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N.º 12 Abril 2012 Agrupamento de Escolas Gil Vicente A árvore de leitura, as flores e os seus frutos Semana da Leitura de mãos dadas com os valores – Projeto Ler Sem Limites recebeu menção honrosa A leitura e os valores da cooperação, solidariedade e tradição irmanaram-se no decurso da Semana da Leitura. Concursos, encontros com autores, palestras e várias outras atividades foram algumas das iniciativas de celebração da leitura. LER PÁGINA 13 A cereja em cima do bolo viria com a atribuição da menção honrosa da Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, com o Projeto Ler Sem Limites. LER PÁGINA 24 Sofia Escobar conquista Londres No passado, tal como no presente, os vima- ranenses continuam a destacar a sua marca de conquistadores, aqui e além território. A nossa conterrânea Sofia Escobar é uma dessas mulheres de armas, que brilha como estrela do teatro musical, nos exigentes palcos londrinos. Um exemplo de juventude a seguir por todos aqueles que buscam os sonhos … LER PÁGINA 12 Personalidades vimaranenses: Arnaldo Sampaio Arnaldo Sampaio foi uma das mais prestigiadas figuras vimaranenses do passado recente, no âmbito do ensino, investigação e adminis- tração da saúde. Conhecer esta distinta personalidade, consagrada no Centro de Saúde local e na nossa toponímia, no ano em que Guimarães está na ribalta europeia da cultura, é recordar nossa identidade coletiva. LER PÁGINAS 8 E 9 Os nossos criadores Um concurso de Banda Desenhada e de escrita criativa, centrado no Dia dos Namorados, proporcionaram ensejo aos nossos criadores mostrarem o seu mérito. Dante e Beatriz da obra “O Cavaleiro da Dinamarca” e o conto de amor “Fruto Proibido” são dois exemplos concretos desse talento( LER PÁGINAS 14 E 15), continuado nas páginas dos alunos mais pequeninos, no âmbito do projeto "Conhecer Guimarães". LER PÁGINAS 16 E 19 Gil Vicente volta a eleger deputados para a sessão Nacional Novamente e tal como no ano passado, a nossa escola marcará presença na Assembleia da República, a 7 e 8 de Maio. Graças à prestação dos nossos deputados Vera Silva (6º. A), Jorge Fernandes e Carlos Gonçalves (9º.A), no decurso da sessão distrital, as vozes vimaranenses voltarão a ouvir-se em Lisboa. LER PÁGINA 7

Novas do Gil Abril 2012

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Jornal da escola

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Page 1: Novas do Gil Abril 2012

N.º 12Abril 2012

Agrupamentode EscolasGil Vicente

A árvore de leitura, as flores e os seus frutos

Semana da Leitura demãos dadas com os valores– Projeto Ler Sem Limites recebeu menção honrosa

A leitura e os valores da cooperação, solidariedade e tradição irmanaram-se no decurso daSemana da Leitura. Concursos, encontros com autores, palestras e várias outras atividadesforam algumas das iniciativas de celebração da leitura. LER PÁGINA 13A cereja em cima do bolo viria com a atribuição da menção honrosa da Direção Geral do Livroe das Bibliotecas, com o Projeto Ler Sem Limites. LER PÁGINA 24

Sofia Escobar conquista Londres

No passado, tal como no presente, os vima-ranenses continuam a destacar a sua marcade conquistadores, aqui e além território.A nossa conterrânea Sofia Escobar é uma dessasmulheres de armas, que brilha como estrela doteatro musical, nos exigentes palcos londrinos.Um exemplo de juventude a seguir por todosaqueles que buscam os sonhos … LER PÁGINA 12

Personalidades vimaranenses:Arnaldo Sampaio

Arnaldo Sampaio foi uma das mais prestigiadasfiguras vimaranenses do passado recente, noâmbito do ensino, investigação e adminis-tração da saúde.Conhecer esta distinta personalidade, consagradano Centro de Saúde local e na nossa toponímia, noano em que Guimarães está na ribalta europeia dacultura, é recordar nossa identidade coletiva. LER PÁGINAS 8 E 9

Os nossos criadores

Um concurso de Banda Desenhada e de escrita criativa, centrado noDia dos Namorados, proporcionaram ensejo aos nossos criadoresmostrarem o seu mérito.Dante e Beatriz da obra “O Cavaleiro da Dinamarca” e o conto de amor“Fruto Proibido” são dois exemplos concretos desse talento( LERPÁGINAS 14 E 15), continuado nas páginas dos alunos maispequeninos, no âmbito do projeto "Conhecer Guimarães".LER PÁGINAS 16 E 19

Gil Vicente volta a elegerdeputados para a sessão Nacional

Novamente e tal como no ano passado, a nossa escola marcarápresença na Assembleia da República, a 7 e 8 de Maio.Graças à prestação dos nossos deputados Vera Silva (6º. A), JorgeFernandes e Carlos Gonçalves (9º.A), no decurso da sessão distrital,as vozes vimaranenses voltarão a ouvir-se em Lisboa.LER PÁGINA 7

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2 NOVAS DO GIL Abril 2012 Opinião

Se não vai a bem… vai a bem!Perturbações de conduta(Capitulo I - uma possívelorigem)

Olá a todos!O meu nome é Fátima Saraiva, sou

mãe, cuidadora/educadora, profissional desaúde e Presidente da Associação de Paisda EB2,3 Gil Vicente, razão pela qual fuiconvidada a participar neste jornal.

Não hesitei em aceder… pareceu-meum excelente meio de partilhar convoscoas minhas angústias ou devo dizer as nossasangústias?!

É exigente, para não dizer cruel, a épocaem que vivemos!

Filhos, alunos, pais, professores, viti-mas, agressores, perturbados, perturba-dores, desesperados, desesperadores…Somos todos os dias confrontados comisto, mas também com rankings, comnúmeros, com estatísticas… a excelênciaestá na ordem do dia!

Mas excelente? Em quê? Como? Por-quê?

Não interessa nada… tens que ser omaior, tens que ser o mais forte, tens queser o melhor, tens que ser excelente, tensque ser a excelência dos excelentes…repetem-nos até à exaustão.

E nós? Nós obedecemos…exigimos aosmiúdos… “É forçoso que sejas o maisrápido, o mais perfeito, o mais comportado,o mais atento, o mais obediente, o maisrespeitador, o mais sociável, enfim a ex-celência em pessoa! Digno de uma me-dalha de honra e de mérito!”

Como se fosse possível termos todosas mesmas metas e objetivos.

STO(O)P…Se tens olhos e ouvi-dos…PÁRA!

Existem diferenças individuais, fa-miliares, sociais e contextuais que devem,têm que, ser respeitadas!

Se, para uns, este discurso pode serinspirador, para outros, é sentido como amais recente forma de maltrato, denegligência e de abuso! E pode estar agerar violência, a chamada violência emcontexto escolar!

Por que me atrevo a fazer semelhanteafirmação?

Porque…São frequentes nos miúdos – problema

(vou chamar-lhes assim) temas da visão desi como:

Inferioridade e defeito, fracasso, aban-dono, privação emocional, indesejabili-dade social, (em grande parte obtidos noconfronto repetido com o insucesso e aincapacidade em fazer parte do grupo dosbons);

Grandiosidade compensatória (não souo melhor filho/aluno mas sou o melhor dosrufias).

E temas da visão dos outros como:Abandonadores, interesseiros, abu-

sadores, punitivos, injustos (desrespei-tadores do meu eu, maltratantes).

São também encontrados erros depensamento como:

Generalizações: “Faço sempre tudomal”.

Abstrações seletivas: “Hoje só tive pro-blemas” (apesar de poderem ter aconte-

cido muitas outras coisas boas).Conclusões Tudo-ou-Nada: “Não con-

segui ter positiva a Português, não vou terpositiva a nenhuma disciplina”.

Pelo que me atrevo a dizer que quandosujeitamos crianças à ladainha do tens queser o melhor, tens que tirar 5 a todas asdisciplinas ou ter sempre positiva, que têmque ter as mesmas metas de todos osoutros apesar das suas diferenças in-dividuais, familiares e sociais, quandoendeusamos os bons alunos, estamos apotenciar a distorção da ideia que têm desi e dos outros e a atribuição de significadosdisfuncionais, que originam sentimentose comportamentos desajustados, que porsua vez podem criar défices no compor-tamento pró - social e gerar violência.

E agora que fazer? Não exigir?Responderei na próxima edição do

jornalAté lá reflitam por favorÉ tese minha que nas cabeças destes

miúdos vive o seguinte pensamento:“Deixamos de ser o filho/aluno me-

díocre para nos tornarmos nuns imbecis(perturbação de conduta) que ninguémestá para aturar, mas pelo menosnisso…somos os melhores!”

Drª. Fátima Saraiva (Presidente da Associação de

Pais da E.B.2,3 Gil Vicente)

Os computadores e a Internet sãorealidades com as quais contactamosdiariamente. Boas, para uns, não tão boaspara outros. Como tudo na vida, hávantagens e desvantagens na Internet. Oscomputadores têm uma grande influênciana vida dos adolescentes, funcionandocomo um estímulo que condiciona oscomportamentos, positiva ou negativa-mente.

Uma das grandes vantagens da interneté a conveniência. É rápida, fácil e está alia poucos cliques. Posso em poucos mi-nutos ir ao banco, fazer uma compra, pagaruma conta, emitir um documento, con-versar com várias pessoas, pesquisar aquelareceita, entre outras coisas. Os compu-tadores permitem aos adolescentesacesso às notícias, a pesquisas diversi-ficadas e ao conhecimento. No entanto,este, por vezes, é superficial e apresentaerros, devendo ser complementado poroutras leituras.

Com a Internet, podemos viajar pelomundo, eliminando fronteiras. Posso ir aoMuseu do Louvre em Paris, pesquisar umainformação numa Biblioteca Americana,dar uma olhadela nas ruas de Tóquio peloGoogle Street View, ver vídeos produzidosno Japão, por exemplo. Nunca tivemosesta liberdade e facilidade de viajarvirtualmente pelo globo.

Todavia, os computadores exercemtambém uma influência negativa, ao exibirjogos inapropriados para certas idades, aopermitir a frequência de sites com con-teúdos impróprios e ao possibilitar umainvasão da nossa privacidade por pessoasdesconhecidas. Se utilizados de formadoentia, impedem os jovens de convivercom amigos e familiares, fechando-os nosseus quartos e levando-os a viver uma vida

demasiado virtual.As redes sociais como o facebook, o Hi5

e o MSN proporcionam bons momentos deconversa entre amigos e também ocontacto com familiares que se encontramlonge. Devemos manter a nossa priva-cidade, não expondo fotos, vídeos ouinformações pessoais. Na internet muitaspessoas ficam expostas e, sem se aper-ceberem, acabam por ser vítimas degolpes, roubos, entre outros crimes. Aspessoas com quem contactamos podemmentir em relação ao nome, à idade e,escondendo-se sob uma falsa identidade,praticar diversos tipos de crime, desdebullying até casos de pedofilia.

A internet faz de tal maneira parte donosso dia a dia que quase poderíamos criarum mini-dicionário com palavras novascomo amigar, desamiguar, chatar, baixar,etc…

Acredito que as vantagens da internetsuperam suas desvantagens. No entanto,os jovens devem ter consciência dos seusperigos e agir com cautela.

Teresa Lopes 7º. F

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Pensar e dizer: as opiniões dos nosso alunos

Internet: que influênciana vida dos jovens?

Reflexõesem carta aberta

“Não consegui terpositiva a Português,não vou ter positiva anenhuma disciplina."

Page 3: Novas do Gil Abril 2012

Abril 2012 NOVAS DO GIL 3Tema do mês

“O Risco”Infelizmente a palavra risco nunca foi

tão utilizada como tem sido nos últimostempos. Temos o emprego constante-mente em risco, existe o risco constantede subida de bens alimentares, o custo dostransportes públicos ou do combustívelaumenta quase todos os dias, produzindoum problema adicional nos orçamentosfamiliares. Hoje em dia, quando pensamosna palavra risco, associamo-la imedia-tamente à atual crise económica que oeuro e a Europa atravessam. Esta crise estáa por em risco a economia em muitos paí-ses e, quando pensávamos que a criseapenas se iria refletir nos países mais pe-quenos, estávamos redondamente en-ganados, pois os efeitos já se notam emItália, Espanha e na França. Quando con-frontados com este grave problema, ospolíticos encontraram uma maravilhosasolução com o nome “austeridade”. Os po-líticos portugueses não fogem à regra e,em Portugal, temos austeridade para todosos gostos. Austeridade significa pagar maisimpostos, taxas mais elevadas, cortes emsubsídios, enfim, mais sacrifícios para osorçamentos familiares. Ao longo deste per-curso, a única evidência que temos é oaumento do desemprego e das falências deempresas pois não conseguem pagarimpostos. A aposta, na minha opinião, nuncadeveria passar pelo aumento dos impostos,mas sim na sua diminuição. A economia sóvai crescer quando surgir mais emprego e oemprego só vai surgir quando houver maisinvestimento privado. Não tenho dúvida deque se o Governo baixasse os impostos iriacriar condições para a economia crescer.Mas, como eu sou um mero cidadão semqualquer poder de decisão, resta-me apenasesperar por melhores dias…

Vítor Sousa – EFA 12

Quando penso em risco, penso nasconsequências benéficas ou não de de-terminado plano. Existem riscos profis-sionais, educacionais, familiares, am-bientais e riscos de saúde. Os riscos am-bientais podem ser causados pelas secas,terramotos, tsunamis, etc. Quando umterramoto ou tsunami atinge determinadazona, muitas pessoas sujeitam-se a ficarsem casa e a perder tudo quanto possuíame lutaram para construir ao longo da suaexistência. Este tipo de risco não é pre-visível porque nunca sabemos quandodeterminado acontecimento nos podeatingir, contudo, com as alterações cli-máticas, estamos cada vez mais sujeitos aeste tipo acontecimentos. Por existiralterações climáticas devido à poluiçãoemitida para a nossa atmosfera, Portugalenfrenta um período de seca que temconsequências nefastas para a população e

A vida é feita de RISCOS, desde o nasceraté morrer… Podemos enfrentar situaçõesde catástrofe natural, sofrer acidentes, terproblemas de saúde.

Atualmente, corremos grandes riscossociais e económicos, desde ficar desem-pregado, ficar sem casa, cair na pobreza enão poder garantir o bem-estar da família,bem como perder o estatuto social. Paramim, estes são os riscos mais preocupantese assustadores porque põem em causatoda a dignidade pessoal.

Outro risco que é necessário correrpara mudar a sociedade é inovar e tersucesso empresarial, bem como melhorar

A Educação para o Risco é uma compo-nente particularmente propícia à educaçãopara a cidadania pois o risco é algo que -por definição - se partilha. A sociedadeatual tem sido caracterizada como umasociedade de conhecimento, ancorada emplataformas de inovação científica e tec-nológica que requerem dos cidadãosmúltiplas formas de intervenção. Estasformas derivam de contextos sociais eeconómicos que se desejam enraizadosnuma cidadania ativa que tem vantagemem se descobrir muito cedo na Escola.

Vivemos numa sociedade que é siste-maticamente confrontada com notíciassobre a presença do risco – que vão dosriscos naturais aos que resultam direta-mente da ação humana, sendo certo quese interligam fortemente - sejam as amea-ças ao ambiente, aos perigos do confrontomilitar; à crise económica, às ameaças àsaúde e falta de segurança, à generalizaçãode epidemias à escala mundial. Todas estasameaças ajudam a configurar o queatualmente designamos como uma“sociedade de risco”.O problema é quandoa dimensão real do risco e a perceção quedele temos nem sempre coincidem. Aperceção do risco decorre de represen-tações sociais, que podem ser muitasvezes moldadas por preconceito ou faltade informação. O desfasamento entrerealidade e perceção tem consequências.

O risco e a cidadaniaA nível individual, estas já foram reco-nhecidas na Psicologia como um acréscimode ansiedade, provocado por umaperceção exagerada do risco que conduza uma excessiva vigilância e a compor-tamentos auto protetores que acabam pordegradar a qualidade de vida. A nível social,os efeitos podem ser dramáticos, e estãobem documentados. A diferença entrerealidade e perceção pode também as-sumir uma expressão contrária: a da des-valorização do risco, com consequênciasigualmente negativas. A intervenção socialnesta matéria deve por isso situar-se facea um contínuo entre uma perceção exa-gerada e uma perceção subestimada dorisco, sendo desejavelmente equilibradaatravés do Principio de Precaução, acio-nado por Governos e instituições especia-lizadas.

Conhecer e agir neste paradigma de“sociedade de risco” exige novas com-petências pessoais, fundadoras de umacidadania mais ativa, participada e in-formada, que se deve adquirir desde oinício do percurso escolar. A investigaçãonesta área, especialmente nos campos daeducação e da psicologia cognitiva temdois objetivos: perceber a forma como aspessoas entendem o risco e desenvolvercompetências de tomada de decisãoatravés de programas educativos. Partedessas competências passa pela literacia

matemática e pelo cálculo de probabili-dades, mas também pela cultura científicae pelo debate crítico das controvérsias.

Por força dos próprios pilares do Estadodemocrático, urge agir e promover umaEducação para o Risco, ou seja, para atomada de decisões informadas.

In “Recomendaçãosobre Educação para o Risco”

Definições de Risco

As noções de perigo e de risco são porvezes confundidas. O perigo diz respeitoa um acontecimento natural que causaameaça às pessoas e aos bens materiais,

como por exemplo, avalanches, cheias,deslizamentos ou terramotos. O risco jádiz respeito à interação de um perigo, comum objeto ou pessoa que se encontraexposto a esse perigo e a sua vulnera-bilidade. No entanto os primeiros tra-balhados realizados sobre o perigo fo-cavam-se no aspeto físico das perdas, vistoserem trabalhos muito ligados à en-genharia. Eram trabalhados que tinhamcomo objetivo reduzir os impactes atravésda implementação de medidas estruturais.O risco, embora não sendo sinónimo deperigo, está intimamente ligado com este.O nível de risco varia segundo o nível deperigo, bem como também com aexposição e a vulnerabilidade ao perigo.Frequentemente o risco é visto como oproduto entre a probabilidade de ocor-rência de perigo e da perda prevista. Orisco não depende apenas dos fatoresfísicos do terreno, está também ligadocom fatores sócio económicos, que sãointegrados na vulnerabilidade de umapopulação. O grau de preparação, de alertae as medidas de mitigação podem servitais para alterar o risco. O mesmoacontecimento em zonas bem preparadastem consequências bastante mais suavesdo que num local em que não existequalquer plano de preparação.

In “Recomendaçãosobre Educação para o Risco”

suas produções agrícolas. Esta consequênciaé resultado da escolha de cada cidadão quepreferiu não abdicar do seu automóvel econtinuar a poluir a nossa atmosfera. Agorao risco que corremos é o de ficar sem águae sem conseguirmos produzir alimentosessenciais para a nossa subsistência.

A nível profissional, se determinadaentidade patronal pretende evoluir ecrescer quer economicamente quer a nívelde renome, tem de procurar situaçõesonde tal situação possa acontecer. Qual éo risco que podemos correr? Bom, quandoariscamos podemos perder ou ganhardinheiro. Podemos conseguir angariarnovos clientes fora ou dentro do país ecorrer o risco de não sermos remuneradospelo trabalho realizado.

Cada situação da nossa vida está assenteem riscos. Quando namoramos e decidimoscasar, corremos o risco de construir uma

O risco e suas consequênciasrelação sólida e feliz ou de ter uma relaçãoinfeliz onde a desconfiança faz parte dodia-a-dia. Claro que isso são situações queadvêm da escolha de outras, contudo,essas escolhas irão influenciar o tipo derisco consequente.

Acredito que o ser Humano precisa dorisco para sentir a adrenalina da vida econstruir pontes sólidas para o seu cres-cimento e realização pessoal. Sem correrriscos, jamais teríamos conseguido formasde combater doenças contagiosas, erradi-cando outras e prevenindo a propagaçãode vírus prejudiciais para a nossa saúde.Como podemos ver, o risco é essencialpara a nossa vida e penso que todosdevemos e precisamos enfrentar o riscocomo uma oportunidade de crescer e deaprender as lições da vida.

Cláudia GomesEFA12

A vida é feita de riscos

o nosso nível de vida. Para isso, temos queser empreendedores, correr o risco deinvestir e não ter receio de falhar, só assimé que conseguimos alcançar o sucesso eprogredir na vida. É importante sabermosgerir o risco para não cairmos tanto naparalisia como na irresponsabilidade. Te-mos que ser ágeis, responsáveis, inteli-gentes e ter o fator “sorte”. Estes ingre-dientes são uma mais-valia para que orisco seja mais equilibrado, menos ca-tastrófico e nos possa conduzir ao sucesso.É preciso saber gerir o risco e minimizá-lo.

Como tudo na vida, é preciso correrriscos… riscos que nos podem levar ao

sucesso pessoal e empresarial ou levar-nos à falência e à desgraça. No entanto, osRiscos são parte integrante da Vida. Aceitá-los de cara levantada e sem fugir é meiocaminho para a nossa realização pessoal.

A vida é feita de riscos.A vida é feita de medos.A vida é feita de conquistas e derrotas.A vida é feita de atitudes.A vida é feita de fatalidades.A vida é feita de sonhos.Tudo é possível, tudo pode acontecer.

Arrisque!!

Amélia Bragança – EFA 12

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4 NOVAS DO GIL Abril 2012 Atividades

A propósito dodia de S. Valentim -

Violência no Namoro

Gostar de alguém não é fazer sofrer. Noentanto, cerca de 25% dos jovensportugueses já sofreram algum tipo deviolência durante uma relação. Apesar de,em geral, os adolescentes reprovarem aviolência, justificam-na muitas vezes emsituações relacionadas com os ciúmes ou ainfidelidade. Insultos, humilhações, amea-ças, tentativas de controlo… e agressõesfísicas… Muitas vezes os jovens pensamque com o tempo, ou com a vida a dois, tudose modifica… mas cedo se prova que tudocontinua na mesma. Para prevenir a violênciano namoro, mas também para promovercomportamentos e relações saudáveis, éfundamental que qualquer tipo decomportamento agressivo ou violento sejadenunciado pois Amar é... Respeitar o outro

Grupo de alunos do 6º. A

Tradições vimaranenses

Embora S. Valentim não faça parte dasnossas tradições populares, o facto é que,em se aproximando fevereiro, o “Dia dosNamorados” assinala-se por toda a partecomo uma manifestação da cultura anglo-saxónica, de importação recente, no quadrode um processo de aculturação que nos vaiimpondo as práticas da cultura dominantee tende a anular as marcas de identidade ede originalidade presentes em múltiplasexpressões das culturas nacionais e locais.

Em Guimarães, por exemplo, há umatradição muito original e eloquente, quetem lugar entre a romaria da Senhora daConceição, a 8 de Dezembro e a de SantaLuzia, a 13 de dezembro, onde os namoradostrocam sardões e passarinhas, docespitorescos, de pasta de farinha recobertoscom uma camada branca de açúcar eenfeitados com pedacinhos de papel, degosto açucarado e aspeto apimentado quedenunciam segundos sentidos.

S. Valentim passoupela E.B. 2,3 Gil Vicente

No Dia de S. Valentim, o amor andou no ar! A área disciplinar deLínguas Estrangeiras, como já vem sendo hábito, celebrou a dataatravés de diversas atividades. Para além da elaboração dededicatórias nas diferentes línguas, exposição patente na BE /CRE,realizou a habitual “Feirinha de gulodices”, tendo os alunoscomprado doces e produtos alusivos à data para consumo próprioou para ofertar ao (à) namorado(a).Ao longo dos intervalos ocorreu a iniciativa “Música no coração”,tendo os discentes tido a oportunidade de selecionar músicas ededicá-las a alguém em especial!Foi um dia diferente, pautado pela cor, pela alegria e pela animação.

A escolavai ao teatro

No dia 20 de janeiro, os alunos do9ºano, da nossa escola, participaram naatividade “A escola vai ao teatro”,integrada no plano de atividades dadisciplina de Língua portuguesa.

Partimos da escola por volta dascatorze horas e quinze minutos. A viagemfoi muito engraçada, destacando-se umambiente de alegria, camaradagem econvívio.

Quando chegámos a Braga, dirigimo-nos ao Auditório Municipal Galécia. Osalunos mostravam-se muito entusias-mados. A peça chamava-se “Era umavez… uma Princesinha”, encenada porMaíra Ribeiro. Marta Carvalho, Vânia Silvae Wagner Kasisck foram os atores dapeça, estes são também professores deteatro. Esta peça é inspirada na obra “OPrincipezinho” do autor Antoine de Saint-Exupéry.

A peça trata da história de umamenina que reencontra diferentespersonagens fantásticas, personagensque fazem parte da história de “OPrincipezinho”. Esta menina revive asaventuras do pai, um pai que já nãopode contar histórias. Partimos numaviagem que nos mostra os caminhos doimaginário, universo perdido pelaspessoas que se tornaram “crescidas”. Osadultos são, mais uma vez, confrontadoscom a sinceridade de uma criança, comas perguntas que precisam sempre deuma resposta. Este mundo do imagináriorevive a vida real: tristezas, alegrias,amizades e saudades numa mistura decores, como deve ser o mundo dequalquer criança, as cores do arco-íris doamor. Um pai, uma mãe, uma filha. Umpríncipe e uma rosa. Histórias de amor,de encontros e desencontros.

Ao longo da peça, os alunos foramreconhecendo as personagens da obraestudada nas aulas de Língua portu-guesa como, por exemplo, a Rosa, aRaposa, o Geógrafo e o Homem deNegócios.

No final, os alunos e os professorestiveram oportunidade de fazer per-guntas aos atores e à encenadora, tendoestes, por seu turno, também questio-nado a plateia presente.

Pela expressão e entusiasmo de-monstrados pelos alunos apercebemo-nos de que gostaram de ver a peça e deque, muitos deles, certamente, não seimportariam de a rever. A peça é tocante,principalmente algumas frases das per-sonagens que nos fazem parar e refletir.

“Era uma vez… uma Princesinha”,um espetáculo para relembrar,

reviver, amar.Ana Araújo , Joana Brás,

Joana Cunha,Miguel Salgado (9ºC)

A Passarinha

O Sardão

A históriade S. Valentim

Ao longo dos tempos, as tradições deSão Valentim foram adquirindo um grau deimportância cada vez maior. Cada ano quepassa, foram-se criando novas tradições,lendas e brincadeiras, como é o caso dasmensagens apaixonadas. As comemoraçõesde 14 de fevereiro, dia de S. Valentim, comodia dos namorados, têm várias explicaçõespossíveis – umas de tradição cristã, outrasde tradição romana, pagã. A Igreja Católicareconhece três santos com o nome Valentim,mas o santo dos namorados parece tervivido no século III da nossa era, em Roma,tendo morrido como mártir em 270. Em 496,o papa Gelásio reservou o dia 14 de fevereiroao culto de S. Valentim.

Valentim era um sacerdote cristão con-temporâneo do imperador Cláudio II. Estequeria constituir um exército romanogrande e forte; não conseguindo levarmuitos romanos a alistarem-se, acreditouque tal sucedia porque os homens não sedispunham a abandonar as suas mulherese famílias para partirem para a guerra. Asolução que encontrou foi proibir os ca-samentos dos jovens! Valentim ter-se-árevoltado contra a ordem imperial e, ajudadopor S. Mário, terá casado muitos pares emsegredo. Quando foi descoberto, foi preso,torturado e decapitado a 14 de fevereiro. Alenda tem ainda algumas variantes queacrescentam pormenores a esta história.Segundo uma delas, enquanto estava naprisão, Valentim era visitado pela filha do seuguarda, com quem mantinha longasconversas e de quem se tornou amigo. No diada sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhetedizendo «Do teu Valentim». Quanto à tradiçãopagã, pode fundir-se com a história do mártircristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 defeve-reiro (que, no calendário romano,coincidia aproximadamente com o início daPrimavera) um festival, os Lupercalia. Na vés-pera desse dia, eram colocados em recipien-tes pedaços de papel com o nome das raparigasromanas. Cada rapaz retirava um nome, e essarapariga seria a sua «namorada» durante ofestival ou, eventualmente, durante o anoque se seguia. Com a cristianização progres-siva dos costumes romanos, a festa dePrimavera, comemorada a 15 de fevereiro, deulugar às comemorações em honra do santo, a14 do referido mês. Há também quem defendaque o costume de enviar mensagens amo-rosas neste dia não tem qualquer ligação como santo, datando da Idade Média, quando odia 14 de fevereiro assinalava o princípio daépoca de acasala-mento das aves. Com ostempos, o dia 14 de fevereiro ficou marcadocomo a data de troca de mensagens amorosasentre namorados, sobretudo em Inglaterra ena França – e, mais tarde, nos Estados Unidos.Neste último país, onde a tradição está maisinstitucionalizada, os cartões de S. Valentim jáeram comercializadas no início do século XIX.Atualmente, o dia de S. Valentim é comemoradoem cada vez mais países do mundo.

Grupo de alunos do 6º. A

Valentim Moreirade Sá - um Valentimvimaranense

A cidade de Guimarães tem um Valentim.Não é exatamente o cupido característicodo dia dos namorados, mas um distintomusicólogo, violinista concertista, diretorde orquestras, erudito de História da Música,escritor e crítico de arte, pedagogo e profes-sor de música, de matemática e de línguas quenasceu em Guimarães, exatamente no dia a 14de fevereiro de 1853. Bernardo ValentimMoreira de Sá, é o patrono da Academia deMúsica de Guimarães, Valentim Moreira de Sáque se situa no largo com o mesmo nome.

Page 5: Novas do Gil Abril 2012

Abril 2012 NOVAS DO GIL 5Atividades

Realizou-se no passado dia 23 de fevereiro, a fase de pré-seleção dos alunos para aparticipação nas Olimpíadas de Química Júnior. Esta iniciativa, organizada pelo Grupo deCiências Físico - Químicas reuniu cerca de meia centena de “cientistas” dos 8º e 9º anos doEnsino Básico. As provas decorreram no laboratório da nossa escola e consistiram naresolução de questões baseadas em observações e manipulações de experiências.

Parabéns a todos os que participaram!Alunos apurados para a fase regional (Universidade do Minho-Braga)

A edição de 2012 decorrerá no sábado, dia 14 de abril, nas instalações do departamentode Química no Campus de Gualtar. A organização da fase regional é da responsabilidade doDepartamento de Química da Universidade do Minho com a Sociedade Portuguesa de Química.

“Foi uma prova muito interessante e que serviu para revelar a capacidade deobservação e compreensão dos concorrentes.”

João Lopes – 8ºDGabriel Henriques– 8ºD

Olimpíadas da FísicaNo dia 8 de março de 2012, os alunos de 9º ano testaram os seus conhecimentos

em física com uma prova escrita. Entre gráficos, cálculos e muita interpretação foramselecionados os três alunos que irão representar a nossa escola nas Olimpíadas da Físicaque se realizarão no dia 28 de Abril na Universidade do Porto. Boa sorte Carla Cunha,João Faria e Pedro Mendes (9ºE)!

Grupo CFQ

O concurso “Canguru Matemático” foi realizado na escola no dia 20 demarço. Participaram alunos do 2º e 3º ciclos, distribuídos por 3categorias: Escolar (5º e 6ºanos), Benjamim (7ºe 8º anos) ecadete (9º ano). A Associação Canguru sem Fronteiras,promotora deste evento, é uma associação de caráterinternacional que reúne personalidades do mundo damatemática de 46 países. Em Portugal a organização desteconcurso está a cargo do Departamento de Matemática daFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade deCoimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática.

A prova consistiu num questionário de escolha múltipla de várias questões dedificuldade crescente.

Os alunos mostraram-se empenhados na realização desta atividade, tendo este concursocontribuído para a promoção e popularização da matemática junto dos jovens. Os alunos,de um modo geral, divertiram-se a resolver questões matemáticas e perceberam queconseguir resolver os problemas propostos é uma conquista pessoal muito recompensadora.

Os resultados serão divulgados no início do terceiro período.

Cerca de 240 alunos, dos quais 75 dos cursos EFA - ensino noturno, celebraram oDia da Internet Segura (7 de fevereiro), participando em 4 palestras orientadas poragentes da Polícia de Segurança Pública de Guimarães na semana de 7 a 23 defevereiro.

A comunicação e a publicação de informação na Internet não é supervisionada pornenhuma entidade. A maior parte dos seus serviços encontra-se à disposição dosutilizadores (entre eles, os mais jovens) sem qualquer restrição ou controlo. Pensarque a Internet não encerra perigos ou que estes só afetam os outros é assumir umaatitude distante e pouco informada. Por outro lado, adotar visões alarmistas só ajudaa ocultar a realidade. Tomar consciência dos riscos, estar informado de como osprevenir ou minimizar, orientar as atividades das crianças e adolescentes na Internet,podem ser as chaves para garantir uma utilização em segurança.

As sessões tiveram por objetivo sensibilizar a comunidade educativa para osperigos inerentes à utilização da Internet assim como sensibilizar para formas deproteção contra os perigos inerentes à sua utilização nos dias de hoje. Para além deuma abordagem inicial sobre o que é a Internet, foram analisados temas como os sítiosmais visitados pelos alunos, quais as vantagens e desvantagens da sua utilização; quaisos perigos reais relativos à utilização indevida de cada um desses serviços; quais oscuidados que se devem ter ao navegar pela Internet, assim como conselhos nautilização dos seus serviços. Foram ainda apresentados casos reais vivenciados pelosagentes da Polícia de Segurança Pública como forma de alertar os alunos para osperigos existentes.

No final de cada sessão, os alunos tiveram oportunidade de expor as suas dúvidase curiosidades, estabelecendo-se um debate frutífero entre estes e os agentes daPolícia de Segurança Pública.

Olimpíadas de Química Júnior2012 (fase de pré-seleção)

EB 2, 3 Gil Vicente participa noconcurso "Canguru Matemático"

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Internet segura○

Maquete da "Praça de Santiago"elaborada pelo CEF1 oferecida aoCentro Escolar de Urgezes

No âmbito do projeto “Conhecer Guimarães”, os formandos da turma CEF1, nacomponente de formação tecnológica e em colaboração com o professor AméricoRibeiro, elaboraram uma maquete de material reciclado retratando a “Praça Santiago”de Guimarães. Esta foi presenteada ao Jardim-de-Infância do Centro Escolar deUrgezes estando exposta junto dos trabalhos elaborados pelas crianças no âmbitodeste projeto.

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6 NOVAS DO GIL Abril 2012 Atividades

Educação Especial mostraatividades

Durante o 2.º Período demos cumprimento adiversas atividades do Plano Anual:

- Comemorámos o aniversário dos alunos, com afeitura de bolos de aniversário, pelos mesmos.Estes trouxeram os ingredientes, após seleçãoconjunta da receita, leitura e explicação da mesma.Confecionou-se a massa do bolo na cantina e foicozida no forno da nossa sala de apoio, sendo maistarde consumido pelos alunos, após se terem cantadoos parabéns.

- Iniciou-se a produção de uma curta metragemcom imagens feitas em plasticina para participar noconcurso escolar “Se o Meu Telemóvel Voasse”,promovido e organizado pelo Instituto de Apoio àCriança. O objetivo do concurso é o desenvolvimentode projetos criativos com recurso ao telemóvel(fotografia e/ou filme), ilustrando a temática “Direitoà Diferença - Eu Mais Tu” e um texto narrativo oupoético complementar. Esta atividade está a serrealizada em articulação com o docente AméricoRibeiro de EVT.

- Participámos no Projeto “Educação Especial - 20123 , promovido pela FundaçãoCalouste Gulbenkian, para apoio a atividades e ações destinadas a promover a educação,com o projeto “Cuidar para Educar, Educar para Cuidar – um Espaço de Pais e Filhos”,em articulação com a presidente da Associação de Pais. Tem como objetivo geraladequar a intervenção dos diferentes intervenientes no processo educativo de cadaaluno com NEE, com as suas reais necessidades e potencialidades, tendo em vista orespetivo desenvolvimento físico, psíquico e social. Relativamente aos pais/encarregadosde Educação, pretende-se dotar os mesmos de conhecimentos e estratégias paramelhor se conhecerem a si próprios e aos filhos, bem como a cuidarem dos mesmos.

- Desenvolvimento da atividade de sementeirade algumas espécies vegetais (feijão, alface,tomate cherry, abóbora e outros), desde a fase inicial,permitindo aos alunos conhecer o processo deevolução das plantas e o seu cuidado e manutençãodiária, tendo como finalidade a sua transplantaçãopara um pedaço de terreno disponível na escola, sepossível.

Associação de Estudantes dinamiza festa de Carnaval

Atividades de Educação Musicalalegraram a comunidade escolarFESTA DE NATAL

No dia quinze de dezembro, à noite, na nossa Escola, fizemos uma festa de Natal paraos nossos pais, colegas, professores e funcionários.

A preparação desta atividade teve início em outubro e as turmas de sexto ano foram aprendendovárias canções populares de Natal do nosso país. No dia da atuação, preparámos, com a colaboraçãode alguns professores e funcionários, o palco e todo o espaço para o nosso concerto.

A festa teve início com a intervenção dos alunos de sexto ano, a maior parte dos quaisfrequenta semanalmente a “Hora do Canto”.

A festa foi apresentada por colegas e iniciamos a nossa viagem musical de Natal pelanossa região, o Minho, interpretando “Ó meu menino Jesus”; de Trás os Montes, cantámos“ Ao Deus Menino”; descendo para as Beiras, cantámos “Entrai, pastores entrai”; daquipassámos para o Alentejo, com uma das canções mais interpretadas pelos coros “O Meninoestá dormindo”. De seguida, e continuando nesta província do sul do país, cantámos “Euhei-de dar ao Menino”, mais conhecido por “Natal de Elvas”. Mais a sul e do Algarve,interpretámos “Linda Noite de Natal”. De regresso à nossa região, passamos novamentepelo Alentejo, cantando “Eu hei de ir ao presépio” e após um grande salto, chegámos aonosso Minho, cantando “Beijai o Menino” e “Nana, nana meu Menino”.

Terminada a nossa atuação, seguiram-se os alunos de quinto ano, com canções edanças e, por fim, os alunos de terceiro ciclo.

Foi uma festa muito interessante e da qual todos gostaram, os nossos colegas, nossospais e amigos, bem como os professores e funcionários.

CONCERTO DE ANO NOVONo dia onze de janeiro deste ano, às vinte

e uma horas, realizou-se no salão de alunosda nossa Escola, o Concerto de ano novo.

Perante um salão cheio de público, passarampelo palco a ex-aluna da nossa Escola, AnaBeatriz Coelho, que tocou, no piano, uma obrade Claude Débussy. De seguida, Rui Rasteiro, do8º ano, e o antigo aluno Alberto Jorge tocarama obra “The first Noël”, num duo de violino epiano. Para terminar a primeira parte, a ex-aluna Ana Alexandra Almeida tocou, no piano,uma obra de J. Sebastian Bach.

Na segunda parte, o professor José Carlos, que já trabalhou na nossa Escola, e os seusfilhos, que formam o Ensemble Cant’arte, tocaram e cantaram para todos nós um conjuntode músicas que foi muito apreciado.

Finalmente e, de surpresa para o público, pois não fazia parte do programa, o clube demúsica “A Hora do Canto”, cantou uma canção de Janeiras.

CANTARAM-SE AS JANEIRAS NO CENTRO ESCOLAR DE URGEZESNo dia vinte e cinco de janeiro, no segundo bloco da manhã, nós e as outras turmas

de sexto ano fomos cantar as janeiras ao Centro Escolar de Urgezes. Antes de começarmos,estivemos a aquecer a voz e a fazer um ensaio para a nossa atuação. Entretanto, os nossoscolegas do Centro Escolar, acompanhados pelos seus professores começaram a vir e,finalmente, começámos a cantar. Cantámos canções de Natal e, para terminar, uma cançãode janeiras, chamada “Inda agora aqui cheguei”. As pessoas gostaram da nossa atuação.Depois, aproveitamos para reencontrar colegas e professores que já não víamos há algumtempo e foi um bom momento de convívio.

6º C○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

No passado dia 17 de fevereiro, econcretizando o proposto no Plano Anual deAtividades, a Associação de Estudantesorganizou, em colaboração com a Associaçãode Pais e os grupos de Educação Musical eTecnológica, uma Festa de Carnaval.

Este momento festivo iniciou-se pelas20 horas com um desfile, contando com aparticipação de bastantes alunos e com aapresentação de Margarida Atilano e CarlosAlves. De seguida, deu-se o baile, onde sedestacou um clima de convívio e de alegria.

Houve lugar a uma pequena interrupçãopara o karaoke e para o anúncio dosvencedores do desfile bem como para aentrega de diplomas. A festa continuou emclima de bailarico e, como não podia deixarde ser, não faltaram os comes e bebes.

Agradecemos a todos os colegas, paise professores que nos ajudaram a organizaresta festa onde reinou a alegria e o convívio.

Nádia Costa(Presidente da Associação de

Estudantes)

Ensemble Cant’arte

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 7Atividades

Alunos do 5.º ano visitaramCentro Histórico de Guimarães

No dia 8 de março realizou-se a visita de estudo do 5º ano, da Escola EB 2, 3 Gil Vicente,tendo por base as matérias abordadas em Português, História e Geografia de Portugale Educação Moral e Religiosa Católica.

Às 8:30 todos se reuniram para partir. Estava tudo animado e com muita expectativaquanto ao que se iria passar.

Primeiro visitaram o lar de S. Estefânia. É um lar que acolhe meninas cujas famíliasnão têm condições para as criar. Nesse lar há também um ATL e um jardim de infância.

De seguida, foram ao Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Lá guardam-se documentosantigos e importantes. Neste espaço as pessoas poderão descobrir os seus antepassados.Os livros estão guardados com temperatura e humidade controladas todos os dias.

No fim, foram almoçar. As turmas partilharam os seus farnéis e a diversão foi total. Os rapazesrebolaram do monte abaixo e jogaram futebol e as raparigas conversaram umas com as outras.

Depois dirigiram-se ao Museu Alberto Sampaio onde viram um espetáculo demarionetas sobre a tomada de Guimarães por parte de D. João I. De seguida, foram vero claustro e a sala da Batalha de Aljubarrota.

No fim, fizeram um “ peddy paper” chamado “À descoberta da praça da Oliveira” eficaram a conhecer melhor este espaço e os segredos que guarda.

Esta visita foi muito interessante e os alunos, além de aprenderem coisas novas, estabeleceramum contacto mais próximo entre eles, com os professores e com o centro histórico da cidade.

Notícia elaborada pelos alunos do 5.º A

Visita de estudo dos alunos do 6º anoA visita teve duas partes, uma delas destinada ao Paço dos Duques de Bragançaem Guimarães (HGP) e a outra ao Lar Juvenil dos Carvalhos no Porto (EMRC).

No passado dia 1 de março, os alunos do 6º ano de escolaridade da escola E.B.23Gil Vicente realizaram uma visita de estudo que incluiu um pedy- paper na ColinaSagrada, com questões acerca dos monumentos históricos aí existentes: o Castelo deGuimarães, a Capela de S. Miguel e o Paço dos Duques de Bragança.

Em seguida, numa visita guiada ao Paço dos Duques, os alunos, divididos em doisgrupos, percorreram a Sala dos Passos Perdidos, onde dois grandes jarrões orientaise, na parede, duas enormes tapeçarias, contando o «desembarque» e o «cerco» aArzila, se destacavam pela sua beleza. Na Sala das Armas puderam observar váriasarmas utilizadas nas guerras, sendo a besta a peça em destaque e no Salão dosBanquetes observaram mesas de cavalete e sobre as mesmas louças antigas.

Os alunos também visitaram a capela com lindos vitrais, onde estavam retratadosos santos preferidos dos moradores.

No quarto de D. Catarina puderam observar o seu retrato e uma cama portuguesa.Já a terminar a visita foram até ao Salão Nobre que era destinado às festas , onde

se realçava uma tapeçaria retratando a entrada das forças armadas em Tânger.Entretanto a manhã passou e a vontade de almoçar era muita…Após o convívio e o almoço no Parque da Cidade, no Porto, dirigiram-se ao Lar

Juvenil dos Carvalhos onde ouviram a recomendação de que “devemos ouvir sempreos nossos pais, as pessoas mais velhas, pois os seus conselhos e regras são a prova quenos amam. O Lar, destinado a rapazes entre os 13 e 20 amos com sérios problemasnos seus percursos de vida, apresentava boas condições e os alunos observaram osdiferentes tipos de passatempos praticados.

A visita também contemplou uma atividade da Semana de Leitura, ligada ao tema dasolidariedade. Os alunos leram um poema de Matilde Rosa Araújo a pessoas queencontraram no seu itinerário e, no final, interagiram com elas sobre o que é ser solidário.

Regressaram a Guimarães com muita alegria e chegaram todos bem.Foi um dia muito bem passado e do agrado de todos.

Ariana 6º D; Inês, Ana Bárbara, Bruna 6ºB; Alice e Bruna 6ºC

Alguns testemunhos sobre a visita“Gostei de ver como eram os Palácios antigos”“Gostei de relembrar a história da nossa cidade”“Interagimos com outras pessoas; experiênciaenriquecedora e divertida”“Aprendi que temos tudo o que nos dão, temoscondições para estudar e desperdiçamos isso.”“Aprendi o quanto deve ser difícil viver sem ospais e que tenho de ter cuidado com o que façopara não deitar tudo a perder. ““Estimar os pais e ouvir os conselhos dos que nosquerem bem.”“Ser solidário é ajudar e aconselhar, fazendo com queos que nos rodeiam não entrem por maus caminhose se sintam sempre bem na vida, fazendo o bem”.“É estar atento aos outros e ajudá-los”“É amar; é ajudar uma pessoa sem nada em troca”.“É saber escutar os outros, ter uma palavra amiga,arranjar tempo para o próximo”

Estão de parabéns todos os que, democraticamente, desde outubro até março,participaram nas várias fases do projeto Parlamento dos Jovens, subordinado ao temaRedes sociais: combate à discriminação. As questões de cidadania, cooperação esolidariedade foram enaltecidas, dentro e fora da escola, a comprová-lo esteve aprestação dos nossos deputados, Vera Silva (6.ºA), Jorge Fernandes e Carlos Gonçalves(9.º A) na Sessão Distrital que se realizou em Braga no dia 12 de março de 2012.

Foi graças a esse envolvimento, aos argumentos e à excelente prestação da nossadeputada, Vera Silva (6.ºA), que, pela segunda vez, a Escola Gil Vicente ficou apurada,pelo círculo de Braga, para a sessão nacional que se realizará nos dias 7 e 8 de maio, naAssembleia da República, em Lisboa.

Mais, a segunda medida do nosso projeto de recomendação integra o projeto derecomendação do círculo que servirá de base para discussão na Assembleia da Repúblicana dita sessão. Também fomos notícia na imprensa local (Jornal Diário do Minho deBraga) ao mencionar como relevante e pertinente a redução do número de deputadosna Assembleia da República, uma das questões colocadas pela Vera ao deputadoAntónio Braga, presente na Sessão distrital.

Transcrevemos aqui o discurso da nossa Deputada Vera Silva (6º. A).

Discurso no "Parlamento Jovem"

Bom dia a todos os presentes e, em especial, à presidente da mesa. Em 1991, NelsonMandela, que tinha sido vítima do Apartheid na África do Sul, tornou-se governantedeste país. Esteve vinte e oito anos preso por lutar pela igualdade dos cidadãos do seupaís independentemente da cor da sua pele. Contudo, ao tornar-se presidente do país,em vez de perseguir e banir do governo aqueles que o tinham perseguido, decidiureconstruir o seu país com a ajuda de todos, sem ressentimentos. A nossa segundamedida pretende fazer o mesmo. Em vez de pensarmos apenas em punições, quetambém serão necessárias, como prevemos nas nossas primeira e terceira medidas, omais importante é educar e prevenir. Não há melhor maneira de o fazer do que envolvertodas as pessoas num projeto comum. Projetos como a Wikipédia, por exemplo, sãodesenvolvidos por todos os seres humanos que nele queiram participar, com pessoasde todas as nacionalidades, etnias, religiões ou opiniões políticas que trabalham parachegar a um consenso sobre os mais diversos temas. Isso implica falar e trocar ideias compessoas que pensam de uma forma diferente de nós e que são diferentes de nós, mas nuncana sua dignidade de pessoa. Acabo, por fim, por citar Nelson Mandela: “a educação é a armamais poderosa que podemos usar para mudar o mundo” e “sonho com um dia, em que todoslevantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viver como irmãos”. Apoiem asnossas medidas e estarão no mesmo espírito de Nelson Mandela.

Vitoriosos, pela segunda vez,os nossos Deputados chegamà Sessão Nacional, em Lisboa

Ato eleitoral Sessão escolar

Os nossos deputados na sessão distrital do Parlamento dos Jovens, acompanhados dosprofessores Rosa Maria Gomes e Manuel Anastácio

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8 NOVAS DO GIL Abril 2012 Atividades / Biblioteca

Dia da Internet Segura

Na Biblioteca entre os dias 7 e 10 defevereiro de 2012, decorreu um workshopinformal de sensibilização sobre Segurançana Internet no âmbito do Dia da InternetSegura e da temática do Parlamento dosJovens: Redes sociais: combate à discrimi-nação. O objetivo foi alertar para os cuidadosa ter na utilização da Internet, promovendo,ao mesmo tempo, a literacia digital.

A orientação foi da responsabilidade daprofessora Rosa Maria Gomes que disponibi-lizou vídeos promocionais e de sensibiliza-ção para a segurança na internet; jogoseducativos e conteúdos sobre o tema.

Participaram nesta iniciativa os utiliza-dores da BE/CRE, especialmente os Amigosda Biblioteca e os candidatos a deputadosdo Parlamento dos Jovens.

Dia Internacional da Mulher

No dia 8 de março do ano de 1857, asoperárias têxteis de uma fábrica de NovaIorque entraram em greve, ocupando afábrica, para reivindicarem a redução de umhorário de mais de 16 horas por dia para 10horas. Estas operárias, que nas suas 16 horas,recebiam menos de um terço do salário doshomens, foram fechadas na fábrica onde,entretanto, foi declarado um incêndio quecausou a morte de 130 mulheres.

Em 1910, numa conferência internacionalde mulheres realizada na Dinamarca, foidecidido homenagear aquelas mulheres,comemorando o dia 8 de março como “DiaInternacional da Mulher”.

Com este dia pretende-se chamar aatenção para o papel e a dignidade damulher e levar a uma tomada de consciênciado valor da pessoa, perceber o seu papel nasociedade, contestar e rever preconceitos elimitações que vêm sendo impostos à mulher.

Nem todos respeitam os direitos damulher por isso é que ainda há muitaviolência, mas pelo menos todos sabemque a mulher tem um dia só dedicado a ela.

Maria Isabel Abreu Fernandes, 6.º E

MulherA mulher pode ser:MeigaÚnicaLindaHumildeEspantosaRomânticaMas se não o for, não deixa de ser especial.

Sara, 8.º F

Top mais da leitura

Melhor leitor na bibliotecaRafaela Vilar e Silva, 5.º DCláudia Micaela, 8.º F

Melhor leitor domiciliário - DiurnoAna , 5.º BSusana Alves, 8.º C

Melhor leitor domiciliário – NoturnoLicínio Dias, EFA 16

Melhor Turma - DiurnoTurma do 6.º DTurma do 8.º C

Melhor Turma - Noturno:Turma EFA 18

Melhor leitor – professoresProfessora Célia Fernandes

Melhor leitor – assistentes operacionaisGraça Gonçalves

Concurso

Para incentivar o gosto pela leitura epela escrita de poesia, o Plano Nacional deLeitura e o Centro Cultural de Belém,convidaram, uma vez mais, todas as escolasdo país a participar no Concurso de PoesiaFAÇA LÁ UM POEMA.

O nosso agrupamento respondeu ao apeloe estes foram os dois poemas selecionados:

Carnaval

De manhã,de manhãzinha,logo a alegria floresce.Ao vestir a fatiota,da preguiça se esquece.

Devagar,devagarinho,para ninguém acordar,desce as escadas pequeninaspara não tropeçar.

Enquanto todos se levantame ficam a bocejar,pinta a cara de cores garridas,para todos alegrar!

Carolina Ribeiro de Freitas Teixeira, 3.º anoEscola E. B. 1 da Quinta do Vale

O sonho

Quando adormeço,estou sempre a sonhar.O sonho na vidaé como a água do mar.

Sonho com princesas,navios e brinquedos.O sonho é mais do que isso:é um mundo de segredos.

O sonho é um cofre,que guarda meu coração,sempre cheio de alegria,a transbordar de emoção.

Ana Cláudia Salgado Mendes, 5.º AEscola E.B. 2, 3 Gil Vicente

Cantar dos Reis

Uma vez mais, recebemos a visita daAssociação Social e Cultural de Urgeses(ASCU) que, no dia 18 de janeiro, animou eencantou os utilizadores da biblioteca como cantar dos reis.

No entanto, aguardava-os uma pequenasurpresa: o Clube de Música, orientadopelo professor Salvador, presenteou todosos presentes com os seus maravilhososcantos e vozes muito afinadinhas,desejando a todos um bom ano 2012.

Entrega de prémiosFoi num ambiente de boa disposição e

de muita animação que os professoresbibliotecários procederam à entrega dosprémios referentes ao primeiro período(melhor leitor, melhor amigo da BE emelhores quadras de S. Martinho).

21 de março, dia mundialda poesia

LerLer sempre.Ler muito.Ler “quase tudo”.Ler com os olhos, os ouvidos, com o tacto,pelos poros e demais sentidos.Ler com razão e sensibilidade.Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e dovento.Ler imagens, paisagens, viagens.Ler verdades e mentiras.Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, oimpensável, as entrelinhas.Ler na escola, em casa, no campo, na estrada,em qualquer lugar.Ler a vida e a morte.Saber ser leitor, tendo o direito de saber ler.Ler simplesmente ler.

Edith Chacon Theodoro (poetisabrasileira)

A Páscoa

A Páscoa cristã é rica em sentidos etambém em símbolos. Para ficarem a saberque importância tem esta festa para acomunidade educativa, um grupo dosAmigos da Biblioteca resolveu inquirir algunsprofessores, alunos e funcionários e aconclusão foi a seguinte:

A Páscoa significa ressurreição, espe-rança, vida e renascimento e ainda união econvívio. Dos símbolos da Páscoa, osmencionados foram: o coelho, a cruz, ocordeiro, as amêndoas, os ovinhos e a vela.Costumam viver a Páscoa com alegria, emfamília e participando na eucaristia.

A celebração especial referida foi a visitapascal/compasso com o beijar da cruz emfamília. Os doces e pratos especiais mais

Qualquer motivo é bom para ler, masnuma semana da leitura, ainda por cimasubordinada aos temas cooperação esolidariedade, nada fazia mais sentido do quepartilhar leituras. E foi isso que fizemos duranteesta semana por todo o Agrupamento:

Leituras partilhadas/ Voluntariado de LeituraProjeto Voluntariadode Leitura”

Na Semana da Leitura, que na Escola EB2, 3 Gil Vicente decorreu na semana de 28 de

fevereiro a 2 de março, os alunos de 5.º Bdecidiram dar o seu contributo, visitando oLar Rainha D. Leonor e representando apeça “Frei João Sem cuidados”, história muitoantiga e que o público presente reconheceude imediato porque, antigamente, eraestudada no primeiro ciclo.

Os alunos foram recebidos com ânimo epor isso adoraram esta experiência,pensando, inclusivamente repeti-la.

Este tipo de atividade é muito importante,tanto para os alunos, como para os idosos,porque é uma troca de experiências muitoenriquecedora.

Notícia elaborada pelos alunos do 5.º C

apreciados são: o pão de ló, sonhos, pudim,o folar, o cabrito/ carne assada, o chocolate,os ovos de páscoa e as amêndoas.

Nesta época festiva nenhum dos in-quiridos costuma viajar.

Inquérito elaborado e aplicado pelosAmigos da Biblioteca (5.ºD), orientados pelaprofessora Rosa Maria Gomes

Cantinho da EscritaÉ PRIMAVERA!O aroma das flores,Já paira no ar.Os lírios, as Tulipas e os jasminsJá estão a desabrochar

Os pássaros cantamE fazem os ninhos,Para neles criar,Os seus lindos filhinhos

As andorinhas vêem de longeE com elas trazem a alegriaÉ na primavera,Que tudo floresce por magia

É Primavera!Os dias já são grandinhos,E em todos os parques,Já brincam os meninos

A primaveraJá há muito que era esperadaQue linda esta estaçãoPor deus abençoada.

Ana Beatriz Frade, 5.º A

A Biblioteca da escola

A nossa biblioteca tem ótimas instala-ções e atraentes atividades. Aconselho-te a virvisitá-la. Vale mesmo a pena frequentá-la.Mas vou dar-te um conselho: quando vieres,não corras; fala baixinho e cumprimenta aprofessora e a funcionária. Não podes trazermochilas nem sacos, muito menos comida oubebida, nem pastilha elástica. Para perma-neceres na biblioteca deves preencher osformulários e preservar o material. Sabes quea biblioteca tem livros muito interessantesque tu podes ler quando te apetecer, nabiblioteca ou então em casa, para isso terás deo requisitar e respeitar as regras de empréstimo,cumprindo os prazos de devolução.

A biblioteca tem alguns livros muitointeressantes, como é o caso de Will Moogley- Agência de Fantasmas; O Guarda da Praia ouA Lua de Joana.

Acredita em mim: deves mesmo visitar anossa biblioteca e verás que não te vais a-rrepender.

Ana Rita, 6.º D

Formandos do CEF 1 e alunos do 6.º A partilhamleituras na Biblioteca Dr.ª Maria José Martins

Os alunos do 9º.E também participaramneste projeto, representando um excertoda obra “O Principezinho” de Saint-Exupéry.

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 9Livros da nossa terra

A Professora Célia Fernandesfoi outra presençana Semana da Leitura(página 13).Além de docente na nossaescola, mostrou-nos, nestaentrevista, uma outra facetada sua vida.

Quando começou a sentir gostopelas histórias de Guimarães, foramhistórias contadas na família ou foilivros que leu?

Na verdade foram as duas situações euma fomentou a outra, quero dizer, sendonatural de Guimarães, desde sempre ouvihistórias sobre a cidade e as suas gentes.Por isso, começar a ler livros sobre a minhacidade foi um passo natural, porque queriaconfirmar tudo aquilo que ouvia.

E onde recolhia informações? Hámuito material escrito?

Este processo teve início em casa, apartir de livros que os meus familiarestinham. Depois passei a frequentar abiblioteca municipal e, a partir daí, descobrio Arquivo Municipal e outros arquivosparticulares. Foi um processo natural deprocura de informação. Realmente hámuito material escrito sobre a cidade e asua história. No entanto, é necessário teralgum cuidado pois há alguns textosinformativos que não são os mais corretos,uma vez que se baseiam em mitos e lendase pouco têm de verdade histórica.

Para um aluno da minha idade, quese interessa por histórias popularesde Guimarães, que conselhos dá, poronde devemos começar?

Para quem ainda é jovem e quer sabermais sobre a cidade, acredito que o maisfácil é ouvir as histórias sobre Guimarães.Conversar com pessoas que sabem ouconhecem a história da cidade e sobreacontecimentos marcantes sobre Guima-rães. Visitar os museus da cidade, visitarmonumentos importantes, olhar, ques-tionar e procurar as respostas.

E sobre a escrita. Quando sentiuvocação para escrever? Em que anocomeçou a escrever?

Não considero que tenha vocação paraescrever, gosto de tirar notas daquilo queleio e que estudo, depois produzo umtexto onde tudo se agrupa e o resultadofinal às vezes acontece ser um livro. Masdesde sempre escrevi.

Quando leu livro de Afonso Peres,que sentimentos teve?

Em primeiro lugar devo esclarecer quenão é o livro original de Afonso Peres quese encontrou, mas sim uma cópia de 1351,feita por Antoninho Lourenço, a partir dooriginal de Afonso Peres, que ainda não foiencontrado. Quanto aos sentimentos queo estudo deste manuscrito me causou,posso dizer que a emoção foi grande e asurpresa ainda maior, pelo facto de terencontrado um documento tão antigo.Por fim, veio a admiração pois é um per-gaminho e está escrito em Português Me-dieval, o que me obrigou a estudar Pa-leografia.

Qual o relato do milagre que maisa impressionou?

Da tipologia de milagres descritos,aquele que mais gosto me deu a estudarfoi a que relata a cura de pessoasendemoninhadas, ou que sofriam dedoenças nervosas, como os identifiqueino meu estudo.

Qual a parte do seu livro que aincentivou mais a escrever?

Precisamente a análise desta tipologiade miraculados. Também gostei muito daparte de transcrição paleográfica pois foicomo que fazer um grande puzzle a partirde um tipo de escrita desconhecida paramim.

Pode indica-nos qual vai ser o temado próximo livro ou é segredo?

Neste momento não estou a trabalharem nenhum projeto especial.

Muito Obrigado pela colaboraçãoJosé Pedro Ferreira (5.º B)

D. Afonso Henriques, 900 anos 1111-2011Uma investigação baseada no primeiroRei de Portugal e na polémica do seulocal de nascimento.

Lendas e Outras Históriasde GuimarãesEste livro é composto por sete históriasfantásticas acompanhadas por sugestivasilustrações que nos dão a conhecerhistórias e lendas de Guimarães, como éo caso do “Milagre da Oliveira” ou a lendade “Santa Catarina da Penha”. Ideal paraos mais pequenos, mas capaz de encantartambém os mais crescidos!

Voar em GuimarãesAfonso João tinha uma amiga especial, asua bicicleta, que lhe permitia viajar notempo e no espaço. Uma noite com-binaramviver uma fantástica aventura voando emGuimarães e recuando até ao século X, aotempo da Condessa Mumadona Dias.

Museu de Alberto Sampaio,O Berto Descobre o MuseuBerto, um menino de Guimarães quegosta de brincar em frente do Museu, é umdia convidado pelo Sr. Adão, o guarda, avisitar a exposição permanente. À medidaque vai percorrendo as salas do Museu, Bertovai ficando a saber mais sobre a história doedifício e do local onde está instalado.

Guimarães e as Duas CarasMuitos conhecem a escultura que seencontra no antigo edifício da Câmara, entreo histórico Largo da Oliveira e a praça de S.Tiago, mas será que conhecem verdadeir-amente a história das «duas caras»?

Entrevista à professoraCélia Fernandes sobre“O Livro dos Milagresde N.ª S.ª da Oliveira da RealColegiada de Guimarães”

Para quemainda é jovem equer saber maissobre a cidade,acredito que omais fácil é ouviras histórias sobreGuimarães.

Livros sobre GuimarãesRosa Saavedrafala-nos sobre osseus livros

A escritora Rosa Saavedraesteve entre nós, durante aSemana da Leitura (página13). Aqui fica, nestaentrevista, algumas questõesque lhe colocámos.

O que é que a inspirou a escrever estelivro [Lendas e outras histórias de Gui-marães]?

Dr.ª Rosa Maria Saavedra (RMS) - O queme levou a mim e às minhas colegas, Dr.ªSónia Silva e Dr.ª Patrícia Sampaio, aescrevermos este livro foi o desejo de pas-sarmos ao papel as histórias que contávamosdurante as visitas que fazíamos e que tambémsão apresentadas nos “teatrinhos de sombras”,espectáculos que são muito apreciadas pelosvisitantes mais jovens.

Pesquisou muito para escrever esta obra?RMS - Sim, pesquisámos bastante. Fomos

ler autores vimaranenses que nos seusescritos fazem referência a estas lendas ehistórias como: o cónego Gaspar Estaço;Abade de Tagilde; Francisco MartinsSarmento; A. L. de Carvalho entre outros.

Como fez a recolha das lendas?RMS - A recolha foi feita nesses livros e

também perguntando às pessoas mais velhasse sabiam estas lendas e outras histórias quetivessem interesse para Guimarães.

Porque é que escolheu estas lendas e nãooutras?

RMS – As lendas deste livro foram es-colhidas em função das histórias e das peçasque o Museu de Alberto Sampaio guarda.Essas peças eram mostradas aos jovensvisitantes que gostavam de ouvir as históriascom elas relacionadas, e decidimos, então,passá-las a escrito e assim nasceu este livro.

Tem preferência por alguma destaslendas? Porquê?

RMS - Gosto de todas as lendas, mas aminha preferência vai para a “Lenda deSanta Catarina”. As histórias sobre D. João Isão, também, muito do meu agrado,especialmente a de “Espirro de D. João I”

Porque é que se interessou pelas his-tórias de Guimarães?

RMS - Há muito tempo que me interessopela História de Guimarães e pelo seupatrimónio, pois sou vimaranense e tambémfui durante muitos anos professora deHistória. Enquanto professora preocupava-me em transmitir essa paixão pela Históriade Guimarães e de Portugal aos meus alunos.

Pretende continuar a escrever sobreGuimarães?

RMS - Pretendo, porque acho que estelivro e o outro que escrevi “D. João I eGuimarães” contribuem para sensibilizar ecativar os jovens para o conhecimento daHistória de Guimarães e de Portugal, e sóconhecendo o nosso passado é que con-seguimos entender o nosso presente.

Para além de livros como este, que maisprecisa Guimarães para se dar a conheceraos mais pequenos?

RMS – Guimarães tem uma históriariquíssima! Tem mais de mil anos de História.É património da Humanidade desde 2001 eeste ano é Capital Europeia da Cultura. Hámuito para contar aos mais pequenos, é precisoé que outras pessoas escrevam a pensar nessepúblico usando uma linguagem adaptada aessas idades e com bonitas ilustrações.

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10 NOVAS DO GIL Abril 2012 Meio / Comunidade

Um Centro de Saúde assume um papelfundamental na vida de uma comunidade,assegurando os cuidados básicos de saúdee ajudando a prevenir e rastrear doenças.Decidimos dar-vos a conhecer melhor oCentro de saúde Professor Arnaldo Sam-paio, sediado em Urgezes, muito perto donosso Agrupamento Escolar. Como cice-rone nesta visita contámos com o Dr.Alberto Oliveira, Coordenador da Unidadede Saúde familiar D. Afonso Henriques.

Começámos por querer saber qual aprincipal finalidade dos Centros de Saúdee como se encontram atualmente organi-zados: “Os Centros de Saúde são unidadeslocais de saúde pertencentes ao ServiçoNacional de Saúde. Pretendem fornecer,aos cidadãos, Cuidados Primários de Saúdee serviços de Saúde Pública. Hoje, emPortugal, os CS são constituídos pordiversas unidades funcionais e encontram-se agrupados nos chamados Agrupa-mentos de Centros de Saúde (ACES). OAgrupamento em que está incluído o CSde Guimarães, Prof. Arnaldo Sampaio,chama-se ACES DO AVE II –GUIMARÃES/VIZELA e inclui, também, os CS de Taipase Vizela. O agrupamento é gerido por umDiretor Executivo (DE) e tem um ConselhoClínico (CC). As Unidades Funcionais dis-poníveis são: Unidades de Saúde Familiar(USF); Unidades de Cuidados Primários deSaúde (UCPS); Unidades de Cuidados naComunidade (UCC); Unidades de RecursosPartilhados (URAP) e Unidades de SaúdePública (USP)”.

Graças à explicação do Dr. AlbertoOliveira, tomámos contacto com os moldesde funcionamento de uma Unidade deSaúde Familiar. Trata-se de uma unidadeautónoma que agrupa uma equipa médica,de enfermagem e de secretários clínicose que gere os seus próprios serviços, mar-cando consultas, substituindo colegas emcaso de falta e distribuindo tarefas. Sãoestabelecidas metas no início de cada anode forma a atingir determinados patamaresde qualidade no serviço. No Centro de SaúdeProfessor Arnaldo Sampaio, para além daUnidade de Saúde Familiar D. Afonso Hen-riques, coordenada pelo nosso interlocutor,existe outra: a USF Vimaranis , coordenadapela Drª. Teresa Laranjeiro. No total, o Centroserve cerca de 15 mil utentes.

Quanto aos serviços prestados “O CSde Guimarães presta cuidados de pre-venção e tratamento das doenças e,essencialmente, desenvolve atividades depromoção da saúde – Cuidados de SaúdePrimários. Estes cuidados prestados emconjunto pelas diversas Unidades Funcio-nais são desenvolvidos nas própriasinstalações, nos domicílios dos utentes ena comunidade. O CS, através da USP(Unidade de Saúde Pública), desenvolve,ainda, atividades administrativas na áreada Saúde Pública.” Para além disso, nãoesquece o seu papel formativo, recebendoalunos de medicina e de enfermagem.

Além da medicina curativa, tambémprivilegiam as áreas de prevenção epromoção da saúde, nomeadamente,através do “acompanhamento e vigilânciados utentes pertencentes a grupos de riscoe vulneráveis como a Saúde Infantil, Saúdeda Mulher (Saúde Materna e PlaneamentoFamiliar), Saúde do Idoso, Diabéticos, Hi-pertensos e doentes do foro oncológico.”

As camadas mais jovens não são es-

Visita ao Centro de SaúdeProfessor Arnaldo Sampaio

quecidas pois “são desenvolvidas muitasatividades e disponibilizados serviços deapoio aos jovens. Há um núcleo de SE,através da UCC, que faz a ligação CS/ESCOLA e procura prestar apoio em di-ferentes áreas como a Saúde Oral oudificuldades de aprendizagem e/ ouadaptação. São, também, disponibilizadosserviços sociais e de saúde em colaboraçãocom o NACJR (Núcleo de Apoio a Criançase Jovens em Risco).Também, muito im-portante, é a atividade desenvolvida naárea do Planeamento Familiar, efetuadanas consultas específicas pelos médicos eenfermeiros de família.”

No que se refere às condições detrabalho, “podemos considerar muito boasas instalações de que dispomos quer nasede, em Urgezes, quer nas diferentesUnidades Funcionais espalhadas peloconcelho. São instalações novas ou re-centemente remodeladas.”

Tivemos, então, a oportunidade de vercom os próprios olhos, através de umavisita guiada, a qualidade das instalações,desde os gabinetes médicos, passandopelas salas de enfermagem e de reuniõesaté à sala de espera dos utentes.

Relativamente ao atendimento dospacientes, “na maior parte das Unidadesnão há tempo de espera para consultas.Uma consulta poderá ser marcada numprazo máximo de 5 dias. As situações dedoença aguda ou agudizações de doençasão atendidas no próprio dia.”

Face às circunstâncias atuais de crise, oCentro de Saúde tem alcançado osobjetivos a que, anualmente, se propôs.No entanto, existem alguns cons-trangimentos: “algumas unidades con-frontam-se com falta de pessoal médico ecom alguma instabilidade periódicaresultante de uma parte dos profissionaisde enfermagem e secretários clínicosestarem com contratos de trabalho a termocerto. Também o sistema informático temsido um ponto fraco dado que apresentafalhas sucessivas e duradouras que pre-judicam marcadamente o desenrolar dasatividades.”

A finalizar, perguntámos por que motivoo Centro de Saúde tem como patrono afigura do Professor Arnaldo Sampaio,personalidade cujo percurso é desco-nhecido por grande parte dos jovens e dosutentes do Centro. O Dr. Alberto Oliveirareferiu que “foi um distinto médico deSaúde Pública que, mais tarde viria a serDiretor-Geral de Saúde em Portugal.Natural de Guimarães, desenvolveu, comomédico, investigador e professor, umtrabalho notável e fundamental para aimplementação dos serviços de SaúdePública em Portugal. O seu trabalho foireconhecido em Portugal e em muitosoutros países onde trabalhou.”

Agradecemos ao Dr. Alberto Oliveiratoda a simpatia e disponibilidade demons-tradas bem como a paciência que tevemostrando-nos o Centro de Saúde pordentro. Enquanto utentes não imaginamosmuitos dos patamares organizativos exis-tentes. Esperamos que, com a nossa re-portagem, fiquem a conhecer e a percebermelhor o funcionamento do Centro de saúdeque serve a nossa comunidade.

Tânia Araújo eFrancisca Faria (9º.E)

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 11Personalidades vimaranenses

Sabes quem foi o Professor ArnaldoSampaio? Por que motivos terá o seu nomeo Centro de Saúde que cobre as necessidadesde saúde básicas da localidade onde vives?

O Professor Arnaldo Sampaio, oriundode Guimarães, foi um grande vulto damedicina no nosso país. Desaparecido em1984, foi um trabalhador incansável na áreada Saúde, dedicando a sua atividade a trêssetores fundamentais: o ensino, a inves-tigação e a administração de Saúde.

Na década de 50, juntamente com Gon-çalves Ferreira, foi um dos principais res-ponsáveis pela reforma do ensino da SaúdePública no País, tendo vindo, mais tarde, adar contribuição fundamental para o de-senvolvimento da Escola Nacional de SaúdePública, à qual presidiu durante alguns anos.

Como investigador, foi, por muitos anos,colaborador do Instituto Superior de Hi-giene Dr. Ricardo Jorge, tendo aí impul-sionado a realização de importantes tra-balhos no domínio da Microbiologia e in-troduzido a prática de modernas metodo-logias científicas, que possibilitaram, deforma extremamente relevante, o desenvol-vimento de importantes trabalhos de in-vestigação aplicada em Saúde Pública.

Como prático da Saúde, Arnaldo Sampaiodeixou relevantes contribuições ao País.Ligado aos serviços centrais da Direção-Geral de Saúde, viria a emprestar ao cargode Diretor-Geral, que assumiu no inicio dadécada de 70, todo o seu prestígio, tendocolaborado na concepção, elaboração eaplicação da reforma dos Serviços de Saúdeportugueses, de 1971, da autoria do seugrande amigo e companheiro de luta Gon-çalves Ferreira. As atividades de ArnaldoSampaio ao longo dos últimos 30 ou 40anos da sua existência foram tantas que setorna difícil resumi-las.

Licenciado em Medicina em 1933, foicontratado pela Direção-Geral de Saúde,passados 6 anos, para o serviço de combateàs epidemias, tendo sido colocado noLaboratório de Bacteriologia Sanitária doInstituto Superior de Higiene Dr. RicardoJorge. No intervalo entre a licenciatura e asua admissão corno médico da Direção-Geral de Saúde, efetuou os internatos dosHospitais Civis de Lisboa e exerceu, duranteum curto período, a profissão liberal, comomédico de clínica geral, nos arredores deLisboa (Sintra).

Instalado no Instituto Superior de Hi-giene, logo contactou com as enormes ca-rências e limitações do respetivo Labora-tório de Bacteriologia Sanitária — de cujachefia fora, entretanto incumbido. Contudo,foi-lhe possível conseguir uma bolsa deestudos para os Estados Unidos, a fim deobter o grau de «Master of Science in PublicHealth», na Universidade de Johns Hopkins.Esta permanência nos E. U. revelou-se ex-tremamente produtiva, pelas repercussõesque teve no desenvolvimento dos labora-tórios de microbiologia do Instituto.

Em 1953, após um ano de trabalho comoinvestigador do Centro Mundial da Gripe(National Institute for Medical Research, MilI Hill,Londres), foi encarregado de montar edirigir, no Instituto Superior de Higiene, oCentro Nacional da Gripe, ligado à Or-ganização Mundial de Saúde. Foi então queArnaldo Sampaio alargou a sua atividadeao campo da Virologia, criando o Laboratóriode Virologia do Instituto, que depressa sedesenvolveu e distinguiu como um dosmais acreditados no Pais.

Como fruto da sua ação de investigaçãoaplicada, no Laboratório de BacteriologiaSanitária e no Centro Nacional da Gripe,deixou numerosos trabalhos publicados,que contribuíram para um melhor conhe-cimento da situação do País, em relação aalgumas doenças transmissíveis então pre-dominantes e para o estabelecimento demedidas profiláticas à escala nacional.

Em 1955, foi nomeado Inspetor Superiorde Saúde, continuando sempre a trabalharno sentido de melhorar os serviços de Saúde,

o que, entre outras tarefas, o levou àrealização de um pormenorizado inquéritosobre os laboratórios existentes no País,com vista à instituição de uma rede labora-torial de Saúde Pública, que só viria a con-cretizar-se com a reforma de 1971.

De regresso aos Estados Unidos, em1956, continuou a desenvolver a sua for-mação de Saúde Pública, através da fre-quência de vários cursos modulares naUniversidade de Harvard. Durante esta visita,debruçou-se também sobre os problemasrelacionados com a organização do ensinode Saúde Pública, problema que sempre opreocupou. De outubro de 1968 a janeiro de1972, foi temporariamente incumbido dadireção do Instituto Superior de Higiene.Entretanto, fora chamado, em 1970, a dirigiro recém-criado Gabinete de Estudos ePlaneamento do Ministério da Saúde eAssistência, tendo promovido a publicaçãodos «Trabalhos Preparatórios do IV Planode Fomento — 1971», que constituíram umdiagnóstico da situação de Saúde do País,efetuado com uma profundidade nunca antesatingida e que marcaram uma época nodomínio do planeamento da Saúde em Por-tugal. Nesta fase deu grande contribuiçãopessoal para a elaboração do Decreto-Lei413/71, peça fundamental da legislação deSaúde do País, que lançou os fundamentos deuma moderna política de saúde e determinouuma completa reestru-turação dos serviços,com a criação de uma rede de cuidados pri-mários, destinada a cobrir todo o País.

Cabendo à Direção-Geral de Saúde umpapel decisivo no desenvolvimento dapolítica estabelecida por esta legislação, foiArnaldo Sampaio chamado à responsa-bilidade de a pôr em prática, tendo sidonomeado Diretor-Geral de Saúde em 1972.Viria a ocupar este cargo até à data da suaaposentação, em 1978.

Contra toda a espécie de obstáculos,lançou as bases duma rede de cuidados desaúde primários, segundo as concepçõesmais modernas de política e administraçãode saúde, que tem constituído a infra-estrutura básica sobre a qual, desde então,tem assentado o desenvolvimento de taiscuidados no País.

A ação de Arnaldo Sampaio não se li-mitou ao âmbito nacional. Também a nívelinternacional as suas atividades foram múl-tiplas e relevantes. Na Organização Mundialde Saúde, como membro — e, a partir decerta data e durante muitos anos, comochefe da delegação portuguesa à Assem-bleia Mundial de Saúde, veio a alcançargrande prestigio e a criar laços de estima eapreço pessoal por parte de muitas dasprimeiras figuras da Saúde internacional.Pertenceu aos Comités de Peritos da OMS eatuou por diversas vezes como consultor daOrganização. Quando, em 1977, Portugal foieleito para o Comité Executivo — a mais altainstância técnico-científica e operacionalda OMS — o governo Português incumbiu-o dessa representação.

Pelas suas elevadas qualidades morais eprofissionais e pela vasta obra que realizou,Arnaldo Sampaio tem lugar assegurado nahistória da Saúde Pública em Portugal, comouma das suas primeiras figuras.

Guimarães prestou-lhe a merecida ho-menagem, atribuindo o seu nome ao Centrode Saúde que presta apoio e tratamentomédico à nossa comunidade.

A família vivia no Casal de Ribeiro de Calvos,em Gémeos, numa pequena propriedade queainda hoje pertence a uns primos. O meu Avôpaterno, José Leite de Carvalho, nascido em 1876,era um lavrador minhoto com algumas terras paracultivar. (…) Os pais deste meu Avô José residiramsempre em Paçô-vieira, uma localidade perto deGuimarães, onde na minha infância fui encontraruma casa antiga bem conservada e pude conhecer“os primos de Paçô”, como o meu Pai dizia. (…).Dos três filhos dos meus avós José e Emília, só omeu pai seguiu estudos superiores, talvez porser o único homem. (…)

Do Tio Padre José conta-se uma históriacuriosa. Meu pai, sempre bom aluno no liceu porimposição paterna e desejo de cumprir, teve acerta altura más notas. O Avô José não transigiu:lá em casa, quem não estudasse ou tivesse mausresultados teria de ir trabalhar. Chegou a pôr-sea hipótese de o jovem Arnaldo emigrar para oBrasil ou para África, porque não fazia sentidoestar a repetir anos. O meu Pai contava esteepisódio familiar com um misto de receio pelapossibilidade de não ter estudado e de admiraçãopela firmeza do meu Avô, de quem sempreexaltou a certeza nas convicções. Sempreconsiderou exagerada a punição proposta, atéporque a sentia como injusta, mas quandodiscutíamos questões de educação lá vinha esteexemplo de coerência educativa. (…) Valeu o TioPadre José, admirador confesso das qualidadesdo jovem Arnaldo. Propôs ao cunhado, meu Avôpaterno, uma alternativa à interrupção dosestudos ou à emigração forçada: tentava-se maisum ano e depois reavaliava-se a situação. (…) Omeu Pai aproveitou a oportunidade. Desde entãoe em todas as fases da sua vida de estudo nuncamais fracassou. Contou-me um dia que tinhacompreendido o seu pai: para um pequenolavrador minhoto ter um filho a continuar osestudos implicava sacrifícios que não eramcompatíveis com insucessos. (…) esta posição deprincípio foi transportado para a educação dosfilhos: meu Pai não suportava fracassos aca-démicos, aliás raros entre nós. Sentia tudo postoem causa e interrogava-se sobre o sentido donosso trabalho escolar em cada momento demenor êxito. Lembro-me da minha reprovaçãono 7º. Ano do Liceu (actual 11º.) por evidentedesinteresse pelos estudos mas forte motivaçãopara o trabalho na ilegal comissão pró-Associaçãodos Liceus ou para o convívio com os amigos; erecordo menor sucesso do Jorge nalgumascadeiras da Faculdade de Direito. Tais resultadoseram incompreensíveis para o meu Pai, quemsabe se recordava o episódio do zero, ou se punhaem causa a sua missão de educador: o certo é quesentíamos o aviso, uma pressão saudável que sónos fez bem e nos permitiu alcançar muitos dosnossos objectivos: às vezes interrogo-me sobre oque teria acontecido se o meu Pai tivesseignorado esses pequenos sinais de falta deinteresse ou de menor aplicação nos estudos,como vejo acontecer nalgumas famílias: porcerto teríamos deixado para trás muito do queconseguimos obter.

A determinação do meu Avô José foi decisivaem muitos passos da vida de meu Pai. Imaginocomo terá sido difícil vir fazer o exigenteinternato médico dos Hospitais Civis de Lisboa,ou começar uma carreira de médico de Clínicageral em Sintra, onde colegas já estabelecidoshá muito não lhe facilitaram a tarefa. (…)

A decisão do meu Pai ir para a Universidadede John Hopkins, nos EUA, em 1947, com aintenção de tirar um mestrado em Saúde Pública,deve-se em grande parte aos dez anos de clínicageral em Sintra, com a experiência de ter tidoque enfrentar condições de vida muitodesfavoráveis de grande parte da população:como costumava contar, aprendeu na práticacomo “a pobreza gerava doença e a doençaprovocava pobreza”. (…) Nos anos 40 e 50 nãoestava em voga o estudo no estrangeiro, nem osmédicos dispunham de apoios avultados daindústria farmacêutica que caracterizam os diasde hoje. Foi o sentido da causa pública e a vontadede melhorar a saúde dos portugueses que olevaram ao contacto com o exterior; nos EUA emais tarde em Inglaterra, onde adquiriu umasólida formação em Saúde Pública.

Para o meu Pai, a família e o seu trabalho comas populações eram a garantia da sua con-tinuidade e estabilidade existenciais: dizia da

sua especialidade que “tinha a ver com tudo” e,de uma forma pioneira, lutou pelo direito à saúdepara todos, muito antes da consagração dessadefinição no texto constitucional da democracia.(…) Foi Director-Geral de Saúde antes e depoisdo 25 de Abril: sendo um democrata, era aceitepelo regime autoritário pela sua competênciatécnica, a mesma razão por que conseguiu ladearalgumas injustas contestações do períodorevolucionário, permanecendo em funções atéatingir em 1978, o limite de idade.

Ficou ligado a conquistas importantes nosserviços de saúde: a organização do Laboratóriode Bacteriologia e Virologia do Instituto RicardoJorge, a criação do Centro Nacional da gripe (apósestágio em Londres), que desempenhouimportante papel nas epidemias de gripe de 1957e 1968, a reestruturação dos serviços de Saúdepública e o Plano Nacional de Vacinação. (…) Noinício dos anos 70, com Gonçalves ferreira eBaltazar Rebelo de Sousa, esteve na origem dacriação dos Centros de Saúde. (…) Em 1977,Portugal foi eleito para o Conselho Executivo daOrganização Mundial de Saúde, representaçãoque ficou a cargo de Arnaldo Sampaio. (…)

Interessa ainda escrever sobre o meu Paicomo educador. Tinha um afecto tímido, porvezes escondido, que o fazia parecer distante oudistraído e que certamente algum problema lheterá trazido. A verdade é que tinha um coraçãosensível, solidário, muito atento ao sofrimento(…). Ancorado sempre na inteligência pragmá-tica de minha Mãe, despertou cedo nos filhosuma consciência cívica que norteou a nossa vida:para ele não fazia sentido faltar; chegar atrasado,adiar um exame, atraiçoar um colega ou fazer deconta que não se via uma pessoa a pedir ajuda.

Educava pelo exemplo de trabalho, respeitoe dedicação que foram o paradigma da sua vida.“Liberdade e responsabilidade” era o seu lema.Por isso sempre nos conduziu aos percursos daautonomia responsável: podíamos fazer o quequiséssemos, desde que seguíssemos os valoresda família e fôssemos sempre coerentes everdadeiros. Sempre nos ensinou a importânciada continuidade intrapsíquica da família, aquelesentimento que nos fazia pertencer ao grupofamiliar, mesmo quando não nos víamos comfrequência. Não éramos só os quatro Sampaios,fazíamos parte de uma rede mais vasta, integradapelos nossos avós, tios e primos. Para reforçar asmalhas dessa teia relacional, não dispensou,durante muitos anos, a Páscoa em Guimarães, oque nos fez unir de forma ímpar a esses familiaresnortenhos.

No quotidiano da vida familiar, o Pai era umpioneiro daquilo que deveriam ser as novasformas de relacionamento familiar: ouvia sempre,estimulava a discussão e a crítica construtiva, masdecidia quando a discussão se eternizava. Tinhauma autoridade natural, que o fazia nuncalevantar a voz mesmo quando discordava, ou queo levava a persuadir com método e persistência,até levar a bom porto o seu ponto de vista.Recordo com saudade os nossos jantares, ondetudo se discutia: não havia lugar para silêncios,mas todos respeitávamos o ponto de vista alheio,numa pedagogia do reconhecimento do outroque foi um dos mais importantes valores que nostransmitiu.

Arnaldo Sampaio: umapersonalidade marcante a relembrar

Depoimento do Professor DoutorDaniel Sampaio sobre o seu pai

Texto elaborado com extractos da obraA Razão dos Avós, de Daniel Sampaio, a

quem muito agradecemos adisponibilidade para ter presente a sua

voz nesta evocação.

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12 NOVAS DO GIL Abril 2012 Jovens da nossa terra

Em busca de um sonho, Sofia Escobarpartiu para Londres. Saiu de Guimarães e,hoje em dia, é uma das maiores vedetas dacapital do Reino-Unido, onde brilha noteatro musical. Entramos em contacto coma artista procurando saber mais sobre o seupercurso pessoal e artístico. Apesar defamosa, mostrou-se generosamentedisponível para responder às perguntascolocadas pela turma do 7º F através decorreio eletrónico.

O gosto pelas artes foi algo quenasceu consigo ou foi-se construindoao longo dos anos?

Acho que nasceu comigo e tive a sortede ter as condições necessárias para quese desenvolvesse ao longo da minha vida.

Sentia-se mais atraída pelo cantoou já pensava no teatro musical?

Ambos, eu sabia que adorava música esabia que adorava contar histórias, nuncaconsegui perceber qual veio primeiro.

Que escolas frequentou em Gui-marães e que tipo de recordaçõesguarda desses momentos?

Frequentei o Colégio Nossa Senhorada Conceição, a Escola secundaria Fran-cisco de Holanda, o Circulo de Arte e Recreioe a Academia de Música Valentim Moreirade Sá. Nas duas primeiras, sempre mesenti um pouco deslocada, um bocadinhocomo um patinho feio e um pouco perdidaporque não conseguia sentir os mesmosobjetivos que os meus colegas. Mais tardepercebi porquê.

Onde iniciou os seus estudos decanto?

Na Academia de Música Valentim Mo-reira de Sá.

Sempre sonhou estudar em Lon-dres? Pensa que o ensino artístico emPortugal é subestimado?

O sonho de estudar em Londres jáexistia há muitos anos mas só o considereicomo algo que realmente pudesse fazerno final do conservatório. Acho que oensino artístico ainda é um pouco su-bestimado quando comparado com osrestantes cursos, mas felizmente essamentalidade tem vindo a mudar.

Como foi a adaptação a um novopaís, a uma nova cultura?

Não foi fácil. Eu sou muito ligada aminha família e aos meus amigos e assaudades foram e ainda são muitas, mas aqualidade do ensino na Guildhall ajudoumuito e felizmente hoje em dia com ainternet as distâncias são mais pequenas.E Londres é uma cidade fantástica, hoje jáé a minha segunda casa.

As audições para o “Fantasma daÓpera” duraram cerca de oito meses.Como lidou com esse processo?

Com muitos nervos, muita ansiedade emuita esperança!

O que sentiu quando soube que iarepresentar o papel de Christine Daae?

A sensação foi indescritível, não me

queria acreditar, parecia algo saído de umconto de fadas. Chorei de alegria.

Como se sentiu quando soube quetinha ganho o Prémio de Melhor Atrizde Teatro Musical?

Mais uma vez, a sensação foi de estar aviver um sonho, surreal. Um orgulho enor-me, claro, por ver o meu trabalho reco-nhecido dessa forma!

Teve uma participação na sériejuvenil “Morangos com Açúcar”. Como

De Guimarães para Londres,uma estrela em ascensão

foi esta experiência? Fazer Cinema eTelevisão está no seu horizonte?

Fazer televisão e cinema faz sem dúvidaparte dos meus planos, é completamentediferente de fazer teatro e durante a minhaparticipação nos Morangos a minhainexperiência no campo foi notória, masaprendi muito e adorei a experiência.Entretanto fiz recentemente uma curtametragem e definitivamente é algo emque gostava de investir mais.

Se tivesse de optar entre o canto, adança e a representação, qual escolhe-ria?

O meu grande problema sempre foiesse, nunca consigo escolher apenas umadessas áreas!

Qual a personagem que sonhainterpretar?

Muitas!!

Sente saudades da sua terra natal?Como descreveria sucintamente acidade de Guimarães?

Respostas breves

Cor preferida: Verde

Comida preferida: Arroz de pato(preferencialmente cozinhado pelaminha mãe)

Musical preferido: Muitos!!!

Músico(s) preferidos(s): Não consigoescolher só um!

Escritor preferido: Joanne Harris

Filme preferido: Amelie/ Breakfastat Tiffany’s

Adora: Pessoas fortes com atitudepositiva na vida, os meus amigos, fa-mília, namorado, café, Yoga, o mar, amúsica!

Odeia: Injustiça, negatividade, pes-soas superficiais, o frio!

Uma palavra que a defina: Sonha-dora.

Imensas saudades, a minha cidade temum charme muito especial, acima de tudosão as pessoas que lá vivem pelas quaistenho um carinho sem limites que fazema cidade ser tão especial.

A finalizar, que conselhos daria ajovens como nós caso quiséssemosseguir uma carreira artística?

Em primeiro lugar investir na formação,ninguém nasce ensinado e por muitotalento que se tenha é sempre necessáriolimar e aperfeiçoar muita coisa. E acima detudo não desistir!

Agradecemos a disponibilidade, asimpatia e humildade demonstradas porSofia Escobar. Gostámos muito da opor-tunidade que tivemos em entrevistá-la egostaríamos, quem sabe, de um dia aconhecer pessoalmente. Seguindo o seuexemplo, sabemos que, com esforço,devemos lutar com determinação pelosnossos sonhos.

Entrevista elaborada pelo 7º F

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 13Semana da leitura

Leitura, cooperação,solidariedade e tradição– de mãos dadas paraum mundo melhor

Com o objetivo de estimular na comuni-dade educativa o prazer de ler e incentivara leitura, a criatividade, mas também oespírito de partilha e proximidade, decorreu,de 27 de fevereiro a 2 de março, noAgrupamento, a Semana da Leitura e daBanda Desenhada.

Cooperação e solidariedade foram aspalavras de ordem para a organização dasdiferentes atividades que, ao longo dasemana, uniram toda a comunidade numobjetivo comum: celebrar a leitura.

O concurso «Ler Sem Limites» [3.os e 4.os

anos], o encontro com autores como a Dr.ªRosa Maria Saavedra e Richard Towers [Mar-tinho Torres], a palestra com a professoraCélia Fernandes e a repetição de sucessoscomo o «Conto em Cadeia», o voluntariadode leitura ou o «Chá com Letras» foramapenas algumas das iniciativas que anima-ram o nosso Agrupamento durante umasemana, onde também se continuou a valo-rizar Guimarães e o seu património e tradições.

Concurso de Leitura«Ler Sem Limites»

Integrado na Semana da Leitura, e à se-melhança do que aconteceu no ano anterior,realizaram-se as provas de seleção para aparticipação dos alunos dos 3.os e 4.os anosno concurso de Leitura «Ler Sem Limites».

Com o objetivo de promover a prática deleitura, o concurso que se realizou em todasas escolas do primeiro ciclo do Agrupamento,contou, mais uma vez, com a participaçãoempenhada dos alunos que se saíram muitobem nas diferentes provas.

Parabéns aos finalistas que no dia 22 demaio, Dia do Autor Português, se irão encontrarna Escola E.B. 2, 3 Gil Vicente para a grande final.

O livro-objecto

No dia 1 de março, o escritor MartinhoTorres (que assina como Richard Towers)

apresentou, na Biblioteca, os seus maisrecentes lançamentos: “Tempo”, “Reflexos” e“O Desafio”.

Numa abordagem clara e musicada,ficamos a conhecer um pouco o autor, aeditora que reinventou o livro, e ainda ossegredos por detrás da concepção do livro-relógio, do livro-espelho e do livro-xadrez.

A história dos MeninosGordos que virarampeças de faiança

E por que não convidar a autora da obraque vamos encenar?

Foi assim, por sugestão dos alunos, quea biblioteca convidou a Dr.ª Isabel MariaFernandes para assistir à encenação daobra Os Meninos Gordos, levada a cabo pelosAmigos da Biblioteca (6.os D e E). O convitefoi simpaticamente aceite e a autora assistiua tudo na primeira fila. Gostou muito econsiderou extraordinária a ideia e a atuaçãodos intervenientes.

Nós agradecemos e ficamos maravilha-dos com a simpatia e amabilidade de tãoilustre figura.

À conversa com a Dr.ªRosa Maria Saavedra

Uma pequena pes-quisa pela internet per-mite-nos saber que Ro-sa Maria Saavedra nas-ceu em Guimarães, temuma licenciatura emHistória pela Faculdadede Letras da Univer-sidade do Porto, foiprofessora de Históriado 2.º ciclo e está, há jámuitos anos, ligada aoServiço Educativo doMuseu de Alberto Sam-paio. É autora de obrascomo O Berto descobre o Museu, D. João I eGuimarães ou, mais recentemente, e em co-autoria com Patrícia Sampaio e Sónia Silva,Lendas e Outras Histórias de Guimarães.

No entanto, o que essa pesquisa não nosrevela é que a Dr.ª Rosa Maria, que durante aSemana da Leitura fez um périplo pelas escolasdo 1.º ciclo do nosso Agrupamento, é umasimpatia e uma excelente comunicadora!

O desafio era simples: permitir que osalunos do pré-escolar e do primeiro ciclopudessem contactar pessoalmente com umadas autoras responsáveis pelas diferenteshistórias que estavam a trabalhar nas salas deaula. O convite foi feito e prontamente aceite.

Seguiu-se uma semana muito animada,cheia de conversas interessantes, perguntaspertinentes e muitas surpresas: dramatiza-ções, teatros de fantoches e até muitas can-torias! A autora cativou-nos, mas nós (modés-tia à parte) ficamos com a sensação que elatambém ficou muito encantada connosco! ;)

Os alunos “deram música à autora” –

Centro Escolar de Urgezes

As perguntas feitas pelos alunos à escritora,constam de entrevista alusiva, na página 9.

Animados pela Leitura

Nesta semana de partilha à volta da leitura,muitos foram aqueles que também deramasas ao gosto de representar e, por isso, todosnós ficamos mais ricos de cultura e animação.

As Três Abóboras e Serafim e Malacuecona Corte do Rei Escama de António Torradoou Leandro, o Rei da Helíria, de Alice Vieira,são apenas alguns exemplos dos textos queforam trabalhados pelos nossos alunos erepresentados com muito boa disposição.

Bibliopaper

O dia 2 de março foi o dia escolhido paraa realização de um Bibliopaper. Este consistiuna descodificação de enigmas e na execuçãode tarefas surpresa, com vista ao preenchi-mento de um questionário sobre temáticasvariadas (fundo documental da Biblioteca; con-teúdos disciplinares; cultura geral; funciona-mento e valências da Biblioteca e da Escola).

Participaram nesta atividade alunos devárias turmas, organizados em equipas(constituíram-se treze equipas cada umacom quatro alunos). As três melhores equipasforam os bibliocérebros (1.º lugar) do 7.º A, os

Presença da autora Célia Fernandes

Semana daleitura vistapelos alunos

No âmbito da Semana da Leitura, a turmado 5º D deslocou-se ao Centro Escolar deUrgezes (CEU), no dia 1 de março, por voltada 15 horas e 15 minutos, para apresentarduas histórias aos alunos do primeiro anode escolaridade.

As obras selecionadas pelos alunos daturma “O Dálmata Sem Pintas”, de AdrianaFerreira, e “Um Amigo”, de Leif Kristiansson(tradução de Sophia de Mello BreynerAndresen), versavam temas relacionadoscom sentimentos que devemos preservar: aamizade, a solidariedade, a tolerância, ainterajuda, o amor.

Com as mensagens das históriasapresentadas, os alunos do 5º D preten-deram sensibilizar os mais novos para queestes se venham a tornar cidadãos maisatentos, mais compreensivos e mais res-ponsáveis.

No final, os alunos dos 1º e 5º anoscantaram em conjunto uma canção, inte-grada na obra “O Dálmata Sem Pintas”. E foiassim que, durante cerca de trinta minutos,alunos de dois ciclos diferentes partilharamum agradável momento, tendo por base aleitura.

A alegria estampada no rosto de todosanunciava o sucesso da atividade e mos-trava o quão gratificante e enriquecedoratinha sido.

Os alunos do 5º ano esperam que oentusiasmo demonstrado pelos mais pe-queninos, ao longo da atividade, se traduzaem mais e melhores leituras e que o prazer daleitura os acompanhe sempre, a fim de quemais facilmente alcancem o sucesso escolar.

Os alunos do 5º D

tropa (2.º lugar) do 8.º D, com um aluno do CEF1 e os tutifruti (3.º lugar) do 6.º D.

Foi uma atividade inovadora, divertida ecom excelentes resultados, na opinião da pro-fessora bibliotecária Rosa Maria Gomes que,assim, constatou que a maioria das equipasconhecia bem o funcionamento da BE.

Parabéns a todos pela participação ecolaboração.

Na escola E.B2,3 Gil Vicente, durante a“Semana da leitura”, os alunos trans-formaram-se em poetas.

Os alunos do 5ºB participaram em váriasatividades e desempenharam muitospapéis. Na peça de teatro “Espelho, RetratoVivo” foram atores e animaram os alunose os professores.

Ao longo da semana, o 5ºB também sededicou à leitura de pequenas histórias epoemas. Alguns alunos foram mesmo poe-tas, porque leram os poemas feitos por eles.

Foram dias que valeram a pena, poistodos os meninos adoraram ler e escrever.

Os alunos do 5.º B

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14 NOVAS DO GIL Abril 2012 Os nossos escritores

No âmbito da celebração do Diade S.Valentim, organizou-se umConcurso de Contos de Amor.Publicamos aqui o conto vencedor,intitulado “O Fruto Proibido”.

Era um daqueles dias de outono, o ventovarria as folhas das árvores que já seencontravam completamente despidas.Passeava à beira mar, a praia estava com-pletamente deserta, à minha volta só existiaareia, rochedos e o mar. A tempestadeaproximava-se, por isso resolvi voltar paracasa. Foi uma noite complicada, pois nuncaantes tinha visto tempestade igual. Nãopreguei olho a noite inteira.

No dia seguinte acordei bem cedo.Ainda o sol estava a nascer quando comeceia fazer as malas, pois tinha de partir paraCoimbra, ia começar a dar aulas na Uni-versidade. Como ainda tinha bastantetempo, comecei a escrever. Estava muitoempenhado na escrita de um romance masqueria que fosse diferente de todos osoutros. Ainda não sabia bem o que ia es-crever. Quando dei por mim já eram quasenove horas e essa era a hora a que o comboiopartia. Corri o mais depressa que pude atéà estação. Quando lá cheguei, já o comboioia longe, por isso tive de esperar pelopróximo. O tempo parecia não passar.Quando queremos que o tempo passe rá-pido, acontece exatamente o contrário. Apósuma longa espera, finalmente, avistei ocomboio. Quando entrei, pensei que este seia desmoronar, estava a cair aos pedaços.

Peguei no meu bloco e continuei a es-crever. O mais certo era nem no dia seguintechegar a Coimbra.

Como é óbvio, nem apareci na Uni-versidade, resolvi ir procurar a casa quetinha alugado, perto do convento de SantaCruz. Depois de muito procurar, conseguiencontrar a casa. Era pequena, mas comuma vista fantástica. Sempre gostei de casaspequenas, fica mais fácil de me encontrar.

Como não tinha trazido muita roupa,comecei a arrumar a grande quantidade delivros que trouxera. No final da tarde fui-medeitar, estava exausto, tinha sido um dia emcheio.

O sol já ia alto quando o despertadortocou. Não sabia com que cara havia deaparecer ao diretor, ele devia estar fulo,talvez devesse ter mandado uma mensagemno dia anterior, mas não tinha rede.

Apanhei um autocarro e fui para aUniversidade o mais cedo possível, poistinha de me justificar, para além de ter decomeçar a organizar as minhas aulas.Quando cheguei, estava completamenteperdido! Nunca antes estivera ali! Só paraencontrar o gabinete do diretor demoreimais de meia hora até que, ao fundo, avisteiuma pequena placa que dizia: “Gabinete do

Quando o amor fecha os olhos aolado mais obscuro – 8.º A

Fruto Proíbido – 8.º C

Verdadeiro Amor – 8.º D

"O Fruto Proibido"Diretor”. Bati à porta, mas ninguém merespondeu, até que, por de trás de mim,apareceu o Dr. Gonçalo. Com um ar de-siludido afirmou:

– Seja bem aparecido!Não sabia o que dizer…– Desculpe Sr. Diretor, há uma explicação.– Espero bem que sim, ao menos podia

dignar-se a ligar. Não?! – disse com cara depoucos amigos.

Convidou-me a entrar e eu tive de lheexplicar tudo, apesar de ele não ter achadoque isso era desculpa para faltar. No fim daconversa despedi-me dele e fui para a salapreparar a aula.

A primeira pessoa a entrar foi uma jovemalta, de cabelos escuros, olhos verdes e umsorriso que nunca antes vira. Desde logopercebi que era diferente.

Quando cheguei a casa, resolvi ir es-crever, mas não consegui pensar em maisnada, senão naquela rapariga de olhosverdes, que faziam lembrar esmeraldas, queconhecera esta manhã.

Os meus pensamentos foram interrom-pidos por um estranho barulho vindo doexterior e não é que vi Diana, a tal raparigade olhos verdes, a discutir com um rapaz demau aspeto! Passei grande parte da noite apensar como iria confrontá-la com tal as-sunto, pois não queria que ela se apercebessede que ouvira a discussão.

Dois meses depois éramos já grandesamigos. Conhecia-a como ninguém. Con-tou-me toda a sua história com Tomé, malela sabia que eu tinha assistido àquelaembaraçosa discussão. Nas aulas havia trocasde olhares, apesar de tentar que ela mefosse indiferente. Cada vez que a olhavaparecia que o vazio que sentia desde hámuito desaparecera.

Estranhamente, aquilo que sentia porDiana evoluíra ao longo do tempo, paramim já não era uma simples aluna, tornara-se o meu fruto proibido.

No dia seguinte, ouvi o telefone, era Diana.– Sim?! – perguntei eu.– Lourenço, preciso que venhas ter

comigo ao fundo da avenida! –respondeuDiana com uma voz de choro.

– Que se passa? – questionei preocupado.– Depois conto-te tudo… – respondeu.Quando lá cheguei, encontrei Diana

cabisbaixa, disse-lhe “Olá”, mas ela não mepareceu querer responder, no entanto, aofim de algum tempo confessou:

– Tive mais uma discussão com o Tomée desta vez ele agrediu-me – confessouDiana quase a chorar.

– Ele não podia ter-te feito isso, possosaber por que é que ele te bateu?

– Eu… disse-lhe que já não o amava, poiso meu coração fora ocupado por outrapessoa - disse Diana com uma lágrima acorrer-lhe pelo rosto.

Para a fazer esquecer dessa mágoa, levei-a a um lugar que me era especial. E foi aí queocorreu o primeiro beijo, foi inesperado,mas mágico.

Naquele momento, não sabia o que haviade fazer ou dizer. Após um longo silêncio,decidimos voltar para casa.

Levei-a a casa, despedimo-nos enver-gonhados e eu voltei pensativo. Peguei nacaneta e no bloco e pensei em escrever, masnão conseguia pensar em mais nada, senãonaquele intenso beijo. Por momentos,pensei ir ter com ela para esclarecemos ascoisas, mas ouvi a campainha. Era ela!

– Posso entrar? – perguntou Dianaenvergonhada.

– Claro, entra! – respondi ansioso.Sem nos apercebermos já nos tínhamos

envolvido. Quando acordei, deparei-me comDiana ao meu lado.

O tempo passara rapidamente, era difícilconter os sorrisos durante as aulas. Entre-tanto, começara a ficar preocupado, Dianaandava com enjoos e frequentementevomitava. Resolvi falar com Raquel, a melhoramiga de Diana.

– Estou preocupado com a Diana! –confessei a Raquel.

– Porquê? – perguntou Raquel, tentandonão me olhar.

– A Diana tem-se sentido mal, sinto-adistante.

– Não me quero precipitar, mas acho queela está grávida…Peço-te que não lhecontes nada, ainda é cedo - pediu Raquelincomodada.

Virei costas e voltei para casa sem dirigira palavra a Raquel, não conseguia acreditarque aquele possível bebé pudesse destruira vida de Diana. Sentia que tinha de falarcom ela, por isso, fui procurá-la ao centro dacidade, onde a encontrei com Raquel.

– Diana, posso falar contigo? – perguntei.Raquel sentiu-se a mais, por isso retirou-

se.– Claro, Lourenço!– Andas a ignorar-me?– Não, por que perguntas?– Não nos temos falado e já não há

aquela cumplicidade entre nós. -respondiincomodado.

– Isso está a acontecer porque eu achoque estou grávida… já fiz o teste e deupositivo!

Fiquei boquiaberto, já desconfiava, masagora tinha a certeza.

Diana andava nervosa, pois não sabiacomo os pais reagiriam a tal notícia. Resolveuorganizar um jantar para me apresentar aospais dela e dar-lhes a tal notícia. Foi o piordia da minha vida! Assisti à pior discussãoque alguma vez imaginara. Os pais de Diananão aceitavam aquele neto, por isso, quasea obrigaram a abortar. Diana saiu de casa eprometeu não voltar.

A caminho de casa, resolvi surpreenderDiana com um jantar na Quinta das Lá-grimas, visto que não tínhamos sequertocado na comida. Passadas duas magníficashoras, voltamos para casa e foi então quevimos Tomé. Estava a drogar-se. Por mo-mentos, pensei em parar o carro, mas olheipara Diana e percebi logo que não era boaideia, por isso seguimos em frente.

Acompanhei Diana a todas as consultase, sete meses depois, já toda a Universidadecomentava o facto de Diana estar grávida.

O semestre tinha terminado, por isso,para comemorar o sucesso de Diana, decidilevá-la ao Choupal, onde demos um longopasseio. Refugiámo-nos num lugar sosse-gado, onde falámos do futuro da nossa filha.

De repente, apareceu Tomé apontando-me uma arma. Tentei convencê-lo de quetudo aquilo era um grande disparate, masquando dei por mim já Diana estava deitadano chão coberta de sangue.

Tomé, arrependido, fugiu. Apeteceu-meir atrás dele, mas naquele momento apenasDiana importava. Quando já nos encon-trávamos no hospital, levaram Diana deimediato para a sala de parto. Após umalonga espera, um médico dirigiu-se a mim.A sua expressão não era a melhor.

– É o namorado de Diana? – perguntou.– Sim… – respondi preocupado.– Tenho más notícias. Diana não sobre-

viveu, mas a sua filha encontra-se em obser-vação.

Entrei em estado de choque, não poderiaviver sem Diana, levei as mãos à cabeça eentrei disparado na sala de parto. Senti umaenorme revolta contra Tomé, apetecia-mecometer uma loucura, mas lembrei-me deque tinha uma filha para criar.

No dia do funeral de Diana os seus paisvieram ter comigo.

– Lourenço, devemos-te um pedido dedesculpas, devíamos ter aceitado aquelebebé, afinal é nossa neta! – responderamum pouco arrependidos.

– É pena terem percebido isso tarde demais– respondi virando as costas e indo embora.

– Espera! Quero que saibas que poderáscontar sempre connosco.

– Obrigado!

Anos depois, a minha filha Diana já tinhadez anos. Era tratada com todo o carinho eamor por mim e pelos avós. Era o reflexo damãe: boa aluna, tinha olhos esmeralda e eraalta. Se Diana fosse viva orgulhar-se-ia dasua filha.

Lancei o meu primeiro romance. Baseei-me na minha história com Diana e foi umsucesso de vendas. Estou já a escrever omeu segundo livro, desta vez com a ajudada minha querida filha. Por muito que sintaa falta de Diana, sei que ela estará sempreao meu lado.

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 15Os nossos criadores

Carlos Faria - 7.º A

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16 NOVAS DO GIL Abril 2012 Atividades

Centro Escolar de Urgeses

Figuras IlustresA Condessa Mumadona

Filha do conde Diogo Fernandes e dacondessa Onega Lucides, era tia do reiRamiro II de Leão e bisneta de VímaraPeres. Célebre, rica e mulher mais pode-rosa no Noroeste da Península Ibérica, éreconhecida por várias cidades portu-guesas devido ao seu registo e ação.

Em 926 Mumadona já estava casadacom o conde Hermenegildo Gonçalves,passando, porém, a governar o condadosozinha após o falecimento do seu esposo(c. 928), que a deixou na posse deinúmeros domínios, numa área quecoincidia sensivelmente com zonas queintegrariam os posteriores condados dePortucale e de Coimbra.

Esses domínios foram divididos emjulho de 950 com os seus seis filhos, vindo

O Centro Escolar de Urgezes continuou a descobrir e a…

“Conhecer Guimarães!...”Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico

considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiorescentros turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.

A Guimarães atual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção dopatrimónio com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas, que semanifestou na nomeação para Capital Europeia da Cultura em 2012, fatores que levaram Guimarãesa ser eleita pelo New York Times como um dos 41 locais a visitar em 2011.

Guimarães é muitas vezes designada como “Cidade Berço”, devido ao facto de aí ter sidoestabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascidonesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica atribuída à Batalha de São Mamede.

Os “Vimaranenses” são orgulhosamente tratados por “Conquistadores”, fruto dessa herança histórica de conquista iniciadaprecisamente em Guimarães.

Gonçalo I Mendes a ficar com os docondado Portucalense. Nesse momento(950-951), por inspiração piedosa, fundou,na sua herdade de Vimaranes, um mosteirosob a invocação de São Mamede (Mosteirode São Mamede ou Mosteiro de Guimarães),onde, mais tarde, professou. Para a pro-teção deste mosteiro e das suas gentes dasincursões dos Normandos, determinou aconstrução de um castelo (Castelo deGuimarães), à sombra do qual se desen-volveu o burgo de Guimarães, vindo a sersede da corte dos condes de Portucale. Odocumento testamentário no qual faz a

doação de seus domínios, gado, rendas,objetos de culto e livros religiosos aomosteiro de Guimarães, datado de 26 dejaneiro de 959, é importante por teste-munhar a existência de diversos castelos epovoações na região.

Alunos do 4º ano

ArtesanatoA CantarinhadosNamorados

A cantarinha dosnamorados ou dasprendas é feita embarro vermelho eenfeitada com mica branca. Esta peçatrabalhada nas olarias de Guimarães écomposta por duas peças: uma cantarinhamaior e outra menor.

A cantarinha maior significa a abun-dância eterna que se desejo ao futurocasal, cheia de ilusões e esperanças. Acantarinha menor, que há-de encher amaior, não tem qualquer enfeite, significaa vida real, as incertezas do futuro e estáencimada pelo emblema da família.

Quando um rapaz escolhia uma raparigapara casar, primeiro oferecia-lhe uma«Cantarinha das Prendas». Se a raparigarecebia a Cantarinha era sinal que o pedidode noivado era aceite e então o rapazoficializava o noivado com a família da noiva.A Cantarinha servia então para guardar as«prendas» que o noivo e a família da noivaofereciam. As prendas eram de ouro, comocordões, cruzes, pulseiras, braceletes, cora-ções, borboletas e outras peças, consoante

Itinerários em Guimarães

Alunos do 1º ano

os haveres das duas famílias.Este uso há muito tempo que desa-

pareceu dos costumes das gentes vimara-nenses. Hoje só resta a tradição!

Alunos do 3º ano

Festas e Romarias

As Festas Gualterianas, em honra de SãoGualter, decorrem desde 1906 sempre noprimeiro fim de semana de agosto. Nosúltimos anos, a Câmara Municipal temassumido a organização das festividadesatravés de uma comissão presidida pelosvereadores da Cultura e outras instituições,nomeadamente a Associação Comercial eIndustrial de Guimarães e a AssociaçãoRecreativa da Marcha Gualteriana. Estas festassão marcadas pelo Cortejo do Linho e pelaBatalha das Flores. Por fim, como é tradição,a Marcha Gualteriana encerra as festas.

As Nicolinas são Festas de Estudantesde Guimarães, celebradas em honra deSão Nicolau de Mira. Iniciam-se a 29 denovembro e terminam a 7 de dezembro.São compostas por vários números: oPinheiro e Ceias Nicolinas (o número maisconcorrido onde os participantes, apósum jantar pelos restaurantes da cidade,desfilam pelas ruas de Guimarães en-toando os Toques Nicolinos ao som dosbombos e das caixas), as Novenas, asPosses, o Pregão Académico Vimaranense,as Maçãzinhas, as Danças de São Nicolau,o Baile da Saudade e a Roubalheira.Ultimamente tem vindo a ser defendida acandidatura das Festas Nicolinas a Patri-mónio Oral e Imaterial da Humanidade.

A Festa de Santa Luzia acontece anual-mente a 13 de dezembro, junto à capelade Santa Luzia, na Rua Francisco Agra.Associada a esta festividade está a tradi-cional venda de bolos, confecionados comfarinha de centeio e açúcar, designadoscomo Sardões e Passarinhas.

Alunos do 2º ano

Doces TradicionaisNo mês de fevereiro, os alunos da Edu-

cação Pré-Escolar do Centro Escolar deUrgezes foram Por Um Dia Pasteleiros.Tratou-se de uma iniciativa integrada noProjeto Educativo Conhecer Melhor…Guimarães que contou com a colaboraçãodo Pai de um dos alunos que, sendopasteleiro, se disponibilizou para ensinaras crianças a confecionar Toucinho-do-Céu – um doce tradicional da nossa cidade.A atividade decorreu no refeitório doCentro Escolar, resultou em grande en-tusiasmo e culminou num delicioso lanche.Aproveitamos para, publicamente, agra-decer a disponibilidade do Sr. Guimarãesque passou uma manhã com a pequenada eofereceu todos os ingredientes necessáriosà confeção do referido doce - Bem-haja!

Lendas de Guimarães

Alunos do 3º ano

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 17Atividades

EB1 / JI de Arrau – Nespereira

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18 NOVAS DO GIL Abril 2012 Atividades

EB1/J.I. Quinta do Vale (Polvoreira)

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 19Atividades

EB1 / JI da Valinha (Polvoreira)

Semana da Leitura 2012

Integrado no Programa da “Semana da Leitura e da Banda Desenhada”,veio à nossa escola, no dia 28 de fevereiro, a escritora Rosa Maria Saavedra,apresentar o livro editado pelo Museu Alberto Sampaio “Lendas e outrashistórias de Guimarães”. Nessa sequência, as diferentes turmas exploraramas seguintes lendas:

Lenda Santa Catarina da Penha

Numa lenda muito antiga, fala-se de umapastora chamada Catarina que vivia no monteda Penha.

Catarina avistou, numa montanha muitoalta, o rei Ataúlfo e os seus soldados com asluzes para conquistar o Monte da Penha.

Catarina, cheia de medo, abriu uma ermidae lá dentro estava toda iluminada.

Ela pegou em cera das oferendas dos pastores e colocou-as nos corninhosdas ovelhas.

Catarina ajoelhou-se no meio do seu rebanho à espera que o exércitose fosse embora.

Ataúlfo pensou que ali estava um exército maior, rendeu-se, foi-seembora e nunca mais voltou.

Com o monte da Penha salvo, Catarina passou a chamar-se a SantaCatarina da Penha.

1.º e 2.º ano

Sob o tema da Se-mana da Leitura e daBanda desenhada -Cooperação e Solida-riedade, os alunosdesta escola cons-truíram um Mural,com a colaboraçãode toda a Comuni-dade Educativa: do-centes Titulares deTurma, família, do-centes das AEC ealunos.

Alunos do Jardim e da turma de 1.º e 2.º anoassistem a teatro de fantoches “Afonso e Constança”

No dia 14 de março de 2012, os alunos do JI e da turmade 1.º e 2.º ano da Valinha, foram ao Paço dos Duques deBragança, assistir ao teatro de fantoches “Afonso eConstança”.

Terminaram com a visita às instalações do referidomonumento, inserido no Projeto “Conhecer Guimarães”.

Os alunos do Jardim, na escola, abordaram ainda maismonumentos, como se pode ver neste trabalho realizadopor eles, simbolizando o patriotismo, identificando abandeira do país e da cidade.

Alunos do JI da Valinha

Pormenores

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20 NOVAS DO GIL Abril 2012 Desporto

Torneiosde JogosPré-desportivose Badminton

Realizou-se na nossa escola, no dia 20de Março, mais uma atividade des-portiva organizada pelo Grupo deEducação Física. O 5º e 6º ano par-ticiparam no jogo do “Mata” e o 7º anono torneio de Badminton 2x2.O pavilhão desportivo foi pequeno parao número de presentes que assistiu aostorneios, de forma entusiástica, com asrespectivas turmas a apoiá-los fervo-rosamente, tendo algumas turmasclaques organizadas.Os torneios realizaram-se em clima defesta, e os vencedores foram nos JogosPré-desportivos - Turma do 5º E e aTurma do 6º E, no Torneio de Badminton2x2 – Turma do 7ºD . O torneio de Badminton 2x2 de 8º e9º ano serão realizados oportunamente.

A ERD de Xadrez recebeu nas suasinstalações 60 atletas das escolas doconcelho de Guimarães na primeira jornadado Circuito do Desporto Escolar deBraga - série D dos quais dezassete danossa escola de referência.

Foi Diretor do Torneio o professorFernando Costa e foram árbitros o Sr.Joaquim Machado e os professores JoséTeixeira (EB 2/3 D. Afonso Henriques),Mário Sousa e Carlos Baptista (ERDX Joãode Meira).

Os atletas foram agrupados em doistorneios diferentes: Juniores, Juvenis eIniciados e, no segundo grupo, Infantis B,Infantis A e Benjamins.

Os jogos decorreram a bom ritmo apósos acertos iniciais. O Coordenador da ERDXGil Vicente agradeceu aos professorespresentes o apoio dado e aos pais e alunosfelicitou-os pela sua perseverança eexortou-os a continuarem, desejando-lhessucesso.

Individualmente venceram dois jo-gadores da casa, Bruno Ribeiro emJuvenis e Francisco Ribeiro, em Infantis.Coletivamente, a ERDX Gil Vicente venceuem Juvenis.

Merecem ainda referência no escalão

Corta-Mato Escolar Distrital 2012No passado dia 7 de fevereiro, no Parque da Cidade Desportiva de Guimarães, realizou-se a prova de Corta-Mato Escolar da Coordenação de Braga. Estecorta-mato contou com a participação de 3700 alunos em representação de 91 escolas do 2º. e 3º. ciclos do ensino básico e secundário.O nosso Agrupamento marcou presença, contando com a participação de cerca de quarenta e seis alunos de ambos os sexos nos diversos escalões.A alegria, a cor, a animação e a elevada participação foram as notas dominantes nesta excelente jornada, promotora da hábitos de vida saudável e deum excelente convívio e confraternização desportivos.

Torneio EB 2/3 Gil Vicente – 1.ª Jornada

ERD de Xadrez Gil Vicente volta a vencer

dos mais velhos: João Miguel Ribeiro (2º)e João Manuel Cunha (3º) e ainda o melhordos Iniciados: Vítor Vila Real que ficou em4º lugar na classificação geral.

TORNEIO EB 2/3 D. AfonsoHenriques -2ª Jornada

Rui Rasteiro esteve em evidência nestasegunda jornada, depois de, na primeira,terem vencido outros dois atletas da ERDXGil Vicente que neste Torneio não estiverampresentes pois encontravam-se a participarno Campeonato Nacional da 3ª Divisão.

Outros atletas estiveram também em

Bruno Ribeiro venceu em Juvenis na escola Gil Vicente.

Rui Rasteiro jogou sempre com confiança; ao lado, JoãoManuel Cunha, que também fez um Torneio muito positivo.

A nossa delegação, com dois elementos novos, o MarcoPereira e o Rodrigo Marques.

grande destaque: Beatriz Rasteiro, -noescalão Infantis A e João Cunha que venceuno escalão Iniciados.

Semana de Desportosde Combate

O Grupo de Educação Física realizou a atividade “Semana de Desportosde Combate”, de 27 de fevereiro a 2 de março, durante as aulas de

Educação Física, para o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. Nesta atividadecontámos com a participação de um Mestre de Karaté, cinturão preto,

Filipe Ferreira, que abordou a disciplina de Karaté e partilhou connoscoalguns exercícios de defesa e ataque.

Os alunos demonstraram muito entusiasmo e concentração,contribuindo para o sucesso desta atividade. O grupo agradece ao

Mestre Filipe Ferreira a disponibilidade e simpatia patenteadasem toda a atividade.

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 21

Desporto Escolar – ERDAL / B.T.T.Prova de perícia – Centro escolarde Urgezes

No passado dia 1 de fevereiro, cerca de 111 alunos (91 participantes do 1º ciclo, 15 do2º ciclo e 5 do 3º Ciclo) participaram na “Prova de Perícia”, organizada pelos professores daErdal. Esta iniciativa teve como público-alvo os alunos do 1º ciclo do Agrupamento de EscolasGil Vicente bem como alunos e professores das escolas da ERDAL.

A atividade teve inicio às 10 horas no recinto exterior do Centro Escolar, onde foimontado um percurso para os alunos do 1º e 2º anos de escolaridade. Todos os alunosrealizaram o percurso, com maior ou menor grau de dificuldade, mas com muitasatisfação e alegria.

Um percurso com um maior grau de dificuldade (provido de rampas, lombas e umbaloiço) possibilitou a participação, em simultâneo, dos alunos do 2º e 3ºciclos dasescolas visitantes e do Agrupamento. Esta atividade terminou às 12:00 horas, mas foiretomada por volta das 16:00 horas para os alunos do 3º e 4ºanos de escolaridade. Todosestes alunos optaram por realizar o percurso mais difícil, sempre com muita adrenalina.A finalizar, o Sr. Jorge Ferreira presenteou os presentes com um espetáculo de ma-nobras na sua bicicleta que deixou toda a gente maravilhada.

Ao longo da prova, os alunos demonstraram grande alegria, entusiasmo e espíritode cooperação. Uma experiência a repetir!

ESTÁGIO DE PÁSCOAUma dezena de alunos do 2.º e 3.º ciclos da escola EB 2,3 Gil Vicente participou no

“Estágio de Páscoa” organizado pela ERDAL - Escolas de referência de desportos de ar livre. A manhã de sábado, 23 de março, começou com um workshop de mecânica no

âmbito do BTT e com uma palestra sobre prevenção rodoviária no ciclismo. Seguiu-seum passeio de bicicleta pelas ruas e becos de Guimarães, desconhecidos pela maioriados alunos, com destino à Horta Pedagógica. Chegados ao local previsto, pausa parareforço alimentar e concentração para mais duas pequenas palestras: uma sobre abicicleta e o meio ambiente, promovida pela AVE - Associação Vimaranense para aEcologia e outra sobre Nutrição e Desporto ministrada pela Professora Doutora Rafaela,que também acompanhou toda a atividade de bicicleta.

Seguiu-se novo passeio de bicicleta pelo Caminho Real até ao Espaço Guimarães,local de pausa para almoço e convívio.

A jornada da tarde começou com umas pedaladas ao longo das margens do Rio Ave atéà Pista da Moto Espinha. Aí, sob a égide e organização da Associação de Ciclismo do Minho,realizaram-se diversas provas de BTT, de acordo com os escalões etários dos alunos.

Finalmente, um longo percurso de regresso até à Pista de Trial, onde três consagradosatletas da modalidade brindaram os alunos com algumas perícias e manobras arrojadas.Mais palavras para quê? .....um dia em grande!!!

Desporto / Passatempos

Desporto escolarAtividades Rítmicase Expressivas (A.R.E.)

Encontros de Competição ExternaO grupo de Atividades Rítmicas e

Expressivas (A.R.E.) desenvolveu, ao longodeste 2º período, vários trabalhos que foramsendo apresentados, com uma vertenteexterna, de nível competitivo, com equipaspertencentes a outros estabelecimentosde ensino.

Neste âmbito, realizaram-se váriasdeslocações a outros estabelecimentos deensino, concretamente à Escola E B 2,3/Secundária de Rio Caldo, no Gerês, no dia 7 de fevereiro, à Escola Secundária de VilaVerde no dia 7 de março, onde participou nas competições programadas pelo desportoescolar. A última deslocação efetuada à Universidade do Minho, para o encontro “GIMem Festa 2012”, ocorreu no dia 21 de março. Estiveram envolvidas todas as escolasdo distrito de braga, foram apresentadas várias exibições de dança, de ginástica de soloe de aparelhos. Este encontro decorreu num clima de festa, de convívio e de partilhade emoções.

Surpresa de CarnavalNa semana que antecedeu o carnaval,

os alunos procuraram surpreender toda acomunidade educativa, durante umintervalo, no espaço interior da escola,apresentando várias coreografias queprimaram pelo ritmo e pela alegria. Osalunos apresentaram-se vestidos comroupas e adereços alusivos ao carnaval e,ao som de vários temas musicais, propor-cionaram um momento diferente do habi-tual, conseguindo contagiar com a sua expressividade e dinamismo todos os presentes.

Dia dos NamoradosNo dia 14 de fevereiro, associou-se a celebração do Dia dos Namorados e o grande

evento a decorrer na Cidade de Guimarães, a C.E.C. - Capital Europeia da Cultura. Assimsendo, os alunos apresentaram várias coreografias alusivas ao Dia dos Namorados comdiversos adereços, construídos pelos próprios, entre eles, o logótipo da C.E.C: ocoração que simboliza o amor, a vida, a dança, a alegria e o entusiasmo demonstradopelos participantes.

Finais dos TorneiosNo passado dia 23 de março, durante a

realização das finais de jogos desportivos– Mata do 2º ciclo e a final de Badmintondo 7º ano, a equipa de atividades rítmicase expressivas do desporto escolar, daresponsabilidade da professora ManuelaAbreu, apresentou várias coreografias, naabertura do evento, durante o intervalo eno encerramento, proporcionando mo-mentos de entusiasmo e de alegria quecontagiaram todos os presentes.

De realçar a colaboração imprescindívelda docente de Educação Visual, Laura Costa, a quem agradecemos todo o empenhoe disponibilidade demonstrados.

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22 NOVAS DO GIL Abril 2012 Efemérides

2012 AnoEuropeu doEnvelhecimentoAtivo e daSolidariedadeentre Gerações2012 é o Ano Europeu do Enve-lhecimento Ativo e da Solidariedadeentre Gerações - uma oportunidadepara todos nós pensarmos sobre o factode os europeus viverem agora maistempo e com mais saúde do quenunca.Porquê um Ano Europeu do En-velhecimento Ativo e da Solida-riedade entre Gerações?Porque, com demasiada frequência,tanto as pessoas como as sociedadesencaram o envelhecimento como umaameaça e não como algo positivo. Oaumento do número de pessoas idosasé visto como uma carga para apopulação mais jovem, no ativo.Contudo, hoje em dia, vamos en-velhecendo com melhor saúde do queas gerações anteriores. Além disso, osidosos têm experiência e conhe-cimentos preciosos que os mais jovenspodem aproveitar. Manter-se ativo àmedida que se avança na idade éfundamental para enfrentar o desafiodo envelhecimento.

O que se entende por envelhe-cimento ativo?O envelhecimento ativo significa: - dar às pessoas idosas a possibilidadede participarem plenamente nasociedade;- fomentar as oportunidades detrabalho para os idosos; - permitir que os adultos mais velhoscontribuam ativamente através dovoluntariado (por exemplo, comoprestadores de cuidados a familiares); - permitir que as pessoas idosas vivamautonomamente graças à adaptaçãodas habitações, das infra estruturas,das tecnologias da informação e dostransportes.

Quais os objetivos do Ano Europeu2012? - Sensibilizar, difundir as boas práticase incentivar os responsáveis políticose as partes interessadas a todos osníveis a facilitar o envelhecimentoativo.

A longevidade literária é mesmo assim:se é bom, 200 anos não pesam. CharlesJohn Huffam Dickens nasceu há dois sé-culos, em Portsmouth, Inglaterra. Du-zentos anos depois, e ainda que muitoscenários e situações descritas nos seuslivros sejam marca da época vitoriana,continuamos a lê-lo como se tivesse escritoontem. Charles Dickens nasceu a 7 defevereiro de 1812, na cidade de Moure,Condado de Hampshire, Inglaterra, emorreu a 9 de junho de 1870. Com 10anos, por causa de problemas financeirosda família mudou-se para Camden Town e,por conta disso, Dickens teve que trabalharnuma fábrica que produzia graxa parasapatos. Vivendo em plena era daRevolução Industrial, as más condições detrabalho foram por ele retratadas nas suasobras. No passado dia 7 de fevereiro ce-

A sua obra de escritor, a sua ver-ticalidade e integridade foram inspi-ração para várias gerações de portu-gueses que lutaram contra a ditadura.O seu património literário e as me-mórias vivas da sua passagem pelomundo, mantêm-no ainda entre nós

Alves Redol foi considerado um dosexpoentes máximos do neorrealismo emPortugal, com uma vasta obra literária queinclui o romance, conto, teatro, escritainfantil e ensaio.

Toda a sua obra literária reflete a vivência eo reconhecimento profundo dos problemasdas classes trabalhadoras, conseguido atravésdo contacto estreito com o povo no Ribatejo, naEstremadura ou no Douro.

Alves Redol foi um escritor de grandeimpacto popular e muito admirado pelos

Celebrou-se no passado dia 23 de fevereiro a efeméridecomemorativa dos 25 anos da morte de Zeca Afonso.José Afonso, Zeca, para toda a gente, continua a ser umdos nomes maiores da música portuguesa. Dono deuma voz admirável, ficou conhecido como cantor deintervenção. Zeca Afonso soube criar temas quealiavam a tradição musical portuguesa ao combatepolítico e, por isso, foi um cidadão comprometido coma política e a sociedade. A canção “Grândola VilaMorena” transformou-se no hino do 25 de Abril.

Manuel da Fonseca, escritor português,vulto destacado do Neorrealismo, nasceua 15 de outubro de 1911, em Santiago doCacém, e morreu a 11 de março de 1993,em Lisboa. Partiu ainda jovem para Lisboapara realizar estudos secundários, tendodesempenhado posteriormente na capitaldiversas atividades profissionais nocomércio, na indústria e no jornalismo.Antes de colaborar em Novo Cancioneiro,com Planície, coleção onde se afirmariamalgumas coordenadas da estética poéticaNeorrealista numa primeira fase, editou,em 1940, Rosa dos Ventos, obra pioneira doNeorrealismo poético português. Nãoexistindo descontinuidade entre a poesia ea prosa de Manuel da Fonseca, nem entre

Homenagem ao escritor inglês Charles Dickens

lebraram-se os duzentos anos do seunascimento e a Grã-Bretanha celebrou estaefeméride com várias cerimónias, in-cluindo uma na Abadia de Westminster,onde ele está sepultado, com a presençada família real.

Romances principais· Oliver Twist (1837–1839)· Os Livros de Natal: A Christmas Carol

(“Canção de Natal” ou “Um conto de Natal”)(1843)–1848)

· David Copperfield (1849–1850)· Bleak House (“A Casa Abandonada”,

“Casa desolada” ou “Casa sombria”) -(1852–1853)

· A Tale of Two Cities (“Um conto de duascidades”)

· Great Expectations (“Grandes Espe-ranças”) - (1860–1861)

Centenário de nascimento de Alves Redolassinalado em 29 de Dezembro

trabalhadores, ao mesmo tempo que viu asua obra reconhecida internacionalmente,traduzida em vários idiomas, e conviveucom artistas e escritores em França, naPolónia, em Espanha.

Algumas das suas obras:· Gaibéus (1939)· Marés (1941)· Avieiros (1942)· Fanga (1943)· Anúncio (1945)· Porto Manso (1946)· Ciclo Port-Wine:· Horizonte Cerrado (1949)· Os Homens e as Sombras (1951)· Vindima de Sangue (1953)· Olhos de Água (1954)· A Barca dos Sete Lemes (1958)· Uma Fenda na Muralha (1959)· Cavalo Espantado (1960)

· Barranco de Cegos (1961)· Constantino, guardador de vacas e de sonhos (1962)· O Muro Branco (1966)· Os Reinegros (1972)

Centenário de nascimento de Manuel da Fonseca

ambas e o escritor, que as alimenta de umcariz autobiográfico, alimentado por recor-dações da convivência com o homem alen-tejano, ficção e obra poética interpenetram-se na evocação de personagens, narrativas,romances, paisagens alentejanas. Autor deuma obra de carácter realista e regionalista,publicou, entre outras, as seguintes obras:

Cerromaior (1943)O Fogo e as Cinzas (1951)Seara de Vento (1958)

Poemas Completos (1958)Poemas Dispersos (1958)Um Anjo no Trapézio (1968)

Margarida Atilano (9º.C)

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Abril 2012 NOVAS DO GIL 23Educação e Formação de Adultos

“Internet Segura” e TIC

A vinte e três de fevereiro, pelas vintehoras, as turmas EFA´s 16, 18 e 20 par-ticiparam na palestra “Internet Segura”,dinamizada pelo grupo de TIC emcolaboração com a Polícia de SegurançaPública – Programa Escola Segura. Osformandos assistiram atentamente àexposição dos agentes da PSP, interpe-lando-os sempre que considerarampertinente e necessário o esclarecimentode dúvidas.

Recentemente, no âmbito da abor-dagem do núcleo gerador Tecnologias deInformação e Comunicação, na Área deCultura, Língua e Comunicação, os for-mandos das turmas EFA 12 e EFA 13(Coelima) foram também incentivados adesenvolver, na prática, competências nodomínio das TIC, através da criação/adaptação e publicação online de materiaismultimédia.

“Chá com livros”

Nos dias 28 de fevereiro e 1 de marçode 2012, decorreu, na Biblioteca da EscolaE.B 2,3 Gil Vicente, pelo terceiro anoconsecutivo, a atividade “Chá com Livros”.A atividade contou com a presença dosformandos e formadores das turmas dosníveis Básico (EFA B-16 e B18) e Secundário(EFA 12 e EFA 20) dos Cursos de Educaçãoe Formação de Adultos.

Esta atividade tem vindo a ser orga-nizada com o intuito de incentivar os for-mandos a desenvolverem hábitos de lei-tura.

A atividade foi bastante positiva, poisa maioria dos formandos, embora sendocomposta por trabalhadores estudantes,revelou ser possível arranjar sempre umtempinho para ler um livro e, assim, todospudemos partilhar as nossas leituras.

Foram recordadas obras interessantesde variados autores, desde os maisclássicos aos mais contemporâneos,verificando-se que, guardadas as devidasproporções entre os diferentes tipos deliteratura, nem só os best-sellers es-trangeiros cativam a atenção por estasbandas, como por exemplo: Os Lusíadas,

de Luís Vaz de Camões; Amor de Perdição,de Camilo Castelo Branco; O Livro doDesassossego, de Fernando Pessoa (Ber-nardo Soares); Contos, de Eça de Queirós,entre outros.

Num agradável ambiente de convívio,troca de ideias e de partilha de experiênciasde leitura, houve também oportunidadepara alguns dos formandos contarem algosobre as suas rotinas quotidianas e acercada dificuldade em conseguir dedicar tempoà leitura ao longo ou no fim de um dia detrabalho, que por si só já é cansativo.Deram-se alguns exemplos e, simulta-neamente, conselhos, curiosamentebastante úteis. Pode-se , por exemplo,aproveitar o tempo em que se está naparagem à espera do autocarro para se leralgumas páginas, na hora de almoço e atéquando se está com dificuldades emadormecer.

Para ajudar à conversa, não podia deixarde haver, como o próprio nome da ati-

vidade sugere, uma chávena de chá e unsdocinhos oferecidos pelos formandos eformadores. De permeio, os presentespuderam assistir a uma atuação intimistado grupo musical “Quarteto Flamenco”interpretando alguns covers e temasoriginais. A propósito da ocasião, brin-daram-se ainda os formados com pequenosmarcadores de livros com quadras a gostopopular de Fernando Pessoa.

Para o ano, esperamos que se organizenovamente esta atividade, pois todosgostaram de partilhar leituras, falandosobre os livros que leram/leem e sobre oreflexo destes nas suas vidas, bem comode conviver com formandos de outrasturmas.

Sónia Ferreira (EFA 20); AuroraFerreira, Beatriz Soares, José Gomes,Olinda Roldão (EFA 16); Pedro Faria,

Manuel Félix, José Soares (EFA 18)

Guimarães: Desenvolvimentolocal - os produtos locais

As turmas de nível básico criaram, ainda,no âmbito do atual Tema de Vida “Turismo”,uma apresentação em PowerPoint sobre otema “Desenvolvimento local - os produtoslocais” e uma apresentação digital defotografias alusiva às atividades realizadasnos cursos EFA até à data.

Visita guiada ao CentroHistórico de Guimarães peloprofessor Capela Miguel

Neste ano tão importante para osvimaranenses, em particular, e portu-gueses, em geral, em que se celebra acidade enquanto Capital Europeia daCultura, os formandos e formadores dasturmas EFA 16 e 18 participaram, no dia

quinze de março, numa visita guiada peloprofessor Capela Miguel ao centrohistórico de Guimarães. Nesta visita, osformandos ouviram contar, com oentusiasmo contagiante do professor, ahistória e estórias de Guimarães, ao mesmotempo que iam apreciando a belezaarquitetónica e patrimonial que cons-tituem o verdadeiro ex-libris da cultura nacidade de Guimarães.

Encontro com o escritorvimaranense Richard Towers

No dia vinte e dois de março, emcolaboração com a equipa da BE/CRE, osformandos das turmas EFA 16 e EFA 18 (nívelBásico) participaram num encontro com oescritor Richard Towers. Esta iniciativapermitiu aos formandos contactar com umescritor da cidade, constituindo ummomento de partilha enriquecedor e salutar.

Com a chegadada primavera...

No dia vinte e um de março, no âmbitoda “Semana da Primavera Biológica 2012”,os formandos da turma EFA 19, de nívelbásico, realizaram uma visita à HortaPedagógica de Guimarães. Esta visitapermitiu sensibilizar para a necessidadede adotar hábitos de vida mais saudáveis eecológicos promovendo o bem-estar

individual e coletivo, bem como, partilhar saberes e experiências.

“Janelas com Vista…de Sonho”

Ainda no contexto do Tema de Vida“Turismo”, na Área de Competência-chavede Linguagem e Comunicação – Inglês,com o apoio da Área de TIC, os formandosda turma EFA 16 (nível Básico) elaboraramtrabalhos ilustrados de escrita criativaalusivos ao tema “Janelas com Vista… deSonho” a partir de uma das questõesgeradoras - “O que posso ver da «minhajanela?...”. Assim, imaginando-se aoparapeito de uma janela aberta de «suascasas», os formandos foram motivados adescrever paisagens idealizadas por sipróprios. Por fim, escolheu-se a semanado Dia Mundial da Poesia (21 de março)para a exposição e publicação online dostrabalhos resultantes desta atividade(vitrinas dos corredores da escola e blogueescolar de inglês), uma vez que esse dia foiproclamado pela UNESCO (a 16 denovembro de 1999) com o intuito de de-fesa da diversidade linguística e da poesia:

As imagens estão muitas vezespresentes no nosso dia a dia, não servemsó para fixar o nosso olhar, mas sim fazer-nos refletir sobre aquilo que nos podemensinar, informar e também fazer sonhar.

Dora Fernandes,Hugo Fontão (EFA 16)

“Concerto de Primavera”

No final do dia 21 de março, no salãonobre da Sociedade Martins Sarmento,decorreu com êxito o “Concerto dePrimavera” que constituiu mais ummomento de interação, entre os formandosdas diferentes turmas e de aquisição decompetências. Salienta-se o empenho dosformandos que participaram no Concertoe que se dedicaram em todos os ensaiosrealizados durante as sessões de formaçãoministrados pelo professor Rui, da escolade música “Nuguel Music”. Os restantesformandos mostraram interesse e con-tribuíram de forma positiva para o sucessoda atividade. A sala foi pequena para acolhera assistência que pôde presenciar ummomento de entrega, dedicação, sen-sibilidade, bom gosto e alegria. Parabénsa todos os participantes e organizadores!

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24 NOVAS DO GIL Abril 2012 Últimas

No passado dia 24 de Março, os embaixadores da CEC da nossa escola, a convitedo Serviço Educativo do Centro Cultural Vila Flor, visitaram as instalações da antigafábrica ASA – outrora uma grande e importante fábrica têxtil desta região – e que agorarenasceu como um espaço de intercâmbio entre agentes culturais e público. Depoisde chegados a este espaço, os embaixadores foram recebidos pela Assistente deProgramação da área das Artes Plásticas e Arquitetura que procedeu a uma breveapresentação do Projeto ASA tendo sido afirmado que este espaço ressurge enquantopolo de exposição, produção e representação performativa de nível internacional eque, até ao final do ano, a Fábrica ASA irá acolher diferentes residências artísticas. Esteespaço Asa foi equipado com um Laboratório de Curadoria, na entrada, que irátransformar-se ao longo do ano, em duas grandes galerias expositivas, uma Caixa Negra(The Black Box) para artes performativas, com capacidade para 250 pessoas, e um palcoque reproduz as dimensões do Auditório Principal do Centro Cultural Vila Flor, duas salasde ensaio para dança e teatro. Já no âmbito do projeto Collecting Collections and Concepts,temos como ponto de partida a ideia de coleção, termo operativo para definir um conjuntode objetos, obras, que reunidos constituem as designadas coleções. Os embaixadores danossa escola visitaram a exposição do arquiteto e urbanista Nuno Portas Nuno queconheceram pessoalmente como a fotografia regista.

Celebração Pascal no AgrupamentoNo dia 23 de março de 2012, na igreja matriz de Urgeses,

celebrámos, em final de período letivo, a festa pascal. Em articulaçãocom as disciplinas de Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica,este encontro festivo primou pela música, pela animação litúrgica e pelaparticipação na Liturgia da Palavra, tendo as leituras sido efetuadas poralunos, pais e auxiliares de educação, celebrando a Festa da Páscoa. Ocelebrante, na sua breve reflexão, questionou o sentido da Páscoa paraos cristãos, para todos nós. Páscoa significa a passagem da morte à vida,das atitudes menos corretas para uma vida mais de acordo com os valorescristãos. E deixou um desafio a todos os presentes: que na família, naescola e na sociedade sejam mais cristãos, vivendo o que Jesus Cristo nos pede paratransformar o nosso mundo. Recordou-nos igualmente que a Festa mais importante doscristãos é a Festa da Páscoa porque Cristo morreu na cruz e ressuscitou, voltou à vida. Dessemodo, também nós, se vivermos como Cristo nos sugere, também viveremos para sempre.

No fim da celebração a todos foi distribuída uma recordação alusiva à Páscoa. Estetrabalho, feito por uma aluna do 6º.D, na aula de Educação Visual e Tecnológica, temcomo tema a ressurreição de Jesus Cristo.

Feliz Páscoa para todos. Que haja vida nova em todos nós. GRUPO DE E.M.R.C

Na parte da manhã do último dia de aulas do segundo período deste ano letivo, anossa escola realizou a celebração pascal. Após todo o trabalho de preparação dasdiversas turmas, que decorreu ao longo do segundo período, as turmas dos quintos aosoitavos anos tiveram o ensaio geral de preparação das 8.30 às 9.30 horas, na Igreja“velha” de Urgezes, em virtude de a “nova” se encontrar em fase final de renovação.

À hora prevista, 9.30 horas, teve início a celebração eucarística presidida pelo senhorpadre Antunes.

Os cânticos foram-se sucedendo, ao longo da celebração, tendo alguns sidoacompanhados por instrumentos (flauta, violino e percussões), além do órgão, econtaram com a colaboração do coro e de solistas que, no conjunto, embelezaram acelebração com a participação ativa dos alunos.

No final, o celebrante aproveitou para desejar a todos os presentes, alunos, professorese funcionários, umas boas férias de Páscoa e recomendou especificamente aos alunosque enfrentem com energia o terceiro e último período deste ano.

GRUPO DE EDUCAÇÃO MUSICAL

Menção Honrosa para o projetoLer Sem Limites

No dia 27 de março, na Biblioteca Municipal Raul Brandão, o professor bibliotecárioRui Festa, em representação da Biblioteca Escolar Dr.ª Maria José Martins, recebeu dasmãos de Cristina Canotilho Grácio e Maria Carlos Loureiro da Direção-Geral do Livro edas Bibliotecas (DGLB) o prémio referente à participação no passatempo Voluntáriosde Leitura, que tinha como objetivo promover e premiar projetos de voluntariado daleitura que contribuíssem para minorar o isolamento ou a exclusão social das populações.

A mala com livros, prémio recebido pela menção honrosa atribuída ao projeto Ler SemLimites – Voluntariado de Leitura, foi entregue num ambiente informal, que contou aindacom a presença da vereadora da cultura da Câmara Municipal de Guimarães, Dr.ª FranciscaAbreu, e da Diretora da Biblioteca Municipal Raul Brandão, Dr.ª Ivone Gonçalves.

O projeto, que está a ser implementado no Agrupamento de Escolas Gil Vicente, emparceria com o Lar Rainha D. Leonor, a Associação Social e Cultural de Urgezes [ASCU]e a Biblioteca Municipal de Guimarães, pretende criar vários programas de promoçãodo livro e da leitura e fomentar, ao mesmo tempo, a inclusão social através do acessofacilitado ao livro e à informação e foi a oportunidade para a Biblioteca alargar a suaatuação para outros tipos de público, desenvolvendo atividades que já fazem parte doseu plano de ação, mas adaptadas a outras realidades.

No terreno desde dezembro de 2011, o projeto ainda está a dar os primeiros passos, masas actividades já realizadas têm tido um retorno muito positivo. Espera-se, por isso mesmo,conseguir atingir aquele que é o grande objectivo deste tipo de iniciativas: «a formação decidadãos capazes [de dar], através da sua participação num projeto de voluntariado.»

Embaixadores da C.E.C. da nossaescola visitam antiga fábrica ASA

As embaixadoras com o arquiteto Nuno Portas