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Norma Portuguesa NP 1037-1 2002 Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás Parte 1: Edifícios de habitação. Ventilação natural Ventilation et évacuation des produits de combustion des endroits avec appareils à gaz Partie 1: Batîments d'habitation. Ventilation naturel Ventilation and combustion products evacuation from places with gas-burning appliances Part 1: Dwellings. Natural ventilation CDU DESCRITORES CORRESPONDÊNCIA HOMOLOGAÇÃO ELABORAÇÃO CTA 17 (IPQ) EDIÇÃO CÓDIGO DE PREÇO IPQ reprodução proibida Instituto Português da ualidade Rua C à Avenida dos Três Vales PT - 2825 MONTE DE CAPARICA PORTUGAL Tel. (+ 351 1) 294 81 00 Fax. (+ 351 1) 294 81 01 X.400: C=PT, A=MAILPAC, P=GTW-MS, O=IPQ, OU1=IPQM, S=IPQMAIL Internet: [email protected]

NP 1037-1 Ventilacao Produtos Combustao Aparelhos Gas-Ventilacao Natural

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  • Norma Portuguesa

    NP 1037-1 2002

    Ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com aparelhos a gs Parte 1: Edifcios de habitao. Ventilao natural

    Ventilation et vacuation des produits de combustion des endroits avec appareils gaz Partie 1: Batments d'habitation. Ventilation naturel

    Ventilation and combustion products evacuation from places with gas-burning appliances Part 1: Dwellings. Natural ventilation

    CDU

    DESCRITORES

    CORRESPONDNCIA

    HOMOLOGAO

    ELABORAO CTA 17 (IPQ)

    EDIO

    CDIGO DE PREO

    IPQ reproduo proibida

    Instituto Portugus da ualidade Rua C Avenida dos Trs Vales PT - 2825 MONTE DE CAPARICA PORTUGAL

    Tel. (+ 351 1) 294 81 00 Fax. (+ 351 1) 294 81 01 X.400: C=PT, A=MAILPAC, P=GTW-MS, O=IPQ, OU1=IPQM, S=IPQMAIL Internet: [email protected]

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    ndice Pgina 0 Prembulo ..............................................................................................................................................5

    1 Objectivo ................................................................................................................................................5 2 Campo de aplicao...............................................................................................................................5

    3 Referncias.............................................................................................................................................5

    4 Definies ...............................................................................................................................................6

    5 Generalidades ........................................................................................................................................8

    6 Exigncias de ventilao .......................................................................................................................8

    6.1 Generalidades .......................................................................................................................................8

    6.2 Caudais-tipo .........................................................................................................................................8

    7 Permeabilidade ao ar das janelas e das portas ...................................................................................8 7.1 Generalidades .......................................................................................................................................8

    7.2 Exposio do edifcio ao vento.............................................................................................................8

    7.3 Permeabilidade ao ar das janelas e de portas exteriores.......................................................................8 7.4 Permeabilidade ao ar das portas de patamar.........................................................................................8

    7.5 Permeabilidade ao ar das portas interiores ...........................................................................................8

    8 Dimensionamento da ventilao do fogo .............................................................................................8

    8.1 Ventilao conjunta..............................................................................................................................8 8.2 Ventilao separada dos espaos..........................................................................................................8

    9 Implementao da ventilao do fogo..................................................................................................8

    9.1 Aberturas de admisso de ar.................................................................................................................8

    9.2 Passagens de ar interiores.....................................................................................................................8

    9.3 Evacuao do ar....................................................................................................................................8

    9.4 Ventiladores estticos...........................................................................................................................8

    10 Evacuao dos produtos de combusto .............................................................................................8

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    10.1 Classificao dos aparelhos a gs.......................................................................................................8

    10.2 Aparelhos do tipo A ...........................................................................................................................8

    10.3 Aparelhos do tipo B de evacuao natural .........................................................................................8

    10.4 Aparelhos do tipo C............................................................................................................................8

    11 Projecto de Execuo ..........................................................................................................................8 12 Informao para manuteno e utilizao........................................................................................8

    12.1 Documentao....................................................................................................................................8

    12.2 Etiquetagem........................................................................................................................................8 Bibliografia 8 Anexo I - Classificao do aparelhos ligados em funo do rendimento til ............................................8

    Anexo II Notas explicativas ....................................................................................................................8

    Generalidades .............................................................................................................................................8

    Mtodo de dimensionamento de uma conduta de evacuao individual....................................................8

    Exemplo .....................................................................................................................................................8

    Anexo III Exemplos de posicionamento das sadas das condutas de evacuao de ar............................8

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    0 Prembulo A elaborao da presente norma resultou da necessidade de dotar os vrios agentes (arquitectos, construtores, projectistas, tcnicos de gs, organismos de inspeco, distribuidores de gs, etc.), envolvidos na concepo das condies dos locais e montagem de aparelhos a gs em edifcios habitados, com alguns elementos tcnicos, de modo a disciplinar as intervenes nesta matria.

    Na elaborao da presente Norma foram consideradas:

    - a Directiva 90/396/CEE - relativa aproximao das legislaes dos Estados-membros respeitantes aos aparelhos a gs (transposta para o Direito Interno pelo Decreto-Lei n. 130/92, de 6 de Julho, e pela Portaria n. 1248/93, de 7 de Dezembro); e

    - a Directiva 92/42/CEE relativa s exigncias de rendimento para as novas caldeiras de gua quente alimentadas com combustveis lquidos ou gasosos (transposta para o Direito Interno pelo Decreto-Lei n. 136/94, de 20 de Maio).

    A presente Norma NP 1037, com o ttulo genrico Ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com aparelhos a gs, resultou da reviso da NP 1037:1974, norma que referenciada na regulamentao do gs. constituda por 4 partes com os seguintes ttulos especficos:

    Parte 1: Edifcios de habitao. Ventilao natural Parte 2: Edifcios de habitao. Ventilao mecnica Parte 3: Volume dos locais. Posicionamento dos aparelhos a gs Parte 4: Instalao e ventilao de cozinhas profissionais

    1 Objectivo

    A presente norma tem por objectivo definir as regras a que devem obedecer os sistemas de ventilao natural dos edifcios de habitao, de modo a que os mesmos cumpram a sua funo nos seus mltiplos aspectos, como seja o funcionamento dos aparelhos a gs e a qualidade do ar interior.

    2 Campo de aplicao

    A presente norma aplica-se instalao de aparelhos a gs em edifcios de habitao e sua ventilao natural.

    3 Referncias

    A presente norma inclui disposies de outras publicaes, atravs de referncias datadas ou no datadas. Estas referncias so citadas no texto, no local prprio, e as publicaes so enumeradas a seguir.

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    Para as referncias datadas, as emendas ou revises posteriores de qualquer das publicaes referidas no se aplicam a esta norma a no ser que tenham sido incorporadas por emenda ou reviso. Para as referncias no datadas, aplica-se a ltima reviso da referida publicao.

    NP 1037-2 - Ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com aparelhos a gs. Parte 2: Edifcios de habitao. Ventilao mecnica 1

    NP 1037-3 - Ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com aparelhos a gs. Parte 3: Volume dos locais. Posicionamento dos aparelhos a gs

    NP 4415:2002 - Modelo europeu para a classificao dos aparelhos que utilizam os combustveis gasosos segundo o modo de evacuao dos produtos da combusto

    NP EN 437 Gases de ensaio. Presses de ensaio. Categorias de dos aparelhos

    Directivas UEAtc para a homologao de janelas. Laboratrio Nacional de Engenharia Civil, traduo n 641, Lisboa, 1976.

    4 Definies

    Para os fins desta norma, entende-se por:

    Ar novo - Ar exterior que introduzido no edifcio para alimentao dos aparelhos de combusto e para renovao do ar do local com fins de higiene e sade.

    Ar poludo (ar viciado) - Ar existente num local que contm os produtos da respirao dos ocupantes, a humidade e os vapores libertados durante a coco dos alimentos, os produtos de da combusto dos aparelhos a gs, mesmo que parcialmente, e as fugas de gs eventualmente existentes (incluem-se ainda outras substncias eventualmente libertadas para o ambiente interior).

    rea til rea da seco de passagem, de uma abertura ou de uma conduta, livre de quaisquer obstculos.

    Aparelho a gs Aparelho que utiliza os gases combustveis gasosos, tal como so definidos na NP EN 437.

    Conduta de evacuao Conduta normalmente vertical integrada na construo do edifcio que se destina a promover o escoamento para o exterior dos efluentes gasosos da actividade domstica.

    1 Em preparao

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    Conduta de ligao Conduta, instalada entre os aparelhos de combusto e as condutas de evacuao, que promove o escoamento dos produtos da combusto.

    Condutas lisas - Condutas com rugosidade relativa inferior a 0,0004.

    Compartimento principal - Compartimento de um fogo que constitui uma zona de estar ou de dormir. Incluem-se os quartos, escritrios, salas de estar e salas de jantar.

    Conduta tipo Shunt Conduta colectiva com ramais com, pelo menos, a altura de um piso, mas de comprimento no superior a 3,5 m

    Compartimento de servio - Compartimento de um fogo no qual existem zonas de lavagens, instalaes sanitrias ou zonas de confeco de alimentos.

    Local tcnico Local existente num edifcio comunicante com o exterior ou com os locais de uso comum e afecto, a ttulo exclusivo, instalao de aparelhos individuais de produo de gua quente sanitria ou para aquecimento central, bem como s tubagens de alimentao do gs, condutas de entrada de ar, condutas de evacuao dos produtos da combusto, tubagens de gua ou outras.

    Porta de permeabilidade ao ar reduzida - Porta cuja permeabilidade ao ar no excede 12 m/(h.m) medida presso de 100 Pa.

    Pano de apanhar (hotte) Cpula montada sobre os aparelhos de cozinha para captar os poluentes derivados da combusto e da coco dos alimentos.

    Potncia calorfica Produto do caudal de combustvel consumido pelo poder calorfico inferior do combustvel (PCI).

    Potncia nominal - Potncia til estabelecida pelo fabricante, expressa em kW.

    Potncia til Quantidade de calor transmitido ao fluido transportador por unidade de tempo, expresso em kW.

    Potncia til mxima - Valor mximo que pode tomar a potncia til para os aparelhos de potncia modulante ou de potncia ajustvel ou a potncia nominal para os aparelhos de potncia fixa, expressa em kW.

    Rugosidade relativa - Razo entre a rugosidade absoluta e o dimetro da conduta considerada.

    Ventilao conjunta Estratgia de ventilao na qual todos os compartimentos do fogo esto englobados, sendo realizada a admisso de ar pelos compartimentos principais e a exausto pelos compartimentos de servio.

    Ventilao separada Estratgia de ventilao que divide o fogo em zonas ventiladas independentes.

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    Ventilador (aspirador) esttico - Elemento terminal exterior colocado no extremo superior da conduta. Este elemento destina-se a, sob a aco do vento e independentemente da sua direco, gerar uma situao de depresso no interior da conduta.

    5 Generalidades

    A ventilao das habitaes deve ser geral e permanente, mesmo nos perodos em que a temperatura exterior obriga a manter as janelas fechadas.

    O facto do efeito trmico estar essencialmente limitado estao fria obriga a considerar em separado a ventilao em situao de Inverno (entendido como a fase em que ocorrem diferenas de temperatura entre o interior das habitaes e o exterior dos edifcios superiores a 8 C) e em situao de Vero (situao em que no ocorre tal diferena de temperatura).

    Em situao de Vero os compartimentos principais devem ser arejados sobretudo por abertura das janelas. Para isso devem possuir vos praticados nas paredes, em comunicao directa com o exterior. Nos compartimentos interiores, em situao de Vero, dificilmente sero atingidos os caudais de ventilao previstos nesta norma.

    Os vos de uma mesma habitao em comunicao com o exterior devem, preferencialmente, ser localizados em fachadas de orientao diferente de maneira a permitir o aproveitamento da diferena de presses provocada pela aco do vento para aumentar a eficcia da ventilao.

    A disposio dos compartimentos e a orientao das aberturas para o exterior devem, preferencialmente, estar coordenadas com a direco do vento predominante de forma a favorecer a admisso de ar exterior pelos compartimentos principais e a evacuao pelos compartimentos de servio.

    Nesta norma so quantificadas as exigncias de ventilao das habitaes, a permeabilidade ao ar da envolvente compatvel com essas exigncias e especificadas as condies, em termos de instalao e de dimensionamento, a que a ventilao das habitaes deve obedecer para cumprir essas exigncias. So permitidas alteraes ao dimensionamento preconizado nesta norma desde que a sua implementao no prejudique o desempenho da ventilao. So considerados os esquemas de ventilao conjunta e ventilao separada de compartimentos.

    O esquema de ventilao separada tecnicamente recomendvel para os compartimentos onde estejam instaladas lareiras, sejam alimentadas a gs (aparelhos dos tipos A e B), sejam alimentadas por outros combustveis.

    Nos edifcios de habitao unifamiliares e nos pisos superiores dos edifcios multifamiliares, devido sua reduzida altura total, as diferenas de presso geradas por aco trmica so menos importantes do que no caso dos restantes pisos dos edifcios de habitao multifamiliares. Assim, necessrio considerar o vento como a aco mais importante na ventilao das habitaes, o que implica a concepo da construo tendo em conta a direco do vento predominante em cada local, que pode ser influenciada pela morfologia do terreno ou por obstculos nas proximidades. Tais particularidades devem ser devidamente tidas em considerao.

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    Nos edifcios unifamiliares, a ventilao deve abranger toda a habitao de forma a permitir o aproveitamento das diferenas de presso devidas aco do vento entre as vrias fachadas. Exceptuam-se contudo os casos dos compartimentos onde estejam instaladas lareiras e da cozinha quando existam pisos da habitao a nveis superiores ao desta, em que a ventilao deve ser separada, e das instalaes sanitrias interiores onde tambm recomendvel a utilizao de ventilao separada. Nestas situaes privilegiada a opo pela ventilao separada de sectores da habitao, estando os compartimentos principais englobados no mesmo sector. Podero ocorrer casos especiais em que a delimitao de sectores da habitao mais restritos pode permitir o aproveitamento das diferenas de presso geradas pelo vento de forma a proporcionar uma ventilao satisfatria.

    Nas habitaes unifamiliares, quando o sector de ventilao incluir apenas compartimentos principais servidos por aberturas em parede de fachada, estas devem existir em todos os compartimentos que, de acordo com a direco do vento, podero servir ou de aberturas de admisso ou de evacuao (ver nota na seco 9.3.2.1.3). Quando este sector incluir mais do que um piso e quando a aco do vento for dominante note-se que, devido ao efeito de chamin, as aberturas nos pisos superiores iro servir essencialmente para evacuao, enquanto as aberturas situadas nos pisos inferiores devem servir sobretudo para admisso do ar exterior.

    A implementao de disposies construtivas conducentes a uma ventilao adequada pode ser inviabilizada pelo facto de outros projectos de especialidade do edifcio no entrarem em linha de conta com essas disposies. Nesse sentido, deve ser assegurada a coordenao entre os projectistas das diferentes especialidades.

    Existem sistemas de aspirao do p centralizados que podem extrar caudais de ar significativos do fogo. No mbito desta norma, considera-se que tal situao ocorre apenas em perodos limitados no tempo e que possvel promover a abertura das janelas para proceder compensao dos caudais, pelo que no necessrio entrar em conta com a existncia de tais sistemas no dimensionamento da ventilao natural do fogo.

    Figura 1 - Impossibilidade de combinao de exausto mecnica com ventilao natural

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    NOTA - Os exaustores com ventilador incorporado so sistemas mecnicos e como tal so incompatveis com a estratgia de ventilao prevista nesta norma (figura 1). A sua integrao indevida em sistemas de ventilao natural ocasiona graves distrbios que frequentemente se traduzem no incumprimento das exigncias de ventilao. Esta instalao no , pois, permitida.

    6 Exigncias de ventilao

    6.1 Generalidades

    Na presente norma as exigncias de ventilao so quantificadas atravs de caudais-tipo, cujo estabelecimento se baseou em critrios de qualidade do ar interior quando os compartimentos principais e de servio se encontram em plena utilizao. O caudal-tipo de ventilao corresponde ao maior valor que se obtm pela aplicao das regras a seguir indicadas aos compartimento principais e aos compartimentos de servio que coexistam num mesmo sector de ventilao.

    Os aparelhos do tipo C, sendo estanques e tendo admisso e evacuao independente da ventilao dos locais, no sero de considerar na determinao dos caudais-tipo. As condutas a que se ligam este tipo de aparelhos devem ser apropriadas a este fim e dimensionadas para o efeito (ver NP 1037-3).

    6.2 Caudais-tipo

    O caudal-tipo, no caso da ventilao natural, deve ser entendido como um elemento de dimensionamento e no como um caudal a assegurar fisicamente, uma vez que no h controlo sobre as aces que promovem a ventilao natural.

    O caudal-tipo determinado tendo em ateno o volume dos compartimentos a ventilar e as respectivas exigncias mnimas de renovao de ar, definidas da seguinte forma:

    a) uma renovao por hora nos compartimentos principais;

    b) quatro renovaes por hora nos compartimentos de servio.

    No caso das instalaes sanitrias com banheira ou duche, o caudal de ar de ventilao nunca poder ser inferior a 45 m/h e nas instalaes sanitrias sem banheira nem duche, o caudal de ar de ventilao nunca poder ser inferior a 30 m/h. No caso das cozinhas, o caudal de ar de ventilao nunca poder ser inferior a 60 m/h.

    Nos locais onde esto instalados aparelhos a gs, exceptuando caldeiras, o caudal-tipo a considerar corresponde ao produto 4,3 x Qn m3/h, sendo Qn a potncia nominal do aparelho em kW. Nos locais onde esto instaladas caldeiras, o caudal-tipo a considerar corresponde ao produto 5,0 x Qn m3/h, sendo Qn a potncia nominal do aparelho em kW. A possibilidade dos vrios aparelhos a gs estarem simultaneamente em funcionamento ou terem funcionamento intermitente deve ser expressa, para

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    efeitos de dimensionamento da ventilao, pelos mesmos coeficientes de simultaneidade e de intermitncia usados para o dimensionamento da rede de gs. Esta situao aplicvel quer para o interior do fogo, quer para o conjunto de fogos ligados s mesmas condutas colectivas.

    Num local, sempre que existam vrias aberturas de evacuao servidas por condutas individuais ou colectivas, cada abertura e respectiva conduta deve ser dimensionada em funo do aparelho que serve, tendo em conta a respectiva potncia nominal. O somatrio dos caudais de evacuao dessas vrias aberturas no pode ser inferior renovao de ar exigvel para esse local.

    No quadro 1 so apresentados a ttulo indicativo os caudais-tipo a respeitar para os compartimentos de servio, considerados individualmente, em funo do seu volume. No quadro 2 so indicados os caudais-tipo a respeitar para os compartimentos principais que integram o mesmo sector de ventilao, em funo do respectivo volume total. Quando a ventilao for conjunta para toda a habitao considerado o volume total dos compartimentos principais.

    Quadro 1 - Caudais-tipo a extrair nos compartimentos de servio VOLUME COMPARTIMENTO 8 m > 8 m

    11 m > 11 m 15 m

    > 15 m 22 m

    > 22 m 30 m

    Cozinha e outros espaos para instalao de aparelhos a gs

    (1) 17 l/s (60 m/h)

    25 l/s (90 m/h )

    33 l/s (120 m/h)

    Instalao com banheira ou duche 13 l/s (45 m/h)

    17 l/s (60 m/h)

    25 l/s (90 m/h)

    (2)

    sanitria sem banheira nem duche

    8 l/s (30 m/h)

    13 l/s (45 m/h)

    17 l/s (60 m/h)

    (2) (2)

    Espaos para lavandaria 8 l/s (30 m/h)

    13 l/s (45 m/h)

    17 l/s (60 m/h)

    (2) (2)

    (1) Volumes para os quais no permitida a instalao de aparelhos a gs dos tipos A. Esta montagem permitida para os aparelhos do tipo B desde que o local seja destinado apenas para alojamento deste (ver, tambm, a NP 1037-3).

    (2) Volumes pouco usuais em compartimentos deste tipo em relao aos quais se recomenda o dimensionamento caso a caso tendo em conta as exigncias acima referidas.

    Quadro 2 - Caudais-tipo a admitir nos compartimentos principais Volume

    (m) 30 > 30

    60 > 60 90

    > 90 120

    > 120 150

    > 150 180

    > 180 210

    > 210 240

    Caudal-tipo (l/s) (m3/h)

    8 (30)

    17 (60)

    25 (90)

    33 (120)

    42 (150)

    50 (180)

    58 (210)

    67 (240)

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    7 Permeabilidade ao ar das janelas e das portas

    7.1 Generalidades

    A permeabilidade ao ar de toda a envolvente do edifcio (compreendendo coberturas, fachadas, portas exteriores e caixilharia exterior) condicionante para a sua ventilao, uma vez que correntemente permitem a entrada de caudais de ar considerveis que podem causar distrbios significativos na implementao correcta dos esquemas de ventilao natural. Admite-se que todas as juntas fixas entre os elementos que constituem a envolvente, sendo convenientemente executadas, tm uma permeabilidade ao ar muito baixa e, na prtica, negligencivel. Contudo, as folhas mveis das caixilharias e portas exteriores tm uma permeabilidade ao ar considervel, que possvel medir atravs de ensaio, que varia de modelo para modelo e com a respectiva execuo. Neste sentido, necessrio limitar a permeabilidade ao ar destes elementos em funo da sua exposio.

    7.2 Exposio do edifcio ao vento

    A considerao da exposio ao vento de um edifcio feita de acordo com os critrios definidos para a aco do vento no Regulamento de Segurana e Aces.

    7.2.1 Caracterizao dos locais

    O desempenho relativamente permeabilidade ao ar das portas e das janelas exteriores deve ser seleccionado de acordo com a exposio do edifcio ao vento.

    A velocidade do vento depende de factores fsicos associados aos diversos locais do territrio. Para efeitos da quantificao da aco do vento consideram-se os seguintes factores:

    a) a diviso do pas em duas zonas caracterizadas por diferentes velocidades do vento;

    b) a rugosidade aerodinmica do terreno;

    c) a cota da janela acima do solo.

    7.2.2 Zonamento do territrio

    O zonamento do territrio considerado o seguinte:

    a) Zona A, que inclui a generalidade do territrio, excepto os locais pertencentes zona B;

    b) Zona B, que inclui os arquiplagos dos Aores e da Madeira e as regies do continente situadas numa faixa costeira com 5 km de largura ou a altitudes superiores a 600 m.

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    Ressalvam-se alguns locais englobados na zona A mas cujas condies de orografia conduzem a uma exposio ao vento desfavorvel, como o caso de alguns vales e esturios. Tais circunstncias devem ser ponderadas, face aos dados meteorolgicos locais disponveis e podem levar incluso desses locais na zona B.

    7.2.3 Rugosidade aerodinmica

    Tendo em conta que a rugosidade aerodinmica do terreno condiciona o perfil de velocidade do vento para as alturas acima do terreno relevantes para esta norma, consideraram-se trs tipos de rugosidade:

    a) Rugosidade do tipo I, a atribuir aos locais situados no interior de zonas urbanas em que predominem os edifcios de mdio e grande porte;

    b) Rugosidade do tipo II, a atribuir generalidade dos restantes locais, nomeadamente s zonas rurais com algum relevo e periferia de zonas urbanas;

    c) Rugosidade do tipo III, a atribuir aos locais situados em zonas planas sem vegetao de grande porte ou nas proximidades de extensos planos de gua nas zonas rurais.

    7.2.4 Altura acima do solo

    Para efeitos desta norma consideraram-se apenas as janelas cuja altura acima do solo no excede 80 m. Para locais mais altos, a determinao da aco do vento sobre a caixilharia requer estudos mais detalhados.

    A altura acima do solo medida desde a cota mdia do solo no local da construo at ao centro da janela. Para edificaes nas proximidades de terrenos inclinados, o nvel de referncia a partir do qual medida a altura depende do declive do terreno e da distncia que separa o edifcio desse acidente geogrfico. Nesse caso consideram-se trs situaes:

    a) Quando o ngulo que o terreno inclinado faz com a horizontal for superior a 60, o nvel de referncia a considerar corresponde linha em trao interrompido indicada na figura 2.

    Figura 2 - Nvel de referncia em terrenos de inclinao superior a 60

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    b) Quando o ngulo que o terreno faz com a horizontal for superior a 15 e inferior a 60, o nvel de referncia a considerar corresponde linha em trao interrompido indicada na figura 3.

    c) Quando o ngulo que o terreno faz com a horizontal for inferior a 15, o nvel de referncia a considerar corresponde superfcie do terreno.

    No sentido de permitir a apresentao do resultados sob a forma de quadros simplificados, foram considerados os seguintes limites para as alturas:

    a) janelas de altura acima do solo inferior a 10 m;

    b) janelas de altura acima do solo compreendida entre 10 m e 18 m;

    c) janelas de altura acima do solo compreendida entre 18 m e 28 m;

    d) janelas de altura acima do solo compreendida entre 28 m e 60 m.

    7.2.5 Classe de exposio ao vento

    Face aos parmetros anteriormente referidos, so definidas da forma indicada no quadro 3 as classes de exposio ao vento. Estas classes so necessrias para a definio da perda de carga das aberturas para o exterior que integram o sistema de ventilao.

    Quadro 3 - Classes de exposio ao vento

    Os limites de 10 m, 18 m, 28 m e 60 m correspondem em geral a edifcios respectivamente com 3, 6, 9 e 20 pisos

    Figura 3 - Nvel de referncia em terrenos de inclinao superior a 15 e inferior a 60

    Altura Regio A Regio B acima do solo I II III I II III 10 m Exp 1 Exp 2 Exp 3 Exp 1 Exp 2 Exp 3

    >10 m e 18 m Exp 1 Exp 2 Exp 3 Exp 2 Exp 3 Exp 4 >18 m e 28 m Exp 2 Exp 3 Exp 4 Exp 2 Exp 3 Exp 4 >28 m e 60 m Exp 3 Exp 4 Exp 4 Exp 3 Exp 4 Exp 4

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    7.3 Permeabilidade ao ar das janelas e de portas exteriores

    A permeabilidade ao ar das janelas e das portas das habitaes que comunicam com o exterior no deve ser superior indicada no quadro 4. Estas classes esto definidas na Directiva UEAtc para a Homologao de Janelas.

    Quadro 4 - Classes de permeabilidade ao ar das janelas e das portas exteriores em funo da sua exposio

    7.4 Permeabilidade ao ar das portas de patamar

    A permeabilidade ao ar das portas de patamar no deve exceder o valor de 12 m3/(h.m2) para uma diferena de presso de 100 Pa.

    7.5 Permeabilidade ao ar das portas interiores

    As portas interiores, sempre que limitem sectores separados de ventilao, devem ter permeabilidade no superior a 12 m3/(h.m2) para uma diferena de presso de 100 Pa.

    As portas interiores que constituem a nica ligao entre compartimentos do mesmo sector de ventilao devem possuir aberturas permanentes de forma a que mesmo quando fechadas minimizem a restrio circulao do ar. As perdas de carga nessas aberturas no devem exceder 3 Pa.

    Altura acima Regio A Regio B do solo I II III I II III 10 m A1 A2 A2 A1 A2 A2

    >10 m e 18 m A1 A2 A2 A1 A2 A2 >18 m e 28 m A1 A2 A2 A2 A2 A2 >28 m e 60 m A2 A2 A2 A2 A2 A2 >60 m e 80 m A2 A2 A2 A2 A2 A3

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    8 Dimensionamento da ventilao do fogo

    8.1 Ventilao conjunta

    8.1.1 Generalidades

    Os processos de ventilao geral e permanente das habitaes com evacuao de ar por tiragem trmica devem compreender (figura 4):

    a) entradas de ar nos compartimentos principais, realizadas atravs de aberturas directas para o exterior, praticadas nas paredes de fachada, ou atravs de aberturas servidas por condutas de comunicao com o exterior, entradas estas que devero satisfazer ao disposto na seco 8.1.3;

    b) passagens de ar dos compartimentos principais para os compartimentos de servio, realizadas atravs de aberturas especialmente previstas para o efeito, passagens estas que devero satisfazer ao disposto na seco 8.1.4;

    c) sadas de ar dos compartimentos de servio, realizadas atravs de aberturas servidas por condutas individuais ou colectivas de evacuao de ar para o exterior do edifcio, que devero satisfazer ao disposto na seco 8.1.5.

    Figura 4 - Exemplo de ventilao conjunta do fogo

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    As admisses e as aberturas de evacuao de ar devem estar dimensionadas no seu conjunto para o mesmo caudal total, determinado de acordo com a seco 6.2. As passagens de ar interiores devem ser dimensionadas em conformidade com o caudal de ar que previsivelmente as atravessar.

    Nos processos de ventilao com evacuao de ar por condutas individuais, cada abertura de sada de ar dos compartimentos de servio deve ser servida por uma conduta independente.

    Nos processos de ventilao com evacuao de ar por condutas colectivas com ramais da altura de um piso, todas as aberturas de sada de ar dos compartimentos de servio situadas na mesma prumada em pisos sobrepostos e com todos os vos praticados para o exterior com idntica orientao podem ser servidas pela mesma conduta; contudo as condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar das cozinhas devem ser independentes das que servem as aberturas de sada de ar das instalaes sanitrias.

    As condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar dos compartimentos de servio de uma habitao devem ser independentes das condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar de compartimentos de servio de outras habitaes situadas no mesmo piso. Disposio idntica deve ser adoptada para as condutas colectivas que servem as aberturas de entrada de ar nos compartimentos principais ou de servio das habitaes.

    Um mesmo ramal ou conduta individual no pode servir simultaneamente para a evacuao dos produtos da combusto de aparelhos dos tipos A e B (figuras 5 e 6).

    Figura 5 - Evacuao dos produtos da combusto atravs de condutas separadas

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    8.1.2 Determinao do caudal de ar de ventilao

    O caudal de ar de ventilao deve ser determinado tendo em conta o seguinte:

    a) o caudal de ar de ventilao deve ser igual ou superior soma dos caudais de ventilao parciais dos compartimentos de servio indicados na seco 6.2;

    b) o caudal de ar de ventilao deve ser igual ou superior ao caudal de ventilao dos compartimentos principais indicado na seco 6.2.

    8.1.3 Admisso de ar

    So previstos dois tipos de aberturas de admisso de ar, em parede de fachada (que enquadram tambm as aberturas posicionadas nas caixas de estore e outros elementos das fachadas) e por condutas. As condutas de admisso de ar podem ser individuais ou colectivas. O dimensionamento das aberturas em parede de fachada depende da classe de exposio do edifcio ao vento (ver seco 7.2.5).

    As aberturas de admisso devem ser dimensionadas para os caudais-tipo, determinados de acordo com a seco 6.2.

    Figura 6 - Evacuao dos produtos da combusto atravs de ramais separados

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    As grelhas de regulao fixa, para os efeitos desta norma, so consideradas aberturas no-regulveis. A utilizao de aberturas providas de dispositivos anti-retorno vantajosa uma vez que estas aberturas no permitem que, por aco do vento, o sentido do fluxo de ar seja invertido (passando a sair ar para o exterior no lugar de admitir ar exterior).

    No pode no entanto deixar de se considerar que o ar a admitir para a ventilao no deve ser fonte poluidora dos espaos interiores. Admisses colocadas a cotas baixas introduzem poluio nesses espaos. Deve ter-se em ateno que um edifcio um obstculo ao livre fluxo do vento e que nestas condies um fluxo incidente numa fachada se divide a cerca de 70% da altura desta gerando uma zona de recirculao abaixo deste nvel, figura 7.

    Figura 7 Repartio do escoamento na fachada frontal de um edifcio

    8.1.3.1 Aberturas de admisso de ar em parede de fachada

    As aberturas de admisso de ar em parede de fachada consistem em dispositivos que pem em comunicao directa o exterior com o interior da habitao (figuras 8 e 9).

    Deve ter-se em ateno que devido ao exposto em 8.1.3 admisses em parede de fachada na metade inferior do seu alado so susceptveis de introduzir ar poludo nas habitaes. Este facto particularmente sentido na vizinhana de trnsito automvel. Ser aconselhvel, na medida do possvel, que as admisses nesta zonas dos edifcios se processem atravs de aberturas colocadas nas cotas mais elevadas com distribuio por conduta.

    O dimensionamento destas aberturas deve ser realizado da seguinte forma, de acordo com a respectiva classe de exposio ao vento:

    a) Em paredes de fachada com exposio ao vento correspondente classe Exp 1 podem ser de seco constante (aberturas no regulveis) de rea til da ordem de grandeza indicada no quadro 5. Tais aberturas devem ser realizadas de modo a assegurar caudais iguais ou superiores aos previstos para os compartimentos principais onde esto aplicadas, para a diferena de presso de 10 Pa, sem que, contudo, seja excedido o qudruplo do caudal em correspondncia para diferenas de presso iguais ou superiores a 60 Pa.

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    b) Em paredes de fachada com exposio ao vento correspondente classe Exp 2 devem ser de seco varivel por aco do vento (aberturas auto-regulveis); tais aberturas devem ser realizadas de modo a assegurar caudais iguais ou superiores aos previstos para os compartimentos principais onde esto aplicadas, para a diferena de presso de 10 Pa, sem que, contudo, seja excedido o qudruplo do caudal em correspondncia para diferenas de presso iguais ou superiores a 160 Pa.

    c) Em paredes de fachada com exposio ao vento correspondente classe Exp 3 devem ser tambm de seco varivel por aco do vento (aberturas auto-regulveis); tais aberturas devem ser realizadas de modo a assegurar caudais iguais ou superiores aos previstos para os compartimentos principais onde esto aplicadas, para a diferena de presso de 10 Pa, sem que, contudo, seja excedido o qudruplo do caudal em correspondncia para diferenas de presso iguais ou superiores a 240 Pa.

    d) Em paredes de fachada com exposio ao vento correspondente classe Exp 4 devem ser tambm de seco varivel por aco do vento (aberturas auto-regulveis); tais aberturas devem ser realizadas de modo a assegurar caudais iguais ou superiores aos previstos para os compartimentos principais onde esto aplicadas, para a diferena de presso de 10 Pa, sem que, contudo, seja excedido o qudruplo do caudal em correspondncia para diferenas de presso iguais ou superiores a 380 Pa. Se as aberturas de admisso de ar em causa forem praticadas a alturas acima do solo superiores a 60 m em edifcios localizados na regio A (seco 7.2), em zonas de rugosidade III, ou na regio B, em zonas de rugosidade II, ou a mais de 28 m em edifcios localizados na regio B, em zonas de rugosidade III, o dimensionamento das aberturas deve ser devidamente justificado por clculo que tenha em conta a velocidade do vento nesses locais.

    Figura 8 - Aberturas fixa e regulvel

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    Quadro 5 - reas teis recomendadas para aberturas em paredes de fachadas em edifcios da classe de exposio Exp 1

    rea til Caudal-tipo 35 cm 8 l/s (30 m/h) 52 cm 13 l/s (45 m/h) 70 cm 17 l/s (60 m/h)

    Assentando a Ventilao Natural em diferenciais de presso deve ter-se em ateno que quando existem edifcios vizinhos (um a jusante de outro face ao vento incidente) a empena traseira do edifcio de montante estar muito possivelmente sujeita a coeficientes de presso positivos em lugar dos valores negativos presentes em edifcios isolados. Os diferenciais de presso ficam assim alterados com bvias implicaes nos fluxos de ar para ventilao (figura 27).

    8.1.3.2 Admisso de ar por condutas

    O dimensionamento das aberturas de admisso de ar servidas por condutas de comunicao com o exterior deve cumprir os valores de rea til indicados no quadro 6. As perdas de carga nestas aberturas, para os caudais-tipo correspondentes, devem ser da ordem de 3 Pa.

    As condutas que servem as aberturas referidas so condutas verticais, individuais ou colectivas, as quais esto ligadas a uma conduta horizontal, situada na base do edifcio, com tomadas de ar

    Figura 9 - Aberturas auto-regulveis

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    localizadas em fachadas opostas. Para efeitos de realizao destas condutas devem observar-se as disposies aplicveis da seco 8.1.1 e da seco 9.3.2 e as regras seguintes:

    a) as condutas verticais, quando individuais, devem ser dimensionadas conforme se indica na seco 8.1.7.1 e, quando colectivas, devem ser dimensionadas conforme se indica na seco 8.1.7.2, tomando para base o caudal-tipo de entrada de ar nos compartimentos principais por elas servidos;

    b) a conduta horizontal deve ser dimensionada como conduta colectora conforme se indica na seco 8.1.7.2, tomando para base o dobro da soma dos caudais-tipo de entrada de ar nos compartimentos principais que a ela esto ligados pelas condutas verticais.

    As condutas colectivas que servem as aberturas de entrada do ar dos compartimentos principais so constitudas por uma conduta distribuidora provida de ramais de altura pelo menos igual distncia entre pisos mas no superior a 3,50 m, ramais estes que estabelecem a ligao das referidas aberturas com a conduta distribuidora. As condutas individuais devem tambm ter uma altura pelo menos igual distncia entre pisos. Quando no for possvel respeitar a altura especificada para os ramais ou condutas individuais, o projecto dever prever solues adequadas para evitar que o eventual refluxo de ar venha a contaminar a tomada de ar das restantes condutas.

    Nas condutas colectivas de admisso, tal como nas condutas colectivas de evacuao, as ligaes s aberturas nos compartimentos so realizadas por ramais da altura de um piso. Neste caso, os ramais partem da conduta ao nvel do piso imediatamente abaixo do compartimento servido por esta (figura 10).

    Quadro 6 - rea til das aberturas de entrada de ar nos compartimentos a partir de condutas

    Na seleco e/ou posicionamento das aberturas ou dispositivos de admisso de ar devem indicar-se as caractersticas de atenuao acstica, tendo em conta as exigncias da regulamentao em vigor.

    rea til Caudal-tipo 60 cm

    8 l/s (30 m/h) 90 cm

    13 l/s (45 m/h) 120 cm

    17 l/s (60 m/h)

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    8.1.4 Passagens de ar interiores

    As aberturas de passagem do ar dos compartimentos principais para os compartimentos de servio devem ter rea til da ordem de grandeza indicada no quadro 7. As perdas de carga nestas aberturas, para os caudais-tipo em correspondncia, devem ser da ordem de 1 Pa, para caudais at 60 m/h. Para caudais superiores no deve ser excedida a perda de carga de 3 Pa.

    Estes valores de caudal correspondem, para a sada de ar dos compartimentos principais, aos caudais-tipo de entrada de ar nesses compartimentos e, para a entrada de ar nos compartimentos de servio, aos caudais-tipo de sada de ar desses compartimentos.

    Quadro 7 - reas teis das aberturas de passagem de ar dos compartimentos principais para os compartimentos de servio

    Figura 10 - Exemplo de condutas colectivas de admisso e evacuao de ar

    rea til Caudal-tipo 100 cm at 8l/s (30 m/h) 200 cm

    de 8 l/s (30 m/h) at 25 l/s (90m/h)

    250 cm de 25 l/s (90 m/h) at 33 l/s (120m/h)

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    Na seleco e/ou posicionamento das aberturas ou dispositivos de passagem de ar devem indicar-se as caractersticas de atenuao acstica, tendo em conta as exigncias da regulamentao em vigor.

    Nas figuras 11 a 13 esto exemplificados meios de promover a passagem de ar interior.

    Figura 11 - Folga na porta constituindo passagem de ar interior

    Figura 12 - Grelha aplicada na porta constituindo passagem de ar interior

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    8.1.5 Evacuao de ar

    8.1.5.1 Aberturas de evacuao de ar

    As aberturas de evacuao de ar servidas por condutas individuais ou por condutas colectivas, desde que se situem nos cinco ltimos pisos do edifcio, devem ter rea til no inferior indicada no quadro 8. As perdas de carga nestas grelhas, para os caudais-tipo em correspondncia, no devem exceder 3 Pa.

    As aberturas de evacuao de ar servidas por condutas colectivas devem ter seco uniforme em todos os pisos, com excepo dos cinco ltimos. As perdas de carga nestas aberturas, para os caudais-tipo em correspondncia, devem ser da ordem de 10 Pa. Nesta situao, a rea til da seco das grelhas deve ser da ordem de grandeza indicada no quadro 9.

    Quadro 8 - reas teis das aberturas de evacuao de ar (perda de carga de aproximadamente 3 Pa)

    Figura 13 - Grelha aplicada na parede constituindo passagem de ar interior

    rea til Caudal-tipo 80 cm

    8 l/s (30 m/h) 120 cm

    13 l/s (45 m/h) 150 cm

    17 l/s (60 m/h) 220 cm

    25 l/s (90 m/h) 280 cm

    33 l/s (120 m/h)

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    Quadro 9 - reas teis das aberturas de evacuao de ar (perda de carga de aproximadamente 10 Pa)

    Quando forem utilizadas aberturas de evacuao de ar equipadas com grelhas do tipo auto-regulvel (figura 9), o caudal para diferenas de presso compreendidas entre 2,5 Pa e 11 Pa no deve registar variaes superiores a 20% do caudal-tipo considerado.

    8.1.5.2 Condutas de evacuao do ar

    As condutas de evacuao do ar podem ser individuais ou colectivas. As condutas colectivas (figura 10), que servem as aberturas de sada do ar dos compartimentos de servio, so constitudas por uma conduta colectora provida de ramais de altura igual distncia entre pisos, pelo menos, mas no superior a 3,50 m, ramais estes que estabelecem a ligao das referidas aberturas com a conduta colectora. Estas aberturas devem ter uma altura de tiragem no inferior a 4,25 m e, quando tal no for possvel, as aberturas deixaro de ser servidas pela conduta colectiva, passando a ser servidas por condutas individuais independentes.

    As condutas, sejam individuais ou colectivas, esto equipadas no seu topo com ventiladores estticos. Para os efeitos da realizao destas condutas devem observar-se as disposies da seco 8.1.1 e da seco 9.3.2 e as seguintes regras:

    a) as condutas individuais devem ser dimensionados em conformidade com a seco 8.1.7.1; as condutas colectivas devem ser dimensionadas conforme se indica na seco 8.1.7.2;

    b) quando as condutas colectoras de evacuao do ar so utilizadas em simultneo para a evacuao dos produtos da combusto dos aparelhos do tipo B prevalece o dimensionamento que conduzir a condutas de maiores dimenses;

    Os caudais-tipo a considerar para o dimensionamento das condutas so determinados da seguinte forma:

    a) quando no existam aparelhos do tipo B, deve tomar-se o caudal-tipo determinado de acordo com o critrio definido na seco 8.1.2;

    b) sempre que existam aparelhos do tipo B servidos pelas condutas colectoras que integram o sistema colectivo de evacuao de ar, para o dimensionamento destas, deve tomar-se o maior valor resultante dos clculos realizados para o caudal-tipo admitido nos compartimentos principais servidos pelas condutas, deduzido de qualquer eventual acrscimo devido s necessidades de ar

    rea til Caudal-tipo 40 cm

    8 l/s (30 m/h) 60 cm

    13 l/s (45 m/h) 80 cm

    17 l/s (60 m/h) 120 cm

    25 l/s (90 m/h) 150 cm

    33 l/s (120 m/h)

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    novo para combusto dos aparelhos do tipo B, e para a evacuao dos produtos da combusto, de acordo com a seco 10.3.2.4;

    c) sempre que existam aparelhos do tipo B, as condutas de evacuao de ar que no sejam utilizadas para evacuao dos produtos da combusto desses aparelhos devem ser dimensionadas tendo por base o caudal-tipo admitido nos compartimentos principais servidos por essas condutas, deduzido de qualquer eventual acrscimo devido s necessidades de ar novo para combusto dos aparelhos do tipo B e deduzido do caudal de ar que previsivelmente ser evacuado atravs das condutas que servem os aparelhos do tipo B quando no esto em funcionamento. Na ausncia de outro clculo mais detalhado pode admitir-se que o escoamento determinado pela menor seco das condutas, sendo o caudal calculado atravs do diagrama da figura 14 para condutas individuais, condutas de ligao ou ramais e atravs do diagrama da figura 15 para condutas colectoras. Deve ter-se em considerao a rugosidade das condutas.

    8.1.5.3 Exemplo

    Tome-se como exemplo a seguinte situao:

    Apartamento do tipo T2 com p-direito de 2,5 m e reas indicadas no quadro 10.

    O edifcio em que se situa o apartamento tem 5 pisos, dispondo de uma conduta colectiva servindo simultaneamente a evacuao do ar e a evacuao dos produtos da combusto dos aparelhos a gs situados nas cozinhas.

    Considera-se que em cada cozinha est instalado um esquentador com a potncia nominal de 23 kW.

    Quadro 10 Exemplo de dimensionamento da ventilao

    Compartimento rea Volume Admisso de ar Evacuao Admisso total Evacuao total (m2) (m3) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) Quarto 1 14 35 10 35 Quarto 2 12 30 8 30 35 125 Sala comum 24 60 17 60 Instalaes sanitrias 4 10 13 45 35 125

    Cozinha 8 20 22 80

    De acordo com a seco 6.2, verifica-se, contudo, que o caudal de ar novo necessrio para o aparelho de combusto do tipo B de 100 m3/h, superior ao necessrio para alimentao da cozinha. Assim, necessrio proceder ao incremento do caudal admitido num dos compartimentos principais. No quadro 11 incrementou-se a admisso de ar, como exemplo, na sala comum.

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    Quadro 11 Exemplo de dimensionamento da ventilao

    Compartimento rea Volume Admisso de ar Evacuao Admisso total Evacuao total (m2) (m3) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) (l/s) (m3/h) Quarto 1 14 35 10 35 Quarto 2 12 30 8 30 35+5 125+20 Sala comum 24 60 17+5 60+20 Instalaes sanitrias 4 10 13 45 40 145

    Cozinha 8 20 27 100

    Para o dimensionamento da conduta colectora necessrio comparar a seco necessria para a evacuao dos produtos da combusto e a seco necessria para ventilao da cozinha. No primeiro caso verifica-se, na seco 10.3.2.4, que at 5 aparelhos do tipo B suficiente uma seco de 400 cm2. No caso da ventilao da cozinha, basta considerar 80 m3/h, uma vez que o acrscimo de 20 m3/h, devido s necessidades de ar novo do aparelho do tipo B.

    De acordo com a seco 8.1.7.2, a seco da conduta colectora circular lisa necessria para escoar o caudal total de 400 m3/h (5 pisos x 80 m3/h) de 650 cm2. Dado que este valor superior ao necessrio para evacuao dos produtos da combusto, prevalece a seco de 650 cm2.

    8.1.6 Ventiladores estticos

    Os ventiladores estticos a instalar no topo das condutas de evacuao devem ter as caractersticas seguintes:

    a) proteger o interior da conduta contra a entrada de chuva;

    b) na ausncia de vento, a perda de carga no ventilador para um caudal igual soma dos caudais-tipo de sada das aberturas servidas pela conduta deve ser inferior a 4 Pa;

    c) um ventilador pertence classe A desde que, na ausncia de caudal, o "factor de depresso do ventilador" (razo entre a depresso criada pelo vento e a presso dinmica do vento) seja inferior em valor algbrico a -0,5 para todas as direces de incidncia fazendo com o plano horizontal um ngulo inferior ou igual a 30 e inferior a -0,35 para todas as direces de incidncia fazendo com o plano horizontal um ngulo compreendido entre -60 e -30 ou entre 30 e 60.

    d) um ventilador pertence classe B desde que, na ausncia de caudal, o "factor de depresso do ventilador" seja inferior em valor algbrico a -0,65 para todas as direces de incidncia fazendo com o plano horizontal um ngulo inferior ou igual a 30 e inferior a -0,50 para todas as direces de incidncia fazendo com o plano horizontal um ngulo compreendido entre -60 e -30 ou entre 30 e 60.

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    A seleco da classe do ventilador esttico deve ser realizada pelo projectista de forma a que o projecto de ventilao satisfaa os requisitos desta norma.

    tambm admissvel a utilizao de ventiladores rotativos accionados pelo vento.

    8.1.7 Dimensionamento das condutas

    8.1.7.1 Condutas individuais

    As condutas individuais devem ter seco uniforme a toda a altura. Quando se tratar de condutas lisas de seco circular, a rea da seco no deve ser inferior ao valor que, no diagrama apresentado na figura 14, corresponde ao valor do caudal-tipo escoado pela conduta em causa.

    Quando se tratar de condutas lisas de seco quadrada ou rectangular, a rea da seco da conduta deve ser calculada tendo por base o valor da rea da seco circular que corresponde ao caudal-tipo em causa, multiplicado por um coeficiente de majorao de acordo com a seguinte expresso:

    A A ee

    r c=+( )1 2pi

    em que:

    Ac - rea da seco circular para o caudal-tipo em causa; Ar - rea da seco rectangular correspondente a Ac. e - razo das dimenses principais da seco, sendo e = 1 para a seco quadrada e 1 e 2 para seces rectangulares.

    Quando forem utilizadas condutas rugosas, por exemplo de blocos cermicos ou de beto, a rea da seco da conduta anteriormente calculada deve ser acrescida de um valor que permita compensar o aumento do atrito nas paredes. Na ausncia de normalizao ou especificaes sobre as caractersticas dos blocos das condutas o aumento da seco deve ter em conta no s a sua rugosidade mas tambm as eventuais deformaes devidas ao seu fabrico. Os valores de acrscimo de seco devem ser comprovados por ensaio e/ou outros mtodos adequados.

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    Por razes de facilidade de limpeza, a menor dimenso da seco das condutas (dimetro da circunferncia, lado do quadrado ou lado menor do rectngulo) deve ser de, pelo menos, 100 mm.

    No quadro 12 esto indicados os valores mnimos recomendados da rea da seco das condutas individuais lisas em funo do caudal-tipo. As condutas esto dimensionadas de forma a que a perda de carga seja cerca de 0,3 Pa/m.

    Quadro 12 - Valores mnimos recomendados para reas das seces das condutas individuais lisas

    8.1.7.2 Condutas colectivas

    As condutas colectoras devem ter seco uniforme a toda a altura. Quando se tratar de condutas lisas de seco circular, a rea da seco no deve ser inferior ao valor que, no diagrama apresentado na

    10

    100

    1000

    10 100 1000Caudal (m3/h)

    Seco (cm2)

    Figura 14 - Diagrama para o clculo da seco das condutas individuais lisas de seco circular

    Caudal

    Conduta circular

    Conduta quadrada

    Conduta rectangular

    (e=1,6) (l/s) (m3/h) (cm2) (cm2) (cm2)

    8 30 80 100 110 13 45 100 130 135 17 60 120 155 165 25 90 160 205 220 33 120 200 255 270

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    figura 15, corresponde ao caudal que se identifica com a soma dos caudais-tipo de sada de ar atravs das aberturas servidas pelos ramais ligados conduta colectora em causa. Quando se tratar de condutas colectoras lisas de seco quadrada ou rectangular, a rea da seco da conduta que corresponde rea da seco da conduta circular assim determinada deve ser calculada pela expresso referida em 8.1.7.1.

    Quando forem utilizadas condutas rugosas, por exemplo de alvenaria de tijolo ou de blocos de beto, a rea da seco da conduta anteriormente calculada deve ser acrescida de um valor que permita compensar o aumento do atrito nas paredes. Na ausncia de normalizao ou especificaes sobre as caractersticas dos blocos das condutas o aumento da seco deve ter em conta no s a sua rugosidade mas tambm as eventuais deformaes devidas ao seu fabrico. Os valores de acrscimo de seco devem ser comprovados por ensaio e/ou outros mtodos adequados.

    Por razes de facilidade de limpeza, a menor dimenso da seco das condutas colectoras (dimetro da circunferncia, lado do quadrado ou menor dimenso do rectngulo) deve ser de, pelo menos, 200 mm.

    Os ramais das condutas colectivas de evacuao de ar devem ter seco uniforme e a rea da seco deve ser determinada como se tratasse de uma conduta individual (seco 8.1.7.1). Quando os ramais servem em simultneo para evacuao de produtos da combusto de aparelhos a gs do tipo B a sua seco mnima de 250 cm.

    Cada conduta colectiva de cozinhas prevista para caudais superiores a 45 m/h no pode servir mais do que 8 pisos.

    10

    100

    1000

    10 100 1000Caudal (m3/h)

    Seco (cm2)

    Figura 15 - Diagrama para o clculo da seco das condutas colectivas lisas de seco circular

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    Nos quadros 13 a 17 esto indicados os valores mnimos recomendados da rea da seco da conduta colectora lisa em funo do nmero de pisos servidos pela conduta e do caudal-tipo de evacuao por piso. As condutas esto dimensionadas de forma a que a perda de carga seja cerca de 0,15 Pa/m.

    Quadro 13 - Valores mnimos para reas das seces das condutas colectivas lisas. Caudal-tipo por piso 30 m/h

    Quadro 14 - Valores mnimos para reas das seces das condutas colectivas lisas. Caudal-tipo por piso 45 m/h

    N de Pisos

    Conduta circular

    (cm2)

    Conduta quadrada

    (cm2)

    Conduta rectangular (e=1,6)

    (cm2) 3 220* 280* 295* 4 270* 350* 370* 5 320 410 430* 6 360 460 490* 7 400 510 540* 8 440 560 600* 9 480 620 650

    10 520 670 700 *Para facilitar a limpeza, a rea no pode ser inferior a 320 cm, nas seces circulares, a

    400 cm, nas seces quadradas, e a 640 cm, nas seces rectangulares (e=1,6).

    N de Pisos

    Conduta circular

    (cm2)

    Conduta quadrada

    (cm2)

    Conduta rectangular (e=1,6)

    (cm2) 3 290* 370* 390* 4 360 460 490* 5 420 530 570* 6 480 620 650 7 530 680 720 8 600 770 810 9 650 830 880

    10 700 900 950 *Para facilitar a limpeza, a rea no pode ser inferior a 320 cm, nas seces circulares, a

    400 cm, nas seces quadradas, e a 640 cm, nas seces rectangulares (e=1,6).

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    Quadro 15 - Valores mnimos recomendados para reas das seces das condutas colectivas lisas. Caudal-tipo por piso 60 m3/h

    Quadro 16 - Valores mnimos para reas das seces das condutas colectivas lisas. Caudal-tipo por piso 90 m3/h

    Quadro 17 - Valores mnimos para reas das seces das condutas colectivas lisas. Caudal-tipo por piso 120 m3/h

    N de Pisos

    Conduta circular

    (cm2)

    Conduta quadrada

    (cm2)

    Conduta rectangular (e=1,6)

    (cm2) 3 360 460 490* 4 440 560 600* 5 520 670 700 6 600 770 810 7 670 860 910 8 730 930 990

    5+4 520+440 670+560 700+600 5+5 520+520 670+670 700+700

    *Para facilitar a limpeza, a rea no pode ser inferior a 640 cm. nas seces rectangulares (e=1,6).

    N de Pisos

    Conduta circular

    (cm2)

    Conduta quadrada

    (cm2)

    Conduta rectangular (e=1,6)

    (cm2) 3 480 620 650 4 600 770 810 5 700 900 950

    3+3 480+480 620+620 650+650 4+3 600+480 770+620 810+650 4+4 600+600 770+770 810+810 5+4 700+600 900+770 950+810 5+5 700+700 900+900 950+950

    N de Pisos

    Conduta circular

    (cm2)

    Conduta quadrada

    (cm2)

    Conduta rectangular (e=1,6)

    (cm2) 3 600 770 810 4 730 930 990 5 860 1100 1160

    3+3 600+600 770+770 810+810 4+3 730+600 930+770 990+810 4+4 730+730 930+930 990+990 5+4 860+730 1100+930 1160+990 5+5 860+860 1100+1100 1160+1160

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    8.2 Ventilao separada dos espaos

    8.2.1 Generalidades

    Designa-se por "ventilao separada dos espaos" a situao em que o volume ventilado abrange unicamente uma fraco da habitao. Essa fraco pode incluir um ou mais compartimentos, sendo neste ltimo caso o esquema de ventilao implementado de forma a promover a renovao do ar desses compartimentos em conjunto.

    So condies necessrias para a implementao da ventilao separada de compartimentos a existncia de entradas de ar novo, sadas de ar poludo, passagens de ar interiores (quando a ventilao separada abrange vrios compartimentos) e comunicaes de reduzida permeabilidade ao ar com outros sectores de ventilao ou com o exterior.

    Deve ser evitada a soluo de s existirem compartimentos principais num mesmo sector de ventilao.

    As entradas e as sadas de ar devem estar dimensionadas no seu conjunto para o mesmo caudal total, determinado de acordo com a seco 6.2. As passagens de ar interiores, quando existirem, devem ser dimensionadas em conformidade com o caudal de ar que previsivelmente as atravessar.

    Nos processos de ventilao com evacuao de ar por condutas individuais, cada abertura de sada de ar dos compartimentos deve ser servida por uma conduta independente.

    Nos processos de ventilao com evacuao de ar por condutas colectivas com ramais da altura de um piso, todas as aberturas de sada de ar dos compartimentos situadas na mesma prumada em pisos sobrepostos, com todos os vos praticados para o exterior com idntica orientao e integrando sectores de ventilao semelhantes, podem ser servidas pela mesma conduta; contudo, as condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar das cozinhas devem ser independentes das que servem as aberturas de sada de ar das instalaes sanitrias e dos compartimentos onde estejam instaladas lareiras.

    As condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar dos compartimentos de uma habitao devem ser independentes das condutas colectivas que servem as aberturas de sada de ar de compartimentos de outras habitaes situadas no mesmo piso. Disposio idntica deve ser adoptada para as condutas colectivas que servem as aberturas de entrada de ar nas habitaes.

    Um mesmo ramal ou conduta individual no pode servir simultaneamente para a evacuao dos produtos da combusto de aparelhos dos tipos A e B.

    O ar necessrio para a combusto nas chamins de fogo aberto (lareiras) pode ser fornecido directamente para a zona de combusto, atravs de condutas ou de aberturas para o exterior.

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    A implementao da ventilao separada de compartimentos deve ser realizada tendo em conta a utilizao provvel desses compartimentos e a sua disposio relativa na habitao. A figura 16 exemplifica esquematicamente dois sectores separados de ventilao numa habitao, um compreendendo um quarto e a cozinha e o outro compreendendo a zona de dormir e a instalao sanitria. A figura 17 exemplifica esquematicamente dois sectores de ventilao em que um abrange unicamente a instalao sanitria e o outro integra os restantes compartimentos da habitao. Esta soluo correntemente utilizada em instalaes sanitrias interiores, sendo, contudo, em regra mal implementada. Deve ter-se em ateno a necessidade de prever em cada sector as entradas e sadas de ar convenientemente dimensionadas (seces 8.1.3 e 8.1.5) para o caudal de ar de ventilao calculado de acordo as exigncias definidas na seco 6.2.

    Figura 16 - Exemplo esquemtico de dois sectores separados de ventilao numa habitao

    Figura 17 - Exemplo esquemtico de sectores separados de ventilao numa habitao

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    O funcionamento da ventilao separada de compartimentos no pode interferir com a ventilao de sectores contguos. Assim, necessrio garantir que as portas de comunicao tenham uma reduzida permeabilidade ao ar de forma a minorar eventuais interferncias (seco 7.5).

    A figura 18 exemplifica o esquema de ventilao mais simples em habitaes com compartimentos onde existem chamins de fogo aberto. Neste caso, o compartimento onde se encontra a chamin de fogo aberto constitui obrigatoriamente um sector separado de ventilao, com entrada de ar privativa, constituindo a chamin a abertura de sada de ar.

    8.2.2 Determinao do caudal de ar de ventilao

    O caudal de ar de ventilao deve ser determinado tendo em conta o seguinte:

    a) o caudal deve ser igual ou superior soma dos caudais de ventilao parciais dos compartimentos de servio indicados na seco 6.2;

    b) o caudal deve ser igual ou superior ao caudal de ventilao dos compartimentos principais indicado na seco 6.2.

    c) o caudal a considerar para os compartimentos onde estejam instaladas lareiras no deve ser inferior a 4 renovaes por hora.

    Figura 18 - Exemplo esquemtico de dois sectores separados de ventilao numa habitao

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    8.2.3 Admisso de ar

    Prevem-se dois tipos de aberturas de admisso de ar, em parede de fachada (que enquadra tambm as aberturas posicionadas nas caixas de estore e outros elementos de fachada) e por condutas. O seu posicionamento deve ser conjugado com o posicionamento das aberturas de sada de ar de forma a promover o varrimento do espao a ventilar.

    Quando os sectores de ventilao incluem simultaneamente compartimentos de servio e compartimentos principais, todos os compartimentos principais devem ter aberturas de admisso de ar e no podem existir quaisquer aberturas de admisso de ar nos compartimentos de servio.

    Quando o sector de ventilao abrange unicamente um compartimento de servio, a abertura de admisso de ar deve estar dimensionada para o caudal de ar de ventilao necessrio para esse compartimento, de acordo com o disposto na seco 2.

    Nos compartimentos onde estejam instaladas lareiras as aberturas de admisso de ar devem estar tambm dimensionadas de acordo com o disposto na seco 8.1.3 mas o caudal de ar de ventilao em situao normal no poder ser inferior ao caudal necessrio para o bom funcionamento da lareira ou do aparelho de aquecimento. Neste caso, estas aberturas devem ser posicionadas to prximo quanto possvel da lareira, de forma a que o ar exterior seja rapidamente aquecido, ou mesmo o ar novo necessrio combusto ser admitido directamente para a zona de combusto. Estas aberturas devem ser dotadas de registos que permitam reduzir a admisso de ar quando as lareiras no esto em funcionamento.

    8.2.3.1 Aberturas de admisso de ar em parede de fachada

    O dimensionamento das aberturas de admisso de ar em parede de fachada deve ser realizado de acordo com o disposto na seco 8.1.3.1 tendo em conta os caudais-tipo previstos na seco 6.2.

    8.2.3.2 Admisso de ar por condutas

    O dimensionamento das aberturas de admisso de ar servidas por condutas de comunicao com o exterior deve ser realizado de acordo com o disposto na seco 8.1.3.2 tendo em conta os caudais-tipo previstos na seco 6.2.

    8.2.4 Passagens de ar interiores

    Nos sectores de ventilao que incluem mais do que um compartimento as passagens de ar interiores devem obedecer ao disposto na seco 8.1.4.

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    8.2.5 Evacuao de ar

    8.2.5.1 Aberturas de evacuao de ar

    As aberturas de evacuao de ar devem situar-se em compartimentos de servio, desde que o sector considerado inclua pelo menos um compartimento deste tipo, e obedecer ao disposto na seco 8.1.5.1.

    Nos compartimentos principais, quando for neles necessrio proceder evacuao de ar viciado, as aberturas de evacuao de ar devem ser localizadas 2,1 m, pelo menos, acima do piso e to distantes quanto possvel da entrada de ar prevista para esse compartimento.

    Nos compartimentos principais onde estejam instaladas lareiras, a evacuao do ar pode ser realizada em simultneo com a evacuao dos produtos da combusto e as aberturas devem ser situadas dentro da embocadura da chamin.

    8.2.5.2 Condutas de evacuao de ar e ventiladores estticos

    As condutas de evacuao de ar e os ventiladores estticos devem obedecer ao disposto, respectivamente, nas seces 8.1.5.2 e 8.1.6.

    8.2.6 Portas de comunicao entre sectores

    As portas de comunicao entre sectores de ventilao distintos devem obedecer ao disposto na seco 7.5.

    9 Implementao da ventilao do fogo

    9.1 Aberturas de admisso de ar

    9.1.1 Generalidades

    As aberturas de admisso de ar nos compartimentos principais devem ser localizadas e realizadas de modo a evitar o estabelecimento de correntes de ar que, especialmente na estao fria, possam ser causa de incmodo para os ocupantes dos compartimentos.

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    9.1.2 Aberturas de admisso de ar em parede de fachada

    As figuras 19 e 20 exemplificam o possvel posicionamento das aberturas de entrada de ar. Os posicionamentos exemplificados na figura 19 so os mais aconselhveis dado que eventuais correntes de ar sero mais atenuadas antes de eventualmente atingirem a zona de ocupao e so ainda menos susceptveis de serem inadvertidamente obstrudas por mveis ou outros elementos de decorao.

    9.1.3 Condutas de admisso de ar

    As condutas devem ser providas nos seus extremos de portas de visita que permitam a sua limpeza. A sua estanquidade deve ser a adequada ao fim a que destinam. O seu revestimento interior deve ser tal que no degrade a qualidade do ar novo admitido.

    9.2 Passagens de ar interiores

    As aberturas que constituem passagens de ar interiores devem estar permanentemente abertas, mesmo quando as portas de comunicao entre os diversos compartimentos esto encerradas. Podem ser constitudas nas portas ou nas paredes de separao entre compartimentos integrando um mesmo

    Figura 19 - Aberturas posicionadas acima da zona de ocupao

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    sector de ventilao. Podem ser ou no protegidas por grelhas que promovam a sua ocultao visual ou por dispositivos que promovam a atenuao acstica dos rudos areos entre os compartimentos contguos. Estes elementos no podem incrementar a perda de carga definida no dimensionamento (seco 8.1.4).

    Uma forma prtica de realizar as aberturas de passagem de ar interiores consiste em praticar uma folga na parte inferior das portas de comunicao compatvel com as dimenses definidas no dimensionamento. Esta soluo tem a desvantagem de reduzir consideravelmente a atenuao acstica de sons areos entre compartimentos contguos, diminuindo a sua privacidade, podendo, em algumas situaes, colidir com a regulamentao sobre rudo.

    9.3 Evacuao do ar

    9.3.1 Aberturas de evacuao de ar

    As aberturas de evacuao de ar das cozinhas devem ser localizadas sobre o fogo dentro da embocadura da chamin (espao delimitado pelo pano de apanhar).

    As aberturas de evacuao de ar das instalaes sanitrias devem ser localizadas 2,1 m, pelo menos, acima do pavimento e to distantes quanto possvel da porta de acesso a estes compartimentos (figuras 21 e 22).

    Figura 20 - Abertura posicionada sob o parapeito da janela

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    Figura 21 - Exemplo de grelha "autoregulvel" para abertura de sada de ar

    Figura 22 - Exemplo de colocao da abertura de sada de ar numa instalao sanitria

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    9.3.2 Condutas de evacuao do ar

    As condutas de evacuao devem ser realizadas de modo a satisfazer as exigncias de estanquidade, de resistncia corroso, de resistncia temperatura e de isolamento trmico adequadas aos fins a que se destinam: evacuao do ar, evacuao dos produtos da combusto do gs e evacuao dos produtos da combusto de outros combustveis.

    As condutas que se destinam evacuao de produtos da combusto do gs devem ser capazes de resistir no mnimo, sem alterao das suas caractersticas, temperatura de 200 C, em permanncia, e temperatura de 250 C durante 1 hora, no sendo necessrio garantir a estabilidade da conduta a temperaturas superiores a estas. Se se tratar de condutas utilizveis tambm para a evacuao dos produtos da combusto provenientes da queima de outros combustveis (condutas policombustveis), devem ser capazes de resistir no mnimo, sem alterao das suas caractersticas, temperatura de 350C, em permanncia, e temperatura de 400C durante 1 hora. Deve ter-se em conta as exigncias do Regulamento de Segurana contra Incndio aplicvel. As condutas devem resistir aco qumica dos produtos da combusto e as juntas dos elementos que as compem devem ser estanques.

    As condutas individuais devem desenvolver-se na vertical, podendo, no entanto, integrar um troo inclinado - mas s um - desde que o desvio de verticalidade desse troo no exceda 20, valor este que pode ir at 45 se a altura da conduta no for superior a 5 m e se esta no for destinada evacuao de produtos da combusto (figura 23). No caso das condutas que se destinam evacuao de produtos da combusto, admite-se que para seces de rea superior a 400 cm o desvio da verticalidade possa atingir 30.

    As condutas colectivas (conduta colectora e respectivos ramais) devem desenvolver-se na vertical at sua emergncia da cobertura, e s a partir desse nvel a conduta colectora pode integrar um troo inclinado desde que o desvio de verticalidade desse troo no exceda 20; a ligao dos ramais conduta colectora deve ser feita com um ngulo de desvio to pequeno quanto possvel.

    As condutas de evacuao de ar construdas com elementos sobrepostos de altura superior a 0,25 m no devem ficar com juntas integradas na espessura dos elementos de construo (nomeadamente pavimentos e coberturas) que atravessam.

    Figura 23 - Limitao de troos inclinados em condutas de evacuao

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    As condutas de evacuao de ar cuja resistncia mecnica no seja suficiente para suportar o seu peso prprio e evitar a sua deformao devem ficar adossadas e amarradas a elementos de construo capazes de assegurar a sua estabilidade.

    A fim de limitar redues de tiragem resultantes de excessivos arrefecimentos nas condutas de evacuao, o isolamento trmico das paredes das condutas deve ser reforado nas zonas de adjacncia a paredes exteriores desprovidas de isolamento trmico, nos troos compreendidos no desvo dos telhados e nos troos emergentes das coberturas.

    9.3.3 Sada das condutas de evacuao do ar

    O mtodo de dimensionamento da posio das bocas de sada das condutas de exausto, constituindo um conjunto de procedimentos mais elaborado que o preconizado no Regulamento Geral das Edificaes Urbanas, pode eventualmente permitir em algumas situaes o posicionamento dessas bocas em locais que no seriam adequados em face do contedo desse regulamento. Nessas circunstncias prevalece o especificado nesse regulamento, dado o seu carcter de cumprimento obrigatrio.

    A aco do vento pode condicionar o bom desempenho da conduta de exausto, sendo necessrio posicionar correctamente a boca de sada da conduta, processo que deve ser avaliado segundo os seguintes critrios:

    Eficcia da exausto; Evitar a exportao de emisses para a vizinhana ou para admisses de ventilao do prprio

    edifcio (auto-poluio).

    O meio onde se insere o edifcio importante para esta anlise uma vez que os condicionalismos a ter em conta variam significativamente entre o caso de habitaes unifamiliares e o meio citadino. Em meio urbano podem assumir principal importncia as pequenas indstrias, nomeadamente a de restaurao, com influncia directa no segundo critrio exposto.

    O processo de determinao do posicionamento segue os seguintes passos, constando da figura 24 as definies correspondentes :

    Definir o parmetro caracterstico do edifcio

    R = M0,33 K0,67 Devendo M e K ser substitudos, respectivamente, pelas maior e menor das dimenses da fachada frontal ao vento incidente. Se M>8K ento M=8K;

    Traar a linha que limita a zona I; Traar a linha que limita a zona II, desde HI e com um declive descendente de 1:10 (5,7) no

    sentido do vento incidente, at encontrar a cobertura ou a vertical da fachada de jusante;

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    A chamin deve ter uma altura, Hch, tal que a boca de sada fique acima daquelas linhas.

    Figura 24 Definio do parmetro R

    9.3.3.1 Edifcios unifamiliares

    No caso de edifcios unifamiliares o posicionamento da boca da conduta de exausto deve garantir uma eficaz exausto dos produtos de combusto no sendo de prever problemas de exportao de emisses, salvo no caso de lareiras em edifcios muito prximos (As lareiras ao emitirem partculas como produtos da combusto exportam tambm odores que so mais persistentes que as concentraes de partculas emitidas. A possibilidade de estas emisses serem fonte de poluio da vizinhana dever ser avaliada caso a caso) .

    Cobertura em terrao :

    HI=0,22R XI=0,5R CI=0,9R

    Para inclinaes at 10 a boca de sada da conduta de exausto dever estar situada 0,5 m acima da cumeeira do edifcio, figura 25 a).

    Para outras inclinaes definir a zona II prolongando as linhas das guas, a partir da cumeeira, at X=0,5R e na horizontal a partir deste ponto, figura 25 b).

    Figura 25 reas de excluso para chamins de edifcios unifamiliares

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    Se a incidncia do vento no for normal a uma das fachadas avaliam-se as situaes de incidncias perpendiculares s fachadas de orientao mais prxima e toma-se a mais desfavorvel.

    9.3.3.2 Edifcios multifamiliares

    A configurao mais comum deste tipo de edifcios a paralelepipdica devendo seguir-se a metodologia j descrita em 9.3.2.1 e 9.3.2.1.1.

    As alteraes a este procedimento tm lugar quando existem elementos arquitectnicos adicionais como fachadas com descontinuidades ou estruturas adicionais nas coberturas.

    Se a fachada frontal no contnua (ressaltos verticais), com a dimenso do recuo (CRS) maior que a menor das dimenses (K), o parmetro R deve ser calculado tomando como dimenso transversal a largura do degrau correspondente zona da cobertura em anlise, figura 26a).

    No caso da existncia de anexos nas coberturas (ou estruturas para alojamento de equipamento de condicionamento e tratamento de ar, p. ex.) que formam um ressalto ou de uma arquitectura em escada, figura 26b), as zonas I e II devem ser delimitadas seguindo o seguinte procedimento:

    Definem-se a distncia Xrs entre o bordo da cobertura e o incio do ressalto e a sua dimenso caracterstica, Rrs (como R mas com as dimenses do ressalto).

    Se o ressalto est na zona anterior da cobertura (Xrs=0), a zona II a jusante do ressalto delimitada por uma linha recta horizontal com incio no seu bordo posterior e com um comprimento CIIrs=Rrs, seguindo-se uma outra de declive 1:10 (5,7), descendente, figura 26c). O mesmo critrio se aplica a edifcios em U com a cavidade a jusante do escoamento.

    Se Xrs0, define-se uma dimenso caracterstica total, RT=R + Rrs, em que R calculada com as dimenses da fachada. As zonas a considerar so ento obtidas por,

    1. Xrs

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    Figura 26 reas de excluso para chamins de edifcios multifamiliares

    9.3.3.3 Edifcios sob a influncia de obstculos prximos

    Considera-se que um obstculo prximo influencia o comportamento de uma conduta de exausto quando:

    A relao entre o afastamento entre ambos e a altura do obstculo, =a/Hobs, for inferior ao valor calculado por,

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    Figura 27 Padro de escoamento num desfiladeiro urbano

    Figura 28 - Ocorrncias percentuais por rumos registados em Matosinhos entre 1956 e 1980

    A figura 28 indica-nos que o vento tem origem no quadrante NW, em mdia, cerca de 45% das horas doa ano (aprox. 4000 h). A distribuio de ocorrncias por rumos vem associada distribuio de velocidades. A consulta desta informao deve ser conjunta porque significativo de ocorrncia pode estar associada uma condio de calma, que retira significado ao rumo.

    No Anexo III ilustram-se alguns exemplos de aplicao.

    9.4 Ventiladores estticos

    Quando, por necessidades construtivas, forem posicionados ventiladores estticos contguos, a distncia entre eles deve ser tal que no haja interferncia mtua no funcionamento. O desempenho dos ventiladores estticos deve ser devidamente comprovado por ensaio em laboratrio. Registe-se que os ventiladores estticos usados como terminais de condutas de exausto so classificados (quando tal se verifique) de anti-refluxo. No entanto a configurao destes ventiladores apenas pode evitar a entrada de escoamentos descendentes, no podendo evitar refluxos devidos alterao do balano de presses.

    MATOSINHOS 56-80

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    NE

    E

    SESW

    W

    NW

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    10 Evacuao dos produtos de combusto

    Esta seco aplica-se a instalaes com potncia instalada total 70 kW.

    10.1 Classificao dos aparelhos a gs

    Os aparelhos a gs podem ser classificados em funo (quadro 18):

    a) do modo de evacuao dos produtos de combusto e de admisso de ar comburente;

    b) do rendimento til.

    Quadro 18 Classificao dos aparelhos a gs Classificao dos

    aparelhos a gs em funo:

    Classificao Referncia

    a) do modo de evacua-o dos produtos de combusto e de admisso do ar com-burente

    Tipo A: aparelhos concebidos para no serem ligados a condutas ou dispositivos de evacuao dos produtos de combusto para o exterior do local de instalao.

    Tipo B: aparelhos concebidos para serem ligados a condutas de evacuao dos produtos de combusto para o exterior, sendo o ar comburente captado directamente no local de instalao.

    Tipo C: aparelhos concebidos de modo a que o circuito de combusto (admisso do ar comburente, cmara de combusto, permutador de calor e evacuao dos produtos de combusto) seja estanque relativamente ao local de instalao.

    NP 4415:2002

    b) do rendimento til Classe de rendimento I:

    - caldeiras standard ou de categoria A e outros aparelhos a gs.

    Classe de rendimento II: - caldeiras de alto rendimento ou de categoria B. - caldeiras standard (Directiva 92/42 CEE)

    Classe de rendimento III: - caldeiras de condensao ou de categoria C. - caldeiras de baixa temperatura e caldeiras de

    condensao. (Directiva 92/42 CEE)

    Anexo I

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    10.2 Aparelhos do tipo A

    Estes aparelhos, no estando ligados a uma conduta de evacuao dos produtos de combusto, s podem ser instalados nas seguintes condies:

    a) locais bem arejados, obedecendo ao disposto nesta norma relativamente a ventilao natural e

    b) nas indicadas na NP 1037-2 (em preparao).

    10.3 Aparelhos do tipo B de evacuao natural

    Os aparelhos do tipo B devem ser ligados a condutas de evacuao dos produtos da combusto; s na falta destas, em edifcios antigos, ser permitido que os aparelhos evacuem os produtos de combusto directamente no exterior, atravs da parede, desde que seja respeitado o prescrito nas figuras 29 e 30. Por outro lado, o troo recto imediatamente a seguir gola do aparelho, no deve ser inferir a 20 cm.

    Figura 29 Alternativa de instalao de aparelhos do tipo B (s em edifcios antigos)

    O troo que une o troo vertical ao exterior deve ser ascendente em todo o seu percurso, com uma pendente mnima de 3% (para projeces horizontais do troo oblquo de comprimento superior ou igual a 1 m) e um comprimento mximo, em projeco horizontal, de 3 m, medido entre os eixos dos troos verticais (figura 29).

    A montagem indicada na figura 30 somente permitida no caso em que no seja possvel execut-la de outro modo, devendo a grelha ser como o indicado na figura, de modo a que os ventos rasantes no perturbem o funcionamento do aparelho.

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    Figura 30 Alternativa de instalao de aparelhos do tipo B (s em edifcios antigos)

    10.3.1 Condutas de ligao

    A ligao de aparelhos do tipo B a condutas de evacuao individuais ou colectivas faz-se atravs de condutas de ligao.

    10.3.1.1 Tipos de ligao

    A configurao da conduta de ligao permite distinguir vrios tipos de ligao (quadro 19).

    Quadro 19 Tipos de ligao Classificao do tipo de

    ligao em funo: Classificao ver Quadro

    para 1 aparelho ligado Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV

    20

    da configurao da conduta de ligao para 2 aparelhos ligados

    Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D

    21

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    Quadro 20 - Tipos de condutas de ligao. Um aparelho ligado a uma conduta de evacuao individual de tiragem natural

    Configurao de uma conduta de ligao do aparelho a gs conduta de evacuao

    Conduta de evacuao sem

    desvios

    Conduta de evacuao com

    desvios

    Conduta de evacuao Aparelho a gs

    Conduta de ligao rectilnea

    Tipo I Tipo II

    Conduta de evacuao

    Tipo II Tipo III

    Tipo III Tipo IV

    Aparelho a gs

    Conduta de ligao com 1 curva a 90 (ou 2 a 45)

    Conduta de evacuao

    Conduta de ligao com 2 curvas a 90 (ou 1 a 90 e 2 a 45)

    Aparelho a gs

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    Quadro 21 - Tipos de condutas de ligao. Dois aparelhos ligados a uma conduta de evacuao individual de tiragem natural

    Configurao da conduta de ligao dos aparelhos a gs conduta de evacuao

    Conduta de evacuao sem

    desvios

    Conduta de evacuao com

    desvios

    * distncia vertical entre os dois eixos 0,25 m

    Tipo A Tipo C

    * distncia vertical entre os dois eixos 0,25 m

    Tipo B Tipo D

    Condutas de ligao independentes e assimtricas

    * distncia vertical entre os dois eixos 0,25 m

    Tipo B Tipo D

    Tipo B Tipo D

    Conduta de evacuao

    Aparelhos a gs ligados

    Condutas de ligao independentes e simtricas com, no mximo, uma curva de 90 cada (ou duas curvas de 45)

    Conduta de evacuao Condutas de ligao

    independentes e simtricas com, no mximo, duas curvas de 90 cada (uma curva de 90 pode ser substituda por duas curvas de 45)

    Aparelhos a gs ligados

    Aparelhos a gs ligados

    Conduta de evacuao

    Conduta de ligao com, no mximo, 1 curva de 90 (1 de 90 pode ser substituda por 2 de 45)

    Conduta de ligao com, no mximo, 2 curvas de 90 (1 de 90 pode ser substituda por 2 de 45)

    Aparelhos a gs ligados

    Conduta de evacuao Condutas de ligao assimtricas

    com um troo comum

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    10.3.1.2 Natureza

    As condutas de ligao devem ser de alumnio, ao inoxidvel, ao esmaltado vitrificado ou ao galvanizado. Se existirem junes, estas devem apresentar as mesmas qualidades de durabilidade.

    Contudo, as condutas de ligao acessveis podem ser de ao galvanizado a quente, se no existir o risco de condensao.

    10.3.1.3 Traado

    10.3.1.3.1 Aparelhos de evacuao natural vertical

    A conduta de ligao deve ser dotada de um tramo vertical, imediatamente sada do aparelho, de comprimento pelo menos igual a duas vezes o dimetro da conduta e nunca inferior a 20 cm (figura 31).

    Figura 31 Instalao dos aparelhos de evacuao natural vertical

    O troo que une o troo vertical conduta de evacuao deve ser ascendente em todo o seu percurso, com uma pendente mnima de 3% (para projeces horizontais do troo oblquo de comprimento superior ou igual a 1 m) e um comprimento mximo, em projeco horizontal, de 3 m, medido a partir do eixo do troo vertical (figura 31). Este comprimento poder ir at 6 m desde que a conduta de evacuao esteja preparada para a recolha de condensados.

    A conduta de ligao no deve comportar mais de 2 mudanas de direco a 90; pode no entanto comportar duas mudanas de direco a 45 e uma a 90 (em qualquer dos casos no se considera como mudana de direco a ligao conduta de evacuao).

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    10.3.1.3.2 Aparelhos de evacuao natural posterior ou lateral

    A conduta de ligao deve ser horizontal ou ascendente em todo o seu percurso, com um comprimento mximo, em projeco horizontal, de 1,5 m (figura 32). Este comprimento poder ir at 3 m desde que a conduta de evacuao esteja preparada para a recolha de condensados.

    Figura 32 Instalao dos aparelhos de evacuao natural posterior ou lateral

    10.3.1.3.3 Aparelhos de evacuao vertical e aparelhos de evacuao posterior ou lateral

    O comprimento da projeco horizontal da conduta de ligao no dever nunca ser superior altura da conduta de evacuao, medida a partir do ponto de interseco. As mudanas de direco devem ser realizadas unicamente com curvas sem ngulos vivos.

    10.3.1.4 Percurso

    A conduta de ligao no deve atravessar outro compartimento principal alm daquele onde o aparelho se encontra instalado, nem locais pertencentes a um fogo diferente daquele onde o aparelho se encontra instalado. Locais de outra natureza s podem ser atravessados desde que estejam ao abrigo das intempries.

    Quando a temperatura dos locais atravessados for prxima da temperatura exterior, a conduta de ligao deve ser isolada.

    Para alm das condies indicadas nas subseces anteriores, deve cumprir-se as indicaes constantes nos manuais dos aparelhos.

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    10.3.1.5 Montagem

    As condutas de ligao devem apresentar uma estanquidade compatvel com o bom funcionamento dos aparelhos. Devem ainda ser acessveis e permitir desmontar os aparelhos.

    A montagem das condutas deve pe