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Novas técnicas de intervenções utilizando da Psicanálise Prof. Esp. Felipe Mio de Carvalho

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Novas técnicas de intervenções utilizando da Psicanálise

Prof. Esp. Felipe Mio de Carvalho

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• A necessidade de estudar essa forma de intervenção está justamente em compreendermos outras formas de conduta terapêutica que diferem da Psicanálise mais ortodoxa

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• A PBOP difere da Psicanálise no manejo das situações, bem como na técnica utilizada para a condução do processo;

• Utiliza de recursos diferenciados e propõe novas aberturas, buscando resolver problemáticas de formas mais brandas e focais;

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• Freud em 1918 antecipou e pronunciou frente a sociedade psicanalítica a necessidade de dedicar formas mais rápidas de tratamento, mesmo que ainda devemos combinar:

OURO PURO da PsicanáliseCOBRE da sugestão

até mesmo da HIPNOSE

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• Mesmo que sejam necessária realizar tais modificações, deve-se ter em mente não se pode perder o vigor da teoria Psicanalítica:

->Rigor teórico sobre os fenômenos encontrados;

->Estar livre de toda tendenciosidade na atividade prática.

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• A técnica utilizada nesta modalidade de Psicoterapia é estruturada de forma clara e precisa, sendo importante que os profissionais dediquem um tempo considerável ao seu estudo – bem como particularmente considero ser necessário deter uma bagagem experiencial, teórica e prática;

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A Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

• Isso não se refere que é inviável de ser praticada por principiantes, mas estes devem serem supervisionados e orientados frentes as dificuldades;

• Em fato, sempre haverão dificuldades, e a importância da supervisão recai para a necessidade do estabelecimento de um pensamento sobre a terapêutica;

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A técnica

• Busca-se na PBOP a aquisição de Insights justamente pelo caráter transformador.

• A Psicoterapia é um processo que se orienta na finalidade de transformar, de mudar.

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A técnica

• Os objetivos na PBOP são muito menos amplos que os assumidos na Psicanálise – em fato buscamos um princípio de insight :

[Julgamos satisfatório atingir os seguintes objetivos]-> Obter com o trabalho terapêutico uma compreensão a respeito do conflito subjacente;-> Elaborar brevemente alguns aspectos da subjetivação que o põe uma posição patognômica;

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A técnica

• Não é objetivado trabalhar com os conflitos infantis, mas com os conflitos atuais. O insight será, então, dirigido as modelos de configurações que o paciente utiliza na atualidade;

=> Vamos perceber que a medida que a aquisição de insight se dá, há uma reatualização do conflito infantil e ligeira modificação desse.

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A compreensão teórica

Partimos de uma visão psicodinâmica, ou seja aceitamos duas possibilidades:

1º Encaramos as modificações na subjetividade via experiência com a realidade; 2º Como também compreendemos que os eventos internos, a realidade psíquica se relacionam entre si – não dependendo da consciência para produção de derivados;

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A compreensão teórica

• Psiquicamente as monções ou complexos se encontram exercendo influência mútua: ao alteramos as significações do presente, também alteraremos aspectos das edificações.

• Kalina (1999) nos fornece ótimos exemplos de como ao interpretamos o complexo de Édipo do adolescente no adulto, iremos automaticamente atualizar o infantil.

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Retornando a Técnica

• Aspectos essenciais:

-Trabalhos com os conflitos;-Regressão. Dependência. Transferência. Neurose de transferência;-Resistências;-Focalização;-Multiplicidade de recursos;-Planejamento.

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Trabalhos com os conflitos

• Diferente da Psicanálise que ao manejar os conflitos remete o individuo ao passado – estabelecendo assim um regressão temporal – a PBOP limita-se a objetivos e a conflitos que não sejam de longa data.

• Em fato, é evitado tocar em coisas do passado, por justamente ser um tratamento temporalmente limitado e não haver tempo para resolução pormenizado de certos aspectos.

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Regressão

• Não é visado o estabelecimento da regressão, justamente para não incitar a desestruturação de certas camadas que mantém o funcionamento egóico em bom manejo do processo primário.

• Desta forma, evita-se o problema da Dependência e também da Neurose de Transferência.

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A Transferência

• No manejo da transferência repousa a essência da Psicanálise. A interpretação transferencial é, portanto, a via segura para a perpetuação das modificações estruturais na personalidade no analisando.

• Mas e na PBOP?

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A Transferência

• Na modalidade terapêutica em questão, o manejo da transferência não deve estimular demasiadamente o processo de regressão – dependência – neurose de transferência. Portanto, visa-se que a transferência seja desviada para os objetos da atualidade e não interpretada ou então ser utilizada como ferramenta para direcionar a regressão.

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A Transferência

• É também necessário que ao decorrer do tratamento o terapeuta o tome posturas que evitem o aprofundamento dos fenômenos já narrados. Isto implica em um manejo que evite silêncios prolongados e a postura de distanciamento.

• Deve-se manter uma transferência positiva e a direcionar.

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Resistências

• A análise das resistências, fator fundamental na “cura” psicanalítica, também é trabalhada com cuidado. Isto implica, em essencialmente trabalharmos com os olhos para três âmbitos:

1º As resistências ou as defesas maníacas devem na medida do possível serem analisadas.

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Compreendemos as defesas maníacas como sendo:

-Cisão, idealização, negação, identificação projetiva, desintegração (Ezq. Paranóide)

-Triunfo, controle objetal, reparação maníaca e inversão de papeis – o outro que é dependente – (Depressiva)

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2º Outro aspecto é atacar parcialmente as barreiras repressivas dos conteúdos inerentes ao sofrimento mental.

3º Os mecanismos caracterológicos devem serem preservados.

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Insight e elaboração

• São partes importantes do processo. Mas é importante compreender que busca-se o Insight e Elaboração dos elementos que se relacionam a problemática focal, com os pontos que são gerados de sofrimento.

A profundidade do Insight é limitado e é de valia nesta modalidade terapêutica os insight racionais. Busca-se princípios de insight afetivo.

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Focalização

• Um dos elementos fundamentais em PBOP é a focalização, é a escolha sobre quais aspectos serão trabalhados.

Será posto em foco a conflitiva nuclear que se relaciona com a “queixa” ou “motivo de consulta”.Sem muita dificuldades, pode-se perceber que o foco incide sobre aspectos que se relacionam com o conflito infantil.

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FIORINE (2004, p.96)

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Princípios quando se visa trabalhar com enfoque:

• “a) manter a coerência e a operatividade a respeito da fixação de objetivos terapêuticos, b) planejar o tratamento, c) combater a passividade e o perfeccionismo do terapeuta, d) contrapor-se ao desenvolvimento da neurose de transferência (há uma orientação constante em direção à realidade e ao atual do paciente)” (BRAIER, 2002, p.39)

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Multiplicidade de Recursos

• Intervenções verbais não-interpretativas;• Encaminhamentos complementares;( para grupos, para assistência social, atividades comunitárias, etc..)• Psicofarmacos ( via encaminhamento);

=> A utilização desses recursos deve estar inserida em uma fundamentação psicodinâmica e não em na opinião de “censo comum”

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Planejamento

• São fixados pontos fundamentais do processo terapêutico que compreende um plano de tratamento prévio (dias, quantidade de sessões, avaliações periódicas do tratamento, antecipação de marcos importantes – principalmente o fim do tratamento)

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Outros conceitos

Pontos de urgência (PU): elementos de extremo sofrimento mental que surgem em virtude de uma situação psíquica inconsciente de conflito e mobilizam ansiedades e defesas;

Hipótese psicodinâmica inicial (HPI): São teses tecidas pelo terapeuta para conseguir compreender o funcionamento mental ou funcionamento dinâmico do paciente.

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Entrevistas Preliminares

• As entrevistas preliminares em PBOP são de suma importância, pois iremos ao decorrer lançar as bases para as intervenções futuras – seja à nível de compreensão do caso e teórico ou afetivo*.

*Não devemos esquecer que embora buscamos insight que sejam ‘racionais’ ou cognitivos, também buscamos que a afetividade perdida ou deslocada seja reencontrada.

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As entrevistas preliminares

1 – Estabelecimento da relação terapêutica;2 – Elaboração da história clínica;3 – A avaliação diagnóstica e prognóstica;4 – A devolução diagnóstica-prognóstica;5 – O contrato sobre as metas terapêuticas e a duração do tratamento;6 – Explicação do método de trabalho e demais normais contratuais;

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1 – Estabelecimento da Relação Terapêutica

• Deve-se criar condições favoráveis para um vínculo terapêutico:

Mostrar-se interessado;Disposto a oferecer ajudar;Ter confiança no método terapêutico;Ser claro e explicito na comunicação com o

seu paciente

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1 – Estabelecimento da Relação Terapêutica

** É importante sempre anunciar os objetivos dos processos que serão adotados, ou seja, nas entrevistas preliminares, deixar claro que o intuito das mesmas é o conhecimento do paciente para planejamento de um plano de tratamento.

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2 – Elaboração da história clínica;

• É importante em PBOP obter informações sobre a história de vida do paciente, bem como a história da patologia em questão.

É conveniente a utilização de uma anamnese;Pode também ser utilizado de entrevistas mais

livres e menos dirigidas;

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2 – Elaboração da história clínica;

• É importante indagar o motivo da consulta, pois o desenrolar do mesmo nós ajuda a compreender os desencadeamentos da situação problema

(o passado, os sintomas, os fatores eliciantes)

*Controvérsias sobre a necessidade compulsiva de obtenção de dados e ansiedade do terapeuta;

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3 – A avaliação diagnóstica e prognóstica;

• É importante a realização desse processo de avaliação, para definir qual via será tomada.

ÞSerá: Aconselhamento Terapêutico, Apoio, Breve, Voltada ao insight ou Psicanálise?

ÞNecessidade de avaliação das condições gerais do individuo para definição.

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3 – A avaliação diagnóstica e prognóstica;

• -> Diagnóstico Nosógráfico-dinâmico:Diagnóstico da enfermidade atual e da personalidade:

Exemplo: Crise depressiva moderada numa histérica, com traços predominantemente conversivos.* O fechar de um quadro não é algo totalizador, é importante que ele seja uma hipótese ou um meio para pesquisa e exploração conjunta ao paciente.

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3 – A avaliação diagnóstica;

• A pesquisa ou a exploração mencionada serve infere na necessidade de avaliarmos a seguintes conjecturas:

A) As funções egóicas básicas (percepção, atenção, memória, pensamento, etc.. )

B) Relações objetais;C) Controle dos impulsos;

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D)Tolerância à ansiedade e frustração;E) Mecanismos defensivos;F) Regulação da auto-estima;

• É sugerível a utilização de instrumentos psicológicos para que seja obtido com fluidez os elementos demarcados, bem como a facilitação do reconhecimento da problemática em questão;

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• Por um outro lado, devemos ter em mente que a avaliação não serve apenas ao terapeuta obter o máximo de informações, mas serve também à construção do vínculo terapêutico;

• O lugar do não-saber é importante;• Sensibilização do paciente sobre a

problemática apresentada...

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• Avaliação do grau de motivação: o processo de psicoterapia é ansiogênico e por ser limitado há a necessidade de impulsionar o paciente à falar sobre o conflito focal ou sobre o desenrolar da situação problema;

=> “ Diretamente ligado a capacidade de insight acha-se seu grau de consciência sobre a enfermidade, que também terá de ser detectado” (BRAIER, 1991, p.63)

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• Determinação do foco: É de extrema importância que o foco seja definido com facilidade, mas não se deve apressar as coisas. Sempre encontraremos o foco no Motivo de Consulta e na Situação Problema.

O nosso trabalho é sempre por visão ou dar palavras à aquilo que foi perdido na história de vida e apreender o que faz a manutenção do sintoma.

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3- Avaliação Prognóstica

• Costuma ter prognóstico favorável aquelas patologias que:

Tenham início recente e agudo;Leveza e limitação da doençaCondições externas (situação familiar, conjugal,

etc ) favorável; Ego forte capacidade plástica;Capacidade de estabelecer boas relações objetais;Relação transferencial com grau leve de

dependência e ambivalência.

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4 – A devolução diagnóstica-prognóstica;

• É necessário que o profissional ‘retraduza’ as conclusões que alcançou se forma clara e bem inteligível ao paciente. Pede-se que evite-se terminologias e deixe pontos em abertos – evite de se restrito;

• Deve ficar implícito na devolutiva:A) O paciente sentir que foi escutado e lhe foi dada atenção;

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B) Fornecer esclarecimento sobre a problemática (evitando de ponderar ou falar da normalidade);C) Reforçar a motivação a terapia, ao informar as possibilidade, sobretudo imprimir esperança e encorajar;D) Apresentação do foco e das proposições de trabalho;

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5 – O contrato sobre as metas terapêuticas e a duração do tratamento;

• Pede-se que sejam avaliados ou posto em palavras pelo paciente as respostas para estas questões:

- “Que expectativas tem acerca do tratamento?”- “[...]Em que problemas você necessita de ajuda?”- “[...]Em que supõe que tem de consistir essa

ajuda?” (BRAIER, 1991, p. 63)

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• A utilização dessas perguntas serve para definirmos conjuntamente – em parcimônia – quais objetivos iremos trilhar. Sem a plena concordância do paciente podemos encontrar uma tendência de pseudo-acordo em que o paciente se submete às ordens do terapeuta.

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• Evitando esse caminho, é proposto que os seguintes circunstâncias:

A) As vezes é indicado aceitar a proposição do paciente em detrimento da proposição realizada pelo terapeuta;

B) Motivar o paciente pelo viés do esclarecimento que determinado caminho é mais valido;

C) Se as dissidências forem muito grandes, não efetuar tratamento.

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6 – Explicação do método de trabalho e demais normais contratuais

• Explicar cuidadosamente e detalhadamente o que será a regra básica de funcionamento do paciente ao decorrer da psicoterapia (assoc. livre in foco)

• Explicar o papel do terapeuta – reduzir as ansiedade frente ao desconhecido e também resolver divergências frente à imagem do psicólogo ou psicanalista.

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6 – Explicação do método de trabalho e demais normais contratuais

• Combinar os demais elementos como:

Horário;Duração da sessão;Frequência;Duração do atendimento;Termino das etapas;Pagamentos;Feriados;Férias do terapeuta.

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Objetivos Terapêuticos Alívio ou supressão dos sintomas;Mudanças com relação a perturbação próprias

da situação-problema;Aquisição de consciência da enfermidade

psíquica;Elevação ou recuperação da autoestima;Modificações favoráveis em outras áreas da

vida do individuo;Consideração de novos projetos para a vida;Modificações na estrutura da personalidade