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9 NOVA FORMA DE GESTÃO PÚBLICA Ainda durante a fase de discussão do novo Plano Diretor, na Câmara de Vereadores (1998), a Secretaria do Planejamento Municipal (SPM) começou a desen- volver atividades vinculadas a uma gestão municipal integrada. Havia a necessidade de tomar decisões de planejamento urbano compatibilizadas, bem como de definir políticas conjuntas de intervenção local através do conhecimento aprofundado dos conflitos e potencialidades identificados na porção territorial estu- dada. Teve início, assim, um trabalho de participação articulada com diversos setores administrativos, bus- cando rom- per com uma forma de atu- ação extremamente setorizada. Através de uma ação integrada dos diversos seto- res administrativos, com lideranças locais e órgãos pú- blicos em níveis diferenciados – municipal, estadual e federal – chegou-se a resultados voltados ao desen- volvimento urbano ambiental baseados em métodos ex- perimentados pela parceria institucional, combinado com a percepção e necessidades da comunidade lo- cal. O Projeto Integrado Desenvolvimento Sustentável da Lomba do Pinheiro foi lançado, oficialmente, no dia 8 de agosto de 1999, com a instalação de um escritório na região. Com a medida, foi possível aproximar a atuação do Município junto aos cidadãos e aprofundar os conhe- cimentos. A proposta - inovadora - propiciou a contri- buição efetiva dos moradores, construindo uma consci- ência coletiva sobre os sérios conflitos de urbanização e preservação dos elementos naturais existentes. Também alertou para as necessidades de estruturação e mobilidade urbana, de qualificação ambiental, de produção de novas habitações e de viabilização dos recursos financeiros necessários para aplicar na região. Estes devem ser obtidos através do esforço da co- munidade local em prol do seu próprio desen- volvimento, ten- do como con- seqüência a governabilidade num contexto onde as organizações locais apresentam dificuldades de autogestão. Adotado um modelo de desenvolvimento urbano, fo- ram definidas metas e diretrizes para intervenção na re- gião, com base em quatro princípios: regular o uso do solo, propiciando a ocupação dos vazios urbanos, com vistas à contenção da especulação imobiliária e da destruição do patrimônio natural; Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer

NOVA FORMA DE GESTÃO PÚBLICA

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NOVA FORMA DE GESTÃO PÚBLICA

Ainda durante a fase de discussão do novo PlanoDiretor, na Câmara de Vereadores (1998), a Secretariado Planejamento Municipal (SPM) começou a desen-volver atividades vinculadas a uma gestão municipalintegrada. Havia a necessidade de tomar decisões deplanejamento urbano compatibilizadas, bem como dedefinir políticas conjuntas de intervenção local atravésdo conhecimento aprofundado dos conflitos epotencialidades identificados na porção territorial estu-dada. Teve início, assim, um trabalho de participaçãoarticulada com diversos setores administrativos, bus-

cando rom-per com umaforma de atu-ação extremamente setorizada.

Através de uma ação integrada dos diversos seto-res administrativos,com lideranças locais e órgãos pú-blicos em níveis diferenciados – municipal, estadual efederal – chegou-se a resultados voltados ao desen-volvimentourbano ambientalbaseados em métodos ex-perimentados pela parceria institucional, combinadocom a percepção e necessidades da comunidade lo-cal.

O Projeto Integrado Desenvolvimento Sustentável daLomba do Pinheiro foi lançado, oficialmente, no dia 8 deagosto de 1999, com a instalação de um escritório naregião. Com a medida, foi possível aproximar a atuaçãodo Município junto aos cidadãos e aprofundar os conhe-cimentos. A proposta - inovadora - propiciou a contri-buição efetiva dos moradores, construindo uma consci-ência coletiva sobre os sérios conflitos de urbanização epreservação dos elementos naturais existentes.

T a m b é malertou para asnecessidadesde estruturação e mobilidade urbana, de qualificaçãoambiental, de produção de novas habitações e deviabilização dos recursos financeiros necessários paraaplicar na região. Estes devem ser obtidos através doesforço da co-munidade localem prol do seupróprio desen-volvimento, ten-do como con-seqüência agovernabilidade

num contexto onde as organizações locais apresentamdificuldades de autogestão.

Adotado um modelo de desenvolvimento urbano, fo-ram definidas metas e diretrizes para intervenção na re-gião, com base em quatro princípios:

regular o uso do solo, propiciando a ocupação dosvazios urbanos, comvistas à contenção daespeculação imobiliária e dadestruição do patrimônionatural;

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aperfeiçoar o processo de planejamento urbanoa partir do desenvolvimento econômico local, fortale-cendo a participação dos cidadãos em busca de par-cerias e formas colegiadas de atuação;

avançar na descentralização das políticasambientaisatravés deum planejamentoestratégico, queconcilie os diferentes interesses;

promover mudanças nos padrões de produção econsumo doambiente local.

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