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11 MARÇO 2018 - Ano VIII - nº24
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Nove Eleitos ao Baptismo
Os nove catecúmenos que fizeram a sua inscrição no livro dos Eleitos, manifestando, assim, perante a comu-
nidade, o desejo de receberem o Sacramento do Batismo na noite de Vigília de Páscoa, viveram, no III
Domingo da Quaresma, na Eucaristia, o primeiro Escrutínio. Depois à tarde, os eleitos marcaram encontro
com o Sr. Bispo D. José Ornelas, na Sé de Setúbal, para a Tradição do Símbolo com a entrega do Credo.
Tendo como base a Parábola da Samaritana, o Sr. Bispo D. José, explicou o sentido e a importância do Sím-
bolo na vida do cristão. Os Eleitos receberam, em nome da Igreja, das mãos do Sr. Bispo, o Símbolo da Fé.
E, em representação da Igreja de Setúbal, os catequistas e padrinhos presentes, recitaram o Credo, para que
os Eleitos, depois de escutarem, o guardassem no coração, para toda a sua vida, mas o pudessem dizer no dia
do seu Batismo, proclamando a sua fé, perante a nossa comunidade. Continuemos a rezar pelos “eleitos”
para que se tornem dignos de chegarem á Graça do Batismo na noite de Vigília Pascal.
São Cardoso
Retiro de Catequistas no Seminário
Apesar de muita chuva e do frio que se fez sentir no passado sábado, realizou-se o retiro para os
catequistas da nossa Diocese, no seminário de S. Paulo em Almada. Da nossa paróquia fomos
dez participantes. Sob a orientação do Sr. Padre José Pinheiro, começámos o dia com a oração de
Laudes. Depois desenvolvemos o tema da oração. Dos vários aspeto falados, vimos que a oração
surge da nossa vontade, da necessidade de estarmos «conectados» ao Pai através do Filho sob
acção do Espírito Santo. Sendo assim, somos nós que criamos as condições e ambiente interior
para que isto aconteça, sem esperarmos que as oportunidades apareçam. Também falámos da
nossa vocação como catequistas. Como qualquer cristão, o catequista é vocacionado à santidade e
é por isso que o Senhor nos deu esta nobre missão de evangelização: esta é uma das ferramentas
que temos para lá chegarmos. A seguir ao almoço, dividimo-nos em 14 grupos, dando lugar às 14
estações da Via Sacra, que realizámos com a participação de todos. O dia terminou com a presen-
ça viva de nosso Senhor Jesus Cristo na hóstia consagrada durante a Santa Missa.
André Brito
Sextas - feiras
da Quaresma:
Dias de abstinência
20h Sopa
21h Via Sacra
Domingo 11
de Março:
Retiro de
Quaresma
14h às 19h
Sábado 17
de Março:
Procissão
do Encontro
às 21h
Segunda - feira
19 de Março:
Dia do Pai
Missa de São José
às 21h
Horário da Santa Missa:
3.a e 5.a feira: 9h 4.a e 6.a feira: 18h
Sábado:18h15 Domingo: 10h30 e 19h
Confissões: Sexta-feira às 17h e Domingo às 18h
Cartório: depois de cada Missa
Morada: Rua das Gémeas, n.o 44, Miratejo
2855-235 Corroios
Tel: 21 254 28 50
Site: www.paroquiamiratejo.weebly.com
Contacto: [email protected]
NIB: 0033 0000 4537 8096 7110 5
O Papa já se confessou. E tu?
O verbo enviuvar
Há verbos difíceis de conjugar e enviuvar é um deles. Ficar viúva ou viúvo implica sempre uma
mudança radical e, fatalmente, uma solidão difícil de acolher. Mesmo quando a morte é anuncia-
da e houve tempo para despedidas, reconciliações ou re-uniões em família, dizia que mesmo
quando existe este compasso de espera, a perda implica sempre um enorme vazio, uma profunda
tristeza e alguma desordem interior. Fazemos tudo o que é preciso fazer, damos passos, falamos
com todos os amigos e conhecidos, damos e recebemos incontáveis abraços, contratamos desconhecidos para tratarem de todas as formalida-
des e até percorremos labirintos burocráticos sem queixas nem quebras. Chegamos a parecer fortes e a dar uma ilusão de que está tudo em
ordem, mas não está. O caos é total. O mundo desaba por dentro, mesmo quando por fora parece intacto.
Todos os que já passamos pela morte de maridos e mulheres ou de pais, filhos e irmãos sabemos que a perda é uma brutalidade e o luto
pode ser uma barbaridade. Um tempo espesso, demorado, em que as noites tomam conta dos dias. Nos primeiros tempos anoitece e parece
que nunca mais amanhece. Mesmo quando a luz volta e o dia se cumpre, parece ter sido vivido numa penumbra, sem horas definidas. As
viúvas e os viúvos inauguram esta sua nova condição sem saberem exactamente o que vão encontrar. Nunca viveram sem o outro, tentavam
não pensar demasiado na morte e mesmo se a encararam de frente, com coragem e certezas de fé, ela não era ainda verdade. Só no dia em
que acontece é que tudo se precipita e se torna real. Enviuvar é um processo lento, uma tomada de consciência a espaços, um sono intermi-
tente povoado de sustos e pavores. Apetece acordar do pesadelo. Dá vontade de andar para trás no tempo. Fazer de conta que não aconte-
ceu. O desejo de voltar a ver a pessoa amada e conversar com ela, tem picos tão arrebatadores como desoladores. Irreprimível desejo este,
que nunca poderá ser satisfeito. […]
Vivemos cada vez mais anos e também isso nos obriga a encontrar estratégias que nos permitam atravessar todas as condições e idades, des-
de que somos muito novos até ficarmos muito velhos. Olho à minha volta e vejo que os que não se isolam nem se fecham para o mundo;
os que se deixam ajudar e visitar; os que se empenham em buscar novas actividades, desenvolver novos interesses e cultivar novas amizades,
são aqueles que acolhem com realismo os altos e baixos que todos os lutos comportam sabendo que só descentrando-se de si mesmos e de
uma dor que o tempo não cura nem apaga, é possível descobrir formas menos erosivas de conjugar o verbo enviuvar.
Laurinda Alves