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p 'W»*mwmmnmmmmmm /M **.•..,:;'-,•»'••' '¦•-' .'¦'" .......Y$s,i't'.i , ¦ Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos Remédios (LEIA Hk 1 ./aS!MA) «__¦¦¦*___- Sm M _____________¦' A __!___. A MA A IUBA AMEAÇADA: HWPfe A __P___ A ¦¦ A AMfP9á%_!_% üã _#ll | (TEXTO NA 2." PÁGÍNA), æ , ¦tio. Semana de 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 1960 ¦— N.° 49 ________________________________¦_¦ i •fíruteap'*' ¦_'_! <V-^*EmR_-M_____________i mmmmmmmmmmmVDmWÊmmmmmmmmmmmM iÍmt -l--ill---fiTTT7V ••<_?_>_'J.'i^\___^f_____H_______l ______r___L^_______| EUA Vergonhosa Recusa NOVA BÀNDUNG- Paises da América Latina, África, Ásia e Mediterrâneo dis- eutir-ao em Havana o problema da fome de seus po- vos. Brasil também foi convidado, pelos embaixado- res Lechuga e Marrem, que aqui vieram e concederam entrevista coletiva (texto na página 9). REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 17,11/1712 .Os torpedos .do coronel Ár.l;j_. ¦MARIO ALVES na 3." página SINDICATOS CARIOCAS PREPARAM 0 "DIA DA OMISSÃO" Texto na 9." página Falcão, o contrabando e o fascismo Artigo de RUI FACÓ ___...PIPWffSM¦ Mm'' j-|______|_____________ PWi A!___»wfr^^-ÍB B_^H_________j_____P*^*''-*^*&» l^rr*rffm\z^^ \7.'.- •. -Mn_^_| WÊlW^^^mmJmm^^játt^'-^ _—W . Lfe*^!!^* ' i m ____$*'á ___. 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Na última página desta edição, os nos- sos leitoras encontrarão fundamentada reportagem >> •• s«b»e ..<_• .nilu. uria _(¦> cmtigot* e d«sta<pl»_ .Malstasi ., na economia e no aparelho governamental da Ale» manha Ocidental. do Governo Brasileiro Respondeu o Itamarati ao convite formulado pelo governo cubano para a participação do Brasil na conferência de países subdesenvolvido, da Amé- rica, Ásia e África, que se reunirá em Julho próxi- mo, em Havana. E respondeu com um nfio. pretex- tando motivos que a ninguém convencem. Ou me- lhor: alegando razões que são pretextoe para uma nova manifestação desta nossa politica exterior, de vergonhosa subserviência ao Departamento, de Es- tado. Ainda dias, a propósito da visita do pie* oidente mexicano, caracterizávamos a politica exte- rior do Brasil em relação aos Estados Unidos como de timidos prote tos verbais e de submissão conera- ta, palpável, através dos atos. Esta negativa do Ita- marati é uma. nova comprovação do que afirmamos. Com efeito, seria do interesse do Brasil parti- cipar na conferência de Havana? Quem estará reu- nido ali? Do que se tratará? Dizem respeito aos nos 03 interesses nacionais os problemas a serem debatidos? Estas as perguntas que.se faz qualquer brasilsiro; que não aceita a canga da dependência a. estrangeiro e que veja apenas os interesses do Ercrsil ou acima de tudo os interesses do Brasil, paro. usar a expressão do marechal Teixeira Lott. Ern Kavana estarão reunidos países que, como o Brasil, lutam para sair do subdesenvolvimento e da pobreza E' uma tentativa de unir as fileiras dos maii íracos, uin p.wso para transformar as varas quebradiças num feixe que resista aos impactos do imperialismo, Dêrse ponto-de-vista, pode negar-se .ue a conferência interessa ao Brasil? Na conferência ce Havana terão predomínio os problemas econômicos. E quais são eles? O da estabilização dos preços dos produtos primários, o do fortalecimento dos es- tab3lecimentos de crédito, a. criação de técnicos na- cionais, o problema dos mercados Ps-fioeais a a re- foima agrária. Haverá um brasileiro que possa «desconheci a importância que o debort» dessas quês- toes tém para o nosso pais _ Nfio mtdo, precisa- mente na continua desvalorização do nosso traba- lh0 através da deteriora.fio do aoesas zelaçóos de trecas mercantis uma «dé» mmàtmt bd_ica_ do iios/io, subdeíéuitmWmmtot-j^qm.-^ -*f,*t (CÓncM 8»_Telta jtm"%% iKUrin.) -- "Anistia não é o fim de .jornada, mas o inicio d*-» uma luta digna que iremos encetar*», disse o embaixador Álvaro Lins ao encerrameff- mento da I Conferência Pró-Anistia cios Presos Politicns da Espanha o Portugal, ' realizada, em São Paulo, nos dias 22, 2,'*5 e 2-1 do corrente. (Reportagem na página Ti. Gs comunistas brasileiros, a zona de livre comércio e o mercado comum americano Leia na 6.° página Definiçàe O atendimento polo Governo e o PSD das reivindicações do caráter pru- gramático que vôm sondo feitas pelo Partido Trabalhista aos seus aliados da coalizão governamental, é uma exigência de todos os ciue honrada- mente se empenham na campanha para levar à vitória, em 3 de outubro, a candidatura do marechal Henrique.* Lott. Por sua própria natureza, estas reivindicações estão longe de portou- cer a um partido apenas. Elas refle- tem aspirações que vêm sondo má- nifestadas longos anos polo povo brasileiro, particularmente pela no--.- sa classe operária, e que: agora se tor- riam perfeitamente maduras para .<? converter cm leis e atos do Governo. São exigências dc todas as forças na- cionalistas o democráticas, que a opi* nião pública identifica com a candi* datura do marechal Teixeira Lott, por ser precisamente a candidatura que indica a perspectiva de um Go- vêrno voltado para os interesses na- cionais e a melhoria das condições de vida do povo. Referem-se a.s reivindicações apre* sentadas polo PTB a alguns problo* mas essenciais da luta antiimpeiia- lista limitação da remessa de lu- cros e nacionalização dos depósitos de conteúdo democrático e cio ínterês- se específico das massas trabalhado- ras, como a reforma agrária, a regu- lamentação do direito de greve e da previdência social o a reclassifieação do funcionalismo público. Em sua última entrevista à im* prensa, ao abordar os aspectos mais candentes da atualidade brasileira, o marechal Henrique Lott teve oportu nidade de se pronunciar a favor de-;- tas medidas, renovando assim os seus compromissos, de conteúdo patriótico e democrático, com as forças naciona- listas e todo o povo. Tornou-se dêsse modo ainda mais evidente o sentido renovador do sua candidatura, en- quanto se fortaleceu na opinião pú- blica a consciência dc que é necessá* rio tudo fazer para assegurar o seu triunfo no próximo pleito. A identidade que assim se estahr- lece entre o candidato e as reivindi- cações nacionalistas e democráticas mostra que a campanha eleitoral do marechal Lott tqrá de ser feita em têr- mos de luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e antipopular. As exigências programáticas formuladas polo Partido Trabalhista -.os seus aliados do Governo e do PSD permi- tem justamente quo o situacionismo, mmmwmmtmm ** x& ¦ a' * ^M-> * .___fc-_K____'<?"'u__-í______ **í*£$fc:. ^mKSf§fíam\m "•_s__________! -V--*"QF____B_k_1____E--Í£___Í-Ph mVíxmW -.*: V- '¦-, ''>& iJ^Êmmm____¦_____. mmv^^SmmmwÊ^^9^^^^BSÍÊB,\mm ¦¦.¦». $'$&#$% -^ * :'-^ '¦*'¦%.:-.'•&/•vK.-í^' Íl__I______^>l____B ____i'<_____i._____.__. '.-'•• _í-^___f__*T.í¦- *ÍJi J.\ .* *. (( . 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Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

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Page 1: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

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Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos Remédios(LEIA Hk 1 ./aS!MA)

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¦tio. Semana de 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 1960 ¦— N.° 49

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EUA

Vergonhosa Recusa

NOVA BÀNDUNG- Paises da AméricaLatina, África, Ásiae Mediterrâneo dis-

eutir-ao em Havana o problema da fome de seus po-vos. Brasil também foi convidado, pelos embaixado-res Lechuga e Marrem, que aqui vieram e concederamentrevista coletiva (texto na página 9).

REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 17,11/1712

.Os torpedos

.do coronel

Ár.l;j_. d«¦MARIO ALVESna 3." página

SINDICATOSCARIOCASPREPARAM0 "DIA DAOMISSÃO"Texto na 9." página

Falcão,o contrabandoe o fascismo

Artigo de RUI FACÓ

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Homens de Hifler saem da cadeia

para dirigir Alemanha OcidentalDe regresso de sua viagem à União Soviética e

outros paises 4a Europa, onde esteve como enviedoespecial de NOVOS RUMOS, o nos«o companheiroOrlando Bomfim Jr. prossegue neste número com asérie de reportagens, iniciadas quando ainda no Ex-teríor, sobre o que viu e ouviu nos paises por êlevisitados. Na última página desta edição, os nos-sos leitoras encontrarão fundamentada reportagem

>> •• s«b»e ..<_• .nilu. uria _(¦> cmtigot* e d«sta<pl»_ .Malstasi .,na economia e no aparelho governamental da Ale»manha Ocidental.

do Governo BrasileiroRespondeu o Itamarati ao convite formulado

pelo governo cubano para a participação do Brasilna conferência de países subdesenvolvido, da Amé-rica, Ásia e África, que se reunirá em Julho próxi-mo, em Havana. E respondeu com um nfio. pretex-tando motivos que a ninguém convencem. Ou me-lhor: alegando razões que são pretextoe para umanova manifestação desta nossa politica exterior, devergonhosa subserviência ao Departamento, de Es-tado. Ainda há dias, a propósito da visita do pie*oidente mexicano, caracterizávamos a politica exte-rior do Brasil em relação aos Estados Unidos comode timidos prote tos verbais e de submissão conera-ta, palpável, através dos atos. Esta negativa do Ita-marati é uma. nova comprovação do que afirmamos.

Com efeito, seria do interesse do Brasil parti-cipar na conferência de Havana? Quem estará reu-nido ali? Do que se tratará? Dizem respeito aosnos 03 interesses nacionais os problemas a seremdebatidos? Estas as perguntas que.se faz qualquerbrasilsiro; que não aceita a canga da dependênciaa. estrangeiro e que veja apenas os interesses doErcrsil — ou acima de tudo os interesses do Brasil,paro. usar a expressão do marechal Teixeira Lott.Ern Kavana estarão reunidos países que, como oBrasil, lutam para sair do subdesenvolvimento e dapobreza E' uma tentativa de unir as fileiras dosmaii íracos, uin p.wso para transformar as varasquebradiças num feixe que resista aos impactos doimperialismo, Dêrse ponto-de-vista, pode negar-se.ue a conferência interessa ao Brasil? Na conferência

ce Havana terão predomínio os problemas econômicos.E quais são eles? O da estabilização dos preçosdos produtos primários, o do fortalecimento dos es-tab3lecimentos de crédito, a. criação de técnicos na-cionais, o problema dos mercados Ps-fioeais a a re-foima agrária. Haverá um só brasileiro que possa«desconheci a importância que o debort» dessas quês-toes tém para o nosso pais _ Nfio mtdo, precisa-mente na continua desvalorização do nosso traba-lh0 — através da deteriora.fio do aoesas zelaçóosde trecas mercantis — uma «dé» mmàtmt bd_ica_ doiios/io, subdeíéuitmWmmtot-j^qm.-^

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"Anistia não é o fim de .jornada, mas o inicio d*-»uma luta digna que iremos encetar*», disseo embaixador Álvaro Lins ao encerrameff-

mento da I Conferência Pró-Anistia cios Presos Politicnsda Espanha o Portugal, ' realizada, em São Paulo, nosdias 22, 2,'*5 e 2-1 do corrente. (Reportagem na página Ti.

Gs comunistas brasileiros, a zonade livre comércio e o mercado

comum americanoLeia na 6.° página

DefiniçàeO atendimento polo Governo e o

PSD das reivindicações do caráter pru-gramático que vôm sondo feitas peloPartido Trabalhista aos seus aliadosda coalizão governamental, é umaexigência de todos os ciue honrada-mente se empenham na campanhapara levar à vitória, em 3 de outubro,a candidatura do marechal Henrique.*Lott. Por sua própria natureza, estasreivindicações estão longe de portou-cer a um partido apenas. Elas refle-tem aspirações que vêm sondo má-nifestadas há longos anos polo povobrasileiro, particularmente pela no--.-sa classe operária, e que: agora se tor-riam perfeitamente maduras para .<?converter cm leis e atos do Governo.São exigências dc todas as forças na-cionalistas o democráticas, que a opi*nião pública identifica com a candi*datura do marechal Teixeira Lott,por ser precisamente a candidaturaque indica a perspectiva de um Go-vêrno voltado para os interesses na-cionais e a melhoria das condiçõesde vida do povo.

Referem-se a.s reivindicações apre*sentadas polo PTB a alguns problo*mas essenciais da luta antiimpeiia-lista — limitação da remessa de lu-cros e nacionalização dos depósitos

de conteúdo democrático e cio ínterês-se específico das massas trabalhado-ras, como a reforma agrária, a regu-lamentação do direito de greve e daprevidência social o a reclassifieaçãodo funcionalismo público.

Em sua última entrevista à im*prensa, ao abordar os aspectos maiscandentes da atualidade brasileira, omarechal Henrique Lott teve oportunidade de se pronunciar a favor de-;-tas medidas, renovando assim os seuscompromissos, de conteúdo patrióticoe democrático, com as forças naciona-listas e todo o povo. Tornou-se dêssemodo ainda mais evidente o sentidorenovador do sua candidatura, en-quanto se fortaleceu na opinião pú-blica a consciência dc que é necessá*rio tudo fazer para assegurar o seutriunfo no próximo pleito.

A identidade que assim se estahr-lece entre o candidato e as reivindi-cações nacionalistas e democráticasmostra que a campanha eleitoral domarechal Lott tqrá de ser feita em têr-mos de luta contra o entreguismo e areação anlioperária e antipopular. Asexigências programáticas formuladaspolo Partido Trabalhista -.os seusaliados do Governo e do PSD permi-tem justamente quo o situacionismo,

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PÁCINA 2 NOV^RUIWflS

erialismo Ianque Quer Repetirem Cuba o lassacre ua Guatemala

O "Diário de Ia Marina",Jornal que sempre elogiou aditadura de Batista e delarecebeu favores especiais,publicou, em uma de suasultimas edições, um edito-

ÀDENÀUER I, SUCESSOR |] DE HITLERI!

Respondendo à saudação Ielo papa Joáo XX111. o 1chanceler Konrad Arte- .

Inauer disse que "Deus deu I

ao poro alemão uni papel ¦especial nos atuais t tor- ,

Imentosos tempos — o dr I

ser guardião do Ocidente '

contra essas poderosas in- ¦

Ifiurimlas que se fazem I

sentir sobre nós, proce- '

I

dentes do Oriente", o que ¦é apenas uma forma re- Ilativamente mais "suave"

Ide

repetir dois dos lemas Ipreferido» de Híller: a |Alemanha como nação

Í

predestinada a conduzir Io mundo • defendê-lo da |"ameaça bolchevista" e

¦ a necessidade da "Marcha Ipara o Oriente". Diante |' das rriliras veementes

; feitas a seu discurso, Ade| nuuer afirmou que "se

1 República Federal nfioexistisse nu fosse ocupada Ipelos soviéticos, de que |modo poderia ser feita »

! defesa do Ocidente?"Entretanto, quando foi

que a União Soviética .ameaçou. de qualquer Iforma, n República Fede- Iral Alemã? Desde 1945 .que a URSS lem procura- ido melhorar suas relações ¦com o governo de Ade- ¦nauer • resolver os pro- Ililrmas abertos entre es ¦(loLs paises, como a quês- stão da assinatura do Tra- Itado de Paz entre a "Alemanha e os aliados da ¦Segunda Guerra Munillal. I

i Tiflos os .Jassos raidofc'neste sen fido o fo- I

• ram contra a vontade e 1I a atividade de Adenauer.

Agora mesmo, o chance- Iler foi a Roma procurar |apoio em sua campanha

, para forçar os ocidentais I| a voltar atrás em suas |' posições da ConferênciaI rie Genehra. I

Sem apresentar qual- Iquer proposta positiva pa-

| ra resolver o problema de Ij Kerlim ou o da Alemanha, I

Adenauer procura manter .| o clima de guerra fria pa- I; ra prosseguir em sua po- I

lítica de submeter inteira- .| mente a Alemanha ao do- I[ minto dos militaristas e ¦

imperialistas que sempre ¦| estiveram por trás de Iii- Ij tlcr e que agora o susten- ¦

Iam. Exatamente da mes- ¦ma forma que Hitler, Ade- Inauer procura scrvlr-se doanticomunismo para co- Ibrir suas manobras, como Io far. agora ao acusar aRepública D e morrátiea IAlemã como responsável Ipelas provocações antl-se-mitas e forçar o congres- Iso a votar uma lei de ex- |ceção policial, acobertan.

. do os egressos do hitleris-mo enrrustado em Bonn.

¦ FAUSTO CUPERTINOl

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário Alve»Gerente — Guttemberg

CavalcantiRedatorehefe -- Orlando

Bomfim Jr.Secretário — Fragmon

BorgesREDATORES

Almir Matos, Rui Facft,Paulo Mota Lima. Mariada Graça. Luis Ghilar-dini.

MATRIZRedação: Av. Rio Branco,257. 17' andar. S/1712

— Tel: 42-7344Gerência: Av. Rio Bran-co, 257, 9 andar, S/»05Endereço telegrafia) —

«NOVOSHUMOS»ASSINATURAS

Anual CrS 250,00Semestral. . " 130,00Trimestral . " 70,00Aérea ou sob registro,

despesas à parteTi. avulso ... Cr$ 5,00N. atrasado .. " 8,00

rial procurando estlgmatl-üur u Governo cubano coma pecha de "comunista" ecaluniando a associação dejornalistas e o sindicato dosgráficos. Ao pe do editorial,as gráficos do jornal coloca-rum, sub sua respoiisnblli-dade, uma nota dizendo;"Não é verdade". A nota feiconseqüência de uma deei-são do sindicato de não pu-blicar matéria editorial uunotícias contendo falsifica*ções contra a revoluçãocubana, cnfraquecé-la uuconsolidar as posições deseus inimigos latifundiáriose agentes do imperialismonorte americano, sem unianota úesmascarnndu a-pro-vocação,

Três jornais lmèdlatamen-t» protestaram contra a de-cisão tomada pelos jornalls-tas e gráficos: o "Diário deIa Murifla", o "Información" e o "Avance", cujo('.iretor vem de se aí liar vo-luntàrlamente junto a seusamigos norte-americanos,Todos estes jornais existiam

durante o regime policial deBatista, nunca tiveram sua.sedições confiscadas, pelocontrário sempre contaramcom a proteção oficial, em[roca do apoio que davam àditadura. Permitido o seufuncionamento pelo Governorevolucionário, os três jor-nais continuaram sua tradi-ção de "liberdade e inde-pendência" servindo aos ini-mlgos do povo cubano. E'cm defesa desses Jornais, edos grupos de latifundiá-rios e agentes do imperia-li^mo que se levanta a"grande imprensa" do con-ttnentè, E' principalmentecontra o Governo revolucio-nário, o povo cubano, osjornalistas e sráíicos cuba-uos, que se fazem editoriaise noticias caluniosas e fal*slficadas.

AGRESSÃOECONÔMICA..'.

-j vicepresidente dnsEUA, Richnrd Nixon, se en-carrega de mostrar que o

mf^m^Jlmlmmmimmm^^^ /"*—J nj- fr*-.. ^Kffl)]^

KAMRJ« __ ..iKU DEUS, MAIS UMA ARMA SKCRETAl

verdadeiro problema nãosão os joinais, e sim os trus-tes norte americanos emCuba. Falando à imprensaem Mlaml, o sr. Nixon disseque Cuba "deve esperar ai*guma reação" por parte dosEstados Unidos contra o"confisco de bens norteame*ricano.s sem compensação".Afirmou ainda Nixon que apressão sobre o Congressoamericano para modificar ascotas de importação de açú-car, fixadas em lei que de-ve ser renovada neste ano,"se tornará cada,vez maior"e que outros paises latino-americanos, entre os quais oMéxico e o Peru, estavaminteressados numa cotamaior.

Donde se deve concluirque os Estados Unidos utl*lizam seu comercie exteriorcomo instrumento de pres*são para impor condiçõeseconômicas e poliücas, pro-curando ainda colocar unspaíses contra outros. Istoembora o próprio Nixon di-ga que "Os Estados Unidosnão têm a intenção do en-volver-se nos negócios in-ternos de Cuba..." Aomesmo tempo, para tornarainda mais clara a políticade "náo intervenção" origi-nal do governo dos EUA, osecretário de estado Herterdeclara no Senado que nfionutre esperanças d(> queasi*tuaçáo melhore por si, c orlu-fp de Operações Navais,almirante Burke, afirma quea ba.s,- naval norte-america-ra dp Guantanamo, em Cu-ba, corre o perigo de ser ocu-pada por "uma grande po-tíncia inimiga".

E AGRESSÃO MILITAR

Como se vê, depois das c'e-clarações do almirante Bur-ke, secundadas por váriossenadores, só falta agora queos EUA declarem que Cubaé "uma ameaça comunistaà segurança do Ocidente",como ocorreu com a Guate-mala em 1954. Por enquan*to, o lado mais diretamentemilitar da agressão impe-rialista contra Cuba fica en-treme à República Domtnt-rnr.a, ft, Nicarágua e oulras"democracia.'" centro-ame-ricanas. Recentemente, o srOtto Veza, secretário pii-tlcular do ditador domlnl-cano Trujillo confirmou, cmentrevista concedida cnCiudad Truüllo, que o di*tador a p ó 1 a movimentos

29 - 1 - a 4 - 2 -1950 ---—^

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Apesar dos repetidos protestos do governo cubano, as autoridades norte-americanas até hoje nada fizeram para impedir que campos de pouso naFlórida sejam utilizadas por Pedro Luiz Diaz Lanz, ex-comandante da avia-ção cubana asilado nos EE.UU., e outros contra-revolucionários parabombardear cidades e plantações cubanas. Um desses campos foi localizadono condado de Brower, a cerca de 100 quilômetros de Miami. Na foto, pode-se ver alguns dos aparelhos usados pelos contra-revolucionários no aeropor-

to de Pompano Beach, em Brower.

contra - revolucionários emCuba. mas "se limita" a dardinheiro. Como exemplo,olsse quc linha entreguepoucos dias antes 30 mil dó-lares n Emílio Nunes Por-tuondo, ex-senador c serviaor de Batista

Entretanto. Trujillo não"se limita" apenas a fome-cer dinheiro à contra-revo-luçáo. O conhecido jornalconservador de Hamburgo"Dle Zeit" há cerca d<. ummês denunciou detalhada-mente as atividades do sr.Slegfried Waller, encarrega-do por Trujillo de convocarmercenários na Áustria,Alemanha, Espanha e Itália,principalmente, para formarvm exército comandado porBatista e alguns de seus co-laboradores mais íntimos.Blgfried Waller conta comos recursos de várias compa-nhias dominicanas, entre asquais as Indústrias Nleua,a Compafiia Concreto Do-mlnicana, e a AsoclaciónesAçrlculturlslas Dominicanas.

"DEFESA DOHEMISFÉRIO"

/toquanto isto, nos Es*a*dos Unidas prepara-se o am-

bientu para unia participa*çáo mais ativa na contra-revolução. A retirada "portempo indefinido" do c;ii-baixador Philip Bonsnl denInicio a ataques e nmepçasmnls violentas contra o Go-vírno revolucionário cuba-no. O senador Siyles Brid-ges, representante do Qo-vêrno rie Eiscnhower no Se*nado não se contenta comrepresálias econômicas, nnsquer que o imperialismonorte-americano force aOEA a coonestar uma agres-«6o a Cuba a pretexto deimpedir "a intervenção riomovimento comunista mun-dial, direta ou indiretamen-te, nos assuntos de qualquerdas nações independentesdo Hemisfério Ocident.il".Disse ainda Brtdges quePidel Castro "mostrou unicompleto desprezo petc,bens dos norte-americanos hmanejou seu governo deforma que revela uma gran*de penetração comunista",

3e até agora os EstadosUnidos "se limitaram" a a:ircobertura politica e finan-cetra aos stcários cie Batista» a permitir que seus aviõesutilizem campos do pousona Flórida para bombaidear

cidades e plantações cubaju'..-, começa-se agora a pie-parar terreno para manobra; maiores. Nc.sse instiuite, a uma sô vez, os Jornaisci "grande imprensa" co-nu eum a desdobrar uniava ia campanha contra or. 'Une de Fidel Castro. Jornais que foram avaros; nucondenação à ditadura deBatista e na saudação ã vi-tórla da )'-",-3lução, come-çum tc a mostrar sua"decepção com a poUticurto Governo cubano. A secrer nesta campanha, todo o"Hemisfério Ocidental", oimperialismo norte-america-no á frente, saudou a vitó-ria de Fidel Castro, so pnravê lo transformado num "dl-tador" um ano depois.

O.': VERDADEIROSMOTIVOS

Além da pretensa deresari i "liberdade de imprensa"m ira cortina dc lumaça, oimperialismo nort e-amerl-criio faz finca pe cm salva-guardar os interesses dostrui.tcs em Cuba- O própriovice-presidente dos EUA sala campo como advogado aos

(Conclui na 6.» Página)

A nn Nai'miiiiii e oLUIZ CARLOS PRESTES

Socialismo no ninaO capitalismo de Estudo é a forma de transição

através da qual o Estado realiza uu China a transi or-inação socialista da indústria c comércio capitalistas.Mantendo a aliança econômica com a burguesia, a classeoperária, ao mesmo (empo que desenvolvia o setor sn-cialista du produção, tratava de utilizar ns aspectospositivos do capitalismo e de limitar ou conter o dc-senvolvimento capitalista na China.

Com a chamada luta contra os «cinco abusos», oscomunistas chineses colocavam diante das grandes iniis-sus com a necessária clareza o verdadeiro caráter daburguesia como classe exploradora. Na medida em queos lucros cresciam e que constituíam por isso motivodc inveja para os pequenos capitalistas, íiiisíosoh deseguir o caminho do capitalismo, a burguesia nacionaltornava-se agressiva e sent ia-se como que orgulhosa dcsua própria posição de classe exploradora, Posta, porém,a nu a verdadeira fisionomia da burguesia, sua açãocontra a classe operária e os interesses do país, postosa descoberto os métodos ilegais empregados para al-cançar grandes lucros, modificou-se rapidamente a si-tuaçáo. As massas compreenderam que o desenvolvi-mento do capitalismo levaria a China de vollu à situa-ção de país dependente e semicoloniul e tomaram ràpi.la-menle posição contra aqueles que punham st-.is interes-sea egoístas acima dos interesses nacionais. O desprê-zo popular por aqueles que traíam o.s interesses danação tornou-se cada vez mais evidente e quebrou oorgulho dos próprios exploradores.

Essa política contribuiu grandemente para mobili-zar as massas e para acentuar a demarcação de classesentre os trabalhadores e a burguesia, Permitiu princi-palmente ao governo e ao Partido Comunista distinguiros diversos setores da burguesia e realizar com estauma justa política de aliança e luta,

Para precisar e diferenciar sua política, o PartidoComunista dividia então os capitalistas em cinco cate-Korias: 1') — os que acatam as leis do pais; 2') — osque no fundamental respeitam as leis e que apenas oca-sionalmente as violam; 3') — os que, ccjíos por alcnn-çar maiores lucros, ora submetem-se às leis do país,ora as violam; 4') — o.s que violam comuinente as leis;e 5*) — os que violam gravemente as referidas leis.Aos capitalistas incluídos nas duas primeiras categoriasdava o Partido Comunista um tratamento preferencial,procurando sempre divulgar seus méritos e corrigir compaciência os erros cometidos pelos da 2' categoria.Quanto aos da 3' categoria, que constituíam a grandemaioria, esforçava-se o 1'arlido Comunista pnr reedu-cá-los, criticandoos sistematicamente, a fim de ganhá-losparn o socialismo. Os capitalistas incluídos na 4' cate-gorin eram obrigados pelo governo a devolver os lucrosilegalmente alcançados e apenas os incluídos na 5' cate-goriam eram sujeitos às sanções penais que, segundo agravidade dns delitos cometidos, iam de processo e pri-são até a pena capital.

Foi através desse duro e difícil processo de lutaque foi aplicada u política de resgate gradual visandoa nacionalização dos meios de produção privados da bur-guesia. De inicio, antes da transformação por ramosinteiros, das empresas privadas em empresas mistase.-itatais-privadas, o resgate se realizava sob a forma dedistribuição dc lucros, entregando o Estado ao capita-lista uma parte determinada dos lucros da empresa, par-cela que em geral representava 2í>','c do total.

Em seguida, já na primavera de 1956, estavam cria-das as condições que permitiam a conversão por ramosinteiros das empresas industriais e comerciais-privadnsem empresas mistas èstatais-privadas. Diante das limi-tações impostas pelo Estado ao desenvolvimento eapi-l.ilista e ao rigoroso controle dus massas trabalhadoras,aos próprios capitalistas já interessava a transformaçãode suas empresas em cstatais-prlvadas, o que significavapara eles a associação com o Estado e maiores garantiaspara seus negócios. Por isso, eram o.s próprios capita-listas que iam para as ruas pedir que suas empresaspassassem a mistas. Em um mês a conversão foi rea-liznda em todo o pais, sendo que na cidade de Shangaifoi realizada em apenas 14 dias.

O Partido Comunista Boubcra efetivamente escolhero justo caminho de transição pacífica para o socialismo,a política do resgate gradual que. visando a completaeliminação da propriedade privada dos meios de produ-ção e do comércio privado, oferecia aog capitalistas umcaminho aceitável, que facilitava a êlcg a colaboração como Estado socialista e que dava tempo para que se reedu-cassem. Aos capitalistas foi assegurado, durante um pe-ríodo de 7 anos, o lucro de 5% sobre o capital que efe-tivamente possuíam. Será, assim, paga pelo Estado, umaparcela que representa 35% do capital nacionalizado,preço político da transformação realizada e bem aceito

pelos próprios capitalistas, fistes, dadas as circunstân-cias, reconhecem que o governo e o Partido Comunistaos trataram bem, que foram mesmo a extremos dc bon-dade, e quc não têm por isso nenhuma razão de opor-seuo novo regime social. ,

Além disto, a todos os representantes do capitai

privado aptos para o trabalho foi assegurado um tra-balho adequado, nos postos de gerência ou de direçnotécnica, nas novas empresas mistas, e aos incapazes decontinuar trabalhando nas referidas empresas garante-seoutra colocação ou necessário socorro, que lhes üe osmeios de vida indispensáveis. Além do dividendo a quetêm direito durante um período de sete anos, podem osantigos capitalistas trabalhar. Muitos deles ganham ago-ra quase o mesmo que anteriormente e numerosos ele-varam sua posição política, como membros_ de assem-hléins populares ou por trabalharem em órgãos do Lsta-do. na qualidade de diretores, ou como gerentes ou tecnicos em empresas industriais. Em Shangai, por exem-pio, há 204 capitalistas que são gerentes ou subgercn-tes de empresas mistas èstatais-privadas e cerca de

livcrsn.s camadas du burguesiaport a:*, e de educação dos ca-

Ifi 000 antigos capitalistas que exercem postos de chefiaou suhchefia cm fábricas e com unas populares.

Em conjunção com a transformação das empresasdo capitalismo privado em èstatais-privadas é realizadopelos comunistas chineses um ingente trabalho de re-educação ideológica dos capitalistas, através do estimuloao desenvolvimento entre eles da crítica e autocrítica edo estudo do murxismo-leninismo, A política de truta-mento diferenciado das d* "tem sido outro fator impitalistas,

Nesse terreno — disseram-nos os camaradas chine-ses — nem tudo marcha porém dc vento em popa, sã»ainda sérias as dificuldades a vencer. A concepção domundo da burguesia e seus métodos de trabalho n.ãoforam, no fundamental, ainda mudados. Pensam os ca-mnradas chineses, no entanto, que n maioria esmagadorados elementos burgueses poderá ser transformada e istograças ao trabalho persistente das organizações do Pai-tido mas principalmente às mudanças que sc vão prq-cessando na situação mundial. Inclusive o ascenso daslutas democráticas e populares na América Latina veminfluindo seriamente sobre os antigos capitalistas chi-neses, cada vez mais convencidos de que o mundo mar-cha inexoravelmente para a completa vitória do so-rialismo.

mmÊ&&/% ^>b. Wtímmmm&salk... ,,v<|ffiSeW&Z& ^^Hfc. *¦¦¦¦"'>¦'¦ 'W^SammmmW^líx.. ; .'imYv^iat-JSíSjAiv- .-.¦.¦.¦.Ammm —fc. -..:. . ¦. SSmumk^^h ^¦¦E3í'5z%£\ ¦.-.- -.v.1:-+imi

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Capitalistas remanescentes do velho regime par.ticipam hoje ativamente da vida na China, tr*balhando em todos os setores de atividade.

Page 3: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

-29- . -a 4-2- 1960 mm^ígMh PÁCINA 3

OS TORPEDOS DO CORONELAo denunciai' uma (ire-

tensa «infiltração comu-nista> nos Comitês Pró-Lott e exigir, através daimprensa janista, a expul-são dos «elementos ver-nielhos., o coronel NemoCanabavro Lucas deixouclaro seu intento de nio-nopolizar a campanha docandidato nacionalista odividir as forcas popula-res (pia a apoiam.

Em resposta ao coro-nel Nemo, cabe dizei- «pma candidatura naeionalis.ta não é propriedade denenhum grupo político e,muito monos, tle qualquerpretendente a caudilho, Aindicação do marechal pa-ra candidato partiu dc se-toras nacionalistas que in-chiem patriotas de dife»rentes convicções ide-oló-«icas — militares, depu-lados, estudantes, intelec-tuai.s o trabalhadores cievárias filiações partida-•ias ou sem partido. Aforça dessa • candidatura,

'reside precisamente emsua natureza unitária, napossibilidade que tem doagrupar correntes nacio-halistas e populares dediversas tendências. Esta-b e 1 e c e r discriminaçõescontra qualquer dessascorrentes é o maior sei«i-co (pio se pode prestar aojanismo.

Quando o coronel Nemofala em expulsai' a quiti-ta-coluna vermelha • dos(omites Pró-Lott, êle (S

9 qua atua oonio quinla-co-j

Violência EmPernambucoUma grosseira violação

das liberdades constitucio-nais acaba de ocorrer noRecife: a polícia politicainvadiu a sede de umaagência dg livros, revistase jornais, de propriedade-do sr. José Sobreira daFiança, prendendo o seuresponsável e confiscandovários exemplares das pu-blicações de que o sr. So-breira é o representantecredenciado na capital per-nambucana. Uma destaspublicações é precisamente.NOVOS RUMOS.

A violência foi praticadapor uma turma de policiaisa mando cio delegado For-uando Tasso. O sr. Josó So-breira, que além de ver pi-soteados os seus direitossofrou prejuízos comerei-ais cm face do atentado cieque foi vítima, protestou erecorreu à Justiça.

A opinião pública cie He-rito. como é natural, con-dona energicamente esta\ iolaçào das liberdadesconstitucionais, es pecial-mente por considerar qunlais processos, tipicamentefascistas, não mais se i"*poliriam no Estado desdeque assumiu o Governo osr. Cid Sampaio, eleito como apoio de amplas forçaspopulares e à base de com-promissos solenemente as-sumidos diante do povo deque, em sua administração,seriam rigorosamente res-peitadas as franquias do*mdbrâticas.

E' natural, portanto, qii"a opinião democrática duPernambuco, como de resíoa tle todo o país, espere queo sr. Cid Sampaio não sónão admita que tais violências se reproduzam, naslome também medidas con*cretas para punir os seuaautores..

lima no sentido nazista,porque tenta desagregarpor dentro a frente lottis-Ia e trabalha — conscien-te ou inconscientemente,pouco importa — a favordc Jânio Quadros. Tantoisso é verdade que o coio-nel, Nemo, antes conside.indo um energúmeno, umirresponsável, um dilia-niitador, passou a meie-cer apreciações, elogiosasdo (.Correio da Manhã .A'ão confundnmos, pois, ocoronel Nemo com o seuhomônimo de Júlio Veme,Enquanto o famoso capi-tão Nemo afunilava naviosinimigos, o coronel secompraz em lançar torpe-dos contra a própria can-clidatura que diz apoiar.

! A irritação do coronelNemo decorre do fracassode suas tentativas paracolocar sob o comando ex-elusivo de seu grupo acampanha pró-Lott, Per-sonalista como todo a-vtintureiro político, só ad-mitc a existtuicia de Co-mitos que se subordinem

à sua notória desorienta-ção. liste critério não po-de ser aceito, evidente-mente, pelas torças quese reúnem sob a bandeiradn candidatura nacional is.ta. A maioria dos Comi-té.» Pró-Lott, reflete emsua composição heterogê-noa e em sua plataformanacionalista e popular 0.sei,tido unitário da can-clidatura do marechal.Não são formados apenasde comunistas ou pesse-distas, do trabalhistas ou

socialistas, tle populistasou republicanos, Incluem

ou devem incluiV ¦¦ ¦militantes dc todas essasforças políticas, e aindapatriotas sem filiaçãopartidária. Somente- ns-sim podem expressar re-almente a unidade tio po-vo em torno da candidato-ra nacionalista. Quemquer que pretenda impri-mir Uni caráter cxclusivis*tn e sectário à campanhapró-Lott — e a ndvorlen.cia náo vale apenas paia0 coronel Nem» — estarálevando água ao moinlmde Jânio.

Quanto aos insistente.'-esforços do coronel Nemoliara isolai' os comunistasdo movimenlo nacionali.s-ta. seu insucesso encerrauma lição. Nemo sonha,há muito tempo, ser tunaespécie de Nasser brasi-leiro. Quer um movimen-Io nacionalista sob o seucomando, sem os comunis-tas e contra os comunis-Ias. Mas o Nemo não éNasser, nem o Brasil cEgito. Nemo andou corte-jantlo os sindicatos, po*saneio como líder de mas-sas, mas não conseguiuiludir os trabalhadores earrastá-los pa rn suafrente nacionalista*» an-

ticoinuiiista. Os trabalha-dores sabem, por umalonga e dolorosa expe-

ciência, que o anticomu-nismo leva à supressãodas liberdades democráti-eis e dus direitos oporá-rios, :'t proibição «la.s gre-ves e à intervenção nos

sindicatos. Formando uniaconsciência cada vczinaisclara dos seus interesses,a classe operária brasllei-ra não está disposta a en-negar a bandeira daemancipação nacional anenhum aprendiz dc di-

í ai lor.Km um país como o

Brasil — ondu o pioicta-liado industrial ú rclati-vãmente numeroso e con-centrado, onde o PartidoC on, u n ista desempenha".o papel influente no mo-\ iniento operário u na lu-ta antiimperialista — quesentido pode ter uma

• fronte nacionalista*» semos comunistas? Não podehaver um verdadeiro mo»vimento antiinípcriaiisiade massas sem a partici-pação tios trabalhadoreso de seus combatentes dnvanguarda, que são preei-sumente os comunistas.Qualquer tentativa de re*vestir o movimento na-ciunulista com uma foi-cão anticomunista só po-de resultar, portanto, emdividi-lo c enfraquecê-lo,om solapar sua base demassas. Quem quer quepretenda seguir êste ca-oiiiilio — e a advertêncianão vale apenas para ocoronel Nemo — estaráfazendo o jogo criminosodo entreguismo e terá quosofrer as conseqüências desua traição.

Repelimos assim a de-muicia policialesca e ri-tliciila cio coronel Nemosobre a infiltração comu-pista* na campanha pró-

Erário AlvesLott. Na realidade nãonos infiltramos, pelo sini-pies motivo do (pie esta-mos dentro, Quando ogrupo reacionário do go-vêrno o tia cúpula tio PSDsabotavam por todos <ismeios a candidatura domarechal, os comunistasforam para a rua, ombroa ombro com outras fôr-tas nacionalistas, a fimde sustentá-la. Enquantoalguns setores lottislusvacilavam, entregavam-se ao pessimismo o consi-deravani Jânio invencível,os comunistas trabalha-vam para popularizar acandidatura Lott. Não odizemos por jactáncia,mas para deixar claro quna nossa participação nacampanha do marechal êfranca e aberta, nada temde sub-reptício e Inconfos-sável, como insinua o co-ronel Nemo. ApoiamosLott riesassombrariamen-te. sem manobras nemconchavos. O único coin;promisso que dele exigi-mos ê o de manter-sefiel à causa do naciona-lismo e da democracia.Resta dizer que o.s comu-nistas continuarão pug-nando pela unitlndo dasforças lottistns, pela uni-dade eom todos, até mes-mo com nueioii alistasequivocados que porvon-tura pensem como o coro-nal Nemo. Mas que ve-nham para somar forçasc não para dividi-las.

Fora De 11 um o

RAIMUNDO NONATO

PTD: Lutar Pelas RehrmasExigidas ao Covêrno

Mareando, afinal, a sua Convenção para 17 de fevereiro,o Partido Trabalhista deu o passo que faltava pára a deli-nitiva oficialização da candidatura do marechal Teixi iraLott. Não há nenhuma dúvida de que esto será o resultadoda Convenção petebista. Será, aliás, o próprio presidentedo PTB, sr. João Goulart, que irá propor aos seus compa-nheiros a homologação da candidatura Lott. Isto ficou rea-firmado na última reunião da Executiva do partido.

Poder-se-ia especular com o fato de ter sido marcadaa Convenção para dois dias após o afastamento de Lott doMinistério da Guerra, onde — assegurando a manutenção,no fundamental, do atual «dispositivo militar» — será mes-mo substituído pelo marechal Odilio Denys, Não exisle,porém, mais nenhum motivo sério para duvidai- do resultadotia reunião nacional do PTB. A decisão do apoio trabalhistaa Lott é inarredávol a esta altura.

VICE: PERSISTE A DÚVIDASe ,'¦ certa a adesão trabalhista à candidatura Lott, o

mesmo não se dá em relação ao problema da candidatura :ivice-presidência'. Em princípio, como é lógico, o lugar per-tciice ao PTB e, dentro dele, ao sr. João Goulart. Nessasentido têm se manifestado numerosos parlamentares traba*Ihistas, além dc vários diretórios petebistas. Ainda estasemana, falando à imprensa gaúcha, o sr. Leonel Urizzolainsistiu em que a chapa deve sei- Lott-Jaugo.

Contudo, a situação ainda não está clara. K é o próprio,<c. João Goulart que revela vucilações em aceitar a indica-cã,, de seu nome. Vários motivos contribuem para esta ati-tude do presidente do l'Tli, sendo os mais ponderáveis oreceio de ser •cristiniiizinlii > por diretórios inteiros do i'SI)

i líio Grande, Estado do Kio. Piauí, etc.) e. a possível can*didatura do sr. Ademar de Lanas (pie, caso venha a se con-firmar, importaria numa inevitável dispersão do eleitoradoque, não sendo Ademar candidato, votaria cm Jango, semnenhuma dúvida.

Esta situação <'¦ que vem estimulando a lembrança dcoutros nomes, ligados à área petebista, como o sr. OswaldoAranha, ou membros destacados do PTB, como o sr, .SérgioMagalhães.

O fato é que não existe ainda bastante clareza quantoh questão da vice. Nn direção do PTB o problema vem sendoadiado, parecendo que mesmo a Convenção nacional evitaráum pronunciamento formal a respeito. Enquanto isto, po*rém, os setores mais combativos do PTB, como ficou revela-ilo na recente nota oficial da bancada na Câmara dos Depu-tados, insistem em que seja lançada a candidatura de Jango,exigindo-se do PSD o compromisso de assegurar a votaçãomaciça dos seus diretórios em todo d pais.

EXIGÊNCIAS PROGRAMÁTICASSurgindo conio iniciativa de alguns dos melhores na'la-

montares üo PTB, toma corpo o movimento em tomo dasreivindicações programai icas apresentadas ao governo n aoPSD. Estas exigências fere,,, seis questões hoje fundameii-tais: regulamentação do direito de greve, reforma da previ-dência social, reelassificaçfio do funcionalismo, medidas; do

reforma agi ária, nacionalização dos depósitos bancários olimitação da remessa do lucros das empresas estrangeiras.

A justificação destas exigências foi feita num documentoda bancada federal do PTB, encaminhado ao sr. JoãoGoulart para, como presidente do partido, defendê-lo juntoao governo a ao PSD. O marechal Henrique Lott, em pa-lpstra com deputados petebistas, manifestou apoio às mencio-nadas exigências, formalizando-* já, em-certa medida, narecente entrevista concedida ao jornal «Última Hora».

Quanto à reação do governo, o que se sabe é que riasentrevistas havidas entre Jango e JK resultou o com-promisso assumido pelo Catete de dar efetiva coberturaparlamentar a quatro daqueles pontos, não se comprome-tendo, entretanto, a fazer aprovar os projetos de reformaagrária e de limitação da remessa cie lucros.

Os setores mais reacionários e entreguistas do governo,no entanto, resistem a qualquer compromisso. Localiza-seesta resistência sobretudo nos ministros Armando Falcão eFernando Nóbrega, bem como em elementos como o coronelHumberto de Melo.

Aa exigências apresentadas pelo PTB contam com oapoio dos setores nacionalistas e democráticos de todos ospartidos, particularmente dos parlamentares que integramn Frente Nacionalista, assim como do movimenlo operário ode lõtlas as forças patrióticas e populares,

COMITÊS E COMÍCIOS PRÓ-LOTT

Definição(Conclusão

í'se estiver de falo interessado na vi-C tória eleitoral cio marechal Lott, sií«coloque nesse terreno. Cabe, portanto,

ao sr. Juscelino Kubitschek, aos diri-gentes pessedistas e à bancada nu-joritária no Parlamento adotar, comu urgência que se impõe, as medidas•práticas indispensáveis a fim de que,ainda êste ano, se transformem emleis e atos cio Executivo as pioviclên-cias que lhes são reclamadas.

Para isto não bastam as simplespromessas ou um apoio formal. O tio-vêrno e o PSD dispõem de todos oselementos necessários á rápida con-cretiznção daquelas medidas. E nessesentido não lhes faltará o apoio riopovo.

Mas o fato é que, mantendo-se asua atual composição, o Governo não

da 1.» pág.)inspira confiança cm que as coisas Io*maráo o rumo desejado. O povo temmotivos de sobra para não acreditarem Armando Falcão, cujo reaciona-lismo acaba de se comprovar com aestúpida proibição da Conferência pelaanistia às vitimas rias ditaduras doFranco e Salazar. Nem em FernandoNóbrega, cujo estranho «Irabalhismo--se revela em intervenções nos sindi-calos e na defesa rio famigerado riecreio 9.070. Nem em Sebastião Pais rieAlmeida, que na surdina vai aplicar.-rio a politica do FMI o fazendo do seuministério um baluarte do janismo.

A opinião pública, as forças nacio*niilistas e o marechal Lott apoiam asreivindicações apresentadas pelo PTB.Que se definam agora, eoncrclamcnte,o PSD • o Governo,

Amplia-se, a caria dia, oapoio popular ít cancüdalu-ra do Marechal TeixeiraLoll. Isto se reflete sobre*tudo na criação de novos onovos comitês nacionali.s-tas, em todos os Estados.Nesta capital, nos diferen-tes bairros e subúrbios, ins*i a I a m-s e semanalmentenumerosos comitês, que lo-go passam a realizar in-lenso trabalho do arrogi-nientação o propaganda.

Na zona cia Leopoldina,os 1.4 comitês pró-Lott oJango já instalados e emfuncionamento decidiramrealizar sábado, dia 30, umcomício monstro na Praçatias Nações. Foram toma-rias várias medidas, tle or-ganizaçâo e cie propagan-da, para assegurai o exilodeste grande ato público.

SAO JOAO DE MERITINeste município flumi-

nense, instalou-se no dia 24último, num grande comi-

ConferênciaDe Prestes

No próximo dia 3 dc Teve-reiro, Luiz, Carlos Prestespronunciará uma conferên-cia sobre "A situação nacio-nal e a sucessão presiden-dal" no chie Colorado, à-av. Ministro Edgard Romeron, 30*.'. A comissão patrocina-dora ria conferência,' consi i-tulcia pelos srs, HerminloRamos, José Martins, Siinpli-cio Alencar, Esdras Ferraz,Abelardo Córflova, ManoelBarreira, Paulo Lopes, OtávioGuimarães e Antônio Covaestá convidando os morado-res rie Madureira, Cascadura,Vez Lobo, Vicentr clc Curva-lho e lrajá para assistiremã conferência.

cio na Praça Getulio Var-gas (foto) o Comitê pró-candidatura Lott. Mais de .'1mil pessoas esti veiam pre-sentes, tendo falado os srs,José Amorim Pereira. EnioMoreira, Bon.jamin AlmeidaMarques e Pedro Etelvino.Representaram o MarechalLntt o General Anfilófio deAraújo o o Major FranciscoTorreão.

Durante êste comicio foiguardado um minuto rie si-lêncio em homenagem ámemória do iider popularRubem Machado, assassi-nado em Volta Redonda,

§0

Estranha o -.Jornal do Brasil quo NOVOS RUMOStllvulgUC, com entusiasmo, recente redução tle efetivosdo Exército soviético, considerando essa providência maisuma demonstração cio desejo de paz tios dirigentes daURSS.

*iH*

O t Jornal do Brasil- observa que o próprio Kruschiovconsidera que essa redução tle eletivos não importa emdiminuição do poderio militar soviético. Acontece, po-rém, que NOVOS RUMOS também não afirmou que aredução dos efetivos importaria cm diminuição rio po-tlerlo da URSS, em vista dos progressos alcançados pelaCnião Soviética no campo das anuas tio longo raio deação e de grande poder de destruição.

Segundo o órgão que se intitula o grande jornalconservador do País-, reduzindo o.s efetivos de suas fôr-ças armadas, o governo soviético adotou apenas uma pro-vitlência de caráter administrativo. Como jornal consor-vatlor quo é, por (pie o órgão da Avenida Rio Branco nãodesenvolve uma campanha a fim do que as potências ca-pitalistas também tomem semelhante providência «de ca-rátor meramente administrativo»? Por que também o«Jornal tio Brasil > não defende a aceitação, pelas potên-cias capitalistas, da proposta soviética tio proibição dasarmas nucleares'.'

Os jornais, em toda parle dn mundo, têm missãoeducativa. Acontece, porém, quo órgãos do tipo do maiu-tino da Condêssii Pereira Carneiro não conseguem anali-sar razoável mente certos fatos da vida moderna, muni-festanrio-sc incapazes dc compreender a uolitica de pazdos países social islãs. * :•: »

Essa incompreensão, porém, não é s<5 dos jornais.Uni órgão como o -O Globo , por exemplo, noticiou, nocomeço desta semana, a atividade de especialistas soyié-ticos em São Paulo, a serviço da construção do uma usinade xisto betuminoso no Vale do Paraíba. 0 jornal desta-ca a atuação desses técnicos e alude á possibilidade deêxito de seus trabalhos.

Vitoriosa a tarefa entregue no Vale do Paraíba aosespecialistas vindos da URSS, passaremos a produzir,além de xisto, iclioi, pólietileno, polistirono, borracha sin-tética. enxofre e materiais necessários ã fabricação detijolos leves, cerâmica, cimento e fibras para tecidos.Teremos com isso uma economia diária de 20 a 25 mi-limes de cinzeiros cm divisas... -a menos que as auto-ridades brasileiras não criem embaraços» ao trabalhodos cientistas. A observação c do vespertino do sr.Roberto Marinho,

SINDICATOS PREPARAMGUIADA OMISSÃO

Num período de vinte dias,todos os organismos sindicaisdo Distrito Federal e Estadodo Rio deverão realizar as-semblélas gerais, com a maisamnla propaganda nos locaisci'e trabalho, a fim de discutire difundir a realização do Diade Protesto e Omissão, Estafoi a principal resolução to-mada na reunião realizada iioúltimo dia 25, no Sindicatodo.s Têxteis, nesta Capital, e aqual compareceram represen-tantos sindicais cariocas efluminenses, A reunião foi di-rígida pelo presidente do Con-sellíò Regional Consultivo cluCNTI.

Ainda em relação com o Diade Protesto e Omissão, fo-

ram tomadas as seguintes de-liberações: examinar, numaampla reunia,), a ser realizadano próximo dia 15, as opiniõese propostas manifestadas nasassembléias sindicais: solicl-tar a cada organismo sindi-cal que envie, com a necessá-ria antecedência, propostas ealas das reuniões á direção doConselho Regional Consultivoda CNTI; a realização dc u-suas e concentrações lio Se-nado Federal reivindicando aaprovação da Lei Orgânica riaPrevidência Social o a ci queregulamenta o direito de gre-

ve: que também sejam coiivNdadas a participai- cias reu»niões sindicais as organiza*ções estudantis e popularespara debater o problema 0$(aréstia da vida.

DEFESA DA LlW'RI>.U)tí.SINDICAL

Durante a reunião, foi Igual»mente aprovada por unanir.ii-tlade uma nota de protestocontra as perseguições de quatem sido vítimas ultimamenteem idades operárias e que re-prescnúun uma restrição aolivre exercício dos direitossindicais e das liberdades dc-mocráticas.

Por tim, os trabalhadoressaudaram as recentes decla-rações do marechal Lott fa«voráveis ao amplo direito degreve e â Lei Orgânica daPrevidência Social, enviando-lhe telegrama nesse sentich).Foram ainda aprovadas mo-ções para a participação datodos os organismos sindicaisna reunião nacional dos fun-cloniiiios públicos em defesado plano dc classificação; doapoio nos mineiros de Cresciú-ma, ora em greve, e ao povocc Vitoria, por sua luta con-tra a subsidiária da Bond ancjShare naquela capital,

ÍÍMMÍ4PSíepuMhíuíÍímê teu

BELÉM DO PARA' — i ÜoCorrespondente) — Univer-sitários e secundaristas pa-raetises acabam cio lançarno povo de seu Estado vi-branto manifesto, em queafirmam ser • a candiriatü-ra tio sr. Jânio Quadros àPresidência da Repúblicafiontalmonte oposta aosmais elementares desejoscie bem-estar e progressodn povo amazônico e. emparticular, rio povo déstoEstudo .

Acusando Jânio de serabsolutamente- indiferente-ao-atraso e à miséria da re-pião amazônica, os estu*dantes declaram-se conven-ciclos rie que não será êlequem irã restabelecer e do.sonvolver as indústrias debebidas, tecidos, açúcar eoutras, arrebatadas ao Parápor m a g n a t as quo oapoiam, outro problemaabordado pelos estudantesrefere-sa ao restabeleci-

menlo do antigo monopó-lio estalai ria borracha,«restituindo à Região Ama-zônica 700 milhões de cru-zeiros anuais, hoje canali-zados para os cofres daGoodyear, Firestone, Pire'-li e Dunlop, com o silêncioe a conivência do própriosr. Jânio Quadros .

Os estudantes consicie-ram que, ao declarar que< a Belóm-Brasilia serviráapenas para caminho deonças , Jânio insulta o povo brasileiro o deixa claroque nada prolende fazei pe-Io progresso ria RegiãoAmazônica.

No epie concerne aos seu.»'.problemas espei ifiens, nsestudantes afirmam nãutor ilusões a respeito da po*litica a ser seguida por .lá-nio. unia vez (pie un, dpseus mais autênticos mi-la-vozes, Carlos Lacerda,apresenta um substitutivoao projeto de Diretrizes c

Bases que ropíosonta n If.quiclação completa das os-colas públicas em tudo 0pais.

Finalizando suas obser-vaçõos sobro o candidatorepudiado, o manifesto ob.seiva que - não será o sr.Jânio Quadros quo liher-tara o Brasil rio jugo dosli ii-tcs internacionais, sosua viria pública depende,em grande parle, dos Ro*ckoíellers <¦ mi,ros, de cuiaamizade não faz segredo -.

"s estudantes do Parideram inicio u uma inten»sa campanha úc desmasca-ramcnlo do candidato en-Ireguista, denunciando aoeleitorado ria Região Ama.zônica o perigo de se dei-xar tomar conta rio podeium dos mais ativos repre-sentantes dos interesses im-perialistus em nossa terra.

Page 4: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

¦¦ PAGINA 4 m.NOVOS RUMOSir, • •-. -' ¦• - . 1 T-VS/Ii 1*!

>J»*'»iJb%bbBbbbb1 mmw&tJKÍmm&tmXl B»BWbb1 ¦y!-i^BnWR^IWI^B8l!-**tiWB. WbWa? ¦';. *'" ^'-'^Çe^ÍH

í -a 4-2-1960

CRIMESLeandro tender

Nilo o certamente noscompêndios de medicinaque o nome de Anton Pa-vlovitch Tchéeov — cujocentenário ora está sendocomemorado em todo omundo, por iniciativa dcConselho Mundial da Paz— alcança sua maior gló*ria. E' bem possível até quetais compêndios nem omencionem. Afinal, o reíe-rido Anton Pavlovitch n&otrouxe qualquer contribui-ção mais notável à ciênciade que tratam; foi um dou-torzinho afável, de barbi-cha o maneiras delicadas e,se chegou a dirigir unia cl.-nica rural, nem por isso sedistinguiu de algumas cen-tenas de profissionais, sc-mc-lhantes e anônimo.», daRússia dc fins do séculopassado.

Nossa época, aliás, a situação da Rússia era dc in-tranqüilidade — e com oassassinato do czar Alexan-dre II, em 18S1, cnegou aser de terror. A policia co-metia as maiores arbitra-riedades, prendendo, espan-cando, matando os incorfoi-mados e fechando ou pon-do sob censura as publica-ções do tendências liberais.Nesse clima de miséria einsegurança é que o jovemAnton, filho tle famíliapobre, começou a escreverhistorietas divertidas, naaparência inc oqüentes,para rèvistinha i insuspei-tas aos olhos do poiicialis-mo czarista; e fê-lo sobre-tudo para ganhar algum di-nliciro — coisa de que, na

íoaslilo, andavam tle e afamilia bastante necessita-cios.

Com tais historietas,Tchéeov estava simples-mente criando um novo gê-ncro de conto, que seriamais tarde o de KatherineMansfiold (sua discípula)e é hoje estudado pelos cri-ticos maravilhados: o con-t-> que encerra, na sua con-i isão, a riqueza psicológicade um romance. (Tchéeov eMaupnssant sáo os dois au-íores que mais fortementeinrluenoiaram os contistasmodernos de todo o mundo,sendo que existe uma dis-tiiição de ba:e entre a ar-te de ambos: Maupassantr mais simples no retraiodos personagens, mais li-i.ear na narrativa, que se('isenvolve no sentido deum clímax; Tchéeov valo-rir.a o nebuloso dos senti-mentos, fixa estados de es-pirlto mais complexos. Sãoos dois maiores clássicosdo conto.)

A principio, nao se per-cebeu, na Rússia czarista, nsciiedade do trabalho deAnton Pavlovitch, a nenhu-ma «inocência» das suashistorietas, nas quais o hu-morismo se desenvolvia,sutilmente. numa atmosfe-ra de melancolia e, às ve-zer-, de tragédia.

O hábito da objetivida-de, que Tchéeov adquiriranos estudos de medicina téêle mesmo quem o refere)iéfletia-se no seu trabalhode criaçáo literária — in-

?;-'>" ¦ ¦¦i-.-r.v--... ¦¦:¦ ¦:¦:.!<(• ......... .-..,:™,. .¦;:.;

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B>1 Kol W%'mBM >'-í -MÉffiitiiiiy*'** ^'lyi1! .'-¦*

Anton Pavlovitch, de corpo inteiro, em foto tiradapouco anos antes de sua morle em 1901, na Ale-

manha.

clttsive no esforço com quebuscava ser sucinto, che-gando a dizer, já oacrilorconsagrado: «a arle de es-

BflBK^^Min^wlMb^^Hiii^' <"' .«- ^)MaSH™«jirtM

mmmmií&$i''-'&l^sV?£Em:-'"$ '' íIwttÍBflBa—w MwxS-iflK*''. '•-.- -'s*-' y" 4*Tk(

¦fi ¦kr~- -J~—...—£L--m-*6!£à<mtim\ 9gT^P^^^B^y^^^^^^S^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^i^^i^i^i^i^i^i^iP''1''1' ""*" 'J,^*'***:?*^JBM1*BBMB

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QL^BB ijBHÍGI WmmmmmmlBr^t^^L^^ *^*' tmtmm BBBBMW^^BBbSiIBB MBeWBI iCfcTj SHSiSbmBBpG

Casa onde nasceu, a 29 de janeiro de 1860, o genialTanganroj?, no sul da União Soviética, e está hojeAnton Tchecov. Fica emtransformada em museu.

OTAS SOBRE LIVROSAS1R3JÍ1D0 PLREIRA

I

Misto di* reportagem e crônica, mis'osobretudo de inquietação e ternura, daalegria e compreensão, tal é o livro emque Eneida recolheu suas impressões deviagem aos paises socialistas — Caminhosda Terra. E' o tipo doa livros que a gen-te lê quase sem sentir que está lendo, gos-tando não só de tudo aquilo que n autoragostou de ver como também da maneiracomo nos vai contando o que viu.

Caminhos da Terra é livro para serlido por qualquer espécie de leitor, adul-to ou jovem. Para ser lido e meditadoespecialmente pela? mães e educadores,nos-quais parece dirigir-re o testemunhofinal da escritora, em que ela resume,numa firmo muito simples, a radioen iin-pressão que lhe deixaram us caminhospercorridos:

«Eu vi o» paises soi'iftli.stiiB, princi-palmcnle crianças felizes, crianças sa-dias, crianças rindo, Isso, só isso, mabastaria pura amá-los. E bendizer es'-,viagem».

Caminhos da Terra é livro que ,:> >>ser lido e meditado também, e muit'- '< -mildemente, pelos escritores de hor.-té,que entretanto não querem '((""editar naexistência do mundo socialista cmii o seuprodigioso progresso mater .1, espiritualo moral,

Rem dúvida, a viagem d-; r-neiu*-. .ui?países socialistas foi dcmmiado breve o-1-i.i lhe permi ir uma visão aprofundadadas coisas e dns problemai' .'riados peloprocesso revolucionário em curso naquele*países- Mas h brevidade da visita "êoimpe' ü nti" a ."'np.isfn, rom o sen ''aroilr» ropói-t--" • ,is an'emis da ?r.» sonsibi-lidado, vis?"t r» gentirse alinms aspecto»daquilo i;\i. ...- il* re: 'menti novo p belonas riv,l'7'"''V-s do mtindi soe ¦'«li si a eitiíisccnsão. Questão também de :ntel'"<'ii-

.cia e honestidade, requisitos «sserci"'*

.que t'âo fiiHani nas oáginns dê te livroF.' pena nue 8"a revisão deixi 'irr

tanto n rieselnr, disso resultando, potexemplo, a embrulhada dc dado» es'«tis-ticos sôbre a ponulaçãn trabalhadora deShangai (pág. 120) e sôbre a produção de

livros para crianças da Editora emecia-lixada existente na mesma cidade (pá-Bina 133).

Alguns pequenos senões são ineom-piwnsíveis: Zurich transformada em ca-pitai da Suíça, a grafia -zar* à modaespanhola em vez de «czar» ou «tzar»,etc.

Mais incompreensível ainda é a qua-S2 indignação com que Eneida contestoucerto jovem chinês, estudioso da nossa li-teratura, o qual lhe falara na existência,no Brasil, de uma «literatura pervertida».Eneida acha isso "uma mentira enorme?..'Mas é verdade. Eneida. O chinezinlio temrazão. Há no Brasil unia «literatura per-vertida», nem podia deixar de haver —pe|a razão muito poderosa de que senie-Ihante literatura é coisa própria do mun-do capitalista em decadência, mundo pro-pjeio a todas ns perversões, e c Brasilflindt- fn?, narte desse mundo V,' ou não o"

Outra coisa (pie no.« causa es'rtnihe-ta em Caminhos da Tem, é o pnuqiiíssi-mo espnn consap-radr. no livro so Con-["•<,sso de Escritores Soviéticos: índios. V't".-- oáM.inas. Afina) de contas, Eneida•'¦¦ f, CRS?" precisamente- ronv convidada••in Ci.ngresso em representação da seção

c- Huca dn I'BE n n que nos conta do quenrea>meloi' ap 6 absolutamente insuficien-\». Q\,- oíTit-^maj forarr. debatidos noCo::irressoi Escrevi Eneida que foramdiscutido; - «problemaj. enormes: o daliterahini Infantil, o do romantismo edo realismo, n» traducõesi Mag qual o.-entido geral dos debates? Quais as con-cliisõe*, r que cherriíu r Congresso 1 Ei?e que aciniB do tudr nos interessaria saber ninds qui soh t form,-' de simple»rrôrici. ot icnortagem, sem destoai d<conjunto cie livro Gostaríamos, Igualmente qut Eneida no.» dissesse ati quenor.to pôde o Congresso dar uma idéiai'o estado atual da literatura soviéticae err. derorrência disso qiinis as perspec-tivas tic desenvolvimento do movimentoliterário nas diversas Repúblicas so-viéticas.

Pnrece-me Injustificável » omissãodo livro neste particular.

cicver e a arte rle abre-\ ;ar .

Sua objetividade era detal ordem que, conquantose fixasi c no plano psico-lógico, preocupando-semais com ambientes inte-riorc.i (comportamento »'osperaonagensl do que exterioren, acabou por pintaruni quadro completo cia so-ciedade russa às vésperasda revolução. Embora fôS'se infenso ã compreensãopolítica dos problemas des-sa sociedade, não deixou deretratá-los, e com tal rea-lismo, com tal veracidade,que, através das paixões,idéias, preconceitos dos per-sonagens, terminava comu-mente por figurar Implica-ções de natureza filosóficae social. E era nesses mo-mentos que o autor saíaum pouco do seu estrito ob-jotivismo e participava datrama, tomava posição.

Aliás, a objetividade deTchéeov não representa exclusão de seus pontos devista: antes decorre deles.E' a visão serena de um ho-mem vivido, sofrido e, :1ocerto modo, sem ilusões,mas que nào perdeu a preo-cupação fundamental deser JUSTO.

Quer nos contos, quernas peças («'As três irmãs»,«O cerejaU e -O tio Vânia»— excelentemente tradm.i-do por Aníbal Machado —entre outras), Anton Pavlo-

Coi?a que me irrita — onlre mui-tas que oi.eio — é ôase senaacionallfi-mo que domina o.s jornais quando «-otrata de um crime. Agora mesmo go;-tarei de protestar — e violentamente— contra o que está acontecendo comuns meninos apontados como ladrõesde automóveis. Nao roubam para ven-der, mas para passear e depois jogamo carro em qualquer lugar, logo que agasolina termine.

Naturalmente'que é triste, muitotriste, sahermoB que há meninos de 112,lo, 20 anos, vivendo essas vidas Ce.gangsteres, vitimas inconscientes damá educação na familia, do cinemaamericano, das histórias cm quadri-nhos, das novelas de rádio e televisão.Nunca, tomo nesta época, viveu omundo capitalista momentos tão som-brios para a juventude e a inláneu.Li numa revista o que foi em Londiesa prisão de um grupo de jovens cha-macios os «desiludidos:» da vida. rra-dii7.o o titulo livremente se bem quenão era outro o que ôles usavam des-eabelados, sujas, bebendo entorpocen-les, fazendo versos maus. Como podeum jovem ser desiludido da vidaquando nem começou a viver? Estáclaro que deve-se ir às fontes e en-eontrá-las na miséria, na degradaçãoda família e da sociedade, nas ínflu-éncias estranhas. Mas o que não pos-so nunca aceitar é quo se faça tomoestamos fazendo agora aqui no Rio:os nomes dos garotos vem para osjornais com todas as letras, scus re-

vitch não perdoa a burrico,a . grossura», a opressão ea insensibilidade. Não lutacom as mesmas armas deseus grandes amigos Tols-toi ou Górki; é mais suavemenos truculento, mais de-sencantado. Renunciou àtarefa de apontar um ca-minho para a redenção dosdesafortunados, e fê-lo comprofunda tristeza; não re-runciou, porém, ao traba-lho de pintar os seus con-temporâneos, com o que asvidas destes tinham de maldisposto, falto de sentido,ridículo e doloroso.

No prefácio que escreveupara as «Histórias Imor-tais» (edição recente daCultrlx) do genial contista,Tatlana Belinky observa,com multa perspicácia,que, apesar de Tchéeov n5o' oferecer soluções, apresen-tando somente os proble-mas, fá-lo com tanto vigorque obriga o leitor a pen-sar nas soluções — confe-rindo ao escritor a condi-ção de «revolucionário»não-intencional.

A sociedade doente queêle analisou com tanta fi-nura tem sofrido, e está sofrendo ainda, sérias tians-formações de estrutura —e já não é a mesma. Apli-ti.-se-lhe, neste século, umaterapêutica que o médicoAnton Pavlovitch Tchéeovnão chegou a descobrir,mas para cuja elaboraçãonão pode deixar de ter con-

"ribuído o magistral díag-nó>-tico da sua literatura.

ENEIDA

tratos aparecem em grandes clichêsnas primeiras páginas, usa-se e abu-stvse da dor das mães diante dessarealidade, apresentando aqui os pran-tos de uma, ali o desespero de outra.

Para qué? por quê? Serão cs.esmeninos ainda tão meninos, impossí-veis do recuperação? Não seria melhor chamar suas famílias, repieen-dê-los, mostrar-lhes que o caminho es-colhido eslá errado e urge seguir ou-tro, e mais digno, o caminho do tra-balho e do estudo? O que ganha a so-ciedade tornando esses pobres rapa-zinhos marginais apontados com o do-do, incapazes de recomeçar a vitla oumelhor de começá-la em outros mol-des?

Creio que, num país como o nosso,sem escolas suficientes, sem um con-tinuo e vigilante serviço de assistên-cia aos menores, o governo devia criarcondições para salvar esses meninosque poderão ser amanhã criminosos,mas que estão no momento vivendoapenas uma etapa, na qual as trian-ças são influenciáveis pelos mais po-rigosos agonies.

A imprensa em geral devia ter, co-mo principio, o combate ao sensacio-nalismo, principalmente quando setratasse de criaturas nascendo paraa vida. Pelo muito bem que quero àscrianças e aos jovens odeio a manei-ra como a imprensa carioca colaborana formação de criminosos nfto sal-vando-os, mas levando-os pata o cri-nie. Lamentável

ÉMHIMMBIMfllMHMiMMtt':.,«ÍH^^'Ji^aMMHIMMIIHMtt>*'<;v;'

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'^È MÊFms\miÈÊm\§M\ Mt%w,*** »i-' mM ¦¦ ii:fl Bm^pI fl•'-¦^MmW •^^^^^^^m^^^^Sí BP

•'$'§ "'' ^^Mm^Ê mmmmm^^^^mW^^^^^?mn^v^'<^—m H!|M|ffiWPP*PK».w:'w<

Em companhia do velho Tolstoi, que-naquela época era um verdadeiro patriarca da literatura russa,

vemos Tchecov e sua barbicha.

iilisías brasi- Origem do Magnetismo Terrestreleiros expesmna Argentina

•^-;-%4sShI i^bí£^"Í * íamB !CCy.

O acadêmico Piotr Kapitzavalorizou altamente a hipó-tese hidrodinâmica da ori-gem. do magnetismo terres-tre, proposta por EdwardBullurd, professor da Unlver-sidade de Cambridge.

A hipótese de Bullard —declarou o físico soviético —* de grande Interesse e abrenovas perspectivas para omodo de tratar-se o proble-ba do magnetismo terrestre.Em breve, afirmou Kapitza,poderemos comprová-la emoutros planetas, pois o vôoa eles é coisa de futuro pró-xlmo. Êste * o caminho mais

real, já que penetrar no in-terior da Terra para compro-var a hipótese é coisa un-possível-

O acadêmico Kapitza acen-tttou que o hidrodinamisníomagnético, ém que se baseiaa hipótese de Bullard, se ps-tenderá dentro de pouco tem-po a todos os ramos da Física.

O professor Bullard fun-damentou sua nova hipótesinum seminário realizado noInstituto de Problemas Pr i-cos, que é dirigido pelo tien-dêmlco Kapitza. Seu Infor-me, qtit. durou duas horns,foi recebido com grande, in-

Ja chegaram a S. Luis, Ar-gentina, os 45 trabalhos depintores brasileiros que serãoexpostos no "Salcn Oficiai deExposiclones de ia Provínciad6 San Luis", sob c pstrocinio da "Dlrecclón Província)de Cultura". Os artistas sãoos Jovens paulistas Ana AliceNabaa, que enviou 14 dese-nhos a nanquim e uma mo-notipla, Marysia PortlnarlGreggio (14 óleos e uma mo-notipla) e Paolo Maranca (14desenhos a nanquim e umamonotipia)- Na foto, um fia-grante de Marysia.

A Rádio Ceniral De MoscouAos Seus Ouvintes Do Brasil

DIARIAMENTE, a Rádio Central de Moscou trans-mire em língua portuguesa, para o Brasil, das 19 às21 horas — hora do Rio de Janeiro — no compri-mento de onda de 25 metros nos freqüências de:

11,87 e11,92 »no comprimento de onda de 31 metros nas fre-

quências de:9,47 megaciclos9,78 »9,8 »

11,75 megaciclos11,79 »e no comprimento de onda de 41 metros nas

freqüências de:7,215 megaciclos •7,37 »

terêsse pelos físicos da üR!-iS.Di> sua animada discussãoparticiparam destacados clen-listas .soviéticos, como LfevLandau, Igor Tamm • PiotrKapitza.

O professor Bullard consi-dera que a única fonte idocampo magnético terrestre éo núcleo metálico líquido 'denosso planeta, no qual, soba ac&o da convecç&o de ca-lor, há o deslocamento daamassas. Na interdependênciaentre cssa»s massas, as Unhasde força e a superfície sóli-da da Terra tem lugar, si-gundo o cientista Inglês, al-go parecido com o que ocor-re quando um dínamo elétrt-co trabalha. E' um originalgerador magnético de auto'indução, ou, mais própria-mente, a combinação de grgn-de número de geradores- Pa-ra que se faça sentir éísoefeito, é suficiente, segundoBullard, o movimento dasmassas no interior do núcleoà velocidade de até lmm porsegundo

nO professor Bullard é de

oplniáo que sua hlpótes* po-d^ contribuir para o estudodos. campos mr.gnéticos .doSol e das estrelas. Atual-mente, pressupõe-se a exis-têncla de tais campos.

AOS LEITORESIC

Neste número nfto conta-mos com a colaboraç&o deBeatriz Bandeira, nossa co-lunista de teatro, em vlrtu-de de estar ela ausente doDistrito Federal e nfto haverpodido enviar sua crônicaem tempo útil. ,

.4

Page 5: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

1-1'4.1-TNO.NOVOS RUMOS

\

Opirérkf das p«dr«lrat tém a vldn por um fio

VÃO BUSCAR O PÃO DE CADA DIANAS GARRAS DA PRÓPRIA MORTE

PAGINA 5

(Reportagem de NILSON AZEVEDO, fotos de EDSONMilhares dp trabalhado*

ipk em pedreiras cnnii-miam vivendo á margemdas Jpís sociais p trabalhis-ias, arriscando a vida iliá-ri.amenle, indo buscar np*o do *pu sustento nasxauas da própria morte,quc se esconde traiçoeirauo** recôncavos #> sinim;-dades dns grandes tocha*• v-ir- se elevam do solo cn-

i ioca.fissas efialuras vivem co-

mo autênticas lagariLm-.ht manas, zombando dn Ipidn gravidade, subindo -<descendo ns rochas íngre*mes. desafiando a morte a

• nda momento, furando,dinamitando p fraumenlaudo ns ppdras i|itp vu.construir os aliceices de iõ-da* as obras tíe construção«•ivil do Distrito Fedcial.

Extinção dp pedra?, n,-*.PR época dp grandes ip.iIÍ-

jnçòes imobiliárias, cíp pa*vimenlação de longas eslra-das. é indústria que dá rii-nlipiio. Dezenas rie nvpiiiu-retrós lançam-se a ela. ar*rendando vaslas áreas ro-(•Ilesas p passando a p.xplo-rá-las ilegalmente, com acomplacência da Prefeiturap dos fiscais do Ministériodo Trabalho, O Sindicatodos Trabalhadores ua ln-dústria de Extração dp Pe-dias denunciava, há ootteosmeses, a existência de ."iiipedreiras funcionando ilp-galmcnte nesta Capital, t(•• ujicíiirio a mão-de-obra*k- mais dp dois mil traba-limri res.

INQUÉRITO'Os

proleslos dos opera-rios c do seu órgão dp cia.»sp acabaram levando asaul- ridades a agir. O ço-tonei engenheiro (remai del igitcredo, por determina-i -io do Ministério da Guer*ra. j;*."ucede a sindicânciasdestinadas a colher cjp-nçj.lps para a abertura deurn inquérito contra''a'ex-plotíçào ilegal de pedreí-ias nesla cidade. Esses pIp-i.iPiitos, por certo, não IIipfallhiân. O próprio titularda Pasta do Trabalho, ml*ii.*::o Fernando Nóorcga,i-.s'pve na pedreira Barãodp Ilapagipe, onde consta-io$ « presença de 28 ope-vnLijios trabalhando pm con-ú%jus ilpgais. Esses Ulo.,assumem maior gravidadeCjjni.do se sabe que o lra.i*.jL"'0 de extração de pe-

dias è dp alta pprieiiio:*!**'lni'f. Nesse mister os aciileuies ocorrem com fre-qúmeia, p o operai io, de-i-íi'iii'.aracl.i pelas leis soeiais i- trabalhistas ê lança,do ao completo abandono,hui iPiilando a legião defpi.digos qup sp acotovelappl.is ruas da Capital,

'••. istem im Capilal dnTíppubJiea 132 pedreiras emexploração.- Destas, GO sftomecanizadas, dando umapriiJuçSo média diária de8 mil metros cúbicos rip pp.ma britada. As outras 72v?" as chamadas pedreirasmatutais onde os homensi.stinem a matéria-prima aiiKnli Iam os paraleiepipe-dos, meio-fios, lajotas, blo-eos, etc. Nestas p que selocaliza a maior explora.Çíio (Ip trabalhadores.

O DINAMITADOR

(i*n a rie iii rui! homenstrabalham uns pedreiras doDi-,;iito Federal. Dentreeles destaca-se o bJaster,ci' ,'ihecido como o ditiaini-IfTior, Nas in nus desse ho-mi*..*i, que recebe um sala-ii.; miserável, de 8 mil cru-'/piics mensais, pstá ^ sor-!(•• oos Ira ha lhadores e vi->.in! o.s de uma pedreira. E'èle o blasler, quem cal-¦ ida a carga de explosivo a|'íi" utilizada e os ponlos asen in minados. O diitiimi--•«doi p. geralmente, umtrabalhador rude, semi-i-.n alfabeto, sem ncjihtimaiií.ÇuO leóricn dp geologia,tísica ou química. Mas niti-guím como cie conhece aanatomia da pedra, os seusponlos fracos, os seus sp-credos e as suas manhas.

íJ»namitador é homem dpvicia curta. O seu iiahalhoexige um esforço sobre-lnt-maio de spii cérebro inte

guilc e dp seus braço-,in'.i-t ulosos. O seu coração,a*.s 40 anos, já não valenv.!, nada. O blasler, va

Ipur.ô-se-dé 1fceuSvpi5priosmúsculos, arrítslà-se' dia-riamenfe. a grandes altu-ras. subindo . pelos cabo.-;por êle mesmo içados alé ocume das rochas íiigienips.("om éle vai o cavoitquciro.*'"j ajudante, cai regandoàs costas as ferramentas,que chegam a pesar aíp H'lqU'..'os. O cavouqupiro é umoiitio sacrificado, O sen >.làrio, hoje, p de 7 mil cru-ven o*, mensais.

A rioiie ronda é.sses lio*

niPii.s quo. em sun maioria.nio dispõem nem dp unicimo dp segurança para li-m..i sp das quedas falais,

1 ':u I9ÕS. 12 operários per-

duram a vida estítpidampivle. Lm IHõli, graças á cani*pn: .ia rio Sindicato dos trn-• 1-i'í. adores, dirigido pelolidpi Sóstenes Freire riei-ianos, o número de nnile; ii fatais baixou pnra 8.

QUANDO NÃO MATA,ALEIJA

..«, PiillPlniilo. us a.-i-licnip.s qup nnu matam masp''i.inin. Esses sfto qna*pque diários. O.s fragmentosde ; edi a já esiropiarammilhares de operai ms, vn-.'••i:nio-llios o olho, quebramri.j-ilip-. a perna ou esma-,sniido-lhes o peito. Tão; rai de é o número dos mi-¦ Ipiiips. que as companhiasrU seguro fogem da inriiisiria de extração cie pedi ascomo o diabo foge da cru/.Ci objetivo dessas rompa

• lih i. particulares do sp. u-ro são as grandes p imp-diatn.*- somas de lucro, pnunca o amparo do iraba-líindor. Os trabalhadoresem pedreiras são daquelesqup mais spiiIpiu ,| neressl.dade do monopólio p*lainlcio seguro de acidentes doln: balho.

A grande" maioiia dostrabalhadores em pedrei-ras. embora enfrentandopi rigos conslanles, lendo aMia vida ameaçaria a cadamomento, ganha o saláriomínimo regional, O que pmais grave, porém, é quemais rip dois mil operáriosdesse ramo iiidustiial per-manecem trabalhando- ile-galmente, spiu ler ns suascarlniras assinadas, semdescontar pnra o IAPI. Dessp modo. não dispõpm ri»*nenhuma garantia. Os pa-Iròes despedem-nos quandoquerem, nunca lhes pa-gani férias e nem nideiii-v.ação. Se é acidentado, efica impossibilitado dp ira-baliiar, não tem o Segurontni o Instituto parn o so-(oirer. Sp morre, a sim fa.milia fica lançada a mi*séria.

AS REIVINDICAÇÕES

O .Sindicato dos Imlm-lliadorp.s em Podreji.is, comMia sede plantada no pi-

Fortaleza e Porto Alegre

OPERÁRIOS LUTAM PARA IMPEDIRGOVERNO DE FECHAR SINDICATOS

(Reportagem de ARMANDO FRUCTUOSO)

Km Fortaleza • Porto AIp-*ip, ou trabalhadores dasempresai estrangeiras cujosserviços pr.ssaram a ser e\-piorados por organismos pú-hlicos 'Bond and Share emPõrlo Alegre t Tramwayl.igiit and Power Co., no Cea-rá), realizam vigorosa lulaP*ra garantir a sobreviveu-eia das suas pulidadei- d*classe, ameaçadas de dis,«n.lução em virtude da nomsituação criada.

-Na capital gaúcha, « Sin.dicato dos Trabalhadores emKnergia Termoelétrica e riuProdução dp Gás, «pos hii-fiada a cnnipanlia salarial«mi 1959 foi objeto de medi-ila. coercitiva de parle dn¦.'omissão Estadual de Ener-sia Elétrica, que pretendeuconsiderar inexistente a en-tidade, já quo ..os spivíçosn€ transformaram em Autar-qttia, condição essencial pa.r^ impedir os trabalhadoresdo se sindicalizarem.

Íalando

a reportagem Hp•lorge Campezatto, pre-

mie do Sindicato relatou«>»_ aeonfeciiiienlos,'-

«Quando foi coiiliecidaa'decisão da Comissão -disse - - os Irabalhariorpüreuniram-se em assembléiana sede do Sindicato e i<?-pudiaram o alo. Poi una-miiúdarie aprovarem a dp-cietação Ca greve no casoAÍ a. questão não ser re-considerada.

«A disposição de luta dostrabalhadores — prosseguiu- - levou a uue o próprio go.vArnador Brizola interviessp,iionieando unia comissãoléeniea para dai parecei ju-rídieo a respeito, baixandoinaluaive uma revolução alia-vèg 4a <iual declarava reco-

nlipi-or (i Sindicrlo nié lerem mãos o proiiiiiiciíinientoúm comissão poi éle noniea-da .

A iiiterv enção do governa-itur aaúclio possibilitou aoSindicato prosseguir na cam-pmiha p levá-la até a viló-na finrl 'aunipnto de 35",a partir do l de dezembrodp .1959 i» pagamento de nho-no Ap Natal correspondentea 16 dia* ile salário •.

DEFESA DO SINDICATO

Visando, a|,-•».*íii iln deci-«ao do sr. Leonel Bií/.oln, ;.»-xegurar definitivaineiile odireilo dos trabalhadores enienergia elétrica de Põrlo Ale-Kie, de manterem a suo en-liclade, a diretoria rio Sin-dicato, juntamente com »deputado Ploriceno Paixão'PTB), elaborou um projeto

de defesa da entidade, quefoi apresentado na Câmara

Vedem 1meniai

pelo refeiiilo parla.

DUALIDADE NO CEARÁ

Os trahalhr.doies cIh com-panliia (|iie explora os sei-\"iços de eletricidade de Por-taleza vivem desde m.vi ,,mesmo drama. Apój, a liqui-dação ria Ceará Lighi e hiiuuiicipalizíção do.*. >er\i-cos, as autoridades tomaramuma série de iiiedidna dis-ciiiuiiiatõriai visandu h lm.pedir o livre exercício du rii-reito Miirlii-Rl poi parle riosi.iuballir.dores o deisenvol-vimento on luta levou en-ireianlo a que fosse obiiriaiiih* vitória parcial: o» no-Iiro.s trabalhadores coiise-suiram inr.ntci-se enquadra,dos dentro do (pio dispõe aConsolidação rias Leis rioTrabalho, o mesmo nãoacontecendo com aquelesoue foram admitido.* a pai-tii de novembro rie 1954,

pulosii bairro cie Casca d ii*ra vem lendo a sua ativi*ende dedicada quase oueexclusivamenie á legaliza,çfto dos emprpgados nn indústria oxirativn de pedi..( n sun pmicçnn conlia osacidentes de trabalho. Xpí-sc .spiiticlo. |á foram leih-aíuíos vários estudos pelaitueloi la rin entidade e en-Ciimlnhadns inúmeras sú^pvtóps ns aulorldadi -scompelcnies, enire ns quaisrlcstaciuvi-se as seguinips:h plfiniúcnr um re»ula*.nenln de lécnicil pioli-sio-uai paru os serviços de e\.i i.çno de peclins: 2j prolbit o funciciiinnieiiin d,-,;;uidúsirins extrativas spiuos correspondentes documenlos legais,* .ii usoobrigatório de redes espe-ciais con trn estilhaços pio-venieiue* dn*. minns i|.-,o-nadas; proibir a utilizaçãodp cargas pesadas de di-namitp uns periieuns e\ii.tfiiies uns zonas urbanas;4i dar preparo técnico profissional no blasler e no¦-avouqueiro, com auln*- epsin<;ios. minisirando-llipspi'Miinmp'itos sobre insta*laçóps elétricas de campo,

i» material explosivo npli-

Submetidos a um miserável: salário de seis mil cru/ei ms mensais, esses lio-mens arriscam a vida diariamente, dinamitando e fraRinenlarido as pe-(Iras (|t:e vão edíficur os aliceices de lótlas as obras de construção civil i|tiese erguem no Distrito Federal.

fflvp] llf pe.lieii;-, dc lu-fu-oo com n ii.'iii;i*/a da ro-iha, mármoie, pra min, oui i tia vnriedndp de pedra a*e; explorada; subníelor obinstpr e o cavouqueiro aexame médico tenraçán.**i*.teina nervoso, etc.) rielié< em Ires meses.

SósIpiips FiPirp de P.ni-ros, piesidenie du Sindipa-

Io. p incnnsnvpl lutadorpelo*; direitos dos trabalha-dores pm pedreiras, esteveem contato com lidPies dei'ppiniios 'lis indúàlrins px*nativas de todo o pnis, pot(«usino dn II ConferênciaSindical Xacional. Nessaoportunidade, foram psia-belecldos o<; primeiros en-liüidimontos paru a realiza*

A

çâo du 1 Congresso Nacio-i.nl dos Trabalhadores nasIndústrias Ivvtrafivas, qupdeverá se ipalizar ainda és-Ip ano, parn estudar p foi -itutlnr o programa hcml deiciv indicações dos opera-no*; désso importante se-loi industrial, cujos traba-lhadores sáo vitimas dapioi exploração,

Encontro foi festa de unidade

Jovfit*: Metal ii i*gi<*oK ElegemItiiãiiSiiii e Apoiam i%a«*i<»iiaI£sii3o

(Reportagem de ZULEIKA ALAMBERT)Original desfile (Ip mo-

dns e sessão solene enceirnram na tarde de domiti-uo último, no Palácio dosMeialúrgicos, o I' encon.lio itilermuplcipal de jo-vens Ira balhadores melaItirgicOjS. t) encontro quecontou com a participaçãode 560 delegados eleitos por23 empresas, e durou umasemana, aprovou em sunúltima reunião, resoluçõesde grande interesse para a,Hm utude que trabalha nasindúslrias metalúrgicas cde material elétrico nn cn-pita e do Kslario liumi*j".e,-,.*(.

DESFILE DE MODAS1 ti, dus aspectos m.iis

Interessantes do V Bucon*

tio uo1* jovens tiictalúrjíi-cos foi a realizuçôo de uit*disiile de modas.

1.1'lns, desembaraçadas «Irn.inndo modelos criadospoi elns próprias! Ii3 ópera*rins desfilaram por uni .passarela pm loima dp y,çoiistruida e ornamentada'pelos próprios irarjalliad*-'ns. Integraram a comissÃo*julgadora do coticuráò pai'áclegpr a operária portado.ia do vestido mnis Doititu-i escritora Eneida, EdnaQueiroz, candidata a - mi-s-''istrilo Federal, é ;< .joiiin-

I s!a Elza Soares Ribeiro.

RESOLUÇÕESAPROVADAS

riiin aprovadas imporian-les resoluções, moções *.mensagens em qup sc dps-laçam uni programa de ni-vflndicações. saudação às

r

ieniuups dn Chi Uri,

.N a sessão solenecerrniiicniii do Encontro fo-

m\v -f^H ^Lfi mr^m^m^'*m\^m}mm^^mwmwMr^mm^mmÊ mwÊÊÊ

J arte do plenário e ;, mesa que presidiu ,,s (,ahn-Inos de instalação do I Encontro dos Jovens

Metalúrgicos.

consideiadoj funciona rimautárquicos municipais e semeoy.ar rios dh-eiios assegu-rados pela C.1..T

L'u novo pioblema surgeagora, segundo declararama M! n.s .srs, Eliseu Casleloüiniiin « Suhnsiião CorreiaSiqueira, diretores (lo Sindi-cnlo com a rieeisãd rio Pi..-feito rin capital cearense rieiransioiniai a empresa en.sociedade de capilal misto

A Companhia Hidrelétricario São Francisco, que deverásei acionista dn nova eiv.presa a ser consumiria, pm-s;e qu, urna pn le rins Ira-balhadores seja inscrita nus

quadros rio funcionalismo f**-rien I ouira nos quadros dofuncionalismo municipr.l. emais, advogando a rieniis-sâo dos novos empregados erehinrlicanrio para si íi rii-rei lo rie ariuiilir novos Ira-balliadoreu

o Simlicnlo, ou'' p luiuiiaiisionn; çâo rin empresaem sociedade mi-ln enlren.ia ''^.<a nova ameaça irns rii-reitos rios trabalhadores,prociii-anrio unificá-los, sin-riicalizados ou não, com oobjetivo ri" lutrr pela enqtm-riração elp todos nas disposi.voes rin C. I. T., inclusive odireilo ri» sindicalizarão,

l',.'. Cuba •> Arsci.,'. e pro*tPMo pelo nssussinnlo d'i

¦. Itvle.f -siiidicai '-cUs- Volta \W..dou^V, "Iítjbem >M"a«haclo. ¦<

Por solicilaçSo dn Kábri-en d, Galeão foi apiovaiiat.ur.a mensagem a a.ti. si;^.(Ciiido a criação da iiulus-tria aeronáutica,

A ses.iio foi p,u p,'Rilacom os hinos do Mfllalúrgi*¦ o p Nacional, cantado., pe-los presentes.

O DESFILE DA ABERTURA

> t is linhnllinduii .* o,iVi ire Maleável K onseüm'I'-' congralulaiíi*se i o,,, u.,demais metalúrgicos oesiaçt.un histórica paia nossacorporação e parn lôdn a('.lasse operaria . Esln cia n;:**!( tiçâo da' enorme laixn',i e vinha ã Irciiie do des-iíie com cpie os jovens me-Inlúlgicos um iainm o senpi.'..(-iro Pticonlto a 16 riocorrente. Junto à faixa, deí.ii/.o.'. dadas, menino.; tra-'ando calças vinde., i blu*

.-....• amarelas tra/.iani uopeito letras quc formavan;n palavra BI.ASfL. A mi-nha da mocidadé incialúr-gica, senliorita Glória Lop-;.-i. em traje de gala, e cri.nucas em vistosas f a nla-sias completavam a cabeçado desfile. A seguir vinhamt"* equipes de ha., j.ieie.tlilebol e voiiool dr i,i, eisns fabricas, ei , i ¦ n.nidui' 'i.iiiliies mull icOlOi idos i"

i arregando suas n.i.i .cin.;r cartazes. I'u: i ui, demusica ence: in\ n o m—iilo.

;-m aheriiis MileiiPiuen-i. | elo presidente on C >¦i'i. '-..flo Organi/ndora, o \o-• •" i sindicaiisia AlbertoAlmeida de Lsampaio cjuoconvidou para compor anips.i, além dus iníegianli .-ida ,1 ferida confissão ns. -*e*.jíu.':í;-s pessoas. beiiLdii.j»-ev C| uc i ra', „., rpresi ri è n t c doSii.riuato' Manoel Çònradu.,pie.Mi.enie dn U.iD; Li.i-ueoi * áyres de Castro, pre*s'dc.*,iie dn Federação dn.,M'iíalúrgicos cio Eslado do

jusé de Abreu, di !<¦(io Sindicato du * Mp*

iii ns de .*'.. Paulo, (,1o-i era, rainha dos ,.iivplahtigii ii*.. i, i.i*

utes du iiiipn ,is,< o ..

;.o.

I;

VI II-SP.'II

Camponeses Sairão sc Forem indenizaüosRECIFE ilin Correspoiideiite) - l).*."i,,,w da.. tiin-

tn <* duas 1'aiiiíjia.s que lrab8.llii.ni i.as tc-nn.» da fa/.eiidnl.m.a , município rie, Quipapá n-.-t" Eslado. j;i lecelu.

iam notificação judicia) pn,a abandonai a gleba oiul».vem trabalhando há muitos anos. O pmzo paia a saidaexpira em fevereiro, sob pena de despejo judicial. A co-niumcnçao foi feita pelo proprietário da fazenda sr.Salvador Viachioche, que anunciou a venda da própria-dade a Cama vAgua I!rança., pnra a plantação ue cana.de-açncai'.

Nenhum dos fóreiros tem menos de dois anos cnfazenda e alguns, como o sr, João Marreliiin Ferreira,que lá chegou em 1!):!2, contando hoje com «7 anos deidadi\ têm quase trinta anos na teria.

Uni J9-i6, quando as eivas daninhas cobriam inria afaz«nda, riitigucm quis comprá-la; vieram oi foreiroa,

(íríinde mn .*n popu Ini>., i ti o ii com fogueles ,; ( ju-i .d,, dn* einpic-.i - ,, pm i id ii í indicato.

CACSTRO ALVES«., O PATRONO

Atendendo a tu,ia su_n.t: o dn Forro .'unir ,i,. 1.i"c m.ssfio Organixailoia rifcsin, trniisfnriin iln piâclamaçnii em i oinis.-,-K iPcuih .i do : Km uniunii/pseiiloii ,, um plennii

• " .nlll " Cll II ¦ 1,1*1.1 li luni

pniioiio dn rcnli/Ci I,

nn '-niliiinl,, n ulioje, "* foi H. iiii;l.riOli ;i .'Lõdll,

'» juiz riu ''de haver grilannrio no municípiodeste modo, a lei.

ni a lazãu di* .".unmesmas xi.rij,,.. Iiiiin

M1'/. I' j I 'i i fJ í-,lílíld.S (ihiu

dr. Aiitón i.i ii iiinaien é on.s terraa rie tuna viúva,

. onde exerce a profissão, conlrariand.,Colocou-se ao lado do proprietário,

ptopi letá-

antes mesmo de qualquei' ensaio rie defesa dos arrendavários. Quanto a êstes últimos, não se recusam a abandonar a terra, desde que seus direitos sejam respeitadossuas casas e benfeitorias indenizadas justamente. A estimativa das auiliações monta n õllli mil cruzeiros.

' .islro Alve.s , .piilliido em enoio upnv ,i lodo d.-' , i.,0 ,111 1..IHI il('. (|tielf'S *. pisospcicln definiu asin ... estréia p

.— para os tiraucometa .

,,0 leiiji<- pnliimii

lll i|l:i' n

11,1 poe: ,i u povo

s lucubre

A MESA

O arivogarii do? IraballiadnresIhães, que tPin patrocinado diVei-snneses neste Eslado.

n Ul. 1'ljaeirnusas iii>.«

Mn

' nn n pipseuça de nn.t íiosas fábricas piíIip ?-•l'ms anotamos a Fpi roMaleável. Eletiomai EleVariores Inriuco, (iene, altietrir. fie., os habalho»

UNIDADE OPERÁRIO-ESTUDANTIL

Nós, psl udn ti les, somosgratos nu.* jovens oporá-rios pela contribuição quadão com seu irabalho e es-forço pnra a produção dariqueza nacional . Assim opiesidente da UNE, Manoeldourado, iniciou o seu discurso de saudação e apoioao Encontro.

Fiéis ao seu programa dereforçar íncessanlemenie nunidade operário-e.siudnu-lil, os estudantes do D Fe-deral deram iodo o apoio ,'-Iniciativa dos jovens nn*.talúrgicos comparecendono mo de abertura comuma expressiva delegação

Outros oradores tambémdiscursar.im. cnlre eles i-.que leu o rotatório iin Cn-missão Organizadora rioEncontro, Foi lida, lambem,a I11PI1SH2PIT1 de apoio eil-vinda pela CNTI.

FURADEIRA HÚNGARA

Xo deçorier da sessão,-.''clilln Knril ijMii'-. vire-

piesidenie dn ('omissão (lr-üaui/iiílorn c delegado dnsmelnlúrgicos ao VII Festi-\al Mundial da .IuvpiiIucIp,piiircgou no presidente dodepartamento Recrealivndo Sindicato a miniaturafie uma furadeira fabiicn-da pelos jovens mctalúigi-cos húngaros o em jada cnmo simhln de amizade nosmoços niPinlúrgicos dnflrnsil.

PROGRAMA FESTIVO

1' I' Enconiio da ,|m n-.-u"u' Mplnliirgira ,jiii,„icen -i de S rii.i*. ilurnntc nsquais íoi rloscnvolv ido e\.jenso programa, que incluii'jogos de saião, competiçõesesportivas, sessões de icn'io p cinema e a realizaçãi)'Ip um piqupniquo dp 1.000pessoas na praia de Muri-qui, onde foi realizada aprimeira sessão plenáriasubordinada ao lema \pdiicaçáo e o jovem linha-lhadoi 2'A clubes pariiel."aram do torneio de fatt.boi.

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•PAGINA í NOVOS RUMOS •19'-1 - a 4 -2 -1960

Os Comunistas Brasileiros, a Zona de Livre jComércio e o Mercado Comum Latino-Americano

Delegações do seu- pulses stil-aiiiiuicaiios • AlKontlna, [lolivia, Brasil', Chile, Paiaguai, l'eiu eI uiguni -- devem reunir-se eni fevereiro pióxi.•uo, nn cidade de Montevidéu, para deliberar

lobrn im, projeto de Tratatlo de /..ma de I.ivre Ciimércio .lem este Tintado por fimilitliuln específica o e.- tal) >lwlmento de norma-* pa;;. a elimitiução gradual, iinni prazode doze anos, dns ginvume-* >• outras resi i içòcs paia ,. es-sencial (io intercâmbio rouieieial entre o,- referidos paisei,ü Incentivo ao eslrellainenlti dns relações eennóml*cas entre o Rrrsil e as nações latino-americanas é tnrefade alia hiipmiâncin, diante dn qual não sáo Indiferentesus coniunlslas .-. .-a, geral, iodas a.» forças polilit-as uu-1defendem os genuínos interesses nacionais Dai « neces-sldade de examinarem com a devida atenção o projetoclc Traia.Io tpie se pretendi1 Hprovai' em .Montevidéu.Esta necessidade nvulll! porque., no caso, náo se lem emvista mu Instrumento comum para a iroca hiternaclonalde mercadorias mas uma iniciativa que éxpliritameiiletranscende os limiies do simples inleicánihlti comercial« se apresenta como primeiro passo de um processo dcIntegração econômica', uue culminaria ua erirçáu .1.jeiadu Mercado Comum Lalliio-Aniericaiio,

pn

Biiilienliani-s** os poin.s daAmérica Latn , na hiia vilalpor sua emancipação, enfi en-landn todo.s o mesmo Inimigoagressivo e poderoso, •, . se-ja, o impei ialiame noite-americano. K-:.-. i,,;:, .-uibiuile nlvei iu- últimos mo.» «•graças a ei., sofreram "•-monopólios ianques gravesderrotas em nosso continenteBeneficiando-se ,!,- uma si-t nação internacional favo-rável, que ,«=e caiaeteiizapelo fortalecimento impetu-"Oso do campo socialista, peloascenso u,, movimento de ii-bertai;ão nocional dos paisescoloniais e dependentes, peloiigravanienio dus conliiuii-«.•ões do Tinindo capitalista c-pela tendéiii ia a ressaçüoda "guei rn fria -, os povosda Amei ica Latina iiiteiisi-

ficam sua ' n eniaic .pariu-.' n C l fi «li vim u.» iHi.Oj. ilei»ò«*iperaçà«'i e amizade, quedevem ipil-lo-- permanente-mente £ êste o verdadeirocaminho pais conquistai umdesenvolvimento i !' d.e pi u-dente e piogressista. paiaeliminai a espoliação dos mo-nopólios imperialistas, su-perai o hi i.i-o r assegui;-.i aelevação das condições drvida material f eultuial desnossos povos A i|ii-.»lão Ci'Zona o,- !-i\ie ('unu-ieio rd,.) Mei, .«.Jo foiniim não po-«Ir deixai «ie sei focalizada,poilanto senão «Io ponto-rie-visla -i-i luií pelii eiu.iii-cipaçào uai ioual c pelo rie-stiivolviuielitu '¦« oníiiuieo ir.-dependente e piugl essisl a nosnovo.-» da América Latina.

m O Intercâmbio mercantil enlie o» sete •><*:.-«•*-. iiijusgovernos se eiieaniinhain paia eonslituii uma Zo-ni d,- Livre Comércio, tem lepiesentadu, depoisúv 1948, apenas cerca d,.- IM',, em média, oo seu

comércio exterior total e. além disso, nos anos mais recen-tes, vem registrando tendência paia o declínio percentuale absoluto Fato .semelhante se verifica também eom ie-Jacão ao conjunto do comércio intei-regional U'tino-anié-ricano.

Não 6. porém, somente este seloe do coméielo exlei.ioicia América Latina que se encontra cm dificuldade, O co-mércio exterior total da América Latina tem se desenvol-vido em proporçües iiiuito inferiores às dc outia.» regiõesdo mundo, particularmente o.-i K-stados Cnidos e a Europa.Mo que se refere ao Llrasil, o seu Intercâmbio externo, apariu- de líi.Mj. enconlia-se entre altos e baixos pràties-mente estagnado, com uma evidente tendência 'i coiitracãi},

A rausá. principal desta situação it-.-i.ic na própria«estrutura do comércio exterior .io nosso pais e, cm geral,dos paises da América Latina, cujas exportações sáo cons-tituidas quase somente de uns poucos produtos primários,monopolizados por uns pouco-, mercados, em primeiro In-«Mi- o norte-americano, que Impõem, como regra, uni re-ginie de trocas não equivalentes, eiii prejuízo da AtnéiicaLatina.

Considerável influem is negativa «òbie diversos pai-.«•,»<: do continente tem lido a concorrência do.s Ksia dosl'nidos, com a soa politica de 'diuiiping'» e de acordo.» es-podais paia venda de excedentes agrícolas, Tal polllica;,,. refletiu, por exemplo, no retrocesso das exportações doalgodão bm.iileiio e du tiigo argentino, constituindo mudoa mais séiios obslá. ilu.s à expansão do coiuéicio inter-regional latino-aiu .dio. "cm particiilai du illleicíiuibiul.iasili uo-aigeiil mu.

Ao (empo cm o-:,- uiiiileiilesie.s- aspectos essenciais daquestão, os peritos do Ha-marali, no Livro Branco dc-dicado ao assunto, apontamenfaticamente no método dosacórdoa bilateral-; uma dascansas mais importantes riaestagnação cio léreio •¦"-11 (. o Brasil e os seus vizi-nhos do sul du continente.Considera,o nei ess,-l|-ioHhnndono dêsle método .¦ iisnia substituição pelo mulli-Inleralismo. que se eoneie-' l/.nrio na Zona de Livre < 'o-

mércio. Justificam ainda acriação da zona pela exigén-cin de subordinação ás ri-graa do GATT l Acordo ' íe-in 1 dc Comércio e Tarifa; >,,1o qual o nosso país •• nmdo.s poucos membros latino-americanos.

Não procedem, poiéui. osccgunientos eoiU ,i o- ai oi -fios bilalerai;». Kinboiu ci-iu

iiiiiitaa imperfeições '-*m suaaplicação piaUí a, algumasinevitáveis em icgime capi-talisla, os acordos bilateraiseonstlluiram nm dos aspe-los mais positivos da polui-ca brasileira de comércio ex-tei lor, permitindo eei ta dis-clplina do gasto de divisas. m benefii io da Indusl riali-an a,, e .-ia1 antlndo divet sosmei i ado.s pai y nossos pi i dn-l(i'ji . .p,.i laveis K' significa-tivo. aliás, que, éni inaléiiade ilui-á o iaiiíits a d

¦i giavaniesn.-ui-s e Olitni nl poi l ação, o Hi asilmnis paises -Jo sul do i mi-linente já alcançaram, íuií-ea mente empregando o mé-lodo dos acordos bilaterais,não menos de ôO' ,¦ do obj.«-tivo final pretendido con. ». liarão ria Zona de I.ivre Co-méi cio, .- eni oa sérios Irtenn-vi nlenl cs que esta envolve,den! ro das •")' ui :(-i l< ticas .1')

*cu projeto, A proposital dc-«-ligéncia com o.s acordos bl-lateiais. nos Últimos unos.bem conio a crescente eliml-nacáo du controle estatal uaesfera do câmbio, por inapi-ração <le uma polUUia pií-i.-onlzada pelo f*'!intit-. Mone-tãrlo liueinacional, lèm Ira-xido manifestou piejuluoíao.-. Interesses do nosao pais

K' óbvio. Igualmente, quea criação ela Zoim ile LivreComércio não se justifica p«r-Ia mera necessidade de i iu -

pilmento de exigências for-mais do GA'l*r, organismoem que dominam laigameii-le os Interesses dos Balados1'nldoj e de outras potênciasImperialistas, Nâo seus oraio do laisso pais idlei ktais exigências, quando nc-íiluinia vantagem ieai Un-trouxe até ag.ua , petina-nencia iu>s qun.lios d"ÜATT

¦\o coiiliário, pur conseH ume do que mi«jiunenianios peilios do It.imaiati t- defoiuissào Kconóniica p«ia s

Améu.-a I. :i iOKPAI.i, *

criação -i i ''""<i dr LivreComércio n:i se apresenta,mis coiiuíi.í.-. atuais, comoImperativo inevitável. O in-tei-câiiibio eniie o' Brasil routros países <>a América doSui enconliii ímpia margempara se desenvolvei' nos. qua-riios de unia poliüea de a. ôr-dos bilaieni,» nao »ó a nill -to como a loiilfU pni/.o, s. li

n condição, es " claro, de quenâo se iciiuvr como ien, fel-to ,. f-Mvêniii in isileiro, aaqnis1!,;'..! oe excedentes '".UU-eolllH nu,, ti-l.dlos l.lilldi 1,um -. ve,. que isto reduz, d •inaneiin sensível, as po.'.»i-biiid i1.,.; > iatercíinblo co »pai.*:-8 Mzlnlii.s Tal política.Ir a, ôn o. bilaterais po

ser, se,I, duvida, acon panlia*«l.i de certos acordos nndtl-laleiiiis, se I i-jr-iosaiiienleespecificado» e limitados,sem os pi«.ijj«'.-,iti't rie j-ene-raridade - *rm as cláusulasnocivas contidas nu projeto.ir Tratado dc /.una do Ll\ re Colorii i.'

0

0 projeto ite Tia.«d., dr Zona ¦'•' l-c.te Coin ¦¦"-cio. exliavasa flagranUniente u...* caiaeteilslicaadr tm, simples insl ii inenlo conieieial. envolveu-«Io claros eompromissos de delermlnada política

,1 ¦ inveisôes e>iianf;eiia.s e de Inte^laçíio '•''oiiômlca ade-ipisila aos interesses dessa.» Inversões.

Tais i-omproniissós esifto patentes, soliirtiido, nos Ar-tigos li' e H do projeto, uue ieproduziiiui- s sej;ii|r:

Art, 13 A fim dr asíeRtirar condieúas squitativasJi coin-oirência ->,ilie as partes eontratanlrs e facilitar aciesceiite integração e complenieiUaçâci de suas economias,especialmente eo campo cia produção iiidu.-liial, as pait-scontratantes estudarão a fonna rie haimonizai' nu sen-lido tios objetivos de liOeiai.âo do presente tialado seusre»*illleí de rxpoi ta.;ão r iiopoi Ia. :i... a.-.-iiii .-ollici us tra-lamentos aplicáveis aos capitais bens e snviços pioce-'lentes de fora da Zona

Alt, 14 Cum o objetivo dr aerleiar o processo -irinlefciaçâo » une se lefeie o Ait. I". ».» pai tes contra-laiites iiiideiàt, negociai entre si aeôidos it.-. eonipleiiien-tacào pu, selores Induslliais, nos quais «¦ regime de llbe-ia,.ui do inteicâmbio seja «e.aplado ás peculiaridades de

-cada setor da produção .

A aprovação do Ti «ladoimpeli ao BiaMl, inequivo-. iinente. w . ompiouiissu naos.í de manter u-s 81 aw* a*1-pedos entreguistas da iej*its-lai;ào aòbie capital esiiangt:io ora vigente no l>:ii.» eon nde .-iiiui inrir os seus aspectosnaeioiiallstas e tui na ,a sue.}* iii-rts liberal , ., seja,mais eiitreguisla. Tal p«- •-

peetiva !eii8 as piores cor.-seqüências em qualquer se-to,- da economia, mas i-**11'-ta especialnienle chocai"-' "focalizamos a questão do pe-tuileo. Cm.; vez uue na Ar-gentina, na Bolivi;, f no Pe-mi. a legislação alue a •**¦-

ploraçâo pelioüfeia is api.-cações dt capilal rstiaiijri-lo, pet'lllitílli.lo Hiir fli aluemnotói los 11 o»; i-< Internai io-liais. deVelia o gov"-ino bla-ili-iiu Iihi niuiiizai ü r-.-.iscundiçòes o Seu próprio ie.-vjinir tle exploração do pt*-11 óleo ou, paia usa, u eiife-misnío diplomático ,estu-dar a forma • cie fa/.e-lu, su-bordinando-se aos aludidosobjetivos rie liberação do

Ti atado, E' fácil compreen-rie,- que orientação desta or-riem conduziria, em últimaInstância, ao debilitamentoe, na prática, à e.xtliieào domonopólio estatal do petró-leç), cuja lei foi eonqnisladupelo povo brasileiro depoisde memorável campanha Ueiiiiisyns.

Tal perspe. (i\ j i,áu p(J,!e.deixar de ser rejeitada ,*elaslõiças patriótii as, que lnt.-i;.iaão só pi,id tlef.-ndei- os ¦'¦•pei tos naeloita listas já exis*lenles nu legislação, eomopau. reforniá-lii ne modoprofundo n rim du reslring-irseveramente o campo dea(:âo do capital imperialistae impedli iju,. , rintinui espo-liando a econoii.i;i ,,,, nossopais.

Sslia a i islã istiialmeiiteicit e O i-apil «i llol Ir-Miuei,-

« e.uo ., v im ipal Interessadonos acoicioí .le conipiemeii-laçáo por -e.oies indus-triais . a que -r lefere o cila-do Artigo H Os monopó-lios noi le-aiiitilicaiios pos-eiirin, nu» sete países a st-i»ni vinculados orla Zona «.IrLi\'i e Comei i io, ilivei *f>e? eli-i.-ie.» que lotolizani mais delies bllliôes de dólares, comtendência a crescer de simpai a ano. controlando um ea-pilai c o n s i d e r àvelnienttmaior. Sào estas inversõesque leclaniani u« acordos decom pi ement ação clevidameii-ir sancionados por governosrapaz** de servir aos .«eiisiiitriésses, de*maneira a qcea,- siiciusai.s ou subsidiáriasdos monopólio.» ianquesi' in .., ob .ri iv,i ü.i ele\ açftoiiiii .10.a (ici? sel.s lll.'Iuspossam localizar-se nos pon-los mais convenientes e ia-!tgia:-se ac.ia das frontei-ras para o dominio de ummercado unificado de selepaises, esmagando possíveisconcorrentes em (piniquei'deles. O desenvolvimentoHcouómico desses países setornaria, em con.vqlléncia,mais deformado, mais de-pendente e desnaclonalizBdo,«ubmelido à crescente espo-liacà,, ii,, capilal alienígena.

Na,, está, pois. em cansai legitima cooperarão, embeiiefii :,., niiítuo, em , g pai-ses lalino-ahiei icanos. Ksiacooperação pi-eelsa sei mi-eii-i i\ lida si ,a vés ('e ineio.» ade-quadris, em todo.» os terre-nos, in, luslve no econômicoN'o caso, porém d. Tratadoqui sc pretende aprovar,(breu. ir as portas para »anuiií ilesenvoltas manobrasdo eapita] financeiro dos Es-lad/)., I'nidos, que .«e esfoi-cará pa ra oonseguir ei seus'ais en, cada caso, no- ln-

tel médio de-le OU (lii(|'.ielegovcin,, Co ••'ul do coiilineii-te.

A aprovação do Tratad >de Zona de Livie t-oméicioconstituiu., pm conseguinte,

t)

grave atentado aos interês-ses nacionais . o in vo bi asleiro e doa povos niiiáos.cujos governos se farão ie-pieseniar na próxima Con-fi-iéncia de Montevidéu,

O

o Tratado de Zonn .í. Livre Comércio, se viu-cuia, conio declina o seu preâmbulo, ao estabele-ehiienlo, dn foinia gradiuii e progressiva, do Mer-.o Conuini I.alino-Amei ieiiiio.

,:' sabido que u CKPAL vem trabalhando desde báalguns anos. nus projetos preparatórios do Mercado Co-mum, Inspiranelo-so, em certa medida, no exemplo dn Ru-ropa Ocidental

Os projetos da CICPAL refletem sem dúvida, a aspi-ração da burguesia de diversos paises da América Laiíima encontrai' foi mas de associação e con.lições mnis pro-pieias pina o desenvolvimento econômico. Ao mesmo lem-po. os projetos da CKPAL expressam a tendência conel-liinloia, que existe na burguesia cie paises dependentes, Ks-ia tendência se tiadnz na tentativa de contornar a ne-cessid.ide dtl lula tini limpei ialista pela emancipação ua-cional através dr planos mais on menos Utópicos de ¦ lll-tegraçfto . eni que s?ioies bmgueses dos paises de maiorpotencial esperam tirar vantagens â custa dos mais atra-nados. A tendência conciliadora também se manifesta nafuga á tarefa da refoinia agrária, embora a sua leali/ii-ção possa criai nos paises latino-americanos, sobretudo noamais populosos, mercados Internos de maloj importânciado que aqueles uue viria a oferecei nm fictício MercadoComum, Dal a falsa tese que inspira 0s documentos daCKPAL a respeito da criação du Mercado Comum, apre-sentado como Imperativo fundainenlHl, como único ca-minlio possível paia .> cieaeiliicillo da (.-coiioiilia da Amé-lies Latina.

I ' : JI >-.. e ii' •« ¦ r.

•ui-, conio os fato:liam. a idéia da '

llo|-"l. *

demoiis-iiiieãii de

um Mei.iKio Comum Interês--a ao iinpeiialisnío norle-ainericano, que a vem expio-laudo paia alcançai- certosresultados pirtticos iiueilla-IOS.

Mais de um lerçu das lll-v-wr^-Ôes tlii,-i.i«i ilu cíihi1Ml

privai!., dos Ksia dos l.'nl-dos no exterior eneoiitrs -¦;

aplicado na América Lati-na Se imii, parle lestas lli -

versões esiá vincularia P"1 'futí dr realização, , o m.-i -

cario intei nacional. ,-i iuclpal-mente .- norte-siuei ic**no, mi •lia pn.le. já. eoiisi.ieiável '

eu. aumento eon»' .mie, .1 zrespeito a unia produçãodestinada an Uiei. itio local.fi.sle c o case, no Brasil, dasempresas norle-anierieaiiasi,r autovelculos, pneiinnUi-cos, produtos farmacêuticos,artigos elétrico", etc. O au-inenlo i... leulabilidade * ^expan-áo .i<- thí.-, inveisõessr Hi i)M di rolutiilloiihíioí* -fl

ampliiieâo do me . ado iu.prupi ,i A mc-rii-a I.al ma, Aforma,,àu .Ir iiiercarios uni-fn ado.s .ie blocos «le naçõessr torna, assim -desejável

paia os monopólios do.s Ks-tailo«. 1'nidos, ipie leiii-i ia-

. iliii»iUr p',-lei iam dou m .'¦il coll,'(ll I (Ml. ia da iimu.-i I ,Hnacional (*..,. paises so sulrio I:'o Cirande, Inipedir o seu

ilesenvolvlniento Independeu-te 8 reduzi-la a uma condi-

çáo marginal, rara obter re-

siiltiuios práticos desta ut'l*n-laçáo, o imperialisnío norte-

americano acena c'U|a van-tagena an setor de exporta-

ção lallfundliíiios e gran-.les conierclantes e a cei -

tos círculos da burguesia In-diislnsl (Je nosso |inls. em-

bora tal orientação não pos-sa deixar rie tiazer sérios

prejuízos â burguesia indus-iiial ent seu conjunto,

l>sde junho do ano passa-do, encontra-se constituído oMerendo Comum que abran-

ge cinco j-Htses ca AméricaCentral, Apreslam-se agorasele países da América doSul para foi mar uma ZonaUe Livre Comércio, que de-vera preparai o ultei lor es-tabelei inienti, de uni Merca-o., Comum. A tudo isto dftoseu estimulo moral e pi rt ti-.-,, autoiizados porta-vozesriu Impe lalismo iiorte-anie-i na no. Ti.ila-se. pois, rie(piestâo |á situada no terre-im ei nel e! u r que de\> serenfi eiiiiui-: con., etamente.

0 Consideram .,s eoiuuni.-las bra.» leiios que é neces-míiío (lenun. iiir os plenos dos monopólios ianques(* liitur paia iinpeilii sua coiisumação. Sem semancipação nacional, a projetada -integração,

o .. ir in sentido paia os nossos povos, pois beneficia táacima de tudo ao guinde capilal dos Kstados 1'nidos. Com-batendo projetos como o de cTralado de Zona de LivreComércio , piopugnani os coniunlslas formos de coopera-çáo entre os povos latino-americanos que os fortaleçamefetivamente, paia a luta pela emancipação nacional eon-tra u seu inimigo comum o Imperialismo norfe-ame-ricano,

No que «r refere, em parliculaV, ao Brasil, os inierAs->-e« genuínos de nossa Pátria nân conslst.eni no desarma-menlo aclunneiro, cambial, legislativo ou i|e qualquer ou-i.,i ordem tlia.nie do capilal imperialista, tuas nn reforça-mento das defesas ds economia nacional, ns conquista deposições decisivas e sólidas, (pie permitam assegurar unicurso d; desenvolvimento Independente e progressista. Kxi-tr um curso desta natureza a luta por soluções positivas(pie. nas condições aluais, significam, de modo piecipuo.monopólio estatal do câmbio em beneficio exclusivo dosempreendimento» nacionais, particulaimente da industria-llzaçáo; laclqiianiento rigoroso das divisas paia as trans-feiénciaa «.to «apitai es l range ti o e abolição rios seus múl-iiplos privilégios; amplo comércio com a União Soviéticae os ilrinais países socialistas; incremento das relações eco-nõmicas com a América Latina e outras áieas de paisessubdesenvolvidos: eliminação rio capital impei ialista emsetores como a produção e distribuição cie energia eléln-«e.. frigoríficos, distribuição de derivados rie petróleo, ban-cos Çe depósito e companhias de seguros; auto-suficiêiiclano abusteelnientn de petróleo através rio monopólio da Pe-trobrás: apoio efetivo às fui mas autenticamente nacionaisí progressistas dt- .apa a lismo de Estado; medidas de re-fui ma agra riu em beneficio rias massas camponesas, obje-livnnilo lápida e substancial ampliação do meicado Inter-a.i- elevação do nível .ie viria das massas trabalhadoras

Nu lula poi estas, soluções podem iiiui-.,e forças de«li.Viente oririitaeáo política e ideológica, interessadas, jsi-; «ii nu mesmo objetivo de emancipação nacional. Os co-ic.uiiisius (laiáo â unidade das forças nacionalistas e de-

!ic.-'..< iói||i a conti ibuiçáo (pie estivei io seu alcance.

IMPERIALISMO...(I oiiela- aa pág i

inoni)|iólio? dizendo «tue oijovèrno cubano "contlscu«cui coi:.| nsncfto pruniieciatle.» '.i? norte ainericano.»,Kem u si Nixon, nem qual-qtitíi outro frncloiiârio uupoliu., noríi anieriüiinu,enirelanto. clt» prnprhda-des que lenhan. sino comriscada? pillh f simples-menlr A própiis nota deproteste do Departamentoti* Estadc só Sp refp"c auma draRS. no va! ir cie 'iüllnui dólares, o i|Ue e, -pn, riu

vi .¦ p-.u ii.. •'-.-, paran nua iiriiaria.

A verdade é qu» u i lutei -no c-ubuno, usando f;e porié-res absoliitiimente legllnnn.*-,nestkproprloii várias eniprí-a.-,-, agrícola.*! nu indu. iria.».clc ' 'lijiiiio.» ou de esirangciros principalmente norteamericano , por dois niml*vos: uu po: terem .sido ad-qulnclas ilegalmente duranie a ditadura de Baiisia, onpor Utilidade pública. Ne-'eúlliinrj caso, o Governo pa-liou pelas empresas o valordeclarado em bônus de :¦!)

i:i,i- ei m juros Ctf 4 ,*) "*, se,ano. R este é o veidadeircmotivo da campanha amai-meiile movida contra Cuoa:u» monopólios não aceitamque uni Governo popula,- osenfrente e lhes laça justiça.Isto foi o que aconteceu emlü.H na Guatemala em re-lacãn â United Fruit, Isto éo que procuram fazer agora.om Cuba a nipsniísaima Uni-led Fruit, a Cuban Ameri-can Sustar. » Bond and Sha-re. a Cuban Development, aStandard Oil • n resto dohéQllitO,

, v + + + ++44+f+i + *1>l1f + 41* + * + + + \I-S¥*

OTA ECONÔMICA A**-****» "•"" ..in.i..||K«ii«»iill.inlln«fl.lntttt|f^f)MtMfMtt,

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O movi i-iri.i •-,¦',« * -, i:: 11 í.- Ia uhti-ve, na i -iiaiiMiiassadn, unia ri-!-'. an!- «.dóiui na ' iiu.i.ssiiu .Ilil{i'l;itI*ò(,s r,.vifi io(|tianrio a ma «u i.go 1" do proji ; ,

|.M ' llH'- da Cúmniii dos D''

|. -ila ( un i ¦ ân aprovou ., An :!;, ¦., 111•¦.•-«i un di r.iu ¦i-iu « i1'.! -I

Passos, sfilndecbirn(|'l: ' IO l|i«l ! e. ll!.. }!•

Kxlel ..!' du llci-.l ••de IH--».

i:-;, o ¦<\ol;i l,i0.-^ dois j'„:viii**:d diÉ li' '"•¦ -.-oiii¦¦Silli il I l 'li', de ll. ."• i.tado »'ô'ui | ¦ ¦" u-i- ''

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l-llllr 1'oiUllllia >..,1 ., o. ;'.., .li I ia

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¦ HoÜNill pai:, qutiiiilii'.- uai»'-» «pis

».' rmpi-i.1- Sul

, ,¦•! uailie' -isiii.»

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|ii'i a

li-irus ou- p. "possam eime.não o liia.Ml

li lt;, ¦.,!.,

r .-.,• uto.-' o iios compromisso-! nocivos ao país. assinado.» ¦Roboré, não carecessem rie ralificaçin p«¦ i« :-

gresso, para entrai em fase executóiia, Ao :.|ivai c recor.íenriai iu Plenário ria ('limara a Isoluçai que considera objeto de Tratado a? '.-soes lirmad.i? ua fronteira boliviana, a (.'omde Relações Kxtcr ore? dá un grande passo nrsentido de anular a t-.ii",*> dc lüin.aiati, e per-

.-í*f.

Iíi.Ih

Roboré: Uma Vitória,le

Ulll-

nat-li in.

i i*> ( ' ul.niess. iiiiidiliiplt» ,,.- a,,,• pai;!. alai ne-ie, t naquela* cIkumiI

repn-i-nlaii i. • ¦ . eiriiuleiii a.-.-ali.. d !',-¦I Inu i- :<¦ t.iii laliiuli r i 'iiiiiis.-ão

c''¦'i-*' •¦' '¦'

pau ,.i. ev ai 'íi li. ii .. \ i li«-, :'*.'¦'¦ d líi IH ill 'I. ilf plitllrii, (lalni.-l 1'llsru.»'I¦i' I" .Liava [ii.-jiidii ai •»( pai.« e i-onleúd. dus'¦" It lúit.iiie .-. aprovação du i-itail.. A,t * li ¦ i' (»••' ;i.j'i''U 6tg(Hi ií;i l íiiiiutíí iã ihiii-j .-n'a '!'¦¦:' '¦ ¦j.i',1-1. ileuioiisliiiçãi Ui ascensu du mu-

¦ii' i.iii-.unalistil nu pais i.!:, pi oi ou que ocai : ui •'¦ii. io ,i'- i.-i ii, i .!, ap"iiíi.i i:« se eu.-'ia

- ¦•!';¦• Uc .-..ii «¦ui defesa do.s inl.-i-.-.»,-. na iiuiai.».,uu;!'.. ,-',.¦.- »,- chocam i .un ., impei ialismo norteaue-- ei.iiu, nuis que e capaz tainbe.n de contia-¦ ai |iudeiu.»(i< nitipos eeonóniieoí btasileiio.», (ituiu.1" <•'.¦«, se associam ao imperialismo ianque emf-riipieiiadas nocivas ao pais, como é o -a.-., naquestão do petróleo boliviano,

!''-e »er rii',(, que j-iande pane ,|,, niéritoile.--':i litnria nacionalista rabe ao deputado lia-bii«"! Passo., (pie nào mediu esforço*- para es.-la-lí-c.-i o? seus paie» na Comissão de Relações K,x-

leriures, com fartura d» dado.» e aiRumentos, sft-

tire o canÜei' eni reuiiista e antinaeional dns açor-• i.i» rie Koboré. Paia n representante naciuualistada ! |i\, cm particular, ".-ia vitória sík;iiíi'íci, mnci-niico v.ii.i de .le-aj. i a\ o, p.o parte .|,«i Cáiiiiii.i Inc.- « inteiisa cíiiiipanlui ri-- desiiiiiinlizíiçã-'que ruiilra éle vem pi.uiioveiido, p.u sua iilunçíiui," protileniíi, .- cúiu da inipicnsa ciilrcyui.-:a, nolíiasil e na Holivia,

lin luyai i-speciiilmellte infeliz, ne.-l.i i-íiiiipunha contra " deputado (lalniel l':..»»u». c.iulieau sr, ():,vui|ii.i Çuilhernie, a quem ,, naciunalismonc llra.-iil, sem dúvida, deve consideiáveis scivi.;•,.-. imia (|ue, desde lni algum tempo, piocedeu auu,a virada de ISU graus em suas convicções poli-ticas, e pasíou a dedii:ar-«e exclusivamente à dc-fesa d(is gl*upos financeiros interessados no |u-ttóleo boliviano. Depois de publicar, meses atui.»,um grosso volume de apologia de Koboré, aquelepublicista volta agora k carga, escrevendo e pu(ilicando em tempo recorde um volume de réplicaa., parecer do deputado Gabriel Passos.

K' lastimável que alguém com a cultura do sr.Olímpio Guilherme dedique hoje à defesa dos in-

terêsa»" do giiipn Koclni Miranda .«. .. qur ó pior,da Standard Oil e da Shell o mesmo entusiasmo,

. niboêa não com o mesmo talento, com que aindalni poucos anos sc batia paia que u liovèrno bra-sileiro adotasse unia politica externa independeu-le e, voltada para oa interesses nacionais.

Ignoramos se o autor rie' «-0 llrasil e a eraatômica rorebe algiuua recompensa p.u- sua pus-¦¦•¦•¦eui au mil ro lado da lni ri irada, embora sejaimpi.iváyel qu- liabiilhe de graça paia n inulti-iniliuiiáiio líuckefrllcr. Por maiu, que fosse e.-m re-

npensa, einletiintii, duwdinmis que ela oagnsseus funis da defecçãu, O si, Olyiupi.j (iuilheinifiperdeu toda a força ,1, seu estilo, lòria a capaci-tliui.- de arguiiifiilai cun claie/.a •• concisão, queiiuuvuii as sua.» nina» íiu passado, Km pailiculai',ésle ultimo A verdade sólire Itolioré \eio polir»de lingnageiu «• «i>- argumentiis, I-." um -.montou-.iu de (ii.»iuiçú.-s grosseiras, mal disfaiçadíis. emque o autor procura suprii a falta .l„ rnzão peladureza dus adjetivos com que »,¦ ,-el'ere an depu-tado (iabriel l'a.-sus.

O (pie é mais sijeni ficai ivo: n íiv. Olympio(iuillieiiiie perdeu público e pieatigio,'Seus lou-'¦nes à traição de Roboré eni-alhani mis livra-nas e são empurrados de caça pelos uue espe-iiiin lucrar cum Roboré, fiste.s, na verdade pa-recém ter sido os únicos a ganhai com a trocade camisa do ex-editor .1.. -Intei

R. A.

(•!»*-»•**•»•? ****** *"»*¥ + 4+ + * + + + + + + + + *-**•!¦ ++ + 'r** + irf**'r4 + + + + * + *44+ 4 +44*44 + 44 4 4 + 44444+. + **4 44 + 4+'+++ + + >(->e+ + + ^* + + + + ******************************+** + +++++ + + + +++.+4^.+.4^

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•2*9-1 • I 4 -I- 1960 mam NOVOS RUMOS PACINA 7

A América do Sul pediu em Sio Pauto:

ANISTIA PARA OS PRESOSPOLÍTICOS DEESPANHA E PORTUGAL"INICIO DE UMA LUTA DIGNA, DEMOCRÁTICA E HUMANA", AFIRMOU O EMBAIXADOR

ÁLVARO LINS"Não é o fim da jornada,

mas o início de uma luta cng-na, democrática e humanaquo Juntos iremos encetar",disse o embaixador ÁlvaroLins, presidente da I Confe-réncia Sul-Ainericana Pró-Anistia dos Presos Políticos eExilados da Espanha e Por-tusal, durante o discurso quepronunciou, na noite de 24 doiorrent«\ na sessão de encer-ramento do eonclave. Eacrescentou; "Foi tambémuma vitória da democraciabrasileira a realização de.staconferência".

A manifestação, realizadana capital paulista nos dias22, 23 o 24, constituiu se mimêxito sem precedentes pelarepresentação numerosa cs ex-presslva, pelo conteúdo e ob-jetivldade de suas resoluçõese pelo fiel cumprimento doprograma o fins de sua con-vocação.

RESOLUÇÕES GERAISO embaixador Ah aro Lins,

eni nome chi comissão di re-

soluções, apresentou quatropropostas que foram aprova-das por unanimidade: enviaruma denúncia à ONU sobreas perseguições na Espanhae Portugal e ainda sobre afalta de observância, por és-hcs paises, dos princípios daCurta da ONU; enviar umacomissão composta de perso-utilidades de prestigio naAmérica do Sul, à Espanha ePortugal, para expor aos go-vemos daqueles países as re-soluções da conferência e, aomesmo tempo, solicitar o di-reito de visitar os presos po-li ticos; organizar uma co-missão permanente de 11membros, dois de cada paisparticipante da conferência ede outras nações que venhamaderir ao movimenio e, li-íiHlmente. organizar uma no-va manifestação, se possívelpara êste ano.

Após o estudo da tese apre-sentada pelo desembargadorOsny Duarte Pereira, presi-dente da delegação brasileira.

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Durante os três dias em que a Conferência foi rea-lizada- o salão nobre da Faculdade de pireito deSão Paulo ficou superlotado, como se pode ver na

foto acima, tirada na sessão de encerramento.

c vários outras trabalhos, acomissão propôs uma resolu-ção geral aprovada na inte-gra e que pede; anistia to-tal para os presos e exiladospolíticos, supressão düs trlbu-nals de exceção e a t.ransfe-réncia para tribunais co-muns de todos os processospolíticos, vigência dos prin-cipios dos direitos do homem.

. reconhecidos pelos organis-mos Internacionais dos quaisa Espanha a Portugal parti-ctpam a, também, a denim-cia, junto aos organismos ln-ternacionais, de atrocidadescometidas pela policia deFranco e Salazar.ADESÕES RECEBIDAS E

DELEGAÇÕES PRESENTES| Aderiram k Conferência

parlamentares, escritores,'¦.íi cientistas, Jornalistas, jinis-|.7 consultas, dirigentes a lideres;7 (sindicais, prestigiosas figurasí- j. do clero católico e muitas ou-/ •' tias personalidades. VáriasI " Assembléias Estaduais e Cã-

,: maras de Vereadores enviarammensagens a representantes.Sindicatos e Federações detodo o pais dirigiram tam-bem telegramas e mensagense estiveram presentes delega-dos de vários Estados.

Numerosas « representaii-vas foram as delegações doUruguai, Chile, Argentina,Paraguai c Venezuela.

A COMISSÃO DIRETORAA Mesa que dirigiu a Con-

feréncia era oomposta dasseguintes perso na lidades;Presidente —Embaixador Al-varo Lins; 1.° Viee-Prosiden-te —• JjUíz A. Panigo, da Con-federação Argentina do Ma-gistérlo; 2.'" Vice-Presicleule-Clotário Blest — Presidentecm Confederação dos Traba-lhadores do Chile; 3." Vice-Presidente — Alfredo Lepro~- Senador dw República Ori-ental do Uruguai; 4." Vice-Presidente — Eduardo OrtegiY Gasset — Escritor da Ve-neüuela; 5." VIce-Presidente— EIvíq Homero — Poeta daFrente Ünica de Libertação.

J Nacional do Paraguai; Sccre-

A Propósito de Paddy ChayefskyPaulo Saboya

t

\. recente exibição de "Cre-piisculo de uma Paixão'' (Mitl-(He of lhe Xighti. torna opor-.tuno alguns comentários arespeito de seu autor: PaddyChayefsky.

Obtendo um sucesso mun-dial logo cm seu primeiro fil-me — "Vlarly — Chayefsiiyatrai a atenção de toda a cri-tira sóbre sua pessoa, fazen-dn eom que alguns o tivessemcomo uma personagem super-valorizada. Mas* tal p*r',,,,,!-ma desaparece om seus filmesposteriores, quando ChuyefsUydemonstrou do quanto e eu-paz, ao sobrepujar em mui-to a figura de seu diretor lia-tiitual: Hclbert Manii.

No momento em que o elne-'ma americano sofria uma sé-ria crise, em conseqüência ducrescente popularidade que nTV adquiria. Chayefsky, atehoje um escritor de televisão,dá formidável impulso a sé-Uma arte. náo através, como¦teria dc se supor, de fórmulas,"u seja, sua inovação nãn di/.re-jipeito à forma de televisão«mirada ao cinema. K' maisprJ-ofundo, porque busca uma.nifiva visão dn cinema, livran-.(I(i'í d} de sua tendência (para.••alguns natural) dc arte volta-

ria para os grandes e excep-cionals momentos, por excep-cinnals e grandes personagensvividos. Nem tampouco agar-ra-se Cha.vèfsUy an "grandeespetáculo" moderno: o equi-valente pláslico-visual de dog-mas medievais. E neste pon-lo, vale ressaltar. Chayefskyganha de Stanley Kubrick,que parece ter enveredado pe-lo caminho (lo "Big Business",an aceitar a direção de "lis-

parlar»".Inaugurando, comu uronte-

ceu, um nuvo 1'iiinii de aplica-(,-áo da arte cineniulográfiea,Chayefsky arca, desde lflõãiano ria realização de Marty),com a responsabilidade demanter-se no mesmo nível ar-listico de sua estréia, o qneconsegue, mostrando com seusfilmes posteriores qual o ru-mn (Té seus trabalhos, ao es-erever, por exemplo, "A Deu*sa" *> "Despedida de Soltei-

ro", nos quais deixa bem cia-*rn' a Hnlia (le seus filmes, o«mm flic acarreta uma série d«

críticas sóbre sua Imaginação,-lias a esses ataques, respon-de éle rnm nbras que demnns-Iram, mais du que uma Ima-ginaçào fértil, um profundosenso de observação ria vidacomum, seu lema prediletoe o único onde de fato nola-se seu excepcional talento doescritor dn diálogos, conse-guindo, proeza pur poucosdramaturgos alcançada, fazercom que suas personagens, ¦de um modo geral banais, seexpressem como poetas, man-tendo-se, por outro lado,dentro dns padrões de seusi-bilidade normais. E o êxitoé alcançado, devido, snbrelu-do, ao profundo respeito quuChayefsky nutre pelos senti-mentos mais primitivos, masnáo primários do homem, eo-mo éle próprio declara: "Hádrama muito mais excitantenas razões pelas quais umhomem se casa, do que naspelas quais éle mata seu sc-melhante". Mas antes de lu-do, n que fuz eom que o au-lor de Marty se destaque en-tre sciiü pares, é o fato de.embora sendo os elementoshumanos cum que joga, deuma simplicidade total, nãocair o "script" cm situaçõesesquemátlcas como o que

aconteceu eom 'Im llnineinTem Três Metros dc Altura"(A Man Is Ten Fcet Tall) rieMartin RIU. onde ficava pa-lente a padronização riaspersonagens dentro de umvelho filão da bondade, da.maldade, e s Inetinselènclaenlre as duas. Marty, suanoiva Clara e todas as de-mais personagens de Chaye-fsky têm uma personalida-de bem definida. Seus tipos,embora dentro de padrões di-lados por seus meios, são ri-cos em contribuições pes-suais, o que nos leva a crerem outras qualidades deChayefsky que, infelizmente,não poderiam ser abordadasaqui. Porém, a simples vi-sáo de um de seus filmesserve para alertar-nos sobre.a grandeza de sentimentosdo homem, não importa dequal bairro, de qual cidade.oil país. E esta qualidade noautor de "Crepúsi ulo de umaPaixão" não poderá sei ne-gada pnr seus detratores for-in.ilistas que fugindo àdiscussão de seu» filmes, prn-curam defeitos cm sua obra,,

.os quais, embora jxistentes,..são de caráter já relevantes,frente ao aguçado espirito deChayefsky.

tário Geral —« Dia. DoloreSde Mello Vassão - Brasil; 1."Secretário — Guilherme Este-ve.s Boero — da FederaçáoUniversitária Argentina; 2,**Secretário Luis Mcrino Reyes

- Escritor — República doChile; 3." Secretário —Emilla-no Despet — República do Pa-raguai, e 4." Secret. — Prof.Luís Guidolti --• Vlce-Presi-dente da Federação Uruguaiado Magistério,

Foram constituídas trêsComissões; Para assuntos rie •Espanha, para assuntos dePortugal e para as ResoluçõesGerais. Todas estas Comis-soes funcionaram na Pa-culdnde de Direito de SAoPs ulo.

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b

Aspecto dn mesa (|tie dirigiu os trabalhos ria Conferência prri anistia parans presos e exilados políticos de forlugal e líspanha. vendo-se ao centro o

seu presidente, embaixador Álvaro Lins

Portaria já está pronta

COFAP Aguarda "Momento OportunoPara Aumentar Preços Dos Remédios

LMiglicll

«Marty» (na foto unia cena) projetou internado-nalmenle o nome de Chayefsky, popular nos Esta-dos Unidos graças h apresentação de seus textos

na televisão.

Mingiiém mais duvida, nes-te momento, que os preçosdos remédios serfto aumen-lados. A COP"AP já temmesmo unia portaria pron-ia, nesse sentido, qne deve-rá entrar em vigor, confor-me noticiaram os jornais.- no momento em que fôrconsiderado mais oportuno ¦Com isso se consumará maisum ato clu desenfreada cor-lida altista imperam d emnossa economia.

SIGNIFICADO DOAUMENTO

Bm maio do ano passadoOs proprietários dos labora-tórios entraram em acordo<*oni os senhores Sette C/i-mara e Frederico Mindello

i por esse tempo presidentesdo Conselho Coordenador doAbastecimento e da COFAP,respertivamentei quanto soreajustamento cios preçosdaa drogas. Estabeleceu-*»que o» industriais doa reme-dios mandariam confeccio-nar um «Index Geral de Pre-«•os>, que seria distribuído A»farmácias e drogarias, seaprovado. ftsle * Index»custou três milhões de cru-íeiros aos industriais. A cer-ter.a de que seria aprovadoera táo grande que algunslaboratórios distribulram-nologo àquele» estabelecimen-tos comerciais, «em a ante-lior n obrigatória aprovaçãoda COFAP.

P" s t a b eleceu-s« tambémque o aumento, sobre o pre-ço vigente, seria ate 40'''.para cada remédio e qie, natotalidade, cada laboratóriona0 poderia majorar «cimade 15%. Assim, os indus-inaia elevaram os preços dosprodutos de maior venda atéo máximo KO'7) ou quase,aumontando pouco (ou mes-mo, ninla aumentando) nosproduto.", menos vsndidos, nfim dt nSo ultrapassarem omáximo de 15r-' no tol ai Naprática, com tal procedimen-to <se fôr aprovado o «In-de.\»i. os laboratórios obte-ráii um acréscimo no lucromuito acima de i5fr Oomose vê, -a reduzida média de1ri'y . propalada pelo> capi-t.alistas dns drogas é uni pu-ro embuste.

A CAMPANHA ALTISTAA argumentação 'ios in-

dust riais de remédios não selimita à- afirmativa de queo acréscimo de 15'P « redu-ziclo. Outro ponto a (Jile »eapegam sempre é o (pie screfere à redu çáo do númerode laboratórios, de que jatratamos no artigo publicadona. seniann passada. Expli-c-nni o desaparecimento cioslutJ laboratórios pelo iongc-lamento dos preços .ios re-médios, quando, na, tealida-de, o principal motivo i aconcorrência designai impo.---ta pelas grandes empresas(em sua maioria, laborató-rios estrangeiros). Enipre-jínm aindii outtOg arguinen-

. tos, que veremos en: segui-da. Antes, contudo, í inte-ressante observar a «volu-çáo da campanha altsia em-preendida pelos Industriais.Assim é que, no início, pro-curavam atrair a. simpatiada. opinião piiblica soo a for-nm do. artigos nos jornais *revistas, onde se tentava,principalmente, rlemonstrar «Importância da Indústria far-

macêutica dentro de nossaeconomia, oomo sb fôsse elanm fator cie nosso progresso'quando, veidadeiiamente.poc ser dominada peln «-;¦ pi-tal estrangeiro, é um fatorde descapltallzaçftn dn eco-nomia brasileira). .Muito sua-comente sugeriam a neces-sidado? do aumento c!e pie-ços. Atualmente, porém,passaram para as ameaças,os atoa ilegais e chegarammesmo a iccuiici à Justiça,A indo isso devemos acres-centar uma bem provávelpressão direta dos indus-liiai.s sobre os homens dogoverno, como ocorreu como genernl Ururai Magalhães,quando presidente da CO-KAP. .lá se chegou a regis-trar uma briga entre os se-nhnros Guilherme Romano eOlavo «¦'ontoura ido grupoassociado à American HomeProducts),

AUXÍLIOS goverNAMENTAIS

«.<¦¦ donos clc laboratóriosrecorrem «nula a outros nr-gumentos, com os quais con-cordamos até n metade. Eniprimeiro lugar, referem-seno abandono ria indústrin.farmacêutica pelo» poderesgovernamentais — -± exigemo» mesmos favores concedi-dos às outras indú.strifls. co-mo, por exemplo, as fncilicla-des cambiais e de, crédito, fiefato, somente por meio demedidas governamentais P°-

de-se s?ora. salvar a Itidflí-tria farmacêutica realmentenn.rional da asfixia quc. osgrandes laboratórios estran-geiros lhe impuseram, aousarem das facilidades c,"1"este mesmo governo vemconcedendo so,-, capitaisalienigenas. Kxlgem maioresfavores do governo, querem(is mesmos favores concedi-dos à indústria automobllls-tica iconio cita um d? seusartigos de propaganda pu-hlicaclo em dezembro passa-doi A equiparação a esla.indústria é elucidativa, pos-to que, cimii) é do conheci-mento geral, o ramo auto-mobillstico é onde os capl-Lais estrangeiros gozam d.ismaiores benevolência» e au-públicos. Sim, concordamos,xílios por.parte cios poderesa indústria farmacêutica necessita de grande atençío dogoverno, mas que esta atei;-çáo se volte paia Impedirque os laboratórios america-nos. franceses, suíços, ale-niAe.", ingleses p. italiano: |i-qiiidem os produtores nacio-nals que se vêem realmentecm enormes apuros paiaagüentar uma concorrênciadesleal e contrária aos In-terèsses d'1 nossa eenriomla.

i A ÉTICA DO LUCRO

i )fl preços dns medicamen •ins esiAo congelados desde1058, mas o mesmo náo ocor-i*p com " custo dos fatoresempregados em sua produ-

çàn — «fisiro humarto, dsdlítribulçâOi de fmatirianicn-to, etc , —. como argnmen-'-*m os industrlüls Ir?.o *verdade. Todavia, re.-ta *n-ber a taxa de lucro dominai*-in na Indústria farmacêutica,':rsria ante» do congelamen-io alé agora- KSo i^st-i dú>vida que a reten.-án rios pr*«-ços rios remédios p. s «Ifvs-çáo do custo daquelís fato-íes veio a redun-li. M*is ve-• luziu-s a quanto? -'t* é oproblema que os técnico» ds.COFAP dweriam verificar »•se apurR-Ja. s"r maior ouiE-uai á taxn médta ds lucrode nossa Indúatrls, *>m í*ral' quc* já é alta pnnripalmsn-le para o setor do capital es-t rangeíco*. nán há por quaconceder o aumsnto exisirinSempre se fsl°u d«^ elevadimargem d,* lucro obtidí. pe-los gra.nde_ laboratório? lSata n uma oportunidade )•<*'¦«¦baixá-la, com a consen'açAodn preço dos medicamentosno mesmo nlvsl d* até. a*rora

Falam ainda rios «pnnoi-pios éticos da indústria'-, qu»mantêm a -excelência ciosmedicamentos fabricados - *os laboratórios em prodiioán

apesar de seus * proble-mas-. A excelência, dos me-dicamontos ( um fato du-virioso « contestnxlo, F! oman terem-se em produção Aruitrn fato que vem d« ssrnegado agora, quando coma*i;ou a rte*a]i«\rec9r do romér-

(Conclui na 11.» p,is;ma)

Com a palavra o leitor

€oÊtw Melhorai'NOVOS RUMOS9

A direção de. NOVOS RUMOS considera chegado o momento, A^onque estamos para completar um ano rie circulação, de se examinar o quetem sido o nosso jornal c rie se introduzirem modificações capazes de me-lhorá-lo. Para que esse intento possa ser realizado, é indispensável a co-laboração de nossos leitores. Publicamos, por isso, o questionário abaixo,pedindo (l1^ as respostas sejam enviadas, com a urgência possível, anossa redação.

• qual a seção de NOVOS RUMOS que mai? aprecia? Por què?Qual a seção que menos aprecia? Por que?Que seção ou seções acha desnecessárias?Que novas seções sugere?

—- Que opinião e sugestões tem sobre a feição gráfica do jornal'—- Qual a sua opinião sóbre a linguagem rio jornal?

Que críticas mais freqüentes tom ouvido a NOVOS RUMOS"indique matérias que tia sua opinião não deviam.ter sido publicada?.Indique matérias què rta sua opinião deviam ter sido publicada*

c não foram.Indique as matérias que julgou melhores.Que matérias le habitualmente em NOVOS RUMOS?

- Que matérias não lé habitualmente cm NOVOS RUMOS?Qual a sua opinião geral sobre o jornal? Como melhorá-lo?

Observações — Não 6 obrigatória a indi-ação do nome do leitor. Masjulgamos necessárias as seguintes indicações: sexo, idade, profissão *cidade om qup reside.

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FAÔINA I NOVOS RUMOS «29 -1 • a 4 - 2 - 1960

Ho vale áo Ganges o trator substitui o elefante

URSS Ajuda índia a Produzir

Aço e a Explorar o PetrólroíeoRecentemente o ministro

tie Minas p Petróleo da In*tlia, K. D. Maladiviya anun*«iou ao Parlamento indianoa disposição do governo deNehru de conceder atençãoespecial no próximo quin*tiüênio ao incremento ma-«:iço da produção do pettó-3eo, que passaria a ser umrios itens mais importantesdo 3" plano qüinqüenal in-cliano (1961*1965). Entre a**medidas propostas no pia*no apresentado por Mala-ciiviya, eslá a exploraçãoilas reservas de petróleodescobertas no fim do anopassado pelas equipes téc-nicas dirigidas por espeeia-listas soviéticos.

FIslas reservas, assim co-rno várias outras, tiveramsua existência negada du-ranle anos e anos peloutécnicos das empresas im-perialislas às quais o so-vèrno da Índia encomen-rioti pesquizas e fêz contes-soes para prospecçâo. Numesquema bastante coube*rido pelos brasileiros, asgrandes empresas petroli-feras imperialistas pro-«¦tiram garantir concessões,mas não se interessam empromover a exploração depetróleo eles mesmos, e.muito menos, se dispõem aHUXiliar empresas de pe-quenos países para que oíaçam.

Na Índia, a Standard-Va-Cuum Oil (americana! e aAssam Oil Company (in*glésa) secundadas porimenso coro de jornais, téciiicos, políticos e outros,lauto indianos como es-nangeiros, vinham aprego-íindo aos quatro ventos que.não existia petróleo na ln-dia, a não ser em pequenasquantidades e em determi-nados lugares. Asssinado oacordo de assistência téc*nica e financeira enlre aURSS e a Índia, e con; aohegada, em 1956, de espe-cialistas soviéticos ao pais,a situação começou a mu-dai

Petróleoescondido

.-\1é agora o abaste, irneii-1o de petróleo da Inrlia écontrolado inteiramente pe-Ia Standard-Vac-uum e aAssam (subsidiária daShell), principalmente pelaprimeira. O consumo anual,de cerca de -1 milhões detoneladas métricas, é satis-jeito em 909» através daimportação, pois a Stan-(lurd-Vaeuum • não ornou-trou.» petróleo na área quecontrola na Bengala 0«-idental, e ,i Assam limitasua produção anual a «IP'.)mil toneladas métrica. Ne-*sas condições, a índia gas-ta um bilhão de rupias nacompra dc petróleo aos doisti vistes.

Forçado pelas dificulda-des, o governo Nehru pro-curou assistência lécnicn efinanceira para desenvolvern indúslria petrolífera, Cho-i'ou-se, entretanto, com aresistência das potênciasimperialistas. A atitude dos

Estados Unidos, por cvpm •pio, pode ser julgaria apailir do seguinte comeu-iário da revisla v\orldOil.. representante dos in-lerêsses dos trustes petroli-feros norte-americanos: Aidéia do governo cem tal riaíndia de criar urna compa*nhia ou agência pura o fo-menio dos recursos potroli-feros nacionais surgiu px*clusivãmente por desconfie*cimento da situação geral.Os Estados Unidos náo es-táo inclinados a concederajuda técnica à Índia.. >

Quando os técnicos so\ ié*ticos chegaram à índia.nem sequer lhes pediram'para que procurassem loca-li/ar reservas náo explora-das. O governo indiano rie-sejava apenas que fosseelaborado uni plano pata vtorganização dos se.iviçoseslatais de distribuição, etc.Pouco a pouco, entretanto,estudos elaborados por elescomeçaram a mostrar aexistência de lençóis ricosem óleo e gás em Jawala-muklti, Cambay e outrospontos do território Indiano.Trabalhando i n cessante-niente e com lôda a dedica*cão, os técnicos soviéticos,geógrafos, geólogos, téciii*cos em sondas, ele,, conse-guiram localizar reseivas,perfurar poços e, depois dc

% encer imensas dificulda-des. inclusive a falta deconfiança rie que mesmoalguns indianos partilha-vam, fizeram com que jor-rasse o óleo em Cambay eJawalamukhi. Pouco tempodepois, deixavam o país,entregando os serviços a Hiequipes técnicas compostaspor indianos, formados comsua ajuda nos qualro ano-,que passaram na índia,

A Siderúrgicade Bhilai

Outro ponto que ilustrabem o caráter da assistem«ia prestada pela UniãoSoviética aos paises sub-desenvolvidos 2 a siderúr-gica de Bhilai, em lase tfconclusão e já parcialmenle em funcionamento. De-corrente de um acordo s-sitiado entre a l P.SS e ,<índia a 2 de fevereiro d-'l!)"iti. as obras tle constru*ção da siderúrgica se un-<¦ I a r a m imediatamente,com a participação de maisrie 400 empresas sovié!i*eas, acelerando-se a partirde 1.958.

A siderúigica consta ileires altos fornos, dois dosquais já estão em funcio-namento, seis fornos Mar-tin e quatro laminackue.-,uma central termelétricade 21.000 k\v de potênciaalém dc oficinas químicasp (Ip reparação. Sua produ-ção anual será de mais iípum milhão de toneladasde aço. ou seja, a at.uilprodução indiana. Já *eacham em funcionamento,além dos dois altos for-nos. dois fornos Martin,dois laminadores r a usi-na termoelétrica. Traba-

S&iJV «Jj".."•;WmmmuuWMMmW^^mWMWMWÊk^SM^mi fli.'>.'-

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Para a construção da siderúrgica dt Bhilai foinecessária, além da assistência dc grana* númerode técnicos e de ajuda financeira, a participaçãode mais de 400 fábri«raa e oficinas soviética*. Naisto vemos uma fábrica doa Urais produzindo ins-

talaeõe* para a Riderfirçicn indiana.

Jhantlo com a.« inslalaçòfi.sjá concluídas, os técnicosIndianos, assessorados pclos especialistas soviéticosiniciaram a produç.to emBhilai, fornecendo ate ofim do ano passado .>50.()l)(ltoneladas de ferro gusa.

Além de conceder empréslimos a longo prazopara a construção (U sitierurgica. a ' niãn Sp\ iclicagarantiu a firepaiação dosdesenhos, enviou instala-çóps * pessoal especializa*do para o nsse.ssoramcnloda*; obras e fonnai emsuas fábricas \ ái ias rente-nas de operários, técnicos eengenheiros índia tios.

Créditos a longoprazo

Durante os úllimos qua-lio anos. » l:niáo Soviéticaconcedeu empréstimos novalor loial de 2 bilhões eTim iniiltfies de rublos aogoverno indiano paia proje*io de desenvolvimento eco-íióiniio do pais. Désle total,um e meio bilhão rie iu-blos foram concedidos emsetembro do ano passadopata ampliar as instalaçõesda siderúrgica rie iihilsu,paru » construção oe umaiplin.ilia rie petróleo coni

capai iiludi pam dois ml*IIk„>s o.' loneladas tle pe<Iróleo ''ni Rarnuni, e paraa eoiisitução de várias lá-brica* 'le mAqtlinas-ferra-montas e outras Instala-ções pain a indústria pesa-ria t- le\e,

Os i-rédilo.H eom edidospela I KSS se earaclerizampelo fato «le que além dpnáo Mietn acompanhados«te condições políticas oumilitares, sáo resgaláveis alongo prazo, nunca menosdo IL' anos. p a juro de2,fifl R" ano, Sua ainorii-/ai,',!0 «'omeça, em geral,nm ano depois «Ia entregarins instalações a que >.«referem.

A titulo de comparação,a Imita lem recebido propostas de emprésiimos comjuros ue :i..V, a ~s'i'i dosKsl a (los Unidos, .Y.V.- rialuglaieira e ti'« ria Alemã-nha o. idenial. Além disto,os crérlitos concedidos pelos países imperialistas sedestinam a empresas queinteressam mais a essespaíses «Io que aos seus ¦ be-nelu 1.111'is . Um exemplodisto i- dado pelo BancoInternacional de IJecons-iiu.-.i.i e Desenvolvimento,qne apesar de denominar-se internacional-" é iniei-ramei te dominado pelosimpeliu listas noi le-ameri-

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A seção de allos-fornos da usina siderúrgica de iihilai, na índia, construídaeni decorrência de acordo com a URSS, já está parcialmente funcionando.Dos três alto fornos com que conta rá quando concluída, dois já estão em

plena produção.canos. No relatório plabo-tado pela missão do KIRDque visitou a Inrli.i em1958, diz-se irom lõdas nslei ias que o Banco eslápronto a conceder empres-limos á índia com a condi*

ção de qup os planos pataa importação de equipa

mento básico.. sejamcompletamente revistos .

lista a pequena,- dife-reiiça eniie a assistênciatécnica « financeira pres-

laria por um puls socialistaaos- paises siibtle.senvolvi-d"- p a -a iiida - que os pai-ses imperialistas ttlilizampara dominar ainda mais aeconomia e a política dospaíses pobres,

Apelo dos comunistas a todos os partidos

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Paraguai: UnidadeDitadura e Formar

.-\ tlucvtio do Pnrlitlti Coinunixld da Paraguai launniviu tiprlo ao puio paraguaio nu sentido da lomitirãodr umu ampla jicnlc tinira conlra a ditadura dr Slroes-rirr. () documento, assinado pelos diligentes OscarCretjdl, Obdúliò Baitlut e. Augusto Canele, cem escltt-recer tt posição du Partido diante da insurreição cwilra

n ditadura ipte eclodiu no jim do ano passado. Puhli.eamos; a seguir, os trechos mais importantes clu apelo.

Atendendo ás perguntas quemuitos operários nos têm fei-to relativamente ao caráterdas ações armadas que se (ie-(enrolam, consideramos nosso(«e\er explicar a posição n.-n-inkia pelo Parado toiiiiinisia

,Paraguaio em seu manifestodf H rie dezembro, eom alranqtie/a com que sempretalamos ao povo.

t) lato ititiu.iiiieiu.il e deque o moviniento revolucio-nárlo paraguaio ingressou emnova etapa; a etapa da luiaarmada para derrubar e des-iruir o regime ditatorial anti-nacional. Tudo deve ser, apartir deste momento, orien-lado e subordinado ao objeli-vo central de conquistar a vi*tória.

Ao perceber que os operá-rios e os camponeses .*e uniamlutando t se preparavam pa-ia intervir, por sua própriaconta, na solução da erise po-litica, iodos os partidos e gru-pos (i-os latifundiários e daburguesia nacional se apres-.saiam paia iniciar a ação ai-mada. com o fiin rie adiantar-se a um verdadeiro levantepopular. U ambiente sp tor-nara francamente revolucio-nárlo. A insurreição já pra fa-to inevitável. O problemaprincipal era o cie unir ou co-ordenar as forças oa opnsi-cão a lim de garantir a vilõ-ria Foi nesta .situação que o"Movimento 14 de Maio" de-eidiu passar na treme eras de-mai* forças opositoras, depoisde rechaçai todos os esforço.,em prol d* orga nização rieuma ampla frente patriótica.

A ação militar do Movimen-?u 14 df Maio tem dois a.sppr-tos. um bom « outro nia;.O boiii o positivo t qui gol-Ppia e debilita uni regime nn-luar terrorista . venrie-pátiiacuja manutenção interessavavivaiiienti -- u continua »Interessai • «v.j. [mperlaluinii!oi'te*aiiip.ricano«! Por e.;nra/áo devo» _ pritnelio mo-meiiui hosjr Panioo eantrln-mi", o )íovo » participar ;til-vãmente da lui* armada, r•¦om â máxima deeisáu r rapidei .\ao o cliaiiiaiiiu» %.apoiai o Movimento 14 o»Muic » sim formai guerrilhas

* ajnoar o.» guerrilheiro» queja operavam qualquei quefóss» a filiação política deseus. chefes.

O aspecto mau, negativo doMovimento 14 de Maio cou,«i«-t« em nào ser uni movimentorevolucionário. reainiPiii» H..woorátioo t poputor, •, m«.rto

Nacional Para Derrubarum Governo Democrático

Obdúlio Barlhe, diri-Sente do Partido Comu-

nista do Paraguai.menos um movimento de es-querda. Seu programa, seme-Ihante ao ria iroligaçáo libe-lal-febrerista, íoge ao proble-ma central da democratiza-çao: a. anulação imediata daiei rie repressão n" -94.

Assim «orno a aliança libe-ral-febrerisla, o MovimentoH de Maio se propõe resta-belecei' » Consiiuiição con-servaclora dc 1870. E, precisa-nienle, a garantia prévia e«;i-sida pelas empresas estran-vf-iras e os grandes proprletá-nos tre campos e bosques. Em-bora o Movimento 14 rie Maioproclame a "reforma agrária"

lema por todos repelidodesde 1936 — aeu documentoprogramático se refere apenasa "colonização" de 'terrasdesertas", isto é do Chaco.Trata-se rie um plano,noite-americano bem conhecido.Nao interessa ao.< canipoiie-*es. Sua finalidade não é a-ja-bar com o latifúndio • sim,no contrário, salvá-lo . cou-sohdá-lo.

O objetiva doi dirigentesdireitistas r«« oposição lati-fundiária «' burguesa não con-*iMe em fazer uma revolução,ma* ao contrário, evitai' aleioluçáo que o povo quer.impedindo uma reforma pio-liinda de caráter democrático,anüimperialista e. agrário.

Os imperialistas norte-ame-M.itnos. assim conio os lati-f':i.diários e especuladores, te-mem que a luta de guerrilhasse transforme em algo pare-eieso ao que sucedeu em Cuba.t>ui iriam rie que o atual go-riVoo possa maruMvs. ptnr

muito tempo t. por Isso. ao •mesmo tempo em qne siwiarne ajudam o regime rie Stroes-sner-Insfrán-Duarie-Pavelio,conspiram com certos chefe»militares e dirigem es óa opo-fição para formar, no mo-menlo oportuno, uma juntamilitar, incumbida de conri-íuiar a reprimir o povo e seusmelhores defensores, os co-munisr.as.

A unidade combatente dop-./vo r possível e está emmarcha, Para ampliá-la oprincipal e oferecei' ao po-vo Um prtijjrama de demo-«ralijação que exi>! esse seusinteresses reais. O Pan kioComunista apresentou ao po-vo uni projeto oe programaque traduz, suas mais carasaspirações, Os pontos .s.-euíii-les podem ser realizados deforma imediata:

1. Liberdade « o ni piei a.Anulação imediata da Lei ?.9-i.Eleições livres para uma As-sembléia Nacional ConstiUI-inte efetivamente soberana

2. Realização dr um ulanode desenvolvimento lapido daprodução agrícola, pecuária eindustriai, por meio de crécri-ios. redução dos inm.isios, an-mento ria capacidade aquisi-tiva do povo, supressão dasdespesas supérfluas d'> Ksl a-do e estabilização iro valoiinterno ria moeda.

3. Reforma agraria, medi-ante a expropriaçáo das ter-ras dos latifundiários que lu-lem conlra a revolução, .-o-lução legal para os conflitos.,e terra em suspenso e entre-ga rias terras do Estadoocupadas por camponeses,juntamente con. a eoirressáo(+e créditos t ferramentas ea fixação de preço* justospara os produtos agrícolas.

4. Reajustamenlo de iodo»os salários e ordenados, deacordo com o custo de vida.Cessação rias demissões. Pie-no respeito á organização sin-oical.

5. Defesa da soberania na-cional, cessação da inrerven-çâo norte-americana no Et-lado e na politica interna.exploração rio petróleo sob ocontrole do Estado, relaçõesde amizade com todos ospaíses do mundo.

O Manifesto da ComissãoPolitica óo Comitê Cem ral denosso Partido ressalta quepara realizar este programade democralizaçào e uecessá-rio substituir o regime mili-tar antinacional por um t<<-vèmo provisório de demo-cralização.

A luta armada náo tennl-nou. Ao contrário, mal co-meça. O regime militar au-tinacional se jacta de haversufocado a sublevaçào, Narealidade, porém, esse reci-

¦ me se decompõe d'a a dia, solia pregão rio povo e a opi-

niáo internacional, Os acon-teciinento.s estáo em plenodesenvolvimento, A crise po-litira se aguça. Há tórias ascondições para pôr abaixoesse regime de traidores,vende-pátria e bandidos. Noentanto, é falso que Slro-essner seja. um cadáver eeaira por si só. Não se trataapenas, contudo, da queda deum homem, e sim de destruiro regiiup militar p terrorista.São e serão necessários, pa-ra consegui-lo, grandes esfor-ços, grandes sacrifícios, cie-

vario.» exemplou de heroísmoe de tenacidade na luta. Tó-rias as forças devem ser pos-ins om tensão, em máximaténsao, Tórias as forças c>p-vem ser unidas! Todo aqueleque continuar opondo-se àação unitária deve ser postode lado. já que pertence aopassado.

29 de dev:. rie 19M>,OSCAR CREYD7"OBDULIO BARTH.EAUGUSTO CACETE

Recusaram se a Àumeníaro Preço Da Carne

MONTES Cl <\ROS «DoO-irrespondeuiei O vetoaposto pelo prefeito RemiãoRibenu ao aumento do p:e-ço ria carne, que já haviasudo aprovado por uma co-missão especial, constituiuunia esplêndida vitória ii.iopinião democrática local.Ha algum tempo, Íoi cria. aneste município uma Comis-são Tabeladora do Preço ti-aCarne em Monte? Claros,composta pelas seguintes pes-soas: João rie Alencar Anui-pe, presidente ria AssociaçãoRural, Ben.iaiiiiii pinto daVeiga, representante ria As-sociaçáo Comercial e do Fri-crorifico Anglo; o íepresen-tante do frigorífico Otalni;Valter Viana, presidente daUnião Operária e João ValeMAitrfcio, presidente era (,'ii-mara Municipal, Todos osmembros da Comissão vota-iam por um aumento de jupoi cento no preço da carnee » única discliepâucia nm-nilesiacla foi « do presidenteda Câmara Municipal, quedefendia um aumento oe iut não de 20 por cento.

Estava neste pé a questãoquando mais forte xe tornouo movimento de opinião con-

tra o aumento Atendendo oosreclamos da opinião pública,u prefeito vetou qualquer au-mento. sendo saudado pelopovo. De ial modo. a carneverde continua sendo vendi-ri,, aqui a 70 cruzeiros o quilo.

TAMBÉM EMTONTA GROSSA

PONTA GROSSA «DoCorrespondente.) — Os tuba-rôes perderam o primeiro"lound" ria batalha do au-mento da carne, nesta cida-rie. Baseados na portaria riaCOFAP que liberou o preçodo produto, os frigorífico*Wilson e Schnekeoberg. dis-tribuidores rie carne verdeaqui. consideraram que po-rieriain elevar ao seu arbitri"o preço desse gênero básico-A isso. porem. opós-se\ *COMAP que. em retnulio,afirmou que a portaria |dftCOFAP tinha vigência qj '•-'•em Minas e São Paulo lar.r'11'. cabendo as entidades irepreços dos demais Estadoifixar o tabelamenlo para to-rios os produtos básicos. Eassim fulminou as pretensõesdos dois írigorificos,

VERGONHOSA RECUSADO GOVERNO BRASILEIRO

'Conclusão dn 1.* piívr.imos as costas a uma reunião em que também osnossos interesses serã0 defendidos?

Mas, se é absurda a renúncia ao exercício do di-reito de participar de uma reunião tão importante,indesculpável é a atitude do Brasil. «0 abandonarum povo irmão da América Latina, que é um exempio de luta —¦ luto efetiva e não verbal — contrao subdesenvolvimento e o atraso, no momento emque sobre êle pesam iminentes ameaças por partedo imperialismo norte-americano

A recusa do Itamarati a participar da reuniãode Havana, mais do que um desestimulo a essa inl-ciativa, revela a verdadeira face da decantada OPA:em palarras, bela viola, na hora de agir, rabo en-tre as pernas ..

Page 9: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

-=29-1 -i 1 -2- 1950 NOVOS RUMOS fACINA 9

Falcão, o Contrabando e o FascismoSofreram uma fragorosa

derrota os salazcuistas efranquijtai do governo doir. Juscelino Kubitschek. Vi-gorosos protestos popula-r*t, a inclusive dt paris daimprensa conserva d o r a,obrigaram o governo a le-vantar a ignominiosa proí-bicão imposta à Conferên-cia sul-americana pró-anis-ila aos presos politicos dePortugal • Espanha.

A Conferência realizou-se em São Paulo, com umarepercussão nacional •

\ continental muito maior doqut tra de esperar. Nãoderam sua viagtm perdidaao Brasil os deputados tstnadores uruguaios t osrepresentantes de outros

países latino-americanos.

A adesão à Conferênciade figuras representativasda intelectualidade brasi-Itira, como os escritores

RUI FACÓ

Tristão de Ataide, ÁlvaroLins t Sérgio Milliet, os se-nadores Gilberto Marinho,Jarbas Maranhão, SilvestrePóricles, • outros, o gover-nador do Amazonas, Gil-bsrto Mestrinho, juristas ep r ofessôres universitáriosde São Paulo, do Rio, daBahia, era por si mesma umdesmentido categórico àestúpida alegação das au-toridades reacionárias dogoverno do sr. Kubitschekde qut se tratava de ummovimento comunista. Oscomunistas o apoiavam,não há dúvida, comoapoiam todos os movimen-tos democráticos. Os co-munistas jamais deixaramde combater ardorosamcn-te os regimes anlipopula-res, fascstcs, de Portugal eEspanha. Solidarizaram ;e

tcinn- m con cs valorososportL'ous;es e espanhóisque tonaram a iniciativade obter anistia para osproses e perseguidos poli-lices da península ibérica.í;le movimento abranqehoie Iodos os países deorigem lal:na, na Europa ena América. Por sua exten-são e vinor, como é nolu-ral, abala as d;tadurasque se ' limentam no san-gue das que as enfrentam.

Foram os aqentes dessasditaduras que impuseram aproibirão à Conferência.Prime;ro, responsabilizou-se o sr. Horácio Láfer, Mi-msiro do Exterior. O sr. Lá-fer afirmou publicamentenão ser contrário à confe-rêncin. De falo, receberamvlr/o c!a eniracla em nossopaís os rc.ncsenlanles dos

Cuba Convoca os Povos Para NovaBandung.- Luta Contra a Miséria!

Quatro missões doembaixadores cubanoscorrem o mundo dospaíses subdesenvolvidos(América Latina, Afri-

ca, Ásia e Medilcrrâ-neo), convidando seusgovernos a participa-rem da reunião a ceie-brar-se em Havana emjulho, onde serão dis*cuiidos os problemasreferentes às más con-dições econômicas enique vivem og povos dês-ces países.

Visitando o Brasil nasemana passada, os em-baixadorea cubanos en-carregados de convidaros países latino-ameri-canos, Carlos Ledmgae Levi Marrero — repre-sentantes permanentesde Cuba na ONU e naOEA, respectivamente— concederam entrevis-ta coletiva à imprensa,quando tiveram oporlu-nidade de definir os ob-jetivos do conclave.

— A Reunião de Ha-vana — afirmaram —que deverá elaborar a"Carta dos Direitos Eco-nômicos dos Povos",abordará, entre outrostemas, a estabilidade dospreços dos produtos há-sicos, o fortalecimentodos instrumentos inter-nacionais de crédito, acapitalização e a criaçãode organismos interna*cionais para incremen-tar a formação de teeni-cos nacionais, a fim delevar adiante a indus-trializaçno dos países

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B',s ¦ W W^m wiWÈiimm>. I W ¦¦ 1 W+WA 1Hi'' . Bmimm-'^ ^mwmmmmwy^wf^ii/Bmmmmw^mmmWmWAOmKliOs embaixadores de Castro quando conctdiam entrevista

à imprensa

em fase de desenvolvi-mento...-íe.rio .convidados pn-

ra o encontro em Hava-na todos os países dc-clarados pela ONU comosubdesenvolvidos, cujarenda nacional é menordo que n que tinham háum século os atuais pai-ses industrializados.A OPA E A REUNIÃO

Como se pudesse pen-sar que a convocação <!nreunião em Havana si»;-nificava um ifastamcntode Cuba da OPA, o em-haixadnr Levi .Marreroesclareceu:

— A OPA conta coma simpatia de Cuha e eupróprio, como represen-tante de meu país uuOEA, prestei a ela, iodacolaboração. Somos deopinião que uma coisanão prejudica a outra,e que a Operação Pan-Americana ficará a;"''amais fortalccidü, pois

soir princípios sentoelevados ao plano mun-dial.

PRESSÕESESTRANGEIRAS

O embaixador Lcclui-fia. falando sobre a pres-são que alguns paísespoderiam exercer paraimpedir a realização daReunião de Havana,afirmou que nenhumaespécie tic coerção pre-judicerá o encontro,it..«aliando '|ue um dosfatos mais importantesverificados nos dias quecorrem é a afirmaçãoda presença nacionaldos países.

— Estaremos certostic que a afirmação d.iBolicnilua de cada povoé indispensável para seudesenvolvimento. Podehaver pres fio — políli-ca ou •econômica — doi»!,'íi'iis pníres. nvts a so-beranin é cada \ez maisafirmada.

demais países do Conlí-nente.

A proibição, como serevelou depois, partira doMinistro da Justiça, sr. Ar-mando Falcão. Tratava-sede uma medida tão vergo-nhosa que o governadorde São Paulo, ao interdi-tar a realização tia reu-nião, teve que atribuir aresponsabilidade direta aque competia — o sr. Ar-mando Falcão.

Não era de estranharque desse senhor partisse aproibição de uma demons-tração antifascista. O sr.Falcão é um reacionário deauatro costados, como temdado mostras diversas vê-zes. Foi no início de suagestão como titular da Jus-fica que se realizou sobcerco da polícia e de tro-pas um comício popularcontra a carestia convoca-do para a Esplanada doCastelo.

ê verdade que o sr. Fal-cão não age sozinho. Estáêle entrosado com o sr.Humberto Melo, chefe deum aparelho de espiona-gem a serviço dos EstadosUnidos. Seu nome, no Cea-rá, como constatei há pou-co, está lhado ao grandecontrabando que nos úlli-mos anos multiplicou os«novos ricos» naquele Es-tado. Atribuem-lhe em For-taleza a paternidade daimoral concordata fraudu-lenta do grupo Audísio Pi-nheiro, que recentementearruinou milhares de pe-quenos e médios comer-ciantes t lavradorts.

Para o sr. Falcão o cli-ma que interessa no Brasilé o da ausência de libtrda-des democráticas, pois êsseclima lhe favorece os nego-cios.

Além disso, no caso daproibição da Conferênciapró-anistia dos presos eperseguidos políticos dtPortugal t Espanha nãosão alheios homens de ne-gócio daqueles países quetêm interesses no Brasil.Êies agiram ativamentecom sua capacidade cor-ruptora.

Foram derrotados, é ver-dade. Mas não podemosnos contentar com isso. Sehá uma inegável respon-sabiliclade direta do sr. Ar-mando Falcão e do sr.Humberto Melo pela medi-da que inicialmente proí-bíu a Conferência de SãoPaulo, responsabilidadepessoal não menor cabeoo Presidente da Repúbli-ca. Êle não pode ficaralheio a medidas que fe-rem princípios democráli-cos de governo, dos quais

sempre se orgaulha em pa-lavras. A proibição de umaassembléia pela anistia àsvítimas dt duas tiraniasque esmagam povos signi-ficava cumplicidade comessas tiranias. Os laços fra-lernais que unem tradicio-nalmente os povos do Bra-sil e Portugal não podemser invocados no caso, Ês-tes laços são entre povos;não st estendem a um go-vêrno como o de Salazar,que há trinta anos assas-sina, tncarcera t persegueos melhores filhos do povoportuguês. O mesmo pode-mos dizer em relação àEspanha de Franco. Somossolidários com o bravo po-vo espanhol em sua lulasem tréguas contra o fran-quismo, repudiamos o pu-pilo de Hitltr.

Êsse triste e revol!an'eepisódio da proibição daConferência pró-anistia dospresos e perseguidos poli-ticos de Portugal e Espa-nha envolve, assim, princí-pios de política interna —concernentes às liberdadesdemocráticas — t de poli-tica externa. O governo dosr. Juscelino Kubiischekpermanece tímido t vaci-lanle em face das transfor-mações por que passa omundo t as relações inter-naciona:s. Receia reore*.á-lias dos Estados Unidos,quando estes são impoten-tes ante um pequeno país

como Cuba de Fidel Castro.E aqui vale destacar o con-traste chocante entre a po-sição do chefe ^o governocubano e do Presidente doBrasil. Fidel Castro respon-de altivamente à brutal in-solência de um embaixo-dor fascista espanhol e oexpulsa de Cuba em 24 ho-ras por sua tentativa —simples tentativa I — deintervir nos assuntos inter-nos de Cuba. O sr. Jusceli-no Kubitschek admite asrepetidas intromissões doembaixador americanoMoors Cabot em nossos as-suntos domésticos e permi-te que um Ministro seu securve às intimacões dos re-presentanles diplomálicosde Salazar e Franco paraproibir uma conferênciapró-anistia em nosso país.

Já é tempo de tomar-mos outro rumo em nossapolítica externa, fazendo-oindependentemente dos in-terêsses dos Estados Uni-dos — que são ho]e oprincipal sustentáculo dasditaduras de Salazar eFranco.

De há muito se vem re-clamando do sr. JuscelinoKubitschek uma reorgani-zação democrática de seugoverno. Aí vêm as elei-ções de outi/i-o. Essa reor-ganização st impõe mais

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LAIIFÜNDÍO E MINIFÚNDIOlti'spcs'a ao leitor José Nora Ferreira Ribeiro(Tupâ - São Paulo)

Foliolla-nos n leitor José Nora Ferreira fíiboirn uniaooneelluuçáo do latifúndio p tio minifúndio e dos problemasque apresentam paia o desenvolvimento da agriculturabrasileira,

Estas questões, embora bastante discutidas e nnali-radas pelos marxistas, sâo freqüentemente destorcidaspelos defensores do monopólio da terra e pelos represen-mntes da ideologia burguesa que falseia suus ver-dttdcii'o.1 termos. E' muito comum ouvir-se, por exem-pio, a afirmnçilo de que o minifúndio é tão prejudicialquanto o latifúndio, ou que a reforma agrária, quo temcomo um de seus objetivos principais a eliminação dolatifúndio, causará mais mal do que bem porque viráincentivai' a exploração «economicamente condenável» daterra em pequenas parcelas.

lin fa o bnrico, poréni, está fora de qualquer con-testação ou dúvida: a existência do monopólio da terrano Brasil. Basta dizer que, segundo os dados do próprioorganismo oficial encarregado dos censos, em 1950, datado úKinio recenseamenlo, pouco mais de 3% das pro-priedades concentravam mais de fi2r,'r da ama total dosestabelecimentos agrícolas do pnis. Em números absolutos,côrea de 70 mil dos 2 milhões de propriedades existentesenglobavam 144 milhões di: hectares, Para caracterizaro pouco ou nenhum aproveitamento destas terras, bastadizei' que, sem contar as enormes pastagens, cerca dc 70milhões de hectares estavam completamente abandonados,enquanto apenas 4 milhões eram dedicados à produçãoagrícola, Por outro lado, estes imensos latifúndios carac-tei'issam-80, em maior ou menor grau, por relações agra-rias às mais titrarndas, como pagamento da renda da terrarm trabalho gratuito ou em produtos, como no caso dameia, da terça eíc. Não existe praticamente emprego detécnica, uma vez que os arrendatários não possuem ne-nhunia garantia de permanência na tetra que trabalham,e os latifundiários náo exploram a produção diretamen*te, preferindo cobrar a renda da terra e lançar-se emespeculações.

No outro extremo da escala, encontramos a enormemas a de camponeses som terra ou com pouca torra.Dentre eles estão os minifundiários, trabalhando em su-perficioa inferiores a 5, - e 1 hectares, impossibilitadosde adquirir mais terra em visíu de sou preço elevado eda inexistência ab.-olutn de crédito. Temos aqui cerca dedois milhões de camponeses, representando quase umquinto dns propriedades, mas abrangendo apenas 0,5%da superfície total dedicada á agricultura. Com exceção,em parte, das propriedades situadas nas proximidades doscentros urbanos mais importantes, os camponeses quetrabalham nas condições de minifúndio vivem na maiscompleta miséria, sem quaisquer condições para aumentarsua produção, Mesmo assim, em vista de serem estasterras aproveitadas em toda a sua1 extenrão, essas pro-priedndêrf- ípresumtam, em geral, produtividade infinita-mente superior à das grandes propriedades latifundiárias.

Enquanto o latifúndio representa pura nossa eco-nomia um obstáculo no seu desenvolvimento, por ser res-ponsável pelo nível de vida extremamente baixo de nossoscamponeses, pelo abandono de terras produtivas, pela con-seração de relações agrárias atrasadas e pela falta doacesso do camponês à terra, o minifúndio fi. improdutivodevido a ser uma propriedade estremamente reduzida epor não contar com qualquer assistência técnica e finan-ceira, além de serem vítimas os seus proprietários doesmagainento por parte dos senhores da terra e ,'os in-lermediários, E' exatamente pm- isto que os marxistasbrasileiros vêm defendendo a necessidade de eliminar olatifúndio, facilitar o acosso dos camponeses à torra econceder assistência econômica e técnica aos pequenosproprietários.

do que nunca, sob penade perder o sr. Kubitscheko apoio que merece porsua política desenvolvi-mentista (não obstante osingentes sacrifícios iaipos-tos ao povo). Nessa reor-ganização nõo pode sermais tolerado um Ministroda Jusliça reacionário eimpopular como o sr. Ar-mando Falcão, que é alér.i

de tudo um empecilho àcandidatura nacionalis t ado marechal Lott.

O caso da Conferênciapró-anistia para os presose perseguidos políticos deEspanha e Portugal é agota que faz derramar ocopo. O sr. Juscelino Kubi-tschek não pode ignorar oque fazem os seus Minis-tros.

HISTÓRIA DOMOVIME N f(f O PfR Â R10(XLIX)

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O Congresso de Hanoverdo Partido Social-Democrá.tico da Alemanha (1899)condenou o revlsionismo,reafirmando o programa, atática e o próprio nome doPartido. Mas a minoriabernsteiniana não foi ex-pulsa. Bebei, cujo prestígioia crescendo como chefe Dro-letário do Partido, desmas-carou com firmeza, ante oCongresso, o conteúdo • realdas teses revisionistas. Mrsao mesmo tempo sustentou aopinião errônea de que Ber-nstein estava só, de que mioconstituía um perigo para asocial-democracla. Quemexigiu, em vão, a expulsãodele foi Rosa Luxemburgo(1870-1919), a valorosa re-volucionária polonesa queentão começava n destacar-se por sua combativldade naala esquerda-radical em for-mr.ção do Partido. Ela pró-pria, porém; após o Congres-so, não mais insistiu em suaproposta.

Quanto a Kautsky, queera à época reconhecido,com inteira razão, como omaior teórico marxista nomovimento soclal-democrátl-co, opôs-se te.mbém a Ber-nstein, mas dando um pas-•o a mais na senda falsa do

centrismo, da conciliação,que era de lato um eslimu-lo à «bernsteinarln;.. Em seulivro «Bernstein e o progrn-me social-domocrntico», afi-mava com efeito Kautsky,fazendo precisamente a con-cessão fundamental nocessá-lia às manohrns ulterioresda extrema direltp. oporlu-insta do Hartido: «A soluçãodo problema da ditadura doproletariado podemos con-fiá-la, tranqüilamente, ao fu-turo;».

Foi o jovem Lénin, no«Que fazer?* 11902, quem re-velou até ro fundo as rai-zes Ideológicas do oportunis-mo, que então ia r.lnstran-do-se na social-democraclainternacional, eni particularna Alemanha. O oportu-nismo - - mostrava — érntes de mais nada aprosternação ante o espon.taneismo do movimento ope-rário, o aviltamento do pa-pei da consciência socialistanf-sse movimento. Bernstein,seu mais riestr.cado corifeu,era pura e simplesmente uminimigo do marxismo e, co-mo tal, devia ser excluídodo Partido.

Enquanto se aprofundavaa luta de tendências na dire-çâo e nas fileiras do movi-

ií) B&ftlFTAFAAiftFMIJJL fÜfl tífeiai''» 1» ntil lu™i JR.Ej.iSaJ IsBBwRuiivt w*

mnr,o soclalisia alemão, aclasse operária lançava-secrescentemente à luta, pro.inicia por condições dc vidadia a dia piores, pr.iti-cularmenle agravadas du-rnnte a crise Industrial rie1901-1902, - e pelo posocada vez mais insuportáveldas restrições anlidemociá-ticas do regime absolutlsla.Ampliava-se o movimentogrevista. As massas (rnba-lhndorns enfrentavnm comvalentia rs violências da re.pressão governamental, loj/ose refaziam das derrotasque aqui e ali lhes infligiaa traição dos dirigentes sin-dicais oportunistas, Reivln-dicavr.m a diminuição dajornada de trabalho (que eraentão de 11 e mais horas),aumento de salários, ao mes-mo que levantavam a ban-deira democrática rio sufrá-gio universal, ainda Inexis-tente em várias províncias

mm alemãoEl GRANDES LUTAS

do Império, ou ameaçado delimitação em outras. Naseleições parlameninres de1903 oa candidatos do Pfrti.do tiveram mais de três ml-Ihões de votos, a represen-tação soclal-democrélica noReichstag passou rie 57 para81 deputados.

O Congresso partidáriorealizado nesse rno, emDresden, aprovou nova roso-luçáo contra o revlsionismo,fundamentada no informede Bebei sobre » tática dasocial-democracia alemã. Ogrande dirigente se apoiavanas massas proletárias doPartido, a seu lado forma-vam Rosa Luxemburgo, odestacr.do intelectual mar.xísta Franz Meliring (184(5--1919), toda a ala esquerdasocial - democrática. NesseCongresso, Bebei submeteuá critica o que êle eom mui-ta propriedade batizou de"O pônlco» (Isto fi, o que

não era nem lona nemágup.) — o grupo encabeça-do pelo conlrisla Kautsky,quo prolenriia dissimular ascontradições, as divergênciasnas fileiras partidárias. Ape-sar, entretanto, de todos osseus méritos na lula, Bebeieontinurvo imhulrlo dum fal.so conceito da uniriade doPartido e não levava, porisso, até às últimas conse-<lüências a luta contra a alaoportunista de Bernstein,Kautsky & Cie. Os oportu-nistas mantinham-se dentrodo Partido e, o que é maisgrave, ocupando postos lm-portantes de direção, comoKautsky por exemplo,

O fuzilamento dos opera-lios de Petersburgo, em ja-neiro de 1905, repercutiuprofundamente no movimen-to de ascensão do proleta-riado da Alemanha. Multi-plicaram-so os comidos tlenrotesto contra o terror cza-

risla, os alos de solidário-dado aos irmãos trabalha,dores oprimidos da Rússia,Entre os proletários ale-mães começou a ganhar cor-Po rapidamente a idéia dcque o juslo caminho da lutaera o apontado pelos opera-rios daquele pais — a gre-ve política de massas,

O real estado de espiritorio proletariado alemão, nn-queles dias, revelou-se nitl-damente com o desenvolvi-mente quo levo a pujantegreve econômica riesenca-doada pelos 250.000 minei-ros rio Ruhr conlia o au-mento de unia hora na jor-nada rie trabalho. Ela íoilogo apoiada por toda a cias-se operária, que se levantouom comícios de solidarieda-rie acompanhados rin coletade recursos materiais parasustentar a greve. 0 govêr-no, amedrontado, dispunha-se já a chegar a um acordocom o.s grevistas, quando oslideres sindicais oportunis-tas, manejados pelos pa-trões, decretaram o fim daluta.'

Contra o ímpeto revoluclo.nário do proletariudo, por-tanto, atirava-se, ombro aombro com a reação, a ma-nhos» burocracia sòlidnmen-

te enraizada no movimento.sindical e que contava compleno apoio ria ala direitado Partido Social-Democrá-tico. Poi assim que, por obrae grr.ça dessa gente e emoposição aos anseios expres-sos das massas proletárias,o Congresso Sindical poucodepois realizado, em Koeln,•não considerou necessáriodiscutir a idéia da grevegeral..."

Já o Congresso do Parti-do de setembro dn mesmoano, que teve lugar na ci-dade Ac Iena, não jjAdodeixar do ler em conta oestado de espírito do prole-tariado alemão, em cujas fi-loiras ressoavam, através denovos p rigorosos' combatesda classe, os eleitos herói-cos da revolução om mur-cha na Rússia. O Congressoreconheceu, com efeito, apósagudos debates, quo era pos-sivel a realização da grevegeral na Alemanha, comoum «dos mais eficientesmeios de luta para a con-quista, pelo classe operária,dos importantes direitoafundamentais necessário! àemancipação».

Page 10: Novo Golpe da COFAP: Pronto o Aumento do Preço Dos ... · Novo Golpe da COFAP: ... Lott. Por sua própria natureza, ... mos luta contra o entreguismo e a reação anlioperária e

— TÁCINA 10 !^fcí.'Sk^t1

ST m ões Finaisla^T'1 'TIO FíuIlO ~ '"-^^-^^ a=a°3=r=! UIII.J.L.I.UHI, ¦ 29 - 1 - a 4 - 2 - 1960

de PrestesA terceira acusação è de quo os acusados diri-

glam d Partido Comunista brasileiro, cujo registoelciti ral lui cassado por Sentença Indiciai. Ora, aíiiirmu legal vigente na espécie c o ait. !)•" da Lei1 S02 (|ilc kv.ii;

"líeorganizar tm tentar reorganizar de( do ou dc direilo, pondo logo cm tuiiciona-atento efetivo ainda tjtie sob falso nome ou

lm mas simuladas. Partido Político ou associa.i.Ki dissolvidos pot' lòrça dc disposição legal".

Km janeiro dc I94S o Partido Comunista estavacom m ii registo cassado, mas o lato dc Prestes, emnome dns comunistas que teriam constituído \ direçãodaquele Partido até a véspera, haver lançado um do-eitnienlo dc critica ao governo, crítica ligada ao fatohistórico ila própria cassação, uno pode caracterizard ii uni- dc reorganizar pondo logo cm funcionamentoo aludido Partido. A lei pune reorganizar ou tentarreorganizar pondo logo em funcionamento. O mn-cKiiianicntn de um Partido depois de reorganizadon.io se positiva por um Manifesto cm nome da di-reção quc o conduziu em suas lulas até a cassaçãodu registo*

Os acusados são comunistas e nisso exercemnm direilo cul: lhes assegura a Constituição no <*} S,],, aiii.j,, I |t. Segundo jurisprudência urinada peloi-iiletidò Supremo" Tribunal Federal, os comunistas,ermo cidadãos brasileiros no gozo de lodosos seusdireitos podem defendei' e difundir suas idéias, po.ili-iii reunir-se com seus correligionários políticos,.!i*< ulir c chegar a conclusões políticas. Ninguém lhes

pode negar o direito de seguir uma orientação poli-iie.i determinada, nem o direito de lutar pela le-galidade do Partido Comunista do Brasil e a revoga-èãn dos aluai* preceitos legais que proíbem a reorga-nizaçâo daquele Partido. Ò quc lhes é vedado é re-organizai o Partido e pò-lo logo cm funcionamentoi, qne deve ser claramente comprovado e disso ne-nhinim prova fez o Dr. Procurador. Falou de gene-,-alidadcs. Alias, nas alegações finais do ilustre Pro-motor em exercício essa acusação não é objetivada.

O dr, Promotor alegou que os acusados mos-,,.„.„„ animo de desrespeitar decisões judiciais. Isso,- .„ é «.idade, mas não seria crime, Ilícito é desres-

peitar sentença judicial, nunca demonstrar intuitodesse desrespeito.

íntegra do documento encaminhado pelos advogados Sinval Palmeira,Francisco Chermont, Osmundo Bessa e Benedito Calheiros Bonfim ao

juiz Monjardim Filho (conclusão)

O erro do dr. Promotor

consiste em pretender jui-

gar o pensamento marxis-ta. Julgar a experiência

politiea, social e humanada União Soviética. Em

pietencler julgar os acusa-dos não por seus atos,mas por seu pensamento.

A quarla acusação c deincitar o ódio contra asclasses sociais. Há neste

prisso evid:'i:o equivocodo dr. Promotor, equivocoalias muito generalizadoom nosso pais. Os comunis-tos, baseados na ciênciasocial que' adotam — omarxismo-leninistno — re-conhecem que a luta cieclasses é um falo hislóri-co iá conhecido de l',is*o-riadores anterore-s a A'.arx,como Guizot, Mignel eTi.ierry. Estão convencidosc!a exislêncio de leis queregem o piocesso social e

que a explorcõo do lio-mem pelo homem já cons-tilui no mundo con'empo-réneo, mundo em ryje aciência já p«rmite clccinrarcom engenhos humanos osafóiiíe da Terra e foto-

grafar sua face desconfie-orla, um anacronismo his-tórico. Mos recenheerr alula de classes e lutar con-ha a exploração cio ho-mem pc!o homem nadatem a ver com ócl'0 cen-ira ar, classes soci-vi-. Oscomunistas o são poi amorà humanidade e não poródio. Não há no pensa-picnlo de Prestes e dos de--nais acusados e não há noManifesto esse ódio referi-dv*. pelo di. Promotor,Veemência sim. Ódio nao.0> comunistas têm sidocecs.yrcrtos, r,-.,. I^is vezes,t-reci.¦•-im-riilp, pci e:. . mu-- ír.ria permanente de oclio.CiTi fó-Ja a si---, atividadeprática sempre souberamcolocar os interesses so-ciais a*imci de quaisquersentimentos pessoais om c.'oódio a indivíduos, institui-cões ou classes rocieis. Ba*.-ta lembrar a alitude dePresl^s, ainda nos cárceresdo Estado Novo dandos>'U apoio ao governo queo torturava e que entrega-ra sua esposa aos corras-cos nazistas, porque rrro-nhecia ser um dever pairió-tico apoiar o governo queparticipava ria g.uerra con-tro O nazismo o enwlorabrasileiros a lutar na llá-lis1.. Quando se pensa em

termos de fraternidade e

de vida para todos, pode-se lutar contra alguém, po-de-se divergir e até ferir,nunca porém o ódio é omóvel dessa conduta, maso amor da maioria.

A quinta acusação é deincitar à greve. Acusaçãovaga. A greve é um direi-to do trabalhador assegu-rado na Constituição. Se oManifesto diz que a classeoperária usa a greve comoinstrumento de sua luta,não comete crime, porqueesse instrumento a Consti-tuição outorgou à classeoperária.

As demais acusaçõesversam supostas injúrias aagentes do Poder Públicoe a generais ditos fascistas:Essas injúrias a generaisleriam incitado o desprezoás forças armadas e a ani-inosidade contra eles.

Essa parte da denúnciaeslá prejudicada pelo des-pncho de fls. 2239 do emi-ninte Juiz Aguiar Dias,qui aplicou aos acusadosa Lei de anistia por deli-tos rir* injúrias pela impren-sa. Ê;se despacho transi-tou en julgado, de modoque as palavras dilas in-juriosas não constituiriamcrime no caso em tela.

De qualquer modo, i'v\.M.dr. Juiz, Prestes nunca emsua vida incitou desprezopor uma classe a que per-tc-nceu e a que honrou ese honrei de haver a elapertencido. Em carta mun-cünlmcnte conhecida, es-cita em setembro de 1937,do cárcere, em que se en-conlrava, ao ilustre advo-cado dr. Heraclito SobralPinto, dizia Prestes: "...nos-so exército está, de feito,luuilo longe do policia;éle, desdi 1888 tem esto*rio, em geral, ao lado donosso povo, e muitas vê-7..-S mesmo à sua frente,em diversas lutas pelo nos-so progresso social. . . Emno-so exército são aindamuito vivas as tradições dedignidade, altivez e cora-gem cívica ou ardor socialdo um Benjamim Conslant,e de rebeldia honestamen-te patriótica e da bravuraindômita de um SiqueiraCampos-. (Jorge Amado— -Vida de Luiz CarlosPrestes^, Livraria Martins,págs. 343 e 344). Respon-dondo recentemente a umprograma de televisão afir-

mou Prestes ter sido o diamais feliz de suo vidaaquele em que recebeu aespada de aspirante doExército. Isio bastaria. Ora,se Prestes, autor do Mani-festo, é uma glória doExército, os demais acusa-dos, que não redigiriam odocumento, esses, então,

jamais poderiam ser acusa-dos de intenções somenteexistentes no juízo dos fa-náticos do anticomunismo.

Eis, afinal, MM. dr. Juiz,a que se reduz a acusa-cão. Um processo inquisi-torial como n-> tempos daInquisição. Só faltariam asordálias e o juizo de Deus.Mas, precisamente porquetemos um processo penaldemocrático e contradito-rio • Juizes vitalícios einamoviveis, precisamentepor isso não voltará a In*

quisição. Só nas ditadurasdão frutos processos desse

jaez.

A provaFoi osiinalado, com jus-

ta insistência, que o Mi-nistério Público não fêz

prova da acusação. Real-mente, arrolou e ouviutestemunhas, mas policiais,traidores do movimentooperário t um traidor rus-so, que abandonou sua Pá-iria ensangüentada parase passar ao campo iními-

go. Um dos raros, raríssi-mos, em duzentos milhõesde lutadores, dos quaisdezesseis milhões perderama vida, preservando a ci-vilização daquela, noite demilênio com que nos amea-çou o nazismo. Essa «pro-va» não seria válida nempara o juiz Bourriche quecondenou Crainquelille pe-Io depoimento do agente64 contra o testemunhodo professor Mathieu, por-tador da Legião de Hon-ra. Se não' seria válida

para aquele juiz que Ana-tole ironizou como o »im-bolo àa Justiça que nãoprocura descobrir a ver-dade, mas apenas senten-ciar ao agrado do Princi-pe — «il faut renoncer àsavoir mais il ne faut pasrenoncer à jugerv-, menosservirá para V. Exa. dequem basta dizer que, é oJuiz que revogou a prisãopreventiva dos acusados,trazendo-os a todos para asociedade brasileira, ondetêm vivido e atuado comocidadãos honrados e ver-dadeiros patriotas. V. Exu.é o Juiz que acredita sei aJustiça a grande fórmulada convivência humana enão «Ia sonetion des injus-tices établies*.

Os acusados fizeram pro-va de inculpabilidade, por-tuie a presunção de ino-cência é principio domi-nante do processo contra-ditório. São os acusadoscomunistas, não o negame orgulham-se de sê-lo.Como cidadãos brasileiros,julgam-se no direito de sermarxistas-leninistas e dedifundir essa doutrina naqual vêem a única ciênciasocial verdadeira, compro-vada pela prática. Na prá-tica da vida política, os co-munistas lutam pelo pro-grosso do Brasil, pela suacompleta emancipação po-lítica e econômica, pelafelicidade do povo, pelademocracia • pelas liber-dades democráticas, pelareformo agrária que po-nha termo oo in|usto mo-nopólio da terro em nossopais, por um governo na-cionalista e democrático.

Esfá, pois, feita a provada luta doi comunistas,confinuadores das melhore»tradições do povo brasilei-ro. Csies dopolmenfo* sâo

um retraio do Brasil, decorpo inteiro. Fazem histo-ria.

Alegações iinaisdo dr. Promotor

Não se poderia esperar

que o ilustre promotor emexercício na Vara pedisseabsolvição dos acusados.Não porque lhe falte inde-

pendência para tanlo, mas

porque seria, de formaevidente, uma censura ao

exercício da prerrogativaconstitucional da livre im-prensa e do pensamento li-vre. O inciso 10 correspon-de cio artigo 12 da lei

1 . 802. Incitar, diretamen-le, e de ânimo deliberado,os classes sociais à lutapela violência». O novo daregra penal em vigor é arestrição contida nas ex-pressões de «ânimo deli-betado». Não basta inci-lar à luta pela violência,mas é preciso o faça deânimo deliberado. Os aeu-sados nunca incitaram,

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0 juiz Monjardim Filho deverá juljrar nos próxi-mos dias o processo movido contra Prestes e outros

dirigentes do Partido Comunista.

próprio Ministério Público,

que engendrou esse pro-cesso estranho. S. Exa. noentanto, depois de estudara fundo o processo e porlongo tempo, chegou àconclusão de que não co-lhe a acusação fundamen-tal de pretenderem os aeu-sócios mudar o regime po-litico por meios violentos.

Os delitos do artigo 2" daL?i de Segurança, em queforam denunciados, não oscor.ieleram, os acusados,proclama o dr. promolor.Oue restaria, então ? —S. Exa., para nõo parecercen-.or de colegas, aponta,sem insistir, delitos do ar-ligo 3." incisos 9, 10, 12,14 t- 25. Vejamos, pois, embicve análise, se procedea cicusação.

Em primeiro lugar, cum-pre examinar a que nor-mas da Lei 1.802 corres-pondem os dispositivos re-feridos pelo ilustre dr.Promotor: O inciso 9 nâolem correspondente na lei

1 802 e nâo é mesmo ob-jeto da acusação. A ma-teria está regulada no arl.

I I da nova Lei. Só é pas-sivel de pena a distribui-Cão, inequivoc a m e n t edolosa, de boletim ou pan-fietos de propaganda sub-versiva. E o § 3.". Nocoso inexiste prova dês-se delito por qualquercioi acusados. O mes-mo art. 1 i no seu § 2."diz nào constituir deli-lo a exposição, a críticaou o debate de quaisquerdoutrinas. QUAISQUERDOUTRINAS, diz a Lei. Noprocesso, O que há dedocumentação, são artigosde imprensa diária ou pe-riócíca, muitos não de au-toria de qualquer dos aeu*«ado», mas sempr» nn

muito menos de ânimo de-libsrado. Como homens de

pensamento político têmoferetido um quadro cri-tico da vida política brasi-leira, em diversas fases.Podem ter incorrido emequívoco, mas seu ânimodeliberado sempre foi ode encontrar uma saída

para que o Brasil encon-Ire o caminho de sua in-dependência econômica e

perfeita maioridade políti-ca.

O inciso 1 2 da Lei 431corresponde ao art. 13 daLei 1 .802 e se refere a

greve de serviço público ede abastecimento cia cida-de. Qual a greve de servi-co público e de abasteci-mento dirigida, orientada

por qualquer dos acusa-dos ? Não se diz no pro-cesso. O Serviço Públicoda cidade, como seu abas-tecimenlo são deficientes e

quase paralisados, mas porculpa do Poder ou dosconcessionários. Os acusa-cios — nunca dificultaramo fornecimento de carne oude leite. E a cidade jamaisficou às escuras por afo dequalquer deles. O inciso 14não tem correspondente naLei 1.802. Está revogado.Não há pena de morte noBrasil. Quanto ao inciso25, injuriar os Poderes Pú-blicos, nõo vale discutir amatéria porque esse pontoda acusação foi excluído-por despacho que transi-tou em julgado, e ja re-ferido.

Aí está a que se reduxo libelo acusatório. Mas oIlustre dr. Promotor nâotem, por certo, outro pen-sqmento, que a absolvição,Nas circunstâncias, suas ra-zões soam como um pedi-do de absolvição, que V.Cxa. acolherá, Inlelando-stt

o ano 19Ó0, ano da paz edo desarmamento, ano dodegelo político internacio-nal, com o fortalecimentoda ordem jurídica demo-crática, o que significará aabsolvição de todos osacusados.

8, — Estamos em 1959.O despacho de V. Exa. re-vogando a prisão preven-tiva dos acusados entroupara a história política-constitucional do Brasil,deu conteúdo à nossa de-mocracia, trouxe Prestes àPraça Pública para o en-contro com o povo às vés-peras do pleito eleitoral.Participou ativamente, li-vre • democraticamente,de toda uma campanhaeleitoral. Recebido com res-peito por governos e As-sembléias, contribuiu comos demais acusados para oreforço da legalidade de-mocrática. Com o Vice-Pre-sidente da República falouao povo nos comícios, comvários Governadores bata-lhou na mesma trincheirade legalidade, em Pernam-buco, no Estado do Rio, noRio Grande do Sul, em Ser-gipe e assim por todo oBrasil. E agora V. Exa. osjulgará como subversoresda ordem política e social.

Não tem sentido a aeu-saçâo. Estará superada nofempo. Envelheceu e mor-reu de esclerose. Descanseem paz. Voltemos ao Con-qresso de Criminologia doChile. O conceito de deli-to político se confina nosubjetivo do móvel deter-minante do ato. Ora, omóvel do Manifesto de ja-neiro de 1948, o móvel defodos os atos posterioresdos acusados, tem sido, os-tensiva e enfaticamente

proclamado, a indepen-déncia política c econômi-ca do Brasil, a elevaçãodo nível de vida do povobrasileiro, uma vida livree digna para todos, diasalegres, sem angústias. Pâoe Rosas. Onze anos decoi*reram do Manifesto origemdo piocesso, onze anos deamadurecimento político ede lutai democráticas, masonze anos de mais amoroo Brasil e de confiança noseu futuro. Essa é a ban-d?ira dos acusados. V. Exa,os julgará protegidos porela. Ê a bandeira verde eamarela, ouro e esperançanesse pais que deve serde todos nós brasileiros,mus não o é. Nõo é abandeira Soviética comodisse o dr. Ribeiro de Cas-tro, apenas para dizer uniinsulto. A bandeira Sovié-tica cobre um grande povoe se cobriu de glória imor-redoura livrando o mundodo nazismo e do fascismo,ao preço de dezesseis mi-Ihões de vidas. Glória aessa bandeira de heróis ede mártires. Mas a dosacusados é a bandeirabrasileira, pela qual todoseles, como todos os comu-nistas, estarão prontos adar a vida. Não calha essaprovocação de que Prestesteria dito que estaria dolado da URSS no caso deuma guerra com o Brasil.A vida de Prestes e o sen-tido nacional e humano desua luta seriam o maior emelhor explicação. Quemno Brasil contemporâneotem passado por maioresprovações na defesa con-

'

seqüente de suas idéias ?Quem pode ombrear comPrestes em nosso país nosacrifício de quaisquer in-terêsses pessoais e na in*feira dedicação à causa da

'

completa emancipação na-cional e do progresso doBrasil ? Só uma profundaconvicção científica aliadaaos mais nobres senfimen-tos humanos — o pátrio-tismo e o amor à humani-dada —. podem explicartamanho desinteresse. Masjá ê tempo de pôr fim às'Infâmias. Prestes respondeuquc a hipótes* de umafiuwo «Rire e Brasil * «

URSS seria absurda, pois,não temos qualquer confli-

to com aquele país. O Bra-

sil só poderia ser arrastadoa uma tal guerra na estei-ra de uma agressão — es-trangeiro, com ofensa ànossa Constituição, queproíbe as guerras de agres-são e conquistas. Nessa hi-

pótese, os comunistas não

poderiam deixar de lutarcontra o governo criminoso

que realizasse semelhantepolítica. E, ao lado dos co-munistas, não poderiam dei-xar de colocar-se todos osbrasileiros honrados, ,nãointeressados numa guerrade agressão. Essa a verda-de histórica e bem a co-nhecem os que a torcem edesfiguram. Quando DeGaule se levantou contra ogoverno de Vichy, acorren-tado à Alemanha nazista,não traía a França, de-fendia a Pátria e a pró-pria honra da França imor-tal. E um exemplo de nos-sos dias.

9. — Os acusados oguar-dam serenamente o julga-mento de V. Exa. Quandolançado o Manifesto dejaneiro de 1948 o clima na*cional era diverso. SeuPartido, com seiscentos milvotos, tinha sido fechado,seus mandatos cassados,seus lares invadidos a tô-da hora pela Polícia Poli-tica. Não eram os acusa-dos os subversivos, mas oGoverno em que tanta Ile-galidade se pralica. É dolembrar a lição de Rui:

«O domicílio éo fortaleza do indl-viduo. O direito é opresidio do homem.O voto é a praça dearmas do cidadão,Quando éle se en-cerra em qualquefdesses abrigos in»violáveis e de den»tro de um deles,opõe a defensiva àofensiva a legali-dade à usurpação •a força à força/essa força em talcaso, a força doque se vê cons-trangido a defen-der-se é a força con-servadora, a forçojurídica, a força le-gal, a sagrada fôr»ca da legítima de-fesav.

is os acusados nãousaram a força para de-fender seus domicílios con-tra a invasão policial, nãousaram a força para semanter na tribuna que opovo lhes dera pelo votolivre, usaram a palavra, opensamento, no alertar oidemocratas contra as ne-gações do direito e as ofe»sas ò legalidade ?

10. — Nesses numero»sos volumes há muito daHistória do Brasil, das lo-tas de nosso povo por suo;emancipação. Prestes eo»mandou e comanda muitasdessas lutas. Mas o seumóvel é a grandeza denossa Pátria, livre, unida «independente. Nenhum cri-me cometeram « nenhumcrime cometem. Cidad8oilivres de uma Pátria quequerem ver livre e próspe-ra. Por isso respondem a«sse processo, do qual sal-rão mais fortalecidos nassuas convicções democrátl-cas t socialistas, e no seüamor ao Brasil.

11. — Quanto ao acusa»do Fernando de Paiva la-cerda, muito embora ex-tinta a punibilidade pelamorte, os se£s advogadospedem a V. Exa. o incluano seu julgamento, paraque seu nome continui II-gado ao de seus compa-nheiros numa sentença ab-solutória que fará honra;' à Justiça • fustlçq oosacusados.

Assim esperam V. B*a,iulgará a todos com as lu,'«s do seu saber c a cora-gem de bom Juli.

Rio de Janeiro, f. <t* fct,w<ro d» IPáO.

í

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2*-!-i4-X-1960 •...«*. OS piiMo»; .FÂCINA 11

bolado o prefeito janista

NOVA IGUAÇU EM PESO CONTRA0 SOVO CÓDIGO TRIBUTÁRIO

Port of Pará Escândalode Quarenta Anos!

\

Em Nova Iguaçu, comopm outras cidades fluml-lienses, os trabalhadores dalinmicipalldade reivlndi-cam, apenas, que o Heu sa-Iário seja equiparado ao sa*iário mínimo do Estado.Em vez dos 3.000 cruzeirosque percebem, e que n&odão para coisa alguma,querem que lhes sejam pa-gos 5.700 cruzeiros men-

., sais. Inclusive a Justiça ]\lhes deu ganho de causa.

Sltuaç&o ainda mais de-plorável é a do professora-ilo primário municipal, poisps salários vigentes sio de«penas 2.100 cruzeiros pormês...

A campanha dos peque-no3 servidores e das pro-fcssôras por aumento de sa-lários conta com a simpa-tia da população do mu-nicipio e é dirigida pelaseç5o local da União Nn-cional dos Servidores públi-cos.

GOLPE DO PREFEITO

Foi exatamente compre-endendo a justiça dessa as-piração que o prefeito de.Nova Iguaçu, sr. ArrudaNegreiros, procurou confun-ilir a opinião pública, apre-sentando um escorchanteaumento de impostos comodestinado a atender aos pe-quenos servidores e ao pro-fessorado. Entretanto, queindo não passava de ma*nobra, ficou claro quandochegou à Câmara Munici-pai o projeto de Código Trl-hutário, consagrando omencionado aumento, e emcuja mensagem não eradita uma só palavra a res-peito do funcionalismo.

A APROVAÇÃODO CÓDIGO

O novo Código Tributa-rio é um verdadeiro golpe?

C0FA •i. • ••

'Conclusão da 7» Página)

rio uma série de produtos,entre os quais as vitaminasusadas no tratamento da gri-po (conforme afirmou o sr.Thiers Coutinho, presidentedo Sindicato do ComércioVarejista), no momento mes-mo em que se anuncia umaepidemia no Brasil. 08 in-dustrials começam a forçar,com a retirada de seus pro-dutos do mercado, o aumen-to dos preços. Anterlormen-te tinham ameaçado, numanota publicada em 12 de de-/.ombro de 1959, esta medidadigna de carrascos, que jogacom a saúde de nosso povo.v.ste é o princípio ético queos norteia, Uma ética inspi-rada na pura ganância demaiores lucros-

do prefeito Arruda Ncgrci-ros contra os municípe.,como veremos a seguir. Porisso, a fim de garantir suaaprovação em tempo récorde, o prefeito tomou algu-mas «providências*, a maisimportante das quais con*Bistiu no suborno de qua*tro vereadores do PSD. Ca-da um dos mencionados ve-readores «recebeu» 28 exce*lentes cargos públicos paradistribuir com parentes,amigos, cabos eleitorais,etc. Dessa manobra constaque participou ativamenteo sr. Mário Guimarães, se-cretário do Interior e Jus-tiça do Estado do Rio e ele-mento de Jânio Quadros en-quistado na admlnistraçã.Roberto Silveira. Pois bem.Amaciado o terreno, não fildiíicil conseguir aprovaçãodo Código bomba pela Cã-mara Municipal, em ape-nas 12 horas, mesmo atropelando o Regimento Inter-no e ignorando solcnemen-te a Lei das Municipalida-des, que proíbe a considera*ção de projetos relaciona-dos com as finanças públi-cas om regime de urgên«•"ia.

0 QUE t O CÓDIGO

No Código do ,r. ArrudaNegreiros, o imposto de in-dústrias e profissões sofreaumentos que variam de200 a 1.500 por cento. In-dústrias que até aqui go-zavam de isenção do paga-mento dêsse imposto, terãoagora que desembolsar de500 a 800 mil cruzeiros porano, O comércio, para fun-cionar até às 24 horas, pa-gará mais 30 pot cento omais 60 por cento se ficaraberto além das 24 horas.Até a requisição de forçaiclicial é prevista no Có-digo para obrigar ao paga-mento do imposto.

Também sofreu majora-ção, embora subrepticia, oimposto predial.. As-autorivdades, fiscais do, municípiopoderão arbitrá-lo de acõr-do co mo valor venal, inclu-indo-se o valor venal cioterreno, sobre o qual, nor-malmente, incide um outroimposto.

A taxa de conservação deestradas, nas bases fixadas,vai onerar sobremaneira ocusto das utilidades de pri-meira necessidade, princi-palmente as vendidas nasíeiras-livres.

O Código, além do mais,reúne em mãos do pieíeitouma enorme soma de po-dores discricionários, emdetrimento das prorrogati-vas da Câmara Municipale do.s próprios direitos egarantias Individuais cio--cidadãos.

Foi êsso o Código cuiaaprovação o prefeito Anu-

da Negreiros arrancou daCâmara Municipal em pou*cas horas e do qual nemmesmo os vereadores pude-ram ter pleno conhcclmento...

RESISTÊNCIA POPULAR

Imediatamente depois deaprovado o Código e san-cionado pelo prefeito, ini-ciou-se uma campanha pe-ia sua revogação que uniupraticamente tôdas as cu*madas da população domunicípio. Efetivamente,por convocação da Associa-ção Comercial e Industrialde Nova Iguaçu, reuniram-se todos os sindicatos dotrabalhadores de N. Iguaçu,a União Nacional do.s Ser-viuores Públicos (seção lo-cal), a Uniáo Iguaçuana d-.Estudantes, os Centros Pró-melhoramentos do Munici-pio, cm número do cerca dequinze, e o Sindicato cio Co-mércio Varejista Iguaçua-no. Nessa reunião foi e-co-lhida uma comissão com-posta dc representantes da-quclas entidades para diri-gir a luta pela revogaçãodo Código.

A primeira providênciaconsistiu em conseguir aconvocação extraordináriada Câmara para a revoga-çáo do Código. Em prime!-ra discussão, a oposição ob-teve uma vitória, derrotan-do o Código por 9 votos con-tra 8.

GRANDE COMÍCIO

Na luta pela íe.ogaçáodo Código Tributário, o epi-sódio mais importante, atéo momento, foi o grandecomido realizado às 19 ho-ras do dia 21 último, aoqual compareceram cercade 5 mil pessoas, fazendo-se ouvir diversos oradores,entre os quais representan-tes das entidades promoto-ras da manifestação, verea*dores, deputados flumlnen*ses e outras pessoas.

No dia do comício, aten-dendo a um apelo da co*missão, o comércio e a in*dústria fecharam suas por*tas ao meio-dia. Não ficouaberto um único estabele*cimento.

Tentando atemorizar osmanifestantes, o janistaMário Guimarães, patronodo sr. Arruda Negreiros, fêzseguir para Nova Iguaçuforte contingente policialde mais de cem soldados.Tudo, porém, foi inútil, poisninguém se deixou atemo-rizar e o povo compareceuom massa ao comício. Do.s-mascarados ficaram o pro-feito e o atrabiliário secre-tário do Interior do Estadodo Rio.

A luta continua, com tó-da a população unida con-tra o Código. Nos próximosdias, a Câmara deverá reu-nlr-sc para votar a revoga-ção do Código.

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Este caso da Cia. Port of.Pari e das ferrovias 35oPaulo-RIo Grande e Vitória-Minas vem reviver, em plenasegunda metade do séculoXX, um episódio típico caépoca do cülcnialismo flores-cente. O que admira é a au-üácia de certos entreguistas,bem amparados, ao desenter-rar uma questão que o paisconsidera liquidada.

PORT OF PARAVejamos, sumariamente, t»

questão. Em 1921, sendo Epi-tácio Pessoa presidente daRepública, foi descoberto quea companhia Port of Pará.,concessionária do porto emBelém, vinha furtancio o paisem vultosas somas. Median-te alteração fraudulenta docontrato com a Uniáo, vinharecebendo do Tesouro Nacio-nal, a titulo de juros, umasoma anual que, em 1921, Jáse elevava a cóica de 25 milcontos de réis. Todos os anos,no orçamento da Unlfto v*j-tado pelo Congresso era c.n-slgnada uma verba para areallsação de tais pagamen-tos indevidos a Port of Pará.Por determinação de Eplta-cio Pessoa, esses pagamentosforam suspensos em 1921. Naexprc-3ão daquele presidente,tratava-se de' "uma das maisgraves Irregularidades da Ws-tória administrativa ào B a-sil". Epltáclo revelou, am-du, em candente exp .riçro,outras fraudes praticadas pe-Ia Pert of Pará, nu q«M,mais tarde, em 19t0, s. ti"-searla o presidente Ge. .'«.oVare-as para dcterminr.r, pordecreto, a restituição, priaempresa estrangeira, de tudoquanto havia indèbitamenterecebido da União e que seelevava a 355 milhões de cru-zelros.

Ora, essa divida era snpc-rlor ao patrimônio da I'°rtof Pará, de serte que a exi-

GMRUJÁ: PREFEITO ECÂMARA TOMAM POSSE

Com it presença de alt:ispersuialhl': •; civis e mili-tares, rcai;H.-se na Câmara

CARTA DO SERTÃOZt NtAXÉDI — o poeta vaqueiro

Cumpade Mane Cupira,Prufeta de minha terra,M'al_inb_ cjuí vós dizia: ^"Vai cicxá de havê guerra"!

Foro palavas do mestei"O

pobe vai miorá!Vem da Lua Iiba forte,O mericano do norteE' difice chega lá".

Cumpade, tás cá rezão,Sigo a tua pruficia.O. qui dixesse há dez anoA gente vé hoje im dia.Im Mina já tão fazendoO prato das três Maria

"O preto, o branco e o russo,

Contemprando o amiarelo.Nas cinco parte do mundoVai se tê foice e martelo.Sem o fogo das metraia.*.Fica o trabái de sandaia,O capita de chinelo".

"Os mericano do norteVão tê um vive pacato.O mulato casa cum brancaE a branca cum mulato".

'Tá se cumprindo, cumpade,

O russo já foi a Lua,O chinês, raça amarela,«Tá furando qui nem pua,

No izersp do povo russoFoi dispensado uni miãoA bombinha queles temBasta manda ela vemIm defesa da nação.

Nós samo cias quato raça..Musturado qui nem bode,Vontade se tem dimásPorém se vè qui num pode.O Brasi fica de foraOiando pr'èsse pagode.

Cumpade, se tu tive,

Quarqué coisa protelado,Pode manda no conèiQui vai sai pubricado.És um saibo brasiléro...P°rcisa qui o mundo intèroAssunte no teu riscado,

Tudo quanto digo e façoEu ti eiinsiirto premem.O Zé Praxédi de sempe,O teu puéta vaquem.

Municipf.l de Guaiujá, a Gce janeiro, a cerur.ònla c*,eposse do novo Prefeito, rr.Jayme Daige, vice-prefeito,sr. Jc.sé Bueno c',o Assis, evereadores eleitos em 3 deoutubro de 1959. Grandemassa popular compareceuao ato, que foi presidido pe-lo Juiz Antônio Chaves, ova-clonando demoracl^mente csnovos administruuwes dcmunicípio paulista, vitoriososnas urnas com o apoio deuma coligação nacionalistada qual participaram o PTBo PSP, os comunistas, o PRTe o PRP. Em seu discurso deposse (foto) o novo prefeitode Oimrnjá asseverou queuma das suas primeiras me-didas seria a normalizaçãodo pagamento ao funclonalis-mo municipal, cuja maiorianfto recebia a três meses.

géncia formulada por Getii*lio V.*.r_as Implicava real-mente na encampação daemprssa, Daí surgiu a pen-d&ncia entre a companhiaestrancelra c o Governo daUnião, teitóo aquela se vali-do do concurso do governofran*. és, npo3ur da sede dnempresa figurar oílcialmen-te «mo smdo localizada nosEstadas Unlcics...

AS FERROVIAS

Mais ou menos semelhan-ts e o cas-) das ferrovias Sao«Paulo-Ria Grande e Vitória-Minas. A primeira, tambémlncevldiunc.i.e, recebeu daUniáo, a titulo òs juros sô-bra linhas Í2rrovliirlae quejamais construiu, mais de 3milhões de libras esterlinas(juros de 6 por cento ao ano•obre 3 milhões de libras, du-rante mais de 1G anr.s...

Foi também o presidente*GDtúlío Vargas, em março de1940, que decretou a incor-poraçio da mencionada fer-rovia ao patrimônio nacio-nal, tenúo em conta o debi-to da empresa k União.

Esses são os dois casos maisimportan* es.

INVERSÃO DOiS PAPÉIS

De tato, o governo francêsnunca se conformou com osates legitimes do governobrasileiro e várias notas dl-plomáticns foram trocadas arespeito, u p.imtha das quaisàs visperas da capitulaçãoci i governo francês diante de111 ler, cm junho de 1940.

ultimamente, o vergonno-so "affalre" foi objeto doviagem cio então ministro aoExterior da França, Plnay,po Brasil. Foi concluído umvergonhoso acordo estabele-cendo oue a França abririaao Brasil um crédito de 200milhões de dólares para ad-

MAÇA! PAROU:SOLIDAStlEDADAOS GREY SSTÂS

quírlrmos 14 produtos de im-portaçáo, em troca do paga-mento de uma "indenização"cie perto de 100 milhões dedólares pela encampação dasmencionadas empresas.

Para coonestar a escabrosanegociata, o litígio entre ogoverno brasileiro e os cm-pr.sas privadas apátridas se-ria submetido a aibltramen-to internacional. Nesse sen-tido, por iniciativa do PoderExecutivo, chegou ao Con-gresso Nacional um decretolegislativo autorizando o Po-der Executivo a recorrer mo_y.*-tramento.

RESISTÊNCIA

A coisa, porem, era por de-mais es._hdalosa, Eminentesjuristas nacionais, um apósoutro, recusaram-se a fazerparte da corte dc arbitramen-to, alegando, como disse oConsultor Geral da Repúbll-ca, sr. Antônio Gonçalves deOliveira, que o arbltramentesignificava, implicitamente,pelo Brasil, o reconheclmen-to da incapacldacio do nuaprópria justiça. O arblUa-mento só é aplicado a umpaís em assunto de ordempatrimonial "quando a Justi-ça dêsse pais não oferece ascondições mínimas de _*»-rantia, tomando-se por baseo standard jurídico internn-cional".

O arbitramento significa*ria, pois, a renuncia à sobe-ruma nar-ional, a equipara-çfo do Brasil às mais lnfe-liws colônias.

A decloração do ConsultorGorai da República alcançougrancie repercussão e proje-tou luz sóbre o problema. Emconseqüência, o sr. JuscellnoKublts.heli endereçou ao Mi*nlstérlo das Relações Exte-rlores, para que opine, o ofi-cio do Consultor Geral.

Neste pé estão as coisas.Segundo declarações à im-prensa, o deputado José Bo-ntfácio apresentará ao Con-gresso projeto de lei retlran-do a autorização dada aoExecutivo para que lance mãodo arbitramento. Por ora,porém, a ameaça persiste •se nfio houver uma firme to-mada dc posição pelas forçasnacionalistas o pais poderápagar os olhos da cara petoque já é seu.

O.s servidores municipais dacic-ade de Macaé, com 12 me-ses sem re.cberem seusvencimentos, tendo Já seuscréditos coitados nos arma-zéns, vlram-se obrigados,premidos pela fome, a lançarmão da greve como últimorecurso para exigir do Pre-leito o pagamento de seussalários.

UM ANO DE ESPERAApesar dos constantes atra-

sos nos seus pagamentos, osservidores, d-urante o ano quepassou tudo fizeram paranormalizar a situação. Quan-do alguns s?rvldores, emcompleto estado de desespê-ro, procuravam o Prefeitopnra pedir 0 pagamento depelo menos um mês, para so-correr a esposa acamada ouum filho c.oente, eram aten-dlc:«os com desaforos, maitra-tados, suspensos e demitidospor terem a "petulanria" deir ao Prefeito fazer rer.la-maçôes.

Mas os servidores nâo sedeixarem vencer pela fome,foram fi greve e tiveram oapoio unanime de todos cstrabalhadores, do comércio ede tocío o povo de Macaé. Osgrevistas recebem contribui-çôes em dinheiro e gêneros,provlndas de todos cs-setArés'di n-niilaçá*"

CRESCE A SOLIDARIEDA-DE AOS GREVISTASO Sindicato dos Ferrovia-

rios da Leopoldlna colocousuqs dependências à cVlsposl-ção dos grevistas. Lá eles es-tabeleceram seu Q.G. e or-ganizaram um depósito ondefazem a distribuição cte gè-neros aos grevistas. Mais de100 mil cruzeiros de manti-mentos Já foram distribuídos.Os médiros da cidade coloca-ram-.se à disposição dos ser-vidores e os atendem e àssuas famílias. Duas criançasmorreram Oe inanição duran-te os 11 dias de greve.

A população ds Macaé n*s-sisle a tudo isso com inclig-nação e transforma a lutados servidores em sua pró-pria luta, participando decomícios, como o do dia 14,o maior já realizado na ci-dude. Nesse dia a cidade pa-rou. O comércio fechou simsportas, os trabalhadores dei-xaram o serviço, as oficinasde Imbitiba, da Leopoldlna,tombem pararam. Faixascontra o Prefeito foram co-locadas e decretado o luto pe-les estudantes, em solidarieáa-tia aos servictores em greve.

A população está decididan não pagar mais Impostossem que seja antes soluciona-da a sl.tia_S.o.-crlada*-em--Ma-*

• ca.rpêlo Prefeito EduardoSerrano. A situação se com-pllca, o Estado já Interveiono serviço de esgoto, cvltan-do assim que uma epidemiase alastre na ció.irte.

PARANÁ: ESTADO QUER FISCALIZARCONCESSÕES DE ENERGIA ELÉTRICA

CURITIBA (Do Correspohdente) — Com a presençade diversos lír_eres sindicais,realizou-se na Delegacia Re-gional do Trabalh), nestaCapital, uma reunião em quefoi debatido .o problema daenergia elétrica no Estado.Além dos lideres sindicais,também compareceram o de-legado do Trabalho, o depu-tado Valdemar Daros e umrepresentante do vice-presi-dente João Goulart

Propôs o deputado Valde-mar Daros que os lideres sln-dicals, unidos, manifestas-sem ao governo federal o In-terêsse cio Paraná em que aUnião delegue podêres aoDepartamento de Águas eEnergia Elétrica deste Esta-do para fiscalizar os emprê-

sas concessionárias dos ser-viços de eletricidade Alémdisso, o DAEE deveria serobrigado a levar a efeito a-sobras previstas no Plano d.Eletrificação do Pa rana,construindo as centrais cieCapivarl e Cachoeira, entreoutras.

PEDIDO DEPROVIDÊNCIAS

O deputado Valdemar Da-ros, que se vem destacandopor suas posições naclonalls-tas, também tomou a Inicia-tiva de, por intermédio daAssembléia Legislativa, soli-citar providencias ao Minis-tério cia Agricultura no sen-tido de fazer com que a"Cia. Prada de Eletriclchide"

cumpra suas obrigações con-traluals no fornecimento deenergia ás cidades cie PontaGrossa, Castro e Piral do Sul.Segundo a representação fei-ta pelo deputada Daros, ofornecimento de energia —do qual aquela empresa temexclusividade — apresentasérias deficiências e vemmesmo freando o desenvolvi-mento econômico, notada -mente o Industrial, daquelastrês cidades. No mesmodocumento, o deputado Da-ros solicita, ainda, ás auto-ridades federais, que ouçama respeito os prefeitos dePonta Grossa, Castro e PI-rai, os presidentes das res-poctlvas câmaras municipaise representantes das classesconservadoras.

RESPOSTAAOLEITOR

BERNARDO AMARAX-(Jaboatfio, Pe) — Agra-

decemos o artigo sobre oNatal. Por nos ter che-gado ás mãos com atraso,

não pudemos publicá-lo.Solicitamos ao amigos noienviar reportagens sobrea vida dos camponeses •trabalhadores dêsse mu*nicipio.

xANTENOR GOMES

Rib. Preto, SP) — Agra*decemos as fellcltacõe.enviadas.

x

ANTÔNIO CAMARGO(Horlzontlna, RGS) —

Agradecemos o ABC quenos enviou. Por falta-da-espaço deixamos de dl-vulgá-lo-

T

JOSÉ MARIO (Salv*-dor, Ba) — Recebemos • jagradecemos o artigo sô*bre a "revolta de Aragar-ças". Por falta de atuall-dade, deixamos de publl*calo, Pedimos ao amigoque nas envie reporta-gens sobre assuntos liga-dos à vida dos trabalha-dores e do povo baiano —sobre o movimento nacio-nnlLsta, estudantil, etc.

xAGRIMAR MONTE-

NEGRO (Caruaru, Pe) —A noticia sobre a instala-ção do Comitê Naclonalls*ta já foi divulgada cmnúmero anterior. A faltade espaço impediu a pu*blicaçáo de seu poema.Pedimos enviar reporta-

gens sobre problemas doetrabalhadores dêsse mu*nicipio.

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Focos dó anti-semitismo estãono governo dé Adenauer- *,'::: 7*7

HOMENS DE HITLER SÂE4r .»s

l___ifeVA ALEMANHA OCIDENTAL¦»H

ORLANDO BOMFIM Jr..(enviado especial de NOVOS RUMOS à Europa)

"Ant« n onáa de anli-semt-tismo que sa alastra por cii*versos países (até aqui no Rioencontrei a cruz svtá.-iica nesmuros!) algumas pessoasassumem atitude de desprê-to e indiferença, julgandotratar-se de simples brinca*delra de desocupada1;. Poroutro lado, os munipuladoiesdas agências noticiosas cioimperialismo descarado mentese esforçam por fazer crer•que se trata de um plano ur-dido pelos comunistas dentrode uma "estratégia geral" cieataque no governo da Alemanha Ocidental. E' certoque no primeiro caso .se pocieadmitir ingenuidade, quc naoexiste no segundo, cuja máfé aparece evidente. Mastambém é certo que ambasas atitudes sao idêntlcamen-te falsas.

O anti-semitismo não mor-yeu com Hitler sob os escom-bros da Chancelaria cioJRelCh. E Isso porque lá tam-bém não tiveram seu sepul-tomento definitivo as causasdo militarismo alemão, res-ponsável pelas monstruosida*des que os vestígios dos cum-pos de concentração aindahoje, dramaticamente, ates-Iam e por duas grandes cha-c-inas mundiais que ceifarammilhões de vidas e destrui-ram riquezas produzidas eacumuladas durante anos e.séculos pelo trabalho do ho-mem. Sob esse aspecto, avitória militar conquistadasobre o nazismo íoi burladapela política ate agorn segui*ria pela- potências ocidentaiscm relação à Alemanha chiAdenauer. E é necessáriocompreender e avaliar devi-(iamente e.-sa realidade parase ter consciência do que elarepresenta. A Alemanha o -dental sc desenvolve ijum.sentido quc conduz ao res*tabelecimento do agressivomilitarismo germânico e IbüPconstitui uma ameaça à pi/*mundial. São pois os inte-rêsses de todos os povos —incluído evidentemente o p»-vo alemão — que estão emJogo.

T DOIS CAMINHOSOs Acordos de Polsdam,

expressando os objetivos d.icoligação de povos e gover*nos formada durante a guer*ra contra u nazismo, previama desnaziílcaçáo, desmUitarização e democratização daAlemanha. Postos em prá'i-ca seus princípios, o minta-rismo germânico seria -.Xtlrpado pela raiz, desapareceu-do como forca ameaçadorados paises vizinhos e foco deperturbação da pnz mundial.

No território que, hoje, con-tltui a República Democrati-ca Alemã, os princípios ciePotsdam foram seguidos àrisca. As propriedades per-tencentes bos banqueiros eindustriais criminosos dcguerra .se transformaram empropriedade de todo o povo.Uma reforma agrária bemconduzida dividiu os lalífún*dios (um dos suslcnliicuii.seconômicos dos milltari-la-"'e distribuiu a torra entre ' strabalhadores rurais e cam-poneses sem terra ou compouca terra. E tudo isso sefêz com a parlicipaç* i diretado povo, chamado h opinaratravés do voto,' eln \'> ibisc!-.tos. Tornou-se p.issivi 1.assim, o livre curso dc u:ndesenvolvimento nntifnsci iae democrático- E' essn a ra*záo pela qual na Republica.Democrática Alemã o mili'arismo germânico nío levan-ta a cabeça. Como lambemnão levantam a cabeça o, na-zistas.

Outro foi. porem, o cursoquo os acontecimentos toma-ram no território que hojeconstitui a Alemanha Ocicler.-tal. Assembléias como, p r«seniDlo. ns da Benânla, oi

We.stfalia e de Hessen chega- jram a aprovar, em 1U46 e 47,leis desapropriando os crlmi-liados de guerra e determi-niuido a reforma agrária. Masa interferência das potèn*cias ocidentais que ocupavam

«essa parte da Alemanha hn-pediu que a.s leis fossem cum-prldas. Conservou-se intacta,("•sim, a ba.se do poder dastorças qiie tinham levadoao nazismo e .suas trágicasconseqüências. K es.sas fôr-cas passaram a influir cadavez mais em todos os senti-dos, frustrando, mituralmen-te, as objetivos de desnazifi-cação, desmilitarização e de-niocratrzaçfiü.

CONCENTRAÇÃO DOSMONOPÓLIOS

Em 1930, aa grandes socie-dades por ações, com maisde 60 milhões de marcos,constituíam 37.r,- do totaldo capital de ações. Em 1958— conforme documento di-vulgado pela Republica De-mocrática Alemã, c não con-testado, essas sociedades pus*saram a dominar ti'l,õ%. E aparticipação das sociedadesgigantes, com mais de 100milhões de marcos, cresceu,no mesmo período, cie '-5.8-.

para 46'.>. Quase 80'.- detudo o capitai em ações gerínano-ocidentiil está nasmftos de 17 grupos monopo-]_-ln.-*. E nesses grupos ocu-pam posições de direçãomagnatas da indústria e dasfinanças que levaram Hitlerao poder, mesmo alguns queforam condenados como cri*minosos de guerra ma-s hojese encontram em liberdader nos antigas postos dirigemies da economia. O docu-mento a que nos referimoscita alguns exemplos típico»que vale a pena reproduzir:

Otío Ambros, responsávelpelo campo de concentraçãoinstalado pela IG-Parben emAuschwlte, condenado a *anos de prisão, é membrodas Conselhos Adminisirati-vos de vários poderosos car-têis na Alemanha Ocidental.

Max Ilgner, chefe do servi-ro rie espionagem industrialda IG-Farben, condenado a,'í anos de prisão, ía_ partedo Conselho Administrativocio "Deutsch-UberseelschenEun_", de Hamburgo.

Ka-i Kranch, Friedrich,.Uihre. iians Kurjlfr. Frilzter Mecr, todos condenadospelo Tribunal Aliado comocolaboradores de Hiiler nos8tor econômico, ocupam on-ira vez posições-chave nastrês ".sociedades herdeiros,''da IG-Farben.

Também os réus do "prn-cesso Krupp". o próprioKrupp, Eberliardt, Ihn e /.()>-ser, como as do "processoFlick", o próprio Flick, Weiss

e outros, ocupam novamenteruas posições dirigentes naeconomia.

Esses são alguns exemplos,sem dúvida bem expressivos.E e fácil de se compreenderem que sentido se exerce acrescente e dominante influ-ência desses grupos monopo-IPtns na vida econômica, po-lític-n e social da AlemanhaOcidental.

NO APARELHO... ... DE ESTADO

Documento do próprio go-vêrno de Adenauer — o "Bo-lefm de Imprensa e Infor-inação" — registrava, em 31de marco clc 105(1, a pnriiei-paçãn, no aparelho do E-.t..t-('o, de 181.202 funcionários eempregados que haviam ser-vido ativamente no apare-lho de Estado da Alemanhanazista.

Mais ainda. Já em 1058,dos 17 membros do mínlEtá-rio tíe Adenauer . eram an-tigos e destacados colabora-

dores do governo nazista outinham ocupado postos res-ponsàvels na.< formações"SS", "SA" ou no Partidode Hiiler. Por exemplo;Xchrodtr, Ministro do ln-.lerior, era membro do Par-tido Nacional Socialista eda "SA" desde 1933. Strauss,Ministro da Guerra, foi oti-ciai "instrutor nacionalista"na WehrmaclH hitleriana. Ochamado Ministro para a.squestões dos evadidos daparte oriental, Oberlander,membro do Partido Na-clonal Socialista desde 1933.chegou ao posto de "Rcichs-fuhrer" da "Uniáo do OesteAlemão".

Tornou-se público. em1952, que 85% dos Altos fun-cionários diplomáticos daAlemanha Ocidental perten-ceram ao partido nazista,sendo muitos deles responsa-vels por crime* de guerra.E' o caso do dr. Wrener vonBargen, diretor da Secçãoda Europa Ocidental do De*partamento Político do Mi-nistério do Exterior ao tem-po de Hitler, nomeado em1958 dirigente ministerial doServiço de Assuntos Exterio-res de Bonn- O dr. Hassovon Etzdorf, ex- "Obersturmbannfuhrer" da "SA" e re*presentante de Rlbbentropno Estado Maior do exerci-to nazista, assumiu, tambémem 1958, a direção da SecçãoOcidental do Serviço de As-suntos Exteriores de Bonn.Von Stechow, conselheiro daEmbaixada em Copenhagu»íoi assessor na Secção Po-litica de Assuntos Exterioresnazistas. Um nazista fanáti-co como o dr, Otto Brauti.gam, responsável pelo assas-.sinato de milhares de judeusdurante ft ocupação nazistada Europa oriental, é cônsul-geral da Alemanha Ociden*tal em Hongkong.

CONHECER PÁRACOMBATER

Muitos outros exemplos po- *deríam ser apresentados. Éconhecida * impressionantedocumentação divulgada pe-lo Comitê pela Unldacle daAlemanha sobre centenas dejuizes e procuradores dostristemente célebres tribu-liais especiais nazistas (mi-lluires de pessoas foram as-sasslnadas por suas decsisòes»que hoje foram readnújdosnos tribunais da AlemanhaOcidental. NOVOS RUMOSjá publicou a relação nomi-nal dos generais de Hiilerque hoje comandam o exér-cito de Adenauer. Quatrograndes "Associações desoldados" congregam 273 0(H)membros, havendo 1.172 cha-madas "Associações de tra-dições", das quais 45 sãodestinadas aos ex-membrosdas formações fascistas"Waffen SS". E para a co-ordenação da atividadede todas essas associaçõesíoi criada uma enMdadepresidida pelo general hi-Ueriano We.stphal.

Assim,1 em vez de desna?!-íicação, desmilitarização edemocratização, a AlemanhaOcidental segue o caminhoda nazifienção: na economia,nos órgãos do Estado, noexército, no aparelho judi-ciário. Ê toda uma políticaque repousa no poderio eco-nômico dos monopólios ger-•mano-ocidentais e se orien*ta. para objetivos agressivos._ um obstáculo que se le-vanta à liquidação da guerrafria, a uma Jurta soluçãocios problemas da Alemanhaem senti e de Berlim emparticular, à predominânciado.s princípios de coexlstência pacifica e de salvaguardada pa?. O anti-semitismocorresnonde a uma mnnifes-tacão dessa política, qu"deve .*..•>' bem cor>'-ieclda para»i_r b°m combatido.

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A nova sinagoga de Colônia e o monumento em ho- Ocidental. Os nazistas lambusaram de tinta preta,menagem às vítimas do nazismo foram o alvo das branca e vermelha o templo judaico e. com tintaprimeiras manifestações anti-semitas na Alemanha preta, o monumento.

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Em Nurcmberg, num pôslo de bombeiros, os na- taram a «su.iar a.s paredes com a odiosa cruz sa-/.tsía.s da Alemanha Ocidental, que detêm posições .mada; inscreveram também a tristemente famosiiimportantes na administrarão do país, não se limi- saudação «Heil Hitlçr»,

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Também a sinagoga da cidade de Gelsenkirchen como o anti-semitismo se nlasírft no OcMenfo '*»

mereceu o ódio dos nazistas de Adenauer. Trata-se, Alemanha, exatamente como reflexo da crescenteassim', ii «r.ta seqüência de fatos qne mostram nazificação do í;_vét>o de P n.