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65 Divisões: • Ponto A = coluna cervical • Ponto B = ombro (cintura escapular) • Ponto C = articulação do ombro, extremidades superio - res • Ponto D = coluna lombar, extremidades inferiores • Ponto E = tórax • Ponto F = nervo isquiático (ou ciático) • Ponto G = joelho • Ponto H = ponto lombar extra (ou acessório) • Ponto I = ponto lombar/ciático extra (ou acessório) • Ponto J = dorso do pé (face superior) • Ponto K = planta do pé (sola) Ponto A Se encontra a 1cm lateral à linha média, anterior à linha de implantação do cabelo. Pacientes em que a linha do cabelo se encontra retraída ou mesmo ausente pela calvície, pode-se usar como meio de referência a prega mais alta da testa, facilmente reco - nhecível quando se pede ao paciente que contraia a fronte. O ponto, então, se localizará aproximadamente 1cm acima dessa prega. O ponto básico A é, por sua vez, dividido em partes me - nores; os segmentos cervicais nele contidos são subdividi - dos de A1 a A7. O ponto básico A1 situa-se mais ou menos 1cm acima da linha do cabelo, A3 está mais ou menos sobre essa linha e A7 se encontra à frente e abaixo desse marco de referência. Ao todo, a zona básica A possui cerca de 2cm de extensão (Figs 3.5 e 3.6). Indicações: Praticamente todas as condições reversíveis situadas na região cervical, tais como: • Nucalgias e dores de cabeça relacionadas ao stress (cefa - léias tensionais). • Enxaqueca migranosa. • Traumatismos cervicais “em chicote”*. • Dores pós-operatórias. • Seqüelas secundárias à trombose cerebral ou hemorragia cerebral. • Dores no trajeto dos nervos, de origem cervical. * N. do T.: Whiplash injury, causados por mecanismo de rápida hiperextensão- exão, geralmente associados a acidentes ocorridos em velocidade. Ponto B Situam-se bilateralmente, cerca de 2cm lateralmente da linha média. Da mesma maneira que para o ponto A, pode-se em -  pregar também a prega mais alta da testa como referência nas situações em que a linha natural do cabelo se encontra retraída. Indicações: • Dores pós-traumáticas do ombro. • Dores pós-operatórias. • Ombralgias secundárias à imobilidade pós-fratura. • Síndrome de ombro, braço e mão. • Hemiplegias. Ponto C Localiza-se bilateralmente a cerca de 5cm da linha mé - dia, nas denominadas “entradas”**, com espelhamento Y ang occipital (Fig. 3.9). No todo, o ponto C representa as extremidades superio - res, pode ser subdividido ainda em 11 segmentos: • Articulação do ombro. • Braço. • Cotovelo. • Antebraço. • Punho. • Mão. • Cinco dedos. Indicações: • To das dores e parestes ias dos membros superiores. • Ombralgias pós-traumáticas. • Dores pós-operatórias. • Distensões musculares. • Epicondilites. • Luxações. • Dores pós-fraturas ósseas ou contusões. • Síndrome da Raynaud. • Síndrome do túnel do carpo. ** N. do T.: Freqüentemente uma das primeiras áreas em que a calvície se mani - festa nos homens.

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Divisões:

• Ponto A = coluna cervical

• Ponto B = ombro (cintura escapular)

• Ponto C = articulação do ombro, extremidades superio-

res

• Ponto D = coluna lombar, extremidades inferiores

• Ponto E = tórax

• Ponto F = nervo isquiático (ou ciático)

• Ponto G = joelho

• Ponto H = ponto lombar extra (ou acessório)

• Ponto I = ponto lombar/ciático extra (ou acessório)

• Ponto J = dorso do pé (face superior)

• Ponto K = planta do pé (sola)

Ponto A

Se encontra a 1cm lateral à linha média, anterior à linha

de implantação do cabelo.

Pacientes em que a linha do cabelo se encontra retraída

ou mesmo ausente pela calvície, pode-se usar como meio

de referência a prega mais alta da testa, facilmente reco-nhecível quando se pede ao paciente que contraia a fronte.

O ponto, então, se localizará aproximadamente 1cm acima

dessa prega.

O ponto básico A é, por sua vez, dividido em partes me-

nores; os segmentos cervicais nele contidos são subdividi-

dos de A1 a A7. O ponto básico A1 situa-se mais ou menos

1cm acima da linha do cabelo, A3 está mais ou menos sobre

essa linha e A7 se encontra à frente e abaixo desse marco de

referência. Ao todo, a zona básica A possui cerca de 2cm de

extensão (Figs 3.5 e 3.6).

Indicações:

Praticamente todas as condições reversíveis situadas na

região cervical, tais como:

• Nucalgias e dores de cabeça relacionadas ao stress (cefa-

léias tensionais).

• Enxaqueca migranosa.

• Traumatismos cervicais “em chicote”*.

• Dores pós-operatórias.

• Seqüelas secundárias à trombose cerebral ou hemorragia

cerebral.

• Dores no trajeto dos nervos, de origem cervical.

* N. do T.: Whiplash injury, causados por mecanismo de rápida hiperextensão-

exão, geralmente associados a acidentes ocorridos em velocidade.

Ponto B

Situam-se bilateralmente, cerca de 2cm lateralmente da

linha média.

Da mesma maneira que para o ponto A, pode-se em-

 pregar também a prega mais alta da testa como referência

nas situações em que a linha natural do cabelo se encontraretraída.

Indicações:

• Dores pós-traumáticas do ombro.

• Dores pós-operatórias.

• Ombralgias secundárias à imobilidade pós-fratura.

• Síndrome de ombro, braço e mão.

• Hemiplegias.

Ponto C

Localiza-se bilateralmente a cerca de 5cm da linha mé-dia, nas denominadas “entradas”**, com espelhamento Yang

occipital (Fig. 3.9).

No todo, o ponto C representa as extremidades superio-

res, pode ser subdividido ainda em 11 segmentos:

• Articulação do ombro.

• Braço.

• Cotovelo.

• Antebraço.

• Punho.

• Mão.

• Cinco dedos.

Indicações:

• Todas dores e parestesias dos membros superiores.

• Ombralgias pós-traumáticas.

• Dores pós-operatórias.

• Distensões musculares.

• Epicondilites.

• Luxações.

• Dores pós-fraturas ósseas ou contusões.

• Síndrome da Raynaud.

• Síndrome do túnel do carpo.

** N. do T.: Freqüentemente uma das primeiras áreas em que a calvície se mani-

festa nos homens.

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Ponto D

Situa-se bilateralmente cerca de 1cm acima do osso zi-

gomático, na linha natural do cabelo, sendo o Yin frontal e

o Yang, occipital. Ele representa a porção inferior do corpo

e as extremidades inferiores como um todo (Fig. 3.11).

Pontos lombares, situados cerca de 2cm posteriormente

ao ponto básico D, junto à implantação da orelha. Trata-se

de uma pequena cadeia de pontos que, juntos, se estendem

 por aproximadamente 1cm apenas e podem ser utilizados

especialmente para queixas envolvendo coluna lombar, sa-

cro e cóccix, e para regiões de emergência de suas raízes.

Indicações:

• Todos os tipos de dores surgidas, por exemplo, em conse-

qüência de acidentes.

• Fraturas ósseas.

• Lesões desportivas.

• Dores pós-operatórias.

• Hérnias de disco.

• Luxações, torções.

• Lumbago, isquialgia.• Parestesias.

• Paresias/paralisias.

Ponto E

E1 situa-se mais ou menos 2cm acima do ponto médio

da sobrancelha. A partir dele, forma-se uma linha de pontos

que se estende em sentido medial, num ângulo de inclina-

ção de 15º, cando o último ponto, E12, cerca de 1cm dis-

tante da linha média, ou seja, abaixo do ponto da boca, o

qual pertence ao grupo dos pontos sensoriais.

O ponto E representa tórax, costelas, coluna e órgãosinternos inervados por nervos torácicos.

Esse ponto pode ser dividido em 12 segmentos, repre-

sentando 12 vértebras torácicas.

Indicações:

Como indicações para uso do ponto básico E, tería-

mos todas as condições reversíveis da região torácica, tais

como:

Condições pós-traumáticas.•

Condições pós-operatórias.•

Fraturas ósseas.•  Neuralgia intercostal.•

Herpes.•

Do mesmo modo, diversas afecções que acometem os

órgãos internos torácicos podem ser tratadas por meio do

 ponto E. Por exemplo:

 Angina pectoris• (diagnosticada por exclusão segundo cri-

tério acadêmico).

Palpitações.•

• Asma.

• Dispnéia.

• Hiperventilação.

• Bronquite.

Ponto F

Esse ponto situa-se entre o ponto D e os pontos lomba-

res, exatamente acima do arco zigomático.

Indicações:

As indicações se limitam quase que exclusivamente a

lumbago e isquialgias.

Em casos resistentes, é possível eventualmente associar 

os pontos Extra-I ou D (ver Fig. 3.11).

Ponto G

Os pontos Yin situam-se a cerca de 1 a 2mm acima do

 ponto básico D. Já os pontos G-Yang, encontram-se junto à

 borda inferior do processo mastóide.

• G1 = correspondente à região medial do joelho.

• G2 = correspondente à região anterior do joelho.

• G3 = correspondente à região lateral do joelho.

Indicações:As indicações são as mesmas para pontos Yin e pontos

Yang:

• Bursites.

• Reumatismo.

• Torções/luxações.

• Artrites.

• Analgesia nas fraturas de patela.

Ponto H e I

O ponto básico H encontra-se um pouco posterior emrelação ao ponto básico B. Já o ponto básico I, encontra-se

de 4 a 5cm posterior ao ponto básico C, e não a 1 ou 2cm

como se suspeitava.

Indicações:

Potencializam a ação dos pontos D e F, sobretudo no

controle de dores crônicas. Os pontos básicos H e I rara-

mente são agulhados sozinhos.

Ponto J e K 

Indicações:Parestesias, má circulação ou dores localizadas nas ex-

tremidades inferiores.

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 Pontos Cerebrais da Nova Craniopuntura de Yamamoto

Pacientes parkinsonianos devem ser sempre tratados bi-

lateralmente.

Pacientes portadores de esclerose múltipla são quase

sempre tratados por pontos Yang do cérebro. Mesmo assim,

as zonas diagnósticas devem sempre ser testadas antes de

se iniciar o tratamento.

Os pontos cerebrais da YNSA mostram-se presentestambém nas zonas diagnósticas abdominal e cervical, como

será visto mais adiante.

A experiência demonstrou que o tratamento das hemi-

 plegias não depende da idade do paciente, mas sim do tem-

 po decorrido desde o início do sangramento ou infarto e do

tempo da instalação do décit (Figs 3.36 a 3.39).

O tratamento por acupuntura deveria se iniciar o mais

 precocemente possível. Enquanto a área de penumbra for 

reversível, o edema ali presente pode ser reduzido pela

YNSA. Da mesma forma, por meio da YNSA, pode-se as-

 pirar uma melhora no padrão irrigatório local.

No tratamento, a primeira coisa a ser feita é palpar as zo-

nas diagnósticas. Pacientes hemiplégicos são quase sempre

submetidos à acupuntura contralateral e muito raramente à

acupuntura ipsilateral. As zonas diagnósticas são um bom

elemento de aferição para que se tome a decisão correta na

hora de escolher qual lado tratar inicialmente.

Em seguida, procura-se ter em mente uma imagem do

cérebro, a qual deverá ser sobreposta à área escolhida. Feito

isso, procede-se ao renamento da busca pelo ponto por 

meio de um teste de sensibilidade, levado a cabo por meio

de pressão digital, ungueal ou por pressão da ponta rom-

 ba da agulha. Ao se determinar o ponto com precisão, otratamento poderá ser iniciado. Uma vez que, em geral, o

 paciente apresenta se-inconsciente após a ocorrência de um

AVC, é vital para o acupunturista aprender a conar na sen-

sibilidade de seus dedos. Com um pouco de experiência,

 pode-se identicar o ponto como se fosse uma depressão

ou elevação nodosa, da mesma maneira que acontece com

todos os outros pontos da YNSA.

Grosso modo, pode-se dividir os pontos cerebrais em

três, a saber:

• Cérebro.

• Cerebelo.

• Gânglios basais.

O ponto do cérebro encontra-se junto à linha média, bi-

lateralmente, cerca de 1cm acima do ponto A mais alto (isto

é, o ponto A1).

O ponto do cerebelo segue logo atrás*.

O ponto dos gânglios basais, por sua vez, encontra-se en-

tre os dois anteriormente descritos, exatamente sobre a linha

média, estendido e dilatado num sentido ânteroposterior.

Os pontos cerebrais, ao todo, englobam uma área com

diâmetro oscilando em torno de 4 a 5cm, iniciando-se 1cm

acima do ponto A mais alto (A1) e terminando na altura da

depressão remanescente da fontanela anterior** (Figs. 3.31

a 3.35).

Uma subdivisão mais minuciosa poderá ser feita toman-

do por base a anatomia do cérebro, mas será pouco possível

conhecer cada ponto pelo nome. O mais correto é imaginar 

o cérebro em miniatura nesse espaço e procurar, então, pelo

very-point ***.

Os pontos cerebrais da YNSA são de grande valia sobre-

tudo para neurologistas, uma vez que podem ser utilizados

no tratamento de grande número de afecções ou distúrbios

neurológicos.

Indicações:• Todos os tipos de distúrbios motores.

• Hemiplegias e paraplegias.

• Enxaquecas migranosas e neuralgias trigeminais.

• Doença de Parkinson.

• Esclerose múltipla.

• Disfunções endócrinas.

• Tonturas, vertigens.

• Distúrbios visuais, tinidos e afasias.

• Demência e Alzheimer.

• Epilepsia.

• Distúrbios do sono.• Depressão e distúrbios psíquicos.

• E também dores crônicas, de longa duração.

* N. do T.: Como se sucede, aliás, com a anatomia macroscópica.

** N. do T.: Ou bregmática. Do latim: Fonticulus anterior.

*** N. do T.: O ponto que pela sensação palpatória ou pela sensibilidade maior se

diferencia dos demais.