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Indústrias e distribuidores investem constantemente na renovação de seus catálogos de produtos, ferramenta de consulta que ganha impor- tância crescente diante de uma frota de veículos cada vez maior e mais diversi- ficada. Para os balconistas de autopeças ouvidos por nossa reportagem, é funda- mental que as publicações tragam conteúdo consisten- te, com fotos ou ilustrações dos produtos, comparativos com os códigos de outros fabricantes e informações sobre a correta aplicação dos itens. E, embora o papel ainda prevaleça no mercado independente, os profissio- nais querem encontrar os catálogos na internet. Uma nova publicação para um novo profissional n 69 junho de 2011 ano 6 AO BALCONISTA Nesta edição voltamos a abrir espaço para que os balconistas de autopeças opinem a respeito de assuntos que fa- zem parte de seu dia a dia no trabalho e que são importantes para o melhor de- sempenho das tarefas na rotina da loja. O tema que escolhemos são os catá- logos de produtos, uma ferramenta indispensável para a concretização da venda nos varejos de autopeças. Em nossa redação, recebemos semanal- mente avisos sobre lançamentos de novos catálogos de indústrias e distri- buidores. Mas, afinal, essas publica- ções de fato atendem às necessidades dos balconistas? Para responder a essa e outras perguntas, conversamos com nossos leitores, que mais uma vez en- contraram aqui espaço para manifestar sua opinião e, com ela, contribuir para que o mercado cada vez mais esteja ciente das demandas dos profissionais do varejo e possa, na medida do possí- vel, atendê-las da melhor maneira. Este é o papel do Novo Balconista, a única publicação que fala mensalmente com um profissional decisivo na esco- lha das marcas comercializadas pelas lojas de componentes automotivos e que deve merecer toda a atenção da ca- deia de negócios do setor. Nossa parte estamos fazendo. E quere- mos cada vez mais fazer um jornal que traga a cada edição informações impor- tantes para seu aprimoramento profis- sional. Por isso, sempre que tiver uma sugestão de assunto para o Novo Bal- conista, não pense duas vezes: escreva para [email protected] e fale com a gente. CURSO DE VENDAS Comer, Rezar e Amar é o filme escolhido pelo consultor Amé- rico José da Silva Filho para co- mentar nesta edição. Na histó- ria, a protagonista sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por autoconheci- mento. E que também trará referências para o dia a dia do balconista de autopeças. Chinês de grife 4 6 DESTAQUE Balconistas querem catálogos detalhados e também na versão online Tradicional fabricante de compactos esportivos com mais de 80 anos de história, a MG está chegando ao Brasil na onda da invasão chinesa. Mas, ao contrário da maioria das marcas que vem daquele país, o novo MG 6 está amparado por uma grife mundial e não vai brigar pelos segmentos de entrada do mercado. 2 MG 6 CHEGA AO BRASIL APOSTANDO NA TRADI- ÇÃO INGLESA DA MARCA

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Novo Balconista 199

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Indústrias e distribuidores investem constantemente na renovação de seus catálogos de produtos, ferramenta de consulta que ganha impor-tância crescente diante de uma frota de veículos cada vez maior e mais diversi-ficada. Para os balconistas de autopeças ouvidos por nossa reportagem, é funda-mental que as publicações tragam conteúdo consisten-te, com fotos ou ilustrações dos produtos, comparativos com os códigos de outros fabricantes e informações sobre a correta aplicação dos itens. E, embora o papel ainda prevaleça no mercado independente, os profissio-nais querem encontrar os catálogos na internet.

Uma nova publicação para um novo profi ssionaln 69 junho de 2011ano 6

AO BALCONISTA

Nesta edição voltamos a abrir espaço para que os balconistas de autopeças opinem a respeito de assuntos que fa-zem parte de seu dia a dia no trabalho e que são importantes para o melhor de-sempenho das tarefas na rotina da loja.O tema que escolhemos são os catá-logos de produtos, uma ferramenta indispensável para a concretização da venda nos varejos de autopeças. Em nossa redação, recebemos semanal-mente avisos sobre lançamentos de novos catálogos de indústrias e distri-buidores. Mas, afinal, essas publica-ções de fato atendem às necessidades dos balconistas? Para responder a essa e outras perguntas, conversamos com nossos leitores, que mais uma vez en-contraram aqui espaço para manifestar sua opinião e, com ela, contribuir para que o mercado cada vez mais esteja ciente das demandas dos profissionais do varejo e possa, na medida do possí-vel, atendê-las da melhor maneira.Este é o papel do Novo Balconista, a única publicação que fala mensalmente com um profissional decisivo na esco-lha das marcas comercializadas pelas lojas de componentes automotivos e que deve merecer toda a atenção da ca-deia de negócios do setor.Nossa parte estamos fazendo. E quere-mos cada vez mais fazer um jornal que traga a cada edição informações impor-tantes para seu aprimoramento profis-sional. Por isso, sempre que tiver uma sugestão de assunto para o Novo Bal-conista, não pense duas vezes: escreva para [email protected] e fale com a gente.

CURSO DE VENDAS

Comer, Rezar e Amar é o filme escolhido pelo consultor Amé-rico José da Silva Filho para co-mentar nesta edição. Na histó-ria, a protagonista sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por autoconheci-mento. E que também trará referências para o dia a dia do balconista de autopeças.

Chinês de grife

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referências para o dia a dia do 6

DESTAQUE

Balconistas querem catálogos detalhados e também na versão online

Tradicional fabricante de compactos esportivos com mais de 80 anos de história, a MG está chegando ao Brasil na onda da invasão chinesa. Mas, ao contrário da maioria das marcas que vem daquele país, o novo MG 6 está amparado por uma grife mundial e não vai brigar pelos segmentos de entrada do mercado. 2

MG 6 CHEGA AO BRASIL APOSTANDO NA TRADI-ÇÃO INGLESA DA MARCA

s britânicos sempre tiveram orgulho de seus carros. E não é para menos. Do Reino Unido vieram grifes como Rolls Royce, Jaguar, Bentley, Aston Martin, Cooper, Lotus e Land Rover. O problema é que, uma a uma, as principais marcas inglesas –

muitas delas de produção artesanal – foram absorvidas nos últimos anos por grandes grupos internacionais. Hoje, todas pertencem a empresas de outros países, para tristeza dos súditos da imortal rainha Elizabeth II.Outro orgulho britânico que bateu asas foi a pequena MG Motors (Morris Garage), tradicional fabricantes de modelos esportivos que tem admi-

Marca tradicional de esportivos britânicos, MG agora pertence à montadora chinesa e chega ao Brasil com proposta diferente dos demais

modelos fabricados no gigante asiático

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Ficha técnica

Motor: bloco e cabeçote em alumínio, quatro cilindros em linha, com turbocompressorCilindrada (cm³): 1796Válvulas: 4 por cilindro (DOHC)Tração: dianteiraTransmissão: tiptronic automática de 5 velocidades, com Paddle Shift

Potência: 170 cv a 5500 rpmTorque: 21,92 mkgf a 2500-4500 rpmComprimento: 4,6 mDistancia entre eixos: 2,7 mAltura: 1,48 mLargura: 1,8 mPorta-malas: 429 lGarantia: 3 anos

MG 6

Chinês de sangue azul

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1por Redação novo Meio_ [email protected] fotos divulgação

SENSORES DE ESTACIONAMENTO COM CÂMERA SÃO DE SÉRIE. INTERIOR PRIORIZA LUXO À ESPORTIVIDADE

HISTÓRIA

A Morris Garage foi fundada na Inglaterra em 1924 por Cecil Kimber. O nome foi uma homenagem a seu patrão, William Morris, que já fabricava veículos usando seu sobrenome. Os automóveis Morris também serviram de base para os primeiros MG, carros que tinham forte apelo esportivo. Kimber tinha experiência

com eles, pois, além de ser o gerente geral da empresa, fazia customizações em cima de seus modelos.A primeira fábrica da MG foi inaugurada em 1929 e de lá saíram ícones como os famosos 14/28 Super Sports, Midget, MGA, MGB e o MG TD. Este último está entre os mais conhecidos pelo público brasileiro e ganhou

réplicas nacionais, sendo a mais famosa delas o MP Lafer, produzido entre 1973 e 1988 pela indústria de móveis Lafer.Em 1994, a MG foi comprada pela BMW e em 2000 passou a integrar o grupo MG Rover que, após enfrentar sérias dificuldades financeiras, foi absorvido em 2005 pela chinesa SAIC Motors.

MG TD É UM DOS MODELOS MAIS CONHECIDOS DA MARCA. NO BRASIL,

GANHOU RÉPLICA PRODUZIDA PELA LAFER

radores fiéis inclusive no Bra-sil – aliás, por aqui foram feitas réplicas de alguns modelos da marca e a mais conhecida é o MP Lafer, produzido nas déca-das de 70 e 80.Pois agora a MG pertence ao grupo chinês SAIC (Shangai Au-tomotive Industry Corporation), que absorveu a pequena indústria em 2005. Ao contrário da MG original, a SAIC é uma empresa gigante: no ano passado, vendeu mais de 3,5 milhões de veículos, número equivalente a toda a pro-dução brasileira de 2010.

ESPORTIVIDADE

No 26º Salão do Automóvel, re-alizado em outubro último em São Paulo, a MG esteve presente e anunciou sua chegada ao Brasil. O modelo de destaque na expo-sição foi o esportivo MG 6, que agora está entre os que inaugu-ram a presença oficial da marca no país – o outro é o 550, a versão sedã do MG 6.Embora o carro seja apoiado por uma marca tradicional e de pres-tígio internacional, já tem gente torcendo o nariz ao descobrir que pelas veias em que deveria correr sangue azul há na verdade um automóvel fabricado na China. Somente o tempo vai dizer qual das duas linhagens prevalecerá na preferência do consumidor.Por enquanto, resta analisar as qualidades e os atrativos que o M6 tem a oferecer para quebrar os tabus que envolvem os carros chineses. O principal é conquistar a confiança de um consumidor de carros de luxo ou esportivos, já que as montadoras chinesas até o momento têm buscado atingir um público menos exigente, seduzido pela oferta de carros muito bem equipados vendidos por preços abaixo dos similares nacionais.Este definitivamente não é o caso do MG 6, um carro que custa R$ 99,8 mil. Para come-çar, o motor é alimentado por um turbocompressor, que já deixa claro que este carro tem outras ambições no mercado. O propulsor, feito na Inglater-ra, é um quatro cilindros, 1.8

16 V, com bloco de alumínio e duplo comando de válvulas variável. Rende 170 cavalos, potência suficiente para garan-tir bom desempenho nas ruas e estradas, desde que o mo-torista não tenha pretensões exageradamente esportivas. É acoplado a uma transmissão automática tiptronic de cinco velocidades e acionamento por borboletas no volante.O carro tem suspensão inde-pendente nas quatro rodas – de aro 17 e calçadas com pneus 215/50. O conjunto resulta em boa dirigibilidade, favorecida por recursos com controle de tração e freios a disco nas qua-tro rodas com ABS e EBD.

LUXO

Embora a marca MG esteja vinculada à esportividade – e essa característica tenha sido priorizada no design exter-

no do MG 6 – o interior do carro não remete à perfor-mance, mas sim ao conforto. Entre os itens de série estão ar-condicionado digital dual-zone, sensores de estaciona-mento com câmera, sensores crepuscular e de chuva, teto solar, DVD, seis airbags, sis-tema multimídia com tela de LCD de 6.5 polegadas, DVD e GPS, Bluetooth, bancos em couro com ajustes elétricos, computador de bordo com controle no volante e porta-luvas refrigerado. Os apliques imitando madeira e alumínio até são bonitos, mas fogem da tradição inglesa de utilizar materiais legítimos no interior de seus carros. De qualquer forma, na soma geral o MG 6 tem acabamento interno e

externo de ótima qualidade – com direto até a alguns mimos, como o par de amortecedores que sustenta o capô, solução eficiente e pouco usada pela maioria das montadoras. A MG Motors é representada no Brasil com exclusividade pelo Grupo Forest Trade. Por enquanto, apenas uma con-cessionária está em funcio-namento no país, no bairro nobre dos Jardins, na capital paulista. O objetivo é terminar o ano com 11 autorizadas em

operação, número adequado para manter a exclusividade do produto e falar com um público selecionado. Estratégia que revela ambições bem dife-rentes das demais montadoras chinesas que desembarcaram por aqui. Ao contrário destas, a MG vem respaldada por uma longa história de sucesso e tem uma marca e uma tradição a preservar. O desafio é mostrar aos consumidores que ainda existe muito sangue azul cor-rendo naquelas veias.

MOTOR 1.8 16 V RENDE 170 CAVALOS

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fotos divulgaçãoPor Robson Breviglieri_ [email protected]

Balconistas avaliam catálogos de autopeças que recebem nas lojas. Meio impresso ainda é fundamental no dia a dia do varejo

consumidor brasileiro tem hoje à sua disposição mais de 600 diferentes modelos de automóveis nacionais e importados para comprar.

Este número vem crescendo desde, pelo menos, os últimos 15 anos. Também é enorme a velocidade com que os carros entram e saem de linha no mercado, ge-rando uma frota extremamente diversifi-cada, com milhares de versões circulan-do pelas ruas e estradas do país.Para o mercado de manutenção, esse cenário representa um desafio crescen-te, quase assustador. Ao mesmo tempo em que é preciso encontrar meios de atender ao consumo de peças para cada um desses carros, também é ne-cessário acompanhar a velocidade de

lançamento desses itens no varejo in-dependente e conhecê-los com a maior profundidade possível. Nunca se sabe qual peça o mecânico ou proprietário do veículo vai pedir – mas certamente ele vai querer encontrar o item certo e ser atendido com rapidez.Como nenhum balconista tem memó-ria de computador, essas informações são armazenadas e ficam à mão por meio dos catálogos produzidos pelos fabricantes e distribuidores de autope-ças. Essas publicações são ferramentas fundamentais para que os profissionais de venda nos varejos possam fazer seu trabalho com qualidade e eficiência.O lançamento de um novo catálogo é sempre tratado como um acontecimen-to importante pelas indústrias e os distri-

buidores de autopeças. Tanto é verdade que muitas delas aproveitaram a recente Automec 2011, realizada em abril, em São Paulo, para apresentar ao público suas novas publicações, que mereceram destaque nos estandes e divulgação pe-los veículos de comunicação do setor.Mas como os balconistas de autopeças avaliam os catálogos que circulam hoje no mercado? Qual o melhor formato e conteúdo para esses profissionais? O que falta nas publicações existentes e o que deve ser aprimorado para facilitar a consulta das peças? Como e em qual periodicidade as atualizações chegam?Para apurar a visão dos profissionais do balcão dos varejos de autopeças, nossa reportagem conversou neste mês com balconistas de três estados

brasileiros: Bahia, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Como sempre, há os satisfeitos e aqueles que cobram fre-quência, aprimoramento e relacio-namento. Mas em uma coisa todos concordam: os catálogos são funda-mentais para o dia a dia dos balco-nistas. E quanto mais informações eles trouxerem, melhor. Fotos e ilustrações de cada produto, comparação com os códigos da peça original ou das mar-cas concorrentes e, ainda, orientações sobre a correta aplicação daqueles produtos são informações que valori-zam a publicação e ajudam no resul-tado de venda na loja. E, em plena era virtual, os catálogos impresso e online viverão por muito tempo em harmo-nia no varejo de autopeças.

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Balcão de informações

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FALA BALCONISTA

O que os balconistas acham dos catálogos de autopeças que circulam hoje pelo mercado? Sua loja recebe um número suficiente dessas publicações? O que é preciso evoluir para que prestem um serviço melhor na hora do atendimento ao cliente? A reportagem do Novo Balconista conversou neste mês com profissionais de três estados brasileiros – Bahia, Mato Grosso e Rio Grande do Sul – para fazer essas e outras perguntas. Veja a seguir o que eles disseram.Fale com a nossa redação e opine você também sobre os catálogos de autopeças que chegam à sua loja. Escreva para [email protected]

“O catálogo informatizado é mais atualizado e aprofundado. Se os catálogos fossem online, seria ideal. A distribuidora colocaria na rede e seria muito mais ágil. Somos associados à rede Âncora e sempre participamos de palestras. Esses eventos ajudam a nos atualizamos constantemente”.Nildo Santos8 anos no mercadoMille Autopeças Salvador (BA)

“Os encartes, livros e catálogos são completos e bons. Se fossem na forma eletrônica seriam mais ágeis e apurados. Para conseguir me atualizar participo de palestras e cursos, mas este ano está fraco. Ano passado participei de cursos sobre diferentes itens. E quando eu tenho dúvida ou preciso saber alguma informação, eu mesmo vou atrás, busco na internet por iniciativa própria”.Maurício Santos10 anos no mercadoDelmar AutopeçasSalvador (BA)

“Um catálogo muito bom que recebemos é de um fabricante, com informações bem detalhada das peças. O importante é que os catálogos contenham informações bem detalhadas das aplicações, porque a gente vê catálogo por aí sem esse tipo de informação. Aliás, só consigo me atualizar quando as fábricas mandam seus catálogos, porque não temos cursos nem palestras, e isso aqui na capital do Estado. O último curso que participei para atualização aconteceu há nove meses”.André Luiz7 anos no mercadoLW AutopeçasSalvador (BA)

“Somos uma loja de bairro e só alguns fornecedores nos enviam os catálogos das peças de primeira linha. Quando temos amizade com um representante ele arruma um catálogo atualizado. Mas alguns catálogos são incompletos, faltam códigos de peças. Não temos acesso nem aos catálogos antigos. Nosso mais recente é de 2008. Somos um pequeno varejo que atende um público de classe média baixa e esses clientes querem ver imagens das peças. Por isso, o material que facilita nosso trabalho é o catálogo de papel, tradicional, que a gente pode manusear diante do cliente. Esse é o mais prático para nós. Quando preciso de atualização, eu mesmo vou atrás da informação. É o único jeito”.Dorival Marques 10 anos no mercadoAutopeças Cidade AltaCuiabá (MT)

“Na minha opinião, o melhor catálogo é aquele que traz foto e código da peça. Esses catálogos nós temos recebido diretamente dos representantes das distribuidoras. Geralmente quando acontece algum tipo de mudança na peça ou mesmo lançamento nós ficamos sabendo com nossos colegas. É assim que fazemos nossa atualização. O que eu poderia sugerir é que os catálogos fossem mais claros, com código da peça, aplicação e até foto, se possível, porque tem uns catálogos por aí que são muito complicados. A gente precisa fazer um curso pra entender o catálogo”.Edson Solva Souza8 anos no mercadoAutopeças São CristovãoCuiabá (MT)

“Recebemos catálogos dos nossos distribuidores. Acho que o ideal é aquele que traz um histórico da peça, foto e aplicação. Usamos pouco a internet porque o mais prático é o de papel. Para nossa atualização aproveitamos as palestras e cursos promovidos pelos distribuidores e fabricantes ou então entramos em contato diretamente em contato com o 0800 das fábricas quando temos alguma dúvida”.Ezequiel Francisco Coelho20 anos de mercadoAutopeças ParaísoCuiabá (MT)

“Pra mim, o melhor catálogo é aquele que traz todos os tipos de peça. É bem variado e separado por modelo e acho bom porque a gente acaba conhecendo outros itens que nem estávamos procurando e que passa a nos interessar. Somos uma empresa familiar e na verdade só temos recebido catálogos de correias. Não temos acesso a cursos ou palestras. Não somos convidados”.Maicon Santos dos Santos6 anos no mercadoCarrogel Comércio de PeçasPorto Alegre (RS)

“O catálogo normal, com fotografia, é o mais prático. Sempre recebemos, na verdade nem sei como, só sei que chega aqui no balcão. Na verdade, a consulta online é mais rápida, e no catálogo de papel também é bom. Conseguimos atualização através dos fornecedores e distribuidores. Nós sempre somos convidados para palestras e cursos para atualização. Somos informados pelo nosso gerente, o João, e isso contribui para o nosso aprimoramento profissional”.Paulo Farias4 anos no mercadoAutopeças FarraposPorto Alegre (RS)

“Acho que todos os catálogos são bons, mas o que mais uso para os clientes é o catálogo normal, com foto, porque é mais prático. Na verdade é mais prático para mostrar para o cliente porque o catálogo online é melhor para o balconista, facilita mais o trabalho atrás do balcão. Quando preciso saber sobre alguma peça, eu mesmo corro atrás e descubro. Se for uma linha completa, aí o distribuidor traz a atualização. De uma forma geral, acho que estamos bem atendidos quanto a catálogos. E depois, quando eu quero tirar qualquer dúvida, entro em contato com o 0800 e tiro minha dúvida diretamente com o fabricante”.Paulo dos Santos4 anos no mercadoAutopeças BelloliPorto Alegre (RS)

6 curso por Américo José da Silva Filho _ [email protected] fotos divulgação/SXCN

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AMÉRICO JOSÉ DA SILVA FILHOÉ DIRETOR DA ATCO TREINAMENTO E

CONSULTORIA WWW.ATCOTC.COM.BR

Vamos ao Cinema - 34

iz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter – um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida.

Ainda assim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que realmente deseja na vida. Recentemente di-

Título original: Eat, Pray, LoveGênero: drama / romanceAno de lançamento: 2010Direção: Ryan Murphy Elenco: Julia Roberts, James Franco, Billy Crudup, Viola Davis.

COMO PERDER UM HOMEM EM 10 DIASCOMO PERDER UM HOMEM EM 10 DIAS

vorciada e num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transfor-ma em uma busca por autoconhecimento. Vamos estudar algumas cenas e ver o que elas nos dizem sobre o nosso trabalho.

Cena 2 – A caixaLiz está na casa de sua amiga Delia que lhe mostra uma caixa com roupas para bebês. Isto para demonstrar-lhe que desde o seu casamento ela estava se preparando para ser mãe. Neste momento, Liz lhe diz que na sua caixa existem revistas da National Geographic e prospectos de viagens.

E em sua caixa, se tiver uma, o que ela con-tém? Lá estão guardadas as lembranças do passado ou os seus sonhos? Caso você não tenha esse tipo de caixa, faça um exercício e imagine o que você guardaria nela.Por essa figura da caixa podemos analisar como somos e quais são os nossos inte-resses. Claro que não é errado guardar as

L vorciada e num momento decisivo, Gilbert Cena 2 – A caixa

curso 7

1. Profissional - Refere-se ao aperfei-çoamento na atividade profissional, podendo com isso obter realizações financeiras e emocionais.

2. Pessoal - Para que haja o desenvol-vimento profissional é preciso o apren-dizado e o amadurecimento cultural.

3. Física - A terceira dimensão é aque-la que permite que as demais sejam alcançadas e usufruídas, e se refere aos cuidados com o corpo e com a saúde de maneira geral.

4. Social - Nenhum homem é uma ilha. Conviver de forma harmoniosa com as demais pessoas é um dos aspectos in-dispensáveis para a felicidade.

5. Espiritual - Independente das convicções religiosas de cada um é importante o desenvolvimento espi-ritual, pois é ele que dá um sentido maior para a nossa vida. Através dele entendemos que a vida não é com-posta apenas do sucesso profissional e financeiro.

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lembranças do passado, pelo contrário, isso é muito bom, desde que elas não nos impeçam de traçar e realizar novos projetos, de nos desenvolvermos. Por exemplo, existem pessoas que passam a vida falando bem das empresas nas quais trabalharam anteriormente e se esquecem de construir uma carreira na empresa atual.A mesma imagem podemos usar em re-lação aos consumidores. Sua caixa está repleta apenas com os clientes atuais ou nela também estão aqueles que precisam ser prospectados? E nesse caso, esses prospects estão lá guardados ou você tem feito algo para contatá-los e transformá-los em clientes?

Cena 7 – Ganhar na loteriaAssim que chega em Roma, Liz fica mara-vilhada com o cenário e se lembra de uma antiga piada italiana: um homem ia todo dia rezar em frente à estátua de um santo e pedia para ganhar na loteria. Um dia a estátua ganha vida e responde para ele: “Meu filho, por favor, compre o bilhete”. Ela se lembra dessa piada, pois há muito que adiava seu desejo de ir à Roma.

É natural que as pessoas desejem o su-cesso profissional, mas poucas fazem algo para conseguir isso. Comece a trabalhar com metas pessoais: o que você deseja alcançar em curto, médio e longo prazos e trace os planos para que isso aconteça.

Cena 9 – Entretenimento é diferen-te de prazerNesta cena ela conhece Luca Spa-guetti, um italiano que lhe explica que entretenimento é diferente de prazer. Uma coisa, o entretenimento, é fazer algo apenas para se distrair, como, por exemplo, assistir televisão mesmo quando não há nada de bom para ver. O que precisamos é de prazer. Fazer algo que realmente nos agrade, que permita nosso crescimento.

E profissionalmente é a mesma coisa. Di-ficilmente conseguimos trabalhar naquilo

Viktor Navorski (Tom Hanks) é um cidadão da Europa Oriental que viaja rumo a Nova York justamente quando seu país sofre um golpe de estado, o que faz com que seu passaporte seja invalidado. Sem autori-zação para entrar nos Estados Unidos e sem poder retornar à sua terra natal, Viktor passa a viver no próprio aeroporto, à espera que a situação se resolva. Assista a esse filme e observe as diversas situações de atendimento.

Título original: The TerminalGênero: dramaAno de lançamento: 2004 (EUA)Direção: Steven Spielberg Elenco: Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones, Stan-ley Tucci, Kenneth Choi.

Boa diversão!

PRÓXIMO FILME: O TERMINAL

que gostamos. Ser jogador de futebol, ma-rinheiro ou aviador é o sonho de muitos, mas que poucos conseguem realizar. Então, a solução é aprendermos a gostar da profissão e do emprego que temos. Fazendo isso nos sentiremos muito mais felizes, nosso trabalho ganhará em qua-lidade e a possibilidade de recompensa será muito maior.

Falar com os gestosAinda nessa cena Liz aprende que para falar italiano é preciso usar as mãos e fazer bastante gestos, pois isso dá mais expressão à fala.

Vamos aqui relembrar que a comunicação com os nossos clientes não pode ser ape-nas através da fala. Ela deve ser completa-da pela comunicação do nosso corpo, por exemplo, um sorriso ao mesmo tempo em que olhamos para o cliente, gestos mode-rados e postura ereta.

Cena 10 – Qual é a sua palavraDurante um almoço, os amigos italianos da Liz lhe perguntam qual é a palavra que a define. Ela pensa um pouco e diz que é “escritora”. Alguém a corrige dizendo que “escritora é o que você faz, não o que você é”, por isso ela ainda é uma mulher em busca da sua palavra.

E qual seria a palavra que definiria você? Vendedor? Mas lembre-se do que o amigo de Liz disse: “Sua palavra não é o que você faz e sim o que você é”.Ser vendedor é gostar do que faz, de se relacionar com as pessoas, estar sempre disponível para atender ao consumidor, comprometer-se com os resultados da loja e investir no seu próprio desenvolvimento.Depois da Itália, Liz ainda vai para a Índia e para Bali, completando sua viagem de aprendizado e de autoconhecimento.Em cada um destes lugares ela aprende algo que fará com que se torne mais fe-liz. É o mesmo que acontece na nossa vida profissional. Muitos de nós já pas-samos por diversas empresas e, algumas vezes, não percebemos o quanto cada

uma delas nos foi importante.Geralmente na primeira aprendemos o que é conviver num ambiente empresarial. Depois, em outra, desenvolvemos nosso senso crítico e de criatividade e, numa ter-ceira, evoluímos profissionalmente. Encontramos chefes dos mais diversos estilos e, com o tempo, compreende-mos que talvez aquele que era mais rigoroso foi o que mais nos ensinou. Com ele aprendemos a ser mais atentos na execução das tarefas, mais exigente com o próprio trabalho e procurar sem-pre fazer cada vez melhor. No filme, Liz, que era uma profissional bem-sucedida, compreendeu que o cres-cimento precisa ser mais abrangente e por isso saiu em busca dele.Também para nós esse crescimento não pode ser numa única área, pois a felici-dade plena exige o equilíbrio entre todas as atividades (dimensões) de uma pessoa. Exemplo: por maior que seja o sucesso profissional, a pessoa não será feliz se não tiver amigos e saúde.

As cinco dimensões em que devemos procurar o desenvolvimento são: