Nr 12 (atualizada 2011) ii

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  • 1. 1 NR-12 SEGURANA NO TRABALHO EM MQUINAS E EQUIPAMENTOS Publicao D.O.U. Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 Atualizaes D.O.U. Portaria SSST n. 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83 Portaria SSST n. 13, de 24 de outubro de 1994 26/10/94 Portaria SSST n. 25, de 28 de janeiro de 1996 05/12/96 Portaria SSST n. 04, de 28 de janeiro de 1997 04/03/97 Portaria SIT n. 197, de 17 de dezembro de 2010 24/12/10 Portaria SIT n. 293, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11 (Redao dada pela Portaria SIT n. 197, de 17/12/10) Princpios Gerais 12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referncias tcnicas, princpios fundamentais e medidas de proteo para garantir a sade e a integridade fsica dos trabalhadores e estabelece requisitos mnimos para a preveno de acidentes e doenas do trabalho nas fases de projeto e de utilizao de mquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda sua fabricao, importao, comercializao, exposio e cesso a qualquer ttulo, em todas as atividades econmicas, sem prejuzo da observncia do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas tcnicas oficiais e, na ausncia ou omisso destas, nas normas internacionais aplicveis. 12.1.1. Entende-se como fase de utilizao a construo, transporte, montagem, instalao, ajuste, operao, limpeza, manuteno, inspeo, desativao e desmonte da mquina ou equipamento. 12.2. As disposies desta Norma referem-se a mquinas e equipamentos novos e usados, exceto nos itens em que houver meno especfica quanto sua aplicabilidade. 12.3. O empregador deve adotar medidas de proteo para o trabalho em mquinas e equipamentos, capazes de garantir a sade e a integridade fsica dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficincia envolvidas direta ou indiretamente no trabalho 12.4. So consideradas medidas de proteo, a ser adotadas nessa ordem de prioridade: a) medidas de proteo coletiva; b) medidas administrativas ou de organizao do trabalho; e c) medidas de proteo individual. 12.5. A concepo de mquinas deve atender ao princpio da falha segura. Arranjo fsico e instalaes. 12.6. Nos locais de instalao de mquinas e equipamentos, as reas de circulao devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas tcnicas oficiais. 12.6.1. As vias principais de circulao nos locais de trabalho e as que conduzem s sadas devem ter, no mnimo, 1,20 m (um metro e vinte centmetros) de largura. 12.6.2. As reas de circulao devem ser mantidas permanentemente desobstrudas. 12.7. Os materiais em utilizao no processo produtivo devem ser alocados em reas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas tcnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de reas externas. 12.8. Os espaos ao redor das mquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operao, de forma a prevenir a ocorrncia de acidentes e doenas relacionados ao trabalho. 12.8.1. A distncia mnima entre mquinas, em conformidade com suas caractersticas e aplicaes, deve garantir a segurana dos trabalhadores durante sua operao, manuteno, ajuste, limpeza e inspeo, e permitir a movimentao dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. 12.8.2. As reas de circulao e armazenamento de materiais e os espaos em torno de mquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurana.

2. 2 12.9. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam mquinas e equipamentos e das reas de circulao devem: a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofeream riscos de acidentes; b) ter caractersticas de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, leos e outras substncias e materiais que os tornem escorregadios; e c) ser nivelados e resistentes s cargas a que esto sujeitos. 12.10. As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais especficos para essa finalidade. 12.11. As mquinas estacionrias devem possuir medidas preventivas quanto sua estabilidade, de modo que no basculem e no se desloquem intempestivamente por vibraes, choques, foras externas previsveis, foras dinmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. 12.11.1. A instalao das mquinas estacionrias deve respeitar os requisitos necessrios fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto fundao, fixao, amortecimento, nivelamento, ventilao, alimentao eltrica, pneumtica e hidrulica, aterramento e sistemas de refrigerao. 12.12. Nas mquinas mveis que possuem rodzios, pelo menos dois deles devem possuir travas. 12.13. As mquinas, as reas de circulao, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo que no ocorra transporte e movimentao area de materiais sobre os trabalhadores. Instalaes e dispositivos eltricos. 12.14. As instalaes eltricas das mquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque eltrico, incndio, exploso e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR 10. 12.15. Devem ser aterrados, conforme as normas tcnicas oficiais vigentes, as instalaes, carcaas, invlucros, blindagens ou partes condutoras das mquinas e equipamentos que no faam parte dos circuitos eltricos, mas que possam ficar sob tenso. 12.16. As instalaes eltricas das mquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com gua ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrncia de acidentes. 12.17. Os condutores de alimentao eltrica das mquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mnimos de segurana: a) oferecer resistncia mecnica compatvel com a sua utilizao; b) possuir proteo contra a possibilidade de rompimento mecnico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustveis e calor; c) localizao de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes mveis ou cantos vivos; d) facilitar e no impedir o trnsito de pessoas e materiais ou a operao das mquinas; e) no oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localizao; e f) ser constitudos de materiais que no propaguem o fogo, ou seja, autoextinguveis, e no emitirem substncias txicas em caso de aquecimento. 12.18. Os quadros de energia das mquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mnimos de segurana: a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada; b) possuir sinalizao quanto ao perigo de choque eltrico e restrio de acesso por pessoas no autorizadas; c) ser mantidos em bom estado de conservao, limpos e livres de objetos e ferramentas; d) possuir proteo e identificao dos circuitos. e e) atender ao grau de proteo adequado em funo do ambiente de uso. 12.19. As ligaes e derivaes dos condutores eltricos das mquinas e equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as normas tcnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistncia mecnica e contato eltrico adequado, com caractersticas equivalentes aos condutores 3. 3 eltricos utilizados e proteo contra riscos. 12.20. As instalaes eltricas das mquinas e equipamentos que utilizem energia eltrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito. 12.20.1. As mquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretenso quando a elevao da tenso puder ocasionar risco de acidentes. 12.20.2. Quando a alimentao eltrica possibilitar a inverso de fases de mquina que possa provocar acidentes de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de deteco de seqncia de fases ou outra medida de proteo de mesma eficcia. 12.21. So proibidas nas mquinas e equipamentos: a) a utilizao de chave geral como dispositivo de partida e parada; b) a utilizao de chaves tipo faca nos circuitos eltricos; e c) a existncia de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia eltrica. 12.22. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mnimos de segurana: a) localizao de modo que sua manuteno e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio; b) constituio e fixao de forma a no haver deslocamento acidental; e c) proteo do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito. 12.23. Os servios e substituies de baterias devem ser realizados conforme indicao constante do manual de operao. Dispositivos de partida, acionamento e parada. 12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das mquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: a) no se localizem em suas zonas perigosas; b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergncia por outra pessoa que no seja o operador; c) impeam acionamento ou desligamento involuntrio pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; d) no acarretem riscos adicionais; e e) no possam ser burlados. 12.25. Os comandos de partida ou acionamento das mquinas devem possuir dispositivos que impeam seu funcionamento automtico ao serem energizadas. 12.26. Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mnimos do comando: a) possuir atuao sncrona, ou seja, um sinal de sada deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuao do comando -botes- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (cinco segundos); b) estar sob monitoramento automtico por interface de segurana; c) ter relao entre os sinais de entrada e sada, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuao do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de sada do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicao dos dois sinais; d) o sinal de sada deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuao de comando; e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuao intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuao de comando para dificultar a burla do efeito de proteo do dispositivo de comando bimanual; e g) tornar possvel o reincio do sinal de sada somente aps a desativao dos dois dispositivos de atuao do comando. 12.27. Nas mquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais, a atuao sncrona requerida somente para cada um dos dispositivos de comando bimanuais e no entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si. 12.28. Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distncia segura da zona de 4. 4 perigo, levando em considerao: a) a forma, a disposio e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual; b) o tempo mximo necessrio para a paralisao da mquina ou para a remoo do perigo, aps o trmino do sinal de sada do dispositivo de comando bimanual; e c) a utilizao projetada para a mquina. 12.29. Os comandos bimanuais mveis instalados em pedestais devem: a) manter-se estveis em sua posio de trabalho; e b) possuir altura compatvel com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posio de trabalho. 12.30. Nas mquinas e equipamentos cuja operao requeira a participao de mais de uma pessoa, o nmero de dispositivos de acionamento simultneos deve corresponder ao nmero de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu acionamento, de modo que o nvel de proteo seja o mesmo para cada trabalhador. 12.30.1. Deve haver seletor do nmero de dispositivos de acionamento em utilizao, com bloqueio que impea a sua seleo por pessoas no autorizadas. 12.30.2. O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos comandos habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos no habilitados no forem desconectados. 12.30.3. Os dispositivos de acionamento simultneos, quando utilizados dois ou mais, devem possuir sinal luminoso que indique seu funcionamento. 12.31. As mquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilizao de vrios modos de comando ou de funcionamento que apresentem nveis de segurana diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes requisitos: a) bloqueio em cada posio, impedindo a sua mudana por pessoas no autorizadas; b) correspondncia de cada posio a um nico modo de comando ou de funcionamento; c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceo da parada de emergncia; e d) a seleo deve ser visvel, clara e facilmente identificvel. 12.32. As mquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas no autorizadas possam oferecer risco sade ou integridade fsica de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento. 12.33. O acionamento e o desligamento simultneo por um nico comando de um conjunto de mquinas e equipamentos ou de mquinas e equipamentos de grande dimenso devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme. 12.34. Devem ser adotadas, quando necessrias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de telecomunicao, considerando as caractersticas do processo produtivo e dos trabalhadores. 12.35. As mquinas e equipamentos comandados por radiofreqncia devem possuir proteo contra interferncias eletromagnticas acidentais. 12.36. Os componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compem a interface de operao das mquinas devem: a) operar em extrabaixa tenso de at 25V (vinte e cinco volts) em corrente alternada ou de at 60V (sessenta volts) em corrente contnua; e b) possibilitar a instalao e funcionamento do sistema de parada de emergncia, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens. 12.37. O circuito eltrico do comando da partida e parada do motor eltrico de mquinas deve possuir, no mnimo, dois contatores com contatos positivamente guiados, ligados em srie, monitorados por interface de segurana ou de acordo com os padres estabelecidos pelas normas tcnicas nacionais vigentes e, na falta destas, pelas normas tcnicas internacionais, se assim for indicado pela anlise de risco, em funo da severidade de danos e freqncia ou tempo de exposio ao risco. Sistemas de segurana. 12.38. As zonas de perigo das mquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurana, 5. 5 caracterizados por protees fixas, protees mveis e dispositivos de segurana interligados, que garantam proteo sade e integridade fsica dos trabalhadores. 12.38.1. A adoo de sistemas de segurana, em especial nas zonas de operao que apresentem perigo, deve considerar as caractersticas tcnicas da mquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas tcnicas existentes, de modo a atingir o nvel necessrio de segurana previsto nesta Norma. 12.39. Os sistemas de segurana devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintes requisitos: a) ter categoria de segurana conforme prvia anlise de riscos prevista nas normas tcnicas oficiais vigentes; b) estar sob a responsabilidade tcnica de profissional legalmente habilitado; c) possuir conformidade tcnica com o sistema de comando a que so integrados; d) instalao de modo que no possam ser neutralizados ou burlados; e) manterem-se sob vigilncia automtica, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurana requerida, exceto para dispositivos de segurana exclusivamente mecnicos; e f) paralisao dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situaes anormais de trabalho. 12.40. Os sistemas de segurana, de acordo com a categoria de segurana requerida, devem exigir rearme, ou reset manual, aps a correo da falha ou situao anormal de trabalho que provocou a paralisao da mquina. 12.41. Para fins de aplicao desta Norma, considera-se proteo o elemento especificamente utilizado para prover segurana por meio de barreira fsica, podendo ser: a) proteo fixa, que deve ser mantida em sua posio de maneira permanente ou por meio de elementos de fixao que s permitam sua remoo ou abertura com o uso de ferramentas especficas; e b) proteo mvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecnicos estrutura da mquina ou a um elemento fixo prximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento. 12.42. Para fins de aplicao desta Norma, consideram-se dispositivos de segurana os componentes que, por si s ou interligados ou associados a protees, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos sade, sendo classificados em: a) comandos eltricos ou interfaces de segurana: dispositivos responsveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligao, posio e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrncia de falha que provoque a perda da funo de segurana, como rels de segurana, controladores configurveis de segurana e controlador lgico programvel - CLP de segurana; b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurana eletromecnicas, com ao e ruptura positiva, magnticas e eletrnicas codificadas, optoeletrnicas, sensores indutivos de segurana e outros dispositivos de segurana que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da mquina sob condies especficas; c) sensores de segurana: dispositivos detectores de presena mecnicos e no mecnicos, que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma mquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o incio de funes perigosas, como cortinas de luz, detectores de presena optoeletrnicos, laser de mltiplos feixes, barreiras ticas, monitores de rea, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posio; d) vlvulas e blocos de segurana ou sistemas pneumticos e hidrulicos de mesma eficcia; e) dispositivos mecnicos, como: dispositivos de reteno, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e retrteis; e f) dispositivos de validao: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueveis e dispositivos bloqueveis. 12.43. Os componentes relacionados aos sistemas de segurana e comandos de acionamento e parada das mquinas, inclusive de emergncia, devem garantir a manuteno do estado seguro da mquina ou equipamento quando ocorrerem flutuaes no nvel de energia alm dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do fornecimento de energia. 12.44. A proteo deve ser mvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: a) a proteo deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura no possibilitar o acesso zona de perigo antes da eliminao do risco; e b) a proteo deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura 6. 6 possibilitar o acesso zona de perigo antes da eliminao do risco. 12.45. As mquinas e equipamentos dotados de protees mveis associadas a dispositivos de intertravamento devem: a) operar somente quando as protees estiverem fechadas; b) paralisar suas funes perigosas quando as protees forem abertas durante a operao; e c) garantir que o fechamento das protees por si s no possa dar inicio s funes perigosas 12.46. Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados s protees mveis das mquinas e equipamentos devem: a) permitir a operao somente enquanto a proteo estiver fechada e bloqueada; b) manter a proteo fechada e bloqueada at que tenha sido eliminado o risco de leso devido s funes perigosas da mquina ou do equipamento; e c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteo por si s no possa dar inicio s funes perigosas da mquina ou do equipamento. 12.47. As transmisses de fora e os componentes mveis a elas interligados, acessveis ou expostos, devem possuir protees fixas, ou mveis com dispositivos de intertravamento, que impeam o acesso por todos os lados. 12.47.1. Quando utilizadas protees mveis para o enclausuramento de transmisses de fora que possuam inrcia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio. 12.47.2. O eixo card deve possuir proteo adequada, em perfeito estado de conservao em toda a sua extenso, fixada na tomada de fora da mquina desde a cruzeta at o acoplamento do implemento ou equipamento. 12.48. As mquinas e equipamentos que ofeream risco de ruptura de suas partes, projeo de materiais, partculas ou substncias, devem possuir protees que garantam a sade e a segurana dos trabalhadores. 12.49. As protees devem ser projetadas e construdas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurana: a) cumprir suas funes apropriadamente durante a vida til da mquina ou possibilitar a reposio de partes deterioradas ou danificadas; b) ser constitudas de materiais resistentes e adequados conteno de projeo de peas, materiais e partculas; c) fixao firme e garantia de estabilidade e resistncia mecnica compatveis com os esforos requeridos; d) no criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da mquina ou com outras protees; e) no possuir extremidades e arestas cortantes ou outras salincias perigosas; f) resistir s condies ambientais do local onde esto instaladas; g) impedir que possam ser burladas; h) proporcionar condies de higiene e limpeza; i) impedir o acesso zona de perigo; j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corroso, se necessrio; k) ter ao positiva, ou seja, atuao de modo positivo; e l) no acarretar riscos adicionais. 12.50. Quando a proteo for confeccionada com material descontnuo, devem ser observadas as distncias de segurana para impedir o acesso s zonas de perigo, conforme previsto no Anexo I, item A. 12.51. Durante a utilizao de protees distantes da mquina ou equipamento com possibilidade de alguma pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de proteo coletiva para impedir a partida da mquina enquanto houver pessoas nessa zona. 12.52. As protees tambm utilizadas como meio de acesso por exigncia das caractersticas da mquina ou do equipamento devem atender aos requisitos de resistncia e segurana adequados a ambas as finalidades. 12.53. Deve haver proteo no fundo dos degraus da escada, ou seja, nos espelhos, sempre que uma parte saliente do p ou da mo possa contatar uma zona perigosa. 12.54. As protees, dispositivos e sistemas de segurana devem integrar as mquinas e equipamentos, e no podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim. 7. 7 12.55. Em funo do risco, poder ser exigido projeto, diagrama ou representao esquemtica dos sistemas de segurana de mquinas, com respectivas especificaes tcnicas em lngua portuguesa. 12.55.1. Quando a mquina no possuir a documentao tcnica exigida, o seu proprietrio deve constitu-la, sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com respectiva Anotao de Responsabilidade Tcnica do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ART/CREA. Dispositivos de parada de emergncia. 12.56. As mquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergncia, por meio dos quais possam ser evitadas situaes de perigo latentes e existentes. 12.56.1. Os dispositivos de parada de emergncia no devem ser utilizados como dispositivos de partida ou de acionamento. 12.56.2. Excetuam-se da obrigao do subitem 12.56.1 as mquinas manuais, as mquinas autopropelidas e aquelas nas quais o dispositivo de parada de emergncia no possibilita a reduo do risco. 12.57. Os dispositivos de parada de emergncia devem ser posicionados em locais de fcil acesso e visualizao pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstrudos. 12.58. Os dispositivos de parada de emergncia devem: a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condies de operao previstas, bem como as influncias do meio; b) ser usados como medida auxiliar, no podendo ser alternativa a medidas adequadas de proteo ou a sistemas automticos de segurana; c) possuir acionadores projetados para fcil atuao do operador ou outros que possam necessitar da sua utilizao; d) prevalecer sobre todos os outros comandos; e) provocar a parada da operao ou processo perigoso em perodo de tempo to reduzido quanto tecnicamente possvel, sem provocar riscos suplementares; f) ser mantidos sob monitoramento por meio de sistemas de segurana; e g) ser mantidos em perfeito estado de funcionamento. 12.59. A funo parada de emergncia no deve: a) prejudicar a eficincia de sistemas de segurana ou dispositivos com funes relacionadas com a segurana; b) prejudicar qualquer meio projetado para resgatar pessoas acidentadas; e c) gerar risco adicional. 12.60. O acionamento do dispositivo de parada de emergncia deve tambm resultar na reteno do acionador, de tal forma que quando a ao no acionador for descontinuada, este se mantenha retido at que seja desacionado. 12.60.1. O desacionamento deve ser possvel apenas como resultado de uma ao manual intencionada sobre o acionador, por meio de manobra apropriada; 12. 61. Quando usados acionadores do tipo cabo, deve-se: a) utilizar chaves de parada de emergncia que trabalhem tracionadas, de modo a cessarem automaticamente as funes perigosas da mquina em caso de ruptura ou afrouxamento dos cabos; b) considerar o deslocamento e a fora aplicada nos acionadores, necessrios para a atuao das chaves de parada de emergncia; e c) obedecer distncia mxima entre as chaves de parada de emergncia recomendada pelo fabricante. 12.62. As chaves de parada de emergncia devem ser localizadas de tal forma que todo o cabo de acionamento seja visvel a partir da posio de desacionamento da parada de emergncia. 12.62.1. Se no for possvel o cumprimento da exigncia do item 12.62, deve-se garantir que, aps a atuao e antes do desacionamento, a mquina ou equipamento seja inspecionado em toda a extenso do cabo. 12.63. A parada de emergncia deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente aps a correo do evento que motivou o acionamento da parada de emergncia. 8. 8 12.63.1. A localizao dos acionadores de rearme deve permitir uma visualizao completa da rea protegida pelo cabo. Meios de acesso permanentes. 12.64. As mquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos de operao, abastecimento, insero de matrias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparao, manuteno e interveno constante. 12.64.1. Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus. 12.64.2. Na impossibilidade tcnica de adoo dos meios previstos no subitem 12.64.1, poder ser utilizada escada fixa tipo marinheiro. 12.64.3. Nas mquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem ser localizados e instalados de modo a prevenir riscos de acidente e facilitar o seu acesso e utilizao pelos trabalhadores. 12.65. O emprego dos meios de acesso deve considerar o ngulo de lance conforme Figura 1 do Anexo III. 12.66. Os locais ou postos de trabalho acima do nvel do solo em que haja acesso de trabalhadores, para comando ou quaisquer outras intervenes habituais nas mquinas e equipamentos, como operao, abastecimento, manuteno, preparao e inspeo, devem possuir plataformas de trabalho estveis e seguras. 12.66.1. Na impossibilidade tcnica de aplicao do previsto no item 12.66, poder ser adotado o uso de plataformas mveis ou elevatrias. 12.67. As plataformas mveis devem ser estveis, de modo a no permitir sua movimentao ou tombamento durante a realizao do trabalho. 12.68. As passarelas, plataformas, rampas e escadas de degraus devem propiciar condies seguras de trabalho, circulao, movimentao e manuseio de materiais e: a) ser dimensionadas, construdas e fixadas de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforos solicitantes e movimentao segura do trabalhador; b) ter pisos e degraus constitudos de materiais ou revestimentos antiderrapantes; c) ser mantidas desobstrudas; e d) ser localizadas e instaladas de modo a prevenir riscos de queda, escorregamento, tropeamento e dispndio excessivo de esforos fsicos pelos trabalhadores ao utiliz-las. 12.69. As rampas com inclinao entre 10 (dez) e 20 (vinte) graus em relao ao plano horizontal devem possuir peas transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta centmetros) em toda sua extenso quando o piso no for antiderrapante. 12.69.1. proibida a construo de rampas com inclinao superior a 20 (vinte) graus em relao ao piso. 12.70. Os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir sistema de proteo contra quedas com as seguintes caractersticas: a) ser dimensionados, construdos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforos solicitantes; b) ser constitudos de material resistente a intempries e corroso; c) possuir travesso superior de 1,10 m (um metro e dez centmetros) a 1,20 m (um metro e vinte centmetros) de altura em relao ao piso ao longo de toda a extenso, em ambos os lados; d) o travesso superior no deve possuir superfcie plana, a fim de evitar a colocao de objetos; e e) possuir rodap de, no mnimo, 0,20 m (vinte centmetros) de altura e travesso intermedirio a 0,70 m (setenta centmetros) de altura em relao ao piso, localizado entre o rodap e o travesso superior. 12.71. Havendo risco de queda de objetos e materiais, o vo entre o rodap e o travesso superior do guarda corpo deve receber proteo fixa, integral e resistente. 12.71.1. A proteo mencionada no item 12.71 pode ser constituda de tela resistente, desde que sua malha no permita a passagem de qualquer objeto ou material que possa causar leses aos trabalhadores. 9. 9 12.72. Para o sistema de proteo contra quedas em plataformas utilizadas em operaes de abastecimento ou que acumulam sujidades, permitida a adoo das dimenses da Figura 5 do Anexo III. 12.73. As passarelas, plataformas e rampas devem ter as seguintes caractersticas: a) largura til mnima de 0,60 m (sessenta centmetros); b) meios de drenagem, se necessrio; e c) no possuir rodap no vo de acesso. 12.74. As escadas de degraus sem espelho devem ter: a) largura de 0,60 m (sessenta centmetros) a 0,80 m (oitenta centmetros); b) degraus com profundidade mnima de 0,15 m (quinze centmetros); c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem salincias; d) altura mxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centmetros); e) plataforma de descanso com 0,60m (sessenta centmetros) a 0,80 m (oitenta centmetros) de largura e comprimento a intervalos de, no mximo, 3,00 m (trs metros) de altura; f) projeo mnima de 0,01 m (dez milmetros) de um degrau sobre o outro; e g) degraus com profundidade que atendam frmula: 600 g +2h 660 (dimenses em milmetros), conforme Figura 2 do Anexo III. 12.75. As escadas de degraus com espelho devem ter: a) largura de 0,60 m (sessenta centmetros) a 0,80 m (oitenta centmetros); b) degraus com profundidade mnima de 0,20 m (vinte centmetros); c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem salincias; d) altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centmetros) a 0,25 m (vinte e cinco centmetros); e) plataforma de descanso de 0,60m (sessenta centmetros) a 0,80m (oitenta centmetros) de largura e comprimento a intervalos de, no mximo, 3,00 m (trs metros) de altura. 12.76. As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter: a) dimenso, construo e fixao seguras e resistentes, de forma a suportar os esforos solicitantes; b) constituio de materiais ou revestimentos resistentes a intempries e corroso, caso estejam expostas em ambiente externo ou corrosivo; c) gaiolas de proteo, caso possuam altura superior a 3,50 m (trs metros e meio), instaladas a partir de 2,0 m (dois metros) do piso, ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos de 1,10 m (um metro e dez centmetros) a 1,20 m (um metro e vinte centmetros); d) corrimo ou continuao dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de 1,10 m (um metro e dez centmetros) a 1,20 m (um metro e vinte centmetros); e) largura de 0,40 m (quarenta centmetros) a 0,60 m (sessenta centmetros), conforme Figura 3 do Anexo III; f) altura total mxima de 10,00 m (dez metros), se for de um nico lance; g) altura mxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de mltiplos lances, construdas em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados no mnimo em 0,70 m (setenta centmetros), conforme Figura 3 do Anexo III; h) espaamento entre barras de 0,25 m (vinte e cinco centmetros) a 0,30 m (trinta centmetros), conforme Figura 3 do Anexo III; i) espaamento entre o piso da mquina ou da edificao e a primeira barra no superior a 0,55 m (cinqenta e cinco centmetros), conforme Figura 3 do Anexo III; j) distncia em relao estrutura em que fixada de, no mnimo, 0,15 m (quinze centmetros), conforme Figura 4 do Anexo III; k) barras de 0,025m (vinte e cinco milmetros) a 0,038 m (trinta e oito milmetros) de dimetro ou espessura; e l) barras com superfcies, formas ou ranhuras a fim de prevenir deslizamentos. 12.76.1. As gaiolas de proteo devem possuir: a) dimetro de 0,65m (sessenta e cinco centmetros) a 0,80 m (oitenta centmetros), conforme Figura 4 do Anexo III; e b) vos entre grades protetoras de, no mximo, 0,30 m (trinta centmetros), conforme Figura 3 do Anexo III. Componentes pressurizados. 12.77. Devem ser adotadas medidas adicionais de proteo das mangueiras, tubulaes e demais componentes pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecnicos e outros agentes agressivos, quando houver risco. 10. 10 12.78. As mangueiras, tubulaes e demais componentes pressurizados devem ser localizados ou protegidos de tal forma que uma situao de ruptura destes componentes e vazamentos de fluidos, no possa ocasionar acidentes de trabalho. 12.79. As mangueiras utilizadas nos sistemas pressurizados devem possuir indicao da presso mxima de trabalho admissvel especificada pelo fabricante. 12.80. Os sistemas pressurizados das mquinas devem possuir meios ou dispositivos destinados a garantir que: a) a presso mxima de trabalho admissvel nos circuitos no possa ser excedida; e b) quedas de presso progressivas ou bruscas e perdas de vcuo no possam gerar perigo. 12.81. Quando as fontes de energia da mquina forem isoladas, a presso residual dos reservatrios e de depsitos similares, como os acumuladores hidropneumticos, no pode gerar risco de acidentes. 12.82. Os recipientes contendo gases comprimidos utilizados em mquinas e equipamentos devem permanecer em perfeito estado de conservao e funcionamento e ser armazenados em depsitos bem ventilados, protegidos contra quedas, calor e impactos acidentais. 12.83. Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumticos das rodas das mquinas e equipamentos no estacionrios, que ofeream riscos de acidentes, devem ser observadas as seguintes condies: a) os pneumticos devem ser completamente despressurizados, removendo o ncleo da vlvula de calibragem antes da desmontagem e de qualquer interveno que possa acarretar acidentes; e b) o enchimento de pneumticos s poder ser executado dentro de dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente dimensionada, at que seja alcanada uma presso suficiente para forar o talo sobre o aro e criar uma vedao pneumtica. 12.84. Em sistemas pneumticos e hidrulicos que utilizam dois ou mais estgios com diferentes presses como medida de proteo, a fora exercida no percurso ou circuito de segurana - aproximao - no pode ser suficiente para provocar danos integridade fsica dos trabalhadores. 12.84.1 Para o atendimento ao disposto no item 12.84, a fora exercida no percurso ou circuito de segurana deve estar limitada a 150 N (cento e cinquenta Newtons) e a presso de contato limitada a 50 N/cm2 (cinquenta Newtons por centmetro quadrado), exceto nos casos em que haja previso de outros valores em normas tcnicas oficiais vigentes especificas. Transportadores de materiais. 12.85. Os movimentos perigosos dos transportadores contnuos de materiais devem ser protegidos, especialmente nos pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios, roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, guias, alinhadores, regio do esticamento e contrapeso e outras partes mveis acessveis durante a operao normal. 12.85.1. Os transportadores contnuos de correia cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a 2,70 m (dois metros e setenta centmetros) do piso esto dispensados da observncia do item 12.85, desde que no haja circulao nem permanncia de pessoas nas zonas de perigo. 12.85.2. Os transportadores contnuos de correia em que haja proteo fixa distante, associada a proteo mvel intertravada que restrinja o acesso a pessoal especializado para a realizao de inspees, manutenes e outras intervenes necessrias, esto dispensados da observncia do item 12.85, desde que atendido o disposto no item 12.51. 12.86. Os transportadores contnuos de correia, cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a 2,70 m (dois metros e setenta centmetros) do piso, devem possuir, em toda a sua extenso, passarelas em ambos os lados, atendidos os requisitos do item 12.66. 12.86.1. Os transportadores cuja correia tenha largura de at 762 mm (setecentos e sessenta e dois milmetros ou 30 (trinta) polegadas podem possuir passarela em apenas um dos lados, devendo-se adotar o uso de plataformas mveis ou elevatrias para quaisquer intervenes e inspees. 12.86.2. Os transportadores mveis articulados em que haja possibilidade de realizao de quaisquer intervenes e inspees a partir do solo ficam dispensados da exigncia do item 12.86. 11. 11 12.87. Os transportadores de materiais somente devem ser utilizados para o tipo e capacidade de carga para os quais foram projetados. 12.88. Os cabos de ao, correntes, eslingas, ganchos e outros elementos de suspenso ou trao e suas conexes devem ser adequados ao tipo de material e dimensionados para suportar os esforos solicitantes. 12.89. Nos transportadores contnuos de materiais que necessitem de parada durante o processo proibida a reverso de movimento para esta finalidade. 12.90. proibida a permanncia e a circulao de pessoas sobre partes em movimento, ou que possam ficar em movimento, dos transportadores de materiais, quando no projetadas para essas finalidades. 12.90.1. Nas situaes em que haja inviabilidade tcnica do cumprimento do disposto no item 12.90 devem ser adotadas medidas que garantam a paralisao e o bloqueio dos movimentos de risco, conforme o disposto no item 12.113 e subitem 12.113.1. 12.90.2. A permanncia e a circulao de pessoas sobre os transportadores contnuos devem ser realizadas por meio de passarelas com sistema de proteo contra quedas, conforme item 12.70. 12.90.3. permitida a permanncia e a circulao de pessoas sob os transportadores contnuos somente em locais protegidos que ofeream resistncia e dimenses adequadas contra quedas de materiais. 12.91. Os transportadores contnuos acessveis aos trabalhadores devem dispor, ao longo de sua extenso, de dispositivos de parada de emergncia, de modo que possam ser acionados em todas as posies de trabalho. 12.91.1. Os transportadores contnuos acessveis aos trabalhadores ficam dispensados do cumprimento da exigncia do item 12.91 se a anlise de risco assim indicar. 12.92. Os transportadores contnuos de correia devem possuir dispositivos que garantam a segurana em caso de falha durante sua operao normal e interrompam seu funcionamento quando forem atingidos os limites de segurana, conforme especificado em projeto, e devem contemplar, no mnimo, as seguintes condies: a) desalinhamento anormal da correia; e b) sobrecarga de materiais. 12.93. Durante o transporte de materiais suspensos devem ser adotadas medidas de segurana visando a garantir que no haja pessoas sob a carga. 12.93.1. As medidas de segurana previstas no item 12.93 devem priorizar a existncia de reas exclusivas para a circulao de cargas suspensas devidamente delimitadas e sinalizadas. Aspectos ergonmicos. 12.94. As mquinas e equipamentos devem ser projetados, construdos e mantidos com observncia aos os seguintes aspectos: a) atendimento da variabilidade das caractersticas antropomtricas dos operadores; b) respeito s exigncias posturais, cognitivas, movimentos e esforos fsicos demandados pelos operadores; c) os componentes como monitores de vdeo, sinais e comandos, devem possibilitar a interao clara e precisa com o operador de forma a reduzir possibilidades de erros de interpretao ou retorno de informao; d) os comandos e indicadores devem representar, sempre que possvel, a direo do movimento e demais efeitos correspondentes; e) os sistemas interativos, como cones, smbolos e instrues devem ser coerentes em sua aparncia e funo; f) favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operaes, com reduo da probabilidade de falhas na operao; g) reduo da exigncia de fora, presso, preenso, flexo, extenso ou toro dos segmentos corporais; h) a iluminao deve ser adequada e ficar disponvel em situaes de emergncia, quando exigido o ingresso em seu interior. 12.95. Os comandos das mquinas e equipamentos devem ser projetados, construdos e mantidos com observncia aos seguintes aspectos: 12. 12 a) localizao e distncia de forma a permitir manejo fcil e seguro; b) instalao dos comandos mais utilizados em posies mais acessveis ao operador; c) visibilidade, identificao e sinalizao que permita serem distinguveis entre si; d) instalao dos elementos de acionamento manual ou a pedal de forma a facilitar a execuo da manobra levando em considerao as caractersticas biomecnicas e antropomtricas dos operadores; e e) garantia de manobras seguras e rpidas e proteo de forma a evitar movimentos involuntrios. 12.96. As Mquinas e equipamentos devem ser projetados, construdos e operados levando em considerao a necessidade de adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores e natureza dos trabalhos a executar, oferecendo condies de conforto e segurana no trabalho, observado o disposto na NR 17. 12.97. Os assentos utilizados na operao de mquinas devem possuir estofamento e ser ajustveis natureza do trabalho executado, alm do previsto no subitem 17.3.3 da NR 17. 12.98. Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternncia de postura e a movimentao adequada dos segmentos corporais, garantindo espao suficiente para operao dos controles nele instalados. 12.99. As superfcies dos postos de trabalho no devem possuir cantos vivos, superfcies speras, cortantes e quinas em ngulos agudos ou rebarbas nos pontos de contato com segmentos do corpo do operador, e os elementos de fixao, como pregos, rebites e parafusos, devem ser mantidos de forma a no acrescentar riscos operao. 12.100. Os postos de trabalho das mquinas e equipamentos devem permitir o apoio integral das plantas dos ps no piso. 12.100.1. Deve ser fornecido apoio para os ps quando os ps do operador no alcanarem o piso, mesmo aps a regulagem do assento. 12.101. As dimenses dos postos de trabalho das mquinas e equipamentos devem: a) atender s caractersticas antropomtricas e biomecnicas do operador, com respeito aos alcances dos segmentos corporais e da viso; b) assegurar a postura adequada, de forma a garantir posies confortveis dos segmentos corporais na posio de trabalho; e c) evitar a flexo e a toro do tronco de forma a respeitar os ngulos e trajetrias naturais dos movimentos corpreos, durante a execuo das tarefas. 12.102. Os locais destinados ao manuseio de materiais em processos nas mquinas e equipamentos devem ter altura e ser posicionados de forma a garantir boas condies de postura, visualizao, movimentao e operao. 12.103. Os locais de trabalho das mquinas e equipamentos devem possuir sistema de iluminao permanente que possibilite boa visibilidade dos detalhes do trabalho, para evitar zonas de sombra ou de penumbra e efeito estroboscpico. 12.103.1. A iluminao das partes internas das mquinas e equipamentos que requeiram operaes de ajustes, inspeo, manuteno ou outras intervenes peridicas deve ser adequada e estar disponvel em situaes de emergncia, quando for exigido o ingresso de pessoas, com observncia, ainda das exigncias especficas para reas classificadas. 12.104. O ritmo de trabalho e a velocidade das mquinas e equipamentos devem ser compatveis com a capacidade fsica dos operadores, de modo a evitar agravos sade. 12.105. O bocal de abastecimento do tanque de combustvel e de outros materiais deve ser localizado, no mximo, a 1,50 m (um metro e cinquenta centmetros) acima do piso ou de uma plataforma de apoio para execuo da tarefa. Riscos adicionais. 12.106. Para fins de aplicao desta Norma, devem ser considerados os seguintes riscos adicionais: a) substncias perigosas quaisquer, sejam agentes biolgicos ou agentes qumicos em estado slido, lquido ou gasoso, que apresentem riscos sade ou integridade fsica dos trabalhadores por meio de inalao, ingesto ou contato com a pele, olhos ou mucosas; 13. 13 b) radiaes ionizantes geradas pelas mquinas e equipamentos ou provenientes de substncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas; c) radiaes no ionizantes com potencial de causar danos sade ou integridade fsica dos trabalhadores; d) vibraes; e) rudo; f) calor; g) combustveis, inflamveis, explosivos e substncias que reagem perigosamente; e h) superfcies aquecidas acessveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele. 12.107. Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da emisso ou liberao de agentes qumicos, fsicos e biolgicos pelas mquinas e equipamentos, com prioridade sua eliminao, reduo de sua emisso ou liberao e reduo da exposio dos trabalhadores, nessa ordem. 12.108. As mquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam combustveis, inflamveis, explosivos ou substncias que reagem perigosamente devem oferecer medidas de proteo contra sua emisso, liberao, combusto, exploso e reao acidentais, bem como a ocorrncia de incndio. 12.109. Devem ser adotadas medidas de proteo contra queimaduras causadas pelo contato da pele com superfcies aquecidas de mquinas e equipamentos, tais como a reduo da temperatura superficial, isolao com materiais apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da superfcie for maior do que o limiar de queimaduras do material do qual constituda, para um determinado perodo de contato. 12.110. Devem ser elaborados e aplicados procedimentos de segurana e permisso de trabalho para garantir a utilizao segura de mquinas e equipamentos em trabalhos em espaos confinados. Manuteno, inspeo, preparao, ajustes e reparos. 12.111. As mquinas e equipamentos devem ser submetidos manuteno preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas tcnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas tcnicas internacionais. 12.111.1. As manutenes preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado. 12.112. As manutenes preventivas e corretivas devem ser registradas em livro prprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados: a) cronograma de manuteno; b) intervenes realizadas; c) data da realizao de cada interveno; d) servio realizado; e) peas reparadas ou substitudas; f) condies de segurana do equipamento; g) indicao conclusiva quanto s condies de segurana da mquina; e h) nome do responsvel pela execuo das intervenes. 12.112.1. O registro das manutenes deve ficar disponvel aos trabalhadores envolvidos na operao, manuteno e reparos, bem como Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, ao Servio de Segurana e Medicina do Trabalho - SESMT e fiscalizao do Ministrio do Trabalho e Emprego. 12.113. A manuteno, inspeo, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenes que se fizerem necessrias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as mquinas e equipamentos parados e adoo dos seguintes procedimentos: a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das mquinas e equipamentos, de modo visvel ou facilmente identificvel por meio dos dispositivos de comando; b) bloqueio mecnico e eltrico na posio desligado ou fechado de todos os dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir a reenergizao, e sinalizao com carto ou etiqueta de bloqueio contendo o horrio e a data do bloqueio, o motivo da manuteno e o nome do responsvel; c) medidas que garantam que jusante dos pontos de corte de energia no exista possibilidade de gerar risco de acidentes; d) medidas adicionais de segurana, quando for realizada manuteno, inspeo e reparos de equipamentos ou mquinas sustentados somente por sistemas hidrulicos e pneumticos; e e) sistemas de reteno com trava mecnica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes 14. 14 basculadas ou articuladas abertas das mquinas e equipamentos. 12.113.1. Para situaes especiais de regulagem, ajuste, limpeza, pesquisa de defeitos e inconformidades, em que no seja possvel o cumprimento das condies estabelecidas no item 12.113, e em outras situaes que impliquem a reduo do nvel de segurana das mquinas e equipamentos e houver necessidade de acesso s zonas de perigo, deve ser possvel selecionar um modo de operao que: a) torne inoperante o modo de comando automtico; b) permita a realizao dos servios com o uso de dispositivo de acionamento de ao continuada associado reduo da velocidade, ou dispositivos de comando por movimento limitado; c) impea a mudana por trabalhadores no autorizados; d) a seleo corresponda a um nico modo de comando ou de funcionamento; e) quando selecionado, tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceo da parada de emergncia; e f) torne a seleo visvel, clara e facilmente identificvel. 12.114. A manuteno de mquinas e equipamentos contemplar, dentre outros itens, a realizao de ensaios no destrutivos END, nas estruturas e componentes submetidos a solicitaes de fora e cuja ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes. 12.114.1. Os ensaios no destrutivos END, quando realizados, devem atender s normas tcnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, normas tcnicas internacionais. 12.115. Nas manutenes das mquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer defeito em pea ou componente que comprometa a segurana, deve ser providenciada sua reparao ou substituio imediata por outra pea ou componente original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas caractersticas e condies seguras de uso. Sinalizao. 12.116. As mquinas e equipamentos, bem como as instalaes em que se encontram, devem possuir sinalizao de segurana para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que esto expostos, as instrues de operao e manuteno e outras informaes necessrias para garantir a integridade fsica e a sade dos trabalhadores. 12.116.1. A sinalizao de segurana compreende a utilizao de cores, smbolos, inscries, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de comunicao de mesma eficcia. 12.116.2. A sinalizao, inclusive cores, das mquinas e equipamentos utilizadas nos setores alimentcios, mdico e farmacutico deve respeitar a legislao sanitria vigente, sem prejuzo da segurana e sade dos trabalhadores ou terceiros. 12.116.3. A sinalizao de segurana deve ser adotada em todas as fases de utilizao e vida til das mquinas e equipamentos. 12.117. A sinalizao de segurana deve: a) ficar destacada na mquina ou equipamento; b) ficar em localizao claramente visvel; e c) ser de fcil compreenso. 12.118. Os smbolos, inscries e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padres estabelecidos pelas normas tcnicas nacionais vigentes e, na falta dessas, pelas normas tcnicas internacionais. 12.119. As inscries das mquinas e equipamentos devem: a) ser escritas na lngua portuguesa - Brasil; e b) ser legveis. 12.119.1. As inscries devem indicar claramente o risco e a parte da mquina ou equipamento a que se referem, e no deve ser utilizada somente a inscrio de perigo. 12.120. As inscries e smbolos devem ser utilizados nas mquinas e equipamentos para indicar as suas especificaes e limitaes tcnicas. 12.121. Devem ser adotados, sempre que necessrio, sinais ativos de aviso ou de alerta, tais como sinais luminosos e sonoros intermitentes, que indiquem a iminncia de um acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade excessiva de uma mquina, de modo que: 15. 15 a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso; b) no sejam ambguos; c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e d) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores. 12.122. Exceto quando houver previso em outras Normas Regulamentadoras, devem ser adotadas as seguintes cores para a sinalizao de segurana das mquinas e equipamentos: a) amarelo: 1. protees fixas e mveis exceto quando os movimentos perigosos estiverem enclausurados na prpria carenagem ou estrutura da mquina ou equipamento, ou quando tecnicamente invivel; 2. componentes mecnicos de reteno, dispositivos e outras partes destinadas segurana; e 3. gaiolas das escadas, corrimos e sistemas de guarda-corpo e rodap. b) azul: comunicao de paralisao e bloqueio de segurana para manuteno. 12.123. As mquinas e equipamentos fabricados a partir da vigncia desta Norma devem possuir em local visvel as informaes indelveis, contendo no mnimo: a) razo social, CNPJ e endereo do fabricante ou importador; b) informao sobre tipo, modelo e capacidade; c) nmero de srie ou identificao, e ano de fabricao; d) nmero de registro do fabricante ou importador no CREA; e e) peso da mquina ou equipamento. 12.124. Para advertir os trabalhadores sobre os possveis perigos, devem ser instalados, se necessrios, dispositivos indicadores de leitura qualitativa ou quantitativa ou de controle de segurana. 12.124.1. Os indicadores devem ser de fcil leitura e distinguveis uns dos outros. Manuais. 12.125. As mquinas e equipamentos devem possuir manual de instrues fornecido pelo fabricante ou importador, com informaes relativas segurana em todas as fases de utilizao. 12.126. Quando inexistente ou extraviado, o manual de mquinas ou equipamentos que apresentem riscos deve ser reconstitudo pelo empregador, sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 12.127. Os manuais devem: a) ser escritos na lngua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que possibilitem a melhor legibilidade possvel, acompanhado das ilustraes explicativas; b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fcil compreenso; c) ter sinais ou avisos referentes segurana realados; e d) permanecer disponveis a todos os usurios nos locais de trabalho. 12.128. Os manuais das mquinas e equipamentos fabricados ou importados a partir da vigncia desta Norma devem conter, no mnimo, as seguintes informaes: a) razo social, CNPJ e endereo do fabricante ou importador; b) tipo, modelo e capacidade; c) nmero de srie ou nmero de identificao e ano de fabricao; d) normas observadas para o projeto e construo da mquina ou equipamento; e) descrio detalhada da mquina ou equipamento e seus acessrios; f) diagramas, inclusive circuitos eltricos, em especial a representao esquemtica das funes de segurana; g) definio da utilizao prevista para a mquina ou equipamento; h) riscos a que esto expostos os usurios, com as respectivas avaliaes quantitativas de emisses geradas pela mquina ou equipamento em sua capacidade mxima de utilizao; i) definio das medidas de segurana existentes e daquelas a serem adotadas pelos usurios; j) especificaes e limitaes tcnicas para a sua utilizao com segurana; k) riscos que podem resultar de adulterao ou supresso de protees e dispositivos de segurana; l) riscos que podem resultar de utilizaes diferentes daquelas previstas no projeto; m) procedimentos para utilizao da mquina ou equipamento com segurana; n) procedimentos e periodicidade para inspees e manuteno; o) procedimentos a serem adotados em situaes de emergncia; p) indicao da vida til da mquina ou equipamento e dos componentes relacionados com a segurana. 12.129. No caso de mquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigncia desta Norma, os manuais devem conter, no mnimo, as informaes previstas nas alneas b, e, f, g, i, j, k", 16. 16 l, m, n e o do item 12.128. Procedimentos de trabalho e segurana. 12.130. Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurana especficos, padronizados, com descrio detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da anlise de risco. 12.130.1. Os procedimentos de trabalho e segurana no podem ser as nicas medidas de proteo adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e no substitutos das medidas de proteo coletivas necessrias para a garantia da segurana e sade dos trabalhadores. 12.131. Ao inicio de cada turno de trabalho ou aps nova preparao da mquina ou equipamento, o operador deve efetuar inspeo rotineira das condies de operacionalidade e segurana e, se constatadas anormalidades que afetem a segurana, as atividades devem ser interrompidas, com a comunicao ao superior hierrquico. 12.132. Os servios em mquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho devem ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurana, sob superviso e anuncia expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. 12.132.1. Os servios em mquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho devem ser precedidos de ordens de servio OS - especficas, contendo, no mnimo: a) a descrio do servio; b) a data e o local de realizao; c) o nome e a funo dos trabalhadores; e d) os responsveis pelo servio e pela emisso da OS, de acordo com os procedimentos de trabalho e segurana. Projeto, fabricao, importao, venda, locao, leilo, cesso a qualquer ttulo, exposio e utilizao. 12.133. O projeto deve levar em conta a segurana intrnseca da mquina ou equipamento durante as fases de construo, transporte, montagem, instalao, ajuste, operao, limpeza, manuteno, inspeo, desativao, desmonte e sucateamento por meio das referncias tcnicas indicadas nesta Norma, a serem observadas para garantir a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. 12.133.1. O projeto da mquina ou equipamento no deve permitir erros na montagem ou remontagem de determinadas peas ou elementos que possam gerar riscos durante seu funcionamento, especialmente quanto ao sentido de rotao ou deslocamento. 12.133.2. O projeto das mquinas ou equipamentos fabricados ou importados aps a vigncia desta Norma deve prever meios adequados para o seu levantamento, carregamento, instalao, remoo e transporte. 12.133.3. Devem ser previstos meios seguros para as atividades de instalao, remoo, desmonte ou transporte, mesmo que em partes, de mquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigncia desta Norma. 12.134. proibida a fabricao, importao, comercializao, leilo, locao, cesso a qualquer ttulo, exposio e utilizao de mquinas e equipamentos que no atendam ao disposto nesta Norma Capacitao. 12.135. A operao, manuteno, inspeo e demais intervenes em mquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este fim. 12.136. Os trabalhadores envolvidos na operao, manuteno, inspeo e demais intervenes em mquinas e equipamentos devem receber capacitao providenciada pelo empregador e compatvel com suas funes, que aborde os riscos a que esto expostos e as medidas de proteo existentes e necessrias, nos termos desta Norma, para a preveno de acidentes e doenas. 12.137. Os operadores de mquinas e equipamentos devem ser maiores de dezoito anos, salvo na condio de aprendiz, nos termos da legislao vigente. 12.138. A capacitao deve: 17. 17 a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua funo; b) ser realizada pelo empregador, sem nus para o trabalhador; c) ter carga horria mnima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurana, sendo distribuda em no mximo oito horas dirias e realizada durante o horrio normal de trabalho; d) ter contedo programtico conforme o estabelecido no Anexo II desta Norma; e e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com superviso de profissional legalmente habilitado que se responsabilizar pela adequao do contedo, forma, carga horria, qualificao dos instrutores e avaliao dos capacitados. 12.139. O material didtico escrito ou audiovisual utilizado no treinamento e o fornecido aos participantes, devem ser produzidos em linguagem adequada aos trabalhadores, e ser mantidos disposio da fiscalizao, assim como a lista de presena dos participantes ou certificado, currculo dos ministrantes e avaliao dos capacitados. 12.140. Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar concluso de curso especfico na rea de atuao, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, compatvel com o curso a ser ministrado. 12.141. Considera-se profissional legalmente habilitado para a superviso da capacitao aquele que comprovar concluso de curso especfico na rea de atuao, compatvel com o curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe. 12.142. A capacitao s ter validade para o empregador que a realizou e nas condies estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsvel pela superviso da capacitao. 12.142.1. Fica dispensada a exigncia do item 12.142 para os operadores de injetoras com curso de capacitao conforme o previsto no item 12.147 e seus subitens. 12.143. So considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou profissionais legalmente habilitados, com autorizao dada por meio de documento formal do empregador. 12.143.1. At a data da vigncia desta Norma, ser considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovao por meio de registro na Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS ou registro de empregado de pelo menos dois anos de experincia na atividade e que receba reciclagem conforme o previsto no item 12.144 desta Norma. 12.144. Deve ser realizada capacitao para reciclagem do trabalhador sempre que ocorrerem modificaes significativas nas instalaes e na operao de mquinas ou troca de mtodos, processos e organizao do trabalho. 12.144.1. O contedo programtico da capacitao para reciclagem deve atender s necessidades da situao que a motivou, com carga horria mnima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurana, sendo distribuda em no mximo oito horas dirias e realizada durante o horrio normal de trabalho. 12.145. A funo do trabalhador que opera e realiza intervenes em mquinas deve ser anotada no registro de empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrnico e em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS. 12.146. Os operadores de mquinas autopropelidas devem portar carto de identificao, com nome, funo e fotografia em local visvel, renovado com periodicidade mxima de um ano mediante exame mdico, conforme disposies constantes das NR-7 e NR-11. 12.147. O curso de capacitao para operadores de mquinas injetoras deve possuir carga horria mnima de oito horas por tipo de mquina citada no Anexo IX desta Norma. 12.147.1. O curso de capacitao deve ser especfico para o tipo mquina em que o operador ir exercer suas funes e atender ao seguinte contedo programtico: a) histrico da regulamentao de segurana sobre a mquina especificada; b) descrio e funcionamento; c) riscos na operao; d) principais reas de perigo; e) medidas e dispositivos de segurana para evitar acidentes; f) protees - portas, e distncias de segurana; g) exigncias mnimas de segurana previstas nesta Norma e na NR 10; 18. 18 h) medidas de segurana para injetoras eltricas e hidrulicas de comando manual; e i) demonstrao prtica dos perigos e dispositivos de segurana. 12.147.2. O instrutor do curso de capacitao para operadores de injetora deve, no mnimo, possuir: a) formao tcnica em nvel mdio; b) conhecimento tcnico de mquinas utilizadas na transformao de material plstico; c) conhecimento da normatizao tcnica de segurana; e d) capacitao especfica de formao. Outros requisitos especficos de segurana. 12.148. As ferramentas e materiais utilizados nas intervenes em mquinas e equipamentos devem ser adequados s operaes realizadas. 12.149. Os acessrios e ferramental utilizados pelas mquinas e equipamentos devem ser adequados s operaes realizadas. 12.150. proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais no apropriados a essa finalidade. 12.151. As mquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate padronizado para reboque pelo sistema de trao, de modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento fcil e seguro, bem como a impedir o desacoplamento acidental durante a utilizao. 12.151.1. A indicao de uso dos sistemas de engate padronizado mencionados no item 12.151 deve ficar em local de fcil visualizao e afixada em local prximo da conexo. 12.151.2. Os equipamentos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija, devem possuir dispositivo de apoio que possibilite a reduo do esforo e a conexo segura ao sistema de trao. 12.151.3. A operao de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento tracionado imobilizado de forma segura com calo ou similar. 12.152. Para fins de aplicao desta Norma os anexos so obrigaes complementares, com disposies especiais ou excees a um tipo especfico de mquina ou equipamento, alm das j estabelecidas nesta Norma, sem prejuzo ao disposto em Norma Regulamentadora especfica. Disposies finais. 12.153. O empregador deve manter inventrio atualizado das mquinas e equipamentos com identificao por tipo, capacidade, sistemas de segurana e localizao em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado. 12.153.1. As informaes do inventrio devem subsidiar as aes de gesto para aplicao desta Norma. 12.154. Toda a documentao referida nesta norma, inclusive o inventrio previsto no item 12.153, deve ficar disponvel para o SESMT, CIPA ou Comisso Interna de Preveno de Acidentes na Minerao CIPAMIN, sindicatos representantes da categoria profissional e fiscalizao do Ministrio do Trabalho e Emprego. 12.155. As mquinas autopropelidas agrcolas, florestais e de construo em aplicaes agro-florestais e respectivos implementos devem atender ao disposto no Anexo XI desta Norma. 12.156 As mquinas autopropelidas no contempladas no item 12.155 devem atender ao disposto nos itens e subitens 12.1, 12.1.1, 12.2, 12.3, 12.4, 12.5, 12.22, 12.23, 12.38, 12.38.1, 12.47, 12.47.2, 12.48, 12.49, 12.52, 12.53, 12.54, 12.64, 12.64.3, 12.66, 12.77, 12.78, 12.94, 12.95, 12.96, 12.101, 12.105, 12.107, 12.108, 12.111, 12.112, 12.115, 12.116, 12.116.3, 12.117, 12.118, 12.121, 12.130, 12.130.1, 12.131, 12.132, 12.132.1, 12.133, 12.133.1, 12.133.2, 12.133.3, 12.134, 12.135, 12.136, 12.137, 12.138, 12.139, 12.140, 12.141, 12.142, 12.143, 12.144, 12.144.1, 12.145, 12.146, 12.151, 12.151.1, 12.151.2, 12.151.3 e itens e subitens 14, 14.1 e 14.2 do Anexo XI desta Norma. ANEXO I DISTNCIAS DE SEGURANA E REQUISITOS PARA O USO DE DETECTORES DE PRESENA OPTOELETRNICOS A) Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo quando utilizada barreira fsica 19. 19 QUADRO I Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores (dimenses em milmetros - mm) Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 - Segurana de Mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. Figura 1 - Alcance sobre estruturas de proteo. Para utilizao do Quadro II observar a legenda da figura 1 a seguir. Legenda: a: altura da zona de perigo b: altura da estrutura de proteo c: distncia horizontal zona de perigo QUADRO II Alcance sobre estruturas de proteo - Alto risco (dimenses em mm) Altura da estrutura de proteo b) 1000 1200 1400) 1600 1800 2000 2200 2400 2500 2700 Altura da zona de perigo a Distncia horizontal zona de perigo c 27003 - - - - - - - - - - 2600 900 800 700 600 600 500 400 300 100 - 2400 1100 1100 900 800 700 600 400 300 100 - 2200 1300 1200 1000 900 800 600 400 300 - - 2000 1400 1300 1100 900 800 600 400 - - - 1800 1500 1400 1100 900 800 600 - - - - 1600 1500 1400 1100 900 800 500 - - - - 1400 1500 1400 1100 900 800 - - - - - 1200 1500 1400 1100 900 700 - - - - - 1000 1500 1400 1100 800 - - - - - - 20. 20 800 1500 1300 900 600 - - - - - - 600 1400 1300 800 - - - - - - - 400 1400 1200 400 - - - - - - - 200 1200 900 - - - - - - - - 0 1100 500 - - - - - - - - 1) Estruturas de proteo com altura inferior que 1000 mm (mil milmetros) no esto includas por no restringirem suficientemente o acesso do corpo. 2) Estruturas de proteo com altura menor que 1400 mm (mil e quatrocentos milmetros), no devem ser usadas sem medidas adicionais de segurana. 3) Para zonas de perigo com altura superior a 2700 mm (dois mil e setecentos milmetros) ver figura 2. No devem ser feitas interpolaes dos valores desse quadro; conseqentemente, quando os valores conhecidos de a, b ou c estiverem entre dois valores do quadro, os valores a serem utilizados sero os que propiciarem maior segurana Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 - Segurana de Mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. Figura 2 - Alcance das zonas de perigo superiores Legenda: h: a altura da zona de perigo. Se a zona de perigo oferece baixo risco, deve-se situar a uma altura h igual ou superior a 2500 mm (dois mil e quinhentos milmetros), para que no necessite protees. Se existe um alto risco na zona de perigo: - a altura h da zona de perigo deve ser, no mnimo, de 2700 mm (dois mil e setecentos milmetros), ou - devem ser utilizadas outras medidas de segurana. Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 - Segurana de Mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. QUADRO III Alcance ao redor - movimentos fundamentais (dimenses em mm) Limitao do movimento Distncia de segurana sr Ilustrao Limitao do movimento apenas no ombro e axila > 850 21. 21 Brao apoiado at o cotovelo > 550 Brao apoiado at o punho > 230 Brao e mo apoiados at a articulao dos dedos > 130 A: faixa de movimento do brao 1) dimetro de uma abertura circular, lado de uma abertura quadrada ou largura de uma abertura em forma de fenda. Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 - Segurana de Mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. B) Clculo das distncias mnimas de segurana para instalao de detectores de presena optoeletrnicos - ESPS usando cortina de luz - AOPD. 1. A distncia mnima na qual ESPS usando cortina de luz - AOPD deve ser posicionada em relao zona de perigo, observar o calculo de acordo com a norma ISO 13855. Para uma aproximao perpendicular a distncia pode ser calculada de acordo com a frmula geral apresentada na seo 5 da ISO 13855, a saber: S = (K x T) + C Onde: S: a mnima distncia em milmetros, da zona de perigo at o ponto, linha ou plano de deteco; K: um parmetro em milmetros por segundo, derivado dos dados de velocidade de aproximao do corpo ou partes do corpo; T: a performance de parada de todo o sistema - tempo de resposta total em segundos; C: a distncia adicional em milmetros, baseada na intruso contra a zona de perigo antes da atuao do dispositivo de proteo. 1.1. A fim de determinar K, uma velocidade de aproximao de 1600 mm/s (mil e seiscentos milmetros por segundo) deve ser usada para cortinas de luz dispostas horizontalmente. Para cortinas dispostas verticalmente, deve ser usada uma velocidade de aproximao de 2000 mm/s (dois mil milmetros por segundo) se a distncia mnima for igual ou menor que 500 mm (quinhentos milmetros). Uma velocidade de aproximao de 1600 mm/s (mil e seiscentos milmetros por segundo) pode ser usada se a distncia mnima for maior que 500 mm (quinhentos milmetros). 1.2. As cortinas devem ser instaladas de forma que sua rea de deteco cubra o acesso zona de risco, com o cuidado de no se oferecer espaos de zona morta, ou seja, espao entre a cortina e o corpo da mquina onde pode permanecer um trabalhador sem ser detectado. 1.3. Em respeito capacidade de deteco da cortina de luz, deve ser usada pelo menos a distncia adicional C no quadro IV quando se calcula a mnima distncia S. QUADRO IV - Distncia adicional C Capacidade de Deteco mm Distncia Adicional C Mm 14 > 14 20 > 20 30 0 80 130 > 30 40 > 40 240 850 22. 22 1.4. Outras caractersticas de instalao de cortina de luz, tais como aproximao paralela, aproximao em ngulo e equipamentos de dupla posio devem atender s condies especficas previstas na norma ISO 13855. A aplicao de cortina de luz em dobradeiras hidrulicas deve atender norma EN 12622. Fonte: ISO 13855 - Safety of machinery - The positioning of protective equipment in respect of approach speeds of parts of the human body. C) Requisitos para uso de detectores de presena optoeletrnicos laser - AOPD em dobradeiras hidrulicas. 1. As dobradeiras hidrulicas podem possuir AOPD laser de mltiplos feixes desde que acompanhado de procedimento de trabalho detalhado que atenda s recomendaes do fabricante, EN12622 e aos testes previstos neste Anexo. 1.1. Os testes devem ser realizados pelo trabalhador encarregado da manuteno ou pela troca de ferramenta e repetidos pelo prprio operador a cada troca de ferramenta ou qualquer manuteno, e ser realizados pelo operador a cada incio de turno de trabalho e afastamento prolongado da mquina. 1.2. Os testes devem ser realizados com um gabarito de teste fornecido pelo fabricante do dispositivo AOPD laser, que consiste em uma pea de plstico com sees de dimenses determinadas para esta finalidade, conforme figura 3. 1.3. Sistema de testes em dobradeiras hidrulicas providas de detector de presena optoeletrnico laser: a) Teste 1: verificar a capacidade de deteco entre a ponta da ferramenta e o feixe de laser - o mais prximo da ferramenta. O espao deve ser 14 mm (menor que quatorze milmetros) por toda a rea da ferramenta. O teste deve ser realizado com a ala - parte cilndrica com 14 mm (quatorze milmetros) de dimetro do gabarito de teste, conforme veja figura 3; b) Teste 2: a seo de 10 mm (dez milmetros) de espessura do gabarito de teste colocado sobre a matriz - parte inferior da ferramenta - no deve ser tocada durante o curso de descida da ferramenta. Em adio, a seo de 15 mm (quinze milmetros) de espessura do gabarito de teste deve passar entre as ferramentas. c) Teste 3: a seo de 35 mm (trinta e cinco milmetros) de espessura do gabarito de teste colocado sobre a matriz - parte inferior da ferramenta - no deve ser tocada durante o curso de alta velocidade de descida do martelo. Figura 3 Gabarito de teste Legenda: 1: ala 2. Nas dobradeiras hidrulicas providas de AOPD laser que utilizem pedal para acionamento de descida, este deve ser de segurana e possuir as seguintes posies: a) 1 (primeira) posio = parar; b) 2 (segunda) posio = operar; e c) 3 (terceira) posio = parar em caso de emergncia. 2.1. A abertura da ferramenta pode ser ativada, desde que controlado o risco de queda do produto em processo, com o acionamento do pedal para a 3 (terceira) posio ou liberando-o para a 1 (primeira) posio. 2.2. Aps o acionamento do atuador at a 3 (terceira) posio, o reincio somente ser possvel com seu retorno para a 1 (primeira) posio. A 3 (terceira) posio s pode ser acionada passando por um ponto de presso; a fora requerida no deve exceder 350 N (trezentos e cinquentaNewtons). Fonte: EN12622 - Safety of machine tools Hydraulic press brackes ANEXO II 23. 23 CONTEDO PROGRAMTICO DA CAPACITAO. 1. A capacitao para operao segura de mquinas deve abranger as etapas terica e prtica, a fim de permitir habilitao adequada do operador para trabalho seguro, contendo no mnimo: a) descrio e identificao dos riscos associados com cada mquina e equipamento e as protees especficas contra cada um deles; b) funcionamento das protees; como e por que devem ser usadas; c) como e em que circunstncias uma proteo pode ser removida, e por quem, sendo na maioria dos casos, somente o pessoal de inspeo ou manuteno; d) o que fazer, por exemplo, contatar o supervisor, se uma proteo foi danificada ou se perdeu sua funo, deixando de garantir uma segurana adequada; e) os princpios de segurana na utilizao da mquina ou equipamento; f) segurana para riscos mecnicos, eltricos e outros relevantes; g) mtodo de trabalho seguro; h) permisso de trabalho; e i) sistema de bloqueio de funcionamento da mquina e equipamento durante operaes de inspeo, limpeza, lubrificao e manuteno. 1.1. A capacitao de operadores de mquinas automotrizes ou autopropelidas, deve ser constituda das etapas terica e prtica e possuir o contedo programtico mnimo descrito nas alneas do item 1 deste anexo e ainda: a) noes sobre legislao de trnsito e de legislao de segurana e sade no trabalho; b) noes sobre acidentes e doenas decorrentes da exposio aos riscos existentes na mquina, equipamentos e implementos; c) medidas de controle dos riscos: EPC e EPI; d) operao com segurana da mquina ou equipamento; e) inspeo, regulagem e manuteno com segurana; f) sinalizao de segurana; g) procedimentos em situao de emergncia; e h) noes sobre prestao de primeiros socorros. 1.1.1. A etapa prtica deve ser supervisionada e documentada, podendo ser realizada na prpria mquina que ser operada. ANEXO III MEIOS DE ACESSO PERMANENTES Figura 1: Escolha dos meios de acesso conforme a inclinao - ngulo de lance. Legenda: A: rampa. B: rampa com peas transversais para evitar o escorregamento. C: escada com espelho. D: escada sem espelho. E: escada do tipo marinheiro. Fonte: EN 14122 Segurana de Mquinas Meios de aceso permanentes s mquinas. Figura 2: Exemplo de escada sem espelho. 24. 24 Legenda: w: largura da escada h: altura entre degraus r : projeo entre degraus g : profundidade livre do degrau : inclinao da escada - ngulo de lance l : comprimento da plataforma de descanso H: altura da escada t: profundidade total do degrau Fonte: EN 14122 Segurana de Mquinas Meios de aceso permanentes s mquinas. Figura 3: Exemplo de escada fixa do tipo marinheiro. Fonte: EN 14122 Segurana de Mquinas Meios de aceso permanentes s mquinas. Figura 4: Exemplo de detalhe da gaiola da escada fixa do tipo marinheiro. 25. 25 Fonte: EN 14122 Segurana de Mquinas Meios de acesso permanentes s mquinas. Figura 5: Sistema de proteo contra quedas em plataforma. (dimenses em milmetros) Legenda: H: altura barra superior, entre 1000 mm (mil milmetros) e 1100 mm (mil e cem milmetros) 1: plataforma 2 : barra-rodap 3 : barra intermediria 4 : barra superior corrimo ANEXO IV GLOSSRIO Ao positiva: quando um componente mecnico mvel inevitavelmente move outro componente consigo, por contato direto ou atravs de elementos rgidos, o segundo componente dito como atuado em modo positivo, ou positivamente, pelo primeiro. 26. 26 Adubadora automotriz: mquina destinada aplicao de fertilizante slido granulado e desenvolvida para o setor canavieiro. Adubadora tracionada: implemento agrcola que, quando acoplado a um trator agrcola, pode realizar a operao de aplicar fertilizantes slidos granulados ou em p. Amaciador de bifes: mquina com dois ou mais cilindros dentados paralelos tracionados que giram em sentido de rotao inversa, por onde so passadas peas de bife pr-cortadas. composto por: estrutura, bocal de alimentao, cilindros tracionados dentados e rea de descarga. A operao de amaciamento consiste na introduo do bife pelo bocal, passando-o por entre os cilindros dentados, sendo recolhido na rea de descarga. Amassadeira: mquina concebida para uso industrial ou comercial destinada a obter uma mistura homognea para massas alimentcias. Composio bsica: estrutura, acionamento, batedor, bacia e protees. Para seu funcionamento, o sistema de acionamento transmite potncia para o batedor, que realiza movimento de rotao sem movimento de translao, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para produo da massa. O sistema de acionamento pode transmitir potncia para o batedor e para a bacia simultaneamente, mantendo ambos em movimento de rotao. Em certos casos a bacia gira pela ao mecnica do batedor sobre a massa. Tanto o batedor quanto a bacia podem ter velocidade de rotao contnua ou varivel. ngulo de lance: ngulo formado entre a inclinao do meio de acesso e o plano horizontal. AOPD (Active Opto-electronic Protective Device): dispositivo com funo de detectar interrupo da emisso ptica por um objeto opaco presente na zona de deteco especificada, como cortina de luz, 27. 27 detector de presena laser mltiplos feixes, monitor de rea a laser, fotoclulas de segurana para controle de acesso. Sua funo realizada por elementos sensores e receptores optoeletrnicos. Assento instrucional: assento de mquina autopropelida projetado para fins exclusivamente instrucionais. Autoteste: teste funcional executado automaticamente pelo prprio dispositivo, na inicializao do sistema e durante determinados perodos, para verificao de falhas e defeitos, levando o dispositivo para uma condio segura. Baixa velocidade ou velocidade reduzida: velocidade inferior de operao, compatvel com o trabalho seguro. Balancim de brao mvel manual - balancim jacar: mquina destinada ao corte de couro e materiais similares, operada por um trabalhador, dotada de uma superfcie de corte no mvel correspondente rea til total disponvel e de um brao que contm a superfcie de impacto mvel, ou seja, base prensora, que capaz de se deslocar em um movimento de arco horizontal sobre a superfcie de corte. Balancim tipo ponte manual - balancim ponte: mquina destinada ao corte de couro e materiais similares, operada por um trabalhador, na qual a superfcie de impacto fica conectada ou presa ponte que se desloca horizontal e verticalmente sobre uma superfcie de corte no mvel. Batedeira: mquina concebida para uso industrial ou comercial destinada a obter uma mistura homognea para massas ou cremes, de consistncia leve ou mdia. composta basicamente por estrutura, acionamento, batedores intercambiveis que podem ter diversas geometrias, bacia e protees. Para seu funcionamento, o motor transmite potncia para o batedor, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para a produo da massa, mantendo a bacia fixa. Durante o processo de operao, o batedor apresenta movimento de rotao sobre seu eixo, podendo ainda ter movimento de translao circular, denominado planetrio, enquanto a bacia permanece fixa. O batedor pode ter velocidade de rotao e translao contnua ou varivel. Em alguns casos a bacia pode ser movimentada manual ou eletricamente na direo vertical para ajuste operacional. Burla: ato de anular de maneira simples o funcionamento normal e seguro de dispositivos ou sistemas da mquina, utilizando para acionamento quaisquer objetos disponveis, tais como, parafusos, agulhas, peas em chapa de metal, objetos de uso dirio, como chaves e moedas ou ferramentas necessrias utilizao normal da mquina. Categoria: classificao das partes de um sistema de comando relacionadas segurana, com respeito sua resistncia a defeitos e seu subseqente comportamento na condio de defeito, que alcanada pela combinao e interligao das partes e/ou por sua confiabilidade. O desempenho com relao ocorrncia de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionado segurana, dividido em cinco categorias (B, 1, 2, 3 e 4) segundo a norma ABNT NBR 14153 Segurana de mquinas - Partes de sistemas de comando relacionadas segurana - Princpios gerais para projeto, equivalente norma EN 954-1 - Safety of machinery - Safety related parts of control systems, que leva em conta princpios qualitativos para sua seleo . Na comunidade internacional a EN 954-1, em processo de substituio, convive com sua sucessora, a EN ISO 13849-1:2008 - Safety of machinery - Safety related parts of control systems, que estabelece critrios quantitativos, no mais divididos em categorias, mas em nveis de A a E, sendo que o E o mais elevado. Para seleo do nvel, denominado perfomance level - PL, necessria a aplicao de complexa frmula matemtica em funo da probabilidade de falha dos componentes de segurana selecionados Safety Integrity Level - SIL, informado pelo fabricante do componente. Pode-se dizer que um determinado componente de segurana com caracterstica SIL3 atende aos requisitos da categoria 4. Categoria 3: quando o comportamento de sistema permite que: a) quando ocorrer o defeito isolado, a funo de segurana sempre seja cumprida; b) alguns, mas no todos, defeitos sejam detectados; e c) o acmulo de defeitos no detectados leve perda da funo de segurana. Categoria 4: quando as partes dos sistemas de comando relacionadas segurana devem ser projetadas de tal forma que: a) uma falha isolada em qualquer dessas partes relacionadas segurana no leve perda das funes de segurana, e b) a falha isolada seja detectada antes ou durante a prxima atuao sobre a funo de segurana, como, por exemplo, imediatamente, ao ligar o comando, ao final do ciclo de operao da mquina. Se essa deteco no for possvel, o acmulo de defeitos no deve levar perda das funes de segurana. 28. 28 Chave de segurana: componente associado a uma proteo utilizado para interromper o movimento de perigo e manter a mquina parada enquanto a proteo ou porta estiver aberta, com contato mecnico fsico, como as eletromecnicas, ou sem contato, como as pticas e magnticas. Deve ter ruptura positiva, duplo canal, contatos normalmente fechados e ser monitorada por interface de segurana. A chave de segurana no deve permitir sua manipulao burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, fitas, etc. Chave de segurana eletromecnica: componente associado a uma proteo utilizado para interromper o movimento de perigo e manter a mquina desligada enquanto a proteo ou porta estiver aberta. Seu funcionamento se d por contato fsico entre o corpo da chave e o atuador - lingeta ou por contato entre seus elementos - chave de um s corpo, como o fim de curso de segurana. passvel de desgaste mecnico, devendo ser utilizado de forma redundante, quando a anlise de risco assim exigir, para evitar que uma falha mecnica, como a quebra do atuador dentro da chave, leve perda da condio de segurana. Deve ainda ser monitorado por interface de segurana para deteco de falhas eltricas e no deve permitir sua manipulao - burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, fitas, etc. Deve ser instalado utilizando-se o princpio de ao e ruptura positiva, de modo a garantir a interrupo do circuito de comando eltrico, mantendo seus contatos normalmente fechados - NF ligados de forma rgida, quando a proteo for aberta. Colhedora de algodo: a colhedora de algodo possui um sistema de fusos giratrios que retiram a fibra do algodo sem prejudicar a parte vegetativa da planta, ou seja, caules e folhas. Determinados modelos tm como caracterstica a separao da fibra e do caroo, concomitante operao de colheita. Colhedora de caf: equipamento agrcola automotriz que efetua a derria e a colheita de caf. Colhedora de cana-de-acar: equipamento que permite a colheita de cana de modo uniforme, por possuir sistema de corte de base capaz de cortar a cana-de-acar acompanhando o perfil do solo. Possui um sistema de elevador que desloca a cana cortada at a unidade de transbordo. 29. 29 Colhedora de forragem ou forrageira autopropelida: equipamento agrcola automotriz apropriado para colheita e forragem de milho, sorgo, girassol e outros. Executa o corte da planta, sendo capaz de colher ou recolher, triturar e recolher a cultura cortada em contentores ou veculos separados de transbordo. Colhedora de gros: mquina destinada colheita de gros, como trigo, soja, milho, arroz, feijo, etc. O produto recolhido por meio de uma plataforma de corte e conduzido para a rea de trilha e separao, onde o gro separado da palha, que expelida, enquanto o gro transportado ao tanque graneleiro. Colhedora de laranja: mquina agrcola autopropelida que efetua a colheita da laranja e outros ctricos similares. Controlador configurvel de segurana - CCS: equipamento eletrnico computadorizado hardware, que utiliza memria configurvel para armazenar e executar internamente intertravamentos de funes especficas de programa - software, tais como seqenciamento, temporizao, contagem e blocos de segurana, controlando e monitorando por meio de entradas e sadas de segurana vrios tipos de mquinas ou processos. Deve ter trs princpios bsicos de funcionamento: redundncia, diversidade e autoteste. O software instalado deve garantir sua eficcia de forma a reduzir ao mnimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana no projeto, a fim de evitar o comprometimento de qualquer funo 30. 30 relativa segurana, bem como no permitir alterao dos blocos de funo de segurana especficos. Controlador lgico programvel - CLP de segurana: equipamento eletrnico computadorizado - hardware, que utiliza memria programvel para armazenar e executar internamente instrues e funes especficas de programa - software, tais como lgica, seqenciamento, temporizao, contagem, aritmtica e blocos de segurana, controlando e monitorando por meio de entradas e sadas de segurana vrios tipos de mquinas ou processos. O CLP de segurana deve ter trs princpios bsicos de funcionamento: redundncia, diversidade e autoteste. O software instalado deve garantir sua eficcia de forma a reduzir ao mnimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana no projeto, a fim de evitar o comprometimento de qualquer funo relativa segurana, bem como no permitir alterao dos blocos de funo de segurana especficos. Dispositivo de comando bimanual: dispositivo que exige, ao menos, a atuao simultnea pela utilizao das duas mos, com o objetivo de iniciar e manter, enquanto existir uma condio de perigo, qualquer operao da mquina, prop