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Tempo bom que sempre pode voltar Informativo Mensal do Instituto Elo | Agosto 2009 Parceria EDIÇÃO 10 Festa Favela Samba Soul relembrou os movimentos black music que agitaram o Aglomerado Santa Lúcia nas décadas de 1980 e 1990 Núcleo Santa Lúcia Beco Santa Inês, 30, Barragem Sta. Lúcia Belo Horizonte [31] 3297-5975 estava na comemoração e ficou surpreso com a produção. “Foi todo mundo. O grupo de pagode [Klegal] foi bom, os DJs muito bons, eu não esperava tanto”, enfaza Paulo, que fez fotografias do momento. O NPC apoiou a festa na divulgação e na mobilização dos organizadores. Wesley Oliveira, parcipante do Fica Vivo! e um dos DJs, comenta que ninguém ficou parado. Na apresentação do Brother Soul , grupo com mais de 20 anos de experiência e parcipação em shows e DVD de Fernanda Abreu, as crianças começaram a imitar os passos. “Eu vi aquilo e achei maravilhoso”, ressalta Wesley. O evento também apresentou para a nova geração, mais ligada ao funk carioca, o funk norte-americano e outros ritmos que faziam sucesso angamente. “Muita gente não conhecia o que é um soul de verdade, um funk de verdade”, cita Alexandre de Souza, mais conhecido como Branca de Neve, um dos organizadores do evento. Além disso, a festa quis proporcionar novas formas de diversão para os jovens da comunidade, que em todos os finais de semana já se encontram na rua para dançar e escutar funks cariocas, os ‘proibidões’. A comunidade já está pensando em uma nova edição da festa. Ao som de ícones do funk, soul e samba, moradores do Aglomerado Santa Lúcia e convidados de outras comunidades dançaram e conheceram melhor esses eslos musicais que há anos embalavam as festas do morro. Luzes, máquina de fumaça e grafites ambientaram a quadra do BH Cidadania, em 19 de julho, onde aconteceu a festa Favela Samba Soul . A quadra fica na rua São Tomás de Aquino, no Morro do Papagaio, mesma rua onde era o bar do Zacarias, que nas décadas de 80 e 90 fazia o som e animava os finais de semana do local. Joana Ladeira, técnica do Fica Vivo! do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Santa Lúcia, conta que há muito tempo os jovens queriam fazer um evento para resgatar os movimentos de música negra que ocorriam no morro. “Angamente rolava muito aqui no bairro, Zé Pedro, Zacarias, samba de roda. O pessoal era mais unido, era muito amor, alegria. A gente era novo, mas lembra dessas festas”, recorda Luiz Fernando, mais conhecido como Liu, um dos DJs do evento e oficineiro do Fica Vivo!. Essa nostalgia foi transmida para todo o morro. Moradores, lideranças, comerciantes e endades da região organizaram a festa. Paulo Oliveira, morador do bairro São Paulo, Vários vinis de soul, funk e samba passaram pela mesa de DJ (foto) e animaram a festa Favela Samba Soul “Oh, Dona Almira, esse som é do Zaca purinho!”. Mulher de Zacarias Borges do Nascimento, Almira Ferreira Nascimento conta que escutou frases como essa o tempo todo na comemoração. Isso porque o seu marido, Zaca, falecido há nove anos, organizava várias festas e fazia o som no bar que levava seu nome. “Eles [os DJs da festa] passaram as músicas todas que nham no bar”, afirma Dona Almira. Ela conta que todos os finais de semana, nas décadas de 80 e 90, o Bar do Zacarias tocava músicas de James Brown, Michael Jackson, Jimmy Borrone e Ângela Maria. “Tocava música lenta, pagode, rap, muita música bonita de angamente”, frisa. O bar funcionou por aproximadamente 15 anos e, ao mesmo tempo, outros locais como o bar do Zé Pedro e do Zé Maria animavam os sábados e domingos do morro com muito soul, funk, samba e pagode. Na festa Favela Samba Soul , Dona Almira foi homenageada pelos moradores do Santa Lúcia. Foto: Paulo Oliveira

Núcleo em Rede - Agosto/2009 - Edição 10

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Informativo mensal produzido pelo Instituto Elo no Termo de Parceria celebrado com a Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas Gerais.

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Page 1: Núcleo em Rede - Agosto/2009 - Edição 10

Tempo bom que sempre pode voltar

Núcleo em RedeInformativo Mensal do Instituto Elo | Agosto 2009

Parceria

Edição 10

Festa Favela Samba Soul relembrou os movimentos black music que agitaram o Aglomerado Santa Lúcia nas décadas de 1980 e 1990

Núcleo Santa LúciaBeco Santa Inês, 30, Barragem Sta. Lúcia

Belo Horizonte [31] 3297-5975

estava na comemoração e ficou surpreso com a produção. “Foi todo mundo. O grupo de pagode [Klegal] foi bom, os DJs muito bons, eu não esperava tanto”, enfatiza Paulo, que fez fotografias do momento. O NPC apoiou a festa na divulgação e na mobilização dos organizadores.

Wesley Oliveira, participante do Fica Vivo! e um dos DJs, comenta que ninguém ficou parado. Na apresentação do Brother Soul, grupo com mais de 20 anos de experiência e participação em shows e DVD de Fernanda Abreu, as crianças começaram a imitar os passos. “Eu vi aquilo e achei maravilhoso”, ressalta Wesley.

O evento também apresentou para a nova geração, mais ligada ao funk carioca, o funk norte-americano e outros ritmos que faziam sucesso antigamente. “Muita gente não conhecia o que é um soul de verdade, um funk de verdade”, cita Alexandre de Souza, mais conhecido como Branca de Neve, um dos organizadores do evento. Além disso, a festa quis proporcionar novas formas de diversão para os jovens da comunidade, que em todos os finais de semana já se encontram na rua para dançar e escutar funks cariocas, os ‘proibidões’. A comunidade já está pensando em uma nova edição da festa.

Ao som de ícones do funk, soul e samba, moradores do Aglomerado Santa Lúcia e convidados de outras comunidades dançaram e conheceram melhor esses estilos musicais que há anos embalavam as festas do morro. Luzes, máquina de fumaça e grafites ambientaram a quadra do BH Cidadania, em 19 de julho, onde aconteceu a festa Favela Samba Soul. A quadra fica na rua São Tomás de Aquino, no Morro do Papagaio, mesma rua onde era o bar do Zacarias, que nas décadas de 80 e 90 fazia o som e animava os finais de semana do local.

Joana Ladeira, técnica do Fica Vivo! do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Santa Lúcia, conta que há muito tempo os jovens queriam fazer um evento para resgatar os movimentos de música negra que ocorriam no morro. “Antigamente rolava muito aqui no bairro, Zé Pedro, Zacarias, samba de roda. O pessoal era mais unido, era muito amor, alegria. A gente era novo, mas lembra dessas festas”, recorda Luiz Fernando, mais conhecido como Liu, um dos DJs do evento e oficineiro do Fica Vivo!.

Essa nostalgia foi transmitida para todo o morro. Moradores, lideranças, comerciantes e entidades da região organizaram a festa. Paulo Oliveira, morador do bairro São Paulo,

Vários vinis de soul, funk e samba passaram pela mesa de DJ (foto) e animaram a festa Favela Samba Soul

“Oh, Dona Almira, esse som é do Zaca purinho!”. Mulher de Zacarias Borges do Nascimento, Almira Ferreira Nascimento conta que escutou frases como essa o tempo todo na comemoração. Isso porque o seu marido, Zaca, falecido há nove anos, organizava várias festas e fazia o som no bar que levava seu nome. “Eles [os DJs da festa] passaram as músicas todas que tinham no bar”, afirma Dona Almira. Ela conta que todos os finais de semana, nas décadas de 80 e 90, o Bar do Zacarias tocava músicas de James Brown, Michael Jackson, Jimmy Borrone e Ângela Maria. “Tocava música lenta, pagode, rap, muita música bonita de antigamente”, frisa. O bar funcionou por aproximadamente 15 anos e, ao mesmo tempo, outros locais como o bar do Zé Pedro e do Zé Maria animavam os sábados e domingos do morro com muito soul, funk, samba e pagode. Na festa Favela Samba Soul, Dona Almira foi homenageada pelos moradores do Santa Lúcia.

Foto: Paulo Oliveira

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quer da segurança pública. Muitas vezes, a segurança está ligada a melhores condições de infra-estrutura e não apenas a questões relacionadas à polícia. A Conferência será um espaço importante para publicizar essa discussão”, avalia Amauri.

Ele foi indicado para ser um dos representantes de Minas pelos demais gestores sociais dos Núcleos de Prevenção à Criminalidade, que também participaram da Conferência. “Na função de gestor trabalhamos diretamente com a articulação comunitária e, por isso, estamos muito próximos da população, especialmente nas áreas mais violentas. Espero que essa experiência ajude a aproximar as discussões

Minas Gerais envia representantes e propostas para a 1ª ConsegGestor social do NPC de Sabará é um dos delegados que participará das discussões em Brasília

do sentimento real da sociedade a respeito da segurança pública”, almeja o gestor.

Princípios e diretrizesTambém foram escolhidos, durante a etapa estadual, sete princípios e 21 diretrizes para serem enviados para a Conferência Nacional. Eles mostram que os mineiros estão preocupados com a valorização e a qualificação dos profissionais da área de segurança pública, a promoção dos direitos humanos e da cidadania e a integração das instituições para o enfrentamento preventivo e reativo da criminalidade, entre outros. A intenção é que essas idéias contribuam para as discussões que acontecerão em Brasília.

A escolha de representantes e a elaboração de princípios e diretrizes vêm sendo realizadas em todos os estados do Brasil. Na etapa de Minas Gerais, um diferencial foi a atenção dos participantes com questões relacionadas ao adolescente autor de ato infracional, tema, a princípio, não contemplado pela metodologia proposta pelo Ministério da Justiça. Uma das diretrizes escolhidas em Minas foi: “Implementar programas de resolução extrajudicial de conflitos e aplicação de medidas socioeducativas em meio aberto, como também medidas e penas alternativas à privação de liberdade”.

Essa diretriz está diretamente ligada à política de prevenção à criminalidade de Minas Gerais, tema que Amauri também pretende levar para Brasília. “Quero apresentar a experiência de Minas e também conhecer o que está sendo feito em outros estados em termos de prevenção, para enriquecer o nosso trabalho”, finaliza.

A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública é uma iniciativa do Ministério da Justiça que tem por objetivo definir princípios e diretrizes orientadores para a Política Nacional de Segurança Pública, com a participação da sociedade civil, trabalhadores e poder público.

Para saber os nomes de todos os • representantes de Minas e também conhecer os princípios e diretrizes eleitos na etapa estadual, acesse

www.conseg.mg.gov.br

Informações sobre a etapa nacional • da 1ª Conseg estão disponíveis em www.conseg.gov.br

Segurança

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Cento e cinco cidadãos mineiros foram eleitos para representar o Estado nas discussões da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, que está sendo realizada em Brasília de 27 a 30 de agosto. A escolha dos representantes aconteceu durante a etapa estadual do evento, realizada em Belo Horizonte de 21 a 23 de julho.

Dentre os nomes, está o de Amauri Barra, gestor social do Núcleo de Prevenção à Criminalidade de Sabará, e o de Giselle Corrêa, supervisora do Mediação de Conflitos, que vai representar a parceria no programa com a Polícia Civil no projeto Mediar . “Será um espaço importante para a sociedade dizer o que ela pensa e

Foto: Joel BarbosaCidadãos mineiros reuniram-se para discutir os rumos da segurança pública no Brasil

Os gestores sociais dos NPCs levaram suas experiências para o evento

Foto: Renato Cobucci/Secom

-MG

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Jovens disputam Olimpíadas do Fica Vivo! Jogos classificatórios serão realizados até setembro. Equipes vencedoras enfrentam-se nas finais, que acontecem de 13 a 17 de outubro

Esporte

Estão em andamento os jogos classificatórios da 4ª edição das Olimpíadas do Fica Vivo!. Desde julho, acontecem as disputas entre os times formados por jovens dos Núcleos de Prevenção à Criminalidade (NPCs) do estado. As modalidades desse ano são futsal, futebol de campo, vôlei, basquete, handebol, tênis e lutas (karatê, karajucá, judô e tae kwon do).

Os jovens atletas das Olimpíadas têm entre 12 e 24 anos e participam de atividades promovidas pelo Fica Vivo!, programa desenvolvido pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) em regiões com elevado índice de criminalidade. As disputas entre os NPCs de Belo Horizonte aconteceu de 20 a 30 de julho. Em agosto, foi a vez dos NPCs de Betim, Contagem e Ribeirão das Neves, que se mobilizaram de 20 a 29. No mês de setembro, enfrentam-se os jovens dos Núcleos de Sabará, Santa Luzia e Vespasiano. As finais acontecerão de 13 a 17 de outubro, quando os classificados nas etapas eliminatórias se enfrentarão para decidir as Olimpíadas. A previsão é de que cinco mil jovens participem dos jogos.

“Entramos para ganhar”, afirmou Gustavo Ferreira dos Santos, de 12 anos. Morador da comunidade Cabana do Pai Tomás, bairro Vista Alegre, Gustavo fez sua estréia nas Olimpíadas e conta que

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entre as comunidades. Me interessei em participar. Fomos campeões da categoria subdezoito do ano passado”, lembrou o jovem, referindo-se ao título alcançado pelo seu time.

Experiente, ele já passou pelas equipes de base do Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube, mas abandonou o sonho de ser jogador de futebol e fez do esporte um hobbie. “É uma profissão muito instável e, agora, já estou velho pra investir nisso”, alega o jovem, que acaba de concluir o ensino médio e deseja prestar vestibular na área de informática.

A exemplo de outros garotos que disputam as Olimpíadas, “Nego” já participou de várias oficinas do Programa Fica Vivo!. “Fiz grafite e capoeira. Antes da implantação do programa, os meninos que estudavam de manhã passavam a tarde na rua, sem fazer nada ou soltando papagaio. Agora, a maioria tem uma atividade”, ressaltou.

A cerimônia de abertura da etapa final será realizada na sede do Minas Tênis Clube. No evento, haverá desfiles dos participantes e apresentações culturais. Os demais jogos acontecerão em diversos espaços esportivos da cidade, como o Mineirão. Os vencedores serão premiados com troféus e medalhas em ouro (1º lugar), prata (2º lugar) e bronze (3º lugar).

Fotos: Paulo Proença

entrou para o Núcleo a convite de um colega, interessado principalmente em participar dos jogos. As disputas das fases classificatórias estão sendo realizados dentro das comunidades em quadras, campos e praças. “Assim, aumentamos o número de jovens participantes, provocamos a circulação deles em sua região, dando aos pais e amigos a chance de acompanhar os resultados da primeira etapa das Olimpíadas. E, na fase final, realizada em locais variados da cidade, proporcionaremos a esses jovens a oportunidade de conhecer novos espaços”, afirma o gerente de Proteção Social do Fica Vivo!, Felipe Viegas Tameirão.

A participação foi dividida nas categorias subquinze, subdezoito e subvinte e quatro. Por questões de logística, apenas os integrantes dos Núcleos de Belo Horizonte e Região Metropolitana participarão das Olimpíadas. “O deslocamento seria complicado, mas isso não significa que os demais não terão eventos desportivos. Para o interior, apresentamos alternativas”, explicou Tameirão.

Veterano, Welberth Lucas do Nascimento, que atende pelo apelido de “Nego”, 18 anos, conta como ingressou nas Olimpíadas do Fica Vivo!. “Eu já jogava futebol e soube que tinha um programa aqui no Cabana que realizava jogos

Fotos: Paola Lage

Jovens da 4ª Olimpíada do Fica Vivo!

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ExpedienteInstituto EloDiretor-Presidente: Kris Brettas - Diretor Administrativo-Financeiro: Gleiber GomesInformativo Núcleo em RedeAssessora de Comunicação: Liliane Lessa - Jornalista Responsável: Ana Paula Ferreira (12606/MG) Reportagem e redação: Ana Carolina Jácome, Ana Paula Ferreira e Paulo Proença Design Gráfico: Henrique Cardinali e Sônia Silva - Colaboração: Ascom/SedsTiragem: 2.000 exemplares - Impressão: Imprimaset - Publicado em 28 de agosto de 2009Rua Guajajaras, 40, 10o andar, sala 3 - Belo Horizonte - MG - 30.180-100www.institutoelo.org.br/ Contatos: (31) 3309-5617 / [email protected]

O Instituto Elo é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelos governos federal e estadual, que atua na gestão de projetos sociais e culturais em parceria com as iniciativas pública e privada. Nos Núcleos de Prevenção à Criminalidade, o objetivo do Instituto é desenvolver, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social, ações relativas à prevenção social da criminalidade e da violência por meio da implantação, desenvolvimento e consolidação dos NPCs.

Neles, são executados os programas Fica Vivo!, que atende jovens em situação de risco social; Central de Apoio às Penas Alternativas, responsável por monitorar o cumprimento de penas e medidas alternativas; Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional, que trabalha para a reinserção das pessoas que deixaram o sistema penitenciário; e Mediação de Conflitos, voltado para a resolução extrajudicial de problemas.

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Aniversário

NPC Centro de casa nova em Montes Claros

Tome nota

Núcleos comemoram aniversário

Após três anos de trabalho junto aos moradores da Vila Cemig, Conjunto Esperança e Alto das Antenas, o Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Barreiro, em Belo Horizonte, tornou-se referência para a comunidade. Quem afirma é a técnica social do Mediação de Conflitos, Cíntia Yoshihara, que está no programa desde a fundação do NPC. Para comemorar esses três anos de projetos, completados em 8 de julho, o NPC promoveu uma festa no dia 16 de agosto com participação de toda a comunidade.

Houve apresentações de grafite, teatro, rap, grupo de dança, percussão e pagode, além de campeonato de futebol, barraquinhas e serviços de manicure e corte de cabelo. A intenção foi celebrar, com os moradores, a parceria estabelecida com os programas. O Fica Vivo!, por exemplo, tem conseguido a adesão de jovens que antes não participavam das atividades. “Hoje oferecemos 17 oficinas e o trabalho vai além. Queremos criar possibilidades para que os jovens não escolham saídas permeadas pela criminalidade”, afirma Vanessa Cardoso, técnica social do Fica Vivo!.

Adão Caetano, presidente da Associação Pró-melhoramento da Vila Cemig, aponta os frutos dessa parceria. “Os moradores da Vila Cemig, Alto das Antenas e Conjunto Esperança procuram espontaneamente o NPC. Os moradores estão mais cientes do que querem, as pessoas sabem mais sobre os seus direitos, a comunidade está mais alerta depois da vinda no núcleo”, observa o presidente.

Além de dar continuidade às atividades em andamento, o programa Mediação de Conflitos quer intensificar o relacionamento com a rede parceira. Já o Fica Vivo! deseja ampliar a percepção dos jovens sobre outras atividades dentro da cidade das quais eles podem participar.

Primeiro ano em Montes ClarosA comunidade do bairro Cidade Cristo Rei, em Montes Claros, está conhecendo o NPC, que atua há um ano na região. De acordo com Layla Caribé, técnica do Mediação de Conflitos, as equipes dos programas estão apresentando as atividades e os objetivos do núcleo para os moradores por meio de ações coletivas. Entre essas ações, está o curso de formação do trabalho, que deu orientações para os moradores sobre elaboração de currículo, comportamento Nova sede do NPC Centro

de Montes Claros

NPCs do Barreiro, em BH, e do Cidade Cristo Rei, em Montes Claros, completam três e um ano de funcionamento, respectivamente

O Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Montes Claros, que abriga os programas Central de Apoio às Penas Alternativas (Ceapa) e Reintegração do Egresso do Sistema Prisional (PrEsp) está em novo endereço:

Avenida Afonso Pena, 543, Centro (38) 3222-9680 / (38) 3222-9708

Também atuam em Montes Claros dois outros NPCs:

Núcleo Santos ReisAvenida João XXIII, 2.015, Santos Reis(38) 3212-8116 / (38) 3212-7622

Núcleo Cidade Cristo ReiRua Jequitinhonha, 107, Alto São João(38) 3224-3009 / (38) 3215-1897

em entrevista de emprego e onde buscar ofertas de trabalho. Outra atividade foi uma tarde de rap, promovida pelo NPC em maio, que uniu todos os jovens da comunidade em um evento pacífico, que, de acordo com a estagiária do Fica Vivo!, Any Karoline Fernandes, não acontecia há bastante tempo no bairro Cidade Cristo Rei. “É a partir dessas mobilizações que os programas terão o reconhecimento dos moradores”, acrescenta Layla.

Fotos: Arquivo N

PCs

Apresentações durante festa do NPC Barreiro

Apresentação de dança de rua de jovens do Cidade Cristo Rei, em Montes Claros