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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
102242-A0 - HIGIENE E SEGURANCA DO TRABALHO
JOSE AUGUSTO MACHADO
SEGURANÇA EM ABIENTES CONFINADOS
ALUNOS:
FAGNER FREITAS
HELDER PRADO
ERICK CERQUEIRA
WANDEBERG ARANHA
VANESSA FORTES
Aracaju Se
25/09/2012
Sumário
Introdução
Objetivo
Discussão
Considerações finais
1. Introdução
1.1 Ambiente Confinados
Ambiente confinado é aquele espaço onde não é próprio para ocupação contínua
do ser humano, que possua alguma limitação na entrada e saída desse local, que tenha
deficiência ou enriquecimento de oxigênio (menos de 20,9% ou mais de 23% em
volume de gás oxigênio) e que haja algum limitante de ventilação para remoção de
contaminantes do ar.
Os acidentes em espaços confinados são distribuídos nas seguintes categorias:
Incêndios, Explosões e acidentes envolvendo produtos perigosos. Estima-se que os
acidentes com óbitos ocorridos em espaços confinados só seja superado pelos acidentes
com queda na construção civil.
Os acidentes ocorridos em espaços confinados normalmente não ocorrem apenas por
um fator, mas por um encadeamento deste, sendo o despreparo e a falta de informação
os principais fatores que causam acidentes. Para diminuir acidentes as normas são
utilizadas com a finalidade de antecipar, avaliar os riscos e a definição das medidas
preventivas. A integridade física e psicológica dos trabalhadores é de suma importância,
pois os trabalhadores colocam em risco as suas próprias vidas e a de demais
trabalhadores.
Soldagem submarina, tanques de armazenamento, silos, dutos de ventilação,
torres, porões de navios, tubulações, minas subterrâneas, frigoríficos, entre outros, são
exemplos de ambientes de trabalho confinados. Um trabalhador que tem que soldar uma
peça dentro de uma tubulação se caracteriza como um trabalho em um ambiente
confinado.
1.2 NR 33
Esta norma tem como objetivos estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes de forma a garantir a saúde permanentemente a segurança
e saúde dos trabalhadores que interagem diretamente ou indiretamente nestes espaços
Segue as responsabilidades cabíveis ao empregador
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento,
de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito,
da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta NR;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de
risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada
acesso aos espaços confinados.
E aos trabalhadores
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos
espaços confinados.
Existem medidas técnicas que visam prevenir possíveis riscos físicos, químicos
biológicos ergonômicos e mecânicos em ambientes confinados, são eles de acordo com
a norma:
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas
não autorizadas;
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos
e mecânicos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos
em espaços confinados;
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para
verificar se o seu interior é seguro;
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos
trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as
condições de acesso e permanência são seguras;
i) proibir a ventilação com oxigênio puro;
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização;
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme,
calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequência.
Para um trabalhador entrar em um ambiente confinado ele precisa receber uma
autorização de um supervisor de entrada com o auxilio do documento de permissão de
entrada e trabalho – PET. O supervisor de entrada deve desempenhar as seguintes
funções.
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os
meios para acioná-los estejam operantes;
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
O empregado tem que está capacitado para trabalhar em espaços confinados com
treinamentos de preparação e manutenção para que ele não tenha riscos na sua saúde
física e psicológica.
Existem alguns limitantes para o indivíduo trabalhar em ambientes enclausurados,
dentre eles a obesidade, deficiências físicas e mentais, distúrbios psicológicos e, além
disso, o trabalhador deve ter suficiente grau de instrução que o permita compreender o
treinamento ministrado para o trabalho. Trabalhador analfabeto ou de baixa
escolaridade representam risco potencial de acidente. E não raros são aqueles que se
submetem a esse tipo de trabalho.
2. Objetivos
Estudo da NR33
Acidentes de trabalho em ambientes confinados, casos reais
3. Discussão
3.1 NR 33
Como dito anteriormente a NR-33 trata da segurança do trabalho em espaços
confinados. Para introduzir a norma na prática é necessário classificar as atividades de
trabalho, onde é preparado uma lista abrangendo propriedades, instalações, pessoal e
procedimentos e obter informações sobre eles. A partir daí, deve-se identificar todos os
perigos significativos a cada atividade de trabalho, levando em consideração os danos
que possam ocorrer. Assim, determinar o risco, fazendo estimativas dos riscos
associados a cada perigo assumindo os controles existentes e preparar planos de ação
para tratar quais quer questões que requeiram atenção. Por fim, analisar a adequação do
plano reavaliando os riscos em função da revisão dos controles. [1]
Os espaços confinados devem ter acesso controlado, entrada coordenada com
informação de todos os empregados sistema de cancelamento de permissões, supervisão
das atividades dos trabalhadores dentre esses espaços e atmosfera monitorada para se
verificar as condições de acesso e permanência. [2]
A eliminação dos perigos ou evitar a existência dos mesmos, obviamente impede a
ocorrência de acidentes. A empresa deve responder ao fluxograma abaixo antes de
qualquer entrada em um espaço confinado, mesmo com os riscos já identificados e
sempre focando na atividade a ser desenvolvida no local.
FIGURA 1 – Fluxograma de ações para emissão de permissão para trabalho de risco e
entrada em espaço confinado.[3]
A deficiência de oxigênio é um fator importante e que deve ser avaliado, pois pode
causar asfixia e níveis baixos e que também podem ser prejudiciais em níveis altos e
pode se desenvolver durante o trabalho, podendo ser facilmente evitado com ventilação
no local.Deve-se evitar o uso de ar comprimido, pois pode conter certa contaminação de
óleo devido aos equipamentos usados, podendo acarretar em fogo ou explosão. Os
efeitos para os diferentes níveis de oxigênio estão listados na figura 2 logo abaixo.
FIGURA 2 – Tabela da deficiência de Oxigênio [3]
O risco de choque elétrico também existe em espaços confinados, podendo ser
facilmente evitados por controle da umidade e pela não exposição dos fios. No caso de
risco de soterramento, devem existir corda salva vidas e equipamentos de içamento no
local para um resgate rápido, pois o ambiente pode estar contaminado. Quedas de
objetos são perigosas em espaços confinados devido à área restrita, para isso deve haver
o mínimo possível de ferramentas e equipamentos no local.
Os riscos químicos compreendem desde gases e vapores tóxicos a poeiras,
fumaças, etc. A quantidade desses agentes devem ter suas concentrações medidas para a
tomada de providências de controle.
A queda do trabalhador é um risco presente na maioria dos espaços confinados
por não serem locais destinados a ocupação contínua e por terem acesso limitado. Para
isso, torna-se importantes a utilização de equipamentos de proteção coletiva e/ou
individual.
3.2 Acidentes de trabalhos
Em 1967, ocorreu o acidente com a nave Apollo 1, que foi a primeira missão do
programa Apollo. Os três astronautas se preparavam para uma simulação de vôo
verdadeiro, onde iam orbitar o planeta Terra por 14 dias. Começou um incêndio na
nave, as portas se segurança não abriram e os três tripulantes morreram. [4] Como
resultado desse acidente, toda programação do projeto Apollo foi atrasada em vinte e
um meses. Durante esse período, os engenheiros da NASA modificaram completamente
a cabine do módulo de comando. Cerca de 1300 alterações foram feitas. Para modificar
o sistema de saída do ambiente de confinamento.
Talvez o acidente em ambiente confinado mais recente e com mais repercussão
na mídia foi o dos 33 mineiros no Chile. Em 5 de Agosto de 2010, 33 mineiros
trabalhavam a uma profundidade de 700 metros, quando houve o desmoronamento de
uma galeria.[5] O espaço onde estavam presos tinha 25 metros quadrados e
conseguiram sobreviver graças a tanques de água que estavam no local e canais de
ventilação porem a jazida de cobre a qual trabalhavam já havia sido fechada por
problemas de segurança, devido à morte de um trabalhador em 2007, ao contrário do
que fez a Agencia Espacial Americana, após o acidente não foi feito nenhum
melhoramento nas situações confinadas.
4. Considerações finais
Referências
[1] KRZYZANIAK, Eduardo. Proposta de Adequação da NR 33: Espaços ,
Confinados de uma Planta Frigorífica, Universidade Comunitária da Região de
Chapecó, Santa Catarina, 2010.
[2] ZOCCHIO, Alvaro. Prática da Prevenção de Acidentes, 6ª Ed. São Paulo: Atla,
1996
[3] ARAÚJO, Giovanni Morais. Normas Regulamentadoras Comentadas e
Ilustradas: Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. 7ª Ed. Rio de Janeiro:
Gerenciamento Verde Editora e Livraria Virtual, 2009
[4] Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/fotos/0,,OI185904-EI23: Di
acessado em 25/09/2012
[5] Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/08/mineiros-
soterrados-no-chile-devem-ser-resgatados-apenas-no-natal.html> acessado em
25/09/2012