Novela de · Carolina vira o rosto pro outro lado. ... Me acompanhe. Inês segue o policial pra fora da sala. CAROLINA - Que bom que você veio, meu filho. (pro ... dele e da amante

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Razão e Emoção Capítulo 63 Pág: 1

RAZÃO E EMOÇÃO

ÚLTIMO CAPÍTULO

Novela de

Rômulo Guilherme

Criada e escrita por:

Rômulo Guilherme

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CENA 01. AEROPORTO. SALA DELEGADO. INT. NOITE

Carolina diante do delegado. Um policial ao fundo.

CAROLINA - Não vou falar nada sem a presença do meu

advogado.

Inês e Gustavo entram apressados. Os dois encaram Carolina.

INÊS - Onde está meu filho?

DELEGADO - Você que é a mãe do Eduardo?

INÊS - Sou sim. (olhando pra Carolina) A mãe dele!

Carolina vira o rosto pro outro lado.

INÊS - Onde ele está?

DELEGADO - (pro policial) Leve-a até a sala onde o filho dela

está.

POLICIAL - Me acompanhe.

Inês segue o policial pra fora da sala.

CAROLINA - Que bom que você veio, meu filho. (pro

delegado) Está aqui meu advogado.

GUSTAVO - E quem disse que vou te defender, mãe? Quero

que a senhora pega pelo que fez.

CAROLINA - (surpresa, decepcionada) Gustavo?

Gustavo olha sem nenhuma pena pra mãe e saí.

Corta para:

CENA 02. AEROPORTO. SALA DA POLÍCIA. INT. NOITE

Uma policial feminina brinca com Eduardo. O policial que acompanha Inês

abre a porta e ela entra. Pega Eduardo, muito emocionada, sem controlar as

lágrimas.

INÊS - Meu filho!

Gustavo aparece. Os dois policiais saem. Gustavo aproxima-se, abraça Inês

e Eduardo. Gustavo e Inês trocam olhares e sorrisos.

INÊS - Obrigada!

GUSTAVO - Agora acabou. Ninguém mais tira seu filho de

você, Inês. O direito de mãe é sagrado. E você é a

mãe do Eduardo sem nenhuma dúvida e

questionamento.

Gustavo e Inês são envoltos por uma clima, que faz com que eles

aproximem-se lentamente, seus rostos. Quando estão quase se beijando, o

delegado aparece.

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DELEGADO - Gustavo?

Gustavo e Inês se recompõem diante da situação embaraçosa.

GUSTAVO - Sim.

DELEGADO - Sua mãe acabou de confessar um crime que

cometeu na sua casa.

Gustavo olha assustado pra Inês.

Corta para:

CENA 03. MANSÃO RAUL. EXTERIOR. NOITE

Três carros da polícia, rabecão, ambulância, parados na porta da mansão.

Além do circo da impressa, agitados, com o crime que aconteceu. Uma

repórter, diante do seu câmera, fala:

REPÓRTER - Sim. Acaba de ser confirmada a morte do

empresário Raul Fragoso e de uma mulher, que

nossas fontes apurarem, ser Mafalda Maria

Gutierrez e não a empresa do empresário,

Carolina Fragoso, como se suspeitava. Ainda não

se sabe a causa exata da morte, já que nenhum

vestígio de crime foi encontrado no local.

Corta para:

CENA 04. MANSÃO RAUL. INT. NOITE

Os corpos de Raul e Mafalda já estão dentro do saco. A perícia trabalha. O

delegado responsável pelo caso e seu ajudante, tomam o depoimento de

Cleide, que está muito abalada.

CLEIDE - Estranhei a dona Carolina me dispensar em uma

noite que não era minha folga e dizer que iria

servir o jantar. Senti que algo estava errado e não

fui embora, como ela achou que eu fui.

DELEGADO - Em depoimento a Carolina afirmou que matou

os dois, pois descobriu o caso que eles tinham.

Você sabia desse caso do seu patrão com a

Mafalda?

CLEIDE - Uma vez eu flagrei uma situação embaraçosa

entre os dois.

Insert da cena onde Cleide fraga Raul e Mafalda trocando caricias com os

pés debaixo da mesa do jantar.

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CLEIDE - Como nunca fui de me intrometer na vida dos

patrões, fingi que não tinha visto nada. Mas

percebi na hora o que estava acontecendo entre

eles.

DELEGADO - Obrigado, dona Cleide. Se precisarmos de

qualquer outra informações, entraremos em

contato.

Cleide saí. Delegado faz algumas anotações.

AJUDANDO - Então, o que o senhor acha de tudo isso?

DELEGADO - O típico e lamentável caso da mulher que

descobre a traição do marido e resolve-se vingar

dele e da amante. Só que nesse caso a vingança

foi mortal! Duplo assassinato confesso.

Corta para:

CENA 05. RODOVIÁRIA. ÁREA DE EMBARQUE. EXT. NOITE

Roberto acaba de entrar no ônibus, usando um boné e uma mochila. No

vidro do ônibus está escrito seu destino: Salvador. Corta para o ônibus

saindo. Roberto na janela. Fusão para:

CENA 06. RIO DE JANEIRO. GERAIS. EXT. AMANHECENDO

Corta para:

CENA 07. QUARTO LETÍCIA. INT. DIA

Dora acaba de arrumar Letícia pra escola.

DORA - Você está linda, filha.

Letícia abraça Dora, feliz. Dora pega a mochila de Letícia e dá uma olhada,

conferindo.

DORA - Arrumou direito sua mochila. Não está

esquecendo nenhum caderno?

LETÍCIA - Peguei tudo. Falta só a merendeira.

DORA - A Nancy está terminado de arrumá-la. Pronta?

LETÍCIA - Pronta!

DORA - Então vamos tomar nosso café.

Letícia e Dora, que leva sua mochila, saem do quarto.

Corta para:

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CENA 08. AP. DORA. SALA DORA. INT. DIA

Dora e Letícia na mesa, tomando café. Nancy termina de preparar o

chocolate de Letícia e depois lhe entrega.

NANCY - Ricardo ligou avisando que vai levar o Théo

direito pra escola.

Corta para:

CENA 09. FLAT RICARDO. INT. DIA

Ricardo, Arminda e Théo tomam café.

THÉO - Acabei, pai.

RICARDO - Então vai trocar de roupa e se arrumar pra

escola.

Théo saí da mesa.

ARMINDA - Acho tão bonita essa relação que você tem com

o Théo.

RICARDO - Meu filho é tudo pra mim.

ARMINDA - Não acha que estamos indo rápido de mais não,

Ricardo?

RICARDO - Como assim?

ARMINDA - Passamos a noite juntos, agora estou aqui

tomando café com você e com seu filho,

partilhando da intimidade de vocês dois...

RICARDO - E não acha que já perdemos tempo de mais não?

ARMINDA - Você tem razão. Temos que seguir de onde

paramos. Recuperar cada minuto que ficamos

longe um do outro.

Théo, pronto pra ir pra escola, aparece.

THÉO - Vamos?

Corta para:

CENA 10. AP. DORA. SALA JANTAR. INT. DIA

Dora, Nancy e Letícia.

DORA - Notícias da Sílvia?

NANCY - Não apareceu ainda não.

DORA - Confesso que estou preocupada. Vou deixar a

Letícia na escola e ir lá à delegacia.

LETÍCIA - Vai fazer o que na delegacia, mãe?

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DORA - Coisa de adulto. Agora toma seu café e não faz

hora.

Dora levanta e puxa Nancy pro canto, conversando baixo.

NANCY - Acha mesmo que ela pode fazer alguma coisa?

DORA - Todo cuidado é pouco. Fica alerta e atenta. E se

ela aparece aqui me liga e fica de olho.

(preocupada) Não estou com uma boa sensação...

Corta para:

CENA 11. AP. LEONEL. INT. DIA

Sílvia e Leonel tomam café.

SÍLVIA - Você passa no banco e transfere o dinheiro

praquela conta em um desses paraísos fiscais que

eu te dei. Enquanto isso eu arrumo tudo aqui.

LEONEL - Vou passar na boate, pegar umas coisas e depois

sigo pro banco.

SÍLVIA - Fica esperto. Se liga em qualquer coisa que você

achar estranho.

Corta para:

CENA 12. ESCOLA LETÍCIA. FRENTE. EXT. DIA

Movimentação das crianças, dos pais, funcionários. Dora despede-se de

Letícia com um grande abraço.

DORA - Mamãe te ama, minha filha. Presta atenção na

aula e faça tudo o que a professora mandar.

LETÍCIA - Tá bom.

DORA - Mais tarde a Nancy vem te buscar.

Uma amiguinha de Letícia chega e as duas entram de mãos dadas. Dora

fica com o coração apertado, como se estivesse prevendo o que vai

acontecer mais tarde.

Corta para:

CENA 13. DELEGACIA. SALA DELEGADO. INT. DIA

Dora sentada em frente ao delegado. Conversa a meio.

DORA - Foi minha irmã Sílvia, contando com ajuda do

Leonel, dono da boate Eclipse e seu amante, que

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foram os responsáveis pelos dois acidentes que

sofri e que quase me mataram.

DELEGADO - É uma acusação muito grave.

DORA - Eu sei o que estou dizendo, delegado. A Sílvia

confessou tudo, olhando bem no fundo dos meus

olhos, sem nenhum arrependimento, peso na

consciência. Só quero que vocês prendam minha

irmã e o seu cúmplice. Quero que eles paguem

por tudo o que fizeram!

Corta para:

CENA 14. CASA LUCAS. INT. DIA

Lucas e Chico na mesa do café. Lucas lendo o jornal, que tem como

manchete: “Empresário carioca é encontrado morto em sua mansão”.

CHICO - Que fim mais trágico, não?

LUCAS - As pessoas colhem o que plantam, não é assim

que funciona? Teve o destino que merecia.

CHICO - Morto pela própria esposa.

LUCAS - Tá falando aqui que ele e a amante foram

envenenados.

Lucas deixa o jornal de lado.

LUCAS - Quer saber o que eu acho disso tudo? Bem feito!

Tanto fez e aprontou, que foi castigado.

CHICO - Que descanse em paz!

LUCAS - Finalmente fiquei livre desse encosto. Não

precisou que eu fizesse nada, pra que tudo se

resolvesse.

CHICO - A vida está se ajeitando.

Corta para:

CENA 15. CEMITÉRIO. EXT. DIA

Coveiros descem o caixão com o corpo de Raul. Inês, Gustavo, bem

emocionado, e Santiago observam. Corte descontínuo para os coveiros,

após terminarem o serviço, indo embora.

SANTIAGO - Seu pai era um grande homem, Gustavo. Perdi

um grande amigo, que tanto me ensinou.

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GUSTAVO - Não vou deixar que um deslize que ele cometeu

manche a imagem que eu tenho dele e que sempre

vou continuar tendo.

SANTIAGO - Não deixe de se orgulhar nunca do pai que você

teve.

GUSTAVO - Agora nada mais importa. O que aconteceu,

aconteceu!

SANTIAGO - Conta comigo pro que precisar.

GUSTAVO - Obrigado, Santiago.

Santiago dá um tapinha no ombro de Gustavo e se afasta.

INÊS - E agora? Como vai ser?

GUSTAVO - Resolvi que vou assumir a presidência da

construtora e vender a mansão.

INÊS - É o certo a ser feito.

GUSTAVO - Era um sonho do meu pai e tomo essa minha

atitude de assumir a construtora como um gesto

em sua homenagem, como um último pedido, se

ele tivesse tido essa oportunidade.

INÊS - A Lívia vai recebê-lo de braços abertos. Eu

tenho certeza disso.

Inês e Gustavo vão embora. Um vento misterioso e cheio de significado

mexe com as folhas secas que cobrem o terreno.

Corta para:

CENA 16. MADUREIRA. RUA. EXTERIOR. DIA

Lupe tapa os olhos de Nicole, diante da parede com o novo grafite que ele

fez dela.

LUPE - Espero que goste.

Nicole fica encantada.

NICOLE - É lindo, Lupe. E não estou falando isso por ser

eu a figura do grafite, mas sim pelo seu trabalho, a

expressão do seu dom.

LUPE - Essa é a forma que eu encontro de expressar

meu amor por você, Nicole: te grafitando por aí,

colorindo cada parede cinza e escura dessa cidade.

NICOLE - Vou me tornar como uma Monalisa urbana.

Todos vêm, admiram, mas não sabem quem é.

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LUPE - É a gatinha que eu amo, que me inspira.

Lupe agarra Nicole e eles se beijam. Nesse momento, um carro para perto

deles e Kobra (Eduardo Kobra – grafiteiro, muralista) desce do carro.

Lupe leva um grande susto.

LUPE - (sem acreditar) Kobra? É tudo mesmo, cara.

KOBRA - Eu mesmo.

Lupe e Kobra se cumprimentam.

LUPE - Perdido por aqui?

KOBRA - Uma amiga sua entrou em contato comigo, me

falou do seu trabalho, me mandou umas fotos e eu

me interessei muita sua arte, pelo seu grafite.

LUPE - (estranha) Amiga?

Lupe olha confuso pra Nicole.

KOBRA - Melissa é o nome dela. E ela me falou desse

último grafite que você tinha feito e eu resolvi ver

com meus próprios olhos e confesso que estou

achando incrível.

LUPE - Obrigado, cara. Você me inspira muito. Sem

puxar saco, mas você é meu ídolo.

KOBRA - Eu vim pra te fazer um convite.

LUPE - Convite?

KOBRA - Recebi uma proposta pra fazer um painel no

Japão e queria que você fosse comigo pra me

ajudar.

Lupe fica em choque com o que escuta.

LUPE - (surpreso) Ir com você pro Japão?

KOBRA - O que acha?

NICOLE - Ele aceita!

LUPE - Como eu posso recusar um convite desses,

Kobra. Como minha namorada disse, eu aceito

sim!

Lupe e Kobra apertam as mãos.

LUPE - Obrigado pela oportunidade.

KOBRA - O grafiteiro é artista. Precisa ganhar o mundo e

ser respeitado. Sair da marginalidade e expor seu

trabalho.

Corta para:

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CENA 17. ANGRA. PRAIA. EXTERIOR. DIA

Lucas, segurando um envelope, diante de Suelen.

SUELEN - Quer falar comigo?

LUCAS - (entregando) Quero te dar isso.

SUELEN - O que tem aqui dentro?

LUCAS - Abre.

Suelen abre o envelope e tira de lá uma passagem área.

LUCAS - Sua passagem área pra França.

SUELEN - (sem entender) Que brincadeira é essa, Lucas?

LUCAS - Te inscrevi em uma escola de gastronomia na

França.

SUELEN - (animada) Tá falando sério?

LUCAS - É uma escola conhecida e renomada. Você vai

poder aprender muito mais do que você já sabe e

se aperfeiçoar.

SUELEN - Quer mesmo me ver longe daqui.

LUCAS - Quero o seu bem, sua felicidade, independente

do que você tenha feito, pra mim não importa

mais.

SUELEN - Obrigada.

LUCAS - É um presente meu e da Dora pra você. E não se

preocupe que vamos arcar com todas as despesas.

SUELEN - (brinca) Quem sabe não arrumo um francês gato

por lá.

LUCAS - Amigo?

SUELEN - Amigos!

Os dois se abraçam. Chico e Binho observam.

BINHO - Fizeram as pazes.

CHICO - Parece que finalmente minha filha percebeu que

não adiante lutar contra o destino. Como diz

aquele ditado: o que Deus risca, ninguém rabisca.

Corta para:

CENA 18. MANSÃO MAURÍCIO. QUARTO CÍNARA. INT. DIA

Maurício diante de Cínara.

CÍNARA - (surpresa) Casar?

MAURÍCIO - No cartório.

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CÍNARA - Mas assim, de uma hora pra outra?

MAURÍCIO - Pensei que você se interessaria com o pedido.

CÍNARA - Não é isso. É que você me pegou de surpresa,

não podia esperar que você iria me pedir em

casamento.

MAURÍCIO - Estou fazendo isso pelo meu filho, Cínara.

Quero que ele tenha uma família.

CÍNARA - Parece que estou sonhando...

MAURÍCIO - Aceita ou não aceita se casar comigo?

CÍNARA - (felicíssima) É claro que aceito.

Cínara dá um pulo nos braços de Maurício e lhe beija. Maurício saí. Cínara,

eufórica, pega seu celular e disca.

CÍNARA - (cel.) Eu e o Maurício vamos nos casar, Camila!

Corta para:

CENA 19. MANSÃO MAURÍCIO. JARDIM. EXT. DIA

Maurício e Antônio.

MAURÍCIO - Ela não perde por esperar a presepada que estou

lhe preparando.

ANTÔNIO - Vai ser muita humilhação, Maurício.

MAURÍCIO - É uma lição que vou lhe dar, pra que ela aprenda

e nunca mais se esqueça da famosa lei da física:

ação e reação. Tudo o que você faz na vida,

independente se bom ou ruim, tem uma

conseqüência. Aprontou comigo, agora vai ser

minha vez de aprontar com ela!

Corta para:

CENA 20. ESCRITÓRIO HEITOR E LUÍZA. INT. DIA

Heitor e Luíza trabalham, ao mesmo tempo em que conversam.

LUÍZA - Me sinto um pouco culpa pelo aconteceu.

HEITOR - Você fez o que era o certo.

LUÍZA - Só que eu não podia imaginar que a Carolina

chegaria ao extremo que chegou.

HEITOR - Ninguém podia prever isso.

LUÍZA - A Carolina perdeu o controle de si mesmo.

HEITOR - Vai amargar um bom tempo atrás das grades.

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LUÍZA - Que tragédia! Pelo menos a disputa entre e a

Carolina e a Inês pela guarda do Eduardo se encerrou.

HEITOR - Eu conversei com a Cíntia então.

LUÍZA - E como ela reagiu?

HEITOR - Estranhou no começo. Levou um tempo pra

assimilar tudo. Mas no fim entendeu e até gostou

da idéia de ser uma boadrasta.

LUÍZA - Que bom, Heitor. Em meio à tragédia, surgem

notícias boas.

Corta para:

CENA 21. RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. TARDE

Corta para:

CENA 22. ESCOLA LETÍCIA. FRENTE. EXTERIOR. TARDE

Nancy e Letícia acabam de sair da escola, distraídas e caminham.

NANCY - Como foi à aula hoje?

LETÍCIA - Acertei a resposta da pergunta que a professora

fez.

NANCY - Parabéns.

Elas são abordadas por Sílvia, que esconde uma arma debaixo da roupa.

NANCY - (surpresa) Sílvia?

SÍLVIA - (baixo) Sem mais um pio. Estou armada.

CAM detalha a ponta da arma.

SÍLVIA - Vai andando, sem tentar nenhuma gracinha.

Nancy e Letícia andam na frente e Sílvia vai atrás.

LETÍCIA - (estranha) Pra onde estamos indo?

SÍLVIA - Tia Sílvia vai levar você e a Nancy pra darem

um passeio.

Elas viram a esquina.

Corta rápido para:

CENA 23. RUA. EXTERIOR. TARDE

Nancy, Letícia e Sílvia acabam de virar a esquina. O carro de Leonel está

parado. Sílvia abre a porta de trás.

SÍLVIA - Entrem.

Letícia entra.

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NANCY - O que você quer, Sílvia?

SÍLVIA - (tom) Entra!

Nancy entra. Sílvia vai pro banco do carona e vão embora.

Corta para:

CENA 24. CARRO LEONEL. INT. TARDE

Leonel no volante. Sílvia do seu lado, digitando uma mensagem no celular.

Nancy abraçada a Letícia, tentando evitar que ela perceba o perigoso que

estão correndo. Corta para:

CENA 25. JOALHERIA. SALA DORA. INT. TARDE

Dora trabalha, quando chega uma mensagem no seu celular. Ela pega e lê.

SÍLVIA - (voz) Estou com a Letícia. Quero um milhão de

dólares pra que nada de ruim lhe aconteça.

Dora fica chocada com o que lê e bate o desespero.

DORA - (desesperada) Minha filha!

Dora liga pra Sílvia.

Corta para:


Sílvia no celular. Intercalar com cena anterior.

SÍLVIA - (cel.) Recebeu minha mensagem?

DORA - (cel.) O que você fez com minha filha?

SÍLVIA - (cel.) Ainda nada. Isso vai depender se você me

der o que eu quero.

DORA - (cel.) É muito dinheiro, Sílvia. Não consigo

assim, de uma hora pra outra.

SÍLVIA - (cel.) Se vira. Isso não é problema meu. Se você

quer sua filha bem, viva, esse é o preço!

Corta para:


Dora no celular.

DORA - (cel.) Bandida, desgraçada! Se alguma coisa

acontecer com minha filha, eu te mato com

minhas próprias mãos!

SÍLVIA - (cel.) O tempo está correndo.

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Sílvia desliga. Dora faz uma nova ligação, muito aflita.

DORA - (cel.) Maurício? A Sílvia seqüestrou nossa filha

está querendo um milhão de dólares em troca.

Corta para:


Sílvia desliga. Olha pra Letícia e Nancy.

SÍLVIA - Já vamos chegar ao nosso destino.

LETÍCIA - Por que o Théo também não veio?

SÍLVIA - O Théo vai encontrar com a gente lá.

Nancy abraça Letícia mais forte.

NANCY - Tá tudo bem.

Corta para:

CENA 29. RODOVIA. EXTERIOR. TARDE

Uma blitz da polícia estadual está acontecendo. O carro de Leonel vem

aproximando-se, quando um policial da ordem pra que ele pare no local

que ele indica.

Corta rápido para:

CENA 30. CARRO LEONEL. RODOVIA. INT. EXT. TARDE

Mesmos personagens. Leonel entra em pânico.

NANCY - (pra si) Graças a Deus!

LEONEL - E agora?

SÍLVIA - Aja naturalmente.

Leonel para o carro. O polícia aproxima-se da janela do motorista.

POLÍCIAL - Documentos, por favor.

Enquanto Leonel pega os documentos, o policial dá uma olhada dentro do

carro. O olhar desesperado de Nancy, sua expressão assustada, chama sua

atenção. Ele olha pra Leonel e Sílvia e sente que tem algo errado. Leonel

dá os documentos pro policial, que confere.

POLICIAL - Desçam do carro.

Nancy e Letícia descem. O policial encara Nancy.

SÍLVIA - (preocupada) Algum problema?

NANCY - (baixo, pro policial) Eles estão nos

seqüestrando!

O policial fica em alerta e coloca a mão na cintura. Sílvia percebe.

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POLICIAL - (tom) Saiam do carro.

SÍLVIA - (grita) Acelera esse carro!

Leonel pisa fundo no acelerador, fugindo dali. Os policiais da blitz se

agitam. O que abordou o carro de Leonel entra na viatura e começa a

perseguir o carro de Leonel. Nancy abraça Letícia, muito assustada.

Corta para:

CENA 31. VIATURA POLICIAL. INT. TARDE

Polícia dirige, falando no rádio.

POLÍCIA - Preciso de reforços. Dois suspeitos de seqüestro.

Corta rápido para:


Dora, aliviada, no celular com Nancy.

DORA - Graças a Deus vocês estão bem! Que alívio! E a

Sílvia?... Perseguida pela polícia?

Corta para:

CENA 33. RODOVIA. EXT. TARDE

Carro de Leonel segue em alta velocidade. Três viaturas da polícia atrás.

Corta rápido para:


Leonel assustado. Sílvia transtornada, revoltada.

SÍLVIA - Droga, droga, droga!

LEONEL - Eu sabia que no fim iríamos nos ferrar.

SÍLVIA - (firme) Isso não é o fim, está me entendendo?

Não vamos ser presos.

LEONEL - Como não, Sílvia. Olha pra trás. Cheio de

polícias na nossa cola.

SÍLVIA - Então acelera mais esse carro.

Leonel troca de marcha e acelera mais.

Corta para:

CENA 35. RODOVIA. EXT. TARDE

A perseguição continua. Tensão! Sílvia atira contra as viaturas. Os polícias

revidam. Corta rápido para:

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CENA 36. ESTRADA DE TERRA. EXT. TARDE

Leonel entra numa estrada de terra. Um dos policias atira contra o carro

deles. Leonel acaba sendo atingindo e perde o controle do carro e segue em

direção ao penhasco. Leonel e Sílvia ficam desesperados, em pânico. O

carro caí no penhasco. Momento.

Fusão para:

CENA 37. IGREJA. FRENTE. EXT. NOITE

Igreja enfeitada para o casamento de Cínara e Maurício. Corta para:

CENA 38. IGREJA. CARRO. INT. EXT. NOITE

Cínara, vestida de noiva, dentro do carro com Clóvis.

CÍNARA - O Maurício está demorando muito.

CLÓVIS - Será que aconteceu alguma coisa?

CÍNARA - Vira essa boca pra lá, pai. Nada pode estragar

meu momento. É o meu final triunfante diante da

minha jornada de subir na vida. Fechar com chave

de ouro tudo o que eu sempre quis pra mim?

Virgínia e Antônio conversam.

CLÓVIS - Quem é aquele homem com quem sua mãe está

conversando?

CÍNARA - É o empresário do Maurício.

Virgínia e Antônio caminham em direção a janela do carro.

CÍNARA - O que foi, mãe?

VIRGÍNIA - Ele não vêm, filha!

Cínara reage surpresa.

CÍNARA - (sem acreditar) Como assim?

ANTÔNIO - Maurício pediu pra que eu te entregasse essa

carta.

Antônio entrega a carta pra Cínara, que abre apressadamente, ainda sem

acreditar no que acaba de ser informada. Começa a ler.

MAURÍCIO - (voz) Na vida nem sempre se ganha, mas se

perde também. E dessa vez você perdeu, Cínara.

Não vai ter casamento nenhum! Você armou pra

cima de mim, me deu uma rasteira, agora chegou

a minha vez. Não encara essa minha atitude como

uma vingança, mas sim como um aprendizado.

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Pra que você aprenda que na vida tudo o que vem

fácil, vai fácil. Adeus!

Cínara não agüenta de emoção e desmaia nos braços de Clóvis.

Fusão para:

Passagem de tempo. Música animada acompanha até cena 52.

CENA 39. AVIÃO. INT. NOITE

Suelen ajeita-se na poltrona, do lado da janela. Um belo francês senta-se do

seu lado e eles trocam olhares e sorrisos. Corta para:

CENA 40. AEROPORTO. DESEMBARQUE INTERNACIONAL.

INT. NOITE

Nicole esperando por Lupe. Os passageiros desembarcam e no meio deles

aparece Lupe, empurrando sua bagagem. Assim que vê Lupe, Nicole corre

em sua direção e eles se abraçam forte, trocam um beijo intenso. Fusão

para:

CENA 41. RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA

Corta para:

CENA 42. MADUREIRA. PRAÇA. INT. DIA

Cazé e seu filho jogam bola. Camila observa as dois. Cazé percebe a

presença dela. Eles sorriem um pro outro. Camila vai embora. Cazé lhe

observa mais um pouco, até que volta sua atenção de novo pro seu filho.

Corta para:

CENA 43. QUIOSQUE PLÍNIO. EXT. DIA

Cínara trabalha, servindo os clientes. Plínio fica satisfeito. Clóvis e

Virgínia , empurrando o carrinho de Matheus, aproximam-se do quiosque.

Cumprimentam Plínio. Enquanto Clóvis fica conversando com o Plínio,

Virgínia leva Matheus pra Cínara. Corta para:

CENA 44. MATERNIDADE. SALA PARTO. INT. DIA

Luíza está dando à luz ao seu filho de parto natural. Heitor está do seu lado,

segurando sua mão, lhe dando apoio. Até que nasce. É uma menina. Os

dois ficam radiantes, com um sorriso enorme no rosto. Corta para:

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CENA 45. MATERNIDADE. BERÇARIO. INT. DIA

Heitor e Cíntia estão vendo e babando pela linda menina que acabou de vir

ao mundo. Cíntia e Heitor se beijam. Corta para:

CENA 46. MATERNIDADE. QUARTO. INT. DIA

Luiza segura sua filha, muito emocionada. Corta para:

CENA 47. PRESÍDIO FEMININO. PÁTIO. INT. DIA

Banho de sol das presas. Carolina está num canto isolada, segurando um

ursinho, visivelmente abalada psicologicamente.

CAROLINA - Meu netinho. Vovó te ama muito.

Corta para:

CENA 48. QUIOSQUE PLÍNIO. INT. DIA

Cínara, distraída, acaba trombando num homem saradão que aproxima-se

do balcão. Os dois trocam olhares.

CÍNARA - Você é aquele jogador de vôlei?

O homem sorri. Cínara sorri.

Corta para:

CENA 49. HOSPITAL. FRENTE. EXT. DIA

Marcos saí de cadeira de rodas, empurrado por Cíntia. Nicole e Heitor do

lado. Amanda está na porta esperando por ele. Marcos sorri, feliz. Amanda

aproxima-se de Marcos e lhe abraça, depois lhe dá um beijo. Nicole, Heitor

e Cíntia aplaudem. Corta para:

CENA 50. JARDIM BOTÂNICO. EXT. DIA

Ricardo, Arminda e Théo fazem um piquenique. Comem, brincam, se

divertem. Corta para:

CENA 51. MANSÃO RAUL. JARDIM. EXT. DIA

Inês segurando Eduardo, lhe ajudando a dar seus passinhos. Gustavo perto

deles, vibrando, alegre. Depois Gustavo pega Eduardo no colo, feliz. Inês

fica observando. Ela sente o perfume de Lívia e olha pro céu, em paz,

abrindo um grande sorriso, tendo a certeza da presença dela. Cleide ao

fundo admirando a felicidade deles. Fusão para:

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CENA 52. CENTRO. RUA. EXT. NOITE

Túlio usa crack, em meio aos moradores de rua e outros viciados. Está sujo,

maltrapilho. Corta para:

CENA 53. MARACANA. EXT. NOITE

Jogo de futebol acontece entre um time qualquer e o time que Maurício

joga bola. Maurício prepara-se pra cobrar um pênalti. Tensão do momento.

Maurício chuta e fez um gol. Torcida e jogadores vibram. Maurício

comemora. Fusão para:

CENA 54. RIO DE JANEIRO. GERAIS. EXT. DIA/NOITE

Planos gerais da cidade.

LETREIRO: Algumas semanas depois...

Corta para:

CENA 55. JOALHERIA. FRENTE. EXT. DIA

Dora e um empresário japonês acabam de apertarem suas mãos, dando a

entender que fecharam o negócio. Lucas, no carro, aparece. Letícia está no

banco de trás.

LUCAS - Vamos!

Dora olha pra joalheria saudosa e emocionada, depois entra no carro e vão

embora. Fusão para:

CENA 56. ANGRA. PRAIA. EXT. DIA

Nancy e Chico observam o barco de Lucas ganhar o mar. Lucas, Dora e

Letícia acenam pra eles. Nancy e Chico trocam olhares tímidos,

envergonhados, mas deixando no ar um clima entre eles.

Corta para:

CENA 57. BARCO LUCAS. EXT. DIA

Letícia brinca. Dora e Lucas juntos, abraçados, em meio à bela paisagem

que estão.

DORA - Acho que é o fim.

LUCAS - Ao contrário. É apenas o começo.

Lucas e Dora se beijam. Congela.

Fusão para:

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CENA 58. SHOW

Um show acontece. Elenco todo reunido, em uma grande despedida.

FIM

Obrigado a todos que acompanharam e torceram pelos personagens e

suas histórias. Espero que tenham gostado. Até breve!

Rômulo Guilherme

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Novela de · Carolina vira o rosto pro outro lado. ... Me acompanhe. Inês segue o policial pra fora da sala. CAROLINA - Que bom que você veio, meu filho. (pro ... dele e da amante