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Novas ideias, Novo entusiasmo! Moção de Estratégia Global Primeiro Subscritor: Cristóvão Simão Oliveira de Ribeiro Militante Nº 132526 20-01-2010

Novas ideias, novo entusiasmo

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Novas ideias, Novo entusiasmo! Moção de Estratégia Global

Primeiro Subscritor: Cristóvão Simão Oliveira de Ribeiro Militante Nº 132526 20-01-2010

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Novas ideias, Novo entusiasmo!

Moção de Estratégia Global Conselho Distrital Eleitoral da JSD/Porto Vila Nova de Gaia, 23 de Janeiro de 2010

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. EMPREGO

3. EMPREENDEDORISMO

4. AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

E ENERGIA

5. EDUCAÇÃO

6. HABITAÇÃO

7. REGIONALIZAÇÃO

8. COMPORTAMENTOS DE RISCO

9. SEGURANÇA E JUSTIÇA

10. NATALIDADE

11. ORGANIZAÇÃO INTERNA

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Novas ideias, Novo entusiasmo!

1. INTRODUÇÃO

Mais de trinta anos de democracia e o nosso país continua a debater-se com os

mesmos problemas de sempre!

Os Jovens têm vindo a perder a esperança no seu futuro e no futuro de Portugal!

A nossa geração está a desistir de viver num país que parece estar destinado a ser pior

do que os outros! Queremos um país corajoso, determinado e com esperança de poder

vir a ser tão bom quanto os melhores!

A nossa geração quer um país que cresça acima da média da União Europeia, um país

onde os jovens licenciados – e mesmo os que também não o sejam - tenham a

oportunidade de ter um emprego, um país com um sistema de educação eficaz que

forme cidadãos conscientes e sensibilizados para a actividade cívica, um país com uma

administração pública moderna e eficaz, um país economicamente competitivo, um

país com um sistema fiscal redistributivo – sim - mas que potencie o investimento,

designadamente atraindo o estrangeiro com eficiência, e um país onde o

desenvolvimento económico e social das diversas regiões do país seja uma realidade e

efectivamente se caminhe para a coesão territorial.

O desemprego continua a aumentar, em especial o desemprego jovem, tendo o nosso

país a taxa de desemprego de Jovens licenciados mais elevada da União Europeia.

O nosso sistema de educação não serve para quem estuda, não compensa quem

ensina e não é credível para quem emprega.

O nosso país é um dos mais centralistas da Europa, continuando preocupantemente a

aumentar as disparidades regionais tendo, nos últimos anos, o Distrito do Porto sido

largamente prejudicado a todos os níveis económico-sociais e basta olhar para o

PIDDAC e para o QREN.

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Em campanha eleitoral e no discurso em jeito de peça teatral, o Eng. José Sócrates é

um vendedor de ilusões e de cenários nunca concretizados: prometeu mais emprego,

prometeu mais justiça e igualdade social, prometeu medidas para a habitação jovem,

prometeu soluções para os jovens desempregados e prometeu, prometeu, prometeu…

Mas, como sempre, o Eng. José Sócrates nada fez, nada faz e, infelizmente, nada fará!

Ao fim de muitas promessas e ilusões do Eng. José Sócrates, os Jovens são hoje

confrontados com a triste realidade da incapacidade revelada pelos seus Governos.

Confrontados com a situação em que o país se encontra os Portugueses deixaram de

acreditar em Portugal. Milhares de Portugueses, e em especial, Jovens portugueses,

vêem-se obrigados a sair do país para desenvolverem as suas vidas. Um país que não

dá condições aos seus Jovens, que não acredita no capital que representam, é um país

sem ideias, é um país com falta de entusiasmo e é sobretudo um País sem futuro!

Precisamos de novas ideias e de um novo entusiasmo!

Queremos um país ambicioso, um Portugal de esperança!

Portugal precisa de sangue novo!

Portugal precisa dos Jovens, das suas capacidades, das suas ideias e do seu

entusiasmo!

Nós, jovens, futuro de Portugal, temos e vamos ser o Futuro de Esperança para

Portugal!

É preciso renovar! É preciso acreditar!

Eu aceitei o desafio; conto convosco para novas ideias e novo entusiasmo para o

Distrito do Porto!

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2. EMPREGO

O Governo tem defraudado as expectativas dos jovens!

O Eng. José Sócrates demonstra a sua incapacidade no desenvolvimento sustentável de

uma política efectiva de combate ao desemprego jovem.

É verdadeiramente assustador que o nosso país tenha uma das taxas de desemprego

de licenciados mais elevada da Europa. O Governo PS despreza a nossa mão-de-obra

qualificada e não considera as capacidades dos jovens portugueses.

A falta de estratégia do Governo origina que muitos dos nossos melhores quadros

sentem-se forçados a abandonar Portugal para desenvolverem os seus projectos

profissionais – e todos nós temos conhecimento de casos bem próximos entre amigos

e familiares que se vêm forçados a seguir este caminho.

O problema do desemprego em Portugal é estrutural. O sistema educativo encontra-se

profundamente desajustado das necessidades do mundo empresarial, no entanto, o

Governo demonstra neste domínio, como noutros, uma preocupante falta de

estratégia e de projecto.

Por outro lado, não podemos apenas dedicar a nossa atenção aos Jovens graduados –

hoje este indicador deveras preocupante é lançado por todos, mas a JSD tem que

liderar o movimento que não deixe esquecer os outros Jovens que não licenciados –

porque também não podem ser postos de lado, porque se defendemos um acesso ao

ensino superior mais racional (com eventual supressão de vagas e pares

curso/estabelecimento, quer por serem excessivos, quer por não terem qualquer

escoamento), porque se entendemos ser necessário apostar numa formação com cariz

mais tecnológico e prático – já no ensino secundário …é um erro estratégico apenas

dedicarmos a nossa atenção aos Jovens licenciados.

3. EMPREENDEDORISMO

O nosso desenvolvimento depende da nossa capacidade de inovação e de

empreendedorismo!

Cabe ao Governo e às Autarquias estimular os jovens criando, para tal, os mecanismos

adequados ao desenvolvimento da inovação e da capacidade de empreender.

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É determinante que tenhamos a consciência que a capacidade de assumir riscos e o

espírito empreendedor dos jovens tem de ser estimulado e desenvolvido a partir da

escola.

Existem diversos projectos a nível municipal e até de freguesia que merecem ser

“exportados” para outros concelhos do Distrito. A futura Comissão Política Distrital

terá por missão apresentá-los e ajudar à sua adaptação a contextos não exactamente

idênticos.

O nosso sistema de ensino, infelizmente, não propicia o despertar do espírito inovador

dos jovens nem a sua capacidade empreendedora; é decisivo que o faça!

Resolução: criar incentivos efectivos e aplicáveis no domínio da inovação! E devemos

assumir com frontalidade e sem qualquer espécie de receio que o sistema fiscal deve

ser a principal ferramenta ao serviço deste objectivo. A criação do próprio emprego (e

de outros também), a prestação de serviços que não existiam, muitos deles no âmbito

da inovação e assistência social – são alavancas da economia, da qualidade de vida, da

segurança e até podem vir a libertar o Estado. Ao invés aquilo a que assistimos

consubstancia-se apenas em vantagens para multinacionais que instalam as suas

unidades fabris no nosso território com a promessa de por cá se manterem décadas e

ao final de poucos anos deslocalizam-nas para países com mão-de-obra mais barata!

4. AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ENERGIA

A defesa do ambiente tem de ser para a JSD um elemento prioritário, de forma a

garantir o bem-estar e qualidade de vida das populações no presente e no futuro!

Um quadro de sustentabilidade impõe como prioridades o cumprimento da lei, o

desenvolvimento e reforço dos mecanismos de fiscalização actualmente inexistentes e

a aposta na educação ambiental sustentada no pressuposto que a mudança de

mentalidades tem de ser um dos primeiros desafios do século XXI.

É fundamental a criação de mecanismos, apoios e programas que estimulem a opção

pelas energias solar, eólica e biomassa bem como estar atentos às evoluções

tecnológicas da tecnologia foto voltaica e de captação das energias das ondas do mar.

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Um discurso ambiental não pode assentar apenas na fixação de metas!

Tem de se basear em medidas concretas, pelo que defendemos a isenção de

pagamento de Imposto Automóvel em todas as viaturas híbridas ou de características

semelhantes que venham a existir.

É urgente efectivar o princípio do poluidor pagador a montante e a jusante do processo

poluente: através da criação de incentivos fiscais para as empresas e agentes

económicos cumpridores e agravamento das penalizações sobre o mercado em relação

aos incumpridores.

O Estado não pode apenas desenvolver um discurso ambiental, esquecendo-se de na

prática promover comportamentos ambientais.

A Racionalização do consumo de água, e de energia passa também por campanhas de

sensibilização nesse sentido.

Por outro lado o Distrito do Porto, também tem uma costa litoral e não é à toa que

temos um município famoso pela sua totalidade de Kms ser premiada com bandeiras

azuis – sabendo nós o quão difícil é obtê-las - e sobretudo mantê-las!

As praias são muito importantes a diversos níveis para além da evidente vertente

ambiental de conservação das dunas, da sua fauna e da sua flora. Praias limpas só

existem se os rios e ribeiras estiverem tratados e se os sistemas de saneamento forem

eficazes na extensão e no tratamento.

Para além disto captam turismo, fomentam a construção (que hoje pode ser regrada ao

contrário do que era no passado), captam a produção de bens e serviços prestados à

fixação da população) e a verdade é que os areais continuam a diminuir!

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5. EDUCAÇÃO

A educação tem de ser afirmada como uma prioridade estratégica do nosso país!

Apostando na educação e formação dos nossos Jovens seremos capazes de potenciar o

nosso desenvolvimento e combater os graves problemas estruturais com que Portugal

se debate.

O futuro de Portugal assenta na nossa juventude e a educação adequada dos nossos

Jovens é a chave do desenvolvimento e da prosperidade do nosso país.

É determinante incentivar os alunos à participação nos órgãos representativos nas

escolas – quer pela sua dinâmica nestes órgãos, quer pelo facto de terem interesses

diferentes e próprios, quer ainda pela sua mais disperta consciência para a sua

envolvente. Além disso devem os alunos ser inseridos activamente em tarefas

extracurriculares que potenciem o seu desenvolvimento pessoal –

É determinante que sejam inseridas no nosso sistema de educação disciplinas de

formação política, para que despertem a consciência cívica e política dos jovens desde

tenra idade.

O nosso sistema de educação tem de assentar em princípios de rigor e de excelência,

no que diz respeito aos estudantes, em relação aos docentes e em relação às

instituições. Por isso, e porque defendendo esse mesmo rigor e excelência,

entendemos que pouco ou nenhum sentido faz falar-se de educação por etapas

estanques de desenvolvimento, assim como não faz sentido falar-se em educação sem

empregabilidade.

Nesse sentido propomos:

- A criação de “observatórios regionais de educação e emprego.”

Um órgão composto por docentes universitários, alunos e pessoas da sociedade civil,

oriundas das mais diversas áreas profissionais. Órgão este cuja responsabilidade seria a

realização periódica de analises ao mercado de trabalho a fim de informar as

universidades e seus respectivos alunos das saídas profissionais disponíveis para os

diversos cursos.

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Este organismo teria ainda a missão de elucidar periodicamente as direcções regionais

de educação acerca da procura no mercado de trabalho de jovens licenciados, para

que, por sua vez, estas pudessem alertar atempadamente os estudantes do ensino

secundário de quais os “melhores cursos académicos” a seguir.

- a Criação de um Gabinete de Atendimento e Aconselhamento nas escolas onde fosse

obrigatório fazer uma triagem a todos os alunos antes de avançarem nos estudos de

modo a descobrirem a sua verdadeira vocação e ajuda-los a orientar o seu futuro

escolar e profissional

-Em alternativa à carreira académica, e também como meio de incentivo ao não

abandono escolar e ainda porque a procura de mão-de-obra qualificada e especializada

é cada vez mais uma realidade, propomos a Criação e alargamento dos cursos

tecnológicos e profissionalizantes a todas as escolas secundárias nacionais.

Nunca acreditamos na divisão entre professores tutelares e os “outros”. Não é dessa

forma que se cria um espírito de classe tão necessário quando a reputação social dos

professores é posta em risco, seja porque a ministra que os tutelava se lhes referia

como “professorzecos”, seja porque os encarregados de educação tenham um peso

excessivo na avaliação dos docentes como se pretendia.

Defendemos uma avaliação dos docentes justa e sobretudo que credibilize a função

social destes profissionais

6. HABITAÇÃO

O problema da habitação é uma das questões que mais preocupa os jovens

Portugueses!

O nosso país é altamente carenciado neste domínio, com um mercado imobiliário em

que se praticam valores exorbitantes quer no que toca ao arrendamento quer em

relação às transacções imobiliárias.

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A política de apoio aos jovens em matéria de habitação tem-se revelado

absolutamente insuficiente e incapaz. O Governo PS não conseguiu aplicar com eficácia

e de forma perceptível para os jovens qualquer medida com vista a estimular os jovens

a comprar, renovar, ou arrendar casa. Pelo contrário, tem-se verificado a clara

diminuição dos incentivos ao arrendamento jovem, embora há poucos dias tenha sido

anunciada a revisão dos critérios do Programa Porta65 de forma e aumentar o

“número de jovens elegíveis” – aguardando-se as consequências práticas….

É absoluta a insensibilidade do Governo PS, do Eng. José Sócrates e do Secretário de

Estado do Desporto e da Juventude para com os problemas dos Jovens e do nosso país.

Urge implementar um conjunto de medidas concretas com vista a estimular os jovens a

comprar, renovar, ou arrendar uma casa a um ritmo muito superior ao que hoje as suas

limitações económicas lhes permitem.

Por outro lado, as políticas de habitação municipal não têm – em quase todos os casos

– nenhuma especificidade quanto à situação dos Jovens. Em alguns dos nossos centros

urbanos vivem-se mesmo dificuldades de repovoamento das “baixas” e centros

históricos. Devemos estar atentos a isso pois este repovoamento só se consegue fazer

à custa de Jovens e temos autarcas da JSD que podem contribuir para se inverter isso.

Uma acção das Câmaras Municipais e uma estratégia do Instituto Nacional de

Habitação concertadas poderiam trazer benefícios para todos.

Uma outra questão polémica prende-se com o acesso à aquisição de casa própria. É

certo que é preferível apoiar o arrendamento – que é muito mais recorrente, que é

mais adequado à volatilidade geográfica e profissional dos tempos de hoje

mas…também é certo que existem casos em que as pessoas se querem efectivamente

fixar e assumir desde logo aquele que em muitos casos é o maior investimento que

fazem ao longo de toda a sua vida. Foi um Governo PSD que criou o Crédito Bonificado

à habitação e também foi pela nossa mão que o mesmo foi revogado (porque existiam

imensas situações de fraude). O que achamos é que a solução seria uma maior

fiscalização e que mesmo que a solução a adoptar não se baseia num financiamento, a

verdade é que temos de fazer com que esta matéria regresse à agenda política e

mereça atenção dos nossos Governantes

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7. REGIONALIZAÇÃO

Portugal é dos países mais centralizados da União Europeia e aquele onde uma menor

parcela de decisões sobre as questões de interesse comum é tomada em níveis

próximos dos cidadãos.

Portugal não possui órgãos regionais eleitos, entre o Estado e o Município, e somos o

único Estado da União Europeia com uma participação das autarquias na despesa

global do sector público administrativo inferior a 10%, em comparação com níveis

entre 40% e 50% na Europa do Norte.

Portugal tem um passado de divisão administrativa supra-municipal ao longo dos quase

nove séculos de existência em Comarcas, Distritos e Províncias.

A Regionalização é um imperativo constitucional desde 1976 que deve ser cumprido!

O projecto de Regionalização é património do PSD de que nos devemos orgulhar,

sendo uma matéria que consta do nosso programa desde os tempos de Francisco Sá

Carneiro.

Foi por iniciativa de um governo do PSD, liderado pelo Prof. Cavaco Silva, que a

Assembleia da República aprovou, por unanimidade, a Lei-Quadro das Regiões

Administrativas (Lei 56/91), que nunca chegou a ser regulamentada.

É tempo de passarmos à prática! Portugal precisa da Regionalização para o seu

desenvolvimento sustentável e pleno de esperança!

A excessiva centralização que se verifica no nosso país tem conduzido à desertificação

do interior e ao aprofundamento das assimetrias regionais.

O nosso país vive num caos orgânico-administrativo que motiva o atraso estrutural dos

últimos trinta anos, comparativamente com a vizinha Espanha.

A implementação das Regiões Administrativas permitirá uma melhor distribuição,

utilização e gestão dos dinheiros públicos e promoverá a coesão económica e social do

País.

A Regionalização promove a aproximação do nível de decisão dos cidadãos e permite

responsabilizar os decisores políticos que hoje são meros quadros da Administração e

não vêm a sua actuação ser sancionada pelo voto e legitimidade populares!

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E estamos fartos das promessas de descentralização, quer porque são sempre ocas e

nunca foram levadas a sério nem concretizadas – quer porque têm sido utilizadas como

argumento contra a Regionalização, quando na verdade nada têm a ver com os

objectivos que uma divisão política deste nível poderia acarretar.

O Mapa das regiões e a estratégia global da Regionalização deve coincidir com a

“Deliberação da Alfândega”.

8. COMPORTAMENTOS DE RISCO

Associada à descida constante da idade média da primeira saída nocturna, à ávida sede

de experienciar novas emoções e à sensação de banalidade a isso atribuída, surge, nos

seio dos jovens de hoje um grande e derradeiro desafio. “Dizer não às drogas; Sim a

uma vida saudável” Por isso entendemos que a JSD tem que ousar no combate a esta

ameaça à sociedade, apostando na sensibilização e na prevenção como meio pró-activo

de combate a este flagelo, defendendo também a criação de programas anti-droga

estrategicamente elaborados entre as autarquias locais e o governo central.

- Porque o HIV ainda é hoje considerada uma epidemia, JSD deve lutar também por

uma maior e melhor prevenção dos comportamentos sexuais de risco, com especial

relevo no meio escolar, sendo aí que se formam as consciências dos cidadãos de

amanhã.

Por outro lado a maior causa de mortalidade juvenil é precisamente a sinistralidade

rodoviária – independentemente da sua ligação ao consumo de álcool e

estupefacientes. Uma grande parte da população que se desloca diariamente – seja

para trabalhar ou para estudar – é Jovem. Quem se desloca à noite – essencialmente

no que respeita a lazer – são os Jovens. E quem maioritariamente procura obter as

licenças de condução dos veículos de 2 rodas até 125cm3, e a “carta de condução” são

os mais novos.

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A JSD tem-se batido pela possibilidade de condução assistida a partir dos 16 anos.

Trata-se de uma idade em que a aptência para correr riscos não é tão elevada, que a

disponibilidade dos veículos (dos pais na maior parte dos casos) não é tão elevada. É

uma idade em que os hábitos de lazer nocturno não estarão tão “enraizados” como

estarão alguns anos depois. Assim sendo, haverá talvez uma maior disponibilidade para

absorver princípios de condução defensiva.

Por outro lado, não existe uma campanha concreta de Prevenção Rodoviária para além

de anúncios televisivos chocantes com imagens e música que nos ficam na memória.

São óptimos sensibilizadores e captam a nossa atenção mas depois é necessário

ensinar o que podemos fazer para prevenir estarmos nas situações retratadas.

Propomos e iremos bater-nos pela criação de Centros de Prevenção Rodoviária, pela

fiscalização das escolas de condução onde os atestados médicos são emitidos sem que

muitas vezes o formando sequer veja o médico que o atesta, e por políticas que evitem

a condução sob influência de álcool – seja com a disponibilização de alcoolímetros nos

estabelecimentos de diversão nocturna (ou através das próprias forças de segurança

mas com intuitos preventivos e não repressivos) seja através de benefícios aos

condutores jovens que sendo fiscalizados e transportando outros, se mostrem

responsáveis, seja mesmo – porque não? Imaginar um período nocturno de horas aos

fins-de-semana em que o preço dos transportes públicos possa ser reduzido.

9. SEGURANÇA E JUSTIÇA

É curioso que o sentimento de insegurança colectivo venha a aumentar sem que se

esteja a dar valor ao facto. A criminalidade mais violenta também se faz hoje sentir

como nunca antes. As camadas de população onde encontramos quer maia vítimas,

quer mais agentes são precisamente as gerações mais novas pela sua natural

exposição.

Os municípios que nada têm a ver com esta atribuição do Estado têm procurado na

falta de medidas do Governo, combater os fenómenos que geram e estão associados à

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prática de crimes – mas isto não sendo nem a sua vocação, nem tendo meios, nem

sendo minimamente a sua função!

Temos um parque policial deficitário quer no edificado (são vários os exemplos de

esquadras degradadas) quer nas viaturas e restantes meios.

É também necessário reforçar a imagem que existe na sociedade civil dos agentes e

forças de segurança.

No que respeita à Justiça existem também vários exemplos de Tribunais a funcionar em

condições e espaços totalmente desadequados.

A nível de conteúdo temos de nos bater por uma justiça mais célere e de mais fácil

acesso. Alguém em início de vida ou de carreira que veja os seus bens em risco, não

pode sentir-se motivado. E se no arranque de uma actividade ou de uma empresa a

cobrança de um crédito se revela morosa, dispendiosa e sem resultados práticos – é

meio caminho para que todos os projectos se desmoronem.

Ainda conexo com este aspecto a JSD terá como bandeira denunciar e sensibilizar para

o trabalho infantil que ainda existe numa escala considerável em algumas partes do

Distrito.

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10. NATALIDADE

O gozo das licenças de maternidade e parentalidade nem sempre é efectivo. O “abono

de família” de tão insignificante que é nem pode ser considerado “medida”. São

claramente insuficientes os programas de apoio quer material, quer psicológico,

prestado a casais jovens, famílias monoparentais, mães desamparadas e crianças sem

retaguarda familiar. A existência de alguns (muito poucos) “refúgios” para as vítimas de

violência doméstica é quase obra exclusiva da intervenção privada. São áreas sensíveis

e onde a intervenção é dispendiosa e difícil, mas que a JSD não pode descurar.

11. ORGANIZAÇÃO INTERNA

Com mais de três décadas de existência a JSD foi observadora e protagonista dos

maiores acontecimentos da nossa democracia, permitindo que milhares de jovens ao

longo de gerações pudessem dar o melhor de si em prol da nossa região e do nosso

país.

Assim, e porque as actuais gerações vivem um notável processo de alterações

paradigmáticas nos planos social, económico e familiar, dificilmente comparáveis a

qualquer outro momento da nossa história, esta nova fase da vida da JSD ira requerer o

melhor de todos nós para que este cunho de participação cívica se mantenha e evolua

a patamares de excelência. Neste sentido, acreditamos e entendemos que a distrital do

Porto da JSD, na qualidade de maior estrutura de juventude do país deve desenvolver

uma aposta clara na formação cívica e politica dos nossos quadros. A promoção do

debate acerca dos mais diversos temas que nos afectam deve ser uma bandeira

premente e crucial da decorrência do novo mandato que se avizinha.

Acreditamos ainda que, com o empenho de todos e com um plano de parceria,

podemos proporcionar a todas as secções um sustentado desenvolvimento da sua

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militância, transformando toda a JSD do porto numa estrutura forte, mobilizadora mas

sempre, sempre aberta ao pensamento crítico e a defesa daquilo que são os reais

interesses dos nossos jovens. Por e para isso um plano sustentado de apoio aos nossos

jovens autarcas deve ser igualmente uma prioridade.

E porque entendemos que a estrutura distrital da JSD deve ser o suporte e o “motor”

das secções e um “local” onde estas possam buscar ferramentas para o desempenho

do seu trabalho, e não o contrário, propomos ainda:

- Descentralização das reuniões alargadas da CPD

-Realização de Conselhos Distritais obrigatoriamente temáticos

- Elaboração de documentos com base nas moções apresentadas e ideias discutidas em

Conselho Distrital com posterior envio ao PSD Porto (e Autarquias, Governo Civil,

órgãos de administração regional e nacional - e GP do PSD e CPN se for o caso) – para

que as moções não fiquem eternamente na gaveta.

- Encontros de autarcas – não com meros intuitos de formação, mas também de troca

de experiências.

- Reforçar a nossa presença nos meios tecnológicos e nas redes sociais da internet 2.0

Queremos um país ambicioso, um Portugal de esperança!

Portugal precisa de sangue novo!

Portugal precisa dos jovens, das suas capacidades, das suas ideias e do seu entusiasmo!

Nós, jovens, futuro de Portugal, temos e vamos ser o Futuro de Esperança para

Portugal!

É preciso renovar! É preciso acreditar!

Eu aceitei o desafio; conto convosco para novas ideias e novo entusiasmo para o

Distrito do Porto!