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Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015 Viana no coração MATIAS NOVO EDIÇÃO ONLINE AGOSTO 2015 Notícias do ténis

NT Agosto 2015

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Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015

Viana no coração

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EDIÇÃO ONLINE AGOSTO 2015

Notícias do ténis

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Devo realçar o apoio

que milhares de pessoas

que se deslocaram ao Clube de

Ténis de Viana disponibiliza-ram à equipa portuguesa. João Sousa, Gastão Elias,

Rui Machado e Frederico

Silva não jogaram

sozinhos contra os

finlandeses

2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Federação Portuguesa de Ténis

Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

A seleção nacional deu mais um passo importan-te no tão desejado

regresso ao Grupo I da Taça Davis. E fê-lo de uma forma cate-górica, em Viana do Castelo, que recebeu de braços abertos Portu-gal e Finlândia. Recebeu com o coração.

Na verdade, o Clube de Ténis de Viana testemunhou momen-tos fantásticos da Taça Davis, uma competição com caraterísti-cas muito próprias, na qual o público tem um papel importante no desenrolar da eliminatória. Aconteceu Taça Davis em Viana do Castelo, posso afirmar. Intér-pretes e assistência construíram um espetáculo fantástico.

Devo realçar o apoio que milhares de pessoas que se des-locaram ao Clube de Ténis de Viana disponibilizaram à equipa lusa. João Sousa, Gastão Elias, Rui Machado e Frederico Silva não jogaram sozinhos contra os finlandeses. Com os tenistas por-tugueses, estiveram muitos outros compatriotas. Tantos foram que as bancadas estive-ram repletas.

Agora, pensemos no próximo adversário, a Bielorrússia. Vamos receber — novamente em Viana do Castelo — a sele-ção de uma nação que nasceu

Sensações e emoções

na Taça Davis Editorial

VASCO COSTA

Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

da desagregação da União Soviética, que tem como referên-cia o veterano Max Mirnyi. O «gigante» atuou muitas vezes em Portugal, tendo atingido como melhores «rankings» ATP o # 18 em singulares e # 1 em oares. Em setembro, Mirnyi deverá regressar ao nosso país para a ronda da Taça Davis, que vai determinar a nação que será promovida ao Grupo I no próximo ano.

Tal como nas receções a Mar-rocos e Finlândia, Portugal quer ganhar. Portugal tem de ganhar, pois quer regressar ao Grupo I. Portugal quer iniciar um caminho que levará ao Grupo Mundial. Esti-vemos perto de o conseguir, em 1994, e podemos voltar a experi-mentar as mesmas emoções no ano que vem. Esse é o nosso desígnio.

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Portugal venceu a Finlândia, por 4-1, e avançou para a eliminatória

que decide a promoção ao Grupo I, Zona Europa/África, da Taça Davis. Durante uma semana, Viana do Castelo recebeu

o melhor ténis português e finlandês. Uma receção minhota, com o coração. Uma festa, com as bancadas do Clube de Ténis de Viana

a registarem enchentes nos três dias da eliminatória, que se recorda nesta edição.

Viana do Castelo

no coração

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Rui Machado foi o segundo

português a atuar

no Clube de Ténis de Viana

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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

P rova superada. A seleção nacional venceu a Finlân-dia, no confronto da segun-

da eliminatória do Grupo II, Zona Europa/África, da Taça Davis. Em Viana do Castelo, o coletivo de Nuno Marques, coadjuvado por Emanuel Couto e com a colabora-ção do fisioterapeuta Carlos Cos-ta, carimbou o passaporte para a terceira e última eliminatória. João Sousa, Gastão Elias, Rui Machado e Frederico Gil foram os intérpretes do triunfo frente aos finlandeses, por 4-1. Portugal ape-nas consentiu que a Finlândia, com Jarkko Nieminen como cabe-ça de cartaz, vencesse o segundo encontro de singulares, no primei-ro dia [confira os resultados nas

páginas 8 e 9]. Esse primeiro dia no Clube de Ténis de Viana, que registou a primeira enchente da ronda, começou com a vitória de João Sousa sobre Henrik Sillanpaa. Imediatamente a seguir ao encon-tro do número um português no presente e na atualidade Rui Machado não conseguiu ampliar a vantagem para 2-0, acabando por ceder ante Jarkko Nieminen, fina-lista vencido no Estoril Open de 2002. O habitual embate de pares, no segundo dia, permitiu a Portugal desempatar a eliminatória. Com o

apoio do público, que não poupou esforços no estímulo à equipa por-tuguesa, João Sousa e Gastão Elias (um regresso à seleção, depois da última presença na Taça Davis, em finais de 2014, na Rússia) venceram os finlandeses

O apoio do público foi

determinante

para que Portugal vencesse

a Finlândia

em Viana do Castelo e marcasse a presença na terceira

e última eliminatória

da Zona Europa/África

do Grupo II da Taça Davis

Gastão Elias e João Sousa

formaram o par que garantiu a vantagem de Portugal no segundo dia

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Jarkko Nieminen e Henri Kontinen, este último posicionado na 33.ª posição no «ranking» mundial em duplas. Portugal concluiu o segundo dia da competição no Clube de Ténis com Viana com uma vitória, o que

permitiu a vantagem por 2-1 sobre os finlandeses. Bastava à equipa portuguesa um êxito num dos dois encontros em singulares que fechavam a ronda com a Finlân-dia, para que se garantisse a pre-sença na derradeira eliminatória

As bancadas do Clube de

Ténis de Viana estiveram

repletas

FOTOS: MIRO CERQUEIRA

Gastão Elias e João Sousa

formaram o par que garantiu a vantagem de Portugal no segundo dia

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da zona euro-africana do Grupo II da Taça Davis. Também no segundo dia, a Bie-lorrússia adiantava-se, por 2-1, na visita à Turquia. Começava-se a adivinhar que os bielorrussos iriam cruzar-se com Portugal, na deci-são final do Grupo II. Se assim acontecesse, sabia-se que Portu-gal voltava a atuar em casa, enquanto a deslocação à Turquia, em setembro, seria incontornável caso os turcos vencessem. No terceiro e último dia da ron-da, antes de Portugal assegurar

Portugal

entrou no último dia da receção à equipa nórdi-ca em vanta-

gem. Um triun-fo num dos dois encon-

tros de singulares

garantia

a continuidade na Taça Davis, a Bielorrússia garantia a vitória sobre a Turquia, por 3-2. Estava confirmado a nação próxima adversária do conjunto português, que tinha de vencer um dos dois encontros de singulares do último dia da receção à Finlândia. João Sousa perfilou-se frente a Nieminen com essa missão e o êxito foi alcançado, com o Clube de Ténis de Viana a explodir de regozijo. Uma explosão de alegria incontida por parte dos milhares de espetadores.

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Ainda em ambiente festivo, Fre-derico Silva selou o triunfo luso na ronda, após se ter desembaraça-do de Micke Kontinen. Voltou a festa ao Clube de Ténis de Viana do Castelo, à qual se associaram Frederico Marques, treinador de João Sousa, e José Vilela, selecionador de Portugal na Taça Davis, de 1984 a 2003. Foi com Vilela como «capitão» que a seleção portuguesa esteve a um pequeno passo do acesso ao Gru-po Mundial, em 1994, no Lawn Tennis Club da Foz. Depois de

surpreender a Grã-Bretanha, a Croácia, com Goran Ivanisevic como figura de proa, venceu Por-tugal, por 4.0. A equipa portuguesa entrou no «court» para agradecer o apoio do público, que, nas bancadas do Clube de Ténis de Viana, corres-pondeu. Mais tarde, ocasião para home-nagear Nieminen, que anunciou que se vai retirar do circuito profis-sional, mas que continuará a com-petir na Taça Davis. O secretário de Estado do Des-

O triunfo de João Sousa

frente a Nieminen

(alvo de homenagem

no final da

ronda) gerou uma

explosão de alegria

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JOÃO SOUSA/GASTÃO ELIAS-

-JARKKO NIEMINEN/HENRI KONTINEN

3-6 7-6 (5) 6-3 6-4

JOÃO SOUSA-HENRIK SILLANPAA 6-0 6-2 6-0

JARKKO NIEMINEN-RUI MACHADO 1-6 6-3 4-6 3-6

Os números no Clube de Ténis de Viana

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JOÃO SOUSA/GASTÃO ELIAS-

-JARKKO NIEMINEN/HENRI KONTINEN

3-6 7-6 (5) 6-3 6-4

JOÂO SOUSA-JARKKO NIEMINEN 6-3 6-3 6-4

FREDERICO SILVA-MICKE KONTINEN 3-6 6-1 6-0

Os números no Clube de Ténis de Viana

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porto e Juventude, Emídio Guer-reiro entregou ao finlandês uma peça em cerâmica, uma réplica de gigantones, caraterísticos de Via-na do Castelo.

Outra vez. Em setembro, a

seleção de Portugal volta a atuar no Clube de Ténis de Viana, para

No Minho, de 18 a 20

de setembro, Portugal

e Bielorrússia encontram-se

pela segunda vez

o segundo confronto com a Bielor-rússia, decisivo para saber qual a nação que avançará para o Grupo I, em 2016. O primeiro confronto entre Por-tugal e Bielorrússia ocorreu em 2002, em Minsk, no «play-off» de despromoção do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. Ven-ceram os visitados, por 4-1.

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1.ª ronda/round

6-8 março/March

(s) cabeça de série | seed (c) escolha de piso | choise of ground * escolha de piso feita por sorteio | choice of ground if decide by lot

Irlanda (c) 0

Marrocos 1

Mónaco (c) 2

2.ª ronda/round

17-19 julho/July

3.ª ronda/round

18-20 setembro/

/September

Play-offs

17-19 julho/July

*

Marrocos 1

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Portugal (s) (c)

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Nações vencedoras

promovidas

ao Grupo I em 2016

Winning nations

promoted

to Group I in 2016

Nações derrotadas

despromovidas

ao Grupo III em 2016

Losing nations

relegated to Group III

in 2016

Portugal *

Luxemburgo (s)(c) 0

Bósnia/Herz. (s) 2

Bósnia Herz. *

Turquia (c) * 2

Bielorrússia (s) 3

Portugal *

Finlândia 1

Bulgária 5 Letónia (s) (c) 3

Madagáscar 2

Zimbabué (c) * 5

Moldávia (s) 0

Mónaco (c) 3

Bósnia/Herz. (s) 4

Bulgária

África do Sul (s) 2

Turquia (c) * 3

Portugal (s) (c) 4

Bielorrússia (s) 5

Portugal (s) (c) 4

Finlândia (s) 3

Zimbabué (c) * 1

Hungria (c) 4

Moldávia (s) 1

Hungria (c) * 3

Madagáscar 2

Luxemburgo (s)(c) 3

Bulgária 4

Letónia (s) (c) 1

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Quadro da Zona Europa/África do Grupo II

Bielorrússia (s)

África Sul (s) (c) 5

Irlanda 0

Hungria (c) *

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C om os órgãos sociais da Federação Portuguesa de Ténis demissionários,

Pedro Coelho não podia negar o convite de Manuel Cordeiro dos Santos para integrar uma comis-são de gestão até ao ato eleitoral. Pedro Coelho, dirigente na Associação de Ténis de Lisboa em 1998 e 1999, acabou por assumir a presidência da Federa-ção Portuguesa de Ténis em 2001. — Foi uma obra do acaso assumir a presidência da Fede-

ração Portuguesa de Ténis? — A direção presidida por Paulo Andrade, após a rejeição duma proposta estruturante para o uni-verso associativo da Federação Portuguesa de Ténis, resignou ao cargo, pelo que o presidente da mesa da assembleia geral, Manuel Cordeiro dos Santos, mar-cou eleições para os corpos sociais e convidou-me para par-ticipar numa comissão de gestão, até à posse dos novos eleitos. Aceitei o convite, juntamente com mais três elementos: José Filipe Dias, António Santos Serra e João Mascarenhas Athayde. — Foi importante esse perío-do para se decidir pela candida-

tura a presidente? — O simples facto de participar nesta comissão permitiu-me conhecer a situação da Federação Portuguesa de Ténis e os progra-mas e trabalhos em curso, assim como todo o «staff» técnico e administrativo e as equipas nacio-nais masculinas e femininas.

Com a demissão de Paulo de Andrade, em novembro de 1999, Manuel Cordeiro dos Santos, que exercia o cargo de presidente da

mesa da assembleia geral, empossou uma comissão de gestão

formada por Pedro Coelho, José Manuel Dias, António Santos Serra e João Barcelos Athayde, designados na sessão magna de 8 de janeiro de

2000, para gerir os destinos da estrutura federativa até ao ato

eleitoral, poucos meses volvidos. Pedro Coelho submeteu-se

a sufrágio e foi mandatado para presidir à direção da Federação

Portuguesa de Ténis. Tal como os antecessores

na presidência da Federação Portuguesa de Ténis, «os meios

financeiros eram reduzidos». Não obstante, Pedro Coelho recordou

que «parte substancial dos projetos» a que

se propôs «foram realizados». No presente, Pedro Coelho continua ligado à modalidade, «sem interven-

ção operacional direta», como sublinha o atual presidente da mesa da assembleia geral da Associação

de Ténis de Lisboa. E continua a acompanhar uma

modalidade que diz estar «num bom

caminho» em Portugal, «pois conseguiu o interesse das pessoas,

dos meios de informação e dos dirigentes políticos e desportivos»

Testemunhos de presidentes

12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

«Os meios financeiros eram reduzidos»

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— Como encontrou a Federa-ção Portuguesa de Ténis, quan-do assumiu funções na comis-

são de gestão? — Em geral, a Federação Portu-guesa de Ténis estava bem dirigi-da, com programas de fomento e formação bem estruturados e equipas técnicas de competição à altura das suas responsabilidades. — Encontrou as mesmas difi-culdades financeiras dos seus

antecessores? — Como sempre, os meios financeiros eram reduzidos para acompanhar o fomento duma modalidade que já há muito era reconhecida como muito importan-

te, quer desportivamente quer como imagem competitiva do nos-so país. Felizmente, foi o momento em que tínhamos uma equipa na Taça Davis de grande qualidade [Nuno Marques, João Cunha e Silva, Emanuel Couto e Bernardo Mota] — «os quatro magníficos», como lhes chamávamos —, uma equipa feminina que não nos deixava mal e prenunciava um futuro desenvol-vimento competitivo. Como o futu-ro tem mostrado. Tínhamos tam-bém o sempre presente Estoril Open, que nos trouxe sempre grandes jogadores do momento e do futuro.

anos

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«Como sempre, os meios

financeiros

eram reduzidos

para acompa-nhar o fomen-

to duma modalidade

que já há muito era

reconhecida como muito

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«Os meios financeiros eram reduzidos»

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De qualquer modo, os dados estavam lançados para um pro-gresso significativo da modalida-de, como desporto de massas, como desporto de competição e como desporto de formação. E isto quer no setor amador quer no profissional, no qual hoje se encontra um número significativo de escolas de ténis, com os seus professores e «staff», que fazem vida da sua profissão. É sempre bom não esquecer que, até muito recentemente, o ténis era considerado um desporto para ricos e bem situados na vida, estando o povo, em geral, alheado da prática da modalidade. Esse anátema perdeu-se rapidamente e recordo-me do embaraço de alguns setores da extrema esquer-da quando um campeão romeno, o tenista Nastase, em plena época do ditador comunista Ceaucesco, veio a Portugal mostrar o seu talento e assinalou um êxito notá-vel. — O anterior presidente, Pau-lo Andrade, defendeu a redução das associações regionais. Che-gou a levar a proposta a assem-bleia geral, mas foi rejeitada e, por isso, demitiu-se. Quando assumiu a presidência da Fede-ração Portuguesa de Ténis, a relação com as associações

regionais estava beliscada… — As eleições de 18 de março

«Os dados

estavam lançados para um progresso significativo da modalida-

de, como

modalidade de massas,

como desporto de alta

competição e como

desporto de formação»

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de 2000 normalizaram os Corpos Sociais da Federação Portuguesa de Ténis e possibilitaram um rela-cionamento mais estreito com as diversas associações regionais, tendo, em maio de 2003, sido constituída uma comissão consul-tiva, à qual foi consignada a tare-fa de elaborar um Plano Retificati-vo Operacional, quer na sua com-ponente operacional quer no domínio das atividades. A comissão consultiva tinha ain-da de elaborar: um Plano Estraté-

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«As eleições de 18 de mar-

ço de 2000 (…) possibilitaram um relaciona-

mento mais estreito

com as diversas

associações regionais»

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gico de Curto e Médio Prazo, ten-do em vista vários itens importan-tes, como a liquidação das dívidas às associações regionais; a rees-truturação dos Recursos Huma-nos; a ratificação do protocolo com a empresa João Lagos e defi-nição dum mecanismo funcional de acompanhamento; planos para a Alta Competição, Formação e Fomento; atualização do regula-mento de Novos Federados e Licenças federativas. Esta Comissão Consultiva, pre-

sidida por mim e com Mário David, vice-presidente da direção, era participada por várias associa-ções, a saber: Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto e Setúbal e com a representação dos treina-dores. Foi ainda solicitado a Cordeiro dos Santos a convocação duma assembleia geral extraordinária, para discussão e aprovação dos assuntos relativos a esta comis-são executiva provisória e a pre-paração do novo ato eleitoral.

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— Não partilhava, portanto, da ideia de redução das associa-

ções regionais? — As associações regionais devem ter uma dimensão que lhes permita sustentabilidade e econo-mia de meios, humanos e finan-ceiros, que lhes permitam cumprir a sua função essencial, que é o fomento da modalidade e a coor-denação de acções que apoiem os clubes membros nas suas ativi-dades desportivas, esclarecimento sobre regulamentos e programas, elo de ligação com a Federação Portuguesa de Ténis e seus pro-gramas, e uma infinidade de pro-cedimentos burocráticos e admi-nistrativos que decorrem da pró-pria existência organizada duma modalidade, que é lúdica para muitos, competitiva para outros e, «last but not the least», forma de vida para um número já muito sig-nificativo de profissionais. Ora essa situação recomendaria já naquela altura, uma reestrutura-ção do mapa associativo regional, com fusão inteligente e geografi-camente possível dum conjunto de associações. Curiosamente um número signi-ficativo de Associações que con-testou Paulo Andrade acabou por fomentar uma organização, creio que informal, mas existente, duma série de associações espalhadas pelo litoral atlântico, facto que eu sempre vi como positivo e não como concorrente à Federação. — Durante o seu mandato como presidente, realizou todos

os projetos a que se propôs?

«Ora essa

situação recomendaria

já naquela altura, uma

reestruturação

do mapa associativo

regional, com

fusão inteligente e geografica-

mente possível dum conjunto de

associações»

— Parte substancial dos proje-tos foram realizados, sempre con-dicionados pela exiguidade das verbas que, conforme os Regula-mentos Oficiais, eram sempre repartidas pela Federação Portu-guesa de Ténis e as associações regionais, na base de critérios definidos e que a federação cum-pria. As receitas das licenças federa-tivas eram também compartilha-das pelos clube que as promo-viam. Os patrocínios exteriores às verbas provindas do Estado, foram sempre raros e difíceis de encontrar, pois a Federação Por-tuguesa de Ténis.salvo a Taça Davis e a Fed Cup, pouco tinham para publicitar, pois o evento anual do Estoril Open, com o seu grande prestígio e qualidade, arre-matava a maioria dos patrocínios potenciais. Aqui, cabe-me referir o impor-tante apoio que a Câmara Munici-pal da Maia sempre deu à Federa-ção Portuguesa de Ténis, disponi-bilizando as suas excelentes insta-lações para os encontros da Taça Davis e para um Centro de Alta Competição, que aí tinha lugar, para além da acolher durante alguns dias as nossas equipas de jogadores e técnicos. — Ainda hoje tem uma ligação ao ténis, uma vez que desempe-nha o cargo de presidente da assembleia geral da Associação de Ténis de Lisboa. Como vê o

ténis português no presente? — Continuei sempre a acompa-nhar o ténis português, embora

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sem intervenção operacional dire-ta. Quando estive como administra-dor dos CTT, apoiámos um projeto muito interessante de ténis nas escolas, na margem sul do estuá-rio do Tejo. Pouco dinheiro, mas muito resultado pelo empenha-mento dos professores de Alco-chete. Depois da reforma efetiva, voltei, por dever cívico e gosto pessoal, quando a Associação de Ténis de Lisboa achou que eu podia ajudar. Penso que o ténis hoje está num bom caminho, pois conseguiu o interesse das pessoas, dos meios

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de informação e dos dirigentes políticos e desportivos. Os resultados estão à vista: atletas masculinos e femininos em lugares de destaque interna-cional, escolas de ténis por todo o lado, técnicos e professores de ténis competentes e infraestrutu-ras convenientes à prática. Novas modalidades, como o ténis de praia e o padel, que estão a ser bem coordenadas pela Federação Portuguesa de Ténis — que, eventualmente deverá alterar o seu nome —, acrescen-tam dimensão a toda a modalida-de.

«Penso que o ténis está num bom

caminho, pois

conseguiu o interesse das pessoas, dos

meios de informação e

dos dirigentes políticos e

desportivos»

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Mateus somaram o título em femi-ninos, enquanto Gonçalo Pereira e João Domingues foram campeões em masculinos pelo segundo ano seguido. Em pares mistos, Rita Vilaça e Gonçalo Pereira ergueram os tro-féus de campeões.

A semana de todas as emo-ções volta em setembro. De 19 a 27, o CIF recebe

a Semana do Ténis & Padel, ini-ciativa única em Portugal, que a Federação Portuguesa de Ténis vai promover pela terceira vez consecutiva. A Semana do Ténis & Padel, que se realizou no CIF no ano passado e no Clube de Ténis do Estoril em 2013, reúne o Campeo-nato Nacional Absoluto, em mas-culinos e femininos, o Campeona-to Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas e o Campeonato Nacio-nal de Padel. Além dos campeonatos nacio-nais, todos com «prize-money», A Semana do Ténis & Padel congre-ga várias iniciativas, em particular de natureza social e de solidarie-dade. A Semana do Ténis & Padel de 2015 consagrou Rui Machado e Bárbara Luz como campeões nacionais absolutos. O tenista algarvio, que voltou a jogar a final com João Domingues, somou o quinto título nacional e a conimbri-cense averbou o primeiro, numa discussão com Inês Murta, cam-peã nacional em juniores. Em pares, Rita Vilaça e Raquel

A semana de todas

as emoções volta ao CIF,

de 19 a 27 de setembro. Oportunidade

para assistir a encontros

de ténis, ténis

em cadeira de rodas e

padel. E mais: iniciativas de

natureza social e de

solidariedade

A Semana do Ténis & Padel é uma iniciativa única em Portugal. No ano passado, decorreu no CIF e, em 2013, foi o Clube de Ténis do Estoril (foto

ao lado) a albergar a primeira edição

As emoções voltam em setembro

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No ténis em cadeira de rodas, Carlos Leitão conquistou o sétimo título consecutivo e João Sanona voltou a ser vice-campeão. No padel, Kátia Rodrigues e Ana Catarina Nogueira revalidaram o título nacional, novamente com Helena Medeiros e Filipa Mendon-

ça a terminarem o campeonato nacional da modalidade novamen-te como vice-campeãs. Gonçalo Nicau e João Roque venceram em pares masculinos e os campeões em duplas mistas foram Helenas Medeiros e José Barros.

A Semana do Ténis & Padel

é uma iniciativa única em Portugal

A Semana do Ténis & Padel é uma iniciativa única em Portugal. No ano passado, decorreu no CIF e, em 2013, foi o Clube de Ténis do Estoril (foto

ao lado) a albergar a primeira edição

As emoções voltam em setembro

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and Convention Centre, tem já confirmadas as intervenções de Dominik Hrbaty (ex-tenista eslo-vaco), Francisco Roig (trabalha com o compatriota Rafael Nadal desde 2006 e foi o treinador da equipa de Espanha que venceu a edição de 2009 da Taça Davis), Mats Merkel (Alemanha), Louis Cayer (Canadá/Grã-Bretanha), Biljana Veselinovic (Sérvia), Judy Murray (mãe dos tenistas escoceses Jamie e Andy Murray e selecionadora da Grã-Bretanha na Fed Cup), Leon Smith (Grã-Bretanha) e Beni Linder (Suíça). A 19.ª Conferência Mundial de Treinadores é organizada em conjugação com a Tennis Euro-pe e a federação turca de ténis. Em 2003, a Conferência Mun-dial de Treinadores realizou-se em Portugal, em Vilamoura. Na iniciativa, com uma demonstração de ténis em

A 19.ª Conferência Mundial de Treinadores

vai realizar-se em Belek,

Antalya, na Turquia, de

24 a 28 de

novembro. O tema tem a

ver com o percurso de

um tenista, desde a inicia-ção até à fase de transição para o profis-

sionalismo

E m novembro, treinadores reúnem-se na Turquia, para a 19.ª Conferência

Mundial, este ano em Belek, Antalya. Será de 24 a 28. Durante cinco dias, a 19.ª Conferência Mundial de Treina-dores, na qual serão apresenta-dos os resultados do ITF Coach Education Programme, abordará matérias relacionadas com as quatro fases de um tenista, des-de os dez anos, fase de inicia-ção, aos 19-23 anos, última eta-pa, a transição para o profissio-nalismo, passando pela fase de desenvolvimento (dos 11 aos 14 anos) e a júnior (dos 15 aos 18 anos). Com a participação de Vítor Cabral, diretor do Departamento de Desenvolvimento da Federa-ção Portuguesa de Ténis e membro do Comité de Treinado-res da ITF, a conferência mun-dial, no Kaya Palazzo Resort

20 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Treinadores

na Turquia

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Lubbers, Nikki Pilic, Ivo van Aken, Bernard Pestre, Stuart Miller, Torsten Salm, Ann Quinn e Karl Weber, além de Vítor Cabral, que abordou o treino com jovens tenis-tas. A última Conferência Mundial de Treinadores, iniciativa que se rea-liza de dois em dois anos, decor-reu em Cancun, no México, em 2013.

Em 2003, a Conferência

Mundial de Treinadores

visitou Portu-gal, tendo se realizado em

Vilamoura

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 21

Treinadores

na Turquia

ITF

cadeira de rodas contou com as intervenções de Joachim Mester, Dave Miley, Babette Pluim e Frank van Fraayenhoven, Paul Roetert, Richard Schonborn, Louis Cayer, Bruce Elliott, Cathy Ortega, Machar Reid, Javier Duarte, Gabriel Jaramillo, Daria Kopsic, Craig Tiley, Emilio Sánchez Vica-rio, Paul Dent, Bob Brett, Miguel Crespo, Olivier Bourquin, Paul

Vítor Cabral (primeiro à direita) integra o Comité Mundial de Treinadores, que reuniu

em maio, em Paris, e que vai estar na Tur-quia, em novembro

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Portugal foi representado pelo Instituto

Politécnico de Santarém, em masculi-nos, e pelas

universidades

de Coimbra e Porto, em

femininos

22 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

R ecentemente, atuaram nos circuitos internacionais de ténis , mas, agora, dedicam

-se à reunião de competências profissionais para o futuro. Em finais do mês passado e primeiros dias de agosto, voltaram a dedicar-se em pleno ao ténis, com a parti-cipação na décima edição do Campeonato Europeu Universitá-rio, que decorreu em Wroclaw, na Polónia. O Instituto Politécnico de Santa-rém participou na prova reservada a atletas masculinos, enquanto as universidades de Coimbra e Porto lutaram pelo título no setor femini-no. Eduardo Lameiras, Julian Cont-zen, Tomás Henriques e Filipe Teixeira, representantes do Institu-to Politécnico de Santarém, que-daram-se em 11.º da classificação geral. Na fase de grupos, o Instituto Politécnico de Santarém ficou em terceiro lugar, depois de ceder nos confrontos com a Ozyegin Univer-sity (Turquia) e a Universidade de Grenoble (França). A Universidade de Coimbra —com Bárbara Luz (campeão nacional absoluta em título), Cláu-dia Gaspar e Ana Carvalho — ter-

minou em quarto na classificação geral, após a cedência, por 2-1, diante da Universidade de Lille (França), no embate de apura-mento do terceiro lugar. A prova foi ganha pela Lviv Unversity of Physical Culture, da Ucrânia. A equipa conimbricense, que teve João Bote lho como «capitão», concluiu a fase de gru-pos no segundo posto, a um ponto do primeiro, a Lvic State Univer-sitz of Physical Culture, que afas-

O ténis universitário em Wroclaw

D.R

.

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tou a formação portuguesa no confronto das meias-.finais. A Universidade do Porto, que se apresentou naquela cidade polaca com Rita Vilaça e Raquel Mateus (campeãs nacionais abso-lutas em pares em 2014, na Semana do Ténis & Padel realiza-da no CIF) e Rita Pichel, atingiu os quartos de final na fase final, mas acabou por ceder ante a Uni-versidade de Mainz (Alemanha), por 2-1.

Na etapa preliminar, a Universi-dade do Porto também se posicio-nou em segundo no respetivo agrupamento, igualmente a um ponto do primeiro coletivo, a Uni-versidade de Lille (França). Na classificação geral, a forma-ção daquela universidade da Cida-de Invicta acabou por ser quinta classificada num universo de 11 participantes na décima edição do Campeonato Europeu Universitá-rio em ténis.

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 23

O Campeona-to Europeu

Universitário reuniu em

Wroclaw mais

de duas Dezenas

de equipas universitárias

O ténis universitário em Wroclaw D

.R.

D.R

.

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24 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Open — e o Masters. A média da participação no circuito foi de 28 jogadoras (20 em singulares e as restantes oito em pares) por prova constante do calendário oficial de provas da Federação Portuguesa de Ténis e do ITF Women realiza-das na área de jurisdição da Asso-ciação de Ténis do Porto. Este ano, foram onze as provas (seis de nível C, uma com «prize-money», o Amarante Ladies Open, dois interclubes e o Masters do circuito), com uma frequência média de 22 tenistas nos quadros de singulares e oito nos de pares. Há dois anos, o total de clubes com provas fixou-se em seis, dez este ano, em que participaram mais do dobro (13) de jogadoras de outras associações regionais de ténis do verificado em 2014 (6). O Pink Tour encerra anualmente com um Masters, para a qual se apuram as 16 tenistas com mais créditos no «ranking» Pink Tour, acumulados ao longo do ano. Esta prova final divide-se em Masters «Top» e «Future». Para 2016, Paes de Faria apon-ta como objetivos a inserção de «mais uma prova com ‘prize-money’, ter ‘ranking’ Pink Tour com cem jogadoras, envolver mais clubes e mais jogadoras com

A norte, o ténis é cor de rosa. A Associação de Ténis do Porto promove

anualmente o Pink Tour, o único circuito em Portugal que conjuga o ténis no feminino. Com duas edições cumpridas já, o Pink Tour foi criado pela Asso-ciação de Ténis do Porto «para ser um espaço próprio do ténis feminino da região, para que todas as jogadoras — de todos os níveis, de diversas gerações, de várias localidades — tenham auto-nomia e possibilidade de divulga-rem e demonstrarem o que é a força do ténis feminino», como salienta Paes de Faria, que presi-de à estrutura associativa. O Pink Tour tem como «ideia central valorizar o ténis feminino», além de «incentivar» jogadoras, com ou sem «ranking» Federação Portuguesa de Ténis e mesmo aberto a praticantes de outras associações regionais de ténis. Pretende-se est imular o «interesse» das jogadoras, para que «se viciem a jogar provas ofi-ciais». Em 2014, primeiro ano do circui-to, o Pink Tour teve um total de sete provas (quatro de nível C, uma com «prize-money», uma internacional — Amarante Ladies

A média de participação no circuito

Pink Tour, da Associação

de Ténis do Porto,

de 2015 foi de 22 tenistas. Há dois anos,

o total de clubes com

provas fixou-se em

seis, dez este ano, em que participaram

mais do dobro de jogadoras

de outras associações regionais de

ténis

O circuito cor de rosa

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 25

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‘ranking’ Federação Portuguesa de Ténis e alargar os prémios do Masters». No Masters deste ano, realizado no Complexo RTA, em Fregim-Amarante, as vencedoras foram: Joana Ferreira (CT Braga), em «Top», e Cláudia Almeida (CT Gaia), em «Future». Em «Top», Inês Morais (CT Ermesinde) foi vice-campeã, enquanto Júlia Ribeiro (Lousada

TA) foi segunda classificada no Masters «Future». Nos quadros de consolação do Masters do Pink Tour 2015, com o AT Sports Clube como anfitrião, Rita A. Silva (ET Maia) venceu Rafaela Silva (CT Ermesinde) na final em «Top» e Bebiana Men-donça (Lousada TA) superiorizou-se a Fernanda Carrizo (CT Gaia) no derradeiro encontro em «Future».

O objetivo para a edição

de 2016 é envolver mais clubes e joga-

doras e ter

mais uma prova com

«prize-money»

O circuito cor de rosa A

T P

OR

TO

Campeãs e vice-campeãs no Masters Pink Tour 2015, em «Top» e «Future»

Page 26: NT Agosto 2015

E m Moscovo, Portugal ter-minou o Mundial em Equi-pas na 17.ª posição entre

28 nações. Filipe Rebelo, «capitão» da seleção nacional na capital russa, enalteceu a partici-pação do coletivo luso, que regis-tou três vitórias em quatro con-frontos realizados. «A prestação foi muito positi-va», considerou Filipe Rebelo, apesar de afirmar que «a classifi-cação não foi a desejada», refe-rindo-se ao oitavo lugar conquis-tado no ano passado. «Em 2014, tínhamos alcançado a melhor posição de sempre e, este ano, queríamos igualar ou superar esse resultado. O facto de termos sido cabeça de série no ano passado, evitou que con-seguíssemos evitar as seleções mais fortes nas primeiras rondas. Desta forma, avançámos duas rondas no quadro principal, uma delas através de um ‘bye’, o que permitiu que lutássemos por um lugar nunca inferior ao oitavo lugar. Este ano, não éramos cabeça de série, mas, ainda assim, demos o nosso melhor», referiu. Satisfeito pelo «bom espírito de grupo», Filipe Rebelo declarou que o primeiro embate em Mos-covo, desaire com a Bélgica, por 3-0, deixou o próprio e Pedro Correia, repetentes num Mundial, e Catarina Alexandrino e Manuel Cunha «tristes, mas com grande vontade lutar pelo melhor lugar ainda possível», o 17.º lugar. «Quando verifiquei que íamos defrontar a Bélgica, percebi ime-diatamente que íamos ter uma primeira ronda muito complicada. Tanto a dupla masculina como a feminina são bastantes fortes e

estão bem classificadas no ‘ranking’ mundial. Ainda assim, acreditava que, no mínimo, pode-ríamos levar o desfecho para o decisivo par misto, o que não se verificou. A nossa dupla feminina fez um bom encontro, perdendo em três ‘sets’ e, em masculinos, após cedermos o primeiro ‘set’, tivemos um ‘set point’ na segunda partida, que não conseguimos fechar, o que poderia ter mudado o desfecho da eliminatória. O confronto com a Bélgica foi muito equilibrado, mas caiu para eles, infelizmente. O ténis de praia naquela país está mais desenvol-vido do que em Portugal, têm participantes nos campeonatos da Europa e do Mundo desde sempre e muitas duplas no ‘ranking’ ITF», disse Filipe Rebe-lo.

26 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Prestação positiva em Moscovo

O par português em masculinos, formado por Filipe Rebelo e Pedro Correia, e a

seleção belga. Ao lado, Manuela Cunha e Catarina Alexandrino

ITF

Page 27: NT Agosto 2015

Portugal classificou-se em 17.º entre

28 nações no Mundial em Equipas, novamente

disputado em Moscovo,

capital russa. A equipa

portuguesa somou

três vitórias nos quatro confrontos

realizados na competição

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 27

Apesar de Portugal ter sido relegado para o apuramento do 17.º ao 24.º lugares, Filipe Rebe-lo realçou o empenhamento da seleção nacional. «Encontrámos logo a seleção da Bulgária, que é, na minha opi-nião, uma das mais fortes. O nosso par feminino cedeu em dois ‘sets’ e conseguimos uma grande vitória no par masculino, diante de uma dupla a quem nunca tínhamos conseguido ganhar, levando assim o desfe-cho da eliminatória para o decisi-vo par misto. Vitória muito difícil, por 6-3 e 6-4, que nos deu aque-la que, para mim, foi a nossa melhor vitória de sempre até hoje em campeonatos do mundo em equipas», revelou o «capitão» de Portugal, acrescen-

espírito de luta e a vontade de vencer foram fundamentais para as vitórias frente a Bulgária, República Checa e Bielorrússia, todas com 2-1. Filipe Rebelo ressalvou ainda que, no regresso a Portugal, os atletas portuguesas ficaram «honrados por terem a oportuni-dade de representar o país em mais um campeonato do mundo d e té n i s d e p r a i a» e «agradecidos à Federação Portu-guesa de Ténis pelo apoio». Consciente do esforço da sele-ção nacional «para conseguir o melhor resultado e retribuir todo o apoio que foi dado», Filipe Rebelo sublinhou que foi conse-guido a melhor posição possível a que se poderia aspirar após o confronto com a Bélgica.

Prestação positiva em Moscovo

O par português em masculinos, formado por Filipe Rebelo e Pedro Correia, e a

seleção belga. Ao lado, Manuela Cunha e Catarina Alexandrino

ITF

Page 28: NT Agosto 2015

No que se refere a títulos

nacionais, Francisca Jorge foi

campeã em singulares, duplas (ao

lado de Inês Salvador) e

pares mistos (em parceria com Afonso

Vaz Viana) no escalão de sub-12, em 2012.

No ano seguin-

te, a tenista do Clube

de Ténis de Guimarães sagrou-se

campeã individual em sub-14,

título que con-quistou em

2014. No mes-mo escalão,

igualmente no ano passado, em sub-14, foi também cam-peã em pares,

novamente com Rita Pin-

to, e em duplas mistas,

novamente com Afonso

Vaz Viana

28 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

«Quero atingir o «top 50»

Se eu mandasse no ténis… tentava arranjar apoios financei-ros, para apoiar quem se esforça e quem tem talento. Em Portugal, o ténis precisa de… mais apoios financeiros e melhores grupos de treino. Um ou uma tenista de Portugal no "top" 10 mundial seria… mui-to bom para o desporto em Portu-

F rancisca Jorge tem tido pre-sença assídua nas seleções nacionais desde 2012. A

jovem pertence ao Clube de Ténis de Guimarães, tendo como treina-dor Joaquim Ferreira da Costa.

O ténis é... um desporto espeta-cular que gosto de jogar e dar o melhor de mim a praticá-lo.

Jogo ténis porque… adoro competir e sinto-me bem dentro de campo, fazendo o que gosto.

O que mais gosto no ténis… é competir e ter oportunidade de jogar com os melhores, viajar e conhecer pessoas.

O que mais detesto no ténis é… a falta de humildade dentro e fora do campo.

Treinar é… evoluir e crescer, para competir melhor.

O sucesso significa… alegria, dever cumprido e objetivos con-cretizados.

No ténis, quero atingir… o «top» 50 e jogar os melhores tor-neios.

Depois de vencer um encon-tro… desfruto o momento e pre-paro-me mentalmente para o pró-ximo.

Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ter oportunidade de jogar este des-porto.

E a maior tristeza no ténis foi… não ter ido ao torneio Les Petits As, em França.

D.R

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Page 29: NT Agosto 2015

O meu torneio preferido é… Wimbledon.

A minha superfície preferida é… a terra batida, embora o meu tipo de jogo se adapte melhor ao piso rápido. No meu saco, não dispenso… água, raquetas, muda de roupa, «overgrips», elásticos, corda e, no verão, os chinelos.

Francisca

Jorge

15 anos

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 29

Em sub-14,

Francisca Jorge foi

campeã em pares (ao lado de Rita Pinto) e

vice-campeã individual no

20th Lawn Ten-nis Club Tour-nament 14 & Under, em Angra do

Heroísmo. No Portimão 2014 International Tournament

U14, foi campeã em singulares e vice-campeã em duplas

(com Rita Pin-to). No 27.º

Trofeo Lazza-retti Torneo, na Itália, Francis-ca Jorge e Rita Pinto conquis-taram o título.

Em sub-16, Francisca Jor-ge venceu o

Beloura Junior Open em

pares, com Rita Pinto, e

sagrou-se vice-campeã

em singulares na Parque Nas-cente Cup e na

Maia Junior Cup de 2014

«Quero atingir o «top 50»

gal e para o ténis em particular. Aumentaria o número de pratican-tes.

Um bom treinador é… amigo, persistente, exigente e um bom estratega. Um bom treinador é aquele que está lá, nos bons e maus momentos. No presente, o meu ídolo no

ténis é… Serena Williams.

Page 30: NT Agosto 2015

Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU