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nº 45 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 18 de novembro de 2011 1 Notícias Federais Assuntos Econômicos.........................................................................................................3 Projeto cria novo Código Comercial, que acaba com documento em papel ............................. 3 Projeto obriga montadora a utilizar 70% de peças produzidas no Brasil ................................... 4 Crédito seria elevado para atender pequenas empresas .......................................................... 5 CNI considera positiva lei que amplia o Simples ........................................................................ 6 Meio Ambiente…………… ....................................................................................................7 Câmara aprova regulamentação de catador e reciclador de papel ........................................... 7 Infraestrutura…………. ........................................................................................................7 Comissão rejeita projeto que prevê controle das agências reguladoras ................................... 7 Questões Institucionais ......................................................................................................8 Aprovada emenda para unificar data de posse de deputados estaduais e distritais ................ 8 CCJ aprova oito propostas de mudanças eleitorais.................................................................... 9 Tributos…………………….. ................................................................................................... 10 Medida Provisória 539: regulação dos contratos de derivativos ............................................. 10 Relações de Trabalho....................................................................................................... 11 Marta defende licença natalidade de 180 dias para qualquer um dos pais ............................ 11 Passa na CAS projeto que torna crime práticas discriminatórias no ambiente de trabalho.... 12 Aprovado adicional de periculosidade para motociclistas ....................................................... 13 Volta à Câmara projeto que impede demissão por embriaguez ............................................. 13 Câmara rejeita incentivo fiscal para empresa que contratar idoso e deficiente ..................... 14

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nº 45 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 18 de novembro de 2011

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos .........................................................................................................3

Projeto cria novo Código Comercial, que acaba com documento em papel ............................. 3

Projeto obriga montadora a utilizar 70% de peças produzidas no Brasil ................................... 4

Crédito seria elevado para atender pequenas empresas .......................................................... 5

CNI considera positiva lei que amplia o Simples ........................................................................ 6

Meio Ambiente…………… ....................................................................................................7

Câmara aprova regulamentação de catador e reciclador de papel ........................................... 7

Infraestrutura…………. ........................................................................................................7

Comissão rejeita projeto que prevê controle das agências reguladoras ................................... 7

Questões Institucionais ......................................................................................................8

Aprovada emenda para unificar data de posse de deputados estaduais e distritais ................ 8

CCJ aprova oito propostas de mudanças eleitorais.................................................................... 9

Tributos…………………….. ................................................................................................... 10

Medida Provisória 539: regulação dos contratos de derivativos ............................................. 10

Relações de Trabalho ....................................................................................................... 11

Marta defende licença natalidade de 180 dias para qualquer um dos pais ............................ 11

Passa na CAS projeto que torna crime práticas discriminatórias no ambiente de trabalho.... 12

Aprovado adicional de periculosidade para motociclistas ....................................................... 13

Volta à Câmara projeto que impede demissão por embriaguez ............................................. 13

Câmara rejeita incentivo fiscal para empresa que contratar idoso e deficiente ..................... 14

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Proposta de Código do Trabalho amplia possibilidades de negociação .................................. 14

Projeto descongela contribuição sindical patronal .................................................................. 16

Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos ....................................................................................................... 17

Indústria paranaense dá sinal de desaceleração em setembro ............................................... 17

Convênio com setor produtivo prevê parceria no programa "Paraná Empreendedor", da TV

Sinal .......................................................................................................................................... 18

Estancar processo de desindustrialização do setor têxtil é prioridade para empresários ....... 19

Infraestrutura…………… .................................................................................................... 21

Paraná prioriza infraestrutura no plano estratégico da União ................................................. 21

Aprovada em redação final autorização para construção das usinas de São João e

Cachoeirinha ............................................................................................................................ 22

Proposta de ampliação da Região Metropolitana de Curitiba passa em redação final ........... 23

Tributos………………….. ...................................................................................................... 23

IPTU será reajustado pela inflação em 2012 ............................................................................ 23

Questões Institucionais .................................................................................................... 25

Projeto da Ficha Limpa segue para sanção governamental ..................................................... 25

Relações de Trabalho ....................................................................................................... 25

Telessalas do Trabalhador ofertam qualificação profissional................................................... 25

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos

Projeto cria novo Código Comercial, que acaba com documento em papel

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1572/11, do deputado Vicente Candido (PT-SP), que institui um novo Código Comercial, com o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas. A proposta do novo código trata, entre outros assuntos, da denominação empresarial, de títulos eletrônicos e do comércio na internet. Um dos principais pontos destacados pelo autor é a permissão para que toda a documentação empresarial seja mantida em meio eletrônico, dispensando-se o uso de papel. O projeto de lei não reduz a obrigação legal da empresa e do empresário, nem mesmo a dos sócios da sociedade empresarial, relacionada a consumidores e trabalhadores. Também não altera as obrigações fiscais, de qualquer natureza, das empresas e seus sócios. Ficam inalteradas ainda as obrigações e responsabilidades ambientais e por abuso do poder econômico ou infração contra a ordem econômica. O texto conta com 670 artigos, divididos em cinco livros. O primeiro é uma parte geral sobre a empresa; o segundo trata das sociedades empresariais; o terceiro regula as obrigações dos empresários; o quarto aborda a crise da empresa; e o quinto trata das disposições transitórias. Obrigações - No campo das obrigações empresariais, além da previsão de prazos prescricionais mais curtos, “necessários à segurança jurídica nas relações empresariais”, segundo Vicente Candido, o projeto de Código Comercial estabelece normas próprias para a constituição das obrigações entre empresas, atentas à realidade das atividades econômicas. Também disciplina os principais contratos empresariais, como a compra e venda mercantil, o fornecimento, a distribuição, o fretamento de embarcações e outros. “A reunião da disciplina destes negócios jurídicos num diploma sistemático possibilitará maior previsibilidade nas decisões judiciais sobre direitos e obrigações contratuais das empresas”, acredita o deputado de São Paulo. Convenção - Em relação ao direito cambiário, além da regulação dos títulos eletrônicos, o projeto abrange o cumprimento de uma convenção internacional assinada pelo Brasil na década de 1930 – a Convenção de Genebra para a adoção de uma lei uniforme sobre Letra de Câmbio e Nota Promissória. “Até hoje, essa lei não foi introduzida regularmente no direito nacional, sendo matéria precariamente disciplinada por mero decreto do Poder Executivo, baixado em 1966”,

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declarou o deputado. Outros títulos como a duplicata, warrant e o conhecimento de depósito também são contemplados. Direito civil - Atualmente, o direito empresarial brasileiro é disciplinado em sua maior parte pelo Código Civil, que trata também de questões privadas envolvendo pessoas físicas. Há outras questões relacionadas às empresas que são reguladas por leis específicas – como a das Sociedades Anônimas (6.404/76), a de Falências (11.101/05) e a dos Títulos de Crédito (6.840/80), que não são revogadas pela proposta. Já a Lei de Duplicatas (5.474/68) seria revogada. O antigo Código Comercial, de 1850, permaneceu em vigor durante muito tempo. Como ele se tornou defasado, teve sua maior parte revogada em 2003, quando entrou em vigor o novo Código Civil. Do antigo Código Comercial restaram somente artigos sobre direito marítimo. O deputado justifica a necessidade de criar um código específico com o fato de a Constituição considerar o direito comercial uma área distinta do direito civil. “Revela-se, assim, mais compatível com a ordem constitucional a existência de um código próprio para o direito comercial, e não a inclusão da matéria dessa área jurídica no bojo do Código Civil”, declarou. “De qualquer modo, a dispersão legislativa atual tem impedido, para grande prejuízo da economia brasileira, o tratamento sistemático das relações de direito comercial”. Tramitação - O projeto vai ser analisado por uma comissão especial e pelo Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias Política Industrial

Projeto obriga montadora a utilizar 70% de peças produzidas no Brasil A Câmara analisa o Projeto de Lei 1770/11, do deputado Vicentinho (PT-SP), que obriga as montadoras de veículos a utilizarem, no mínimo, 70% de peças produzidas no Brasil em cada unidade que fabricarem. Pela proposta, as montadoras terão dois anos para se adaptarem à nova regra. O projeto deixa para o Executivo a regulamentação da forma de fiscalização do cumprimento da norma e as punições pelo descumprimento. Vicentinho ressalta que há um movimento de integração da produção em nível global, o que leva a que um veículo montado em um determinado país tenha peças de diversas nacionalidades. Segundo o deputado, que é ex-sindicalista, esse processo tem sido responsável pela perda de muitos postos de trabalho na indústria de autopeças no Brasil. “Entendemos ser crucial que o Poder Público intervenha no sentido de estabelecer um

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percentual mínimo de origem nacional para as peças utilizadas pelas montadoras aqui instaladas, como forma de valorização da nossa indústria, estimulando a transferência tecnológica, gerando mercado para inovações, para a agregação de valor na cadeia produtiva e, em última análise, para a geração de emprego e renda”, afirma o deputado paulista. Tramitação - O projeto tramita em caráter conclusivo e será examinado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias Microempresa

Crédito seria elevado para atender pequenas empresas

O Programa Nacional de Microcrédito (Crescer), lançado em agosto passado pela presidente Dilma, poderá ser esticado durante sua tramitação no Congresso para atender mais microempresas e também pequenas empresas. O Crescer oferece garantias à concessão de empréstimos, com taxas anuais de juros de 8% ao ano, para empreendedores individuais e microempresas que faturam até R$ 120 mil. Proposta para ampliar a faixa de beneficiários do Crescer está sendo costurada pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), vice-presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. A matéria está em uma das cinco medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara dos Deputados. Apenas duas devem ser votadas ainda este ano. "Devemos travar uma luta para ampliar este limite que contempla as microempresas, de modo a incluir um segmento maior no programa Crescer", afirmou o parlamentar. Inserido na Medida Provisória 543/2011, do Executivo, o Crescer conta este ano com recursos na ordem de R$ 500 milhões, do Tesouro Nacional, para bancar parte do custo de operação para as instituições (bancos e cooperativas). Essa MP perde validade no dia 22 de dezembro. O PNMPO, criado pela Lei 11.110/2005, tem como grande atrativo a concessão de crédito sem a exigência de garantia por parte do microempreendedor, entendido como pessoa física ou jurídica com renda bruta anual de até R$ 120 mil. A falta de aval levou os bancos a cobrar taxas de juros elevadas nas operações, de acordo com o Executivo, o que restringiu a distribuição do incentivo. Por isso, oferecer garantias reais é o principal objetivo do Crescer. Normais operacionais - Após a aprovação da MP 543, caberá ao Ministério da Fazenda expedir um regulamento, determinando as normas operacionais para pagamento da

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subvenção aos bancos e os limites anuais a que cada instituição financeira terá direito. O pagamento só será feito depois de o banco comprovar a realização da operação de crédito. A MP 543 determina que a aplicação irregular ou o desvio dos recursos provenientes da subvenção sujeitará o banco à devolução em dobro do dinheiro e às penas da legislação, que vão de advertência à cassação da autorização de funcionamento. A fiscalização das operações será feita pelo Banco Central. Fonte: Blog RT

CNI considera positiva lei que amplia o Simples A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera positiva a lei que amplia os limites de enquadramento das micros e pequenas empresas ao Simples Nacional e aperfeiçoa alguns pontos da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. “A nova lei muda o limite de enquadramento, que é uma demanda antiga dos empresários. Cria o parcelamento de débito para as empresas optantes pelo Simples, e permite que uma empresa cresça, exporte e não saia do Simples”, avalia o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Com a lei, sancionada na quinta-feira, 10 de novembro, o limite da receita bruta anual para enquadramento das pequenas empresas ao Simples Nacional passa dos atuais R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões ao ano. O teto para o empreendedor individual sobre de R$ 36 mil para R$ 60 mil ao ano. Além disso, a lei também prevê a possibilidade das pequenas empresas exportarem até 100% acima do limite de faturamento sem exclusão do regime do Simples Nacional. Assim, a receita adicional com as vendas ao exterior poderá ser de até R$ 3,6 milhões. Outro benefício é a incorporação nesse regime tributário facilitado da empresa individual de responsabilidade limitada. Críticas - Apesar dos avanços, avalia Fonseca, há alguns pontos negativos na nova lei. Por exemplo, a obrigatoriedade de adesão ao sistema de comunicação eletrônica do Simples Nacional. Além disso, as informações prestadas no sistema eletrônico para fins de cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao Simples terão caráter declaratório e de confissão de dívida. Ou seja, a informação será suficiente para a cobrança de valores não recolhidos. Outro obstáculo criado pela lei, segundo Fonseca, é a punição estabelecida às empresas que não prestarem as informações no Sistema Eletrônico de cálculo no prazo previsto, ou que prestarem informações incorretas. O texto estabelece que as empresas serão intimadas a inserir os dados e estarão sujeitas a multas para cada mês de referência. O mais grave é que a multa será devida mesmo se a retificação for feita logo depois da transmissão do dado incorreto. “Às vezes, a empresa erra a informação não porque você queira enganar o Fisco, mas

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porque digita errado ou insere a informação em campo errado”, argumenta Fonseca. “Essa multa precisa ser revista”, defende ele. O economista acrescenta que a punição não deve aplicada às empresas que erraram sem intenção de burlar o Fisco. Fonte: Blog RT

Meio Ambiente

Câmara aprova regulamentação de catador e reciclador de papel A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei 6822/10, do Senado, que regulamenta a profissão de catador de materiais recicláveis e de reciclador de papel. A CCJ aprovou parecer do relator, deputado Marçal Filho (PMDB-MS) favorável à constitucionalidade e juridicidade do projeto. Como a proposta tramita em caráter conclusivo e já havia sido aprovada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Finanças e Tributação, o texto segue agora para sanção presidencial. O projeto define o catador como o profissional autônomo ou associado de cooperativa que cata, seleciona e transporta material reciclável nas vias públicas e nos estabelecimentos públicos ou privados para venda ou uso próprio. Já o reciclador é aquele que recicla papel para venda ou uso próprio. Ele pode atuar de forma autônoma ou integrar-se a cooperativa e trabalhar em casa ou em outro local adequado à atividade. De acordo o proposta, para atuar como catador ou reciclador, o profissional deverá registrar-se na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de sua cidade. Esse registro será feito por meio da apresentação do documento de identidade, do título de eleitor com os comprovantes de votação e do certificado de reservista militar. Marçal Filho lembra que compete à União legislar sobre eventuais condições a serem exigidas para o exercício da profissão. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Infraestrutura

Comissão rejeita projeto que prevê controle das agências reguladoras

A Comissão de Minas e Energia rejeitou o Projeto de Lei 2275/03, do Senado, que prevê que as atividades das agências reguladoras passarão a ser submetidas a controle e fiscalização

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do Poder Legislativo. As agências nacionais foram criadas como autarquias sob regime especial, o que lhes garante independência política e administrativa. A proposta altera a Lei 9.986/00, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das agências reguladoras, não prevendo controle vindo do Poder Legislativo. O relator, José Otávio Germano (PP-RS), ressaltou que as agências são dotadas de relativa independência político-institucional, pois limitam-se a regulamentar e fiscalizar o cumprimento das políticas setoriais estabelecidas nas leis e nos decretos governamentais. “Suas atividades estão submetidas à supervisão, exercida pelo ministério ao qual estão vinculadas e já são fiscalizadas pela sociedade e pelos órgãos competentes”, afirmou o relator. Germano lembrou ainda que tramita na Câmara o Projeto de Lei 2057/03, que tem entre seus apensos o Projeto de Lei 3337/04, o chamado Projeto de Lei Geral das Agências Reguladoras, que dispõe sobre a gestão, a organização e o controle social destas instituições. “Essa proposição encontra-se em avançado estágio de análise, estando o substitutivo oferecido pelo relator na legislatura passada, o ex-deputado Ricardo Barros, pronto para ser apreciado pelo Plenário desta Casa”, informou. Também foram rejeitados os projetos apensados: 1452/03, 1850/07, 413/03 e 2594/03. Tramitação - A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Questões Institucionais

Aprovada emenda para unificar data de posse de deputados estaduais e distritais

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou emenda do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) a proposta de emenda à Constituição (PEC 38/11) que modifica a data de posse do presidente da República, de governadores e prefeitos. A intenção da emenda de Aloysio Nunes é unificar a data de posse de deputados estaduais e distritais, fixando-a em 1º de fevereiro. Segundo explicou Aloysio, a alteração proposta vem corrigir uma "esquisitice institucional" ocorrida não só em São Paulo, mas também em Roraima, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Lá, os deputados estaduais só tomam posse em 15 de março, circunstância que "complica as relações entre Executivo e Legislativo". - Assim, estamos propondo que a posse dos deputados estaduais e distritais coincida com o

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início da legislatura do Congresso Nacional: 1º de fevereiro - acrescentou Aloysio Nunes. Acolhida pelo relator da PEC 38/11, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), essa emenda estabelece que os mandatos desses parlamentares, eleitos em 2014, terminarão no dia 31 de janeiro de 2019. Dessa forma, teria fim à defasagem entre os mandatos de governadores e deputados estaduais e distritais. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) elogiou a medida proposta por Aloysio Nunes, que vai estabelecer, de forma definitiva, a coincidência da posse para os ocupantes de mandatos eletivos no país. A matéria retorna agora para dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado. Fonte: Agência Senado

CCJ aprova oito propostas de mudanças eleitorais A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, oito projetos relacionados à legislação eleitoral. Aprovadas na CCJ, as propostas relacionadas com direito eleitoral ainda precisam ser analisadas pelo Plenário. São elas: 1 - Projeto de Lei 396/07, que responsabiliza administrativamente os chefes do Poder Executivo e do Legislativo – em todos os níveis de governo – pela transição administrativa, após a proclamação dos resultados eleitorais. De autoria do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o texto obriga os chefes dos Poderes a facilitar o acesso dos administradores eleitos, ou de seus representantes, às instalações materiais e a todas as informações administrativas pertinentes à gestão que termina, além de oferecer local e infraestrutura para o desempenho das atividades de transição; 2 - PL 4159/08, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que proíbe governadores e prefeitos de anteciparem ou postergarem feriados para coincidir com o fim de semana das eleições. Segundo o autor da proposta, o objetivo é impedir a criação de um feriado prolongado que desestimule a participação do eleitor; 3 - PL 5231/09, do deputado licenciado Betinho Rosado (DEM-RN), que prevê a emissão de sinal sonoro pelas urnas eletrônicas de votação, indicando cada cargo a ser votado; 4 - PL 5927/09, do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que proíbe a propaganda de candidatos a senador sem a apresentação dos dois candidatos a suplentes que completam a chapa; 5 - PL 6118/09, da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que determina que, em casos de empate nas eleições proporcionais, será eleito o candidato com o maior tempo de filiação partidária; 6 - PL 6189/09, dos deputados Chico Alencar (PSol-RJ) e Ivan Valente (PSol-SP) e do ex-deputado Geraldinho, que autoriza a instalação, em época de eleição, de painéis móveis em terminais de transporte coletivo e estações de trens, metrôs e barcas. Esses painéis, com tamanho máximo de um metro quadrado, deverão conter lista de candidatos e principais propostas de cada partido para os cargos em disputa;

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7 - PL 7486/10, do Senado, que altera a Lei Eleitoral (9.504/97) para determinar que o horário político (no rádio e na TV) que houver sido perdido por partido ou coligações, por ter cometido infrações, e que não for destinado a direito de resposta, será utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgação de propaganda educativa sobre as eleições; e 8 - PL 7873/10, da Comissão de Legislação Participativa, que aumenta em até dois anos a pena máxima para compra de votos e o valor da multa cobrada. A pena atual é de quatro anos de reclusão, com multa. Pelo texto, a sanção passaria para três a seis anos de reclusão. A CCJ ainda rejeitou o PL 4258/08, do ex-deputado Vicentinho Alves, que proíbe a divulgação de resultados de pesquisas eleitorais por qualquer meio de comunicação. O relator na comissão, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou o texto inconstitucional por ferir o direito à informação. Reforma - Apesar de merecerem destaque na pauta da CCJ, os projetos aprovados não têm o mesmo impacto da proposta de reforma política relatada por Fontana, centrada no financiamento público exclusivo de campanha. A última versão do relatório também muda, entre outras coisas, a fórmula de contagem dos votos para as eleições proporcionais, reduz o período de mandato dos senadores de oito para quatro anos e prevê a realização de segundo turno para prefeito nos municípios que tenham mais de 100 mil eleitores – atualmente, essa possibilidade só ocorre em cidades com mais de 200 mil eleitores. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Tributos

Impostos

Medida Provisória 539: regulação dos contratos de derivativos O Senado Federal ratificou hoje o Projeto de Lei da Conversão (PLV) da Câmara dos Deputados a Medida Provisória 539, que regula os contratos de derivativos. O relator do PLV, senador Blairo Maggi (PR/MT), não promoveu qualquer alteração no texto oridundo da Câmara para evitar seu retorno para análise dos deputados. A medida provisória perderia eficácia no dia 28 de Novembro. Assim, fica mantida a inovação da Câmara que possibilita à pessoa jurídica exportadora descontar o IOF recolhido em operações de hedge do IOF devido em outras operações - caso não haja possibilidade de aproveitar o imposto, o contribuinte poderá solicitar a sua restituição ou compensação com outros impostos e contribuições administrados pela

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Receita Federal. A CNI apoia a inovação pois ela viabiliza a operação de hedge das exportações, garantindo a operação legítima de proteção ao risco cambial com menores custos. O texto remetido à sanção:

Dispensa da exigência do IOF incidente sobre contratos derivativos para os fatos geradores ocorridos entre 27 de julho e 15 de setembro de 2011; e

Determina que a constituição de gravames e ônus sobre ativos financeiros e valores mobiliários em operações realizadas no âmbito do mercado de valores mobiliários ou do sistema de pagamentos brasileiro, de forma individualizada ou em caráter de universalidade, será realizada, inclusive para fins de publicidade e eficácia perante terceiros, exclusivamente mediante o registro do respectivo instrumento junto às entidades expressamente autorizadas para esse fim pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, nos seus respectivos campos de competência;

Dá poderes para o CMN (i) determinar depósitos de garantia (margens) sobre os contratos de derivativos e (ii) fixar limites, prazos e outras condições sobre as negociações dos contratos;

Estipula que a cobrança e o recolhimento do IOF será realizada pelas instituições autorizadas a registrar os contratos (CETIP e BMF-BOVESPA);

Estipula uma alíquota máxima de 25% sobre o valor das operações com derivativos; e

Determina o registro de todos os contratos derivativos. Fonte: CNI

Relações de Trabalho

Marta defende licença natalidade de 180 dias para qualquer um dos pais

Proposta de Emenda à Constituição (PEC 110/11) apresentada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) transforma a licença à gestante em licença natalidade e estende sua duração de 120 para 180 dias, além de permitir sua concessão a qualquer um dos pais. A PEC também amplia a licença paternidade de cinco para 15 dias, assegurando-a a ambos os pais, e estende sua concessão para os casos de adoção ou concessão de guarda para fins de adoção. A PEC ainda acrescenta a "orientação sexual" e a "identidade de gênero" entre os motivos que não podem ser utilizados para justificar diferenciação de salário, de exercício de funções e de critério de admissão. A proposta, que altera o inciso IV do artigo 3º da Constituição Federal, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e

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Cidadania (CCJ). Na justificação da proposta, a senadora afirma ter proposto a ampliação da licença para 180 dias porque "o nascimento de um filho deve merecer crescente atenção do legislador, face não apenas a sua crucial importância, mas também devido à necessidade de uma política estatal brasileira que leve em conta as tendências demográficas atuais e futuras de nossa sociedade e, eventualmente, a elas ofereça um contraponto, se for esse o interesse nacional". Marta Suplicy acrescentou que hoje, "mediante modernos processos tecnobiológicos de fecundação artificial", uma pessoa que integra união civil com outra do mesmo sexo pode alcançar a paternidade ou a maternidade. Isso justifica, para ela, que a disciplina constitucional da matéria seja "ampla o bastante para abranger essa alternativa", bem como a concessão da licença a qualquer um dos pais. A parlamentar argumenta ainda que "a adoção de uma criança constitui gesto de imensa generosidade". Para ela, isso é "o bastante para justificar que também nessa condição se adquira, independentemente da natureza do casamento ou da união civil, ou mesmo do estado civil do adotante, o direito à licença paternidade". Sua proposta fala em "licença paternidade de quinze dias, nos termos fixados em lei, a ser concedida após o nascimento, a adoção ou a concessão de guarda para fins de adoção, assegurada a ambos os pais". O texto hoje em vigor diz apenas: "licença-paternidade, nos termos fixados em lei". Por fim, a representante paulista afirma que os direitos trabalhistas previstos na Constituição "possam ser aplicados a todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou gênero". Fonte: Agência Senado Passa na CAS projeto que torna crime práticas discriminatórias no ambiente de trabalho

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou em turno suplementar , proposta que amplia a lista de práticas discriminatórias a serem combatidas no ambiente de trabalho ou durante o processo de contratação. Assim, poderá ser punida a discriminação de gênero, orientação sexual, etnia, religião, deficiência ou restrição de crédito. O projeto aprovado (PLS 615/07) é de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e tramita em conjunto com o PLS 283/08. O substitutivo do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) incorporou sugestões das duas propostas e também as mudanças que já haviam sido aprovadas pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça do Senado (CCJ). O texto agora será examinado pela Câmara dos Deputados. Uma das medidas previstas é a inclusão, entre as práticas consideradas crime, da exigência de teste para verificar predisposição genética a doenças (inclusive por meio de histórico familiar). Outra prática discriminatória seria a utilização (ou o fornecimento) de informações sobre o empregado obtidas por meio de cadastros de "negativação" ou

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restrição ao crédito. A exigência de certidão negativa de reclamatória trabalhista também passaria a ser classificada como crime, assim como o ato de anotar desabono na carteira de trabalho relacionado a desempenho profissional, comportamento, gênero, sexo, orientação e identidade sexual, estado civil, situação familiar, origem, cor, etnia, religião, deficiência ou idade do trabalhador. Fonte: Agência Senado

Aprovado adicional de periculosidade para motociclistas Projeto de lei que prevê pagamento de adicional de periculosidade para os motociclistas foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em turno suplementar. Assim, as atividades de mototaxista, motoboy, moto-frete e o serviço comunitário de rua poderão ser incluídas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43) como perigosas, o que garantirá o benefício a esses trabalhadores. O projeto (PLS 193/03) é de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e foi aprovado na forma de substitutivo do relator, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), em 26 de outubro. Agora, a matéria irá ao exame dos deputados. A proposta atualiza a CLT, após a promulgação da lei que regula a profissão de mototaxista e motoboy (Lei 12.009/09). Atualmente, a legislação trabalhista considera perigosas as atividades ou operações que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Na discussão da matéria, o senador Cícero Lucena alertou, no entanto, que a aprovação da proposta e o consequente pagamento do adicional de periculosidade a esses trabalhadores, não elimina a necessidade de capacitação dos profissionais. Fonte: Agência Senado

Volta à Câmara projeto que impede demissão por embriaguez A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou em turno suplementar, projeto de lei que impede o empregador de demitir por justa causa o trabalhador que apresentar embriaguez habitual ou em serviço. A proposta é de autoria do ex-deputado Roberto Magalhães e já havia sido aprovada no final de outubro na forma de substitutivo do relator, senador Paulo Bauer (PSDB-SC). Como recebeu alteração no Senado, a matéria voltará à Câmara dos Deputados. O relator decidiu apresentar substitutivo ao projeto (PLC 12/11) para acolher a proposta inicial do deputado Roberto Magalhães, que prevê suspensão do contrato de trabalho e concessão de licença para tratamento de saúde do empregado alcoolista. Pelo texto aprovado, o trabalhador poderá ser demitido por justa causa na hipótese de recusar a

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realização do tratamento. O texto que chegou ao Senado apenas retirava da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei nº 5.452/43) a hipótese de embriaguez como justa causa para demissão. Ao justificar a proposta, o autor ressaltou que o Judiciário já reconhece como injustas as demissões por justa causa com base em embriaguez. Por isso, a medida se faz necessária, uma vez que o alcoolismo já é considerado uma patologia ou resultado de crises emocionais e a Justiça tem exigido tratamento médico antes de determinar aplicação de medidas punitivas. Fonte: Agência Senado

Câmara rejeita incentivo fiscal para empresa que contratar idoso e deficiente A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou, em caráter terminativo, o Projeto de Lei 1412/03, do ex-deputado Carlos Nader, que determina a concessão de incentivo fiscal às empresas que contratarem pessoas com deficiência ou com mais de 60 anos. A proposta será arquivada, a menos que haja recurso para que seja analisada no Plenário. Conforme o projeto, a empresa poderia deduzir, do lucro tributável pago ao Imposto de Renda, o equivalente a 2% dos salários pagos aos funcionários idosos ou com deficiência. O relator, deputado Rui Costa (PT-BA), apontou incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária na proposta. Segundo ele, a medida configura renúncia de receitas federais, sem atender os requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a LRF, projeto de lei que acarrete renúncia de receita deve apresentar estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Além disso, segundo a LRF, o autor da proposta deve demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Fonte: Agência Câmara de Notícias

Proposta de Código do Trabalho amplia possibilidades de negociação Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1463/11, do deputado Silvio Costa (PTB-PE), que institui o Código do Trabalho, com o objetivo de simplificar a legislação e ampliar as possibilidades de negociação entre empregados e empregadores. Segundo Silvio Costa, a flexibilização das leis, com garantia dos direitos mínimos, vai ao encontro da tendência mundial de afastamento do intervencionismo e protecionismo exagerado do Estado. Na opinião do deputado, o mais grave problema da legislação trabalhista hoje é a inflexibilidade para contratar, o que impede a competitividade das empresas. O Código do Trabalho proposto por Costa tem 280 artigos sobre diversos temas, entre eles

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contrato individual de trabalho, terceirização, organização sindical, acordos coletivos de trabalho, direito de greve e penalidades. As regras estabelecidas na proposta não se aplicam a servidores públicos sujeitos a regime jurídico próprio. O projeto revoga ainda uma série de leis trabalhistas e boa parte da CLT, como as regras relativas a férias, fixação do salário e proteção da maternidade. Ficam mantidas, por outro lado, regras relacionadas a categorias específicas de profissionais, como bancários e músicos profissionais, e à Justiça do Trabalho. Terceirização - Entre outras medidas, a proposta estabelece regras para a terceirização de serviços. Pelo texto, a empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica destinada a prestar a uma outra empresa serviços determinados e específicos, podendo o contrato tratar das atividades meio e fim da contratante. A prestadora contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus funcionários, não existindo vínculo entre esses empregados e a empresa contratante. Mesmo assim, a contratante proporcionará a esses trabalhadores atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus próprios empregados. A contratante também será subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços. Jornada e férias - O texto de Silvio Costa mantém em 8 horas diárias ou 44 horas semanais a duração normal do trabalho, desde que não seja fixado expressamente outro limite. Em caso de necessidade imperiosa, o trabalho poderá ter duração de até 12 horas por dia. O empregador poderá reduzir a jornada de trabalho, mediante convenção ou acordo coletivo e por até três meses, se a conjuntura econômica assim o recomendar. Nesses casos, a diminuição do salário não poderá ser maior que 25% da remuneração contratual. Os dias de férias serão proporcionais à frequência do trabalhador, como determina a legislação atual. Serão 30 dias corridos, quando o empregado não tiver mais que 5 faltas no período de 12 meses; 24 dias para quem tiver de 6 a 14 faltas; 18 dias nos casos de 15 a 23 faltas; e 12 dias para quem tiver 24 a 32 faltas. A época da concessão das férias será a que melhor atender os interesses do empregador. Empregados domésticos- Os empregados domésticos, conforme o projeto, terão em regra os mesmos direitos do trabalhador urbano. Não se aplicarão a eles, no entanto, a suspensão do contrato de trabalho em caso de aposentadoria por invalidez ou de participação em qualificação profissional. O empregador também não precisará, na hipótese de despedida sem justa causa, fazer depósitos na conta do FGTS do trabalhador. Como regra geral, a proposta proíbe a discriminação, no mercado de trabalho, em razão de sexo, idade, cor, origem, situação familiar ou gravidez. A infração poderá ser punida com multa administrativa de R$ 700 a R$ 7 mil. O projeto garante ainda a licença-maternidade de 120 dias da empregada gestante ou adotante e, no que couber, garante a mesma proteção da maternidade ao empregado

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adotante solteiro e aos casais homoafetivos que adotarem. Tramitação - O projeto será analisado por comissão especial antes de ser votado pelo Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto descongela contribuição sindical patronal Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1491/11, do deputado Laercio Oliveira (PR-SE), que atualiza a base de cálculo da contribuição sindical patronal. Desde junho de 2002, data da extinção da unidade fiscal de referência (Ufir), diz o deputado, foi criado um lapso legal que congelou os valores dessa contribuição. Laércio Oliveira lembra que a Constituição consagra o princípio da liberdade sindical e contempla a contribuição sindical como receita imprescindível à concretização desse direito. Assim, diz ele, é inegável que o congelamento afeta a autonomia de gestão financeira dos sindicatos, federações e confederações patronais. Tabela progressiva - Pelo projeto, a contribuição continua sendo recolhida uma vez a cada ano. Os valores são reajustados da seguinte forma: para os empregados, qualquer que seja a forma da remuneração, a importância correspondente a um dia de trabalho; para os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, a importância correspondente a R$ 70,76; para os empregadores, uma importância proporcional ao capital social, mediante a seguinte tabela progressiva: - capital de até R$ 35.383,50, alíquota de 0,8%; - capital entre R$ 35.383,51 e R$ 353.835,00, alíquota de 0,2%; - capital entre R$ 353.835,01 e R$ 35.383.500,00, alíquota de 0,1%; - capital entre R$ 35.383.500,01 e R$ 188.712.000,00, alíquota de 0,02%. O projeto obriga a microempresa e a empresa de pequeno porte a recolher uma contribuição mínima, fixada em R$ 141,53. Os valores serão reajustados em janeiro de cada ano pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. A proposta altera o artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Tramitação - Sujeito à apreciação conclusiva, o projeto foi distribuído às comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos

Indústria paranaense dá sinal de desaceleração em setembro

Após forte crescimento em agosto, as vendas industriais paranaenses tiveram queda de 3,34% em setembro. No acumulado do ano, a indústria do Estado ainda registra crescimento de 6,97% em relação a 2010, devendo fechar 2011 como o melhor desempenho de sua história. Os números, porém, revelam que o ritmo de expansão do setor industrial vem apresentando sinais de desaceleração a cada trimestre. A retração em setembro foi motivada pelo resultado negativo de oito dos 18 gêneros pesquisados. A queda atingiu, inclusive, os três itens de maior participação relativa nas vendas industriais do Estado: refino de petróleo e produção de álcool (-7,56%), alimentos e bebidas (-4,38%) e veículos automotores (-2,42%). Além disso, foram registradas fortes diminuições nas vendas dos setores de vestuário (?15,62%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,40%) e edição e impressão (-12,72%). O coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt, afirma que o resultado de setembro contrariou uma tendência histórica da indústria paranaense, já que tradicionalmente o período entre agosto e novembro é o de maior atividade do setor. A queda de pouco mais de 3% nas vendas, no entanto, já havia sido prevista pelo economista nos levantamentos referentes ao mês anterior. “Agosto se demonstrou um mês anormal devido à concentração de vendas, acontecida em razão de alguns sinais externos em relação às indústrias”, afirmou Schmitt, referindo-se ao crescimento de 7,5% de agosto, ocasionado pelo desempenho positivo de 15 dos 18 gêneros pesquisados. Ainda de acordo com o economista, a análise de outros fatores – como as retrações de 1,98% nas compras de insumos e de 0,32% no nível de emprego na indústria – indica que o mês de outubro deve ser muito parecido com setembro. Mesmo assim, a expectativa é que a indústria paranaense termine 2011 com resultado superior ao de 2010, até agora o melhor ano da série histórica pesquisada pela Fiep, iniciada em 1986. De janeiro a setembro, o crescimento nas vendas industriais do Estado foi de 6,97% em relação a igual período do ano passado. Apesar disso, Schmitt alerta para sinais de desaceleração no ritmo de crescimento da indústria paranaense. Enquanto o primeiro trimestre deste ano registrou aumento de 10,81% nas vendas quando comparado ao mesmo período de 2010, o crescimento foi de 6,29% no segundo trimestre e de 4,46% no terceiro. “Esses resultados atestam claramente a desaceleração da expansão da indústria paranaense”, conclui o economista. Fonte: FIEP

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Convênio com setor produtivo prevê parceria no programa "Paraná Empreendedor", da TV

Sinal A Assembleia Legislativa assinou convênio com a Associação Comercial do Paraná – ACP, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP, e a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – Ocepar, para divulgar as ações desses segmentos da economia paranaense através da TV Sinal, veículo oficial de comunicação do Poder Legislativo. Isso se dará através do programa semanal “Paraná Empreendedor”, em edições inéditas sempre às segundas-feiras, às 18h30, e em sistema de rodízio que se repete a cada três semanas. Em ato solene que marcou a assinatura do documento, o presidente da Comissão Executiva, deputado Valdir Rossoni (PSDB), destacou o pioneirismo da medida “que expressa o novo momento vivido pela Casa. Buscamos agregar conteúdo à programação da TV Sinal, acreditando que isso será melhor para todos e atenderá uma gama maior de interesses. “Atuando em parceria, vamos conseguir ampliar nossa comunicação e, ao mesmo tempo, oferecer condições para que a sociedade possa fiscalizar melhor seu Legislativo”. Para o presidente da FIEP, Edson Luis Campagnolo, a aproximação da Assembleia com os segmentos que representam o setor produtivo “é um bom exercício de cidadania, que consolida a confiança do setor e ajudará a difundir no Paraná a semente do empreendedorismo”. Momento histórico – O diretor de Comunicação da Assembleia, Hudson José, lembrou o recente encontro entre o presidente da Casa e o dirigente da ACP, Edson Ramon, que marcou os primeiros entendimentos referentes à abertura da TV Sinal a entidades representativas da economia do Estado, que redundaram no convênio assinado. Para Ramon, trata-se de um “momento histórico em que entidades de classe se juntam em direção a um oriente de ética e recuperação dos valores morais”. Elogiando o processo de reconstrução vivido pelo Poder, disse que cabe à classe política perceber com perspicácia o que a sociedade deseja: “Estamos de mãos dadas nesta caminhada”, frisou. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, afirmou que se sentia orgulhoso e satisfeito pela iniciativa da Comissão Executiva da Assembleia, que permitirá que as diversas representações de classe mostrem ao povo do Paraná como desempenham suas atividades: “Vamos contar com um importante espaço para divulgar a atuação do cooperativismo, que hoje mantém 1 milhão e 450 mil postos de trabalho no Estado”. Enquanto Rossoni enfatizava a repercussão da mobilização popular, encabeçada no ano passado pelas entidades ali presentes, e a força que isso deu à nova Comissão Executiva do Poder Legislativo para realizar as reformas necessárias à recuperação da credibilidade da Casa, Campagnolo respondia que as cobranças só são feitas à Mesa “porque vivemos um tempo de democracia e o Legislativo é um poder transparente”. O último a falar foi o 1º secretário, deputado Plauto Miró (DEM), elogiado por Rossoni como “um grande gerente”, que complementa “o estilo rompedor do presidente” com o

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contraponto da diplomacia. Plauto se disse feliz com a assinatura do convênio porque ele reúne em torno da Assembleia e sua luta pela moralização as entidades “que ontem estavam na praça pública, pedindo mudanças. Estas mudanças estão acontecendo e agradecemos esse grupo de pessoas que topou a ‘peleia’ ao nosso lado. A Assembleia nunca mais será o que foi no passado. Cada vez mais, com a modernização de nosso sistema de informatização em andamento, a sociedade terá acesso aos números e ao funcionamento da Casa”, reafirmou. Paraná Empreendedor – A participação das entidades na grade da TV Sinal será franqueada, sem custo de produção para os programas, cabendo a elas a responsabilidade pela indicação da pauta, dos convidados e a participação dos convidados para apresentar, discutir e analisar os temas que forem colocados em debate. A apresentação estará inserida no programa Paraná Empreendedor. Conforme cronograma a ser estabelecido em acordo entre a Assembleia e seus parceiros, cada um terá direito a um programa de 30 minutos intercalado a cada três semanas em primeira fase, podendo ter um espaçamento maior se houver a adesão de novos interessados. Qualquer alteração será previamente comunicada e acordada entre os participantes. A TV Sinal dará todo o suporte e estrutura da gravação (incluindo edição de materiais cedidos pela entidade empresarial) em estúdio na sede do Legislativo. Mas a ela não compete a produção nem captação de imagens externas. Se preferir, a entidade parceira poderá produzir, sob suas custas, materiais especiais com captação externa para edição. Seu uso estará condicionado à compatibilidade de tecnologia, pertinência do tema e viabilidade de tempo. A direção do programa Paraná Empreendedor Especial é exclusiva do Legislativo. O acordo entrará em vigor e produzirá efeitos imediatos a contar da data de sua publicação e tem como prazo final a data de 31 de janeiro de 2013, podendo ser prorrogado se houver interesse dos participantes. Fonte: ALEP Política Industrial

Estancar processo de desindustrialização do setor têxtil é prioridade para empresários Estancar o processo de desindustrialização pelo qual passa o setor têxtil e do vestuário, buscar soluções para questões trabalhistas que dificultam a atuação das empresas e aumentar a representatividade e a união do segmento. Essas são as prioridades conjuntas que a indústria de confecção da região Sul do país deve adotar para aumentar sua competitividade nos próximos anos. A agenda única de demandas foi definida por empresários de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que nesta sexta-feira (11) se reuniram no primeiro fórum do setor da região, realizado na Federação das Indústrias do

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Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O coordenador do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário da Fiep, Marcos Koslovski, classificou a união dos empresários dos três estados como um fato histórico para o setor. “Estamos aqui por uma causa justa, por conta das muitas dificuldades que estamos enfrentando. Creio que hoje a região Sul cria uma massa construtiva para a defesa do nosso segmento”, declarou. A opinião é a mesma do vice-presidente da Fiep, Hélio Bampi, que representou o presidente da entidade, Edson Campagnolo, no encontro. “O Sul do Brasil tem que se unir em torno das causas comuns. Espero que esta iniciativa tenha continuidade para o fortalecimento do setor e que seja um exemplo para o associativismo no país”, disse Bampi. Durante o 1º Fórum Sul do Setor Têxtil e do Vestuário, os empresários apontaram as dificuldades e demandas de cada um dos estados e chegaram a 13 questões prioritárias comuns a todos. Delas, foram eleitas as três que precisam de soluções mais emergenciais para garantir a competitividade do setor. “O que nos preocupa muito hoje é a grande importação de produtos não apenas da China, mas de outros países asiáticos”, afirmou o empresário Sérgio Pires, presidente da Câmara Têxtil da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). “No Brasil, temos qualidade, equipamentos, mão de obra e matéria prima suficientes. Mas os custos de produção deixam a indústria têxtil brasileira pouco competitiva”, acrescentou. Com isso, nos últimos anos o país abriu as portas para uma verdadeira enxurrada de artigos têxteis de vestuário importados. Segundo levantamento do Departamento Econômico da Fiep, a importação de têxteis subiu de R$ 1,2 bilhão registrado em 2005 para os R$ 3,9 bilhões já alcançados em 2011. No caso dos artigos de vestuário, o valor das importações cresceu de R$ 259 milhões para R$ 1,6 bilhão no mesmo período. O empresário João Paulo Reginatto, diretor do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Fitemasul), afirma que esta situação já fez com que fosse iniciado um processo de desindustrialização do setor no Brasil. “A indústria têxtil e de vestuário é a segunda que mais gera empregos no Brasil, mas nos últimos 5 anos já perdemos de 300 mil a 400 mil postos de trabalho no segmento”, disse Reginatto. Prioridades - Por conta desse cenário, o combate ao processo de desindustrialização do setor foi eleito como a principal prioridade que deve ser alvo da mobilização dos empresários. A intenção é cobrar soluções para que a indústria brasileira possa competir em igualdade de condições com os concorrentes estrangeiros. Entre as sugestões está a adoção de políticas efetivas de defesa comercial, com a criação, por exemplo, de medidas compensatórias para as empresas nacionais. Além disso, os empresários consideram fundamental encontrar soluções para questões trabalhistas que prejudicam as empresas. Uma das principais demandas diz respeito à regulamentação e simplificação das normas para contratação de trabalhadores terceirizados.

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Os representantes de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também elegeram como prioridade o fortalecimento da união dos empresários do setor. “Nós, da região Sul, somos grandes produtores e nossa união vai dar maior visibilidade às reivindicações do setor”, afirmou Sérgio Pires, da Fiesc. “Precisamos ganhar força para mobilizar não só o governo como as entidades representativas para a defesa do setor”, acrescentou. Além de apontar as questões prioritárias para o setor, os empresários dos três estados debateram ações práticas que devem ser adotadas pelo Fórum Sul para que se alcancem as mudanças necessárias. Uma delas diz respeito a uma maior aproximação com a Frente Parlamentar da Indústria do Vestuário no Congresso Nacional e também com os deputados e senadores de cada estado. Fonte: FIEP

Infraestrutura

Paraná prioriza infraestrutura no plano estratégico da União A bancada paranaense no Congresso Nacional vai sugerir R$ 2,85 bilhões em emendas coletivas ao Plano Plurianual (PPA) 2012-2015 do governo federal. Os recursos vão contemplar cinco grandes investimentos estruturantes no estado. Quatro são relacionados à infraestrutura viária – entre eles o aeroporto Afonso Pena e o metrô de Curitiba –, e um à educação. O PPA é um planejamento de gastos de longo prazo, mas a inclusão de sugestões dos parlamentares não significa que elas serão aplicadas. Ele orienta a elaboração das leis orçamentárias anuais (LOAs). As ações que não forem contempladas no plano, entretanto, não podem ser executadas posteriormente. “Os valores que envolvem as obras do PPA são meio que simbólicos, o que vale mesmo é detalhamento das LOAs”, explica o coordenador da bancada, deputado Fernando Giacobo (PR). O prazo para a apresentação de emendas acaba nesta segunda-feira. Além de cinco sugestões coletivas, cada congressista pode fazer outras dez individuais – todas dependem da apreciação do relator da proposta, senador Walter Pinheiro (PT-BA), para serem admitidas. Há duas sugestões de intervenções em rodovias feitas pelos paranaenses. Uma prevê R$ 600 milhões para obras de adequação na BR-163, no trecho de 195 quilômetros entre Cascavel e Barracão, na Região Sudoeste. A estrada foi considerada a sétima pior do país (dentro um ranking com 109), em pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes no mês passado. A outra estipula R$ 575 milhões para a BR-369, em Londrina, dentro do projeto do Arco

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Norte. Além de melhorias na rodovia, o arco abrange outras ações de desenvolvimento da região em parceria com governo do estado e prefeituras. Entre elas estão a construção de um aeroporto de cargas e de uma rodovia estadual de ligação entre os municípios de Rolândia e Ibiporã. Também na área de infraestrutura, uma emenda coletiva de R$ 580 milhões trata da adequação da capacidade do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. A sugestão é importante para alocar recursos para as obras de preparação para a Copa do Mundo de 2014. Para Curitiba, foram indicados R$ 500 milhões para obras de mobilidade urbana. A sugestão é uma espécie de “precaução” para a obra do metrô. No mês passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou em Curitiba que a União fará um aporte direto de R$ 1 bilhão no empreendimento até 2016 – além dos R$ 750 milhões que serão emprestados ao governo do estado e prefeitura (o valor final é de R$ 2,25 bilhões). Por último, os parlamentares paranaenses vão solicitar R$ 600 milhões para investimentos nas universidades estaduais do Paraná. Ao todo, o governo do estado gasta cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano para financiar 13 instituições de ensino superior paranaenses. A emenda foi a única escolhida pela bancada que partiu de um pedido do governo estadual.

Fonte: Gazeta do Povo

Aprovada em redação final autorização para construção das usinas de São João e

Cachoeirinha O projeto de lei nº 642/11, de autoria do Poder Executivo, que trata da autorização para a construção das usinas hidrelétricas de São João e Cachoeirinha, foi aprovado em redação final, pelos deputados paranaenses. A matéria, que provocou amplos debates durante sua tramitação, segue agora para sanção (ou veto) governamental. As usinas hidrelétricas denominadas de São João e Cachoeirinha, localizadas no Rio Chopim, vão integrar o complexo da bacia do Rio Iguaçu, na região Sudoeste do estado, mais

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precisamente nos municípios de Clevelândia e Honório Serpa. As duas usinas deverão operar a partir de 2013, com capacidade suficiente para atender a demanda de uma cidade com aproximadamente 300 mil habitantes. De acordo ainda com a mensagem governamental enviada à Assembleia, os projetos das UHE’s de São João e Cachoeirinha estão inclusos no Programa de Aceleração do Crescimento – 2 (PAC-2), devido à urgência que o Brasil tem em dar especial atendimento à geração de energia, “insumo fundamental para o crescimento do país”. Fonte: ALEP

Proposta de ampliação da Região Metropolitana de Curitiba passa em redação final O projeto de lei complementar nº 45/11, do deputado Stephanes Junior (PMDB), que inclui os municípios de Campo do Tenente, Piên e Rio Negro na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi aprovado em redação final, última fase do processo legislativo. A proposição teve anexados os projetos de nº 181/11 (do próprio Stephanes) e o de nº 234/11, dos deputados Antonio Anibelli Neto (PMDB) e Toninho Wandscheer (PT). De acordo com Stephanes, com a inclusão dos três municípios, as populações destas comunidades podem passar a receber recursos federais por consequência de leis vigentes, conquistando melhores condições de desenvolvimento. A iniciativa também facilitaria a integração de outros serviços básicos, como os da saúde. Caso o projeto seja agora sancionado pelo governador do Estado, a RMC passará a ter a seguinte composição: Curitiba, Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Piên, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Quitandinha, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná. Fonte: ALEP

Tributos

Impostos

IPTU será reajustado pela inflação em 2012 As principais cidades do Paraná vão aumentar o IPTU de 2012 apenas com base na correção da inflação acumulada durante este ano – o índice médio de reajuste para os proprietários

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de imóveis será de cerca de 6% sobre os valores pagos em 2011. Para arrecadar mais, em vez de promover aumentos maiores, os municípios apostam em maneiras de reduzir a inadimplência. Além dos descontos para pagamento antecipado – que podem deixar o valor pago em 2012 menor que o cobrado em 2011 com alíquota cheia –, as estratégias incluem programas municipais de refinanciamento de impostos atrasados (nos moldes do Refis) e até mesmo a criação de um call center para contatar os contribuintes. Na capital, não haverá revisão da base de cálculo do IPTU. A última atualização com base no valor da planta dos imóveis ocorreu em 2005. O reajuste do imposto será de 6,5%, com base no IPCA acumulado em 2011, e a prefeitura dará um desconto entre 7% e 8% para quem optar pelo pagamento antecipado em parcela única. Aumentos de até 6,5% também serão aplicados em Ponta Grossa e Londrina; em Cascavel, no Oeste, o IPTU será reajustado em 7,99%, com base no IGPM. No interior, os descontos para quem pagar em parcela única serão maiores que em Curitiba – em Ponta Grossa, serão 20%; em Londrina, 10%; Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, que tem um dos maiores índices de inadimplência, dará descontos de até 50%, sendo 20% para o pagamento à vista e bonificações cumulativas anuais que variam de 6% a 30%, de acordo com o histórico de pagamento nos últimos anos. Calote - O desconto maior oferecido no interior é um estímulo para combater as altas taxas de inadimplência no pagamento do IPTU: 35% em Ponta Grossa e Foz do Iguaçu (onde o índice já foi de 45%), e 23% em Londrina. Segundo o secretário de Finanças de Curitiba, João Luiz Marcon, a inadimplência do IPTU na capital, que gira em torno de 12%, é considerada uma das mais baixas dentre as capitais do país. Ainda assim, a prefeitura planeja reduzir esse índice para 10% no próximo exercício, o que representaria R$ 7,2 milhões a mais na arrecadação. Para isso, a Secretaria Municipal de Finanças de Curitiba criará uma “central de relacionamento”, que vai procurar, via telefone, os contribuintes com parcelas do imposto em atraso. “Percebemos que muita gente acaba não pagando o IPTU não porque não quer, mas simplesmente porque se esquece que a parcela está vencida. O objetivo não é cobrar, mas lembrar que o pagamento está em aberto”, explica Marcon. Paranaguá, no litoral do estado, vai adotar uma abordagem diferente para combater o calote: em busca de recuperação de créditos atrasados, a prefeitura está oferecendo um desconto de até 100% sobre os juros e multas dos impostos atrasados para quem deixar as contas em dia até 30 de novembro. Em todas as cidades, os carnês começam a ser enviados nos primeiros dias úteis de 2012, pelo correio, para a casa dos contribuintes. Fonte: Gazeta do Povo

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Questões Institucionais

Projeto da Ficha Limpa segue para sanção governamental

O projeto de lei nº 541/11, que dispõe sobre a vedação para ocupar cargos ou funções em comissão no âmbito do Estado, e é mais conhecida como “Projeto da Ficha Limpa”, foi aprovado em redação final, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa. A proposição, de autoria dos deputados Ney Leprevost (PSD), André Bueno (PDT), Stephanes Júnior (PMDB), Marcelo Rangel (PPS) e Cesar Silvestri Filho (PPS), segue agora para sanção (ou veto) do Governo do Estado. Conforme o projeto, a ocupação de cargos em comissão ou funções no âmbito do Paraná fica vedada àqueles que tenham cometido crimes contra a fé pública, contra a economia popular, tráfico de entorpecentes ou crimes contra a vida e a dignidade sexual, entre outros delitos. Os autores afirmam que o objetivo é proteger a probidade e a moralidade administrativa. Fonte: ALEP

Relações de Trabalho

Telessalas do Trabalhador ofertam qualificação profissional

Trabalhadores de todas as regiões do Paraná podem participar de oficinas de qualificação profissional por meio de 125 telessalas. A ação faz parte do Programa Telessalas do Trabalhador, lançado na quarta-feira (16), em Curitiba, e transmitido para todas as telessalas instaladas no Estado. O programa é desenvolvido por meio de parceria entre a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, o Instituto Federal do Paraná e prefeituras. As telessalas começam a funcionar nas Agências do Trabalhador a partir do dia 24 de novembro, todas as quintas-feiras. Entre as oficinas de capacitação estão as de português básico, de marketing pessoal, de inglês e de empreendedorismo. O programa é destinado a trabalhadores em geral, com prioridade de atendimento para pessoas com dificuldade de inserção no mercado de trabalho, mulheres com mais de 40 anos, empreendedores e jovens em busca do primeiro emprego. Segundo o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli, o programa está entre as metas apresentadas pelo governador Beto Richa ao

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assumir a administração do Paraná. “As telessalas atendem a proposta de levar saberes e conhecimentos do mundo do trabalho para todas as regiões. Tudo gratuitamente para o trabalhador paranaense”, disse. Para o pró-reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação do Instituto, Paulo Yamamoto, “as parcerias com o Governo do Estado do Paraná possibilitam melhoria de vida às pessoas e contribuem para que mais paranaenses estejam preparados para acessar o mercado de trabalho”. O lançamento do programa teve a participação da representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Milena Pinheiro; do diretor geral da Secretaria Estadual do Trabalho, Iran de Rezende; do diretor geral do EAD-IFPR, professor José Carlos Ciccarino; do superintendente regional do Trabalho no Paraná, Neivo Beraldin; do representante da FIEP, José Toaldo Filho (representando os empreendedores) e do presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba, Alexandre Donizete Martins (representando os trabalhadores). Os interessados em participar das oficinas de qualificação nas telessalas devem procurar a Agência do Trabalhador de seu município e se cadastrar. Informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] Fonte: Agência Estadual de Notícias