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Nº. 33 – 30 de outubro de 2012. SEMANA DO TST 2012 NOVAS SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDÊNCIAIS A exemplo do que ocorreu em maio de 2011, o TST suspendeu suas atividades (sessões de julgamentos, seja de Turmas ou de suas Seções Especializadas), para discutir sua jurisprudência, seu regimento interno, e possíveis propostas de modificação na legislação trabalhista. Encerrados os trabalhos da segunda Semana do TST no dia 14 de setembro de 2012, foram publicadas as Resoluções nº 184, 185 e 186 de 2012 (DEJT de 25, 26 e 27/09/2012), pelas quais o Tribunal Superior alterou algumas de suas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais e editou novos enunciados. Deste modo, o CONTRAB, através do seu Grupo de Estudos Técnicos, e a UNIJUR apresentam suas considerações sobre as principais alterações e inovações. Importante ressaltar que já estão em vigor as novas Súmulas do TST, de números 437 a 444, bem como os novos textos dos enunciados alterados, incidindo sobre as situações pretéritas (processos em tramitação, ainda pendentes de recurso e não transitados em julgado), uma vez que a natureza de tais orientações não é constitutiva, mas declaratória, na medida em que (em tese) refletem a orientação jurisprudencial já consolidada do TST. Não foi vislumbrada medida coletiva para impugnação dos novos enunciados ou alterações identificadas como inconstitucionais. Deste modo, é recomendável que em cada processo, no caso concreto, seja realizado o pré-questionamento das matérias para viabilizar eventual Recurso Extraordinário. Em anexo, seguem também os textos integrais das resoluções publicadas no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho dos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2012. César Codorniz Wanderley Marcelino Coordenador do CONTRAB UNIJUR – Sistema FIERGS E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Fone: (51) 3347.8871 Fone: (51) 3347.8726

Novas Súmulas e Orientações Jurisprudênciais

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Súmulas e jurisprudências.

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Nº. 33 – 30 de outubro de 2012.

SEMANA DO TST 2012

NOVAS SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDÊNCIAIS

A exemplo do que ocorreu em maio de 2011, o TST suspendeu suas atividades (sessões de julgamentos,

seja de Turmas ou de suas Seções Especializadas), para discutir sua jurisprudência, seu regimento

interno, e possíveis propostas de modificação na legislação trabalhista.

Encerrados os trabalhos da segunda Semana do TST no dia 14 de setembro de 2012, foram publicadas as

Resoluções nº 184, 185 e 186 de 2012 (DEJT de 25, 26 e 27/09/2012), pelas quais o Tribunal Superior

alterou algumas de suas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais e editou novos enunciados.

Deste modo, o CONTRAB, através do seu Grupo de Estudos Técnicos, e a UNIJUR apresentam suas

considerações sobre as principais alterações e inovações.

Importante ressaltar que já estão em vigor as novas Súmulas do TST, de números 437 a 444, bem como

os novos textos dos enunciados alterados, incidindo sobre as situações pretéritas (processos em

tramitação, ainda pendentes de recurso e não transitados em julgado), uma vez que a natureza de tais

orientações não é constitutiva, mas declaratória, na medida em que (em tese) refletem a orientação

jurisprudencial já consolidada do TST.

Não foi vislumbrada medida coletiva para impugnação dos novos enunciados ou alterações identificadas

como inconstitucionais. Deste modo, é recomendável que em cada processo, no caso concreto, seja

realizado o pré-questionamento das matérias para viabilizar eventual Recurso Extraordinário.

Em anexo, seguem também os textos integrais das resoluções publicadas no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho dos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2012.

César Codorniz Wanderley Marcelino Coordenador do CONTRAB UNIJUR – Sistema FIERGS E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Fone: (51) 3347.8871 Fone: (51) 3347.8726

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REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 228 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.

Súmula nº 228 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.

Acrescenta ao texto da Súmula a observação expressa de que a mesma esta com sua eficácia suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal – STF.

A Súmula vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal – STF dispõe que: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.”

Tal entendimento se dá pelo cumprimento ao disposto no artigo 7º, inciso IV da Constituição Federal, que dispõe:

Constituição Federal - Artigo 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à

melhoria de sua condição: [...]

IV – Salário-mínimo, fixado em lei nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais

básicas e às de sua família como moradia, [...], com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,

sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim;

Com base na Súmula Vinculante nº 4 do STF, o Tribunal Superior do Trabalho - TST alterou a redação da Súmula nº 228 do TST, estabelecendo que, a partir da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do STF, o adicional de insalubridade seria calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo:

Diante do ocorrido, a Confederação Nacional das Indústrias – CNI, interpôs uma AÇÃO de RECLAMAÇÃO com pedido LIMINAR junto ao STF, com o objetivo de suspender a eficácia da Súmula nº 228 do TST.

A CNI alegou que a súmula do TST afronta a Súmula Vinculante nº 4, editada pelo STF, e teve LIMINAR DEFERIDA, em 15.07.2008, suspendendo a aplicação da Súmula nº 228, uma vez que, o adicional de insalubridade deve continuar sendo calculado com base no salário mínimo, enquanto não superada a inconstitucionalidade por meio de lei ou convenção coletiva.

Assim, os adicionais de insalubridade mantem-se calculado sobre o salário mínimo nacional (que não se confunde com Piso Salarial Regional), enquanto não for indicada outra base de cálculo por meio de lei ou convenção coletiva de trabalho, estando os Sindicatos livres para negociar cláusulas que regulem a matéria no âmbito de suas categorias.

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REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I ‐ O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II ‐ A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe‐se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III ‐ Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa.

Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

Alterada redação do item III.

Assegura garantia de emprego para gestantes, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto, mesmo em contrato de experiência ou contratos temporários e por prazo determinado.

O inciso III além de inconstitucional agride ao princípio da razoabilidade, na medida em que assegura à empregada gestante garantia de emprego ainda que tenha tido o seu contrato de trabalho a prazo determinado.

Prazo, segundo os doutrinadores é “o lapso de tempo decorrido entre a declaração da vontade e a superveniência do termo” (Bevilaqua, CC, v. I, 123, p. 305). Diz respeito à duração delimitada da relação jurídica contratual no tempo. Se há um termo certo esse termo não poderá ser subtraído das partes, salvo se todas as partes ajustarem diferentemente.

A decisão do TST, in casu, por subtrair, unilateralmente, das partes o termo certo de uma relação jurídica perfeita, válida e eficaz, ofende ao disposto no artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal, na medida em que agride a um dos princípios basilares do estado democrático de direito, a garantia constitucional do ato jurídico perfeito. Diz a norma constitucional: “Art. 5º [...] XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”

Ora, no contrato de trabalho a prazo determinado, como em todos os atos jurídicos a prazo certo, a relação jurídica se exaure com o implemento do termo pré-fixado. Essa é uma regra universal, observada por todos os países cultos.

Convém referir, por oportuno, que o inciso III da Súmula em comento ofende ao disposto no artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil, onde se acha assegurada a garantia do respeito ao ato jurídico perfeito, do direito adquirido e da coisa julgada, independentemente da natureza jurídica da norma, se de ordem pública ou não.

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REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 277 do TST SENTENÇA NORMATIVA. CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVOS. VIGÊNCIA. REPERCUSSÃO NOS CONTRATOS DE TRABALHO I ‐ As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordos coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. II ‐ Ressalva‐se da regra enunciada no item I o período compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei nº 8.542, revogada pela Medida Provisória nº 1.709, convertida na Lei nº 10.192, de 14.02.2001.

Súmula nº 277 do TST CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificados ou supri suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho.

Nova redação.

Limitação injustificável a liberdade sindical e autonomia coletiva e total desprestigio à negociação coletiva.

O que for pactuado por Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho não estará mais limitado pela vigência do instrumento negocial, sendo suprimido apenas por nova negociação.

Outro absurdo, a desmotivar o exercício da livre negociação coletiva. Como revela o artigo 10 da Lei nº 10.192/2001, o legislador ordinário deu ênfase à livre negociação coletiva, criando mecanismos de conciliação e arbitragem para se evitar o dissídio, só ajuizado em último caso.

Aliás, no § 2º do artigo 114 da Constituição Federal o dissídio só se justificará no caso de qualquer das partes se recusar à negociação coletiva ou à arbitragem. Ainda assim, para que o Judiciário exerça o seu poder normativo ambas as partes, por seus sindicatos, deverão concordar com o ajuizamento do dissídio coletivo. Mas, é no âmbito do processo de dissídio que as cláusulas convencionadas anteriormente devam ser respeitadas, o que, por si só, também é um absurdo jurídico.

Não obstante, a nova redação da Súmula é contrária contrapõe-se ao disposto na Recomendação nº 163 da OIT, Sobre a Promoção da Negociação Coletiva.

A Súmula vem de encontro a flexibilização das relações de trabalho e a modernização das normas trabalhistas, tão defendida pelo próprio TST, como meio de proporcionar uma maior iteratividade entre os atores da relação trabalhista, promovendo maior dinamicidade e adequação das regras aos casos concretos.

Não existe espaço na esfera jurídica para o TST estabelecer a ultratividade das normas coletivas através de Súmula, o que implica ofensa ao § 2º do art. 114 da CF, ao artigo 10 da Lei 10.192 e ao § 3º do artigo 614 da CLT, que fixa prazo para validade das convenções coletivas, que não poderá ultrapassar a dois anos. Ora, se a convenção tem prazo de vigência, por óbvio que, se esgotada sua vigência não há que se falar no que foi pactuado.

Outrossim, a Súmula tem sua redação alterada sem indicação dos precedentes que fundamentam tal decisão, uma vez que o Tribunal Superior valeu-se da prerrogativa estabelecida no §2º do artigo 165 de seu Regimento Interno, que dispõe que, na hipótese de matéria revestida de relevante interesse público e já decidida por Colegiado do Tribunal, poderá qualquer dos órgãos judicantes, a Comissão de Jurisprudência e Precedentes Normativos, a

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS Procuradoria-Geral do Trabalho, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou Confederação Sindical, de âmbito nacional, suscitar ou requerer ao Presidente do Tribunal apreciação, pelo Tribunal Pleno, de proposta de edição de Súmula. Caso em que serão dispensados os pressupostos dos incisos I a IV deste artigo (indicação de precedentes conforme o caso), e deliberada, preliminarmente, por dois terços dos votos, a existência de relevante interesse público.

Recomenda-se a inserção nas Convenções e Acordos Coletivos, de cláusulas de vigência, consignando expressamente a vigência de cada benefício negociado.

REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS I ‐ É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio‐doença ao empregado acidentado. II ‐ São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio‐doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.

Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

Inserido item III.

Assegura estabilidade provisória para o acidentado, pelo período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário, mesmo em contrato de experiência ou contratos temporários e por prazo determinado.

Essa nova orientação ofende regras jurídicas em dois aspectos: primeiro, aquelas já referidas para a empregada gestante, relativamente à ofensa ao ato jurídico perfeito (ver comentários a Súmula nº 244 do TST); a segunda, apesar de o TST já ter proclamado em contrário, constitui inegável inconstitucionalidade formal, posto infringir ao disposto no artigo 7º, I da Constituição Federal, que remete a regulamentação da garantia no emprego à legislação infraconstitucional, tendo como espécie legislativa a lei complementar.

Significa dizer que a garantia no emprego só pode ser outorgada através de lei complementar. Num primeiro momento, somente o empregado sindicalizado que se encontrava registrado para concorrer a cargo de direção ou representação sindical é que possuía a estabilidade, assegurado até um ano após o final do mandato. Não obstante,

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS o constituinte teve por bem estabelecer algumas situações de garantia no emprego até que a lei complementar fosse editada, e o fez no artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT.

Com efeito, o artigo 10, inciso II, do ADCT definiu que até que seja editada a lei complementar fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa (a) do empregado eleito para cargo de direção de CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; e (b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Corresponde a isso que a ordem jurídico-constitucional em vigor contempla com garantia no emprego tão-somente: (1) ao empregado sindicalizado candidato a dirigente sindical (CF, art. 8º, VIII); (2) ao empregado eleito para cargo de direção de CIPA e (3) à empregada gestante.

Concordemente, pode-se afirmar que o artigo 118 da Lei 8.213/91 padece do vício da inconstitucionalidade formal. Quando a matéria é reservada pela Constituição para ser tratada por via de uma espécie normativa específica, a exemplo do que dita o inciso I do artigo 7º da Constituição Federal, pela via da lei complementar, a inobservância dessa regra determina a chamada inconstitucionalidade orgânica ou formal. Se uma lei ordinária contiver disposição acerca de uma matéria que deveria ser pela via da lei complementar, essa lei, nesse aspecto, será formalmente inconstitucional, pois para cada uma dessas espécies normativas há quoruns específicos. Para a lei ordinária, o quorum de aprovação da lei ordinária é o de maioria simples, ao passo que o da lei complementar é o de maioria absoluta (CF, artigos 47 e 69).

REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 369 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I ‐ É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho

Súmula nº 369 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS Nova redação do item I.

Assegura a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho, por considerar essa formalidade não essencial para configuração da proteção a que alude a Constituição Federal, tendo sido cumprido o objetivo da norma legal, essencialmente dirigida à proteção do direito do empregado.

Trata-se de autorização expressa para o descumprimento de preceito legal.

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Súmula nº 428 do TST SOBREAVISO O uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço.

Súmula nº 428 do TST SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I ‐ O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso. II – Considera‐se em sobreaviso o empregado que, à distancia e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.

Nova redação e inclusão do item II.

Mantem o entendimento de que para a configuração do regime de sobreaviso, não basta o mero fornecimento de equipamentos de informática e/ou telecomunicação.

Considera em sobreaviso o empregado que, à distância, permanece em regime de plantão ou equivalente, ficando submetido ao controle patronal, aguardando chamado.

Reduz os riscos quanto a interpretação do artigo 6º da CLT, com redação dada pela Lei nº 12.551/2011 – Teletrabalho:

CLT - Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no

domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da

relação de emprego.

Parágrafo único - Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam,

para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho

alheio.

Corrobora entendimento do CONTRAB/FIERGS manifestado no Comunicado Técnico nº 13/2012.

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REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

OJ 307 da SDI-1 do TST INTERVALO INTRAJORNADA (PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO). NÃO CONCESSÃO OU CONCESSÃO PARCIAL. LEI Nº 8.923/94 Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT). OJ 342 da SDI‐‐‐‐1 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. INVALIDADE. EXCEÇÃO AOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS, EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO. I ‐ É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, é válida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo intrajornada, desde que garantida a redução da jornada para, no mínimo, sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada. OJ nº 354 da SDI-1 do TST INTERVALO INTRAJORNADA. ART. 71, § 4º, DA CLT. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. NATUREZA JURÍDICA SALARIAL Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. OJ nº 380 da SDI-1 do TST INTERVALO INTRAJORNADA. JORNADA CONTRATUAL DE SEIS HORAS DIÁRIAS. PRORROGAÇÃO HABITUAL. APLICAÇÃO DO ART.

Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não‐concessão total ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II ‐ É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV – Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º, da CLT.

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS 71, "CAPUT" E § 4º, DA CLT. Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, “caput” e § 4, da CLT. OJ nº 381 da SDI-1 do TST INTERVALO INTRAJORNADA. RURÍCOLA. LEI N.º 5.889, DE 08.06.1973. SUPRESSÃO TOTAL OU PARCIAL. DECRETO N.º 73.626, DE 12.02.1974. APLICAÇÃO DO ART. 71, § 4º, DA CLT. A não concessão total ou parcial do intervalo mínimo intrajornada de uma hora ao trabalhador rural, fixado no Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, que regulamentou a Lei n.º 5.889, de 08.06.1973, acarreta o pagamento do período total, acrescido do respectivo adicional, por aplicação subsidiária do art. 71, § 4º, da CLT.

Nova Súmula.

Conversão das Orientações Jurisprudenciais nº 307, 342, 354, 380 e 381 da Seção de Dissídios Individuais – SDI-1 com nova redação.

Inclui no inciso IV, disposição afirmando que ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, torna-se devido o gozo do intervalo intrajornada de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período correspondente ao intervalo não usufruído acrescido do respectivo adicional de hora extra.

Também inclui no inciso I disposição afirmando que a não concessão total ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, acrescido do respectivo adicional de hora extra, sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.

A penalização prevista em seus incisos é ilegal, porque contraria o disposto no §4ª do artigo 71 da CLT. Uma interpretação sistemática e teleológica do §4º desse artigo poderá descaracterizar os verbetes dos incisos I e IV.

De qualquer sorte, deve-se ter extrema cautela no caso daqueles empregados cuja jornada de trabalho é de 6 horas (ver inciso IV da Súmula).

NOVA SÚMULA – SEMANA DO TST

Súmula nº 438 do TST INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS Assegura a todos os empregados com atividades em ambiente artificialmente frio, o intervalo de 20 minutos a cada 1h40 de trabalho, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

Na prática, limita a 6h40 o tempo total de trabalho efetivo no referido ambiente, composto de quatro períodos de 1h40 alternados com 20 min. de repouso e recuperação térmica, fora do ambiente frio.

Conforme os precedentes que fundamentam a nova Súmula, o conceito de ambiente artificialmente frio esta atrelado ao mapa oficial do Ministério do Trabalho e Emprego, a que se refere o art. 253 da CLT, considerado o mapa “Brasil Climas” – da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE da SEPLAN, que define as zonas climáticas brasileiras de acordo com a temperatura média anual, a média anual de meses secos e o tipo de vegetação natural, conforme disposto na Portaria nº 21/1994 do MTE.

A referida Portaria ainda definiu como primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do MTE, a zona climática quente, a quarta zona, como a zona climática subquente, e a quinta, sexta e sétima zonas, como a zona climática mesotérmica (branda ou mediana) do mapa “Brasil Climas”, para tender ao disposto no parágrafo único do artigo 253 da CLT.

CLT - Artigo. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que

movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40

(quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso,

computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).

NOVA SÚMULA – SEMANA DO TST

Súmula nº 440 do TST AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.

Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, mesmo quando suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez, durante o período de afastamento.

Page 11: Novas Súmulas e Orientações Jurisprudênciais

Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS

NOVA SÚMULA – SEMANA DO TST Súmula nº 441 do TST AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011..

Confirma entendimento do CONTRAB, manifestado nos Comunicados Técnicos nº 05 e 07/2011, de que o aviso proporcional é devido apenas nas rescisões de contrato de trabalho realizadas após a publicação da Lei nº 12.506/2011.

NOVA SÚMULA – SEMANA DO TST

Súmula nº 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.

Manifesta entendimento do TST quanto presunção de discriminação na despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito.

Os precedentes que fundamentam a edição do verbete não indicam critérios objetivos para identificação de “doença grave que suscite estigma ou preconceito” gerando grande insegurança jurídica.

Além disso, a nova Súmula nasce eivada de inconstitucionalidade formal, pois estabelece garantia de emprego sem previsão legal, violando o disposto no inciso I do artigo 7º da Constituição Federal, que remete a regulamentação da garantia no emprego à legislação infraconstitucional, tendo como espécie legislativa a lei complementar.

REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

OJ 173 da SDI‐‐‐‐1 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. RAIOS SOLARES. INDEVIDO Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (art. 195, CLT e NR 15 MTb, Anexo 7).

OJ 173 da SDI‐‐‐‐1 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE).

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Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.

Nova redação e inclusão do item II.

Mantém o entendimento de que o trabalho a céu aberto e a mera sujeição do trabalhador a radiação solar não enseja o pagamento do adicional de insalubridade.

Porém, afirma que o Anexo 3 da NR-15 do MTE, que trata dos limites de tolerância para exposição ao calor, é aplicável nas atividades a céu aberto.

Análise técnica mais apurada demonstra que o Anexo 3 da NR-15 deve ser aplicado apenas em ambientes fechados, com fonte artificial de calor.

REDAÇÃO ORIGINAL

REDAÇÃO ATUAL - SEMANA DO TST

Súmula nº 431 SALÁRIO‐‐‐‐HORA. 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200. Aplica‐se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora o empregado sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho. Súmula nº 124 BANCÁRIO. HORA DE SALÁRIO. DIVISOR Para o cálculo do valor do salário‐hora do bancário mensalista, o divisor a ser adotado é 180 (cento e oitenta).

Súmula nº 431 do TST SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012. DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora. Súmula nº 124 do TST BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como dia de descanso remunerado, será: a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor: a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT.

Page 13: Novas Súmulas e Orientações Jurisprudênciais

Unidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade JurídicoUnidade Jurídico----Sindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGSSindical do Sistema FIERGS Alterada a redação.

As súmulas alteradas demonstram entendimento do TST no sentido de que, a partir da edição da Constituição de 1988, o divisor a ser utilizado no cálculo do salário-hora, na hipótese de duração semanal do trabalho de quarenta e quatro horas e com jornada de oito horas, é o 220. Para o empregado que labora quarenta horas semanais, o divisor aplicável é 200.

Para jornadas inferiores, a lógica permanece a mesma, perfeitamente demonstrada na nova redação da Súmula nº 124, que mesmo sendo específica para Bancários, pode vir a ser utilizada por meio de analogia, no julgamento de outros dissídios de natureza trabalhista.

César Codorniz Wanderley Marcelino Coordenador do CONTRAB UNIJUR – Sistema FIERGS E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Fone: (51) 3347.8871 Fone: (51) 3347.8726