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Revista da CâmaRa de ComéRCio ameRiCana paRa o BRasil desde 1921 nº280 maR/aBR 2013 Nova diretoria toma posse na Amcham Rio Perfil Grupo Case e prudential fecham parceria inédita Brasil Urgente parques nacionais como modelo de negócio Especial: Copa das Confederações o primeir o grande evento esportivo que o Brasil tem pela frente Roberto Ramos vai liderar corpo diretor pelo próximo biênio Entrevista: Reta Jo Lewis e Michelle Kwan - inclusão social por meio do esporte

Nova diretoria toma posse na Amcham Rio · pela Amcham Rio em março e abril de 2013 roberto ramos, presidente da Câmara de ComérCio ameriCana do rio de Janeiro AR qu I v O P n

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Revista da CâmaRa de ComéRCio ameRiCana paRa o BRasildesde 1921 nº280 maR/aBR 2013

Nova diretoria toma posse na Amcham Rio

Perfil Grupo Case e prudential fecham parceria inédita

Brasil Urgente parques nacionais como modelo de negócio

Especial: Copa das Confederações o primeiro grande evento esportivo que o Brasil tem pela frente

Roberto Ramos vai liderar corpo diretor pelo próximo biênio

Entrevista: Reta Jo Lewis e Michelle Kwan - inclusão social por meio do esporte

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Foi com grande prazer que aceitei o convite de presidir, pelo próximo biênio, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, uma tradi-cional e reconhecida instituição, de papel fundamental para o setor pri-

vado e também para as relações comerciais com os Estados Unidos, de forma a ajudar o Brasil a avançar nos acordos que lhe são tão importantes. Apesar de ser presidente da Odebrecht Óleo e Gás, entendo que não só o setor de energia seja essencial para os trabalhos empenhados pela Amcham Rio, como percebo oportunidades em áreas que fazem do Rio de Janeiro uma escolha natural.

Entretenimento, logística e infraestrutura, seguros e resseguros, sustentabi-lidade e turismo, além de energia, são as bandeiras estratégicas para o Estado e servirão de prumo para os trabalhos e as articulações que faremos à frente desta câmara. Naturalmente, as relações comerciais com os EUA e o atendimento às demandas específicas dos nossos associados, hoje um grupo seleto, porém, di-verso, em portes e perfis, serão também perseguidos.

O controle da violência urbana também melhorou muito o ambiente de negócios no Rio, o que nos proporciona território para aprofundar as ações há muito adormecidas pelas condições econômicas e de desenvolvimento que o Estado atravessou na última década. Este é o momento para o Rio de Janeiro viver uma nova fase, de retomada do papel de liderança inequívoca em áreas que sempre foram a sua marca registrada. Vamos lutar por esses setores, com o apoio da diretoria e dos membros desta instituição.

A questão da mão de obra também está muito presente na nossa agenda. Uma das funções principais da Amcham Rio é a disseminação do conhecimento. A câmara dará grande incentivo à educação por meio do trabalho de seus comitês. A troca de informações que acontece no bojo dos comitês, e são disponibilizadas aos associados por meio do site e da rede corporativa, é uma poderosa arma de educação e, portanto, de formação e qualificação de mão de obra.

Estou certo de que viveremos um período dos mais relevantes, especial-mente por estarmos a apenas três anos de comemorar o nosso primeiro cen-tenário, em 2016, que congregará um conjunto significativo de eventos não só de negócios, mas também culturais e esportivos, estreitando ainda mais as históricas relações com os EUA, também em linha com as nossas bandeiras.

Esperamos traduzir essas preocupações nas ações e eventos por nós rea-lizados, bem como nos artigos, entrevistas e reportagens publicadas bimes-tralmente na Brazilian Business, que procura aprofundar debates e levar aos leitores informações relevantes sobre o trabalho desta instituição e também dos líderes do setor empresarial, do poder público, principalmente do Estado e município do Rio, e das representações norte-americanas. Boa leitura!

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Conselho editorial Helio Blak

Henrique Rzezinski João César Lima

Omar Carneiro da Cunha Rafael Sampaio da Motta Roberto Castello Branco

Robson Barreto

Editora-chefe e jornalista responsável Andréa Blum (MTB 031188RJ) [email protected]

Colaboraram nesta edição: Fábio Matxado (edição de arte),

Pedro Kirilos (fotos), Luciana Maria Sanches (revisão),

Cláudio Rodrigues, Isabel Correia (texto)

Canal do lEitor [email protected]

Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando,

necessariamente, a opinião dos editores e a da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

Publicidade Felipe Tavares

[email protected]

A tiragem desta edição, de 6 mil exemplares, é comprovada por Ernst & Young Terco

Impressão: Walprint

Uma publicação da Câmara de Comércio americana do rio de Janeiro

Praça Pio X, 15, 5º andar

20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3213-9200 Fax: (21) 3213-9201

[email protected] www.amchamrio.com

Leia a revista também pelo site amchamrio.com

Caso não esteja recebendo o seu exemplar

ou queira atualizar seus dados,

entre em contato com Giuliana Sirena: (21) 3213-9227

ou [email protected]

editorial

radarInstituto Gênesis, da PUC-Rio, transforma sonho de jovens empreendedores em empresas rentáveis da indústria do entretenimento

artigoO futuro e os desafios para a matriz energética brasileira aos olhos dos especialistas da PwC Brasil Guilherme Valle e Ernesto Cavasin

Em Foco Notícias sobre as empresas associadas e a agenda de eventos da Amcham Rio

EntrevistaO novo presidente da Amcham Rio, Roberto Ramos, defende bandeiras vocacionais do Rio como estratégia de trabalho da entidade

PerfilGrupo Case e Prudential do Brasil revelam parceria inédita entre as duas seguradoras

Coluna rioEstreia, nesta edição, coluna com reportagens sobre as mudanças estruturais no município e Estado do Rio. Porto Maravilha inaugura a série

Brasil UrgenteParque Nacional da Tijuca, o mais visitado do Brasil, formaliza parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica para fazer da Unidade de Conservação um modelo de gestão sustentável

Especial – Copa das Confederaçõesos desafios do primeiro grande evento esportivo a ser sediado no rio

Entrevista reta Jo lewisA assessora especial do Departamento de Estado para Assuntos Internacionais dos Estados Unidos fala sobre os esforços dos EUA para compartilhar o legado social para os grandes eventos esportivos

Ponto de VistaNomes empresariais têm poder de exclusão limitado contra o uso e registro de marcas, na visão de Diego Mattos Osegueda, advogado do Barbosa, Müssnich & Aragão

Comitês amcham rioAs novidades para 2013 e as propostas de trabalho dos comitês setoriais da Amcham Rio

amcham newsA cobertura completa dos eventos realizados pela Amcham Rio em março e abril de 2013

roberto ramos, presidente da Câmara

de ComérCio ameriCana do rio de Janeiro

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artigos relacionados

32 as conquistas do esporte para o rio de Janeiro, por andré Lazaroni, secretário estadual de esporte e Lazer

34 Futebol: paixão além da prática e da televisão, por John auton, sócio da deloitte e responsável por projetos relacionados a grandes eventos esportivos

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6_Edição 280_mar/abr 2013

Após oito anos percorrendo locais pouco explorados ao redor do mundo, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado lançou em abril a exposição Gênesis, no Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra, que chega agora ao Brasil. Com patrocínio da Vale desde 2008, Salgado visitou 32 regiões da Antártida ao Ártico, entre 2004 e 2012. A mostra será exibida no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a partir de 28 de maio, e em São Paulo, a partir de setembro.

A mostra reúne mais de 250 fotografias em preto e branco que retratam as partes mais puras do planeta e modos de vida tradicionais, destacando a relação harmônica do homem com a natureza. A exposição circulará ainda por diversos países. Além da mostra, haverá a edição de dois livros e o documentário em longa-metragem A Sombra e a Luz, do diretor Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, em parceria com o alemão Wim Wenders, com estreia prevista para setembro.

Gênesis, exposição de Sebastião Salgado, chega ao Rio

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Prêmio odebrecht 2012 reconhece soluções sustentáveis de universitários

A quinta edição do Prêmio Odebrecht Para o Desenvolvimento Sustentável apresentou, em mar-ço, os cinco projetos universitários vencedores que propõem soluções de sustentabilidade aplicadas a diversos segmentos das engenharias. O Prêmio Odebrecht tem como objetivo estimular a geração de conhecimento sobre temas relacionados à con-tribuição das engenharias para o desenvolvimento sustentável e difundi-los na comunidade acadêmica brasileira e na sociedade.

Os cinco projetos vencedores, de universidades de Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Ge-rais e São Paulo, foram analisados por uma comissão julgadora sob a ótica da viabilidade econômica, res-ponsabilidade ambiental e inclusão social. A reutili-zação de resíduos foi o tema predominante entre os trabalhos vencedores. O Prêmio Odebrecht é uma ini-ciativa de empresas da organização. Em 2012, foram submetidos 356 trabalhos nos oito países que têm a iniciativa (Angola, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela).

EStUDO APOntA A nEcESSiDADE DE nOVAS AltERnAtiVAS DE ólEOS

Embora o óleo de palma sustentá-vel e outros óleos vegetais sejam ele-mentos necessários nos dias de hoje, eles não são suficientes. A informação é resultado do estudo “new oils for the new world”, divulgado em abril pela consultoria A.t. Kearney, que indicou possíveis alternativas sustentáveis e forneceu recomendações sobre como esses óleos devem ser desenvolvidos e comercializados. De acordo com o es-tudo, as tecnologias emergentes, que ainda não estão disponíveis comer-cialmente e cuja viabilidade técnica em muitos casos ainda está para ser aprovada, provavelmente irão impul-sionar a próxima geração de óleos. A publicação destaca ainda que os óleos alternativos principais são os que são desenvolvidos a partir de micro-orga-nismos, especialmente algas.

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em foco

DiAGnóSticO SUStEntáVElA GE Healthcare e a national Football

league serão parceiras em ações com foco na prevenção, no diagnóstico e tra-tamento, na maior parceria da liga de fu-tebol americano com uma empresa pri-vada. O objetivo do acordo é dedicar US$ 60 milhões para pesquisas em novas tecnologias de diagnóstico por imagem relacionada a lesões cerebrais e traumas cranianos nos atletas. E ainda permitirá o desenvolvimento da próxima tecnologia de imagem médica para proporcionar um melhor atendimento aos pacientes.

embratel e rio negócios firmam acordo Para serviços de telecomunicaçõesA Embratel e a Rio Negócios assinaram, em abril, um acordo de patrocínio. A companhia, patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, fornecerá serviços de telecomunicações para a agência. O convênio prevê conectividade, telefonia local e longa distância e telefones digitais.

universidades full sail e columbia chegam ao rio

O Brasil acaba de re-ceber a Universidade Full Sail, a maior do mundo para o setor de entreteni-mento, com 40 programas de graduação, e a Univer-sidade de columbia, que inaugurou, em março, com a presença do presidente lee c. Bollinger, o Global center da universidade. A instituição já mantém cen-tros como esse em Amã, Pequim, istambul, Mumbai, nairóbi, Paris e Santiago. Seu objetivo é possibilitar a pesquisa e o intercâmbio acadêmicos. na ocasião, foi firmado acordo com o Governo do Estado de coo-peração nas áreas de saú-de pública e educação.

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10_Edição 280_mar/abr 2013

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Shell investirá US$ 5 milhões no ciência Sem fronteiras

A Shell aproveitou a celebração de seus 100 anos de atividade contínua no Brasil para anunciar a participação no Ciência Sem Fronteiras, programa de excelência acadêmica internacional do Governo Federal.

A empresa recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para investir US$ 5 milhões no financiamento de 150 bolsas, entre 2013 e 2015, direcionadas a cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas de engenharia, geologia e geofísica. As bolsas terão o objetivo de ajudar a suprir a demanda brasileira por profissionais qualificados no setor de exploração e produção de petróleo e gás.

Como diferencial para sua participação no Ciência Sem Fronteiras, a Shell selecionará, anualmente, estudantes contemplados com bolsas financiadas pela companhia para estagiar em suas unidades nos países em que os alunos estejam fazendo curso. As primeiras bolsas devem ser distribuídas no segundo semestre de 2013.

“O Brasil tem muitos recursos naturais em desenvolvimento e frentes de exploração que ainda podem ser abertas em áreas como as bacias de Campos e Santos, onde já investimos bilhões de dólares. Posso dizer que o Brasil será um player importante no cenário de óleo e gás mundial”, comentou Peter Voser, CEO Global da Shell.

AGendA 2013 Amcham RiomAIo

7/5 Special Networking Coffee – Estado da Virginia

16/5 Curso “Repetro”, com Glaucio Bastos

22/5 Ideas Exchange | Áreas Contaminadas – Estudo Prévio e Regulamentação

24/5 Tax Friday | Transfer Pricing – As Novas Exigências da Instrução Normativa nº 1.312/12

27/05 Update Meeting | Logística Reversa e Política Nacional de Resíduos Sólidos

28/5 Ideas Exchange | Indústria Audiovisual - Como investir?

JUnHo

Inscrições para o III Fórum de Comércio Internacional

3/6 Incentivos Fiscais para Inovação

6/6 Special Tax Day | Malha Fina

11 a 14/6 Brasil Offshore | Estande Amcham Rio

18/6 Round Table | “Avaliação de marcas e outros ativos intangíveis”

JULHo

5/7 III Fórum de Comércio Internacional

SeTemBRo

19/9 Cerimônia de premiação do 9º Prêmio Brasil Ambiental

concurso da totvs dará r$ 2 milhões a startuP

A totvs está com inscrições abertas para o concurso to-tvs Start it Up. O vencedor receberá um aporte de até R$ 2 milhões da totvs | Ventures, unidade de negócios voltada ao investimento em startups com alto potencial de mercado. O concurso é voltado para projetos de desenvolvimento de tec-nologias inovadoras no segmento B2B.

O vencedor terá acesso à ampla rede de negócios da totvs no Brasil, na América latina e na califórnia. O prêmio inclui uma viagem de cinco dias aos Estados Unidos para conhecer o laboratório da companhia no Vale do Silício. “O fortaleci-mento de iniciativas como as startups ajuda o Brasil a se tor-nar o polo de empreendedorismo que ele deve ser”, afirma o presidente e fundador da totvs, laércio cosentino.

A seleção terá quatro fases e, para avançar, a startup terá de provar seu potencial de crescimento e retorno, dentro de um modelo de negócios capaz de ganhar escala. As inscrições se-rão feitas por meio do site totvsventures.com.br até 6 de junho. Podem concorrer startups sediadas no Brasil, México, chile, Paraguai, Uruguai, Peru, na colômbia, Argentina e Bolívia. FO

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Bandeiras em punho, Roberto Ramos assume Amcham Rio

entRevistA

Presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos vai liderar a Câmara de Comércio Americana do Rio pelo próximo biênio empenhado em priorizar na estratégia da entidade seis bandeiras vocacionais para os negócios do Estado do Rio: energia; entretenimento; logística e infraestrutura; seguros e resseguros; sustentabilidade; turismo

Por Andréa Blum e Cláudio Rodrigues Fotos Pedro Kirilos

O Rio é famoso por receber cariocas do mundo todo: brasileiros de outras regiões e estrangeiros que adotam a Cidade Maravilhosa como lar. Por outro lado, ilus-

tres cariocas podem ser considerados cidadãos do mundo. É o caso de Roberto Ramos, que tomou posse como presidente da Amcham Rio no dia 5 de abril deste ano, em cerimônia realizada no Museu de Arte Moderna. O executivo desenvolveu parte de sua carreira na Europa e, no Brasil, também atuou em São Paulo. Após 18 anos afastado de sua cidade natal, retornou ao Rio em janeiro de 2011 e logo foi convidado a fazer parte da diretoria da Amcham Rio, na ocasião sob o comando do então presidente Henrique Rzezinski.

Sua gestão na Câmara de Comércio Americana do Rio tem o desafio de lidar com uma cidade em transformação, que se prepara para receber grandes eventos, sobretudo os esportivos em 2013 (Copa das Confederações), 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Jogos Olímpicos e Paraolímpicos), e será inevitavelmente impactada por mudanças estruturais, que cada vez mais exigem esforços do poder público e também trabalho e parceria da e com a iniciativa privada.

Nesse sentido, foram elencadas seis bandeiras que definem a vocação da cidade e apontam para os caminhos que devem ser trilhados pela Amcham Rio ao longo dos próximos anos: energia; entretenimento; logística e infraestrutura; seguros e resseguros; sus-tentabilidade; turismo. E novas ferramentas digitais, traduzidas pela plataforma lançada com o projeto da Amcham Rio Digital, prome-tem dinamizar a atuação não apenas das lideranças da Câmara de Comércio Americana do Rio, mas de todos os sócios da instituição.

Leia a seguir a entrevista concedida pelo novo presidente à revista Brazilian Business assim que assumiu o posto, no começo de abril.

Roberto Ramos, presidente da Amcham Rio

O novo presidente da Amcham Rio, Roberto Ramos, durante a posse

Brazilian Business: Na sua gestão, quais serão os temas que nortearão os trabalhos da Amcham Rio?Roberto Ramos: Definimos seis bandeiras es-tratégicas que darão o norte para as ações que pretendemos mobilizar nos próximos anos em sintonia com as vocações do Estado e sua perspectiva de crescimento projetada para os próximos anos: energia; entretenimento; lo-gística e infraestrutura; seguros e resseguros; sustentabilidade; turismo. O Rio de Janeiro dispõe de vantagens comparativas ímpares, no contexto dos demais Estados do Brasil. Em pelo menos seis setores econômicos, essa posição de liderança é inatacável. Dessa forma, na minha visão, cabe à Amcham Rio empunhar, promo-ver e desfraldar essas bandeiras, tal que ela seja reconhecida como a interlocutora institucional em relação a esses setores.

Em relação à energia, além das reservas e da produção de petróleo, o Rio é a sede da Petro-bras, da ANP, da Eletrobras, e de Furnas. Abri-ga as duas únicas centrais núcleo-elétricas em funcionamento no país. Em nenhum outro Es-tado da Federação, a capacidade intelectual ins-talada é tão presente. No Rio estão localizados os centros de pesquisa da Petrobras (Cenpes) e Eletrobras (Cepel), e na Ilha do Fundão um centro de pesquisa e desenvolvimento, com ên-fase na exploração e produção de petróleo, está recebendo relevantes investimentos de empre-sas como a BG e a GE, que criarão um centro de excelência da indústria de energia.→

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BB: Quais são os atuais desafios da câmara?RR: Acabamos de lançar o Amcham Rio Digital, que representa o início de uma nova era para nossa instituição. Nesta nova fase, a dinâmica de relacionamento entre os associados ganha uma perspec-tiva inédita, na qual a plataforma digital passa a ser o meio catalisador de novas interações, contribuindo para intensificar o networking entre os associados e, prin-cipalmente, integrá-los em uma moder-na rede de relacionamentos exclusiva da Amcham Rio.

BB: Como essa ferramenta funciona?RR: Os associados da Amcham Rio con-tam agora com uma plataforma virtual de produtos e serviços pela qual é possível entrar em contato com outros associados, acessar a agenda de eventos, notícias e ou-tras funcionalidades exclusivas da comu-nidade Amcham Rio. Com esta finalidade foi desenvolvido um novo site com área restrita, um aplicativo para celulares e a revista Brazilian Business passa a ter uma versão digital para iPad. Aqueles que dese-jarem ampliar suas conexões ao ambiente digital já podem iniciar sua interação na plataforma, o Amcham Rio Digital.

BB: Qual é a dinâmica de trabalho da Amcham Rio?RR: O Henrique Rzezinski (ex-presidente da Amcham Rio) costuma dizer que o trabalho da câmara se faz por intermé-dio de seus comitês; como ex-chairman de um, compartilho completamente de sua visão. Temos, hoje, 12 comitês ativos e alguns subcomitês, que já desenvolvem notável trabalho em prol dos nossos as-sociados, mas que, em minha opinião, poderão fazer mais ainda, empunhando essas nossas bandeiras e colocando esses nossos seis temas na pauta de suas ativi-dades. A câmara é, antes de tudo, um lugar para disseminação do conhecimento, seja pelo networking proporcionado, seja pela interação entre pessoas e ideias; como tal, cria condições para uma ação no sentido da melhora da educação, uma das áreas mais carentes em nosso País. Da matriz que se estabelece entre os temas básicos dos comitês e as nossas bandeiras, espero fomentar ainda mais a criação dessas co-munidades de conhecimento.

entRevistA RoBERto RAmos

BB: Qual a sua percepção sobre entretenimento e logística e infraestrutura?RR: São dois setores fundamentais para o Es-tado. No Rio se concentra boa parte da pro-dução audiovisual do País. Aqui são rodados 85% dos filmes de produção brasileira por-que, segundo os diretores, há cenários para várias locações, desde praias paradisíacas a florestas ou bairros como os de Paris! Em relação à logística e infraestrutura, além do renascimento do Porto do Rio, por meio do projeto Rio Maravilha, a LLX constrói hoje, no norte do Estado, um megaprojeto portu-ário – o Superporto do Açu – com potencial para se transformar no mais importante por-to do Brasil. As parcerias público-privadas e as concessões certamente hão de potenciali-zar essa infraestrutura, com a nova pista de subida da BR-040 ou a duplicação do trecho até Macaé, tudo interligado pelo anel rodovi-ário, atualmente em construção.

BB: E as demais bandeiras?RR: No Rio se encontra a sede das principais seguradoras brasileiras, do Instituto de Res-seguros do Brasil e da Susep. Isso permite o desenvolvimento de uma especialização de suma importância no mundo de negócios de hoje: o especialista em análise e gestão de riscos. Na bandeira sustentabilidade, realiza-mos a Rio 92 e, 20 anos depois, a Rio+20. A cidade deve, portanto, saber aproveitar essa marca que foi criada para também se tornar um centro de excelência em desenvolvimento sustentável, estimulando os trabalhos de pes-quisa que certamente serão conduzidos em suas universidades. Se eu puder “puxar brasa” para a minha sardinha, vale ressaltar que é aqui que transcorre anualmente a cerimônia de entrega do Prêmio Desenvolvimento Sus-tentável, concedido pela Odebrecht para os cinco mais destacados trabalhos de pesquisa nessa área de conhecimento. Finalmente, em relação ao turismo, um terço dos 5 milhões de turistas que chega ao Brasil escolhe o Rio como porta de entrada. As belezas naturais da cidade e do Estado transformaram o Rio na cidade brasileira mais conhecida do mun-do. Os jogos de 2016 estão atraindo novos hotéis, sem falar naqueles que estão sendo re-formados. Ademais, o Estado do Rio, seja na capital, seja na Serra, em Búzios e em Paraty, é, cada vez mais, um destino gastronômico, com muitos dos melhores restaurantes do Brasil. Sem falar no Carnaval carioca, que é, para muitos, o maior espetáculo da Terra.

BB: Como o senhor vê as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos?RR: No tocante à relação comercial Brasil-EUA, é de se esperar que o nível de diversificação comercial da economia brasileira e a cres-cente importância da China como parceira comercial de ambos os países possa minimizar a importância do contencioso comercial entre Brasil e Estados Unidos. Nesse sentido, é fundamental nossa articulação com a Amcham São Paulo e o U.S. Brazil CEO Forum para a promoção do livre comércio e pela remoção dos entraves para maior integração entre nossos países, entre os quais, o fim da exigência de vistos e – finalmente – a celebração do acordo para evi-tar a bitributação são alguns dos pontos mais relevantes.

BB: Como o senhor analisa a disputa pelos royalties?RR: À medida que os direitos de ambos os Estados aos royalties – contrapartida constitucional ao impacto urbano gerado por sua exploração e produção – venham a ser mantidos pelo Supremo Tribunal Federal, Rio de Janeiro e Espírito Santo terão, mais uma vez, garantidos os recursos tão necessários para o equacionamento dessas demandas e para a contínua promoção de oportunidades de crescimento de emprego e renda.

BB: Qual é a sua expectativa em relação aos grandes eventos da cidade, como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016?RR: Esses eventos extraordinários estão motivando uma série de intervenções urbanísticas na cidade, que rivalizam com os tempos de Pereira Passos. Cabe a nós da Amcham Rio trabalhar para seu sucesso, no esforço conjunto desenvolvido por governos e sociedade organizada. Por uma feliz coincidência, em 2016 a Amcham Rio, a mais antiga Câmara de Comércio da América Latina, celebrará seu centenário. Teremos muito que comemorar.

BB: Qual a importância da Amcham Rio?RR: A Amcham Rio foi a primeira câmara americana a ser fundada na América Latina, em 1916, apenas quatro anos depois da criação da U.S. Chamber of Commerce. Portanto, em três anos completa-remos nosso primeiro centenário, que será marcado por uma série de comemorações que estamos planejando e para as quais iniciare-mos a estruturação nesses dois anos de minha gestão.

BB: O começo, então, foi durante um conflito mundial?RR: Em 1915, durante o nono mês da primeira Grande Guerra, na noite de 17 de maio, um grupo de representantes comerciais ameri-canos se reuniu para pensar em formas concretas de estreitamento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Em quase um século de história, nossa Amcham Rio cresceu continuamente. Um ano após a sua fundação, segundo dados históricos, 145 representan-tes de empresas americanas faziam parte do quadro de associados, chegando a cerca de 600 empresas nos anos 1990. Em 1980, a câmara se transferiu definitivamente para sua sede própria, na Praça Pio X, nº 15, 5º andar, no Edifício Itécia, onde está até os dias atuais.→

“Definimos seis BAnDeiRAs estRAtégicAs que DARão o noRte pARA As Ações que pRetenDemos moBilizAR”

Roberto Ramos e seu antecessor, Henrique Rzezinski

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BB: Houve momentos de altos e baixos?RR: O declínio econômico, que afetou o Rio, e o problema da segu-rança pública tiveram forte impacto também sobre a câmara. Per-demos associados e, consequentemente, capacidade de representa-ção. Não fosse o comprometimento de seus mantenedores, talvez não estivéssemos aqui na Amcham Rio nesta data. Mas as últimas duas gestões que me precederam conseguiram colocar as contas em ordem e redefinir essa missão institucional e de relevância que a instituição vem retomando progressivamente, assim como sua adequação às plataformas digitais, tendência mundial que estamos tentando acompanhar, sem abandonar as demais interações pre-senciais que representam a nossa tradição.

BB: Hoje o Rio vive um momento de mais esperança?RR: A recuperação do Rio, fundamentada no combate à violência urbana, na correta aplicação dos fundos federais e das receitas dos royalties, além da articulação institucional para atrair investimen-tos, mudou radicalmente o panorama do Estado e do município, com imediata repercussão sobre a Amcham Rio. O Rio tem cerca de 9% do eleitorado do Brasil e algumas das mais belas praias do nosso País. Tão belas, que, ao longo de milhões de anos, atraíram dinossauros e toda sorte de vida animal e matéria orgânica. Esses depósitos, submetidos a posteriores acumulações, à pressão e tem-peratura, deram origem ao petróleo, abundante em nosso Estado. Com o Espírito Santo, os dois Estados detêm 90% do estoque de reservas nacionais provadas de petróleo e gás equivalente e respon-dem por 83% de sua produção.

BB: Como o senhor analisa a gestão anterior da Amcham Rio?RR: Henrique Rzezinski e eu somos cole-gas de faculdade, formados pela 1ª Turma da Escola de Engenharia da Universida-de Federal do Rio de Janeiro a fazer todo o curso no campus do Fundão. Henrique presidiu brilhantemente a Amcham Rio no período 2011-2012, mantendo a excelência de gestão, que tem sido marcante na nossa câmara e que eu me esforçarei para preser-var. Desfrutamos de sólida situação econô-mico-financeira e acabamos de reformar nossa sede, dotando-a de facilidades que estão à disposição de nossos associados. Sem dúvida, um grande crédito às últimas administrações da câmara.

BB: Como começou sua história com a Amcham Rio?RR: Minha ligação com a Amcham Rio re-monta a 1984, trazido que fui pelo saudoso amigo Francisco Teixeira. Dela, fui chair-man do Comitê de Economia, diretor fi-nanceiro, 2º vice-presidente e 1º vice-presi-dente, nas gestões dos igualmente saudosos presidentes e amigos Gunnar Vickberg e Felix de Bulhões, até que minha transferên-cia para a Europa e, na volta para o Brasil, minha ida para São Paulo, me afastaram do convívio na Amcham Rio. Entretanto, não me privaram do interesse sobre seu destino. Quando finalmente, passados 18 anos, vol-tei ao Rio, em janeiro de 2011, fui imediata-mente convidado a fazer parte da diretoria, sob o comando de Henrique Rzezinski, a quem devo a indicação, devidamente re-ferendada pelo grupo, para substituí-lo. Apoiado pela diretoria, que assume comi-go esse mandato, e com a participação dos nossos ex-presidentes imediatos, Henrique Rzezinski, Robson Barreto e João César Lima, além dos nossos diretores ex-ofício, vamos trabalhar para manter nosso ritmo de crescimento e de participação na vida político-econômica brasileira, em especial, no tocante às relações políticas e comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil.

entRevistA RoBERto RAmos

“A ciDADe Deve sABeR ApRoveitAR essA mARcA que foi cRiADA pARA tAmBém se toRnAR um centRo De excelênciA em

Desenvolvimento sustentável”

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perfil

Prudential e Grupo Case passam a atuar juntos no mercado de seguros de vida

Por Cláudio Rodrigues Foto Pedro Kirilos

Ela prioriza valores como cuidado, atenção e relacionamento duradouro com o cliente. Ele também. A partir desta coin-

cidência fundamental, a Prudential do Brasil Seguros de Vida e o Grupo Case Benefícios e Seguros tinham bases comuns para estabelecer um diálogo, conversa facilitada pelo fato de os CEOs de ambas as companhias, respectivamente, Fabio Lins e Rafael Sampaio da Motta, serem importantes executivos da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro. Eles perceberam a opor-tunidade de celebrar uma parceria quando verificaram que tinham características complementares.

Em janeiro de 2013, foi firmado acordo para a comercialização pelo Grupo Case de seguros de vida individual da Prudential. A parceria complementa a venda dos produtos da Prudential, que até então eram exclusividade de cerca de 600 corretores franqueados, chamados de Life Planners. “Compartilhamos dos mesmos valo-res de cuidado, atenção e relacionamento duradouros com nossos clientes. A demanda por produtos totalmente customizados fez com que naturalmente encontrássemos na Prudential nossa parceira ide-al para oferecer seguros de vida individualizados de acordo com a necessidade de cada cliente. E não medimos esforços para ter um cliente satisfeito”, explica Rafael Sampaio da Motta.

Por sua vez, Fabio Lins elogia a forma de trabalho de sua nova parceira: “O Grupo Case, conhecendo o modelo e os produtos ofe-recidos pela Prudential, interessou-se pela parceria. Já a Prudential tinha todo um interesse em expandir seu negócio no Brasil e se as-sociar a esse grupo, que compartilha da nossa convicção sobre a im-portância do seguro de vida no planejamento familiar”.

As duas empresas não eram completamente desconhecidas. O Grupo Case, especializado na administração de benefícios e corre-tagem de seguros e assessoria a empresas de médio e grande porte, já prestava serviços à Prudential do Brasil desde 2012, segurando a frota de carros da companhia.

parceria segura com foco no cliente

Os CEOs do Grupo Case Benefícios e Seguros e da Prudential do Brasil Seguros de Vida, Rafael Sampaio da Motta e Fabio Lins

Mas agora as empresas estreitam muito mais sua atuação. Tanto que os CEOs procuram alinhar suas agendas para oferecer juntos ao mercado os detalhes da nova parceria. Nesta entrevista, não foi dife-rente. Lins e Motta concederam a entrevista à Brazilian Business lado a lado: “Os dois lados dessa nossa parceria têm caminhado juntos, esse é o segredo do sucesso. Todas as etapas do projeto foram muito bem planejadas com total dedicação de ambos os times. A Pruden-tial formou uma equipe exclusiva para atender a essa parceria. Mon-tamos uma estrutura sólida, que trabalha com os gestores da Case focados nessa linha de negócio. Tudo isso sem perder o nosso DNA da venda personalizada”, disse Lins.

Um dos principais objetivos da parceria é agregar valor, de forma duradoura, ressalta Motta: “O Grupo Case tem como base o seguro corporativo. Com a Prudential complementamos o nosso portfólio de benefícios com algo que agrega valor, gera respeito e admiração, e partimos para conceder benefícios para a vida inteira, em vez de transitório. É isso que queremos transmitir para nossos clientes, com o suporte da Prudential”, afirmou Motta.

O atendimento e a venda serão realizados pela corretora do Grupo Case. Os outros processos serão inteiramente realizados pela Prudential, que continuará a gerenciar a subscrição de risco, quando é feita a análise dos riscos (saúde física, financeira, esportes e hobbies, entre outros dados) antes da emissão da apólice. Esse processo prévio permite que a seguradora atue com rapidez na regulação do sinistro e no pagamento do benefício – em média, cinco dias úteis após a entrega da documentação completa.

Os resultados da Prudential do Brasil são animadores: crescimen-to médio anual de 25%. É a primeira seguradora independente (não liga-da a banco) no ranking nacional de Planos In-dividuais de Seguros de Pessoas e segunda na po-

sição geral, com 12,7% de market share, de acordo com dados de ja-neiro a outubro de 2012 da Susep, que regula o mercado de seguros.

“Vivemos um momento de oportunidades e de otimismo no mercado de seguros de vida, principalmente para os produtos in-dividuais personalizados. É um segmento ainda muito tímido no Brasil, se comparado a países como Estados Unidos e Japão, que já têm uma cultura que os direciona a valorizar esse investimento em proteção familiar. A Prudential é pioneira nesse nicho e vem alcan-çando resultados excelentes e progressivos”, salienta Lins.

Os primeiros resultados da parceria são considerados promis-sores: “A receptividade das nossas empresas e dos executivos de for-ma geral está sendo excelente. Nossos clientes estão satisfeitos com mais essa opção de benefício que o Grupo Case está oferecendo, pois muitos conhecem a reputação da Prudential e entendem que se trata de um produto bastante diferenciado”, conclui Motta.

“em janeiro de 2013, foi firmado acordo para a comercialização pelo Grupo case de seGuros

de vida individual da prudential”

seGuros

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Edição 280_Brazilian Business_2120_Edição 280

sustentabilidade

Mesmo quem nunca foi ao Parque Nacional da Tijuca provavelmen-te já viu o local alguma vez, em

fotos ou na TV. Isso porque essa Unidade de Conservação reúne atrações mundialmente conhecidas, como o Morro do Corcovado e o Monumento ao Cristo Redentor.

O parque, que é o mais visitado do País, recebeu só no ano passado mais de 2,5 mi-lhões de pessoas. Ele abrange outros pontos turísticos muito relevantes do Rio de Janei-ro, como a Pedra da Gávea, a Vista Chinesa, o Parque Lage, a rampa de saltos da Pedra Bonita e a Floresta da Tijuca. A região é de mata atlântica, o bioma mais ameaçado do Brasil, do qual resta apenas 7,9% da área original. Sabe-se que existem no parque 328 espécies animais, entre anfíbios, aves e mamíferos, sendo 16 delas ameaçadas de extinção. Já em relação à flora, 1.619 espé-cies, como orquídeas e bromélias, com 433 ameaçadas de extinção. Por este e outros motivos, é estratégico para o País, para a mata atlântica, o Estado e a cidade do Rio de Janeiro conservar uma área com todas essas riquezas e características importantes e tornar essa Unidade de Conservação um modelo de gestão para as demais.

brasil urgente

O Parque Nacional da Tijuca, o mais visitado do Brasil, formaliza parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. A ONG pretende atrair outras empresas e fazer da Unidade de Conservação um modelo de gestão, com sustentabilidade financeira e serviços de qualidade para receber turistasPor Marcia Hirota_diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica

gestão verde

“estudo recente mostrou que 80% dos parques brasileiros

não têm receita gerada por visitação e 21% sequer

recebem turistas“

E foi no sentido de promover a susten-tabilidade financeira, fortalecer as parcerias existentes e garantir a proteção e o uso públi-co que a Fundação SOS Mata Atlântica fez uma parceria com o Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio) para apoiar a gestão operacional e o for-talecimento do Parque Nacional da Tijuca.

A demanda crescente do turismo no Rio de Janeiro, em razão dos inúmeros eventos que a cidade vai sediar, como os Jogos Olímpicos, interfere diretamente na visitação do parque e faz necessário o in-vestimento em ações para a modernização da gestão da Unidade de Conservação e o equilíbrio entre a visitação e a conservação da biodiversidade. Nesta fase inicial, com apoio da Bradesco Cartões, nossa contri-buição é para potencializar outros atrativos por meio do envolvimento de mais par-ceiros na adoção de áreas e patrocínio de empresas, além da concessão existente hoje para visita ao Cristo Redentor.

O Brasil, infelizmente, ainda está muito atrás de outros países, como Estados Uni-dos e África do Sul, no que diz respeito à visitação de parques. Nos parques ameri-canos, é comum que concessionárias ofere-çam aos visitantes serviços como hospeda-gem, transporte, alimentação e passeios ou atividades de lazer.

Um estudo recente do Instituto Se-meia mostrou que 80% dos parques brasi-leiros, porém, não têm receita gerada por visitação e 21% sequer recebem turistas. O relatório mostrou também que mais da metade dos parques (58%) recebe menos de 50 mil visitas por ano. Nesse sentido, o Parque Nacional da Tijuca já está à frente de muitos outros parques do País.

Apenas o Parque Nacional do Igua-çu, com suas belíssimas cataratas, chega um pouco mais próximo em termos de visibilidade: recebe cerca de 1,5 milhão visitantes ao ano. Em Iguaçu, empresas privadas fazem atividades como rafting nas cataratas e voo de helicóptero. No Parque Nacional de Los Glaciares, na Argentina, empresas fazem trekking na geleira Perito Moreno com os visi-tantes e safáris naúticos para ver outras geleiras. O serviço terceirizado tem funcionado nesses e em outros locais no mundo.

O Parque Nacional da Tijuca é um patrimônio de toda a sociedade e, assim como aceitamos esse convite do ICM-Bio, esperamos que mais pessoas, ins-tituições e empresas aceitem participar, visitar, conhecer, colaborar e apoiar as iniciativas existentes e outras que virão para que essa obra da natureza e seus atrativos sejam realmente visitados e conhecidos por todos.

E, para a Fundação SOS Mata Atlân-tica, é uma satisfação aumentar a atua-ção no Rio de Janeiro, Estado que tem conseguido reduzir o desmatamento e proteger mais áreas públicas e privadas. A fundação já apoia o ICMBio na Esta-ção Ecológica Guanabara, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-mirim, no Monumento Natural do Ar-quipélago das Ilhas Cagarras e na APA de Cairuçu, em Paraty. Também tem parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em apoio às Unidades de Conservação públicas e privadas e com algumas organizações da sociedade civil. Nesta iniciativa vamos ganhar uma nova parceira, a Associação Amigos do Parque da Tijuca, e esperamos que ou-tras alianças possam ser estabelecidas para ampliar nosso movimento em prol da proteção e sustentabilidade da mata atlântica e de um ambiente mais sadio para todos nós.al

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22_Edição 280_mar/abr 2013

Ambicioso projeto de infraestrutura urbana, a revitalização da zona portuária da cidade também propiciará novos empregos e negócios

A história do Rio de Janeiro passa pela zona portuária. Desde 1502, quando

chegaram os portugueses, que vieram pela Baía de Guanabara imaginando estar na foz de um rio. Como era janeiro, estava batiza-da a região do Rio de Janeiro. Mais tarde, em razão da proximidade com a produção de ouro nas Minas Gerais, a capital do Bra-sil passa de Salvador para o Rio, em 1763 (permanecendo assim até 1960, quando se torna Brasília). Nas últimas décadas, no entanto, essa parte da cidade ficou es-quecida, sofrendo os males que uma área abandonada apresenta. A partir de 2009, o projeto Porto Maravilha começou a sair do papel. E assim inaugurava o novo capítulo da ocupação da região, que continua com uma localização estratégica.

O projeto é uma das principais inter-venções urbanas planejadas para a cidade até 2016, que, além de propiciar novos es-paços de moradia, negócios e convivência, será a maior experiência de integração de sistemas de transporte já vista na cidade. Entre as principais obras previstas estão a reurbanização de 70 quilômetros de vias e 650 mil metros quadrados de calçadas, a demolição do elevado da Perimetral e a transformação da Avenida Rodrigues Al-ves em via expressa, entre outras.

Só na área central são 33 fren-tes de obras no Porto Maravilha, sendo seis delas em 4 quilômetros de túneis, movimentando 3,5 mil operários; 17 quilômetros de ci-clovias; ampliação do sistema de aluguel de bicicletas; vias para pedestres; reurbanização; recons-trução de redes de infraestrutura urbana; plantio de 15 mil árvores. No total, os investimentos na cida-de são de cerca de R$ 11 bilhões, incluindo a construção de corre-dores exclusivos de ônibus (BRT).

Porto Maravilha, o coração do Centro do Rio

logístiCa e infRaestRutuRa

Praticamente tudo deve ser concluído até 2016, quando se-rão realizados os Jogos Olímpicos na Cidade Maravilhosa, res-salta o subsecretário de Projetos Estratégicos e Concessões de Serviços Públicos e Parcerias Público-Privadas da Prefeitura do Rio, Jorge Arraes. Em apresentação feita no dia 2 de abril, du-rante uma reunião do Comitê de Logística e Infraestrutura da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, ele explicou que o objetivo da Prefeitura é fazer da zona portuária uma re-gião com outro patamar de serviços e qualidade de vida.

“Na região central, pensamos no aspecto da mobilidade da área. Estamos falando tanto na possibilidade de interação dos diversos modais de transporte quanto em dar prioridade para o transporte público de alta capacidade e otimização de tráfego de veículos. Isso com a valorização do pedestre e com a recupera-ção da estrutura urbana do Centro do Rio, que tem uma paisa-gem belíssima e uma história a ser preservada”, afirmou Arraes.

Para garantir a mobilidade na área central da cidade, pe-sados investimentos em transportes estão previstos. O BRT e o veículo leve sobre trilhos (VLT) – que vai contar com seis linhas, 42 estações e 28 quilômetros de extensão – serão os eixos principais para os deslocamentos. Entre as novidades apresentadas na Amcham Rio, Arraes anunciou o início dos testes do teleférico que fazem a ligação da Cidade do Samba, do Morro da Providência, já pacificado, e da Central do Brasil. “O teleférico também terá um apelo turístico muito forte; há vários equipamentos culturais no entorno da Cidade do Sam-ba”, ressaltou Arraes.

Os pequenos deslocamentos de pedestres deverão ganhar mais facilidades. A previsão é que até a Avenida Rio Branco te-nha um trecho restrito para quem estiver caminhando. “Quando a gente fala da região central, estamos pensando na mobilidade e na revitalização da área, ou requalificação. As cidades que fize-ram isso priorizaram o transporte público”, diz Arraes, critican-do o excesso de ônibus no Centro. “Na Avenida Rio Branco, os ônibus passam com 25% da sua capacidade de passageiros.”

Antes das melhorias, porém, é esperada uma piora no trân-sito. Sobretudo em agosto, quando um trecho importante do elevado da Perimetral for derrubado. O concreto que for abaixo será reciclado e reutilizado na pavimentação de ruas e calçadas. Parte das vigas será reaproveitada em obras da cidade.

Novos pontos culturais também vão emergir, entre eles, o Museu do Amanhã, sobre o Píer Mauá, cuja estrutura foi total-mente reforçada, com a instalação de mais de 1,2 mil estacas. Com design arrojado, terá a cobertura metálica produzida em Portugal por uma empresa daquele país. “É o mesmo pesso-al que está fazendo a cobertura do remodelado estádio Fonte Nova, em Salvador”, salienta Arraes.

A retomada da zona portuária significa, também, a valo-rização de um novo padrão de vida, pelo qual as pessoas po-dem morar perto do trabalho. Isso numa região de ocupação consolidada e com farta oferta de serviços públicos e meios de transporte integrados, que terão privilégios frente aos veí-culos particulares.

A Avenida Rodrigues Alves será transformada em via expressa

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24_Edição 280_mar/abr 2013 Edição 280_Brazilian Business_25

Entre a vontade de montar um gru-po de trabalho sobre tecnologia ao protagonismo em projetos de mí-

dias digitais se trilhou o caminho do Ins-tituto Gênesis. A história da incubadora da PUC-Rio, que já deu a luz mais de 150 empresas, remete a 1997, quando esse mo-vimento aproveitou os sinais de mídias em convergência para usar o cenário não só das belezas da Cidade Maravilhosa, mas sua vocação como polo de artes e cultura, e, quem sabe, fazer desse casamento um grande negócio da indústria do entreteni-mento. A aposta deu certo.

“O jornal, a televisão, a internet e os livros estavam virando digitais, e todos es-tavam se fundindo. Essa era uma tendên-cia mundial e percebemos também que o Rio de Janeiro era muito forte nisso. O Rio é a capital cultural do Brasil e tem muitas raízes dessas áreas”, explica o diretor do instituto, José Alberto Aranha, em entre-vista à revista Brazilian Business. Ao notar essas sinergias e oportunidades, além da incubadora tecnológica, o Gênesis criou, em 2000, a primeira incubadora cultural da América Latina. Em seguida, em 2002, o instituto lançou a incubadora social. “Notamos que esses pontos se fundiriam e dariam origem a um novo negócio, que é a cara do Rio de Janeiro.”

radar

A proposta do instituto é formar, a partir do grupo de alunos da PUC-Rio com perfil empreendedor, empresas sóli-das para reforçar a indústria nacional do entretenimento e fazer da arte e da cultu-ra um negócio rentável e lucrativo, como acontece na Europa e nos Estados Unidos. “Precisamos trazer muito desse conhe-cimento do exterior, em que o entreteni-mento é visto como um grande negócio, como o Cirque du Soleil, criado no Ca-nadá, que se tornou um empreendimento mundial. Na Inglaterra, o maior objeto de exportação é a música. Os Estados Unidos também conseguiram enxergar isso muito bem. Orlando é uma cidade que vive in-teiramente de entretenimento e cultura”, destaca Aranha.

Ele acredita que investir em inovação é a chave do negócio. “Quando falamos de empreendedorismo, estamos falando de inovação, que é o grande diferencial da competitividade no mundo. Porém, na área de cultura e dos esportes não costu-mamos ter essa visão”, destaca.

O futuro aos jovens pertenceO Instituto Gênesis, incubadora da PUC-Rio, já formou em 15 anos um exército de empresas lideradas por jovens empreendedores empenhados em fazer da cena cultural carioca uma rentável indústria do entretenimentoPor Andréa Blum e Isabel Correia

“É O cabelO brancO aO ladO da garOtada

que está cOmeçandO para dar um estímulO”

processo de desenvolvimentoA EPA! é uma das incubadas no Gênesis

que seguiu essa linha de pensamento e conquistou mais do que esperava. A empresa nasceu sem muitas pretensões, quando os quatro sócios produziram um desfile de moda na faculdade. A partir desse primeiro projeto, acabaram atraindo patrocínios para o evento. Diante do sucesso inicial, os sócios criaram a EPA! Youth Marketing, uma empresa de marketing e entretenimento voltada para marcas que querem melhorar a comunicação dirigida ao público jovem.

Hoje, a EPA! cria campanhas inovadoras, que têm uma abordagem online, focada nas redes sociais, feitas por jovens consumidores que se identificam com a marca. A estraté-gia já foi contratada por companhias como Itaú e Redley. Atualmente, a empresa possui cerca de 20 funcionários no Rio de Janeiro e está expandindo as atividades para São Pau-lo. O faturamento já chega a R$ 1,6 milhão por ano. “O Instituto Gênesis supriu uma la-cuna que nós tínhamos, e ainda temos. Eles nos ajudam a estruturar questões financeiras e administrativas”, afirma o diretor de Rela-cionamento da EPA!, Pedro Pirim.

A Cinema Nosso também nasceu com foco no entretenimento e é um dos filhotes do instituto. A empresa foi criada por jovens que atuaram no filme Cidade de Deus. O que nasceu como ONG se consolidou como em-presa na incubadora e promove cursos de for-mação de atores para jovens de comunidades carentes. Hoje o grupo ocupa um prédio de quatro andares e forma cerca de 150 jovens por ano para atuar no mercado audiovisual.

O diretor do Instituto Gênesis, José Alberto Aranha

A Moleque Mateiro e a EPA! Youth Marketing, incubadas no Gênesis, apresentaram cases em reunião do Comitê de Entretenimento, Esportes e Cultura da Amcham Rio

entretenimentO

consultores e anjos Para entrar no programa do Gênesis, as empresas pagam uma

pequena quantia, que garante a sustentabilidade do instituto. Ao in-gressar, elas conseguem o que chamam de “investidores anjos”. São pessoas físicas que colocam aportes financeiros na empresa e têm interesse nesse crescimento. De acordo com Aranha, o investimen-to é financeiro, mas complementado por serviços de consultoria e networking. “É o cabelo branco ao lado da garotada que está come-çando para dar um estímulo”, disse. Segundo ele, há uma escassez de anjos na área cultural. “Não temos ainda um banco de empresas de capital de risco que queiram investir nesse setor.”

O instituto também atua em parceria com consultores de mer-cado que auxiliam no desenvolvimento das empresas. “Apoiamos as empresas em tudo. Trabalhamos juntos em todos os âmbitos, finan-ceiro, mercado, captação de recursos, jurídico, marketing, comu-nicação, até logomarca. Atuamos ao lado da empresa para resolver essas questões que normalmente custariam caro”, explica Aranha. Atualmente, o Gênesis tem nove empresas incubadas e dez pré-in-cubadas. Das 150 já incubadas, 90% sobreviveram.

FuturoPara os próximos anos, Aranha enxerga uma tendência para a

formação de corredores culturais, separados por regiões. Ele cita locais como o bairro da Lapa, a Praça Tiradentes e a Praça XI, que podem abrigar diferentes ambientes e atrações. “Temos que pensar em como aflorar empreendimentos culturais nesses lugares”, projeta o diretor. Ele acredita que o instituto possa contribuir muito para o desenvolvimento desses polos culturais. “Podemos preparar e es-timular empreendedores e trabalhar com inovação, conhecimento diferenciado e relacionamentos. Com isso, contribuímos para o nas-cimento do local e de novos negócios”, disse.

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Edição 280_Brazilian Business_2726_Edição 280_mar/abr 2013

artigo

Energia elétrica é essencial para o bem-estar social e a geração de riquezas, por isso duas premissas devem ser buscadas para esse

insumo: a segurança de abastecimento e a modicidade no preço.O Brasil tem um sistema elétrico ímpar, baseado em hidreletrici-

dade e com custos de geração competitivos. Num mundo aterroriza-do pelas mudanças climáticas, nossa eletricidade é considerada limpa. As emissões do setor elétrico brasileiro são até dez vezes menores quando comparadas às de países cuja base de geração é a carvão, a exemplo da África do Sul, China, Índia, entre outras economias tanto em desenvolvimento como desenvolvidas.

Mas a hidreletricidade tem seus riscos, e o climatológico é o maior deles. Períodos prolongados de seca, como o ocorrido em 2012, colocam o sistema em estresse e demonstram a necessidade de ampliar nossa margem de manobra, seja por diversificação de matriz ou por aumento de capacidade instalada. O armazenamen-to de eletricidade é inviável, em razão do custo elevado. Por isso, é necessária uma estratégia estruturada para garantir a segurança de abastecimento.

A estratégia que usamos no Brasil, dada a restrição de opções, consiste no uso de termelétricas para aliviar a pressão sobre as usinas hídricas em períodos críticos, contudo o parque térmico instalado conta com usinas nas quais o custo de operação é extre-mamente alto, ou seja, a alternativa que temos para os períodos de seca desequilibra uma das premissas básicas para a eficiência do sistema elétrico: o preço.

Ainda com relação à modicidade tarifária, temos as medidas decorrentes da implementação da Lei 12.783/2013, recém-apro-vada, que legisla acerca da prorrogação das concessões de geração de energia elétrica e do regime de cotas, prevendo, inclusive, revi-são tarifária. No entanto, a redução nos encargos foi pouco expres-siva, e os tributos permaneceram inalterados. A carga tributária e os encargos incidentes nesse insumo correspondem a aproxima-damente 50% do valor pago pelo consumidor, o que tem signifi-cativo impacto na modicidade tarifária.

Apesar da revisão legislativa, o Brasil ainda carece de mais ações no que tange ao sistema energético do País. Na última déca-da, experimentamos ameaças de restrição elétrica. A falta de ampliação e diversificação de nossa matriz, por exemplo, deixa-nos expostos ao risco de redução na oferta de eletricidade, o que causa perda da competitividade nacional na atração de investi-mentos. Este e outros exemplos reforçam a necessidade de ajustes estruturais que permitirão ao Brasil inúmeros ganhos, como um sistema elétrico mais conectado.

o Brasil e os desafios do setor energético

Guilherme Valle_sócio da PwC Brasil e especialista no setor elétrico

Ernesto Cavasin_diretor da PwC Brasil e especialista em sustentabilidade

É fato que nenhuma estratégia para o setor pode ser implementada a curto prazo. Por mais simples que seja uma usina, são necessários, no mínimo, três anos desde a concepção do projeto até a entrada em fun-cionamento, sendo que para hidrelétricas esse prazo pode se estender a décadas. Esse é um dos principais aspectos a ser observado com o intuito de dar mais agilidade ao pro-cesso de estruturação. Outro ponto impor-tante é a burocracia necessária para a implan-tação de novos empreendimentos, especial-mente no que diz respeito às questões socio-ambientais. Por mais delicadas que sejam, deveriam ser analisadas e resolvidas em pra-zos mais razoáveis e considerando as garan-tias institucionais mínimas aos investidores e demais envolvidos no projeto.

Existem grandes desafios na criação de processos que ofereçam ao setor elétri-co uma estrutura que promova e suporte seu crescimento e, com isso, propiciem a infraestrutura necessária e a atratividade para novos investimentos em produção no País, além, é claro, de possibilitar uma adequação dos custos de energia elétrica ao padrão brasileiro, o que afetaria posi-tivamente a competitividade de nossa indústria de transformação.

“Precisamos crescer economicamente, e nossa oferta de energia deve acomPanhar e suPerar

esse crescimento”

energia

Cabe ao governo, então, analisar os tri-butos e encargos incluídos na composição da tarifa de eletricidade, a fim de não pres-sionar demasiadamente o insumo. Nossa matriz energética tem uma base hídrica competitiva e operante, e essa independên-cia de combustíveis com valor tangível e crescente deve ser aproveitada em prol da base produtiva. Adicionalmente, devem ser consideradas a diversificação de nossa matriz, os impactos ambientais e também as novas tecnologias que permitem, em deter-minadas situações, a redução de poluentes, sobretudo em matrizes a carvão.

Há grandes projetos estruturantes em hidrelétricas, mas com conceitos que diver-gem de nossa base histórica, que são as usi-nas operando sem reservatórios. Diante dessa especificidade, podem ser analisados novos mecanismos considerando o poten-cial hídrico ainda não explorado e em con-sonância com as questões ambientais perti-nentes. Há também a possibilidade de uso de fontes alternativas, como a energia solar, ainda pouco explorada por não ser econo-micamente sustentável, a eólica, cujo uso pode ser ampliado, a biomassa e outras.

O País apresenta uma base potencial e vocação para energia limpa. Esse é um fator que nos diferencia e traz vantagens, porém, devemos continuar investindo na expansão e nos mecanismos de atratividade que propi-ciem os recursos necessários para o setor, que demanda uso contínuo de capital intensivo.

Nosso marco regulatório é relativa-mente novo, mas já sofreu alterações rele-vantes em 2004, com o novo modelo do setor, e novamente em 2012, com a reno-vação das concessões. É salutar que a regu-lação evolua à luz de novos fatos e em benefício do setor como um todo. No entanto, a óptica do investidor por vezes privilegia o cenário de estabilidade. Nesse contexto, devemos manter as condições de atratividade de capital para fazer face aos investimentos requeridos.

Precisamos crescer economicamente, e nossa oferta de energia deve acompanhar e superar esse crescimento. Temos condições de manter nossa vocação de uso de energia limpa, mas devemos, neste momento, voltar a refletir sobre o aspecto institucional do setor e verificar os mecanismos de seguran-ça, para que possamos trabalhar em um cenário de previsibilidade e com um custo que aumente nossa competitividade. sx

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28_Edição 280_mar/abr 2013

especial

Edição 280_Brazilian Business_29

especial

O Brasil vai estar em campo quando o juiz apitar o início da primeira par-tida da Copa das Confederações.

A seleção de futebol enfrentará o Japão em Brasília, às 16h do dia 15 de junho, dando oficialmente a largada numa longa jorna-da na qual o País sediará grandes eventos esportivos. A maratona só terminará três anos depois, com o encerramento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Antes mesmo de a bola rolar, surgem as oportunidades de negócios. Estudo do Se-brae calcula que a preparação para a Copa do Mundo já rendeu mais de R$ 100 mi-lhões em vendas para empresas de micro e pequeno porte de todo o País. Levantamen-to encomendado à Fundação Getulio Vargas mapeou 930 possibilidades de negócios em dez setores: agronegócio, madeira e móveis, vestuário, serviços, comércio varejista, cons-trução civil, turismo, economia criativa, ar-tesanato e tecnologia da informação.

Foi dada a largada

O Brasil já está em evidência, garante estudo da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) para a Rio Negócios (agência da Prefeitura). O trabalho prevê a geração de mais de 90 mil empregos e a aplicação de R$ 53,2 bilhões em áreas como infraestrutura, telecomunicações, turismo, seguro e publicidade.

As oportunidades que aparecem para brasi-leiros são ainda mais sólidas para os cariocas. O Maracanã será o palco do jogo mais importante da competição, a final, prevista para as 19h do dia 30 de junho. O estádio também será palco da decisão da Copa do Mundo, em 2014. Em 2016, o Rio de Janeiro especificamente será a ci-dade-sede da Olimpíada. Na ocasião, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro ce-lebrará o primeiro centenário. A Amcham Rio, por sua vez, acompanha os preparativos para os grandes eventos. Sobretudo no que toca às seis bandeiras prioritárias: energia; entretenimento; logística e infraestrutura; seguros e resseguros; sustentabilidade; turismo.

Copa das Confederações é o primeiro dos grandes eventos esportivos que mobilizam a cidade

Por Cláudio rodrigues

estudo do sebrae calcula que a preparação para a copa do Mundo já rendeu Mais de r$ 100 Milhões eM vendas para eMpresas de Micro e

pequeno porte de todo o país

A começar pelo entretenimento; uma das competições mais novas da Fifa, a Copa das Confederações, realizada a cada quatro anos, tem sido considerada o “aquecimento” do país-sede da Copa do Mundo. Por causa de sua fórmula, também é conhecida como a batalha entre os continentes, os quais são representados por pelo menos uma equipe. Além de polpudas premiações, está em dis-puta a taça, que tem 40 centímetros de altura e 8,6 quilos de bronze banhado a ouro.

No Brasil, será a primeira vez que a com-petição reunirá quatro campeões do mundo: Uruguai, Itália, Espanha e os anfitriões da festa. Nosso país, aliás, tem mais participa-ções (esta será a sétima vez em que disputa a competição), mais títulos (a seleção foi cam-peã três vezes, em 1997, 2005 e 2009, além de um vice-campeonato em 1999), mais partidas disputadas (28), mais vitórias (18) e mais gols (64). Ganhou os sete últimos jo-gos e não perde há oito. A última derrota foi em 2005, quando o México venceu por 1 a 0, em Hannover. O goleiro brasileiro Dida é o atleta com mais jogos disputados no torneio, atuando 22 vezes em cinco edições da com-petição, entre 1997 e 2005.

A competição entre seleções nacionais deve deixar um legado que beneficiará os clubes locais. Os investimentos em cons-truções e reformas de estádios, além do crescimento econômico do País, são apon-tados pela empresa de consultoria Deloitte como fatores que devem levar os clubes da-qui, assim como os da Rússia, a ameaçar os clubes europeus em termos de arrecadação anual. Atualmente, três times brasileiros, sendo apenas um do Rio de Janeiro, figu-raram na lista dos top 50: Corinthians, São Paulo e Flamengo. “Os investimentos nos estádios brasileiros para a Copa de 2014 serão uma excelente oportunidade para os clubes melhorarem a média de público nos jogos e conseguirem manter uma regulari-dade de torcedores presentes nas partidas”, disse em comunicado o consultor do Sports Business Group da Deloitte, Richard Battle. “Esperamos que as receitas dos clubes bra-sileiros continuem crescendo e, dessa ma-neira, será possível que um deles figure no top 20 do ranking nos próximos anos. Com uma receita equivalente a dos clubes euro-peus, também será cada vez menos difícil manter os principais jogadores no Brasil e trazer estrelas do futebol mundial para jo-gar no País”, complementa Battle.

O dinheiro investido nos estádios do Brasil não é pouco, mesmo assim, é parte do total dos gastos em infraestrutura. Só o BNDES aportou, dentro do programa BNDES ProCopa Arenas, R$ 400 milhões no Maracanã, o mesmo valor no Mineirão e na Arena Pernambuco. Além disso, o Castelão contou com financiamento de R$ 351,5 milhões e a nova Fonte Nova, R$ 323,6 milhões. Estas operações do banco são finan-ciamentos tradicionais, sobre os quais incidem taxas de juros (custo financeiro de TJLP, de 5% ao ano; mais remuneração do BNDES de 0,9% ao ano; além de taxa de risco de crédito, que va-ria de acordo com o perfil do cliente, podendo chegar a um máximo de 4,18% ao ano). Se a operação for indireta (ou seja, se tiver um banco repassador dos recursos), haverá ainda a taxa de intermediação financeira de 0,5% e a remune-ração da instituição financeira repassadora. O prazo de amortização é de até 180 meses, já in-cluído o período de carência de até 36 meses.

Estimativas indicam que o Maracanã de-verá consumir mais de R$ 1 bilhão na refor-ma. Sem falar nas melhorias do entorno. Os investimentos relacionados à competição se multiplicam conforme a criatividade do bra-sileiro e o tino para negócios do empresário. Vão desde as grandes obras de infraestrutura, como a instalação de corredores expressos de ônibus (BRTs), que o Rio já vem recebendo, até o álbum de figurinhas oficial, lançado no Brasil pela primeira vez tendo como mote a Copa das Confederações.

Nem tudo, porém, acontece dentro dos melhores padrões. Pesquisas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Con-federação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que 59% dos comerciantes brasileiros dizem não estar preparados para receber a Copa das Confederações. Depois de Brasília e Belo Horizonte, o Rio de Janei-ro é o local onde há mais empresários que se dizem despreparados.→

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30_Edição 280_mar/abr 2013

especial

no brasil, o setor de seguros já veM registrando cresciMento Médio da ordeM de 10% ao ano e deverá chegar a Marcas aciMa dessa taxa, justaMente por causa

dos grandes eventos

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Nosso futuro depende de inovação

para operarmos de forma mais limpa,

mais segura e mais inteligente.

A cada ano, investimos bilhões

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para o desenvolvimento de petróleo e gás,

introduzimos novas formas de energia

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como uma empresa de tecnologia —

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Até mesmo a Fifa critica os sucessivos atrasos no cronograma das obras. Apesar de aceitar as mudanças para a Copa das Confe-derações, a entidade sustenta que não fará qualquer concessão para a Copa do Mundo, para a qual a data limite de entrega dos estádios é dezembro de 2013. “Sobre isso, não faremos nenhuma concessão. Organizar a Copa do Mundo da Fifa é um trabalho infinitamente mais complexo e mais exigente do que organizar a Copa das Con-federações, que envolve apenas 25% do número total de jogos. Es-tamos aguardando mais de meio milhão de visitantes estrangeiros em 2014 e um total de mais de 3 milhões de espectadores reunidos nos 12 estádios. A escala e a magnitude da Copa do Mundo reque-rem um período de configuração operacional de pelo menos seis meses”, afirmou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

Por exemplo, garantir que as imagens das 64 partidas cheguem a quase metade da população mundial, como em 2010, exige que as instalações técnicas e de infraestrutura dentro dos estádios se iniciem, no máximo, em janeiro de 2014. Isso sem falar nos as-pectos logísticos e de deslocamento de torcedores, autoridades e jornalistas durante o evento, que precisam de um alinhamento preciso. Tudo isso precisa ser testado e aperfeiçoado. “Dessa forma, enquanto mantemos foco na realização da Copa das Confedera-ções, precisamos continuar trabalhando paralelamente com toda a velocidade na infraestrutura de 2014”, complementou Valcke.

Estar no foco das atenções de todo o mundo também significa receber mais estrangeiros no País. De acordo com o Ministério do Turismo, os destinos brasileiros receberam 5.676.843 visitantes de fora do Brasil em 2012: um crescimento de 4,5% em relação a 2011. Os países da América do Sul são os principais emissores, respon-dendo por 46,3% do total. “Temos avançado, mas o ritmo ainda pode melhorar. Nossos números ainda são pequenos se levarmos em consideração todo o potencial brasileiro”, afirmou o ministro do Turismo, Gastão Vieira, no portal mantido por sua pasta.

Apesar de São Paulo ser a principal porta de entrada dos tu-ristas estrangeiros (foram 2.110.427 chegadas em 2012), o Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar na lista de destinos de lazer, res-pondendo por 1.164.187 de turistas.

A chegada de estrangeiros e de grandes investimentos abrem as portas do mercado de seguros e de resseguros. Na Copa da África do Sul, por exemplo, realizada em 2010, as principais seguradoras foram cautelosas no processo de contratação de seguro pela Fifa para cobrir eventuais prejuízos.

No Brasil, o setor de seguros já vem registrando crescimento médio da ordem de 10% ao ano e deverá chegar a marcas acima dessa taxa, justamente por causa dos grandes eventos. Geralmente, eles movimentam uma grande gama de seguros, desde a cobertura de danos nas instalações, que já começa durante a fase de obras, passando pela infraestrutura em geral dos eventos, até mesmo a danos causados a terceiros durante as competições ou catástrofes, sejam elas naturais ou atentados terroristas. As empresas que tra-balham com serviços também recorrem a seguros. Os prestadores de serviços fazem apólices para equipamentos e funcionários.

Para o setor de energia, a Copa das Confederações pode ser encarada como um grande teste. O principal temor é que uma falha no sistema provoque um apagão justamente quando todos estão de olho no Brasil. O Operador Nacional do Sistema já está tomando medidas para evitar trans-tornos. Durante os jogos, haverá redução no carregamento dos principais troncos de transmissão, visando minimizar os ris-cos de queda de fornecimento. As terme-létricas serão acionadas para reforçar a es-tabilidade do sistema, e oito forças-tarefa cuidarão do suprimento durante os jogos, com base no desempenho da transmissão de alta tensão e do potencial de distribui-ção. Estimativas da ONS indicam que R$ 100 milhões serão gastos para preparar o País para os grandes eventos.

Com a energia garantida, o Brasil pre-tende fazer uma Copa das Confederações “verde-amarela-verde”. Os estádios têm certificação Leed, que exige as melho-res tecnologias em termos ambientais. O Maracanã, por exemplo, tem uma série de dispositivos ecológicos, como o sistema de captação de água da chuva. Há iniciativas de reaproveitamento de resíduos, recicla-gem e compensação de emissões, várias são as ações pensadas para que o megae-vento sirva de marco para políticas públi-cas atentas às questões do meio ambiente e das mudanças climáticas. “O Brasil vai mostrar o talento do futebol e do ecofu-tebol. Fará uma Copa modelo na questão ambiental”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que comple-mentou: “Vencer a Copa do Mundo não é só ganhar o troféu, mas fazer a Copa mais sustentável da história da Fifa”.

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32_Edição 280_mar/abr 2013

especial

A Copa das Confederações no Brasil será a primeira com a participação de quatro

campeões mundiais: Brasil (país-sede), Espa-nha (campeã mundial), Itália (vice-campeã europeia) e Uruguai (campeão da Copa Amé-rica). Só esse fato já desperta o interesse do pú-blico. Somado ao apelo místico do Maracanã, é possível imaginar um espetáculo nas arquiban-cadas e pelas ruas do Rio de Janeiro. O próprio departamento de marketing da Fifa divulgou números que comprovam essa expectativa. O Maracanã teve as duas maiores vendas de in-gressos da competição: México x Itália, no dia 16 de junho, com 60.717 ingressos vendidos, mais até do que a grande final, também no Ma-racanã, no dia 30 de junho, que vendeu 58.860 ingressos. O interesse pelo jogo no estádio foi maior do que pela partida de abertura, Brasil x Japão, no dia 15 de junho, em Brasília, que vendeu 58.620 ingressos. Outra partida da se-leção brasileira, contra o México, no Castelão, em Fortaleza, atraiu 47.075 pessoas.

O interesse do público se manifesta também no turismo. Pesquisas revelam que houve uma expansão média de 6% no número de turistas estrangeiros nos países-sede em anos de Copa do Mundo. Em 1998, teve acréscimo de 4% na recepção de turistas estrangeiros na França; em 2002 foi de 9,8%, no Japão, e 3,9%, na Coreia do Sul; em 2006 foi de 9,2%, na Alemanha, e de 9%, na África do Sul, em 2010. E o Rio de Janeiro está se preparando para atender a esses consumidores de futebol e da cultura brasilei-ra. Nosso objetivo é fornecer opções de lazer dentro e fora do Maracanã, em festas ao ar livre e áreas com telões para a transmissão de jogos. O mais importante é o conforto que os turistas e os cidadãos fluminenses terão com os inves-timentos que estão sendo feitos em mobilidade urbana e transporte. São mais de cem vagões novos de trens e metrô com ar-condicionado para os passageiros, além da construção de novas estações intermodais, para atender tan-to o metrô quanto o transporte de superfície. A Prefeitura também está cumprindo a parte dela com BRTs que facilitam o transporte de massa pela capital, com Transoeste, Transca-rioca e Transolímpica.

as conquistas do esporte para o Rio de Janeiro

Outra questão relevante é que o novo Maracanã segue a certificação Leed (Leader-ship in Energy and Environmental Design), sistema de classificação de sustentabilidade ambiental para edificações desenvolvido pelo United States Green Building Council. O estádio economizará mais de 5% de ener-gia com o novo sistema elétrico, que prevê ainda a automação e o controle de elevado-res (que passam de cinco para 16), escadas rolantes (de seis para 12), ventilação e ilu-minação dos ambientes (23 mil luminárias LED). A modernização da parte hidráulica do Maracanã vai permitir mais de 25% na redução do consumo de água e mais de 45% no consumo de água potável para irrigação.

Mas o mais importante para a popula-ção é a questão de segurança. Estive com jornalistas do mundo inteiro na premiação do Laureus, considerado o Oscar do esporte, realizado no Rio de Janeiro, e voltei recente-mente de uma feira da Soccerex, em Man-chester, na Inglaterra. Em nenhum momen-to me foi perguntado sobre a insegurança pública. Anos atrás, antes da gestão do go-vernador Sérgio Cabral, a questão da violên-cia urbana era a principal preocupação da imprensa brasileira e internacional. Agora, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são uma realidade. Portanto, são melhorias que vão impactar a vida da população nos próximos anos.

A previsão é que 25 mil jornalistas es-trangeiros venham cobrir a Copa do Mundo, em 2014, sendo 15 mil credenciados e 10 mil não credenciados. Eles terão muitas pautas para mostrar ao mundo o novo Rio de Janei-ro: seguro, moderno, sustentável, com cres-cimento econômico e um amadurecimento do protagonismo do País no cenário e fóruns internacionais. Vão testemunhar que corres-pondemos às expectativas de melhoria. Pelo menos essa vitória fora do campo o povo do Rio já pode comemorar.

André Lazaroni_secretário estadual de Esporte e Lazer

“a modeRnização da paRte hidRáulica do maRacanã vai peRmitiR mais de 25% na Redução do consumo de água e mais de 45% no

consumo de água potável paRa iRRigação”

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34_Edição 280_mar/abr 2013

especial

Com a proximidade de eventos esportivos como o Campe-onato Brasileiro, com início em maio, e, principalmente, a

Copa das Confederações, em junho, o futebol certamente será um dos temas mais comentados nos próximos meses dentro e fora dos campos – principalmente por ser o esporte favorito dos brasileiros e o mais televisionado. Sem esquecer, é claro, da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, que também vão esquentar as discussões em muitos âmbitos, sociais ou empresariais.

Duas pesquisas recentes da consultoria Deloitte confirmam essa paixão nacional. “Muito além do futebol”, realizada com 700 brasileiros de diferentes regiões do País, revela que esse esporte continua sendo o favorito para 78% dos entrevistados. Em seguida aparecem o vôlei (46%), a natação (24%) e o tênis (19%). O fute-bol também é preferência na prática esportiva (32%), seguido por corrida (17%), musculação (9%) e tênis (8%). É também o esporte mais televisionado, acumulando 65% das 37 mil horas de trans-missão de esportes contabilizadas ao longo de um ano, enquanto 6,5% foram ocupadas pelo tênis, que aparece em segundo lugar.

No entanto, esse favoritismo não se verifica somente por aqui, em outros países o futebol também tem ganhado força e receitas expressivas, de acordo com a 16ª edição da Football Mo-ney League, que lista os 20 maiores clubes do mundo. Em 2012, por exemplo, as receitas combinadas dos 20 maiores clubes com maior rendimento em escala global ultrapassaram os 4 milhões de euros, um aumento de 10% em relação a 2011. Juntos, eles contribuem com mais de um quarto das receitas totais do merca-do europeu de futebol.

Pelo quinto ano consecutivo, a Football Money League é liderada por dois clubes espanhóis, Real Madrid e FC Barcelona, sendo que o Real Madrid se tornou o primeiro, entre todos os outros desportos, a ultrapassar os 500 milhões de euros de receitas em apenas um ano (entre 2012 e 2013), representando um contínuo e forte desempenho econômico. Em 2012, o clube espanhol alcançou 33,1 milhões de euros (7%), um crescimento de 512,6 milhões de euros em receitas. Na sequência do ranking aparecem Manchester United, Bayern München e Chelsea.

Comprovadamente, o futebol tem se tornado um entreteni-mento lucrativo como negócio nos últimos anos. Desde a primeira edição da Football Money League (1996/1997) os grandes clubes europeus quadruplicaram o valor de suas receitas, e a expectativa para a temporada atual é que fechem com pelo menos 5 bilhões de euros em receitas totais.

Um exemplo prático é o Manchester United, que continua ala-vancando sua marca global e seu caixa. O patrocínio de sete anos da General Motors nas camisetas duplicará sua receita entre 2014 e 2015. Este valor, agregado com os novos direitos de transmis-são da Premier League, renderá ao clube receitas adicionais entre 20 milhões de libras e 30 milhões de libras.

Do Brasil, o clube mais bem colocado é o Corinthians, na 31ª posição, com faturamento de 94,1 milhões de euros (R$ 255 mi-lhões) na temporada 2011/2012, ano em que conquistou a Liberta-dores da América e o Mundial de Clubes da Fifa. O atual campeão do mundo foi favorecido pela economia brasileira em pleno cresci-mento e por um movimento de gestão mais profissional do clube. Com a conquista do Mundial de Clubes da Fifa, no ano passado, pelo Corinthians, o Brasil é o país com mais títulos no mundial.

Para elaborar o ranking dos times, a Deloitte considerou as fontes de receitas como patrocínio, direito de imagem pago pelas emissoras de TV e bilheteria nos estádios. Os três pontos acima devem ser ainda mais desenvolvidos aqui no Brasil com a atração de mais torcedores para os estádios, por exemplo. Por outro lado, os clubes nacionais têm aumentado suas receitas (em transmis-são e ações comerciais), em função do crescimento da economia. Esses fatores, combinados com o substancial investimento nos estádios para sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mun-do, indicam que os clubes têm uma forte plataforma para desa-fiar o domínio da Europa nas principais colocações do ranking dos top 20. Ainda que não chegue ao topo, nosso futebol pode galgar boas posições.

Além de fomentar a prática esportiva, os grandes eventos im-pulsionam uma série de indústrias e áreas de negócios e são bem-vindos para o fomento de receitas, financiamentos, aceleração do desenvolvimento, renovação urbana, seguros, capacitação de mão de obra em várias frentes. Envolvem ainda o desenvolvimento nas cidades de centros de convenções, instalações culturais e parques temáticos, entre outros.

John Auton_sócio da Deloitte e responsável por projetos relacionados a grandes eventos esportivos

“além de fomentar a prática esportiva, os grandes

eventos impulsionam uma série de indústrias e áreas

de negócios e são bem-vindos para o fomento de receitas”

futebol: paixão além da prática e da televisão

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Receita americana para grandes eventos

entRevista

Em visita ao Brasil e com passagem pela Amcham Rio, a assessora especial do Departamento de Estado para Assuntos Internacionais dos Estados Unidos, Reta Jo Lewis, tratou de aproximar governos e empresários das discussões sobre um legado social para os grandes eventos esportivos Por Andréa Blum

A assessora especial do Departamento de Estado para As-suntos Internacionais dos Estados Unidos, Reta Jo Lewis, liderou uma delegação americana numa visita ao Brasil

e se reuniu com empresários e membros da diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, no dia 13 de março. Reta veio para participar do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos e teve encontros pontuais com lideranças políticas locais. Interessada em depurar os acordos bilaterais de cooperação, Reta também teve como motivação discutir o legado social que os grandes eventos esportivos podem deixar ao Brasil e reforçar a capacidade que os esportes têm na integração das comunidades e na inclusão social. “Queremos auxiliar o Brasil na construção de um legado para a sociedade após a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016”, destacou. A revista Brazilian Business teve a oportunidade de conversar com Reta, que estava acompanhada de Michelle Kwan, ex-patinadora e medalhista olímpica, atualmente conselheira sênior do Departamento de Estado dos EUA para Di-plomacia Pública e Relações Públicas. Confira a seguir os princi-pais trechos da entrevista exclusiva concedida à Brazilian Business, na sede da Amcham Rio, no Centro da capital fluminense.

Brazilian Business: Quais são os objetivos e as motivações de sua visita ao Brasil?Reta Jo Lewis: Viemos conversar com representantes do con-gresso, além dos governadores e prefeitos brasileiros que esta-rão sediando os próximos grandes eventos esportivos. O nosso foco é cooperar com o Brasil para encontrar parcerias e soluções para ajudar o País a sediar os jogos que estão por vir. O governo americano está dando atenção especial nessa cooperação entre os dois países. Existem tantas coisas em comum nos diversos níveis governamentais com os congêneres americanos que se-diaram grandes eventos esportivos, festivais e diferentes tipos de atividades. Nós temos eventos importantes como Super Bowl e Rose Bowl Parade. Esse assunto sempre envolve desenvolvimen-to econômico e humano, criação de empregos e inclusão social. Portanto, é no trabalho de longo prazo que esses eventos têm de ser bem-sucedidos no Brasil, da mesma forma que têm sido nos Estados Unidos, ao longo das últimas décadas.

Diretoria da Amcham Rio

recebe delegação dos EUA liderada

pela assessora especial do

Departamento de Estado

para Assuntos Internacionais dos

Estados Unidos, Reta Jo Lewis

BB: Quais são as oportunidades que a senhora enxerga no Brasil?RJL: Os eventos são uma oportunidade de desenvolvimento eco-nômico não apenas para as cidades ou os Estados, mas para todo o País. Nós realmente estamos concentrando esforços em como nossos pares podem trabalhar juntos e buscamos trocas de infor-mações técnicas. Realmente vemos a segurança como uma área importante, na qual estamos focando e para a qual damos uma atenção especial. Aqui no Brasil tivemos grande apoio do minis-tro da Justiça em relação à questão da segurança envolvida nos próximos grandes eventos esportivos e vimos o grande trabalho de coordenação que foi realizado e que vai continuar a ser feito.

BB: Qual a importância das câmaras de comércio nesse processo?RJL: Como antiga executiva da Câmara de Comércio Americana, para mim é sempre muito emocionante ver que tudo o que tenho aprendido e meu papel, não apenas neste emprego, mas também no anterior, tem relação com esforços em torno de parcerias e co-laboração. O setor privado é o maior parceiro nesses esforços de cooperação que vemos acontecer tanto nos EUA quanto aqui no Brasil. É sempre importante haver espaços para dialogar não só com nossas empresas americanas, mas também com as indústrias brasileiras e federações que apoiam o ambiente de negócios. É isso o que vai acontecer em relação aos jogos. Por isso, é importante que a câmara de comércio continue com as conversações e entenda o que está se fazendo não apenas no Rio, mas também em outras cidades-sede sobre essa vitrine de oportunidades.

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BB: Como a senhora percebe a posição do Brasil diante dos outros Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em relação ao desenvolvimento?RJL: Estamos muito felizes com os esforços empreendidos em termos de cooperação binacional. Na atual conjuntura econô-mica, qualquer esforço que enxergamos que leve a um forta-lecimento das relações em qualquer nível é muito importante. Todo o nosso compromisso de política externa tem sido voltado para esse nível de cooperação. Isso que nos deixa entusiasma-dos pelo que tem sido acertado e realizado por todos os países do Brics e, em especial, estamos animados com as perspectivas aqui no Brasil.

BB: A senhora vê um bom momento para projetos de inclusão social?RJL: Sabemos que os esportes são uma grande oportunidade de inclusão social e podem ajudar o Brasil a enfrentar problemas. Por isso, quero compartilhar o amplo conhecimento que nos-sos líderes possuem nessa área. Medidas de inclusão compre-endem não só os negros, mas também as mulheres, as comuni-dades indígenas, as pessoas com necessidades especiais, enfim, são medidas voltadas para a perspectiva do desenvolvimento econômico. Estou feliz de estar aqui com atletas olímpicos que também corroboram para a ideia de como os esportes são in-clusivos e importantes para o desenvolvimento econômico.

BB: Há alguma parceria futura aqui no Brasil?RJL: O Brasil tem um longo trabalho pela frente até os jogos. Qualquer comunidade carente necessitada de saúde, educação e de outras condições básicas. É com essa inclusão social que os Estados Unidos estão prontos a cooperar desde o início dos entendimentos, em 2011, com a assinatura do memorando de cooperação, visando os próximos eventos esportivos. Estamos muito entusiasmados em viajar pelo Brasil, conversar com auto-ridades locais e federais, localizar problemas e apontar soluções em que poderemos ajudar utilizando nossos líderes, homens de negócios, do setor educacional, e vamos trabalhar para que to-dos esses acordos virem realidade.

“sabemos que os espoRtes são uma

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InCLUSão DE pESSoAS Com nECESSIDADES IntELECtUAIS michelle Kwan_ex-patinadora e medalhista olímpica, atual conselheira sênior do Departamento de Estado dos EUA para Diplomacia Pública e Relações Públicas e membro do conselho da Special Olympics

Tivemos ontem [12 de março] uma produtiva reunião com o ministro

dos esportes, aldo rebelo, na qual tra-tamos de parcerias para os jogos e de como as oportunidades criadas pela Copa do Mundo e a olimpíada podem ser utilizadas futuramente para uma maior cooperação entre Brasil e eua.

os estados unidos são um dos paí-ses do “mundo livre” que não têm uma política de parcerias para os esportes olímpicos. o Comitê olímpico america-no necessita dessas parcerias e patrocí-nios do setor privado para ajudar nossos atletas a treinar sem outras preocupa-ções. Quando treinava como atleta, es-tava por conta própria e tinha que pagar todas as minhas contas, além dos meus treinadores, do meu bolso. Isso coloca muita pressão nas famílias, e elas se esforçam muito para manter seus filhos treinando esportes olímpicos.

Também falei com o ministro so-bre a nossa experiência com a special olympics, uma frente de educação e in-clusão por meio do esporte para muitas pessoas com necessidades intelectuais especiais, diferente da paraolimpíada, na qual apenas as necessidades físicas especiais são trabalhadas. a special olympics também é considerada uma organização de saúde, uma vez que os atletas passam por check-ups comple-tos, com atendimento voluntário de mé-dicos, dentistas e outros especialistas. eles têm uma programação completa a cada dois anos com Jogos de Verão e de Inverno e viajam para vários países nos quais nunca pensaram em estar. Com isso, são desenvolvidas capacida-des intelectual, física e motora, além de a autoestima e a imagem positiva des-ses atletas perante a sociedade serem cultivadas. seu lema é de que qualquer um pode vencer e, se não conseguir, ao menos teve a coragem de tentar.

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Compromisso de longo prazo com o desenvolvimento do país

A BG Brasil é parte do BG Group, companhia integrada de gás natural que atua na exploração e produção de hidrocarbonetos em mais de 20 países. Presente no Brasil desde 1994, a BG Brasil tem compromisso de longo prazo com o país e conta com um programa multibilionário para o pré-sal.

A companhia apresenta alta taxa de sucesso no programa de perfuração em águas profundas na Bacia de Santos, tendo já investido mais de US$ 5 bilhões no país.

A educação e o desenvolvimento de capital humano voltado à economia do conhecimento estão entre as prioridades da BG Brasil. A estratégia de sustentabilidade da companhia tem foco em tecnologia, investimento social, conteúdo local, meio ambiente e segurança – pilares que guardam estreita sintonia com os interesses nacionais.

www.bg-group.com/brasil38_Edição 280_mar/abr 2013

ponto de vista

A I Jornada de Direito Comercial, pro-movida pelo Centro de Estudos

Judiciários do Conselho Nacional da Justiça Federal, foi responsável pela apro-vação e publicação de 57 enunciados sobre a matéria, como forma de orientar a inter-pretação de nossos tribunais em casos envolvendo temas relacionados, incluindo conflitos que envolvam direitos sobre mar-cas e nomes empresariais.

A importância desses dois institutos jurídicos decorre de sua função identifica-dora e distintiva das atividades do agente de comércio em relação aos consumidores, de modo a evitar confusão ou desvio irregular de clientela.

A orientação do Enunciado Nº 2, emiti-do na referida jornada, é no sentido de que a vedação ao registro e, por conseguinte, ao uso de uma marca que contenha elemento característico ou diferenciador colidente com nome empresarial previamente consti-tuído perante o registro próprio, deverá ser interpretada restritivamente e em conso-nância com o Art. 1.166 do Código Civil.

O enunciado, que não tem força vincu-lante, busca nortear os julgadores quando da apreciação de conflitos entre esses ele-mentos identificadores do comerciante, de acordo com as novas regras dispensadas aos nomes empresariais mencionadas no Código Civil.

nomes empresariais têm poder de exclusão limitado contra o uso e registro de marcas

Diego Mattos osegueDa advogado do BM&a – BarBosa, Müssnich & aragão

Isso porque, enquanto a lei civil anterior não fixava limi-te territorial de proteção aos nomes empresariais, o atual código limitou seu poder de exclusão à unidade da federa-ção na qual o nome empresarial está registrado perante o Registro do Comércio, salvo se proceder na forma especial prevista no parágrafo único do respectivo dispositivo do Código Civil citado.

Assim, se antes do Código Civil em vigor os tribunais adotavam de forma consolidada o princípio da anteriorida-de (STJ. Resp. No. 671.736/PE) para dirimir conflitos entre marcas e nomes empresariais, pois à época ambos os títulos garantiam proteção nacional, sob a lei atual, o julgador tem diante de si a nova limitação territorial no momento de exer-cer sua convicção.

A alteração das regras do jogo com o advento do Código Civil atual pode dificultar a aplicação do Art. 124, V da Lei 9.279/96, Lei de Propriedade Industrial, que determina a vedação à concessão de registro como marca a sinais que imitem ou reproduzam nomes empresariais.

Em um caso hipotético, se o registro de um nome empre-sarial no órgão competente do Estado de Goiás foi capaz de justificar a nulidade de uma marca depositada posterior-mente perante o Inpi por titular sediado no Estado de Alagoas, a partir dessa mudança legal é possível que a nuli-dade desta marca não mais seja decretada na forma dessa vedação da Lei de Propriedade Industrial acima indicada.

Portanto, para que seja negado registro a um sinal como marca em razão da existência de um nome empresarial, pos-sivelmente o seu titular terá que comprovar que detém o exigido registro, na forma comum ou especial (Art. 1.166 e único do Código Civil), na mesma unidade da federação do titular da marca ou demonstrar que a destinação territorial principal da marca atacada, ou mesmo seu uso na unidade estadual em que está registrado o nome do empresário, é passível de gerar danos e confusão ao consumidor.

Precedentes judiciais quanto à primeira hipótese já são encontrados em nossos tribunais (STJ. Resp. 1.204.488/RS), sendo esperado que, após a edição deste enunciado, a jurisprudência se pacifique e também se aperfeiçoe, de modo a se adequar às demais hipóteses que sejam apresen-tadas ao Judiciário.

a importância desses dois institutos jurídicos decorre de sua função identificadora

e distintiva das atividades do agente de comércio em

relação aos consumidores

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MarketingEventos relacionados às bandeiras es-

tratégicas da entidade – energia, entrete-nimento, seguros e resseguros, sustentabi-lidade, logística e infraestrutura e turismo – serão o norte do Comitê de Marketing, liderado por Noel De Simone, sócio do Grupo Casa da Criação. As próximas ações promovidas pelo comitê colocarão em pauta assuntos integrados às bandei-ras conectando-os ao marketing, como entretenimento, seguros e turismo.

entreteniMento, esportes e Cultura

Liderado pelo presidente da Rio Film Commission, Steve Solot, o Comitê de En-tretenimento, Esportes e Cultura pretende debater questões como incentivos à cultura, megaeventos esportivos e oportunidades de negócios no mercado de entretenimento. O grupo também vai abordar questões relati-vas à Propriedade Intelectual, como direitos autorais, patentes e marcas, e à indústria da moda e discutir os impactos da lei que exige uma cota de conteúdo nacional em canais de TV paga. Em uma de suas reuniões, o comitê recebeu empreendedores ligados ao Instituto Gênesis, uma incubadora de proje-tos da PUC-Rio, que transforma boas ideias em empresas. Leia mais sobre o assunto na seção Radar desta edição (pág. 24).

Comitês setoriais pretendem movimentar Amcham Rio em 2013

Comitês

o ex-presidente da amcham rio, Henrique rzezinski, homenageia os chairpersons pelo trabalho à frente dos comitês setoriais da entidade durante cerimônia de posse do novo presidente, roberto ramos, realizada em 5 de abril

Boa parte das realizações da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro se dá por meio de seus 11 comitês setoriais, que se reúnem periodicamente para organizar estratégias e ações que colaborem com o ambiente de negócios do Estado do Rio e representem as empresas

associadas em suas frentes e bandeiras. São eles: Assuntos Jurídicos, com os subcomitês de Propriedade Intelectual e Tax Friday; Energia; Entretenimento, Esportes e Cultura; Logística

e Infraestrutura; Marketing; Meio Ambiente; Recursos Humanos; Responsabilidade Social Empresarial; Saúde; Seguros, Resseguros e Previdência; Tecnologia da Informação

e Comunicação. Confira suas principais ações e decisões para 2013.

Por Isabel Correia

energiaO Brasil pode apostar na autossuficiência na produção de

óleo e gás. A afirmação é do professor do Instituto de Economia e do Grupo de Economia de Energia da UFRJ Edmar Luiz Fa-gundes de Almeida, que palestrou durante reunião do Comitê de Energia da Amcham Rio, em 26 de março. Segundo ele, o cami-nho para alcançar este objetivo pode ser a exploração do gás não convencional. Manuel Fernandes, sócio da KPMG, está à frente do grupo. Leia mais sobre este debate no site amchamrio.com.

Meio aMbienteO Comitê de Meio Ambiente, comandado por Kárim Ozon,

sócia do Veirano Advogados, promoverá eventos sobre temas como resíduos sólidos, logística reversa e licenciamento ambien-tal. Também serão levantadas as questões ambientais nos setores de óleo e gás, energia, mineração e portuário. O comitê realizará ainda o 9º Prêmio Brasil Ambiental, em setembro, que terá como tema principal o patrimônio histórico brasileiro. A premiação elege a cada ano as melhores práticas ambientais desenvolvidas por empresas brasileiras. As inscrições de projetos podem ser fei-tas pelo site amchamrio.com.

responsabilidade soCial eMpresarialO Comitê de Responsabilidade Social Empresarial da

Amcham Rio, liderado por Silvina Ramal, sócia da ID Projetos Educacionais, vai priorizar temas como educação e qualificação de mão de obra, governabilidade, voluntariado e engajamento, sustentabilidade, incentivos fiscais e relações intersetoriais, além de desenvolvimento local, como temas para as próximas ações deste ano. Além das reuniões mensais, que serão realizadas nas empresas dos membros participantes, o comitê vai promover de-bates com especialistas sobre os temas centrais.

reCursos HuManosEscassez de mão de obra qualificada

aumenta demanda por estrangeiros. Esta foi a conclusão do evento realizado pelo Comitê de Recursos Humanos Ideas Ex-change: Importação e Exportação de Exe-cutivos: Novo Panorama em Recursos Humanos e Seus Aspectos Jurídicos, pro-movido em 10 de abril. Veja a reportagem completa nesta edição na página 50.

assuntos JurídiCosEste ano, o Comitê de Assuntos Ju-

rídicos, liderado por Julian Chediak, do Chediak Advogados, e com o apoio de dois subcomitês – de Propriedade In-telectual e Tax Friday – espera discutir demandas relevantes para o setor, como o novo Marco Civil da Internet, tema de bastante relevância para o País. A inten-ção é discutir as dificuldades encontra-das no projeto de lei. O comitê pretende ainda realizar eventos sobre inovação tecnológica e incentivos fiscais para os setores de óleo e gás e mineração, em parceria com o Comitê de Energia da entidade, e discutir questões como in-fraestrutura logística dos aeroportos, conteúdo nacional, flexibilização de mão de obra estrangeira e incentivos fiscais para a instalação de empresas no Rio de Janeiro.

propriedade inteleCtual e tax Friday

Os subcomitês de Propriedade Inte-lectual e Tax Friday, liderados pelos vice-chairpersons, Andreia de Andrade Go-mes, sócia do TozziniFreire Advogados, e Richard Edward Dotoli, sócio do Siquei-ra Castro Advogados, estão preocupados em entender a interpretação de casos que envolvam a venda de marcas e ativos in-tangíveis, principalmente para definir de forma apropriada aplicação de possíveis tributos devidos. Entre os demais temas previstos pelo grupo para 2013 estão multas e penalidades administrativas tri-butárias, remissão e anistia para créditos tributários, malha fina para empresas e transfer pricing.

logístiCa e inFraestruturaA convite do chairperson Álvaro Pal-

ma de Jorge, sócio do Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, o Comitê de Logís-tica e Infraestrutura recebeu, no dia 2 de abril, o subsecretário de Projetos Estraté-gicos e Concessões de Serviços Públicos e Parcerias Público-Privadas da Prefeitura do Rio, Jorge Arraes. Ele apresentou o pro-jeto de revitalização da Prefeitura para a zona portuária. Confira a cobertura com-pleta na seção Coluna Rio desta edição (pág. 22).

pedro kirilos

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O Museu de Arte Moderna é capaz de reunir a imponência arquitetô-nica com a beleza natural da Baía

de Guanabara, além das cores e formas dos jardins de Roberto Burle Marx. Dentro do salão de eventos, outro Roberto recebia um desafio: plantar realizações e colher con-quistas na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham Rio). Durante a cerimônia de posse como presidente da Amcham Rio, Roberto Ramos, ao lado do novo quadro de diretores, anunciou que a prioridade de sua gestão será a implemen-tação de seis bandeiras: energia; entreteni-mento; logística e infraestrutura; seguros e resseguros; sustentabilidade; turismo.

O discurso de Ramos salientou a impor-tância histórica da Amcham Rio, a primeira câmara americana a ser fundada na Améri-ca Latina, em 1916, e a proximidade de seu primeiro centenário. Ressaltou o bom mo-mento do Rio de Janeiro, que recebe investi-mentos e conquista vitórias na área da segu-rança pública e apontou para o futuro, tanto para as mudanças relacionadas à cidade e ao Estado, onde serão realizados megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, quanto para os projetos da própria câmara. “Hoje, desfrutamos de sólida situação econômico-financeira. Sem dúvida, um grande crédito às últimas admi-nistrações da Câmara de Comércio Ameri-cana do Rio”, ressaltou Ramos.

Ele comunicou oficialmente o lançamento do Amcham Rio Digital, “que representa o início de uma nova era para nossa ins-tituição”, com uma rede corporativa digital que vai potencializar o relacionamento entre os associados, importante legado do ex-presidente Henrique Rzezinski, que se despediu do cargo olhando para o futuro. “Muito já foi feito, e com muito esforço conseguimos superar as dificuldades e chegar até aqui com as finanças sanadas e apresentando muitas novidades, sobretudo na área digital. Ra-mos terá meu total apoio na condução da câmara nos próximos dois anos e tenho certeza absoluta de que, com sua competência e seu carisma, ele irá liderar a preparação da Amcham Rio para a celebração do centenário, em 2016, como um marco inesquecível na nossa história.”

Amcham Rio empossa

nova diretoria

Acima, membros da nova diretoria prestigiam o evento de posse das lideranças para o próximo biênio

À esquerda, Henrique Rzezinski passa o cargo para Roberto Ramos

À direita, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno

news

Em evento no MAM, autoridades, associados e diretoria celebram a escolha do novo corpo diretor, que irá liderar a entidade em 2013 e 2014

Por Cláudio Rodrigues Fotos Pedro Kirilos

Diante de uma plateia repleta de autori-dades e empresários, a cerimônia de posse de Ramos também foi palco de importan-tes anúncios. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, aproveitou para adiantar detalhes do pro-jeto de melhorias nos aeroportos. Ele pro-meteu o funcionamento 24 horas por dia de aeroportos e, futuramente, de portos e afirmou que, em setembro, será lançado o edital de concessão dos aeroportos do Ga-leão, no Rio, e Confins, em Minas. Além de investimentos em 270 aeroportos regionais em todo o País.

As mudanças no setor aeroportuário também significam novas oportunidades de negócios, ressaltou o ministro: “O governo precisa trazer para os aeroportos grandes operadores que ofereçam um padrão de qua-lidade que garanta ao usuário um tratamento

de cliente. O transporte aéreo não é luxo. Cada vez mais está incor-porado como um elemento fundamental para garantir o direito de ir e vir da população e para facilitar a capacidade empreendedora das pessoas. Falo dos passageiros e da carga, da atividade comercial”.

O púlpito do MAM também foi usado para anunciar bons resul-tados de parcerias. O diretor-executivo da agência de investimentos da prefeitura Rio Negócios, Marcelo Haddad, definiu a Amcham Rio como a primeira e mais natural parceira. Ele ressaltou, ainda, a importância das empresas americanas no Rio: 60% das 40 empresas que ingressaram no Rio são americanas. “Os sinais são evidentes da retomada da economia do Estado, e as empresas americanas são ele-mento crucial para a mudança de paradigma que a gente vive”, disse, ressaltando, também, a vocação da cidade na área de tecnologia.→

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Fundada na améRica latina, Em 1916, E a PRoximidadE dE sEu PRimEiRo cEntEnáRio

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Testemunha da posse dos últimos presidentes da Amcham Rio na última década, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômi-co, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, também aproveitou a ocasião para comemorar bons resultados, salientando a importância da abertura no setor de seguros e resseguros. “A abertura se deu com a agência reguladora fazendo seu trabalho, com as empresas privadas ganhando espaço, o que deve ser motivo de exemplo e referência nas nossas reflexões em toda a área de infraestrutura”, disse.

Já o cônsul-geral dos EUA no Rio de Janeiro, John Creamer, além de ressaltar o momento positivo do Brasil, tanto no aspec-to econômico como político e social, destacou o papel dos fóruns bilaterais. “Há cerca de 40 mecanismos de cooperação e diálogo entre Brasil e Estados Unidos, em temas como segurança, energia e inclusão social”, citou.

Na mesma linha, o embaixador Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, diretor do Departamento dos Estados Unidos, Cana-dá e Assuntos Interamericanos, enumerou alguns dos fóruns que reúnem representantes de ambos os países: “O diálogo propicia co-nhecimento mútuo e confiança, essenciais para o aprofundamen-to da cooperação. A mais recente, a parceria público-privada da aviação, mostra que os dois países com indústrias maduras podem estabelecer cooperação equilibrada em duas vias. Aqui é uma abor-dagem setorial, um verdadeiro desafio para a coordenação, que está nascendo agora”.

O evento teve como patrocinadores master Odebrecht Óleo e Gás e Telmart; patrocinador PwC; copatrocinadores Chevron, Ernst & Young Terco e Prudential; apoio de Gaia, Silva, Gaede & Associados, Vale e MXM Sistemas.

Da esq. à dir., o cônsul-geral dos EUA no Rio de Janeiro, John Creamer; o embaixador Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva;

o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco; o novo presidente da Amcham Rio, Roberto Ramos

O diretor-executivo da Rio Negócios, Marcelo Haddad

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news

O Brasil é reconhecido mundialmente pela produção de energia limpa, so-

bretudo por causa do aproveitamento de suas usinas hidrelétricas. Até mesmo Ar-nold Schwarzenegger, em recente passa-gem pelo Rio de Janeiro, citou a capacidade brasileira de promover as fontes renováveis, elogiando as hidrelétricas, o programa de etanol e o potencial de geração de biogás. Mesmo assim, o ator, ex-fisiculturista, ex-governador da Califórnia e Exterminador do Futuro (filme de 1984, um dos maio-res sucessos de Schwarzenegger) sabe que é preciso oferecer mais opções eficientes e renováveis num mundo ávido por energia. “Admiramos o que o Brasil está fazendo em termos de energia renovável e para a redu-ção de emissão de CO2. O País tem grandes ideias que o mundo deveria copiar. Assim como pode copiar soluções que venham de outros países”, disse o astro de Hollywood no dia 25 de abril.

A necessidade brasileira de aumentar sua oferta de energia foi traduzida em nú-meros pelo secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, durante o seminário “Eficiência energética: projetos, determinações e investimentos”, realizado pelo Comitê de Energia da Câma-ra de Comércio Americana do Rio de Janei-ro (Amcham Rio) no dia 19 de abril. “Em 15 anos, teremos que dobrar a oferta de energia no Brasil”, resumiu Ventura Filho. Além dis-so, a meta até 2030 é promover a eficiência energética capaz de chegar à marca de 10% de economia de energia – o equivalente ao total produzido por uma Itaipu.

Brasil prevê maior participação de termelétricas na matriz energéticaO secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, falou em evento da Amcham Rio

Atualmente, 44% da energia produzida no Brasil é proveniente de fontes renováveis, sendo a hidrelétrica o carro chefe. A previsão é que a participação dessas fontes cresça pouco, chegando a 45%. Mesmo assim, o percentual é muito maior do que a média mun-dial, que fica na casa dos 13%. O carvão mineral, grande emissor de gases de efeito estufa, continua sendo a fonte energética que move o mundo, inclusive na geração de eletricidade.

O futuro brasileiro, portanto, continuará baseado nas fontes renováveis, mas a expansão do setor hidrelétrico está chegando perto do seu limite. De acordo com Ventura Filho, nem mesmo a modernização do parque hidrelétrico já existente, além da cons-trução de novas unidades, poderia suprir nossa demanda prevista. Exigências ambientais crescentes dificultam o erguimento de gran-des barramentos. “Em termos de capacidade instalada passaremos de 117 mil MW – atingida em 2007 – para 197 mil MW em 2021, com prioridade às seguintes fontes: hidrelétrica, eólica e biomassa. Adotamos essa estratégia porque essas fontes têm grande capaci-dade de geração e são sustentáveis, além de mais competitivas”, res-saltou o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia.

As termelétricas se consolidam como alternativas eficientes, seguras e ágeis para aumentar a produção de energia elétrica e garantir a estabilidade de todo o sistema. Ventura Filho afirmou que o Brasil ainda utiliza pouco o gás natural, mas essa pro-dução deverá crescer. A exploração de gás natural em terra, cuja concessão estará na 12ª rodada de licitações, marcada para ou-tubro, deve se destinar principalmente à produção de energia elétrica. “A solução é natural, porque o sistema elétrico precisa ter geração térmica de base, cujo combus-tível tenha um baixo custo”. De acordo com o secretário, essas usinas são necessárias aos sistemas brasileiros, e a geração a gás se destaca por ser mais limpa. “É uma geração que cria condições favoráveis do ponto de vista ambiental e, sendo competitiva, é uma solução natural”, defendeu.

A competitividade aumentará por conta da instalação das novas usinas “na boca dos poços” de gás, o que dispensaria a constru-ção de novos gasodutos. A previsão é que até mesmo a energia nuclear aumente sua participação na matriz brasileira a partir de 2025, quando o potencial das hidrelétricas estiver mais perto do esgotamento.

Já o diretor de Energia da Wärtsilä Bra-sil, Jorge Alcaide, destacou, na segunda parte do seminário, a diversidade da matriz energética brasileira. “O País tem espaço para todas as fontes. O uso de usinas tér-micas a gás natural de forma a complemen-tar a geração a partir de fontes renováveis – como hidrelétricas e eólicas – contribui para manter a confiabilidade do sistema elétrico, o preço justo para a energia e o equilíbrio com os apelos ambientais”, frisou o executivo.

Por outro lado, o gerente do Departa-mento de Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, Fernando Pinto Dias Perro-ne, lembrou a tradição brasileira em pro-mover a eficiência energética, hoje moda mundial, graças ao Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). “No ano passado, a iniciativa atingiu mais de 9 bilhões de quilowatt/hora de econo-mia de energia. O montante é equivalente ao consumo de quase 5 milhões de residên-cias e equivalente a 2,03% da demanda to-tal de energia do País.” Somente em 2012, o Brasil consumiu 448 terawatt/hora de ener-gia elétrica. Os principais responsáveis pela marca foram a indústria e as edificações.

“Em 15 anos, tErEmos

quE doBrar a ofErta dE EnErgia

no Brasil”

“o futuro BrasilEiro, portanto, continuará BasEado nas fontEs rEnovávEis, mas a Expansão do sEtor hidrElétrico Está

chEgando pErto do sEu limitE”

O diretor-superintendente da Amcham Rio, Helio Blak; o gerente do Departamento de

Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, Fernando Pinto Dias Perrone; o chairperson

do Comitê de Energia da Amcham Rio, Manuel Fernandes; o secretário de Desenvolvimento

e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho

O presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial da Energia, Norberto de Franco Medeiros

energia

Cláudio Rodrigues e Isabel Correia

O último palestrante, o presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial da Energia, Nor-berto de Franco Medeiros, destacou que o tema eficiência energética é uma prioridade para mui-tos países. “Cerca de 70 nações aumentaram sua eficiência, o que é positivo. Apesar desse avanço, outras 30 diminuíram o índice. Diante desse qua-dro, temos que pensar que 2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à forma comercial de energia”, ressaltou Medeiros. O seminário contou com a mediação do chairperson do Comitê de Energia da Amcham Rio, Manuel Fernandes, e da vice-chairperson, Claudia Monte.

O diretor de Energia da Wärtsilä Brasil, Jorge Alcaide

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news

Os contribuintes cariocas que adquiri-ram dívidas nos últimos anos agora

têm uma nova chance de regularizar sua si-tuação. O Programa de Pagamento Incenti-vado, o chamado PPI Carioca, lançado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, estabelece descontos para contribuintes com saldo em aberto em algumas categorias de tributos do município.

O principal objetivo do programa é ajustar os juros, as moras e penalidades ao atual cenário econômico, além de con-tribuir para uma considerável redução de processos administrativos na cidade.

Para debater o assunto e esclarecer dú-vidas a respeito do programa, o Subcomi-tê de Tax Friday da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro convidou o secretário municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, Marco Aurelio Santos Cardoso, e o procurador-geral do município do Rio de Janeiro, Fernando dos Santos Dionísio, que explicaram pontos da norma que regula-menta o PPI Carioca.

Desde o dia 18 de fevereiro deste ano, moradores e empresas da capital fluminen-ses que têm débitos de IPTU, ISS (Impostos sobre Serviços) e Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo (TCL) podem pedir ingresso no PPI e ter descontos de 50% sobre juros e multas decorrentes de dívida principal, para paga-mento parcelado, ou 70% para cota única. Os contribuintes têm até o dia 17 de junho para aderir ao programa de refinancia-mento. Os descontos valem para dívidas de IPTU anteriores a 31 de dezembro de 2011. No caso do ISS, podem requerer o benefício os contribuintes que têm débitos anterio-res a 31 de outubro de 2012. Quem in-gressar no progra-ma poderá parcelar as dívidas em até 84 vezes.

Prefeitura do Rio promove negociação de dívidas com o PPI CariocaContribuintes e empresas da capital fluminense interessados em quitar dívidas de tributos municipais têm até 17 de junho para ingressar no programa de refinanciamento. Evento na Amcham Rio esclareceu pontos da norma

Os casos de parcelamento da dívida referente à Secretaria Mu-nicipal de Fazenda ou à Procuradoria-Geral do Município iniciados antes da data de regulamentação do PPI Carioca são migrados auto-maticamente para o programa.

“O PPI Carioca foi elaborado para aumentar a arrecadação, cla-ro, mas também tivemos que ajustar os valores praticados nos tribu-tos da municipalidade frente à queda de juros no País. Além disso, precisamos de agilidade e da redução do número de processos em execução, que é muito alto na cidade”, ressaltou o secretário Marco Aurelio Santos Cardoso.

O volume de processos impressiona. “Temos 800 mil em execu-ção agora na Dívida Ativa do município, a maior parte de pessoas físicas. O Estado do Rio de Janeiro têm 100 mil. Temos que redu-zir os números da cidade”, frisou o procurador-geral Fernando dos Santos Dionísio. Ele salientou que a interrupção no parcelamento aplicado pelo PPI Carioca acarreta automaticamente a retomada do valor original da dívida, com juros e mora.

O sócio da área tributária do escritório Dannemann Siemsen Advogados Daniel Gudiño também participou do debate e para-benizou a iniciativa da Prefeitura. “É um feito inédito e não deve ser observado como um incentivo à sonegação, por causa dos lon-gos prazos e dos descontos, pelo contrário. O PPI Carioca oferece vantagens ao bom pagador, seja ele pessoa física ou jurídica”, enfa-

tizou Gudiño.Até agora, segundo o procurador-geral

da cidade, a Prefeitura tem observado uma maior adesão ao programa de pessoas físi-cas ou jurídicas com débitos mais baixos. Ele espera, no entanto, que o PPI tenha mais adesões quando o prazo estiver che-gando ao fim.

“O principal ObjEtivO dO prOgrama é ajustar Os jurOs, as mOras E pEnalidadEs aO atual

cEnáriO EcOnômicO, além dE cOntribuir para uma cOnsidErávEl rEduçãO dE prOcEssOs

administrativOs na cidadE”

Da esq. à dir., o sócio da área tributária do escritório Dannemann Siemsen Advogados Daniel Gudiño; o secretário municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, Marco Aurelio Santos Cardoso; o vice-chairperson do Subcomitê de Tax Friday, Richard Edward Dotoli; o procurador-geral do município, Fernando dos Santos Dionísio

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50_Edição 280_mar/abr 2013

news

Apesar do grande avanço da universalização da educação no Brasil, o País ainda esbarra em gargalos que afetam o mercado

de trabalho interno. A informação é do especialista em mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas Fernando de Holanda Barbosa Filho, um dos palestrantes do evento Ideas Exchange: Importação e Exportação de Executivos: Novo Panorama em Recursos Humanos e Seus Aspectos Jurídicos, promovido em 10 de abril, pelo Comitê de Recursos Humanos da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

Segundo ele, mesmo com a expansão significativa da educação nos últimos anos, faltam profissionais especializados e com altos ní-veis de escolaridade no País. “De fato está havendo uma revolução, mas ainda estamos muito atrás dos Estados Unidos, por exemplo, que têm uma média de 12 anos de escolaridade”, disse o economista. Se-gundo ele, 33% da população brasileira tem ensino médio, enquanto nos EUA a média é de 82%.

O economista ressalta, no entanto, que a carência por mão de obra especializada é pontual, ocorrendo apenas em determinadas regiões e em serviços que apresentaram grande expansão nos últimos anos, como o setor de óleo e gás, indústria naval e engenharia civil. Os seto-res que buscam profissionais altamente qualificados e que ainda têm dificuldades de encontrar talentos no mercado nacional estão aumen-tando a procura por estrangeiros. “Deveríamos flexibilizar ao máxi-mo a entrada de pessoas qualificadas no País. Assim daríamos o salto de qualidade profissional de que precisamos”, afirmou o economista.

Maria Luisa Souza Costa Soter da Silveira, advogada e sócia do Veirano Advogados, explicou aspectos legais da vinda de executivos de outros países. “Com o advento de grandes eventos esportivos no País, o governo federal criou uma norma para desburocratizar os trâmites para a vinda de mão de obra envolvida nos eventos. Esse seria o objetivo dessa legislação. Entretanto, o processo que deveria ser priorizado não foi implantado ainda pelo Ministério do Trabalho”, ressaltou.

Escassez de mão de obra qualificada aumenta demanda por estrangeirosSeminário promovido pelo Comitê de Recursos Humanos da Amcham Rio tratou da entrada de executivos estrangeiros no Brasil e da saída de talentos nacionais do País rumo ao exterior

A diretora da Mundivisas, Mariângela Martins Moreira, esclareceu as etapas do processo de transferência sob os aspectos migratórios e apontou o passo a passo legal para alguém que pretende trabalhar no Bra-sil. Ela explica que o governo brasileiro atua para manter os trabalhadores estrangeiros de forma legal. “Hoje o Governo entende a necessidade de mão de obra estrangeira, mas exige que o processo de migração seja feito dentro das normas do País”, disse.

Para o sócio-diretor da Korn/Ferry In-ternational Alexandre de Botton, também vice-chairperson do Comitê de RH, está ocorrendo um fato novo nas empresas de recrutamento de executivos. “Nos últimos anos, recebemos cada vez mais currículos de altíssimo nível de pessoas que não possuem nenhum vínculo pessoal ou profissional com o Brasil. Isso não acontecia. A mudança demonstra o crescimento do País”, frisou.

Os palestrantes indicaram que o País deixou de ser exportador de talentos indi-viduais e passou a atrair executivos estran-geiros que apostam no bom momento da economia brasileira. De acordo com os es-pecialistas, o momento é propício para “cap-turar” capital humano estrangeiro, em virtu-de dos altos índices de emprego no Brasil e da crise mundial que afeta mais fortemente outros países.

O seminário teve o patrocínio do Grupo Case Benefícios e Seguros. Os painéis foram mediados pela chairperson do Comitê de Recursos Humanos da Amcham Rio, Clau-dia Danienne Marchi, e pelo vice-chairper-son do Comitê de Recursos Humanos, Car-los Vitor Strougo.

“O País dEixOu dE sEr ExPOrtadOr dE talEntOs individuais E PassOu a atrair ExEcutivOs

EstrangEirOs quE aPOstam nO bOm mOmEntO da EcOnOmia brasilEira”

Da esq. à dir., a diretora da Mundivisas, Mariângela Martins Moreira; o sócio-diretor da Korn/Ferry International Alexandre de Botton e vice-chairperson do Comitê de Recursos Humanos; a chairperson do Comitê de Recursos Humanos da Amcham Rio, Claudia Danienne Marchi; o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho; a sócia do Veirano Advogados Maria Luisa Souza Costa Soter da Silveira; o diretor-superintendente da Amcham Rio, Helio Blak; o também vice-chairperson do Comitê de Recursos Humanos, Carlos Vitor Strougo.

PRACTICE AREAS

Administrative Law

Corporate Law

Financial and Capital Markets

Competition Law

Energy Law

Tax Law

Judicial and Administrative Litigation

Arbitration

Contracts

Real-Estate Law

Labor Law

Pension Law

Environmental Law

Election Law

Intellectual Property

International Law

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura

Direito Societário

Mercado Financeiro e de Capitais

Direito da Concorrência

Direito da Energia

Direito Tributário

Contencioso Judicial e Administrativo

Arbitragem

Contratos

Direito Imobiliário

Direito do Trabalho

Direito Previdenciário

Direito Ambiental

Direito Eleitoral

Propriedade Intelectual

Direito Internacional

Rua Dias Ferreira 190, 7º andar

Leblon – Rio de Janeiro – RJ

22431-050 – Brasil

T 55 21 3543.6100 F 55 21 2507.0640

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Av. Juscelino Kubitschek 1726, 18º andar

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52_Edição 280_mar/abr 2013 Edição 280_Brazilian Business_53

news

Brazilian Business: Você afirmou na sua palestra que o princípio norteador da Lei 6.357/12 foi o estabelecimento de uma relação ética pautada no respeito ao contribuinte? Isso é possível?Francisco Genu: Sim. Obviamente, a relação fisco-contribuinte nunca será a de amizade, a de risos e abraços em meio a chopes numa mesa de bar. Afinal, defendemos interesses diferentes. Porém, é possível, sim, respeitar o contribuinte de diversas formas – e isso a Lei 6.357/12 o faz. Por exemplo, por meio de oportunidades de autorregularização com multas mínimas; com a redução significativa do valor das multas; com a criação de mil oportunidades de descontos para pagamento; com a imposição de limites nas multas (de modo a não quebrar a empresa) etc. Nós consideramos que o contribuinte é, em princípio, bem-intencionado.

BB: O que seria a autorregularização?FG: Como partimos do princípio de que exis-te boa intenção, nada mais natural que, diante de uma falha do contribuinte, a fiscalização dê um tratamento diferenciado (multas mínimas com descontos máximos) se o contribuinte re-gularizar essa falha rapidamente, sem que seja preciso abrir uma ação fiscal formal. No caso, por exemplo, da entrega de GIA, Declan etc., se o contribuinte não permitir que o atraso su-pere 30 dias, a multa, já em si pequena (1.000 Ufir), será paga com 90% de desconto (100 Ufir-RJ). Se o atraso superar 30 dias, mas não tiver sido iniciada nenhuma ação fiscal formal, o desconto fica em 70%. Enfim, algo bastante coerente com outro princípio basilar da Lei 6.357/12: o que o Estado deseja é o imposto, e não infernizar a vida do contribuinte com obrigações acessórias.

“Não queremos quebrar o contribuinte por conta de bobagens”

Da esq. à dir., o diretor-superintendente da Amcham Rio, Helio Blak; o coordenador do projeto das Novas Infrações Lei 6.357/12 da Receita Estadual, Francisco Genu; o vice-chairperson do Subcomitê de Tax Friday, Richard Edward Dotoli; o sócio da área tributária do escritório Pinheiro Neto Advogados Marcos de Cumptich

Entenda as motivações da nova medida e as implicações e os benefícios aos contribuintes com as reformas sugeridas, que entram em vigor em julho deste ano

BB: Você poderia destacar uma das possibilidades de descontos?FG: Enquanto o processo do auto de infração estiver tra-mitando na esfera da Secretaria da Fazenda, sempre haverá uma oportunidade de desconto. O que desejamos é que o contribuinte pague o imposto, a multa em si pode ser sem-pre reduzida. E, aliás, isso remete a uma questão fundamen-tal: damos mil oportunidades de descontos, mas tudo isso está condicionado ao pagamento. Não havendo o pagamen-to, sendo necessária a inscrição em dívida ativa, todos os descontos serão cancelados.

BB: E quanto aos limites?FG: Mais ou menos a mesma coisa. Existem vários limites. Vou dar um exemplo: toda infração por período (aquela em que consta na redação o tal do “por mês ou fração de mês”) foi limitada em 12 meses. Antes a fiscalização era obrigada, às vezes, a multiplicar por 60 meses a penalidade básica e acabava quebrando a empresa. A ideia por trás disso é: o Estado que seja mais ágil, que fiscalize a empresa mais ami-úde e impeça assim que o contribuinte faça coisas erradas durante tanto tempo.

BB: Você disse não entender por que motivo a imprensa em geral não deu destaque à anistia prevista no artigo 14 da Lei 6.357/12, cujo assunto você diz ser extremamente vantajoso para o contribuinte. Você poderia explicar?FG: O que diz o artigo 14? Se você, contribuinte, deixou de entregar declarações diversas (GIA, Declan, arquivo Sinte-gra, arquivo do Convênio 115 e outras), você pode regulari-zar essa situação até o dia 30 de junho de 2013. Fazendo isso, duas coisas podem ocorrer. Se essa falta de entrega já tiver sido motivo de lavratura de um auto de infração, o artigo 14 garante que essa autuação será cancelada. Se, alternativa-mente, você não tiver sido autuado por esse motivo, o artigo 14 lhe assegura que você jamais será autuado. Isso é mui-to vantajoso para o contribuinte. Os interessados poderão consultar o próprio artigo 14 da Lei 6.357/12 e a Resolução 589/13.

entrevista

Francisco Genu

O coordenador do projeto das Novas Infrações Lei 6.357/12 da Receita Estadual, Francisco Genu, esclareceu, em evento na

Câmara de Comércio Americana do Rio, realizado em 8 de março, as mudanças na legislação de fiscalização e aplicação de multas e penalidades tributárias relacionadas ao ICMS do Estado do Rio de Janeiro, medida que vigora a partir de 1º de julho deste ano. O objetivo da revisão é tornar mais eficiente esse regime tributário.

Acompanhado de quatro dos nove auditores fiscais da Recei-ta Estadual que em 2012 trabalharam na elaboração do novo tex-to – Andreia Napolitano, Cristiane Rosas, Gabriela Franco e Paulo Eduardo Mesquita – Genu explicou as mudanças propostas e os desdobramentos durante o evento Tax Friday: Multas e Penalidades Administrativas Tributárias – Alterações no Estado do Rio de Janei-ro para 2013, que foi realizado na sede da Amcham Rio, no Centro da capital fluminense. O sócio da área tributária do escritório Pi-nheiro Neto Advogados Marcos de Cumptich foi o debatedor.

Segundo Richard Edward Dotoli, vice-chairperson do Subcomitê de Tax Friday, grupo da Amcham Rio realizador do evento, a nova leitura da lei é uma “grata surpresa”, pois 95% das questões que che-gam aos escritórios estão ligadas a equívocos por ignorância no pre-enchimento, não a infrações. A complexidade do processo faz com que o contribuinte deixe de observar regras de obrigações acessórias e acabe cometendo erros. “A relação de confiança entre o contribuin-te e o fisco deve ser a mais sincera e aberta possível”, disse Dotoli.

As novas regras preveem diferentes formas de penalidade e co-brança das multas a depender da infração, por falta de pagamento do tributo e, sobretudo, por descumprimento das obrigações aces-sórias (cadastramento, emissão de notas fiscais, preenchimento de guias informativas, remessa de arquivos magnéticos, entre outras).

A lei permitirá mudar também a forma de cobrança das pe-nalidades, que serão redigidas em Ufir-RJ. Antes da nova norma, as aplicações eram emitidas em reais e em Ufir, o que causava dú-vidas. Além disso, no futuro, os contribuintes com problemas re-ceberão comunicação online advertindo sobre as irregularidades, assim que elas forem observadas. Será a chamada autorregulariza-ção. O mecanismo ajudará também a “desafogar” o sistema.

Novas regras de fiscalização do ICMS do Estado do Rio

Medida que entrará em vigor em 1º de julho pretende facilitar a fiscalização e cobrança de tributos relacionados ao ICMS do Estado do Rio

De acordo com Genu, a avaliação foi feita com o objetivo de aproximar a relação entre o contribuinte e o Estado, de forma a garantir a arrecadação, mas sem punir indevidamente. “Nossa intenção é manter uma relação de respeito com o contribuin-te. A cobrança anterior era feita de forma muito autoritária.”

Segundo ele, a nova lei parte do princípio de que o contribuinte é bem intencionado. “Essas multas têm um custo altíssimo. O que se pretende com essa lei é eliminar a multa, mas quando isso não for possível, baixar sig-nificativamente o valor da penalidade, seja aplicando descontos ou limitando a sua apli-cação. A ideia é não quebrar o contribuinte com bobagem”, explicou Genu.

Segundo ele, o Estado visa o pagamento dos tributos e não a aplicação de multas. “A nova norma permite que distorções sejam corrigidas. Estabelecemos limites para mul-tas, alguns casos de anistia e aplicação de descontos. A partir de julho, qualquer multa acessória, por exemplo, não poderá passar de 180 mil Ufir-RJ. Além disso, e de outros benefícios, para o contribuinte autuado por obrigação principal e acessória, caso pague a principal, a secundária será automaticamen-te extinta”, exemplificou o coordenador.

O coordenador destacou também que a perda de documentos em si não é mais con-siderada uma infração. Agora, o que é infra-ção é deixar de cumprir o ritual previsto pela lei em caso de perda.

De acordo com Genu, a redação das novas regras está muito mais clara e melhor dividida, e ele ressalta que neste primeiro se-mestre de 2013 a receita estará trabalhando para adequar o sistema às mudanças.

O debatedor do evento, Marcos de Cumptich, reforçou que a mudança, espe-lhada no modelo empregado na esfera fe-deral, é bem-vinda. Entretanto, para ele, pe-nalidades distintas para as infrações podem gerar equívocos.

Leia a seguir entrevista com Francisco Genu detalhando a nova medida.

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COMITÊ EXECUTIVO

PRESIDENTERoberto Prisco Paraíso Ramos_Diretor-presidente, Odebrecht Óleo e Gás

1º. VICE-PRESIDENTEFabio Lins de Castro_Presidente, Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.

2º. VICE-PRESIDENTERafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

3º. VICE-PRESIDENTEAntonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil

DIRETOR FINANCEIROAndré Luiz Castello Branco_Sócio, PwC

CONSELHEIRO JURÍDICOJulian Fonseca Peña Chediak_Sócio, Chediak Advogados

DIRETOR-SECRETÁRIOSteven Bipes_Diretor, Albright Stonebridge Group

EX-PRESIDENTESHenrique Rzezinski, Robson Goulart Barreto e João César Lima

PRESIDENTES DE HONRA

Mauro Vieira_Embaixador do Brasil nos EUAThomas Shannon_Embaixador dos EUA no Brasil

DIRETORES

Álvaro Emídio Macedo Cysneiros_Diretor de Mercado Internacional, Totvs Rio de Janeiro

André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC

Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil

Benedicto Barbosa da Silva Junior_Diretor-presidente, Odebrecht Infraestrutura

Carlos Affonso S. d’Albuquerque_Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Valid

Carlos Alexandre Guimarães_Diretor Regional Rio de Janeiro e Espírito Santo, SulAmérica Companhia Nacional de Seguros

Carlos Henrique Moreira_Presidente do Conselho, Embratel

Cassio Zandoná_Superintendente Amil Rio de Janeiro, Amil - Assistência Médica Internacional Ltda.

Eduardo de Albuquerque Mayer_Private Banker, Banco Citibank S.A.

Fabio Lins de Castro_Presidente, Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.

Guillermo Quintero_Presidente, BP Energy do Brasil Ltda.

Ítalo Mazzoni da Silva_Presidente, Ibeu

João Geraldo Ferreira_Presidente, GE Óleo e Gás para América Latina

Julian Fonseca Peña Chediak_Sócio, Chediak Advogados

Luiz Carlos Costamilan_Firjan

Luiz Ildefonso Simões Lopes_Presidente, CEO, Brookfield Brasil

Marco André Coelho de Almeida_Sócio, KPMG

Marco Antônio Gonçalves_Diretor-gerente Auto/RE, Bradesco Seguros S.A.

Maurício Felgueiras_Diretor, MXM Sistemas

Mauro Moreira_Sócio, Ernst & Young Terco

Osmond Coelho Júnior_Gerente-executivo E&P e PDP, Petrobras

Patricia Pradal_Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo Ltda.

Petronio Ribeiro Gomes Nogueira_Sócio-diretor, Accenture do Brasil

Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

Raïssa Lumack_Vice-presidente de Recursos Humanos, Coca-Cola Brasil

Ricardo Karbage_Presidente, Xerox Comércio e Indústria Ltda.

Richard Klien_Presidente do Conselho, Multiterminais Alfandegados do Brasil Ltda.

Roberto Castello Branco_Diretor de Relações com Investidores, Vale S.A.

Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretor-presidente, Odebrecht Óleo e Gás S.A.

Steven Bipes_Diretor, Albright Stonebridge Group

DIRETORES EX-OFÍCIO

Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles | Carlos Henrique de Carvalho Fróes | Gabriella Icaza | Gilberto Duarte Prado | Gilson Freitas de Souza | Henrique Rzezinski | Ivan Ferreira Garcia | João César Lima | Joel Korn | José Luiz Silveira Miranda | Luiz Fernando Teixeira Pinto | Omar Carneiro da Cunha | Peter Dirk Siemsen | Robson Goulart Barreto | Ronaldo Camargo Veirano | Rubens Branco da Silva | Sidney Levy

PRESIDENTES DE COMITÊS

Assuntos Jurídicos - Julian Chediak

Propriedade Intelectual - Andreia de Andrade Gomes

Tax Friday - Richard Edward Dotoli

Energia – Manuel Fernandes

Entretenimento, Esportes e Cultura - Steve Solot

Logística e Infraestrutura - Álvaro Palma de Jorge

Marketing - Noel De Simone

Meio Ambiente - Kárim Ozon

Recursos Humanos - Claudia Danienne Marchi

Relações Governamentais - João César Lima

Responsabilidade Social Empresarial - Silvina Ramal

Saúde - Gilberto Ururahy

Seguros, Resseguros e Previdência - Luiz Wancelotti

Tecnologia da Informação e Comunicação - André Bertrand

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO

PRESIDENTEOtacílio José Coser Filho_Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.

VICE-PRESIDENTEMaurício Max_Diretor do Departamento de Pelotização, Vale S.A.

DIRETORES

Bruno Moreira Giestas_Diretor, Realcafé Solúvel do Brasil S.A.

Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor-geral, Rede Gazeta

João Carlos Pedroza da Fonseca_Superintendente, Rede Tribuna

Liberato Milo_Diretor-geral, Chocolates Garoto

Márcio Brotto Barros_Sócio, Bergi Advocacia – Sociedade de Advogados

Marcos Guerra_Presidente, Findes

Paulo Ricardo Pereira da Silveira_Gerente-geral Industrial, Fibria Celulose

Ricardo Vescovi Aragão_Presidente, Samarco Mineração

Rodrigo Loureiro Martins_Advogado-sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins

Simone Chieppe Moura_Diretora-geral, Metropolitana Transportes e Serviços

Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro Educacional Leonardo da Vinci

Negócios Internacionais Marcilio Rodrigues Machado

Relações Governamentais Maria Alice Paoliello Lindenberg

LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO

Diretor-superintendente: Helio Blak(21) 3213-9205 |[email protected]

Administração e Finanças: Ednei Medeiros(21) 3213-9208 | [email protected]

Produtos e Serviços: Helen Mazarakis(21) 3213-9231 | [email protected]

Jaqueline Paiva | (21) 3213-9232 | [email protected]

Conteúdo Institucional: Andréa Blum(21) 8105-9338 | [email protected]

LINHA DIRETA COM A AMCHAM ES

Diretor-executivo: Clóvis Vieira(27) 3235-2242 | [email protected]

Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa(27) 3324-8681 | [email protected]

expediente

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Page 31: Nova diretoria toma posse na Amcham Rio · pela Amcham Rio em março e abril de 2013 roberto ramos, presidente da Câmara de ComérCio ameriCana do rio de Janeiro AR qu I v O P n

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