Nova Lei orgânica - Campos - 30-09-2014.pdf

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  • Edio Especial Numerada

    001

    Ns, legtimos representantes do povo do Municpio

    de Campos dos Goytacazes, sob a proteo de Deus,

    constitudos em Poder Legislativo Orgnico, nos

    termos que nos confere o artigo 29 da Constituio

    da Repblica Federativa do Brasil, no mais firme

    propsito de garantir a este povo o bem social e a

    cidadania, respeitados os pilares de uma sociedade

    democrtica e pluralista, promulgamos esta Lei

    Orgnica, inspirada nos princpios da liberdade

    poltica, da justia social e da dignidade da pessoa

    humana.

  • 5SUMRIO

    PREMBULO

    TTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    CAPTULO IDO MUNICPIO ...........................................................................................Art. 1 a Art. 3.

    CAPTULO IIDA COMPETNCIA ....................................................................................Art. 4 e Art. 5.

    TTULO IIDA ORGANIZAO DOS PODERES MUNICIPAIS

    CAPTULO IDO PODER LEGISLATIVO

    Seo IDA CMARA MUNICIPAL..........................................................................................Art. 6.

    Seo IIDAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL ..........................................Art. 7 a Art. 10.

    Seo IIIDA INSTALAO E DA POSSE................................................................................Art. 11.

    Seo IVDOS VEREADORES ..................................................................................Art. 12 a Art. 16.

  • 6Seo VDA MESA DIRETORA ................................................................................Art. 17 a Art. 24.

    Seo VIDA SESSO LEGISLATIVA ORDINRIA ...................................................Art. 25 e Art. 26.

    Seo VIIDA SESSO LEGISLATIVA EXTRAORDINRIA .......................................Art. 27 a Art. 29.

    Seo VIIIDAS COMISSES .....................................................................................Art. 30 a Art. 33.

    Seo IXDO PROCESSO LEGISLATIVO

    Subseo IDISPOSIES GERAIS...........................................................................................Art. 34.

    Subseo IIDAS EMENDAS LEI ORGNICA...........................................................................Art. 35.

    Subseo IIIDAS LEIS ...................................................................................................Art. 36 a Art. 46.

    Subseo IVDO PLEBISCITO.......................................................................................................Art. 47.

    Subseo VDOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUES ......................Art. 48 a Art. 50.

    Subseo VIDAS DELIBERAES................................................................................Art. 51 a Art. 53.

    Subseo VIIDA CONSOLIDAO DAS LEIS MUNICIPAIS..........................................Art. 54 a Art. 57.

  • 7Seo XDA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA.........Art. 58 a Art. 63.

    CAPTULO IIDO PODER EXECUTIVO

    Seo IDO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO......................................................Art. 64 a Art. 77.

    Seo IIDAS ATRIBUIES DO PREFEITO...........................................................Art. 78 a Art. 81.

    Seo IIIDOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO............................................Art. 82 a Art. 86.

    Seo IVDA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO.................................................Art. 87 a Art. 90.

    Seo VDA PROCURADORIA GERAL DO MUNICPIO E DA ASSISTNCIA

    JUDICIRIA................................................................................................Art. 91 a Art. 93.

    TTULO IIIDA ORGANIZAO DO GOVERNO MUNICIPAL

    CAPTULO IDO PLANEJAMENTO MUNICIPAL.............................................................Art. 94 e Art. 95.

    CAPTULO IIDA ADMINISTRAO MUNICIPAL...........................................................Art. 96 a Art. 101.

    CAPTULO IIIDAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS...............................................Art. 102 a Art. 109.

  • 8CAPTULO IVDOS BENS MUNICIPAIS.........................................................................Art. 110 a Art. 117.

    CAPTULO VDOS SERVIDORES MUNICIPAIS...........................................................Art. 118 a Art. 143.

    TTULO IVDA ADMINISTRAO FINANCEIRA

    CAPTULO IDOS TRIBUTOS MUNICIPAIS................................................................Art. 144 a Art. 146.

    CAPTULO IIDAS LIMITAES AO PODER DE TRIBUTAR......................................Art. 147 a Art. 154.

    CAPTULO IIIDA RECEITA E DA DESPESA................................................................Art. 155 a Art. 158.

    CAPTULO IVDO ORAMENTO...................................................................................Art. 159 a Art. 166.

    TITULO VDA ORDEM ECONMICA E SOCIAL

    CAPTULO IDOS PRINCPIOS GERAIS DAS ATIVIDADES ECONMICAS............Art. 167 a Art. 170.

    CAPTULO IIDA POLTICA MUNICIPAL DE ECONOMIA CIDAD.............................Art. 171 e Art. 172.

    CAPTULO IIIDA POLTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIOS................Art. 173 a Art. 181.

    CAPTULO IVDA POLTICA URBANA..........................................................................Art. 182 a Art. 199.

  • 9CAPTULO VDA POLTICA AGRRIA, AGRCOLA E PESQUEIRA............................Art. 200 a Art. 208.

    CAPTULO VIDA SEGURIDADE SOCIAL

    Seo IDISPOSIO GERAL.............................................................................................Art. 209.

    Seo IIDA SADE..............................................................................................Art. 210 a Art. 228.

    Seo IIIDA PREVIDNCIA SOCIAL....................................................................Art. 229 a Art. 232.

    Seo IVDA ASSISTNCIA SOCIAL.....................................................................Art. 233 a Art. 244.

    CAPTULO VIIDO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO, DA CULTURA E DO PATRIMNIO HISTRICO

    E CULTURAL, DA CINCIA E TECNOLOGIA, DO DESPORTO E DO LAZER

    Seo IDO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO.................................................Art. 245 a Art. 263.

    Seo IIDA CULTURA E DO PATRIMNIO HISTRICO E CULTURAL.............Art. 264 a Art. 284.

    Seo IIIDA CINCIA E TECNOLOGIA................................................................Art. 285 a Art. 290.

    Seo IVDO DESPORTO E DO LAZER................................................................Art. 291 a Art. 300.

  • 10

    CAPTULO VIIIDO MEIO AMBIENTE..............................................................................Art. 301 a Art. 309.

    CAPTULO IXDOS TRANSPORTES.............................................................................Art. 310 a Art. 315.

    TTULO VIATOS DAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS..............................Art. 1 a Art. 14.

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    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

    A CMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZESR E S O L V E:

    PREMBULO

    Ns, legtimos representantes do povo do Municpio de Campos dos Goyta-cazes, sob a proteo de Deus, constitudos em Poder Legislativo Orgnico, nos termos que nos confere o artigo 29 da Constituio da Repblica Federa-tiva do Brasil, no mais firme propsito de garantir a este povo o bem social e a cidadania, respeitados os pilares de uma sociedade democrtica e pluralista, promulgamos esta Lei Orgnica, inspirada nos princpios da liberdade polti-ca, da justia social e da dignidade da pessoa humana.

    O PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, FAZ SABER QUE A CMARA APROVOU E EU PROMULGO A SEGUINTE CONSOLIDAO DA LEI ORGNICA DESTE MUNICPIO.

    TTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    CAPTULO IDO MUNICPIO

    Art. 1 - O Municpio de Campos dos Goytacazes, parte integrante da Rep-blica Federativa do Brasil, uma unidade do territrio do Estado do Rio de Janeiro, com personalidade jurdica de direito pblico interno e autonomia po-ltica, administrativa e financeira, nos termos assegurados pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil e pela Constituio deste Estado. 1 - So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Le-gislativo e o Executivo. 2 - vedado a qualquer dos poderes delegar atribuies. 3 - O cidado investido na funo de um dos poderes no poder exercer a do outro, salvo as expressas excees previstas nesta Lei Orgnica e nas

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    Constituies Federal e Estadual. Art. 2 - A criao, organizao e supresso de distritos competem ao Muni-cpio, observada a legislao estadual. Art. 3 - So smbolos do Municpio: I - o Braso; II - a Bandeira; III - o Hino. Pargrafo nico - vedada a utilizao de quaisquer outros smbolos que identifiquem a administrao ou seus governantes.

    CAPTULO IIDA COMPETNCIA

    Art. 4 - Ao Municpio de Campos dos Goytacazes compete, atendidos os princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficin-cia, prover a tudo quanto respeite ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua populao, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuies: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - elaborar oramento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento adequado; III - suplementar a legislao federal e estadual, no que couber; IV - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia e fixar e cobrar os seus respectivos valores; V - aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

    VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permis-so, os servios pblicos de interesse local que tm carter essencial, inclu-sos o de transporte coletivo; saneamento bsico; e os servios funerrios;VII - dispor sobre a administrao, utilizao e alienao de seus bens; VIII - manter, prioritariamente e com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar e de ensino funda-mental; IX - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

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    X manter, prioritariamente e com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de promoo cidadania e reforo da identidade cul-tural;XI - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriao por necessidade e utilidade pblica ou por interesse social;XII - elaborar o seu Plano Diretor; XIII - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano, e estabele-cer normas de edificaes;

    XIV - estabelecer as servides necessrias aos seus servios; XV - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos: a) definindo o itinerrio, os pontos de parada e estacionamento, bem como as respectivas tarifas do transporte coletivo e individual; b) fixando e sinalizando os locais de estacionamento de veculos, os limites das zonas de silncio e de trnsito e trfego em condies especiais;

    c) disciplinando os servios de carga e descarga e estabelecendo a tonela-gem permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais;d) disciplinando a execuo dos servios e atividades neles desenvolvidos;XVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regula-mentar e fiscalizar a sua utilizao;

    XVII - dispor sobre limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e desti-no do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza; XVIII organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou per-misso, o servio de reciclagem e tratamento do lixo domstico e do lixo ori-ginrio dos servios de varrio e de limpeza de logradouros pblicos;XIX ordenar as atividades urbanas, fixando a localizao, condies e hor-rio para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, de pres-tao de servios e similares, observadas as normas federais e estaduais pertinentes; XX - dispor sobre o servio funerrio e cemitrios, encarregando-se da ad-ministrao daqueles que forem pblicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas; XXI - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propagan-da nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal; XXII - dispor sobre depsito e destino de animais, veculos e mercadorias

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    apreendidas em decorrncia da transgresso da legislao municipal;

    XXIII - dispor sobre cadastro, vacinao e captura de animais, com a finalida-de precpua de preservao da sade pblica; XXIV - instituir regime jurdico nico para os servidores da administrao p-blica direta, das autarquias e das fundaes pblicas, bem como planos de carreira; XXV ordenar as atividades da guarda municipal destinada proteo das instalaes, bens e servios municipais, conforme disposio legal; XXVI - promover a proteo e a conservao do patrimnio histrico, artstico e cultural (material e imaterial) local, observadas a legislao e a ao fisca-lizadora federal e estadual; XXVII - promover e incentivar o turismo local, como fator de desenvolvimento social, econmico e de promoo da conscincia ambiental;

    XXVIII - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de servios e similares: a) conceder e renovar licena para instalao, localizao e funcionamento; b) revogar a licena daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais sa-de, higiene, ao bem-estar, integridade fsica, ao ambiente, recreao, ao sossego pblico ou aos bons costumes; c) promover a interdio ou o fechamento daqueles que funcionarem sem licena ou em desobedincia a outras exigncias legais;

    XXIX - estabelecer penas por infraes s suas leis e aos seus regulamentos.Art. 5 - Ao Municpio de Campos dos Goytacazes compete, em comum com a Unio e o Estado, observadas as normas de cooperao fixadas em lei complementar federal:I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico; II - cuidar da sade e assistncia pblicas, da proteo e garantia das crian-as, dos idosos e das pessoas portadoras de deficincia;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, ar-tstico e cultural, material e imaterial, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e outros bens de valor histrico, artstico e cultural; V- proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

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    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    VIII - fomentar a produo agropecuria e pesqueira, e organizar o abasteci-mento alimentar;IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condi-es habitacionais e de saneamento bsico; X - promover a erradicao da pobreza e dos fatores de marginalizao, pro-movendo a integrao social dos setores desfavorecidos, e garantir cidada-nia para todos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio; XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito;XIII Estabelecer e implantar polticas afirmativas para negros, mulheres e crianas.

    TTULO IIDA ORGANIZAO DOS PODERES MUNICIPAIS

    CAPTULO IDO PODER LEGISLATIVO

    SEO IDA CMARA MUNICIPAL

    Art. 6 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos nos termos da Constituio da Repblica Federativa do Brasil e da legislao federal. 1 - Cada legislatura ter a durao de 04 (quatro) anos. 2 - Em observncia aos limites estabelecidos no Art. 29, IV, letra i da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, fica fixado em 25 (vinte e cinco) o nmero de Vereadores da Cmara Municipal de Campos dos Goyta-cazes (RJ). 3 - A populao do Municpio, para os fins do Art. 29, IV, letra i da Cons-tituio da Repblica Federativa do Brasil, ser aquela definida pelos rgos oficiais, em censo ou estimativa, no ano anterior s eleies municipais ou nos dados oficiais mais recentes.

    4 - Para cada legislatura, o nmero de vereadores ser o determinado por Emenda Lei Orgnica do Municpio em obedincia ao comando constitu-

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    cional, editada aps a definio da populao do municpio a que alude o pargrafo anterior. 5 Todos os votos do Legislativo Municipal sero abertos; quando solicita-dos, sero nominais, na forma do Regimento Interno.

    SEO IIDAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 7 - Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, exceto quando se trate de leis orgnicas: I - legislar sobre assunto do interesse local, inclusive suplementando a legis-lao federal e estadual, no que couber; II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas;

    III - votar o oramento anual e o plurianual de investimentos, a lei de diretrizes oramentrias, bem como autorizar a abertura de crditos suplementares e especiais; IV - deliberar sobre obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e os meios de pagamento; V - autorizar a concesso de auxlio, subvenes e contribuies em geral; VI - autorizar a concesso de servios pblicos; VII - autorizar a concesso de direito real de uso de bens municipais; VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais; IX - autorizar a alienao de bens imveis municipais; X - dispor sobre a criao, alterao e extino de cargos, empregos e fun-es pblicos, fixando-lhes vencimentos e salrios;

    XI - dispor sobre a criao, organizao e supresso de distritos, mediante prvia consulta plebiscitria; XII - aprovar o Plano Diretor; XIII - delimitar o permetro urbano; XIV - atribuir e autorizar denominao e alterao de denominao de pr-prios municipais, ficando expressamente vedado atribuir ou autorizar novas denominaes, total ou parcialmente, a vias pblicas e logradouros, exceto aquelas projetadas, ainda sem denominao definitiva de pessoas ou mar-cos histricos.

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    Art. 8 - Cmara Municipal cabe, exclusivamente, entre outras previstas nesta Lei Orgnica, as seguintes atribuies: I - eleger sua Mesa, bem como destitu-la, e constituir Comisses na forma regimental; II - elaborar o seu Regimento Interno; III - dispor sobre seus servios administrativos, sua organizao e funciona-mento, sua poltica e a criao, transformao ou extino de cargos, em-pregos e funes de seus servios e fixao das respectivas remuneraes, observados os parmetros estabelecidos na Constituio da Repblica Fe-derativa do Brasil; IV - estabelecer normas sobre despesas estritamente necessrias com trans-porte, hospedagem e alimentao individual, e respectiva prestao de con-tas, quanto a verbas destinadas a Vereadores em misso de representao da Casa; V - dar posse ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e ao Vereador, conhecer de sua re-nncia e afast-los definitivamente do exerccio do cargo, quando for o caso;

    VI - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito ou ao Vereador para afas-tamento do cargo; VII - autorizar o Prefeito, por necessidade de servio, a ausentar-se do Muni-cpio por mais de 15 (quinze) dias; VIII - fixar, em cada legislatura, para vigorar na subsequente, observados os preceitos de ordem constitucional, a remunerao do Prefeito, do Vice-Pre-feito e dos Vereadores, estabelecido como limite mximo, para estes, o valor percebido como remunerao, em espcie, pelo Prefeito; IX - criar comisses parlamentares de inqurito sobre fato determinado que se inclua na competncia municipal, a requerimento de, pelo menos, um ter-o de seus membros, conforme disposio do 3, do art. 58, da Constituio da Repblica Federativa do Brasil; X - solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administra-o municipal; XI - convocar os Secretrios Municipais e dirigentes de rgos ou entidades da Administrao Direta e Indireta, fundacional e concessionrias de servios pblicos, para prestar informaes sobre matria de sua competncia, resul-tando o descumprimento em crime de responsabilidade. XII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e pela Mesa Dire-tora, em 90 (noventa) dias, aps a apresentao do parecer prvio pela Corte de Contas competente;

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    XIII - proceder tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas no prazo legal; XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos nesta Lei; XV - decidir sobre a perda de mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e de Ve-reador, por voto da maioria absoluta, nas hipteses previstas nos incisos I, II, VI e VII do artigo 14 e no artigo 71 da presente Lei, mediante provocao da Mesa, de Vereador ou de partido poltico representado na Cmara, assegu-rada ampla defesa; XVI - conceder ttulo de cidado honorrio ou qualquer outra honraria a pes-soas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Muni-cpio; XVII - suspender, no todo ou em parte, a execuo de lei ou ato normativo municipal declarado inconstitucional em deciso irrecorrvel do Tribunal de Justia; XVIII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da admi-nistrao indireta; XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito, na forma da lei; XX - zelar pela preservao de sua competncia legislativa, sustando os atos do Poder Executivo que exorbitarem do poder regulamentar. XXI Fortalecer a transparncia de seus atos pelos diversos meios multim-dias disponveis.XXII Qualificar recursos humanos no mbito da administrao pblica, vi-sando ao aperfeioamento dos servios prestados populao.Art. 9 - A Cmara Municipal delibera, mediante resoluo, sobre assuntos de sua competncia interna e, nos demais casos de sua competncia privada, por meio de decreto legislativo. Art. 10 - fixado em 15 (quinze) dias, prorrogvel por igual perodo, desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que o Prefeito preste as informaes e encaminhe os documentos requisitados pelo Poder Legis-lativo, na forma do disposto na presente Lei. Pargrafo nico - O no atendimento, no prazo estipulado neste artigo, facul-ta ao Presidente da Cmara solicitar a interveno do Poder Judicirio para fazer cumprir o pedido formalmente formulado e encaminhado, sem prejuzo de apurao de responsabilidade poltico-administrativa ou criminal, em con-formidade com a legislao federal.

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    SEO IIIDA INSTALAO E DA POSSE

    Art. 11 - Os Vereadores tomaro posse no dia 1 de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, em sesso solene presidida pelo Vereador mais votado pelo povo, entre os presentes, qualquer que seja o nmero desses, cabendo ao Presidente prestar o seguinte compromisso: Prometo cumprir a Constituio da Repblica Federativa do Brasil, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica Municipal, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Municpio e pelo bem-estar de seu povo.

    1 - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretrio que for designa-do para esse fim far a chamada nominal de cada Vereador, que declarar: Assim o prometo.

    2 - A sesso solene de instalao poder ocorrer em local diverso da sede da Cmara Municipal. 3 - O vereador que no tomar posse na sesso prevista neste artigo de-ver faz-lo no prazo de 15 (quinze) dias, salvo por motivo justo aceito pela Cmara. 4 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se. Na mesma ocasio e ao trmino do mandato, devero fazer declarao de bens, a qual ser transcrita em livro prprio, constando de ata o seu resumo.

    SEO IVDOS VEREADORES

    Art. 12 - Os Vereadores gozam de inviolabilidade, por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato, na circunscrio do Municpio. Pargrafo nico - Aos vereadores estende-se o disposto nos pargrafos 1, 2 3, 5 e 6 do artigo 102 da Constituio Estadual. Art. 13 - Aplicam-se aos Vereadores, observadas as similaridades, no que couber, as mesmas proibies e incompatibilidades, no exerccio do man-dato, como tais previstas na Constituio da Repblica Federativa do Brasil para os membros do Congresso Nacional e na Constituio do Estado do Rio de Janeiro aos membros da Assembleia Legislativa. Art. 14 - Perder o mandato o Vereador: I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

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    II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada ano parlamentar, tera parte das sesses ordinrias da Casa, ou a 05 (cinco) sesses em cada ms, mesmo no subsequentes, salvo por motivo de fora maior, licena ou misso por esta autorizada;IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos; V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil; VI - que sofrer condenao criminal com sentena transitada em julgado; VII - que fixar residncia fora do Municpio;

    VIII - que infringir o disposto no art. 15, inc. III, 1 desta Lei. 1 - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Cmara Municipal ou a percepo de vantagens indevidas. 2 - Ser considerado automaticamente licenciado, at sua exonerao, o Vereador investido na funo de Secretrio ou Subsecretrio Municipal, Secretrio ou Subsecretrio Estadual, Presidente de Empresa, Fundao ou Autarquia Pblica, ou equivalente, devendo optar pela remunerao da Ve-reana ou a da funo na qual foi investido, a partir da respectiva posse. Art. 15 - O Vereador poder licenciar-se, somente: I - por molstia, devidamente comprovada, no superior a 120 (cento e vinte) dias contnuos ou em licena maternidade; II - para desempenhar misses temporrias de interesse do Municpio, desde que autorizado pela Mesa Diretora; III - para tratar de interesses particulares, no podendo ser por perodo supe-rior a 120 (cento e vinte) dias por sesso legislativa.. 1 - Perder o mandato o Vereador que no reassumir decorridos os 120 (cento e vinte) dias previstos no inciso anterior. 2 - Para fins de remunerao, considerar-se- como em exerccio o Verea-dor licenciado nos termos dos incisos I e II. Art. 16 - No caso de vaga ou de licena do Vereador, o Presidente convocar imediatamente o suplente. 1 - O suplente convocado dever tomar posse dentro do prazo de 15 (quin-ze) dias, salvo por motivo justo aceito pela Cmara. 2 - O suplente no ser convocado nos termos dos incisos I e II do artigo 15.

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    3 - Em caso de vaga, no havendo suplentes, o Presidente comunicar o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

    SEO VDA MESA DIRETORA

    Art. 17 - A Cmara Municipal reunir-se- aps a posse, no primeiro ano de legislatura, sob a Presidncia do Vereador mais votado pelo povo, entre os presentes, para a eleio de seu presidente e de sua Mesa Diretora, por escrutnio aberto de maioria simples, considerando-se automaticamente em-possados os eleitos. 1 - No caso de empate, ter-se- por eleito o mais votado pelo povo. 2 - No havendo nmero legal, o Vereador que tiver assumido a direo dos trabalhos permanecer na Presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa Diretora. Art. 18 Para o segundo binio, a eleio para a Mesa realizar-se- sempre at o ltimo dia da sesso legislativa do primeiro binio, na sede da Cmara, considerando-se de igual forma automaticamente empossados os eleitos. Pargrafo nico - No havendo nmero legal para eleio da Mesa, perma-necer na Presidncia o Vereador cujo mandato de Presidente tenha se ex-pirado, at que seja ultimada a referida eleio, para tanto convocando ses-ses dirias. Art. 19 - O Regimento Interno da Cmara Municipal dispor sobre a eleio e a composio da Mesa. Art. 20 - A Mesa Diretora ter mandato de 02 (dois) anos, permitida a recon-duo nos termos do Regimento Interno.Pargrafo nico - O Presidente da Cmara Municipal presidir a Mesa Dire-tora, dispondo o Regimento Interno sobre o nmero e as atribuies de seus cargos, assegurada, quando possvel, a representao proporcional dos par-tidos que participam da Casa. Art. 21 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo pelo voto de 2/3 (dois teros) da Cmara, nos casos de faltas, omisso ou insuficincia no desempenho de suas atribuies regimentais, abuso de autoridade inerente ao cargo e desrespeito a componente da Mesa, devendo o Regimento Inter-no dispor sobre o processo de destituio e sobre a substituio do membro destitudo.

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    Pargrafo nico - Em qualquer hiptese, o processo legislativo corresponden-te ser precedido de procedimento no qual ser assegurada ampla defesa. Art. 22 - Mesa, entre outras atribuies, compete: I - promulgar as resolues e os decretos legislativos, bem como as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio; II - propor projetos que criem ou extingam cargos, empregos e funes dos servios da Cmara e que fixem as respectivas remuneraes;

    III - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminao analtica das dotaes oramentrias da Cmara, bem como alter-las quando necessrio; IV - apresentar projetos de lei, dispondo sobre a abertura de crditos suple-mentares ou especiais, por meio de anulao parcial ou total de dotao da Cmara; V - suplementar, mediante ato, as dotaes do oramento da Cmara, obser-vando o limite da autorizao constante da Lei Oramentria, desde que os recursos para a sua abertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas dotaes oramentrias; VI - devolver Tesouraria da Prefeitura Municipal o saldo de caixa existente na Cmara no final do exerccio, desde que no comprometido com restos a pagar ou com destinao especificada em lei;

    VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificaes, licenas, colo-car em disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Cmara Municipal, nos termos da lei e das resolues; VIII - declarar a perda do mandato do Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer Vereador, do suplente de Vereador ou de partido poltico repre-sentado na Cmara, nas hipteses previstas nos incisos III e V do art. 14 desta Lei, assegurada ampla defesa; IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal. 1 - O quadro de servidores da Cmara Municipal no poder ser superior a quatro vezes o nmero de Vereadores, ressalvados os cargos de provimento em comisso e os cargos da Procuradoria Legislativa, que fica criada, cuja estrutura administrativa e organizao funcional sero definidas em lei.

    2 - O vencimento do funcionrio legislativo no poder ser superior re-munerao do Vereador. Art. 23 - Ao Presidente da Cmara, entre outras atribuies, compete: I - representar a Cmara em Juzo ou fora dele; II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara;

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    III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulgados; V - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara e aplicar as dis-ponibilidades financeiras no mercado de capitais;

    VI - apresentar ao Plenrio, at o ltimo dia til de cada ms, o balancete re-lativo aos recursos recebidos e s despesas do ms anterior.

    VII - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora neces-sria para esse fim.

    Art. 24 - O Presidente da Cmara, ou seu substituto no exerccio da Presidn-cia da Sesso, s ter voto: I - na eleio da Mesa; II - quando a matria exigir, para sua aprovao, o voto favorvel de dois ter-os dos membros da Cmara; III - quando houver empate em qualquer votao no Plenrio.

    SEO VIDA SESSO LEGISLATIVA ORDINRIA

    Art. 25 - Independentemente de convocao, a sesso legislativa ordinria desenvolve-se de 15 (quinze) de fevereiro a 30 (trinta) de junho e de primeiro de agosto a 15 (quinze) de dezembro. 1 - No primeiro ano da legislatura, a Cmara Municipal reunir-se- em ses-so solene, em primeiro de janeiro, e em sesses especiais, a partir de pri-meiro de janeiro, para a posse dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito e eleio da Mesa, na forma dos artigos 8, 18 e 19 desta Lei. 2 - A sesso legislativa ordinria no ser interrompida ou encerrada sem que seja concluda a votao do projeto de lei de diretrizes oramentrias e de projeto de lei do oramento. 3 - A Cmara reunir-se- em sesses ordinrias, extraordinrias ou sole-nes, conforme dispuser o seu Regimento Interno. 4 - As sesses extraordinrias sero convocadas pelo Presidente da C-mara em sesso ou fora dela, na forma regimental. 5 - As sesses da Cmara sero pblicas, salvo deliberao em contrrio tomada pela maioria de 2/3 (dois teros) de seus membros, quando ocorrer

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    motivo relevante de preservao do decoro parlamentar. Art. 26 - As sesses da Cmara, excetuadas as de carter solene, s podero ser abertas com a presena de, no mnimo, 50% (cinquenta por cento) dos seus membros. Pargrafo nico - Considerar-se- presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos e das votaes.

    SEO VIIDA SESSO LEGISLATIVA EXTRAORDINRIA

    Art. 27 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal, somente possvel no recesso, far-se-: I - pelo Presidente da Cmara; II - pelo Prefeito, quando este a entender necessria; III - por 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal; IV - pela Comisso a que se refere o artigo 33 desta Lei. Art. 28 - A convocao, nos casos a que alude o artigo anterior, ser feita me-diante ofcio ao Presidente da Cmara, do qual constaro: I - a matria que dever figurar em sua pauta de trabalho;

    II - o perodo da sesso legislativa extraordinria, cujo incio no poder ter prazo inferior a 03 (trs) dias, contados da respectiva convocao.

    Pargrafo nico - O Presidente da Cmara dar conhecimento da convoca-o aos Vereadores, em sesso ou fora dela, mediante, neste ltimo caso, comunicao pessoal escrita que lhes ser encaminhada no prazo previsto no Regimento Interno. Art. 29 - Durante a sesso legislativa extraordinria, a Cmara deliberar ex-clusivamente sobre matria para a qual foi convocada. Pargrafo nico - Todos os projetos relacionados na pauta devero estar pro-tocolizados, pela Secretaria da Cmara, at o dia da convocao.

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    SEO VIIIDAS COMISSES

    Art. 30 - A Cmara Municipal ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo Regimen-to Interno ou no ato de que resultar a sua criao. 1 - Em cada comisso, ser assegurada, tanto quanto possvel, a repre-sentao proporcional dos partidos polticos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara. 2 - s Comisses cabem: I - emitir parecer sobre matrias de sua competncia;

    II - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

    III - acompanhar, junto ao governo municipal, os atos da regulamentao, zelando por sua completa adequao; IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas; V - acompanhar, junto Prefeitura, a elaborao da proposta oramentria, bem como a sua posterior execuo; VI - solicitar depoimento ou esclarecimento de qualquer autoridade ou cidado; VII - apreciar programas de obras, planos de governo municipal e sobre eles emitir parecer. Art. 31 - As comisses parlamentares de inqurito tero poderes de investiga-o, alm de outros previstos no Regimento Interno da Cmara Municipal, e sero criadas mediante requerimento de 1/3 (um tero) dos membros do Le-gislativo, para apurao de fato determinado e por tempo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico. 1 - As comisses parlamentares de inqurito, no interesse da investigao, podero: I - proceder a vistorias e levantamento nas reparties pblicas municipais e entidades da administrao indireta, onde tero livre ingresso e permanncia;

    II - requisitar de seus responsveis a exibio de documentos, includos os fonogrficos e audiovisuais, e a prestao dos esclarecimentos necessrios;

    III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presena, ali reali-zando os atos que lhes competirem. 2 - No exerccio de suas atribuies, podero, ainda, as comisses parla-

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    mentares de inqurito, por intermdio de seu Presidente: I - determinar as diligncias que reputarem necessrias;

    II - requerer a convocao de Secretrio Municipal; III - tomar o depoimento de quaisquer autoridades municipais;IV - intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso; V - proceder a verificaes contbeis em livros e documentos impressos ou constantes em mdia digital dos rgos da Administrao direta e indireta do Municpio; VI - requisitar Presidncia da Cmara Municipal o encaminhamento das medidas judiciais adequadas obteno de provas que lhe forem sonegadas. 3 - fixado em 15 (quinze) dias, prorrogvel por igual perodo, desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que os responsveis pelos rgos da administrao direta e indireta prestem as informaes e encami-nhem os documentos requisitados. Art. 32 - A Cmara Municipal manter comisso interpartidria permanente, com responsabilidade de fiscalizao contbil e administrativa, cabendo-lhe apresentar, mensalmente, ao Plenrio a prestao de contas do movimento interno de receita e despesa, com as especificaes cabveis.

    Art. 33 - Durante o recesso, salvo convocao extraordinria, funcionar uma comisso representativa da Cmara, eleita na ltima sesso ordinria do pe-rodo legislativo, com atribuies definidas no Regimento Interno, cuja com-posio reproduzir, tanto quanto possvel, a responsabilidade da represen-tao partidria. Pargrafo nico - Durante o ms de janeiro do primeiro ano da legislatura, cabero Mesa as atribuies da comisso referida no caput deste artigo.

    SEO IXDO PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBSEO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 34 - O processo legislativo compreende: I - emendas Lei Orgnica do Municpio; II - leis complementares; III - leis ordinrias;

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    IV - decretos legislativos; V - resolues.

    SUBSEO IIDAS EMENDAS LEI ORGNICA

    Art. 35 - A Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta: I - do Prefeito Municipal; II - de 1/3 (um tero), no mnimo, dos membros da Cmara Municipal. III de iniciativa popular, pela apresentao, Cmara Municipal, de projeto de emenda Lei Orgnica subscrito por, no mnimo, 15% (quinze por cento) do eleitorado do Municpio. 1 - A proposta de emenda Lei Orgnica ser votada em dois turnos, com interstcio de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em am-bos, o voto favorvel de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal. 2 - A emenda aprovada nos termos deste artigo ser promulgada pela Mesa da Cmara Municipal com o respectivo nmero de ordem. 3 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a con-trariar os princpios estabelecidos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil e os preceitos do seu art. 29, bem como os da Constituio do Es-tado do Rio de Janeiro. 4 - A matria constante da proposta de emenda rejeitada ou havida por pre-judicada no poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa. 5 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de interveno estadual, de estado de defesa ou de estado de stio.

    SUBSEO IIIDAS LEIS

    Art. 36 - Para sua aprovao, as leis complementares exigem o voto da maio-ria absoluta dos membros da Cmara. Pargrafo nico - So leis complementares as concernentes s seguintes matrias: I - Cdigo Tributrio do Municpio;

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    II - Estatuto dos Servidores Municipais; III - Cdigo de Obras ou de Edificaes;

    IV - criao de cargos e aumento de vencimentos dos servidores da Prefeitu-ra Municipal; V - Plano Diretor do Municpio; VI - Zoneamento Urbano e Diretrizes Suplementares do uso e ocupao do solo; VII - concesso de servio pblico; VIII - concesso de direito real do uso; IX - alienao de bens imveis; X - aquisio de bens imveis por doao com encargo; XI - autorizao para obteno de emprstimo financeiro;

    XII Leis Oramentrias. Art. 37 - As leis ordinrias exigem, para sua aprovao, o voto favorvel da maioria simples dos membros da Cmara Municipal, presentes sesso. Art. 38 - Nenhum projeto de lei que implique a criao ou o aumento de des-pesa pblica ser sancionado sem que dele conste a indicao dos recursos disponveis prprios para atender aos novos encargos. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no se aplica a crditos extraordi-nrios. Art. 39 - A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe ao Prefeito, a qualquer membro ou Comisso da Cmara e aos cidados, observado o disposto nesta Lei. Art. 40 - Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: I - criao e extino de cargos, funes ou empregos pblicos na adminis-trao direta e autrquica, ou aumento de sua remunerao; II - regime jurdico dos servidores municipais; III - organizao administrativa da Prefeitura e rgo da administrao indire-ta, inclusive fundacional;IV - matria tributria oramentria;V servios pblicos.Art. 41 - No ser admitido o aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no art. 160, 3 e 4 desta Lei.

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    Art. 42 - A iniciativa popular poder ser exercida pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei ordinria ou complementar subscrito por, no mni-mo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Municpio. 1 - A proposta popular dever ser articulada, exigindo-se para seu rece-bimento a identificao dos assinantes, mediante indicao do nmero do respectivo ttulo eleitoral. 2 - A tramitao dos projetos de lei de iniciativa popular e a sustentao oral dos mesmos, durante a fase de discusso, obedecero s normas relati-vas ao processo legislativo estabelecido nesta Lei e regulamentao a ser definida no Regimento Interno da Cmara Municipal.

    Art. 43 - O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de sua iniciativa considerados relevantes, os quais devero ser apreciados no prazo de 15 (quinze) dias. 1 - Decorrido, sem deliberao, o prazo fixado no caput deste artigo, o projeto ser obrigatoriamente incluso na pauta da ordem do dia, para que se ultime sua votao, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assun-tos, com exceo do veto e das leis oramentrias. 2 - O prazo referido neste artigo no corre nos perodos de recesso da C-mara e no se aplica aos projetos que versem sobre codificao.

    Art. 44 - O projeto aprovado ser, no prazo de 10 (dez) dias teis, enviado pela Mesa da Cmara, como autgrafo, ao Prefeito, que, concordando, o sancionar e o promulgar, no prazo de 15 (quinze) dias teis.Pargrafo nico - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias teis, o silncio do Prefeito importar em sano. Art. 45 - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias teis, contados da data do recebimento, e comu-nicar, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Cmara os motivos do veto. 1 - O veto dever ser sempre justificado e, quando parcial, abranger o texto integral do artigo, do pargrafo, do inciso ou da alnea. 2 - As razes do veto sero apreciadas no prazo de 30 (trinta) dias, conta-dos do seu recebimento, em uma nica discusso. 3 - O veto somente poder ser rejeitado por 2/3 (dois teros) da Cmara. 4 - Esgotado, sem deliberao, o prazo previsto no 2 deste artigo, o veto ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final.

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    5 - Se o veto for rejeitado, o projeto ser enviado ao Prefeito, em 48 (qua-renta e oito) horas, para a promulgao. 6 - Se o Prefeito no promulgar a lei, nos casos de sano tcita ou rejeio de veto, o Presidente da Cmara, em 48 (quarenta e oito) horas, a promulga-r e, se este no o fizer, caber ao Vice-Presidente, em igual prazo, faz-lo.

    7 - A lei promulgada nos termos do pargrafo anterior produzir efeitos a partir de sua publicao. 8 - Nos casos de veto parcial, as disposies aprovadas pela Cmara sero promulgadas com o mesmo nmero da lei original, observado o prazo estipulado no 6 deste artigo. 9 - O prazo previsto no 2 deste artigo no corre nos perodos de recesso da Cmara Municipal. 10 - A manuteno do veto no restaura matria suprimida ou modificada pela Cmara. 11 - Na apreciao do veto, a Cmara no poder introduzir qualquer modi-ficao no texto aprovado.

    Art. 46 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder cons-tituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara. 1 - Considera-se rejeitado o projeto de lei, para os efeitos deste artigo, quando, embora aprovado pela Cmara, tiver sido o veto, total ou parcial, por ela acolhido. 2 - O disposto neste artigo no se aplica aos projetos de iniciativa do Pre-feito, que sero sempre submetidos deliberao da Cmara.

    SUBSEO IVDO PLEBISCITO

    Art. 47 - Mediante proposio fundamentada de dois quintos (2/5) dos Verea-dores ou de cinco por cento (5%) dos eleitores inscritos do Municpio, ser submetida a plebiscito questo de relevante interesse local. 1 - Caber Cmara Municipal, no prazo de 03 (trs) meses aps a apro-vao da proposta, realizar o plebiscito, nos termos que dispuser a lei. 2 - Cada consulta plebiscitria admitir duas proposies, sendo vedada a sua realizao nos quatro meses que antecederem a eleio nacional, esta-dual ou municipal.

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    3 - A proposio que j tenha sido objeto de plebiscito somente poder ser reapresentada decorridos dois anos. 4 - O resultado do plebiscito, proclamado pela Cmara Municipal, vincular o Poder Pblico.

    SUBSEO VDOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUES

    Art. 48 - O projeto de decreto legislativo a proposio destinada a regular matria de competncia exclusiva da Cmara Municipal que produza efeitos externos, no dependendo, porm, da sano do Prefeito. Pargrafo nico - O decreto legislativo aprovado pelo Plenrio, em um s turno de discusso e votao, ser promulgado pelo Presidente da Cmara. Art. 49 - O projeto de resoluo a proposio destinada a regular matria poltico-administrativa da Cmara, de sua competncia exclusiva, e no de-pende de sano do Prefeito. Pargrafo nico - O projeto de resoluo, aprovado pelo Plenrio, em um s turno de discusso e votao, ser promulgado pelo Presidente da Cmara. Art. 50 - O Regimento Interno da Cmara Municipal especificar as hipteses em que ela exercer sua competncia privativa, por meio de decreto legisla-tivo ou de resoluo.

    SUBSEO VIDAS DELIBERAES

    Art. 51 - A discusso e a votao de matria constante da ordem do dia s podero ser efetuadas com a presena da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Pargrafo nico - A aprovao da matria colocada em discusso depender do voto favorvel da maioria dos Vereadores presentes sesso, ressalva-dos os casos previstos nesta Lei. Art. 52 - No poder votar o Vereador que tiver interesse pessoal na delibe-rao, anulando-se a votao se o seu voto for decisivo. Art. 53 - O voto ser sempre pblico e aberto em todas as deliberaes da Cmara.

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    SUBSEO VIIDA CONSOLIDAO DAS LEIS MUNICIPAIS

    Art. 54 As leis municipais sero reunidas em codificaes e consolidaes, integradas por volumes contendo matria conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidao da Lei Municipal. 1 - A consolidao consistir na integrao de todas as leis pertinentes a determinada matria num nico diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas consolidao, sem modificao do alcance nem interrup-o da fora normativa dos dispositivos. 2 - Preservando-se o contedo normativo original dos dispositivos con-solidados, podero ser feitas as seguintes alteraes nos projetos de lei de consolidao: I introduo de novas divises do texto legal base; II diferente colocao e numerao dos artigos consolidados; III fuso de disposies repetitivas ou de valor normativo idntico;

    IV atualizao da denominao de rgos e entidades da Administrao Pblica; V atualizao de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; VI atualizao do valor de sanes pecunirias, com base em indexao padro; VII eliminao de ambiguidades decorrentes do mau uso do vernculo; VIII homogeneizao terminolgica do texto; IX supresso de dispositivos declarados inconstitucionais pelo rgo Espe-cial do Tribunal de Justia na forma do art. 8, XVII, desta Lei Orgnica; X indicao de dispositivos no recepcionados pela Constituio da Rep-blica Federativa do Brasil; XI declarao expressa de revogao de dispositivos implicitamente revo-gados por leis posteriores. 3 - as providncias a que se referem os incisos IX, X e XI do 2 devero ser expressa e fundadamente justificadas, com a indicao precisa das fon-tes de informao que lhe serviram de base. Art. 55 Para a consolidao de que trata o art. 54, sero observados os se-guintes procedimentos: I O Poder Executivo ou o Poder Legislativo proceder ao levantamento da le-gislao municipal em vigor e formular projeto de lei de consolidao de normas

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    que tratem da mesma matria ou de assuntos a ela vinculados, com a indicao precisa dos diplomas legais, expressa ou implicitamente, revogados; II a apreciao dos projetos de lei de consolidao pelo Poder Legislativo ser feita na forma do seu Regimento Interno; 1 - A Mesa Diretora da Cmara Municipal e qualquer membro ou Comisso podero formular projeto de lei de consolidao. 2 - Observado o disposto no inciso II do caput, ser tambm admitido pro-jeto de lei de consolidao destinado exclusivamente a: I declarao de revogao de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficcia ou validade encontrem-se completamente prejudicadas;

    II incluso de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, re-vogando-se as disposies assim consolidadas. Art. 56 No incio de cada legislatura, ou quando a convenincia o exigir, a Mesa da Cmara Municipal promover a atualizao da Consolidao das Leis Municipais, incorporando s coletneas que a integram as emendas, as leis, os decretos legislativos e as resolues promulgadas durante a legisla-tura imediatamente anterior. Art. 57 Os rgos diretamente subordinados ao Prefeito do Municpio, assim como as entidades da administrao indireta, adotaro, em prazo estabeleci-do em decreto, as providncias necessrias para, observado, no que couber, o procedimento a que se refere o art. 55, ser efetuada a tiragem, o exame e a consolidao dos decretos de contedo normativo e geral e demais atos nor-mativos inferiores em vigor vinculados s respectivas reas de competncia, remetendo os textos consolidados ao Prefeito, que os examinar e reunir em coletneas para posterior publicao.Pargrafo nico - O Poder Executivo, at 180 (cento e oitenta) dias do incio do primeiro ano do mandato, promover a atualizao das coletneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram os decre-tos e os atos de contedo normativo e geral editados no ltimo quadrinio.

    SEO XDA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA

    Art. 58- A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patri-monial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quan-to legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante

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    controle externo, e pelo sistema de controle interno da cada Poder. 1 - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens ou valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obri-gaes de natureza pecuniria. 2 - Ficam assegurados o exame e as apreciaes das contas do Municpio, na Cmara Municipal, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, por qualquer contribuinte, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei; aps a votao as mesmas ficaro disponveis nos endereos eletrnicos da Prefeitura e da Cmara Municipal, pelo prazo mnimo de 5 (cinco) anos.Art. 59- O controle externo, a cargo da Cmara Municipal, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, aos quais compete: I a apreciao das contas do exerccio financeiro, apresentadas pelo Prefei-to e pela Mesa da Cmara; II o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias do Municpio;

    III o julgamento das contas dos administradores e dos demais responsveis por bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, inclusive fun-daes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico Municipal, e das contas daqueles que derem causa perda, ao extravio ou a outra irregu-laridade de que resulte prejuzo Fazenda Municipal; IV as inspees e as auditorias de natureza contbil, financeira, orament-ria, operacional e patrimonial, inclusive quando requeridas pela Cmara Mu-nicipal ou por iniciativa de comisso tcnica ou parlamentar de inqurito, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e demais en-tidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes do Municpio. 1 - O Prefeito remeter ao Tribunal de Contas, no prazo fixado em lei esta-dual, as suas contas e as da Cmara, apresentadas pela Mesa, as quais lhe sero entregues at 30 (trinta) dias antes da remessa quele Tribunal. 2 - Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal deixar de prevalecer o parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou de rgo estadual incumbido deste mister. Art. 60- As contas relativas aplicao, pelo Municpio, dos recursos rece-bidos da Unio e do Estado sero prestadas pelo Prefeito diretamente aos Tribunais de Contas respectivos, sem prejuzo de sua incluso na prestao geral de contas Cmara. Art. 61- Os Poderes Legislativo e Executivo, de forma integrada, mantero sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo

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    dos programas de governo e dos oramentos do Municpio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e efi-cincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entida-des da administrao, direta e indireta, bem como da aplicao dos recursos pblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle dos emprstimos e dos financiamentos, avais e garan-tias, bem como dos direitos e haveres do Municpio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso constitucional. 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qual-quer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas, ao Prefeito e Cmara Municipal, sob pena de responsabilidade solidria. 2 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte leg-tima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas, o Prefeito e a Cmara Municipal. Art. 62- O balancete relativo receita e despesa do ms anterior ser en-caminhado Cmara e publicado mensalmente at o dia 20 (vinte), mediante edital afixado nos edifcios da Prefeitura e da Cmara, bem como nos seus respectivos endereos eletrnicos, conforme o caso; de igual forma, ser dada publicidade pelo rgo oficial do Municpio, ou por rgo da imprensa local.

    Art. 63 - So sujeitos tomada ou prestao de contas os agentes da Ad-ministrao Municipal responsveis por bens e valores pertencentes ou con-fiados Fazenda Pblica Municipal.

    1 - O tesoureiro do Municpio, ou servidor que exera a referida funo, fica obrigado apresentao do boletim dirio de tesouraria, que ser afixado em local prprio na sede do Municpio. 2 - Os demais agentes municipais faro as suas respectivas prestaes de contas at o dia 15 (quinze) do ms subsequente quele em que o valor tenha sido recebido.

    CAPTULO IIDO PODER EXECUTIVO

    SEO IDO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    Art. 64 - O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, com a colaborao de seus auxiliares diretos.

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    Art. 65 - O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos na forma da legislao federal. Art. 66 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse na sesso solene de instalao da Cmara Municipal, aps a dos Vereadores, e prestaro o com-promisso de: manter, defender e cumprir a Constituio, observar as leis e administrar o Municpio visando ao bem geral dos muncipes.

    1 - O Prefeito e o Vice-Prefeito desincompatibilizar-se-o para a posse. 2 - Se, decorridos dez dias da data fixada, o Prefeito ou o Vice-Prefeito no tomar posse, salvo comprovado motivo de fora maior, o cargo ser declara-do vago. Art. 67 - O Prefeito entrar no exerccio do cargo imediatamente aps a posse. Art. 68 - At 10 (dez) dias aps a posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito faro as declaraes de bens que sero publicadas no rgo oficial, renovando-se anualmente, em data coincidente com a data da apresentao das declara-es para fins de Imposto de Renda.

    Art. 69 - O Vice-Prefeito substituir o Prefeito nos impedimentos e nas ausn-cias deste, bem como lhe suceder no caso de vaga. Pargrafo nico - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou de vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio da chefia do Executivo Municipal o Presidente, o Vice-Presidente, o Segundo vice-presidente, o Primeiro Secretrio, o Segundo Secretrio, e, nos casos de impedimento, sero chamados os vereadores mais votados da Cmara Municipal. Art. 70 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se- eleio 90 (noventa) dias depois de aberta a ltima vaga. Pargrafo nico - Ocorrendo a vacncia aps cumpridos 3/4 (trs quartos) do mandato do Prefeito, o Presidente da Cmara Municipal completar o pero-do, licenciando-se automaticamente da Presidncia.

    Art. 71- O Prefeito e o vice-prefeito no podero, desde a posse, sob pena de perda do mandato: I - firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes; II - aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissvel ad nutum, nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico; III - ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo; IV - patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades referi-

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    das no inciso I deste artigo; V - ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor de-corrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada; VI - incidir nos impedimentos a que alude o art. 38 da Constituio da Rep-blica Federativa do Brasil, sem desincompatibilizar-se. Art. 72 - Ser de 04 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao das eleies. Art. 73 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para misses es-peciais. Pargrafo nico - O Vice-Prefeito no poder recusar-se a substituir ou a su-ceder o Prefeito, sob pena de extino do respectivo mandato.Art. 74 - O Prefeito ter residncia fixa no Municpio, dele no podendo au-sentar-se, sem licena da Cmara Municipal, sob pena de perda do cargo, salvo por perodo no superior a 15 (quinze) dias. Art. 75 - O Prefeito poder licenciar-se: I - quando a servio ou misso de representao do Municpio, devendo en-viar Cmara Municipal circunstanciado relatrio do resultado de sua viagem; II - quando da impossibilidade do exerccio do cargo, por motivo de doena devidamente comprovada ou licena-gestante; III - para tratar de interesses particulares, no podendo ser por perodo supe-rior a 120 (cento e vinte) dias, por sesso legislativa, sob pena de perda de mandato. Pargrafo nico - Nos casos dos incisos I e II deste artigo, o Prefeito licen-ciado ter direito remunerao como se em exerccio do cargo estivesse. Art. 76 - A extino ou cassao do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito ocorrer nos casos previstos nesta Lei e na legislao federal. Art. 77 - O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentar, at noventa dias aps sua posse, o Programa de Metas de sua gesto, que conter as aes es-tratgicas, os indicadores e metas para os setores da Administrao Pblica Municipal, observando, no mnimo, a diretiva de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as aes estratgicas e as demais normas da lei do Plano Diretor Estratgico. 1 O Programa de Metas ser amplamente divulgado por meio eletrnico, pela mdia impressa, radiofnica e televisiva e publicado no Dirio Oficial do Municpio.

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    2 O Poder Executivo promover, dentro de trinta dias aps o trmino do prazo a que se refere este artigo, o debate pblico sobre o Programa de Me-tas mediante audincias pblicas gerais, temticas e regionais.

    3 O Poder Executivo divulgar os indicadores de desempenho relativos execuo dos diversos itens do Programa de Metas em periodicidade com-patvel com cada um deles. 4 O Prefeito poder proceder a alteraes programticas no Programa de Metas sempre em conformidade com a lei do Plano Diretor Estratgico, divul-gando-as amplamente pelos meios de comunicao previstos neste artigo. 5 No Programa de Metas apresentado devem constar, no mnimo, os se-guintes indicadores: a) ndice de Desenvolvimento Humano IDH;b) ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDEB;c) ndice de Desempenho do Sistema nico de Sade IDSUS;d) ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal IFDM; ee) ndice FIRJAN de Gesto Fiscal IFGF. 6 Ao final de cada ano, o Prefeito divulgar o relatrio da execuo do Programa de Metas, o qual ser disponibilizado integralmente pelos meios de comunicao previstos neste artigo.

    SEO IIDAS ATRIBUIES DO PREFEITO

    Art. 78- Ao Prefeito compete privativamente: I - nomear e exonerar seus auxiliares diretos; II - exercer, com o assessoramento de seus auxiliares diretos, a direo su-perior da administrao municipal; III - elaborar o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais do Municpio; IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta lei; V - representar o Municpio, em juzo ou fora dele, na forma estabelecida em lei; VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir regulamentos para sua fiel execuo;

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    VII - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei; VIII - decretar desapropriaes e instituir servides administrativas; IX - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; X - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, na forma desta Lei; XI - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos por terceiros, na forma desta Lei; XII - dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao munici-pal na forma da lei; XIII - prover os cargos, empregos e funes pblicas municipais na forma da lei, declarar sua desnecessidade e expedir os demais atos referentes situa-o funcional dos servidores; XIV - remeter mensagem e plano de governo Cmara, por ocasio da aber-tura da sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e sugerindo as providncias e as medidas legislativas que julgar necessrias;

    XV - enviar Cmara projeto de lei oramentria anual, das diretrizes ora-mentrias e do oramento plurianual de investimentos; XVI - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, no pra-zo fixado em lei estadual, a sua prestao de contas e a da Mesa da Cmara, bem como os balanos dos exerccios findos;

    XVII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as pres-taes de contas exigidas em lei; XVIII - fazer publicar os atos oficiais;

    XIX - prestar Cmara as informaes solicitadas, na forma regimental; XX - superintender a arrecadao dos tributos e rendas, bem como a guar-da e a aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos autorizados pela Cma-ra, sendo que, quanto a estas autorizaes de despesas e pagamentos, fica ressalvado o direito de o Chefe do Executivo delegar, por Decreto, aos seus Secretrios tais poderes, caso em que estes respondero individualmente pelos atos que ordenarem, assinarem ou praticarem; XXI - colocar disposio da Cmara, at o dia 20 (vinte) de cada ms, os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais; XXII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como relev-las quan-do impostas irregularmente; XXIII - resolver sobre requerimentos, reclamaes ou representaes que

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    lhe forem dirigidas, podendo, no entanto, nesse caso, delegar poderes, por decreto, aos seus auxiliares; XXIV - oficializar, observadas as normas urbansticas aplicadas, os logradou-ros pblicos; XXV - aprovar projetos de edificaes e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbanos ou para fins urbanos;

    XXVI - solicitar o auxlio da Polcia do Estado do Rio de Janeiro para garantia do cumprimento dos seus atos, bem como fazer uso da Guarda Municipal, no que couber; XXVII - decretar estado de calamidade pblica; XXVIII - elaborar o Plano Diretor; XXIX - exercer outras atribuies previstas nesta Lei; XXX subscrever ou adquirir aes, rever ou aumentar o capital de econo-mia mista ou empresas pblicas, na forma da lei;XXXI apresentar Cmara Municipal projeto de lei dispondo sobre o regi-me de concesso ou permisso de servios pblicos, bem como parmetros para realizao de Parcerias Pblico-Privadas;XXXII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo;

    XXXIII - dispor, a qualquer ttulo, no todo ou em parte, de aes ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorizao expressa da Cmara Municipal.Art. 79 - O Prefeito poder delegar, por decreto, aos seus auxiliares as funes administrativas que no sejam de competncia exclusiva daquele. Art. 80 - No prazo de 60 (sessenta) dias antes da posse, o Prefeito entregar ao sucessor, para publicao imediata, relatrio da situao da administrao municipal que conter, entre outras, informaes atualizadas sobre: I - dvidas do Municpio, por credor, com as datas dos respectivos vencimen-tos, inclusive das dvidas a longo prazo e encargos decorrentes de operaes de crdito, informando sobre a capacidade de a Administrao Municipal rea-lizar operaes de crdito de qualquer natureza; II - medidas necessrias regularizao das contas municipais perante o Tribunal de Contas ou rgo equivalente, se for o caso; III - prestaes de contas de convnios celebrados com organismos da Unio e do Estado, bem como de recebimento de subvenes ou auxlios;

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    IV - situao dos contratos com concessionrias e permissionrias de servi-os pblicos; V - estado dos contratos de obras e servios em execuo ou apenas forma-lizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que h por executar e pagar, com os prazos respectivos; VI - transferncias a serem recebidas da Unio e do Estado por fora de man-damento constitucional ou de convnios;

    VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Cmara Municipal; VIII - situao dos servidores do Municpio, seu custo, quantidade e rgos em que esto lotados e em exerccio. Art. 81 - vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma, compro-missos financeiros para execuo de programas ou projetos aps o trmino do seu mandato no previstos na legislao oramentria. 1 - O disposto neste artigo no se aplica nos casos comprovados de cala-midade pblica. 2 - Sero nulos e no produziro nenhum efeito os empenhos e atos pra-ticados em desacordo com este artigo, sem prejuzo da responsabilidade do Prefeito Municipal.

    SEO IIIDOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

    Art. 82 - So auxiliares diretos do Prefeito: I - os Secretrios Municipais; II - o Procurador Geral do Municpio; 1 - O Subprocurador Geral do Municpio ter tratamento equiparado aos au-xiliares diretos do Prefeito, em virtude da substituio automtica do Procurador Geral do Municpio, nos casos de ausncia ocasional, impedimentos e licenas, e, por conseguinte, representao judicial e extrajudicial do Municpio. 2 - O Chefe de Gabinete do Prefeito ostenta as mesmas prerrogativas, deveres e impedimentos dos Secretrios Municipais a que alude o inciso I do caput deste artigo, para todos os efeitos, sendo-lhe aplicadas as disposi-es dos artigos 80 e 81 da Lei Orgnica do Municpio. Art. 83 - Lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades.

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    Pargrafo nico - A competncia dos Secretrios Municipais abranger todo o territrio do Municpio, nos assuntos pertinentes s respectivas Secretarias. Art. 84 - Os auxiliares diretos do Prefeito exercero suas atribuies como agentes polticos, podendo ser nomeados e exonerados livremente, bem como devero fazer declarao pblica de bens no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo e tero os mesmos impedimentos dos vereadores. Art. 85 - Os Secretrios Municipais sero ordenadores das despesas de sua respectiva unidade oramentria, respondendo, individualmente, pelos atos que ordenarem, assinarem ou praticarem.

    SEO IVDA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

    Art. 86 - So crimes de responsabilidade do Prefeito, sujeitos ao julgamento do Poder Judicirio, independentemente do pronunciamento da Cmara Mu-nicipal, os previstos na legislao pertinente, dando-se a sua apurao na forma nela estabelecida. Art. 87 - So infraes poltico-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Cmara Municipal e sancionadas com a cassao do mandato, as definidas nos artigos 28, pargrafo nico, e 29, inciso XII, da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, bem como na Constituio do Estado do Rio de Janeiro e na legislao federal pertinente, obedecido, quanto ao respectivo processo, o rito nesta estabelecido, se outro no for fixado pela legislao estadual.

    Art. 88 - A extino do mandato do Prefeito ocorrer nas hipteses definidas pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil e pela legislao federal pertinente, na forma por elas previstas.Art. 89 - O Prefeito, nas infraes penais comuns, ser processado e julga-do originariamente pelo Tribunal de Justia, nos termos do art. 158, IV, d, da Constituio do Estado do Rio de Janeiro.

    SEO VDA PROCURADORIA GERAL DO MUNICPIOE DA ASSISTNCIA JUDICIRIA MUNICIPAL

    Art. 90 - A Procuradoria Geral do Municpio a instituio que representa o Municpio, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, ainda, nos termos da

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    lei, as atividades de representao judicial e consultoria do Poder Executivo e a execuo da dvida ativa e a de natureza tributria. Pargrafo nico A Assistncia Judiciria Municipal, que fica criada como Se-cretaria no Organograma do Poder Executivo Municipal, a instituio com finalidade de prestar assistncia jurdica comunidade carente do Municpio, cabendo-lhe, ainda, nos termos da lei, prestar assistncia integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos, considerando-se estes os necessrios para os fins legais, cuja situao econmica no lhes permita pagar as custas dos processos e honorrios de advogado sem prejuzo do sustento prprio e da famlia. Art. 91 - A Procuradoria Geral do Municpio e a Assistncia Judiciria Munici-pal reger-se-o por leis prprias, atendendo-se, com relao aos seus inte-grantes, o disposto nos artigos 37, XII, 39, 1, 135 e 247 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Pargrafo nico Na Procuradoria Geral do Municpio e na Secretaria de Justia e Assistncia Judiciria Municipal, o ingresso no Quadro Permanente de carreira inerente profisso de advogado dar-se- pela Classe de Pro-curador do Municpio de 3 categoria, obedecidos os critrios de desenvolvi-mento funcional estabelecidos em lei prpria. Art. 92 - A Procuradoria Geral do Municpio tem por chefe o Procurador-Geral do Municpio, e a Assistncia Judiciria Municipal, o Secretrio de Justia e Assistncia Judiciria Municipal, ambos de livre nomeao e exonerao pelo Prefeito, entre profissionais de reconhecido saber jurdico, reputao ilibada e, preferencialmente, com experincia em diversas reas do Direito e da Administrao Municipal, na forma de suas legislaes especficas.

    Pargrafo nico Lei especfica dispor sobre a criao, organizao e es-truturao da Secretaria de Justia e Assistncia Judiciria Municipal, bem como seu quadro pessoal e, do mesmo modo, adequar a Procuradoria Ge-ral do Municpio presente Lei.

    TTULO IIIDA ORGANIZAO DO GOVERNO MUNICIPAL

    CAPTULO IDO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

    Art. 93 - O Municpio dever organizar sua administrao, exercer suas ati-vidades e promover sua poltica de desenvolvimento urbano, dentro de um processo permanente, atendendo aos objetivos das diretrizes estabelecidas

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    no Plano Diretor e mediante adequado Sistema de Planejamento. 1 - O Plano Diretor o instrumento orientador e bsico dos processos de transformao do espao urbano e de sua estrutura territorial, servindo de referncia para todos os agentes pblicos e privados que atuam na cidade.

    2 - Sistema de Planejamento o conjunto de rgos, normas, recursos humanos e tcnicos voltados coordenao de ao planejada da Adminis-trao Municipal. Art. 94 - A delimitao da zona urbana ser definida por lei, observado o Pla-no Diretor. Pargrafo nico Ficam, no entanto, desde j, integradas ao Territrio do Municpio de Campos dos Goytacazes (RJ) as projees areas e martimas de sua rea continental, especialmente as correspondentes partes da Plata-forma Continental, do mar territorial e da zona econmica exclusiva.

    CAPTULO IIDA ADMINISTRAO MUNICIPAL

    Art. 95 - A Administrao Municipal compreende: I - administrao direta, constituda de secretarias ou rgos equiparados; II - administrao indireta, constituda de autarquias, fundaes pblicas, em-presas pblicas, sociedades de economia mista e consrcio pblico, criados por lei, vinculados s Secretarias Municipais em cuja rea de competncia enquadrarem-se suas atividades institucionais.Art. 96 - Os diretores de entidade de administrao indireta, inclusive fun-dacional, faro declarao pblica de bens no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo, e tero, enquanto em exerccio, os mesmos impedimen-tos dos Vereadores. Art. 97 - So organismos de cooperao com o Poder Pblico os Conselhos Municipais e as fundaes e associaes privadas que realizem, sem fins lucrativos, funes de utilidade pblica. Art. 98 - Os Conselhos Municipais tero por finalidade auxiliar a Administrao na anlise, no planejamento e na deciso de matria de sua competncia.

    Art. 99 - Todo rgo ou entidade municipal prestar aos interessados, no prazo de 20 dias, podendo ser prorrogado por mais 10 dias, e sob pena de responsabilidade funcional, as informaes de interesse particular, coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel, como tais defi-nidas em lei.

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    1 - O atendimento petio formulada em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder, bem como a obteno de certides junto a reparties pblicas municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal, independero de pagamento de taxas. 2 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos ou entidades municipais dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou funcionrios pblicos municipais. Art. 100 - A publicao das leis e dos atos municipais ser feita no Dirio Ofi-cial do Municpio, por meio impresso ou digital, e na falta deste em rgo da imprensa local. 1 - A escolha do rgo de imprensa, para divulgao das leis e dos atos administrativos, far-se- por meio de licitao, em que se levaro em conta no s as condies de preos, como as circunstncias de frequncia, hor-rio, tiragem e distribuio. 2 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao. 3 - A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida. 4 - Na hiptese de publicidade de maior amplitude, concernente a licita-es, concursos e outros assuntos de interesse geral, ou ainda por fora de exigncia legal superior, a divulgao poder dar-se por meio de jornais lo-cais e de grande circulao no territrio nacional, atendidos os princpios de procedimento licitatrio.

    CAPTULO IIIDAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS

    Art. 101 - A realizao de obras pblicas municipais dever estar adequada s diretrizes do Plano Diretor. Ar.t 102 - Ressalvadas as atividades de planejamento e controle, a Admi-nistrao Municipal poder desobrigar-se da realizao material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que conveniente ao interesse pblico, exe-cuo indireta, mediante concesso ou permisso de servio pblico ou de utilidade pblica, desde que a iniciativa privada esteja suficientemente desen-volvida e capacitada para o seu desempenho. 1 - A permisso de servio pblico ou de utilidade pblica, sempre a ttulo precrio, ser outorgada por decreto, aps edital de licitao em modalidade compatvel com o vulto do servio, para a escolha da melhor proposta.

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    2 - A concesso de servios pblicos s ser feita com autorizao legis-lativa, bem como contrato, precedido de licitao, nos termos da legislao especfica.

    3 - Anualmente, as concessionrias de servios pblicos devero apre-sentar ao Legislativo, em audincia pblica, com a participao dos usurios, relatrio que evidencie a eficincia e a qualidade dos servios prestados populao, sendo o mesmo votado pelos vereadores, que, em caso de repro-vao, recomendaro ao Executivo a adoo de providncias.

    4 - Com a reprovao dos relatrios por 03 (trs) anos consecutivos, a C-mara, atravs de votao em plenrio, poder aprovar recomendao ao Po-der Executivo para resciso do contrato, com a declarao da caducidade da concesso, conforme previso do art. 38 da Lei 8.987/95 e, caso necessrio, a decretao de interveno no servio pblico, com o fim de assegurar a ade-quao na prestao, conforme previso do art. 32 e seguintes da Lei 8.987/95. 5 - O Municpio poder retomar, sem indenizao prvia e conforme dispo-sio da legislao municipal e federal pertinente, os servios permitidos ou concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou con-trato, ou legislao especfica em vigor, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usurios.

    6 - As empresas concessionrias ou permissionrias de servio pblico mu-nicipal dever cumprir a exigncia mnima legal da legislao federal no que diz respeito contratao de menores como aprendizes, bem como a contratao de pessoas com deficincia, devendo demonstrar o cumprimento atravs dos relatrios anuais enviados Cmara, sob pena de reprovao do mesmo.Art. 103 - O regime das empresas concessionrias e permissionrias de ser-vios pblicos ou de utilidade pblica, o carter especial de seu contrato e de sua prorrogao e as condies de caducidade, fiscalizao e resciso da concesso ou permisso; os direitos dos usurios; a poltica tarifria; a obrigao de manter servio adequado; formas de interveno; as reclama-es relativas prestao de servios pblicos ou de utilidade pblica sero regulamentados pelas legislaes especficas;

    Pargrafo nico - As tarifas dos servios pblicos ou de utilidade pblica de-vero ser fixadas pelo Executivo, tendo em vista a justa remunerao, confor-me a legislao pertinente.Art. 104 - Ressalvados os casos especificados na legislao federal, as obras, os servios, as compras e as alienaes da administrao direta e indireta, inclusi-ve fundacional, sero contratados mediante processo de licitao que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabele-am as obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta,

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    nos termos da lei, a qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensvel garantia do cumprimento das obrigaes. Art. 105 - O Municpio poder realizar obras e servios de interesse comum, mediante convnio com o Estado, a Unio ou entidades particulares ou me-diante consrcio com outros municpios. 1 - A constituio de consrcios municipais e a celebrao de convnios dependero de autorizao legislativa. 2 - Os consrcios mantero um Conselho Consultivo, do qual participaro os municpios integrantes, alm de uma autoridade executiva e um Conselho Fiscal de muncipes no pertencentes ao servio pblico. 3 - Independer de autorizao legislativa e das exigncias estabelecidas no pargrafo anterior o consrcio constitudo entre municpios para a reali-zao de obras e servios cujo valor no atinja o limite exigido para licitao mediante convite. Art. 106 - As licitaes realizadas pelo Municpio, para compras, obras, servios e alienaes de bens observaro, no que tange s diversas modalidades e res-pectivos prazos de publicidade, os limites estabelecidos pela legislao federal. Art. 107 - Nenhuma obra pblica, salvo os casos de extrema urgncia devida-mente justificada, ser realizada sem:

    I - o respectivo projeto; II - o oramento do seu custo; III - a indicao dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas; IV - a comprovao de viabilidade do empreendimento, sua convenincia e oportunidade para o interesse pblico; V - a fixao de prazos para incio e trmino.

    Art. 108 - Qualquer interrupo na prestao de servios pblicos municipais, salvo por relevante motivo de interesse pblico, desobrigar o contribuinte de pagar taxas ou tarifas correspondentes ao perodo de interrupo, cujo valor ser deduzido diretamente da conta que lhe apresentar o rgo prestador de servio.

    CAPTULO IVDOS BENS MUNICIPAIS

    Art. 109 - Constituem bens municipais todas as coisas mveis e imveis, di-reitos e aes que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio.

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    Art. 110 - Cabe ao Prefeito a administrao dos bens municipais, respeitada, quanto queles utilizados em seus servios, a competncia da Cmara, que dispor a respeito em seu Regimento Interno. Pargrafo nico obrigatrio o cadastramento peridico de todos os bens do municpio.Art. 111 - A alienao de bens municipais, subordinada existncia de inte-resse pblico, devidamente justificado, ser sempre precedida de avaliao e obedecer s seguintes normas: I - quando imveis, depender de autorizao legislativa e concorrncia, dis-pensada esta nos seguintes casos: a) doao, constando de lei e de escritura pblica os encargos do donatrio, o prazo de seu cumprimento e a clusula de retrocesso, sob pena de nulida-de do ato; b) permuta; II - quando mveis, depender de licitao, dispensada esta nos seguintes casos: a) doao, que ser permitida exclusivamente para fins de interesse social;

    b) permuta; c) venda de aes, que ser obrigatoriamente efetuada em bolsa. 1 - O Municpio, preferentemente venda ou doao de seus bens im-veis, outorgar concesso de direito real de uso, mediante prvia autoriza-o legislativa e concorrncia. A concorrncia poder ser dispensada por lei, quando o uso se destinar concessionria de servio, a entidades assisten-ciais, ou quando houver relevante interesse pblico, devidamente justificado.

    2 - A venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas re-manescentes e inaproveitveis para edificao, resultantes de obra pblica, depender apenas de prvia avaliao e autorizao legislativa. As reas re-sultantes de modificao de alinhamento sero alienadas nas mesmas con-dies, quer sejam aproveitveis, quer no. Art. 112 - O uso de bens municipais por terceiros poder ser feito mediante concesso, permisso ou autorizao, conforme o caso e quando houver in-teresse pblico, devidamente justificado.

    1 - A concesso administrativa dos bens pblicos de uso especial e dominiais depender de lei e concorrncia e far-se- mediante contrato, sob pena de nu-lidade do ato. A concorrncia poder ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar a concessionria de servio pblico e a entidades assistenciais, ou quando houver interesse pblico relevante, devidamente justificado.

    2 - A concesso administrativa de bens pblicos de uso comum somente

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    ser outorgada mediante autorizao legislativa. 3 - A permisso, que poder incidir sobre qualquer bem pblico, ser feita a ttulo precrio, por decreto. 4 - A autorizao, que poder incidir sobre qualquer bem pblico, ser feita por portaria, para atividades ou usos especficos e transitrios, pelo prazo mximo de 90 (noventa) dias, salvo quando para o fim de formar canteiro de obra pblica, caso em que o prazo corresponder ao de durao da obra. Art. 113 - Poder ser permitido a particular, a ttulo oneroso ou gratuito, con-forme o caso, mediante prvio estudo de impacto ambiental e autorizao dos rgos competentes, a construo de tneis e/ou passarelas. Art. 114 - A utilizao e a administrao dos bens pblicos de uso especial, como mercados, matadouros, estaes, recintos de espetculos e campos de esporte, sero feitas na forma da lei e dos respectivos regulamentos. Art. 115 - Sero nulos de pleno direito as permisses, as concesses, as au-torizaes, bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido nesta Lei. Art. 116 - Todos os bens municipais devem ser cadastrados com a identifica-o respectiva, segundo o que for estabelecido em norma especfica.

    CAPTULO VDOS SERVIDORES MUNICIPAIS

    Art. 117 - O Municpio estabelecer em lei o regime jurdico de seus servi-dores, atendendo s disposies, aos princpios e aos direitos que lhe so aplicveis pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil, entre os quais os concernentes:I ao salrio mnimo, como tal definido na legislao federal;

    II irredutibilidade do salrio, vencimento ou remunerao, observando o disposto no artigo 128 desta Lei; III garantia de salrio nunca inferior ao mnimo legal para os que perce-bem remunerao varivel; IV ao dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria; V remunerao do trabalho noturno superior do diurno; VI ao salrio-famlia aos dependentes, nos termos da legislao vigente;

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    VII durao da jornada de trabalho no superior a 08 (oito) horas dirias e 40 (quarenta) horas semanais, facultada a compensao de horrio e a re-duo da jornada, na forma da lei;VIII - ao repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; IX ao servio extraordinrio com remunerao superior, no mnimo, em 50% (cinquenta por cento) normal; X ao gozo de frias anuais remuneradas, com 1/3 (um tero) a mais do sa-lrio, vencimento ou remunerao normal; XI licena remunerada gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, vencimento ou remunerao, com a durao de 180 (cento e oitenta) dias, bem como licena paternidade, nos termos fixados em lei;

    XII reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sa-de, higiene, segurana e medicina do trabalho; XIII proibio de diferena de salrio, vencimento ou remunerao e de critrios de admisso por motivo de sexo, idade, cor, estado civil, religio ou deficincia fsica;

    XIV - ao adicional de remunerao, para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.Pargrafo nico O direito previsto no inciso XI deste artigo ser estendido aos pais e mes adotivos, nos termos da lei.Art. 118 - So consideradas penosas, insalubres ou perigosas as atividades exercidas por funcionrios pblicos do Municpio capituladas como tais por lei federal especfica.

    Art. 119 - A licena-prmio a que faz jus o funcionrio pblico ser de 03 (trs) meses para cada perodo de 05 (cinco) anos de servio ininterruptos, veda-dos, para este fim, os perodos contados para efeito de aposentadoria.

    Pargrafo nico O servidor poder optar por gozar a licena prmio ou continuar no exerccio de suas funes no perodo de gozo e receber em for-ma de pecnia a licena prmio, que so 3 (trs) meses, de descanso ou de salrio, a cada 05 (cinco) anos de trabalho, desde que no cause prejuzos ao setor de labor, devendo ainda ter autorizao expressa do chefe do setor.Art. 120 - garantido aos servidores municipais o direito: I - livre associao sindical; II - greve, que ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei com-plementar federal; III licena sem vencimentos para tratamento de sade por motivo de doena em famlia, na forma da lei;

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    IV assistncia e previdncia extensivas aos dependentes e aos cnjuges, na forma da lei. 1 - Fica assegurado ao servidor pblico eleito para ocupar cargo de direo no sindicato da categoria o direito de afastar-se de suas funes, durante o tempo que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, na forma definida em lei suplementar.

    2 - Obedecido o critrio de antiguidade e havendo servio compatvel com a sua funo, o servidor municipal ter direito de escolher o local de trabalho mais prximo sua residncia, prevalecendo sempre o interesse pblico.

    3 - O critrio de antiguidade, mencionado no pargrafo anterior, no se aplica ao servidor que cuide de dependentes com necessidades especiais, que ter prioridade para o exerccio da mencionada funo. Art. 121 - A investidura em cargo ou emprego pblico da administrao direta e indireta ou fundacional depende sempre de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, ressalvadas as nomeaes para car-go em comisso e admisses para empregos de confiana, declaradas em lei, de livre nomeao e exonerao. O prazo de validade do concurso ser de 02 (dois) anos, prorrogvel por uma vez, por igual perodo. Art. 122 - Ser convocado para assumir cargo ou emprego aquele que for aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, com priori-dade, durante o prazo previsto