início de junho deste ano. Um grupo de servidores de oito órgãos do governo foi capacita-do pela CGU-Regional-RJ para implementar as ações num pra-zo de 90 dias. Foi determinação do prefeito melhorar a nota do município, a partir da divulga-ção do primeiro ranking do Mi-nistério Público no primeiro semestre desse ano.

- Melhoramos a pontuação com a readequação do portal, fruto do trabalho dos servidores da Ouvidoria, Procuradoria, Co-municação, Infraestrutura e Pa-trimônio, chefia de gabinete do prefeito, Controladoria e Fazen-da. O empenho dessas pessoas foi importante para todo o pro-cesso de readequação do Portal

da Transparência. Hoje, a Ouvi-doria é o órgão responsável por monitorar o portal. Sentimos que o dever foi cumprido, mas a melhora tem que ser contínua, precisamos tirar 10 sempre. E, para isso acontecer, temos que fazer um bom trabalho todos os dias - destaca o Ouvidor Geral, Eduardo Damázio.

O novo Portal da Transparên-cia da prefeitura tem como obje-tivo garantir o acesso à informa-ção e ampliar os mecanismos de transparência da administração pública municipal, conforme Lei Complementar nº 131/2009, Decreto nº 7.185/2010 e Decreto nº 198/2012, que regula no âm-bito municipal as legislações fe-derais referentes à transparên-cia na gestão pública e promove o acesso à informação. O obje-tivo foi regulamentar em âm-bito municipal a Lei Nacional 12.527/11, que dispõe sobre os procedimentos em todo o país.

KANÁ MANHÃES

Para o governo, o Portal da Transparência tem como objetivo garantir o controle social

Macaé prepara RéveillonMOMENTO

Com a estrutura de fogos piromusical, que explodirão na sincronia de uma melodia especial, o Réveillon em Macaé promete ser o maior e mais be-lo espetáculo montado entre as cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos.

A programação apresentada pela subsecretaria municipal de Turismo, para brindar a chegada de 2016, segue a tradi-ção da cidade em dois aspectos: o de retornar a festa principal para a Praia dos Cavaleiros e a de proporcionar aos morado-res das áreas próximas a Barra de Macaé e Parque Aeroporto eventos próprios e de qualidade, que reunirão uma verdadeira multidão na cidade da supera-ção e da prosperidade, mesmo em momentos difíceis.

A proposta da subsecretaria de Turismo, ligada à secretaria

Festa dedicada à família retornará à Praia dos Cavaleiros neste ano

municipal de Desenvolvimen-to Econômico, Tecnológico e Turismo, é oferecer ao cidadão macaense um evento dedicado à família, com potencial de atrair também visitantes que desejam desfrutar da tranquilidade e do belo cenário proporcionado pe-la Serra e pelo mar.

A orla dos Cavaleiros conta-rá com o Projeto Housenation, com um line-up completo de DJs se revezando nas carrape-tas: Fábio Flyer, Jow Carvalho, Pedro Marques, Tássio Duarte, Felipe Assad, Vivi Seixas e Rian Carvalho.

A festa começa às 21h da quin-ta-feira (31), no palco de 360°, que será montado na areia da Praia dos Cavaleiros, na Aveni-da Atlântica, altura do número 2.500. Telões de led também serão instalados no local.

A festa do Réveillon na cida-de não se restringe somente aos Cavaleiros. O grupo Cacalo e Banda e Glauco Zulo animarão a Praia da Barra e o Bar do Co-co, respectivamente. Os shows começam um pouquinho antes

da virada, às 23h50. A partir das 21h, as famílias que forem a esses locais já poderão curtir o som mecânico.

A tradicional queima de fogos terá duração de quinze minutos e acontecerá na Lagoa de Im-boassica. Na entrada da Lagoa haverá um estacionamento pa-ra os veículos. Dali, as famílias poderão pegar um ônibus pano-râmico de dois andares, gratui-to, que os levará até a área dos quiosques da Lagoa.

Vale lembrar que o cadastro de montagem de tendas para

o Réveillon 2016 nas orlas do município segue até o próxima quarta-feira, dia 30. Os interes-sados devem procurar a sede da subsecretaria de Posturas, coordenadoria de Comércio In-formal e Eventos, das 8h às 17h.

Para solicitar a autorização, é necessário comparecer com a cópia e original dos documen-tos de identidade, CPF e com-provante de residência. O órgão está localizado no Centro Admi-nistrativo Luís Osório (Cealo), Avenida Presidente Sodré, 466 - 2º andar.

WANDERLEY GIL

Novidade é que o evento principal retorna, neste ano, para a Praia dos Cavaleiros

Vandré Guimarães, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PolíciaCORRUPÇÃO

Como a corrupção afeta toda a sociedade e de que forma a população pode cobrar por justiça

Infelizmente nosso Bra-sil passa por um processo muito difícil, através do qual a palavra de ordem ao invés de ser "Ordem e Progresso", como diariamente ouvia-se na década de 80, época que eu estava nos bancos escolares; aprendíamos reiteradamente que nosso país estava em desenvolvimento, e que certamente na virada para o século XXI, estaríamos junto às grandes potências mundiais. Infelizmente, erramos em al-gum lugar, atualmente a pala-vra de ordem que nossos filhos crescem ouvindo é "corrupção", cada dia uma maior que a outra.

QUAL É A INFLUÊNCIA DA CORRUPÇÃO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO?

Todas as evidências mostram que a corrupção prejudica mui-to os países em processo de desenvolvimento ou desenvol-vidos. Ela não só desvia os re-cursos de setores importantes como segurança pública, edu-cação e saúde; mas também au-menta desnecessariamente os encargos fiscais para as pesso-as, sem notarmos começamos a pagar mais impostos em todos os produtos que consumimos. No final do mês há um grande impacto em nosso orçamento familiar, ou seja, aqueles pe-quenos aumentos somados conseguem corroer nosso sa-lário. Por fim, torna os servi-ços básicos para a população ineficientes. Nunca devemos esquecer que não existe di-nheiro público, todo o dinhei-ro que desaparece neste mar de corrupção é nosso dinheiro (dinheiro do contribuinte). En-tão, nossos gestores deveriam ter mais responsabilidade em seus empregos, não desviá-los para interesses pessoais ou de certos grupos.

QUEM É MAIS AFETADO PELA CORRUPÇÃO?

No geral, todo mundo; mas certamente, a maioria da po-pulação que são os hipossu-ficientes tendem a ser mais afetados pela corrupção, estes são aqueles usuários que mais necessitam dos recursos pú-blicos disponíveis. Como você sabe, aqueles que estudam as práticas de corrupção apontam que existem diferentes tipos de corrupção. Temos a “grande corrupção”, em que as pessoas com má fé capturam do Estado de modo que este favoreça um grupo da elite ou um pequeno grupo de pessoas. Mas também existe a “pequena corrupção”, a corrupção do dia a dia, em ter-mos de pessoas pagando pro-pinas para obter serviços que, de outra maneira, deveriam ser gratuitos. Isso tem a ver, talvez, com as ineficiências do sistema ou talvez até com problemas de caráter, de não estar preocupa-do com o fato de que quando você paga uma propina você também passa a cometer um crime de forma passiva. Não devemos esquecer da corrup-ção conhecida como "domésti-ca ou bagatela", ou seja aquela que a sociedade julga normal, acha que faz parte do contexto social, como: furto de energia elétrica, de sinal de TV (gato net), sonegação de impostos, dentre muitas outras. Na ver-dade, alguém é sempre lesado, seja uma pessoa física, uma empresa com personalidade jurídica ou o próprio Estado, em todos os níveis: federal, es-tadual ou municipal.

Tenente-coronel Ramiro Campos fala sobre o combate à corrupção

FALANDO SOBRE A CORRUPÇÃO DO DIA A DIA, EXISTE ALGUM PAPEL ESPECIAL PARA A SOCIEDADE?

O combate à corrupção é de fato uma luta de todos, não só da sociedade civil mas tam-bém dos governos, do setor privado, dos educadores, uni-versidades, alunos, família etc. Certamente, a sociedade civil tem um papel muito impor-tante. Primeiro, em termos de fiscalização, solicitando trans-parência e prestação de contas na administração dos recursos públicos; em segundo lugar, em termos de saber escolher seus governantes, não se deixar le-var por falsos profetas, que cer-tamente são lobos travestidos de cordeiros em um primeiro momento, até se elegerem.

Os grupos da sociedade civil podem fazer auditorias sociais, em termos de auditar as polí-ticas públicas, os gastos orça-mentários, e também podem lançar campanhas para mos-trar algumas das consequên-cias negativas das práticas de corrupção, de modo que eles têm um papel bem importante, embora a experiência mostre que trabalhando em parcerias, junto com diferentes setores sociais, é também uma estra-tégia muito boa no combate à corrupção. Fiscalização é ne-cessário em um processo de-mocrático.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DE MECANISMOS COMO A TRANSPARÊNCIA E A RESPONSABILIDADE PARA ESSE PROCESSO?

Eles são extremamente im-portantes. Se nós delegamos ao Estado a gerência de nossos recursos públicos, nós tam-bém deveríamos esperar que o Estado administrasse esses recursos de forma responsá-vel e transparente. Existe uma história sobre transparência na Índia que diz: “Se eu man-dar minha filha para o mercado com US$ 100, quando ela voltar eu quero que ela preste contas disso”. Assim, se nós damos ao Estado a responsabilidade de administrar os recursos, eles também deveriam ter a res-ponsabilidade de prestar con-tas por esse dinheiro.

Então, isso é extremamente importante. Hoje, nós temos indicadores mais sofisticados para medir os níveis de trans-parência e responsabilidade dos Estados. Nós podemos ver, em geral, que naqueles Estados em que isso ocorre, a qualidade da governança democrática e do desenvolvimento humano é boa.

COMO CONSIDERARMOS AS PESSOAS COMPROVADAMENTE ENVOLVIDAS EM CORRUPÇÃO?

Obviamente, devemos evi-tar injustiça nas acusações, até porque com a mesma se-veridade que acusamos as pessoas, podemos ser julgados posteriormente. No entanto, após esgotados todos os meios de defesa, consoante prescreve nossa Constituição, através da ampla defesa e do contraditó-rio. Sendo os crimes compro-vados de forma cristalina, não vejo outra opção a não ser con-cordar com o Coronel Wilton Ribeiro Soares, ex-comandante Geral da PMERJ, que dizia em seus discursos inflamados con-tra a corrupção no país: "Rou-bar do estômago ou da saúde de um povo tão sofrido, só pelotão de fuzilamento mesmo. Tenho uma sugestão: sigam o modelo japonês, pelo menos morram com honra; acatem diante de tamanha vergonha, se é que vocês sabem o que é isso".

ESTRADAS

Polícia Rodoviária Federal realiza Operação RodoviaObjetivo é a fiscalização e a redução de acidentes nas rodovias federais

Durante os feriados de fim de ano, férias esco-lares e carnaval, as ro-

dovias federais recebem um maior número de veículos, e com isso a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu início no dia 18 de dezembro à Opera-ção Rodovia.

A ação tem por objetivo pre-venir e diminuir acidentes de trânsito nas rodovias federais quando o movimento fica ain-da mais intenso. São dez mil

agentes da PRF que integram a Operação. Eles terão como prioridade fiscalizar situações de velocidade, de embriaguez ao volante, de ultrapassagens proibidas e de prevenção de colisões frontais. Além disso, há pontos específicos em que a atenção será intensificada por causa dos altos índices de acidentes graves com mortos e feridos.

De acordo com a PRF 4% dos acidentes são ocasionados

por ultrapassagens indevidas e representam mais de 30% das mortes. Ainda de acordo com a instituição, ao longo de 2015 foram desenvolvidas atividades de conscientização para alertar os motoristas so-bre os riscos nas estradas.

OPERAÇÃO RODOVIDA

Essa é a quinta edição da Operação Rodovida. Trata-se de uma ação integrada

pela Casa Civil, ministérios da Justiça, Saúde, Cidades e Transportes, além de órgãos estaduais e municipais.

A operação faz parte do Pac-to Nacional pela Redução de Acidentes, criado em 2011 em resposta à decisão da Assem-bleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que proclamou o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ação pela Segu-rança do Trânsito.

KANÁ MANHÃES

Polícia Rodoviária Federal deu início à quinta edição da Operação Rodovia

Motoristas devem �car atentos na volta para casa

TRÂNSITO

Esquema Especial de Tráfego na BR-101/Norte segue até o dia 4 de janeiro

O dia de hoje (27) é de retorno de muitos que viajaram, dia de voltar para casa. Após as come-morações do Natal, grande par-te da população precisa pegar a estrada e retornar à rotina de trabalho. Até a meia-noite deste domingo, cerca de 95 mil veícu-los devem passar pela BR-101/Norte, nos trechos que cortam cidades como Macaé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.

A concessionária Autopista Fluminense - Grupo Arteris - res-ponsável pela administração da BR-101 RJ/Norte informou que hoje (27) e amanhã (28) a rodovia federal deve receber grande flu-xo de veículos, devido à volta para casa. Estima-se que passem ama-nhã (28) pela rodovia cerca de 110 mil veículos, das 06h até às 15h.

Um esquema especial foi pre-parado com o reforço das equi-pes operacionais para atender ao aumento do tráfego. A inicia-tiva acontece todos os anos, no período de férias. Neste período, a concentração de tráfego deve

acontecer nos trechos da Aveni-da do Contorno, Trevo de Ma-nilha e Itaboraí. As obras foram reduzidas no período de Natal e no Réveillon para não haver trechos com interdição.

ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS E INFORMAÇÕES

Pelo telefone 0800 2820 101, o usuário pode solicitar atendi-mento de emergência na rodo-via, tirar dúvidas ou fazer recla-mações e sugestões para a con-cessionária. O telefone 0800 717

1000 também está disponível para o atendimento aos usuários com deficiência auditiva e da fala (não aceita ligações de telefones convencionais e celulares).

PEDÁGIO

Nos dias de maior fluxo, as praças de pedágio da BR-101/RJ Norte funcionarão com sua capacidade máxima. Arreca-dadores adicionais estarão de plantão para fazer a cobrança à frente das cabines (papa-filas), quando necessário. A tarifa

básica para automóveis é de R$ 3,80. Motos pagam R$ 1,90. Veículos comerciais pagam con-forme o número de eixos. Cinco praças de pedágio estão em fun-cionamento na rodovia: Km 40 - Campos dos Goytacazes (co-brança nos dois sentidos); Km 123 - Campos dos Goytacazes (cobrança nos dois sentidos); Km 192 - Casimiro de Abreu (cobrança nos dois sentidos); Km 252 - Rio Bonito (cobrança nos dois sentidos); Km 299 - São Gonçalo (cobrança unidirecio-nal - sentido Niterói).

WANDERLEY GIL

Cerca de 200 mil veículos devem trafegar pela BR-101/Norte entre domingo (27) e segunda (28)

NOTA

Praça Veríssimo de Melo segue ocupada por pessoas em situação de rua. População continua cobrando melhorias e mais operações de Choque de Ordem no local

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 7

Geral Orla vira ponto de referência no verão. Espaço de Convivência tem promovido a prática de atividades físicas.

NOTA

ESPORTE

Ascom faz balanço de 2015 e agradece parcerias“Primeiramente, gostaria muito de agradecer a Deus por todas as vitórias no Esporte da nossa equipe em 2015”, Vera Mota, ultramaratonista

Juliane [email protected]

Mais um ano chegando ao fim. Para muitos, hora de comemorar e

também agradecer as vitórias obtidas ao longo da trajetória. É o caso da Associação dos Corre-dores de Rua de Macaé (Ascom) e todos os seus associados e di-retores, que agradecem por to-das as conquistas e também por todo apoio e incentivo recebido para obter todas as vitórias.

De acordo com as informa-ções apresentadas, a Associação realizou diversas provas este ano (ao todo foram 5 competi-ções): a 5ª Ultramaratona 12 ho-ras, a 2ª Corrida de São Pedro, a 3ª Corrida da Independência, a 3ª Corrida da Igreja Presbiteria-na (prova em prol das crianças de Guiné-Bissau que a Associa-ção apoiou) e a 8ª Corrida Eco-lógica do Sana.

“A mais importante delas foi a Ultramaratona 12 horas, on-de recebemos atletas de quase todos os estados brasileiros e também o recordista Mundial (Marcio Villar). Além disso, esse ano os ultramaratonistas macaenses surpreenderam com os resultados nessa prova: Vera Mota foi a Campeã Geral no Feminino e Aldenir dos Santos (o Amaral) foi o 3º colocado no Geral Masculino”, destacam os integrantes da equipe.

Outra prova que também foi apontada como sucesso de pú-blico realizada pela Ascom foi a 8ª edição da Corrida Ecológica do Sana.

“Quanto à participação dos atletas da Ascom, em provas no ano de 2015, foi muito impor-tante e foram muitas provas de todos os níveis. Ao todo, foram mais de 100 e com muitos pó-dios no Geral e nas categorias. Mesmo com todas as dificulda-des de patrocínios aos atletas, muitos títulos foram garantidos para a nossa Macaé”, destaca a ultramaratonista Vera.

Na oportunidade, ela fala também da maior dificuldade: conseguir patrocínio. “Graças a Deus alguns atletas foram contemplados com o Progra-ma Bolsa Atleta e uma minoria conseguiu apoio individual de algumas empresas. Esperamos que, em 2016, tudo seja melhor e possamos fechar parcerias e patrocínios para toda equipe”, disse.

Também faz parte do objetivo da equipe realizar provas cada melhores, buscando valorizar os atletas participantes e con-seguir mais apoio para os pro-jetos com as crianças carentes. “Sabemos que é dali que saírão os futuros campeões. A Ascom é conhecida em todo Brasil e esperamos que, no próximo ano, nossa equipe cresça ainda mais, e que tenhamos muitos

DIVULGAÇÃO

Ao longo do ano, a equipe organizou diversas competições e foram destaques em várias provas

pódios importantes para a ci-dade. Agradecemos a todos que sempre nos ajudam e nos incentivam, motivando os nos-sos atletas a superar as próprias marcas. Agradecemos a parce-ria de O DEBATE, que não me-

diu esforços para publicar os resultados dos nossos atletas nas provas que participaram, a parceria recente fechada com a empresa Sistema de Transpor-te Integrado (SIT), que vem ce-dendo ônibus para transporte

dos atletas para algumas pro-vas”, ressaltou.

A equipe agradece também a Fesportur e Prefeitura Munici-pal, a Secretaria de Mobilidade Urbana, a Profysic Academia, ao Same Saúde, a Farmácia Mais

Brasil, a Água Bicuda Grande, Ao Santiliano Contabilidade, Maxwell Vaz, Dr. Lúcio Mauro e a todos os parceiros.

“Que venha 2016, que ve-nham os novos desafios”, conclui.

PROJETOS

Casa do Caminho e as expectativas para 2016

A Ong do Caminho há mais de duas décadas segue fazendo a diferença na vida de crianças, jovens e adultos que buscam um amanhã melhor, e oferecendo a eles, em especial aos adolescen-tes e pré-adolescentes entre oi-to e treze anos, aulas de violino, violão, percussão e flauta doce, além do tradicional incentivo à educação ambiental. E para dar continuidade às ações no próxi-mo ano, as atividades seguem a todo vapor.

A instituição vai completar 27 anos de assistência aos munícipes e incentivo à preservação ambiental

“Estaremos realizando refor-mas do nosso espaço físico e a construção de um refeitório pa-ra a Creche Municipal Amcorim que funciona em nossa área. Com isso, teremos meios de oferecer maior qualidade em nossas ati-vidades. Pretendemos ainda intensificar o espaço de horta e aumentar a produção de horta-liças e continuar sempre com a busca de novas espécies”, disse o presidente da Ong, Pierre Maciel.

Pierre ressalta ainda que al-gumas das árvores plantadas no jardim da Casa são conside-radas um desafio. “São espécies de clima temperado, por exem-plo, temos um arbusto chama-do Neve das Montanhas e não temos clima de montanha e tão pouco neve. Mas quem sabe ele

terá adaptação tropical e mos-trará sua beleza de flores como flocos de neve”, enfatizou.

No próximo ano, a Ong com-pleta 27 anos de assistência aos munícipes e proteção ao meio ambiente. Ela é caracterizada como uma instituição filantró-pica, não governamental, sem fins lucrativos, que tem a fina-lidade de oferecer assistência social por meio de incentivos como o trabalho e a educação, a saúde e as artes, promover os valores morais e estrutura fami-liar, assim como desenvolver a inclusão e o desenvolvimento social a partir de projetos de iniciação à profissionalização e implementar ações visando o conhecimento e a preservação do meio ambiente.

KANÁ MANHÃES

Um dos desafios dos diretores é aumentar a produção de hortaliça

CECIERJ

Matrícula para EJA será reaberta em fevereiro

A Fundação Cecierj, por meio dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) vai reabrir em fevereiro o prazo pa-ra matrícula para o ano letivo de 2016. Em Macaé, as aulas pre-senciais são realizadas no Colé-gio Othon Barroso de Carvalho, localizado na Av. Agenor Caldas, Imbetiba.

Os Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) são escolas da Rede Estadual de En-sino do Estado do Rio de Janei-ro, destinadas a jovens e adultos que estão fora da idade escolar e que desejam concluir o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

As escolas que oferecem a modalidade de ensino são da Secretaria de Educação do Es-tado do Rio de Janeiro (SEE-DUC-RJ), e estão sob adminis-tração da Fundação CECIERJ (Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro).

Podem estudar nas unidades que oferecem vagas, o segun-do segmento do Ensino Fun-damental (6º ao 9º ano), que é destinado àqueles que têm pelo menos 15 anos de idade e con-cluíram o primeiro segmento (1º ao 5º ano).

Já o Ensino Médio é destina-do a quem possui, no mínimo,

As vagas oferecidas visam atender as demandas dos interessados em concluir o ensino fundamental e médio

18 anos e cursou todo o Ensino Fundamental.

Ainda segundo informações, visando atender o público que trabalha e não tem disponibili-dade para frequentar a sala de aula, no CEJA não existem aulas regulares como nas escolas tra-dicionais e o material didático é adquirido gratuitamente, em sistema de empréstimo, na es-cola ou no ambiente virtual de aprendizagem. Dessa forma, o aluno estuda a seu tempo, retor-na para tirar dúvidas e fazer ava-liações. É possível estudar uma ou mais disciplinas por vez na ordem em que desejar.

E não para por ai. Ao ingres-sar na rede, o aluno conta sem-pre com o apoio de uma equipe de professores capacitados

para auxiliá-los no estudo das diferentes disciplinas. Em ca-da escola, existe um quadro no qual pode ser verificado o dia e o horário do professor da disci-plina que está sendo cursada. Assim, se houver dúvida, é pos-sível comparecer na escola no horário do professor e solicitar um atendimento. Esse atendi-mento é individualizado.

E no Ensino Médio, o aluno também tem atendimento com professor em um ambiente vir-tual de aprendizagem, conheci-do como CEJA Virtual.

No ato da matrícula, o aluno recebe seu login e senha para acesso. Neste ambiente, o alu-no poderá encontrar outros re-cursos e materiais que podem ajudá-lo na sua aprendizagem.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, as aulas são oferecidas no Colégio Othon Barroso de Carvalho, na Imbetiba

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 9

BAIRROS EM DEBATE Nova Holanda

Novo Botafogo vive expectativa de urbanizaçãoComunidade situada na área norte convive com problemas decorrentes da falta de infraestruturaMarianna [email protected]

O acesso à educação, saúde, alimentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, segu-

rança, saneamento básico, entre outros, é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988. Além disso, esses itens são fundamentais para promo-ção de uma melhor qualidade de vida para a população.

Só que, quando se trata do Novo Botafogo isso está longe de ser uma realidade. Na ver-dade, a situação de quem vive ali é completamente oposta. Há cerca de um ano e meio, o Bair-ros em Debate esteve visitando a comunidade, que é conside-rada uma das mais carentes do município.

Essa semana, nossa equipe de reportagem voltou ao local

MARIANNA FONTES

Urbanização promete investimentos em saneamento, macrodrenagem e pavimentação das ruas

PROJETO PRETENDE URBANIZAR O BAIRRO

Além dos moradores, a nos-sa equipe também conversou com os representantes da as-sociação do bairro. Segundo eles, a prefeitura já anunciou um projeto de urbanização para a localidade.

De acordo com informações passadas, esse projeto estaria em fase de licitação e ainda não teria prazo para ter iní-cio. A proposta é contemplar a comunidade com rede de saneamento, macrodrenagem, pavimentação, entre outros.

“A nossa expectativa para isso é grande, pois é a maior prioridade para o bairro. A comunidade sempre cobra da gente as melhorias”, diz o presidente do bairro, Je-�erson Silva.

para saber como está a vida das mais de 300 famílias que vivem ali. Desde a nossa última visita, muitas promessas foram feitas e poucas coisas concretizadas.

Entre os problemas vistos logo de frente pela nossa equi-pe estão a falta de saneamento, ruas sem pavimentação, mui-ta sujeira e crianças brincando em locais inadequados devido a falta de um espaço público com segurança para elas.

No local onde antes era ape-nas um grande manguezal aos poucos foram surgindo resi-dências, até que em um de-terminado momento, as casas ocuparam todo o cenário do antigo mangue. Foi assim que surgiu o Novo Botafogo, criado a partir de um loteamento que acabou se transformando nu-ma comunidade sem nenhum tipo de infraestrutura.

Crianças sofrem com falta de opções de lazerO lazer é um item funda-

mental para a saúde, pois con-trola os níveis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológicos e também físicos. No caso de crianças e jovens, isso é fundamental para o seu desenvolvimento.

Em uma área de vulnerabi-lidade social, manter as crian-ças ocupadas com atividades é essencial para que elas não sejam atraídas para a crimina-lidade. No Novo Botafogo, as únicas opções para as crianças e jovens é uma quadra, situada próxima ao Senai, e um campo de areia improvisado pela po-pulação na Rua do Canal.

Como a quadra fica distante das casas, os moradores ressal-

tam que o desejo da maioria seria que esse campo impro-visado fosse transformado em uma praça, com quadra, par-quinho e bancos. “Não existe lazer aqui dentro. A população acaba improvisando. Seria bom se tivesse uma quadra com parquinho e campo de futebol”, ressalta o presidente.

Áreas de lazer são enten-didas como todo e qualquer espaço livre de edificação, destinado prioritariamente ao lazer, isto é, uma área pa-ra prática de esporte, jogos e brincadeiras. Esses pontos são utilizados pela popula-ção para interação social e para distração em momentos livres.

Recurso hídrico comprometidoSituado às margens de um

dos braços do Rio Macaé, o No-vo Botafogo sofre com a falta de saneamento. Boa parte dos de-jetos é despejada sem nenhum tipo de tratamento no córrego.

O que antes era um rio com águas limpas, hoje virou um depósito de tudo que é de-trito. Além do esgoto, o local também sofre com o despejo de resíduos tóxicos, como óleo diesel. Inclusive, no início do ano retrasado, após denún-

cias feitas pelo jornal O DE-BATE, uma empresa fechou, após ser comprovado que ela estava descartando diesel di-retamente no recurso hídrico, cometendo um crime ambien-tal grave e também colocando a saúde dos moradores do en-torno em risco, uma vez que várias pessoas foram parar no Hospital Público de Macaé (HPM). No entanto, o diretor da associação, Alessandro Sil-va, diz que algumas empresas

continuam cometendo o cri-me ambiental. “Isso acontece direto, principalmente aos finais de semana, quando não tem fiscalização. Nesse últi-mo, por exemplo, eu fotografei o estado do rio. A água ficou la-ranja por conta dos efluentes industriais. Ainda é possível ver vestígios nas margens. É preciso que o poder público tenha mais rigor para coibir isso. É um crime ambiental”, alerta Alessandro

Animais criados às margens do rioo caso.

Tal situação só tem contri-buído cada vez mais com o aumento da concentração de insetos, ratos, levando doen-ças a todos da comunidade. “Esses chiqueiros têm causa-do mau cheiro e a proliferação de moscas”, frisa o presidente do bairro.

A exclusão social faz parte do cotidiano das famílias que vivem aglomeradas às margens do rio. Além de todos os deje-tos que são despejados a cada segundo no braço do Rio Ma-caé, as margens, que deveriam ser compostas por mata ciliar, são utilizadas como depósito de lixo e criadouro de animais

como porcos, galinhas e patos. Em um dos trechos, a nossa

equipe encontrou vários ani-mais dividindo espaço com entulhos e restos de móveis. Devido a sujeira, parte do re-curso hídrico está ficando as-soreado. Quando questionados sobre a situação, os moradores preferem não comentar sobre

Vazamentos de água preocupamque, segundo os moradores, ocorrem há anos e nunca têm solução. “A Cedae vem, mexe e deixa tudo arrebentado. A gente vai lá e eles prometem que vão resolver, mas nada dis-so acontece. Esse desperdício ocorre durante todo o ano”, diz Alessandro.

Apesar de dois terços da Ter-ra ser composta por água, da-dos das Organizações das Na-ções Unidas (ONU) apontam que menos de 1% desse total é potável (levando em conside-ração que 97% é água salgada). Mesmo sendo um direito de todo ser humano, muitos ci-

dadãos não têm acesso a esse recurso em suas torneiras. Em paralelo, existe outro agravan-te: o desperdício.

Enquanto muitos bairros sofrem com a falta d'água em Macaé, no Novo Botafogo ela parece brotar da terra. Mas isso ocorre devido aos vazamentos

Campinho de futebol improvisado é a única opção dos moradores

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Geral Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SOCIEDADE

Desenvolvimento deve respeitar direitos humanosBrasil precisa encontrar um novo equilíbrioMartinho Santafe

Ao final de uma visita ofi-cial de 10 dias ao Brasil, o Grupo de Trabalho das

Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos encorajou o país a aumentar seus esforços para alcançar desenvolvimento econômico de uma maneira que respeite os direitos humanos.

De acordo com o relator Pa-vel Sulyandziga, o Brasil precisa encontrar um equilíbrio melhor entre interesses econômicos e a proteção de direitos humanos na busca por seu crescimento econômico. Pavel Sulyandziga e um dos membros da delegação do Grupo que visitou o país.

“O país deve afastar-se da abordagem impositiva, na qual grandes projetos de desenvol-vimento são planejados e im-plementados sem consultas significativas com as comuni-dades afetadas, incluindo po-vos indígenas”, acrescentou Sulyandziga.

Seis semanas após o rompi-mento da barragem de rejeitos do Fundão, que causou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, com graves impactos sociais, o Grupo de Tra-balho descobriu que várias outras barragens também apresentam risco de rompimento, que as al-terações propostas ao Código de Mineração do país ameaçam cau-sar ainda mais danos ecológicos e sociais, e que os defensores de direitos humanos e os povos indí-

genas enfrentam ameaças cons-tantes a suas vidas e suas terras.

Os peritos reuniram-se com representantes do Estado e de empresas envolvidas em gran-des projetos de desenvolvimen-to e construção, e conversaram com comunidades afetadas, que relataram violações considerá-veis relacionadas a atividades empresariais, além da ausência de consultas. Também conver-saram com autoridades esta-tais e observaram o papel dos Procuradores e Promotores na defesa dos direitos das comuni-dades afetadas.

“Governo e empresas assu-miram compromissos políticos relativos a empresas e direitos humanos, o que é encorajador; todavia, há uma lacuna relativa à sua incorporação e implemen-tação em nível operacional e ao longo das cadeias de forneci-mento”, advertiu Dante Pesce, o outro membro do Grupo de Trabalho a visitar o Brasil.

“Precisamos ver uma intensi-ficação na implementação dos Princípios Orientadores por parte do Governo, das Empresas Estatais, das empresas em geral e das associações industriais”, disse Pesce, fazendo referên-cia ao conjunto de princípios endossados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em 2011, que reafir-mam as obrigações dos Estados de proteger os cidadãos contra violações de seus direitos huma-nos por parte de empresas, além

de esclarecer as responsabilida-des corporativas de respeitar os direitos humanos, bem como a necessidade de garantir que as vítimas tenham acesso a medi-das eficazes de reparação.

Os peritos ressaltaram que a promessa do Governo de de-senvolver um Plano Nacional de Ação sobre empresas e direitos humanos representa a opor-tunidade ideal para melhorar o diálogo e a articulação das várias partes interessadas em questões relativas a empresas e direitos humanos.

Durante a visita, a delegação do Grupo de Trabalho realizou reu-niões em Brasília; São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte e Ma-riana, no Estado de Minas Gerais; e Altamira e Belém, no Estado do Pará. Os peritos apresentarão su-as observações e recomendações finais ao Conselho de Direitos Humanos em junho de 2016.

O GT informou que, apesar do fim da visita, continuará re-colhendo informações ao lon-go dos próximos meses para a realização do relatório final, que conterá “recomendações concretas” para o Governo e as empresas, bem como para ou-tras partes interessadas. “Espe-ramos que tais recomendações sejam úteis para os esforços de proteger as pessoas e encon-trar soluções para os impactos negativos de atividades empre-sariais sobre direitos humanos no Brasil”, disse o comunicado do Grupo.

Grupo de trabalho da ONUO Grupo de Trabalho sobre

Direitos Humanos, Empresas Transnacionais e Outras Em-presas foi estabelecido pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em junho de 2011. O Grupo é composto por cinco integrantes: Michael Addo (Gana), Margaret Jungk (EUA), Dante Pesce (Chile), e Pavel Sulyandziga (Federação da Rússia).

Os Grupos de Trabalho fazem parte do que se conhece como Procedimentos Especiais do Con-selho de Direitos Humanos. Pro-cedimentos Especiais, o maior corpo de especialistas indepen-dentes no sistema de Direitos Humanos das Nações Unidas, é o nome atribuído aos mecanismos de inquérito e monitoramento independentes do Conselho. Os Grupos de Trabalho estão subor-dinados ao Conselho de Direitos Humanos e à Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os integrantes dos Procedi-mentos Especiais são peritos in-dependentes em direitos huma-nos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos para tratar de situações específicas em de-terminados países, ou questões temáticas abrangendo o mundo todo. Os peritos não são funcio-

nários da ONU e são indepen-dentes de qualquer governo ou organização. Eles prestam seus serviços em caráter individual e não recebem um salário por suas atividades.

LAMA INVIABILIZA AGROPECUARIA

O solo das regiões atingidas pela lama que vazou após o rom-pimento de barragem da Mine-radfora Samarco, em Mariana (MG), não apresenta condições adequadas para o desenvolvi-mento de atividades agropecu-árias. Essa é a conclusão de um estudo elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa), a pedido do governo de Minas Gerais.

O levantamento começou no dia 18 de novembro, incluiu coletas em dez pontos de amos-tragem de áreas atingidas pela lama em Minas Gerais.

De acordo com o relatório, apesar de não ter sido detectada a presença de metais pesados em níveis tóxicos nas amostras, o so-lo apresenta deficiência de fertili-dade e problemas de ordem física causados pelo surgimento repen-tino de uma camada de sedimen-tos na parte superior da terra.

Conforme as análises labora-

toriais, o material sedimentan-do não apresenta condições pa-ra germinação de sementes ou para desenvolvimento de raízes das plantas.

O estudo da Embrapa indica redução dos níveis de potássio, magnésio e cálcio no solo, ele-mentos necessários nas ativi-dades agrícolas. O pH, que mede a acidez do solo, também foi al-terado. A tendência é que o solo fique bastante compactado por causa dos altos teores de frag-mentos de rochas e areia fina, com baixa presença de argila.

Para resolver o problema, a recomendação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Ge-rais (Emater-MG) é uma inten-sa atividade de reflorestamento em todas a área atingida pelos rejeitos, que deve trazer resul-tados em alguns anos.

Em parceria com as prefei-turas, a Emater-MG elaborou um plano de ação para fazer vi-sitas aos produtores atingidos. Também estão sendo aplicados questionários para quantificar as perdas sofridas pelos agricul-tores, que são da responsabili-dade da empresa Samarco e de suas controladoras, as minera-doras Vale e BHP Billiton.

KANÁ MANHÃES

Macaé se tornou, ao longo dos últimos 40 anos, símbolo do desenvolvimento econômico marcado por sérios problemas sociais

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 Geral 11

TRÂNSITO

Mobilidade realiza parceria para orientar sobre segurançaSegundo a secretaria, o trabalho está sendo executado junto ao Shopping Plaza Macaé para a população

A secretaria de Mobilidade Urbana fechou uma par-ceria com o Shopping

Plaza Macaé para a realização de orientação sobre segurança viária. Trata-se da campanha “Planejar é Proteger”, desen-volvida periodicamente duran-te períodos festivos e feriados prolongados, por meio de blit-zen educativas e distribuição de material com dicas aos mo-toristas. E como neste período de Natal, Réveillon e férias há uma grande movimentação no estabelecimento comercial, este material está sendo distribuído aos motoristas que passam pe-las cancelas do estacionamento.

Com a iniciativa, o objetivo é passar aos condutores em geral conceitos para a direção res-ponsável nas estradas. Isso in-clui dicas de planejamento para o antes, durante e a volta da via-gem, tais como: revisão preven-tiva, documentação obrigatória, necessidade de conhecer o des-tino escolhido, cuidados com suprimento e bagagem, uso do cinto de segurança, proibição do uso de álcool, respeito aos limi-tes de velocidade e ultrapassa-gem, cuidados com as crianças, necessidade de descanso e os melhores horários para viajar.

"A campanha é mais uma ação para prevenir acidentes de trân-sito, visando uma mudança de atitude por parte dos conduto-res. O mais importante é que se conseguirmos sensibilizá-los para este tema, já estaremos salvando vidas por meio de um trânsito mais seguro e conscien-te", disse o secretário de Mobili-

dade Urbana, Evandro Esteves. A intenção é que essa iniciati-

va se estenda também a outros estacionamentos na cidade, em especial na região central, onde o comércio apresenta um aumento significativo no mo-vimento durante o fim de ano e

DIVULGAÇÃO/ SHOPPING PLAZA MACAÉ

O material está sendo distribuído aos motoristas que passam pelas cancelas do estacionamento

período de férias.Na contramão do clima de

festas e comemorações acon-tece um fato bastante negativo: o aumento das ocorrências de acidentes de trânsito nas ro-dovias. Dados disponibilizados pelo Departamento de Polícia

Rodoviária Federal (DPRF) revelam que os números das ocorrências de acidentes de trânsito no mês de dezembro aumentam, em média, 25% nas rodovias federais de todo país.

Um efeito inversamente pro-porcional acontece nas vias ur-

banas de Macaé. Dados do setor de Estatística da secretaria de Mobilidade Urbana apontam que, no mês de dezembro, o número das ocorrências de aci-dentes de trânsito diminui. No período compreendido entre 2012 e 2014, os indicadores são

positivos e apresentam signifi-cativa redução no número dos acidentes neste período de fim do ano, alcançando uma média de 20% de redução.

"Apesar do indicador positi-vo, não podemos nos enganar, pois o que acontece na prática é uma espécie de transferência do problema da violência no trân-sito para as rodovias. Em razão disso, chamamos a atenção dos condutores para que providen-ciem a manutenção preventiva de seu veículo e redobrem a atenção para as principais con-dutas que causam mortes no trânsito: dirigir sob influência de álcool, alta velocidade e ul-trapassagens proibidas", aler-ta o coordenador de Educação para o Trânsito, Marcello Ma-galhães.

CAMPANHA PLANEJAR É PROTEGER

Desde 2014, quando foi lança-da, “Planejar é Proteger” já foi realizada em diversos locais, visando atingir o máximo de pessoas possível. No total, cer-ca de 50 mil pessoas já recebe-ram orientações por meio desta campanha, nas blitzen educati-vas realizadas em bairros como Aeroporto, Lagomar, Centro (Praça Veríssimo de Melo e nas ruas do seu entorno), orla da praia dos Cavaleiros e outros pontos em que há programação festiva na cidade. Além destes locais, o material também foi distribuído nas empresas do Polo O¢shore e no comércio do Centro da cidade.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015