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 Serviço Social da Indústria Departamento Regional da Bahia Legislação Comentada: Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde do Trabalho Salvador-Bahia 2008

NRs Comentadas - Blog Segurança Do Trabalho (1)

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  • Servio Social da Indstria Departamento Regional da Bahia

    Legislao Comentada: Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade do Trabalho

    Salvador-Bahia 2008

  • Legislao Comentada: Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade do Trabalho

  • FEDERAO DAS INDSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

    Presidente Jorge Lins Freire

    SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA. DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA

    Diretor Regional Jos Cabral Ferreira

    Superintendente Manoelito Souza

    Coordenador da Assessoria de Desenvolvimento Aroldo Valente Barbosa

    Assessora de Sade Lvia Maria Arago de Almeida Lacerda

    Gerente do Ncleo de Sade e Segurana no Trabalho George Batista Cmara

    Coordenadora de Projetos SESI/NSST Kari McMillan Campos

    Consultor Tcnico Giovanni Moraes

    Coordenao da Reviso Tcnica Maria Fernanda Torres Lins

    Reviso Tcnica Renata Lopes de Brito Ana Cristina Fechine

    Reviso de Texto Arlete Castro

    Apoio Jos Arlindo Lima da Silva Jnior

  • Servio Social da Indstria Departamento Regional da Bahia

    Legislao Comentada: Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade do Trabalho

    Salvador-Bahia 2008

  • 2008 SESI. Departamento Regional da Bahia autorizada a reproduo total ou parcial desta publicao, desde que citada a fonte.

    Publicao em verso eletrnica disponvel para download no Centro de Documentao dos Servios Virtuais de SST do SESI no: www.fieb.org.br/sesi/sv

    Normalizao Biblioteca Sede/ Sistema FIEB [email protected]

    Ficha Catalogrfica

    SESI. Departamento Regional da Bahia Rua Edstio Pond, 342 (Stiep) Salvador/BA CEP: 41770-395 Telefone: (71) 3205-1893 Fax: (71) 3205-1885 Homepage: http://www.fieb.org.br/sesi E-mail: [email protected]

    363.11 S493l Servio Social da Indstria - SESI. Departamento Regional

    da Bahia.

    Legislao Comentada: Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade do Trabalho/ Servio Social da Indstria - SESI. Departamento Regional da Bahia. _ Salvador, 2008.

    315 p. : il.

    ISBN 978-85-86125-40-9

    1. Sade. 2. Sade - legislao. 3. Segurana do trabalho. 4. Segurana do trabalho - legislao. 5. Brasil.

    I. Ttulo.

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas ACGIH American Conference of Governmental Industrial Hygienists AET Anlise Ergonmica do Trabalho AFT Auditor Fiscal do Trabalho AIDS Sndrome da Imunodeficincia Adquirida ANP Agncia Nacional de Petrleo ANSI American National Standards Institute ART Anotao de Responsabilidade Tcnica ASO Atestado de Sade Ocupacional BEI Biological Exposure Indices CA Certificao de Aprovao CAI Certificado de Aprovao de Instalaes CANPAT Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho CAT Comunicao de Acidente de Trabalho CBO Classificao Brasileira das Ocupaes CFQ Conselho Federal de Qumica CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPAMIN Comisso Interna de Preveno de Acidentes na Minerao CLT Consolidao das Leis do Trabalho CNEN Comisso Nacional de Energia Nuclear CNH Carteira Nacional de Habilitao CNIG Conselho Nacional de Imigrao CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CPF Cadastro de Pessoa Fsica CPNSEE Comisso Permanente Nacional de Segurana em Eletricidade CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CRF Certificado de Registro de Fabricante

  • CRI Certificado de Registro de Importador CRM Conselho Regional de Medicina CTPS Carteira de Trabalho e Previdncia Social do Trabalhador Db Dias Debitados DETRAN Departamento Estadual de Trnsito DORT Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho D.O.U. Dirio Oficial da Unio Dp Dias Perdidos DRT Delegacia Regional do Trabalho EPC Equipamento de Proteo Coletiva EPI Equipamento de Proteo Individual FA Taxa de Freqncia de Acidentes FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Servio FISPQ Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos FL Taxa de Freqncia de Acidentados FUNDACENTRO Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do

    Trabalho (G) Taxa de Gravidade GLP Gs Liquefeito de Petrleo GNV Gs Natural Veicular IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IEEE Institute of Electrical and Eletronic Engineers IL ndice de Risco Associado ao Levantamento IMC ndice de Massa Corporal IN Instruo Normativa INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INSS Instituto Nacional do Seguro Social JCJ Juntas de Conciliao e Julgamento LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LER Leses por Esforos Repetitivos LIE Limite Inferior de Explosividade

  • LPR Limite de Peso Recomendado LSE Limite Superior de Explosividade LT Limites de Tolerncia LTCAT Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho MEC Ministrio da Educao e Cultura MERCOSUL Mercado Comum do Sul MPAS Ministrio da Previdncia e Assistncia Social MTb Ministrio do Trabalho MTE Ministrio do Trabalho e Emprego NFPA National Fire Protection Association NHO Normas de Higiene Ocupacional NIOSH National Institute for Occupation Safety and Health NR Norma Regulamentadora NRRsf Noise Reduction Rate-Self Feet OIT Organizao Internacional do Trabalho OMS Organizao Mundial da Sade OS Ordem de Servio PAE Plano de Ao Emergencial PAT Programa de Alimentao do Trabalhador PCA Programa de Conservao Auditiva PCMAT Programa de Condies e Meio Ambiente do Trabalho na Indstria da

    Construo PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PF Ponto de Fulgor PGR Programa de Gerenciamento de Riscos PMTA Presso Mxima de Trabalho Admissvel PMTP Presso Mxima de Trabalho Permitida PPEOB Programa de Preveno de Exposio Ocupacional ao Benzeno no

    Trabalho PPP Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPR Programa de Proteo Respiratria

  • PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais PPRPS Programa de Preveno de Riscos em Prensas e Equipamentos

    Similares RCP Reanimao Cardiopulmonar RG Registro Geral RIT Regulamento da Inspeo do Trabalho SBC Sistema Brasileiro de Certificao SBV Suporte Bsico de Vida SEP Sistema Eltrico de Potncia SESI-DR/BA Servio Social da Indstria - Departamento Regional da Bahia SESMT Servios Especializados em Segurana e em Medicina do Trabalho SESSTP Servios Especializados em Segurana e Sade do Trabalho Porturio SESTR Servios Especializados em Segurana e Sade no Trabalho Rural SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial SIPAT Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SIT Secretaria de Inspeo do Trabalho SSMT Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho SSO Segurana e Sade Ocupacional SSST Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho SST Segurana do Trabalho e Sade do Trabalhador TCFA Taxa de Controle e Fiscalizao Ambiental TLV Threshold Limit Values TRT Tribunal Regional do Trabalho TST Tribunal Superior do Trabalho UVA Raios Ultravioleta A UVB Raios Ultravioleta B VRT Valor de Referncia Tecnolgico

  • SUMRIO

    APRESENTAO 1 NR 1- DISPOSIES GERAIS 15 1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 15 1.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 16 1.3 COMENTRIOS 27 2 NR 2 - INSPEO PRVIA 28 2.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 28 2.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 28 2.3 COMENTRIOS 30 3 NR 3 - EMBARGO OU INTERDIO 31 3.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 31 3.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 32 3.3 COMENTRIOS 39 4 NR 4 - SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA

    E EM MEDICINA DO TRABALHO

    40 4.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 40 4.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 41 4.3 COMENTRIOS 49 5 NR 5 - COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES 50 5.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 50 5.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 51 5.3 COMENTRIOS 60 6 NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI) 61 6.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 61 6.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 62 6.3 COMENTRIOS 68 7 NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL

    (PCMSO)

    70

  • 7.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 70 7.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 71 7.3 COMENTRIOS 74 8 NR 8 - EDIFICAES 75 8.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 75 8.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 75 8.3 COMENTRIOS 77 9 NR 9 - PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS 78 9.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 78 9.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 79 9.3 COMENTRIOS 86 10 NR 10 - SEGURANA EM INSTALAES E SERVIOS EM ELETRICIDADE 87 10.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 87 10.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 88 10.3 COMENTRIOS 101 11 NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO

    DE MATERIAIS

    103 11.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 103 11.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 104 11.3 COMENTRIOS 119 12 NR 12 - MQUINAS E EQUIPAMENTOS 121 12.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 121 12.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 122 12.3 COMENTRIOS 137 13 NR 13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSO 139 13.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 139 13.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 139 13.3 COMENTRIOS 151 14 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAES INSALUBRES 152 14.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 152 14.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 155

  • 14.3 COMENTRIOS 169 15 NR 16 - ATIVIDADES E OPERAES PERIGOSAS 171 15.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 171 15.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 172 15.3 COMENTRIOS 180 16 NR 17 - ERGONOMIA 182 16.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 182 16.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 183 16.3 COMENTRIOS 188 17 NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDSTRIA

    DA CONSTRUO

    190 17.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 190 17.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 191 17.3 COMENTRIOS 194 18 NR 19 - EXPLOSIVOS 195 18.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 195 18.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 196 18.3 COMENTRIOS 202 19 NR 20 - LQUIDOS COMBUSTVEIS E INFLAMVEIS 203 19.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 203 19.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 204 19.3 COMENTRIOS 215 20 NR 21 - TRABALHOS A CU ABERTO 217 20.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 217 20.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 217 20.3 COMENTRIOS 219 21 NR 22 - SEGURANA E SADE OCUPACIONAL NA MINERAO 220 21.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 220 21.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 221 21.3 COMENTRIOS 234 22 NR 23 - PROTEO CONTRA INCNDIOS 237

  • 22.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 237 22.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 239 22.3 COMENTRIOS 246 23 NR 25 - RESDUOS INDUSTRIAIS 247 23.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 247 23.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 249 23.3 COMENTRIOS 253 24 NR 26 - SINALIZAO DE SEGURANA 254 24.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 254 24.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 255 24.3 COMENTRIOS 261 25 NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TCNICO DE SEGURANA DO

    TRABALHO NO MINISTRIO DO TRABALHO

    263 25.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 263 25.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 263 25.3 COMENTRIOS 265 26 NR 33 - SEGURANA E SADE NOS TRABALHOS EM ESPAOS

    CONFINADOS 266

    26.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 266 26.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS 266 26.3 COMENTRIOS 273

    REFERNCIAS 274

  • APRESENTAO

    Com o objetivo de identificar necessidades de informao sobre Segurana do Trabalho e Sade do Trabalhador (SST), o Servio Social da Indstria - Departamento Regional da Bahia (SESI-DR/BA) realizou um estudo com empresrios de pequenas e mdias empresas industriais dos setores de Construo Civil, Metal Mecnico, Alimentos e Bebidas. Neste estudo, os empresrios baianos participantes apontaram a informao em relao s exigncias legais em SST como sua maior necessidade, destacando as dificuldades enfrentadas em relao legislao que vo do seu acesso interpretao da mesma.

    Com vistas a facilitar o entendimento da legislao em SST, e conseqentemente sua aplicao em empresas industriais, o SESI-DR/BA elaborou o presente documento que apresenta numa linguagem comentada algumas das mais complexas Normas Regulamentadoras, a legislao em SST exigida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Alm de apresentar estas normas no formato de perguntas e respostas freqentes, o texto inclui listas de documentos complementares e comentrios gerais em relao a sua aplicao.

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    1 NR 1 - DISPOSIES GERAIS

    A Norma Regulamentadora 1, cujo ttulo Disposies Gerais, estabelece o campo de aplicao de todas as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigaes do governo, dos empregados e dos trabalhadores no tocante a este tema especfico. A NR 1 tem a sua existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, nos artigos 154 a 159 da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).

    1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Captulo V do Ttulo II da CLT - Refere-se Segurana e Medicina do Trabalho.

    Decreto no 4.552, de 27/12/02 - Apresenta o Regulamento da Inspeo do Trabalho (RIT) visando orientar os Auditores Fiscais do Trabalho durante os trabalhos de fiscalizao e inspeo (incorporado aos comentrios - NR 1 e NR 3).

    Decreto no 55.841, de 15/03/65 - Aprova o Regulamento da Inspeo do Trabalho (RIT).

    Instruo Normativa MTE/SIT no 19, de 27/09/00 - Dispe sobre os procedimentos da fiscalizao das condies do trabalho, segurana e sade de vida a bordo, conforme o disciplinado na Portaria no 210 (30/04/99) e nas Resolues Normativas no 31/98; 46/00 e 48/00 do Conselho Nacional de Imigrao (CNIg).

    Instruo Normativa MTE/SIT no 20, de 26/01/01 - Dispe sobre procedimentos a serem adotados pela Fiscalizao do Trabalho no exerccio da atividade de fiscalizao do trabalho das pessoas portadoras de deficincia.

    Instruo Normativa Intersecretarial MTE/SFT/SSST no 14, de 13/07/99 - Institui a Unidade Especial de Inspeo do Trabalho Porturio e Aquavirio, bem como as respectivas Unidades Regionais e d outras providncias.

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    Medida Provisria no 1.915-3, de 24/09/99 - Altera a nomenclatura de Fiscal do Trabalho para a de Auditor Fiscal do Trabalho.

    Portaria MTb no 865, de 14/07/95 - Estabelece critrios para fiscalizao de condies de trabalho constantes de Convenes ou Acordos Coletivos de Trabalho.

    Portaria MTb/SSST no 06, de 09/03/83 - Altera as Normas Regulamentadoras NR-1, NR-2, NR-3 e NR-6.

    Portaria MTb/SSST no 13, de 17/09/93 - Alterou os itens 1.3, 1.3.1 e 1.4, alteraes j efetuadas no texto.

    1.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    1.2.1 - O que so as Normas Regulamentadoras (NR)?

    As Normas Regulamentadoras, tambm chamadas de NR, foram publicadas pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), Portaria no 3.214/78, para estabelecer os requisitos tcnicos e legais sobre os aspectos mnimos de Segurana e Sade Ocupacional (SSO). Atualmente, existem 33 Normas Regulamentadoras. Lembramos ao leitor que a elaborao e modificao das NRs um processo dinmico que necessita de um acompanhamento via Internet pelo endereo eletrnico (http://www.mte.gov.br).

    1.2.2 - Quem elabora as NRs e como se modificam?

    As NR so elaboradas e modificadas por uma comisso tripartite composta por representantes do governo, empregadores e empregados. As NR so elaboradas e modificadas por meio de portarias expedidas pelo MTE. Nada nas NRs cai em desuso sem que exista uma portaria identificando a modificao pretendida.

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    1.2.3 - A aplicao das NRs obrigatria para que tipo de empresa e/ou instituies?

    As NRs, relativas segurana e sade ocupacional, so de observncia obrigatria para qualquer empresa ou instituio que tenha empregados regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), incluindo empresas privadas e pblicas, rgos pblicos da administrao direta e indireta, bem como dos rgos dos poderes Legislativo e Judicirio.

    1.2.4 - Os requisitos de segurana e sade ocupacional esto presentes apenas nas NRs?

    No, existe uma infinidade de documentos previstos em: leis, decretos, decretos-lei, medidas provisrias, portarias, instrues normativas da Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho (Fundacentro), resolues da Comisso Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e agncias do Governo, ordens de servio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e regulamentos tcnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (Inmetro).

    A observncia das NRs no desobriga as empresas do cumprimento destas outras disposies contidas em cdigos de obras ou regulamentos sanitrios dos estados ou municpios, e outras, oriundas de convenes e acordos coletivos de trabalho.

    1.2.5 - Qual o rgo nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurana e sade ocupacional?

    A Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho (SSST) o rgo de mbito nacional competente em conduzir as atividades relacionadas com a segurana e sade ocupacional. Essas atividades incluem a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho (Canpat), o Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT) e

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    ainda a fiscalizao do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional, em todo o territrio nacional.

    Compete, ainda, SSST conhecer, em ltima instncia, as decises proferidas pelos delegados Regionais do Trabalho, em termos de segurana e sade ocupacional.

    1.2.6 - A quem se deve recorrer em caso de ter dvidas sobre como proceder em situaes de acidentes de trabalho ou problemas relacionados?

    Dvidas sobre acidentes de trabalho ou problemas relacionados podem ser dirigidos Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de cada localidade.

    1.2.7 - Qual a competncia das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs)?

    As DRTs, nos limites de sua jurisdio, so os rgos regionais competentes para executar as atividades relacionadas com a segurana e sade ocupacional. Essas atividades incluem a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho (Canpat), o Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT) e ainda a fiscalizao do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional. Compete ainda DRT, nos limites de sua jurisdio:

    Adotar medidas necessrias fiel observncia dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho, inclusive orientar os empregadores sobre a correta implementao das NRs;

    Impor as penalidades cabveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional;

    Embargar obra, interditar estabelecimento, setor de servio, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, mquinas e equipamentos;

    Notificar as empresas, estipulando prazos para eliminao e/ou neutralizao de insalubridade;

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    Atender requisies judiciais para realizao de percias sobre segurana e medicina ocupacional nas localidades onde no houver mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho registrado no MTE.

    1.2.8 - O trabalho de fiscalizao da DRT pode ser delegado a outros rgos?

    Sim, atribuies de fiscalizao e/ou orientao s empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional, podem ser delegadas a outros rgos federais, estaduais e municipais, mediante convnio autorizado pelo MTE.

    1.2.9 - Qual a definio de empregador para fins de aplicao das NRs?

    Empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao de servios do empregado.

    1.2.10 - Quais as possveis equiparaes na definio de empregador para fins de aplicao das NR?

    Embora no sejam empresas, o 1 do artigo 2 da CLT, para fins de responsabilidades de segurana e sade ocupacional, so considerados empregadores aqueles que tenham empregados. Podemos citar como exemplo:

    profissionais liberais; profissionais autnomos; instituies beneficentes; associaes recreativas ou outras instituies sem fins lucrativos; sindicatos; condomnio de apartamentos.

  • 20

    1.2.11 - Qual a definio de empregado para fins de aplicao das NRs?

    Empregado a pessoa fsica que presta servios de natureza no-eventual ao empregador, sob a dependncia deste e mediante pagamento de salrio.

    1.2.12 - Qual a definio de empresa para fins de aplicao das NRs?

    Empresa o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organizao, que utilizado pelo empregador para atingir seus objetivos.

    1.2.13 - Qual a definio de estabelecimento para fins de aplicao das NRs?

    Estabelecimento cada uma das unidades da empresa, podendo funcionar em lugares diferentes, tais como: fbrica, refinaria, usina, escritrio, loja, oficina, depsito, laboratrio.

    1.2.14 - Qual a definio de setor de servio para fins de aplicao das NRs?

    Setor de Servio a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento.

    1.2.15 - Qual a definio de canteiro de obra para fins de aplicao das NRs?

    Canteiro de obra a rea do trabalho fixa e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio e execuo construo, demolio ou reparo de uma obra.

    1.2.16 - Qual a definio de frente de trabalho para fins de aplicao das NRs?

    Frente de trabalho a rea de trabalho mvel e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio e execuo construo, demolio ou reparo de uma obra.

  • 21

    1.2.17 - Qual a definio de local de trabalho para fins de aplicao das NRs?

    Local de trabalho a rea onde so executados os trabalhos.

    1.2.18 - Como se aplica o conceito de responsabilidade solidria para fins de aplicao das NRs?

    Sempre que uma ou mais empresas, mesmo tendo, cada uma delas, personalidade jurdica prpria, estiverem sob direo, controle ou administrao de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econmica, sero solidariamente responsveis pela aplicao das NRs, ou seja, a empresa principal e cada uma das subordinadas compartilham as responsabilidades em termos de segurana e sade ocupacional.

    1.2.19 - Quais so as responsabilidades do empregador?

    Cumprir e fazer cumprir as disposies legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional. Elaborar ordens de servio (procedimentos, instrues, padres, entre outros documentos internos de empresa) sobre segurana e sade ocupacional, dando conhecimento aos empregados, com os seguintes objetivos:

    Adotar medidas para eliminar ou neutralizar atividades ou operaes insalubres bem como as condies inseguras de trabalho;

    Estabelecer requisitos internos de segurana e sade ocupacional de forma a minimizar a ocorrncia de atos inseguros e melhorar o desempenho do trabalho;

    Divulgar as obrigaes e proibies que os empregados devam conhecer e cumprir;

    Determinar os procedimentos que devero ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenas profissionais ou do trabalho;

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    Adotar requisitos de segurana e sade ocupacional estabelecidos pelos documentos tcnicos e legais;

    Informar aos empregados que sero passveis de punio, pelo descumprimento das ordens de servio expedidas.

    Informar aos trabalhadores:

    1. Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 2. Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela

    empresa; 3. Os resultados dos exames mdicos e de exames complementares de

    diagnstico aos quais os prprios trabalhadores forem submetidos; 4. Os resultados das avaliaes ambientais realizadas nos locais de

    trabalho.

    Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalizao dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho.

    1.2.20 - Como o empregador deve evidenciar o atendimento dos requisitos tcnicos e legais previstos nas NRs e outros documentos?

    Para fins de fiscalizao, percias e auditorias, o empregador deve evidenciar o atendimento aos requisitos tcnicos e legais por meio de documentos, registros de treinamentos e outras formas rastreveis, inclusive eletrnicas.

    Vale destacar que, ocorrendo acidente com vtima que desencadeie processo na Justia (civil/criminal), contra o empregador, ser exigida comprovao do atendimento dos requisitos tcnicos e legais.

  • 23

    1.2.21 - Quais so as responsabilidades do empregado?

    Caber ao empregado obedecer aos requisitos tcnicos e legais estabelecidos pela legislao, alm dos procedimentos escritos e boas prticas estabelecidas e comunicadas pelo empregador. Os seguintes aspectos devem ser considerados:

    Cumprir as disposies legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional, inclusive as ordens de servio expedidas pelo empregador;

    Usar o Equipamento de Proteo Individual (EPI), o Equipamento de Proteo Coletiva (EPC) e mtodos de trabalho fornecidos e estabelecidos pelo empregador;

    Submeter-se aos exames mdicos estabelecidos no Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO) da empresa;

    Colaborar com a empresa na aplicao das NRs.

    Constitui ato faltoso, sujeito a penalidade, a recusa injustificada do empregado ao cumprimento dos itens acima relacionados.

    1.2.22 - Quais so as penalidades previstas na legislao a serem aplicadas ao empregado que no atender aos requisitos de segurana e sade ocupacional estabelecidos pela legislao e pelo empregador?

    Embora a ao prevencionista deva valorizar a conscientizao, vale frisar que a legislao garante ao empregador ao disciplinar em quatro etapas, caso os procedimentos de segurana sejam ignorados pelo empregado:

    advertncia oral; advertncia escrita; suspenso sem pagamento; dispensa por justa causa.

  • 24

    1.2.23 - Quais so as penalidades previstas na legislao a serem aplicadas ao empregador que no atender aos requisitos de segurana e sade ocupacional estabelecidos pela legislao e pelo empregador?

    O no-cumprimento das disposies legais e regulamentares sobre segurana e sade ocupacional acarretar ao empregador a aplicao das penalidades previstas na legislao pertinente, incluindo multas, embargos e interdio conforme previsto na NR 3 - Embargo ou Interdio e NR 28 - Fiscalizao e Penalidades.

    1.2.24 - O que significa Fonte do Direito?

    A Fonte do Direito o fundamento de validade das normas jurdicas e da prpria exteriorizao do Direito. A Fonte do Direito tem sua origem nos fatores sociais, psicolgicos, econmicos, histricos, entre outros, sendo, portanto, as fontes materiais os fatores reais que iro influenciar na criao da norma jurdica.

    So considerados fontes do Direito do Trabalho: constituio, leis, decretos, portarias, instrues normativas, resolues, sentenas normativas, acordos e/ou convenes coletivas de trabalho, procedimentos de empresa, contratos de trabalho, valores e costumes (boas prticas operacionais).

    1.2.25 - Qual a diferena entre convenes coletivas e acordos coletivos?

    Segundo o Art. 611 da CLT, as convenes coletivas so de carter normativo, em que dois ou mais sindicatos, representantes de categorias econmicas e profissionais, estipulam condies de trabalho aplicveis, no mbito das respectivas representaes, s relaes individuais de trabalho.

    A principal diferena entre convenes coletivas e acordos coletivos se encontra nos sujeitos envolvidos. Nas convenes, os sujeitos so os sindicatos representativos (patronais e de empregados), enquanto no acordo coletivo os sujeitos so o sindicato

  • 25

    dos empregados e uma ou mais empresas individualmente consideradas (CLT, Art. 611, 1).

    1.2.26 - Os acordos ou convenes coletivas so mais ou menos restritivos que as NRs?

    Os acordos e convenes coletivas podem ser mais restritivos que as NRs no que diz respeito proteo do trabalhador. Na existncia desses, passaro a valer, a ttulo de fiscalizao de segurana e sade ocupacional, os requisitos mnimos acordados entre as partes envolvidas nestes documentos.

    1.2.27 - Quem est sujeito fiscalizao do trabalho?

    Os empregadores, tomadores e intermediadores de servios, empresas, instituies, associaes, rgos e entidades de qualquer natureza ou finalidade so sujeitos inspeo do trabalho e ficam pessoalmente, ou por seus prepostos ou representantes legais, obrigados a permitir aos Auditores Fiscais do Trabalho (AFT) o acesso aos estabelecimentos, dependncias e locais de trabalho, bem como apresentar os documentos e materiais solicitados para fins de inspeo do trabalho.

    1.2.28 - Onde so relatadas as gradaes possveis de multa?

    O no-atendimento aos requisitos legais previstos nas NRs ir resultar em multas previstas na NR 28. Conforme o Decreto no 4.552 (27/12/02), em seu Art. 23, os Auditores Fiscais do Trabalho (AFT) tm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas inspeo do trabalho e os trabalhadores quanto ao cumprimento da legislao, observando o critrio da dupla quando :

    Ocorrer promulgao ou expedio de novas leis, regulamentos ou instrues ministeriais, sendo que, com relao exclusivamente a esses atos, ser feita apenas a instruo dos responsveis;

  • 26

    Se tratar de primeira inspeo nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;

    Se tratar de estabelecimento, ou local de trabalho com at dez trabalhadores, salvo quando for constatada infrao por falta de registro de empregado ou de anotao da Carteira de Trabalho e Previdncia Social do Trabalhador (CTPS), bem como na ocorrncia de reincidncia, fraude, resistncia ou embarao fiscalizao;

    Se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da Lei.

    A autuao pelas infraes no depender da dupla visita aps o decurso do prazo de noventa dias da vigncia das disposies a que se refere o inciso I, ou do efetivo funcionamento do novo estabelecimento, ou local de trabalho, a que se refere o inciso II. Aps obedecido o disposto no inciso III no ser mais observado o critrio de dupla visita em relao ao dispositivo infringido.

    A dupla visita ser formalizada em notificao que fixar prazo para a visita seguinte, na forma das instrues expedidas pela autoridade nacional competente em matria de inspeo do trabalho.

    O Decreto no 4.552 (27/12/02) em seu Art. 13 ressalta que o Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), munido de credencial, tem o direito de ingressar, livremente, sem prvio aviso e em qualquer dia e horrio em todos os locais de trabalho mencionados no Art. 9. O Art. 15 determina que as inspees, quando necessrio, sero efetuadas de forma imprevista, cercadas das cautelas, na poca e horrios mais apropriados.

  • 27

    1.3 COMENTRIOS

    No ato da fiscalizao, os Auditores Fiscais do Trabalho podero solicitar ao empregador a existncia de conveno ou acordo coletivo visando identificar requisitos mnimos de segurana e sade mais restritos que aqueles previstos nas NRs. Estes documentos podem apresentar itens como, por exemplo, o pagamento de adicionais de periculosidade ou insalubridade, entre outros que podem no estar previstos nas NRs.

    O Auditor Fiscal do Trabalho no tem apenas a funo de aplicar multas, mas, tambm, de orientar e mostrar s empresas como a lei deve ser aplicada, principalmente em se tratando de legislao recente.

    As inspees, sempre que necessrio, sero efetuadas de forma imprevista, cercadas de todas as cautelas, na poca e horrios mais apropriados a sua eficcia.

    Instruo Normativa MTE/SIT no 19, de 27/09/00 estabeleceu a competncia das Unidades Regionais de Inspeo do Trabalho Porturio e Aquavirio em promover a fiscalizao das condies do trabalho, segurana e sade e de vida a bordo de embarcao comercial nacional ou estrangeira, utilizada na navegao martima, fluvial ou lacustre.

  • 28

    2 NR 2 - INSPEO PRVIA

    A Norma Regulamentadora 2, cujo ttulo Inspeo Prvia, estabelece as situaes em que as empresas devero solicitar ao MTE a realizao de inspeo prvia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realizao. A NR 2 tem existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, nos artigos 160 e 161 da CLT.

    2.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Captulo V do Ttulo II da CLT - Refere-se Segurana e Medicina do Trabalho.

    2.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    2.2.1 O que deve fazer a empresa antes de iniciar suas atividades econmicas?

    Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, dever solicitar aprovao de suas instalaes ao rgo Regional do MTE, isto , a Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

    2.2.2 - O que o Certificado de Aprovao de Instalaes (CAI)?

    Documento emitido pela DRT, rgo regional do MTE, aps realizar a inspeo prvia nas instalaes. O modelo de CAI est previsto na NR 2.

    2.2.3 - Qual o objetivo do CAI?

    A inspeo prvia e a declarao de instalaes previstas na NR 2 constituem os elementos capazes de assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou de doenas do trabalho.

  • 29

    2.2.4 - Qual o amparo legal para emisso do CAI?

    A empresa que no atender ao disposto naqueles itens fica sujeita ao impedimento de seu funcionamento, conforme estabelece o artigo 160 da CLT, at que seja cumprida a exigncia deste artigo.

    2.2.5 - Quais os cuidados que o empresrio deve tomar quando no for possvel realizar inspeo prvia antes do incio das operaes do estabelecimento novo?

    O empresrio poder encaminhar a DRT, rgo regional do MTE, uma declarao das instalaes do estabelecimento novo, conforme modelo previsto na NR 2, que poder ser aceita pelo referido rgo, para fins de fiscalizao, quando no for possvel realizar a inspeo prvia antes do estabelecimento iniciar suas atividades.

    2.2.6 - O CAI se aplica apenas aos estabelecimentos novos?

    No, a empresa dever comunicar e solicitar a aprovao da DRT, rgo regional do MTE, sempre que ocorrerem modificaes substanciais nas instalaes e/ou nos equipamentos de seu(s) estabelecimento(s).

    2.2.7 - Qual o direito do empresrio com relao apresentao de documentao para emisso do CAI?

    facultado s empresas submeter apreciao prvia da DRT, rgo regional do MTE, os projetos de construo e respectivas instalaes.

  • 30

    2.3 COMENTRIOS

    Embora o Certificado de Aprovao de Instalaes (CAI) no venha sendo exigido pelas DRTs, ainda assim ser necessrio que as empresas protocolem seu pedido junto DRT, principalmente nos casos de instalaes novas e ampliaes.

    Caso a empresa deixe de solicitar inspeo prvia e, tambm, no apresente o CAI no est prevista gradao de multa para isso (ver Anexo II, NR 28).

    Embargo e interdio s ocorrem nos casos previstos na NR 3. O atendimento da NR 2 no livra a empresa de uma ao de fiscalizao, podendo ser autuada por qualquer irregularidade com relao ao no-atendimento s exigncias previstas nas demais NRs.

    A NR 2 aplicvel nos casos em que a empresa no apresente previamente os projetos de construo e respectivas instalaes, pois permite que possveis irregularidades, em relao s NRs, sejam corrigidas antes do incio da obra.

  • 31

    3 NR 3 - EMBARGO OU INTERDIO

    A Norma Regulamentadora 3, cujo ttulo Embargo ou Interdio, estabelece as situaes em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisao de seus servios, mquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados pela fiscalizao trabalhista, na adoo de tais medidas punitivas, no tocante segurana e medicina do trabalho. A NR 3 tem existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, no artigo 161 da CLT.

    3.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Captulo V do Ttulo II da CLT - Refere-se Segurana e Medicina do Trabalho.

    Decreto no 4.552, de 27/12/02 - Aprova o Regulamento da Inspeo do Trabalho (RIT).

    Instruo Normativa Intersecretarial MTE/SFT/SSST no 14, de 13/07/99 - Institui a Unidade Especial de Inspeo do Trabalho Porturio e Aquavirio, bem como as respectivas Unidades Regionais e d outras providncias.

    Instruo Normativa MTE/SIT no 19, de 27/09/00 - Dispe sobre os procedimentos da fiscalizao das condies do trabalho, segurana e sade de vida a bordo, conforme Portaria no 210 (30/04/99) e nas Resolues Normativas no 31/98; 46/00 e 48/00 do Conselho Nacional de Imigrao (CNIg).

    Medida Provisria no 1.915-3, de 24/09/99 - Altera a nomenclatura de Fiscal do Trabalho para a de Auditor Fiscal do Trabalho.

    Portaria MTb/SSST no 06, de 09/03/83 - Altera as Normas Regulamentadoras NR-1, NR-2, NR-3 e NR-6.

  • 32

    3.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    3.2.1 - Qual o objetivo principal do trabalho de fiscalizao do MTE?

    Verificar o cumprimento, por parte das empresas, da legislao de proteo ao trabalhador, com o objetivo de combater a informalidade no mercado de trabalho e garantir a observncia da legislao trabalhista. O objetivo do Programa Segurana e Sade no Trabalho do governo federal proteger a vida, promover a segurana e sade do trabalhador.

    3.2.2 - O que o princpio da dupla visita?

    O princpio da dupla visita define que o trabalho dos Auditores Fiscais do Trabalho (AFT) possui carter educativo e punitivo. A legislao destaca a necessidade de orientar a micro e pequena empresa, sem prejuzo de sua ao especfica de fiscalizao prevista na Lei no 9.841/99.

    Prioritariamente, os AFT esto orientados a esclarecer dvidas na implementao dos documentos legais de segurana e sade ocupacional. Este processo ocorre por meio de notificao para a correo de possveis desvios. O no-atendimento dos requisitos legais poder resultar no aspecto punitivo no qual a empresa poder ser autuada e multada. A legislao garante ao empregador o direito de recorrer das notificaes, autuaes e possveis multas aplicadas.

    3.2.3 - Quando ser aplicado o princpio da dupla visita?

    O novo Regulamento da Inspeo do Trabalho (RIT) deixa claro que os Auditores Fiscais do Trabalho tm o dever de orientar e advertir as empresas quanto ao cumprimento da legislao trabalhista, observando o critrio da dupla visita nos seguintes casos:

  • 33

    Quando ocorrer promulgao ou expedio de novas leis, regulamentos ou instrues ministeriais, sendo que, com relao exclusivamente a estes atos, ser feita apenas a instruo dos responsveis;

    Quando se tratar de primeira inspeo nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;

    Quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com at (10) dez trabalhadores, salvo quando for constatada infrao por falta de registro de empregado ou de anotao da CTPS, bem como na ocorrncia de reincidncia, fraude, resistncia ou embarao fiscalizao;

    Quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da lei especfica.

    O AFT pode exigir ao empregador documentos e prestao dos esclarecimentos necessrios (CLT, Art. 627 e 628 1 e 2, e 630 3). O Art. 627 da CLT dispe que a fiscalizao dever observar o critrio da dupla visita nos seguintes casos:

    Empresas com at 10 (dez) empregados; Quando ocorrer promulgao ou expedio de novas leis, regulamentos ou

    instrues ministeriais.

    O critrio da dupla visita no ser aplicado nos seguintes casos:

    Quando for constatada falta de registro do funcionrio, ou seja falta de anotao da sua CTPS;

    Ocorrncia de fraude, embarao ou resistncia fiscalizao; Caso seja caracterizado o risco grave e iminente.

  • 34

    3.2.4 Em quais condies caber embargo ou interdio das operaes da empresa pela DRT?

    O Delegado Regional do Trabalho, baseado em laudo tcnico que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poder interditar estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na deciso tomada, com a brevidade que a ocorrncia exigir, as providncias que devero ser adotadas para preveno de acidentes do trabalho e de doenas profissionais.

    3.2.5 - O que significa interdio?

    A interdio importar na paralisao total ou parcial do estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento. Est prevista multa de grau mximo (14) para estes casos.

    3.2.6 - O que significa embargo?

    O embargo importar na paralisao total ou parcial da obra.

    3.2.7 - Qual a definio para obra?

    Para fins de aplicao das NRs, considera-se obra todo e qualquer servio de engenharia de construo, montagem, instalao, manuteno e reforma.

    3.2.8 - Qual o conceito de risco grave e iminente?

    Considera-se risco grave e iminente toda condio ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doena profissional com leso grave integridade fsica do trabalhador.

  • 35

    3.2.9 - Existem referncias tcnicas para caracterizar situaes de risco grave e iminente que podem ocorrer nas empresas?

    Sim, o conceito de risco grave e iminente deve ser feito com base em critrios tcnicos apresentados pelas NRs e documentos complementares e no, apenas, em aspectos subjetivos de risco do Auditor Fiscal do Trabalho (AFT). Algumas NRs tornam explcitas as situaes de risco grave e iminente. Por exemplo, a NR 13 (itens 13.1.4, 13.2.5, 13.3.2, 13.3.4, 13.3.12 e 13.5.1), em relao s caldeiras e vasos sob presso e NR 15 anexo 1 (item 7), Anexo 2 (item 4) e anexo 3, com relao s atividades e operaes insalubres envolvendo rudo e calor.

    Algumas situaes de risco grave e iminente podem ser identificadas pelo Auditor Fiscal do Trabalho durante a fiscalizao e representam perigo imediato integridade fsica do trabalhador. Podemos citar como exemplo a execuo de servios em altura sem o devido cinto de segurana. Caso a empresa no possua o devido EPI, o trabalho ser interrompido imediatamente at que a condio de segurana seja atendida satisfatoriamente.

    Outras situaes de risco grave e iminente so mais difceis de serem observadas como, por exemplo, aquelas referentes exposio aos agentes fsicos e qumicos. Neste caso, seria necessria a utilizao de um equipamento para quantificar o referido agente, visto que o AFT no realiza fiscalizaes acompanhado de equipamentos de medio.

    Podemos citar como exemplo o caso do rudo, no qual a NR 15 caracteriza o risco grave e iminente em exposies em nveis superiores a 115 dB (A) sem a utilizao do protetor auricular. Neste caso, o Auditor Fiscal do Trabalho poder solicitar empresa o Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA) ou, at mesmo, pedir ao empregador que avalie o rudo no momento da fiscalizao para verificar se o nvel de risco foi alcanado.

  • 36

    3.2.10 - Os Auditores Fiscais do Trabalho (AFT) tm o direito de ingressar nas empresas?

    Os AFT tm o direito de ingressar nas dependncias da empresa, no que diz respeito ao objeto da fiscalizao. Havendo resistncia, poder o inspetor requisitar fora policial (Art. 630, 8, da CLT). Nenhum AFT poder exercer suas funes sem a sua carteira de identidade fiscal, sem a qual no ter livre acesso s dependncias da empresa. (CLT, Art. 630).

    3.2.11 - Em qual situao o princpio da dupla visita no ser seguido pelo Auditor Fiscal do Trabalho?

    Caso seja caracterizado o risco grave e iminente, no ser aplicado o critrio da dupla visita pelo AFT.

    3.2.12 - Um Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) lotado em um outro municpio pode inspecionar uma empresa numa determinada localidade fora de sua rea de atuao?

    Sim, o Regulamento da Inspeo do Trabalho (RIT) determina que, nos casos de grave e iminente risco sade e segurana dos trabalhadores, o Auditor Fiscal do Trabalho atuar independentemente de sua rea de inspeo. Isso significa a possibilidade de que um Auditor Fiscal do Trabalho, devidamente identificado, lotado em um municpio pode inspecionar e autuar uma empresa em outro municpio.

    3.2.13 - Como saber da gradao de multas sobre irregularidades no atendimento aos requisitos legais das NRs e outros documentos da legislao trabalhista?

    Est prevista imposio de multas administrativas pela DRT, rgo regional do MTE. Recomenda-se a leitura da NR 28 para saber a gradao das multas em caso de no-atendimento aos requisitos de Segurana e Sade Ocupacional.

  • 37

    3.2.14 - Uma empresa poder ser multada mais de uma vez em caso de no-atendimento aos requisitos legais previstos nas Normas Regulamentadoras e outros documentos da legislao trabalhista?

    Sim, aquelas empresas que violarem as disposies legais ou regulamentares, objeto da inspeo do trabalho, ou se mostrarem negligentes na sua aplicao, deixando de atender s advertncias, notificaes ou sanes da autoridade competente, podero sofrer reiterada ao fiscal. Isso significa que uma empresa poder ser continuamente autuada at a regularizao do fato ensejador da ao fiscal.

    3.2.15 - Para que a multa tenha validade preciso que o empregador ou prepostos assinem algum documento?

    No, o auto de infrao no est condicionado assinatura do infrator ou de testemunhas e ser lavrado no local da inspeo, salvo havendo motivo justificado que ser declarado no prprio auto, quando ento dever ser lavrado no prazo de 24 horas, sob pena de responsabilidade. As notificaes de dbitos e outras decorrentes da ao fiscal podero ser lavradas, a critrio do AFT, no local que oferecer melhores condies.

    3.2.16 - Quem poder solicitar a interdio ou o embargo das instalaes?

    A interdio ou o embargo poder ser requerido pelo Setor de Segurana e Medicina do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), pelo Auditor Fiscal do Trabalho ou por entidade sindical.

    3.2.17 - Quando a empresa tomar conhecimento de que est em processo de interdio ou embargo?

    O Delegado Regional do Trabalho ter que informar imediatamente a interdio ou o embargo empresa, para o seu cumprimento.

  • 38

    3.2.18 - Qual o papel do Ministrio Pblico?

    O descumprimento contnuo das disposies legais, comprovado mediante relatrio emitido pelo Auditor Fiscal do Trabalho, resultar, por parte da autoridade regional, na denncia do fato, de imediato, ao Ministrio Pblico do Trabalho.

    Independentemente da comunicao ao Ministrio Pblico, poder ser instaurado procedimento especial para a ao fiscal (instaurado pelo Auditor Fiscal do Trabalho) quando concluir ocorrncia de motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da legislao trabalhista por pessoas, ou setor econmico, sujeitos inspeo do trabalho, com a anuncia da chefia imediata.

    3.2.19 - Qual o prazo legal que dado s empresas para recorrer de uma notificao de interdio ou embargo?

    As empresas podero recorrer no prazo de 10 (dez) dias Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho (SSMT), qual facultado dar efeito suspensivo.

  • 39

    3.3 COMENTRIOS

    O Delegado Regional do Trabalho pode elaborar ou solicitar parecer tcnico para resolver as pendncias nos casos em que a legislao omissa, ressalvado o direito de recurso.

    A toda verificao em que o Auditor Fiscal do Trabalho concluir pela existncia de violao de preceito legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade, a lavratura de auto de infrao, ressalvado o disposto exclusivo quanto dupla visita e na hiptese de instaurao de procedimento especial de fiscalizao.

    O procedimento especial para a ao fiscal destinada preveno ou saneamento de infraes legislao poder resultar na lavratura de termo de compromisso que estipule as obrigaes assumidas pelo compromissado e os prazos para seu cumprimento.

    Na ocasio do embargo ou interdio, devero ser determinadas, o mais rpido possvel, as aes que devero ser adotadas para que se possa prevenir acidentes e doenas profissionais.

  • 40

    4 NR 4 - SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO

    A Norma Regulamentadora 4, cujo ttulo Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho, estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) de organizar e manter em funcionamento os Servios Especializados em Segurana e em Medicina do Trabalho (SESMT), com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador, no local de trabalho. A NR 4 tem sua existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, no artigo 162 da CLT.

    4.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    ABNT NBR 14280 - Cadastro de Acidente de Trabalho. Captulo V do Ttulo II da CLT - Refere-se Segurana e Medicina do

    Trabalho. Decreto no 3.048, de 06/05/99 - Aprova o Regulamento da Previdncia Social

    e da outras previdncias. Instruo Normativa INSS/PRES no 11, de 20/09/06 - Apresenta as formas

    de preenchimento da Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT) e d outras providncias.

    Lei no 7.410, de 27/11/85 - Dispe sobre a especializao de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurana do Trabalho, a profisso do Tcnico de Segurana do Trabalho e d outras providncias.

    Lei no 8.213, de 24/07/91 - Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia Social e d outras previdncias.

    Portaria MTb/SSST no 53, de 17/12/97 - Aprova o texto da NR 29, relativa segurana e sade no trabalho porturio.

  • 41

    Portaria MTE/GM no 86, de 3/3/05 - Aprova o texto da NR 31, relativa segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura.

    Portaria MTE/SIT no 17, de 01/08/07 - Altera a redao da NR 4 ao aprovar o subitem 4.5.3.

    4.2. PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    4.2.1 - Quais as instituies que esto obrigadas a manter os Servios Especializados em Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT)?

    As empresas privadas e pblicas, os rgos pblicos da administrao direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados regidos pela CLT mantero, obrigatoriamente, os SESMT com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

    4.2.2 - Como feito o dimensionamento?

    O dimensionamento dos SESMT vincula-se gradao do risco da atividade principal e ao nmero total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros anexos NR 4.

    4.2.3 - Quem so os profissionais dos SESMT?

    Mdico do trabalho, engenheiro de segurana do trabalho, enfermeiro do trabalho, tcnico de segurana do trabalho e auxiliar de enfermagem do trabalho.

    O SESMT de cada empresa dever ser dimensionado conforme Quadro II da NR 4.

  • 42

    4.2.4 - Quais profissionais dos SESMT precisam ser registrados no MTE?

    O tcnico de segurana do trabalho precisa ser registrado no MTE.

    4.2.5 - Quem deve chefiar os SESMT?

    Qualquer um dos profissionais que integram os SESMT.

    4.2.6 - Qual a carga horria prevista para os profissionais dos SESMT?

    O tcnico de segurana do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho devem se dedicar aos SESMT 8 (oito) horas por dia;

    O engenheiro de segurana do trabalho, o mdico do trabalho e o enfermeiro do trabalho devero se dedicar 6 (seis) horas por dia.

    4.2.7 - Na empresa, a quem compete esclarecer e conscientizar os empregados sobre os acidentes do trabalho e doenas ocupacionais, estimulando-os em favor da preveno?

    Aos profissionais dos SESMT.

    4.2.8 - Os SESMT devem ser registrados em que rgo pblico?

    Na DRT, rgo regional do MTE.

    4.2.9 - Qual o critrio para centralizao dos SESMT em canteiro de obra e frentes de trabalho?

    Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1.000 (mil) empregados e situados no mesmo estado, territrio ou distrito federal no sero considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da

  • 43

    empresa de engenharia principal responsvel, a quem caber organizar os SESMT. Os seguintes aspectos devem ser considerados:

    Neste caso, os engenheiros de segurana do trabalho, os mdicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho podero ficar centralizados;

    Para os tcnicos de segurana do trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho, o dimensionamento ser feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II da NR 4;

    A empresa poder constituir Servio Especializado em Segurana e em Medicina do Trabalho de forma centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distncia a ser percorrida entre aquele estabelecimento em que se situa o servio e cada um dos demais no ultrapasse a 5 km (cinco quilmetros), dimensionando-o em funo do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II e o subitem 4.2.2 da NR 4.

    4.2.10 - Como dimensionar os SESMT de estabelecimentos com empregados exercendo atividades em diferentes gradaes de risco?

    As empresas que possuam mais de 50% (cinqenta por cento) de seus empregados em estabelecimento ou setor com atividade cuja gradao de risco seja de grau superior ao da atividade principal devero dimensionar os SESMT em funo do maior grau de risco, obedecendo ao disposto no Quadro II da NR 4.

    4.2.11 - Qual a responsabilidade perante a Lei de um profissional dos SESMT que comparece empresa somente para assinar documentos?

    O profissional dos SESMT e a empresa contratante podero ser responsabilizados civil e criminalmente, havendo acidente com danos aos empregados ou terceiros, motivados pelo exerccio irregular da profisso. Esta conduta pode ser comunicada aos rgos de

  • 44

    classe (Conselho Regional de Medicina (CRM) ou o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

    4.2.12 - O que acidente pessoal?

    De acordo com a Norma ABNT NBR 14280, acidente pessoal aquele cuja caracterizao depende de existir acidentado.

    4.2.13 - O que acidente de trajeto?

    A Norma ABNT NBR 14280 define que acidente de trajeto o acidente de trabalho sofrido pelo empregado no percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquela.

    4.2.14 - O que acidente impessoal?

    Para a Norma ABNT NBR 14280, acidente impessoal aquele cuja caracterizao independe de existir acidentado, no podendo ser considerado como causador direto da leso pessoal.

    4.2.15 - O que leso imediata?

    Conforme a Norma ABNT NBR 14280, leso imediata a leso que se verifica imediatamente no momento da ocorrncia do acidente.

    4.2.16 - O que leso tardia?

    A norma ABNT NBR 14280 estabelece que leso mediata tardia a leso que no se verifica imediatamente aps a exposio fonte da leso. Caso seja caracterizado o nexo causal, isto , a relao da doena com o trabalho, evidenciar uma doena ocupacional. Assim, admite-se a preexistncia de uma ocorrncia ou exposio

  • 45

    contnua ou intermitente, de natureza acidental, sendo registrada como acidente do trabalho, nas estatsticas de acidente.

    4.2.17 - O que incapacidade permanente total?

    Segundo a Norma ABNT NBR 14280, incapacidade permanente total a perda total de capacidade de trabalho, em carter permanente, excluindo a morte. Esta incapacidade corresponde leso que, no provocando a morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer o trabalho ou da qual decorre a perda ou a perda total do uso dos seguintes elementos:

    Ambos os olhos; Um olho e uma das mos; Um olho e um p; Ambas as mos ou ambos os ps ou uma das mos e um p.

    4.2.18 - O que incapacidade permanente parcial?

    De acordo com a Norma ABNT NBR 14280, incapacidade permanente parcial a reduo parcial da capacidade de trabalho, em carter permanente.

    4.2.19 - O que incapacidade temporria total?

    Para a Norma ABNT NBR 14280, incapacidade temporria total a perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente total.

    4.2.20 - O que leso com perda de tempo?

    Tambm chamada acidente com leso com afastamento, o acidente que resulta em leso com perda de tempo ou leso incapacitante. Conforme a Norma ABNT

  • 46

    NBR 14280, a leso pessoal que impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia til imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente.

    4.2.21 - O que leso sem perda de tempo?

    Tambm chamada acidente com leso sem afastamento, o acidente que resulta em leso sem perda de tempo ou leso incapacitante. De acordo com a Norma ABNT NBR 14280, a leso pessoal que no impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que no haja incapacidade permanente.

    4.2.22 - O que so Dias Perdidos (Dp)?

    Para a Norma ABNT NBR 14280, so os dias de afastamento de cada acidentado, contados a partir do primeiro dia de afastamento at o dia anterior ao do dia de retorno ao trabalho, segundo orientao mdica.

    4.2.23 - O que so Dias Debitados (Db)?

    A norma ABNT NBR 14280 define que so os dias que devem ser debitados devido morte ou incapacidade permanente, total ou parcial. No caso de morte ou incapacidade permanente total, devem ser debitados 6.000 (seis mil) dias. Por incapacidade permanente parcial, os dias a serem debitados devem ser retirados da norma brasileira ABNT NBR 14280 (Cadastro de Acidentes).

    4.2.24 - O que Taxa de Freqncia de Acidentes (FA) e como se calcula?

    Conforme a norma ABNT NBR 14280, Taxa de Freqncia de Acidentes (FA) o nmero de acidentes por milho de horas de exposio ao risco efetivamente trabalhadas, em determinado perodo. calculada pela frmula:

  • 47

    H1.000.000NF xA =

    Onde:

    N = nmero de acidentados ou de acidentes; H = homens-hora de exposio ao risco (horas efetivamente trabalhadas); 1.000.000 = um milho de horas de exposio ao risco (base de clculo

    sugerido pela Organizao Internacional do Trabalho (OIT)).

    4.2.25 - O que Taxa de Freqncia de Acidentados (FL) e como se calcula?

    Para a norma ABNT NBR 14280, a Taxa de Freqncia de Acidentados (FL): o nmero de acidentados com leso (com ou sem afastamento) por milho de horas de exposio ao risco (horas efetivamente trabalhadas), em determinado perodo. calculada pela frmula:

    H1.000.000NF xL =

    Onde:

    N = nmero de acidentados ou de acidentes; H = homens-hora de exposio ao risco (horas efetivamente trabalhadas); 1.000.000 = um milho de horas de exposio ao risco (base de clculo

    sugerido pela OIT).

    4.2.26 - O que Taxa de Gravidade (G) e como se calcula?

    Segundo a Norma ABNT NBR 14280, Taxa de Gravidade (G) o tempo computado por milho de horas de exposio ao risco. Deve ser expressa em nmeros inteiros e calculada pela frmula:

  • 48

    H1.000.000TG x=

    Onde: T = tempo computado (dias perdidos + dias debitados); H = homens-hora de exposio ao risco; 1.000.000 = um milho de horas de exposio ao risco (utilizado,

    internacionalmente, como base de clculo).

  • 49

    4.3 COMENTRIOS

    Os SESMT para o trabalho porturio so denominados de Servios Especializados em Segurana e Sade do Trabalho Porturio (SESSTP) cujo dimensionamento possui regras prprias estabelecidas pela Portaria MTb/SSST no 53/97 no item 29.2.1.1 e seus subitens.

    Os SESMT para o trabalho na agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura so denominados Servios Especializados em Segurana e Sade no Trabalho Rural (SESTR) cujo dimensionamento possui regras prprias estabelecidas pela Portaria MTE/GM no 86/05 no item 31.6 e seus subitens.

  • 50

    5 NR 5 - COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES

    A Norma Regulamentadora 5 cujo ttulo Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas em organizar e manter, dependendo da sua classificao nacional de atividade econmica e do cdigo da atividade, uma comisso interna constituda por representantes dos empregados e do empregador. A NR 5 tem sua existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, nos artigos 163 a 165 do Captulo V do Ttulo II da CLT.

    5.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Instruo Normativa INSS/PRES no 11, de 20/09/06 - Apresenta as formas de preenchimento da CAT e d outras providncias.

    Portaria Interministerial no 3.195 do Ministrio do Trabalho e Ministrio da Sade, de 10/08/88 - Institui em mbito nacional a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho (CANPAT).

    Portaria MTb/SSST no 04, de 04/07/95 - Aprova o novo texto da NR 18 - Obras de Construo, Demolio e Reparos. Item 18.333 e seus subitens.

    Portaria MTb/SSST no 53, de 17/12/97 - Aprova o texto da Norma Regulamentadora NR 29, relativa segurana e sade no trabalho porturio. Item 29.2.2 e seus subitens.

    Portaria MTE no 2.037, de 15/12/99 - Altera a NR 22 que dispe sobre Trabalhos Subterrneos, item 22.36 e seus subitens.

    Portaria MTE/GM no 86, de 3/3/05 - Aprova o texto da NR 31, relativa segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura.

    Portaria MTE/GM no 485, de 11/11/05 - Aprova o texto da NR 32, relativa segurana e sade no trabalho em servios de sade.

    Portaria MTE/SIT no 15, de 10/05/01 - Alterou o Art. 2 da Portaria MTE no 09/99 retirando e incluindo novos representantes nas Comisses bi e tripartite.

  • 51

    Portaria MTE/SIT no 16, de 10/05/01 - Altera os Grupos C-24 e C-24b do Quadro II e cria os Grupos C-24c - Transporte rodovirio de passageiros e cargas e C-24d - Transporte ferrovirio de passageiros metrovirio e ferrovirio de cargas. Inclui o quadro dos Grupos C-24c e C-24d no Quadro I.

    Portaria MTE/SSST no 08, de 23/02/99 - Altera a NR 5 que dispe sobre a Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

    Portaria MTE/SSST no 09, de 23/02/99 - Dispe sobre recepo de propostas de alterao de itens da NR 5 .

    Portaria MTE/SSST no 24, de 27/5/99 - Procedimentos para dimensionamento de CIPA na Indstria da Construo, constantes dos grupos C18 e C18a.

    Portaria MTE/SSST no 82, de 23/02/99 - Dispe sobre os prazos para anlise de denncias de irregularidade nos processo eleitoral e no treinamento previstos na NR 5.

    Nota Tcnica DSST 49, de 27/08/03 - Consulta sobre itens da NR 5 (CIPA) relativa eleio do vice-presidente e treinamento para reeleitos.

    5.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    5.2.1 - Quem est obrigado a constituir CIPA?

    Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mant-la em regular funcionamento as empresas privadas, pblicas, sociedades de economia mista, rgos da administrao direta e indireta, instituies beneficentes, associaes recreativas, cooperativas, bem como outras instituies que admitam trabalhadores como empregados.

    5.2.2 - O que deve ocorrer com empresas que possuem em um mesmo municpio dois ou mais estabelecimentos?

    Conforme o item 5.4 da NR 5, a empresa que possuir em um mesmo municpio dois ou mais estabelecimentos dever garantir a integrao das CIPAs e dos designados,

  • 52

    conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as polticas de segurana e sade ocupacional da empresa.

    5.2.3 - Quais so os objetivos da CIPA?

    Garantir a representao dos trabalhadores nas questes de melhoria da segurana e sade ocupacional. Observar e relatar condies de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir at eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos SESMT e ao empregador o resultado da discusso, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto preveno de acidentes.

    5.2.4 - Como deve ser composta a representao na CIPA?

    A CIPA deve ser composta por representantes do empregador e dos empregados, de acordo com as propores mnimas estabelecidas no Quadro I da NR 5. Sendo que os representantes do empregador so indicados pelo empregador e os representantes dos empregados so eleitos por meio de votao dos empregados.

    A CIPA deve ser composta por representantes da maior parte dos setores do estabelecimento, sendo que no deve faltar, em qualquer hiptese, a representao dos setores que ofeream maior nmero de acidentes.

    5.2.5 - Quantos suplentes devem existir na CIPA?

    Cada representante titular na CIPA dever ter um suplente que pertena ao mesmo setor.

  • 53

    5.2.6 - O que ocorre quando uma empresa no enquadrada pela NR 5 para constituir CIPA?

    A administrao da empresa dever designar um responsvel pelo cumprimento das atribuies desta NR, devendo o empregador promover seu treinamento conforme dispe para qualquer outro membro da CIPA.

    A NR 5 no estabelece a necessidade de registro deste representante na DRT, entretanto nada impede que a empresa faa isso de forma voluntria.

    5.2.7 - Para os grupos dos setores econmicos C-18 e C-18A (Construo) como deve ser construda a CIPA?

    Nos grupos C-18 e C-18A (Construo) dever ser constituda a CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores. Quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores, observar o dimensionamento descrito na NR 18 - subitem 18.33.1.

    5.2.8 - Por quantos mandatos consecutivos podero ser indicados os membros titulares da CIPA representantes do empregador?

    Por at 2 (dois) mandatos.

    5.2.9 - Quando que deve ser procedido o registro da CIPA no rgo regional do MTE?

    At 10 (dez) dias aps a eleio.

  • 54

    5.2.10 - Quais documentos devem ser apresentados para realizar o pedido de registro da CIPA?

    Cpia da ata de eleio, cpia da ata de instalao e posse, calendrio das reunies ordinrias, onde devem constar dia, ms, hora e local de realizao das reunies.

    5.2.11 - Qual o procedimento legal para compor a representao, titulares e suplentes, dos empregados na CIPA?

    Atravs de eleio por escrutnio (voto) secreto.

    5.2.12 - Como deve ser realizada a eleio dos membros representantes dos empregados na CIPA?

    Dever ser realizada durante o expediente normal da empresa, respeitados os turnos, e ser obrigatria, devendo ter a participao de, no mnimo, metade mais um do nmero de empregados de cada setor.

    5.2.13 - A eleio pode ser anulada?

    Sim, desde que constatada alguma irregularidade na sua realizao.

    5.2.14 - Por quanto tempo deve durar o mandato dos membros da CIPA?

    Ter a durao de 01(um) ano, permitida 01 (uma) reeleio.

    5.2.15 - Quando que o membro da CIPA perde o direito a reeleio?

    Quando o mesmo participa de menos da metade do nmero de reunies da CIPA.

  • 55

    5.2.16 - Quando ocorre de o membro titular perder o mandato?

    Quando o mesmo faltar a mais de 04 (quatro) reunies ordinrias sem justificativa.

    5.2.17 - Quem deve designar o presidente da CIPA?

    O empregador.

    5.2.18 - Que membro pode ser designado para presidente da CIPA?

    Somente os membros representantes do empregador.

    5.2.19 - Quem, e como, ocupar a vice-presidncia da CIPA?

    Este ser obrigatoriamente um membro titular da representao dos empregados e por eles escolhido.

    5.2.20 - Quando que ocorre a substituio do presidente pelo vice-presidente da CIPA?

    Quando ocorrer impedimentos eventuais e afastamentos temporrios.

    5.2.21 - Quando que ocorre a substituio do titular pelo suplente?

    Em apenas duas situaes: a) quando o suplente tiver participado de mais de 04 (quatro) reunies ordinrias da CIPA como substituto do titular, que faltou por motivo no-justificado; b) quando ocorrer cessao do contrato de trabalho do membro titular.

  • 56

    5.2.22 - Quando que deve ser convocada uma reunio extraordinria da CIPA?

    Quando houver constatao de risco e/ou ocorrer acidente de trabalho, com ou sem vtima, cabendo ao responsvel pelo setor comunicar, de imediato, ao presidente da CIPA, o qual, em funo da gravidade, convocar a reunio extraordinria.

    5.2.23 - O que deve a CIPA fazer depois de discutir sobre o acidente na reunio extraordinria?

    Deve encaminhar aos SESMT e ao empregador o resultado dessa discusso e as solicitaes de providncias.

    5.2.24 - O que deve o empregador fazer depois de receber essas solicitaes?

    Deve ouvir a opinio dos SESMT para no prazo de at 08 (oito) dias, responder CIPA indicando as providncias adotadas ou a sua discordncia devidamente justificada.

    5.2.25 - O que deve ocorrer quando o empregador discorda das solicitaes da CIPA e esta no aceita a sua justificativa?

    Deve o empregador solicitar a presena do MTE no prazo mximo de 08 (oito) dias a partir da data da comunicao da no-aceitao pela CIPA.

    5.2.26 - A quem cabe na empresa promover a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho (SIPAT)?

    A CIPA responsvel pela organizao da SIPAT com o apoio dos SESMT.

    5.2.27 - A quem cabe coordenar todas as atribuies da CIPA?

    Ao presidente da CIPA.

  • 57

    5.2.28 - Como ser escolhido o secretrio da CIPA?

    Segundo o item 5.13 da NR 5, ser escolhido de comum acordo pelos representantes do empregador e dos empregados. O secretrio da CIPA no precisa ser membro eleito. A anuncia do empregador s se faz necessria se o secretrio no for membro da CIPA.

    Ser, entretanto, de bom princpio a comunicao ao empregador sobre quem ser o secretrio, em funo das atribuies que lhe sero delegadas. A consulta ao empregador pode ser feita pelo prprio presidente da CIPA e no precisa ser formalizada por escrito. Pode ser uma consulta informal. O secretrio e seu substituto s tero direito garantia de emprego quando forem membros eleitos da CIPA.

    5.2.29 - O que dispe a NR 5 sobre o curso bsico de cipeiro?

    Dispe que cabe ao empregador promover, para todos os membros da CIPA, titulares e suplentes, inclusive o secretrio e seu substituto, em horrio de expediente normal da empresa, curso sobre preveno de acidentes do trabalho, com carga horria mnima de 18 (dezoito) horas, obedecendo a um currculo bsico.

    5.2.30 - Quem deve ministrar o curso de cipeiro?

    Dever ser realizado de preferncia pelos SESMT da empresa e, na impossibilidade, por entidades especializadas em segurana do trabalho, entidades sindicais para a categoria profissional correspondente ou ainda por centros e empresas de treinamento, todos credenciados, para esse fim, na DRT, rgo regional do MTE.

  • 58

    5.2.31 - A quem cabe na empresa cuidar para que todos os titulares de representaes na CIPA compaream s reunies ordinrias e/ou extraordinrias?

    Ao empregador.

    5.2.32 - A quem cabe na empresa indicar CIPA e aos SESMT situaes de risco e apresentar sugestes para a melhoria das condies de trabalho?

    Aos empregados.

    5.2.33 - Em que periodicidade e condies deve se reunir a CIPA?

    A CIPA se reunir com todos os seus membros, pelo menos uma vez por ms, em local apropriado e durante o expediente normal da empresa, obedecendo ao calendrio anual.

    5.2.34 - Que exigncias legais so postas aps o registro da CIPA?

    Que a mesma no poder ter seu nmero de representantes reduzido, bem como no poder ser desativada pelo empregador antes do trmino do mandato de seus membros, ainda que haja reduo do nmero de empregados da empresa, exceto nos casos em que houver encerramento da atividade do estabelecimento.

    5.2.35 - Os membros da CIPA eleitos podem ser despedidos da empresa?

    O item 5.8 da NR 5 estabelece que vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direo de CIPA desde o registro de sua candidatura at um ano aps o final de seu mandato.

  • 59

    Os motivos da dispensa arbitrria, apresentados anteriormente, esto em conformidade com o Art. 477 da CLT, que prev o rompimento do contrato de trabalho com demisso por justa causa. O pargrafo nico do Art. 165 (CLT) determina que caber empresa comprovar, em caso de reclamao trabalhista, os motivos que levaram demisso do empregado eleito para a CIPA no perodo da estabilidade (suplente ou titular).

    5.2.36 - Os suplentes eleitos da CIPA podem ser despedidos da empresa?

    O direito de estabilidade direito dos funcionrios eleitos para a formao da CIPA, sejam eles efetivos ou suplentes. O Enunciado 339 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) entende que o suplente goza das mesmas garantias de emprego, previstas no Art. 10, inciso II, alnea a, do Ato das Disposies Transitrias. Isso significa que os representantes eleitos, efetivos e suplentes, no podem ser dispensados a partir da data do registro da candidatura at um ano aps o trmino do mandato.

    5.2.37 - Um empregado em curso de seu contrato de experincia poder ser eleito para direo da CIPA?

    Esta questo no est explcita na NR 5, porm, destaca que se deve observar o contrato de trabalho, lembrando que, no caso de um trabalhador, em contrato de experincia, se eleito, seu contrato de experincia no permite ou no lhe dar direito estabilidade. Assim, ele poder tambm ser demitido no final da experincia.

    5.2.38 - Ao terminar uma obra, os membros da CIPA podem ser desligados da empresa?

    Sim. O mandato da CIPA considerado finalizado em caso de encerramento de atividades do estabelecimento e da obra. Nesse caso, cessa tambm a estabilidade dos membros da CIPA.

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    5.3 COMENTRIOS

    Caso seja desejo do empregado se desligar da empresa, dever primeiramente solicitar por escrito sua renncia ao mandato da CIPA ou ao direito garantia de emprego, quando o mandato j houver encerrado.

    A empresa dever enviar correspondncia a DRT, rgo regional do MTE comunicando o fato e a substituio do membro da CIPA pelo suplente. A empresa poder efetivar o acordo junto ao sindicato da categoria. O nmero de suplentes, constante no Quadro I, deve ser mantido com a nomeao do prximo candidato mais votado, conforme a ata de eleio.

    Devem constituir CIPA os empregadores, ou seus equiparados, que possuam empregados, conforme as determinaes do Art. 3 da CLT em nmero acima do mnimo estabelecido no Quadro I (Dimensionamento de CIPA) para sua categoria especfica. As empresas que possuam empregados em nmero inferior devem indicar um designado, conforme estabelece o item 5.6.4 da NR 5.

    importante verificar que a NR 5 fala algumas vezes em trabalhadores e algumas vezes em empregados. Quando a norma diz empregados, refere-se queles com vnculo de emprego com a empresa determinada. Quando refere-se a trabalhadores, engloba todos os que trabalham no estabelecimento de determinada empresa, ainda que sejam contratados por outras.

    Deve ser considerado empregado, para fins de constituio da CIPA, a pessoa fsica que preste servio de natureza no-eventual ao empregador, sob dependncia desse e mediante salrio.

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    6 NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    A sexta Norma Regulamentadora do trabalho urbano, cujo ttulo Equipamento de Proteo Individual (EPI), estabelece: definies legais, forma de proteo, requisitos de comercializao e responsabilidades (empregador, empregado, fabricante, importador e Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE)). A interpretao da NR 6, principalmente no que diz respeito responsabilidade do empregador, de fundamental importncia para a aplicao da NR 15, na caracterizao e/ou descaracterizao da insalubridade. A NR 6 tem a sua existncia jurdica assegurada, em nvel de legislao ordinria, nos artigos 166 a 167 da CLT.

    6.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Instruo Normativa MTb/SSST no 01, de 11/04/94 - Estabelece o Regulamento Tcnico sobre o Uso de Equipamentos para Proteo Respiratria.

    Portaria MTb/SSST no 26, de 29/12/94 - Classifica os cremes protetores como EPI, alterao j efetuada no texto.

    Portaria MTE/SIT no 25, de 15/10/01 - Altera e d nova redao NR 6 - EPI - Alterao j efetuada no texto.

    Portaria MTE/SIT no 48, de 25/03/03 - Estabelece as normas tcnicas de ensaios aplicveis aos EPIs com o respectivo enquadramento no Anexo I da NR 6.

    Portaria MTE/SIT no 99, de 19/10/04 - Proibi o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou mida como abrasivo. Alterao j efetuada no texto.

  • 62

    6.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS

    6.2.1 - Qual documento legal que estabelece as disposies relativas aos Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)?

    A NR 6, com redao dada pela Portaria MTE/SIT no 25, de 15 de outubro de 2001, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.) em 17 de outubro de 2001, estabelece as disposies relativas aos EPIs.

    6.2.2 - Os relatrios impressos no sistema de consulta de Certificado de Aprovao de Equipamentos de Proteo Individual substituem o referido Certificado expedido pelo MTE?

    No, os relatrios impressos no sistema de consulta de Certificado de Aprovao de Equipamentos de Proteo Individual, disponvel no site do MTE na internet, no substituem, para quaisquer fins, o referido Certificado expedido por este ministrio.

    6.2.3 - O Certificado de Registro de Fabricante (CRF) e o de Registro de Importador (CRI) so ainda expedidos pelo Ministrio do Trabalho e Emprego?

    No, desde a publicao da Portaria MTE/SIT no 25, de 15 de outubro de 2001, o MTE deixou de expedir o CRF e o CRI.

    6.2.4 - Como saber se um determinado fabricante ou importador de EPI encontra-se cadastrado no MTE?

    Conforme estabelece a Portaria MTE/SIT no 25, de 15 de outubro de 2001, o fabricante ou importador de EPI deve cadastrar-se junto ao MTE, de acordo com as disposies contidas no Anexo II da NR 6. A emisso ou renovao de qualquer Certificado de Aprovao (CA) de EPI est condicionada ao cadastramento efetuado pelo fabricante ou importador.

  • 63

    6.2.5 - O Ministrio do Trabalho e Emprego disponibiliza em seu site informaes sobre os fabricantes ou importadores de EPI, tais como endereo e telefones de contato?

    No, o MTE apenas informa a razo social da empresa fabricante ou importadora do EPI portador de um determinado CA consultado pelo usurio.

    6.2.6 - Qual a definio legal de Equipamento de Proteo Individual (EPI)?

    O item 6.1 da NR 6 considera que EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    6.2.7 - O que um Equipamento Conjugado de Proteo Individual?

    Segundo o item 6.1.1 da NR 6, entende-se como Equipamento Conjugado de Proteo Individual todo aquele composto por vrios dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    6.2.8 - Qual exemplo de Equipamento Conjugado de Proteo Individual?

    Podemos citar como exemplo de equipamento conjugado: capacete acoplado com protetor auricular e viseira para a proteo dos olhos. Este tipo de equipamento muito utilizado para transferncia de gases altamente refrigerados, mas deve possuir um nmero de CA para o conjunto completo e no pode ser montado, separadamente, a critrio do usurio.

    No permitido ao empregador nem ao empregado fazer adaptaes ao EPI de modo a torn-lo conjugado, como, por exemplo, colocar uma viseira adaptada em um

  • 64

    capacete. O EPI conjugado dever ser submetido aos mesmos trmites legais e testes dos EPIs de pea nica para que seja fornecido CA pelo MTE.

    6.2.9 - Quem deve fornecer o EPI e em que condies?

    A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento.

    6.2.10 - Quais so as circunstncias determinadoras da exigncia para o uso do EPI?

    O uso de EPI ser necessrio nas seguintes condies:

    Sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou no oferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenas profissionais e do trabalho;

    Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; Para atender as situaes de emergncia.

    6.2.11 - Quando que se deve usar os culos de segurana?

    Para trabalhos que possam causar irritaes nos olhos e outras leses decorrentes da ao de radiaes perigosas.

    6.2.12 - Quando obrigatrio o uso do cinto de segurana?

    Para trabalhos em altura superior a 02 (dois) metros em que haja risco de queda.

  • 65

    6.2.13 - A quem cabe na empresa recomendar ao empregado o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade?

    De acordo com o item 6.5 da NR 6, a escolha e a recomendao do EPI adequado so de responsabilidade dos SESMT ou da CIPA, nas empresas desobrigadas de manter os SESMT.

    6.2.14 - Na hiptese da no-existncia dos SESMT e da CIPA, quem deve recomendar o EPI?

    Cabe ao empregador, mediante orientao tcnica, fornecer e determinar o uso do EPI adequado proteo da integridade fsica do trabalhador.

    6.2.15 - Quando que um EPI, seja ele nacional ou importado, pode ser comercializado ou utilizado no Brasil?

    Conforme o item 6.9.3 da NR 6, todo EPI dever apresentar, em caracteres indelveis e bem visveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricao e o nmero do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricao e o nmero do CA.

    Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3 da NR 6, o rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho poder autorizar uma forma alternativa de gravao, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

  • 66

    6.2.16 - Qual a validade do CA para fins de comercializao?

    Segundo o item 6.9.1 da NR 6, so estabelecidos os seguintes prazos:

    de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que no tenham sua conformidade avaliada no mbito do Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (Sinmetro);

    a validade do prazo vinculado avaliao da conformidade no mbito do Sinmetro, quando for o caso;

    de 2 (dois) anos, para os EPIs desenvolvidos at a data da publicao desta Norma, quando no existirem normas tcnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratrio capacitado para realizao dos ensaios, sendo que nesses casos os EPIs tero sua aprovao pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, mediante apresentao e anlise do Termo de Responsabilidade Tcnica e da especificao tcnica de fabricao, podendo ser renovado at 2006, quando se expiraro os prazos concedidos;

    de 2 (dois) anos, renovveis por igual perodo, para os EPIs desenvolvidos aps a data da publicao desta NR, quando no existirem normas tcnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratrio capacitado para realizao dos ensaios, caso em que os EPIs sero aprovados pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, mediante apresentao e anlise do Termo de Responsabilidade Tcnica e da especificao tcnica de fabricao.

    6.2.17 - Quais so as responsabilidades do empregador com relao ao EPI?

    De acordo com o item 6.6 da NR 6, as responsabilidades so:

    Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; Exigir seu uso;

  • 67

    Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho;

    Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservao;

    Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

    6.2.18 - Quais so as responsabilidades do empregado com relao ao EPI?

    Conforme o item 6.7 da NR 6, as responsabilidades so:

    Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pela guarda e conservao; Comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; Cumprir as determinaes do empregador sobre o uso adequado.

  • 68

    6.3 COMENTRIOS

    Quando houver necessidade do uso de um novo EPI no-relacionado nos grupos da NR 6, seu fornecimento deve ser feito mediante autorizao dos SESMT, CIPA e, na ausncia deste, do gerente responsvel pela operao, a critrio do empregador.

    O empregador dever elaborar um procedimento interno identificando as atividades e setores com potencial de risco e discriminando a caracterstica do EPI a ser utilizado, sem a necessidade de identificar o fabricante.

    A empresa dever exigir do fabricante e/ou empresa que vende EPI uma cpia autenticada do CA para que seja mantido arquivado pela empresa. Normalmente, esta uma responsabilidade dos SESMT, que devem contar com o apoio do departamento de compras durante o processo de aquisio dos EPIs. Os CAs devem ser mantidos arquivados pelos SESMTs. No caso de sua ausncia ou da CIPA, por um representante de segurana designado pela alta administrao.

    Quanto questo da responsabilidade do empregador, empregado, fabricante, importador destacam-se os seguintes aspectos:

    1. O fato de o empregador adquirir o EPI no o exime da responsabilidade de fazer cumprir a obrigatoriedade do uso, devendo utilizar normas administrativas, treinamento e superviso;

    2. A legislao em vigor d plenos poderes ao empregador para tornar obrigatrio o uso do EPI, podendo o empregado ser passvel de punio, que vai desde uma simples advertncia verbal at a demisso por justa causa. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento desta exigncia legal;

    3. Falta de registros de treinamento, distribuio e reposio do EPI caracterizam a omisso do empregador, sendo considerada, tambm, como um ato faltoso, e, neste caso, passvel das penalidades previstas na NR 28;

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    4. prudente que o empregador exija da empresa fornecedora de EPI uma cpia do CA, garantindo que o EPI a ser adquirido esteja dentro dos prazos de validade estabelecidos pelo MTE;

    5. O EPI deve ser adequado ao risco, associando eficcia na proteo e conforto. O trabalhador deve ser treinado e orientado sobre os limites de proteo oferecidos e os cuidados necessrios quanto ao uso, guarda, higienizao e reposio. Esta exigncia est na NR 9 - Programa de Preveno de Riscos Ambientais (subitem 9.3.5.5);

    6. O caso da atenuao ao rudo (por exemplo, o termo eficincia necessria do EPI, citado no item anterior), , sem dvida, bastante apropriado. Contudo, faz-se necessria uma srie de medidas de ordem administrativa, garantindo sua utilizao pelo empregado, durante toda a jornada de trabalho, de modo que se obtenha a atenuao dos nveis de rudo previstos nos ensaios de laboratrios realizados para sua aprovao.

    A prtica demonstra que a utilizao do EPI por iniciativa do empregado, na maior parte das vezes, no ocorre, necessitando, portanto, de permanente superviso por parte do empregador em conjunto com campanhas educacionais. Considera-se inconcebvel que o empregador adote uma posio de espera, na expectativa de uma atitude proativa do empregado quanto ao uso do EPI.

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    7 NR 7 - Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO)

    A Norma Regulamentadora 7, cujo ttulo Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO), estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implantao do PCMSO, por parte de todos os empregadores e instituies, com o objetivo de monitorar, individualmente, aqueles trabalhadores expostos aos agentes qumicos, fsicos e biolgicos definidos pela NR 9 Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA).

    7.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Captulo V do Ttulo II da CLT - Refere-se Segurana e Medicina do Trabalho.

    Conveno OIT 161, de 22/05/91 - Decreto no 127, de 22/05/91 - Servios de Sade do Trabalho.

    Instruo Normativa INSS/DC no 98, de 05/12/03 - Aprova Norma Tcnica sobre Leses por Esforos Repetitivos (LER) ou Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) em substituio Ordem de Servio INSS/DC n 606/98.

    Instruo Normativa INSS/DC no 118, de 14/04/05 - Apresenta o novo modelo para preenchimento da CAT.

    Portaria MTb/SSST no 08, de 08/05/96 - Traz os aspectos levantados no acordo tripartite alterando e incluindo novos itens na NR 7.

    Portaria MTb/SSST no 19, de 09/04/98 - Altera o Quadro II (Parmetros para monitorao da exposio ocupacional a alguns riscos sade) e inclui o Anexo I - Quadro II (Diretrizes e parmetros mnimos para avaliao e acompanhamento da audio em trabalhadores expostos a nveis de presso sonora elevados).

    Portaria MTb/SSST no 24, de 29/12/94 - D nova redao NR 07 e cria a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores, do PCMSO.

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    Portaria MTE/SIT/DSST no 34, de 20/12/01 - Protocolo para a Utilizao de Indicador Biolgico da Exposio Ocupacional ao Benzeno.

    Ordem de Servio INSS/DSS no 607, de 05/08/98 - Aprova Norma Tcnica sobre Intoxicao Ocupacional pelo Benzeno.

    Ordem de Servio INSS/DSS no 608, d