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54 ISSN 1517-1329 Novembro, 2003 Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração do coleto da plântula

Novembro ISSN 1517-1329 54 - cpatc.embrapa.br · homogêneas (todas as plantas do campo devem apresentar as mesmas características que as identificam), além de ser isolado (isolamento

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54ISSN 1517-1329

Novembro, 2003

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração do coleto da plântula

República Federativa do BrasilLuiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaConselho de AdministraçãoJosé Amauri DimárzioPresidenteClayton CampanholaVice-Presidente

Alexandre Kalil PiresDietrich Gerhard QuastSérgio FaustoUrbano Campos RibeiralMembros

Diretoria-Executiva da Embrapa

Clayton CampanholaDiretor-PresidenteGustavo Jauark ChiancaHerbert Cavalcante de LimaMariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores-Executivos

Embrapa Tabuleiros Costeiros

Lafayette Franco SobralChefe-geral

Maria de Fátima Silva DantasChefe Adjunto de Administração

Maria de Lourdes da Silva LealChefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

Wilson Menezes Aragão Fernanda Barreto AragãoRoseny de Barros Rosas Aragão

Aracaju, SE2003

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoEmbrapa Tabuleiros Costeiros

ISSN 1517-1329

Novembro, 2003

54

Identificação do processo de hibridação do coqueiro nogerminadouro através da coloração do coleto da plântula

© Embrapa 2003

Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br

Embrapa Tabuleiros CosteirosAv. Beira Mar, 3250Caixa Postal 44Fone: **79-2261300Fax: **79-2261369www.cpatc.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê Local de Publicações

Presidente: Maria de Lourdes da Silva LealSecretária-Executiva: Aparecida de Oliveira SantanaMembros: Emanuel Richard de Carvalho Donald Ederlon Ribeiro de Oliveira Marcondes Maurício de Albuquerque Denis Medeiros dos Santos Jéfferson Luis da Silva Costa Hélio Wilson Lemos de Carvalho

Supervisora editorial: Aparecida de Oliveira SantanaEditoração eletrônica: Wesleane Alves Pereira

1ª edição 2003

Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

o constitui violação dos direitos autorais (Lei n 9.610).

ARAGÃO, W.M., ARAGÃO, F.B., ARAGÃO, R.B. de R. Identificação do

processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração

do coleto da plântula. 12 p, 2003. (Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Documentos, 54). Disponível em http//www.cpatc.embrapa.br

CDD: 634.61

Wilson Menezes Aragão

D.Sc. Pesquisador da Embrapa Tabuleiros CosteirosTel: 226-1350 / 226-1365 E-mail: [email protected]

Fernanda Barreto AragãoEstudante da Universidade Federal de Sergipe,

Estagiária da Embrapa Tabuleiros CosteirosTel: 226-1350

Roseny de Barros Rosas AragãoEstudante da Universidade Federal de Sergipe,

Estagiária da Embrapa Tabuleiros CosteirosTel: 226-1350

Autores

Identificação da hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração do coleto da plântula

Introdução

Método de coloração do coleto da plântula para identificação

do processo de hibridação, no germinadouro

Reconhecimento do processo de hibridação

Hibridações envolvendo parentais da mesma cor

Os híbridos produzidos são da mesma cor da dos dois parentais

Os híbridos produzidos são de cor diferente da dos dois parentais

Hibridações envolvendo parentais de cores distintas

Conclusão

Referência Bibliográfica

Sumário

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5

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8

8

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10

12

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Introdução O emprego de cultivares melhoradas deve ser a base do programa de fomento à

cultura do coqueiro no Brasil. Atualmente a Embrapa Tabuleiros Costeiros

dispõe de vários híbridos intervarietais promissores para precocidade e

produção, como os dos cruzamentos Anão Amarelo do Brasil de Gramame-

AABrG x Gigante do Brasil da Praia do Forte-GBrPF (híbrido sementeira), Anão

Verde do Brasil de Jiquí x GBrPF (híbrido praia do forte) e Anão Vermelho do

Brasil de Gramame-AVBrG x GBrPF (híbrido Miranda Júnior).

As sementes híbridas devem ser produzidas em campo de matrizes registrado

no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e estabelecido

segundo os seguintes critérios técnicos: campo formado com matrizes

homogêneas (todas as plantas do campo devem apresentar as mesmas

características que as identificam), além de ser isolado (isolamento ideal de

1000 m - barreira física - entre o campo de matriz e qualquer plantio comercial

de coqueiro, podendo, no entanto, ser de 500 m desde que ocorram também

barreiras de vegetação - vegetação nativa, fruteiras, plantas florestais etc. - ou

barreira geográfica - serra, morro etc.).

A composição do campo de matriz varia em função do método de hibridação.

No processo controlado de produção de sementes híbridas sem a proteção da

inflorescência, o ideal é que o campo seja formado apenas por uma cultivar (ex.

anão verde ou anão vermelho etc.). Mas, esse campo pode ser formado por

mais de uma cultivar (ex. campo de matriz de anão verde plantado próximo ao

campo de matriz de anão vermelho etc.), desde que o pólen a ser aplicado seja

Identificação da hibridação do coqueiro no germinadouroatravés da coloração do coleto da plântulaWilson Menezes AragãoFernanda Barreto AragãoRoseny de Barros Rosas Aragão

06 Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

do mesmo parental (ex. GBrPF). No método controlado com proteção da

inflorescência (esse método não é indicado para produção comercial de

sementes híbridas de coqueiro, já que o saco de lona barreira mecânica -

reduz significativamente o número de sementes híbridas produzidas por cacho)

o campo de matriz pode ficar próximo de qualquer plantio comercial de

coqueiro, já que o saco de lona é a própria barreira de isolamento.

Consequentemente, esse campo pode ser formado por várias cultivares de

coqueiro em áreas adjacentes, independentemente que o pólen a ser aplicado

seja do mesmo ou de parentais distintos. No método natural, o campo de

matriz, apesar de isolado de qualquer plantio comercial de coqueiro, pode ser

composto do parental masculino gigante intercalado com uma linha de cada

um dos anões amarelo, verde, vermelho de Camarões e vermelho da Malásia.

Mesmo que o processo de produção de sementes híbridas seja bem planejado

e conduzido, o mesmo está sujeito a problemas eventuais, ocasionados por

diversos fatores, incluindo o estado psicológico e emocional dos operários de

campo, provocando erros nos processos de coleta, emasculação e aplicação

de pólen, resultando, assim, em porcentagens relativamente elevadas de

contaminação ou de realização não correta do processo de hibridação. Estima-

se que taxas de 5 a 10% de erro são normais nos processos de hibridação e

os mais comuns são: contaminação por pólen estranho nos processos de

coleta, tratamento e aplicação de pólen; falta de descontaminação do campo

de matriz no processo inicial de hibridação; falta de descontaminação de pólen

do emasculador e aplicador, entre as emasculações e aplicação de pólen

sucessivas; falta de limpeza (descontaminação de pólen) das vestimentas e

das ferramentas (pissetas, tesouras de emasculação, sacos receptores das

flores masculinas etc.) tanto durante quanto após as atividades de hibridação;

falta de recolhimento das flores masculinas que caem nas axilas das folhas e

no solo durante o processo de emasculação para enterrio; não enterrio

adequado das flores masculinas após a emasculação; deixar a inflorescência

se abrir naturalmente; deixar flores masculinas, principalmente as

companheiras, nas inflorescências emasculadas; e visita de operários ou

pessoas estranhas ao trabalho de hibridação (laboratório e campo).

Para que o produtor implante seu coqueiral, realmente com o híbrido

planejado e adquirido, é necessário que já na fase de germinadouro, adote

alguma estratégia de certificação desse híbrido. Além disso, esse

procedimento tem a finalidade de ressarcir o próprio produtor, das sementes

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ilegítimas oriundas do processo errado de hibridação, já que as mesmas são

caras. Existem diversas estratégias de certificação de sementes híbridas no

germinadouro e uma das que mais tem auxiliado, é a identificação da

hibridação através da coloração do coleto da plântula no momento da

germinação, o que se constitui no objetivo desse trabalho.

Este processo é empregado universalmente para identificar o híbrido,

imediatamente após a germinação das sementes, através da coloração do

coleto (estrutura pré-caulinar do coqueiro) da plântula. Apesar disto, esse

método não é efetivo no reconhecimento de todos as hibridações (Anexo 1).

As cores do coqueiro são governadas por dois loci gênicos independentes,

conseqüentemente, a herança dessas cores ocorre da seguinte forma

(Bourdeix, 1988): o fenótipo amarelo é homozigoto recessivo para os dois loci -

genótipo ggrr; o fenótipo verde é dominante sobre o amarelo e de genótipos

GGrr (loci homozigotos sendo dominante para GG e recessivo para rr) ou Ggrr

(locus heterozigoto para Gg e homozigoto recessivo para rr); o fenótipo

vermelho da mesma forma que o verde, é dominante sobre o fenótipo amarelo

e de genótipos ggRR (loci homozigotos, sendo recessivo para gg e dominante

para RR) ou ggRr (homozigoto recessivo para o locus gg e heterozigoto para o

locus Rr); além disso, anteriormente pensava-se que o fenótipo verde dominava

o fenótipo vermelho, mas, atualmente sabe-se que o cruzamento entre plantas

dessas cores, produzem normalmente plantas de cor marrom, caracterizando

uma interação não alélica ou epistasia. Esse fenótipo marrom é dominante

sobre os fenótipos amarelo, verde e vermelho, e apresenta os seguintes

genótipos: GGRR (homozigoto dominante para os dois loci), GgRR

(heterozigoto para o locus Gg e homozigoto dominante para o locus RR), GGRr

(homozigoto dominante para o locus GG e heterozigoto para o locus Rr) e GgRr

(heterozigoto para os dois loci Gg e Rr).

Os anões, pelo fato de serem normalmente autógamos, apresentam loci

homozigotos para coloração, o contrário ocorre para o gigante, já que é

alógamo, apresentando loci heterozigotos para esta característica.

Método de coloração do coleto da plântula para identificação do processo de hibridação, no germinadouro

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

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Reconhecimento do processo de hibridação

Para o reconhecimento do processo de hibridação tanto intravarietal (anão x

anão ou gigante x gigante) quanto intervarietal (anão x gigante), existem

diversas situações, e quando houver dificuldade de se reconhecer que a

hibridação ocorreu através da coloração do coleto, é necessário recorrer a

outros marcadores morfológicos no germinadouro (velocidade de germinação

das sementes, crescimento da muda, porte da muda, tamanho da folha,

circunferência do coleto, abertura dos folíolos, etc.) e até ao processo de

marcadores moleculares.

É conveniente salientar ainda que, o coqueiro anão é mais empregado nos

cruzamentos intervarietais, como parental feminino, devido ao menor porte e

ao crescimento lento, facilitando, assim, as atividades de emasculação e

aplicação de pólen. Essa variedade em determinadas situações pode causar

maior margem de dúvidas na identificação dos cruzamentos por ser uma planta

que apresenta praticamente autogamia obrigatória (95% ou mais de

autofecundação) e, aliado a algum erro ocasionado no processo de hibridação,

principalmente, uma flor masculina deixada na emasculação, pode viabilizar a

autofecundação das flores femininas da inflorescência produzindo, assim,

plântulas que apresentam colorações iguais às dos cruzamentos efetivos (Ex.:

GgRr X GGRR O cruzamento é efetivo quando produz plântulas somente de

cor marrom; GgRr X GgRr Se a autofecundação ocorrer pode produzir

plântulas de cores marrom, verde, vermelha e amarela).

Hibridações envolvendo parentais da mesma cor

Neste caso tem-se dúvida da ocorrência do processo da hibridação, a não ser

que se conheça previamente a situação de cada locus em termos da

homozigose ou heterozigosidade dos dois parentais.

Os híbridos produzidos são da mesma cor da dos dois parentais

ÄO cruzamento entre plantas de coqueiro amarelas só resulta em plantas

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

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amarelas, pois o fenótipo amarelo é homozigoto recessivo para os dois loci.

ÄO cruzamento entre plantas de coqueiro verdes ou vermelhas, só origina

plantas de cores verdes ou vermelhas, respectivamente, quando os loci para

essas cores são homozigotos nos dois parentais (GGrr ou ggRR) ou apenas

heterozigoto em um dos parentais (Ggrr ou ggRr). Neste caso, se o locus

heterozigoto estiver no parental feminino e plântulas amarelas são produzidas,

é uma indicação segura da não ocorrência do cruzamento e sim da

autofecundação.

ÄO cruzamento entre plantas de coqueiros marrons, só origina plantas de cor

marrom , quando os loci para essa cor são homozigotos nos dois parentais

(GGRR), heterozigoto nos dois loci (GgRr) em apenas um dos parentais,

heterozigoto para GgRR em um parental e GGRr no outro parental e

heterozigoto em apenas um dos locus (GgRR ou GGRr), independentemente

do parental.

Os híbridos produzidos são de cor diferente da dos dois parentais

ÄQuando, nos cruzamentos, os loci dos dois parentais verdes (Ggrr) ou

vermelhos (ggRr) forem heterozigotos, e resultar eventualmente, plantas de

cor amarela, seria uma boa indicação da ocorrência do processo de hibridação.

Entretanto, se a hibridação não foi efetiva, e, por outro lado, se ocorreu o

fenômeno da autofecundação, podem surgir, eventualmente, plantas

amarelas, deixando, portanto, dúvida no reconhecimento do processo de

hibridação.

ÄOs cruzamentos entre plantas de fenótipos marrons, além de plantas

marrons, podem produzir, eventualmente, plantas amarelas, verde ou

vermelhas através dos cruzamentos entre os genótipos GgRr x GgRr, plantas

verdes através dos cruzamentos GGRr x GGRr, GGRr x GgRr ou GgRr x GGRr

ou plantas vermelhas através dos cruzamentos GgRR x GgRR, GgRR x GgRr

ou GgRr x GgRR. Este caso pode deixar dúvida no reconhecimento do

processo de hibridação devido à possibilidade de ocorrência do fenômeno da

autofecundação no parental feminino.

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

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Hibridações envolvendo parentais de cores distintas

ÄHibridações empregando o coqueiro amarelo como parental feminino

Nos cruzamentos do coqueiro amarelo, que é homozigoto recessivo para os dois

loci, com os coqueiros verde, vermelho ou marrom, se a coloração do coleto da

plântula do coqueiro resultante for igual a desses parentais masculinos ou

diferente da dos dois parentais, é porque a hibridação ocorreu. Nesses

cruzamentos a única dúvida que se tem é quando a plântula resultante apresenta

cor amarela, visto que não se tem certeza da ocorrência do cruzamento ou da

autofecundação da planta mãe.

ÄHibridações empregando o coqueiro verde como parental feminino

Nos cruzamentos com o coqueiro vermelho ou marrom, se a coloração do

coleto da plântula resultante for da cor marrom (mais comum) ou vermelha

(mais raro), é porque os mesmos ocorreram. Se, no entanto, a cor do coleto

for verde (coloração do parental feminino) ou amarelo, não se tem certeza da

ocorrência da hibridação (independente que tenha ou não ocorrido). Se o

coqueiro verde de genótipo Ggrr, ao invés de cruzado com os vermelho ou

marrom, for autofecundado, pode produzir fenótipos de cores verde e amarelo,

dificultando a identificação.

Nos cruzamentos com o coqueiro amarelo, como a cor verde (genótipos GGrr

ou Ggrr) é dominante, se a coloração do coleto da plântula resultante for da

cor verde (cor do parental feminino) ou amarela (cor do parental masculino e

que pode ser resultado do cruzamento entre os genótipos Ggrr x ggrr), não se

tem certeza que os mesmos ocorreram (independentemente que os

cruzamentos tenham ou não ocorrido). Isto porque, se o coqueiro verde de

genótipo Ggrr, ao invés de cruzado com o amarelo, for autofecundado, pode

produzir fenótipos de cores verde e amarelo.

ÄHibridações empregando o coqueiro vermelho como parental feminino

Nos cruzamentos com o coqueiro verde ou marrom, se a coloração do coleto

da plântula resultante for da cor marrom (mais comum) ou verde (mais raro), é

porque os mesmos ocorreram. Se, no entanto, a cor da coleto for vermelha

(coloração do parental feminino) ou amarelo, não se tem certeza da ocorrência

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

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da hibridação (independente que tenha ou não ocorrido). Se o coqueiro

vermelho de genótipo ggRr, ao invés de cruzado com os verde ou marrom, for

autofecundado, pode produzir fenótipos de cores vermelha e amarelo,

dificultando a identificação.

Nos cruzamentos com o coqueiro amarelo, como a cor vermelha (genótipos

ggRR ou ggRr) é dominante, se a coloração do coleto da plântula resultante for

da cor vermelha (cor do parental feminino) ou amarela (cor do parental

masculino e que pode ser resultado do cruzamento entre os genótipos ggRr x

ggrr), não se tem certeza que os mesmos ocorreram (independentemente que

os cruzamentos tenham ou não ocorrido). Isto porque, se o coqueiro vermelho

de genótipo ggRr, ao invés de cruzado com o amarelo, for autofecundado,

pode produzir fenótipos de cores vermelha e amarelo.

ÄHibridações empregando o coqueiro marrom como parental feminino

Nos cruzamentos com o coqueiro amarelo, verde ou vermelho, se a coloração

do coleto da plântula resultante for de qualquer das cores marrom (coloração

do parental feminino), amarela, verde ou vermelha (coloração dos parentais

masculinos), não se tem certeza que os mesmos ocorreram

(independentemente que os cruzamentos tenham ou não ocorridos).

Nos cruzamentos com coqueiro amarelo, como a cor marrom é dominante em

relação a todas as outras (genótipos GGRR, GgRR, GGRr ou GgRR), se a

coloração da plântula resultante for de cor marrom (cor do parental feminino)

ou amarelo, não se tem certeza da ocorrência da hibridação (independente que

tenha ou não ocorrido). Isto porque, se o coqueiro marrom de genótipo GgRr ao

invés de cruzado com o amarelo, for autofecundado, pode produzir fenótipos

de cores marrons e amarelo.

Nos cruzamentos com coqueiro verde (Ggrr) e vermelho (ggRr), pelo fato do

marrom ser dominante, se a coloração da plântula resultante for de cor marrom

(parental feminino) ou verde ou vermelha (a depender do parental masculino)

não se tem certeza que a hibridação ocorreu (independente de ter ou não

ocorrido). Isto porque se o coqueiro marrom de genótipos GGRr (no caso do

parental masculino verde), GgRR (no caso do parental masculino vermelho) ou

GgRr (em ambos os casos), ao invés de cruzado, for autofecundado, pode

produzir fenótipos de cores marrom, verde ou vermelho.

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

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Conclusão

A coloração do coleto da plântula é eficaz na identificação do processo de

hibridação quando os cruzamentos envolvem parentais de colorações distintas e

produzem plântulas de cores iguais ao parental masculino ou diferente da dos dois

parentais.

O processo de coloração não é adequado quando os cruzamentos envolvem

parentais de mesma coloração ou quando ocorrem erros durante o processo de

produção de sementes híbridas, como, por exemplo, o da autofecundação, que

poderão causar problemas na identificação do processo da hibridação.

BOURDEIX R. Etude du determinisme genetique de la courleur de germe chez

de cocotier naim. Olèagineux, v.43, n.10, p.371-373, 1988.

Referência Bibliográfica

Identificação do processo de hibridação do coqueiro no germinadouro através da coloração...

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Tabuleiros Costeiros