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1 O RIOMOINHENSE MARÇO 2015 O RIOMOINHENSE 08 DE ÁGUA AVANÇA NOVO ABASTECIMENTO PUBLICAÇÃO NÚMERO PÁG.03 PÁG.06 PÁG.12 BOLETIM INFORMATIVO DA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOS REPORTAGEM SERRAÇÃO DE ANTÓNIO MARIA EMPREENDER “DETALHE AUTOMÓVEL” DESPORTO CAMPEÕES DE COLUMBOFILIA associação juvenil remoinhos d’água TRIMESTRAL * MARÇO 2015 * ANO IV

NOVO ABASTECIMENTO DE ÁGUA AVANÇA · festividade. Dia 9 de maio, ... No decorrer da obra o trânsito na rua D. João de Deus poderá ser cortado. ... a Assembleia de Freguesia de

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1O RIOMOINHENSE

MARÇO 2015

O RIOMOINHENSE08

DE ÁGUA AVANÇA

NOVO ABASTECIMENTO

PUBLICAÇÃO NÚMERO

PÁG.03 PÁG.06 PÁG.12

BOLETIM INFORMATIVO DA FREGUESIADE RIO DE MOINHOS

REPORTAGEMSERRAÇÃO DE ANTÓNIO MARIA

EMPREENDER“DETALHE AUTOMÓVEL”

DESPORTOCAMPEÕES DE COLUMBOFILIA

associação juvenilremoinhos d’água

TRIMESTRAL * MARÇO 2015 * ANO IV

2 O RIOMOINHENSE

MARÇO 2015

EDITORIALFICHA TÉCNICA

APOIOS

DiretoraJoana Margarida Carvalho

RedaçãoAdriana AntunesAndré VirtuosoBárbara BretesCatarina AssunçãoCláudia FerreiraDaniela GasparJoana Margarida CarvalhoLiliana CarvalhoNuno Lopes

CronistasMário PernadasNuno MiguelRui André

PublicidadeAdriana Antunes

Design e PaginaçãoDaniela Gaspar

ImpressãoGráfica Prova de CorAbrantes

Tiragem200 exemplares

Contactos918 818 [email protected]

ProprietáriaAssociação JuvenilRemoinhos d’Água

DESAFIOS QUE SE IMPÕEM!

JOANA MARGARIDACARVALHO

Talvez um dia, quando olharmos para trás, tenhamos que recor-dar os últimos anos como dos mais com-

plicados das nossas vidas. Talvez um dia, quando olharmos para trás, tenhamos de recordar 2015 como o ano de que todos falavam como o momento da retoma e no qual nada de especial aconteceu…mas é melhor pensarmos que cada ano é como é, como cada pessoa é como é, como cada terra é como é.

Podemos sempre individualmen-te ou em conjunto tentar mudar o rumo das coisas, mas depois o que tiver que ser…será. Será o resultado da nossa força e da nossa vontade, muitas vezes numa luta contra a vontade de outros, como infelizmente acontece em alguns casos em Rio de Moinhos. Mas na verdade, o que acontece é que às vezes tropeçamos, mas acabamos sempre por avançar e por erguer a cabeça.

Numa tentativa de dinamizar a freguesia, têm sido constantes as ações que temos levado por diante. A Associação fechou o ano com

uma entrega simbólica de uma ca-deira de rodas ao Centro de Apoio a Idosos. Puramente numa ação solidária, entendemos que esta era a forma perfeita de fechar o ano. De seguida, levámos a tradição à rua e juntamente com a Casa do Povo fomos cantar os reis pela nossa freguesia. Numa noite gélida, não perdemos o ânimo, nem o ritmo e ficámos com a sensação de mais um desafio concluído. Recen-temente, organizámos juntamente com a Casa do Povo uma festa de Carnaval. Mais uma vez, tentámos recuperar uma prática antiga que já não acontecia alguns anos. É um facto que adesão podia ter sido melhor, mas também entendemos que quando uma tradição se perde ela deve voltar a ser enraizada e foi isso que tentámos fazer com esta festividade.

Dia 9 de maio, a freguesia de Rio de Moinhos vai receber o En-contro Municipal de Associações de Juventude. Será a Remoinhos d`Água que irá encabeçar a organi-zação do dia e por isso, iremos pre-cisar da ajuda e do envolvimento de todos. Espera-se um dia rechea-do de atividades, que irão decorrer em vários espaços da aldeia e onde o desporto, a cultura, a educação e o convívio se irão misturar.

Vão ser assim meses ativos e mais uma vez os jovens são chama-dos a participar. É importante que os mesmos estejam atentos e que sintam vontade de agir em prol da sua comunidade, porque vivemos realmente em comunidade… A As-sociação é uma casa de porta aberta para novas pessoas, novas ideias e novas dinâmicas.

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REPORTAGEM

Com a sua serração, António Maria conheceu muitas pessoas

SERRAÇÃO DE ANTÓNIO MARIA UMA VERDADEIRA RELÍQUIA

António Ma-ria Alves Bretes tem 80 anos e reside na aldeia de Pucariça. Desde

muito cedo, com apenas 13 anos, começou a trabalhar como carpin-teiro de moinhos, carroças, entre outros equipamentos. Anos mais tarde, foi tratorista, chegando mesmo a serrar lenha com o seu trator.

Perto dos 40 anos, decidiu construir uma serração que ini-cialmente só tinha uma serra, mas que depois foi evoluindo ao longo do tempo, adquirindo uma maior diversidade de serras e de maqui-naria.

“ A construção da serração tinha como objetivo garantir o futuro dos meus filhos, não queria que eles fossem como eu, tratoris-ta a sair de casa de madrugada e a chegar já de noite, não estando com a minha esposa e com os meus filhos o tempo que desejaria na altura,” conta António Maria.

Inicialmente, começou por se dedicar mais a serração fazendo carroçarias para camionetas, pois sempre teve jeito desde novo para trabalhar com madeiras. Ao longo do tempo nunca teve empregados, trabalhou sempre por conta pró-pria e com o seu filho.

“A vida não era fácil naquela altura, tinha muito trabalho e uma vez sofri um acidente que me tirou uma vista,” recorda.

Trabalhava para diversas pes-

soas, mas tinha clientes fiéis que lhe garantiam trabalho durante vários meses, até porque muitos dos trabalhos que fazia era para outras regiões.

Com esta serração, António Maria conheceu muitas pessoas que ao longo do tempo ainda mantém algum contato. As suas recordações estão todas guardadas em agendas: “desde os 13 anos que comecei a escrever o meu dia-a-dia e ainda hoje o faço”, admite.

Aos 64 anos, António Maria deixou de trabalhar na serração deixando esta ao seu filho António Luís Damas Gaspar Bretes.

Com os tempos difíceis, o filho deixou de ter clientes e a serração acabou por encerrar.

As memórias de uma vida de trabalho ficaram assim todas re-

gistadas numa agenda que Antó-nio Maria guarda ainda hoje com carinho.

POR BÁRBARA BRETES

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Um episódio escrito por António Maria na sua agenda: “No dia 2 de abril de 1997, eu o Manuel Pires e o Custódio fomos re-sponsáveis pelas madeiras que eram precisas para os regos estes serviam para passar a água para os terrenos. Eu e o meu filho serrámos a madeira para os taipais que eram precisos para trabalhar e tinham 1.70m por 26cm de altura eram necessários muitos, e andou sempre a fiscalizar o nosso trabalho o engenheiro Antó-nio Maria João que é empregado do estado”.

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ATUALIDADE

mudar os seus ramais de ligação, pois são estruturas muito antigas e já em processo de deterioração, pelo valor de cerca de 80 euros, onde as famílias mais carenciadas vão poder pagar de forma faseada,” acrescentou ainda o autarca.

Rui André, presidente da Junta de Freguesia, afirmou que “esta nova canalização é uma mais-valia para a nossa população, podendo esta intervenção abranger no futuro o resto da localidade.”

Ao fim de cinco anos, está em vias de resolução um problema que afeta diretamente cerca de 50

Na freguesia de Rio de Moi-nhos está previsto para este mês de março a remodelação do sistema de abastecimento de água nas ruas Dr. João de Deus, do Canto e do Adro.

“Neste momento, o abasteci-mento de água é feito através de um dreno e nós queremos que Rio de Moinhos seja abastecido dire-tamente pela Barragem de Castelo Bode. Para este fim, vamos instalar um troço da adutora que vem de Castelo Bode para a distribuição da água na aldeia,” referiu o presiden-te do Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA).

Durante a realização da obra, que deverá prolongar-se por dois meses, o trânsito de ligeiros e de pesados na rua Dr. João de Deus, Canto e Adro poderá ser cortado, estando apenas prevista a passa-gem de autocarros. Caso se venha a efetivar o corte, para circular na

pessoas que habitam em Aldeinha, na freguesia de Rio de Moinhos.

Trata-se da colocação de uma novo pontão em Aldeinha, que irá substituir o que existe atualmente, que se encontra num grande estado de degradação.

No final de 2009, o pontão que permitia a passagem de peões e de carros foi destruído com a cheia que ocorreu na ribeira de Aldeinha. Desde então, a população apenas consegue transitar a pé sobre o pontão, que foi colocado de forma provisória. Com construção de um novo, será possível novamente transitar naquele local a pé ou de carro.

Maria do Céu Albuquerque,

freguesia os automobilistas terão de circular na Rua Direita, que atualmente apenas assume um sentido.

“É uma obra que tem alguma complexidade e, possivelmente na rua transitável (Rua Direita) será proibido o estacionamento uma vez que os ligeiros terão de circular nos dois sentidos,” explicou Manuel Valamatos.

“Os riomoinhenses poderão aproveitar esta intervenção para

PONTÃO EM RIO DE MOINHOS AVANÇA AO FINAL DE 5 ANOS

REMODELAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA VAI ARRANCAR

presidente da Câmara Municipal de Abrantes, avançou que emprei-tada, no valor de 58 mil euros, irá arrancar até ao mês de maio, com um prazo de execução de 60 dias: “estamos em condições de lançar a empreitada em Rio de Moinhos,” afirmou.

“ São intervenções que qualifi-cam o nosso território e a qualida-de de vida dos nossos cidadãos,” acrescentou a autarca.

Rui André, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, referiu que com a obra será pos-sível a passagem de peões e de carros “o que é determinante, pois a população residente naquela zona é bastante envelhecida.”

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No decorrer da obra o trânsito na rua D. João de Deus poderá ser cortado

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Já é uma prática recorrente, todos os anos a Junta de Freguesia de Rio de Moinhos elege uma personali-dade para homenagear. À pessoa eleita é-lhe reconhecido o seu tra-balho dedicado a uma causa nobre ou à própria comunidade. Este ano,

No passado dia 21 de dezem-bro, na Assembleia de Freguesia procedeu-se à entrega dos Prémios Fernando Vieira Ferreira a cinco alunos da freguesia, no valor de 100 euros cada um.

Por norma, os prémios educacio-nais são entregues aos finalistas do 1º, 2º e 3º ciclos, a um finalista do

No passado dia 21 de dezembro, a Assembleia de Freguesia de Rio de Moinhos aprovou por maioria o orçamento de 2015 na ordem dos 100 mil euros. No momento, foi também apresentado o plano de ação para este ano.

O cais de acostagem da fregue-sia vai ser novamente interven-cionado. Segundo Rui André, vão ser construídos dois assadores, será colocado um ponto de água e ainda será realizada uma limpeza na margem do rio. A novidade está também na compra de uma roulotte móvel que servirá de apoio para as iniciativas a realizar naquele local.

“Esta roulotte tem uma cozinha toda equipada e é destinada às associações e aos nossos fregueses, a quem pretenda dinamizar o cais,” explica o presidente.

Previsto também para este ano, está a reconversão da antiga escola primária, onde atualmente está sediada a Comissão de Freguesia, numa casa mortuária. Num investi-mento na ordem dos 10 mil euros, a Junta de Freguesia vai proceder à requalificação do espaço para ga-rantir à comunidade novas condi-ções “mais cómodas e agradáveis” para uma casa mortuária.

No âmbito cultural, a Junta de Freguesia vai voltar a participar em mais um Encontro dos Rio de Moinhos de Portugal desta vez em Arcos de Valdevez, no dias 3, 4 e 5 de julho. Duas semanas após, a junta volta a marcar presença na terceira edição da Feira de Artesa-nato e Doçaria das freguesias do norte do concelho de Abrantes.

TEXTOS POR JOANA MARGARIDA CARVALHO

foi a vez da Dona Wanda, pelo seu trabalho de vários anos na farmácia da freguesia e em outras frentes.

A cerimónia realizou-se no dia do aniversário da homenageada, a 21 de dezembro, na Assembleia de Freguesia. Num momento singelo, o executivo ofereceu à homena-geada um terço em prata com um brasão da Junta de Freguesia.

Rui André, presidente de jun-ta, recorda que: “ a Dona Wanda esteve sempre um pouco nervosa porque não sabia o que iria acon-tecer… após a homenagem ela repetia: “ mas o que é que eu fiz?” A humildade é uma característica extraordinária desta senhora.”

O ano passado, a Junta de Fre-guesia prestou uma homenagem ao Senhor João Dono pelo trabalho desenvolvido no Centro de Apoio aos Idosos.

secundário e a um outro do ensi-no superior. A seleção no 1º ciclo é feita pela docente responsável, quanto aos outros anos, a junta recebe as notas finais destes alunos e seleciona assim os melhores.

Rui André, presidente da jun-ta, admite que todos os anos há sempre alunos a aderir à iniciativa: “temos um aluno que é o David Pereira que desde o 1º ciclo que conquista este prémio.”

O nome do prémio foi atribuído a Fernando Vieira Ferreira, pois há muitos anos atrás foi este o homem que ofereceu à Junta de Freguesia o prédio em Lisboa, o edifício sede da junta e ainda o espaço onde funciona atualmente o Centro de Apoio a Idosos.

Esta iniciativa anual foi iniciada já no mandato do Sr. Manuel Pires, aquando liderava o executivo da Junta de Freguesia.

JUNTA DE FREGUESIA PRESTA HOMENAGEM A DONA WANDA

PRÉMIOS FERNANDO VIEIRA FERREIRA FORAM ENTREGUES

PLANO DE AÇÃO PARA 2015 APRESENTA INTERVENÇÕES NA FREGUESIA

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Alunos premiados

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EMPREENDER

“DETALHE AUTOMÓVEL” A NOVA OFICINA DE RIO DE MOINHOS

JORGE FORTES, 29 ANOS, DE ABRANÇALHA DE BAIXO, É O NOVO EMPREENDEDOR DA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOS. O NOVO ESPAÇO SEDIADO NA RUA AVELAR MACHADO, CONCRETAMEN-TE NO LARGO DA ALDEIA, ESTÁ ABERTO HÁ JÁ ALGUNS MESES E TEM TRAZIDO UMA NOVA DINÂMICA AO SETOR AUTOMÓVEL NA ÁREA DA PINTURA E BATE-CHAPAS.

Como iniciou o projeto e qual foi o motivo ine-rente?Estava de-sempregado e sempre tive o

sonho de ter uma oficina por conta própria. Um projeto inteiramente meu e à minha medida. Decidi assim arriscar e cá estou com uma porta aberta para os clientes da freguesia, da região e do país.

Porque é que escolheu Rio de Moinhos?

Escolhi esta aldeia porque não

havia nenhuma oficina de chapa e pintura. Era um novo negócio para um local que estava carente desta oferta de serviço. A zona também é muito agradável, fica bastante central e é um local onde passam muitas pessoas.

Apesar de recente o negócio tem superado as expectativas?

Até agora o negócio está a correr dentro da expectativa. Bem

sabemos que não vivemos tempos fáceis, contudo como era algo que queria há muito tempo, tenho-me empenhado para que tudo corra da melhor forma.

Como está o mercado nesta área? Onde incide mais o tra-balho?

Tenho tanto trabalho de pintura como de bate chapas, uma vez que um implica o outro. O mercado é competitivo, mas estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar. Como ainda estou a iniciar posso referir que está a correr tudo bem.

Quantos trabalhadores tem a empresa? Recorre a colabora-dores?

O trabalho é assumido inteira-

O mercado é competiti-vo, mas estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar.

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Jorge Fortes

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EMPREENDER

mente por mim, não estando ainda de parte a possibilidade de recor-rer a colaboradores externos. Caso o trabalho venha a aumentar e se assim se justificar poderei contra-tar mais algum funcionário.

Onde incidiu o investimento realizado? Recebeu algum tipo de apoio?

O investimento inicial inci-diu nas máquinas específicas de bate-chapas e a cabine de pintura. Para criar o negócio, contei com o apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no programa “Investe +”, que consis-te num empréstimo para empreen-dedores. Com este apoio, tive a facilidade de ter uma ajuda no período de carência inicial e uma taxa de juro mais baixa que um empréstimo considerado normal.

Qual é o seu maior receio?Neste momento, não tenho

receios. Estou focado no trabalho e tento manter sempre um espirito empreendedor e bastante positivo.

Quais são os seus objetivos futuros?

No futuro, espero ter trabalho suficiente para partir para um espaço maior e com mais funcio-nários. A criação de emprego é muito importante e se eu conse-guir contribuir para esta realidade ainda melhor.

Contactos:TLM: 925 258 712Email: [email protected]

POR JOANA MARGARIDA CARVALHO And

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O novo empreendedor executa trabalho de pintura e chapa

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CRÓNICA

ANO DE 2015 E SEGUINTES …

Uma sociedade só pode conseguir evoluir se tiver pessoas preocupadas, dinâmicas, pró ativas

que possam trazer mais-valia e valor na sua construção e no seu desen-volvimento.

A Junta e a Assembleia de Fre-guesia são entidades públicas que foram criadas para dar voz aos cida-dãos e para que se possam unir em prol do desenvolvimento da sua(s) terra(s) e tem como princípios basi-lares a organização, planeamento e melhoria o bem-estar da população.

O problema é que somos todos diferentes e pensamos diferentes (o que é ótimo visto vivermos cada vez mais numa sociedade plural e global mas torna as coisas, por vezes, com-plicadas). Por isso, devemos deixar de lado as divergências e centrar-mos na convergência de ideias para poder construir um futuro melhor e pensar nas próximas gerações.

Os eleitos locais foram sufra-gados para desenvolver os seus projetos. No entanto, muitos outros projetos surgem pontualmente e de acordo com a dinâmica da socieda-de.

O executivo, a Assembleia de Freguesia por si só pouco podem fa-

zer … todos são importantes para a construção de soluções para melho-rar o bem-estar de uma determinada população.

Ninguém nasce para ser Presi-dente de Junta … esse cargo é para aqueles que de uma forma ou de outra podem juntar pessoas, juntar vontades para construir aquilo que individualmente não se consegue fazer.

As pessoas não podem ficar à espera que os outros façam por elas … seria fácil e sobretudo injusto se assim fosse … um certo dia, uma pessoa de aproximadamente 60 anos perguntou-me: o que é que a Junta de Freguesia tinha pensado fazer para os idosos da nossa freguesia? Eu respondi-lhe: o que é que o Senhor tinha feito por eles quando era mais novo? E ele … não me res-pondeu porque nada tinha feito, mas agora como recém-reformado está à espera que a geração mais nova faça qualquer coisa por eles.

Não pode, nem deve ser assim … devemos todos dar mais qualquer coisa ao próximo. Uma geração não pode suportar despesas, trabalho de duas ou três gerações, cada uma deve olhar para trás e para frente, ou seja, para as gerações anteriores e posteriores.

Todas as gerações são importan-tes para uma sociedade: os idosos, as crianças, os adolescentes, os trabalhadores, os desempregados, os deficientes, etc. Todos são impor-tantes.

Se cada geração olhar para o seu umbigo nada funcionará, pelo menos a médio e longo prazo.

Fica esta reflexão sobre a nos-sa existência nesta vida … e os projetos políticos não podem nem se devem misturar com a amizade e o

respeito que devemos ter pelo próxi-mo. Devemos exigir de nós próprios e ser mais tolerante e mais colabo-rante no desenvolvimento de ações construtivas para a nossa freguesia. Qualquer pessoa, individualmente ou em grupo, pode ajudar e parti-cipar ativamente na vida da nossa terra, da sua terra.

Um Bem-haja a todos

* Ler mais: http://visao.sapo.pt/como-vai-ser-portugal-no-futuro=f812307#ixz-z3Tmw1nGcz

RUI ANDRÉPRESIDENTE DA JFRM Há dias li um artigo intitulado

“Como vai ser Portugal no Futuro” da revista Visão (6.3.2015)* onde as áreas focadas foram: Educação / Pensões / População / Saúde. O quadro apresentado não é famoso e é bastante preocupante, por isso, devemos analisar os dados e estabe-lecer prioridades a médio e sobretu-do a longo prazo. De uma forma resumida, no ano de 2060, teremos:- Menos população (menos 2 mil-hões)- Menos crianças e mais velhos- Aumento da esperança de vida - Segundo as projeções do Eurostat, em 2040 seremos o país mais env-elhecido da União Europeia, ou seja, mais idosos, mais pensionistas, mais reformados.No mesmo artigo, Maria João Valente Rosa realça que “a organ-ização da nossa vida em três fases, a da formação, a da atividade e a da reforma, tem de ser repensada”. “As pessoas vão viver mais tempo e têm de se preparar para isso“.

Fica a reflexão …

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positivo e o sucesso pode ser explicado com muito trabalho e dedicação. Os produtos confe-cionados não têm corantes nem conservantes e, por isso, o prazo de validade é de apenas três me-ses: “é como se faz em casa com a diferença que fazemos em grandes quantidades” acrescenta a copro-prietária.

O negócio tornou-se maior do que inicialmente previam. Hoje fornecem diariamente comida para diversas lojas, mas confes-sam que não foi fácil abrir o novo espaço devido às burocracias e exigências.

Contentes com o resultado da nova loja, pretendem continuar a trabalhar e agradecem a todos os colaboradores porque o sucesso também se deve à boa equipa que têm.

POR DANIELA GASPAR

DELÍCIAS DA DEOLINDA COM NOVO ESPAÇO EM ABRANTES

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Muitas vezes confun-dida com a Dona Deolinda, “Lena”,

coproprietária do espaço Delícias da Deolinda, contou ao Riomoi-nhense que a sua mãe não deu só o nome à empresa como também, foi ela que há mais de 30 anos deu início às famosas Delícias. Ne-gócio este que começou a crescer cada vez mais, tornando assim o espaço de Rio de Moinhos peque-no para um atendimento rápido e eficaz. Foi aí que começou a sur-gir a ideia de abrir outro espaço. Um novo local também já suge-rido pelos próprios clientes que muitas vezes tinham dificuldade em estacionar na aldeia.

Várias foram as lojas que sur-giram, mas nenhuma os agradou tanto como o novo espaço em

Abrantes perto do hipermercado Lidl. Sempre acharam que teria de ser um sítio de passagem e maior para darem mais conforto aos clientes.

Com este novo espaço, criaram dois postos de trabalho. Atual-mente, a empresa conta com dezasseis trabalhadores entre as lojas de Rio de Moinhos, Abran-tes, e a cozinha da Pegop, que neste momento se encontram a explorar.

Com as funções semelhantes às do espaço de Rio de Moinhos, em Abrantes dão a possibilidade aos seus clientes de poderem beber um café enquanto esperam para serem atendidos.

É um desafio que estão a encarar com positividade e “sem medo”, como disse “Lena”, por-que “sentia que era isto que era necessário”.

O último ano é avaliado como

Luís e Helena Patrício entusiasmados com o novo espaço “Lena” afirma que o novo espaço “era necessário”

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ASSOCIATIVISMO

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ANO NOVO VIDA NOVA!

A Associação de Moradores de Amoreira co-meçou o ano com a tomada de posse da nova direção,

que durante o próximo biénio será liderada por Luís Ferreira. Esta nova direção é composta maioritariamente por jovens, mas também por alguns elementos mais experientes que transitaram da anterior direção. A nova equipa tem como principal objetivo manter e apoiar as tradições da aldeia. Assim, no passado dia 13 de feve-reiro, a nova direção organizou o seu primeiro evento: um Baile de Carnaval. Este decorreu na sede da associação e contou com o artista “Amarelo”, que abriu o baile e no after hours marcou presença o DJ Krisp. Durante a noite, foram escolhidos os três melhores mas-carados, mas acima de tudo a boa disposição foi a rainha da Festa.Outra entidade que mantém e apoia as tradições da aldeia é o clube de futebol - CCD Amoreira - que

chegou à Final da Taça Amizade do Inatel, depois de, no passado dia 14 de fevereiro, ter eliminado a equipa do Santanense por 2-0. A final será jogada no dia 5 de abril num local ainda a designar. Por forma a festejar mais um aniversário, o plantel e direção do CCD Amoreira juntamente com

familiares e amigos, organizaram uma pequena homenagem ao Sr. José Brunhete, mais conhecido por Zé Barbeiro, figura ímpar da aldeia de Amoreira.Parabéns Sr. Zé Brunhete pelo seu 84º aniversário!

POR NUNO LOPES

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O CARNAVAL COMEMOROU-SE EM RIO DE MOINHOS

No passado dia 13 de feverei-ro, pelas 22h00, realizou-se na sede social da

freguesia de Rio de Moinhos um baile de Carnaval organizado pela Casa do Povo e pela Associação Remoinhos D`Água, que foi abri-lhantado pelo grupo musical RQZ Live Music.

Segundo a organização, a festa correu bem, houve música, diver-timento, mascarados e também um concurso de máscaras.

Os jurados André Virtuoso presidente da Casa do Povo, Joana Margarida Carvalho e Daniela Gaspar representantes da Asso-ciação e da Casa do Povo elege-ram para vencedor do concurso infantil Pedro Assunção que se disfarçou de Darth Vader.

Já no concurso dos adultos

foram eleitas três senhoras que se vestiram de Cruella e os seus dalmatas. Com o 2º lugar ficou a família Mickey e Minnie, a Pucalândia, onde estiveram repre-sentados os jovens da Pucariça.

FESTIVIDADES

É de frisar a importância destas festas na freguesia de Rio de Moi-nhos por forma a não serem perdi-das as tradições carnavalescas.

POR CLÁUDIA FERREIRA

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DESPORTO

“OS POMBOS SÃO AUTÊNTICOS ATLETAS”

Quando os pombos chegam das provas é-lhes atribuído sempre uma recompensa, podem acasalar (risos)

Os pombos correio de Joaquim e João Jacinto voam des-de 1977. Os dois

irmãos de Rio de Moinhos come-çaram a praticar a columbofilia ainda pequenos. O gosto foi-lhes despertado pelos praticantes mais velhos da freguesia.

Em 1977, eram autênticos ama-dores, apenas reuniam 11 pombos, hoje são pelo terceiro ano conse-cutivo campeões gerais e já con-tam com cerca de 130 pombos. “Quando iniciámos a modalidade não entendíamos nada, mas foi a falar com outras pessoas mais velhas, a ler muito e hoje com a internet que fomos evoluindo”, conta Joaquim Jacinto.

O objetivo da modalidade é garantir que o pombo em com-petição percorra determinados quilómetros e que regresse o mais rápido possível. São vários os campeonatos que estimulam a

prática da modalidade: as provas de velocidade até 290 km, meio fundo entre 300 a 500 km e o fundo entre 500 a 1000 km. As três juntas constituem as provas gerais.

Joaquim e João fazem parte da

Sociedade Columbófila de Abran-tes, sediada no primeiro piso da rodoviária da cidade, composta por cerca de 16 membros oriundos de várias localidades do concelho. É nesta sede que os pombos são preparados para os campeonatos que decorrem entre os meses de fevereiro e junho.

“Na nossa sede os pombos são preparados para as provas, é-lhes colocado um chip e cada um tem uma anilha identificativa, depois são transportados por um camião e são lançados para percorrerem os quilómetros definidos. Quando regressam, se tudo correr bem se nenhum se perder ou for atacado,

CAMPÕES DE COLUMBOFILIAPREPARAM MAIS UMA ÉPOCA

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“As pombas são mais resistentes para as provas”

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vão parar sempre ao nosso pom-bal. Lá temos um sistema que possibilita a marcação da entrada, a contagem do tempo e a identi-ficação de cada pombo”, explica João Jacinto.

Para cada prova só podem ser enviados, no máximo, 30 pom-bos. Os dois primeiros podem ser classificados, ganharem pontos e conseguirem prémios individuais.

Para a prática da modalidade, os pombos carecem de inúmeros cuidados. Os irmãos contam que as atividades são diárias e passam pelos treinos duas vezes ao dia, uma alimentação cuidada com suplementos, vacinação, banhos semanais, entre outras tarefas.

“Os pombos têm de estar em forma para competir, são autênti-cos atletas. Para mim, basta olhar-lhes para os olhos e perceber se estão bem. No nosso pombal temos um pouco de tudo, pombos belgas, holandeses, etc. São ani-mais dispendiosos, um pombo de competição pode custar entre 200 a 300 euros”, adianta Joaquim.

Para esta época que acaba de arrancar, o objetivo dos dois ir-mãos é consagrarem-se novamen-te campeões gerais do distrito. Com esta modalidade referem que já conheceram muitas pessoas, desde homens a mulheres que pelo país fora praticam a colum-bofilia.

“As fêmeas são mais resistentes à dor e são mais resistentes para as provas. Temos uma que foi a melhor no distrito de Santarém que é a 44, muitas alegrias nos tem dado”, refere João. Quando ganham os campeonatos, os dois irmãos referem que o melhor é constatarem que tudo correu bem com os seus “atletas”.

João Jacinto explica como tudo termina: “Quando os pombos chegam das provas é-lhes atri-buído sempre uma recompensa, podem acasalar (risos). Até às provas não há junção entre ma-chos e fêmeas.

POR JOANA MARGARIDA CARVALHO

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Toda a família se envolve no desenvolvimento da modalidade

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CRÓNICA

Taizé é uma Comunidade Monástica em França que acolhe jovens de todo o mun-do propon-

de-lhes fazer uma experiência de encontro, silêncio, oração, volunta-riados e festa, de modo a abrirem o coração às grandes descobertas da vida. Taizé é para muitos a des-coberta de uma primavera dentro de si mesmos, entusiasmando-os, no “rever” das suas vidas e dos seus projectos, a descobrirem novos sentidos para as suas vidas. A descoberta de Taizé e o sentir desta nova primavera dentro de si mesmo, proporciona a muitos jovens o desejo de aprofundarem o sentido das suas vidas e de vive-rem essa descoberta alicerçando-a no estreitar da sua relação pessoal com Deus. É muito natural ouvir, de quem visita a comunidade de Taizé, testemunhos de marcas profundas e do desejo de regressar uma vez mais. Mas o que é Taizé e o que têm de tão especial que leva a quem lá passa, a desejar regres-sar uma e outra vez?

Taizé é uma comunidade ecumé-nica em França que foi fundada em 1940 por Roger Louis Schutz.

TAIZÉ, UMA PRIMAVERA A ACOLHER

Actualmente a comunidade é cons-tituída por mais de 100 monges de várias nacionalidade e represen-tantes dos vários ramos do Protes-tantismo e do Catolicismo da fé Cristã. Entre os monges em Taizé está um Português, de nome Da-vid, natural da Cidade principal da nossa diocese: Portalegre. Quem visita a comunidade de Taizé fica surpreendido com a simplicidade e a espontaneidade com que vão decorrendo os ritmos do dia a dia. A vida comunitária dos monges, e dos jovens que procuram Taizé, foca-se na oração e na meditação dos mistérios do Cristianismo. Todos os que peregrinam até Taizé procuram integrar-se no ritmo comunitário dos irmãos e acom-panha-los nesta experiência de comunhão fraterna onde a busca da serenidade e da alegria de Deus se torna fundamental. Em Taizé vive-se a oração num estilo muito próprio onde a música repetida e contemplada reflete a natureza silenciosa e meditativa da comuni-dade. A oração cantada foca frases simples que são tiradas da Sagrada Escritura, mais especificamente dos salmos e dos Evangelhos, que repetidas, cantadas em cânones, ajudam a que na escuta e interio-rização das mesmas, a darem-se conta da presença de Deus e a entrar no diálogo intimo e parti-

cular com Ele. Durante o dia os jovens reúnem-se várias vezes com os irmãos na Igreja da Reconci-liação para rezar e louvar a Deus por todos os dons e descobertas feitas a cada dia. Uma curiosidade muito bela é o facto de a oração ser muito simples de ser rezada e compreendida por todos os presen-tes, independentemente da idade, da língua, da cultura ou mesmo do estado interior de proximida-de com Deus. Normalmente em Taizé reza-se sentado no chão, cantando e contemplando umas imagens (ícones) representativas de Deus e dos mistérios de Jesus. A oração é centrada na imagem de Jesus Cruxificado, mas muitas outras imagens estão espalhadas pela igreja de modo a aproximar todos aqueles que procurar crescer para Deus. A Igreja é o coração da comunidade de Taizé, mas o dia de quem visita Taizé durante uma semana, ultrapassa as fronteiras deste espaço de oração. O dia em Taizé começa muito cedo com o primeiro momento de oração. De-pois da aventura que é para muitos o acordar e o preparar-se para o dia que começa, os jovens reúnem-se na Igreja da Reconciliação para o primeiro momento de oração do dia. Segue-se o pequeno almoço e a reflexão bíblica nos grupos gerais (são divididos por idades) prepara-da e conduzida por um dos irmãos da comunidade. Depois do en-contro geral orientado por um dos irmãos, são constituídos pequenos grupos de diálogo e reflexão onde os jovens aprofundam as pistas da reflexão escutada com o irmão e onde, muitas vezes pelo testemu-nho de cada um da sua vivência

Taizé é para muitos a descoberta de uma primavera dentro de si mesmos

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cristã, crescem a aprofundam a sua imagem de Jesus Cristo e da Sua Igreja. Ao meio dia os jovens são convidados a regressarem de novo à igreja para a oração do meio dia, seguindo depois para o almoço, terminando deste modo os traba-lhos da parte da manhã. A tarde co-meça de um modo mais dinâmico. Logo após o almoço e de algum tempo livre, há os ensaios de cân-ticos para aqueles que pertencem ao coro e para todos os que querem aprender os cânticos com os quais se reza em Taizé. Segue-se mais tarde para os jovens os chamados trabalhos voluntários (as crianças continuam a reflexão e os jogos) que sustentam a vida na comunida-de e que são necessários realizar, como por exemplo a limpeza das ruas, das camaratas, das casas de banho, da Igreja... de modo a que todos se sintam bem acolhidos e encontrem, na comunidade e na-queles dias, o seu espaço de modo a enriquecerem a sua experiência. A meio da tarde iniciam os Wor-kshops temáticos onde cada um é convidado a visitar aquele que mais lhe desperta curiosidade, seja na vertente musical, na pintura, na dança, no diálogo sobre temáticas de fé, na descoberta dos ícones que são rezados em Taizé, ou mesmo, entre outras propostas, na partilha das diferentes culturas que se vive na comunidade. Segue-se o lanche com o tradicional “chá de Taizé”, tempo livre para passeio e desco-berta da comunidade até à hora do jantar. Após o jantar, os sinos (tocam sempre antes das orações) chamam para o ultimo momento de oração do dia. A oração du-rante a semana em Taizé procura levar os jovens a meditarem sobre o Mistério Pascal e por isso, à medida que se caminha para o final da semana, a oração começa a ficar

mais intensa e profunda, sendo que a noite de Sexta feira com a “ado-ração da cruz” e a noite se Sábado com a “festa das luzes” revelam-se sempre para quase todos, momen-tos únicos levando-os a desejarem estar mais próximos de Jesus. Em Taizé a oração não termina. Os jovens vão rezando e a medida que desejarem vão regressando às camaratas ou às tendas para descansarem, de modo a estarem bem dispostos para viverem o dia seguinte. Normalmente no final de cada noite, entre as 21h30 e as 23h30, há jovens que se reúnem num lugar chamado Oyak. Os dias na comunidade são feitos de ora-ção, silêncio, descoberta, diálogo, passeio, jogo, lazer, mas também de alegria e partilha das suas cul-turas. Todas as noites o Oyak vive uma especial “festas das nações” onde os jovens cantam e dançam partilhando na sua língua materna a alegria e a boa disposição que vive em si mesmos. Terminado a “festa das nações” os jovens são convidados ou a regressar à igreja

para se juntarem a quem está a re-zar, ou a irem descansar, respeitan-do o silêncio e todos aqueles que já possam estar a descansar.

Depois de terminada a semana em Taizé os jovens são convidados a serem Luz e Sal no Mundo e a testemunharem a alegria desco-berta em Taizé e a continuarem a viver e a aprofundar a sua relação com Deus nas suas paróquias. Na nossa comunidade de Rio de Moinhos, um grupo no ano de 2014 peregrinou até Taizé e hoje procuram viver essa experiencia de oração a cada dia de modo muito pessoal, mas também comunita-riamente, à ultima Sexta Feira do mês, cantando e rezando de modo a continuarem a aprofundar a sua relação com Deus e a descobrirem o seu lugar na comunidade cristã da nossa paróquia.

Padre Nuno Miguel, PárocoArtigo escrito sob o antigo

acordo ortográfico.

DR

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e por Hugo Grácio de Amoreira. As equipas de futebol da fregue-

sia cumpriram os seus objetivos traçados no início da época des-portiva, demonstrando uma boa capacidade competitiva associada a bons resultados. As duas equi-pas pertencem às 16 melhores do campeonato do Inatel no distrito de Santarém, facto que deve de orgulhar a freguesia.

A próxima fase ditou um grupo de quatro equipas com Amorei-ra, Rio de Moinhos, Envendos e Sentieiras, antevendo mais dois confrontos entre as duas equipas rivais e uma luta pelo apuramento bastante renhida.

POR ANDRÉ VIRTUOSO

DESPORTO

Terminou no passado dia 22 de fevereiro a primei-ra fase do campeonato distrital do

Inatel Santarém em futebol. Este campeonato foi organizado em seis grupos com sete equipas cada, distribuídos por zona geográfica. Assim, as duas equipas da fregue-sia de Rio de Moinhos integraram o grupo B.

A equipa da Amoreira conseguiu terminar esta fase do campeonato no primeiro lugar do grupo, de-monstrando regularidade nos seus jogos e resultados. Importa des-

EQUIPAS DA FREGUESIA APURADASPARA A FASE DE CAMPEÃO

tacar que esta equipa não perdeu qualquer jogo dos 14 realizados.

Rio de Moinhos evidenciou maior irregularidade nos seus resultados, facto que permitiu atin-gir o terceiro lugar do grupo, no entanto conseguiu o apuramento para a fase seguinte devido à boa disciplina evidenciada nos seus jogos.

O jogo da primeira volta do campeonato foi realizado em Rio de Moinhos no dia 30 de novem-bro de 2014 e ditou um 0-2 a favor da equipa da Amoreira, golos mar-cados por Luís Gomes. No dia 1 de fevereiro, o jogo foi disputado no campo da Amoreira terminou em 1-1 com golos marcados por Luís Machado da equipa riomoinhense

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Amoreira e Rio de Moinhos lutam pelo apuramento no campeonato distrital

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jovens encontraram para dar força à continuidade desta organização como também, agradecer por todo o apoio que o Centro de Apoio a Idosos já prestou à Associação nas festas realizadas no polidesporti-vo.

De seguida, entrou em palco o João Luís André que tocou e cantou várias músicas da atualida-de. Para encerrar a festividade os vários elementos da Casa do Povo cantaram para os presentes algu-mas músicas de Natal, ensaiadas por Liliana Carvalho.

Para terminar o dia foi feito um sorteio das rifas de natal e por fim as crianças tiveram a visita do pai Natal que lhes ofereceu um presente garantido pela Casa do Povo.

POR CATARINA ASSUNÇÃO

REPORTAGEM

O NATAL ASSINALOU-SE EM FESTA

E COM ARTESANATO

Em época na-talícia muitas foram as festas realizadas na nossa aldeia, que comemo-raram esta data

de paz e de harmonia. A Casa do Povo em parceria com a Associa-ção Juvenil Remoinhos d’Água também quiseram dar os seus votos de boas festas, com a inicia-tiva de juntar a conhecida festa de natal, para os sócios da instituição, com a quarta Feira de Artesanato. E assim foi, no passado dia 20 de dezembro, vários artesãos da fre-guesia apresentaram as suas artes manuais.

Os artesãos que participaram foram: Maria de Fátima Assunção (trabalhos em crochê), Catarina Assunção (acessórios de moda

ecológicos), Zezita Claro (traba-lhos com a técnica do guardana-po), Isabel Gaspar (trabalhos em trapilho), Daniela Gaspar (ilustra-ções), Maria Alice Graça e Ga-briela (trabalhos em crochê, ponto de cruz e doçaria), Elisabete e Carmo Cruz (trabalhos em crochê) e João Cruz (trabalhos ecológi-cos, reutilizando vários materiais em brinquedos ou miniaturas de transportes).

Para animar os visitantes deste evento, marcou presença os uten-tes e funcionários do Centro de Apoio a Idosos de Rio de Moi-nhos, que apresentaram um excer-to da peça de teatro “A Canção de Lisboa”. Aproveitando a época de Natal, a Remoinhos d’Água pre-senteou o grupo com uma cadeira de rodas que tanta falta fazia a esta instituição. Esta foi a forma que os

Centro de Apoio a Idosos recebeu cadeira de rodas IV Feira de Artesanato

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SAÚDE E BEM ESTAR

SABER COMER É TER MAIS SAÚDE!

Para muitas pessoas comer bem é sinónimo de encher o estô-mago de

comida, mas esta realidade não significa que estamos a comer bem, nem comer racionalmente.

Se quisermos viver sauda-velmente, temos que ter força de vontade para adaptarmos um estilo de vida saudável e assim, termos mais anos de vida.

A má alimentação diminui as defesas do organismo e nas crianças atrasa o seu desenvolvi-mento. Sabemos que por força das circunstâncias o homem moderno alimenta-se mal, vive em stress constante, fuma e ingere grandes quantidades de bebidas prejudi-ciais, daí um acautelar de alguns males.

A nossa prioridade é insistir-mos numa boa alimentação e em cuidados médicos. Temos que aproveitar ao máximo a nossa vida com saúde, porque viver sem esta é muito doloroso. Existem muitas pessoas que consideram que a saúde é um assunto secun-dário, mas quando a perdem é que lhe dão o real valor.

O nosso corpo deve receber a comida e a bebida em quantidade necessária ao seu bom funciona-mento.

Deixamos assim, algumas ideias testadas cientificamente,

em relação à comida:A comida não deve ser ingeri-

da muito quente nem muito fria. A comida muito quente pode provocar o cancro do esófago. É necessário fazer uma mastigação bem-feita, ao mastigar devagar vai permitir que a saliva se mis-ture com os alimentos. Comendo com rapidez provoca fermentação no estomago e nos intestinos e consequentemente afeta o cérebro e o sistema nervoso.

Se tem a consciência que anda

a comer a mais calorias então consulte o seu médico no sentido de confirmar que o seu corpo tem condições para fazer exercício físico. Começar a queimar as ca-lorias em excesso é determinante.

Por fim, ponha as suas crianças a comer a nossa sopa tradicio-nal que é feita à base dos nossos ótimos legumes e também muita fruta. São estes alimentos essen-ciais ao bom desenvolvimento.

POR MÁRIO PERNADAS

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TRADIÇÕES

CANTAR DOS REIS E DAS JANEIRAS

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