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Mensário da Junta de Freguesia NOVEMBRO#2011 Ano VII Edição N.º 83 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com Receita(s) para um Natal diferente Fotos: Ângela Duarte

Novembro de 2011

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Edição de Novembro de 2011 do mensário NOTÍCIAS DA FREGUESIA - Souto da Carpalhosa.

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Page 1: Novembro de 2011

Mensário da Junta de Freguesia NOVEMBRO#2011 Ano VII Edição N.º 83 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com

Receita(s) para um Natal diferente

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As palavras do senhor prior

Padre José Baptista

Abertura

José Carlos Gomes

Mata do Nicho

A Charneca do Nicho é uma propriedade florestal, que foi submetida ao Regime Florestal Parcial pelo Decreto de 26/04/1946 (DG nº96, II Série, de 26/04). Fica aí estipulado que a arborização e explora-ção dos terrenos eram efec-tuadas pelo Estado, ficando consignado um conjunto de

regalias favoráveis aos habi-tantes da nossa freguesia.

Na sequência deste Regime Florestal, todos os rendimentos provenientes da floresta são repartidos pela Junta de Freguesia (60%) e pelo Estado (40%).

Esta mancha florestal encontra-se dividida em 5 talhões, pertencendo quatro deles à nossa freguesia e um à freguesia da Ortigosa.

Portanto, estamos na pre-sença de uma fonte de rendi-mento pertencente à freguesia e da qual deverão beneficiar todos os seu habitantes.

Tem chegado ao nosso co-nhecimento que, com alguma frequência são roubados pi-nheiros, o que é de todo con-

denável porque quem o faz está, abusivamente, a usurpar um bem comunitário.

Por isso, a Junta de Freguesia irá passar a ter uma vigilância mais apertada sobre a Charneca e não vai vacilar na denúncia dos prevarica-dores junto das autoridades policiais e reportará todas as ocorrências à AFN (Autoridade Florestal Nacional), entidade que faz a sua gestão florestal.

Por outro lado, apelamos à população em geral que comuniquem à Junta de Freguesia todos as situações anormais e suspeitas que verifi-carem na Charneca, de forma a podermos actuar em tempo útil na defesa de um bem que a todos pertence.

O coração é um dos órgãos mais importantes do nosso organismo. Ele é respon-sável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 50 a 60 segundos em repouso. Bate

cerca de 109.440 a 110.880 vezes por dia, bombeando aproximadamente 5 litros de sangue.

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, trans-portando assim, oxigénio e nu-trientes necessários às células que sustentam as actividades orgânicas.

Mas para manter as suas funções vitais deve ser cuidado todos os dias. Para isso existem alguns “manda-mentos” que devemos seguir nesse sentido.

1. Alimentação Saudável – comer peixe, legumes e fruta evita doenças cardio-vasculares e ainda retarda o envelhecimento;

2. Peso Saudável – Um em cada 3 portugueses tem peso a mais, um dos principais facto-res de risco para a saúde;

3.Actividade Física – 20 a 30 minutos diários a andar em passo acelerado;

4.Reduzir Tensão Arterial – é o principal problema e o mais difícil de prevenir. Se a boa alimentação não for sufi-ciente terá que ser através de medicação;

5.Baixar Colesterol – estima-

se que mais de 50% dos enfar-tes do miocárdio e cerca de 20% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) estejam asso-ciados ao colesterol elevado;

6. Não Fumar – por cada cigarro fumado perdem-se 8 minutos de vida. Mais de um terço das mortes por doença cardiovascular incide sobre fumadores;

7.Controlar o stress – con-trolar a ansiedade do dia-a-dia com estratégias de rela-xamento;

8. Beber vinho tinto mo-deradamente – um a dois copos pequenos (2,5dl) para o homem por dia e um copo

para a mulher;9. Reduzir o Sal – consumir

menos de 5g por dia é o ideal. Evitar alimentos processados e substituir o sal por pimenta preta, alho, sumo de limão e ervas aromáticas;

10. Tomar o pequeno-al-moço – quem não o toma tem mais tendência para ser obeso, e os portugueses são dos povos da Europa que menos ligam a esta refeição considerada a mais importante do dia.

Não esqueça, vai sempre a tempo de mudar para um estilo de vida mais saudável.

Os 10 Mandamentos do Coração SaudávelEspaço Saúde

Enf.º Márcio Santos

O amor tem artrite

“Quando a minha avó fi-cou com artrite, não se podia baixar para pintar as unhas dos pés… o meu avô pinta-lhe as unhas desde então, embora ele também tenha artrite”. Esta é a definição de amor dada pela Rebeca, de oito anos, num estudo feito a crianças entre os quatro e os oito anos de idade. A avó, assim, não pode sentir-se feliz.

Nós, gente crescida, vemos as coisas de modo bem mais racional. Para definir o amor andaríamos à cata de pala-vras bonitas que tudo disses-sem. Com certeza lhe faltaria a beleza da simplicidade que a Rebeca disse de modo per-ceptível para toda a gente.

Pintar as unhas dos pés é significante de toda a beleza que emana da pessoa. Beleza que advém do ser, não tanto,

nem jeitos disso, do parecer. Pés de unhas vermelhas de vernizes ou negras de terras calcorreadas em tempo de trabalho, manifestam a pessoa no viver que lhe é possível.

A artrite mais não é que símbolo de todas as limitações e incapacidades que acom-panham cada momento por que passamos: gente de unhas pintadas incapaz de atrair a si toda a desejável beleza e gente com unhas de negro natural revestidas, impossibilitada de desfazer-se do trabalho de que arranca o seu sustento. Fragilidades? Quem as não tem?

O avô é imagem do outro, aquele que está presente como emissor e receptor da re-lação de amor, porque, afinal de contas, no amor tem que haver sempre um eu e um tu porque o amor só existe quan-do se ama e se é amado.

O pior da história é que o outro, no caso o avô, também tem artrite. O outro também tem mil e uma limitações na sua capacidade de amar. Vejam só a beleza da defini-ção dada por esta criança! O avô também tem artrite, que não é limitação total porque não pinta as suas próprias

unhas mas as da mulher, num gesto que se torna possível só porque não precisa dobrar-se sobre si mesmo, imagem clara do sentimento de egoísmo.

Essa é a imagem bela do amor, as pessoas que se amam fazem-no com todas as incapacidades que carre-gam, pois não importa o que se faz, mas o sentimento com que se faz. O pintar as unhas pode ser um gesto amoroso se com carinho é feito ou de repulsa se o coração o não quer fazer. O avô tem exata-mente o mesmo problema da avó. Por isso, aquilo que cada um tem como razão para feli-cidade não pode ser feito por si mesmo, mas pelo outro. O bem-estar, a que chamamos felicidade, depende do que se faz pelo outro.

Fiquem os avozinhos da Rebeca tranquilos a cuidar um do outro nas suas artrites, porque a nós cabe-nos cui-dar daquelas que são nossas e da comunidade próxima. Atirados para o ambiente de insegurança em que estamos, continuamos, ainda, a acre-ditar que tudo se recomporá economicamente. É corrente a certeza de que as situações de pobreza vão aumentar por

todo o lado, entre nós também. Apelos à fraternidade nunca deixaram de ser feitos. Hoje tornam-se mais prementes, já não só como consciencializa-ção mas como concretização. As pessoas à nossa volta preci-sam de nós.

As artrites manifestam-se quando os nossos braços não sabem estender-se para dar e receber, quando as nossas per-nas não caminham para ir ao encontro do outro. A falta de exercício agrava os sintomas. Podemos correr sérios riscos de ficarmos avozinhos ainda em tenra idade, se no exercí-cio da partilha daquele pou-co que temos, não pensarmos que, apesar de tantas serem as limitações pessoais, podemos ser muito valiosos para alguém. Aliás, no campo das relações humanas podem até surgir “ar-trites” na vontade e no querer, doença terrível que leva a cur-varmo-nos sobre nós mesmos, deixando de perceber que há mundo e gente à nossa volta. Salva-se, nestes casos, a língua, músculo incansável e imune a artroses que, em muitas situa-ções, parece absorver toda a capacidade energética do corpo.

Precisa-se de mãos para

dar a outras que já estão estendidas a pedir. Pés que caminhem para encontros de aproximação, em atitude de abraço e de perdão. Bocas que saibam calar fragilidades que os olhos vêem e bocas que saibam gritar ao mundo dian-te de injustiças que esmagam sem dó. Precisa-se de olhos que saibam perscrutar dores escondidas e de corações de carne que saibam amar; lábios atentos para beijar em vez de dentes armados para morder e matar.

O mundo precisa de ti e de mim, assim mesmo cheios de artrites e limitações porque aquilo que a mim me falta, ou-tro, com certeza tem, e porque eu tenho sempre, também, alguma coisa para dar. Não se pode oferecer mais que o que se tem e se é. É preciso, por isso, que cada um se co-nheça e se ame exatamente como é, para saber o que há em si para dar e o que tem de capacidade de receber.

Não há pobre nenhum que não tenho algo para oferecer, a não ser aqueles que, além de dinheiro, nada têm.

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Trabalhos da Junta

Como de hábito, deixa-mos-lhe aqui referência de alguns dos trabalhos executados pela Junta de Freguesia, no decor-rer do mês de Novembro:

- Transporte de terras da Moita da Roda;- Poda e mudança de oliveiras no lugar de Moita

da Roda;- Abertura de vala e colocação de tubos (Moita da

Roda);- Corte de canas e silvado (Moita da Roda);- Pequenos trabalhos na escola do Vale da Pedra,

nomeadamente, espalhamento de terras;- Transporte de duas barracas do Vale da Pedra

(utilizadas nas festas) para Leiria- Abertura de vala para colocação de tubos, caixa e

assento de grelha, e ainda limpeza de estrada no lugar de Assenha;

- Transporte e espalhamento de tout-venant (Moita da Roda);

- Abertura de caminho (Moita da Roda);- Mudança de terras e arranjo de jardim na escola

da Moita da Roda;- Limpeza de grelhas no Souto e S. Miguel, e limpeza

de canal no lugar de Várzeas;- Transporte de entulhos;- Limpeza de terras em Casal Telheiro;- Retirada de manilhas partidas; transporte de tout-

venant e colocação de tubos em Casal Telheiro;- Execução de caixa e serventia; limpeza de valetas

de cimento e aquedutos em Casal Telheiro; - Espalhamento de tout-venant no Souto;- Mudança de contentores no lugar de Várzeas;- Abertura de vala em Moita da Roda; execução de

aquedutos;- Limpeza de entulho no lugar de Arroteia;- Limpeza de areias no lugar de Várzeas;- Limpeza de terras no Picoto, Arroteia e Vale da

Pedra;- Espalhamento de terras no cemitério da Moita da

Roda;- (…).

Espaço do leitor“Um atestado pouco abonatório”

Isto foi-me contado há algum tempo, como tendo sido passado numa aula. O professor não acreditava na existência de Deus e queria passar essa descrença aos seus alunos. Para isso começou a fa-zer perguntas do género:

- Estão a ver essa esfero-gráfica?

- Sim, vemos, responde-ram.

- E este livro? E o céu azul?E fez outras perguntas se-

melhantes. Por fim entrou em questões mais difíceis:

- Alguma vez alguém viu o Pai Natal verdadeiro? E o Menino nascido neste Natal?

Aqui, muitos hesitavam. Mas alguns diziam que já ti-nham visto muitos “Pai Natal” e havia mesmo quem tivesse visto o Menino Jesus em foto-grafias e imagens.

- E tens a certeza que era mesmo o Menino Jesus?

Havia quem não tinha entendido que uma imagem não é uma pessoa e que o que viam eram muitos figurantes de “Pai Natal”. – Mas o verdadeiro “Pai Natal” que é dele?!, dizia. E atirou:

- Alguém já alguma vez viu Deus?

Ninguém tinha visto. E to-dos ficaram muito confusos. E o professor rematou:

- Vêem?! Vocês já estão a entender. Há muitas coisas que não passam de invenções fal-sas. Não se deixem enganar. Só acreditem no que podem ver.

Mas um dos presentes sai-se com esta:

- Sr. Professor, o senhor vê o seu pensamento?

O professor ia a responder mas choveu uma série de per-guntas mais ou menos assim, misturadas com gargalhadas: “Vê a sua alma?; vê o seu cé-rebro?; vê o ar?; vê a electrici-dade que corre nos fios?”.

Bem tentou o professor explicar que sabemos que existem essas coisas porque sentimos os seus efeitos. Mas a rapaziada ia respondendo com outras perguntas:

- Quem é que fez o mun-do? E as pessoas? Quem pôs as estrelas no céu? E a lua? E os outros astros?

Naquele dia, os alunos passaram um atestado de ig-norância ao professor e creio que com razão.

Enviado por Serafim dos Santos

Análise a águas

Foram analisadas, em Outubro, as águas de quatro fontes da freguesia, nomeadamente:

- Fonte dos Conquei-ros;

- Fonte da Chã da La-ranjeira;

- Fonte da Jã da Rua;- Fonte do Souto de

Cima;Segundo os resulta-

dos, as águas analisadas se encontram bacteriolo-gicamente próprias para consumo.

Certamente já ouviu falar na Televisão Digital Terrestre (TDT), mas já está preparado para esta modernização tec-nológica que está a chegar a sua casa?

Até Abril de 2012, e de modo faseado, as emissões de televisão analógica chegarão ao fim em todo país, migran-do a televisão digital terrestre, o que representa mais quali-dade e condições de som e imagem na sua televisão.

Passar da televisão analó-gica para a digital é um passo de todos os países da União Europeia.

Em Portugal, a TDT está já disponível em todo o terri-tório nacional. Se em sua casa apenas recebe os quatro canais de televisão gratuitos – RTP1,

RTP2, SIC e

TVI – está na hora de mu-dar.

Antes de realizar a mi-gração, deve verificar como vai receber a TDT em sua casa: se está numa zona de recepção directa – “zona TDT” – ou de recepção por satélite – “zona DTH” – e que equipamento poderá usar em sua casa. A freguesia de Souto da Carpalhosa está, segundo o site tdt.telecom.pt, na sua maioria, numa boa zona de recepção directa. Contudo, verifique antes a sua situação, através do 800 200 838.

Numa fase em que se torna crucial estar preparado para esta migração, correndo o risco de, um dia para o ou-tro, ficar poder ver televisão, a Autoridade Nacional de Co-municação

(ANACOM) está a fazer chegar a cada casa o Guia TDT de modo esclarecer os procedimentos do modo de migração, nomeadamente, no que respeita às condições das

televisões, informação sobre descodificadores, ligações e tudo o mais para que seja eficaz o seu processo de tran-sição. Pode ainda obter mais informações através da linha de apoio (800 200 838) ou via site tdt.telecom.pt.

Contudo, o NF informa que, ao invés do que se pos-sa pensar, as antenas não vão acabar, mas sim deixar de existir duas antenas: deixa de existir a antena VHF ficando só a banda UHF pelo qual passaremos a receber o sinal digital. Ainda no que diz res-peito às antenas, poderá ser necessário a reorientação da posição da antena, pois a disposição dos emissores analógicos são diferentes dos emissores digitais. Nestas si-tuações, o melhor será mesmo

procurar um técnico especializado.

Por fim, impor-ta reter que a tran-sição será gradual, de modo a quê as

emissões analógicas vão ser desligadas progressivamente. O concelho de Leiria está con-templado na primeira fase, a 12 de Janeiro de 2012.

AD com Marco Reis

Fim da televisão analógica até Abril de 2012 Está preparado para TDT?

Maria das Dores, 91 anos, faleceu dia de 30 de Novembro.

Residia em Conqueiros e era viúva de Luís

Carreira. Foi a sepultar no cemitério dos

Conqueiros.

Necrologia

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4 social, opinião

NOV2011

No dia 1 de Novembro o Centro Cultu-ral e Recreativo da Arroteia promoveu um dia cheio de actividades para um feriado bem passado.

O dia começou cedo, com várias ac-tividades desportivas e recreativas, e al-moço reuniu mais de 80 pessoas, cerca do dobro do inicialmente previsto. Durante a tarde, dois fornos a lenha à disposição para confecção de bolinho, no que se traduziu num verdadeiro Concurso de Bolinho. Desde bolinhos de batata, abóbora, com pedaços de chocolate ou simplesmente com aroma a limão, não faltou bolo para todos os gostos.

Ao cair da noite, porque esta também chega cedinho, queimaram-se energias numa aula de ginástica no campo da sede da associação e para ajudar a aguentar o calor que o queimar de energias produzia, iam caindo uns ligeiros pingos de chuva.

E como num bom convívio o que se quer é confraternizar ao máximo, dois galos davam os últimos suspiros e, ali mesmo, serviram de jantar aos ainda presentes.

Foi um feriado em que o lugar traduziu num verdadeiro dia de festa e convívio.

Cerca de setenta pessoas partici-param na visita à Igreja Paroquial do Souto, no âmbito da iniciativa “Fé e Arte, um diálogo de séculos”, onde foi realizada uma apresentação dos aspectos históricos e artísticos da mesma sob as orientações do histo-riador de arte Marco Daniel Duarte, seguindo-se, após a nossa paróquia, a visita à Igreja de Regueira de Pontes e ao Santuário do Senhor Jesus dos Milagres.

A visita permitiu que fossem reve-lados aspectos e espaços pouco – ou mesmo nada – conhecidos.

Recebidos pelo pároco, a visita mereceu também o acompanhamento do vigário -geral da diocese, Pe. Jor-ge Guarda, que se manifestou muito agradado com a presença de tantos participantes na visita, o que vinha confirmar o interesse da comunidade no seu património histórico. A inicia-tiva também veio demonstrar a força com que a arte sacra manifesta a fé e a vida das suas gentes, representada nas obras arte de muito artistas… muitos deles anónimos.

AD com O Mensageiro

Na edição do mês de Outubro de 2011, vinha o pedido do Sr. Presidente de Junta de Freguesia para que a população ajudasse a resolver alguns problemas, como, por

exemplo, a limpeza de cami-nhos agrícolas e florestais, por falta de uso ou manutenção, na qual eu, como cidadão e eleitor desta freguesia, estaria de acordo com a com a vossa ideia se houvesse, da parte da Junta de Freguesia, um aviso por escrito a alertar tal situa-ção, pois caso não houvesse efeitos positivos, então teria de

se notificar as pessoas e obrigá-las a limpar, a lei existe.

Também vem referido o alerta para as pessoas limpa-rem os espaços públicos, na frente de suas casas, estariam a contribuir para que a junta pudesse fazer outros traba-lhos mais urgentes, mas, Sr. Presidente, não se esqueça que as pessoas desta freguesia

já pagam impostos suficientes para que alguém como as pessoas do rendimento de inserção social em vez de estar no café o possam fazer, esses trabalhos que Vossa Exa. alerta, pois existem instituições públicas que eu conheço contratam pessoas nestas condições sociais e que até se sentem satisfeitas e realizadas,

por isso seria uma boa ajuda à Junta de Freguesia em não criar mais desemprego neste país. Fica aqui o repto.

Leitor devidamente identificado ao jornal

...nas escolasPorque a tradição ainda é tradição, um

pouco por todas as escolas da freguesia se faz o tradicional bolinho. Desta vez, aqui ficam alguns registos da Pré do Vale da Pedra.

Opinião do leitor

Alerta da participação cívica da Junta de Freguesia

Souto “Fé e Arte, um diálogo de séculos”

Arroteia Dia do Bolinho...

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NOV2011

< Passagem de AnoMoita da Roda – Inscrições: Filipe Relva

-914 86 86 19 (data limite de inscrições a 17 de Dezembro).

Souto da Carpalhosa – Inscrições: Nildo V.-911 907 503; Maria-961 879 496; Rui M.-914 966 475; Café Centro-244 616 772 (data limite para inscrições até 18 de Dezembro).

O Centro Comercial da Ser-ração abriu portas no dia 30 de Novembro. Depois de tão aguar-dado, o complexo apresenta uma nova vida ao comércio local na região.

O investimento do grupo Tar-de e Dia - Comércio Alimentar Lda., que tem como loja âncora o Minipreço, abre assim a sua sex-ta loja em regime de franchising, pelas mãos do empresário José Fernandes.

O Minipreço, propriamente dito, gera cerca de 30 postos de trabalho – 15 a tempo inteiro, 15 a tempo parcial – privilegiando quem esteja em situação de de-semprego e seja da zona.

Contabilizando com os restan-tes lojistas, o Centro Comercial da Serração proporciona entre 50 a 60 postos de trabalho, o que poderá constar num forte incentivo à economia local.

Perante a fase económica pouco abonatória que o país atravessa, não será arriscado tal investimento? “Trata-se de um risco premeditado”, afirma o José Fernandes. No que respeita ao Mi-nipreço, José Fernandes garante que se trata de uma “oferta de bens de primeira necessidade a baixo preço”. Além do supermercado, mais 16 lojas compõem o novo espaço comercial:

- Carpintaria – JJ Carmo;

- Pastelaria – Brisanorte;- Telecomunicações – Artecla

Lda.;- Papelaria – Tele-jornal;- Sapataria – Inês Ferreira;- Moda – Skulk;- Instituto de Beleza – Rio dos

Nenúfares;- Pronto-a-vestir – Real

Fresh;- Imobiliária – Metro Real;- Loja de animais – Zoo das

Várzeas;- Perfumaria – Essenza;- Florista – O Cantinho da

Palmeira;- Óptica – Instituto Óptico;- Lavandaria – Aqua Care;- Bijuteria e acessórios – Nu-

ance;- Consultoria financeira – De-

cisões & Soluções.O Centro Comercial da Serra-

ção – nome que evoca as antigas instalações da serração que ali funcionava – não abriu portas sem ver todas as lojas ali ocupadas. “A avançar, era para avançar tudo. E em conjunto com a parte burocrá-tica, os atrasos foram acontecen-do, mas estou certo de que temos agora um projecto bonito”.

Agora, aberto ao público, já tem mais opções onde ir fazer as suas compras de Natal e agora mais perto de casa.

Ângela Duarte (texto e fotos)

Várzeas Novo espaço comercial dá vida à freguesia

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6 opinião

NOV 2011

Opinião

Gastão Crespo c/ Simão João (ilus.)

DaTerra

Carlos Duarte

Opinião

Albino de Jesus Silva

Freguesias e fregueses

Começar a escrever nes-te espaço foi, no início, uma forma de mostrar aos fregue-ses que havia alternativas para a gestão da Junta de Freguesia.

Passaram dois anos, e durante este tempo tenho colaborado com os serviços da Junta de Freguesia (parti-cularmente com a editora do jornal - Ângela Duarte) que,

com muita paciência, tem publicado os meus textos. Este mês, estou novamente atra-sado para entregar o texto, mas desta vez por um motivo muito importante, tanto para mim, como para a freguesia, como para Leiria.

Não queria escrever antes da reunião da Assembleia Municipal que ocorreu dia 28 de Novembro. Como já aqui referi, sou deputado munici-pal suplente, e por força de substituições, tenho estado em várias sessões, querendo agora relatar-vos o que lá ocorreu.

Antes desta, tinha parti-cipado na de Junho, que se prolongou por três noites, a primeira das quais aconteceu no Pavilhão do Souto. Nessa noite, entre os sessenta e dois, discursaram os seguintes depu-

tados municipais (José Carlos Gomes, José Alves, Sílvia Lopes, e eu próprio) para afirmar a sua ligação à freguesia.

Nessa minha intervenção, defendi a boa gestão exis-tente nas juntas de freguesia, alertei para a necessidade de redução de custos de funcio-namento do Estado, e defendi o aproveitamento de recursos existentes entre freguesias vizinhas.

Na segunda parte, apro-vou-se a venda do Estádio, com a qual concordei, mas que ainda não aconteceu.

Na última das três noites em que continuou essa ses-são, discutiu-se a privatização da gestão da água e sanea-mento no concelho de Leiria. Defendi uma posição contrá-ria, e abandonei os trabalhos

quando a Mesa da Assembleia “impediu” que a votação fos-se por voto secreto. Esse meu abandono foi para salientar a desonra com que o sistema partidário estava a tratar os deputados municipais, e a população que os elegeu.

Mas agora alguma coisa mudou, todos os 29 presiden-tes de junta do concelho se uniram e, contra a vontade das direcções dos partidos que os convidaram para o cargo, fizeram aprovar uma moção a recusar a actual proposta do Governo para a redução do número de freguesias. Pela minha parte, ajudei a moção e votei a favor, porque é um sinal que deve ser dado, tanto aos partidos, como ao Governo.

Mas agora, para que Leiria não seja afastada do movi-

mento, que tem de se con-cretizar, cabe aos presidentes de junta reunirem, criarem consensos, e apresentar uma proposta melhor para a redu-ção de freguesias no concelho de Leiria. Os presidentes de junta devem também ouvir as populações, explicar as razões e as consequências deste processo, e finalmente, devem fazer aprovar essa pro-posta na Assembleia Municipal de Leiria.

Ainda vai a tempo. Se não o conseguirem fazer, a redu-ção de freguesias em Leiria será decidida num qualquer gabinete do Governo em Lisboa, e aí podemos todos ficar pior.

O Rei vai nu!...A lenda do rei vaidoso que

se passeia nu pela cidade foi tema de numerosas conversas e tudo isso porque o alfaiate a quem o rei encomendou um traje especial não acreditou ser capaz de corresponder às al-tíssimas exigências reais. Desta feita, o alfaiate lembrou-se de convencer o rei que o traje que concebera era tão belo e aprimorado que só podia ser visto por quem fosse muito inteligente. Apenas os tolos

não poderiam ver o magnífico traje do rei. E, como é sabido ninguém querendo passar por tolo fingia ver o fato esplendo-roso do rei.

Quando pelas ruas o rei desfilava vaidoso mostrando mais um dos seus muito subli-mes fatos que também ele fin-gia ver, pois não queria passar por tolo tal como a multidão que assistia à sua passagem. Ouviam-se gritos: Viva o rei que está simplesmente magnífico!... Viva a elegância e bom gosto do rei!...

Mas uma criança que assistia também ao cortejo ex-clamou sincera e espontânea como são todas a crianças: Oh, mas o rei vai nu!... Olhem o rei vai nu!... O rei vai nu!... O rei vai nu!...

Esta história vem a propó-

sito da crise que se encontra instalada um pouco por toda a parte, seja ela económica ou moral, seja ela do sector privado ou estatal, seja ela das finanças da empresas ou dos particulares.

Enfim, podemos incluir as mais variadas crises que por aí vemos todos os dias e que an-dam na boca do mundo. Até parece que tudo se centra em torno da famigerada crise.

Será que a crise é a descul-pa de tudo e de todos? Haverá crise que desculpe a incompe-tência, a ignorância e falta de valores, assim com a ausência de higiene e a carência de condições de segurança?

No meio deste caos, fe-lizmente encontramos casos de sucesso entre empresas e famílias. Muitas são as

empresas que arriscaram a produção em contínuo e a busca de novos clientes no estrangeiro. Empresas que atempadamente apostaram na formação dos seus cola-boradores e se modernizaram, para prestarem um serviço de excelência aos seus clientes. Estas empresas sabem que dependem do cliente e deste modo o serviço com simpatia, eficácia e rapidez são uma preciosa ferramenta.

No entanto, alguns empre-gados passam a vida a acusar a crise de todos os problemas do mundo. Estes empregados são fantásticos a transmitir incompetência, desinteresse e escárnio.

Hoje, mais do que nunca, o cliente merece o melhor, me-rece atenção, carinho, apoio,

compreensão, segurança e acima de tudo que os seus assuntos sejam tratados com seriedade e credibilidade.

Na realidade encontramos hoje muita gente que não quer parecer tola e inteligentemen-te passa os seus dias a falar da crise. E, baixinho ironicamente a rir-se daqueles que traba-lham arduamente para a ultrapassar. Deixemo-nos de desculpas. É hora de por a mão ao trabalho. Acredito, que va-mos ultrapassar as dificuldades de hoje e de amanhã!

Juntos, construiremos um futuro de sucesso!

Seja feliz. Faça Alguém feliz e já agora vista-se de sabedo-ria e afecto.

Do passado… mas não esquecido!

Muitos de nós recordamos ainda as hilariantes brincadei-ras dum homem que sempre soube mostrar boa disposição, mesmo se, atraiçoado por des-tinos que não escolhera, a vida dotou-o e boas qualidades e, à sua maneira partilhava como podia.

Nem todos apreciavam o estilo popular como falava, rambolesco certo, mas distante de más intenções. Era indivíduo

que não fazia mal a alguém e das suas palavras só se ofen-diam que não o conhecesse. Posso dizer que cresci quase nas suas sombras e mesmo depois da minha retirada para o estrangeiro guardei sempre as melhores relações com este senhor a quem dedico hoje um breve narrativo.

Inácio Ramos (Júnior), porque tinha o mesmo nome de seu pai. Quase todos o conhecemos por sua alcunha “Repolho”, sobre a qual, às vezes indiferente, outras vezes chave certeira para um dilúvio de expressões menos cultas, que no fundo até faziam rir. Solteiro, divertido, trabalhador enquanto a vida lhe permitiu, respirava boémia sempre que as circunstâncias lhe dessem li-cença, numa festa, num serão ou fora das horas do trabalho. Tanto era capaz de se fazer ouvir como soltar cascalhadas

a desvairar um arraial!Recordo, um dia da

festa de Santo António, em S. Miguel, naquele tempo em que as filarmó-nicas actuavam no chão

frente à capela, retirou o boné a um elemento da banda que actuava, colocou-o na sua cabeça, pegou num cava-co que havia quebrado das braças dum pinheiro ali perto, dirigiu-se aos músicos e pediu-lhes para tocar um trecho da sua preferência: (a marcha do Bairro Alto), simulando dirigir a interpretação!

Para as pessoas presentes que assistiam fora um delírio, rir até mais não poder… O Inácio não conhecia música mas era conhecido dos músicos.

No final recebeu uma grande ovação do público que o admirava. De satisfeito foi comprar um cartucho com tremoços e distribuiu pelos componentes da filarmónica em sinal de recompensa. Passados alguns instantes, o Inácio permanecia ali junto deles mastigando os tremoços que sobravam no cartucho apreciando a música que con-tinuava a actuação, quando, um conhecidíssimo senhor do Souto, negociante de gado bovino se aproximou dele e com uma palmada nos ombros

dizia-lhes: “Sim senhor… quem diria… um repolho a dirigir uma banda, hein!”.

Com a boca cheia que tinha de tremoços mastiga-dos, soltou um forte sopro pulverizando o rosto do seu admirador que sufocara com a atitude inesperada!

O riso das pessoas fora de tal ordem estridente que os músicos interromperam a ac-tuação, forçados igualmente aos mesmos causados pelo sucedido!

Desbordava constante-mente de bom humor; não parecia mas era muito sensível com pessoas necessitadas, compadecido e sempre pronto para um auxílio físico ou outro serviço que estivesse a seu alcance. Recordo-o ainda no teatro e comédias que orga-nizávamos nos finais de cada ano lectivo, marcava presença e ajudava em que podia, nos serões das desfolhadas, debu-lhadas e outros, quanto nos fa-zia rir com anedotas que trazia sempre novas, desapegado das intrigas, todavia relaciona-do com maiores e menores…

Relembro as farsas de Verão quando nos juntáva-mos próximos à “barraca do sal” (para quem se lembra e conheceu) éramos muitos, sem citar nomes tendo a certeza que, os ainda vivos sentem as mesmas emoções, se eu falasse dos “telhados da Moita”, “dos regressos da Rainha Santa”, “os damascos do passal”, “quando o telefone deixava recados”, etc., etc.

Quem o recorda tem sem-pre o sorriso e o sentimento com as saudades que nos deixe. Honra lhes seja feita por ter dei-xado a posterioridade nome ao local onde sempre residiu com familiares e eu mesmo quando estou no Souto “o Bairro dos Gaiatos”!

Os anos sucedem-se, pas-sam as vidas dos homens e mulheres que os viveram, os que ficam guardam memó-rias, histórias assim, quais me orgulham recordar!

(em memória do seu fale-cimento) – foto Inácio Ramos Júnior nos anos 1965-67.

Page 7: Novembro de 2011

7desporto, opinião

NOV2011

Uma crónica de vez em quando...

Orlando Cardoso

O fugitivoNa última edição do NF

recordei uma pequena len-da envolvendo uma moura encantada, certamente acrescentando-lhe alguns pontos ausentes da versão original, se é que ela existe. O que acontece nestes casos é que as lendas são como as bolas de neve e cada vez que são recontadas aumen-tam os pormenores.

As histórias populares e as lendas são manifesta-ções culturais que dão for-ma à cultura popular. Elas permitem caracterizar um povo naquilo que ele tem de mais profundo e verda-deiro. Daí a razão de ser de algumas destas histórias que aproveito para contar, com muito prazer, e que podem ajudar a compreender as gentes a que me orgulho de pertencer.

Contava a minha mãe que um dia, quando era criança, morreu um homem da freguesia que dormia onde calhava, sem ter eira nem beira. Levaram-no para a igreja e deitaram-no num caixão colocado no centro da nave. Indigente, sem fa-mília, ali ficou sozinho, sem velório, esperando a hora do enterro.

No dia seguinte, na hora de encomendar o morto, uma enorme surpresa espe-rava os presentes. O caixão estava vazio e do morto não havia quaisquer sinais. Seria um milagre, interrogavam-se as pessoas. A única certeza era o desaparecimento do defunto e a porta lateral entreaberta.

Os acompanhantes do funeral e o padre percor-reram todos os recantos da igreja, buscando o morto e nada encontraram para além das botas velhas que o desgraçado trazia calça-das, bem arrumadinhas ao lado do caixão e que, com o medo, não tivera tempo de calçar.

Nunca mais houve notí-cias do desaparecido, ha-vendo quem dissesse que o susto de acordar dentro de um caixão, numa igreja fechada e durante a noite, o teriam feito endoidecer o que o terá levado para ter-ras longínquas, o Brasil, por exemplo.

Certo é que caso assim nunca mais houve no Souto da Carpalhosa.

[email protected]

Opinião do leitor

Economia mais solidária

Quando abro os jornais ou as televisões, sou confron-tado com uma avalanche de (des)informação sobre a nossa situação económica. A percepção que tenho do estado da nossa economia resulta não tanto da formação académica em economia ou finanças, que não tenho, mas daquilo que vai chegando, daquilo que se lê ou ouve e daquilo que se sente. Na ver-dade a comunicação social não nos apresenta um quadro animador sobre o estado da nossa economia. A pressão fis-cal é enorme, as dívidas para pagar são desmesuradas, os buracos financeiros vão sur-gindo em catadupa.

Temos a “crise da dívida soberana”, “troikas”, “rating” e números aos milhões de milhões que se gastam, que se poupam (?) e que deixam o cidadão comum atónito e confuso. Gera-se o pânico e povoa-se todo o nosso ima-ginário de medos. Mais recen-temente caí-nos em cima um orçamento que alguns clas-sificam de “declaração de guerra” com restrições, cortes

e sobretudo com uma carga fiscal que temo não ser possí-vel sustentar por muito tempo. Chegamos ao “fim da linha” no dizer do economista Victor Bento. As previsões apontam para um empobrecimento geral com uma recessão eco-nómica próxima dos 3%. Sem produzirmos riqueza dificilmen-te sairemos deste impasse.

São ciclos da história que se repetem e que mostram quanto são efémeras as teorias económicas já experi-mentadas como o feudalismo, o comunismo e agora o neoli-beralismo inspirado sobretudo pelo escocês Adam Smit (1723-1790). Por outro lado, revelam a incapacidade dos decisores económicos e políticos de pensarem a longo prazo. Já em 1873, os EUA e a Europa passaram por uma crise em tudo idêntica à que estamos a viver hoje.

A conjuntura é muito com-plexa e de certo modo explo-siva. Na década de 90 muitos se lembraram do slongan “as pessoas primeiro”. Hoje tenho a impressão de nos dizerem: “as pessoas lixam-se primeiro”.

Haverá alternativas a este modelo económico baseado no lucro fácil e desenfreado, na competição especulativa com ausência de princípios éticos, de justiça e paralisado pelo abuso e corrupção e pelo

desperdício?Em 1991 Chiara Lubich,

fundadora do Movimento dos Focolares, visitava São Paulo, no Brasil, e ficou impressiona-da de ver que ao lado de uma das maiores concentrações de arranha-céus, conviviam extensões enormes de fave-las. Inspirada pela encíclica Centesims Annus de João Paulo II e particularmente pela vida das primeiras comu-nidades cristãs do I século da nossa era, intuiu a chamada “economia de comunhão”, uma economia mais solidária que pudesse dar resposta aos mais carenciados através da partilha voluntária dos lucros. A economia de comunhão como modelo embrionário, tem vindo a fazer o seu cami-nho existindo neste momento 413 empresas na Europa, na América do Sul 209, nos Estados Unidos 35, na Ásia 25, no Médio Oriente, África do Sul e Austrália com 2.

Qual a mais-valia que este modelo traz? Não tendo a pretensão de dissecar ao pormenor esta corrente, refiro apenas alguns aspectos que me parecem relevantes.

Em primeiro lugar, procu-ram transformar o estilo de gestão empresarial tendo como centro a pessoa hu-mana e não o capital. Depois procuram estabelecer pontes

de diálogo, reforçar as rela-ções na base do respeito e da confiança com os clientes fornecedores e com a comuni-dade envolvente, apostam na qualidade, no profissionalismo e na responsabilidade social. Os lucros obtidos são distribuí-dos em três partes: uma para o desenvolvimento da empresa, outra para apoiar as pessoas em dificuldades através de projectos baseados “no prin-cípio da subsidiariedade e da reciprocidade” e uma outra para a formação. Acima de tudo aposta-se num “novo relacionamento”.

Sempre ao longo da histó-ria, a humanidade soube en-contrar respostas às “crises”.

Tenho esperança que também esta terá solução e o desafio que nos é colocado é não nos deixarmos subjugar, porque, como dizia um desta-cado membro da ACEGE

(Associação Cristã de Empresários e Gestores) “o problema está na forma como lidamos com o problema”.

Luiz Ginja, 21/10/2010

O “Trilhos do Liz” Clube de Desportos de Evasão e La-zer, de Carvide, em parceria com as juntas de freguesia de Carvide, Monte Real, Ortigosa, Souto da Carpa-lhosa e Carreira, irá levar a efeito mais uma prova de bicicletas todo-o-terreno, o denominado Circuito BTT TrêsADOS 2011 Trilhos do Liz, que decorrerá no dia 18 de Dezembro.

À semelhança da edição anterior, os lucros do evento serão distribuídos por Ins-tituições de Solidariedade Social das cinco freguesias aderentes.

O percurso será, maio-ritariamente efectuado em caminhos e estradões, sendo necessário atravessar algumas localidades, onde o mesmo será feito em alcatrão.

O Circuito será composto por uma volta de cerca de 35km em percurso devida-

mente marcado e o Duplo- Circuito, por duas voltas ao mesmo percurso, sendo adicionados cerca de 5km. O local de concentração para

arranque do evento é o cam-po de futebol de Carvide, às 09h00 e as inscrições devem ser feitas até ao dia 12 de De-zembro (contactos e informa-

ções: [email protected] ou 913451284).

Souto Circuito BTT TrêsADOS 2011

Page 8: Novembro de 2011

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail [email protected] Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)

Aquele que tem uma ideia é um tipo esquesito até que a ideia vença. Mark Twain, escritor e humorista norte-americano (1835-1910).NOV’11

“O executivo da Junta de Freguesia deseja a todos um Santo e Feliz Natal

e um Ano Novo cheio de saúde”

No dia 27 de Novembro foi apresentado o livro sobre a vida de Luzia da Silva Crespo, professora que marcou a história da freguesia do Souto da Carpalhosa. Tex-tos autógrafos seleccionados e comentados pelo Pe. Augusto Ascenso Pascoal, deram ori-gem a um livro com 183 pági-nas que põe a nu a paixão que a Professora Luzia da Silva Crespo, natural da Moita da roda, nutriu por Deus e pe-las gentes desta comunidade paroquial.

Durante meio século muitas e muitas crianças lhe passaram pela mão e dela

aprenderam as letras, a educa-ção e a espiritualidade, muitas mulheres e mães a ela acorre-ram pedindo conselhos.

Eram paixão sua o ensino, as crianças, os sacerdotes e os pecadores… Por todos ofereceu a vida, que foi de doloroso sofrimento corporal e espiritual.

Encontramos nestas pági-nas não um percurso de vida composto de dias e anos, mas um percurso de vida que foi caminhada interior para Deus, no serviço da comunidade, que é, hoje ainda, muito do de dela recebeu.

O livro está disponível na paróquia.

Festa das Sopas Neste mesmo dia decorreu

mais uma edição da Festa das Sopas no Souto da Carpalho-sa. Da ementa constavam dez sopas ao dispor, todas confeccionadas nos diversos lugares da paróquia. A cave da casa paroquial encheu, re-alizando uma tarde de muito convívio.

Neste mesmo dia, os Why not?, banda constituída por jovens da freguesia e que está a dar os seus primeiros passos, animou a tarde no Souto com a apresentação de vários covers.

“Luzia da Silva Crespo” em livro apresentado à comunidade

SMAS informaSaneamento básico

Tendo sido concluída e estando em condições de entra-da em funcionamento a rede de saneamento dos seguintes lugares da freguesia de Souto da Carpalhosa: Arroteia, Picoto, Souto da Carpalhosa e Várzeas.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria (SMASL) comunicam aos proprietários e/ou usu-frutuários dos prédios abrangidos, que deverão proceder à requisição da respectiva ligação à rede pública de esgotos, de acordo com o Regulamento Municipal do Serviço de Drenagem de Águas Residuais do Concelho de Leiria, devendo dirigir-se a estes Serviços Municipalizados, na Rua Machado Santos, n.º 25 D – Leiria, entre as 09h00 e as 16h00, ou na Rua da Cooperativa – São Romão, entre as 09h00 e as 12h30, para preenchimento de impresso próprio, devendo fazer-se acompanhar dos seguintes ele-mentos: número de contribuinte; factura de consumo de água; documento onde conste o n.º de matriz do prédio e respectivo valor patrimonial devidamente actualizado (por exemplo, Caderneta Predial Urbana) ou, no caso de prédio novo, n.º de aprovação nos SMASL do projecto predial de esgotos.

Mais se informa que, por decisão do Conselho de Administração dos SMAS Leiria, será considerada uma redução de 50% na tarifa de ligação de saneamento devida, função do valor patrimonial, no intervalo de tempo de vigência da campanha que decorre entre 2 de Dezembro de 2011 e 2 de Março de 2012, incluindo apenas as re-quisições de ramal efectuadas estritamente dentro deste período. Ao valor da tarifa acrescerá o custo do ramal de saneamento.

O mapa com a descriminação das ligações por lu-gares encontra-se disponível para consulta na Junta de Freguesia.