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Metrópole em obras ANO II Nº 14 PARÁ, JUNHO DE 2009 © CLAUDIO SANTOS / AG. PARÁ DESTAQUES Todas as obras do Ação Metrópole, como o prolongamento da avenida Independência e o trevo da avenida Júlio César, ficam prontas até 2010, mesmo sem a Copa de 2014. Só na primeira etapa das obras serão investidos R$ 189 milhões. A avenida Independência criará um corredor de acesso ao centro, grantindo fluidez ao trânsito na Região Metropolitana, e viabilizará o Parque Ambiental de Belém, área verde cinco vezes maior que o Bosque Rodrigues Alves. Página 8 Estudantes protestam contra morosidade do Legislativo Página 3 Governo terá R$ 80 milhões para reconstruir estragos da cheia Página 7 Dignidade e qualidade são avanços no ensino Página 5

Notícias do Governo Popular

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ano ii • nº 14 • pará, junho de 2009

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Metrópole em obras ANO II • Nº 14 • PARÁ, JUNHO DE 2009

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Todas as obras do Ação Metrópole, como o prolongamento da avenida Independência e o trevo da avenida Júlio César, ficam prontas até 2010, mesmo sem a Copa de 2014. Só na primeira etapa das obras serão investidos R$ 189 milhões. A avenida Independência criará um corredor de acesso ao centro, grantindo fluidez ao trânsito na Região Metropolitana, e viabilizará o Parque Ambiental de Belém, área verde cinco vezes maior que o Bosque Rodrigues Alves. Página 8

Estudantes protestam contra morosidade do Legislativo

Página 3

Governo terá R$ 80 milhões para reconstruir estragos da cheia

Página 7

Dignidade e qualidade são avanços no ensino

Página 5

Convênios assinados pela governado-ra Ana Júlia Carepa para investimentos no fornecimento de água a Dom Eliseu, Altamira e Capanema; e em esgoto para Itupiranga, Viseu, Belém, Breves, Orixi-miná, Soure, Uruará e Marabá, inaugu-raram o novo espaço de fortalecimento da política de aproximação com os pre-feitos, iniciada pelo Governo Popular e consolidada com a abertura da Sala das Prefeituras. “Com isso, ampliamos os serviços e o relacionamento com os ges-tores e representantes das administra-ções municipais, entendendo a impor-tância das prefeituras e do trabalho em parceria para fazer com que as políticas públicas cheguem da melhor maneira à população paraense”, disse a governado-ra Ana Júlia Carepa.

Instalada na Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir), no primeiro andar do prédio do Centro Integrado de Governo, em Belém, a Sala das Prefeituras pretende aproximar as relações institucio-nais entre o Governo do Estado e os mu-nicípios, assegurando a prefeitos e repre-

Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) - Rodovia Augusto Montenegro, Km 09, s/nºBelém - Pará - Telefones: 91 - 3202-0904 / 3202-0910 / 3202-0911 / 3202-0903 (fax)www.pa.gov.br - [email protected] de Jornalismo: Samuel Mota - Edição: Raimundo Sena Textos: Alan Neves, Brenda Taketa, Edson Gillete, Fabíola Batista, Jaqueline Ferreira Editores de fotografia: David Alves e Lucivaldo Sena • Editoração eletrônica: Augusto Henrique

Ana Júlia CarepaGOVERNADORA DO ESTADO

Odair Santos Corrêa VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

Paulo Roberto FerreiraSECRETÁRIO DE ESTADO DE COMUNICAÇÃO

Pará, junho de 20092

Governo faz sala para municípiosEspaço reforça a política de aproximação entre Estado e municípios, garantindo apoio a prefeitos para atender interesses da população

A Sala das Prefeituras é um dos instrumentos de descentralização

regional, criados pelo Governo Popular para orientar e acompanhar

os prefeitos em processos nas esferas estadual e federal.

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sentantes dos municípios o apoio integral aos interesses da população das 12 regiões do Pará. Os gestores municipais recebem orientação sobre como ter acesso a recur-sos públicos e a regularizar suas pendên-cias junto aos órgãos dos governos Fede-ral e do Estado, entre outras ações.

E, como se trata de uma política públi-ca, a ação de Governo não discrimina nin-guém. O prefeito de Santana do Araguaia, Gigleider Altino Ribeiro, do PSDB, decla-

rou que o atual governo é o que mais tem ajudado o município do sul do Pará.

A governadora Ana Júlia observa que a criação da Secretaria de Integração Regio-nal (Seir) é uma evidência da disposição manifestada pelo Governo Popular, desde o primeiro dia de seu mandato, de se fazer presente em todos os 143 municípios. A Sala das Prefeituras, aberta em Belém, é mais um espaço assegurado para consoli-dar as relações constantes entre o Gover-

no do Estado e as prefeituras.A ação dos agentes que atuam em

cada uma das 12 regiões de integração e a criação dos Centros de Integração Re-gional de Marabá e Santarém foram ou-tros exemplos citados pela governadora para assegurar que as políticas públicas cheguem efetivamente aos municípios. “Este é o primeiro governo que efetiva a política de descentralização administra-tiva”, afirmou Ana Júlia.

Na Sala das Prefeituras os gestores municipais são orientados sobre como ter acesso a recursos e a regularizar pendências

Educação avança no Governo PopularO quadro da educação no Pará é outro, com mais investimentos

e mais dignidade para professores e alunos

A N T E SEscolas: Estrutura física da Rede precária.

Concursos: Cerca de 22 mil servidores temporários irregulares e escolas sem quadros técnicos pedagógicos

Pedagogos: Cerca de 500 Pedagogos sem receber pela carga horária trabalhada.Plano de cargos: Inexistência de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração – PCCR.Licença especial: Licença especial não garantida, perda da carga horária e da lotação na escola de origem.Formação: Perda de vantagens quando da saída para cursar mestrado e/ou doutorado.Crédito para livros: Cred-leitura restrito para professores com carga horária acima de 150h. Educação indígena: Ensino Indígena só até o Fundamental.Educação profissional: Política para a Educação Profissional gerenciada por Organizações Sociais (OS).Política Estadual de Educação: Inexistência de uma Política Educacional para o Estado.

Formação docente: Ausência de uma Política de formação docente.

Educação Especial: Falta de atenção à Educação Especial.

Eleição direta: Gestão Centralizada, diretores com indicação política, Conselhos Escolares sem legitimidade na comunidade.

Escola e comunidade: Ausência de projetos articulados entre escola e comunidade.

Auxílio alimentação: Ticket alimentação restrito a poucos servidores

Diálogo: Falta de diálogo com o SINTEPP.

Transporte Escolar: Ausência de uma Política de Transporte Escolar.

Alfabetização de jovens: Ausência de Política de Formação em Alfabetização de Jovens e Adultos

N O G O V E R N O P O P U L A RReformas de 400 escolas em todo Estado e a perspectiva de atingir 50% das escolas da rede este ano.

Realização de três concursos públicos com 15.127 concursados chamados e 11.727 já efetivados.

Pagamento regularizado via decreto governamental. Ingresso de 2217 novos Pedagogos via concurso público, dos 4290 classificados.

Implantação de um grupo de trabalho SEDUC/SINTEPP que está elaborando a proposta do PCCR.

Todo servidor tem garantida sua Licença Especial, carga horária e retorno para a mesma escola

Direito garantido para a realização dos cursos (Portaria 219/07), com salário integral e ampliado para pedagogos e professores que não estão em regência de classe.

Descentralização e ampliação do Projeto para pedagogos e professores a partir de 100h.

Implantação do Ensino Médio Indígena em 12 aldeias e construção de 17 novas escolas em áreas indígenas até 2009

Criação da Rede de Escolas Tecnológicas em julho de 2008, com ampliação da Educação Profissional, de 1.600 para 6.500 alunos.

Construção coletiva e implementação da Política Estadual de Educação Básica, iniciada na 1ª Conferência Estadual de Educação.

Investimentos na formação de professores em todos os níveis e modalidades de ensino, com a participação de mais de 20 mil educadores da capital e do interior do Estado na formação continuada. Formação de 41 mil professores que ainda não possuem nível superior, dentro do Plano de Formação Docente, ampliação da oferta de bolsas de mestrado e doutorado.Fortalecimento da equipe interdisciplinar com novos concursados; fortalecimento do Regime de Colaboração entre Estado e municípios; ampliação do Projeto Prosseguir.

Implantação do processo de eleições diretas nas escolas; incentivo à criação de Grêmios Estudantis, criação e fortalecimento de Conselhos Escolares e realização de especialização em Gestão Escolar, em convênio com UFPA e MEC.

Implantação do Programa Pará, Minha Terra, minha Escola, minha Paz: Escola de Portas Abertas (cerca de R$ 12 milhões administrados diretamente pelos Conselhos Escolares na oferta de oficinas e cursos para a comunidade interna e externa), Projetos de Incentivo à Cultura de Paz e de resgate da dignidade da escola pública.

Todos os servidores do Estado têm auxílio alimentação, incluindo os trabalhadores da educação.

Espaço de diálogo permanente entre SINTEPP e SEDUC através da mesa permanente de negociação e criação de Grupos de Trabalho: PCCR, Gestão Democrática, SOME, PAS, Municipalização da Educação e Saúde do Trabalhador.

Criação do PET – Plano Estadual de Transporte Escolar, aquisição de 30 novos ônibus com recursos do Estado e assinatura de convênios com diversas prefeituras sobre o transporte escolar, ampliados de 38 para 120 municípios.

Implantação do MOVA com 104 mil alfabetizandos e mais 68 mil inscritos para agosto de 2009.

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Estados investem na beleza verdePará e mais quatro estados da região amazônica investem R$ 6,3

milhões em economia sustentável por meio da RedebioO Pará e mais quatro estados da

Amazônia Legal investem R$ 6,3 milhões em uma Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocosméticos (Redebio), para desenvolver tecnolo-gia de insumos com grande potencial neste mercado. Esses recursos serão investidos em projetos integrados para desenvolver a cadeia produtiva do babaçu, andiroba, copaíba e casta-nha-do-Pará.

O presidente da Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Ubiratan Holanda, infor-ma que a iniciativa pretende viabilizar projetos sustentáveis. “Esses insumos foram escolhidos porque já existe mer-cado para eles e o desenvolvimento da pesquisa nessa área vai gerar produtos novos para a indústria”, explicou.

Além do Pará, Maranhão, Acre, To-cantins e Amazonas criaram a Rede-bio para potencializar a economia dos Estados em torno dos biocosméticos. Cada um, através de sua fundação de amparo à pesquisa ou das secretarias estaduais de ciência e tecnologia, in-veste uma parte dos recursos que serão

São inúmeras as possibilidades de produtos da biodiversidade amazônica. Priprioca, andiroba,

cumaru, copaíba e precioso são a base de produtos que embelezam e protegem a pele, enquanto o óleo de copaíba tem alto poder cicatrizante, antiinflamatório e bactericida. Já a andiroba permite a fabricação de

itens de limpeza da pele.

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disputados entre pesquisadores para desenvolver projetos interligados, cada um em seu Estado.

O Governo do Pará quer potenciali-zar a produção dos biocosméticos, hoje artesanal, para que eles atinjam padrão de qualidade internacional, podendo gerar mais empregos e renda e dinami-zar a economia na região. O Edital foi lançado em 11 de maio e as entidades participantes da Redebio disponibili-

zaram em conjunto o formulário para inscrições de propostas até 1º de ju-nho. As inscrições ficam abertas até 22 de julho e o resultado será divulgado a partir da primeira quinzena de setem-bro. Depois disso, os proponentes têm três anos para executar os projetos.

“Cada Estado vai investir seus re-cursos dentro do próprio Estado, mas

as ações devem ser integradas para que a cadeia produtiva desses insu-mos beneficie todos os participantes da rede”, afirmou Holanda. “Hoje já existe mercado para esses produtos (biocosméticos), mas eles ainda pre-cisam atingir a certificação necessá-ria”, ponderou.

A produção de cosméticos a partir de produtos da natureza terá padrão de qualidade internacional

SERVIÇO: o edital pode ser obtido no site da Fapespa (www.fapespa.pa.gov.br)

O projeto de lei n. 274, do Executivo, garante meia-passagem aos alunos do ensino básico, do ensino técnico e de educação superior, que também terão

direito à meia-passagem para ir ao município onde residam suas famílias

duas vezes ao mês.

Pauta social na fila do LegislativoProjetos como meia-passagem intermunicipal e concessão de terras para

a reforma agrária estão há mais de dois anos na Assembleia

Cerca de 100 mil alunos paraenses que se deslocam diariamente a outros municípios para estudar estão impedi-dos de reduzir pela metade os custos dessas viagens porque os deputados da Assembleia Legislativa do Pará ainda não votaram o projeto de lei do Execu-tivo que garante a meia aos estudantes do interior do Estado.

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Estudantes do interior fizeram vigília e ocuparam a Assembléia Legislativa para exigir a meia-passagem

No último dia 27, os estudantes ocuparam o plenário do Palácio da Ca-banagem, após uma vigília na noite an-terior, para exigir a aprovação do pro-jeto da meia-passagem intermunicipal, na pauta há dois anos e quatro meses.

O custo das tarifas dos transportes intermunicipais tem sido um fator de-cisivo para o elevado índice de evasão

escolar entre os estudantes que vivem no interior do Estado.

Também tramita desde 2007, na Assembleia, o projeto de lei do Exe-cutivo que trata da concessão de terras públicas para fins de reforma agrária - um mecanismo importante para o avanço da regularização fundiária e er-radicação de crimes como a grilagem

de terras, desmatamento ilegal, traba-lho escravo e assassinatos no campo. O Projeto de Lei 383, elaborado pelo Ins-tituto de Terras do Pará (Iterpa), nem entrou na pauta de votação.

O projeto cria critérios para o usu-fruto da terra, como respeito ao meio-ambiente, uso social e proibição de que a pessoa seja proprietária de mais de um imóvel rural, para inibir o lati-fúndio, responsável pela grande maio-ria dos conflitos agrários no Estado. “O objetivo é assegurar que o maior nú-mero de pessoas tenha acesso à terra”, explica José Heder Benatti, presidente do Iterpa, órgão que - primeira vez em 50 anos - abriu o debate para estabele-cer uma política pública de terras, cuja base é a propriedade familiar.

Todos os estados da Amazônia terão que promover a regularização fundiá-ria, por determinação de lei federal. O Pará é o primeiro a apresentar uma le-gislação. “O Estado percebe claramen-te que a questão fundiária é um empe-cilho ao crescimento econômico. Este governo coloca a regularização fundi-ária como elemento do ordenamento territorial para que todos tenham aces-so à terra”, diz Benatti.

5Pará, junho de 2009

6 Pará, junho de 2009

Pará preparado contra influenza AO Governo atende às recomendações da Organização Mundial de Saúde

e do Ministério da Saúde para prevenir o vírus influenza A no Estado

O Pará está preparado para diag-nosticar e atender casos da gripe cau-sados pelo vírus influenza A (H1N1). Quem garante é a coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Ana Helfer. Segundo ela, desde 25 de abril, a Sespa adota as medidas reco-mendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saú-de (MS) para prevenir a entrada do vírus no Estado.

Os passageiros que desembarcam em portos e aeroportos, especialmen-te os que chegam de outros países, são monitorados e, em caso de suspeita de infecção, submetidos a exames no Instituto Evandro Chagas. Se for o caso, há possibilidade de internação e isolamento no Hospital Universitário João de Barros Barreto.

Os profissionais de saúde do Pará, dos hospitais regionais às 13 regio-nais de Saúde do Estado, também têm recebido orientações sobre a doença. "Não há necessidade de mobilização e sim de replicação das informações, sobre como suspeitar de casos e os

Em abril passado, um surto de H1N1 matou mais de 100 pessoas no México e estimava-se em mais de 1.500 o número de infectados

em todo o mundo, uma pandemia. No balanço oficial da Organização

Mundial de Saúde, de maio, o número de contaminados era de

2.384, com 42 mortes.

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remeta a suínos, não há evidências de que esse novo subtipo de vírus tenha acometido porcos, o que torna segu-ro o consumo de carne de porco e de-rivados.

Ainda não há vacina contra a gripe A, embora haja pesquisas em anda-mento. Um medicamento antiviral indicado pela OMS está disponível para ser utilizado, pela Sespa, so-mente por recomendação médica. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para 6.250 tratamentos adultos e 6.250 pediátricos, que estão sendo envia-dos aos Estados de acordo com a ne-cessidade.

procedimentos a serem adotados", in-formou Ana Helfer.

PREVENÇÃO - Para ajudar no combate à gripe A no Pará, o Mi-nistério da Saúde também enviou à Sespa, em abril, 276 caixas de másca-ras, 30 caixas de óculos de proteção, 774 caixas de luvas (tamanhos P, M e G), 89 caixas de máscara cirúrgica, 95 caixas de touca de proteção e 100

pacotes de jalecos com cinco unida-des cada.

Ana Helfer assegura, entretanto, que é desnecessária a distribuição massiva de máscaras, porque não há disseminação viral no Estado. Embora o nome popular da doença

Ana Helfer: Pará está pronto para diagnosticar e atender casos da gripe “A”

O Ministério da Saúde enviou ao Pará máscaras, óculos, luvas e jalecos para proteção contra o vírus em caso de necessidade

7Pará, junho de 2009

Ajuda para reconstruir municípiosO Estado do Pará vai dispor de R$ 80 milhões para recuperar as

rodovias, pontes e casas atingidas pelas cheias deste anoO Ministério da Integração Nacio-

nal liberou R$ 55 milhões para ajudar a população atingida pelas enchentes no Pará. O Governo do Estado disponibi-lizará mais R$ 25 milhões, completando o total de R$ 80 milhões que serão des-tinados principalmente à recuperação de rodovias, pontes e casas. A liberação dos recursos foi anunciada pelo minis-tro Geddel Vieira Lima, após visita à região oeste do Estado, em maio, em companhia da governadora Ana Júlia. “Ainda que não seja o total do que solicitamos, os recursos vão ajudar muito na recuperação das rodovias danificadas pelas águas, e desse modo, vamos poder levar aju-da às pessoas atingidas pelas cheias”, ponderou a governadora, que havia solicitado R$ 150 milhões ao gover-no federal.

As enchentes atingiram 36.417 famílias em 41 municípios das re-giões do Baixo Amazonas, Tapajós, Xingu, Araguaia, Marajó, Capim,

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Guamá, Caeté, Lago de Tucuruí e Carajás. Trinta e cinco municípios decretaram estado de emergência, 21 dos quais já homologados. A De-fesa Civil confirmou a morte de duas crianças em Curuá e Porto de Moz. Os municípios mais atingidos foram Santarém, com 6.710 famílias afeta-das, e Altamira, com 2.249 famílias.

A Defesa Civil ajudou a remanejar famílias atingidas para áreas

seguras e distribuiu cestas

básicas e kits de ajuda humanitária (qua-dro). O hospital de campanha montado em Altamira atendeu 762 pessoas. Nos abrigos instalados em oito municípios - Santarém, Marabá, Altamira, Parauape-bas, Vitória do Xingu, Alenquer, Itaituba e Tucuruí - estão 1.972 famílias. Marabá é o município com maior número de fa-mílias em abrigos (1.306).

O Ministério da Saúde enviou 1.654 quilos de medicamentos com 26 tipos de remédios. O Estado com-plementou com mais 24 itens. "Com esta contrapartida do Estado, estamos totalizando 50 itens de medicamentos

e cobrindo a maioria das patologias que podem ocorrer nestas situações", explicou Edney Mendes Pereira, co-ordenador da Central de Abasteci-mento Farmacêutico da Secretaria de Estado de Saúde Pública.

O Governo do Estado está executando ainda o Plano de Contingência para Chu-vas, com o objetivo de orientar as ações de prevenção, assistência e recuperação dos estragos nos municípios em situação de emergência. No Baixo Amazonas, o Na-vio Grão Pará I, do Corpo de Bombeiros, continua dando atendimento assistencial e de saúde à população atingida.

DEFESA CIVIL 24.800 cestas básicas 17.000 kits de ajuda humanitária

(colchões, mosquiteiros, toalhas, cobertores e travesseiros)

300 kits de limpeza 400 filtros 6.497 redes 400 litros de gasolina 2.800 litros de óleo diesel 2.250 metros cúbicos de madeira 1.405 atendimentos médicos no

navio Grão Pará I

Nível dos rios bateu recorde

SANTARÉM (TAPAJÓS)

MARABÁ (TOCANTINS)

ALTAMIRA (XINGU)

9m11,66m

7,64m

Municípios em alerta Municípios em emergêcia

MUNICíPIOS EM SITUAÇãO DE EMERGêNCIA: Água Azul do Norte, Alenquer, Almeirim, Altamira, Aveiro, Augusto Corrêa, Bragança, Belterra, Cachoeira do Arari, Curuá, Curuçá, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Marabá, Monte Alegre, Medicílândia, Nova Esperança do Piriá, Novo Progresso, Óbidos, Oriximiná, Parauapebas, Porto de Moz, Prainha, Rurópolis, Santa Cruz do Arari, Santarém, São Felix do Xingu, Terra Santa, Tucuruí, Trairão, Uruará, Vitoria do Xingu e Xinguara.MUNICíPIOS EM SITUAÇãO DE ALERTA - Abel Figueiredo, Eldorado dos Carajás, Jacundá, Ipixuna do Pará, Gurupá e Rondon do Pará.

Pará, junho de 20098

O prolongamento da avenida Inde-pendência criará um corredor de acesso ao centro da capital, garantirá fluidez ao trânsito na região metropolitana e via-bilizará o Parque Ambiental de Belém, área verde cinco vezes maior que o Bos-que Rodrigues Alves, que contará com trilhas ecológicas, mirantes, pórticos de entrada e saída e equipamentos ur-banísticos, como os centros de Triagem de Animais Silvestres e de Formação de Gestores Ambientais.

Entre as rodovias Transcoqueiro, em Ananindeua, e Augusto Montenegro, em Belém, a avenida Independência se estenderá até a avenida Júlio César, perto do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans. Será o quarto corredor estrutural de transporte coletivo da região metropolitana, junto com a BR-316, rodovia Augusto Montenegro e avenida Almirante Barroso, que con-centram grande parte do trânsito e os

Cidade fica com obrasProjetos do Ação Metrópole para reordenar sistema

viário ficam prontos até 2010

O programa do Governo do Estado, já tem recursos garantidos para as primeiras obras - muitas já iniciadas e outras em fase de licitação. Além da extensão da avenida

Independência, serão duplicadas a Transmangueirão e a avenida Perimetral e construídos o trevo de quatro pétalas na avenida Pedro Álvares Cabral com Júlio César e o túnel sob a

avenida Dr. Freitas. A rodovia Arthur Bernardes será recuperada. Nesta primeira etapa serão investidos R$ 189 milhões.

maiores engarrafamentos. Depois de concluída, a nova Independência será mais uma opção para quem pretende chegar ao centro da cidade, aliviando o trânsito nos demais corredores.

O arquiteto Paulo Ribeiro, coordena-dor técnico do projeto Ação Metrópole, informa que 600 mil pessoas que vivem ao norte da Região Metropolitana de Be-lém (RMB) - distrito de Icoaraci, Ananin-deua e Marituba - serão beneficiadas pelo prolongamento da Independência.

As obras tangenciarão os 43 hectares do parque, de tal forma que o impac-to será em apenas 3,5 hectares, ou seja, 8,14% da área total. “Será feita a recom-posição de sete hectares de áreas degra-dadas dentro do parque e o governo recuperará o dobro da área tangenciada pela avenida”, observa Leonardo Ferrei-ra, coordenador do Ação Metrópole.

Todo o processo legal para o licen-ciamento das obras pela Secretaria Mu-

nicipal de Meio-ambiente (Semma) já foi cumprido. O Plano Diretor do Mu-nicípio, que prevê o prolongamento da Independência, foi debatido em audi-ências públicas realizadas em todos os distritos de Belém, depois foi aprovado pela Câmara de Vereadores e finalmen-te sancionado pela Prefeitura, em 2008.

A estimativa é de que 120 mil pessoas visitarão o Parque Ambiental a cada mês, graças ao acesso pela avenida Indepen-dência. Atualmente, apenas os morado-res dos conjuntos Marex e Bela Vista, nas adjacências, podem usufruir da exu-berância natural que o parque oferece.

PONTE SOBRE O CANAL SãO JOAQUIM

CENTRO DE FORMAÇãO DE AGENTES AMBIENTAIS

ESPAÇO MULTIUSO

BRINQUEDOS RECREATIVOS

PÓRTICOS

As obras na av. Independência incluem a construção de trilhas, pórticos, mirantes, e equipamentos urbanísticos no Parque Ambiental de Belém

“Iremos transformá-lo efetivamente no Parque da Cidade”, enfatiza Ferreira.

A governadora Ana Júlia Carepa já assi-nou um Termo de Compromisso em que destina R$ 335 mil às obras de compensa-ção ambiental no Parque. O prolongamento da Independência custará R$ 60 milhões.